Mata de São João/BA

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Índice COsTA DO sAUÍPE

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HISTÓRICO DA REGIÃO Os primeiros moradores do Brasil e os portugueses na luta pelo poder de nossas terras MATA DE SÃO JOÃO Cidade de praias encantadores e charmosas. Muito coco, mar e vento FOLCLORE Deliciosas histórias contadas por moradores da região que nos reportam à nossa infância ARTESANATO A herança indígena perpetuou-se através das mãos destes artistas CONSTRUÇÕES Moradas antigas, dignas de fotos maravilhosas. Casas simples em meio a uma paisagem fantástica RELIGIÃO A grande diversidade do Candomblé e seus enigmáticos Orixás

4 Cidade&Cultura

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MEIO AMBIENTE Além das paisagens naturais, temos o Programa Berimbau e o Projeto Tamar ANTES DA COSTA DO SAUÍPE seu Basílio conta-nos o que havia alí, antes da chegada do Complexo Costa do sauípe COMPLEXO HOTELEIRO são tantas as atividades que dá a impressão de que você está em uma fábrica de diversões GENTE DA TERRA Lindos sorrisos, peles morenas, traços indígenas e olhos de todas as cores. Isto é a gente da Bahia. BAIANIDADE Esse jeito baiano de ser, faz com que a vida seja vista cercada de poesia


FOTOs TATYANA ANDRADE

Editorial É com muito prazer que a Revista Cidade & Cultura, nesta edição, pôde levar a você os mistérios e a alegria de parte da cidade Mata de são João. Conhecer os hábitos e costumes dos primeiros habitantes desta terra maravilhosa, os índios Tupinambás. Voltar ao passado distante do Brasil-colônia com as ruínas de Castelo D’Ávila e o trabalho incessante dos arqueólogos. Conversar com os moradores locais. Ver projetos de sustentabilidade que deram certo e transformaram vidas. E finalmente, curtir a paisagem, o lazer e a hospitalidade do Complexo Hoteleiro Costa do sauípe, um dos centros turístico mais badalados do Nordeste. Divirta-se! Renata Weber Neiva

DIRETORIA Célio Emerique Maurízzio Mattos EDITORIA Editora: Renata Weber Neiva Projeto Gráfico e Diretor de Arte: Rogério Callamari Macadura Fotografia: Tatyana Andrade Foto Capa: Rodrigo Baleia/Folha Imagem CIDADE & CULTURA é uma publicação anual da Aloha Editorial Ltda. Todos os artigos aqui publicados são de responsabilidade dos autores, não representando necessariamente a opinião da revista. Todos os direitos reservados. Proibida a cópia ou reprodução (parcial ou integral) das matérias, transcrições, cifras, exercícios e fotos aqui publicados.

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Costa do sauípe 5


Histórico da região

O princípio de

tudo


FOTOs TATYANA ANDRADE

Uma das coisas mais interessantes numa viagem não é apenas a realidade atual, mas sim o conhecimento histórico do local que estamos visitando. Ao descobrirmos a história, nos deparamos com uma visão nova de toda a paisagem ali descrita. É importante sabermos que onde pisamos, num momento distante, fatos importantes aconteceram. Isso dá maior entendimento daquilo que nos cerca. Vamos então começar uma viagem ao ano de 1549.


Histórico da região

Maquete da Casa da Torre

TOMÉ DE SOUZA No início da colonização brasileira, Tomé de Souza foi nomeado o primeiro Governador Geral do Brasil. Sua missão era fundar uma cidadefortaleza na Bahia (Salvador), para assegurar o domínio da coroa portuguesa no litoral brasileiro e dar apoio militar às capitanias hereditárias. Mais tarde, seu filho, Garcia d’Ávila, recebeu do pai 14 léguas de terras de sesmarias, que iam de Itapuã até Tatuapara (Praia do Forte).

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MAIOR LATIFÚNDIO DO MUNDO Foi nesse local que d’Ávila construiu, em 1551, após ter vencido várias batalhas com os índios Tupinambás, o Castelo da Torre de Garcia d’Ávila. Em pouco tempo, tornou-se o maior latifundiário do mundo, administrando suas terras da Casa da Torre que foi a primeira construção de grande porte do país. REPRESENTAÇÃO POLÍTICA E ECONÔMICA O único castelo medieval das

Américas, representou grande poderio militar no período colonial. Provavelmente sem essa fortaleza política, o nordeste brasileiro teria sido perdido para os franceses ou holandeses. Foi pioneiro também na pecuária e ajudou na expulsão dos jesuítas. Na realidade foi um grande centro político, onde decisões foram tomadas e aplicadas. Ele imprime sua importância, não só no contexto baiano mas também no contexto nacional. Foram séculos de existência


Capela de Nossa Senhora da Conceição

Ruínas

onde gerações tiveram seu domínio político assegurado pela participação ativa nos movimentos históricos. Como exemplo temos a Guerra da Independência do Brasil, que alí serviu de base ao Exército Libertador da Cachoeira, em 1823, fornecendo destacamentos de Cariris armados com flechas e bordunas. RUÍNAS Na entrada do parque, onde está situado o Castelo, temos um lugar

destinado a exposição de artesanatos locais, murais com a sua história, maquete do que deveria ser a Casa da Torre, o laboratório de arqueologia e um restaurante. Já na casa propriamente dita, quem nos recepciona é uma monumental figueira, que deve ter acompanhado de pertinho tudo o que sabemos e o que não sabemos. Há também junto à edificação, a Capela de Nossa Senhora da Conceição, totalmente restaurada , pois era a única capela da região do litoral e a

comunidade a manteve. Os santos do altar foram feitos por um artesão de Salvador baseado em peças da mesma época. Os laterais, Santo Antônio e São Francisco são originais, menos as cabeças que foram arrancadas por saqueadores a procura de tesouros. A construção possuía três pavimentos e uma torre com vista de vigília tanto para o mar (piratas) como para o sertão (índios). As ruínas estão com as paredes escurecidas, pois a alta salinidade deixa sua marca.

