CARGA AÉREA Os gargalos O l e as dificuldades ld d já são ã velhos lh conhecidos, mas os players do mercado apostam no crescimento diante dos recentes números positivos ENTREVISTA Cesar Fracalanza, da Ulma Handling Systems: “Estamos nos reestruturando para atender cada vez melhor os clientes brasileiros”
SUMÁRIO
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MERCADO
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Fique por dentro de todas as novidades do mercado brasileiro de logística nesta seção
CROSS-DOCKING Acompanhe o vai e vem dos profissionais no nosso movimentado setor
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ENTREVISTA A Ulma Handling Systems reestruturou suas operações no Brasil para melhor atender ao mercado local e também ao restante da América Latina. E o primeiro passo para tornar isso possível foi a contratação de um executivo brasileiro para comandar a empresa. Um ano depois de assumir o cargo de diretor-geral, Cesar Fracalanza detalha todas essas mudanças em uma entrevista exclusiva
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TRANSPORTE AÉREO Com uma malha de voos insuficiente realizada por aviões cargueiros, o transporte aéreo de cargas no Brasil vive à sombra das rotas comerciais para passageiros, tornando difícil a vida de quem procura movimentar seus produtos pelos céus. Assim, os vários agentes que operam no setor procuram driblar os problemas – que incluem ainda uma infraestrutura deficitária – da melhor forma possível. E mesmo com todos os problemas, o segmento vem apresentando números animadores para o mercado
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ARTIGO Auro Castiglia Raduan, CEO da VisiLog, analisa as possibilidades e vantagens que a utilização de drones em conjunto com caminhões deve oferecer em termos de novas soluções de entrega, especialmente na chamada última milha, otimizando os processos e reduzindo os custos e a emissão de poluentes
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EVENTOS Confira as principais novidades em produtos e serviços mostradas na 21ª edição do Salão Internacional de Transporte Rodoviário de Cargas – Fenatran, que aconteceu em São Paulo, entre os dias 16 e 20 de outubro De olho na recuperação do mercado logístico, a 32ª edição do Salão Internacional da Logística Integrada – Movimat ocorreu também na cidade de São Paulo, junto com a Fenatran, encerrando-se no dia 19 de outubro
Capa: Michele Bianchi Foto: Dreamstime
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Diretores Shirley Simão shirley@publicare.com.br
Jorge Roberto Simão jorge@publicare.com.br
Renovação
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á exatamente um ano, usamos este espaço para lamentar os infortúnios que um 2016 pesado e espinhoso causou no mercado em geral, atingindo em cheio, por consequência, também a logística. A expectativa era de que, ao final de mais um ciclo, as lamúrias se transformassem em satisfação diante das esperanças por um ano melhor em 2017. É bem verdade que vimos muitos dos problemas persistirem e nos aborrecemos com um cenário político que insistiu em atormentar o Brasil, mas hoje, fazendo um balanço de tudo que passou, é possível dizer que as coisas realmente parecem estar enfim entrando nos eixos. Por mais curioso que possa parecer afirmar isso às vésperas de um ano que traz consigo uma obscura e imprevisível eleição presidencial, é justamente esse o sentimento que temos percebido no mercado. Como bem disse nosso entrevistado do mês, o diretor-geral da Ulma Handling Systems para o Brasil e para a América Latina, Cesar Fracalanza, é possível observar uma dissociação – mais do que bem-vinda, diga-se de passagem – entre economia e política, com as empresas acreditando em uma retomada sem levar muito em conta os obstáculos impostos pelo governo, seja ele qual for. A Ulma é um bom exemplo disso, aliás, e está investindo em sua estrutura local para atender de forma mais eficiente os clientes brasileiros, justamente acreditando nessa recuperação do mercado, como você pode conferir nas páginas a seguir. Na mesma linha, nossa matéria de capa detalha os anseios de um setor que vem apresentando crescimento, mesmo que, historicamente, enfrente graves problemas de infraestrutura: o transporte aéreo de cargas. Você vai entender melhor como os players do setor se desdobram e se reinventam para oferecer o melhor serviço possível mesmo diante de inúmeras dificuldades. E já que falamos de governo, a esperança que fica é de que as políticas de concessão possam tornar melhor a estrutura dos aeroportos brasileiros, contribuindo diretamente com a movimentação de carga pelos ares. Aliás, parece senso comum em todos os setores da logística que as concessões, ou as chamadas parcerias público-privadas, representam uma saída para as deficiências na infraestrutura nacional, beneficiando todos os modais de transporte. Completando esta edição que encerra mais um ano, trazemos uma extensa cobertura das feiras Fenatran e Movimat, além, é claro, das principais notícias do mercado, como já é tradição. Desejamos então, além de uma ótima leitura, desde já um 2018 de renovação, com o espírito revitalizado para trabalharmos cada vez mais e mais. E, é sempre bom lembrar, não deixe de baixar o novo aplicativo da Tecnologística, disponível nas lojas da Apple e do Google, para ter acesso às revistas diretamente nos seus dispositivos móveis. Shirley Simão
Ano XXIII - N.º 257 - Novembro/Dezembro 2017 www.tecnologistica.com.br Redação, Administração e Publicidade Av. Eng. Luiz Carlos Berrini, 801 - 2º Andar CEP: 04571-010 - São Paulo - SP
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MERCADO
Grupo Kion firma acordo de cooperação com a Águia Sistemas Divulgação
Meta é oferecer aos clientes uma solução completa e integrada a fim de atender todas as necessidades de movimentação e armazenagem
Márcio Lopes, da Dematic, Frank Bender, da Kion South America, Adriana Firmo, da Linde e Still, e João Ribas, da Águia Sistemas
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Grupo Kion anunciou um acordo de cooperação comercial com a Águia Sistemas. O negócio, pioneiro no mercado, une as competências de três empresas com focos distintos, mas complementares: a fabricante de empilhadeiras e outros equipamentos de movimentação Linde/Still, a desenvolvedora de tecnologia de automação Dematic (ambas do Grupo Kion) e a Águia Sistemas, que atua na construção e estruturação dos armazéns. A meta é oferecer uma solução completa e integrada a fim de atender todas as necessidades de movimentação e armazenagem dos clientes. “O acordo de cooperação significa que daremos preferência a projetos conjuntos entre estes parceiros, mas não haverá uma obrigação de exclusividade. Ou seja, os projetos que já estão em andamento com outros parceiros neste momento seguem normalmente. Já para novos projetos, vamos demonstrar as vantagens de nosso
acordo aos clientes, mas respeitaremos as escolhas deles, se forem por outros fornecedores, e poderemos atuar também de forma independente”, explica Márcio Lopes, diretor de Negócios da Dematic. Segundo ele, a partir de agora, em um único projeto, os consultores da empresa apontarão qual a melhor solução em termos de estruturas, software de automação e equipamentos de movimentação para cada armazém. “Vamos desenvolver a melhor oferta técnica e comercial, desde o recebimento até a expedição nos diversos níveis de automação – manual, semiautomático e automático”, diz. O diretor Comercial da Águia Sistemas, João Ribas, revela o que motivou a iniciativa. “Percebemos que, muitas vezes, o cliente não conta com a melhor solução final de armazenagem quando os fornecedores de sistemas e equipamentos atuam de forma totalmente isolada em seus projetos. Além
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disso, os clientes demandam por companhias que gerenciem suas soluções”. Já a diretora Comercial do Grupo Kion para as marcas Linde e Still, Adriana Firmo, explica a dinâmica operacional. “Contaremos com uma equipe interdisciplinar, especialista nos negócios das três empresas, e vamos desenvolver os projetos em conjunto, desde a terraplanagem até a operação do armazém. Os clientes poderão acompanhar o projeto com apenas uma interface – um gerente respondendo pelas três empresas – e terão todas as soluções dentro do conceito one-stop-shop (todas as compras no mesmo lugar)”. A ideia é que os projetos de armazenagem desenvolvidos em parceria reduzam os custos com ineficiências. Além disso, a novidade abre a possibilidade de os clientes melhorarem seu poder de negociação com os três fornecedores atuando em conjunto. As empresas parceiras também ganham com essa cooperação. A Dematic amplia sua cobertura de atendimento regional e competitividade, a Águia Sistemas melhora seu nível de automação e posicionamento no mercado e o Grupo Kion reforça sua liderança em sistemas de transporte e armazenagem em qualquer nível de automação. O acordo também posiciona as empresas como protagonistas na era da Logística 4.0, em que o foco é proporcionar a máxima eficiência e integração em toda a cadeia logística, por meio de tecnologias inovadoras, softwares para automação e gerenciamento de processos. Águia: (11) 3721-4666 Kion South America: (19) 3115-0600
MERCADO
Serviço de courier da Azul Cargo já está disponível em 50 lojas em todo o país Modalidade de entrega de remessas liga todas as regiões do Brasil aos Estados Unidos
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Azul Cargo Express, unidade de transporte de cargas da Azul, está expandindo constantemente seus serviços de courier, que consistem no envio de remessas expressas porta a porta entre o Brasil e os Estados Unidos. Lançada há apenas três meses, a novidade já está disponível para clientes de 50 lojas da rede de unidades da Azul Cargo em todo o Brasil. De acordo com a própria empresa, sua grande capilaridade, que liga todas as regiões do Brasil a todas as regiões dos Estados Unidos, incluindo Porto Rico, é um dos grandes destaques do serviço. Como exemplo, clientes de
Venâncio Alves, município do interior do Rio Grande do Sul, puderam enviar itens direto para Nova Iorque em apenas dois dias. Uma cidade da Região Sul que lidera o ranking de envios é Porto Alegre, com encomendas despachadas principalmente para os estados da Flórida, Alabama e Nova Iorque. Além disso, clientes de Manaus já puderam usufruir do serviço para o envio de remessas para a Califórnia. Com a modalidade courier, os clientes podem ter suas encomendas retiradas em casa e entregues em diversas cidades norte-americanas em cerca de dois ou três dias. Além do
transporte da remessa, nesse novo serviço a companhia cuida também do desembaraço alfandegário, tornando ainda mais rápido o transporte. “Oferecemos serviços que atendem desde pequenas encomendas até grandes remessas, sempre pensando na melhor forma de atender a cada necessidade. A expansão de nossa rede de lojas, malha de voos internacionais e soluções logísticas vem gerando mais negócios e, consequentemente, melhores resultados para a empresa”, destaca Izabel Reis, diretora da Azul Cargo Express. Azul Cargo Express: (11) 4003-8399
Suzano Papel e Celulose inaugura CD em São Bernardo do Campo
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Empreendimento é quase um quarto maior que o antigo espaço; empresa está de olho no aumento da demanda na região
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o mês de setembro a empresa Suzano Papel e Celulose inaugurou um centro de distribuição em São Bernardo do Campo (SP). O empreendimento possui uma área de armazenagem de 16 mil
m², quase um quarto maior que o antigo espaço. A ideia da empresa é garantir ganhos logísticos e fortalecer a infraestrutura da região de olho no aumento da demanda para os próximos anos. O novo centro também apresenta outras vantagens em relação à antiga estrutura, tal como sua posição geográfica, instalada em um condomínio de armazéns, o que proporciona maior segurança em vários aspectos, além de uma ampla área interna que vai funcionar como estacionamento de caminhões. Segundo Fernando Bergaro, gerente executivo de Logística Inte-
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grada das Regionais Sul, Sudeste e Centro-Oeste da Suzano Papel e Celulose, o novo CDL representa mais um avanço alinhado ao programa Suzano Mais, iniciativa que busca aproximar a companhia dos consumidores finais. Para isso, o programa busca constantemente formas mais eficientes de atendimento ao cliente. “Nosso objetivo é oferecer o melhor nível de serviço, com a maior agilidade e flexibilidade no atendimento, além da melhor oferta de produtos”, conta. Suzano: (11) 3503-9000
Luft usa nova tecnologia para rastrear e controlar entregas
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operadora Luft Logistics adotou uma nova tecnologia de gerenciamento de informação que rastreia e controla as entregas desde o envio até a entrega final. Todo esse monitoramento é possível devido ao investimento da empresa no sistema e-Prove. A ferramenta permite que os motoristas dos caminhões informem em tempo real, pelo próprio celular, toda e qualquer ocorrência nas entregas, enviando fotos, comprovantes, assinaturas e códigos de barra e bidimensionais. As informações enviadas pelos motoris-
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Ferramenta permite que os motoristas dos caminhões informem em tempo real, pelo próprio celular, toda e qualquer ocorrência nas entregas
tas são então repassadas para uma equipe do Centro de Controle Operacional (CCO) da Luft, dedicada somente a monitorar o processo de entrega. “Quando qualquer ocorrência é
enviada pelo motorista via smartphone, nós a recebemos e, assim, somos capazes de agir da melhor maneira, lidando com qualquer problema que possa interferir em nossas entregas”, explica Fernando Luft, sócio-fundador da Luft Logistics. “Temos controle total das operações, conseguimos garantir o prazo das entregas e realizamos baixa automática no sistema, assegurando a excelência no atendimento”, completa o executivo. Luft: (11) 4774-8700
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Aldo Componentes Eletrônicos fechou, em outubro, um contrato com a fornecedora de sistemas intralogísticos Viastore Systems para o desenvolvimento e a instalação do projeto de automatização do novo centro de distribuição da empresa, em Maringá (PR). Foram investidos cerca de R$ 40 milhões em toda a estrutura de gerenciamento do armazém. A partir desse acordo a Aldo vai poder contar com o sistema miniload viaspeed, um dispositivo inovador de armazenamento automatizado de caixas e outros produtos com diferentes pesos e dimensões. Na base do sistema está a máquina de manuseio em prateleiras viaspeed. Dessa forma, o processo garante trajetos mais curtos e, por consequência, maior eficiência e redução de custos.
O novo CD da companhia vai ter 16 mil m² e a área dedicada ao miniload terá 4.816 posições, com uma estação de recebimento e separação, utilizando-se de sistema put to light de separação suportada por luz, que irá garantir maior eficácia no processo de preparação dos pedidos. “A nossa essência é a fabricação e a distribuição de produtos de tecnologia, esse é o nosso DNA. Por isso, contar com uma estrutura impressionante na área de logística é fundamental para que possamos cumprir o nosso papel com excelência”, destaca Aldo Pereira Teixeira, CEO da Aldo. “A automação reduz a necessidade de área de armazenamento, liberando espaço no armazém para outras atividades manuais e aumentando a eficiência e eficácia do processo logístico”, com-
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Viastore desenvolve sistema automatizado em novo centro de distribuição da Aldo
pleta o CEO da Viastore Systems no Brasil, Paulo Franceschini. Aldo: (44) 3261-2000 Viastore: (19) 3305-4100
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MERCADO
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Mercedes-Benz anuncia investimento de mais de R$ 2 bilhões em veículos comerciais
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Mercedes-Benz anunciou que vai investir cerca de R$ 2,4 bilhões em veículos comerciais no Brasil nos próximos cinco anos. Entre 2018 e 2022 esse valor será destinado à continuidade da modernização das fábricas de caminhões e chassis de ônibus de São Bernardo do Campo (SP) e Juiz de Fora (MG), seguindo o conceito das indústrias contemporâneas e tornando as plantas brasileiras ainda mais competitivas. Outro investimento será na constru-
ção do campo de provas de caminhões e ônibus na cidade de Iracemápolis (SP), com previsão para ser inaugurado no primeiro semestre de 2018, com um aporte de R$ 70 milhões. “O principal objetivo é preparar a empresa para atender às demandas futuras dos clientes, garantindo rentabilidade aos seus negócios, seja por meio de produtos atualizados à realidade do transporte, de fábricas totalmente modernizadas e mais competitivas ou, ainda, através de novas tecnologias de serviços e de conectividade de última geração”, relata Philipp Schiemer, presidente da Mercedes-Benz do Brasil e CEO para a América Latina. A montadora também anunciou uma projeção de crescimento de 20% para 2018, impulsionado principalmente pelas vendas ao agronegócio, à mineração e às empresas de produtos frigorificados, entre outros setores. “Juntamente com o transporte
graneleiro, canavieiro e demais atividades do agronegócio, outros setores começam a dar sinais de retomada, como a mineração, o transporte de gases e líquidos, os combustíveis e os produtos frigorificados, que demandam muitos caminhões”, explica Roberto Leoncini, vice-presidente de Vendas, Marketing e Peças & Serviços Caminhões e Ônibus da Mercedes-Benz do Brasil. “O nível de consulta por parte dos clientes vem aumentando de forma consistente, o que confirma essa tendência”. Tanto os investimentos quanto as boas previsões para o próximo ano são reflexo do bom desempenho da Mercedes-Benz no mercado brasileiro. No acumulado de janeiro a setembro de 2017, a marca manteve a liderança no segmento com quase 30% de participação de mercado e 9.343 caminhões vendidos. Mercedes-Benz: (11) 4173-6611
RV Ímola adota novos recipientes para o transporte aéreo de medicamentos
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RV Ímola, operador logístico especializado no atendimento ao setor da saúde, implantou, em suas operações de transporte de medicamentos que utilizam o modal aéreo, uma nova caixa-palete que tem como objetivo garantir a integridade dos produtos movimentados. Trata-se de um recipiente feito em polipropileno, material 100% atóxico e reciclável. A caixa é flexível, leve e desmontável, e evita avarias aos medicamentos e também possíveis danos nas embalagens, pois é resistente a água, umidade e altas
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Caixas-palete são recicláveis e garantem a integridade da carga
e baixas temperaturas, além de funcionar como isolante térmico. “O novo formato é uma alternativa para realizar o serviço visando sempre manter a eficácia do medicamento para que o consumidor final seja beneficiado,
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sem prejuízos ao seu tratamento”, explica Joel Souza, diretor de Operações da RV Ímola. As caixas serão utilizadas nas operações de transporte aéreo que a companhia realiza em parceria com a Latam. A RV Ímola atua em todas as etapas da cadeia logística, atendendo em todo o território nacional players dos sistemas público e privado e do terceiro setor, desde secretarias de saúde, laboratórios e hospitais até home care e entregas de medicamentos em domicílio. RV Ímola: (11) 2404-7070
Cargolift inaugura nova unidade em Vinhedo Estrutura faz parte do plano de crescimento da empresa, que inaugurou recentemente uma unidade em Recife
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Cargolift inaugurou uma unidade em Vinhedo, interior de São Paulo, com mais de 54 mil m². A área vai ter sua totalidade dedicada à realização de atividades de cross-docking e armazenagem, e a estrutura vai gerar cerca de 280 empregos na região. Com 20 mil m² de armazém, 2 mil m² de escritório e capacidade para operar 30 caminhões simultaneamente, a nova unidade em Vinhedo deve
gerar uma grande movimentação na economia local, com oportunidades de parcerias com empresas da região. A estrutura faz parte do plano de crescimento da empresa, que inaugurou recentemente uma unidade em Recife, que se tornou a base operacional da Cargolift na Região Nordeste. A empresa justifica os investimentos com uma visão otimista da economia brasileira, que está dando sinais de melhora.
