Revista Tecnologística - Ed. 187 Junho/2011

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Exército Brasileiro otimiza estoques com adoção de RFID

Especial

Operadores Frigorificados Demanda aquecida agita o mercado

Entrevista Gennaro Oddone: como a Direct se encaixa na estratégia de crescimento da Tegma capa_final.indd 1

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SUMÁRIO

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MERCADO Veja todas as novidades do mercado brasileiro de logística nesta seção

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O emprego da RFID pelo Exército Brasileiro trouxe redução dos estoques de materiais Classe II em que a experiência foi implementada. A tecnologia deve estar disponível para todas as classes de materiais até abril de 2012

CROSS-DOCKING Acompanhe aqui o vai e vem dos profissionais no movimentado mercado de logística brasileiro

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TECNOLOGIA

ENTREVISTA

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COMÉRCIO EXTERIOR A Novozymes, líder mundial na produção de enzimas industriais, ganhou tempo e eficiência em seus processos de comércio exterior com a adoção do regime especial Linha Azul

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ILOS Pesquisa do ILOS mostra como as grandes indústrias do país estão se ajustando às exigências do Governo e da sociedade no sentido de adotarem práticas que reduzam o impacto ambiental de seus negócios

ARTIGO Segunda parte do artigo do Departamento de Engenharia de Produção da FEI, que identifica e explica os principais processos de uma cadeia de suprimentos, suas atividades e objetivos que, uma vez bem desenhados, trazem grandes oportunidades

ESPECIAL FRIGORIFICADOS Na tabela, o leitor encontra as principais empresas de operação logística de frio presentes no Brasil e conhece sua estrutura, abrangência regional e serviços

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EVENTOS Nesta edição, destaque para a maior feira de intralogística do mundo, a CeMAT Hannover; e para o 3º Fórum de Sustentabilidade no Supply Chain, em Buenos Aires, ambos realizados no início do mês de maio

ESPECIAL FRIGORIFICADOS Principais players do mercado de operação logística frigorificada apontam um mercado interno aquecido, que exige mudanças operacionais, capacidade de investimento e processos eficazes de gestão

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Fabio Riesemberg

O diretor-presidente da Tegma, Gennaro Oddone, explica como a compra da Direct se encaixa na estratégia de crescimento da empresa, e não descarta novas aquisições

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PRODUTOS Conheça os lançamentos e os principais produtos, serviços e sistemas voltados à logística

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LIVRO Destacamos o livro “Anotações ao Regulamento Aduaneiro”, que abrange as principais normas aduaneiras brasileiras, acompanhadas de análise jurisprudencial e histórica

128 Capa: Carol Ermel Fotos: Istockphoto e Luiz Machado

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AGENDA Confira os mais importantes cursos, seminários, feiras e demais eventos do setor de logística em nossa Agenda

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EDITORIAL Publicare Editora Ltda. www.publicare.com.br

Diretores Shirley Simão shirley@publicare.com.br

Mais perto do leitor

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a última década, a humanidade acompanhou uma evolução tecnológica sem precedentes na sua história, em velocidade e alcance. E, entre as mudanças que isso acarretou, uma das mais visíveis e comentadas foi na forma de comunicação. Celulares inteligentes, interligados à internet de alta velocidade, e o surgimento das redes sociais transformaram radicalmente a forma de as pessoas se comunicarem e mesmo de se relacionarem. As mudanças são tão drásticas que, se voltarmos apenas uma década e meia no tempo, as ferramentas de comunicação, comparativamente às de hoje, pareceriam ser da idade da pedra. Com isso, aumentou enormemente o nível de informação das pessoas e a velocidade com que ela se propaga, o que exige dos meios de comunicação um grande esforço para acompanhar as novas tendências e manter o leitor/ouvinte/telespectador interessado. Atenta a esse processo, a Tecnologística renovou seu website, reformulação que vai muito além de um novo layout. Nossa nova homepage amplia o leque de informações oferecidas, com mais conteúdo específico, mais fotos e links para serviços que são importantes para quem lida com logística, como previsão do tempo, situação do trânsito em grandes cidades e nas principais estradas e aeroportos, entre outros. Além disso, a navegação está mais dinâmica e há mais espaço para colaboração do leitor, em comentários, no envio de matérias e compartilhamento através do Facebook, e para o conteúdo propriamente dito, com a publicação de mais artigos e pesquisas. Com isso, esperamos nos aproximar ainda mais de você, leitor, sem perder a característica que nos diferencia no mercado, que é a oferta do melhor e mais completo conteúdo editorial sobre o setor de logística no Brasil. Ou seja, o que já era bom ficou ainda melhor, mais bonito e interativo. É claro que, como toda mudança, esta exige um tempo para aperfeiçoamento e correções. E também para isso contamos com você, para apontar nossos erros e sugerir novas funcionalidades ao nosso site. Então aproveite esse friozinho de outono para acessar www.tecnologistica.com.br e conferir tudo o que acabamos de contar. E também para saber quem são e o que oferecem os maiores operadores logísticos frigorificados do Brasil, que estão no especial desta edição – e que em breve estarão também em nosso site. Boa navegação e até o mês de julho. Shirley Simão

Jorge Roberto Simão jorge@publicare.com.br

Ano XVII - N.º 187 - Junho/2011 www.tecnologistica.com.br Redação, Administração e Publicidade Av. Eng. Luiz Carlos Berrini, 801 - 2º Andar CEP: 04571-010 - São Paulo - SP

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Tiragem auditada pelo

ISSN 1678-8532

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MERCADO

Ceva destaca Brasil como prioridade na América Latina Companhia enxerga potencial de crescimento no país, alavancado principalmente pelos setores automotivo e de energia

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“Houve forte crescimento do poder aquisitivo, aumento significativo do número de famílias da classe média e, consequentemente, de consumidores no mercado. A isso, soma-se o fato de o país ter tudo o que é necessário: recursos naturais, agricultura, indústria petroquímica e energia. Por isso os grandes mercados estão investindo aqui.” Segundo o vice-presidente, o foco da estratégia da Ceva para crescer no mercado brasileiro está relacionado a negócios com os cem maiores clientes globais da companhia, o chamado Ceva Century. “Das empresas que formam o Ceva Century, 90 estão presentes em solo brasileiro”, revela o executivo, acrescentando que multinacionais gigantes dos mais variados segmentos, grande parte das parceiras globais da Ceva, estão investindo no Brasil ou procurando espaços no mercado nacional. “Vamos ajudá-los com o desenho da cadeia de distribuição, as licenças, a abrangência do mercado e o que mais eles necessitarem para fazer negócios no Brasil”, diz Bento. “É muito mais fácil trabalhar com empresas com quem já temos uma relação prévia do que começar do zero”, completa. Para Bento, que já ocupou o cargo de presidente e diretor de Marketing da Eagle Global Logistics e atuou como presidente para as Américas e Bento: dos cem maiores clientes da empresa, 90 estão no Brasil Freight Management Global Divulgação

vice-presidente de Desenvolvimento de Negócios para as Américas da Ceva Logistics, Joe Bento, esteve no Brasil em maio e conversou com a Tecnologística a respeito das estratégias e expectativas da empresa para o país. O executivo, que acumula 22 anos de experiência nos setores de transporte e logística, define o Brasil como uma das grandes prioridades estratégicas da Ceva nas Américas, devido ao grande crescimento de mercado vivido pelo país nos últimos anos. Segundo ele, são evidentes as melhoras que elevaram o Brasil ao status de economia emergente desde que esteve no país pela última vez, em 1998.

da Ceva durante a fusão das companhias, em 2007, os segmentos de automóveis, tecnologia, bens de consumo, industrial e de energia serão os mais importantes para a estratégia de crescimento da Ceva no Brasil. “Nosso crescimento será alavancado por estes setores”, indica o executivo, apontando o segmento automotivo como o mais promissor, mas dando destaque ao setor de energia, que pode ser impulsionado pela exploração do pré-sal. “O potencial de crescimento da cadeia do petróleo é uma das principais razões pelas quais estamos fazendo do Brasil uma de nossas prioridades”, explica, citando ainda a proximidade da Copa do Mundo de Futebol e dos Jogos Olímpicos como outros fatores determinantes. Segunda maior receita da Ceva nas Américas – atrás apenas dos EUA e seguido por México, Argentina, Chile e Canadá –, o Brasil foi responsável por 75% do faturamento da companhia na América Latina no primeiro trimestre de 2011. Em 2010, a Ceva registrou um faturamento de R$ 848 milhões no país. “Esses números têm potencial para praticamente dobrar nos próximos três anos”, diz Bento, que projeta um faturamento de cerca de R$ 1,5 bilhão para o final de 2013. Para efeito de comparação, ele cita que as expectativas globais de crescimento no faturamento da companhia para o mesmo período são de cerca de 15% ao ano, porcentagem registrada no Brasil na comparação entre os anos de 2009 e 2010. “Enquanto os EUA, a China e o Norte da Europa registravam quedas, o Brasil

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estava em pleno crescimento”, conta o executivo, ao lembrar da crise financeira que assolou a economia mundial há três anos.

Desafios Questionado a respeito dos problemas de infraestrutura e de mão de obra especializada enfrentados pelo país, Joe Bento mostra uma visão otimista. “Existe o lado bom e o lado ruim. O lado bom é que, como empresa de logística, é nosso dever buscar soluções nesse sentido e vencer esses desafios. Do ponto de vista da infraestrutura em si, temos problemas com, por exemplo, as condições das rodovias, o trânsito intenso, a malha ferroviária insuficiente e por-

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tos que não aceitam navios de grande porte, entre outras coisas. Mas, como a economia está crescendo, o Brasil deve investir na resolução desses gargalos”, acredita o executivo. “Com tantos potenciais investimentos, me parece lógico que o Brasil faça esforços para apresentar alternativas para que não precisemos depender tanto do transporte rodoviário.” Bento conta ainda que a Ceva possui claras intenções de investir na força de trabalho no país para colher frutos a longo prazo. “Todo mundo vai enfrentar problemas quanto à mão de obra qualificada. Portanto, investir em pessoas tornou-se mandatório. Temos que oferecer bons planos de carreira, incentivos e bons salários. Se desenvolvermos o talento das pessoas, elas

vão continuar conosco. Vejo mais potencial nos profissionais brasileiros até mesmo em comparação com os EUA”, revela. “Queremos atrair e recrutar novos talentos para formar os melhores profissionais do mercado.” Segundo o vice-presidente, o Brasil é o país com o maior número de funcionários da Ceva em todo o mundo – cerca de nove mil –, superando inclusive os EUA, maior mercado da companhia, com cerca de 5.500. Presente em mais de 170 países, a Ceva possui aproximadamente 50 mil funcionários ao redor do mundo. Em 2010, a companhia registrou um faturamento global de 6,8 bilhões de euros – cerca de R$ 15,7 bilhões. Ceva Logistics: (11) 2199-6700

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MERCADO

Empresas fornecerão o Arla 32 no Brasil Tirreno e Vale produzirão o composto, utilizado para reduzir emissões em caminhões

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prima em água desmineralizada por processo de osmose reversa a 40º C para a composição do Arla 32. O composto está sendo produzido desde abril, por ora na planta da Tirreno em Diadema (SP). “Mas poderemos montar linhas em diferentes regiões do país à medida que este mercado se desenvolva e se expanda”, afirma o engenheiro Rogério Silva, gerente da Divisão de Fluidos Automotivos da empresa. Com o acordo, a Tirreno passa a ser a primeira empresa brasileira a possuir uma linha de preparação e envase específica para o composto, capaz de atender às necessidades de montadoras, frotistas e distribuidoras. Para o primeiro ano, a expectativa da companhia é fornecer aos clientes cerca de 7.200 m³ do produto. “Já fornecemos fluidos e lubrificantes para as mais diversas empresas do segmento automotivo e é assim que desejamos continuar tra-

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uas empresas nacionais, a Tirreno e a Vale Fertilizantes, anunciaram a produção, no Brasil, do composto Arla 32, um agente redutor líquido de NOx (dióxido de nitrogênio), que será usado em caminhões equipados com a tecnologia SCR – sigla em inglês para definir o sistema de redução catalítica seletiva –, que será obrigatória para os veículos pesados novos fabricados a partir de janeiro de 2012, quando entrarão em vigor, no Brasil, os limites de emissão de poluentes da resolução Proconve P7, equivalente à norma europeia Euro V. A fabricante de fluidos automotivos Tirreno fechou um acordo com o grupo alemão Kruse para o preparo e o envase do Arla 32 em escala industrial no Brasil. Pelo acordo, o grupo alemão fica responsável pelo fornecimento de pérolas de ureia de alto grau de pureza à Tirreno, que se encarregará do preparo da matéria-

Composto será usado em caminhões pesados com a tecnologia SCR, obrigatória a partir de 2012

balhando”, afirma Roberto Almeida, diretor da Tirreno. “Nosso pioneirismo no desenvolvimento do Arla 32 no Brasil, em parceria com a Kruse, vai garantir às montadoras e distribuidoras um produto que atende às mais rigorosas exigências do mercado”, completa o executivo.

Janeiro de 2012 A partir de janeiro de 2012, a Vale também irá produzir e fornecer o Agente Redutor Líquido de NOx Automotivo – Arla 32 – em sua unidade na cidade de Araucária (PR). O projeto de produção inclui investimento na compra de equipamentos e adaptações no processo produtivo. Segundo o diretor Comercial e de Marketing da Vale Fertilizantes, Luiz Antônio Veiga Mesquita, a Vale Fertilizantes não venderá o produto aos usuários finais, ou seja, aos caminhoneiros. “O produto será comercializado a granel para empresas especializadas na embalagem e distribuição”, diz. Ele explica que o produto é feito de ureia de altíssima pureza, diluída a 32% em água desmineralizada, e será usado para diminuir em 60% a emissão de NOx veicular. O agente, que é armazenado em um pequeno tanque no veículo e injetado no tubo de escape, mistura-se aos gases da combustão e, depois de passar por um sistema de catalisadores, converte os poluentes em gases inertes. “Além dos ganhos ambientais, é importante ressaltar que o Arla também reduz o consumo de diesel”, afirma o executivo. Vale: (21) 3814-4477 Tirreno: (11) 4053-3333

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TNT aumenta capacidade de operação com novo sorter Iniciativa amplia em mais de 50% agilidade na carga e descarga de mercadorias

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TNT equipou, há pouco mais de um mês, um terminal de 14 mil m2 em São Paulo com o seu primeiro sorter no Brasil. Trata-se de um sistema automatizado com esteiras controladas eletronicamente que separa rapidamente as mercadorias e as encaminha para as células de distribuição. A tecEquipamento permite à empresa processar até nologia possibilitará 5.500 volumes por hora ampliar em mais de 50% a agilidade no processo de carga Embora não revele exatamente quais, e descarga das mercadorias. o executivo diz que outras localidaCom a iniciativa, o tempo para rea- des também estão em estudo para lizar estas operações – que antes era futuras instalações de sistemas autode quatro a oito horas – passou para matizados de encomendas. “Devido apenas 40 minutos, possibilitando que a nossa experiência internacional, a capacidade de operação da empresa sabemos que investir em tecnologia aumente em até três vezes. Isso signi- é o primeiro passo para atingir um fica que a companhia processará até alto nível de gerenciamento das ope5.500 volumes por hora. rações”, considera Gelain. Segundo explica o diretor de Ele conta que a implantação do Vendas e Marketing da empresa, Ri- sorter é a última etapa do processo cardo Gelain, a adoção do sorter em de automação, iniciado em 2009, nos São Paulo está atrelada à estratégia terminais de São Paulo e Campinas. da empresa de investir em tecno- Foram criadas etiquetas com códigos logia, uma das prioridades da TNT de barras, que são lidas por scanners; para 2011. “O objetivo é agilizar ain- implantadas esteiras e balanças autoda mais nossos processos e garantir máticas no terminal; e, por fim, houve mais segurança e rapidez aos nossos a atualização do sistema utilizado em clientes”, destaca o executivo. toda a empresa. A companhia também já está em O valor investido para a implantafase de testes do sorter de Campinas, ção dos sorters de São Paulo e Campioutra importante região para a TNT, nas não foi revelado. que recebe e direciona uma grande TNT: (11) 3573-7700 quantidade de carga todos os dias.

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MERCADO

Frisomat anuncia fábrica no Brasil

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Companhia belga pretende atender aos mercados nacional e sul-americano

Os galpões têm transporte e montagem simplificados

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Frisomat, multinacional de origem belga que projeta e fabrica galpões metálicos, anunciou a construção de uma fábrica no Brasil, na cidade de Monte Mor, no interior paulista. No início do mês de abril a companhia lançou a pedra fundamental da nova unidade produtiva, em cerimônia que contou com a presença do ministro-presidente de Flandres, Bélgica, Kris Peeters. O início das operações está previsto para o segundo semestre de 2011.

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“Queremos combinar a nossa tecnologia e know-how internacional com uma firme presença local. Para garantir a rapidez de entrega de nossos galpões precisamos ter uma produção no Brasil. Além disso, acreditamos que os mercados brasileiro e latino-americano justificam o investimento na expansão da nossa capacidade produtiva”, explica o fundador e presidente da companhia, Guy Somers. Os galpões metálicos em aço galvanizado perfilado a frio produzidos pela Frisomat oferecem montagem e transporte simplificados, dispensando mão de obra e equipamentos especializados. Como todas as peças são aparafusadas, as unidades podem ser desmontadas e remontadas com facilidade. Disponíveis em sete modelos diferentes, as construções podem ser utilizadas como armazém, hangar e plantas industriais, entre outras aplicações. Com investimentos iniciais de R$ 39 milhões, a fábrica, localizada em uma área de 1,4 milhão de m², nasce com foco de atuação no território bra-

sileiro. Porém, numa segunda fase, a empresa planeja atender a outros países da América do Sul. A Frisomat prevê, ainda, a construção de um parque industrial e logístico no terreno. “Estamos estudando a melhor concepção para o loteamento industrial e logístico em função da demanda do mercado”, explica o CEO da Frisomat no Brasil, Benoît Somers. “O espaço deve ser lançado em 2012 e terá um grande foco em sustentabilidade, com uma área verde de mais de 300 mil m² e preferência por empresas não poluentes”, completa o executivo. A Frisomat, que controla e gerencia todo o processo que envolve seus produtos – desde o projeto e o desenvolvimento até a produção e o transporte –, possui filiais próprias em 15 países europeus e africanos e unidades fabris na Bélgica e na Romênia. Atualmente, a companhia executa em torno de 800 projetos todos os anos – 80% deles fora da Bélgica. Frisomat: (19) 3208-2025

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Syngenta abre CD no RS para agilizar atendimento no Sul Além de reduzir tempo de entrega, objetivo é se aproximar dos agricultores gaúchos

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or meio de uma parceria com a empresa de logística TW Transportes, desde o último mês de abril a Syngenta passou a operar no Rio Grande do Sul com um centro de distribuição na cidade de Carazinho. Construído e operado pela TW, o CD tem oito mil m2, numa área de 15 mil m2. A Syngenta ocupa cerca de 50% da capacidade total de armazenagem do empreendimento, ou seja, cerca de 4.000 m². Trata-se do primeiro centro de distribuição da empresa no Rio Grande do Sul. Antes, todo o atendimento no estado era feito a partir do CD de Paulínia e Sumaré, em São Paulo. Com a iniciativa, além de melhorar o serviço de entrega, com prazos mais curtos e ágeis, a Syngenta espera aproximar-se dos clientes gaúchos, que constituem um mercado importante para a empresa. Segundo Ricardo Corrêa, gerente de Serviços ao Cliente da Syngenta, o processo de logística será otimizado com os estoques ajustados à previsão de vendas e às necessidades locais. “Esse controle será feito com a colaboração de toda a área comercial da empresa e dos próprios clientes. Com essa integração, todos ganham”, acrescenta. Ele explica que a nova estrutura aumentará a complexidade das operações, apresentando como maior desafio o alinhamento muito maior entre o planejamento e a gestão de estoques. “Antes, como os estoques eram centralizados em Paulínia e Sumaré, não havia a preocupação quanto ao posicio-

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A Syngenta ocupa a metade do armazém

namento e, caso uma venda ocorresse em uma região diferente da planejada, o impacto era mínimo. Já com a nova estrutura, se posicionarmos o estoque em Carazinho e a compra não ocorrer conforme o planejado, o impacto será grande, pois não temos como atender aos pedidos de outras regiões utilizando o estoque já posicionado lá”, detalha Corrêa. Segundo o executivo, o centro de distribuição de Carazinho faz parte de um trabalho estratégico que a Syngenta vem desenvolvendo para aprimorar todos os seus processos logísticos. Dentro dele já foram realizadas a abertura de uma unidade em Uberaba (MG) e a ampliação de outra já existente em Cuiabá (MT). “Este processo traz importantes desafios no campo da gestão e planejamento, mas é altamente compensador pela melhoria no serviço de atendimento aos clientes e por suportar o crescimento da Syngenta”, considera. Syngenta: 0800 7044304

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TGA Logística firmou um acordo com a distribuidora norteamericana MLR International para armazenar mil módulos de cercas plásticas ecológicas Movit, que serão distribuídas a diversos clientes no Brasil, especialmente os estádios que abrigarão os jogos da Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016. “Para nós, esta é uma experiência única em supply chain, uma vez que faremos parte da cadeia logística de um produto diferenciado a ser introduzido em nosso mercado”, considera o diretor-executivo da TGA, Adilson Santos.

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Ele conta que a expectativa é de que o volume de carga e os serviços oferecidos pela TGA à MLR aumentem progressivamente até a chegada dos eventos. “Esperamos operar ponta a ponta, desde o embarque do produto nos EUA, passando pela retirada no Porto de Santos, até a armazenagem e distribuição nacional”, complementa. Com o início das operações no centro de distribuição da TGA em Osasco (SP), a empresa alcançou um volume total de 15 mil m³ de carga movimentada, representando um aumento de mais de 80% em relação ao mesmo período do ano passado, quando a

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TGA firma acordo para a Copa 2014

Cercas plásticas serão distribuídas a todo o Brasil

operadora começou seu processo de expansão no país, armazenando e distribuindo cargas de parceiros importantes, como Heidelberg, Depanho, Startec, Osram e FLC. TGA Logística: (11) 3464-8181

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MERCADO

ALL e clientes vão construir complexo intermodal de R$ 790 milhões em Rondonópolis Anunciado como maior do país, empreendimento será construído em uma área dez vezes maior do que a do Vaticano Somente em 2010, o estado produziu 24.718 milhões de toneladas de grãos, sendo 18.814 milhões de t de soja, 8.396 milhões de t de milho e

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ALL anunciou em maio a construção de um complexo intermodal em Rondonópolis, no Mato Grosso, que receberá investimentos de R$ 730 milhões por parte de empresas clientes e mais cerca de R$ 60 milhões da ALL, que ficará responsável pela construção da infraestrutura ferroviária do complexo, que inclui a implantação de trilhos, construção de oficinas e unidades de produção. Anunciado pela operadora como “o maior terminal intermodal do país”, o empreendimento será construído em uma área de quase 400 hectares (cerca de quatro milhões de m²), localizado a exatamente 28 km do centro da cidade, a 14 km do aeroporto de Rondonópolis, com acesso pela BR-163, e faz parte das obras de prolongamento da ferrovia do Mato Grosso, já em execução pela ALL. Segundo o diretor Comercial da empresa, Sergio Nahuz, a construção do complexo deve ser iniciada até outubro deste ano, com término previsto para o segundo semestre de 2012, juntamente com a conclusão das obras da ferrovia até Rondonópolis. A intenção é movimentar grãos, combustíveis, fertilizantes, produtos frigorificados, algodão e madeira, entre outros. “O potencial produtivo e de exportação do Mato Grosso justifica os investimentos das empresas e da ALL nesse complexo. O estado vem apresentando o maior crescimento na produção de grãos do país nos últimos anos, setor que é muito estratégico para o nosso negócio”, salientou Nahuz.

Nahuz: potencial do estado justifica o investimento

6.080 milhões de t de farelo. “Embora o forte da região sejam as commodities agrícolas, o complexo será competitivo na captação de 100% das cargas originadas no estado”, faz questão de ressaltar o executivo. Projetado para atender à demanda potencial dos próximos 25 anos, o complexo tem na sua maior diagonal seis quilômetros de extensão e prevê a instalação de até 30 empresas, criando um distrito industrial na região, com solução logística incorporada à malha ferroviária da ALL. O empreendimento contará com terminais totalmente independentes – para

contêineres e produtos industriais, líquidos, fertilizantes e grãos –, todos com duas linhas ferroviárias para possibilitar o carregamento simultâneo de dois trens de 120 vagões. Para se ter uma ideia, somente dentro do complexo são 45 quilômetros de estrutura ferroviária. “Este será o terminal de maior produtividade da ALL, projetado para carregar um trem inteiro em apenas três horas, o giro mais rápido da nossa malha”, ressalta o diretor Comercial. A maior área do complexo, de cerca de 1,58 milhão de m², será destinada à estrutura para movimentação de grãos. Do total de R$ 730 milhões investidos pelas empresas no empreendimento, cerca de R$ 450 milhões foram gastos somente nos terminais voltados para as commodities agrícolas. Nos terminais de líquidos foram investidos R$ 150 milhões; nos de fertilizantes, R$ 100 milhões, e os R$ 30 milhões restantes foram empregados nos terminais para produtos industriais. O complexo terá capacidade industrial de 15 milhões de toneladas por ano, podendo chegar a até 30 milhões de t, de acordo com a demanda. “Além da criação de três mil empregos, o projeto vai retirar das estradas que descem até os portos cerca de mil carretas do tipo bitrens por ano, gerando uma economia de 95 milhões de diesel/ano”, ressaltou Nahuz. ALL: 0800 7012255

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MERCADO

Iveco apresenta protótipo de caminhão bicombustível Testes indicam redução média de 6% no custo de combustível por quilômetro rodado em comparação com um veículo 100% diesel

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Iveco, a FPT Industrial, a Bosch e a Raízen apresentaram na 18ª Feira Internacional de Tecnologia Agrícola em Ação (Agrishow 2011), que aconteceu em Ribeirão Preto (SP), de 2 a 6 de maio, o Iveco Trakker Bi-Fuel Ethanol-Diesel, um protótipo dotado de uma nova tecnologia que permite a redução no consumo do óleo diesel devido à adoção do etanol. Desenvolvido por demanda da União da Indústria da Cana-de-Açúcar (Única), a nova tecnologia permite a substituição do diesel pelo etanol em taxas variáveis de acordo com a utilização do caminhão, podendo chegar a 85% em certos regimes. A taxa média de substituição do diesel no protótipo chega a 40%, garantindo uma importante contribuição ambiental e um ganho econômico médio de 6% para o operador. O etanol hidratado é injetado no ciclo de admissão e, após a compressão, é detonado com a injeção do próprio óleo diesel. O sistema não exige aditivos ou antidetonante. As quantidades de cada combustível são dosadas pela central eletrônica do motor e variam de acordo com as condições de pressão, temperatura e carga. O protótipo é um cavalo mecânico com tração 6 x 4 e capacidade para até 63 toneladas de peso bruto total combinado (PBTC), que pode ser utilizado em diversas aplicações do setor canavieiro, como o transporte de vinhaça, por exemplo. O veículo será submetido a testes de campo, realizados em parceria com a Raízen – joint-venture entre a Shell e

Usando etanol a taxas variáveis, motor pode ainda ser revertido em 100% ao diesel

a Cosan –, que desde o mês de maio o utiliza engatado a um implemento bitrem para o transporte de vinhaça durante a safra de 2011. O teste será realizado na Usina da Barra, localizada em Barra Bonita (SP), e contará com um time de engenharia dedicado no local, formado por profissionais da Raízen e da própria Iveco. “Ainda na fase inicial, o protótipo já trouxe excelentes resultados que, acreditamos, ainda vão melhorar com a continuidade do desenvolvimento”, comenta Renato Mastrobuono, diretor de Desenvolvimento de Produto da Iveco. Segundo ele, a proporção 40%-60% de etanol-diesel deve mudar, com uma maior utilização do álcool no futuro.

O Iveco Trakker Bi-Fuel utiliza um motor Iveco-FPT de seis cilindros e nove litros, sistema de injeção common rail e 360cv de ciclo diesel. O modelo possui dois tanques de combustível – um para etanol e outro para diesel – que serão abastecidos durante todo o período de testes com os combustíveis V-Power Etanol e Fórmula Diesel, da Shell. Outra vantagem é que o motor pode ser 100% reversível ao diesel, o que aumenta o valor de revenda do caminhão, que pode ser utilizado para o transporte do próprio etanol da usina para os pontos de distribuição, ou em operadores de fora do segmento sucroalcooleiro. Iveco: 0800 7023443

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MERCADO

Compra do equipamento exigiu investimento de R$ 6,5 milhões

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Sagres Agenciamentos Marítimos inaugurou, no início de maio, seu novo guindaste post panamax no Porto do Rio Grande (RS). O equipamento móvel da marca Gottwald possui capacidade para cem toneladas e o maior alcance de lança da categoria no Brasil, com 51 metros. De acordo com o diretor-geral da Sagres, Marcos Fonseca, entre os diferenciais do equipamento está o fato de ser apropriado para o transbordo de cargas como fertilizantes e celulose, bem como a disponibilidade de spredlers – acessórios para movimentação de contêineres e cargas de projetos. Além disso, o guindaste recebe monitoramento online de toda a operação pelo fabricante, sediado na Alemanha. “A expectativa é capacitar o porto para operar qualquer tipo de mercadoria, viabilizando as cargas de transbordo”, destaca Fonseca. Foram investidos R$ 6,5 milhões na aquisição do equipamento, que chegou ao Porto do Rio Grande no dia 10 de março. No dia 20 de abril foi realizado o primeiro teste do guindaste, em uma operação de descarga de barcaça de celulose. Já no dia 29 de abril foi feito um teste de transbordo de fertilizantes em parceria com a operadora Serra Morena. Sagres: (53) 3233-1133

Penske expande atuação e amplia oferta de serviços Companhia aposta na descentralização regional

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oze anos após iniciar suas ope- planeja iniciar uma operação inbound. rações no Brasil, a Penske Logis- “Vamos efetuar a alimentação da linha, tics aposta na diversificação dos controlar o inventário e a movimentaserviços e na descentralização regional. ção de materiais”, explica. O nome do Em viagem ao Brasil no final de abril, o cliente e a data de início da operação vice-presidente sênior de não foram divulgados. Vendas, Joe Gallick, conHá novidades, ainda, versou com a Tecnologísnas operações de transtica sobre as estratégias porte e armazenagem. da Penske para reforçar Joe Gallick anuncia que sua presença no mercado a companhia realizará nacional. operações de roteirizaGallick conta que o ção e otimização – de processo de descentralizacarga, frota e rota. Sarti ção teve início em 2010, conta que esses serviços quando a companhia coserão ofertados somente meçou os trabalhos em a partir de agora, porManaus. No final do mesque, ao contrário do que mo ano, foi a vez de Reocorre nos Estados Unicife receber uma filial da dos, não havia demanPenske. O executivo diz da para eles no país. Gallick: objetivo é reforçar a presença no mercado nacional que a abertura das unidaQuanto à armazenades estava relacionada à demanda de par- gem, Gallick salienta que a meta é agregar ceiros. Hoje, nas duas capitais a empresa valor e exemplifica alguns dos serviços opera com um cliente, mas visa expandir que serão disponibilizados. “Não vamos o portfólio. “Faz parte da nossa estratégia, realizar apenas a estocagem. Faremos o além de alinhar as ações às demandas dos picking, o sequenciamento e a montaclientes, crescer em regiões que vêm de- gem de kits”, frisa. monstrando potencial”, salienta. Para Sarti, a presença do executivo Diversificar os segmentos atendidos demonstra a importância da operação e os serviços para além do transporte brasileira dentro da estratégia mundial da e armazenagem também faz parte do companhia, cuja evolução é comprovada planejamento. Caracterizada por sua pelos números atuais. “Há dois anos, o forte atuação nos setores automotivo país representava 5% do faturamento gloe eletroeletrônico, a companhia já vis- bal da Penske. Hoje, contribui com cerca lumbra atender a empresas de health de 15%”, revela. Para este ano, ele diz que care, fármacos e produtos de beleza. O a perspectiva é crescer 20% frente ao ano diretor-presidente da Penske Logistics anterior. “Somos a maior operação da emAmérica do Sul, Paulo Sarti, revela que presa fora dos Estados Unidos. Em 2010, já há um cliente de um desses segmen- computamos um faturamento bruto de tos em fase final de negociação. “Deve- R$ 180 milhões e, para este ano, a expecmos anunciá-lo em breve.” tativa é chegar a R$ 200 milhões”, diz. Agregar valor aos serviços é outra Penske: (11) 3738-8200 iniciativa. Sarti conta que a Penske já Divulgação

Rio Grande opera guindaste com maior alcance do país

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MERCADO

Rapidão Cometa investe R$ 8 milhões em nova filial no DF Unidade concentra todas as operações da companhia na região

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operador logístico Rapidão Cometa inaugurou, em maio, sua nova filial no Distrito Federal. Localizada no Condomínio Logístico Gama Business Park, ela concentra todas as operações da companhia na região e demandou investimentos de cerca de R$ 8 milhões. A filial conta com dez mil m² de área total – sendo 4,5 mil m2 de área construída. Devido à maior verticalização – o pé direito passou de nove metros do espaço antigo para 12 m –, a companhia conta agora com três mil

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posições-palete, um acréscimo de 1,2 mil posições em relação à antiga unidade do Rapidão na região. O número de docas passou de 12 para 30. O CD possui ainda área dedicada às operações com medicamentos, com local refrigerado e segregado, além de atender a todas as exigências da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). “Estamos aptos para atender a qualquer demanda do setor farmacêutico, que cresce bastante na região”, afirma o diretor regional para o Norte e CentroOeste do Rapidão, Marcos Farias.

