Akikolá - Maio/2021

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ENTREVISTA

FATOS E FOTOS

Laura Miana Carvalho Muniz

Acontecimentos da Província do Rio

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Akikolá REDENTORISTAS EM NOTÍCIAS

Índice Palavra do Provincial...............................................03 Entrevista................................................................. 04 Espiritualidade Redentorista.................................08 Mensagem Vocacional............................................ 10 Redentoristas............................................................ 12 Formação................................................................... 14 Memória Agradecida............................................... 16 Fatos e Fotos............................................................. 18 Celebrações de maio............................................... 23

DESTAQUE Entrevista com a psicóloga Laura Miana Carvalho Muniz

EXPEDIENTE: Coordenação: Pe. Nelson Antonio Linhares, C.Ss.R. Jornalista Responsável: Brenda Melo - MTB: 11918 Projeto gráfico e diagramação: Sandro Abritta Capa: Isolamento social

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Maria,

PALAVRA DO PROVINCIAL

MÃE DO REDENTOR E DISCÍPULA MISSIONÁRIA! Caros leitores e leitoras do AKIKOLÁ, Família Redentorista.

novo Adão e, do seu lado, é tirada a mulher, a nova Eva; um novo povo é constituído.

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o mês de maio nos lembramos daquela que é o grande exemplo de Mãe e de Mulher: Nossa Senhora. Maria ocupa um lugar especial na história da Salvação pois Deus quis utilizar-se dela para fazer com que seu Divino Filho chegasse até nós: “Quando chegou à plenitude dos tempos, mandou o seu Filho, nascido de mulher... para que recebêssemos a adoção de filhos” (Gl 4,4-5).

Constantemente, na história da salvação, Deus manifesta o seu amor de Pai junto a seu povo. O amor é revelado por meio de uma eleição: uma jovem é separada para que por meio dela o Filho de Deus pudesse assumir a humanidade decaída com o pecado. Assim como por meio de uma mulher (Eva), o pecado “entrou” no mundo, Deus separa uma mulher para que, por meio dela, chegue a Salvação: dáse uma nova criação. Há um

Maria é a Mulher do sim. O sim dado ao Amor. A obediência dada por amor. A entrega dada no amor. Desta maneira, Maria tem uma grande importância na história da salvação e na vida dos cristãos. Certamente, a Virgem tem na Bíblia um lugar discreto. Ela aí é representada toda em função de Cristo e não por si mesma. Mas sua importância consiste na estreiteza de seus laços com Cristo. Maria está presente em todos os momentos de importância fundamental na história da salvação: não somente no princípio (Lc 1 – 2) e no fim (Jo 19,27) da vida de Cristo, mistérios da Encarnação e da morte redentora, mas na inauguração de seu ministério (Jo 2) e no nascimento da Igreja (At 1,14). Presença discreta, na maior parte das vezes, silenciosa, animada pelo ideal de uma fé pura e de um amor pronto a compreender e a servir aos desejos de Deus e dos homens (Lc 1,38-39.46-56; Jo 2,3).

Portanto, não podemos excluir Maria da nossa espiritualidade e da nossa vivência cristã, pois, onde Maria se torna ausente, também Cristo se torna irreal e abstrato. Em qualquer lugar da cristandade onde apareça Maria, cada coisa abstrata, cada forma vazia, assim como cada obstáculo desaparece e cada alma é imediatamente tocada pelo mundo celestial. Peçamos a Intercessão de Maria para que a cada dia possamos servir o seu Divino Filho e a sua Igreja. Que as celebrações marianas nos ajudem a buscar o Cristo Senhor como nosso Salvador e para quem Maria nos aponta e manda que nos dirijamos e, levados pelo carinho filial, depositemos em Maria, nossa mãe, a nossa oração, o nosso pedido, para que possamos em tudo fazer a vontade do Pai que está nos céus. Nesta nossa peregrinação, temos Maria que nos acompanha com amor materno e nos ajuda a viver mais ainda com o Seu divino Filho, Nosso Senhor Jesus Cristo.

Pe. Nelson Antonio Linhares, C.Ss.R.