Além dessas novas filiais, a Cargolift iniciará a construção de um Depot para contêineres e cross-docking em São José dos Pinhais (PR). “Crescemos neste ano 25% em relação ao ano passado. Ganhamos mais um contrato na Bosch de Campinas (SP) e investiremos R$ 15 milhões apenas em sistemas em 2017 e 2018”, destaca o presidente da empresa, Markenson Marques. Cargolift: (11) 4109-3684
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MERCADO
Elog vai implementar novo sistema de código de barras
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om o objetivo de monitorar os itens desde a chegada até a saída do centro de distribuição, a empresa de logística Elog está introduzindo uma nova tecnologia na leitura do código de barras, o GS-128. A adoção dessa nova ferramenta no segmento de healthcare permitirá fazer a leitura de uma série de informações em um único código. “Será possível ler números de série, datas de validade, número de lote de produtos, além de rastrear cada item”, diz Maurício Leonel, gerente de Ope-
rações e Transporte. “Estamos dando um passo à frente, criando um diferencial competitivo e nos adequando às exigências do mercado farmacêutico e da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa)”, explica. O novo sistema está disponível desde outubro. De acordo com a empresa, a metodologia será fundamental para ter maior eficácia no rastreamento dos produtos, visto que o CD de Alphaville (SP) oferece um espaço altamente especializado e com 62 mil m² de área
de armazenagem. Destes, 8.500 m² são ocupados somente pelo segmento de healthcare, incluindo áreas separadas para produtos de alto valor. “Nessas áreas, fazemos adequação de produtos, como etiquetagem, manuseio e montagem de kits para clientes de diferentes perfis, como fabricantes de curativos, cosméticos e preservativos”, completa o gerente. Elog: (11) 3305-4100
Fibria inicia operações de carga e descarga de barcaças com guindastes
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Fibria, companhia que atua na produção de celulose de eucalipto, iniciou a operação de seus dois primeiros guindastes nos terminais marítimos de Barra do Riacho (ES) e Caravelas (BA). Os equipamentos fazem parte de um pedido que engloba quatro guindastes. Ao todo, a Fibria está investindo R$ 54,4 milhões no projeto de modernização do transporte de madeira por via marítima entre o sul da Bahia e o norte do Espírito Santo, incluindo obras civis e equipamentos, com o objetivo de garantir operações mais seguras, sustentáveis e produtivas. O gerente-geral Florestal da Fibria, Carlos Nassur, enfatiza que a instalação dos guindastes é um passo importante para a modernização das operações. “Entre as vantagens desse novo sistema podemos destacar o aumento da produtividade, o melhor aproveitamento do espaço interno das barcaças, a redução das emissões de gases de efeito estufa e o aumento da segurança nas estradas, além de redução de custos operacionais”.
Fabricados na Finlândia, os guindastes de grande porte operam no carregamento das barcaças que transportam madeira no terminal de Caravelas e no descarregamento das embarcações em Barra do Riacho. Cada barcaça comporta uma carga equivalente a cem viagens de caminhões tritrem, contribuindo para desafogar o tráfego nas rodovias. Além disso, a operação com guindastes oferece mais segurança ao operador, que fica na cabine do equipamento, sem contato próximo com a carga. Sob o aspecto da sustentabilidade, a utilização de guindastes resulta em menor uso de combustível derivado do petróleo (em Barra do Riacho, os equipamentos são movidos a energia
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renovável produzida pela própria Fibria em sua unidade industrial), menor uso de pneus e redução das emissões de gases que provocam o efeito estufa. Luiz Geraldo Micheletti Goessler, gerente de Logística Florestal da Fibria, explica que a utilização dos guindastes ainda está na fase de curva de aprendizagem, e em breve alcançará a produtividade esperada. Os operadores dos equipamentos receberam treinamento específico e sua performance vem evoluindo com as atividades. “A expectativa é de que a operação com os guindastes reduza em mais de 40% o tempo de carregamento e descarregamento das barcaças, quando o projeto estiver operando a plena capacidade, com os quatro equipamentos”, diz. Em operação há 15 anos, os dois terminais marítimos contribuem para dar mais equilíbrio à matriz de transportes da empresa. O modal marítimo responde por uma fatia de 25% do transporte de madeira da Fibria, que também utiliza ferrovias e rodovias. Fibria: (11) 2138-4000
Lift-Tek reformula processo fabril de torres para empilhadeiras
Radamés Jr.
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Lift-Tek, empresa fornecedora de componentes para equipamentos de movimentação de materiais, internalizou a produção de torres para empilhadeiras em sua fábrica localizada em Indaiatuba (SP), com o objetivo de atender com mais eficiência seus clientes. De acordo com o diretor de Operações da Lift-Tek no Brasil, Fernando Cervelini, até então os equipamentos somente eram montados nas dependências da empresa. “Nós comprávamos as partes de fornecedores da região e nosso processo começava na solda, mas na verdade a Lift-Tek Brasil, que tem dois anos de idade, foi criada já com a intenção de produzir as torres, então é claro que esse não era o modelo ideal”. Cervelini explica que foram investidos mais de R$ 8 milhões para que a empresa pudesse fabricar as torres localmente. “Compramos prensas, dobradeiras, centros de usinagem, máquinas de corte a água e investimos também na contratação de mão de obra, inclusive em pessoas com novas especialidades, que não utilizávamos antes”, diz o executivo. A mudança no escopo do negócio foi feita para atender, inicialmente, a dois clientes da Lift-Tek em especial: a irlandesa Combilift e a chinesa BYD. “A Combilift já é nossa cliente na Europa, então o projeto das torres que vamos fabricar em Indaiatuba é da própria Lift-Tek. Já a BYD conta com uma torre própria e, com a novidade, vai passar a utilizar a nossa. Esse é um negócio específico da BYD no Brasil, que está sendo seguido também nos Estados Unidos”, destaca Cervelini. Além da fábrica no interior paulista,
a Lift-Tek possui duas plantas produtivas na Carolina do Sul, nos Estados Unidos, e uma em Piacenza, na Itália. Segundo o diretor de Operações, o aporte para que a empresa pudesse iniciar a fabricação em Indaiatuba foi feito inteiramente pela matriz norte-americana. “Todo o investimento para iniciar os trabalhos no Brasil foi realizado no auge da crise, quando o mercado passava por dificuldades, mas mesmo assim a empresa acreditou no potencial do mercado nacional. Nós não somos apenas montadores, somos fabricantes. Então agora nós entramos com força total também no processo industrial”. A expectativa da empresa é equipar no mínimo 5% do mercado de empilhadeiras com suas torres já no próximo ano. “Esse é um market share bastante plausível, pois, para os fabricantes de empilhadeiras, comprar da Lift-Tek em vez de importar os torna muito mais competitivos no mercado local, não só pelo preço, mas pela disponibilidade e pela flexibilidade de equipar a máquina com a torre mais adequada para o cliente”, indica Cervelini. “Como um fabricante completo, eu sou capaz de garantir que não haverá nem problemas de escala e nem de qualidade”, finaliza. Lift-Tek: (19) 2107-7408
MERCADO
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Wilson Sons expande atuação no segmento de energia solar
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Wilson Sons Logística firmou um contrato para apoiar a estratégia de crescimento da Jinko Solar, empresa chinesa fabricante de painéis fotovoltaicos, no Brasil. O projeto, em um primeiro momento, tem como foco a energia solar distribuída principalmente em residências, mas poderá incluir também questões de energia centralizada, envolvendo a
criação de novos parques solares. Os primeiros contêineres já deram entrada no terminal da Wilson Sons Logística em Santo André (SP), e a fase inicial da operação prevê a utilização do terminal como um estoque avançado da Jinko Solar no país. A ideia é atender às demandas just in time. Segundo a empresa, a solução desenvolvida pela Wilson Sons oferece a flexibilidade necessária ao projeto, atendendo às necessidades de crescimento em termos físicos, além da possibilidade de realização de operações integradas. Dessa maneira, diversos clientes da Jinko Star, entre integradores e distribuidores, serão atendidos pela solução desenvolvida. Essas empresas vão con-
tar com disponibilidade imediata do produto no país e com todo o suporte logístico necessário, otimizando sua produção e racionalizando os custos. “Estamos muito animados com o contrato por conta da representatividade da Jinko Solar e, principalmente, pelas perspectivas de crescimento do setor no Brasil. Desde 2015 dedicamos grandes esforços para aprofundar nosso entendimento sobre os desafios e demandas desse mercado e, hoje, oferecemos uma solução robusta, capaz de atender todas as empresas do segmento”, explica Patricia Iglesias Lago, diretora Comercial da Wilson Sons Logística. Wilson Sons: (11) 4976-9529
TCP Log começa a operar o Depot Express em Paranaguá
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TCP Log, subsidiária logística da TCP, empresa que administra o Terminal de Contêineres de Paranaguá, no Porto de Paranaguá (PR), iniciou as operações do Depot Express, um espaço localizado na retroárea do complexo portuário com capacidade para movimentar 3.500 contêineres refrigerados por mês. O objetivo é otimizar a cadeia logística para armadores, transportadores e exportadores, oferecendo maior eficiência operacional e redução de custos. Os contêineres refrigerados vazios que chegam a Paranaguá são transferidos para o Depot Express, onde são vistoriados, reparados, higienizados e testados, ficando aptos a serem carregados em caminhões e seguir viagem. Para operar na retroárea, a TCP Log conta com uma frota própria de caminhões dedicada ao transporte dos contêineres vazios, operando em três turnos, 24 horas por
dia. Juarez Moraes e Silva, diretor-superintendente e Comercial da TCP, explica que o Depot Express foi criado para solucionar a fila de espera de caminhões para a retirada de contêineres. “Esse gargalo gera custos na cadeia logística, podendo fazer com que haja o desvio de cargas de Paranaguá para outros portos. Nós aumentamos a velocidade do atendimento, gerando ganhos operacionais e financeiros para todos os elos da cadeia”, destaca o executivo. “Nenhum outro terminal de retroárea oferece as mesmas condições operacionais que a TCP Log. Nosso grande diferencial foi assumir a responsabilidade de tudo que pode impactar na logística de nossos clientes, e isso inclui olhar para fora do terminal portuário”, complementa. Além de desonerar a cadeia logística, os serviços prestados pelo Depot Express também contribuem para uma
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maior segurança dos motoristas. “O alto tempo gasto em filas gera desgastes para o motorista que viaja cansado, ficando mais propenso a se envolver em acidentes. Com menos tempo nas filas de espera, o caminhoneiro terá condições melhores para conduzir o caminhão”, diz Moraes e Silva. No Depot da TCP, os contêineres ficam prontos à espera dos caminhões, com expectativa de um giro médio de até uma hora, o que também otimiza o uso do ativo, reduzindo potencialmente o custo dos usuários. Inicialmente, o Depot Express deve atender apenas os contêineres refrigerados de clientes de estados como Paraná, Santa Catarina, São Paulo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás. “No longo prazo, a ideia é expandir a operação para todos os tipos de contêineres”, finaliza o diretor. TCP Log: (41) 2152-5999
MERCADO
Hamburg Süd inicia escala semanal no Porto de Imbituba Divulgação
Serviço Ásia 2 passava, até então, pelo Porto do Rio Grande, que já é atendido pelo Ásia 1
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Hamburg Süd passou a realizar uma nova escala semanal no serviço Ásia 2 em setembro, no Porto de Imbituba (SC). Até então, o serviço fazia escala no Porto do Rio
Grande (RS). O primeiro navio do Ásia 2 a parar em Imbituba foi o Cap San Juan Voy 729, já no início do mês. “Essa escala possibilitará uma maior abrangência do nosso serviço da Ásia, oferecendo mais opções operacionais para os exportadores e importadores do norte do Rio Grande do Sul e da região sul de Santa Catarina. Mesmo com a saída do Ásia 2 de Rio Grande, a Hamburg Süd continuará atendendo os embarcadores daquele porto semanalmente via serviço Ásia 1”, explica Leonardo Silva, gerente da Hamburg Süd para a Região Sul. No porto catarinense, os navios realizarão escala no terminal de contêineres da Santos Brasil. De acordo com Silva,
o Porto de Imbituba está localizado em uma posição estratégica e permitirá que muitos embarcadores analisem seus custos operacionais e identifiquem novas oportunidades de redução de custos. “Uma das estratégias da Hamburg Süd é prospectar novas rotas e portos que possibilitem alternativas interessantes aos nossos clientes. Hoje somos o único armador regular de contêiner que escala no porto, com uma linha semanal de cabotagem, serviço que vem conquistando os embarcadores daquela região. Acreditamos no potencial de Imbituba e, por isso, o porto estará sempre em nosso radar”, enfatiza Silva. Hamburg Süd: (11) 5185-3100
CSI Cargo assume operações logísticas da Bombril O acordo é válido pelos próximos cinco anos e envolve aproximadamente 150 funcionários
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empresa CSI Cargo assumiu todas as operações logísticas do centro de distribuição da Bombril em São Bernardo do Campo (SP). O acordo é válido pelos próximos cinco anos e envolve aproximadamente 150 funcionários que estão alocados em operações de recebimento, armazenagem e expedição de produtos. A relação entre as duas empresas começou com o fornecimento de equipamentos de movimentação pela Dinamik Rental, companhia pertencente ao Grupo Cargo. Desde 2015 a Bombril vem negociando os termos da operação com a CSI, que elaborou uma série de relatórios e diagnósticos detalhados do centro de distribuição
localizado na Grande São Paulo. “Após o diagnóstico, apresentamos uma proposta viável para aumentar os ganhos de produtividade por meio da implantação de novas tecnologias, equipamentos e capacitação de pessoas. O investimento nessa operação alcançará R$ 5 milhões”, explica Claudio Cortez, diretor Comercial da CSI Cargo. Cortez também disse que o Sistema de Gerenciamento de Armazém customizado para as necessidades da Bombril é um dos diferenciais propostos pela CSI Cargo para esse novo projeto, e a meta da empresa é inserir gradualmente todas as tecnologias necessárias à automatização do setor de armazenagem e expedição até o início de 2018.
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“Iniciamos o projeto com força total e queremos surpreender positivamente o nosso novo cliente, almejando inclusive a conquista dos outros dois CDs da Bombril”, destaca. Segundo o diretor de Supply Chain da Bombril, Guilherme Paschoal Andrade, a seleção do operador logístico demandou muita cautela e estudo. “Optamos pela CSI Cargo pois, além de ela oferecer a melhor relação custo-benefício, ficamos impressionados com o know-how que a empresa possui quando o assunto é tecnologia aplicada nas operações em armazéns”, diz o executivo. Bombril: 0800 707-6161 CSI Cargo: (41) 3381-2300
GLP entra no mercado europeu com aquisição de empresa
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desenvolvedora de instalações logísticas de origem asiática Global Logistic Properties (GLP) anunciou a aquisição da empresa europeia Gazeley por cerca de 2,8 bilhões de euros. A Gazeley conta com imóveis em quatro países da Europa que somam 3 milhões de m² de área locável bruta. Os empreendimentos são detidos por fundos afiliados à Brookfield Asset Management. Com a aquisição, a GLP dá seu primeiro passo no mercado europeu, ressaltando a consolidação da companhia no setor de instalações logísticas global.