A companhia conta, no total, com cerca de oito mil funcionários, que são responsáveis pelo atendimento de mais de quatro mil municípios brasileiros. Com um volume superior a 12 milhões de entregas anuais, o Rapidão possui 42 filiais e mais de 184 pontos de presença em todos os estados brasileiros. Em 2010, a companhia registrou um faturamento bruto de R$ 864 milhões, crescimento de 22% em relação ao ano anterior. Rapidão Cometa: (11) 2463-7365

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Syncreon adquire companhia especializada em logística reversa Presente em 11 países, Compuspar presta serviços de reparo, retrabalho e distribuição no segmento de tecnologia

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Syncreon, fornecedora de serviços de logística integrada para indústrias globais, anunciou recentemente a conclusão do processo de compra da Compuspar, empresa de origem espanhola sediada em Barcelona e especializada em soluções de reparo, retrabalho e logística reversa para o segmento de tecnologia. O negócio fortalece a presença da Syncreon na Europa, Ásia, Oceania e na América do Sul e do Norte, com a integração de 18 plantas espalhadas pelos quatro continentes, e acrescenta a logística reversa ao rol de serviços da companhia. “A aquisição proporciona um aumento significativo no footprint da Syncreon no continente sul-americano, com as plantas da Compuspar localizadas em Buenos Aires (Argentina), em Santiago (Chile), em Bogotá (Colômbia) e na cidade de Barueri, na Grande São Paulo”, comenta Fábio Mendunekas, vice-presidente da Syncreon para a América Latina. A Compuspar conta ainda com unidades localizadas no México, Estados Unidos, França, Reino Unido, Espanha, Polônia, Alemanha, Itália, China, Austrália e Nova Zelândia. Com a aquisição, a Syncreon incorpora os mais de 900 funcionários da Compuspar, que conta com clientes como IBM, Lexmark, Unisys, Xerox, Dell, NCR, Wincor e Hewlett-Packard. Em 2010, a com-

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panhia registrou um faturamento de quase US$ 65 milhões (45 milhões de euros). A Syncreon, que conta com mais de 10.500 colaboradores ao redor do mundo, foi fundada em 2007 com a junção da Walsh Western International e da TDS Logistics, especializadas, respectivamente, em logística voltada para as indústrias tecnológica e automotiva. Com atividades em 20 países e mais de 75 unidades espalhadas pelas Américas, Europa, Oriente Médio, Ásia e Oceania, a companhia registrou um faturamento de cerca de US$ 900 milhões no ano de 2010. Segundo Mendunekas, a Syncreon projeta um faturamento de aproximadamente um bilhão de dólares para 2011, impulsionada pelo crescimento orgânico da companhia e pela nova aquisição, realizada em parceria com a companhia de investimentos GenNx360 Capital Partners, cujos valores não foram divulgados. Além da Compuspar, a Syncreon realizou recentemente outras duas aquisições, integrando as companhias North America Logistics Worldwide e H3 Logistics, entre os anos de 2009 e 2010.

Syncreon: (11) 4133-1370

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Travema entra no mercado de estanteria

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Companhia investiu US$ 4,5 milhões em sua fábrica, que já processa cem toneladas de chapas de aço por mês

Com 27 mil m2, fábrica produz oito linhas de estruturas

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Travema, fabricante de protetores para estanterias, investiu US$ 4,5 milhões – sendo US$ 3 milhões de recursos próprios e o restante financiado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) – e, desde o último mês de março, iniciou a fabricação de oito linhas de estruturas para armazenagem: porta-palete, drive-in, drive-thru, cantilever, flow rack, estanteria leve, porta-palete dinâmico e porta-palete convencional (para um palete). Segundo o diretor-geral da Travema, Alberto Miele, há dois anos a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) normatizou as proteções de pés de coluna das estanterias. Após isso, diz, as fabricantes começaram a produzir esse dispositivo e a Travema

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sentiu a necessidade de expandir sua atuação. Miele explica que o primeiro passo foi realizar um estudo de mercado, inclusive visitando o país dos principais competidores, a China. “Vimos que 30% do valor da mercadoria deles eram compostos pelo frete. Desta forma, poderíamos ser competitivos”, diz. O passo seguinte foi procurar um parceiro que fosse referência no mercado. Segundo conta o executivo, foi desenvolvido um trabalho junto ao engenheiro Robson Neves Abade. “Dos 11 capítulos contidos na norma publicada pela ABNT, ele participou de sete”, afirma.

Estrutura Dois anos depois de começar os estudos, o diretor comemora o início dos trabalhos. A fábrica, instalada em Morungaba (SP), numa área de 27 mil m², sendo três mil m² de área de produção, já faz colunas com 90 milímetros de frente. “Esta dimensão atende a cerca de 70% do mercado”, garante. Hoje, o local processa cem toneladas de chapas de aço por mês em um turno, mas tem capacidade para 500 t mensais. O executivo diz que a fábrica pode ser ampliada em mais três mil m², mas acrescenta que ainda não há uma data estipulada para a expansão, uma vez que a iniciativa será realizada de acordo com o desempenho da companhia neste novo segmento. Travema: (11) 3831-8911

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Atlas inaugura unidades em Rondônia e no Rio de Janeiro

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Atlas Transportes e Logística inaugurou em maio mais duas filiais, em Ji-Paraná (RO) e Resende (RJ). Com a abertura destas novas unidades, a empresa totaliza 54 representações espalhadas pelo Brasil. A filial de Rondônia irá racionalizar a coleta e a entrega na região. Segundo o presidente da Atlas, Lauro Megale Neto, o novo ponto será responsável pelo atendimento de clientes localizados em um raio de até 150 km que, antes, eram atendidos pela filial de Porto Velho. “Esta unidade opera como um posto avançado e distribuirá medicamentos e eletroeletrônicos”, diz.

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Segundo o executivo, a inauguração irá ainda racionalizar a operação, reduzido o prazo de entrega. O volume movimentado, garante, não deverá aumentar. A grande novidade em Ji-Paraná, porém, fica por conta de um projetopiloto relacionado à gestão da unidade. “Vamos administrá-la de maneira remota. Lá ficarão profissionais responsáveis apenas pelo operacional e emissão de documentos. Toda a parte administrativa será centralizada na matriz em São Paulo”. De acordo com Megale, a ideia é verificar o desempenho do projeto a fim de implantá-lo em outras unidades do Brasil.

Já a filial de Resende chega para atender à crescente demanda na região. “Atuávamos na cidade com uma operação in-house, mas devido ao potencial regional resolvemos abrir uma estrutura própria”, explica. O objetivo é atuar como uma unidade multiclientes, que atenderá dentro de um raio de 200 km e reduzirá o prazo de entrega, uma vez que, anteriormente, os parceiros da região eram abastecidos pela unidade da companhia na capital fluminense.

Atlas Transportes e Logística: (11) 2795-3100

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MERCADO

Finnet é a operadora do projeto Brasil-ID Empresa será responsável pelo sistema de identificação, rastreamento e autenticação de mercadorias em território nacional

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Finnet, bureau brasileiro especializado no desenvolvimento de produtos, soluções personalizadas e serviços relacionados ao envio e recebimento de documentos financeiros, anunciou, na última semana de abril, sua participação como operadora no projeto Brasil-ID. Realizado pelas Secretarias de Fazenda Estaduais e pela Receita Federal, representadas pelo Encat e pelo Centro de Pesquisas Avançadas Wernher von Braun, com o apoio do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT) e da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), o programa Brasil-ID tem como objetivo definir um padrão comum para o rastreamento e a autenticação de todo tipo de produto em circulação no país por meio de chips identificadores, para diminuir o risco no transporte de mercadorias, proporcionando uma fiscalização mais ágil das cargas e das notas fiscais. A empresa fica responsável por desenhar o fluxo de circulação de mercadorias e definir os pontos de leitura e de rastreamento, com base na combinação de RFID (Identificação por Radiofrequência) e outras tecnologias relacionadas. Além disso, é responsabilidade da Finnet disponibilizar os leitores e chips e a estrutura necessária para o tráfego de informações. De acordo com Rodrigo Luiz, gerente regional da Finnet, as atividades serão desenvolvidas a partir de uma operação inicial implementa-

da com equipamentos credenciados pelo Encontro Nacional dos Administradores Tributários (Encat), com dados integrados e processados pela operadora e validados pelo órgão. Com o sistema de segurança, as informações gravadas ao longo de todo o ciclo de vida do produto também ficam disponíveis a qualquer hora e em qualquer lugar, através de dispositivos de comunicação sem fio. Na opinião do executivo, é de extrema importância participar de um programa como esse, que dará origem a um sistema de identificação, rastreamento e autenticação de mercadorias consolidado no país. “A Finnet ainda vai proporcionar outros ganhos, uma vez que vamos integrar dados financeiros às transmissões. As empresas que utilizarem nossas soluções saberão, automaticamente, que a entrega foi realizada com sucesso e assim poderão efetuar imediatamente os pagamentos ao fornecedor e também o do frete”, complementa Luiz. O gerente conta ainda que, através do Brasil-ID, as operações logísticas passarão a utilizar modelos de documentos fiscais eletrônicos, como a Nota Fiscal Eletrônica (NF-e), o Conhecimento de Transporte Eletrônico (CT-e) e o Manifesto de Documentos Fiscais Eletrônicos (MDF-e) – um conjunto de soluções tecnológicas para reduzir os riscos associados à fabricação e ao transporte de mercadorias que circulam pelo país.

Curitiba ganha centro logístico Capital Realty instala ponto de armazenagem e distribuição com 120 mil m²

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Capital Realty apresentou, no último mês de abril, seu mais recente empreendimento na região Sul do país, o Mega Centro Logístico Curitiba. O local contará com mais de 120 mil m² de área construída e atenderá a empresas que demandam espaços de armazenagem e distribuição na capital paranaense. O centro logístico, disponível para operação no próximo ano, terá sete armazéns com módulos a partir de 1.900 m², pé-direito de 12,5 metros, capacidade de piso para seis toneladas por m² e possibilidade de operar em cross-docking. Localizado na BR 116, no trecho que liga as capitais paranaense e paulista, o empreendimento ficará a apenas um quilômetro do anel rodoviário de Curitiba, estrutura que interliga seis estradas federais e permite acesso às principais rodovias estaduais. Segundo o diretor-geral da Capital Realty, Rodrigo Demeterco, o lançamento desse projeto é um passo importante para o estabelecimento da empresa na região. “Temos o Mega Centro Logístico Itajaí (SC) e o Mega Intermodal Esteio (RS). Com essa construção, nos consolidamos no Sul e podemos oferecer a melhor infraestrutura para todo tipo de demanda em qualquer estado da região”, garante. Capital Realty: (41) 2169-6856

Finnet: (11) 4133-4455 Junho/2011 - Revista Tecnologística - 27

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McLane e Commat fecham acordo de manutenção de equipamentos Contrato abrange frota das unidades de Barueri, Anhanguera e Jundiaí

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não fazem parte das atividades principais da companhia. “O principal benefício da terceirização dos serviços de manutenção está em delegar este ponto sensível da operação a um especialista, para que a empresa possa se concentrar em seu core business”, diz Anderson Oliveira Freire, responsável pela área de manutenção da McLane. O contrato prevê um percentual de 95% na disponibilidade dos equipamenDecisão visa elevar disponibilidade de equipamentos tos, atendimento de McLane, operadora logística 100% da programação de manutenpertencente ao grupo Berkshi- ções preventivas, reposição de peças re Hathaway, anunciou, no e atendimento às legislações de qualifinal de abril, a escolha da Commat dade, segurança e meio ambiente. Comércio de Máquinas para manuO primeiro contrato do tipo firtenção e fornecimento de peças de mado entre as companhias data de reposição de sua frota, composta por 2008. Agora, a Commat aperfeiçoou empilhadeiras e transpaleteiras da mar- o acordo full maintenance alocando ca Crown. A companhia oferece solu- uma equipe de dentro de cada unições para os segmentos de logística dade do operador – em São Paulo, e de movimentação de materiais por Barueri e Jundiaí (SP) – e propôs à meio de locação e revenda de equipa- McLane o investimento no treimentos de marcas internacionais. namento dos operadores de equiSegundo a McLane, a decisão de ter- pamentos da frota, para reduzir as ceirizar a manutenção da frota visa redu- ocorrências por condução inadequazir custos e elevar a disponibilidade dos da dos veículos. equipamentos, cuja operação demanda equipes qualificadas e um eficiente fluCommat: (21) 2808-3333 McLane: (11) 2108-8800 xo de reposição de peças, serviços que

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TTC Logística investe em sua unidade de transporte e em dois terminais Perspectiva é aplicar entre R$ 25 milhões e R$ 30 milhões no biênio 2011-2012

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Grupo TTC Logística, formado pelo Tecon (empresa de transporte), pelo TTC Tecon (operadora de contêineres e Redex) e pelo Tecon Rio (companhia de transporte de passageiros), investirá, até o final deste ano, R$ 13 milhões na aquisição de equipamentos, ampliação da frota, melhorias estruturais e ampliação dos serviços. Segundo o diretor de Controladoria da empresa, Antônio Carlos Sales, para o biênio 2011-2012 a previsão de investimentos fica entre R$ 25 milhões e R$ 30 milhões. Os recursos já começaram a ser aplicados e os ativos já iniciam as operações. O executivo divulga que R$ 3,5 milhões já foram aplicados na compra de quatro cavalos-mecânicos da Volkswagen para o Tecon. Além disso, a aquisição de outros seis veículos – ainda sem marca definida – já está aprovada. Em junho, a unidade de transporte receberá, ainda, 12

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implementos, sendo cinco bitrens e sete rodotrens.

Terminais O TTC Tecon também merece destaque no plano de investimentos do grupo. O diretor anuncia que R$ 4,1 milhões foram destinados à compra de quatro reach stackers da Kalmar, que entrarão na rotina operacional do terminal, localizado no bairro de Manguinhos, na capital fluminense, na primeira quinzena de julho. Três deles são do modelo DRF 100 para a movimentação de contêineres vazios e um, o DRF 450, será utilizado nas operações com contêineres cheios. Ao todo, o terminal conta com uma frota de oito reach stackers. “Manguinhos, que tem 70 mil m², movimentava apenas contêineres de 40 pés e agora irá operar também com os de 20 pés e reefers”, salienta.

Sales adianta outro investimento. “Temos um armazém de quatro mil m² para carga geral, e para movimentar os produtos neste local recebemos duas empilhadeiras da Hangcha”, diz. Ao todo, a companhia aplicou R$ 113 mil nestes equipamentos. Outras seis empilhadeiras, da mesma marca e modelo, devem ser entregues no próximo mês de julho. Já para melhorias estruturais em Manguinhos o executivo calcula que serão necessários mais R$ 2,5 milhões. O terminal instalado no Caju também receberá um total de R$ 2,5 milhões destinados à mudança de sua vocação. Antes, o terminal, que conta com uma área total de 35 mil m², movimentava contêineres. “Vamos transformá-lo num Redex e começaremos a operação no próximo mês de agosto”, afirma. Grupo TTC Logística: (21) 3295-1500

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MERCADO

Compra da Exata confirma estratégia de crescimento da AGV Com a aquisição, AGV expande atuação e cresce em faturamento, presença geográfica e gama de serviços

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passa 220 empresas e a frota própria, mais de 650 equipamentos. A AGV também se destaca em transporte e distribuição, que representam cerca de 70% de seu faturamento. “No ano de 2010, a empresa realizou mais de dois milhões de

radores. “Esta transação vai agregar ao time da AGV uma equipe sênior de profissionais qualificados e reconhecidos pelo mercado, que contribuirão para aprimorarmos ainda mais a prestação de nossos serviços”, reforça Maurício Pastorello, diretor-geral da Exata. Tanto Pastorello como Flávio Castro, diretor da Exata E-Commerce, passarão a integrar o corpo executivo da AGV.

Política de aquisições

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AGV Logística, um dos maiores operadores logísticos integrados do país, anunciou no início de maio a compra da Exata Logística e Exata E-commerce, provedoras de serviços e soluções logísticas do Grupo Arex e líderes no segmento de tecnologia nas regiões Centro-Oeste e Norte do País. Com as novas aquisições, a AGV dá continuidade à sua estratégia de ampliação e diversificação, adquirindo ainda mais expertise nos segmentos de tecnologia e bens de consumo, além de expandir a estrutura de filiais e fortalecer os serviços de transporte e distribuição. Na opinião do presidente da AGV, Vasco Oliveira Neto, a aquisição irá posicionar a empresa como o operador logístico integrado com o mais completo portfólio de serviços do mercado, ampliando o atendimento nos setores da indústria. “A aquisição, somada ao crescimento orgânico, fará com que o faturamento da empresa seja de aproximadamente R$ 850 milhões ainda este ano, contra os R$ 657 milhões em 2010”, ressalta o executivo. Segundo o presidente, com a nova operação a AGV também amplia a área de armazenagem, alcançando cerca de 400 mil m2 e, ainda, se torna o operador logístico com a maior presença geográfica: 75 unidades distribuídas em 20 estados, podendo atingir a todos os municípios brasileiros. A carteira de clientes já ultra-

Oliveira Neto: aquisição reforça atuação no Norte e Centro-Oeste

entregas em 4.500 municípios, que representam 99% do PIB brasileiro. Com esta aquisição, a AGV reforça sua atuação no Centro-Oeste e Norte, regiões que vêm apresentando altos índices de crescimento nos últimos anos”, afirma Oliveira Neto. Tão importante quanto a expansão geográfica será o reforço de talentos. A movimentação vai aumentar em 11% o quadro de funcionários, ultrapassando 4.650 colabo-

No mês de maio de 2010, a AGV finalizou a compra das companhias GLog, Gtech e Revitech, por meio da fusão com a gaúcha AGR Rodasul. Com a negociação, a empresa ampliou sua participação no segmento bancário, fortaleceu sua presença na região Sul e ampliou a área de armazenagem em mais de 370 mil m2, além de agregar frota e funcionários das empresas envolvidas na negociação. Na ocasião das compras, realizadas em parceria com o investidor americano Equity International, Vasco Oliveira Neto explicou que as aquisições faziam parte da estratégia de longo prazo da AGV. “Para fazer frente aos grandes players nacionais e internacionais, devemos crescer em faturamento, presença geográfica e gama de serviços”, afirmou o executivo.

AGV Logística: (19) 3876-9000

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MERCADO

Resolução decreta o fim da carta-frete Transportadores e embarcadores têm até 180 dias para se adequar à resolução da ANTT

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Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) publicou no Diário Oficial da União, no dia 27 de abril, a resolução nº 3.658/2011, que regulamenta o pagamento dos caminhoneiros autônomos. Com isso, fica proibido o uso de carta-frete ou de qualquer outro meio não homologado pela entidade. Segundo o presidente da União Nacional dos Caminhoneiros (Unicam), José Araújo, essa é uma das maiores conquistas para a classe. “Antes, o sistema não tinha nenhum controle e cada um trabalhava da maneira que julgasse mais vantajosa. Agora existe uma regra e as companhias terão de cumpri-la”, diz. As empresas têm até 180 dias, a partir da data da publicação no DOU,

para se adequar à nova norma sem serem penalizadas. Transportadoras e embarcadoras podem escolher, agora, entre duas formas de pagamento: depósito direto na conta do caminhoneiro ou contratação de uma empresa homologada pela ANTT. A Agência irá habilitar entidades – como administradoras de meios de pagamento eletrônico, por exemplo – que cumprirem os requisitos previstos na resolução. As companhias candidatas à homologação devem ter sistemas de pagamento com recursos tecnológicos que permitam efetuar créditos para liquidação dos fretes, operações de saque e débito e utilização de senha para impedir o uso não autorizado. Nos cartões utilizados nas operações, deverá constar o valor do frete,

Brasilmaxi incorpora 12 bugs à frota

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Brasilmaxi adquiriu, no último mês de março, 12 bugs porta-contêineres de 20 pés. Sem revelar o valor da compra, o gerente de Marketing e Vendas da companhia, Paulo Tigevisk, diz que todos os equipamentos já foram entregues e estão em operação na unidade da companhia em Santos (SP). O gerente conta que os bugs foram adquiridos a fim de renovar a frota deste tipo de porta-contêineres aplicada na Baixada Santista. Além disso, o executivo explica que a companhia identificou a importância desta aquisição devido à demanda aquecida do transporte.

“Tivemos a entrada de novos clientes e temos como objetivo principal oferecer qualidade no serviço prestado”, afirma. A Brasilmaxi conta, agora, com um total de 56 bugs, sendo 18 para contêineres de 20 pés e 38 para os de 40 pés. Tigevisk completa dizendo que este investimento faz parte das ações que visam garantir o crescimento de, aproximadamente, 15% na capacidade operacional da empresa planejado para 2011. A expectativa consolidada de movimentação não foi divulgada.

do vale-pedágio, do combustível e de eventuais despesas. No site da ANTT ficarão disponíveis informações sobre as empresas habilitadas.

Vantagens A resolução põe fim a uma prática com mais de 50 anos: a carta-frete. Forma comum de pagamento pelo transporte de carga, o documento não tem valor fiscal e é emitido sem permissão legal pelas próprias empresas, que liberam os caminhoneiros para abastecer somente nos postos acordados para realizar a troca da carta-frete por dinheiro ou cheque. O caminhoneiro também é submetido a um consumo mínimo e ainda ao pagamento de um valor superior no litro do combustível, infringindo o Código de Defesa do Consumidor, que proíbe condicionar o fornecimento de um produto ao consumo de outro. Para os transportadores autônomos, os principais benefícios serão a liberdade de escolha e a inclusão social. “Os caminhoneiros poderão optar pelas melhores condições oferecidas pelos postos. Além disso, com a regulamentação do pagamento, eles terão como comprovar a renda e participar de programas de financiamento para renovar a frota”, explica Araújo. A novidade traz, também, melhoria na parte fiscal. Isso porque a carta-frete dificultava a fiscalização e facilitava a sonegação de impostos. Estima-se que o setor movimente R$ 60 bilhões anualmente, mas 73% estariam na informalidade. Segundo dado do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o governo brasileiro registra como movimentação de frete em relação a caminhoneiros apenas R$ 16 bilhões por ano.

Brasilmaxi: (11) 2889-6100 ANTT: 0800 610300

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Ire Capital apresenta novo condomínio no interior de SP Complexo logístico demandou investimentos de cerca de R$ 30 milhões

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Ire Capital, companhia especializada em negócios no setor imobiliário, começou a disponibilizar para locação, no mês de maio, seu mais novo complexo empresarial, logístico e industrial, localizado na cidade de Vargem Grande Paulista (SP). Com área total construída de 14.152 m², num terreno de 41.877 m², o Condomínio VGP apresenta módulos de 1.000 m² expansíveis, 14 docas, piso técnico que suporta até oito toneladas, pé direito de 11,73 m, ventilação cruzada, alto índice de

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iluminação natural (proporcionando economia de energia), além de mezanino de uso flexível de 2.920 m², que pode ser utilizado para escritórios, armazenagem vertical ou áreas de operações. O empreendimento possui, ainda, prédio administrativo de 660 m² com áreas de convivência e restaurante de uso comunitário. O condomínio fechado apresenta ainda pátio para manobras com rua de 50 m de largura – permitindo a movimentação de veículos de grande porte –, estacionamento para caminhões,

200 vagas para funcionários e visitantes, portaria com controle de acesso e eclusa, equipada com câmeras, e segurança 24 horas. Situado nas proximidades da rodovia Raposo Tavares, o complexo demandou um investimento de aproximadamente R$ 30 milhões e oferece saída rápida para algumas das principais estradas e rodovias de São Paulo por meio do acesso próximo ao Rodoanel Mário Covas. Ire Capital: (11) 3704-6200

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MERCADO

Cocamar reestrutura processos logísticos Cooperativa projeta crescimento de 25% no faturamento para 2011

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Segundo Ângelo Antonio Martin, diretor de Desenvolvimento da Partner Consulting, o excesso de veículos estacionados à beira das rodovias, avenidas e ruas vicinais nas redondezas da cooperativa poderia levar ao comprometimento da segurança da população na região. “Houve então a criação de um pátio de triagem de veículos pesados, deslocando o trânsito para uma região de baixo impacto na movimentação pública, aliviando quase na totalidade os riscos de segurança quanto à circulação”, explica o executivo. O desenvolvimento do PDL envolveu toda a análise dos volumes movimentados em dois períodos de safra para commodities e 12 meses para varejo. Na sequência, houve uma análise do balanço de massa com a definição da política do tempo de espera máximo para o processo de descarga, buscando evitar a perda de qualidade do produto movimentado versus a produtividade necessária Divulgação

Cocamar Cooperativa Agroindustrial, que atua no recebimento e na industrialização de produtos agrícolas como soja, milho, trigo, café e laranja, concluiu, no mês de abril, uma reformulação em seus processos logísticos por meio de um Plano Diretor Logístico (PDL) implantado pela consultoria de negócios Partner Consulting do Brasil. O PDL, que teve início em outubro de 2010, visa contribuir para a conquista de melhores resultados e garantir à cooperativa, sediada em Maringá (PR), uma estrutura competitiva pelos próximos cinco anos. Uma das melhorias mais importantes diz respeito à considerável redução das filas de caminhões em vias públicas próximas aos principais acessos à Cocamar. A diminuição foi conquistada com a otimização e o aumento da eficiência dos processos, assim como com a criação de um centro de triagem de mercadorias e de dois pontos de movimentação de cargas.

Centro de triagem reduziu filas de veículos nas ruas de acesso à empresa

para garantir um bom desempenho. Com os dados em mãos, foi realizada uma avaliação da capacidade estática necessária para absorver o número de veículos no pico de safra, e então foi estabelecida a área necessária para o o pátio de triagem. Com isso, pôde-se desenvolver a planta de implantação do empreendimento com o redesenho do fluxo dos processos de operação. “Com os estudos do PDL e a análise do nosso planejamento estratégico, pudemos perceber as necessidades de investimentos em infraestrutura e adequação dos processos logísticos que suportarão o crescimento sustentável da cooperativa”, diz Júlio César Bueno Alves, gerente de Logística Integrada da Cocamar. “Tudo isso demonstrou a necessidade de uma infraestrutura adequada para enfrentar a velocidade de aumento do consumo na esfera nacional e internacional”, completa. Foram utilizados 80 mil m² de área já pertencentes à Cocamar para o projeto do pátio de triagem, além da implantação de outras atividades que garantem maior controle do fluxo, como novas portarias, controladores de pátio e controles de acesso automatizados. Para 2011, a cooperativa, que conta com cerca de dez mil produtores associados e 2,2 mil colaboradores, projeta um crescimento de 25%, fazendo com que o faturamento ultrapasse a marca dos R$ 2 bilhões. Em 2010, o faturamento da Cocamar registrou R$ 1,45 bilhão, superando o montante de R$ 1,33 bilhão obtido em 2009. Cocamar: (44) 3221-3007 Partner Consulting: (11) 3521-7328

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Porto de Paranaguá já pode receber navios de maior calado

Fábio Scremim

chegava a três metros por conta da ausência de dragagem nos últimos seis anos. O custo da obra foi de R$ 2,5 milhões, pagos com recursos de caixa da Associação dos Portos do Paraná (Appa).

