Priscila rodrigues

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Orçamentos participativos e qualidade democrática um debate a partir do Rio Grande do Sul

Priscila Alves Rodrigues doutoranda em Ciência Política | UFRGS contato: priscila.priae78@gmail.com

Porto Alegre | 20 de Julho de 2016


Problematização Relacionar qualidade da democracia e orçamentos participativos foi possível, pois começamos a discutir e problematizar quais são os principais indicadores utilizados para medir a qualidade deste regime.


Problematização Levando sempre em consideração que a qualidade da democracia deve estar relacionada à expansão de direitos, representação e participação dos cidadãos. [Garretón, 1997]


Problematização •  estado de direito •  participação •  competição •  accountability vertical e horizontal •  respeito pelas liberdades civis e políticas •  i m p l e m e n t a ç ã o p r o g r e s s i v a d e igualdade política •  responsividade [Diamond e Morlino, 2004]


Problematização Cidadão Eleitor

Participação

Eleitor = Consumidor


Problematização Quando a democracia é restrita a uma noção formalista, se deixa de lado outras formas de experimentação democrática – como os casos de orçamento participativo tanto no Brasil, quanto na América Latina.


Metodologia Reconstrução do histórico de implementação e enraizamento das propostas de OP dentro do Rio Grande do Sul, a partir de quatro bases de dados / trabalhos acadêmicos entre os anos de 1989 a 2015.


Metodologia •  Brian Wampler e Instituto Pólis no "Levantamento das Cidades que Realizaram o Orçamento Participativo (1989-2004)" (s/d) •  Ribeiro e Grazia, "Experiências de Orçamento Participativo no Brasil período de 1997 a 2000" (2003)


Metodologia •  Banco de dados da pesquisa "The expansion of participatory budgeting in Brazil" (AVRITZER; WAMPLER, 2008) •  Banco de dados das pesquisas "Orçamentos Participativos nas cidades gaúchas (2009-2012 / 2013-2016)", do grupo de pesquisa Processos Participativos na Gestão Pública.


Número de de experiências (1989-2015)

47 41* 39 24 19 02 1989-1992

07 1993-1996

1997-2000

2001-2004

2005-2008

2009-2012

2013-2016

Fonte: Elaboração própria a partir de Ribeiro e Grazia (2003); Avritzer (2006); Pólis (2006); Wampler (s/d); Gugliano, Rodrigues e Bittar (2013); Banco de Dados do Grupo de Pesquisa Processos Participativos na Gestão Pública (2015) *Os dados relativos a gestão de 2013-2016 ainda estão sendo confirmados, logo serão utilizados apenas a cargo de comparação.


Fase 01 • 1989 – 1992 = dois municípios

Fase 02 • 1993 – 1996 = sete municípios

Fase 03 • 1997 – 2000 = 24 municípios

Fase 04 • 2001 – 2004 = 19 municípios


Fase 05 • 2005 – 2008 = 47 municípios 41% 33% 26%

Renovação

Retorno

Novo

Fonte: Elaboração própria a partir do banco de dados de Avritzer e Wampler (2008) e, banco de dados do Grupo de Pesquisa Processos Participativos na Gestão Pública.


Fase 06 • 2009 – 2012 = 39 municípios Diferenciação entre projetos: •  diferenças entre as autodenominações. •  institucionalização da propostas. •  dificuldade de acesso à informações. •  indicadores sociais – cidades com OP.


Consideração final Os orçamentos participativos podem ser utilizados

para

estimular a

democraticidade do regime polĂ­tico, representando um quesito relevante no momento de pensar a qualidade da democracia.


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