Seu portfólio de ativos distribuídos na China, Japão, Brasil e Estados Unidos é avaliado em 42 bilhões de euros. De acordo com a própria GLP, a procura por instalações logísticas tem
aumentado, impulsionada principalmente pelo acentuado crescimento do varejo on-line. Dentre os clientes da companhia nesse setor estão gigantes como Amazon e JD. No mercado brasileiro a GLP gerencia uma rede de ativos imobiliários para logística e indústria leve em 36 cidades de dez estados, com 4,2 milhões de m² de área total locável, sendo 2,8 milhões de m² já concluídos e 1,4 milhão de m² em projetos em desenvolvimento. GLP: (11) 3500-3700
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Sepetiba Tecon, terminal de contêineres localizado no Porto de Itaguaí (RJ), passou a contar com um novo joint service de e para a Europa, composto pelos armadores Maersk, Hamburg Süd e CMA-CGM. O serviço terá duas escalas semanais, uma de importação e outra de exportação, e atenderá aos mercados do Mediterrâneo e do norte da Europa. Com o transit time mais rápido entre a Região Sudeste do Brasil e os portos em que escala, o serviço é realizado por navios com capacidade de até 10.500 TEUs. A viagem inaugural do novo joint service foi realizada em outubro pelo navio MV Magdalena, com 300 m de comprimento e 48 m de largura. Em 2016 o Sepetiba Tecon movimentou 140.024 contêineres e em 2017 esse número chegou a 119.627 contêineres até setembro. Segundo Jorge Mello, diretor do terminal, com o novo serviço a movimentação vai aumentar em 45
mil contêineres ao ano, com cargas que atendem a setores como automotivo, cafeeiro e químico, entre outros. “Essa conquista mostra que somos um terminal competitivo e estamos inseridos no cenário das novas demandas do mercado. Além disso, reafirma nossa posição como um dos maiores e mais importantes terminais do Brasil”, diz. O Sepetiba Tecon já oferecia serviços diretos que atendem o Golfo do México e a Ásia, e possui capacidade para receber navios de grande porte, concentrando e distribuindo cargas para os demais portos brasileiros. O terminal é o maior em cargas de cabotagem do estado do Rio de Janeiro, o que mostra sua vocação para hub port. Para expandir ainda mais os seus serviços, o Sepetiba está concluindo a dragagem de manutenção da bacia de evolução do porto, da área de manobra e dos berços, prevendo uma profundidade de 15,7 metros, obras estimadas
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Sepetiba Tecon passa a contar com novo serviço para a Europa
em aproximadamente R$ 29 milhões. Outro investimento previsto é a aquisição de oito novos equipamentos, sendo seis RTGs e dois portêineres, que trarão mais eficiência operacional, com valor aproximado de R$ 134,5 milhões. Além disso, para expandir a capacidade do terminal está prevista a adequação dos berços 302 e 303, que consistirá basicamente no prolongamento do cais existente em 273 metros e em melhorias e aquisições que somarão um investimento de cerca de R$ 652 milhões. Sepetiba Tecon: (21) 2688-9644
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MERCADO
Estudos sobre hidrovia na Baixada Santista estão em fase de conclusão
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Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp) anunciou que, até o final de 2017, deve concluir os estudos para implantação da hidrovia da Baixada Santista, modal logístico que possibilitará a movimentação de carga entre os rios da região e o Porto de Santos (SP). A informação foi revelada pelo diretor de Relações com o Mercado e Comunidade da Codesp, Cleveland Sampaio Lofrano. Em evento realizado na sede da Associação de Engenheiros e Arquitetos de Santos para discutir as hidrovias do país, Lofrano destacou a melhoria dos acessos ao Porto de Santos, que proporcionou a quebra de vários recordes de movimentação de cargas. O diretor ainda ressaltou que a Codesp criou
um grupo de trabalho para viabilizar esse tipo de transporte na região e que o projeto deve estar concluído até o fim do ano. As bases para a implementação da hidrovia já estão lançadas, e a regulamentação pode sair já no mês de novembro. “É fundamental haver outros modais, e um desafio é a hidrovia”, explicou Lofrano, lembrando ainda que “o regramento para atrair o investidor para esse novo negócio foi encaminhado para definição de tarifas por parte da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), o que deve acontecer em novembro”. O diretor concluiu dizendo que o modal hidroviário será um fator importante para absorver o aumento da mo-
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As bases para a implementação do novo projeto já estão lançadas, e a regulamentação pode sair em novembro
vimentação de cargas no Porto de Santos. “Existe uma estimativa potencial de transporte por essa rota de 350 mil TEUs. Vamos ultrapassar os 120 milhões de toneladas este ano e, segundo nossas projeções, passar de 150 milhões em 2020”, completou. Codesp: (13) 3202-6565
Ativa Logística amplia filial de Curitiba Com um investimento de R$ 500 mil, unidade passa a contar com maior capacidade de atendimento para os setores de medicamentos e cosméticos Divulgação
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Ativa Logística ampliou suas atividades na região metropolitana de Curitiba com um investimento de R$ 500 mil, que fez com que sua unidade conte com uma maior capacidade de atendimento aos setores de medicamentos e cosméticos. O montante foi direcionado à duplicação do tamanho da área: antes com 1.000 m², o local passa agora a ter 2.000 m². Por consequência, a capacidade de entregas mensais vai passar de 2.500 para 5 mil. Segundo Adriano Campos, diretor Comercial da Ativa Logística, a novi-
dade faz parte do plano de expansão da empresa, que inclui outras unidades ampliadas em 2017. “Temos, para 2018, a certeza de que esse crescimento se manterá, pois estamos atingindo
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as metas de 2017, que sempre se mostraram ousadas, mas que se tornaram possíveis”, destaca o executivo. A estrutura está situada em um condomínio fechado, com segurança reforçada, pátio de manobras e uma equipe especializada para atender o aumento da demanda por coletas e entregas. Claudenir Franco de Oliveira, gerente da filial, destaca que a unidade possibilitará a ampliação dos negócios da Ativa, principalmente no atendimento mais eficiente ao mercado da região. Ativa: (11) 2902-5000
Carregamentos de grãos devem crescer em Paranaguá com arrendamentos de terminais dade atual”, explica Dividino. “Já a capacidade de carregamento diária terá um aumento de 57%, chegando a 220 mil toneladas”, completa. Os três arrendamentos se referem a terminais destinados à movimentação de granéis sólidos vegetais e apresentam prazos de concessão de 35 anos. O Par-07, com área de 45.358 m² e situado dentro do complexo do Corex, deve demandar investimentos de aproximadamente R$ 328 milhões para o desenvolvimento do terminal e a construção de um berço de atracação no píer em forma de T. O Par-08, por sua vez, localizado em frente ao berço 213, apresenta 41.129 m², precisará de um aporte de R$ 399 milhões e também contará com a construção do píer em T. Por fim, para o terminal portuário Par-XX, com área de 22.853 m² e situado onde se encontra atualmente o almoxarifado da Appa, além do terreno ao lado, serão necessários investimentos de aproximadamente R$ 193 milhões. “Com a implantação desses novos projetos, a Appa pretende atender os navios na forma de janela de atracação, ou seja, com data marcada, zerando o tempo de espera para atracação, garantindo o pronto atendimento aos exportadores do Paraná e do Brasil”, finaliza Dividino. Ivan Bueno
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rês novos arrendamentos de áreas no Porto de Paranaguá (PR) devem promover um aumento de 57% na capacidade de carregamento diária de grãos do complexo, de acordo com a Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa). Os processos de concessão serão conduzidos pela Secretaria Nacional de Portos, que atualmente está realizando ajustes finais nos projetos. As concessões acontecerão mediante processo público e o prazo previsto para a seleção dos futuros arrendatários é 2018. “Não se trata da privatização do porto público, mas sim do arrendamento de algumas áreas disponíveis para a construção de novos armazéns graneleiros, que irão se interligar às áreas primárias públicas do porto”, explica o diretor-presidente da Appa, Luiz Henrique Dividino. Atualmente, o Corredor de Exportação (Corex) do Porto de Paranaguá conta com dez empresas atuando, além de uma em fase de implantação. A capacidade estática do Corex gira em torno de 1,5 milhão de toneladas, com capacidade de embarque estimada em 140 mil toneladas por dia, utilizando seis shiploaders. “Com a implantação de dois novos armazéns e a inclusão de dois novos berços de atracação no Corex, a capacidade estática passará para 1,8 milhão de toneladas, ou seja, 20% a mais do que a capaci-
Appa: (41) 3420-1143
MERCADO
Porto Seco Centro-Oeste expande terminal farmoquímico Projeto é resultado de um investimento de R$ 1,7 milhão
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Porto Seco Centro-Oeste, localizado no município de Anápolis (GO), ampliou seu terminal farmoquímico, dobrando a capacidade de armazenagem de fármacos, cosméticos e produtos alimentícios, com 4 mil m2 de espaço físico e 1.750 posições-palete. O projeto foi resultado de um investimento de R$ 1,7 milhão e agora o porto conta com o que há de mais moderno em termos de armazenagem com controle de temperatura. Entre as novas disposições da estrutura estão o monitoramento e a vigilância por câmeras 24 horas por dia,
redundâncias em todos os sistemas de controle, gerador de 340 KVA, assegurando o funcionamento em caso de interrupção no fornecimento de energia, câmaras qualificadas, sistema inteligente de prevenção de incêndio e rigoroso controle de acesso. Segundo o diretor de Operações do Porto Seco Centro-Oeste, Everaldo Fiatkoski, o maior desafio foi concluir todo o projeto em um curto período. “Executar um projeto tão complexo, com frentes paralelas montadas, envolvendo desde obras civis até ajustes tecnológicos e autorizações de órgãos
públicos e, ainda assim, manter o serviço do armazém em funcionamento, foi uma tarefa árdua”, explica. O porto está situado dentro do distrito agroindustrial da cidade de Anápolis, que conta com um dos maiores polos farmoquímicos da América Latina. Além de atender a esse polo com liberações de insumos importados com um rápido giro de desembaraço, ele atende também os maiores laboratórios do mundo com a importação de medicamentos acabados. Porto Seco Centro-Oeste: (62) 3310-6100
Ellece tem novo centro de distribuição em São Paulo CD de mais de 15 mil m² está localizado dentro de condomínio logístico em Guarulhos
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Ellece Logística passou a contar com um novo centro de distribuição, localizado na cidade de Guarulhos (SP). A unidade, situada dentro do condomínio logístico GLP Guarulhos, no km 207 da Rodovia Presidente Dutra, será utilizada para atender expansões das operações da empresa e também novos clientes. O CD apresenta 15.600 m² de área de armazenagem para carga seca, pé-direito de 12 metros e um total de 57 docas. Com a novidade, a Ellece passou a contar com três CDs, dois deles localizados em Guarulhos e um no município de Extrema (MG).
A Ellece Logística foi fundada em 2011, expandindo seus negócios para atender outros embarcadores no mercado a partir da experiência adquirida ao longo de
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décadas com as operações da companhia Pandurata Alimentos, detentora das marcas Bauducco e Visconti. A empresa atua em toda a cadeia logística, com serviços de armazenagem, movimentação e distribuição de cargas secas e refrigeradas, além de oferecer serviços de etiquetagem, empacotamento e copacking. No último mês de setembro, a Ellece recebeu a certificação ISO 9001, que reconhece os altos padrões de qualidade da organização.
Ellece: (11) 2573-9700
Bomi Group é o novo associado da Abol Entidade possui agora 29 empresas-membro Divulgação
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Bomi Group é o novo membro da Associação Brasileira de Operadores Logísticos (Abol). Com a entrada da companhia, a entidade passou a contar com um total de 29 associados. O grupo, especializado em logística e gestão de produtos de alta tecnologia na área da saúde, tem sede na Itália e atua em mais de 15 países. O presidente do Conselho Deliberativo da Abol, Oswaldo Dias de Castro Júnior, destaca que, com a novidade, foi ampliado para dez o número de países representados na associação. “Isso significa que a Abol é vista, tanto no Brasil como em outros países, como uma instituição séria, transparente e comprometida com o desenvolvimento sólido do setor, fundamentada em boas práticas operacionais, compliance e ética associativa”, diz. “Nossa companhia completa 20 anos de operação no Brasil no próximo ano e, dentro desse processo de crescimento e consolidação no país, entende a importância de participar
ativamente da Abol, a mais importante associação do setor e única entidade representante dos operadores logísticos em território nacional”, afirma Felipe de Azevedo Morgulis, diretor-presidente do Bomi Group no Brasil. “Quando completamos cinco anos de fundação, caminhar para o final do ano com o ingresso de um grupo de peso e de excelência como o Bomi é motivo de muita comemoração. Os últimos anos foram marcados por hercúleos desafios e, mesmo diante de cenários adversos, a Abol vem crescendo
consistentemente, tendo registrado um incremento de 81,25% desde a sua fundação. Recebemos o grupo italiano Bomi com grande alegria, estando certos de que, com sua expertise internacional no setor de healthcare, fortalecerá ainda mais a Abol como a maior referência de logística farmacêutica e de saúde no país”, enfatiza Carlos Cesar Meireles Vieira Filho, presidente executivo da entidade. Abol: (11) 3586-6109 Bomi Group: (11) 4774-8033
Porto do Açu e de Suape firmam cooperação estratégica A ideia dos gestores dos maiores complexos porto-indústria do Brasil é promover a troca de informações e experiências
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m uma reunião realizada no final de outubro, o Porto de Açu e o Porto de Suape, localizados no Rio de Janeiro e em Pernambuco, respectivamente, deram um passo significativo para formar uma parceria estratégica. A ideia dos gestores dos maiores complexos porto-indústria do Brasil é promover uma troca de informações e experiências a fim de otimizar a utilização dos empreendimentos. “Estamos muito felizes por iniciar
uma parceria com o Porto de Suape. Além de possibilitar o desenvolvimento de iniciativas comerciais em conjunto, ela pode contribuir com o desenvolvimento do país, pois integra dois dos principais mercados brasileiros: o Sudeste e o Nordeste”, explica José Magela, presidente da Prumo Logística, empresa que opera e desenvolve o Porto do Açu. O presidente do Complexo Industrial Portuário de Suape, Marcos Baptista, co-
memorou a importância da parceria. “A assinatura desse memorando é o passo inicial para realizarmos estudos conjuntos sobre o setor portuário, parcerias comerciais, troca de experiências de gestão, entre outras possibilidades, considerando que um porto é entrada para o Nordeste e outro para o Sudeste”. Porto de Suape: (81) 3527-5000 Porto do Açu: 0800 729-0810
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MERCADO
Rodonaves automatiza CT de Americana com tecnologia da Dematic
Fotos: Divulgação
Unidade passou a contar com sistema de sorter com capacidade para 8 mil volumes por hora
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o mercado há quase quatro décadas, a empresa especialista em transporte de cargas fracionadas RTE Rodonaves tomou uma decisão audaciosa em 2014 e automatizou todo o seu Centro de Transferência (CT) de Americana, no interior de São Paulo, a fim de atender da melhor maneira possível todos os seus 130 mil clientes presentes em 12 estados brasileiros. A solução foi fornecida pela Dematic, companhia que atua com sistemas de automação e softwares para logística. Todo o investimento, as operações, a sistemática e o fluxo de processos envolvidos foram pensados com o escopo principal de otimizar os serviços oferecidos pela Rodonaves, reduzindo o tempo de processamento e, consequentemente, os custos operacionais. “Conseguimos implantar um sistema eficaz de redução do tempo do ciclo do pedido. Portanto, os resultados foram imediatos: otimização de recursos e eficiência na operação, gerando resultados satisfatórios”, destaca o gerente da empresa, Malber William Silva. Um dos fatores levados em conta para a realização do investimento foi a localização do CT. Americana é um
dos grandes polos industriais do interior de São Paulo, considerada a principal fabricante de tecidos planos de fibras artificiais e sintéticas da América Latina, junto com outras cidades da chamada Região do Polo Têxtil (RPT), que congrega municípios como Campinas e Santa Bárbara d’Oeste. A Dematic instalou na unidade o sistema de sortimento automático Crossbelt Sorter, que visa a classificação de produtos lineares e circulares com controles padronizados, proporcionando um fluxo operacional de até 8 mil volumes por hora. Com o sorter, os volumes que serão classificados são identificados por etiquetas contendo o código de barras e entram no sistema pelas linhas de recebimento. Depois, os itens passam pelo sistema dinâmico de pesagem e dimensionamento, antes de entrar na indução automática. O código de barras é escaneado e a informação é cruzada com uma base de dados previamente cadastrada. “A automação é fundamental para aprimorar os processos de trabalho. Além disso, conseguimos atingir excelência operacional e a solução mais apropriada para cada aplicação. Vale lembrar que conseguimos gerar oportunidades de negócios e possibilitar um aumento nas vendas das
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empresas”, diz Silva. “Buscamos melhorar os nossos serviços e garantir a eficiência logística dos clientes. Sem dúvida, a nossa localidade é extremamente estratégica, e com mais tecnologia podemos oferecer serviços e produtos que sintetizam a cadeia logística”, completa. Para que uma operação em tempo real com interface do software da RTE Rodonaves tenha êxito, o controlador do sistema da Dematic é conectado diretamente ao sistema de gerenciamento do armazém utilizado (WCS, na sigla em inglês para warehouse control system), que faz toda a gestão das rotas de envio dos produtos. Segundo Silva, a ideia é que essa implantação tecnológica seja só o começo para a Rodonaves, que pretende mergulhar de forma mais profunda em inovações tecnológicas. “A meta é ampliar cada vez mais nossas tecnologias para garantir segurança, rapidez e qualidade na movimentação e na conferência das mercadorias. Com a implantação da tecnologia da Dematic, conseguimos desenvolver soluções ideais e personalizadas para cada cliente, independentemente do produto a ser movimentado”. Dematic: (11) 3627-3100 Rodonaves: (11) 2192-3100
CROSS-DOCKING • Patrício Júnior assumiu, em setembro, a presidência do Porto Pontal, terminal portuário privado localizado na entrada da Baía de Paranaguá (PR). Formado pela Escola de Oficiais da Marinha Mercante do Rio de Janeiro e com MBA em Logística Portuária pela Universidade de São Paulo, Liderança e Estratégia para Executivos pelo Institute for Management Development (IMD), na Suíça, e Gerenciamento de Terminais pela Lloyds Maritime Academy, em Londres, o executivo possui vasta experiência profissional, tendo atuado em empresas como Sealand, Maersk Line, Ceará Terminal Operator, Porto Itapoá, Aqaba Container Terminal, na Jordânia, e APM Terminals, na Jordânia e no Panamá. Único brasileiro que já esteve à frente de um terminal de contêineres no exterior, ele foi também conselheiro da Associação Brasileira dos Terminais de Contêineres de Uso Público (Abratec), da Associação Brasileira dos Terminais Portuários (ABTP) e presidente e vice-presidente da Associação de Terminais Portuários Privados (ATP). O Porto Pontal vai ocupar uma área de mais de 625 mil m² e deve entrar em operação no segundo semestre de 2020. (41) 3360-8406 • Desde o início de outubro a sueca Scania conta com duas mudanças no seu quadro de executivos. Ricardo Vitorasso assumiu como novo diretor de Vendas de Caminhões para as operações comerciais no Brasil, ocupando o cargo de Victor Carvalho, que deixou a companhia para se dedicar a projetos pessoais. Vitorasso estava exercendo a função de diretor de Vendas do Consórcio Scania e será sucedido por Rodrigo Clemente, ex-gerente Comercial do Grupo Mevepi, uma das concessões da marca no estado de Santa Catarina. Formado em Administração de Empresas e pós-graduado em Gestão de Negócios, Vitorasso atua no grupo Scania há 17 anos, acumulando experiência na área Comercial como líder de equipes de Vendas, gestor de concessionária e, no último ano, como diretor de Vendas do Consórcio Scania. Já Clemente, engenheiro de produção pós-graduado em Marketing, iniciou sua carreira na Scania em 2005 como gerente de negócios de Vendas de Caminhões Seminovos e Usados e, em 2008, passou a atuar na área de Vendas de Caminhões Novos. (11) 4344-9333 • A Localfrio anunciou, em novembro, seu novo CEO. Marcelo Schmitt assume a posição ao retornar da Holanda, onde ocupava até então a direção de Supply Chain e Procurement para a Europa da Apollo Vredestein, tra-
dicional empresa fabricante de pneus. Engenheiro naval formado pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli-USP), o executivo possui ainda MBA em Administração e Economia Empresarial pela Fundação Getulio Vargas (FGV). Schmitt possui mais de 25 anos de carreira e passou por cargos de liderança em empresas dos setores automotivo, químico, farmacêutico e siderúrgico, além de tradings e operadores logísticos na América Latina e na Europa. No Brasil, o novo CEO da Localfrio atuou em empresas como Goodyear, Basf, Gerdau, Noble, Elog Logística e Ipiranga Petróleo e é o atual presidente do Council of Supply Chain Management Professionals (CSCMP). A contratação faz parte da estratégia de negócio da Localfrio para continuar atendendendo com excelência os mercados de cargas secas e frigorificadas com base em uma esperada retomada da economia nacional e da importação de bens que requerem especialização, como perecíveis, farmacêuticos e químicos. (11) 3049-6570
ENTREVISTA
Renovada e confiante
Fotos: Radamés Jr.