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Capitania dos Portos do Paraná autorizou, no último mês de maio, a operação de navios de maior calado nos três berços de atracação do corredor de exportação do Porto de Paranaguá. Com isso, os navios de soja, milho e farelo de soja que atracam no corredor poderão carregar até duas mil toneladas a mais de carga por embarcação, barateando o custo das operações no porto, além de proporcionar maior competitividade aos produtos brasileiros no mercado externo. A medida pode gerar um acréscimo de até meio milhão de toneladas por ano na movimentação de granéis no Porto. “A realização da dragagem de manutenção dos berços de atracação permitiu que pudéssemos conquistar o aumento da capacidade do corredor de exportação. Movimentar mais cargas significa obter mais ganhos em toda a cadeia logística e torna Paranaguá mais competitivo”, diz Airton Vidal Maron, superintendente dos Portos de Paranaguá e Antonina. Com a realização da dragagem em fevereiro deste ano, a profundidade de 12,3 metros dos berços foi restabelecida. Em alguns pontos, o assoreamento

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Líder em granéis sólidos

O Porto de Paranaguá anunciou em maio a conquista do posto de líder nacional nas exportações de granéis sólidos. O porto é responsável pela exportação de 34% do total do produto destinado aos mercados estrangeiros, à frente do Porto do Rio Grande (RS), responsável por 23% das exportações, e de Santos (SP), que exporta 20% dos granéis sólidos brasileiros. Os números compõem uma tabela organizada pelos operadores portuários para mapear as exportações de granéis nos dez portos brasileiros que fazem este tipo de operação: Paranaguá, São Francisco do Sul (SC), Vitória, Ponta da Madeira (MA), Cotegipe e Ilhéus (BA), Itacoatiara (AM), Santarém (PA), Santos (SP) e Rio Grande. A planilha, atualizada três vezes por semana, compila todos os embarques programados de granéis nos portos mapeados e leva em conta os navios atracados, os esperados (que já se encontram nos portos) e os nomeados (que estão programados para chegar). Na programação entre os dias 5 e 20 de maio, Paranaguá aparece com 34% de toda a exportação de granéis. No entanto, a liderança vem se mantendo constante desde o início do ano, sempre com média de 30% das exportações totais. Portos do Paraná: (41) 3420-1100

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MERCADO

Stock Tech amplia centros multitemperatura no Paraná e no Ceará Companhia realiza obras em CDs que combinam operações frigorificadas e secas

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Divulgação

operador logístico paranaense Stock Tech Logística Integrada anunciou obras de expansão em seus centros de distribuição localizados nas cidades de Pinhais (PR) e Caucaia, na Região Metropolitana de Fortaleza (CE), a serem entregues já no próximo mês de julho. As obras proporcionarão um aumento no espaço destinado às cargas frigorificadas nas duas unidades da companhia. A Plataforma Logística Multitemperatura de Pinhais conta atualmente com 12.900 m² e capacidade para 13.500 paletes em áreas frigorificadas CD de Pinhais terá área específica para produtos resfriados e 24.500 paletes em áreas com temperatura ambiente. Com a expan- do de armazenagem frigorificada, in- e distribuição com operações comsão, o CD ganhará outros quatro mil corporando áreas com temperaturas partilhadas. “São, em muitos casos, m² e cinco mil novas posições-palete, refrigeradas e congeladas em estru- produtos congelados, refrigerados e com áreas específicas para produtos turas que já contavam com espaços secos, armazenados e expedidos no resfriados, com variação de tempera- em temperatura ambiente, formando mesmo CD e distribuídos no mesmo tura entre -2ºC e 0ºC, além de tem- suas Plataformas Logísticas Multi- veículo, com o devido compartilhaperaturas congeladas e refrigeradas. Já temperatura, para atender à deman- mento. Isto criou um novo mercado no CD cearense, a companhia oferece da de clientes para serviços logísticos para áreas e veículos, com necessi2.500 m² com capacidade para dois destinados à cadeia do frio em opera- dade de grande flexibilidade em termil paletes em áreas frigorificadas. A ções com serviços agregados cada vez mos de controle de temperatura”, expansão prevista para o meio do ano mais complexas, principalmente na analisa o executivo. “Acreditamos firmemente que o garantirá à unidade mais 2.500 m² distribuição e no abastecimento de mercado para produtos frigoríficos entre áreas frigoríficas e secas e outras produtos para grandes centros. duas mil posições-palete. Além desses Segundo Agapito Anjos Sobri- vai continuar a crescer em ritmo espaços, a Stock Tech gerencia outros nho, diretor executivo da Stock maior do que outros segmentos e 10.500 m² em operações in-house em Tech, outro ponto importante que que a demanda por áreas e serviços CDs frigoríficos de clientes no Sudes- impulsionou a companhia no seu logísticos de alta performance neste e no Nordeste do país. processo de estruturação no seg- te mercado vai se intensificar cada Originalmente com foco em ope- mento frigorífico, juntamente com vez mais nos próximos anos”, finarações com temperatura ambiente e áreas secas, foi o fato de que isto liza Agapito. climatizadas, a Stock Tech iniciou, possibilita significativos ganhos em Stock Tech: (41) 3525-8228 há três anos, sua atuação no merca- sinergia operacional e de transportes

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MERCADO

SBA inicia operações em Sorocaba Estrutura operacional entra em operação neste mês

Still inaugura filial em São Bernardo do Campo Crescimento da companhia, especialmente na área de locação de equipamentos, motivou a mudança

SBA: (15) 3228-2789

Divulgação

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s empresas instaladas na região de Sorocaba (SP) ganharam, neste mês de junho, mais uma opção para armazenar seus produtos: a SBA Armazenagem. Segundo o diretor-geral da empresa, Júlio Pires, o local será uma opção para aqueles clientes que têm como política terceirizar sua gestão de estoque. O armazém ocupa uma área total de 6.500 m², sendo 3.300 m² de área de estocagem, com capacidade para cinco mil posições-palete e pátio para manobra e estacionamento com 3.200 m². O pé-direito da estrutura possui 12 m e o piso tem capacidade para 10 t/m². Além disso, oito docas e duas portarias independentes estão disponíveis para as operações. Pires informa que a companhia já negocia com alguns clientes que movimentam cargas secas dos mais variados segmentos de mercado. “O ideal é que tenhamos quatro empresas ocupando o espaço”, diz. A expectativa é de que, já no primeiro mês, cerca de 200 operações sejam realizadas. Para efetuar a gestão dos itens com eficácia, o diretor conta que a SBA está implantando o WMS da Totvs. O objetivo é controlar a entrada e saída de mercadorias eletronicamente, por meio de código de barras, além de gerenciar a emissão de relatórios de acordo com a necessidade do cliente. O sistema estará implantado na primeira quinzena de junho.

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Still Brasil, fabricante de empilhadeiras e transpaleteiras pertencente ao grupo Kion, acaba de inaugurar sua nova filial, localizada em São Bernardo do Campo (SP). Segundo a gerente-geral Adriana Firmo, o crescimento da companhia foi um dos fatores que levaram a Still a investir na nova unidade. “Nossa filial em Diadema (SP) nos atendeu bem durante um certo período, mas começou a ficar pequena para nossas operações, principalmente por conta de nossa frota destinada à locação, que apresenta uma demanda muito grande”, explica a executiva. Com 7.600 m² (quase três vezes a área que a Still utilizava anteriormente), a nova filial possibilita à empresa – que não revela os valores investidos – ampliar áreas de negócios como as vendas de máquinas novas e seminovas, as vendas de peças de reposição, os serviços de manutenção preventiva e corretiva e as reformas de equipamentos. “Agora, temos espaço para atender tanto aos nossos clientes quanto aos nossos representantes”, diz Adriana.

Além disso, o novo espaço proporcionou a abertura da área de locação de curto prazo. “Não fazíamos isso antes porque não tínhamos espaço, mas é uma área que tem um potencial de crescimento enorme, pois muitas pessoas precisam dos equipamentos para, digamos, um ou dois dias de operação, o que é impossível com contratos de longo prazo”, conta a executiva. De acordo com Adriana, a escolha do local se deve, em grande parte, ao fato de mais da metade dos funcionários da Still residirem no Grande ABC. “Analisamos também o potencial de crescimento da região para a área de logística, que é muito grande. Estamos próximos das principais indústrias automobilísticas, de quem somos fornecedores.” “Temos uma ótima estrutura para atender aos nossos clientes, representantes, fornecedores e colaboradores, seguindo o padrão das melhores filiais europeias do grupo. Nosso objetivo é servir de modelo para que todos nossos representantes busquem essa excelência e sigam esse DNA da Still”, conclui Adriana. Still: (11) 4066-8100

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TA economiza R$ 800 mil com pneus Economia é resultado da gestão terceirizada

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Transportadora Americana (TA) obteve economia de R$ 800 mil com a terceirização da gestão de pneus da sua frota junto à DPaschoal. Esse valor foi levantado verificando-se o quanto foi gasto entre 2007 e 2009 em consumo de pneus novos x recapagens e consumo de combustível. A gestão dos pneus pela DPaschoal é feita desde 2006 quando, após dois anos estudando o projeto, as empresas assinaram contrato instituindo um Truck Center dentro da TA. Desde então, o setor se responsabiliza pela gestão dos pneus, realizando atividades

como controle de performance, trocas, calibragens, rodízios, alinhamentos e emparelhamentos, seguindo um plano de serviços elaborado em conjunto com a TA, com resultados medidos mensalmente. Hoje, quatro funcionários da DPaschoal ficam alocados no Truck Center da TA, que chega a fazer cerca de 615 atendimentos por mês. “A frota da empresa conta com 450 veículos e muitos deles passam pelos serviços mais de uma vez no período”, explica Claudio Seregatti, engenheiro de Manutenção da TA.

De acordo com ele, com a gestão dos pneus da frota, a empresa reduziu em 26% a compra de itens novos e elevou em 14% o número de recapados. No início das operações, a TA comprava cerca de 45 pneus/ mês; agora, compra uma média de 35 unidades mensais. São dez unidades a menos todos os meses, ou seja, uma economia de 120 pneus por ano. “Ações como rodízios, alinhamentos, combinações de pneus duplos e as calibragens periódicas também contribuíram para uma melhora de 2% no consumo de combustível”, acrescenta o engenheiro. Somente em 2010, os caminhões da TA percorreram cerca de 9,1 milhões de quilômetros e transportaram quase 199 milhões de toneladas. TA: (19) 2108-9000

Reiter Log adquire 183 caminhões Volvo VM Veículos serão utilizados no transporte de gado e carne refrigerada

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operadora logística gaúcha Reiter Log adquiriu 183 caminhões Volvo VM neste primeiro semestre de 2011. Segundo Reinaldo Serafim, gerente da linha VM na América Latina, trata-se da maior venda individual de VMs já realizada no Brasil desde a introdução da linha, em 2003. Os 183 caminhões já foram entregues e serão utilizados nas operações logísticas realizadas pela Reiter em todo o Brasil e no Mercosul, e também no transporte de gado e de carne em várias regiões do país, principalmente nos estados do Rio Grande do Sul e Mato Grosso, onde estão localizadas algumas fazendas de gado, frigo-

ríficos e varejistas. De acordo com Serafim, a maioria dos veículos foi entregue na configuração 4x2, motor de 260 cv, caixa de seis marchas e eixo de dupla redução. “Alguns possuem cabine leito, outro grande diferencial do modelo”, detalha. Ele acrescenta que todos os veículos sairão de fábrica com o Programa de Manutenção Ouro, que oferece cobertura completa de manutenção preventiva e corretiva. Sediada em Porto Alegre, a Reiter Log tem frota com idade média inferior a cinco anos e, além de carga refrigerada, também transporta cargas vivas (equipamentos boiadeiros), cargas secas (produtos não perecíveis) e grãos para todas

as regiões do Brasil, Uruguai, Argentina e Paraguai. Dos 183 VMs adquiridos, 56 realizarão operação de transporte frigorífico e os outros 127 atuarão no transporte boiadeiro. Segundo Mauro Pilz, proprietário da Reiter Log, após testes realizados pela empresa, os caminhões VM apresentaram bons resultados, tanto em economia de combustível como em custos de manutenção e disponibilidade operacional. “Consideramos a melhor relação custo-benefício do mercado”, afirma o executivo. Volvo: (41) 3317-8111 Reiter Log: (51) 3254-3300

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MERCADO

Hamburg Süd comemora crescimento depois da crise Aumento do faturamento ficou acima de dois dígitos em 2010

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Hamburg Süd e a Aliança Navegação e Logística – empresas pertencentes ao grupo Oetker – divulgaram em abril os números referentes ao exercício de 2010, ano em que a Hamburg Süd registrou um faturamento de 4,4 bilhões – incremento de 39% perante 2009 – e obteve uma movimentação de 2,9 milhões de TEUs, número que representa um acréscimo de 23% em relação ao ano anterior. Presente nas Américas, Europa, África e Oceania, o maior fluxo de mercadorias da companhia está concentrado nos trechos do Brasil e da Argentina com destino à Europa. Já a Aliança movimentou 663,1 mil TEUs em 2010, um aumento de 52% sobre a movimentação registrada em 2009 (436,7 mil). “A indústria como um todo teve uma recuperação fantástica. E nós acompanhamos esse ritmo”, disse o diretorsuperintendente da empresa, Julian

Thomas, referindo-se às dificuldades enfrentadas diante da crise econômica mundial em 2009. A companhia espera crescer 10% no segmento em 2011, influenciada principalmente por um previsto aumento das importações em um ritmo maior que as exportações. A receita da Aliança atingiu 952 milhões de euros em 2010, diante dos 581 milhões registrados em 2009. O resultado do ano passado é ainda maior que o obtido em 2008, quando a empresa apresentou uma receita de 914 milhões de euros. “Fomos além de uma simples recuperação depois da queda de 2009”, comemora Thomas, indicando que o crescimento de 35% na receita de 2010 supera a queda de 32% registrada em 2009 no comparativo com o ano anterior. “O ano passado foi extraordinário. A economia global acelerou depois da crise”, completa o executivo.

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Perspectivas

Faturamento da Hamburg Süd cresceu 39% e o da Aliança, 35%

Segundo Thomas, os resultados da Hamburg Süd em 2011 não devem superar os números alcançados em 2010 em função do avanço insatisfatório das receitas no primeiro trimestre do ano e da constante pressão sobre os fretes. “Temos um otimismo cautelar em relação a 2011”, revela o superintendente, enumerando três principais fato-

res para justificar a projeção. Segundo ele, os altos preços dos combustíveis podem frear os lucros da companhia. A Hamburg Süd prevê gastos adicionais de US$ 200 milhões no ano com a tonelada do óleo marítimo no preço médio atual, de US$ 550. Outro fator complicador apontado pelo executivo são os gargalos de infraestrutura encontrados nos portos, em especial no Brasil. “Perdemos 62 mil horas com navios aguardando atracação e descarregamento em 2010. Houve melhorias em alguns portos, como aprofundamento de calado, por exemplo, mas a tendência é enfrentar dificuldades parecidas em 2011”, diz Thomas. Segundo ele, a empresa deixou de ganhar US$ 118 milhões devido a esse tempo de espera elevado. “Enfrentamos também um gargalo nos recursos humanos”, conta o diretor-superintendente. De acordo com ele, o mercado está muito aquecido, mas faltam profissionais. “Precisamos de mais pessoas tanto em terra quanto no mar, e está cada vez mais difícil encontrar mão de obra qualificada”, completa. Segundo Thomas, o grande desafio da companhia é repassar esses aumentos de custos para o frete. “Isso só é possível com o aumento da demanda. Esperamos que o volume de mercadorias aumente. Não vamos atingir os resultados de 2010, mas teremos uma melhora até o final de 2011 com os picos sazonais esperados para a segunda metade do ano”, finaliza o executivo. Hamburg Süd: (11) 5185-5700 Aliança: (11) 5185-5600

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MERCADO

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Plimor tem nova filial em São Carlos

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Transportadora Plimor inaugurou, no final de abril, mais uma unidade no estado de São Paulo. Instalada no bairro Parque Industrial, em São Carlos, a nova filial é a 18ª no estado. Com a expansão, a empresa chega à marca de 73 unidades distribuídas pelo Brasil – em São Paulo, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná – e na Argentina. A filial de São Carlos, cujo investimento não foi revelado, conta com

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18ª unidade em São Paulo atenderá a 28 cidades uma área total de 1.050 m², sendo 800 m² destinados à movimentação. Não haverá armazenagem no local, uma vez que os serviços oferecidos são de coleta e entrega. Cerca de 11 funcionários respondem pela operação de produtos com alto valor agregado. Segundo o diretor da Plimor, Julhiano Bortoncello, a expectativa é de que São Carlos transporte 200 toneladas por mês e realize 1.300 entregas. Bortoncello conta que a nova filial reduz a área de cobertura das outras unidades, agilizando as operações. A

executiva de Relacionamento da Plimor, Sandra Santini da Silva, completa dizendo que a ação visa enfrentar o aumento de frequência verificado nas cidades da região. “Vamos reduzir os prazos de entrega e aumentar os fretes expedidos”, resume. Os números não são revelados. São Carlos é responsável pelo atendimento de 28 cidades do estado, que anteriormente eram abastecidas pelas unidades de Bauru e Ribeirão Preto. Plimor: (54) 2109-1000

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Librelato vende 400 semirreboques para organização venezuelana Implementos basculantes serão utilizados no transporte de grãos, areia e cargas diversas

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Librelato assinou, no final do mês de março, um contrato para fornecimento de 400 semirreboques basculante três eixos, com suspensão balancim e molas pneumáticas, personalizados para a Assembléia Socialista Nacional de Trabalhadores e Trabalhadoras de Transporte da Venezuela (ASNT). Todos os implementos, que serão utilizados para a renovação da frota dos mais de 13 mil associados da organização, deverão ser entregues até o final de outubro de 2011, sendo que o primeiro lote será entregue a partir deste mês de junho, após a liberação de crédito do governo venezuelano. Embora não revele o valor investido, o diretor-presidente da Librelato, José Carlos Librelato, diz que a negociação foi uma das maiores realizadas pela empresa com um único cliente. “Além de levar nosso produto para outro país, também estamos contribuindo para renovar uma frota obsoleta. Essa venda representa o reconhecimento da qualidade da marca no mercado internacional”, considera. Ele acrescenta que outro aspecto importante da negociação foi oferecer um produto personalizado, com características técnicas projetadas para atender com precisão às necessidades do mercado venezuelano. “Nossa equipe de engenharia desenvolveu um projeto específico de semirreboques basculante três eixos com suspensão balancim, molas e bordas arredondadas, que possibilita o transporte de grãos, areia, cargas secas ou molhadas”, explica Librelato. Segundo ele detalha, a personalização dos implementos foi necessária pois, na

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Venezuela, o limite de peso para veículos de cargas, onde se admite valores de peso por eixo, é diferente do utilizado no Brasil. “O PBTC (Peso Bruto Total Combinado) é 48 toneladas para uma CVC (Combinação de Veículo de Carga) envolvendo um cavalo mecânico 6x2 e um semirreboque três eixos”, resume. Librelato ainda acrescenta outra diferença. “No Brasil temos por hábito adquirir diversos modelos de implementos uma vez que para cada tipo de carga é utilizado um. Já na Venezuela, eles transportam vários tipos de carga somente com um modelo de equipamento.” A empresa também será responsável por todo o suporte técnico e manutenção. “Temos um departamento especialmente dedicado ao pós-vendas, pois sabemos que o bom atendimento é imprescindível para que mais clientes conheçam e aprovem a nossa marca”, salienta o diretor, acrescentando que a empresa já está providenciando a abertura de um posto de assistência técnica e peças originais para a prestação de serviços aos produtos comercializados na Venezuela. Inaugurada há quatro anos, a ASNT tem mais de 13 mil associados e, entre outros objetivos, pretende promover a contínua renovação de frota dos veículos de transportes de mercadorias e passageiros de seus afiliados. Para tanto, a organização conta com o suporte financeiro de um empréstimo internacional destinado à aquisição de veículos de transporte e de carga devidamente autorizado pelo governo atual. Librelato: (48) 3466-6000

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Vale recebe o maior navio mineraleiro do mundo É a primeira de uma encomenda de sete embarcações sul-coreanas; outros 12 navios semelhantes foram encomendados da China

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China, os navios somam um investimento de US$ 1,6 bilhão. As embarcações encomendadas farão parte da solução logística entre os terminais marítimos da Vale no Brasil e os clientes asiáticos, com o intuito de aumentar a eficiência de suas operações e atender ao crescimento da demanda global. Os mineraleiros, que apresentam alto padrão de segurança, contribuirão para reduzir o custo do transporte transoceânico de minério de ferro para as empresas siderúrgicas. Além dos 19 navios próprios de 400 mil toneladas, a Vale terá ainda outras 16 embarcações terceirizadas com as mesmas dimensões, com operação exclusiva para a companhia em contratos de longo prazo assinados com armadores parceiros. Todos os 35 navios deverão ser entregues entre 2011 e 2013. “Com a nossa frota de navios próprios e contratados conseguiremos diminuir a volatilidade no mercado marítimo, que afeta não somente o preço do frete, como também o preço do próprio minério. À medida que os novos navios começarem a operar, a estabilidade do frete e do minério será ainda maior, favorecendo a Vale e seus clientes siderúrgicos”, afirma o diretor executivo de Marketing, Vendas e Estratégia da empresa, José Carlos Martins.

Além dos navios próprios, Vale terá mais 16 terceirizados e dedicados

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Vale recebeu, na Baía de Guanabara (RJ), no início de maio, o navio Vale Brasil, encomendado junto ao estaleiro Daewoo Shipbuilding & Marine Engineering, da Coreia do Sul. Trata-se do maior navio mineraleiro do mundo, com 362 m de comprimento, 65 m de largura e capacidade para 400 mil toneladas. A embarcação é o primeiro mineraleiro entregue à Vale, de uma encomenda de sete navios do estaleiro sul-coreano que totaliza investimentos de US$ 748 milhões. A companhia possui ainda uma encomenda de 12 navios com capacidade de 400 mil toneladas ao estaleiro chinês Rongsheng Shipbuilding and Heavy Industries. Em construção na

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Vale: (21) 3814-4477

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Ultragaz adquire 127 caminhões Volkswagen Veículos serão utilizados na distribuição de gases envasados para o segmento industrial

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empresa de distribuição de gás de cozinha Ultragaz anunciou, na primeira semana do mês de maio, a aquisição de 127 caminhões da marca Volkswagen, com o objetivo de renovar sua frota. Segundo a companhia, os novos veículos – cem modelos Delivery 8.150 e 27 Constellation 13.180 – serão utilizados nas operações do segmento industrial envasado, que tem como foco a entrega dos produtos P20 (destinado ao abastecimento de empilhadeiras a gás) e P45 (utilizado

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em bares, restaurantes e hotéis) em empresas que utilizam gás em média escala. “Por ser muito pesada, a operação de gás exige bastante do veículo. Já utilizamos os caminhões VW em nossas operações há vários anos e, historicamente, são os que melhor se adaptam às nossas exigências”, diz Guilherme Darezzo, gerente de Logística e Frota da Ultragaz. Os veículos fazem parte do programa de renovação da frota operacional da Ultragaz. Segundo a companhia, o contrato

de manutenção VolksTotal foi um fator determinante na escolha pelos veículos da marca, uma vez que a empresa busca simplificar seus processos internos terceirizando os serviços de oficina. “Com o VolksTotal, a Ultragaz poderá focar em sua verdadeira atividade, sem se preocupar com oficinas e manutenção de seus veículos de frota”, diz o diretor de Vendas, Marketing e Pós-Vendas da MAN Latin America, Ricardo Alouche. A Ultragaz possui uma frota de 2.094 veículos e aproximadamente 40 mil clientes empresariais em todas as regiões do Brasil. Com uma distribuição de cerca de 1,6 milhão de toneladas de gás por ano, a companhia registra um faturamento anual de R$ 4 bilhões. MAN : (24) 3381-1063 Ultragaz: (11) 3177-6677

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MERCADO

Gefco aplica R$ 1,4 milhão em tecnologia Objetivo é aperfeiçoar operações e trazer maior segurança administrativa e fiscal

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fim de otimizar suas operações logísticas e proporcionar mais agilidade e sinergia aos serviços, a Gefco vem apostando em tecnologia da informação. Só nos últimos dois anos a empresa investiu o montante de R$ 1,4 milhão em projetos de TI, com destaque para um sistema de radiofrequência inovador na gestão de estoques de veículos, especialmente na cobertura de grandes áreas. O sistema foi implantado nos pátios de Porto Real (RJ), Sete Lagoas (MG), Porto do Rio (RJ) e Eadi Resende (RJ). Só para se ter uma ideia, o diretor de TI da Gefco, Alexandro Strack, cita como exemplo o pátio de Porto Real, que tem mais de 500 mil m2 e movimenta diariamente cerca de dois mil veículos. Segundo Strack, o sistema de radiofrequência possibilita à empresa mapear e movimentar instantaneamente os veículos e, dessa forma, acelerar as tomadas de decisão. “Ao final do processo, as concessionárias já recebem a informação da expedição dos seus carros, via web, com

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a data prevista para entrega, otimizando o seu poder de relacionamento com o consumidor”, complementa. A implementação da radiofrequência foi realizada em 2010 e, segundo Strack, já trouxe resultados positivos às operações. “Conseguimos um ganho de 47% no tempo de realização do inventário de veículos e expedições 25% mais rápidas, além de rapidez e confiabilidade ao substituir a digitação por leitura via radiofrequência e ganho de tempo entre emissão de nota fiscal e saída física do veículo na expedição”, ressalta o executivo. Strack conta que, este ano, a Gefco iniciará a implementação gradual do sistema de WMS para a gestão de mercadorias, totalmente integrado ao TMS e ao ERP. Denominado ADT-WMS, o sistema foi desenvolvido internamente, com tecnologia própria da Gefco, e já controla mais de 120 mil m2 nas operações do grupo na Argentina. Ele permite, ainda, o registro das operações via equipamentos móveis, por meio de conectividade Wi-Fi ou 3G. “Assim, as movimentações de estoque e os registros das informações são feitos simultaneamente à execução da atividade, o que permite que o fluxo dos processos ocorra paralelamente, diminuindo o tempo de entrega final para o cliente”, diz Strack. Para operações complexas de abastecimento de linhas de fabricação, o sistema WMS, além de gerenciar o Destaque é sistema de gestão de estoque de veículos armazenamento, pode

receber pedidos que façam parte de um fluxo sincronizado de uma linha de montagem por meio de EDI (Electronic Data Interchange), por diferentes tipos de protocolos.

Em busca da ISO 14001 A preocupação em minimizar impactos ambientais também é constante na rotina da empresa, que está implementando uma série de ações com o objetivo de estabelecer um sistema de gestão ambiental efetivo em suas operações, visando obter a certificação ambiental ISO 14001 em 2012. Para tanto, em 2010 a Gefco assinou o Pacto Global das Nações Unidas, que estabelece dez princípios empresariais, dentre eles apoiar uma abordagem preventiva aos desafios ambientais, desenvolver iniciativas para promover maior responsabilidade ambiental e incentivar o desenvolvimento e difusão de tecnologias ambientalmente amigáveis. Entre as ações para a obtenção da certificação, merece destaque a aquisição de sistema informatizado para a realização do Relatório Ambiental 2010, que permite o registro das informações de consumo de água, energia e produção de dejetos das oito filiais operacionais e da sede em uma base de dados mundial, para comparação da performance ambiental e cálculo da emissão de CO2. Além disso, permite o registro da filial de Porto Real no Programa de Controle de Poluição por Veículos Automotores Movidos a Diesel (Proconve), gerido pelo Instituto Nacional do Meio Ambiente (INEA-RJ), que estabelece a medição semestral do índice de emissão de CO2 da frota própria e vans usadas no pátio e aplicação de medidas corretivas, se necessárias. Gefco: (21) 2103-8100

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Log-In inicia operação do Jacarandá

Divulgação

sileira: há cerca de 15 anos não são construídos navios deste gênero no país. Para a construção do navio, que tem capacidade para transportar 2.800 TEUs (unidade equivalente a um contêiner de 20 pés) ou cerca de 38 mil toneladas de porte bruto, foram utilizadas cerca de 8,4 mil toneladas É o primeiro porta-contêineres construído no país neste século de chapas de aço. Log-In Logística Intermodal, Durante dois anos, cerca de três coligada da Vale, iniciou no mil trabalhadores participaram da dia 11 de maio a operação do construção da embarcação, que pesa navio Log-In Jacarandá, o primei- cerca de dez mil toneladas vazio e ro porta-contêineres construído no pode chegar a 47 mil toneladas carBrasil neste século. Esta embarcação regado. O navio possui 218,45 metambém é a primeira de uma enco- tros de comprimento total, 29,80 m menda de sete navios que a empre- de boca (largura), 11,60 m de calasa tem junto ao Estaleiro Ilha-Eisa, do máximo, velocidade de 20 nós e localizado no Rio de Janeiro. No to- acomodações para 30 pessoas, sendo tal, são cinco do tipo porta-contêi- 20 tripulantes. neres e dois graneleiros. O investiHá outras peculiaridades do navio, mento da Log-In na construção dos projetado para atender às necessidades navios é de cerca de R$ 1 bilhão, específicas da Log-In e da cabotagem financiado com recursos do Fundo brasileira, como maior resistência da da Marinha Mercante (FMM) e ten- porta da escotilha, guindastes embardo o Banco Nacional de Desenvol- cados e calado de 11,5 metros. vimento Econômico (BNDES) como Segundo o diretor-presidente da agente financeiro. A previsão é de Log-In, Vital Jorge Lopes, o Jacaranque todas as embarcações entrem dá traz outra contribuição imporem operação até 2013, ampliando tante. “Por ser mais eficiente enera capacidade de frota da Log-In em geticamente e por ter uma grande aproximadamente 300%. capacidade de carga, a cada viagem Lançado ao mar em outubro do será possível retirar das estradas braano passado, o Jacarandá irá operar no sileiras cerca de 2.800 caminhões, serviço Amazonas da Navegação Cos- reduzindo emissões de C02 no meio teira, que liga Santos (SP) a Manaus, ambiente”, esclarece. passando pelo Nordeste, e marca um Log-In: 0800 7256446 momento histórico na cabotagem bra-

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MERCADO

CROSS-DOCKING • Rose Bombarde assumiu, em abril, o cargo de gerente da filial Campinas da Jamef Encomendas Urgentes, empresa de transporte de cargas fracionadas. Formada em Administração de Empresas pelas Faculdades Integradas do Brasil, no Paraná (UniBrasil/PR), e pós-graduada em Logística Empresarial pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC/PR), a nova gerente terá como principal desafio identificar as mudanças e adequações necessárias para melhorar a eficiência operacional e comercial da filial campineira. (31) 2102-8888 • Na Maersk, Peter Gyde deixou o cargo de diretor para a região do Caribe (incluindo Panamá, Costa Rica, Colômbia e Venezuela), para assumir o mesmo posto no Brasil. O executivo é graduado em Administração de Empresas pelo International Institute for Management Development (IMD), em Lausanne, Suíça, e pela Niels Brock Business College, em Copenhagen, Dinamarca. Para ocupar a função anteriormente exercida por Gyde no Caribe, a Maersk nomeou Dean Rodin. (11) 3527-2000 • Em Assembleia Geral Ordinária realizada no último mês de abril, os membros da Abifer (Associação Brasileira da Indústria Ferroviária) reelegeram Vicente Abate presidente da entidade para o biênio 2011-2013. Abate está em seu segundo mandato frente à entidade. Engenheiro metalurgista formado pela Escola de Engenharia Mauá (SP), o executivo é pós-graduado pela Escola Politécnica da Uni-

versidade de São Paulo (Poli/USP) e possui MBA em Marketing pela Fundação Getulio Vargas (FGV-SP) e pelo Babson College, nos EUA. Abate é diretor de Relações Corporativas da AmstedMaxion e também diretor do Sindicato Interestadual da Indústria de Materiais e Equipamentos Ferroviários e Rodoviários (Simefre); da Associação Brasileira de Fundição (Abifa); da Sociedade dos Engenheiros Automotivos (SAE Brasil); e do Departamento Estadual de Infraestrutura (Deinfra) da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP). (11) 3289-1667 • José Carlos Buffon ocupa, desde o último dia 18 de abril, a diretoria geral da Global Equipamentos, distribuidora da Brasil Máquinas (BMC) para os estados do Espírito Santo e Bahia. Formado em Administração de Empresas pela Faculdade de Administração do Espírito Santo (FAESA), em Vitória, o executivo chega à empresa após ocupar nos últimos cinco anos, na Sotreq, o cargo de gerente-geral para o Brasil dos produtos para colheita florestal e pavimentação da Caterpillar. (11) 3036-4000 • A TakeLog, companhia do Grupo Unimaster especializada em logística de comércio exterior, conta com uma nova gerente. A analista de sistemas Marta D’Alexandri, responsável pela abertura da filial de Campinas (SP) da TakeLog, juntamente com o executivo de Vendas Diogines Moreira, assumiu o cargo de gerente regional de Operações. Graduada pela Universidade Metodista de Piracicaba (Unimep) e pós-graduada em Comércio Exterior no Instituto Nacional de

Pós-Graduação (INPG), Marta ocupava anteriormente o cargo de diretora técnica na Baska, onde acumulou experiência em comércio exterior atuando por 16 anos à frente de diversos departamentos. (19) 2511-2666

• A Maestra Navegação e Logística apresentou ao mercado seu novo diretor-presidente, o executivo Fernando Real. Graduado em Engenharia Agronômica pela Universidade Federal de Pelotas (Ufpel-RS), Real tem MBA em Gestão Empresarial pelo Instituto Superior de Administração e Economia do Paraná – Fundação Getulio Vargas (ISAE/ FGV). O executivo já atuou na diretoria da Rodo Linea Implementos para Transporte, MRS Estudos Ambientais, Águas de Paranaguá, e no Grupo Josapar-Suprarroz, na Arisco Industrial, como gerente de negócios. (11) 2388-5100 • A Elog/Columbia/Eadi Sul contratou três novos profissionais para reforçar a equipe de colaboradores. Armindo Adegas é o novo diretor do Ecopátio Columbia do Centro Logístico e Industrial de Santos (CLIA); Mauro Zacchia Rodrigues assume o posto de gerente de Negócios; e Omar Passos ocupa o cargo de diretor de Negócios e Operações da empresa. Adegas é formado em Administração de Empresas pela Fundação Lusíada, de Santos, SP, com MBA em Gestão Portuária pela Universidade Católica de Santos (Unisantos-SP). Ele iniciou a carreira em 1976 em agência marítima no Porto de Santos. Entre 1991 e 2005, foi diretor da Columbia, ingressando depois na Santos Bra-