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pe.nelsonantonio


ENTREVISTA COM

Laura Miana Carvalho Muniz

O CUIDADO COM A SAÚDE MENTAL EM TEMPOS DE ISOLAMENTO SOCIAL

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isolamento social decorrente da pandemia afetou a rotina de muitas pessoas e trouxe um cenário de incertezas, ansiedade e medo, impactando na vida emocional e psíquica de cada uma delas. É fundamental discutirmos esses efeitos para que possamos nos cuidar e cuidar daqueles que amamos. Nesta entrevista, a psicóloga Laura Miana Carvalho Muniz, Missionária Leiga Redentorista da Unidade Glória/Juiz de Fora (MG) há 5 anos, esclarece pontos importantes e dá dicas para cuidar da saúde mental.

Laura Miana Carvalho Muniz Juiz de Fora - MG

13 de Maio - 1731 - Fundação da Ordem do Santíssimo Redentor (O.Ss.R.), Irmãs Redentoristas, em Scala, na Itália.

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“Acabamos ficando sozinhos com a gente mesmo e isso pode ser bastante incômodo”. Como você percebe que a saúde mental está sendo entendida pela sociedade neste tempo de isolamento social?

pessoas. A incerteza aflora inseguranças que muitas vezes as pessoas já tinham em seu íntimo. Em geral, muitos são os sintomas e transtornos propriamente ditos que podem despertar em um contexto tão cheio de medos. Temos visto se multiplicarem sintomas como transtornos de ansiedade e depressão e até alguns mais complexos como o pânico, a agorafobia (medo de locais abertos), o transtorno obsessivo compulsivo e a fobia social.

Muitas pessoas viam a saúde mental como algo secundário. Outras encaravam essas questões como banalidade ou como algo supérfluo que poderia ser deixado de lado para se priorizar o trabalho, compromissos sociais, entre outros. Entretanto, a pandemia escancarou uma demanda que há muito andava escondida: mostrou a todos nós a importância de estarmos saudáveis, não apenas de corpo, mas também de mente.

O necessário isolamento em casa nos mantém mais tempo próximos aos familiares fazendo com que alguns problemas relacionais há muito ignorados possam vir à tona. Por sua vez, o medo e a insegurança generalizados da panEssa mudança de ótica vem com a o demia encontram em cada um de nós medo da doença e a nova rotina causa- nossos anseios próprios, gerando assim da pelo necessário distanciamento so- problemas muito singulares. cial. Acabamos ficando sozinhos com a Quando esses contextos e situações gente mesmo e isso pode ser bastante nos causam mal a ponto de perdermos incômodo se você não está acostumado a olhar para si. Muitas pessoas não o ritmo de nossas vidas, quando passadispõem de artifícios para conviver mos a não controlar com plena conscom seus próprios pensamentos. E por ciência nossos atos e nos vemos prejuisso, a função dos profissionais de saú- dicados e desmotivados em nosso dia de mental passou a ser compreendida a dia por quaisquer motivos, o ideal é como suporte para esse processo pela buscar ajuda. Não existe motivo para enfrentarmos sozinhos algo que, de jornada da condição humana. um jeito ou de outro, está impactando A pandemia tem desencadeado a todos nós. O desequilíbrio emociomuitos distúrbios psicológicos e de nal pode ser resolvido de vários modos comportamento nas pessoas. e nenhum deles exclui o outro. E vejo Como lidar com que o suporte profissional de psicóloesse desequilíbrio emocional? gos e psiquiatras pode auxiliar muito Todo esse conturbado contexto po- no acolhimento de nossos anseios sem tencializou anseios e angústias que já julgamentos. Buscar ajuda é um ótimo existiam, como que adormecidos, nas caminho.

Maria é o porto dos que naufragam, consolo do mundo, resgate dos cativos, alegria dos enfermos. Santo Afonso MAIO | 2021

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De que forma a espiritualidade pode ajudar neste contexto?

exercício de altruísmo constante que pode fazer o indivíduo encontrar a sua paz enquanto auxilia o próximo a fazer o mesmo. O exercício do altruísmo nos ajuda a afastar pensamentos ansiosos e até depressivos, encontrando serenidade e paz em nossos próprios atos.