Completando um ano à frente da Ulma Handling Systems, o diretor-geral para o Brasil e para a América Latina, Cesar Fracalanza, detalha a reestruturação promovida pela empresa para melhor atender a esses mercados e fala sobre as perspectivas de negócios e as novas tendências para o setor de automação de armazéns
A Ulma teve origem no País Basco, correto? Conte-nos um pouco a respeito da história da companhia. Cesar Fracalanza – A Ulma foi fundada por quatro mecânicos no País Basco em 1988, com a intenção de realizar trabalhos de manutenção para a indústria chocolateira. O nome Ulma,
inclusive, vem das iniciais dos sobrenomes de cada um dos fundadores. E eles identificaram no mercado uma necessidade das empresas de contar com equipamentos e soluções para automatizar suas operações. Os primeiros armazéns automatizados foram instalados pela empresa na Espanha e,
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a partir daí, a Ulma foi se expandindo para outros mercados, partindo para a França e para a Itália, por exemplo. Com o tempo foram formadas novas empresas, que se agruparam no modelo de cooperativa, e a Ulma se identificou bastante com o sistema de cooperativa da corporação Mondragon, um grupo também sediado no País Basco, e passou a fazer parte dela. Quais são as empresas que formam o grupo? Fracalanza – A Mondragon é uma corporação muito grande, que conta com cerca de 75 mil colaboradores. Fazer parte desse grupo é muito importante, pois a relação de cooperação acaba gerando negócios entre todas as empresas participantes. É muito comum nós observarmos que vários dos clientes da Ulma também fazem parte da corporação. E existe total independência entre as empresas, tanto financeira quanto gerencial. A relação é realmente de cooperação. Já o Grupo Ulma é formado por oito empresas e conta com 4.500 colaboradores. São elas a Ulma Agrícola, a Architectural Solutions, a Empilhadeiras, a Construction, a Conveyor Components, a Handling Systems, a Packaging e a Piping. Elas também são empresas independentes entre si, mas que procuram, quando podem, trabalhar de forma integrada e colaborativa, o que é muito importante para gerar novos negócios e oportunidades.
Em quantos países a Ulma está presente? Fracalanza – Considerando a Ulma como um todo, são 80 países. Já a Ulma Handling Systems está em 16 países e conta com cerca de 300 colaboradores no total. Quando a empresa iniciou suas atividades no Brasil? Fracalanza – A chegada ao Brasil não demorou muito. As atividades comerciais da Ulma por aqui tiveram início em 1997, menos de dez anos depois da sua fundação. Em 1999 começaram as primeiras conversas sobre projetos de armazéns automatizados, e a primeira instalação no país data de 2001, na empresa EBF. Um fator que chama muito a atenção é a longevidade dos nossos produtos. Essa instalação, por exemplo, está em funcionamento perfeito até hoje. Isso se deve, claro, não só à durabilidade dos produtos em si, mas à confiança que o cliente tem na Ulma. No Brasil vocês contam com todos os negócios desenvolvidos lá fora? Fracalanza – A Ulma está presente no Brasil com a Ulma Construction, a Handling Systems, a Packaging e a Archtectural Solutions. Mas a verdade é que a empresa é totalmente integrada, e os negócios dependem muito da identificação das necessidades de cada mercado. Eu estou à frente da Ulma Handling Systems, e nós lidamos com o mercado de movimentação de mercadorias. Por isso a Ulma Packaging, por exemplo, está muito próxima do nosso negócio, e também conta com uma atuação bastante forte no mercado latino-americano, inclusive com uma fábrica aqui no Brasil, na cidade de Americana (SP). Em algumas situações, uma empresa complementa a outra, até porque não existe um pacote específico de soluções para cada cliente. Nós desenvolvemos as soluções de
acordo com as necessidades específicas de cada um deles, e para isso as empresas do grupo trabalham muito próximas umas das outras. A Ulma Packaging está crescendo muito, com uma atuação bastante forte no mercado de proteínas animais. E sempre que possível nós temos uma interação muito grande. A Ulma Handling Systems está bastante presente no setor alimentício, por exemplo. Somos muito fortes nesse segmento na Europa e estamos focando nele aqui no Brasil também, pois temos muita expertise no atendimento a esse negócio, incluindo a movimentação de alimentos frescos, resfriados e congelados, que naturalmente acaba tendo muita ligação com a unidade de Packaging. É natural que a interação seja forte, mesmo sendo empresas totalmente independentes no Brasil também. Vocês possuem uma parceria com uma empresa japonesa, correto? Fracalanza – Sim, nós temos uma parceria tecnológica com a Daifuku. Isso nos permite oferecer o que há de melhor em termos de tecnologia para nossos clientes. A Daifuku é a maior fornecedora de equipamentos de material handling do mundo. Nos mercados em que ela atua diretamente, como na Ásia, a Ulma não está presente, e vice-versa. Então a Ulma tem forte presença na Europa, em especial na Espanha, França e Itália. E estamos em fase de negociação para entrar na Alemanha e em Portugal. Nós temos também instalações na África do Sul, em Israel, na Rússia e, claro, em toda a América Latina, excetuando-se o México. Por lá discutimos caso a caso, já que a Daifuku atua diretamente nos Estados Unidos e o atendimento ao México é feito a partir dessa unidade. As linhas de produtos da Ulma e da Daifuku se complementam. Os prin-
“Nosso objetivo é contar com uma estrutura bem estabelecida e fundamentada no Brasil”
cipais equipamentos Daifuku que nós fornecemos são transelevadores, mini loads e sorting transfer vehicles (STV). Já os transportadores, as estruturas de um modo geral e os painéis elétricos, por exemplo, são todos fabricados pela própria Ulma, na nossa planta espanhola. Podemos dizer que a Daifuku é uma espécie de fornecedor de equipamentos para a Ulma. Todo o software também é desenvolvido por nós mesmos, assim como os periféricos e os projetos em si. É importante destacar que a Ulma não é uma fornecedora de equipamentos para seus clientes. Nós realizamos todo um estudo de engenharia logística para fornecer uma solução completa que otimize os processos. E es-
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ENTREVISTA
sas soluções invariavelmente incluem equipamentos como transelevadores, que são fornecidos pela Daifuku. O que nós fazemos é analisar toda a operação do cliente em detalhes e, a partir disso, desenvolvemos todo um trabalho de customização da solução oferecida, incluindo os equipamentos e os softwares, como o WMS, por exemplo. A Ulma conta com um WMS próprio? Fracalanza – Sim. Esse é um grande diferencial da empresa, e como os projetos são customizados de acordo com as necessidades dos clientes, nosso WMS está em constante evolução, inclusive passando por “tropicalizações” para atender às demandas dos clientes brasileiros. Cada cliente tem necessidades muito específicas, portanto o desenvolvimento do software é sempre feito de acordo com o projeto em questão, com um nível de detalhamento muito grande.
Quantas instalações vocês já realizaram no Brasil? Fracalanza – São cerca de 15 instalações. Como eu já citei, a primeira aconteceu em 2001, para a EBF. Dentre nossos clientes estão empresas como Acrilex, Brandili, Belenos, Búfalo, Cofema, Rogê, Stam, Danone, Pão de Açúcar e Nespresso. E são empresas que têm muita confiança nas soluções oferecidas pela Ulma. Várias delas, com o passar do tempo, foram promovendo ampliações nos projetos. Você sente que no Brasil já existe, de uma forma geral, uma cultura de buscar e adotar novas tecnologias, ou cabe a empresas como a Ulma disseminar essa cultura? Divulgação
Quantos funcionários a Ulma Handling Systems possui no Brasil? Fracalanza – Por aqui a estrutura é bastante enxuta. Nós temos 15 funcionários, divididos entre as áreas Comercial, Administrativa e Técnica, que envolve projetos, supervisão e assistência técnica. A estrutura é
enxuta porque os produtos hoje são importados da Espanha. Mas isso não significa que nós não tenhamos a intenção de, no futuro, fabricar localmente. Dentro da fábrica da Packaging nós contamos com uma área onde mantemos um estoque de peças sobressalentes. Na verdade a decisão de produzir no Brasil depende muito da conjuntura econômica do país, e acredito que este ainda não é o momento.
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Fracalanza – Hoje em dia as empresas já buscam isso, para otimizar suas operações e aumentar a produtividade. Elas estão muito atentas ao que acontece no mercado internacional e estão vendo toda a evolução das tecnologias de automação, então é natural que elas busquem essas novidades. Cabe às empresas como a Ulma orientar o mercado a respeito da melhor forma de se aplicar essas tecnologias, porque muitas vezes o que acaba acontecendo é que, por falta de conhecimento, muitas delas acabam adquirindo soluções individualizadas, acreditando que no futuro bastará juntar as mais diversas tecnologias. E não funciona assim. É preciso ter um plano-mestre, com todo o processo desenhado, ainda que ele seja executado em fases. Claro que pode haver alterações ao longo do tempo, até mesmo por uma mudança no perfil dos negócios, mas o plano precisa estar definido desde o início. E por incrível que pareça isso muitas vezes não acontece. É comum o cliente alugar ou construir um armazém, instalar porta-paletes e depois dizer “eu quero automatizar a minha operação”. Então o nosso papel é o de orientar os clientes para que a automatização seja feita da melhor maneira possível, com um projeto estruturado de verdade. Daí a importância de contarmos com pessoas totalmente capacitadas, que possam entender os mais diversos processos de cada um dos diferentes clientes, para propor a melhor solução. A reestruturação da Ulma passa por esse conceito. Nossa intenção é contar com profissionais com o maior conhecimento possível para podermos acompanhar o cliente por todo esse processo. Antigamente nós tínhamos profissionais que vinham da Espanha, acompanhavam por um tempo e depois iam embora. Então os clientes criavam vínculos com essas pessoas, mas, quando elas já não estavam mais
Robô paletizador m dos principais lançamentos recentes da Ulma é o robô paletizador automatizado chamado IK Pal, novidade que faz parte do portfólio de soluções para separação de pedidos da empresa. Trata-se de um sistema versátil, capaz de realizar a atividade de paletização de qualquer tipo de carga, independente da morfologia do produto, de forma rápida, confiável e eficiente. “O IK Pal foi desenvolvido para atender principalmente o que nós chamamos de grande distribuição, setor que lida com um grande volume de separação de pedidos bastante fracionados”, explica Fracalanza. O robô manipula diversos produtos simultaneamente, atingindo mais de 600 ciclos por hora, e realiza também a colocação de papelões de forma automática para fazer a separação da carga em camadas no palete. “Ele pode trabalhar com cargas delicadas, como vidros, caixas dos mais diversos tamanhos e packs de garrafas e de latas, por exemplo. E todos esses produtos diferentes são paletizados pelo robô de forma eficiente e organizada, para atender da melhor maneira possível o abastecimento nos pontos de venda”, destaca o diretor-geral. Dessa maneira, o sistema prepara o palete exatamente da maneira
aqui, esse vínculo se quebrava. Nosso objetivo é contar com uma estrutura bem estabelecida e fundamentada no Brasil para sermos realmente parceiros do cliente em cada um dos projetos. E o trabalho não acaba depois da implantação de cada projeto, correto? Fracalanza – Sem dúvidas. Os projetos englobam o desenvolvimen-
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que a loja precisa receber, de forma a otimizar a reposição dos itens. Todo o trabalho é realizado pensando na maior estabilidade possível para as mercadorias no palete, reforçada com a aplicação de um plástico filme ao final do processo. Fracalanza ressalta que o robô realiza a colocação dos produtos nos paletes orientado por um software que faz todos os cálculos necessários para definir a melhor posição para cada mercadoria, baseado nas características de cada produto e também na maneira como o pedido precisa chegar ao seu destino, definindo a sequência correta desde o início do processo de separação. “É um sistema totalmente automatizado e altamente complexo, mas que torna simples e eficiente a paletização dos mais diversos tipos de produtos”, resume o executivo.
to, a instalação e todo um trabalho de assistência posterior, dividida em parte eletromecânica e parte de software. Para a primeira, nós temos atendimento local, e para os softwares nós contamos com um primeiro atendimento aqui, porque muitas vezes são problemas muito simples, que com pequenas ações podem ser identificados e resolvidos e, se isso
ENTREVISTA
não for possível, nossa estrutura de atendimento 24 horas localizada na Espanha entra em ação, fazendo acesso remoto aos equipamentos e gerando análises de toda a operação para fazer as devidas correções. A partir do Brasil vocês atendem os demais países da América Latina, certo? Fracalanza – Exatamente. O Brasil hoje é responsável por todas as atividades da Ulma em toda a América Latina. Nós temos instalações em países como Chile, Colômbia, Uruguai e Argentina, vendidas, projetadas e feitas a partir do Brasil. São projetos bastante representativos dentro dos negócios da Ulma. A Argentina, em particular, é um mercado bastante interessante, onde temos bons projetos e outros em fase de discussão. Nós contamos com parceiros comerciais nesses países, mas o atendimento é feito a partir do Brasil, inclusive a assistência eletromecânica, como eu já mencionei.
O cenário político imprevisível de 2018 não altera essas perspectivas? Fracalanza – Conversando com o empresariado, é possível perceber que
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Como a Ulma avalia a situação atual do mercado brasileiro? Fracalanza – Nosso objetivo é crescer muito por aqui nos próximos anos. A empresa aposta muito no mercado nacional e justamente por
isso está se reestruturando para atender cada vez melhor os clientes brasileiros, assim como os latino-americanos. O processo de reestruturação está baseado justamente na minha contratação, que aconteceu há cerca de um ano, e prosseguiu com a reestruturação da área de Serviços, seguida pelas áreas Administrativa e Financeira e, atualmente, pela área Comercial. Esta última é muito importante porque fazer uma venda construtiva é essencial, entendendo as necessidades do cliente para desenhar e oferecer a solução mais adequada a cada caso. Muitas vezes nós estamos lidando com uma empresa que está saindo de um processo de manuseio de materiais totalmente convencional, feito de forma manual, tendo seu primeiro contato com a automatização. Isso significa que ela vai passar por uma mudança total de cultura, o que não é muito simples. Então existe uma necessidade muito forte de contar com profissionais capacitados a orientar adequadamente os clientes, para que essa quebra de paradigma aconteça da melhor forma possível.