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Histórico da região

Peças coloniais: louças chinesas e portuguesas dos séculos XVI e XVII e copo inglês

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HERANÇA O mais interessante, é que hoje nós podemos conhecer essa parte, tão importante da nossa história, visitando o local que é considerado o maior sítio arqueológico já encontrado no Brasil. Apesar de todo o material existente, o monumento ainda não está explorado. Os objetos ainda não foram datados, mas pela experiência dos arqueólogos Ivan e Nadja, já se sabe que são précoloniais e coloniais. Provavelmente o Castelo foi construído em cima de outro sítio com estruturas e fragmentos indígenas tupi-guarani. Na coleção temos três crânios que foram encontrados na capela, além de 18 esqueletos nos arredores. A equipe de arqueologia é formada por 4 pessoas que tra-

balham na área laboratorial. A coisa é tão grande, que através de um trabalho de geofísica com aparelho de GPR (semelhante ao GPS, só que de subterrâneos), descobriu-se construções a 4 metros de profundidade que, por falta de recursos, ainda não foram exploradas. O mais extraordinário de tudo é que, quando chove, turistas encontram restos de cerâmicas e afins e, graças ao bom senso, entregam as peças aos monitores. Foi aqui que o nosso país começou, e por incrível que pareça, se pensarmos no total de informações que temos, não sabemos absolutamente nada. Todo esse trabalho é mantido pela Fundação Garcia D’Ávila, que foi criada em 1981.

Capela de Nossa Senhora da Conceição

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Histórico da região

tupinambás Peças indígenas pré-históricas: fogueiras intactas, pedras polidas e cerâmica

Antes dos portugueses, os Tupinambás eram os habitantes do litoral baiano. Índios guerreiros, ariscos e extremamente selvagens, não submeteram-se ao domínio dos colonizadores. Lutaram bravamente contra a invasão de suas terras e eram extremamente temidos, pois o canibalismo fazia parte de suas tradições. CANIBALISMO Entenda-se que o canibalismo era, para eles, um ritual, que nos aniversários do cacique e do pajé, sacrificavase um adversário corajoso. As mulheres comiam as vísceras, as crianças tomavam o sangue para crescerem fortes e os homens comiam o cérebro, para possuírem a coragem e o

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espírito guerreiro de seu rival. Muitos personagens foram devorados como Francisco Pereira Coutinho (antigo donatário de Salvador). O FIM Obviamente, os Tupinambás estavam atrapalhando demais os planos de Portugal, dificultando todas as suas ações na colônia. Como não conseguiam “domesticá-los”, foi necessário medidas mais drásticas, como transmitir vírus letais a eles. Os números da dizimação destes bravos guerreiros são assustadores. Os jesuítas chegaram a contar 40.000 índios cristãos. Já em 1545, restaram 10.000 que eram os mais dóceis e viraram escravos.


Urna funerária

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A vila


Mata de

São João

FOTOS TATYANA ANDRADE

Foi fundada por Garcia D´Ávila, filho de Tomé de Souza, em 1549, mas somente em 1846 foi elevada à vila. Faz parte da Grande Salvador, com uma população de 37.200 habitantes. É formada por cinco maravilhosas praias: Praia do Forte, Imbassaí, Diogo, Vila de Santo Antônio e Sauípe. Localizada a 56 km da capital, é ligada pela Linha Verde (Rodovia dos Coqueiros) e limitada pelas cidades de Entre Rios, São Sebastião do Passé, Pojuca, Dias D’Ávila, Camaçari e Itanagra.


A vila

Porto Sauípe

Com 180 moradores, Vila de Santo Antônio é formada por homens pescadores e mulheres cesteiras. Palha amarrada para artesanato equilibram em suas cabeças mais de 40kg. Dona Maria: reza a lenda que sua moqueca de camarão, peixe, queijo coalho e banana da terra, é a melhor de todo o litoral norte da Bahia.

Vila Santo Antônio

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Estrada do coco


Vila Sauípe

Caminho para a Vila Sauípe

Parque Ecológico Sauípe

CURIOSIDADES Mata de São João recebe este nome porque entre 1649 e 1659, João Lopo de Mesquita devastou as matas para a abertura de estradas e os nortistas falavam que iriam trabalhar nas matas de seu João. E o nome ficou então registrado, em 1846, como Mata de São João.

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Folclore

Capoeira

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“Fala forte. Gargalha. Cheira a aguardente e discute. É o capoeira. Sem ter negro a compleição atlética ou sequer o ar rijo e sadio do reinol, é, no entanto, um ser que toda gente teme e o próprio quadrilheiro da justiça, por cautela respeita.”

FOTOS TATYANA ANDRADE

Trecho de Luís Edmundo. 1967.

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Importante esta descrição feita, pois retrata como o capoeirista era temido. Porém hoje esta realidade é diferente. Após ver inúmeros espetáculos desta luta-dança, o capoeirista tornou-se um dançarino leve e suave, mas com um corpo divinamente modelado. O que mais fascina é a plasticidade, a elasticidade e a sincronia de seus movimentos. A capoeira reflete tudo que se concebe da cultura negra, no corpo e no espírito. Na época da escravidão, os negros não tinham acesso às armas brancas. A única forma de defesa era o próprio corpo, onde era uma manifestação em forma de dança para que o feitor não desconfiasse que eles estavam explorando um potencial de luta. JOGO DE DENTRO Na década de 30, os mestres jogavam o Jogo de Dentro, com o objetivo de realmente acertar o adversário com navalha nos pés. Esse tipo de jogo era muito utilizado com a proximidade dos capitães do mato (capetão). Outro apetrecho utilizado era o facão. Como beleza na dança, o facão era usado, preferencialmente, à noite, pois a cada golpe saíam faíscas, mas hoje ele foi substituído por dois paus de madeira chamados maculelê. PRECONCEITO Em 1960, a capoeira estava sendo extinta por ser considerada uma arte marcial de malandros. Mas, como o nome já diz, é uma arte e a arte não pode ter preconceitos. Foram os negros que, não se deixando intimidar, prosseguiram e insistiram na conservação desta cultura.

O berimbau é o instrumento que dá o ritmo ao jogo; é uma consequência da capoeira. Criado por mestre Pastinha, de Angola, é composto por oito peças: aço, biriba, cabaça, cordão, dobrão, couro, brocha e caxixi.