Buscamos sempre dar sentido às nossas questões existenciais e respostas àquilo que nos é fundamental na vida. A busca pelo sagrado por meio da espiritualidade nos possibilita transcender numa dimensão íntima que nos conforta, nos dá segurança e ajuda a enxergar melhor as situações.

Que hábitos podem ser cultivados para promover o autocuidado e o bem-estar?

Em tempos de pandemia, a espiritualidade vem em nosso auxílio, principalmente por estarmos passando por um momento onde o sentido dos acontecimentos se esvai com tamanha facilidade e nada parece ter lógica. O exercício da espiritualidade pode contribuir na convicção de que existe algo maior, responsável por nós diretamente. Esses sentimentos nos ajudam a lidar com os acontecimentos de forma mais tranquila, confiante e atenuando situações de estresse e ansiedade.

Para além do clichê, é preciso também gostar de si mesmo. Praticá-lo como ato no mundo, com ações que reafirmem isso consigo mesmo a todo instante. O autocuidado passa por ações corriqueiras sobre as quais nem refletimos tanto, como a higiene pessoal, alimentação saudável e prática de atividades físicas. São atos importantes de carinho e amor próprio. Juntamente ao cuidado com o corpo, é preciso alinhavar e reforçar nossos laços sociais. É muito importante a busca pelo contato com aquelas pessoas que nos fazem bem pela fé, positividade e esperança. Perceber que não é só de proximidade física que vivemos socialmente, mas sim de proximidade emocional. Em tempos de pandemia, estar presente nem sempre significa estar no mesmo espaço físico, mas pela intensidade dos afetos.

Qual é a contribuição da vida comunitária e da convivência fraterna para a saúde mental de um religioso? A colaboração é uma característica inerente ao humano. É na fraternidade sincera, na vida comunitária, reconhecendo o outro como fonte para o meu desenvolvimento e eu a dele que podemos abrir um caminho produtivo na direção da paz e da felicidade. Falo do serviço desinteressado, da amorosidade verdadeira pelo próximo, sempre respeitando a dignidade de sua existência. Junto a isso, a vivência comunitária estabelece laços de união de todos que convivem num mesmo teto, num mesmo grupo social, num mesmo ambiente de trabalho, numa mesma sociedade como membros responsáveis pela sua organização e funcionamento.

Por fim, a promoção do bem-estar e do autocuidado demanda autoconhecimento. Buscar formas de pensar mais sobre si, de se conhecer mais, conhecer a sua vida e tudo que a rodeia. Resgatar memórias, lembranças, ouvir boa música, fazer uma boa leitura, ter uma revigorante noite de sono. Tudo isso também nos ajuda a olhar para dentro de nós mesmos e nos depararmos com As práticas que vão nessa direção po- nossas qualidades, mas também nossos dem auxiliar bastante a saúde mental defeitos e desafios. E até, quem sabe, das pessoas. Possuir uma vida comuni- possamos atuar em alguns deles. Brenda Melo tária voltada para a fraternidade é um Jornalista

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Jovem, já pensou em ser

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ESPIRITUALIDADE REDENTORISTA

Pedro e Paulo:

um caminho para uma moral encarnada

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o último mês refletimos sobre a carta do Papa Francisco para a Congregação Redentorista por ocasião do aniversário de 150 anos da proclamação de Santo Afonso Maria de Ligório como doutor da Igreja. Falamos sobre alguns dos assuntos principais contidos na referida carta, e que dizem bastante sobre a proposta moral de nosso fundador, bem como a profunda ligação existente na proposta afonsiana entre espiritualidade e agir e pensar moral. Recordamo-nos, assim, que a moral afonsiana não é um exercício meramente de ideias desencarnadas, mas parte e dialoga com a vida, em contínua fidelidade misericordiosa ao amor Trinitário manifestado em plenitude na vida de Jesus e no Reinado de Pai proclamado por ele; encontra sua continuidade encarnatória na comunidade de fé-Igreja, sustentada na graça do Espírito Santo.

Pe. Maikel Pablo Dalbem, C.Ss.R. Roma | Itália

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questionar pela nova realidade imposta e discerne criativamente o desafio imposto por culturas diversas: aos de cultura judaica, permanece as prescrições da Lei mosaica a cerca da circuncisão e do consumo das carnes ofertadas aos ídolos; aos gentios, cai o preceito da circuncisão física e entra o bom senso com relação ao consumo das referidas carnes.