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está havendo uma espécie de dissociação entre política e economia. Nós passamos por uma profunda crise política e econômica, é claro, em que os empresários acabaram colocando na geladeira a maioria dos projetos e investimentos, muitas vezes visando somente à sobrevivência. Mas essa dissociação se fez necessária, e as empresas estão buscando o crescimento independentemente do que acontece em Brasília. É claro que existe a necessidade de contarmos com uma política econômica mais coerente e consistente por parte do governo, seja ele qual for depois das eleições, mas a questão é que se formos esperar a crise política passar, o Brasil pode ficar parado por anos. E a verdade é que o mercado está se mostrando bastante interessante em termos de recuperação. Nós podemos observar muita movimentação, e muitos projetos que estavam engavetados voltaram a ser discutidos, o que para nós é muito importante. Existem muitos clientes novos aparecendo, empresas que passam a enxergar soluções de automação como uma necessidade premente para suas operações. Além disso, nós tivemos também a oportunidade de ampliar projetos em clientes muito grandes que já faziam parte da carteira. Isso mostra a confiança das empresas não somente na Ulma, mas também no mercado como um todo. Quais são as últimas novidades da Ulma em termos de produtos e serviços para a movimentação de materiais? Fracalanza – Uma das mais novas soluções da empresa é o Sistema Supervisor de Instalações Logísticas, que passa a ser usado nos novos projetos da Ulma. O objetivo é fornecer um diagnóstico preciso a respeito das instalações. O acesso remoto dos softwares, que eu já citei, é feito de forma reativa, quando existe algum problema. Já o Sistema Supervisor age de maneira proativa. Por meio de uma série de sen-
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sores instalados nos equipamentos é feita a coleta constante de dados, que são colocados na nuvem e permitem a identificação, muitas vezes de forma preditiva, da necessidade de manutenção. O sistema faz verificações sobre a vida útil dos equipamentos, analisa desgastes de determinadas peças, entre outras coisas. É uma novidade totalmente inserida no conceito de logística 4.0, que é muito forte dentro da Ulma. Nós contamos com um departamento específico de inovação que está totalmente voltado para o desenvolvimento de soluções sob o preceito de internet das coisas, computação em nuvem, análise de dados, etc. Tudo isso
porque no fim existe uma convergência tecnológica, com os equipamentos se comunicando entre si. Essa solução já está em uso na Europa, mas nós acreditamos que em breve novas instalações no Brasil contarão com o Sistema Supervisor. A adoção dessas novidades é um caminho natural. Em breve nós vamos contar também com um sistema de manutenção conectado diretamente ao Sistema Supervisor, de forma que até mesmo a designação do técnico para fazer a manutenção será feita automaticamente. O mais importante de tudo é garantir que as operações nunca parem, assegurando a melhor produtividade possível. Ulma Handling Systems: (11) 3711-5940
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Bons ares O segmento de carga aérea doméstica começa a apresentar desempenho positivo depois de alguns anos de retração e investe em serviços a fim de reforçar e ampliar a carteira de clientes. Os agentes de carga e embarcadores, assim como as companhias aéreas, ainda são impactados pelos persistentes gargalos, mas desenvolvem estratégias operacionais pontuais e dedicadas com o objetivo de garantir os embarques e um atendimento mais eficaz às demandas do mercado 30 - Revista Tecnologística - Novembro/Dezembro 2017
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aviação sempre foi sinônimo de glamour. E isso não se restringe aos voos comerciais de passageiros, em que eles degustam vinhos em taças de cristal e jantares preparados por chefs de cozinha na classe executiva. A glamourização está também no transporte aéreo de carga. Quem não conhece bem o setor pode não acreditar, mas houve um tempo no Brasil em que a ofer-
ta de empresas que realizavam o transVisão analítica porte de carga pelo modal era, até certo As discussões não se restringem ponto, generosa. Companhias com vocação cargueira, empregando uma frota às salas de reuniões das empresas. No diversificada de aeronaves, oferecendo meio acadêmico, o modal aéreo é tema diferentes configurações, além de uma constante. Na Escola Politécnica da malha que cobria boa parte do território Universidade de São Paulo (Poli-USP), nacional, faziam do modal uma opção há uma área específica para esse tipo de análise. Para o professor do Deparatrativa de movimentação. Hoje, porém, o cenário é outro. Nos tamento de Engenharia de Transportes últimos anos temos observado a der- da Poli-USP, Jorge Leal, a carga aérea rocada de empresas aéreas cargueiras. no Brasil é um mercado com extremo São tantos os motivos para isso acon- potencial, que deve ser mais bem aprotecer, que é até melhor não enumerá- veitado, mas que tem se mantido relati-los. Na contramão desse movimento, vamente estabilizado nos últimos anos, a aviação comercial, que enxergava e resultado da situação econômica do país. Ele lembra com oferecia o serviço pesar da falência de cargueiro apenas antigos operadores. como uma forma Na opinião do de completar seu Entre 90% professor, um ponto portfólio e aproe 95% da carga deve ser levado em veitar os espaços conta. “A desvantavazios nos porões aérea brasileira é gem da carga aérea é dos aviões de pasque ela é one way. A sageiros, começou transportada nos carga só vai, enquana vislumbrar no porões dos aviões to o passageiro vai e transporte de carga volta”, resume. Mas uma nova oportude passageiros isso, em parte, diz ele, nidade de negócio. tem sido equacionaMas será que do com o modelo de apenas esse movinegócio empregado mento é atrativo e atende às necessidades de um país atualmente. Segundo estimativas de com as dimensões do Brasil? Qual a re- Leal, no Brasil hoje entre 90% e 95% da alidade do setor atualmente? Como os carga aérea é transportada nos porões embarcadores e agenciadores de carga dos aviões de passageiros e, quando se avaliam e utilizam o serviço e de que aumenta a oferta de passageiros, aumenforma as empresas aéreas realizam as ta-se também o espaço para a carga. “Os movimentações de carga? E quanto aos aviões empregados pelas empresas bragargalos na malha, o que fazer para mi- sileiras, a não ser os modelos ATR e Emnimizá-los? São diversas as dúvidas e os braer, têm um potencial razoável para carga. Existe um potencial que em parte questionamentos que rondam o setor. Talvez não haja uma resposta única, está sendo suprido pelos porões dos avie com certeza não há um modelo único ões de passageiros”, afirma. Quanto à infraestrutura, o profespara operar um sistema lógico e integrado de transporte aéreo. Assim, os players sor acredita que o potencial da carga discutem sobre o panorama do segmen- aérea brasileira não tem relação com to e avaliam as diferentes possibilidades as áreas aeroportuárias disponíveis para o complexo – mas ainda o mais gla- hoje no país. “Existem grandes erros. Um deles é indicar a construção de mouroso – modal de transporte. Novembro/Dezembro 2017 - Revista Tecnologística - 31
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aeroportos dedicados compartilhar o espaà carga. Para isso, há a ço. Mas seria melhor necessidade de operar se pudéssemos utilizar apenas aviões cargueiuma estrutura pública, ros, é preciso um incomo alguns aeroporvestimento de material tos têm, e que fôssede solo muito grande mos cobrados apenas que não justifica, por pela utilização”, frisa. exemplo, três voos por Para Febeliano, até semana ou até mesmo mesmo as deficiências um voo por dia”, retrazem oportunidades lata. De acordo com o de negócios. Ele diz professor, a infraestruque na medida em que Leal: o potencial do mercado tura de terminais que é preciso desenvolver de carga aérea precisa ser mais o país possui já supre em alguns aeroportos bem aproveitado as demandas atuais do a infraestrutura, podemercado e um possível crescimento. -se agregar serviços nesses locais. “Esses pontos deixam de ser apenas uma Entraves operacionais passagem de carga do caminhão para o avião, para se tornarem terminais de Executivos do mercado – operadores armazenagem temporária ou de proaéreos, agentes de carga e embarcadores cessamento das cargas”. – têm uma visão um pouco diferente do A diretora da Azul Cargo Express, docente. Para eles, nem tudo no setor Izabel Reis, também cita o trabalho está de acordo e a infraestrutura física, a próximo aos gestores dos terminais exemplo da malha, continua, sim, sen- como a chave para a resolução dos do um dos principais gargalos. problemas. “Alguns aeroportos se preO vice-presidente Comercial e ocupam com a logística de carga, mas de Marketing da Modern Logistics, outros a deixam de lado, e temos que Adalberto Febeliano, segue até cer- entrar para mostrar o que podemos to ponto a linha de pensamento de trazer de negócios”, revela. Segundo Leal, ao não chamar de gargalo, e sim ela, nos hubs da empresa – Viracopos, de deficientes, as estruturas disponí- em Campinas (SP), Belo Horizonte, veis. “Em alguns aeroportos sob a Recife e Cuiabá – foram estabelecidos gestão da Infraero existem terminais acordos com os administradores, seja públicos de cargas que podemos uti- a Infraero ou os concessionários, para lizar, mas, onde não existe, é preciso melhoras contínuas nos processos. alugar terreno para desenvolver um terminal próprio, e isso demanda investimento e tempo”, diz. Enquanto isso, naqueles que foram concessionados e recebidos do poder público sem uma infraestrutura para carga, já há áreas de armazenagem que foram desenvolvidas e os operadores podem utilizar. Esse modelo parece agradar ao executivo, mas com ressalvas. “Podemos fazer parcerias com outras empresas e entidades que já atuam em determinado terminal e 32 - Revista Tecnologística - Novembro/Dezembro 2017
Izabel diz que o trabalho não para, e a questão da infraestrutura dos aeroportos é revista a todo o momento, já que cada vez mais os clientes querem eficiência e baixo custo. O gerente sênior de Global Trade para a Fedex, Luis Mauri, é enfático. Para ele, os principais desafios do segmento no Brasil estão relacionados à infraestrutura, apesar do progresso que tem sido observado no país nessa área. “A Fedex possui uma robusta infraestrutura para servir ao mercado brasileiro e trabalha constantemente para adequar seus serviços às necessidades dos seus clientes”, garante. Ele continua dizendo que a empresa faz estudos de rotas e de frotas visando otimizar as entregas e operar em locais com restrições de circulação. Além disso, possui uma equipe especializada em gerenciamento de risco e tecnologia de ponta para a proteção do patrimônio próprio, do cliente e da operação. No entanto, completa Mauri, são necessários avanços na qualidade da conexão de voos. “Algumas das regiões do país carecem de serviço aéreo e isso afeta o transporte de carga, particularmente os envios expressos e os sensíveis ao tempo”, salienta. A infraestrutura deficiente em locais mais remotos do Brasil, onde existem aeroportos de pequeno porte, também é citada pelo diretor de Frete Aéreo da Panalpina Brasil, René Genofre. “Temos uma demanda de car-
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ga para pequenas cidades do interior A prestação de serviço também é do Paraná e do Rio Grande do Sul, por destacada por Igor Spreafico, diretor exemplo, que são atendidas por aero- de Operações do Grupo Elfa, empresa naves de menor porte, mas que pos- do segmento farmacêutico que utiliza suem uma infraestrutura aquém da com frequência o modal aéreo para necessária”, lamenta. Há outro aspec- seus embarques. “Poderíamos ter mais to. O diretor conta que a companhia voos. No verão há mais opções, mas recebe pedidos por fretamentos de quando o inverno chega a oferta cai pequenas aeronaves cargueiras, mas, entre 20% e 25%, impactando fortedependendo da localidade, há ques- mente nosso negócio”, revela. Além tões estruturais que não possibilitam disso, esse problema é agravado, na o desembarque. “O mercado automo- opinião do executivo, pelo fato de no tivo nos traz muito essa demanda e Brasil haver poucas companhias aéreas acreditamos que essa deficiência é um dedicadas à carga, com a aplicação de fator que deve ser trabalhado para que aeronaves cargueiras. o mercado de carga aéCom relação às árerea no Brasil possa realas operacionais, Spreamente operar”, ressalta. fico lembra que os aeEle aproveita e deroportos de Viracopos, fende a modelagem de Guarulhos (SP), Galeão concessão. Isso porque, (RJ), Brasília, Confins segundo Genofre, nos (MG), Recife e Porto aeroportos privatizados Alegre foram ampliaos fatores velocidade, dos e estão com boa flexibilidade de ateninfraestrutura, mas os dimento e negociação terminais instalados das tarifas aeroportuáem outras capitais brarias, além dos investisileiras ainda deixam Febeliano: alguns aeroportos mentos realizados, mea desejar. “Sou a favor apresentam estruturas deficientes lhoraram a experiência e acredito que o camido cliente. “Entendemos que essa é nho é privatizar para que haja mais uma movimentação correta e os aero- investimentos na infraestrutura logísportos que passarem por esse processo tica de carga”, diz. têm muito a ganhar”, acredita. O cenário setorial Paralelo a isso, o executivo define outros dois pontos que devem ser obApesar dos apontamentos em meservados: o impacto que o frete aéreo sofre no Brasil devido ao número li- lhorias e a indicação dos ainda premitado de companhias aéreas e a ca- sentes gargalos, o setor vem se recuperência de prestadores de serviços com rando depois de alguns anos de forte especialização em carga aérea nacio- retração. O número computado pela nal e em operações estruturadas nos agência reguladora e as iniciativas das aeroportos. “Muitas vezes temos que empresas que atuam no segmento voltar para nossos clientes e trabalhar mostram isso. Os dados mais recenem conjunto para desenvolver emba- tes divulgados pela Agência Nacional lagens que sejam compatíveis com a de Aviação Civil (Anac) mostram que malha e com os equipamentos que o transporte aéreo de cargas cresceu operam no Brasil, por exemplo. O ce- 5,4% em agosto deste ano em relação nário tem melhorado, mas ainda há ao mesmo período de 2016. Segundo a agência, esse crescimento se deve à deficiências”, pontua.
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Izabel, da Azul CarJá Mauri, da Fedex, é go Express, aposta em mais comedido. “Acreum mercado aéreo ditamos no futuro do promissor. “No semercado de transporgundo trimestre deste te brasileiro como um ano, frente ao mesmo todo, e não é diferente período do ano passaquando nos referimos do, crescemos 49%”, ao modal aéreo. Mas, anuncia. São três os para que o setor evolua, pontos que a executiva investimentos e ajustes considera como alasão necessários, e convancas dessa retomada fiamos que tanto o setor de desempenho, e o público quanto o privaIzabel: alguns terminais aéreos primeiro deles é o cresdo estão fazendo o que é deixam a carga de lado cimento do e-commerpreciso para desenvolver ce. “O modal aéreo garante agilidade esse mercado”, diz. Para o executivo, o a todo o processo, rapidez e entrega número divulgado pela Anac mostra no prazo, premissas para as empre- que o setor reage diretamente a invessas que atuam nesse segmento”, diz. timentos realizados, e isso mostra uma A segunda alavanca está relacionada reação do mercado nacional. “Acredito à segurança, o que tem atraído fa- que a ampliação da malha pode ter o bricantes e embarcadores de itens de mesmo efeito”, enfatiza. alto valor agregado para o modal. A Soluções operacionais terceira é a diversificação do portfólio de empresas atendidas. “Novos merPara suportar a retomada do mercados estão utilizando o modal, como o segmento de amostras da linha têx- cado e o esperado crescimento, os til e o de insumos para próteses den- players do setor investem na prestação de serviços e em ações estruturais. tárias”, revela. Febeliano faz questão de frisar que a Modern é um operador logístico integrado, e a carga aérea é uma das atividades desenvolvidas. A companhia começou a operar há dois anos, primeiramente com armazenagem e transporte rodoviário. Desde junho passado, com a assinatura do contrato de concessionária de serviços públicos de transporte aéreo regular com a Anac, passou a realizar voos com uma aeronave própria, um Boeing 737-400F com dez posições-palete e capacidade total para 20 toneladas, ampliando a oferta de serviços já oferecidos aos clientes. Hoje, há um voo que parte de Viracopos, faz movimentações em Brasília e tem como destino final Manaus. O retorno para o aeroporto campineiro também escala na capital federal. Divulgação Azul Cargo
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abertura de novas bases pelo país e ao aumento do uso da capacidade instalada nos últimos dois anos. O otimismo é compartilhado pelos players. Febeliano, da Modern, acredita no potencial do mercado. “Temos uma visão de integração nacional, ligando as principais cidades do país por meio do transporte aéreo, com regularidade e qualidade. Estamos em fase de desenvolvimento, ainda negociamos contratos, mas estimamos que quando estivermos operando com toda a capacidade o transporte aéreo representará entre 40% e 60% do faturamento da empresa”, calcula. O executivo diz que o foco da Modern é entregar alta qualidade e confiabilidade, principalmente para aquelas operações que realmente necessitam, como com produtos sofisticados e cargas de alto valor agregado. “Acreditamos que além dos mercados tradicionais, farmacêutico e de eletroeletrônicos, o segmento de autopeças tem um grande potencial. Existe uma lacuna para ser explorada no transporte aéreo de carga doméstico”, frisa.
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efetuamos tudo o que é necessário, desde aumentar a infraestrutura dos nossos terminais até aperfeiçoar as ações dentro do aeroporto”, descreve Izabel Reis. Além disso, ela destaca como diferenciais da Azul a capilaridade da malha – a companhia atua em 105 aeroportos em todo o Brasil, atingindo um total de 3.500 localidades – e a diversificação da frota. “Contamos com diferentes modelos de aeronaves para realizar nossas operações domésticas. São 40 ATRs com capacidade para 800 kg, 70 jatos Embraer para 1,5 tonelada, 8 Airbus A320neo para 3,5 toneladas e 5 Airbus A330 com capacidade para 30 toneladas”, divulga. De acordo com a executiva, essas características garantem eficácia e flexibilidade operacional. “Conseguimos realizar a movimentação desde cargas fracionadas até paletizadas. Ao todo, são cerca de 5,3 milhões de toneladas operacionalizadas em 14 mil voos mensais”, diz. Vale lembrar que todo esse volume é atendido pelas lojas da Azul Cargo. Atualmente, são 180 unidades em todo o Brasil, e a meta é chegar ao final do ano com 200 pontos de atendimento. Mauri: a infraestrutura ainda A Fedex também é o maior dos desafios Usuários frequentes foca na malha e na conectividade. Hoje conta Agentes de carga e embarcadores no Brasil com mais de 9 mil funcionários e conecta o país com mais de também desenvolvem estratégias para 220 países e territórios. Oferece servi- aproveitar o reaquecimento do modal ços de transporte rodoviário e aéreo e aéreo para a movimentação de cargas. Divulgação Fedex
E o reforço operacional e os investimentos em ativos são contínuos. O acontecimento mais recente foi a chegada, em novembro, do segundo Boeing 737-400F, com configuração similar à primeira aeronave. “Com o novo avião não estamos muito preocupados com a malha que iremos operar, porque faremos as rotas que os clientes demandarem”, explica. Até o fim deste ano a Modern deve receber mais um Boeing do mesmo modelo. Para conectar as cidades de menor porte aos maiores centros urbanos do país, a empresa utilizará aeronaves ATR-72F. Ainda não há prazo para a chegada dos aviões menores, mas a empresa tem como meta para 2020 contar com um total de 15 equipamentos próprios. A diversidade da frota reflete o modelo de negócio empregado. “A essência do planejamento do nosso negócio é a flexibilidade. Vamos voar para onde nossos clientes precisarem e firmar um contrato para atender suas necessidades, e não chegar com algo pronto para que o cliente se adapte”, garante Febeliano. O vice-presidente Comercial e de Marketing da Modern Logistics acredita que a empresa oferecerá um transporte mais confiável do que o rodoviário, por exemplo. “O importante é que com a infraestrutura que estamos montando podemos mudar a logística do país”, afirma. Na Azul Cargo Express, a ideia também é oferecer soluções customizadas. “Temos desenvolvido projetos logísticos de acordo com a necessidade do cliente, avaliando o que cada operação demanda. Dessa forma,
de logística. Os produtos chegam ao Brasil por meio de voos dedicados que ligam o hub mundial da companhia, localizado em Memphis, nos Estados Unidos, ao aeroporto de Viracopos. Ao todo, são quatro voos semanais operados por um MD-11. As cargas são as mais diversas, desde eletrônicos, peças automotivas e documentos até produtos sensíveis a temperatura e outras condições, como insumos para produtos de saúde, entre outros. A empresa não revela os dados sobre movimentação de carga local. No segmento aéreo doméstico, a companhia seleciona a melhor opção de transporte para o envio de carga. No Brasil, a Fedex tem aliança com as principais companhias aéreas, estratégia que possibilita a chegada a mais de 20 aeroportos, localizados de norte a sul do país. Segundo Luis Mauri, essas conexões são muito importantes, pois possibilitam o acesso a 5.300 cidades brasileiras por meio da combinação entre os modais aéreo e terrestre. A carga chega a esses aeroportos nos aviões das empresas brasileiras e então segue para o destino final nos caminhões e vans da Fedex. A companhia opera todos os tamanhos de encomenda e, dependendo do destino, também oferece fretamento de aeronaves. A decisão de fretamento decorre da necessidade do cliente e da característica da carga, como volume e tamanho, entre outras especificações.