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sil/Tecon, onde permaneceu até 2011, como diretor Comercial. Com mais de 25 anos de experiência em atividades ligadas ao Comércio Exterior, o novo gerente de Negócios, Mauro Rodrigues, foi presidente do porto seco DryPort por quatro anos. Também atuou durante cinco anos na gerência de operações da Columbia. É especialista em operações door-to-door e no desenvolvimento de clientes e projetos logísticos em todos os modais. Já Omar Passos é formado em Economia pela Universidade São Judas Tadeu (USJT-SP), com MBA em Logística; tem mais de 25 anos de atuação nas áreas de comércio exterior e logística, tanto na indústria como na prestação de serviços, em empresas como Dupont, Pepsico, Deicmar e Grupo Wilson. (11) 3305-9999 • A Reversa Soluções Logísticas, recém-lançada empresa do Grupo TPC dedicada ao segmento de logística reversa, contratou o executivo Luís Fernando Martinez para o cargo de diretor-executivo. Formado em Engenharia de Produção, com MBA em Gestão de Negócios, pela Fundação Getulio Vargas (FGV/Campinas), Martinez acumula 12 anos de experiência em gestão na área de distribuição, logística, operação intermodal, planejamento e exportação e operações portuárias. Durante sua carreira, o executivo atuou em empresas como Votorantin Agroindústria, 3M do Brasil e Log-In, entre outras. (11) 3572-1797 • Ligia Pizoli assumiu, no dia 9 de maio, o cargo de consultora na Modus Logística Aplicada, espe-

cializada no desenvolvimento, otimização e implementação de modelos de gestão do supply chain e processos logísticos. Graduada em publicidade pela Universidade Anhembi Morumbi, Ligia participou de cursos de aperfeiçoamento em Supply Chain no Instituto de Pesquisa e Pós-Graduação em Administração de Empresas da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Coppead/UFRJ) e na Fundação Getulio Vargas (FGV), entre outras instituições. A consultora possui formação profissional especializada na área de bens de consumo não duráveis, tendo atuado por dez anos na Unilever e acumulado experiência em companhias como a SS Cosméticos, a Forum Modas e a Hypermarcas. (11) 5506-2730 • A Bauko, companhia que oferece soluções para construção e movimentação, anunciou a nomeação do engenheiro Andres Rojas para o cargo de diretor-superintendente da recém-criada Bauko Movimentação, divisão da empresa destinada às vendas e locações de empilhadeiras. Rojas possui MBA Internacional pela Fundação Instituto de Administração da Universidade de São Paulo (FIA/USP) e acumula experiência profissional em multinacional do ramo de logística. (11) 3693-9333 • A Campinas Modal Assessoria Aduaneira, especializada em soluções para o comércio exterior, nomeou Cinthya Britto para o cargo de gerente Comercial, como parte do processo de reestruturação interna da companhia. Formada em Comércio Exterior pela Fatec Internacional, Cinthya possui 12

anos de experiência na área, tendo atuado por dois anos como diretora Comercial em um grupo de grande porte do segmento. (19) 3212-2402 • André Luiz Mendes assumiu, em fevereiro, a gerência Comercial da fabricante de empilhadeiras e transpaleteiras Still. Engenheiro mecânico formado pelo Centro Federal de Educação Tecnológica do Rio de Janeiro (CefetRJ), Mendes possui ainda MBA em Marketing de Serviços pela Escola Superior de Propaganda e Marketing – ESPM. O novo gerente da Still passou por empresas como RMA Construtora, São Miguel Indústria e Comércio de Papel e Pirelli, onde atuou durante dez anos. (11) 4066-8100 • A Celistics, empresa especializada em soluções logísticas de distribuição para a indústria de telefonia móvel e TI, nomeou em maio Juan María Gallego-Toledo para o cargo de diretor Comercial para um território que engloba 13 países da América Latina, inclusive o Brasil. Com ampla experiência na área de desenvolvimento de negócios de telefones celulares, Gallego-Toledo possui 17 anos de atuação na finlandesa Nokia. O executivo possui bacharelado e quatro especializações na Central Michigan University (EUA), mestrado em Gestão Internacional na Universidade Thunderbird (American Graduate School of International Management – EUA) e está em processo de obtenção de doutorado na Universidade de Rockies, em Colorado Springs. (11) 3266-3202 Junho/2011 - Revista Tecnologística - 53

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Fotos: Luiz Machado

ENTREVISTA

Alinhada à estratégia Dentro do intenso processo de consolidação do mercado de logística e transportes no Brasil, a Tegma Gestão Logística adquiriu recentemente a Direct, empresa voltada à distribuição pulverizada, principalmente para o mercado de e-commerce. Nesta entrevista, o diretorpresidente da Tegma, Gennaro Oddone, fala de como esta compra se encaixa na estratégia de mercado da empresa e não descarta outras aquisições Tecnologística – Como a recente aquisição da Direct se insere na estratégia de mercado da Tegma? Gennaro Oddone – Esta compra está alinhada a duas estratégias nossas. A primeira é a consolidação, aproveitando oportunidades de crescimento por aquisições e integrações. O mercado brasileiro viu várias dessas ações ao longo dos últimos anos, feitas por várias empresas. Isto não é nenhuma novidade e é uma estratégia que a Tegma também vem adotando ao longo de sua história. O mercado brasileiro de logística

ainda é extremamente pulverizado, o que aumenta as oportunidades nessa área. Tecnologística – E a segunda estratégia? Oddone – A segunda é a de integração da cadeia logística. Ao longo dos anos, a companhia vem estendendo a gama de serviços integrados oferecidos para as cadeias de suprimentos, e entendemos que a Direct veio preencher uma lacuna nesta oferta, que era a distribuição final. E, no caso da Direct, acrescentamos

outra vantagem, já que a empresa atua no e-commerce, setor que nos interessa, que vem crescendo de forma robusta e que, no nosso entender, vai continuar apresentando um desenvolvimento importante. Dessa forma, com a aquisição estamos aliando o reforço no serviço de distribuição final à oportunidade de começarmos a atuar no comércio eletrônico. Tecnologística – Que é bem diferente dos setores em que a empresa vem atuando, não?

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Tecnologística – Como a Direct se encaixa na estrutura societária da Tegma? Oddone – Compramos 80% da companhia e os outros 20% permanecem com os sócios fundadores, que continuam no operacional. Ou seja, a empresa é totalmente controlada pela Tegma S. A. Do ponto de vista comercial e operacional, vamos buscar as integrações necessárias, além do processo natural de obtenção de sinergias. Tecnologística – Então o crescimento por aquisições está mais no foco da companhia do que o orgânico? Oddone – Há espaço para ambos. Como falei, acreditamos que ainda haja muita oportunidade para aquisições, uma vez que o mercado brasileiro de logística ainda é muito fragmentado e deve se consolidar ainda mais. E isto está dentro da estratégia da Tegma, que é uma das pioneiras nesse processo, mas não é a única. Outras empresas estão seguindo este movimento, o

“Com a Direct, estamos reforçando nossa atuação na distribuição last mile, em que ainda éramos tímidos” que irá mudar, no médio prazo, o panorama do mercado de logística no Brasil. Tecnologística – Além dos setores já atendidos, a empresa tem outros em vista? Oddone – Por ora, nossa prioridade são aqueles em que já atuamos. Não vislumbramos, no curto prazo, uma ampliação para outros segmentos de mercado. O que não significa que, um pouco mais adiante, não possamos identificar outros com potencial a ser explorado. Vamos continuar a priorizar estes setores porque vemos neles uma dupla oportunidade: primeiro, crescer nos clientes atuais através da oferta de serviços adicionais aos prestados atualmente. Depois, ainda dentro destes segmentos, ir em busca de novos clientes que ainda não terceirizam suas operações. Então, temos um espaço interessante para preencher no curto e médio prazo. Mas, novamente, não quer dizer que não estejamos atentos

a outros setores que demandem estruturas com alto grau de complexidade. Pois este é nosso foco: não os serviços básicos, mas os integrados e mais complexos. Tecnologística – O número de empresas no país que ainda não terceirizam sua logística ainda é importante? Oddone – Sim, ainda há muito espaço para a terceirização. Há, inclusive, empresas que possuem boa logística interna, mas que optam pela terceirização porque a logística não é o core-business da companhia. E acho que, atualmente, para oferecer soluções diferenciadas, é preciso fazer investimentos constantes. E é justamente o que as empresas estão evitando, ou seja, investir naquilo que não é seu negócio principal. Por isso buscam especialistas. Este movimento continua ocorrendo. Tecnologística – As empresas ainda terceirizam o básico ou já buscam soluções mais diferenciadas? Oddone – Há os dois casos. Muitas já esperam soluções mais criativas, inovadoras; mas algumas ainda esperam obter o básico de maneira

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Oddone – Exatamente. A Tegma atua fortemente nas indústrias automotiva, de bens de consumo, moda, vestuário, eletroeletrônica e de TI, e alguns serviços intermediários, como químicos e combustíveis. Mas, como falei, temos procurado a diversificação. Quando fizemos nosso IPO, em 2007, foi justamente pensando em diversificar e aproveitar a expertise do setor automotivo e replicá-la para outros segmentos que julgamos importantes. Resumidamente, já atuávamos em transportes dedicados, em uma parte de armazenagem e serviços logísticos agregados, mas ainda estávamos muito tímidos na distribuição. Com a Direct, estamos reforçando a atuação na distribuição last mile.

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ENTREVISTA

mais produtiva e eficiente. É neste segundo grupo que vemos maiores oportunidades, porque muitas vezes uma companhia pode não perceber o potencial que determinado processo pode oferecer, até por desconhecimento. E aí temos chance de mostrar ao cliente soluções que talvez não sejam tão óbvias.

E há, como falei, o grupo das que sabem exatamente onde estão as oportunidades, o tamanho do desafio, e buscam um parceiro à altura. Nos dois casos, temos algo a oferecer. Na medida em que aliamos nossa expertise ao conhecimento da empresa, quando nos aproximamos do cliente e adquirimos certa

intimidade, conseguimos obter soluções diferenciadas. Isto, para nós, é fundamental. Somente com a proximidade poderemos oferecer soluções criativas. Do contrário, caímos na mesmice. Tecnologística – O senhor acredita que, para oferecer este tipo de

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compra da Direct não é uma novidade dentro da estratégia de crescimento da Tegma, como já deixou bem claro seu diretor-presidente, Gennaro Oddone. Surgida em 1969 como Sinimbu, voltada ao transporte de veículos zero-quilômetro, a série de fusões e aquisições começou em 1998, com as fusões com a Allied Holding e o Grupo Coimex, além da incorporação das transportadoras Schlatter e Transfer. Em 2001, foi a vez de incorporar as atividades da Translor Veículos, divisão outbound da Ryder do Brasil, que em 2002 deu origem ao nome Tegma. Em 2004, foi realizada a compra de 49% da CATLog, da qual a Tegma tornou-se gestora. Em abril de 2007 a empresa adquiriu integralmente a Boni/Gatx e a CLI, e em 2008 incorporou as operações da Cooperativa dos Transportadores de Veículos. Com todas essas operações, passou a atuar em vários setores da economia, como o químico, de telecomunicações, eletroeletrônico, combustíveis, agronegócio, papel e celulose e informática, além do automotivo, em que se originou e no qual é líder na logística de zeroquilômetro com 1,2 milhões de veículos transportados em 2010.

Com o crescimento, a empresa ampliou também seu leque de serviços prestados à cadeia logística, em áreas como transporte rodoviário, armazenagem e gestão de estoques. Em 2010, a Tegma estreou em atividades em zonas primárias, com o gerenciamento do pátio público de veículos do Porto de Suape (PE), com capacidade para movimentar 25 mil veículos por ano. A aquisição da Direct, anunciada em março de 2011, se encaixa perfeitamente nesta estratégia, já que acrescenta uma nova expertise à Tegma: a distribuição final ou last mile, em que a empresa ainda não atuava. Além disso, marca sua entrada no setor de comércio eletrônico, do qual a Direct é detentora de cerca de 25% do market share nacional, realizando mensalmente um milhão de entregas. A Tegma investiu R$ 77 milhões na compra de 80% do capital da Direct, que possui 16 unidades operacionais, entre as quais dois hubs em São Paulo e Rio de Janeiro; tem 700 couriers credenciados, 750 colaboradores diretos e

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Crescimento por aquisições vem de longo tempo

1.800 indiretos, além de 72 unidades de entregas. Com a aquisição, a Tegma passa a ter 78 filiais no país, 3.845 colaboradores diretos e 4.491 equipamentos próprios e de terceiros, além de área de mais de dois milhões de m2 em pátios e área coberta de 125 mil m2. No primeiro trimestre de 2011, a empresa obteve uma receita líquida de R$ 307,9 milhões, com crescimento de 24,7% na comparação com 2010, ano em que obteve receita líquida de R$ 1,16 bilhão e lucro líquido de R$ 112,3 milhões, crescimento de 46,9% em comparação a 2009. Veja mais sobre a compra da Direct pela Tegma em http://tecnologistica.com.br/negocios/noticia_4503/

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solução, a empresa precisa ter uma boa estrutura? Ou seja, a logística está se tornando uma atividade para grandes empresas? Oddone – Sim, pois para desenvolver projetos logísticos personalizados, integrados e de grande complexidade, é preciso ter estrutura e musculatura. Por isso acredito na consolidação, para juntar sinergias, no sentido de ampliar a oferta de soluções. É fundamental ter capacidade para investir naquilo que é necessário para atender ao que foi proposto para o cliente e também atender às novas demandas. Isto não significa que os ativos tenham que ser próprios. É preciso ter musculatura para investir naquilo que é necessário, e ter eventualmente ativos atrelados a estes projetos.

ro. Nós nos classificamos com uma empresa asset light, que privilegia o processo, a inteligência e a gestão. Não entendemos que o ativo seja recurso mandatório para atender bem a todos os contratos.

Tecnologística – Mas a Tegma é conhecida pelo desenvolvimento de ativos especiais, não? Oddone – Desenvolvemos equipamentos especiais sempre que o projeto pedir. Investimos naquilo que represente uma necessidade específica ou um diferencial. Se tivermos um projeto que demande um equipamento diferenciado, e se isso representar aumento de produtividade, aí, sim, faz todo o sentido ter ativos, e precisamos estar preparados para esse investimento. Agora, se for um equipamento padrão, podemos perfeitamente gerenciar um tercei-

Tecnologística – Quais o senhor considera os grandes gargalos desse mercado atualmente? Oddone – Acredito que hoje a mão de obra represente um grande desafio, e a dificuldade tende a ser maior quanto menos estrutura tiver a companhia. Para as empresas maiores, que podem oferecer mais benefícios, a tendência é que seja um pouco menos difícil reter a mão de obra. Este é um ponto de preocupação, e estamos investindo em desenvolvimento, treinamento e qualificação de nossos profissionais, para que possamos preencher

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ENTREVISTA

parte de nossas necessidades. Mas a mão de obra é sem dúvida uma dificuldade e já estamos vislumbrando um incremento deste problema, já que o país cresce e a oferta de pessoas qualificadas não cresce na mesma proporção. Tecnologística – Buscar profissionais no exterior é uma solução? Oddone – Acho pouco provável isto ocorrer, ao menos em nosso setor. Para mim, a saída está na formação interna, e é o que temos aplicado. Não temos tido, por ora, maiores gargalos ou dificuldades para atender às nossas necessidades. Mas é um ponto de tensão no negócio e já estudamos alternativas. Tecnologística – Neste sentido, a compra de outra empresa não representa uma vantagem, já que, com as sinergias obtidas, quase sempre há excesso de mão de obra? Oddone – Uma aquisição, sem dúvida, traz um respiro em algumas

A baixa oferta e o alto custo do capital representam uma grande desvantagem competitiva para as empresas brasileiras

situações, mas não se aplica a tudo. Nem sempre o excedente de mão de obra é o que se está buscando. Tecnologística – Além deste, qual outro grande gargalo do setor? Oddone – A baixa oferta e o custo de capital de terceiros também representam uma grande dificuldade para as empresas brasileiras, e não apenas do nosso setor. Temos uma alavancagem de capital muito baixa no país, por isso ainda trabalhamos com uma parcela importante de capital próprio. Temos capacidade de buscar recursos de capital mais eficientes do que estamos operando atualmente. Hoje, o custo de capital de terceiros é muito elevado. Este é um ponto a que devemos dar atenção. Tecnologística – Esta, no seu entender, é uma desvantagem competitiva para as empresas de capital nacional?

Oddone – Sem dúvida. Os problemas de acesso ao capital e o seu custo são desvantajosos, porque provavelmente uma multinacional tem acesso a dinheiro mais barato. Isso faz com que tenhamos de ser mais eficientes operacionalmente. Tecnologística – A Tegma tem buscado uma atuação mais ampla no território brasileiro ou dá preferência às regiões tradicionais, como o Sul e o Sudeste? Oddone – Eu diria que já temos atuação nacional, pois atendemos ao país inteiro. Sem dúvida, ainda existe essa concentração maior no Sul e Sudeste, porque a própria economia brasileira tem essa concentração natural. Mas continuamos a desenvolver regiões que representem oportunidades e, neste sentido, entendo que o Nordeste é a nova área a ser explorada, pois tem crescido acima do restante do país. Contudo, não vamos a uma região sem um motivo maior. Nossa estratégia sempre foi desenvolver através da demanda, da necessidade. Isto vale para tudo e também para a atuação regional. Entendemos que é preciso primeiro surgir o projeto para depois alocarmos os recursos necessários para atendê-lo. Tecnologística – E quanto à atuação internacional? Oddone – Já temos operação própria na Venezuela e atendemos, através do Brasil, ao Paraguai, Uruguai e Argentina. Estes mercados continuam com atenção especial da Tegma, mas o grande foco é mesmo no mercado brasileiro, que ainda tem um enorme potencial de crescimento. Silvia Marino

Tegma Gestão Logística: (11) 4346-2500

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Linha Azul aumenta competitividade da Novozymes

Fotos: Fabio Riesemberg

COMÉRCIO EXTERIOR

Com a homologação para operar em regime de Despacho Aduaneiro Expresso, que reduziu drasticamente o tempo para liberação das cargas, a empresa de biotecnologia reduz custos de operação, diminui estoques e ganha condições para aumentar suas vendas

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Novozymes Latin America – subsidiária da dinamarquesa Novozymes A/S, que detém 47% do mercado mundial de enzimas industriais utilizadas em processos de fabricação de diferentes produtos, como pães, sucos e até biocombustíveis –, depois de ser homologada pela Receita Federal para operar em regime de Despacho Aduaneiro Expresso – também conhecido como Linha Azul –, vive uma mudança significativa nos processos de

comércio exterior, com vantagens operacionais, econômicas e, principalmente, com novas condições para alcançar as metas de ampliar o volume de negócios. Sediada em Araucária, Região Metropolitana de Curitiba, a Novozymes tem por ano mais de 300 processos de importação e em torno de 200 de exportação. Importa enzimas das suas unidades industriais, nos Estados Unidos, Dinamarca, Suíça e China, para revenda no Brasil, e ex-

porta cerca de 20% do total de enzimas produzidas na planta brasileira. A decisão da empresa de iniciar o processo para obter a homologação para a Linha Azul tinha por objetivo melhorar o desempenho das operações de comércio exterior, o que num determinado momento tornou-se bastante crítico. “Em meados de 2006, começamos a buscar informações sobre o regime expresso; participamos de algumas palestras e workshops, pois vimos

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que existia a possibilidade de um tratamento mais rápido para a liberação de nossas importações e exportações. Isto era particularmente importante porque, na época, começavam a se tornar mais comuns as operações-padrão dos fiscais da Receita Federal e também problemas de infraestrutura nos portos. Não que agora todas estas questões estejam resolvidas, mas eram bem mais críticas”, lembra Paulo Sérgio Januário, gerente Financeiro Contábil da Novozymes. Mas foi entre os anos de 2008 e 2009 que a situação, segundo ele, chegou a ser dramática em relação à demora no desembaraço aduaneiro. “Além de nesse período ter havido novamente alguns movimentos de operação-padrão, também tivemos uma questão um tanto peculiar do nosso ramo de negócio, a biotecnologia, que é uma área ainda pouco conhecida pelos órgãos brasileiros. Durante um ano, a maioria dos nossos produtos caiu em canal vermelho (a Declaração de Importação é submetida à análise fiscal e selecionada para um dos canais de conferência – verde, amarelo e vermelho; neste último, além da conferência documental, é exigida a conferência física da mercadoria), por toda uma discussão na época sobre a legislação para organismos geneticamente modificados. Foi então que decidimos ir em busca da Linha Azul, para não continuarmos à mercê de questões como essas”, completa Januário. Nessa situação descrita por ele houve casos em que as mercadorias chegaram a levar 90 dias para serem liberadas, o que dá uma ideia dos problemas gerados para a Novozymes, não somente em termos de aumento de custos operacionais, mas também de estoque, pois, quanto mais aumentava o tempo para o desembaraço aduaneiro, mais elevados

Para se ter uma ideia dos problemas que a Novozymes enfrentava, houve casos em que as mercadorias levaram 90 dias para serem liberadas

passaram a ser os estoques, para não correr o risco de não garantir o fornecimento para os clientes.

Preparação da empresa Para obter a permissão para utilizar o Despacho Aduaneiro Expresso, além de atender a alguns dos requisitos estabelecidos pela Receita Federal – como possuir patrimônio líquido igual ou superior a R$ 20 milhões, gerar acima de cem processos de importação/exportação por ano e apresentar os controles internos da empresa que garantem o cumprimento regular de suas obrigações cadastrais, documentais, tributárias e aduaneiras –, existe todo um processo de preparação da empresa, inclusive a contratação de uma auditoria externa. Trabalho que, na Novozymes, levou 15 meses para ser concluído, conforme explica o gerente. “Esse processo passa por três estágios. Primeiramente, foi feito um diagnóstico para verificar se cumpríamos com os requisitos mínimos para ir adiante com o processo de homologação. Feito isso, realizou-se uma pré-auditoria, na qual foram verificados todos os nossos controles internos de documentação, de arquivamento e de classificação de mercadorias. Depois disso, o último passo foi a prepara-

ção, para os auditores, do relatório final para entrega à Receita Federal.” Para esse trabalho foram analisados pelos auditores, em todos os detalhes da operação, 120 processos de importação e 120 de exportação em quatro semestres, abrangendo os anos de 2008 e 2009, cuja seleção teve como critério os de maior volume e valor das mercadorias, tanto de matérias-primas como de produtos acabados. “Os processos foram analisados um a um, para verificar se estávamos classificando as mercadorias corretamente e seguindo as regras das operações de exportação e importação, atendendo a todas as exigências da Receita Federal, e também todos os nossos controles. Entre os controles verificados é importantíssimo, por exemplo, o contêiner vir lacrado e que tipo de lacradura é usado, se os armazéns que estamos utilizando são seguros, de modo que nossa mercadoria, tanto na importação como na exportação, não possa ser violada”, destaca Mayanin Bravo, gerente de Logística da Novozymes. Segundo ela, houve um momento bastante trabalhoso no levantamento desses processos que serviram de amostra, já que as informações daqueles anos não constavam no sistema de gestão da empresa. “Até aquele momento, como não tínhamos necessidade, não registrávamos tudo no nosso SAP; simplesmente cumpríamos com a exigência de guardar os documentos por anos, mas isso ficava guardado como arquivo morto. Tivemos então de levantar processo por processo, identificar, preencher planilhas manualmente, para passar as informações para os auditores.” Um esforço que valeu a pena, na avaliação da gerente de Logística, não só porque agora a empresa conta com todas as informações no sistema, que podem ser levantadas em minutos em Junho/2011 - Revista Tecnologística - 63

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COMÉRCIO EXTERIOR

Líder mundial em bioinovação

C

om mais de 700 produtos biotecnológicos utilizados em 130 países, a Novozymes A/S teve um resultado de vendas no mundo de US$ 1,7 bilhão em 2010, representando um crescimento de 15% nas vendas e 35% no lucro líquido em relação ao ano anterior. Para 2011, a estimativa de aumento em vendas está entre 7% e 10%. No Brasil, a Novozymes iniciou as suas atividades em 1975 como Novo Indústria do Brasil Representações e Serviços, com escritório em São Paulo. Em 1988, o escritório foi transferido para Curitiba (PR) e no ano seguinte foi inaugurada sua unidade industrial, dando início à produção de enzimas e processos enzimáticos. Nesse mesmo ano, houve a fusão entre a Novo Indústria A/S e a Nordisk Gentofte A/S, também da Dinamarca, alterando a razão social para Novo Nordisk Bioindustrial do Brasil, até que, em 2000, a empresa passou a chamar-se Novozymes Latin America. Além da unidade de produção, a subsidiária brasileira da Novozymes conta com áreas de vendas e soluções para clientes, empregando cerca de 180 funcionários com diferentes competências.

caso de necessidade, mas principalmente porque a análise foi bastante positiva. “Tudo foi revisado, inclusive os serviços dos nossos fornecedores de armazenagem e transporte, e não foi encontrada qualquer inconformidade. O resultado da pré-auditoria indicou que já tínhamos um nível de controle suficiente para obter a homologação na Linha Azul.”

Mayanin destaca que a única ressalva no resultado desta préauditoria que exigiu alteração foi em relação à classificação fiscal de mercadorias. “As enzimas têm uma classificação especifica que vale para todas, assim como a alíquota é igual para todas, mas existe uma variação nas enzimas pelo tipo de microorganismo utilizado pelo produtor e foi isso que tivemos de corrigir. Era só uma questão de nomenclatura, e dos mais de 200 processos analisados só 15 tinham esse problema.” Foi assim que, passados seis meses da entrega do relatório da auditoria para a Receita Federal, seguindo os padrões da instrução normativa, o órgão concedeu à Novozymes, em fevereiro passado, a homologação para utilização do Despacho Aduaneiro Expresso. Atualmente, está em 40 o número de empresas que já conquistaram a permissão para operar no regime Linha Azul junto à Receita Federal.

Com a Linha Azul, o desembaraço, que antes levava dias, agora é feito em horas

Novo cenário Com a utilização da Linha Azul, o processo de desembaraço aduaneiro, que antes, na melhor situação, acontecia em dez dias, agora leva em torno de oito horas. A identificação de que a empresa está homologada para

o Despacho Aduaneiro Expresso está vinculada ao seu CNPJ, de modo que, quando o despachante aduaneiro entra com o processo de importação ou exportação na Receita Federal, já consta essa informação no sistema. Para os processos aduaneiros, a Novozymes conta com os serviços da DB Schenker e da Belemar. Dentro dessa nova realidade, mudam radicalmente as condições

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COMÉRCIO EXTERIOR

de operação e negócios da Novozymes. Em relação aos estoques, por exemplo, há uma estimativa inicial de redução entre 20% e 25%. “Antes, precisávamos planejar as importações com muito critério, porque a demora na liberação acarretava em atraso na entrega para o cliente. Para compensar todo esse tempo em que a mercadoria ficava parada, acabávamos aumentando os estoques de segurança. Hoje, os níveis de estoque estão baixando, porque tanto a importação como a exportação estão ocorrendo com muito mais agilidade”, comenta a gerente de Logística. Sobre a redução de custos na operação, embora haja indicativos de que seja significativa, a empresa

ainda não revela uma estimativa, pois está começando a fazer essa avaliação. De imediato já se sabe que a companhia está eliminando o demurrage, que é a taxa paga pela sobre-estadia dos contêineres, quando estes excedem o prazo para serem desembaraçados. “O custo que tínhamos pelo tempo em que o contêiner ficava lá no porto de Paranaguá (PR) aguardando o desembaraço era muito alto”, explica Januário. A gerente de Logística faz o contraponto com a situação atual. “Com a liberação da carga em horas, desovamos as mercadorias no mesmo porto e já devolvemos o contêiner, porque elas já são carregadas diretamente no caminhão que vem para Araucária. Então passamos a ter, basicamente, só o custo de transporte, eliminando o custo de armazenagem e de sobre-estadia. A não ser, por exemplo, que a mercadoria chegue num final de semana. Neste caso deixamos dois dias no armazém alfandegado.” A maior parte das operações de comércio exterior da Novozymes é realizada pelo modal marítimo. De todos os processos de importação e exportação, o modal aéreo não representa mais que 5%, sendo utilizado apenas para atender a

Como agora não é mais necessário o estoque de segurança para compensar o tempo de espera, os níveis já baixaram entre 20% e 25%

demandas mais urgentes dos clientes, sobretudo nos períodos mais críticos de operação nos portos, em razão do alto custo do frete. Também por este modal a empresa tinha problemas com o tempo de desembaraço aduaneiro, antes de operar no regime Linha Azul. “Tivemos mercadorias que já ficaram retidas no aeroporto por 20 dias”, recorda Mayanin. O fato de a empresa ser homologada para utilizar o regime expresso não significa que os fiscais da Receita deixem de fazer as averiguações que entendam necessárias, porém não mais retendo a carga sem desembaraçá-la, como explica a gerente de Logística. “O fiscal pode pedir uma amostra do produto para confirmar determinado processo, mas ele já liberou a mercadoria para nós, mesmo que tenha pedido alguma informação ou documento adicional. A Linha Azul é uma vantagem tanto para nós, como importadores, como para a aduana, que já conhece bem a nossa empresa e nossas mercadorias.” Para Paulo Sérgio Januário, dentre todos os pontos positivos da operação em regime de Despacho Aduaneiro Expresso, um dos mais importantes é a agilidade no atendimento aos clientes. “A confiabilidade do cliente no momento de colocar um pedido aumenta muito, porque ele vê menos possibilidade de demora na entrega.

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O regime especial é benéfico também para a aduana, que tem maior segurança em seu trabalho

Ele consegue perceber, inclusive, a melhora até no atendimento de um pedido de emergência. Dessa forma, se o cliente tiver algum imprevisto, como um aumento de demanda inesperado, sabe que nosso tempo de resposta é menor para o suprimento daquela necessidade.” É em razão disso, também, que a empresa conquistou a base de sustentação para seus planos de crescimento. “A Novozymes está com uma estratégia bastante agressiva e pretende triplicar o volume de vendas na America Latina num futuro não muito distante. E a Linha Azul vai contribuir muito para essa meta”, afirma o gerente. Ele ressalta, ainda, que todo esse processo que levou à homologação da Novozymes para utilização do Despacho Aduaneiro Expresso desmistificou um preconceito que existia em relação à Receita Federal. “Durante o período que estávamos levantando informações sobre

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a Linha Azul, ouvimos que o órgão tinha interesse em que as empresas buscassem a homologação, mas estávamos céticos em relação a isso. Acho que ainda tínhamos a ideia de que o Brasil precisa da morosidade para justificar todo o custo. Só que, quando nosso pedido de homologação chegou à Receita Federal, ficamos bastante surpresos, porque percebemos que, sim, eles tinham interesse e foram bastante parceiros nos momentos finais da homologação. Talvez para os padrões corporativos, que têm um ritmo mais acelerado, o ritmo deles, mais lento, pode parecer falta de disposição em ajudar. Mas tivemos um ótimo atendimento e nos sentimos muito apoiados”, conclui. Sônia Monfil Cardona

Novozymes: (41) 3641-1000

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Fotos: Divulgação

OPERADORES FRIGORIFICADOS

Mercado acima, e abaixo, de zero Demanda interna de frigorificados aquecida estimula investimentos e adoção de estratégias operacionais por parte dos operadores logísticos. Crescimento acelerado, porém, exige empresas com capacidade de investir e processos eficazes de gestão

Q

ue o Brasil é a bola da vez no cenário econômico mundial já é mais do que sabido. Em diversos segmentos da economia o país surge como um oásis de oportunidades frente ao moroso desempenho verificado em outras partes do globo. Agora, após alguns anos verificando um crescimento sustentável, os operadores logísticos frigorificados aproveitam a maré de otimismo que se apresenta no mercado interno. Apostando na manutenção deste cenário, as companhias do setor investem em soluções, ampliam suas estruturas a fim de atender à demanda e colhem resultados positivos. O crescimento, porém, traz

desafios que, pelo visto, são encarados pelas corporações locais como oportunidades de negócio. Os números comprovam o bom momento. Na Comfrio, responsável pela movimentação de carnes – bovina, suína, pescados e aves –, além de sementes e sucos, o diretor de Operações, Francisco Moura, afirma que, após encerrar o ano de 2010 com movimentação de 250 mil toneladas, a expectativa da companhia para este ano é crescer 30%. “Cerca de 80% deste volume foram operados no mercado interno e 20% destinados à exportação. Há quatro anos, essa relação era inversa”, revela.