Será nesta linha que desenvolveremos a reflexão deste mês, tomando agora duas figuras principais, pessoas muito diversas em suas personalidades, mas que mostram como a diversidade na Igreja, quando colocada na abertura em diálogo (coisa que parece faltar em tantos contextos de hoje), ajuda a discernir o caminho conjunto que somos chamados a fazer como membros de um só corpo em Cristo.

No universo do símbolo, percebemos em Pedro a carinhosa memória do caminho já realizado, o que chamamos de Tradição, sem jamais fechar-se aos questionamentos da vida, abrindo-se sempre em contínuo discernimento que permite realizar o pedagógico processo de remover a palha dos anos para a permanência da riqueza do grão que continuará a florescer. Em Paulo, a audácia e a coragem de acolher o novo, de “sujar as mãos” com a realidade, de tornar-se “hospital de campanha”, de progredir em comunhão sem deixar-se enrijecer com a tentação que submete tantos à vontade imperiosa dos egos.

Assim, retornemos ao chamado Concílio de Jerusalém (At 15.1-33), onde estas duas figuras importantes na história de nossa fé, Pedro e Paulo, teriam se encontrado. Mais do que fazer um estudo exegético do referido trecho bíblico, proponho uma pequena reflexão sobre o conteúdo simbólico que encontramos nas pessoas de Pedro e Paulo no interior daquela importante reunião e como isto pode nos inspirar no caminho de uma moral encarnada no chão da história humana. Pedro, à frente da Igreja de Roma, recebe junto a Tiago a visita de Paulo e de Barnabé, ativos portadores da palavra do Evangelho entre os gentios. O problema central gira em torno à questão colocada pelas facções judaizantes que queriam submeter os gentios às prescrições da lei mosaica como, por exemplo, a circuncisão. De modo muito resumido, ao final da reunião, prevaleceu a circuncisão do coração (à qual vem submissa também a circuncisão na carne ainda praticada por aqueles que vinham do judaísmo), ou seja, a adesão de vida ao Reino de comunhão trinitário, e o profundo respeito à sensibilidade dos irmãos, para não causar escândalos. Decide-se também a condivisão da missão apostólica no envio missionário oficial de Paulo aos gentios em comunhão com Pedro.

Enfim, eis as duas vias onde se realiza a construção de uma moral encarnada no chão da vida em busca da Vida em plenitude. Reinando a amizade e a misericórdia Trinitária, manifesta-se uma comunhão que se realiza na tensão entre o Eterno e o Histórico, como caminho de fraternidade reunida em uma só família em Cristo. As questões surgem e são acolhidas sem medo, iniciando processos de discernimento de uma consciência que se manifesta profundamente como interrelacionalidade Deus – História – Humanidade – Eternidade.

Concluindo, eis o que fez Afonso diante dos pobres de Nápoles, dos cabreiros de Scala e de tantos outros encontrados pelos caminhos missionários da vida; eis a sensibilidade que ele nos Ultrapassando a pretensão de sub- ensinou, a nós Redentoristas, e a todos missão das facções judaizantes, vence a aqueles que se propusessem a bela misericórdia que, escutando a Tradição aventura da inteligência da fé chamadas Palavras e Gestos de Jesus, se deixa da vida cristã. MAIO | 2021

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VOCAÇÃO

MENSAGEM VOCACIONAL

Maria, a vocacionada do Pai

O Pe. Robson Araújo, C.Ss.R. Belo Horizonte | MG

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mês de maio renova o amor de Maria em nós, renova o sentimento materno no qual concebemos Maria como Mãe da humanidade, aquela que cuida, protege e nos aponta sempre para Jesus. Na condição de Mãe, Maria é aquela que ensina e nos educa na fé. A caminhada na fé é sempre um aprendizado: à medida que caminhamos, vamos amadurecendo e nos encontrando como pessoas chamadas por Deus para determinada missão. A devoção mariana nos apresenta a Mãe de Jesus como aquela que apostou e colaborou em sua missão. Concebemos Maria como Mãe a partir