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As ações são diversas e setores ficam com os bastante pontuais. René 50% restantes. “AcreGenofre, da Panalpina ditamos que pode Brasil, explica que a emocorrer a diversificação presa faz o agenciamendo mix, mas é preciso to para cargas internaque o custo se mostre cionais e nacionais. O economicamente mais comércio exterior repreviável quando compasenta 95% dos negócios rado, por exemplo, ao e os fretes aéreos domésdo rodoviário”, diz. ticos, que estão atrelados Já há um movimenaos serviços de armazeto para reforço e amnagem e distribuição, pliação da carteira de Genofre: concessões dos aeroportos clientes na Panalpina. 5%. “Desde o final do trazem muitos benefícios segundo trimestre o merGenofre considera que cado começou a reaquecer. A atividade o setor farmacêutico é um dos que de carga aérea nacional é estratégica possuem potencial para utilizar mais para a empresa e apresenta crescimento fortemente o aéreo. Como potencial médio anual de 17%”, estima. de mercado, ele vislumbra que os serA importância da atividade fica viços emergenciais são os mais inteclara no modelo de negociação empre- ressantes para serem convertidos para gado. Genofre informa que a empresa a carga aérea. “Estamos estudando tem uma estratégia mundial, que foi outros mercados que têm potencial trazida para o Brasil. Ele explica que de migrar, mas por questões estratégia preparação das operações de carga cas não podemos revelar quais são os aérea doméstica está lado a lado com analisados”, diz. os serviços internacionais. A estratégia No Grupo Elfa, negociar diretamentem um motivo. As negociações reali- te com o transportador aéreo é uma das zadas no exterior possuem um lastro estratégias adotadas. Mais do que isso, grande, pois existe interesse das aéreas para garantir os embarques previamenem ter uma capacidade já alocada para determinadas empresas, deixando para o mercado livre a menor quantidade de espaço possível. Com isso, as companhias de aviação asseguram antecipadamente a ocupação dos porões, e os agenciadores têm a garantia de utilização do porão, uma vez que isso foi previamente negociado. “Não sofremos mais, por exemplo, em momentos de picos”, comemora. A Panalpina utiliza o aéreo doméstico para as movimentações de itens dos segmentos de telecomunicações, como estações de transmissão; tecnologia, como telefones celulares, modems e startup boxes; e automotivo. Em volume, divulga o executivo, o automotivo representa 50% das movimentações, enquanto os outros dois 36 - Revista Tecnologística - Novembro/Dezembro 2017
te acordados, a companhia tem sob sua gestão a armazenagem, a entrega e a retirada dos itens nos aeroportos. Segundo Igor Spreafico, o contato estreito com as companhias é um dos aspectos mais importantes quanto à operação aérea. “O relacionamento ajuda na solução de problemas, como falta de espaço para embarque, e na melhoria do nível de serviço. Temos reuniões periódicas para montarmos juntos planos de ação. As companhias aéreas fazem parte de nosso crescimento, sem elas não conseguiríamos crescer cerca de 23% em média anualmente.” São diversas as ações fomentadas em parceria. Em Guarulhos, por exemplo, o grupo conta com uma área dedicada dentro do terminal de uma das companhias aéreas para agilizar a expedição dos envios. Já no centro de distribuição da Elfa em João Pessoa, há um analista de uma das empresas prestadoras de transporte aéreo dedicado às operações. O executivo conta que esse profissional auxilia a dimensionar a malha mensalmente, uma vez que sempre há alterações, orienta a composição do mix de produtos embalados considerando as dimensões
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ao sigilo em torno das operações. Como a especialidade da empresa é transportar cargas de alto valor – papel moeda, metais preciosos, joias, impressos de segurança (cartão de crédito, hologramas), produtos eletrônicos e farmacêuticos –, muito visadas para furtos ou roubos, utilizando Spreafico: oferta de voos cai funcionários próprios durante o inverno, impactando o é possível controlar de transporte de carga maneira mais efetiva o fluxo de informações. Vale lembrar que essa é uma estratégia global da Estratégias dedicadas ao aéreo companhia, que garante índices de sinistralidade e perdas próximos a Já a Brink’s, enquanto embarcador, zero. “Temos ocorrências pontuais, é um caso à parte no que diz respei- uma ou duas por ano”, indica. to à utilização do transporte aéreo. A O executivo revela que cerca de companhia multinacional de origem 50% dos negócios da companhia no americana conta com operações em país estão ligados ao transporte intermais de cem países e possui uma divi- nacional aéreo, com o embarque e o são, denominada Global Services, de- desembarque de produtos proveniendicada aos serviços de transporte e às tes dos Estados Unidos e de países da ações nos aeroportos. Segundo o dire- Europa e da Ásia. Os outros 50% estão tor da Brink’s Global Services, Roberto relacionados ao transporte terrestre e Martins, em cada país em que a com- aéreo doméstico. Martins diz que não panhia atua há uma equipe dedicada há a possibilidade de desmembrar a para essa divisão. No Brasil, a Brink’s participação dos serviços rodoviários e tem um total de 10.500 funcionários, aéreos, uma vez que a solução oferecisendo 240 profissionais dedicados à da é integrada pelos dois modais. Global Services. Atualmente, a Brink’s atua em Este é um dos diferenciais desta- 37 aeroportos instalados por todo o cados pela empresa, principalmente Brasil, atingindo 2.100 municípios. com relação à carga aérea. “Diferen- “Contamos com voos para todas as temente do que ocorre normalmente capitais do Brasil e para algumas granno mercado, todos os profissionais des cidades, consideradas estratégicas envolvidos em nossas operações aé- para o negócio da empresa”, resume. reas – despacho aduaneiro, desemba- São três os modelos de transporte raço, recebimento, movimentação, de cargas aéreas: voos fretados, com agenciamento das cargas e expedição, negócios firmados junto a empresas além das tarefas do dia a dia nos ae- de táxi aéreo que utilizam aviões de roportos – são funcionários próprios médio porte; o porão de aviões coda Brink’s”, conta. De acordo com merciais das companhias aéreas brao executivo, a estratégia de utilizar sileiras, empregadas no transporte de mão de obra própria está relacionada passageiros; e aeronaves cargueiras. para o resultado positivo. Nos aeroportos, os colaboradores passam por constantes ações de aperfeiçoamento. “Enviamos nossos farmacêuticos para que eles promovam treinamentos de qualidade e relacionados às especificidades de cada produto e às boas práticas de manipulação dos itens. Por conta desse trabalho, nosso índice de avaria é de apenas 0,05%”, define.
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Divulgação Elfa
dos porões das aeronaves, faz a emissão do documento de transporte, já pedindo prioridade no embarque, e efetua a roteirização dos embarques. Ainda sem data prevista, a meta é expandir esse modelo para os CDs de Brasília e Contagem (MG), atendidos pelo aeroporto de Confins. Esse profissional traz resultados positivos. “A partir de João Pessoa nosso nível de serviço é de 98%, enquanto nos outros pontos de embarque é de 95%. Já a acuracidade dos envios na capital paraibana, graças ao trabalho dedicado do profissional da aérea, é de 99%, e nos outros pontos de 98%”, divulga. Vale lembrar que esses índices são obtidos pois, além do analista que opera internamente no CD, um gerente da companhia aérea, baseado em São Paulo, acompanha de forma dedicada essas operações diariamente. Também sem data prevista, há planos de expandir esse modelo. O Grupo Elfa utiliza voos partindo dos aeroportos de Porto Alegre, Florianópolis, Curitiba, Guarulhos, São Paulo (Congonhas), Campinas, Brasília, João Pessoa e Belo Horizonte. “Nesses locais contamos com CDs que consolidam as cargas e as enviam para as demais capitais do país para serem distribuídas. Ao todo, operamos cerca de 352 voos por mês, atingimos 203 cidades por meio de nossa malha e efetuamos 8.500 envios mensais, sendo 45% realizados pelo modal aéreo”, cita. Sem entrar em detalhes, uma vez que são dados estratégicos, Spreafico garante que a utilização do modal aéreo proporciona menos avarias, menores índices de roubos e pouca sinistralidade – são alguns extravios, mas nenhum roubo, enquanto no rodoviário os índices de roubo são altos. “Para nós, a operação aérea é mais viável economicamente quando a comparamos à rodoviária”, resume. A equipe própria do Grupo Elfa também merece atenção e contribui
Ao todo, 800 voos por mês são utilizados para as movimentações dos produtos pela Brink’s. A empresa não revela os números consolidados quanto ao volume transportado mensalmente, mas divulga que 70% são alocados nos voos fretados, 20% nos cargueiros e 10% nos porões dos voos comerciais. O modelo empregado depende do destino, da urgência da entrega ou de suas características (se pode, por exemplo, compartilhar o espaço com outros tipos de envios). O executivo revela que, considerando somente as aeronaves fretadas, a companhia voa 100 mil km por mês para realizar as operações de transporte de carga.
Divulgação Brink´s
Há outro ponto. Apesar de citar que para a Região Norte há uma boa frequência de cargueiros, o executivo reforça que ainda existe escassez de aeronaves e uma agenda não muito favorável em termos de horário. Para ele, a explicação talvez esteja relacionada à dificuldade que as aéreas que utilizam cargueiros têm de viabilizar economicamente uma malha mais robusta. “Elas cobram os envios por peso e pela cubagem, e nossa operação não é muito atrativa pela característica das nossas cargas, normalmente de pouco volume e alto valor”, reconhece. A questão da segurança é outro fator que inibe, já que os procedimentos devem ser rígidos e necessariamente garantir um alto nível na Melhorias, mesmo com gargalos origem e no destino. Quanto à infraestrutura dos aeroApesar dos serviços portos, o executivo conextremamente dedicasidera que ela melhorou dos, a Brink’s também nos últimos anos graças é impactada pelos às privatizações, e os constantes problemas investimentos realido setor aéreo. Segunzados surtiram efeito. do o executivo, a uti“Quando comparamos lização de cargueiros é as operações atuais com baixa devido à malha as que realizávamos há pouca extensa e à falta cinco anos, verificade abrangência, uma mos que conseguimos vez que para algumas operar hoje de maneiregiões do Brasil não ra mais eficaz. Ainda Martins: algumas regiões do país existe oferta de voos há muito que fazer, o sofrem com falta de voos com aeronaves conficenário brasileiro é um guradas apenas para o transporte de dos mais desafiadores, mas estamos cargas. E ele faz uma sugestão que observando o movimento do governo contribuiria para as operações da quanto a novas privatizações e planos companhia. “Existe a necessidade de investimentos”, pontua. de uma malha aérea de cargueiros mais bem estruturada para as regiFábio Penteado ões Nordeste e Sul, pois temos difiAzul Cargo: (11) 4003-8399 culdade de encontrar voos”, conta. Brink’s: (11) 2133-0300 O que Martins diz é comprovado peFedex: 0800 703-3339 los números da companhia. Para esGrupo Elfa: (11) 4890-2001 sas duas regiões, 60% das movimenModern: (11) 4063-9338 tações são realizadas por aeronaves Panalpina: (11) 2165-5700 fretadas, e o restante pelas compaPoli/USP: (11) 3091-5208 nhias comerciais.
ARTIGO
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Caminhão e drone em tandem para entregas de última milha Uma abordagem de otimização de rotas Auro Castiglia Raduan
A
ponta final da entrega, também chamada de última milha, devido a seus custos e restrições crescentes, ainda permanece como um grande desafio logístico. Na incessante busca por soluções surgem diversas iniciativas, e o uso de drones é uma das mais recentes. Muitas vantagens já foram idealizadas: o equipamento pode ser operado sem um condutor ou piloto, exceto remotamente; pode evitar áreas de congestionamento; não precisa trafegar sobre um traçado e sobre restrições da malha urbana; pode navegar em linha reta diretamente para o local da entrega, portanto é mais rápido; o custo de manutenção é inferior ao dos caminhões; e em algumas situações contribui para reduzir a emissão de carbono, de ruídos e outros inconvenientes do transporte tradicional realizado por caminhões. Por outro lado,
como os drones utilizam baterias, sua autonomia de voo é limitada, e a carga transportada atualmente se restringe a pacotes pequenos e leves. De fato, os primeiros experimentos foram de lançamentos de drones a partir de um depósito próximo ao local do destino final. Uma única entrega, uma viagem de ida e volta para um mesmo local. Levando essa característica para uma operação real, pode-se imaginar o tráfego de drones indo e vindo com suas mercadorias a partir de depósitos localizados em centroides próximos aos seus clientes. Para evitar um descontrole na utilização, acidentes e outros possíveis problemas, as autoridades de diversos países resolveram criar sua própria regulamentação para esses veículos voadores. São normas de uso como a que limita drones totalmente autônomos, voos em áreas densamente povoadas, exigências de visaENTREGAS ATRAVÉS DE UM CAMINHÃO EM VÁRIOS LOCAIS da do piloto, etc. A PARTIR DE UM CENTRO DE DISTRIBUIÇÃO O transporte das entregas na ponta final ainda é realizado por caminhões, principalmente pela sua capacidade de efetuar várias entregas em diferentes locais aproveitando o trajeto da rota. No exemplo da Figura 1 observamos o caminhão saindo de um centro de distribuição e realizando entregas nos locais A, B, C, D e E e retornando para sua origem ao final. Comparativamente, o uso de caminhões para as entregas é mais eficiente que os drones pelo motivo citado. Porém não são desprezíveis as vantagens com o uso de drones. Como combinar essas duas modalidades e daí obter uma solução ótima? Uma alternativa híbrida de entregas surge com o uso combinado, ou em tandem, do Figura 1 drone com um caminhão. Esse é o fundamen-
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to de um novo método denominado “entrega de última milha com drone e caminhão em tandem”, que na prática procura combinar o melhor de cada veículo no processo de entrega. Um fabricante americano adaptou um caminhão para realizar o lançamento e o reabastecimento de um drone. Exatamente esse modelo está sendo objeto de experimentação, com sucesso, por uma grande empresa de courier em suas entregas rurais. O caminhão transporta o drone até um ponto onde ele possa ser lançado. Esse drone chega ao local da entrega, realiza o serviço, decola e voa ao encontro do mesmo caminhão lançador mais adiante. Tudo isso acontecendo dentro de um raio de ação permitido pela autonomia do drone. EdZ ' ^ dZ s ^ D/E, Kͳ ZKE D d E D D s Z/K^ Para aumentar a usabilidade de ambos os veLOCAIS A PARTIR DE UM CENTRO DE DISTRIBUIÇÃO ículos, enquanto o drone realiza sua entrega, o caminhão faz o mesmo em um ou mais pontos, até se encontrar mais adiante com seu respectivo drone. Esse processo se repete até o final das entregas da rota. Mas apesar do aumento da usabilidade, como mostrado na Figura 2, qual será o cenário quando essa operação compreender um grande número de entregas em diferentes locais? Nesse caso será exigida a utilização econômica de uma frota de caminhões e drones, oportunidade para se pensar em processos de otimização de rotas, rastreamento logístico e gestão das entregas. No caso de otimização de rotas, pela novidade do tema, alguns modelos teóricos e genériFigura 2 cos têm surgido para delinear o problema, com visibilidade do local a ser atendido pelo drone a partir a denominação de Drone Delivery Problem do lançamento, regulagens de altura para manobra do (DDP) ou Problema de Entrega por Drone. Para DDP em drone, requisitos de legislação, etc. Já os processos de rastandem, foram estabelecidos os seguintes elementos, treamento logístico e gestão de entregas por meio de GPS que devem ser considerados na solução do problema: nos veículos devem seguir os padrões já utilizados pelos • Função multiobjetivo: minimizar número de veículos e sistemas de entrega atuais. distância percorrida total; No futuro próximo, com o aperfeiçoamento das ba• Autonomia de voo do drone; terias, tornando-se mais potentes e leves, com novos • Tempos de preparação, despacho e recarregamento modelos de drones e com uma legislação definitiva, dado drone; remos mais alguns passos na direção de novos métodos • Determinação dos locais de despacho do drone (por exemde uso desses veículos aéreos para entregas, a novidade plo: o ponto X da Figura 2); mais espetacular ocorrida na logística urbana e rural dos • Locais que podem ser atendidos pelo caminhão enquanto últimos tempos. o drone estiver em serviço; • Cargas atendidas pelo drone e pelo caminhão obedecendo às restrições de cada um; Auro Castiglia Raduan • Velocidades médias de trajeto e tempo de serviço de cada CEO da VisiLog veículo para estimar o tempo total. (11) 2618-5154 Outros fatores ainda podem ser considerados, como Novembro/Dezembro 2017 - Revista Tecnologística - 41
EVENTOS
A 21ª edição do Salão Internacional de Transporte Rodoviário de Cargas – Fenatran deixou para trás qualquer receio gerado pelo conturbado cenário político e econômico brasileiro e superou as expectativas de organizadores e participantes, especialmente no que diz respeito à quantidade de negócios fechados durante o evento. Do dia 16 ao dia 20 de outubro, mais de 50 mil visitantes passaram pelo São Paulo Expo e puderam conferir de perto as novidades para o setor apresentadas pelos 350 expositores presentes na feira. Confira os principais produtos e serviços nas páginas a seguir 42 - Revista Tecnologística - Novembro/Dezembro 2017
A TP Industrial Brasil, companhia que produz e comercializa pneus para caminhões, ônibus, tratores e máquinas de construção e mineração com a marca Pirelli, mostrou durante o evento os novos produtos que complementam a Linha Premium Série 01 e a Série 88. O FG:01 na medida 235/75R17.5 é destaque da Série 01, pois segundo a empresa é o primeiro pneu projetado para o segmento misto no Brasil. O lançamento possui alta resistência e elevado índice de reconstrução como suas principais características, além de tratividade, durabilidade e segurança superiores. Outra novidade é o MC:01 na medida 295/80R22.5. Com talão 30% mais reforçado, o pneu para uso em transporte urbano e intermunicipal oferece maior resistência, durabilidade e segurança em eixos direcionais, trativos e livres. O desempenho é alcançado devido a uma nova geometria do talão, aumentando a vida útil do produto e seu índice de reconstrução, além de mais proteção no fundo dos sulcos, aumentando a segurança e a economia. Já na Série 88 os lançamentos são o FG:88 na medida 295/80R22.5 e o FH:88