GOLPES E JOGO A capoeira não é uma luta de agressão e sim uma auto-defesa. Há vários golpes de nomes curiosos como: tombo de ladeira, corta capim, encruzilhada, fecha beco, me esquece, passo da cegonha etc. Importada da África, temos dois tipos de capoeira: a de Angola e a regional. A de Angola, é chão, floreio, mais baile. A Regional, além disso, possui golpes aéreos, portanto mais agressiva. Aqui na Bahia, utilizamos como dança, pois se um mestre vir um jogador lutando realmente, este é expulso da academia. Mesmo na defesa você pode ser preso porque o capoeirista é considerado uma arma. CAPOEIRA EM COSTA DO SAUÍPE Passa-se ao hóspede que a capoeira não é somente uma luta, mas também uma filosofia de vida. O objetivo não é agredir o seu semelhante, e sim desenvolver seu corpo e suas habilidades. Começar só depende de como você estiver mentalmente. Assistir a esse espetáculo, à beira mar, com os jogadores se desdobrando para mostrar sua arte, tendo o mar, a brisa e o som do berimbau, completando o cenário, a dança torna-se um espetáculo inesquecível e até nos emociona.

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Folclore

CAIPORA Como nosso país é muito rico em tradições, o que não faltam são histórias fantásticas de seres inimagináveis que habitam o inconsciente desde nossa infância. São verdadeiros mistérios. Se é verdade ou não, o que vale mesmo é saborearmos esse rico arsenal de criatividade que nos cerca. Em Vila de Santo Antônio, vilarejo junto à Costa do Sauípe, conversamos com dona Maria, parteira da vila. Sorriso aberto, uma verdadeira “mãinha”, cujo abraço tem que ser demorado, contou-nos de suas experiências. Ao som do vento batendo nas copas dos coqueiros e com um pôr de sol de deixar Deus orgulhoso, conta que, certa vez, saiu de casa às sete horas da manhã para pegar palha, com uma amiga e duas crianças. De repente, o mato tiririca à sua volta fechou, cresceu em ritmo acelerado e a noite caiu em plena tarde. Desesperadas, desconfiaram que isso era “arte” de Caipora. Fez reza brava e, sem obter resultado, teve que fazer uma oferenda que não pode ser revelada. O mato se abriu e a estrada apareceu. Às dez da noite voltaram ilesas para suas casas. ALMA PENADA Na praia de nome Diogo, havia um casal que geraram vários filhos os quais não foram batizados. Pela pobreza do lugar, grande parte das crianças morriam e eram enterradas no quintal. O problema é que os filhos não foram batizados e por isso suas almas não encontraram o reino dos céus. Por muitos anos, quando cruzava-se o caminho desta casa, ouviam-se choros e farfalhar de folhas muito intensos. Depois de muito tempo, a população assustada, chamou um padre, que batizou o lugar onde as crianças foram enterradas. Nunca mais escutou-se a agonia das almas das crianças. LOBISOMEM Seu Francisco, morador da Vila de Santo Antônio, diz que quando sua mãe estava na cozinha, um lobisomem apareceu para roubar a farinha deixada em um canto. Os cães ladravam muito forte e seu pai o espantou. Ao longe ouvia-se os uivos aterrorizantes do animal.

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Milagre da Cruz de Santo Antônio Em Costa do Sauípe, há uma cruz em plena praia, que parece perdida em meio aos coqueiros. Não é bem assim. Ela é a representação de um milagre. Seu Basílio (antigo dono daquelas terras), relata que seu avô, sr. Tomé, viu Santo Antônio em carne e osso no local, deixando até uma pegada na rocha. Comovido, fez uma imagem em homenagem ao Santo e levou-a para uma capela da região. Passados alguns dias, a imagem voltou magicamente ao lugar da aparição. Tentou deixá-la em várias igrejas e ela sumia e aparecia de novo naquela praia. Seu Tomé ficou preocupado, pois achava que a imagem tinha que ficar em uma igreja, mas não conseguia. Então, ele construiu a cruz no local da teimosia de Santo Antônio e, a partir daquele momento, junto à imagem e à cruz, brotou água doce da areia. Após este milagre, seu Basílio construiu um altar e por muito anos, ali virou um lugar de peregrinação dos moradores vizinhos.

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Artesanato

Cerâmica


Como todo o artesanato local, a cerâmica é de origem indígena. Encontramos no Sauípe Eco-Parque, a possibilidade de entrar em contato com o torno onde o barro transformado em argila toma formas inusitadas. Essa experiência é muito gostosa. O visitante aprende mais a respeito desta arte e a satisfação vem quando o resultado fica próximo de um cinzeiro torto.


Artesanato

Cestaria


Maria Oliveira Fogaça, artesã do Sauípe Eco-Parque. Expões e vende seus trabalhos de trançado junto com outras cesteiras. Aprendeu com sua avó e sua mãe. Orientada por profissionais, aprendeu o boca de pio, trançado com tampa.

A Bahia, além da religiosidade, é reconhecida também pelo seu belo artesanato. Nesta região temos a trança de palha. De origem indígena, as mulheres aprendem a trançar desde pequenas. A matéria prima vem da palha da Palmeira de Piaçaba. Tira-se o olho com as folhas, que são cozidas, desfiadas e passam por um processo de secagem de três dias. Depois elas são tingidas e trançadas. Vários são os objetos criados: bolsa, chapéu, jogo americano, pote, carteira, viseira e mais tudo o que a criatividade pode alcançar.

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Construções

Casa de

farinha

típica da região, em todos os lugares havia a casa de farinha, porque a mandioca era a base alimentar. Este tipo de casa é como se fosse uma fábrica. É composta de um rodete que serve para triturar a mandioca, depois temos a prensa que separa a parte líquida, no tanque decanta-se a goma e, após assentado o pó, vai para o preparo da tapioca ou beiju (que são a mesma coisa). O que ficar em cima é a mandioca brava (tucupi), que é aproveitada para algumas receitas, porém na Bahia não é muito utilizada.


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Casa de

taipa

Característica das antigas construções, a casa de taipa era a mais comum no litoral. Ainda encontramos nos lugares mais afastados esse tipo de edificação construída de barro sobre tábuas de madeira.


Religião

Escrever sobre religião na Bahia, é falar de praticamente todas. É sabido que aqui o ponto mais atraente é justamente a religiosidade de seu povo. Entretanto, em vez de falar de todas, vamos apontar a mais forte, com maior número de adeptos e, ao mesmo tempo, a mais misteriosa, e a que mais sofre preconceitos: O CANDOMBLÉ.