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do mistério da sua maternidade a Jesus por obra do Espírito Santo. A vocação de Maria de ser Mãe de Jesus está em função da história da salvação, pois o Salvador foi gerado em seu ventre, tem a carne da sua carne.

um de nós. Maria se põe a serviço de Deus e do seu projeto salvífico. Desse modo, o devoto de Maria é chamado a seguir seu modelo de serviço e disponibilidade a Deus e ao próximo. Faz parte da devoção mariana olharmos para Maria e vermos nela a figura da Mãe que acompanha seus filhos. Ela rogou para que não viesse a faltar vinho nas bodas de Caná. Maria não pede para si, mas para o próximo, de modo especial para aqueles que mais precisam. Ser vocacionado do Reino de Deus é ir ao encontro do próximo, sobretudo daqueles que mais necessitam de um sinal de esperança nesses dias difíceis que estamos enfrentando por causa da pandemia do coronavírus.

A vocação nos impulsiona a buscarmos um sentido maior para a vida, nos leva a enfrentar barreiras em prol da realização de um projeto que acreditamos ser possível realizar. Ao abraçar a vocação de ser Mãe do Verbo Encarnado, Maria encontra forças para realizar sua missão, não forças em si, mas no Pai. A força motivadora sempre provinha de uma escuta amorosa da vontade do Pai. Maria sempre teve ouvidos e coração atentos em fazer a vontade de Deus. Essa sua atitude de escuta total a Deus é modelo para nós, vocacionados, que buscamos viver o nosso batismo, pois não é possível viver uma vocação sem escutar o que Deus pede de cada

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Sejamos, pois, sal da terra e luz do mundo. Essa foi a missão de Maria e é também a nossa. Peçamos a ela que nos leve sempre mais a estar junto de seu Filho Jesus.

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REDENTORISTAS

PROVÍNCIA DO RIO

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acolhe novo Presbítero

minha vocação. Fui interpelado pela voz de Deus, que me seduziu e eu deixei-me seduzir”, disse o neo presbítero, que agradeceu a todos os confrades que o apoiaram e deixaram marcas em sua trajetória vocacional.

Ordenação Presbiteral é uma obra de Deus, um dom para a vida da Igreja. Por isso, a Comunidade Redentorista da Província do Rio se reuniu na Basílica de São Geraldo, em Curvelo (MG), no dia 17 de abril, para dar graças a Deus e implorar sua graça sacramental sobre o Neo Presbítero Robson Araújo dos Santos, C.Ss.R., a fim de que, pela imposição das mãos de Dom Darci José Nicioli, arcebispo metropolitano de Diamantina, e oração da Igreja, fosse consagrado a Cristo para viver como Jesus, que misericordiosamente se fez pastor, guia e sacerdote da humanidade. A Celebração Eucarística foi transmitida pelas redes sociais da Basílica e pela Rádio Educadora de Coronel Fabriciano.

De acordo com o Pe. Robson, o lema escolhido para sua vida presbiteral – “Já não vos chamo de servos, mas vos chamo amigos” (Jo 15,15) se deu por entender que o convite que Jesus nos faz é um convite de proximidade, pertença, confiança e amor. Por isso, pretende viver seu ministério como um amigo de Jesus, assim como São Geraldo o fez. “Sentirse amigo de Jesus é sentir-se confiante na caminhada da missão, é ter a certeza que o coração do Mestre está sempre sintonizado no nosso coração e o nosso, ao dele”, afirmou o Redentorista.

Foi com fé e convicção que o Pe. Robson fez sua escolha em servir a Cristo como Missionário Redentorista. “O cântico ‘Tua voz me fez refletir, deixei tudo para Te seguir; nos seus mares eu quero navegar’ diz muito sobre a

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No dia seguinte, Pe. Robson presidiu sua primeira missa, também na Basílica de São Geraldo, com a concelebração dos Missionários Redentoristas, dentre eles, o Superior Provincial, Pe. Nelson Linhares, C.Ss.R. Ao final da celebração, o Pe. Mauro Carvalhais, C.Ss.R. dirigiu algumas palavras de carinho ao neo presbítero, destacando seu jeito atencioso e companheiro: “Padre Robson, que Deus o faça feliz! Prossiga nessa caminhada. Não basta começar; é preciso perseverar até o fim! Você nasceu para ser um Missionário Redentorista!”.