Pirelli
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Fenatran se consolida como plataforma de negócios
• Pirelli apresenta novidades da Linha Premium Série 01 e da Série 88
• Ferramenta de gerenciamento de condução, da PST Electronics
• Librelato lança nova linha de graneleiros
PST Electronics
A empresa catarinense fabricante de implementos rodoviários Librelato lançou sua mais nova linha destinada às cargas a granel. A partir de um investimento de aproximadamente R$ 1 milhão, a empresa passou a disponibilizar no mercado o Graneleiro Librelato Linha Premium, que promete trazer inovações e maior resistência para o transportador. A nova caixa de carga foi revestida com o chamado Eco+, material mais leve, resistente e sustentável, composto de alumínio e polietileno. Outro diferencial é a fixação dos painéis, que é feita por meio de parafusos com porcas rebite, fator que impede as saliências externas e, por consequência, as danificações na lona de cobertura. As lanternas traseiras ainda contam com um design inovador, com uma iluminação totalmente em LED. A empresa buscou materiais alternativos que garantem maior durabilidade e leveza a fim de colocar a Librelato em outro patamar em termos de inovação
A PST Electronics, detentora da marca Pósitron, apresentou na feira o OBD20, produto desenvolvido para obter informações do conector de diagnóstico OBDII do veículo de forma simples e rápida. A novidade pode ser utilizada para diversos fins, tais como controlar a jornada de motorista, enviar logs e informações do motor e transmitir dados de direção do motorista. Ela possui GPS, acelerômetro e Bluetooth dual mode embutidos, com possibilidade de pareamento e transmissão dos dados para as plataformas Android e iOS. Vale lembrar que o lançamento suporta protocolo J1939 (veículos pesados). A solução foi projetada e testada de acordo com normas automotivas OEM para sistemas 12 V e 24 V e possui proteção Load Dump 60 V na fonte de alimentação. Além disso, conta com um componente dedicado para aumento de segurança de auten-
e tecnologia. O objetivo é proporcionar maior competitividade e redução de custos de manutenção para o transportador. (48) 3467-2200 • Peugeot traz novo utilitário para o Brasil
Peugeot
ticação e criptografia de dados e acelerômetro 3D para dados de direção e comportamento do veículo. O produto faz parte do portfólio da unidade de serviço de rastreamento da companhia. O segmento de transporte e logística é um dos focos da PST Electronics e já responde por 55% dos negócios da empresa. 4020-3340
Librelato
na medida 295/80R22.5TL, este aplicado em eixos direcionais e livres para médias e longas distâncias, em estradas asfaltadas e percursos planos e retilíneos. Suas características são maior durabilidade da carcaça, devido ao uso de compostos que reduzem a geração de calor, mais segurança, dirigibilidade e rendimento quilométrico. (11) 4322-2000
Reforçando sua presença no país e buscando preencher uma lacuna no mercado, a Peugeot lançou o furgão Expert, utilitário para cargas que promete aliar grande capacidade de carga com a dirigibilidade de um automóvel de passeio. A ideia da montadora francesa, depois de concretizar a reestruturação da sua rede de concessionários no Brasil, é trazer ao país o seu lastro conquistado na Europa com os chamados VULs, veículos utilitários leves. Segundo a empresa, o furgão conquistou uma fatia importante do mercado de utilitários e hoje detém 10% da participação em vendas de todo o segmento. Concebido para trechos urbanos e capaz de acessar estacionamentos, docas e qualquer tipo de local de carga, o Expert possui carga útil de 1.500 kg e volume de até 6,6 m³. Uma novidade é a ferramenta Moduwork, equipamento que possibilita o aumento de espaço para transportar cargas longas. Ela permite elevar o assento lateral do passageiro, liberando espaço e proporcionando uma maior produtividade. Outra característica do Expert é seu motor Euro 6, ainda raro no Brasil e já consolidado na Europa, e que atende às mais rigorosas normas de emissões de gases po-
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EVENTOS
• Randon renova portfólio e apresenta novidades
Randon
A empresa de implementos Randon atualizou seu portfólio de produtos e ainda apresentou novas possibilidades para os clientes na Fenatran deste ano. As novidades chegam à linha de basculantes, graneleiros, siders, tanques e bases para contêineres. O semirreboque é destinado a aplicações severas, de alta exigência para o veículo e para a carga. A Basculante foi desenvolvida com um chassi robusto e vem ao encontro da necessidade de mercado, já que a Randon atendeu a sugestão de clientes para criar o produto. Outra novidade lançada na feira é o Tanque Cilíndrico Linha R, que apresenta inovações implementadas pela empresa para ser um diferencial no transporte de combustíveis. O tanque é produzido em aço carbono e sua estrutura cilíndrica permite maior amplitude de aferição, possibilitando uma versatilidade maior. Essa nova linha vem equipada com caixa de proteção no acionamento das válvulas e sistema bottom loading, que aumentam a segurança do carregamento. Entre os produtos que foram renovados dentro do portfólio atual da empresa, o Semirreboque Graneleiro Linha R, agora com sistema Ecoplate 2, continua sendo imprescindível ao
transporte de cereais a granel, adubos, fertilizantes, mercadorias encaixotadas e engradados. O Ecoplate 2 é mais leve, durável, completamente reciclável e tem maior facilidade de manutenção. A Linha R ainda conta com inovações que a tornam um produto diferente no mercado. Dentre as principais características destacam-se a instalação elétrica de LED, o uso do eixo com cubo radial outboard que facilita a manutenção dos freios e a pintura DuraTech, que resulta em maior durabilidade, resistência e retenção de brilho e cor. (54) 3239-2000 • Novos rastreadores, da Tracer Tag A empresa de iscas de carga e rastreadores Tracer Tag foi à Fenatran com duas novidades que interessam tanto aos motoristas quanto às empresas. Os rastreadores Block e Polar chegam ao mercado com uma série de fatores diferenciais que promete movimentar o segmento. Os lançamentos apresentam o novo módulo de rastreamento sem fio. A ideia da empresa é preencher uma lacuna no mercado nesse sentido, que oferece apenas rastreadores com fio e com poucas alternativas contra o roubo de cargas. Segundo a Tracer Tag, os novos Block e Polar são mais efetivos contra adversidades por serem mais difíceis de desativar. Os rastreadores com fio são conectados à parte elétrica do veículo e, caso sejam desativados, perdem todo o contato com o software de monitoramento. Já os novos rastreadores possuem um módulo duplo: além do aparelho ligado à parte elétrica do carro, existe um outro pequeno rastreador conectado via Wi-Fi com a fonte. Se o aparelho principal for desconectado, o outro rastreador é avisado imediatamente e as providências podem ser tomadas com mais rapidez. A grande diferença entre o Block e o Polar é a sua finalidade. Enquanto o primeiro atende a praticamente todas as demandas logísticas em termos de
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transporte de cargas, o segundo é voltado exclusivamente ao transporte de frigorificados. O Polar conta com o diferencial de, além do monitoramento padrão, oferecer também, em tempo real, as condições de temperatura, umidade e luminosidade. (12) 2012-1220 • Mercedes-Benz lança novos recursos para caminhões Accelo e Atego
Mercedes-Benz
luentes. O veículo, sendo assim, é mais sustentável que os atuais modelos da categoria que circulam no país. 0800 703-2424
A montadora alemã Mercedes-Benz atendeu ao pedido de diversos clientes e lançou 15 novos recursos para a linha de caminhões Accelo. O destaque fica para a nova versão de cabine estendida e a transmissão automática. Além disso, a empresa também lançou um sistema de partida em rampa (HSA), um novo controle de tração e um banco pneumático para o motorista. Os aprimoramentos da linha Accelo decorrem da evolução do Econfort, filosofia de desenvolvimento dos caminhões da Mercedes que visa maior conforto para o motorista e redução de custos para o contratante. A cabine estendida, por exemplo, dá mais espaço tanto para o condutor quanto para objetos e utilitários. O câmbio automatizado de seis marchas também é uma novidade para o segmento. A montadora agora oferece essa opção para toda a família de produtos. Os câmbios se caracterizam pelo escalonamento de marchas com primeira reduzida de 6,2 e última marcha com overdrive de 0,78, facilitando o trajeto em rodovias e cidades. A Mercedes ainda aproveitou a Fenatran para mostrar as novidades para a
• Ford apresenta caminhão semiautônomo com tecnologias avançadas
Ford
A montadora Ford apresentou o Cargo Connect, caminhão semiautônomo com uma tecnologia avançada em termos de conectividade. A ideia da empresa é atender dois aspectos imprescindíveis no transporte de cargas: a segurança e a produtividade. O caminhão tem lançamento previsto para os próximos anos e aponta uma tendência de uso de recursos tecnológicos em veículos de carga. O Cargo Connect é um caminhão equipado com sensores, câmeras, radares e outros recursos que permitem um nível mais intenso de controle e conectividade. O veículo foi montado em
cima de um protótipo Cargo 2428 8x2 Torqshift, primeiro da Ford com essa configuração de tração, e traz uma série de recursos semiautônomos que devem ser aplicados em veículos comerciais. Na segurança, por exemplo, o Cargo Connect traz um sistema autônomo de frenagem, alerta de ponto cego, alerta de permanência em faixa, piloto automático adaptativo, alerta de fadiga e monitoramento 360 graus do caminhão com câmeras conectadas a uma central de operações. Já para a produtividade, o veículo possui um gerenciamento inteligente de carga, além de um sistema de leitura de placas de trânsito e ajuste automático de torque. 0800 703-3673 • Daf lança novos caminhões e entra no segmento off road A montadora de caminhões Daf lançou na Fenatran dois novos modelos para operações de cana e madeira, entrando de vez no segmento off road. O CF85 e o XF105 são produzidos na fábrica de Ponta Grossa (PR) e devem chegar às concessionárias especializadas em 2018. A empresa já comercializou os veículos na feira por meio de suas diversas revendedoras. O CF85 está disponível com três opções de cabine: a Day Cab, com teto baixo, a Sleeper Cab, com teto baixo e cama, e a Space Cab, com cama, teto alto e as maiores proporções do segmento. Essa vertente ainda conta com o opcional de Skylight, faróis de teto que proporcionam maior visibilidade nas viagens noturnas. Já a linha XF105 possui as opções de cabine Comfort Cab e Space Cab, ambas com leito e com todos os opcionais do CF85. Os dois modelos também contam com o primeiro degrau de acesso à cabine reforçado, além de serem equipados com o motor Paccar MX 13 de 460 cv para o modelo CF e de 520 cv para o XF. Todos os modelos dispõem de proteção no radiador. A versão florestal conta também com proteção do cárter
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de óleo e o modelo para cana com redutor de nuvens de poeira para proteção do motor. Nesse modelo o veículo também vem equipado com um sistema de exaustão vertical. (42) 3122-8400 • Volvo Trucks comemora 90 anos com versão especial do caminhão FH A Volvo revelou na Fenatran a série especial do seu caminhão pesado FH, lançado como parte das comemorações de 90 anos da companhia. Os novos veículos são inspirados na Performance Edition, uma edição especial apresentada recentemente na Suécia, país onde está situada a matriz mundial da Volvo. De acordo com a própria companhia, a versão fabricada no Brasil celebra a alta performance em tecnologia, segurança e produtividade. Serão apenas 40 unidades dos modelos FH540 6x4 e FH460 6x2, oferecidos nas cores azul e prata. Externamente, a cabine Globetrotter tem adesivos laterais ao longo de toda a porta e avançando nas carenagens, mostrando faixas em referência à bandeira da Suécia. O FH da edição especial chega com suspensão pneumática, carenagens late-
Volvo Trucks Kion
linha de semipesados Atego, como as novas cores disponíveis, um novo climatizador, painel de instrumentos com novas funções e o EBD, um sistema de distribuição de força de frenagem. Esses e outros itens estão dentro do chamado Pacote Robustez, que promete mais resistência e durabilidade aos caminhões da linha. O câmbio do modelo também é uma novidade, com a instalação do PowerShift G140-8K de oito marchas. A nova tecnologia possibilita um piloto automático que oferece mais praticidade e economia, já que sua inteligência está configurada para o caminhão atingir a velocidade ajustada o mais rápido possível, ou seja, utilizar o máximo de desempenho com torque e potência. (11) 4173-6611
Daf
EVENTOS
A fabricante de baterias para veículos Pioneiro lançou na Fenatran sua mais nova linha premium de produtos para o segmento pesado. As baterias são destinadas a caminhões pesados e semipesados, tratores e ônibus, e prometem alta performance para os operadores que utilizam tais veículos. A linha chega com três novidades: os modelos B180PD, B180PE e B225PE, todos para operações específicas com cada veículo. Segundo a empresa, os novos
• Sascar destaca estratégia de crescimento para a América Latina A Sascar apresentou seu novo plano de investimentos e expansão na América Latina. A ideia é inaugurar uma nova subsidiária na Argentina no próximo ano. Com 18 anos de história e três unidades abertas no Brasil – Alphaville (SP), Campinas (SP) e Curitiba –, que reúnem mais de 800 colaboradores, a Sascar inaugurou no último ano sua unidade de negócios no México. A filial conta com 28 mil veículos conectados e cerca de cem colaboradores. “Temos uma base consolidada relevante no Brasil e a nossa meta é expandir as operações. Somos parte de uma das mais importantes iniciativas dos novos modelos de negócios de mobilidade da Michelin e queremos ser reconhecidos por oferecer soluções que contribuam para o sucesso dos negócios de nossos clientes”, comentou Gilson Santiago, CEO da Sascar. Para o executivo, a presença da em-
presa na Fenatran é importante para que os clientes tenham a chance de conhecer as novas soluções tecnológicas e também seu posicionamento. “É uma excelente ocasião para que tenham a oportunidade de reconhecer a importância estratégica que a Sascar representa para os planos de expansão do Grupo Michelin”, completa. (11) 2174-1500 • Continental lança nova linha de pneus de carga A fabricante alemã de pneus Continental apresentou sua mais nova linha de pneus de carga. Os produtos são destinados às aplicações de transporte regional e urbano, com foco em mineração e nos mercados canavieiro e de construção. Entre as novidades estão a medida 275/80R22.5, que amplia a oferta do modelo Hybrid HD3, disponibilizado atualmente na dimensão 295/80R22.5. O Hybrid faz parte da terceira geração de pneus de carga da Continental e foi desenvolvido para atender às exigências dos caminhões que fazem transporte de média e longa distâncias nas estradas nacionais. O modelo HDC1+ 275/80R22.5 também foi lançado na Fenatran e é uma das apostas da empresa nos terrenos mistos e nos setores de construção e canavieiro. O pneu se destaca pelo alto rendimento quilométrico graças ao
Continental
• Pioneiro apresenta linha de baterias premium para veículos pesados
modelos de bateria garantem maior área de distribuição de energia e reduzem os efeitos de temperatura devido a suas grades maiores e mais espessas. Outra novidade é a utilização de cola no fundo da caixa, que elimina a vibração e diminui a queda de massa durante o uso. A cola também foi colocada no topo do vaso a fim de acabar com as vibrações no topo das placas e com a quebra nas bandeiras. As mudanças prometem maior quantidade de massa ativa, maior desempenho e maior vida útil da bateria. (49) 3537-7500 Pioneiro
rais e defletores, além de spoiler dianteiro e degraus na cor da cabine. Internamente, os bancos de couro tornam a cabine ainda mais confortável. Os faróis são de xênon, e as rodas, de alumínio polido. Também externamente estão os espelhos angulares, no lado esquerdo do motorista e direito do passageiro, melhorando sensivelmente o campo de visão do condutor. O assento do condutor é reclinável e tem regulagens de encosto, lombar, horizontal e de altura, além de suspensão pneumática com amortecedor ajustável, aquecimento e ventilação. A cabine conta com extensão da almofada do banco, ajuste dos ombros e apoio para braços. O volante e os puxadores são em couro e os tapetes são personalizados com a inscrição Performance Edition. Os veículos são equipados com a caixa de câmbio I-Shift em sua última versão. O caminhão está recheado de dispositivos, equipamentos e acessórios: freios ABS, airbag, climatizador, central multimídia com tela touchscreen de sete polegadas, computador de bordo, piloto automático, farol luz do dia, indicador de temperatura ambiente, prancheta para anotações, luzes de freio de emergência, sensores de chuva e crepuscular, câmera de ré, pré-tensionador do cinto de segurança do motorista, refrigerador sob a cama e todos os itens da versão Top Class da linha F da Volvo. (11) 3047-2500
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EVENTOS
• Capo apresenta sistemas de carga e descarga por piso móvel
Capo
Presente na Fenatran, a Capo, empresa com foco em sistemas de carga por piso móvel, destacou sua gama de produtos que visam facilitar a vida dos transportadores. Os sistemas patenteados pela empresa são compostos de pisos móveis que podem ser instalados em qualquer tipo de caminhão e trabalham em conjunto com docas, facilitando a carga e a descarga do veículo. Os destaques ficaram por conta do piso móvel para carretas e caminhões baú, que permite que a carga fique presa entre a parede móvel e as portas traseiras, possibilitando o aproveitamento de toda a altura do baú, sem que as cargas se movimentem durante o transporte. O piso conta com três tipos de acionamento: hidráulico, para caminhões de até 50 toneladas, elétrico para cargas leves e elétrico para cargas pesadas. Outro produto que se sobressai é o piso móvel para cavaqueiras e graneleiras. De acordo com a empresa, o piso é