Na Friozem, o diretor-presidente, Fábio Galesi Fonseca, não revela números consolidados, mas informa que a meta é crescer este ano 15% frente a 2010. Já na Schio, dos R$ 377 milhões faturados em 2010, o mercado interno contribuiu com 90%. O diretor Comercial da empresa, Jorge Queiroz, afirma que este ano o objetivo é crescer 25%. Enquanto isso, na Localfrio, o superintendente Comercial da Área de Frios do Grupo, Ricardo Oshiro, anuncia que o negócio de frigorificados responde por 15% do faturamento da companhia, com cerca de 80% deste índice obtidos com operações internas.

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Melhorias operacionais Para suportar o aquecimento de demanda interna, a Comfrio aposta em seu plano estratégico de investimentos. “No próximo mês de agosto começaremos a operar uma unidade em Jarinu (SP). O local tem capacidade para 70 mil m³ e exigiu investimentos de R$ 20 milhões”, diz Moura, que anuncia, ainda, que no mesmo período será concluída a expansão da filial de Limeira (SP), que passará dos atuais 56 mil m³ para 72 mil m³. Para esta obra, a companhia destinou R$ 5 milhões. Os trabalhos de melhoria para atender à demanda são contínuos. Prova disso foi a inauguração, em novembro do ano passado, do centro de distribuição de Uberlândia (MG). O diretor de Operações afirma que esta estrutura caracteriza bem o atual momento aquecido do setor. “Este CD, que demandou investimento de R$ 10 milhões e foi concebido para atender ao mercado interno, começou a operar com 25 mil m³, mas

Moura: relação entre mercado interno e externo se inverteu

Para fazer frente ao crescimento, empresas investem em novas áreas e abrem operações em outras regiões do país

logo em seguida ampliamos para os atuais 32 mil m³ e estamos prevendo, até o final do ano, expandi-lo para 40 mil m³”, conta. Outras iniciativas ficam por conta da ampliação de capacidade, ocorrida em junho do ano passado, da unidade 2 de Bebedouro (SP) – cidade onde também fica a sede da empresa –, de 33 mil m³ para 40 mil m³, num investimento de R$ 2 milhões, e da unidade 1 do município, que recebeu outros R$ 2 milhões em estruturas de armazenagem e distribuição. As obras reforçam a atuação da Comfrio no mercado. “Já atendíamos a todo o estado de São Paulo e agora, com o CD de Uberlândia, atendemos ao Triângulo Mineiro. Já a unidade de Jarinu vai abastecer a região Sul e os outros estados do Sudeste, além da região Centro-Oeste e da Bahia”, informa. Hoje, 70% da movimentação da empresa são destinados ao estado de São Paulo; Uberlândia já responde por 15% e a projeção é de que as demais localidades, estas atendidas por Jarinu, respondam pelos 15% restantes. “A tendência é aumentar a participação em outros estados, mas ainda não temos números”, diz. A expansão dos negócios não para. “Até o final do ano estamos prevendo a abertura de mais um CD

Fonseca: meta é crescer 15% este ano

focado no mercado interno”, adianta. O executivo, contudo, não revela em qual estado estará instalada a nova unidade. De acordo com Fonseca, da Friozem, a empresa também aposta na melhoria de suas estruturas para prestar um serviço de qualidade e atender à demanda dos clientes. No CD de Jandira (SP), por exemplo, R$ 2 milhões serão destinados à compra de empilhadeiras, na aplicação de um novo WMS e num sistema de identificação por radiofrequência a fim de agilizar o picking e a expedição das cargas. Em São Bernardo do Campo (SP), R$ 5 milhões serão destinados para a expansão do CD. Hoje, o local conta com sete mil posições-palete e, ao final de 2012, contará com 12 mil posições-palete. Já no Rio de Janeiro, uma nova unidade será instalada para atender a todo o estado. A expectativa é de que o CD comece as operações no início de 2014. Cerca de R$ 18 milhões serão destinados à construção de uma estrutura com 50 mil m³ de capacidade. Junho/2011 - Revista Tecnologística - 69

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OPERADORES FRIGORIFICADOS

Foco regional Na Schio, o objetivo é reforçar o atendimento à região Nordeste que, segundo o diretor Comercial, vem apresentando índices anuais de crescimento na casa dos 20%. Para este ano, a expectativa é de que o índice chegue a 25%. “Começamos a operar na região em 2008 com um CD de cinco mil posições-palete e já estamos na quarta ampliação. Até o próximo mês de novembro ele atingirá 20 mil posições-palete, com um investimento de R$ 25 milhões”, afirma Queiroz. De acordo com o executivo, o Nordeste já representa 30% dos negócios da empresa. “Há quatro anos, realizando apenas transporte, fatu-

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Com o crescimento do mercado e com mais setores atendidos, aumentou também a complexidade das operações

rávamos R$ 2 milhões por mês na região. Agora, faturamos R$ 8 milhões”, constata. Ainda de acordo com Queiroz, o reforço das operações nordestinas ampliou o portfó-

lio da companhia que, na região, movimenta bebidas de alto valor agregado, além de realizar o transporte para o setor médico, de produtos como sangue, por exemplo. O diretor diz que, apesar deste crescimento regional, a Schio também investe em outras localidades. Hoje, a empresa opera três CDs inhouse nos estados do Rio de Janeiro, Goiás e Pernambuco. Além disso, conta com unidades próprias na Bahia, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Paraná, Pernambuco e dois no estado de São Paulo, em Campinas e na região da Rodovia Anhanguera. Entre as ações para reforço das estruturas, destaque para a expansão das unidades de Simões Filho (BA) – de 9.500 m² para 30 mil m²;

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Na Schio, foco é atender à região Nordeste

de Cabo de Santo Agostinho (PE), que passa dos atuais 15.601 m² para 20.901 m²; da Anhanguera, que chega a 168 mil m², frente a 118 mil m² de hoje; do Rio de Janeiro, ampliada de 39.749 m² para 40 mil m², e Contagem (MG), que sai de seis mil m² para dez mil m². Ao todo, R$ 305 milhões serão destinados para estas ampliações. As obras já foram iniciadas e a previsão é de que a unidade da capital fluminense, a última a ser concluída, seja entregue no final de 2013.

mento, disponibilizar informações via internet e automatizar os processos”, salienta. O diretor-presidente da Friozem também já vislumbrou as novas particularidades no segmento causadas pelo crescimento acelerado. “O mercado interno está aquecido, mas está mais complexo para se operar”, resume. Na Friozem, em particular, isso

Atenção aos processos Moura, da Comfrio, lembra, contudo, que o crescimento do mercado interno traz inúmeros desafios logísticos. “Temos que agregar inteligência à operação, apresentar uma solução completa. No food service, por exemplo, é preciso fazer a armazenagem, o transporte e a gestão de compras. Já no trabalho junto às indústrias, é necessário efetuar o picking, definir horários de carrega-

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Demeterco: CD no Rio de Janeiro exclusivo para operações regionais

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OPERADORES FRIGORIFICADOS

Oshiro: Localfrio analisa mercado farmacêutico

Já Oshiro, do Grupo Localfrio, vislumbra a especialização como um caminho a seguir. “Devido ao crescimento do mercado interno, creio que haverá a segmentação das operações”, acredita. Na companhia o trabalho já começou. “Fizemos um ajuste de perfil de clientes”, diz. O trabalho consistiu em analisar as operações que possuem um giro maior e quais produtos ficavam mais estáticos, para ter um melhor aproveitamento da capacidade de armazenamento, movimentação e mão de obra. “Substituímos negócios e entramos em novos mercados, como varejista e atacadista”, relata. Moura opina que o mercado de operadores frigorificados ainda está a caminho de atingir a maturidade, e faz um lembrete: “Hoje, o nível de serviço e o profissionalismo na gestão são cada vez mais importantes. Quem cresce são aquelas empresas que, além da capacidade de investir, têm foco na operação”, reforça. O executivo finaliza dizendo que as exi-

gências que virão com o crescimento serão oportunidades de negócios para aquelas companhias que possuem processos estruturados. “Apesar do mercado aquecido, muitos perdem negócios por não apresentarem maturidade operacional”, conclui.

Provedor integrado Na Localfrio, Oshiro afirma que a meta é tornar a companhia um operador logístico que atenda a toda a cadeia, desde as operações portuárias, passando pela armazenagem, até a distribuição. “Queremos estar cada vez mais próximos dos clientes, participar de seus negócios e apoiar as operações. Temos que ser um facilitador”, ressalta. Sem revelar detalhes, Oshiro revela uma das estratégias da organização para o mercado interno. “Futuramente, vamos entrar na distribuição física dos produtos perecíveis. É uma oportunidade que analisamos. Queremos chegar até o

se evidencia, uma vez que 80% dos clientes da empresa são indústrias alimentícias, que em sua maioria, cerca de 60%, enviam seus itens para o varejo – supermercados, hipermercados e pequenos pontos de venda. “As operações nesses locais possuem restrição de horário; é preciso fazer as movimentações à noite, o que aumenta a complexidade operacional”, diz. O diretor Comercial da Schio observa outro movimento no setor. “A tendência é realizar projetos dedicados. Atualmente, temos 30 clientes com operações dedicadas, de um total de 300”, revela. Para o executivo, o mercado pede um serviço melhor, mesmo sabendo que há incremento Comfrio investiu na infraestrutura para suportar o crescimento da demanda de custo. 72 - Revista Tecnologística - Junho/2011

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ponto final, conhecer os clientes de nossos clientes e com isso aumentar o nosso envolvimento”, frisa. O executivo informa que a Localfrio também analisa outros nichos de mercado, como o farmacêutico. Hoje, 40% do volume movimentado pela empresa são carnes, 20% lácteos e o restante é composto por frutas frescas, secas, chocolates e vegetais congelados. A Localfrio opera três unidades com câmara fria – Moóca, com 30 mil m³; Anhanguera, com 40 mil m³, e Guarujá, com 30 mil m³. Os CDs localizados na cidade de São Paulo são utilizados basicamente para atender ao mercado interno. “Essas unidades, que atendem à cidade e à região da Grande São Paulo, estão com a capacidade plena de ocupação e o giro do estoque é de menos de um mês”, diz.

Na Localfrio, meta é atender a toda a cadeia logística

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OPERADORES FRIGORIFICADOS

O desempenho citado por Oshiro é comprovado pelos índices obtidos. “Verificamos um crescimento em movimentação e receita de 50% nos últimos doze meses (maio-maio), e isso tem nos dado segurança para olharmos outras oportunidades no mercado de frigoríficos”, afirma.

Intermodalidade Na Brado Logística, empresa criada pela Standard Logística e América Latina Logística (ALL), ao contrário das demais companhias, a proporção entre as operações internas e externas é contrária, 25% e 75%, respectivamente. Vale lembrar que, do total operado no mercado interno, 80% são referentes a produtos frigorificados e o restante é de carga dry.

Mesmo com a demanda interna aquecida, as exportações seguem sendo um mercado promissor para o segmento

O presidente da Brado, José Luis Demeterco, explica que este índice se deve ao fato de a empresa agregar ao seu portfólio diversos serviços voltados ao comércio exterior, como movimentação de contêineres utilizando a

intermodalidade – rodovia e ferrovia –, além da armazenagem. Sem revelar números, ele informa que a participação do negócio exportação dobrou no faturamento da empresa. O executivo ressalta, porém, que faz parte do escopo da Brado intensificar as operações no mercado brasileiro. Como exemplo, ele cita que a companhia irá inaugurar um CD no Rio de Janeiro exclusivo para atender à demanda do estado. O investimento previsto, mais detalhes da estrutura e previsão de abertura não podem ser revelados. Reforçar a utilização da ferrovia por meio da malha da ALL, juntamente com o modal rodoviário nas movimentações, também faz parte do plano estratégico para abastecimento nacional. “Os embarcadores de produtos industrializados estão analisando o uso da ferrovia, principalmente no eixo entre as regiões Sul e Sudeste”, diz. De acordo com Demeterco, ainda é prematuro divulgar números, já que os projetos de transporte ainda estão sendo concebidos. “Nosso foco é promover a intermodalidade no mercado interno”, anuncia. Fábio Penteado

Brado aposta na movimentação dos frigorificados por ferrovia

Brado: (41) 2118-2800 Comfrio: (17) 3344-7777 Friozem: (11) 4789-8200 Localfrio: 0800 164060 Schio: (11) 3376-4000

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MERCADO BRASILEIRO DE OPERADORES LOGÍSTICOS FRIGORIFICADOS

Nº de funcionários

Certificações

Nº de clientes no Brasil

Três principais clientes

Raio de Atuação Armazenagem

Raio de Atuação Distribuição

Receita bruta anual no Brasil (em milhões de reais)

Crescimento da receita

Escritórios próprios no exterior

Em itens

AGV Logística (19) 3876-9000 agv@agv.com.br www.agvlogistica.com.br

13 anos

260

S

40

Ispha, Pfizer e Unilever/ Kibon

Todo o território nacional

Todo o território nacional

656,9

135%

N

258 mil

2,4 milhões

Andrade Cavaletti (61) 2107-6200 fernando@andradecavaletti.com.br www.andradecavaletti.com.br

16 anos

430

N

30

Brasil Foods, Ferrero do Brasil e Unilver

CentroOeste

CentroOeste

NF

NF

N

NF

NF

Arfrio (11) 5501-6600 comercial@arfrio.com.br www.arfrio.com.br

57 anos

800

N

65

Brasil Foods, Grupo Marfrig e Nestlé

Sul, Sudeste e e CentroOeste

N

NF

NF

N

NF

950.000

Brado Logística (41) 2118-2800 contato@brado.com.br www.brado.com.br

12 anos

1.200

N

245

Brasil Foods, Marfrig e Wal Mart

Sul e Sudeste

Sul e Sudeste

128

16%

N

NF

1,9 milhão

Cap-Logística Frigorificada (41) 2104-8444 cap@cap-pr.com.br www.cap-br.com.br

11 anos

110

N

12

Averama, Sadia e Seara

Sul

Sul

NF

NF

N

NF

240.000

Cefri (11) 4718-2299 adriano@cefri.com.br www.cefri.com.br

39 anos

200

N

23

Marfrig, McCain e Minerva

Nordeste e Grande São Paulo

N

NF

20%

N

NF

NF

Cefrinor (71) 2107-1414 cefrinor@cefrinor.com.br www.cefrinor.com.br

28 anos

200

N

19

Brasil Foods, G. Barbosa e Wal Mart

Nordeste

Nordeste

NF

8%

N

6.400

366.000

Comfrio (17) 3344-7775 comfrio@comfrio.com.br www.comfrio.com.br

15 anos

220

N

50

Frimesa Cooperativa Central, Marfrig e Sadia

Sudeste

Sul, Sudeste e CentroOeste

NF

33%

N

NF

300.000

9 anos

20

N

4

GDC e Valle D'Oro

Sul

N

1,2

NF

N

NF

NF

Empresa Fone E-mail Site

DKN Alimentos (47) 3346-3838 dkn@dkn.com.br www.dkn.com.br

Por questão de espaço, o nome de algumas empresas foi abreviado

Em peso (t)

Tempo de mercado

Volume de produtos gerenciados (ano)

*Em razão de contratos de confidencialidade, algumas empresas não divulgam a área de clientes

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Nº total de Frota de transporte armazéns

Área de Armazenagem

Alfandegada

Pátio

Nº de tomadas

Próprios

De clientes (in house)

Carga seca

Baú

Sider

Refrigerada

Utilitários

Frota terceirizada

1.850

11.100

13.341

125.605

24.723

280.155

259.605

0

255.000

0

37

24

403

287

86

12

13

S

1.050

10.850

275

1.650

1.780

10.050

400

0

16.500

50

4

0

0

0

0

145

3

N

65.000 (reversível)

584.000 (reversível)

65.000 (reversível)

584.000 (reversível)

65.000 (reversível)

584.000 (reversível)

65.000 (reversível)

0

0

0

10

0

0

0

0

0

0

N

90.000 (reversível)

NF

90.000 (reversível)

NF

90.000 (reversível)

NF

90.000 (reversível)

72.600

309.000

800

6

0

30

30

0

30

0

S

5.700

62.000

540

5.400

1.500

7.500

0

0

12.000

30

2

2

0

0

0

0

0

S

8.764

87.640

775

4.650

1.530

9.180

1.100

0

15.000

20

1

0

0

0

0

0

0

N

4.405

36.280

3.041

24.520

0

0

2.200

0

46.000

70

1

0

0

0

0

0

0

S

NF

220.000

0

0

0

0

60.000 m3

0

0

0

6

0

0

0

0

0

0

S

600

NF

0

0

0

0

0

0

8.000

5

1

0

0

0

0

0

0

N

Resfriada

Climatizada

Congelada

Seca

Frota própria

Junho/2011 - Revista Tecnologística - 77

tabela frigorificados.indd 77

26/5/2011 15:09:33


Tecnologias Empregadas

Transporte

Paletização

Logística Reversa

Suporte Fiscal

Desenvolvimento de Projetos

Cross-docking

Distribuição

Porta a porta

Transferência

WMS

TMS

ERP

Consulta pela internet

Código de Barras

Radiofrequência

Número de coletores

Própria

Terceirizada

Própria

Terceirizada

Própria

Terceirizada

Própria

Terceirizada

AGV

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

210

S

S

S

S

S

S

S

S

Andrade Cavaletti

S

S

S

S

N

N

N

N

N

S

S

S

S

S

S

S

S

S

N

N

0

S

N

S

N

S

N

N

N

Arfrio

S

S

S

S

N

N

S

N

N

N

S

S

N

N

N

N

N

N

N

N

Brado

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

Cap

S

S

S

S

S

N

N

S

S

S

S

S

N

N

S

N

S

S

N

N

0

N

N

N

N

N

N

N

N

Cefri

S

S

S

S

S

N

N

N

S

S

S

N

N

N

S

N

S

S

S

S

0

N

N

N

N

N

N

N

N

Cefrinor

S

S

S

S

S

N

N

S

S

S

S

S

N

S

S

N

S

S

S

S

50

N

N

N

N

N

S

N

S

Comfrio

S

S

S

S

S

N

N

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

0

N

S

N

N

N

S

N

S

DKN

S

S

N

S

S

S

S

S

S

S

S

N

N

N

N

N

N

N

N

N

0

N

N

N

N

N

N

N

N

Montagem de Kits e Conjuntos Gerenciamento Intermodal Import. e Export. Des. Aduaneiro

Embalagem

Rastreamento

Controle de Estoque

Gerenciamento

Armazenagem

Empresa

Serviços Oferecidos

S

N

S

S

S

N

S

S

0

Satélite

Rádio

Celular roteirizadores

(NF) - Dados não fornecidos pela empresa; (S) Sim; (N) Não

78 - Revista Tecnologística - Junho/2011

tabela frigorificados.indd 78

26/5/2011 15:09:34


tabela frigorificados.indd 79

26/5/2011 15:09:38


MERCADO BRASILEIRO DE OPERADORES LOGÍSTICOS FRIGORIFICADOS

Nº de funcionários

Certificações

Nº de clientes no Brasil

Raio de Atuação Armazenagem

Raio de Atuação Distribuição

Receita bruta anual no Brasil (em milhões de reais)

Crescimento da receita

Escritórios próprios no exterior

Em itens

Em peso (t)

Fretebrasil (19) 3744-2800 comercial@fretebrasil.com.br www.fretebrasil.com.br

18 anos

30

N

20

3M do Brasil, Laboratório Cristália e Hércules Produtos Químicos

Sudeste

Todo o território nacional

4,5

8%

N

2.000

20.000

Frigoríficos Catei (41) 3257-2111 frigo.catei@bol.com.br www.cateisa.com.br

19 anos

23

N

35

Brasil Foods, CytrolifeNatura e Manfimex

Sul

Sul e Sudeste

NF

13%

N

NF

33.000

Friozem Logística (11) 4789-8200 friozem@friozem.com.br www.friozem.com.br

33 anos

NF

N

225

NF

Sudeste e Nordeste

Sudeste e Nordeste

NF

NF

N

3.800

90.000 (mês)

3 anos

40

S

38

NF

Sudeste

Sul, Sudeste e CentroOeste

NF

NF

N

NF

NF

Localfrio (11) 3046-4600 equipecomercial@localfrio. com.br www.localfrio.com.br

54 anos

200

S

120

Aurora Alimentos, Brasil Foods e Marfrig

Sul, Sudeste e Nordeste

Todo o território nacional

NF

NF

N

NF

300.000

Log Frio Logística (11) 2175-7100 oscar@logfrio.com.br www.logfrio.com.br

26 anos

450

N

26

General Mills, Puras e Sapore

Sudeste e Nordeste

Sudeste e Nordeste

NF

18%

N

270.000

170.000

Luft Food Service (11) 3602-8900 fbd@fbd.com.br www.fbd.com.br

15 anos

200

N

10

Pizza Hut, Spoleto e Subway

Sudeste

Todo o território nacional

NF

20%

N

5.000

3.000 (mês)

Martin-Brower (11) 3687-2800 contato.mb@martin-brower. com.br www.martin-brower.com.br

29 anos

585

N

11

Bob´s, McDonald's e Subway

Sul, Sudeste e Nordeste

Todo o território nacional

1,2 bilhão

23,3%

S

2.100

300.000

Empresa Fone E-mail Site

Libra Logística (11) 3563-3600 libralogistica@grupolibra.com.br www.grupolibra.com.br

Por questão de espaço, o nome de algumas empresas foi abreviado

Três principais clientes

Tempo de mercado

Volume de produtos gerenciados (ano)

*Em razão de contratos de confidencialidade, algumas empresas não divulgam a área de clientes

80 - Revista Tecnologística - Junho/2011

tabela frigorificados.indd 80

26/5/2011 15:09:46


Nº total de armazéns

Área de Armazenagem

Frota de transporte

Alfandegada

Pátio

Nº de tomadas

Próprios

De clientes (in house)

Carga seca

Baú

Sider

Refrigerada

Utilitários

Frota terceirizada

NF

4.000

NF

4.000

NF

8.000

6.000 m3

0

2.000

10

2

0

5

5

2

15

5

N

NF

5.400

NF

700

500

NF

1.900 m3

0

22.500

20

2

0

0

0

0

0

0

S

52.000

380.000

52.000

380.000

59.000

429.000

6.000

0

145.000

65

6

1

0

0

0

44

0

S

NF

30.000

NF

500

NF

10.000

4.000

75.000

36.000

300

5

0

0

0

0

0

0

S

NF

42.000

NF

42.000

NF

42.000

27.000

75.278

200.000

984

6

0

86

3

11

0

0

S

20.700

207.000

0

0

2.000

10.000

4.200

0

10.000

70

4

1

0

0

0

104

0

S

2.000

20.000

1.500

15.000

0

0

16.000

0

15.000

0

2

0

0

0

0

150

0

S

4.279

NF

1.861

NF

1.706 (antecâmara)

NF

7.302

0

18.270

7

5

0

20

0

0

245

0

S

Resfriada

Climatizada

Congelada

Seca

Frota própria

Junho/2011 - Revista Tecnologística - 81

tabela frigorificados.indd 81

26/5/2011 15:09:46


Tecnologias Empregadas

Transporte

Paletização

Logística Reversa

Suporte Fiscal

Desenvolvimento de Projetos

Cross-docking

Distribuição

Porta a porta

Transferência

WMS

TMS

ERP

Consulta pela internet

Código de Barras

Radiofrequência

Número de coletores

Própria

Terceirizada

Própria

Terceirizada

Própria

Terceirizada

Própria

Terceirizada

Fretebrasil

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

4

S

N

S

N

S

N

S

N

Frigoríficos Catei

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

N

N

S

S

N

N

0

N

S

N

S

N

S

N

S

Friozem

S

S

S

S

N

N

S

S

S

S

S

S

0

S

N

S

S

S

S

S

S

Libra

S

S

S

S

S

S

N

N

N

S

S

S

S

S

S

N

S

S

S

S

10

S

S

N

N

N

N

S

S

Localfrio

S

S

S

S

S

S

N

N

N

S

S

S

N

S

S

S

S

S

S

S

211

S

S

N

N

N

N

N

S

Log Frio

S

S

S

S

S

N

N

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

25

S

N

S

S

N

N

S

S

Luft

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

N

N

0

S

S

S

S

S

S

S

S

Martin Brower

S

S

S

S

N

S

S

S

S

S

N

S

N

S

S

N

S

S

S

S

88

S

S

N

N

S

S

S

S

Montagem de Kits e Conjuntos Gerenciamento Intermodal Import. e Export. Des. Aduaneiro

Embalagem

Rastreamento

Controle de Estoque

Gerenciamento

Armazenagem

Empresa

Serviços Oferecidos

S

S

S

S

S

S

S

S

Satélite

Rádio

Celular roteirizadores

(NF) - Dados não fornecidos pela empresa; (S) Sim; (N) Não

82 - Revista Tecnologística - Junho/2011

tabela frigorificados.indd 82

26/5/2011 15:09:47


tabela frigorificados.indd 83

26/5/2011 15:09:51


MERCADO BRASILEIRO DE OPERADORES LOGÍSTICOS FRIGORIFICADOS

Nº de funcionários

Certificações

Nº de clientes no Brasil

Raio de Atuação Armazenagem

Raio de Atuação Distribuição

Receita bruta anual no Brasil (em milhões de reais)

Crescimento da receita

Escritórios próprios no exterior

Em itens

Em peso (t)

Martini Meat (41) 3420-3200 martini.comercial@martinimeat.com.br www.martinimeat.com.br

38 anos

150

S

25

Brasil Foods, Frigon e Marfrig

Sul

Sul

NF

15%

N

NF

NF

McLane do Brasil (11) 2108-8800 contato@mclaneco.com.br www.mclaneco.com.br

14 anos

26

S

NF

NF

Todo o território nacional

Todo o território nacional

NF

NF

S

NF

NF

Perfrio Armazéns Gerais (19) 3896-4600 perfrio@perfrio.com.br www.perfrio.com.br

7 anos

50

N

20

Brasil Foods, Sadia e Seara

Sudeste

N

6

20%

N

6 milhões

60.000

Refrio Armazéns Gerais (11) 2132-9350 edmir@refrio.com.br www.refrio.com.br

33 anos

876

N

21

Kibon, Kraft e Wal Mart

Sul, Sudeste e Nordeste

Sudeste

56

17%

N

NF

202.000

Rodoviário Schio (11) 3376-4000 schio@schio.com.br www.schio.com.br

13 anos

2.887

S

40

Brasil Foods, Danone e UnileverKibon

Sudeste e Nordeste

Sudeste, Norte e Nordeste

377,2

20%

N

8.500

3.500.000

Safrio (49) 3361-7807 diretoria.itj@safrio.com.br www.safrio.com.br

11 anos

150

N

50

Alibem/Agra, Brasil Foods e Seara

Sul

Todo o território nacional

NF

20%

N

NF

500.000

Stock Tech (41) 3525-8228 stocktech@stocktech.com.br www.stocktech.com.br

3 anos

NF

S

5

Brasil Foods, Danone e Gran Sapore

Sul, Nordeste e Grande São Paulo

Sul, Nordeste e Grande São Paulo

NF

41%

N

45.000

1, 5 milhão

Sun Plant (19) 3321-2111 sunplant@sunplant.com.br www.sunplant.com.br

6 anos

93

N

21

Citrovita, Nestlé/DPA e Seara

Sudeste

Sudeste, CentroOeste e Nordeste

NF

NF

N

NF

300.000

14 anos

100

N

42

Cargill, Ferrero do Brasil e MartinBrower

Sudeste

Sul, Sudeste e CentroOeste

NF

20%

N

610 SKUs

13.000

Empresa Fone E-mail Site

Super Frio (19) 3641-1254 sac@superfrio.com.br www.superfrio.com.br

Por questão de espaço, o nome de algumas empresas foi abreviado

Três principais clientes

Tempo de mercado

Volume de produtos gerenciados (ano)

*Em razão de contratos de confidencialidade, algumas empresas não divulgam a área de clientes

84 - Revista Tecnologística - Junho/2011

tabela frigorificados.indd 84

26/5/2011 15:40:33


Nº total de armazéns

Área de Armazenagem

Frota de transporte

Alfandegada

Pátio

Nº de tomadas

Próprios

De clientes (in house)

Carga seca

Baú

Sider

Refrigerada

Utilitários

Frota terceirizada

300.000

NF

0

0

0

0

22.000

7.000

150.000

900

2

0

0

0

0

0

0

N

0

0

0

0

30.000

NF

266.800

0

136.000

0

5

1

0

0

0

0

0

S

2.500

22.500

1.000

10.000

0

0

4.500

0

12.000

25

5

0

0

0

0

0

0

S

88.000

450.000

0

0

0

0

0

0

0

0

7

0

0

0

0

0

0

S

30.900

362.300

28.630

271.855

7.750

90.915

309.929

0

205.000

35

12

3

8

154

45

1.007

368

S

17.750

177.500

0

0

5.100

30.600

0

25.000

100.000

225

2

0

0

0

0

0

0

S

8.300

81.900

7.300

73.000

2.000

20.000

55.000

0

65.000

15

5

3

0

0

0

0

0

S

3.775

34.700

2.638

23.909

1.100

7.040

584

0

2.800

20

1

0

0

0

0

0

0

S

7.891

118.365

4.916

38.395

565

6.300

950

0

5.000

10

3

0

0

0

0

11

0

N

Resfriada

Climatizada

Congelada

Seca

Frota própria

Junho/2011 - Revista Tecnologística - 85

tabela frigorificados.indd 85

26/5/2011 15:40:33


Tecnologias Empregadas

Transporte

Paletização

Logística Reversa

Suporte Fiscal

Desenvolvimento de Projetos

Cross-docking

Distribuição

Porta a porta

Transferência

WMS

TMS

ERP

Consulta pela internet

Código de Barras

Radiofrequência

Número de coletores

Própria

Terceirizada

Própria

Terceirizada

Própria

Terceirizada

Própria

Terceirizada

Martini Meat

S

S

N

S

N

S

S

N

S

S

S

N

N

N

S

N

S

S

S

S

8

N

N

N

N

N

N

N

N

McLane

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

0

N

S

N

S

N

S

N

S

Perfrio

S

S

S

S

N

N

N

N

N

N

S

N

N

N

0

N

S

N

S

N

S

N

N

Refrio

S

S

S

S

S

S

N

S

S

S

S

S

N

S

S

S

S

S

S

S

0

N

S

N

S

N

S

N

S

Rodoviário Schio

S

S

S

S

S

N

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

270

S

S

S

S

S

S

S

S

Safrio

S

S

N

S

S

N

N

N

N

N

S

N

N

S

S

N

S

S

S

N

0

N

N

N

N

N

N

N

N

Stoch Tech

S

S

S

S

S

S

N

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

N

N

0

N

S

N

N

N

S

N

S

Sun Plant

S

S

N

S

S

N

N

N

S

S

S

S

N

S

S

N

S

N

N

N

0

N

S

N

S

N

S

N

S

Super Frio

S

S

S

S

S

N

S

S

S

S

S

S

N

S

S

N

S

S

S

S

20

S

N

N

N

S

N

S

N

Montagem de Kits e Conjuntos Gerenciamento Intermodal Import. e Export. Des. Aduaneiro

Embalagem

Rastreamento

Controle de Estoque

Gerenciamento

Armazenagem

Empresa

Serviços Oferecidos

S

S

S

S

N

S

Satélite

Rádio

Celular roteiriz adores

(NF) - Dados não fornecidos pela empresa; (S) Sim; (N) Não

A veracidade das informações aqui publicadas é de responsabilidade exclusiva das empresas relacionadas 86 - Revista Tecnologística - Junho/2011

tabela frigorificados.indd 86

26/5/2011 15:40:33


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ILOS - INSTITUTO DE LOGÍSTICA E SUPPLY CHAIN

Sustentabilidade ambiental no supply chain Maria Fernanda Hijjar

Fonte: ILOS

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das exigências por parte dos clientes, que já começam a discussão acerca da sustentabilidade ambiental priorizar empresas ecologicamente corretas ao escolhedo planeta está na agenda de governantes e exerem os produtos a serem comprados (ver Figura 2). cutivos em todo o mundo. Aquecimento global, Neste contexto de aumento da preocupação com as acidentes ambientais, doenças causadas pela poluição questões ambientais, incluem-se também as novas exie descontrole do descarte de resíduos estão entre os tegências relacionadas às atividades logísticas. Cada vez mas debatidos. mais necessárias para suportar o crescimento do país, as O desenvolvimento econômico, se realizado de forma funções logísticas – como o transporte, armazenagem e descontrolada, pode afetar ainda mais o meio ambiente, gestão de retorno de produtos, entre várias outras – escausando danos irreversíveis e de grandes proporções. No Brasil, devido às fortes perspectivas de crescimento econômico, a preocupação é grande, visto que o país é um dos maiores emissores de gases de efeito estufa na atmosfera. Governo, empresas e sociedade têm papéis primordiais no direcionamento de ações que levarão o país a ser menos agressivo ao ambiente. As grandes indústrias brasileiras já têm agido, mesmo que de forma incipiente, para melhorar os impactos ambientais de seus negócios. Ao mesmo tempo, o Governo também tem estado mais ativo no seu papel de regulador, assim como a sociedade está mais exigente quanto às questões relacionadas ao meio ambiente. Pesquisa realizada pelo Instituto ILOS1 mostra que mais da metade das grandes empresas do país já sente um aumento da pressão do Governo, exigindo que elas sejam mais sustentáveis (ver Figura 1). As Figura 1 – Pressão do Governo para redução de impactos ambientais companhias também sentem o aumento 88 - Revista Tecnologística - Junho/2011

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Figura 2– Pressão dos clientes para redução de impactos ambientais

se citar: a disponibilização de infraestrutura que viabilize transportes menos poluentes; o aprimoramento da legislação ambiental relacionada a combustíveis, motores e retorno de resíduos; a concessão de incentivos e financiamentos que fomentem ações favoráveis ao meio ambiente nas atividades logísticas, como o incentivo à renovação de frota (Figura 5). Já o papel da sociedade na redução de emissões nas atividades logísticas é o de exigir ações efetivas, tanto do Governo quanto das empresas, priorizando o consumo de produtos e embalagens menos agressivos ao ambiente e auxiliando no descarte seletivo do lixo gerado (Figura 6). Por sua vez, as empresas têm em mãos inúmeras oportunidades de redução de emissões causadas pelas atividades logísticas que administram. Muitas dessas ações podem, inclusive, trazer benefícios que vão além da questão ambiental. Para que as companhias possam conduzir um processo de mudança que culmine na redução de emissões no supply chain, elas necessitam: implantar ações diretas que reduzam emissões nas suas atividades logísticas; organizar-se internamente para gerar envolvimento e comprometimento da equipe; e alterar a forma de relacionamento com terceiros, tanto prestadores de serviço quanto outros elos da cadeia de suprimentos (Figura 7).