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FORMAÇÃO

O Espírito Santo, alma da Igreja Ossos secos

Pe. Sérgio Luiz e Silva, C.Ss.R. Rio de Janeiro | RJ

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É impressionante a imagem que vem de uma visão do Profeta Ezequiel: ele via um imenso campo coberto de ossos secos, esqueletos. O Senhor lhe argui: “Filho do homem, poderiam esses ossos retornar à vida”? Ao que ele respondeu: “Senhor Javé, só vós o sabeis” (Ez 37, 3). Para mim não há como ler tal passagem e não relacioná-la com o atual quadro que vivemos no Brasil e no mundo das milhares e milhares de pessoas que tombaram, vítimas da Covid-19. As histórias sobre estes falecidos multiplicam-se em outras tantas das famílias que choram seus entes queridos.

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A alma da Igreja

Mas a verdade é que a morte toca mais do que o corpo, toca o ser do homem, quando está longe de sua fonte, de sua origem: Deus. O homem por si mesmo não pode se salvar e só Deus, como responde o profeta, sabe como e tem o poder para dar vida e vida plena (Rm 3, 23; 5, 12). E é o que Ele faz: “vou fazer entrar em vós o sopro da vida para vos fazer reviver” (Ez 37, 5).

Santo Agostinho afirma: “Aquilo que o nosso espírito, a saber, a nossa alma, é para os nossos membros, o mesmo é o Espírito Santo para os membros de Cristo, para o Corpo de Cristo que é a Igreja”. Não é, pois, algo individual, ainda que seja pessoal; não estamos isolados, como os membros do corpo não podem reivindicar vida própria (1Cor 12, 15-27).

Alma, anima

Não há, portanto, Igreja sem o Espírito Santo, assim como não existe um ser humano sem alma. Não há vida cristã, possível, da forma como foi desejada por Jesus, fora da Igreja, assim como um membro não pode sobreviver fora do corpo ou um ramo fora da árvore (Jo 15, 5). Imagine um ramo argumentando com a árvore que não precisa de sua seiva ou o vaso de barro querendo ser independente do oleiro (Jr 18, 6). Ao invés disso, alegre-se porque o Espírito Santo que anima a Igreja inteira é o mesmo Espírito que nutre sua vida Corpos sem alma são um campo interior. Isso é dádiva, motivo de proinfinito de ossos secos, mas a histó- funda alegria na alma do cristão. ria bíblica não termina aí. Voltemos Termino com as palavras do Papa ao texto do Profeta Ezequiel. O Se- emérito, Bento XVI: “O Espírito Santo nhor disse a Ezequiel: “Profetiza ao é a alma da Igreja. Sem Ele a que espírito, disse-me o Senhor, profeti- ela se reduziria? Seria certamente za, filho do homem, e dirige-te ao um grande movimento histórico, espírito: eis o que diz o Senhor Javé: uma complexa e sólida instituição vem, espírito, dos quatro cantos do social, talvez uma forma de agência céu, sopra sobre esses mortos para humanitária. E, na verdade, é assim que revivam” (Ez 37, 9). Na ressurrei- que a veem quantos a consideram ção de Jesus, todos revivemos e nos fora de uma ótica de fé. Em realitornamos herdeiros, pelo Batismo, dade, porém, em sua verdadeira dessa maravilhosa promessa. Assim, natureza e também em sua autêna dádiva do Espírito manifestada por tica presença histórica, a Igreja é inJesus, no momento de sua morte, cessantemente plasmada e guiada ao entregar seu espírito ao Pai (Lc pelo Espírito Santo de seu Senhor. É 23, 46), tornou-se, agora, efusão em um corpo vivo, cuja vitalidade é jusPentecostes. tamente fruto do invisível Espírito A palavra alma vem do latim anima e significa exatamente isso: sopro, ar, origem da vida. “O Senhor Deus formou, pois, o homem do barro da terra, e inspirou-lhe nas narinas o sopro da vida e o homem se tornou um ser vivente” (Gn 2, 7). Por sua vez, a palavra hebraica referente ao Espírito Santo é Ruah, que significa vento, sopro, hálito. Portanto, o Espírito Santo é aquele que dá vida, é o hálito que dá vigor ao nosso ser, muito além da vida física, que um dia cessará.

divino” (Pentecostes de 2009).