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Candomblé Costa do Sauípe 35


Religião

Oxalá

ORIGEM A influência do Candomblé vem do continente africano. A África é o ponto de referência, porém essa religião nasceu nas senzalas brasileiras. Não podemos esquecer que, nos tempos em que os negros tornaram-se escravos, provinham de vários povos distintos uns mais avançados que os outros e portanto com religiões diferentes. Na realidade houve uma grande união das “energias” (orixás) e uma simbiose de todas essas religiões. BRASIL O Candomblé, com a união de vários povos africanos e suas diferentes crenças, espalhou-se por todo o território brasileiro com nomes diferentes. Em Pernambuco e Alagoas, chama-se Xangô. No Maranhão, Tambor de Mina. E no Rio Grande do Sul, Batuque. ORIXÁS Olodumaré é o senhor do céu, seguido pelos orixás – seres espirituais. São inúmeros os orixás e cada um deles tem sua personalidade marcada por algum elemento da natureza, tornando-se seu protetor e guardião. Exemplo: Ôssanha conhecido como Babá Ewê ou Obá-Offa, orixás das folhas e seus segredos medicinais, do ecossistema, da biodiversidade e do meio ambiente. Filho de Iemanjá e Oxalá, desde pequeno vivia sozinho no mato aprendendo o segredo das ervas, tornou-se o curandeiro e o patrono da medicina natural. Os nomes de cada orixá variam muito.

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MAIS CONHECIDOS Exu – senhor dos caminhos. É o mensageiro e também o que indica. Oxossi – senhor das florestas, onde vive e caça. Oxalá – mais importante orixá, dono da argila e da criação. Iemanjá – domina as profundezas das águas. Nanan – o orixá mais antigo do mundo, é considerada pré-histórica. Ogun – irmão de Oxossi e Exú. Um dos mais próximos do homem. Senhor da guerra e do trabalho.

Oxum

SINCRETISMO Exu – Santo Antônio Iansã – Santa Bárbara Iemanjá – Nossa Senhora da Glória Nanan – Nossa Srnhora de Sant’Anna Ogun – São Jorge Oxalá – Jesus Cristo

CURIOSIDADE Ôssanha tem uma pequena entidade que o acompanha em suas andanças na floresta. Seu nome é Aroni, um menino negro com apenas uma perna, uma orelha e um olho maior que o outro. Muito semelhante ao nosso Saci Pererê, que vem da mitologia indígena.

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Meio ambiente

Coqueiral

Vegetação COQUEIRO O coqueiro é merecedor de destaque de qualquer reportagem que se faça por essas terras. Ele é o senhor absoluto da paisagem. Para todo canto que se olha, é o coqueiro que dá as boas vindas para você. Mas, por incrível que pareça, este senhor não é nativo. Sua origem é do sudoeste asiático e foi trazido pelos colonizadores portugueses. Como eram conhecedo-

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res de todos os continentes, faziam experiências botânicas, importando e exportando espécies diferentes para verificarem as adaptações das mesmas em territórios estranhos. E não é que deu certo? RESTINGA Todo o litoral norte da Bahia é formado pela restinga, tipo de vegetação própria de terrenos salinos for-

mado por ervas, arbustos e árvores. Os destaques são a aroeira de praia e o cajueiro. MATA ATLÂNTICA Aqui, o que predominava era a Mata Atlântica, praticamente devastada pelo cultivo de cana-de-açúcar. Hoje temos áreas protegidas e de recuperação graças as iniciativas governamentais, privadas e ONGs.


Restinga

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Bromélia

Hibisco

Cravo

DIVULGAÇÃO

Mata Atlântica

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Meio ambiente

Parque

FOTOS TATYANA ANDRADE

Ecológico Sauípe


Em plena Mata Atlântica, este lugar de 66 hectares era, antigamente, uma fazenda de palmito e pupunha e hoje tornou-se um centro de educação ambiental para a comunidade local também para os turistas. No parque existem várias atividades esportivas com trilhas de 8, 6, 4, 3 e 2km, tirolesas de 300, 220 e 150 metros, prática de arborismo com 5 pontes e mais caiaques, canoas canadenses e bicicletas. O parque tem 4 lagoas artificiais e dois museus: o de História Natural com uma coleção taxonômica de espécies nativas e de outras localidades e o Museu Arqueológico, contendo peças encontradas na construção do Complexo Costa do Sauípe. É uma coleção bem grande, com destaque para um símbolo desenhado na pedra, talvez o primeiro ato de escrita da tribo Tupinambá, os arqueólogos ainda não decifraram o código. A equipe que trabalha no parque é local.

Aroeira (pimenta rosa)

Nicuri

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Meio ambiente

Fauna 42 Cidade&Cultura


FOTOS TATYANA ANDRADE

Seu Basílio conta que há um peixe que come gente e esse peixe tem duas presas enormes e chega a ter dois metros. Vive em água doce e salgada. Que peixe é esse? É a Caranha, peixe de escamas, forte e corpo alongado, pode ser pardo esverdeado, róseo escuro ou pardo avermelhado. Chega a 1,5 metros de comprimento e até 60kg. Sua principal característica é a presença de dentes caninos. Hábitos noturnos. Sua carne não é muito apreciada, mas os nativos não acham isso. Fora a caranha, encontramos também 250 espécies de aves, jibóia, gato mourisco, iguana, mico, tamanduámirim, papagaios, tucu branco, cobra coral e cobra caiana.

Caranha

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Meio ambiente

Projeto

Tamar

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INÍCIO O Projeto Tamar tem como parceiros o ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade) e a Fundação Pró-Tamar, com patrocínio da Petrobras. Completou 28 anos de pesquisa e manejo das cinco espécies com ameaça de extinção de tartarugas marinhas (cabeçuda, de pente, verde, oliva e de couro) que ocorrem no Brasil. É reconhecido internacionalmente, principalmente pelo seu trabalho sócio-ambiental.

nhas. O trabalho consiste em patrulhamento noturno do ato de postura dos ovos, observação do animal durante esse processo e coleta de material biológico para análise genética. Os ninhos em área de risco são transferidos para locais mais seguros. Nas áreas de alimentação, o cuidado é com as tartarugas que são capturadas por pescadores. Elas são reabilitadas e devolvidas ao mar. Há também, a conscientização da preservação repassada aos pescadores.

EXTENSÃO Protege 1.100 quilômetros de praias e tem 22 bases de pesquisas que abrangem a Bahia, Sergipe, Pernambuco (Fernando de Noronha), Rio Grande do Norte (Atol das Rocas) , Ceará, Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo e Santa Catarina.