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tão entre as que podem fazer a diferença na redução dos impactos ambientais causados pelo desenvolvimento econômico do país. A pesquisa realizada pelo ILOS mostra que, nas grandes indústrias atuantes no Brasil, a área de logística figura como uma das que mais atuam nas decisões relacionadas à sustentabilidade ambiental da companhia. Registrou-se que 76% das empresas de grande porte envolvem a área de Logística e Supply Chain em ações que buscam reduzir os impactos ambientais da organização. Esta área só não é tão envolvida nas questões relacionadas ao meio ambiente quanto o departamento de Compras/Suprimentos e a área de Produção (ver Figura 3). Novamente, tanto o Governo quanto as empresas e a sociedade devem buscar agir para que as melhorias ambientais no supply chain sejam realmente alcançadas (ver Figura 4). Dentre as ações governamentais que podem impactar diretamente na redução de emissões Figura 3 – Áreas envolvidas em ações ambientais na empresa nas atividades logísticas pode-

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bém podem alcançar redução de emissões destinando investimentos em novas instalações e equipamentos menos agressivos ao meio ambiente. Dentre os ativos que podem fazer a diferença para o meio ambiente destacam-se os caminhões com motores menos poluentes, empilhadeiras de menor emissão, além de centros de distribuição/fábricas/ instalações construídas dentro de padrões ambientalmente corretos, sendo planejados para reduzir consumo de água, energia e utilizar materiais e técnicas de construção Figura 4 – Governo, sociedade e empresas têm seus papéis para reduzir as emissões na logística mais adequados ao meio ambiente. Estas soluções, que envolvem Dentre as ações das empresas que influenciam direinvestimentos financeiros das empresas, assim como tamente nas atividades logísticas, podendo reduzir seus as soluções que envolvem melhoria de gestão de atiimpactos ambientais, destacam-se dois grupos: aquevidades logísticas, também podem trazer benefícios las que envolvem melhoria na gestão das atividades e econômicos para as companhias que os implantam. aquelas que envolvem investimento em ativos. Esses ganhos, em geral, são alcançados em mais longo Como exemplo de ações diretas que reduzem emisprazo, e podem ser medidos principalmente pela ecosões e que envolvem melhorias de gestão das atividanomia de energia e redução do consumo de combustídes logísticas pode-se citar o replanejamento de rotas, veis nas atividades. aumento da consolidação de carga e aproveitamento do espaço nos veículos, que são ações que buscam a otimização da atividade de transporte. De forma geral, estas ações que alteram a forma como é feito o planejamento e gerenciamento de atividades trazem como benefício a redução do consumo de combustíveis, diminuindo a emissão de gases nocivos na atmosfera e também reduzindo os custos das empresas. Vale notar que estas ações são, há tempos, atividades típicas dos responsáveis pela área de Logística nas companhias. A novidade é a forma de enxergar os benefícios que estas ações proporcionam. Estes benefícios, que anteriormente englobavam exclusivamente redução de custos ou melhoria dos níveis de serviço, agora passam também a considerar a redução de emissões, o que torna as ações ainda mais relevantes para as organizações. Assim como as melhorias na gesFigura 5 – Exemplos de iniciativas em favor da logística verde: ações do Governo tão das atividades, as empresas tam-

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Buscando estruturar-se para esse novo desafio, muiem 43% das grandes empresas do país os executivos tas companhias criaram internamente unidades orgajá têm parte de sua remuneração vinculada ao cumnizacionais responsáveis pelas ações de sustentabilidaprimento de metas de sustentabilidade ambiental. No de. Realizar inventário de emissões, medir a pegada de carbono e estabelecer metas de redução vinculadas ao pagamento de bônus aos executivos estão entre as mudanças que aumentaram a importância do tema dentro das organizações e permitiram às companhias uma melhor estruturação para implantarem as ações necessárias em favor do meio ambiente. Especialmente no que diz respeito às ações a serem conduzidas pelas empresas, sabe-se que, para que sejam realmente efetivas, é necessário garantir o comprometimento da equipe, principalmente dos executivos de níveis mais elevados, responsáveis pelas decisões e implementação das ações. Para garantir esse envolvimento, verificou-se que, no Brasil, várias empresas estão recompensando os executivos que atingem metas ambientais estabelecidas pela organização. Em geral, essa recompensa vem em forma de bônus financeiro. A pesquisa realizada Figura 7 – Exemplos de iniciativas em favor da logística verde: ações das empresas pelo ILOS identificou que

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Figura 6 – Exemplos de iniciativas em favor da logística verde: ações da sociedade

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caso especificamente dos executivos de Logística e Supply Chain, esse percentual é um pouco menor (26%), conforme apresentado na Figura 8. Para que esse tipo de bonificação seja implantado, é preciso que a companhia estabeleça métricas capazes de medir os resultados das ações realizadas. Uma das formas adotadas internacionalmente por empresas de diferentes segmentos para medir os impactos ambientais dos seus negócios é através da realização do inventário de emissões de carbono. No Brasil, 61% das grandes indústrias realizam tal inventário, sendo que outros 18% pretendem realizá-lo no futuro próximo ( Figura 9). Vale destacar ainda que a redução de emissões deve ser pensada para toda a cadeia de suprimentos e não apenas internamente na companhia. Assim, é papel das organizações realizar também alterações no relacionamento com fornecedores, prestadores de serviços e até com empresas de outros segmentos e concorrentes. Essas mudanças envolvem, por exemplo, a escolha de fornecedores localizados mais próximos às fábricas, para reduzir a necessidade de deslocamento. O

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envolvimento de fornecedores nas ações ambientais conduzidas pelas companhias através da implantação de programas de desenvolvimento de fornecedores ou através de concursos, premiações ou sanções também pode funcionar como incentivo à implantação de ações ambientais. A avaliação e escolha dos prestadores de serviços logísticos com base em critérios ambientais também tem sido uma forma de aumentar a importância do tema e fomentar o desenvolvimento de iniciativas ambientalmente corretas. Enfim, as ações que envolvem o relacionamento entre empresas devem buscar a colaboração ao longo do supply chain, visando assim ganhos de escala importantes para a redução de desperdícios causados, por exemplo, por caminhões que rodam vazios.

Um caminho ainda longo pela frente Embora existam inúmeras iniciativas, empresas, Governo e sociedade ainda têm muito a evoluir para reduzirem os impactos ao meio ambiente. A primeira dificuldade en-

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frentada pelas empresas na implantação de medidas em favor da sustentabilidade ambiental é o custo das ações. No Brasil, 84% dos executivos indicam que este fator é uma barreira importante que reduz a velocidade das medidas a serem implantadas. A boa notícia para os executivos de Logística e Supply Chain é que, embora os custos sejam indicados como um grande entrave, várias das ações nesta área trazem retorno financeiro direto para as empresas, juntamente com a redução dos impactos ambientais. As melhorias na eficiência logística contribuem para redução de custos e também trazem reduções nas emissões, especialmente as ações que culminam na redução do consumo de combustíveis. Vale destacar, ainda, o problema da falta de conhecimento e de expertise dos executivos atuantes nas organizações para implantar as ações sustentáveis necessárias. A falta de treinamento interno é uma deficiência reconhecida por 48% das companhias brasileiras. Contudo, este é um dos pontos que está no plano de desenvolvimento e capacitação de grande parte das empresas do país. Enfim, pelo lado do Governo, a atuação também precisa ser intensificada. Ações de legislação e fiscalização estão em andamento, como a lei de resíduos sólidos, as regras relacionadas à produção de motores menos poluentes e consumo de combustíveis mais limpos. Mas as empresas criticam a dificuldade em conseguir incentivos governamentais para implementar as ações ambientais (81% indicaram que esta é uma barreira no

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Figura 9 – Realização de inventário de emissões – Brasil

Brasil). Também ainda são poucos os investimentos em infraestrutura que viabilizem a utilização de modais menos poluentes, como ferrovias, hidrovias e dutos.

Referências Bibliográficas Panorama – Logística Verde: Iniciativas de sustentabilidade ambiental das empresas no Brasil 2011. Instituto ILOS: www.ilos.com.br. Rogers, D. Sustentabilidade é Grátis: uma abordagem para uma cadeia de fornecimento sustentável. Revista Tecnologística, março 2010.

Maria Fernanda Hijjar Diretora de Inteligência de Mercado ILOS – Instituto de Logística e Supply Chain (21) 3445-3000 mariafernanda.hijjar@ilos.com.br

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Figura 8 – Bônus financeiro atrelado a metas de sustentabilidade – Brasil

O ILOS – Instituto de Logística e Supply Chain – realizou entrevistas com 109 executivos atuantes nas maiores empresas industriais do Brasil (empresas de grande porte na lista das mil maiores em faturamento no país). O trabalho contou com o patrocínio das empresas: Natura, Unilever, JSL e Knapp. Os resultados completos da pesquisa encontram-se no relatório da coleção Panorama ILOS: “Logística Verde: Iniciativas de sustentabilidade ambiental das empresas no Brasil 2011”.

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Fotos: Luiz Machado

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Na medida certa O emprego de tecnologia RFID para identificar uniformes e materiais do Exército Brasileiro propiciará, entre outros benefícios, redução de estoques e uma economia considerável ao erário da União

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or inúmeras vezes o Exército Brasileiro esteve na vanguarda da logística do país e, determinado a voltar a ocupar esse posto, iniciou há pouco mais de dois anos a implementação da tecnologia RFID – Identificação por Radiofrequência. O objetivo é melhorar a eficiência, o controle e a rastreabilidade de materiais de toda a cadeia de fornecimento da Diretoria de Abastecimento (DAbst) do Comando Logístico por meio de uma estrutura automatizada. Contando com a parceria da GS1 Brasil e de várias empresas as-

sociadas à entidade, o projeto foi iniciado em 2008 no 21º Depósito de Suprimentos do Exército (21º D SUP), localizado no bairro da Lapa, em São Paulo, que atende a 61 bases militares no estado paulista. Todos os itens estocados nas unidades de depósito são rubricados segundo a sua finalidade (estoque de distribuição geral e estoque de distribuição por área jurisdicional), a qual é estabelecida pelo órgão gestor da logística do Exército Brasileiro – o Comando Logístico, por intermédio da sua Diretoria de Abastecimento.

O emprego da tecnologia RFID, pelas suas características de rapidez e precisão, permitiu uma redução da ordem de 23% das necessidades de material para o estoque de área (em favor do estoque geral) de materiais da Classe II (fardas, camisetas, coturnos, capacetes, coletes à prova de balas, barracas e produtos para acampamento, entre outros). No entanto, não houve, ainda, uma redução física dos itens, mas apenas no ambiente contábil e de gestão. Até junho de 2011, a tecnologia estará totalmente consolidada para os materiais da Classe II nos 16 centros de distribuição do Exército distribuídos por todo o país. A meta é aplicar a RFID nos materiais da Classe I (alimentos) até abril de 2012 e nas demais oito classes de materiais (são dez no total) à medida em que forem identificadas e superadas as dificuldades. Na verdade, o embrião do projeto começou a ser delineado há cerca de quatro anos, quando estudantes do Instituto Militar de Engenharia (IME)

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fizeram um estudo sobre RFID, mas a iniciativa apenas deslanchou quando o Coronel Luiz Antonio de Almeida Ribeiro, então comandante do 21º D SUP, enviou um relatório para a Diretoria de Abastecimento, em Brasília, demonstrando sua viabilidade. “Visitei mais de 56 empresas que estavam implantando a tecnologia e pude verificar o que estava dando certo e o que não funcionava”, revela. Designado para coordenar o projeto, o Cel. Luiz Antonio propôs ao Exército firmar uma parceria com a GS1 Brasil, associação de automação subsidiária da GS1 Internacional, para que os auxiliasse a adotar um padrão que pudesse ser utilizado no mundo todo. “Nossa atuação não se restringe ao território nacional, mas se estende também a outros países, onde mantemos tropas atuando como Forças de Paz. Por isso, precisávamos implantar um sistema que permitisse o reconhecimento de materiais, da mesma maneira, em qualquer lugar do mundo”, justifica o coronel. Ele deixou o comando do 21º D SUP para fazer capacitação no curso de Altos Estudos de Política e Estratégia. Atualmente, a área está sob o comando do Tenente José Maurício Sá Fernandes. O trabalho foi iniciado com os materiais da Classe II porque estes ofereciam maior facilidade para receber uma tag passiva (etiqueta que se difere da ativa por não conter uma bateria embutida e por não perder a validade ao longo do tempo). O maior desafio para a equipe do Exército, segundo Wilson Cruz, assessor de soluções de negócios da GS1 Brasil, foi aprender a usar essa tecnologia naqueles tipos de materiais e determinar, junto aos fornecedores, em qual posição, dentro de cada produto (e não apenas nas caixas e embalagens), as etiquetas inteligentes deveriam ser colocadas para que

O trabalho começou com os materiais da Classe II porque ofereciam maior facilidade de receber uma tag passiva

pudessem ser lidas sem erro. “Não havia nenhum manual que os ajudasse nesse sentido”, lembra Cruz. O importante a ser destacado, na avaliação do Cel. Luiz Antonio, é que, ao se cadastrar na GS1, cada novo fornecedor do Exército recebe um número próprio que terá validade no mundo todo, ou seja, é uma forma de catalogação mundial de materiais e de quem os fabrica. “As grandes redes do varejo que já empregam a tecnologia RFID, por exemplo, costumam incluir outro número de controle nas tags das mercadorias assim que entram em seus estoques, porque não precisam rastreá-las depois que são compradas pelos consumidores. Optamos por utilizar um cadastro único para que os produtos possam ser reconhecidos em qualquer lugar e em qualquer tempo”, explica o Cel. Luiz Antonio. Isso porque um dos objetivos do projeto também é o de coibir fraudes e eventuais desvios de uniformes e de materiais do Exército. Recentemente, os jornais noticiaram que foram encontrados criminosos de uma favela do Rio de Janeiro que estavam usando fardas iguais às do Exército. Com o uso da RFID, se isso ocorrer novamente em qualquer lugar, apreendendo-se o material e submetendo-o à leitura por um equipamento RFID,

será possível identificar se aquele material é original e todo o seu histórico – quem o fabricou, por onde passou e como pode ter ocorrido seu desvio. As tags seguem o mesmo padrão EPC Class 1 Gen 2 e incluem todas as informações pertinentes ao produto, tais como os números de fabricante, de referência ao item e de serialização única. Com o novo sistema, no caso específico dos uniformes e calçados, o material recolhido dos militares licenciados será analisado em laboratório, buscando-se validar sua eficiência operacional, além de outros detalhes relevantes para a sua logística. “Além de aumentar nosso controle, essa prática permitirá avaliar a qualidade e durabilidade dos materiais e também se a quantidade fornecida a cada soldado é ou não adequada”, explica o Cel. Luiz Antonio. O emprego da tecnologia RFID permitirá, ainda, melhorar o planejamento de compras. De acordo com o coronel, a previsão das quantidades que deveriam ser adquiridas para uma determinada incorporação de recrutas (jovens que se iniciam no

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O depósito do 21º D SUP atende a 61 bases militares no estado de São Paulo

Serviço Militar Obrigatório) levava a uma majoração da ordem de 30% nas quantidades de cada tamanho de uniforme ou calçado, porque era impossível determinar, com exatidão, o perfil exato dos militares que entravam na força. O material não utilizado retornava à cadeia de suprimento, mas acabava comprometendo a capacidade orçamentária do depósito. Com a automação, o processo ficou ágil e preciso, sendo possível acoplá-lo ao processo de recrutamento, dispensando o Exército de adquirir quantidades adicionais desnecessárias. “Dessa forma, conseguimos planejar os gastos, gerando uma economia significativa aos cofres públicos”, completa. Para exemplificar a eficiência da nova tecnologia, o coronel lembra que foi montado um sistema para o recebimento de 600 novos alunos da Escola Preparatória de Cadetes, sediada em Campinas, interior de São Paulo. Assim que se apresentaram ao

Com a automação, o processo ficou ágil e preciso, dispensando o Exército da compra de quantidades adicionais dos itens

comandante do pelotão ao qual pertenciam, os alunos forneceram suas medidas, que foram cadastradas no computador e enviadas, via web, para o 21º D SUP. Os itens, identificados com uma etiqueta inteligente, foram separados imediatamente no depósito e enviados no dia seguinte. Com isso, cada um dos 600 alunos recebeu sua caixa personalizada com o material necessário.

“Antes da automatização, havia o risco de um aluno ser impedido de se fardar para a entrada nos portões (cerimônia inicial para os novos alunos) por falta de uniforme específico para o seu tamanho (pontuação), o que obrigava o Exército a enviar 30% a mais de cada tamanho de roupa. Naquela ocasião, o material adicional não precisou sequer ser comprado”, recorda Luiz Antonio. O coronel explica que foi desenvolvido um aplicativo de cadastramento dos novos alunos, incluindo suas medidas, para fins de separação de uniformes, calçados e coberturas (gorros e boinas), e, por meio da Intranet, o sistema fez, automaticamente, para cada aluno, a separação dos itens que fisicamente estavam a cem km de distância (no 21º D SUP – São Paulo/SP). Os itens separados foram colocados em pequenos contêineres plásticos, também identificados por radiofrequência, loteados segundo o Pelotão e Companhia do militar apresentado e, cerca de 12 horas depois, foram entregues no destino com a respectiva nota de baixa do material, para a conferência, assinatura e lançamento no sistema patrimonial da Escola. “Pode parecer uma forma de automatizar um processo, com reflexos na presteza do atendimento, mas o ganho institucional foi muito maior, bastando comparar a nova forma com o que se fazia anteriormente”, destaca Luiz Antonio. Segundo o coronel, o ingresso na Escola Preparatória de Cadetes do Exército é feito por meio de concurso, de âmbito nacional, com a participação de jovens de todos os estados da Federação. O biótipo desses rapazes é bastante heterogêneo e imprevisível, o que gerava o sobrestoque de 30% no fornecimento, conforme informado pelo coronel, de cada uma das pontuações de

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uniformes, calçados e coberturas, para cada uma das novas incorporações, o que deixou de acontecer com o emprego da RFID e da Tecnologia da Informação, e que resultou em uma economia da ordem de R$ 208 mil. Este ano, o mesmo procedimento será aplicado aos cerca de oito mil soldados dos 72 Tiros de Guerra (TGs) – unidades encarregadas de formar reservistas e estruturadas de forma a que os convocados possam conciliar a instrução militar com o estudo ou trabalho.

Piloto fora dos padrões O projeto que foi iniciado no 21º D SUP se diferenciou dos pilotos convencionais porque não houve uma fase de testes e de avaliação de resultados, para só então se partir para a implementação. “Ensaios demais acabam atrasando os projetos, por isso decidimos correr o risco e já iniciamos com a implantação da tecnologia”, explica o coronel. Nesse sentido, a parceria com a GS1 Brasil foi fundamental, não apenas para estabelecer um padrão para as etiquetas, como para cadastrar novos fornecedores e testar em laboratório as tags que seriam aplicadas aos produtos. A entidade também contribuiu para facilitar a interação entre o Exército e as provedoras de soluções e fabricantes de equipamentos. O sistema é composto por um computador ao qual estão ligadas duas leitoras e oito antenas, além de toda a infraestrutura de TI. A equipe do Exército, com o auxílio de empresas parceiras, desenvolveu o sistema operacional e o middleware para integração entre os coletores e o banco de dados. Outro programa cripto-

O Exército contou com parceiros para o desenvolvimento do sistema operacional e middleware

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grafa as informações que são enviadas ao banco de dados, o que reforça a segurança. Também foi desenvolvido um portal de terceira geração que permite ao Exército gerenciar o controle de recebimento e expedição de materiais com alta precisão, e que conta com uma interface por meio da qual os fornecedores informam os tipos e quantidades de produtos que irão entregar. O controle das notas fiscais, a checagem dos itens recebidos, consultas e emissão de relatórios de toda a cadeia de suprimentos, além de inventário online, tudo passará a ser automatizado, o que imprimirá maior agilidade para o reconhecimento de dados, controle das operações e integração direta com os demais sistemas administrativos do Exército. Calcula-se que são mais de 160 tipos de materiais da Classe II, de aproximadamente 600 fornecedores, sendo que, até fevereiro de 2011, cerca de 30 novos fornecedores já haviam internalizado a tecnologia RFID. “Os editais para novos for-

pressoras de etiquetas – duas para cada um dos centros de distribuição que ainda não possuem impressora RFID”, explica. Atualmente, o sistema está totalmente implantado para recebimento dos materiais de Classe II nos depósitos de São Paulo e Rio de Janeiro, que são os maiores, e os demais serão finalizados até este mês de junho. O próximo passo será desenvolver os portais e a mesma sistemática para os produtos da Classe I, com conclusão prevista para abril de 2012. “Há muitos desafios a vencer, como, por necimentos incluem a exigência do exemplo, definir como será possível emprego de etiquetas inteligentes, colocar tags em alimentos frigorifiporque a partir de agora o Exército cados e analisar como as etiquetas só irá comprar materiais que forem reagem às variações de temperatura identificados pelo sistema”, ressalta (acima de 90ºC e abaixo de -30ºC)”, o Cel. Luiz Antonio. adianta o coronel. A solução enconOs produtos pré-existentes, que trada até o momento aponta para a já estavam no depósito de São Pau- identificação das embalagens, o que lo, também receberam uma tag. está um pouco distante da propos“Nossa equipe interna fez esse tra- ta original do projeto, mas é melhor balho em apenas 17 dias. O mesmo do que a forma tradicional utilizada processo será repetido em todos os para reconhecer as cargas desse tipo demais centros de abastecimento. de item de suprimento. Para isso, serão adquiridas 30 imA mais complicada de todas, no entanto, deverá ser a ClasO sistema de logística do Exército Brasileiro classifica os se V, de armamentos e munições. “Já fizemos alguns diferentes materiais em dez categorias de suprimentos: testes e verificamos que alguns materiais são acionaClasse I – alimentos dos quando passam pelos Classe II – fardamento e produtos para acampamento leitores e podem explodir. Teremos de analisar com Classe III – combustíveis e óleos lubrificantes cuidado o que será possível fazer.” Classe IV – materiais de construção No caso dos materiais de construção, o projeClasse V – armamento e munição to deverá ser iniciado em Classe VI – materiais de engenharia 2012, e, para a classe de combustíveis e óleos lubriClasse VII – materiais eletrônicos ficantes, a Engenharia do Exército desenvolveu uma Classe VIII – materiais para saúde / medicamentos forma que utiliza o GPRS Classe IX – peças de reposição para veículos que está apresentando excelentes resultados e que, Classe X – material não enquadrado nas classes anteriores após consolidada, deverá

A partir do projeto o Exército só irá comprar materiais que forem identificados pelo sistema de etiquetas inteligentes

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A maior dificuldade foi posicionar as etiquetas para que pudessem ser lidas sem erros

ser estendida aos demais segmentos da Força Terrestre. E, finalmente, com relação aos medicamentos e materiais hospitalares, uma equipe de projeto está desenvolvendo uma solução semelhante à utilizada na logística de uniformes, com a previsão de implantação a partir de meados de 2012. Em termos de investimentos, foram gastos até o momento R$ 312 mil e, embora não haja um orçamento pré-determinado, estima-se que deverão ser aplicados cerca de R$ 68 mil em cada um dos outros 14 centros de distribuição, para montagem e implementação dos sistemas. Os resultados obtidos foram positivos a ponto de o case do 21º D SUP ter sido premiado no evento General Assembly, promovido pela GS1 e realizado em Kuala Lumpur, na Malásia. “Para a GS1 Brasil foi uma honra trabalhar nesse projeto, que propiciou um grande aprendizado, não só para a nossa equipe, como também para as empresas associadas à entidade. Foi uma expe-

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riência que serviu para movimentar o setor e certamente irá motivar várias empresas de diversos segmentos a implantar a tecnologia”, destaca Wilson Cruz. Na sua avaliação, a RFID já é acessível, uma vez que o país conta com vários fabricantes de equipamentos, laboratórios e universidades que estudam a tecnologia e que podem dar suporte. “O empecilho para a maior adoção ainda é a falta de conhecimento por parte do setor corporativo”, completa o representante da GS1. Para o Cel. Luiz Antonio, trata-se de um projeto que não apenas imprimirá maior transparência sobre os gastos públicos, como também reduzirá drasticamente os desperdícios e trará reflexos positivos para a sociedade. Silvia Giurlani

Exército Brasileiro: www.exercito.gov.br

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EVENTOS

CeMAT 2011 apresenta as tendências mundiais da intralogística Feira realizada na cidade de Hannover, na Alemanha, contou com cerca de 58 mil visitantes e apresentou novidades de fabricantes de todo o mundo

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cidade de Hannover, na Alemanha, foi palco, entre os dias 2 e 6 de maio, da CeMAT, a maior e mais tradicional feira de intralogística do mundo. Com o slogan “Sustentabilidade em Intralogística”, a edição 2011 do evento reuniu 1.084 companhias expositoras de 38 países e atraiu cerca de 58 mil visitantes, que puderam conferir mais de mil inovações em equipamentos e produtos diversos destinados ao setor de logística, de máquinas híbridas e sistemas automatizados de transporte a softwares em nuvem e novas alternativas de geração de energia. Andreas Gruchow, membrodiretor do conselho da Deutsche Messe, companhia responsável pela realização do evento, comemora a participação recorde de empresas

estrangeiras na edição 2011 da CeMAT. “Isso destaca o perfil da feira de Hannover como principal plataforma de negócios internacionais para o setor de intralogística”, diz o executivo. Cerca da metade dos expositores presentes à feira eram estrangeiros. 35% dos visitantes também vieram de outros países para prestigiar o evento, principalmente da Holanda, Suécia, Bélgica, Áustria, Dinamarca, República Checa, Polônia, Espanha, Itália, França, Reino Unido e Estados Unidos. Do percentual total de visitantes estrangeiros, 75% eram provenientes de outros países da Europa que não a Alemanha, 11% da Ásia e 7% da América, incluindo o Brasil. A Tecnologística esteve presente ao evento e destaca as principais novidades e inovações em exposição.

Bateria do futuro A companhia alemã Jungheinrich chamou a atenção por apresentar a primeira transpaleteira movida a bateria de lítio. A tecnologia, cujo projeto foi mostrado durante a CeMAT 2008, encontra-se em fase de testes de campo e, no estande da companhia, equipava uma transpaleteira do modelo EJE 112. Segundo a Jungheinrich, a grande vantagem na utilização da bateria de lítio se deve ao seu design: medindo apenas 425 mm e pesando 14 kg, a bateria garantiu ao modelo uma redução de mais de 30% de peso em relação ao equipamento em que foi baseado, o EJE 116. Além destas vantagens, a bateria de lítio ainda apresenta facilidade de manejo, por possuir a forma de uma maleta com alças. Carregada em apenas 80 minutos, ela possui também, segundo a companhia, as vantagens de não demandar manutenção como uma bateria comum e de contribuir para a redução da emissão de CO2. Dentre as outras novidades no estande da Jungheinrich destacamse também o novo Auto Pallet Mover (Movimentador de Paletes Automático) e o Wide Aisle Navigation System (Sistema de Navegação para Corredores Largos). Equipado com o Sistema de Transporte sem Operador (Driverless Transport System), o Auto Pallet Mover é automatizado, desenvolvido para movimentação independente dentro do armazém, sem a necessidade de operador, para atender a operações de transporte de rotina, com o objetivo de aumentar a eficiência dos processos logísticos. Além de indicar as coordenadas que

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devem ser seguidas pelo movimentador, o sistema de controle interno embarcado ainda previne colisões. Já o Wide Aisle Navigation System é baseado numa tecnologia instalada na estrutura do armazém que funciona de modo similar aos sistemas de navegação GPS utilizados em carros. Ele permite que o terminal envie para os equipamentos as necessidades e coordenadas do armazém. Se um operador está se dirigindo a um determinado corredor e, por exemplo, toma um caminho mais longo, o sistema aponta a inconsistência e até mesmo recalcula a rota de modo a apresentar sempre o caminho mais curto para a realização do processo. Com os dados gerados pelo sistema, é possível manter o controle de toda a frota de equipamentos de movimentação de grandes armazéns.

Movimentador de contêineres A Combilift ofereceu aos visitantes da CeMAT 2011 uma demonstração do seu Straddle Carrier, ou Movimentador de Contêineres. Lançado oficialmente em 2010, o Combi-SC foi projetado para movimentar, carregar e descarregar contêineres de 20, 30, 40 e 45 pés, podendo também ser utilizado para o transpor-

te de cargas de grandes dimensões, tornando-se uma alternativa menor e mais barata frente a equipamentos de grande porte, como guindastes e reach stackers. A posição lateral da cabine garante ao operador 360º de visibilidade, facilitando a operação em espaços reduzidos e o acesso a áreas internas do armazém por meio de portas com menos de 5,5 m. Uma das principais vantagens do Movimentador de Contêineres, que possui capacidade de carga de até 35 toneladas e já está disponível para comercialização no Brasil, é o seu peso reduzido. Mesmo carregado, ele exerce baixa pressão sobre o solo, dispensando o investimento em pisos com grande capacidade de suporte. Equipado com três rodas que permitem a movimentação sobre seu próprio eixo, o Combi-SC possui grande facilidade de manobras e está disponível em versões propelidas por diesel ou GPL. Desenvolvido para operar também em corredores estreitos, leva apenas cerca de três minutos para carregar um contêiner de um caminhão para o pátio e vice-versa. A companhia de origem irlandesa apresentou, ainda, dentre outros produtos, a nova versão da empilhadeira de contrapeso Combi-CB, com capacidade para três e quatro toneladas. Originalmente desenvolvido para suportar 2,5 t, o equipamento apresenta operação multidirecional, opção para garfo hidráulico integrado e está disponível em versões a diesel e a gás.