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MEMÓRIA AGRADECIDA

Dom José Gonçalves da Costa (1914 - 2001)

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esse mês de maio falaremos sobre D. José Gonçalves da Costa, C.Ss.R., o primeiro Provincial brasileiro da Província do Rio. Nascido em 27 de abril de 1914, em Belo Horizonte (MG), D. Gonçalves foi batizado no dia 12 de junho do mesmo ano, na Igreja de São José, pelo Pe. Antônio Grijpink, marcando assim, seu primeiro contato com os Missionários Redentoristas. Seu pai, João Gonçalves da Costa, era fazendeiro, industrial e comerciante. Mesmo com uma grande rotina de viagens, não deixava de retornar para a casa aos domingos para assistir a Santa Missa, ainda que isso pudesse atrapalhar seus negócios. A mãe, Amélia Alves Martins, dedicou-se a educar todos os seus doze filhos para Deus. Dom Gonçalves não pensou imediatamente em ser um sacerdote. Chegou a se ocupar dos negócios de sua família. Contudo, aos poucos, foi lhe crescendo o interesse pela vida religiosa. Algo que se confirmou em 1926, quando seguiu para o Seminário Redentorista de Congonhas (MG). Em 1933, fez sua Profissão Religiosa e foi ordenado sacerdote por Dom José Carlos de Aguirre em 1938. Na Congregação Redentorista atuou como professor, missionário, pároco, reitor, ecônomo provincial, construtor, diretor da Casa de Retiros São José e Superior Provin-

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cial, sendo o primeiro brasileiro da Província do Rio a ocupar este cargo. Os seus trabalhos como Provincial foram breves. Assumiu o cargo em 1961, mas logo em 1962 foi nomeado como bispo-auxiliar da Arquidiocese do Rio de Janeiro, quando também tornou-se Secretário Geral da CNBB. Em 1969 foi nomeado Bispo da Diocese de Presidente Prudente. E no ano de 1975, assumiu a Arquidiocese de Niterói, local onde atuou até 1990. Sempre muito perseverante e zeloso em seus trabalhos, no ano de 1996, D. Gonçalves foi diagnosticado com Parkinson e Alzheimer. No ano seguinte, foi residir na Comunidade Redentorista de São José, em Belo Horizonte, onde permaneceu até sua morte em 19 de junho do ano de 2001. Rafael Bertante Arquivo Provincial

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Acompanhe os principais acontecimentos da

Província do Rio Aconteceu na Província A Semana Santa foi vivenciada com fé e esperança nas Casas de Formação e Comunidades Redentoristas da Província do RJ-MG-ES, que recordaram o mistério da Paixão, Morte e Ressurreição de Jesus. Belo Horizonte - MG

Cariacica - ES

Curvelo - MG

Campos dos Goytacazes - RJ

Cel. Fabriciano - MG

Acompanhe todos os acontecimentos no site: MAIO | 2021

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Floresta - Juiz de Fora - MG

Glória - Juiz de Fora - MG

Rio de Janeiro - RJ

Aspirantado - CVSA - Juiz de Fora - MG

Postulantado - CVDM - Belo Horizonte - MG

Juniorato - São Paulo - SP

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Aconteceu em Curvelo O Tríduo Vocacional Redentorista em preparação para a Ordenação Presbiteral do então Diác. Robson Araújo dos Santos, C.Ss.R. aconteceu de 14 a 16 de abril, na Basílica de São Geraldo, em Curvelo (MG), mesmo local onde o Pe. Robson foi ordenado, no dia 17 de abril, e celebrou sua primeira missa, no dia 18. Ordenação

Tríduo - 1º dia

Ordenação

Ordenação

Primeira missa

Primeira missa

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AKIKOLÁ - 2º dia 20 Tríduo

Tríduo - 3º dia


Aconteceu em Belo

Horizonte

Os Provinciais das Unidades Redentoristas do Rio de Janeiro, São Paulo e Bahia se reuniram com representantes das subcomissões do projeto de reconfiguração que prepara para a formação da nova unidade RJ-SP-BA. O encontro aconteceu no dia 14 de abril, na Casa de Retiros São José, em Belo Horizonte (MG), onde os participantes puderam partilhar as demandas de cada área e avaliar a evolução do processo.