CURIOSIDADE São colocadas nas praias, espreguiçadeiras para os hóspedes tomarem sol, porém na época da desova, elas são retiradas para que as tartarugas não desviem do caminho. Com isso, o trabalho dos funcionários dos hotéis é dobrado.

BAHIA Este estado recebe 60% das desovas registradas das tartarugas de pente, algumas das tartarugas oliva e verde. São 220km de praias através das bases de Costa do Sauípe, Sítio do Conde, Arembepe e Praia do Forte. Em Costa do Sauípe, por ter uma praia de grande quantidade de desovas, é realizado o programa Tartarugas by Night, onde o turista que adota uma tartaruga marinha pode acompanhar as atividades técnicas de campo. TRABALHO DE CAMPO Entre setembro e março é o período de desova das tartarugas mari-

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Meio ambiente

Berimbau Programa

Todos nós sabemos que qualquer mega construção, mesmo respeitando a legislação vigente para diminuir os impactos, gera problemas como lixo, abastecimento, inflação no local etc. Por isso a crítica dos ambientalistas é forte. Porém o que foi visto em Sauípe, que possui o maior complexo hoteleiro do Brasil, é justamente o contrário. Visitamos as comuni-

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dades do entorno, onde moram os nativos e o que constatamos é que grande parte das famílias trabalham ou estão envolvidas de forma direta e indiretamente com o complexo. Por iniciativa do complexo costa do Sauípe e com apoio da Fundação Banco do Brasil, foram formadas cooperativas de artesanato, pesca, reciclagem de lixo e produção de alimentos or-

gânicos. Essa iniciativa dos empresários proporciona um ciclo inteiro de produtividade e inclusão social aos moradores. COMO ERA Antes da implantação do complexo, os moradores viviam a margem de qualquer cadeia produtiva. Os pescadores não escoavam sua produção, as arte-



Berimbau Programa


sãs vendiam seus trabalhos a preços irrisórios à beira da estrada, a agricultura não era suficiente nem para a subsistência e o lixo não tinha destino certo. O CICLO Após um amplo projeto voltado para o fortalecimento do associativismo e assistência técnica adequada, algumas cooperativas se consolidaram, proporcionando aos associados capacitação nas áreas pertinentes. O Programa tem começo, meio e fim. Começando pela COOPEVALE, e pelas hortas familiares chamadas de P.A.I.S, na qual a família recebe uma unidade agrícola, e capacitação técnica para se auto sustentar. É uma espécie de “mandala” onde no centro situa-se o galinheiro, e ao redor é feita uma horta circular, de onde a família tira seu próprio sustento, e o excedente comercializa para a cooperativa. Para a COPEMAR, cooperativa de pesca, o projeto ajudou fornecendo embarcações, equipamentos, cursos e apoio administrativo. Para as Artesãs do Trançado Tupinambá, e a recém criada COPEMAT,

o Programa ajudou a incluir mais de 300 famílias que se beneficiaram da capacitação, do apoio à comercialização, e do próprio ponto de venda dentro do Complexo. A VERDECOOP recicla praticamente todo o lixo da Costa do Sauípe, e agora passada a fase de estudos e testes, inicia a comercialização do adubo orgânico que irá abastecer Sauípe e a própria cooperativa de produtores agrícolas fechando o ciclo da sustentabilidade. PRODUÇÃO O grande objetivo do Programa Berimbau, é que todo o resultado das cooperativas possa ser comprado pelo próprio Complexo, abastecendo as cozinhas com produtos frescos, com qualidade e cuja produção viabilize os conceitos de sustentabilidade. OBSTÁCULOS Nem sempre é fácil implantar programas assistenciais. Existe muitos impedimentos naturais, adaptação do associados, aceitação de novas técnicas de manejo dos produtos e continuidade bilateral.

DEPOIMENTO Os resultados demoram a chegar,e isso demanda certa paciência. Mas hoje, ele chegou e a motivação se torna maior quando ouve-se depoimentos como o de Maria Bárbara Ribeiro Silva, assistente de operações da Coopevale e também contemplada com uma unidade do P.A.I.S: “Depois que me tornei associada, minha vida mudou completamente. Conheci outros ambientes, absorvi conhecimentos dados em vários locais, até dentro do Complexo com mais de 300 agricultores. Foi um momento ímpar para mim. Minha qualidade de vida melhorou, hoje comemos muito melhor, já viajei a Brasília. E a escola então, a criançada gosta de estudar! Eles não ficam só na classe, eles saem, vão visitar outros lugares. Todas as mães querem colocar seus filhos lá. Só sei que minha auto-estima aumentou e muito...”

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Complexo hoteleiro



Antes da Costa do Sauípe

no início

Praia do Sauípe

Segundo dona Maria José Santos Silva, antigamente a Praia do Sauípe chamava-se Aracanduba. Foi ali que ela cresceu junto com seu pai, sr. Basílio Mendes da Silva. Toda essa extensão de praia pertencia a eles. Alí haviam três casas de taipa , mais a casa de farinha e criavam porco, cabra e plantavam mandioca, feijão

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verde e outras culturas locais. Viviam à míngua, pois o transporte era a base de cavalo ou burro. Praticamente não havia comércio e sim escambo. Médico então, nem pensar. Era muito difícil de se chegar até a capital a ponto de dar tempo de salvar alguém. Para comprar ou vender algo era necessário ir à Feira de São Joa-

quim, em Salvador. Saíam na quinta e só voltavam no sábado. Por isso a importante herança dos índios no cultivo de ervas medicinais. Não havia luz, as comidas eram conservadas no sal. Sal que a mãe de seu Basílio retirava do mar e guardava em grandes tonéis. Depois que seus filhos cresceram e tomaram rumo, ele vendeu as terras.


Do outro lado, seu Basílio virou funcionário da fazenda de coco em que foi transformado o local e comprou uma fazenda de “25 tarefas”, com nascente de água doce, rio que corta, vive da sua aposentadora e espera que algum dia seus filhos usufruam do paraíso em que mora. Em 1990 a atividade turística au-

mentou sensivelmente no litoral norte baiano. Por isso o Governo Estadual formulou e implementou o PRODETUR, criou a ÁREA de PROTEÇÃO AMBIENTAL DO LITORAL NORTE (APA-LN) e construiu a Linha Verde (BA – 099) concluída em 1993. E é dentro dos padrões estabelecidos por estes órgãos que o Complexo Costa do Sauípe foi construída.