Como solução para a movimentação de mercadorias em alturas elevadas e corredores estreitos, a companhia apresentou o Aisler-Master VNA. Com elevação de 12 m, pode erguer até 2,5 t em um espaço até 50% menor em relação a uma empilhadeira comum. Podendo operar tanto em ambientes internos quanto externos e em qualquer tipo de superfície, o Aisler-Master possui as versões elétrica e GLP.

Novidades para portas

A Hörmann, companhia especializada na fabricação e automação de portas, também apresentou suas novidades na CeMAT 2011. A nova HS 7030 PU combina as vantagens das portas de alta velocidade com a força das portas segmentadas. Com 42 mm de espessura, o produto apresenta velocidade de abertura de até 2,5 m por segundo. Além de possuir segmentos espumados, a porta – disponível em larguras de até sete metros e altura de seis metros – apresenta seções conectadas por meio de dobradiças, proporcionando maior estabilidade e vida útil. A fabricante apresentou ainda outras novidades, como o ThermoJunho/2011 - Revista Tecnologística - 103

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EVENTOS

Frame, tecnologia que aumenta o isolamento térmico das portas seccionais em até 40%, por meio de uma estrutura de aço separada da alvenaria da porta; e o operador de portas industriais WA 300, um equipamento com preço reduzido em comparação a seus similares, que garante, segundo o fabricante, até cinco vezes menos desgaste durante a movimentação das portas, com arranque e parada mais suaves.

Movimentação elevada

cada frenagem a potência é revertida para a bateria, garantindo um ciclo de vida de até dois dias sem a realização de novos carregamentos. As empilhadeiras BT Vector da série C, disponíveis em três modelos – com capacidade para 1.000 kg, 1.200 kg e 1.350 kg –, possuem elevação máxima que varia de 9,5 m a 13,6 m. Com configuração de chassi que permite a operação em corredores estreitos, o equipamento também possui sistema OptiPace e velocidade máxima de 12 km/h. A empilhadeira permite ainda movimentação vertical simultânea da cabine e dos garfos por meio de seu sistema hidráulico, que poupa energia e garante turnos de funcionamento prolongados.

Separação de pedidos

A Toyota Material Handling apresentou o BT Optio e o BT Vector, destinados à movimentação interna. O coletor de pedidos BT Optio da série H possui elevação de até 12 m e capacidade máxima para 1.000 kg. Com opções de chassis de 1.050 mm e 1.250 mm, o equipamento é ideal para operações em corredores estreitos. Equipado com o sistema OptiPace, que monitora a elevação e a carga para controlar a velocidade de deslocamento (máxima de 12 km/h), o BT Optio permite que o operador foque somente na coleta dos produtos. Além disso, apresenta baixo consumo de energia, pois a

A fabricante de componentes e fornecedora mundial de soluções para sistemas logísticos de origem alemã Schaefer levou à feira seu sistema automatizado de separação de pedidos de alta flexibilidade, que permite utilização nos mais variados segmentos da indústria. O Robo-Pick realiza até 2.400 seleções por hora, com opção de montagem de células de até três equipamentos, proporcionando considerável aumento no volume de trabalho. Diferentes tipos de robôs e garras podem ser integrados em uma mesma célula, o que permite uma vasta gama de opções. Segundo a companhia, o sistema é ideal para manusear materiais perigosos, tóxicos, frágeis ou de alto valor. Os visitantes do estande da Schaefer puderam

conferir, ainda, o Verificador de Pedidos totalmente automatizado da companhia, com capacidade para processar até seis mil itens por hora e tecnologia patenteada que garante acurácia de 99,9%. Em etapa única, os produtos são identificados, verificados e registrados. Apropriado para materiais de até um kg, ele digitaliza e salva todos os dados detalhados da mercadoria verificada para utilização posterior na emissão de documentos, além de apresentar fácil adaptação a todos os tipos de código de barras existentes. A Schaefer anunciou ainda que, com a compra da companhia dinamarquesa Handler, os equipamentos de armazenagem vertical com prateleiras elevatórias passam a fazer parte de seu portfólio. O LogiMat, similar a uma grande estante, porém com movimentação vertical das prateleiras, apresenta aberturas

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de acesso com altura ajustável e dispositivos de inclinação nas bandejas para remoção ergonomicamente correta das mercadorias. O equipamento garante também economia de espaço devido ao seu design modular. Em comparação com uma solução de armazenamento estática comum, o LogiMat requer apenas 1/10 do espaço. Devido a sua estrutura modular, ele apresenta grande flexibilidade de adaptação ao tamanho do prédio.

Shuttle econômico A provedora de soluções logísticas Knapp demonstrou em seu estande o OSR Shuttle, um sistema completo para armazéns produzido

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para reduzir em até 10% o consumo de energia em estruturas de pequeno porte, além de recuperar energia a cada operação de frenagem. O software interno do OSR Shuttle garante atividades ininterruptas sem perda de desempenho, controlando todos os componentes com precisão de milissegundos. A Knapp oferece ainda a possibilidade de instalação do sistema de acordo com as necessidades do cliente, devido à grande flexibilidade do OSR Shuttle, com a

integração da família de estação de trabalho Pick-it-Easy, mostrada pela primeira vez na CeMAT 2011. Três diferentes opções – direcionadas aos setores de moda, alimentos e varejo – estavam em exposição no estande da companhia.

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EVENTOS

Pensando na ergonomia, a Knapp incluiu telas sensíveis ao toque no centro do equipamento, que permitem ao operador manter uma postura ereta e a cabeça levantada durante todo o turno de trabalho, proporcionando maior conforto. Com um sistema de controle livre de erros, até mil pedidos podem ser preparados em apenas uma hora de trabalho. O Shuttle pode também ser equipado com o sistema flexível modular Fastbox, utilizado para diversas aplicações que demandam, por exemplo, atividades sequenciadoras ou de movimentação mais rápidas. Adicionalmente, a Knapp apresentou um sistema inédito chamado KiSoft Vision, baseado nos mais modernos conceitos de realidade aumentada disponíveis no mercado. Por meio de um aparelho equipado com câmera que registra os códigos de barras dos produtos e recebe informações diretamente do sistema de controle do armazém, o operador enxerga informações virtuais em seu campo de visão, que informam onde os produtos devem ser retirados ou colocados e indica o caminho até determinado ponto da estrutura. A companhia assegura uma operação livre de erros. Além disso, qualquer incorreção cometida pelo operador é imediatamente notificada pelo aparelho. Segundo a Knapp, a novidade começa a ser utilizada já neste mês de junho por um grande cliente da companhia.

Novos mercados A LiuGong, fabricante chinesa de máquinas para construção, anunciou durante a feira sua entrada nos mercados de empilhadeiras elétricas, a diesel e GPL, nos EUA e na Europa Ocidental, onde os negócios serão gerenciados a partir da LiuGong Europa, com sede e depósito de peças

Soluções para picking

em Amsterdã, Holanda. No mercado norte-americano, a companhia estabeleceu a LiuGong Forklift Americas como uma subsidiária para apoiar adequadamente a comercialização e distribuição das empilhadeiras. A divisão está situada no estado do Texas, onde fica também a sede norteamericana da LiuGong para o setor de construção. Dentre as empilhadeiras fabricadas pela companhia estão os modelos elétricos 2015A (para 1.500 kg) e 2020A (para 1.800 kg) e o modelo elétrico de três rodas 2015AT (para 1.500 kg). Todos apresentam elevação de 3 m, com opção para instalação de mastro para elevação até 5 m. Além disso, as empilhadeiras possuem compartimento almofadado que minimiza a vibração, garantindo maior conforto ao operador. Para proporcionar maior economia, um sistema de detecção de presença do operador embarcado na empilhadeira corta a energia dos motores de acionamento e trava o funcionamento hidráulico quando o operador sai do assento.

A KBS Industrieelektronik GmbH, companhia alemã especializada no desenvolvimento de sistemas de picking, apresentou o PickTerm Cart. A novidade consiste em um carrinho equipado com seu próprio sistema de picking by light. A solução tem como principal apelo a montagem de mais de uma carga simultânea. Integrado com o sistema WMS do armazém, um visor localizado na parte traseira do carrinho informa o endereço do próximo produto e a quantidade total a ser separada. Simultaneamente, as luzes localizadas no carrinho se acendem para os produtos que devem ser separados, informando também a quantidade necessária para cada um deles. Segundo o fabricante, a estrutura de picking by light pode ser adaptada a qualquer tipo de carrinho e garante menor investimento em relação à instalação do sistema em toda a estrutura. O PickTerm Cart visa atender, principalmente, a operações com cargas pequenas, com fracionamento de produtos, ou onde mais de uma carga é separada simultaneamente, como nas operações do e-commerce, por exemplo. A TopSystem/ASTI levou à feira sua paleteira com voice picking integrado ao próprio equipamento, com o qual o operador recebe e confirma as operações. Simultaneamente, o sistema envia para a empilhadeira desembarcada ou paleteira o endereço do produto no armazém. Desta forma, o equipamento é guiado automaticamente para o local. Após a separação dos produtos no endereço

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EVENTOS

Além dessas novidades, uma solução simples, que algumas companhias – como a Still, por exemplo – já utilizam fora do Brasil, promete ajudar o operador em operações de picking elevadas. Uma pequena escada retrátil, de dois a três degraus, é acoplada à máquina. Geralmente, em função da altura média dos operadores, posições de picking são definidas com até aproximadamente 1,8 m de altura. Com a utilização da escada, problemas ergonômicos podem ser evitados mesmo com posições acima deste padrão. especificado, o próximo endereço é automaticamente enviado tanto para o operador quanto para a máquina, fazendo com que ambos procedam paralelamente na operação de separação. Ao utilizar-se de uma empilhadeira desembarcada, pode-se também controlar a altura do palete conforme o volume da carga, fazendo com que se reduzam problemas ergonômicos. Ao término do processo, a paleteira é automaticamente enviada para a área de expedição, e outra já aguarda o operador no início da rota de separação. A Ecopick apresentou uma solução feita para auxiliar o operador, aliviando o esforço físico envolvido na operação por meio de um acessório de levantamento de cargas acoplado à paleteira. Com o uso de uma luva e fitas ligadas aos punhos do operador, cabos flexíveis dão assistência à separação de cargas pesadas. Ao pegar o produto, o separador pressiona um pequeno botão localizado entre o polegar e o indicador, acionando assim o auxílio dos cabos.

Seis em um A Still apresentou seu novo conceito em veículo industrial para intralogística, chamado de Cube XX, que integra equipamentos destinados a várias operações em um só produto. O Cube XX combina as funções de uma empilhadeira de contrapeso, de um rebocador, de um equipamento de picking, de uma paleteira padrão, de uma paleteira para níveis elevados e de um movimentador duplo de cargas (para produtos que não podem ser empilhados).

O equipamento possui ainda outras características que merecem destaque, como um sistema de identificação do operador por meio de chip, rodas extras para os garfos – que aliviam a carga e podem reduzir o consumo de energia –, tamanho reduzido, garfos dobráveis e flexibilidade de manobras para operações em pequenos espaços, além da opção de utilização automática ou com operador, com cabine retrátil. A empilhadeira híbrida RX 70 também esteve presente no estande da Still. Equipada com Ultracaps (capacitores de dupla camada com alta performance e longa vida útil), o veículo movido a diesel recolhe a energia liberada durante a frenagem para auxiliar nos processos de aceleração, garantindo economia de combustível e minimizando as emissões. A empresa apresentou ainda o conceito de movimentação de veículos por meio de células de hidrogênio. O sistema consiste em uma reação química entre o gás – armazenado sob alta pressão em um tanque – e o oxigênio – simplesmente retirado do ar –, que gera energia elétrica armazenada temporariamente e disponibilizada para impulsionar o motor elétrico. Apresentado como uma solução totalmente ecológica, o sistema libera apenas água durante o processo, contribuindo para a redução de poluentes. O equipamento apresenta dimensões compactas, ocupando o mesmo espaço de uma bateria de 80 volts.

Visita A Revista Tecnologística foi convidada para uma visita à fábrica do Grupo Kion – fabricante das marcas Still e Linde – na cidade de Hamburgo, juntamente com um grupo formado por concessionários da companhia no Brasil.

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Durante a visita, liderada pelo CEO do Grupo Kion South America, Frank Bender, o grupo pôde conhecer a central de distribuição de peças da Still para todas as filiais e fábricas do mundo. “Temos nosso centro de

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distribuição no Brasil para atender aos representantes da América do Sul, mas a maioria das peças das máquinas importadas que vendemos aqui vêm de Hamburgo”, conta Adriana Firmo, gerente-geral da Still Brasil. O centro, totalmente automatizado, possui cerca de 98% de peças com disponibilidade para entrega imediata. A Tecnologística conheceu também toda a linha de produção de máquinas de contrapeso elétricas e a combustão, a fabricação automatizada de cilindros – responsável pela produ-

ção de 250 mil itens ao ano, destinados a todo o grupo Kion – e a recéminaugurada linha de produção de máquinas retráteis, transferida do Sul da Alemanha para a unidade de Hamburgo, com um investimento de dez milhões de euros para a montagem da fábrica mais moderna do mundo para equipamentos desse tipo. Fernando Fischer www.cemat.de

Estiveram presentes ao evento a diretora da Publicare Editora, Shirley Simão, e os consultores em logística Ihor Woznarowycz e André Woznarowycz, que colaboraram com a composição desta cobertura

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Divulgação

EVENTOS

Empresas de transporte e logística discutem ações sustentáveis Evento em São Paulo expõe visão das companhias brasileiras quanto aos temas ambientais

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o Brasil, o debate sobre a participação das empresas da cadeia logística em temas como meio ambiente e sustentabilidade também ganha força. Prova disso foi a realização da ECO Transporte & Logística – Expo&Conference, evento promovido nos dias 18 e 19 de maio pela NTC&Logística, em São Paulo, e que reuniu diferentes players do mercado, que mostraram suas ações referentes aos temas. A EcoRodovias, por exemplo, demonstrou o trabalho que realizou antes, durante e depois da construção da segunda pista da Rodovia dos Imigrantes, que liga a capital paulista à Baixada Santista. O assessor de Sustentabilidade da empresa, Artaet Martins, informa que a companhia efetuou mudanças no projeto inicial, datado da década de 1980, a fim de causar o menor impacto ao meio ambiente. “Definimos a construção de três túneis, nove viadutos e aumentamos a distância entre os pilares de 45 cm para 90 cm”, diz. O executivo divulga outras iniciativas realizadas durante as obras. Entre elas, a instalação de estações de tratamento de água e aterro sanitário, além da retirada de animais, realocados em outros pontos. O trabalho agora – depois da conclusão

do projeto – é contínuo. “Realizamos a verificação de ruídos, promovemos campanhas de conscientização sobre resíduos sólidos e já reflorestamos 50 hectares”, conta Martins. Ao todo, calcula o executivo, o custo ambiental da obra chegou a R$ 12 milhões.

te, diz, simplesmente não possui ou não iniciou o processo de obtenção da licença ambiental. “O gerenciamento ambiental nos portos é complexo. Existe essa demanda, mas faltam mecanismos para torná-la viável. A legislação é interessante, mas não há instrumentos para colocá-la em prática”, ressalta.

Burocracia Poluição Na América Latina Logística (ALL), o diretor de Meio Ambiente, Durval Nascimento Neto, reclama da morosidade para a obtenção de licenças. “É preciso desburocratizar o órgão ambiental e agilizar os processos”, resume. O diretor também divulga números para comprovar a preocupação da empresa quanto às questões ambientais. Segundo ele, apenas no Projeto Rondonópolis – construção de um terminal intermodal em Mato Grosso –, dos R$ 600 milhões que serão aplicados, R$ 26,3 milhões serão destinados a ações ambientais. Nos portos, a situação quanto às licenças também é morosa. O diretor da Associação Brasileira de Terminais Portuários (ABTP), José Emílio Freire Filho, ressalta que, dos 26 portos sob o controle da Secretaria Especial de Portos (SEP), 42% já são licenciados ou aguardam a obtenção do licenciamento. O restan-

O tema emissões também permeou as discussões. Para o coordenador da Câmara Técnica de Logística da NTC&Logística, Ricardo Melchiori, a mudança na matriz de transportes, no caso do Brasil, tipicamente rodoviária, trará benefícios imediatos. Entre eles, o diretor destaca o aumento de 15% na eficiência energética, redução de 22,5% no consumo de combustível e 15% nas emissões de CO2. Já o gerente de Marketing de Transporte da Petrobras, Alex Barbosa Messias, lembrou que apenas com a adoção da fase 7 do Programa de Controle da Poluição do Ar por Veículos Automotores (Proconve 7), que entrará em vigor em janeiro de 2012, haverá redução de 96,3% das emissões de poluentes. NTC&Logística: (11) 2632-1500

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EVENTOS

Divulgação

Alguns dos debatedores do Fórum, da esquerda para a direita: Fiadone (Webpicking), Isabel (CLI), Contino (Webpicking) e Clementi (Bellcom)

Operadores logísticos como instrumento sustentável Evento em Buenos Aires estimula o debate sobre o papel do setor como agente ambiental

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omentar o debate sobre a participação dos operadores logísticos em temas como sustentabilidade e meio ambiente, além de apresentar soluções para minimizar os impactos causados pelo dia a dia das operações. Com este objetivo, foi realizado no último dia 5 de maio, em Buenos Aires, Argentina, sob a organização da Webpicking, da Hablemos de Logística e do Guia Vidal de Transportes e Logística, o 3º Fórum de Sustentabilidade e Supply Chain, que ocorreu durante a Eco Indústria, evento também promovido na capital portenha entre os dias 4 e 7 de maio e que teve como meta debater o crescimento sustentável. A Tecnologística esteve lá e conferiu as discussões, algumas bastante similares às que ocorrem no Brasil. Para o diretor da Miebach Consulting Argentina, Fernando Balzarini, na logística é preciso pensar em sustentabilidade em todos os aspectos, desde a construção de centros de distribuição, selecionando os materiais utilizados,

até a busca por profissionais interessados em temas ambientais. Além disso, destaca o executivo, novas legislações e incentivos fiscais governistas reforçam a busca pelo ecologicamente correto. Balzarini utiliza o termo “Green Logistics” e afirma que as oportunidades estão nos serviços de transporte e distribuição. Entre as ações, o executivo destaca que é necessário investir em energias alternativas e otimizar os processos internos e externos a fim de reduzir as distâncias e a utilização dos ativos. “É preciso adotar este conceito por razões competitivas, mas as pessoas devem estar comprometidas”, enfatiza. Multimodalismo, melhoria na infraestrutura e diminuição no tempo de carga e descarga são outros aspectos diretamente envolvidos no conceito “Green”. O diretor do Instituto de Estudos para a Excelência Competitiva (IEEC), Ignacio Sánchez Chiappe, vai além. “Temos que ter uma logística de ponta a ponta”, diz. Na opinião de Chiappe,

provedores logísticos, embarcadores e órgãos públicos e privados devem trabalhar em conjunto para controlar os recursos utilizados e adotar tecnologias e políticas sustentáveis. A infraestrutura dos locais de armazenagem também fez parte do painel de debates. Para o diretor da Bellcom Propriedades, Luis Clementi, apesar de a Argentina apresentar melhoras nos últimos anos, ainda há deficiências que dificultam a adoção de ações sustentáveis. Segundo ele, estruturas com o pé direito baixo, muitas colunas na área operacional e pisos de má qualidade inibem a adoção de novas práticas, como utilização otimizada de energia e equipamentos.

Emissões Um dos temas mais recorrentes quando se debate o papel dos operadores logísticos como agentes auxiliadores da sustentabilidade, a redução de emissões ganha cada vez mais importância. Na opinião da diretora-executiva do Centro Latino Americano de Inovação em Logística (CLI), Isabel Agudelo, os clientes dos operadores logísticos já estão apresentando demanda para que seus provedores de serviço reduzam os índices de emissão de carbono. “O impacto ambiental na cadeia de abastecimento é um ponto importante e a emissão de CO2 é um dos principais aspectos”, afirma. Para o diretor da Webpicking, Rodolfo Fiadone, para reduzir os índices algumas medidas, como estimular a utilização de biocombustíveis e meios de transporte elétricos, devem ser adotadas. “É preciso utilizar veículos com tecnologias limpas”, resume. Segundo o diretor, os participantes da supply chain estão auxiliando o desenvolvimento mundial, por isso também devem contribuir com a sustentabilidade. E vai mais além: “Os operadores logísticos podem liderar o processo”, ressalta.

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O diretor da Escola de Engenharia Ferroviária da Faculdade de Engenharia da Universidade de Buenos Aires (UBA), Juan Pablo Martínez, diz que o modal ferroviário faz o seu papel. “Ele é o mais econômico e favorável ao meio ambiente, além de reduzir o consumo de energia”, garante. Martínez lembra, porém, que estes benefícios dependem de uma gestão pública eficaz.

Programas sustentáveis O vice-presidente de Estratégia para as Américas da DHL Global Forwarding, Alejandro Palácios, aproveitou o evento e explicou de que forma a empresa trabalha globalmente para reduzir as emissões. “Definimos uma meta para, até 2020, melhorarmos em 30%

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nossos índices. Queríamos alcançar 10% de redução até 2012, mas já atingimos esse objetivo em 2010”, conta. Segundo cálculos do diretor, apenas no ano passado a companhia evitou emissão de 30 mil toneladas de CO2. Para isso, o executivo destaca que o trabalho consiste em abordar o tema junto aos clientes para que todos adotem o mesmo comportamento. São cinco os pilares utilizados para disseminar a ideia: transparência, metas, mobilização dos funcionários, criação de valor no mercado e definição de uma agenda. “Mostramos aos parceiros que o programa de redução de emissões é um diferencial de mercado”, salienta. Já o consultor da C3T-UTN, Roberto Domeq, contou sobre o Programa Smartway, iniciativa voluntária rea-

lizada nos Estados Unidos por órgãos públicos e empresas privadas – transportadores, embarcadores e operadores logísticos – com o objetivo de pesquisar e desenvolver tecnologias que auxiliem na redução das emissões e na melhoria no consumo de energia. Entre as resoluções definidas por esse grupo de trabalho estão a introdução do limitador de velocidade e a seleção dos lubrificantes utilizados. “O desafio agora é implantar o programa em todo o mercado”, frisa. Para isso, o consultor julga ser necessário que haja um promotor político para fomentar e financiar o programa, além da nomeação de um gestor técnicoadministrativo e o desenvolvimento de um sistema de transferência de tecnologia. www.forologistica.com

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ARTIGO

Divulgação

Processos de supply chain Mauro Sampaio e Wilson de Castro Hilsdorf

2ª parte

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onforme falado na primeira parte deste artigo*, o seu objetivo é identificar os principais processos de uma cadeia de suprimentos, suas atividades e objetivos. Na primeira parte foram tratados alguns dos principais processos do Supply Chain Management (mostrados na Figura 1), que são a gestão de relacionamento com clientes; a gestão de serviço ao cliente; e a gestão da demanda. Nesta segunda e última parte, serão tratados os demais processos, que são o atendimento do pedido, a gestão do fluxo de produção, a gestão do relacionamento com fornecedores, o desenvolvimento de produtos e a comercialização e a gestão de retornos.

Atendimento do pedido O processo de Atendimento do Pedido (Order Fulfillment – OF) não é responsável somente pelas atividades de distribuição, mas também pelo projeto e implementação de uma rede logística capaz de cumprir os prazos de entrega acertados com cada cliente no

contrato de produtos e serviços (PSA) ao menor custo possível. A primeira etapa do OF é o alinhamento do plano de expansão da estrutura da cadeia de suprimentos com a estratégia de negócio da organização e os requisitos dos clientes. Se a empresa pretende crescer na região Nordeste, por exemplo, a rede logística deve ser capaz de suportar esse crescimento dentro do orçamento estabelecido no plano estratégico. A segunda etapa consiste em determinar o ciclo de fluxo de caixa do cliente desde o pedido de compra até o pagamento do cliente, investigando a variabilidade do processo atual e sua capacidade de atender aos níveis de serviços estabelecidos no PSA. Avaliar a rede logística é uma importante etapa do processo de atendimento do pedido. Normalmente, 80% dos custos logísticos dependem da estrutura da rede logística, sendo possível somente melhorar os demais 20% sem alterar a rede. É necessário avaliar a estrutura, incluindo fornecedores, localização das plantas, centro de distribuição e armazéns, capacidade das instalações, modais de transporte e alocação de produção, entre outros.

Recomenda-se envolver o cliente e o fornecedor no projeto da rede. Nesta etapa, também são avaliadas a necessidade e a viabilidade do uso de operadores logísticos. A quarta etapa consiste em avaliar se os pedidos estão sendo atendidos segundo o PSA estabelecido pelo processo de gestão de relacionamento com o cliente. Também nesta etapa é avaliado o papel da tecnologia da informação nos suportes às atividades de atendimento do pedido, como: • Supply Chain Design (SCD); • Transportation Management System (TMS); • Warehouse Management System (WMS); • Enterprise Resource Planning (ERP); • Advanced Planing & Scheduling (APS); • Planejamento e Programação de Rotas; • Electronic Data Interchange (EDI); • Etiquetas eletrônicas (RFID); • Internet. É necessário mensurar o custo-benefício da tecnologia e sempre lembrar que há clientes que gostam de TI e até exigem sua adoção, e há outros que gostam de maior contato pessoal.

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SUPPLY CHAIN MANAGEMENT Integração de processos de negócios entre empresas Fluxo de informações

Processos de SCM - Times Multifuncionais

Fornecedor Fornecedor Camada2 Camada1

Entre empresas

Empresa Foco

Cliente Consumidor

Logística Marketing e Vendas

Compras Produção

Fluxo de produtos

Finanças

P&D

Gestão do relacionamento com clientes Gestão de serviço ao cliente

Entre departamentos

Gestão da demanda

Orientado para processos

Atendimento do pedido Gestão do fluxo de manufatura Gestão do relacionamento com fornecedores Desenvolvimento de produtos e comercialização Gestão de retornos

Adaptado de Douglas M. Lambert, Martha C. Cooper and Janus D. Pagh, “Supply Chain Management: Implementation Issues and Research Opportunities”

Figura 1: Modelo de Supply Chain Management

Todo o processo deve ser coordenado por um time multifuncional, incluindo membros da cadeia de suprimento que podem contribuir com conhecimento, habilidades e recursos para aumentar a eficiência das atividades de atendimento de pedidos.

Processo de gestão do fluxo de manufatura O Processo de Gestão do Fluxo de Manufatura (Manufacturing Flow Management – MFM) planeja e implementa processos de produção alinhados com a estratégia de negócios, a estratégia da Supply Chain e os requisitos dos clientes, incorporando também as demandas dos fornecedores e pesquisa e desenvolvimento (P&D). Os recursos de uma operação, tais como instalações, arranjos físicos, fluxos, capacidade e sistemas de planejamento e controle devem estar alinhados com as exigências de mercado.

O grau de flexibilidade da produção também é função das exigências de mercado. Em mercados que competem em custos, normalmente a variedade de produtos é reduzida, os volumes são altos, a produção é para estoque, o layout é por produto e os equipamentos são dedicados. Já empresas que competem por flexibilidade produzem pequenos lotes de produtos sob encomenda e possuem normalmente capacidade em excesso, gama de produtos elevada, processos em batelada, layout funcional e os equipamentos são máquinas universais. Em manufatura, determinar e implementar o grau adequado de flexibilidade é fundamental. Os clientes podem exigir diferentes tipos de flexibilidade, como de produto, mix, volume ou entrega. Para atender a essas demandas, os recursos da operação também precisam ser flexíveis, pois disso depende a flexibilidade de uma operação. Uma operação flexível exige

tecnologia, mão de obra e membros da cadeia de suprimentos flexíveis. O processo de MFM também tem o objetivo de avaliar oportunidades de melhorias de processos produtivos, como eliminação de desperdício, implementação de sistemas puxados, oportunidade de uso de postergação, redefinição de políticas de estoques e avaliações de decisão fazer versus comprar. Outra etapa do MFM é identificar as restrições e as capacidades da cadeia de suprimentos que são fundamentais para atender ao plano de produção.

Gestão de relacionamento com fornecedores O processo de Gestão de Relacionamento com Fornecedores (Supplier Relationship Managemet – SRM) é responsável pela segmentação dos fornecedores, estabelecimento de programas de parceria e definição das bases dos contratos de produtos e serviços com os fornecedores. As fontes de valor provenientes de relacionamento mais próximo com os fornecedores são inúmeras, tais como: redução de custo; divisão de riscos; inovação; extensão de produtos e serviços; economia de escala; acesso a tecnologia, a fornecedores e ao conhecimento; bem como acesso geográfico e acesso a competências de gestão, entre outros. O primeiro passo para implementar o SRM é identificar os componentes dos produtos e serviços que são pontos-chave para o sucesso da organização hoje e no futuro. O segundo passo é segmentar os itens de acordo com os seguintes fatores: volume de compras e/ou valor estratégico em uma dimensão e complexidade da compra na outra dimensão, conforme Figura 6. Conforme a posição na matriz de valor estratégico versus complexiJunho/2011 - Revista Tecnologística - 115

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ARTIGO

ção através do custo total que mensura os custos de aquisição, custo interno e custo do ciclo de vida. A última etapa do processo SRM é determinar os procedimentos de divisão de benefícios em função das melhorias dos processos.

tes e fornecedores. Este processo também é responsável por desenvolver um programa de feedback dos principais clientes. Outra etapa é elaborar a estratégia de lançamento de produtos e suas restrições. A última fase é estabelecer os objetivos para o desenvolvimento do produto, tais como: time to market, nível de lucratividade do produto e orçamento, entre outros.