Aconteceu em Belo

Horizonte

O Conselho Provincial da Unidade Redentorista do RJ-MG-ES esteve reunido no dia 16 de abril, na Casa de Retiros São José, para falar sobre a questão econômica da Província do Rio, a programação dos 70 anos de fundação e outros assuntos do cotidiano. Estiveram presentes o Pe. Nelson Antonio Linhares de Souza, C.Ss.R. (Superior Provincial), o Pe. Paulo Sérgio Carrara, C.Ss.R. (Vigário Provincial) e os Conselheiros: Pe. Dalton Barros de Almeida, C.Ss.R., Pe. Edson Alves da Costa, C.Ss.R. e Pe. José do Carmo Zambom, C.Ss.R. A primeira parte da reunião contou com a participação do Ecônomo Provincial, Padre Carlos Viol, C.Ss.R.

Aconteceu em

Campos dos Goytacazes A Confederação Nacional das Ligas Católicas Jesus, Maria, José realizou, no dia 24 de abril, a 50ª Assembleia Geral Ordinária de forma virtual. O encontro foi realizado no Salão Padre Gabriel do Santuário de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, em Campos dos Goytacazes (RJ), e contou com a presença do Pe. Nelson Antonio Linhares, C.Ss.R., Superior da Província do Rio; Pe. José Raimundo Vidigal, C.Ss.R., Assistente Eclesiástico Nacional das Ligas Católicas; Pe. Luís Carlos de Carvalho, C.Ss.R., reitor do Santuário; Natália Felipe da Silva, presidente nacional da Confederação e demais lideranças liguistas. Já no dia 25, foi realizada a Romaria Nacional Virtual da Liga Católica ao Santuário do Perpétuo Socorro, com a Santa Missa presidida pelo Provincial, Pe. Nelson Antonio, C.Ss.R., e transmitida ao vivo pelas redes sociais do Santuário. Em sua homilia, o Padre Provincial destacou a importância de promover a família nos dias de hoje, como fazem os liguistas.

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Celebrações

DE MAIO

Virtude: Pobreza Patrono: São Felipe e São Tiago Menor, Apóstolos

Aniversário natalício 11/05 Ir. Carlos

15/05 Pe. José

17/05 Pe. Paulo

22/05 Pe. Nelson

25/05 Pe. Ronaldo

30/05 Pe. Gabriel

Renato da Silva, C.Ss.R.

Geraldo de Souza, C.Ss.R.

Antônio Linhares de Souza, C.Ss.R.

31/05 Pe. José

Divino de Oliveira, C.Ss.R.

Henrique Ribeiro Inácio, C.Ss.R.

Teixeira Neves Filho, C.Ss.R.

Ordenação Presbiteral 02/05 Pe. Maikel

Augusto da Silva, C.Ss.R.

Pablo Dalbem, C.Ss.R.

31/05 Pe. José

Carlos Campos, C.Ss.R.

Ordenação Episcopal 27/05 Dom Vicente de Paula Ferreira, C.Ss.R.

Memória Redentorista 1º/05 Santo Afonso publicou as Visitas ao Santíssimo Sacramento (1748) 03/05 Consagração da Igreja Santo Afonso em Roma (1859) 07/05 Elevação da Igreja de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, em Campos dos Goytacazes, RJ, à condição de santuário (1996) 12/05 Nascimento do Beato Gaspar Stanggassinger (1871) 12/05 Beatificação do Beato Januário Maria Sarnelli pelo Papa João Paulo II (1996) MAIO | 2021

13/05 Início da Ordem das Irmãs Redentoristas em Scala (1731). 18/05 Criação da Paróquia de Santo Afonso, no Rio de Janeiro (1949) 20/05 Canonização de São Clemente Maria Hofbauer pelo Papa Pio X (1909) 23/05 Beatificação de Pedro Donders por João Paulo II (1982) 26/05 Canonização de Santo Afonso pelo Papa Gregório XVI (1839) 26/05 Surgimento da União dos Redentoristas do Brasil – URB (1970)

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