FOTOS TATYANA ANDRADE

Dona Maria diz que ficou muito triste, mas hoje, ela que mora na praia ao lado, diz que com a vinda do Complexo Hoteleiro, sua vida melhorou muito, pois seu restaurante é mais frequentado e seu artesanato tem mais saída. É uma grande lição, pois com tantas terras, eles não tinham recursos para produzir mais, vender mais e interagir mais.

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Complexo hoteleiro

Os hotéis O COMPLEXO HOTELEIRO COSTA DO SAUÍPE Para falar de Costa do Sauípe não é simplesmente escrever sobre um determinado hotel e suas principais atrações. Estamos falando de uma cidade, que no auge de seus eventos, tem uma população com até 8.000 pessoas. Ela é uma cidade, pois tem Corpo de Bombeiro qualificado, posto médico 24 horas com médico, enfermeiro, sala de cirurgia, UTI, 3.000 colaboradores diretos e indiretos, rodoviária, transporte para os hóspedes dia e noite, 150 seguranças, 5 hotéis, seis pousadas, banco, correio e mais de 3.000 coqueiros!

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COSTA DO SAUÍPE ALL INCLUSIVE É destinado a quem tem um estilo mais descontraído. Ideal para famílias, grupo de amigos e casais. São 237 apartamentos com varanda e rede, Tequila Restaurante & Bar, Café Mestiço e Restaurante Sol & Mar, serviço de massagem terapêutica, berçário com copa, sala de jogos, Kid’s Club, duas piscinas, sauna, espaço para convenções e eventos com 320 lugares, Business Center completo e espaço para a prática de atividades físicas.


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COSTA DO SAUÍPE CONVENTIONS É inspirado no Descobrimento do Brasil. É uma grande obra de arte, pois no saguão nos deparamos com 3 caravelas suspensas sobre um espelho d’água. Possui 404 apartamentos, 6 pontos de alimentação com nomes típicos como: Lobby Bar Caravelas, Pub & Boite Pau Brasil, Bar Capitania, Restaurante Monte Pascoal, Terra Brasil e Restaurante Porto Seguro. É uma das maiores estruturas para eventos.

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GASTOS mêS Luz – 1.283.676,09 kwh Água – 19.079 metros cúbicos Poços – 10.118 metros cúbicos Gás – 22.798 kg

COSTA DO SAUÍPE GOLF & SPA Sofisticado, elegante e padrão 5 estrelas. Tem 256 apartamentos, Restaurante Asiático, Restaurante Orixás da Bahia, Lobby Bar e Bar Manga Rosa, espaço de convenções e eventos para 1.000 pessoas, Business Center, Massagem Terapêutica, baby sitter, berçário, baby copa e Kid’s Club. Completam o requinte o Tropical Spa Sauípe.

COSTA DO SAUÍPE SUÍTES um dos preferidos para quem procura paz e sossego, tem como tema o cacau e as fibras naturais, inclusive nos seus 198 apartamentos. Oferece aos hóspedes o Lobby Bar Barcaça de Cacau, Restaurante Casa Grande, Restaurante e Bar Baía de Ilhéus e Restaurante Infantil Semente de Cacau.

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SUPER CLUB BREEZES Opera com o sistema “Super Inclusive”, ou seja, tudo incluído na diária. Tem 324 acomodações e 4 pontos de alimentação: Munassan, Pastafari, Market Place e Jimmy’s Buffet.

TRANSPORTE Dentro do Complexo é muito fácil locomover-se. Além do hóspede ter a opção de alugar bicicletas ou carros elétricos, há uma linha de ônibus com ar-condicionado que passa sem demora e leva a todos os lugares.

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Centros

de lazer

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CENTRO EQUESTRE Cavalgar na região em meio a restinga e o mar, talvez seja uns dos passeios mais interessantes. Sempre com guias, o turista poderá desfrutar deste paraíso com mais intensidade. Este centro também tem aulas de equitação, passeio de charrete e uma mini-fazenda que faz a cabeça da garotada.

CENTRO NÁUTICO As atividades são feitas na Lagoa da Vaca Tonta e oferece muitas modalidades esportivas: escola de surf, windsurf, remo, canoa canadense, caiaque, pedalinho, pesca, tirolesa, parquinho e vôlei de praia. O curioso é que esta lagoa é artificial. Antes era apenas um córrego. Depois, a vegetação em volta, que estava devastada, foi restaurada e cresce a passos largos, causando certa dificuldade na prática de esportes que precisam de vento.

CENTRO DE TÊNIS Palco das edições do Brasil Open, possui 6 quadras de saibro, 9 de piso asfáltico, 4 de paddle e 2 quadras de squash climatizadas e piso com amortecedor.

CENTRO POLIESPORTIVO Futebol society, 4 quadras poliesportivas e mesas de ping-pong.

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Golf FOTOS TATYANA ANDRADE

coSTa Do SauÍPE GoLF LINKS Este campo de golfe transformou o litoral norte da Bahia atraindo brasileiros e estrangeiros amantes desse esporte. Foi desenhado por Brian Costello que aproveitou a vegetação local para criar dificuldades como raias de vegetação rasteira e dunas. Padrão PGA de 18 buracos e 7.000 jardas de extensão no seu Competition Course.

Buraco 19 é nome do bar que serve variados tipos de drinks e petiscos. A vista é simplesmente deslumbrante.

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JONEY SANTANA DE SOuzA

LaZEr Na PraIa Vôlei, aula de capeira, aeróbica, caminhadas, alongamento, aulas de surf e kite surf, na Barraca da Oca, são as atividades que vamos encontrar à beira mar.

LaZEr Na PIScINa Bibi e Bombom são uns dos personagens que se encontram dançando nas piscinas de Sauípe. São verdadeiros animadores que deixam qualquer hóspede de queixo caído, tamanha é a agitação que eles fazem.

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LAZeR InFAntIL Enquanto os hóspedes aproveitam sua estada, seus filhos ficam em boas mão. As equipes de monitoria e entretenimento infantil, tanto dos resorts como da Vila Nova da Praia, são preparadas para oferecer diversão de qualidade às crianças. Os pequenos são convidados a desenvolver habilidades manuais e artísticas por meio de oficinas especiais.