Gestão de retornos Processo de desenvolvimento de produto e comercialização

Figura 6 - Portfólio de fornecedores

dade da compra, diferentes tipos de itens podem ser identificados: não críticos, de alavancagem, gargalo e itens estratégicos. Para cada tipo de item existe um tipo de relacionamento mais adequado; portanto, não faz sentido tratar todos os fornecedores da mesma forma. Os itens não críticos podem ser adquiridos no mercado puro, enquanto os estratégicos devem ser comprados de fornecedores parceiros, com alto grau de comprometimento entre as partes. Os contratos com os fornecedores estratégicos tendem a ser complexos e de difícil elaboração, porque são personalizados. Já outros fornecedores podem trabalhar com contratos-padrão, com pouca ou nenhuma personalização. O responsável pela elaboração destes contratos é o processo SRM. Outra etapa é o desenvolvimento de modelos de métricas para avaliação dos fornecedores. Um distribuidor pode avaliar esse desempenho através do relatório de lucratividade pela abordagem da margem de contribuição. Já um fabricante pode fazer essa avalia-

O processo de Desenvolvimento de Produto e Comercialização (Product Development and Commercialization – PD&C) é responsável por incluir a opinião de fornecedores e clientes no desenvolvimento de novos produtos. O PD&C é crítico, pois pode afetar de forma significativa a lucratividade e o sucesso de longo prazo de uma empresa, de seus fornecedores e clientes. As empresas líderes esperam inovações a partir de seus fornecedores e buscam seu envolvimento em produtos e serviços futuros. A primeira etapa de implementação do PD&C é avaliar as necessidades dos clientes platina e o papel dos novos produtos na estratégia da empresa. Membros da cadeia de suprimento podem contribuir com conhecimentos, habilidades e recursos para aumentar a eficiência das atividades do processo. Nesta etapa, é importante avaliar as restrições e a competência da cadeia de suprimentos na geração de ideias e desenvolvimento de novos produtos. A próxima etapa consiste na geração de novos produtos, sendo responsabilidade do PD&C determinar a extensão do envolvimento de clien-

A Gestão de Retornos (Returns Management – RM) é um processo da Supply Chain dedicado às atividades de logística reversa, controle de entrada e prevenção. O processo de Gestão de Retorno tradicionalmente envolve muitas funções, mas ninguém é responsável por sua totalidade. A falta de coordenação é uma característica comum. A RM custa em média três vezes mais que a logística direta, podendo representar 6% da receita de um varejista e até 4% do custo logístico de um fabricante. Existem cinco tipos de retornos: retorno de consumidores, recall de produtos, retorno de marketing, retorno de ativos e retornos ambientais. O primeiro passo para implementar a Gestão de Retorno é a compreensão dos problemas ambientais e legais envolvidos. Os times multifuncionais também precisam entender o papel do retorno na estratégia da organização e decidir a melhor política para a companhia. Uma empresa pode adotar uma política de retorno zero ou uma de retorno liberal, garantindo a troca de produtos para seus clientes frente a qualquer problema, a qualquer tempo, em qualquer lugar e com reembolso total. A política adotada afetará aspectos como a lealdade do cliente, a imagem da organização e o conhecimento dos níveis de qualidade de seus produtos/ serviços no mercado. Uma vez defi-

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nida a sua política, a empresa precisa identificar os problemas que geram retorno e identificar as oportunidades de prevenção. Nesta etapa são desenvolvidos os mecanismos de controle de entrada, prevenção e regras de disposição. A ideia desta etapa é: já que a logística reversa é cara, será que existem opções para evitá-la? Nos casos em que o retorno é inevitável, o processo de RM precisa determinar a rede de logística reversa, os moldes de transporte e os planos de recall. A próxima etapa consiste em definir as regras de crédito, isto é, estabelecer o valor do retorno para os diferentes segmentos de clientes. A última etapa é determinar a estratégia de remanufatura e revenda, selecionando os mercados secundários potenciais para a comercialização destes produtos remanufaturados. Apesar de o processo de gestão de retorno permitir uma recuperação de valores, ele não deve ser considerado um centro de lucro. As vantagens da implementação de RM são: aumento de clientes e fornecedores, redução do envolvimento da força de venda, redução do lead-time do processamento, redução das disputas de crédito e estímulo à melhora da qualidade do projeto de produto.

1) Mapear a rede de suprimento – Quem são os principais membros da rede de suprimento com quem devo me relacionar? 2) Selecionar e implementar os processos da Supply Chain – Quais processos devem ser implementados com cada membro da rede de suprimentos? 3) Gerenciar os componentes – Qual o nível de integração que deve ser estabelecido entre os processos? Este artigo procurou apresentar os processos da Supply Chain segundo o Global Supply Chain Forum (GSCF) como uma referência para a integração de processos dentro e entre empresas.

Referências bibliográficas Lambert, Douglas M. Supply Chain Management: processes, partnerships, performance. 3rd edition. Supply Chain Management Institute – 2008. Croxton, Keely L.; García-Dastugue, Sebastián J.; Lambert, Douglas M.; Rogers, Dale S. (2001). The Supply Chain Management Processes. International Journal of Logistics Management, Vol. 12 Iss: 2, pp.13- 36. Cooper, Martha C.; Lambert, Douglas M.; Pagh, Janus D. Supply Chain Management: More Than a New Name for Logistics. International Journal of Logistics Management, Vol. 8 Iss: 1, pp.1-14 (1997).

Conclusão A implementação do Supply Chain Management não é uma tarefa fácil. A lógica de gerenciar uma cadeia de suprimento em sua totalidade nos remete a um modelo bem mais complexo do que apenas gerenciar uma empresa. O SCM é um processo de gestão que deve incluir todos os setores da empresa envolvidos com a produção e a interação colaborativa com os parceiros estratégicos da cadeia. As principais etapas da sua implementação são:

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Mauro Sampaio Professor do Departamento de Engenharia de Produção do Centro Universitário FEI msampaio@fei.edu.br Wilson de Castro Hilsdorf Professor do Departamento de Engenharia de Produção do Centro Universitário FEI wicastro@fei.edu.br Tel.: (11) 4353-2900 *A primeira parte deste artigo foi publicada na edição de maio da Revista Tecnologística (nº 186), página 96

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PRODUTOS

Equipamento de armazenagem por satélite, da Cassioli

A Cassioli apresenta ao mercado um equipamento que utiliza um sistema de armazenamento por satélite. Denominado i-SAT, trata-se de um carro satélite que opera em diferentes configurações e aplicações de conceitos de estocagem. O palete é disposto na extremidade de entrada da estrutu-

ra de armazenagem e, utilizando uma empilhadeira (sistema semiautomático) ou sistemas automatizados, como transelevadores e carros automáticos – AGV, LGV e SLS –, é transportado até a profundidade previamente definida. Entre as características, destaque para a possibilidade de operar com paletes de diferentes dimensões. Nas aplicações com sistema semiautomático, o i-SAT é movimentado por empilhadeiras e os operadores alimentam o carro satélite na entrada das estruturas sem acessar as prateleiras de armazenagem nos corredores do tipo drive in ou drive through. Para definir onde

os paletes serão armazenados, o operador, utilizando um controle remoto, estabelece a metodologia operacional. No caso da utilização com sistemas automatizados, depois de ser transferido para a entrada da estrutura de estocagem, o carro movimenta a carga com base em informações recebidas do sistema de gestão de armazém. O lançamento pode ser adaptado aos layouts já existentes nos centros de distribuição. A autonomia de trabalho é de até 16 horas; a capacidade de carga é de 1.200 kg a 1.600 kg e o i-SAT pode trabalhar em temperaturas que variam de -30º a 45º. (11) 4525-1001

Transpaleteira Elétrica EWR Active BR, da Linde A Transpaleteira Elétrica EWR Active BR, da Linde, foi desenvolvida para carga/descarga de caminhões e transporte de paletes com até 2.750 kg em depósitos e fábricas, para médias ou longas distâncias. Projetada para operador em pé, vem equipada com motor de 2,8 kW e oferece excelente performance por conta do seu controlador AC Drive trifásico, que possibilita partida suave e aceleração até a máxima velocidade, proporcionando melhor dirigibilidade e estabilidade em todas as velocidades e direções. O equipamento oferece dois modos de operação. O Tartaruga, quando o motor é controlado para consumir uma baixa corrente e manter uma aceleração suave, ideal para manobras e manuseio de paletes; e o

modo Coelho, quando o motor é controlado para prover alto torque/aceleração e alta velocidade de translação, independentemente da carga, gerando ainda uma economia de 25% em comparação às máquinas de mesma capacidade. A transpaleteira possui sistema de frenagem e reversão regenerativo, sistema anti-roll-back, que evita a descida involuntária da máquina caso a partida seja dada em rampa, e sistema ramp start, que lhe confere um maior torque inicial, especialmente em subidas. Sua construção compacta possibilita ótimo desempenho mesmo em espaços reduzidos e o design ergonômico oferece perfeita visibilidade da carga e dos garfos. O piso do compartimento do operador, forrado

com tapete anatômico, amortece as vibrações e os impactos. Também compacto, o sistema hidráulico integrado é equipado com motor 2,2 kW de alta potência, favorecendo uma elevação em curto intervalo, mesmo com carga nominal, gerando uma alta produtividade. (11) 3604-4755

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Painel para pisos elevados ResinDek, da Tecnequip A Tecnequip Tecnologia em Equipamentos distribui com exclusividade ao mercado brasileiro os painéis de fibra de madeira para pisos elevados – como mezaninos e plataformas industriais – ResinDek, fabricados pela companhia norteamericana Cornerstone Specialty Wood Products. Com capacidade para até 3.200 kg de carga, os painéis foram projetados para apresentar a mesma resistência do concreto, agregando economia e facilidade de instalação. Por pesar menos que o concreto, o ResinDek

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utiliza suportes mais leves e em menor quantidade em sua montagem. Os pisos, oferecidos com sete anos de garantia, apresentam ainda as tecnologias Clear e Gray Diamond Seal, que oferecem maior resistência a abrasão, manchas, derrapagem e atrito. Além disso, o Acabamento Dissipador de Estática proporciona proteção para dispositivos eletrossensíveis, como laptops, leitores de código de barra e sistemas pick by light. A tecnologia elimina períodos de inatividade dos equipamentos causados por descargas estáticas e previne descargas elétricas devido à sua superfície aterrada. Livres de carbono, os painéis são fabricados com pelo menos 46% de con-

teúdo reciclado em sua composição, promovendo o uso de materiais que reduzem o impacto da extração e do processamento de matéria-prima virgem. Também não contêm aditivos com formaldeído, reduzindo a quantidade de contaminantes no ar com forte odor, que podem provocar irritações e mal estar. O sistema de instalação Invisi-loc garante uma montagem fácil, rápida e sem fixadores visíveis. Os pinos e parafusos são aplicados embaixo do piso elevado, ocultando os orifícios e as peças de fixação e oferecendo uma superfície totalmente lisa, que facilita a movimentação e a limpeza. (11) 2093-7199

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PRODUTOS

Carros guiados a laser LGV Auriga, fornecidos pela SEE

A SEE Sistemas, representante exclusiva da fabricante italiana Ocme no Brasil, acaba de lançar os carros automáticos com guia laser LGV Auriga, especialmente desenvolvidos para otimizar a movimentação dos transportes internos em ambientes industriais sem

a necessidade de operador. O sistema com guia laser não demanda modificações no ambiente em que os carros irão operar, bastando a instalação de pequenas superfícies refletivas verticais em estruturas (que podem ser uma coluna ou parede) já existentes no ambiente de trabalho, as quais permitem à cabeceira laser verificar constantemente a trajetória e a posição. As posições dessas fitas são comunicadas ao carro, que define a própria posição. A atualização da posição ocorre oito vezes por segundo. A linha do traçado na qual o carrinho se move é constituída por coordenadas fixadas em um programa de de-

senho computadorizado (Auto CAD) e formam uma espécie de mapa. O traçado pode ser alterado a qualquer momento e pequenas modificações podem ser efetuadas ao longo da instalação, o que permite extrema precisão na movimentação. A instalação e todas as eventuais modificações no fluxo dos materiais podem ser realizadas rapidamente, sem intervenções físicas no local. O sistema tem uma estrutura aberta tanto no plano do hardware quanto no do software, sendo possível usá-lo com qualquer tipo de computador e nos sistemas operacionais DOS, Windows NT ou VMS. (11) 3623-6540

Soluções integradas para linha de separação de pedidos, da CSI A CSI possui novas soluções integradas que reduzem custos e erros operacionais e aumentam a velocidade da operação, propiciando melhor gestão interna. Dentre os destaques estão o Picking by Light, Picking by Monitor e o Transportador de Roletes Acionados. O Picking by Light fornece informações para o operador diretamente no compartimento, sendo a solução ideal para itens fracionados. Cada SKU é equipado com um display eletrônico combinado com LED visível. A solução possibilita informações diretas, sem a necessidade de lista de papel. Com a identificação definitiva da posição e quantidade de picking facilmente encontrada, o operador coleta os itens e confirma a escolha com o botão de ok. Devido à necessidade da realocação

dos produtos em função da demanda, o sistema de Picking by Light oferece a versatilidade de reposicionamento do display com auxílio de encaixe rápido e contato elétrico através de barramento de força (sistema plug & play). Com o Picking by Monitor a separação de itens fracionados é orientada por um monitor LCD associado a uma estação de trabalho. Através do sistema de rastreamento RFID, a caixa é posicionada próxima ao produto a ser coletado, e o display LCD indica a cor da bandeja e o número da posição de forma a orientar o operador rapidamente sobre a localização do SKU para compor o pedido. Recomendado para movimentação de caixas e produtos com fundo rígido, o Transportador de Roletes Acionados pode ser utilizado para a movimentação de diversos tipos de materiais em

linhas de montagem, linhas de separação, classificação, etc. A velocidade de movimentação e a capacidade de carga são configuradas de forma personalizada, de acordo com a aplicação. De fácil montagem e manutenção, possui tecnologia Roller Drive Interroll aplicada ao acionamento e transmissão dos roletes através de correias PolyVee, resultando em baixo nível de ruído. Através de controle AZP individual, é possível ajustar o sentido de rotação, velocidade e controle de acúmulo sem a necessidade de inversores e PLC. (11) 2283-1944

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PRODUTOS

Porta-palete para carros automatizados, da Bertolini A Bertolini Sistemas de Armazenagem está lançando uma estrutura indicada para operar com carros automatizados de armazenagem da Cassioli. O equipamento, tipo drive-in, é similar a um porta-palete dinâmico, mas se diferencia dos convencionais porque, no lugar da instalação de esteiras e roletes, são aplicados trilhos por onde os veículos automatizados, e não empilhadeiras, se movimentam. A parte inferior do trilho é destinada ao carrinho e é o local utilizado para o deslocamento da carga. Já na parte superior do trilho foi desenvolvido um suporte para o palete. Ao todo, a estrutura tem capacidade para operar até 1.600 quilos. (54) 2102-4999

Balanças inteligentes para caminhões, da Toledo A Toledo do Brasil coloca no mercado a linha de balanças inteligentes para caminhões 900i, que possuem proteção contra raios e um sistema inteligente que, além de detectar erros na pesagem, informa o usuário por e-mail. A proteção contra raios da 900i desliga automaticamente quando há uma incidência por perto e volta a operar automaticamente em segundos. A balança avalia ainda as condições do meio ambiente, a fim de prevenir falhas mecânicas e erros causados pela variação de temperatura. O funcionamento do sistema inteligente de erros também é simples. Caso um veículo provoque qualquer tipo de avaria na plataforma, suficiente para prejudicar o processo de pesagem, o erro é acusado e comunicado imediatamente. Com capacidade de pesagem que vai de 34 a 200 toneladas, a linha de balanças 900i possui estruturas para todo tipo de aplicação, incluindo casos especiais que necessitem de soluções sob medida. (11) 4356-9000

Sistema Multishuttle, da Dematic

A Dematic oferece a nova geração de seu sistema automatizado de armazenamento e movimentação de caixas e bandejas. O Dematic

Multishuttle foi concebido para melhorar a interface do operador com materiais a granel e pequenas embalagens em funções como escolher, ordenar e sequenciar, proporcionando maior velocidade, precisão e rendimento. O sistema oferece componentes modulares e flexibilidade de escala para permitir o acompanhamento de mudanças nos perfis de demanda do produto. O Multishuttle, que apresenta possibilidade de alimentação manual ou robotizada, pode fazer interface com uma vasta gama de meios de armazenamento e movimentação e sua flexi-

bilidade permite uma fácil adaptação a prédios de qualquer tamanho, inclusive com tetos baixos. Graças à sua construção modular, o sistema Multishuttle é fornecido em dois formatos: o Captive destina-se a aplicações que exigem alto rendimento, com shuttles localizados em todos os níveis e em todos os corredores, com o objetivo de elevar a velocidade da operação; já o Dematic Multishuttle Roaming, projetado para aplicações de médio prazo, apresenta maior flexibilidade para se adaptar às mais diversas operações. (11) 3627-3100

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Veículo para operações fora-de-estrada, da Scania

A fim de reforçar sua presença no segmento off road, a Scania Brasil apresenta ao mercado o P 340 6 x 4, veículo desenvolvido para atender aos setores de construção, florestal e de cana-de-açúcar. Equipado com suspensão elevada, o caminhão é aplicado em locais de difícil acesso e pode ser equipado com caçambas, fueiros ou implementos canavieiros. Entre os diferenciais do modelo estão a cabine P, que possui teto solar, revestimento interno e bancos em vinil. Além disso, o novo caminhão vem equipado com vidros elétricos, CD Player e preparação para rádio PX. O P 340 6 x 4 também possui ar-condicionado de série. O veículo foi desenvolvido para atender às necessidades de cada tipo de operação do segmento off road. Para a construção, está equipado com escape vertical, tomada de força e ejetor de partículas. Os veículos para as operações com cana-de-açúcar e madeira possuem tomada de ar traseira alta, o que evita a aspiração de resíduos, aumentando a durabilidade do filtro de ar. O modelo pode receber ainda opcionais como o limpador automático do para-brisa, por exemplo, que pode ser programado para ficar na posição vertical, evitando o acúmulo de sujeira. Já o ACL, lubrificador automático

de chassi, envia graxa aos componentes conforme intervalo programado.

Especificações O P 340 6 x 4 é equipado com motor Scania de 11 litros e 340 cavalos, possui torque de 1.600 Nm entre 1.100 e 1.300 rpm e cabeçotes individuais para cada cilindro, evitando, assim, desgaste dos componentes e facilitando a manutenção, já que, caso necessário, podem ser retirados individualmente para realização de reparo. O caminhão é construído com chassi rígido de longarina dupla e eixo traseiro (RBP+RP835) com redutores nos cubos, que oferecem estabilidade e durabilidade. Já o Scania Retarder, freio auxiliar, é item opcional. Desenvolvido pela própria marca, o dispositivo trabalha em conjunto com o freio motor e possui potência de até 650 kW. Este sistema pode encarregar-se de 90% das frenagens durante a operação, reduzindo a necessidade de utilização dos freios de serviço. Ao todo, o modelo possui Peso Bruto Total (PBT) de 35 toneladas, Peso Bruto Total Combinado (PBTC) de 56 toneladas e Carga Máxima Total (CMT) de 150 toneladas. (11) 4344-9333

Serviço de rastreamento de cargas via celular, da Rapidão Cometa O operador logístico Rapidão Cometa oferece a seus clientes o Painel Rapidão para celulares, um serviço de rastreamento de cargas em versão mobile. Com o aplicativo, o cliente pode acompanhar pelo celular o processo de transporte e entrega de cargas, de qualquer lugar e a qualquer hora, sem a necessidade de utilizar um computador. Os clientes cadastrados no sistema podem conferir informações das cargas recebidas e expedidas, como status, tipo de transporte, dados do remetente e do destinatário, endereço de entrega, volume e peso da carga, histórico de ocorrências e informações financeiras, como notas em aberto, por exemplo. Os clientes não cadastrados também terão acesso à nova versão do Painel Rapidão, podendo acessar o rastreamento da carga. O Rapidão prevê a ampliação das funcionalidades do software, incorporando um sistema que permite que o usuário seja alertado pelo celular sempre que houver alguma mudança no status da carga. O aplicativo, desenvolvido pela empresa de tecnologia Cartello, está disponível para iPhone e aparelhos celulares que utilizem o sistema operacional Android. (11) 2463-7365 Junho/2011 - Revista Tecnologística - 125

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PRODUTOS

Estrutura tipo mezanino, da Altamira A Altamira Indústria Metalúrgica apresenta seu novo conjunto estrutural tipo mezanino. Ideal para ser utilizado em docas e em áreas de estocagem e separação, esse sistema é prático e oferece ótimo custo/benefício, uma vez que otimiza o espaço, muitas vezes multiplicando a área útil de forma a viabilizar novas seções de trabalho, sem a necessidade de ampliação do espaço físico existente. Totalmente desmontável, o conjunto estrutural utiliza sistema de travamento cruzado, sendo totalmente estável e seguro, mesmo sem o uso de mão francesa. Destaque para o fato de não utilizar solda na montagem, o que representa zero em emissão de gases poluentes na atmosfera, além de tornar o sistema totalmente remanejável. Altamente resistente, suas colunas utilizam o mínimo de espaço e seu formato, com abas enrijecidas, garante 100% de efetividade no cálculo estrutural. Por se tratar de uma estrutura totalmente desmontável, também oferece a vantagem de não necessitar constar em planta junto a prefeituras como área construída. Projetada para corredores estreitos que utilizam empilhadeiras trilaterais ou selecionadoras de pedidos, a estrutura também se adapta a todos os acessórios que viabilizam seu uso, como escadas de acesso, monta-cargas, apoio para redes de eletrodutos, ar comprimido e combate a incêndios, entre outros. (11) 2095-2855

Carregadeira LG936 da SDLG, da Tracbraz

A Tracbraz, empresa do Grupo Tracbel que distribui carregadeiras da marca SDLG na América Latina, está lançando a Carregadeira LG936, que se destaca pelo conceito simple tech: fácil operação, manutenção simplifi-

cada, baixo consumo de combustível e versatilidade para aplicações variadas. Multifuncional, a carregadeira tem capacidade de levantamento de três toneladas e apresenta projeto resistente a poeira, cabos elétricos com proteção antichamas, sistema de refrigeração fechado e bombas hidráulicas de alto fluxo. Estas últimas características garantem o tempo de levantamento, abaixamento e descarga de 9,2 segundos. Indicada para os segmentos de mineração, cerâmica, materiais de construção, indústria, serviços e obras, entre outros, a máquina é capaz de operar em diversos tipos de terreno e sob condições severas de trabalho. (27) 3016-2920

Rastreador portátil OnixMiniSpy, da OnixSat A OnixSat, que atua no segmento de sistemas de rastreamento, apresenta ao mercado seu novo rastreador de redundância portátil. O OnixMiniSpy apresenta dimensões reduzidas em aproximadamente 25% em relação aos demais rastreadores portáteis disponíveis no mercado (7,7 x 4,3 x 1,7 cm e peso de 65 gramas), permitindo sua inclusão discreta em cargas de pequenas dimensões. O equipamento – que atua em conjunto com o rastreador principal do veículo – possui um botão de pânico que, caso acionado, pode reduzir o intervalo de posicionamento do rastreamento, proporcionando maior precisão na

localização. O equipamento aumenta a frequência de envio de informações, podendo posicionar o rastreador em intervalos de três minutos. Além disso, o OnixMiniSpy atua como localizador com receptor de alta sensibilidade para sinais de GPS, possui ativação de escuta telefônica pelo módulo de comunicação celular GSM, realiza o envio de mensagens de posicionamento, recebe comandos de voz por GPRS, funciona como detector de jammer, prevenindo as fraudes, e apresenta autonomia de bateria de até três dias. O equipamento possui dois leds indicativos que informam sobre recarga de bateria e sinal GSM/ GPRS e GPS. (43) 3374-3822

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LIVROS

Livro detalha os principais conceitos do mercado aduaneiro do país

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Editora Aduaneiras está disponibilizando ao mercado a 2ª edição da obra “Anotações ao Regulamento Aduaneiro”, que apresenta de forma abrangente as principais normas aduaneiras brasileiras, acompanhadas de uma criteriosa análise jurisprudencial e histórica. Em diversos capítulos, são abordados temas como administração, jurisdição, controle aduaneiro, recintos alfandegados, normas específicas, impostos de importação, exportação, isenções, incentivos fiscais, avarias, extravio e acréscimo, bem como

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reduções de impostos, entre outros temas importantes para o segmento. Considerado uma das obras mais atualizadas e completas sobre o tema, o livro foi elaborado por seis escritores e especialistas que atuaram também na redação do próprio regulamento aduaneiro brasileiro: Rosaldo Trevisan, Cleusa Magalhães, Fausto Vieira Coutinho, José Luiz Novo Rossari, Liziane Angelotti Meira e Marcos Aurélio Pereira Valadão. Trata-se de um livro dedicado a todos os profissionais e estudantes que atuam no mercado de comércio exterior, como

despachantes e aduaneiros, importadores, exportadores, tradings, servidores públicos, advogados e consultores. Anotações ao Regulamento Aduaneiro Rosaldo Trevisan, Cleusa Magalhães, Fausto Vieira Coutinho, José Luiz Novo Rossari, Liziane Angelotti Meira e Marcos Aurélio Pereira Valadão. 958 páginas R$ 210,00 Editora Aduaneiras Tel.: (11) 4003-1313 www.aduaneiras.com.br

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AGENDA

INTERNACIONAL Missão Técnica Internacional Europa. 19 a 24 de junho. Holanda e Bélgica. Organização e informações: Instituto de Logística e Supply Chain – ILOS. Tel.: (11) 3847-1909 ilos@ilos.com.br www.ilos.com.br XX Congresso Latino-Americano de Portos. 22 a 24 de junho. Lima, Peru. Organização e informações: American Association of Port Authorities – Aapa. inscripciones@congresopuertosperu2011.com www.congresopuertosperu2011.com VII Feria Internacional de Logística, Servicios, Transporte, Tecnología y Comercio Exterior de las Américas. 3 a 5 de agosto. Bogotá, Colômbia. Organização e informações: Sala de las Américas. feria@saladelasamericas.com www.saladelasamericas.com Expo Logística Panamá. 22 e 23 de setembro. Cidade do Panamá. Organização e informações: Camara de Comercio, Industrias y Agricultura de Panamá e Secretaria Nacional de Ciência, Tecnología e Innovacion. www.expologistica.org Expo Los Andes Logística 2011. 22 a 25 de setembro. Mendoza, Argentina. Organização e informações: Instituto Tecnológico Universitário – ITU. www.expolosandeslogistica.com

NACIONAL Gestão do Relacionamento com o Cliente. 20 de junho. São Paulo, SP. Excelência na Gestão Financeira e Custos em Transportadoras e Operadores Logísticos. 21 e 22 de junho. Guarulhos, SP. Organização e informações: Tigerlog. Tel.: (11) 2694-1391

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vanessa.silva@tigerlog.com.br www.tigerlog.com.br Gestão de Compras e Fornecimento. 21 e 22 de junho. Tendências: Sustentabilidade na Logística. 12 e 13 de julho. São Paulo, SP. Organização e informações: Instituto de Logística e Supply Chain – ILOS. Tel.: (11) 3847-1909 ilos@ilos.com.br www.ilos.com.br Process Simulator: Potencializando Lean e 6 Sigma. 28 de junho. São Paulo, SP. Organização e informações: Belge Engenharia e Sistemas. Tel.: (11) 5561-5353 secretaria@belge.com.br www.belge.com.br Gestão de Armazenagem. 28 de junho. Como Elaborar e Negociar Tabela de Fretes do TRC. 2 de julho. Intensivo para Gestores de Logística e Supply Chain. 7 de julho. Medidores de Performance Aplicados à Logística. 11 de julho. Conhecimento de Transporte de Cargas Eletrônico. 16 de julho. Gestão de Frota de Veículos. 16 de julho. Todos em São Paulo, SP. Organização e informações: Ceteal. Tel.: (11) 5581-7326 secretaria@ceteal.com www.ceteal.com.br Custos Logísticos e Indicadores de Desempenho. 30 de junho. Brasília, DF. Transportes: Planejamento e Otimização. 8 de julho. Recife, PE. Ferramentas de Automação e TI Aplicadas à Logística. 14 de julho. Juiz de Fora, MG. Organização e informações: ABGroup Desenvolvimento de Negócios. Tel.: (34) 3214-8001 abgroup@abgroup.com.br www.abgroup.com.br Redução de Custos pelo Método do Supply Chain Carbon Footprint.

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AGENDA

14 a 16 de julho. Gerenciamento de Riscos na Supply Chain. 21 a 23 de julho. São Paulo, SP. Organização e informações: Cebralog. Tel.: (19) 3289-0903 sac@cebralog.com www.cebralog.com TI Aplicada à Logística. 19 e 20 de julho. Prevenção de Acidentes e Avarias. 23 de julho. Ambos em São Paulo, SP. Organização e informações: Enaslog. Tel.: (11) 3668-5513 enaslog@enaslog.com.br www.enaslog.com.br

Cursos de Média e Longa Duração Desenvolvimento de Analistas em Logística e Supply Chain. Duração de 180 horas. Rio de Janeiro, RJ. Aperfeiçoamento Profissional em Logística Empresarial. Duração de 80 horas. Aperfeiçoamento Profissional: Gestão de Compras. Duração de 80 horas. Ambos no Rio de Janeiro, RJ e em São Paulo, SP. Organização e informações: Instituto de Logística e Supply Chain – ILOS. Tel.: (11) 3847-1909 ilos@ilos.com.br www.ilos.com.br

Capacitação em Gestão de Operações Logísticas. Duração de 160 horas. Pós-Graduação em Logística Empresarial. Duração de 400 horas. Ambos em São Paulo, SP. Organização e informações: Fundação Vanzolini. Tel.: 0800 7700608 cursos@vanzolini.org.br www.vanzolini.org.br Tecnologia em Logística. Duração de 2 anos. Administração de Operações Logísticas. Duração de 30 horas. Administração de Armazenagem. Duração de 15 horas. Administração e Planejamento da Produção. Duração de 15 horas. Compras e Administração de Materiais. Duração de 15 horas. Custos Logísticos, Aspectos Tributários e Fiscais. Duração de 18 horas. Gestão da Distribuição. Duração de 15 horas. Gestão de Riscos Logísticos. Duração de 36 horas. Logística de Transportes. Duração de 15 horas. Logística em Comércio e Serviço. Duração de 15 horas. Logística, Marketing e Vendas. Duração de 15 horas. Negociação em Compras. Duração de 15 horas. Previsão da Demanda para o Planejamento de Vendas e Operações. Duração de 15 horas. Tecnologia Aplicada à Lo-

gística. Duração de 15 horas. Organização e informações: Senac. Para inscrições, local e data de início, consulte a instituição. Tel.: 0800 8832000 naiana.gsouza@sp.senac.br www.sp.senac.br Mestrado Profissional em Logística. Duração de 360 horas. Rio de Janeiro, RJ. Organização e informações: PUC-RJ. Tel.: (21) 3527-1001 www.puc-rio.br

Fóruns, Feiras e Seminários 26ª Movimat. 2 a 5 de agosto. São Paulo, SP. Organização e informações: Imam Feiras e Comércio. www.feiramovimat.com.br XVII Fórum Internacional de Logística & Expo.Logística. 12 a 14 de setembro. Rio de Janeiro, RJ. Organização e informações: Instituto de Logística e Supply Chain – ILOS. Tel.: (11) 3847-1909 ilos@ilos.com.br www.ilos.com.br Veja agenda completa de cursos, seminários, MBAs e demais eventos no: www.tecnologistica.com.br/site/5,1,53.asp

ANUNCIANTES DA EDIÇÃO Águia Sistemas .........................................43 AGV Logística ..................................4ª capa Almi ...........................................................67 Apoio Logística........................................66 Autotrac ....................................................61 Bertolini ..................................................109 Brado..........................................................79 Brascargo...........................................36 e 37 Brasif ........................................................118 Brasilmaxi .................................................13 Capital Realty ..........................................31 Cargomax .................................................48 Ceva ...........................................................95 Clark ..........................................................93 Combilift ..................................................73 Consmetal ..............................................127 Coparts ......................................................59 CSI Cargo ..........................................46 e 47 DHL Global ............................................105 DVA Express...........................................128 Expo Logística .......................................129

Flash Sistemas.........................................29 Ford Cargo ........................................24 a 26 Fort Paletes ...............................................07 Friozem......................................................71 Gollog ........................................................17 GRP ............................................................49 Grupo TPC .......................................3ª capa GWI..........................................................113 Hormann ..................................................99 IB Software ...............................................10 ILOS ...........................................................91 Iveco.........................................................107 Jungheinrich ............................................87 KK Logística .............................................20 Linde ..........................................................33 Localfrio ....................................................75 Maory ........................................................51 Matra do Brasil ........................................12 Metalshop...............................................111 MKS ............................................................21 MRV Log .........................................11 e 119

Nautika ....................................................101 Otimis ........................................................19 Paletrans ...................................................65 Patrus .......................................................117 Petrobras ...................................................39 Prosperitas ........................................54 e 55 Rayflex .......................................................44 Rentank .....................................................09 Retrak.........................................................35 Savik ...........................................................28 Speedpak ...................................................45 Stock Tech ................................................83 Tegma ......................................................123 Termoprol.................................................70 TNT ............................................................05 Top Flex ....................................................22 Tópico......................................................121 Toyota ...............................................2ª capa Trelleborg .................................................23 Vonder.......................................................15

130 - Revista Tecnologística - Junho/2011

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