Akikolá - Setembro/2021

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PALAVRA DO PROVINCIAL

Uma mulher BEM REDENTORISTA!

Caros leitores e leitoras do AKIKOLÁ, Família Redentorista.

E

m setembro temos duas datas ligadas à Madre Celeste Crostarosa: 11/09 (dia de sua memória) e 14/09 (dia de sua morte). Mas, quem foi esta grande mulher? Madre Maria Celeste Crostarosa nasceu no dia 31 de outubro de 1696, na cidade italiana de Nápoles. Com apenas 14 anos, decidiu consagrar inteiramente sua vida a Deus. Entrou no Carmelo com sua irmã Úrsula, e futuramente vem se juntar a elas a caçula Giovanna. Com o fechamento do Carmelo, Celeste e suas irmãs, aconselhadas pelo então padre Thomas Falcoia, vão para Scala para um mosteiro que viviam a regra da visitação. Em abril de 1725, Maria Celeste, sendo noviça, tem a primeira revelação do novo instituto, e após um curto tempo, a pedido do Santíssimo Redentor, começa a escrever as regras após receber a comunhão. É per-

ceptível que ela, além de fundadora, é uma grande mística desconhecida por muitos. Após conhecer Santo Afonso, padre que havia ido pregar os exercícios espirituais para as visitandinas, e este convencido que a nova fundação era obra de Deus, pede o reconhecimento de Dom Falcoia. O novo instituto é fundado oficialmente no dia 13 de maio de 1731 (festa de Pentecostes). Em 6 de agosto, as irmãs recebem o novo hábito. Cada irmã é convidada a ser “Memória Viva” de Nosso Senhor Jesus Cristo, testemunhando o mistério pascal. A morte da Venerável se dá no dia 14 de setembro de 1755. Ela recebeu a missão de aprofundar o Evangelho na dimensão de transformação e de gerar uma nova família religiosa que se funda no amor recíproco que faz dela uma viva memória. Sua contribuição para a espiritualidade está na linha do ser viva memória de tudo o que Cristo fez para nossa

salvação em sua vida terrestre. O Redentor continua em nós e, por nós, sua obra de salvação para ser o que Paulo ensina: “Já não sou eu que vivo, pois é Cristo que vive em mim” (Gl 2,20). Maria Celeste tem uma espiritualidade feminina que ensina a mulher a se relacionar com Deus e com os outros como mulher. Ensina a todos a respeitar a própria condição e torná-la meio de santificação. As inspirações que levou adiante têm caráter evangélico, compreendidas na dimensão mística. Contou com o apoio de Santo Afonso e de São Geraldo. No dia 14 de setembro de 1755, Madre Maria Celeste, com a idade de 59 anos, faleceu às 15h, no dia da festa em honra da Santa Cruz. Ela foi beatificada no dia 18 de junho de 2016, na Catedral Basílica de Maria Santíssima, na Diocese de Foggia, na Itália. A solene celebração da beatificação foi presidida pelo cardeal Ângelo Amato, prefeito da Congregação para a Causa dos Santos.

Pe. Nelson Antonio Linhares, C.Ss.R.

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