LAZeR notURno Se você é da noite, não se desespere. Achar que em Costa do Sauípe não acontece nada neste período, é uma grande ilusão. Aqui o importante é ser feliz. Na Discoteca Hurricanes, o estilo é jovial e a música é animada. No Pub & Boite Pau Brasil, você dança com a inspiração dos porões de navios, ao som de música ao vivo.

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eventos Todos os eventos são concorridos no Complexo, entre eles temos o Reveillon, o Carnaval, São João, Sauípe Fest, Micarekids, a Lavagem da Costa do Sauípe e Sauípe Folia, além dos mega-shows com grandes artistas do primeiro escalão.

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Gastronomia 64 Cidade&Cultura


O que torna muitos lugares prazerosos, charmosos e requintados? Pois é, nada como uma mesa bem posta, garçons que atendem com sorriso no rosto, um ambiente com temperatura agradável e uma pista de pratos variados, gostosos e com traços artísticos. Ah! Não podemos esquecer de uma boa bebida para acompanhar. É isso o que Costa do Sauípe apresenta-nos como um presente, além de todos os mencionados acima. O cuidado e o esmero no preparo e manuseio dos alimentos são por excelência aplicados. Os produtos são supervisionados na fonte pela nutricionista. Visitamos os bastidores dessa grande fábrica de alimentos e o que vimos foi o carinho e a responsabilidade dos funcionários. Os restaurantes já foram citados e não é necessário dizer que os frutos do mar são a grande atração desta festa gastronômica. Exemplos: bobó de camarão, moqueca de peixe, todos os tipos de pastas, verduras frescas, pudins, mousses etc. Mas não são somente os hóspedes que se deliciam. Os micos também aproveitam as frutas que sobram do café da manhã.

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Carnes – 3 toneladas/mês Peixes – 2,5 toneladas/mês Aves – 1 tonelada/mês Frutas – 3 toneladas/mês Panificação – 4 toneladas/mês Espumante – 860 litros/mês 8.000 cocos/mês 400 funcionários trabalham neste setor

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Gâteau au chocolat demi amer

Biscuit Gemas 05 unid. Glaçúcar 90g Claras 05 unid. Farinha de trigo 150g Modo Bater as gemas e açúcar até ficarem fofas; Fazer o mesmo com as claras. Em seguida, juntar as duas misturas levemente e por último, a farinha já peneirada. Montar biscoitos em formato de espiral em folhas de papel manteiga. Assar a mais ou menos 200°c por cerca de 4 a 6 minutos Molhar com calda de champanhe ou grand marnier Mousse. Claras 08 unid. Açúcar 180g Chantilly 1l Chocolate derretido 500 g Creme de cacau 40g Modo Derreter o chocolate e reservar; Bater o chantilly e guardar na geladeira ; Bater as claras com açúcar até formar ponto de neve; Logo após, misturar 30% do chantilly no chocolate e o creme de cacau, 20% dessa mistura nas claras batidas. Depois juntar na ordem: claras batidas, chantilly e mistura de chocolate. Misturar levemente até envolver bem os ingredientes, deixando uma mistura homogênea. E estará pronta a mousse de chocolate. Montagem: Num aro sem fundo, forrado com plástico, colocar a primeira camada de biscoito, molhar com calda com o auxilio de um pincel; Espalhar uma camada de mousse, intercalando até completar o aro, sendo que a última camada deverá ser de mousse. Guardar no freezer por aproximadamente 1 hora . Depois decorar a gosto. Bom apetite!

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Vila Nova

da praia

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Estamos falando do coração de Costa do Sauípe. Vila Nova da Praia é o centro, ponto de encontro, paquera, dança, ritmo, cerveja, orixás, acarajé, compras etc. Sua arquitetura é típica dos vilarejos baianos. As pousadas seguem esse estilo, sob gestão do grupo Pestana: Pousadas da Torre, do Agreste, da Aldeia, Pelourinho, Gabriela e Carnaval. Todas com piscina para adultos e crianças. Na Vila acontecem, todas as noites, shows que fazem os hóspedes caírem na folia. Segunda é dia do espetáculo de Boas-Vindas, com uma apresentação esplendorosa de alguns dos orixás do Candomblé. A dança africana e seu ritmo deixam os espectadores paralisados de tanta magia. O final é simplesmente a entrega da rosa branca para Iemanjá nas águas do mar da Bahia. Terça acontece a Festa Junina, casamento e tudo ao som do Forró. Quarta tem a noite latina, a Salsa e Merengue faz com que os mais quietinhos se arrisquem num dois pra lá e dois pra cá. Quintafeira, o povo se esbalda ao som de Bee Gees e afins na noite do Flash Back. Sexta o Samba rola solto, mostrando que, em qualquer parte deste país, as pessoas têm um requebrado que deixam os estrangeiros de boca aberta. No sábado, não podia faltar o Axé, que dispensa qualquer comentário. E no domingo, só para relaxar, uma voz e um violão. Quer mais? O que contagia é a alegria dos dançarinos e artistas que fazem destes eventos espetáculos inigualáveis. Eles envolvem o público de um jeito tão especial e carinhoso, que ninguém fica com vergonha. A paciência e o cuidado são muito estudados e ensaiados. C&A, dançarino altamente qualificado, explica: “a preocupação com o estado físico dos hóspedes é essencial. Temos que diferenciar os shows noturnos das atividades de piscina. Na atividade noturna não tem como controlar o hóspede verbalmente, então usamos a música para dar um ritmo mais cadenciado. Há também o cuidado com a equipe, temos a preocupação com o desenvolvimento e a saúde. Os monitores são cobrados diariamente, principalmente com a alimentação. O monitor é amigo do hóspede e não do hotel. Não existe nada mais gostoso do que fazer outra pessoa feliz”.

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O charuto é formado por várias combinações de fumos em folha, originando assim a cor, sabor, aroma, maciez e textura, visando à facilitar ao fumante o acendimento e queima contínua

CURIOSIDADE Dizem que antes de assinar o embargo econômico a Cuba, o presidente americano John Kennedy encomendou uma enorme quantidade de charutos para abastecer seu estoque pessoal.

baiana Marca

As lojas de Vila Nova da Praia são altamente qualificadas. Existe um critério de seleção bem rigorosa na escolha delas. E no meio de tanta qualidade de produtos oferecidos, encontramos uma que, além de charme e elegância, tem um toque especial de prazer. É a Garcia D`Ávila Charutaria e Cachaçaria, um ponto para se deliciar, em boa companhia, com os seus produtos. Gostamos tanto que resolvemos ir a fundo na história do charuto. Veja o que encontramos...

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HERESIA As folhas de tabaco já eram cultivadas há mais de dois mil anos pelo povo Maia. O fumo era utilizado inicialmente pelos pajés, na América Central, em seus rituais espirituais e de cura. Com a chegada de Colombo, Rodrigo de Jerez levou a descoberta ao continente europeu, onde foi considerado pelo Santo Ofício uma heresia, pois como um demônio, a pessoa que fumava o então tabaco enrolado soltava fumaça pela boca e nariz. Um horror! Muita gente


foi queimada nas fogueiras da Inquisição por conta disso. Dogmas à parte, o fato é que o charuto é um dos símbolos de status social mais bem arraigado em todos os povos. CUBA Escrever a respeito do charuto é escrever sobre Cuba e seus produtos de primeira linha, como Montecristo, Cohiba e Romeo y Julieta. O solo e seu clima são propícios ao cultivo de matéria-prima mais elaborada, sendo o terceiro produto de exportação desse país, atrás apenas do café e da cana-de-açúcar. BRASIL – RECÔNCAVO BAIANO No Brasil, a indústria fumageira encontrou seu lugar na região do Recôncavo Baiano no início do século XIX. A família Menendez (Charutos Montecristo), após a revolução de Cuba, trouxe para cá suas sementes de tabaco, pois o Recôncavo Baiano era a única região do mundo cujo solo e clima eram semelhantes ao seu país. Hoje, a Bahia é um dos maiores fabricantes de charutos de qualidade do mundo, com características próprias diferenciadas dos cubanos. Lá, o charuto é longo, com capa clara, fumo mais forte e de gosto adocicado. Aqui, o charuto é médio, com capa escura, fumo mais suave e de sabor levemente picante. CHARUTEIRAS Todos os charutos fabricados aqui, são feitos à mão e em sua maioria por charuteiras, que aprenderam a enrolar o fumo com suas avós e mães, isso desde 1842. Elas são mais delicadas, cuidadosas e perfeccionistas, características ideais para manter o padrão de acabamen-

to. As mais famosas marcas brasileiras são Brasil-Bahia, Sumatra - considerado o mais aromático do mundo – e, agora, o Garcia D`Ávila. Fizemos a degustação deste último charuto e realmente pudemos constatar seu sabor. Conversando, descobrimos a relação da logomarca que dá sentido ao produto. O brasão da Casa da Torre é a representação do real significado de robustez, história, influência, domínio e alicerce. Por incrível que pareça, encontramos essa sensação ao fumarmos um verdadeiro charuto Garcia D`Ávila.

COMPOSIÇÃO O corpo do charuto é formado por três partes: a) Torcida – parte central, chamada de miolo ou bucha; b) Capote – sobrecapa ou cinta que reveste a torcida; c) Capa – arremate final, a folha externa do charuto. Confecção: as folhas de fumo são amarradas em maços e penduradas para secagem e amadurecimento. Depois, os talos são fermentados durante um mês, processo que serve para eliminar as impurezas, a nicotina e refinar o sabor. As folhas são separadas pela cor, formato e espessura. As charuteiras enrolam a torcida manualmente, agrupando as folhas e prensando-as por uma hora. Recebe o capote e a capa. Depois, uma das pontas é selada com uma goma vegetal incolor e inodora, guilhotinado de acordo com seu tipo. Descansam por mais um mês em caixas de madeiras. Para finalizar, é colocado seu selo. A embalagem é feita de madeira de cedro.

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Gente da

terra

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Numa reunião de líderes espirituais, Iemanjá e Ogun disseramme que era hora de partir. Hora de procurar um lugar na terra para me fixar e fazer com que todos os Orixás pudessem praticar seus mandamentos. Sou da mata, sou caçador. Aceitei a missão. Andei por este planeta muitas léguas. Achei o lugar. É a Bahia. Sou Oxossi e vim pra ficar! Se é verdade não sei, mas pelo que pudemos ver, sentir, conhecer e aprender nestes caminhos andados por Mata de São João, deve ter sido mais ou menos as-

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sim como tudo começou. Esta terra é abençoada. Só o fato de chegar no aeroporto de Salvador, a energia pega a fundo. O sentimento e o olhar para o que está a sua volta é diferente. Caem os mitos e surgem outros e mais outros. O momento é de reflexão. Bahia de Todos os Santos. Santo nome dado a esta terra. Aliás, aqui tudo é santo. As pessoas que nos sorriem com um sorriso franco, aberto, largado e feliz nos desarmam. Santa baianidade que todas as religiões abraçou. A você baiano, pela sua simplicidade e sinceridade, muito axé.

“...antes de 2003 o conceito de destino turístico e o uso adequado da nossa identidade cultural não eram explorados. Só sabíamos que ali era o Brasil, porque falava-se o Português. Bahia não era. Não revelava a riqueza cultural, a alegria, a sensualidade, e a musicalidade que se tem ao redor. O que viria a ser realmente o nosso diferencial competitivo. Um empreendimento dessa magnitude e com essa infra-estrutura, já é um negócio maravilhoso, mas ele pode estar em qualquer lugar... O diferencial, é justamente estar na Bahia. Observando isto, começamos a reforçar uma identidade genuinamente baiana... O calor humano e o bem receber por aptidão, é um dom do brasileiro, e deixamos isso aflorar espontaneamente. Eles já estavam bem qualificados, permitimos, a partir de certo momento, a liberação do ser humano. O nosso colaborador é baiano e faz aquilo que gosta muito, que é receber. Ele é voluntarioso. Quando está fazendo alguma atividade com o hóspede, ele esta sendo autentico e não executando apenas um dever de ofício. Isso que é maravilhoso na cultura brasileira. Há também o aspecto do impacto que a construção do Complexo causou na região. Sabendo disso é que iniciamos o Programa Berimbau, baseado em investimentos tenham sinergia com o turismo, respeito ao meio ambiente, e fortalecimento de ciclos econômicos sustentáveis, que tenham vínculo com a cadeia produtiva do Turismo. O propósito maior é contribuir para a transformação social das comunidades, que enfrentam as mais diversas dificuldades para sobreviver, como alto índice de analfabetismo, reduzido mercado de trabalho e exclusão social. Alexandre Zubaran Diretor Presidente Sauípe S/A

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Baianidade




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