resistente a sujeira, areia e barro, além de demandar uma manutenção preventiva muito pequena. A carreta equipada com o sistema pode ser utilizada para transportar quaisquer outros materiais e cargas, não ficando restrita ao transporte de cavacos, grãos e similares. (47) 3634-0017 • Globalstar lança novidades no setor de telecomunicações via satélite A Globalstar, empresa americana de telecomunicações via satélite, apresentou suas novidades para o setor. Presente em mais de 120 países, ela conta com 72 satélites próprios e foi a primeira empresa a lançar uma segunda geração de satélites em órbita. No evento o grande destaque ficou para o SmartOne C, equipamento que, além de rastreamento, oferece comunicação serial e pode ser aplicado em soluções para a obtenção de relatórios completos sobre os ativos, com informações como temperatura de baú refrigerado e velocidade. O produto é um dispositivo pequeno, que trabalha com uma programação de até 12 intervalos diferentes de rastreio, possui alimentação por meio de pilhas internas ou fonte externa e sensor de movimento para acionamento do rastreio, características que fazem do equipamento uma solução eficiente para o gerenciamento de frotas, permitindo maior eficiência operacional, redução de custos e mais segurança. 0800 979-7890 • Iveco amplia linha Tector de olho em aniversário no Brasil A montadora italiana Iveco, já com os olhos voltados para a comemoração de duas décadas de sua presença no mercado brasileiro, lançou na Fenatran deste ano dois novos integrantes da linha Tector que vão competir no segmento de 8 a 11 toneladas. Os veículos são equipados com o motor FPT N45 de 4,5 litros e com transmissão de cinco velocidades. Os veículos semipesados, segundo a
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empresa, possuem uma cabine mais ergonômica e confortável e, para ser ainda mais confortável para o motorista, contam com alavanca de câmbio no painel, mesmo conceito da linha Daily, que fez muito sucesso no segmento de leves. Outra novidade é que a versão de 11 toneladas pode receber um terceiro eixo que faz dela uma opção única ao cliente, com capacidade aumentada para 13 toneladas, podendo rodar como veículo urbano de carga (VUC). Os novos modelos Tector estarão disponíveis para venda a partir do último trimestre de 2018. 0800 702-3443
Iveco
composto utilizado em sua fabricação e é caracterizado com um desenho agressivo, marcado por sulcos profundos. Na feira, a Continental ainda anunciou uma nova plataforma digital de monitoramento de pneus, a ContiConnect. A tecnologia desenvolvida pela empresa alemã torna as frotas comerciais mais seguras ao permitir que os gestores monitorem, a partir de um portal, os dados de pressão e temperatura dos pneus de todos os veículos no momento do retorno ao pátio. Os dados são coletados por meio de um sensor instalado diretamente no pneu. (11) 5049-2790
• Noma oferece sistema EBS como opcional em seus implementos Comemorando 50 anos de mercado, a Noma apresentou durante a feira novidades que têm como objetivo aumentar a eficiência e melhorar a segurança nas atividades de transporte rodoviário de cargas. As linhas de implementos tanques e basculantes da empresa passaram a contar com um novo design, que busca a redução da tara para obter maior capacidade de carga. De acordo com a própria Noma, em consonância com esse aumento de carga foi necessário melhorar as condições de segurança, por isso os equipamentos foram lançados com um sistema eletrônico de frenagem (EBS, na sigla em inglês para
A Trucks Control apresentou seu portfólio de soluções em rastreamento e conectividade para o setor de logística, como o rastreador Smart, desenvolvido para atender operações com cargas de alto valor agregado, e o Connect Spy, equipamento portátil de dimensões reduzidas e extremamente leve, que pode ser aplicado diretamente à carga. O Connect Slim, por sua vez, direcionado ao cavalo mecânico, é um rastreador de redundância, que emite a posição do veículo a cada cinco minutos. Já o Connect Trailer funciona da mesma maneira, mas sua aplicação é feita na parte exterior do veículo, no chassi da carreta, por exemplo. O lançamento da empresa é o Connect Cargo, que traz a vantagem de informar não somente a localiza-
A montadora alemã Volkswagen lançou na feira sua nova linha de caminhões leves Delivery. Os veículos possuem cabine totalmente reformulada, trem de força mais robusto e inovações tecnológicas visando maior conforto e autonomia de combustível. Os caminhões chegam nos modelos 9.170, para 9 toneladas, e 11.180, para 11 toneladas, e já estão disponíveis nas concessionárias da marca. Dentre as principais novidades dos caminhões destacam-se os materiais mais leves e resistentes utilizados na fabricação, que garantem, segundo a empresa, uma redução de peso de até 10% na comparação com os modelos anteriores. O motor utilizado é o Cummins ISF de 3,8 litros e tecnologia SCR, torque máximo de 600 Nm e 165 cv de potência. Fechando a linha Delivery, o 13.180 compõe a oferta dos modelos
com maior capacidade de carga da nova família. Primeiro modelo equipado com terceiro eixo, o caminhão deve chegar ao mercado em 2018. O veículo atende a diversas aplicações, tendo sido projetado de acordo com a legislação de circulação de veículos urbanos de carga (VUC) das cidades onde há restrição de tráfego. (11) 5582-5122 • Novo produto marca a entrada da Truckvan no segmento rodoferroviário A principal novidade da Truckvan apresentada durante a Fenatran foi um conjunto mecânico para montagem em caminhão que possibilita a rodagem em ferrovias. Com isso, a empresa marca sua entrada no segmento rodoferroviário. A novidade faz com que o caminhão esteja apto a trafegar tanto em rodovias quanto em ferrovias, podendo realizar diversos serviços de manutenção, como soldagem e trocas de dormentes e também construção e ampliação da própria linha férrea. O equipamento para adaptação do caminhão é bastante enxuto e leve, representando uma tecnologia inovadora na comparação com as opções de veículos que hoje trafegam nas ferrovias para a realização desses trabalhos. Além disso, o caminhão recebe também um reforço na suspensão, para garantir uma atuação mais eficiente sobre trilhos. Assim, o veículo é capaz de se deslocar com segurança a uma velocidade máxima de até 60 km por hora pela ferrovia. (11) 2635-1133
Truckvan
• Equipamentos de rastreamento com tecnologia LoRa, da Trucks Control
• Volkswagen lança nova linha dos caminhões Delivery Volkswagen
Noma
electronic braking system). Oferecido como opcional, o sistema possui uma série de funcionalidades que contribuem com a segurança e a eficiência dos implementos. Além da função ABS (antitravamento das rodas), o EBS também auxilia na prevenção de capotamentos. Dentro do módulo do EBS existe um sensor de aceleração lateral que identifica, de acordo com a força G aplicada, uma possível eminência de tombamento. Nesse caso, o sistema verifica a velocidade das rodas e também o peso sobre o veículo e, se necessário, aplica de forma automática a frenagem nas rodas. (44) 3264-8000
ção, mas também dados de identificação do equipamento, garantindo ainda mais segurança e objetividade no serviço de rastreamento. Como diferencial, todos os produtos da Trucks Control operam utilizando, além de tecnologias como GPS e GSM, a tecnologia de comunicação por radiofrequência LoRa. Dessa maneira, os equipamentos ficam imunes aos jammers utilizados atualmente para interromper o rastreamento, garantindo mais segurança. (43) 3378-3500
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EVENTOS
Mercado logístico reaquecido
Divulgação
Realizada simultaneamente à Fenatran, a 32ª edição do Salão Internacional da Logística Integrada – Movimat serviu como indicativo do reaquecimento do mercado logístico ao receber mais de 15 mil visitantes. Além dos produtos apresentados pelos expositores, o evento contou com mais de 30 horas de palestras sobre as novidades tecnológicas e as principais tendências para o setor. De acordo com seus organizadores, o sucesso da sinergia com a Fenatran foi tanto que, a partir de agora, a Movimat também passa a ser bienal, acontecendo nos anos ímpares, além de contar com ilhas dentro de outros eventos setoriais nos anos pares
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• Novas empilhadeiras da Linde e bateria inovadora da Still As fabricantes de empilhadeiras Linde e Still, ambas do Grupo Kion, mostraram sua linha de produtos e apresentaram novidades durante a Movimat. As duas marcas se apresentaram em conjunto na feira, reproduzindo sua estratégia comercial no mercado brasileiro. As novas empilhadeiras a diesel HT100Ds a HT180Ds com transmissão Powershift, com capacidade de carga entre 10 e 18 toneladas, são uma alternativa ao conceito de transmissão hidrostática. O intervalo de manutenção aumentou para 750 horas de funcionamento, enquanto o padrão de mercado é de 500 horas. Dessa forma, os equipamentos Linde atendem à crescente demanda de operadores logísticos portuários e indústrias por períodos de inatividade mais curtos. A cabine basculante, com refrigerador combinado, facilita a manutenção. Enquanto a cabine pode ser inclinada para a frente eletro-hidraulicamente, o refrigerador combinado abre para trás. A vantagem é que a cabine inclinada não ocupa espaço lateralmente e, assim, os técnicos de serviços podem acessar os componentes no compartimento do motor de ambos os lados. Outro novo benefício é o Sistema de Monitoramento de Serviço (SMS), que pode detectar se a empilhadeira está em movimento ou estacionada com o motor em funcionamento. Assim, o número de trocas de óleo para transmissão, eixo motor e sistema hidráulico pode ser significativamente reduzido. Também foi desenvolvida a transpaleteira elétrica com operador embarcado T20SP, que tem capacidade de carga de 2 a 2,5 toneladas. Ela conta com bateria de 24 V e pode ser utilizada em trabalhos em docas niveladoras e movimentação
Still
horizontal em grandes distâncias. O equipamento oferece mais performance combinada com segurança. A construção robusta do chassi, com um campo de visão de 270°, permite maior produtividade nas operações. Na Still, o destaque é a empilhadeira elétrica de contrapeso RX 20-20, que conta com bateria de lítio-íon, que tem vida útil duas vezes maior do que as de chumbo-ácido. Além disso, ela não necessita de manutenção e é totalmente recarregada em apenas uma hora. As empilhadeiras com essa tecnologia consomem 30% menos energia do que as máquinas com bateria de chumbo-ácido. A empilhadeira elétrica de contrapeso RX 20-20 tem capacidade de carga de 2 toneladas e tem baixo custo operacional, além de trabalhar sem emissão de gases poluentes. A nova transpaleteira ECU 15 C tem capacidade de carga de 1,5 tonelada e oferece ergonomia para conduzir, elevar e abaixar cargas sem qualquer esforço, além de alta capacidade para realizar manobras. Seu motor de 24 volts é bastante silencioso, equipado com uma bateria de gel livre de manutenções, com uma capacidade de 85 Ah. Com um consumo de apenas 0,39 kW/h, a transpaleteira consegue atingir longos períodos de trabalho com máxima disponibilidade. Os garfos da transpaleteira possuem reforços adicionais para aumentar sua vida útil e têm as pontas arredonda-
das, para que possam ser inseridos nos paletes de forma rápida e precisa. Os roletes integrados sob a ponta dos garfos facilitam a entrada pelo lado fechado dos paletes, aumentando a produtividade da operação. Outra novidade fica por conta da FMX New Generation, empilhadeira elétrica retrátil com alta capacidade de carga residual, permitindo a elevação de cargas até 13 metros de altura e o manuseio de controle das funções hidráulicas do mastro, feito por meio de fingertips, com os quais o operador trabalha com mínimo esforço e permanece com o braço, punho e mão posicionados de maneira ergonômica e segura. De dentro da cabine, o operador trabalha com o maior campo de visão possível e excelente espaço para pernas e pés. Tanto o assento amortecido quanto a coluna de direção contam com regulagem individual. Ela está equipada com a exclusiva tecnologia Blue-Q: um programa de gerenciamento do consumo de energia que economiza até 10% de energia sem afetar o desempenho. O Blue-Q é ativado por meio de um simples toque no botão localizado no painel de instrumentos. (19) 3115-0600 • JLW Eletromax traz baterias de lítio para o mercado nacional A JLW Eletromax disponibiliza no mercado brasileiro as baterias de lítio ítrio fosfato de ferro (LiFeYPO4). Os produtos não agridem o meio ambiente, não têm efeito memória nem emitem gases tóxicos. Além disso, são totalmente selados e podem ser montados em qualquer posição. A bateria pode trabalhar até três turnos consecutivos sem precisar ser substituída. Comparada a outras fontes de alimentação, a bateria de lítio é uma solução mais barata, limpa e segura para a indústria de movimentação de mate-
riais, pois não exige equipamentos de manipulação para sua troca e nem salas de bateria, reduzindo a zero os custos com manutenção. O produto pode ser carregado em apenas duas horas, com consumo 30% menor de energia durante o processo se comparado às baterias de chumbo ácido. A vida útil das baterias LiFeYPO4 é superior a dez anos, podendo trabalhar de 5 mil a 7 mil ciclos, inclusive em temperaturas de -40 ºC a 85 ºC. Dessa maneira, o produto pode ser utilizado por frigoríficos ou em ambientes com alta temperatura e trabalho pesado. (19) 3491-6163 • Dematic apresenta o iGo neo CX 20 e o Crossbelt Sorter A Dematic, empresa pertencente ao Grupo Kion, lançou o veículo guiado automatizado (AGV, na sigla em inglês) iGo neo CX 20. Com sensores de rastreamento, a novidade segue o operador durante todo o seu trabalho de picking em cada corredor de um armazém. O AGV se mantém sempre a uma distância segura do operador e da estante, liberando o profissional para se concentrar completamente na retirada do produto da prateleira. O iGo também ajusta sua velocidade automaticamente, caso identifique algum obstáculo em seu caminho. Terminada cada coleta, o equipamento segue automaticamente para a posição no corredor em que o funcionário precisa pegar a próxima mercadoria. Como não é mais necessário que o profissional embarque e desembarque da máquina a cada processo, a produtividade do serviço aumenta em até 30%, além de reduzir os erros de picking e proporcionar ganhos de ergonomia. Além da Dematic, o Grupo Kion incorporou outras duas marcas recentemente: a belga Egemin, companhia de automação de intralogística,
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EVENTOS
Fronius
• Carregadores de baterias são os destaques da Fronius
A Fronius esteve presente na feira com soluções inovadoras em baterias de tração. Os produtos e serviços têm como objetivo garantir economia e praticidade aos clientes de intralogística. Um dos destaques fica por conta do processo de carregamento Ri, que reduz a perda de energia no início do carregamento e durante a fase de recarga, o que diminui os custos de eletricidade e emissões de CO2. O carregamento é frio e suave, aumentando significativamente a vida útil das baterias. Além disso, com os sistemas de carregamento da bateria Fronius Selectiva os usuários podem carregar diferentes tipos de bateria utilizando o processo Ri. Os novos modelos Selectiva nas categorias de potência 2 kW e 3 kW – projetados para 24 e 48 V– também estiveram expostos na Movimat. Es-
sas novas categorias atendem a diversos segmentos, principalmente centros de distribuição que dispõem de paleteiras. A companhia também apresentou o Cool Battery Guide Easy, solução que otimiza a utilização da bateria por meio do sistema de informação e gerenciamento. Uma unidade de controle ligada a uma faixa de LED em cada sistema de carregamento da bateria informa ao usuário que bateria foi carregada há mais tempo. Isso garante que todas as baterias serão utilizadas igualmente com a mesma frequência e com tempo suficiente para resfriar. A outra novidade fica por conta do Fronius Switch Box, sistema desenvolvido especialmente para empresas que dispõem de grandes frotas de locação de empilhadeiras. É uma solução para manter as baterias carregadas permanentemente mesmo que sejam armazenadas por muito tempo. Além de otimizar a disponibilidade e o desempenho, pode evitar danos em baterias, proporcionando mais economia. O diferencial é que com o Switch Box o estado de carga de até dez baterias pode ser continuamente mantido com apenas um carregador. O comando do Fronius Switch Box é feito por um display externo que pode ser ajustado pelo usuário. Ele reconhece se a bateria terminou de carregar antes do período determinado e comuta automaticamente para a próxima unidade. Assim que foi completado um intervalo, o procedimento é repetido até a retirada das baterias. Isso evita a sulfatação prejudicial decorrente da descarga e aumenta a vida útil. Se ocorrer um mau funcionamento da bateria durante o processo de carregamento, o display exibe uma mensagem que deve ser confirmada por um funcionário. Desse modo, é possível reconhecer os defeitos antes do envio aos
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clientes. Também é possível a ampliação com uma função start-stop externa, fornecendo maior segurança durante o carregamento: se o cabo de carga for separado, a função evita uma formação de faíscas e reduz para um mínimo o perigo de explosões. Como a caixa de comutação foi projetada de modo que seja possível conectar até dez baterias em um único sistema de carregamento, os usuários não precisam contar com outros dispositivos e as baterias não precisam mais ser carregadas antes da entrega. Isso aumenta a disponibilidade e os vendedores têm a possibilidade de fazer entregas mais rápidas. (11) 3563-3800 • Paletrans reforça portfólio com três equipamentos A fabricante brasileira de equipamentos para movimentação e armazenagem de materiais Paletrans Empilhadeiras apresentou, durante a feira Movimat, três produtos que chegam para ampliar as soluções oferecidas aos clientes: o transpalete manual TM2500, Paletrans
e a norte-americana Retrotech, especializada na integração de empilhadeiras com softwares utilizados pelos clientes na gestão de suas empresas. As três marcas foram absorvidas com objetivo de introduzir e conduzir a Kion à liderança das soluções da chamada Intralogística 4.0. A marca Egemin foi incorporada à Dematic e essa união de forças tem como meta proporcionar ao mercado soluções completas em automação para a cadeia logística. (11) 3627-3100
a empilhadeira elétrica modelo PT16 Fast Free Lift e o transpalete manual com balança TM2000B. O transpalete manual TM2500 tem capacidade para 2,5 toneladas e é ideal para operações de recebimento, expedição e movimentação de materiais em armazéns, indústrias e, no varejo, em instalações com corredores estreitos e espaços limitados de até 1,79 metro. Fabricado em aço estrutural, oferece resistência à corrosão e resistência mecânica. Dotado de bomba hidráulica, tem corpo fundido e permite rápido sistema de elevação com menor esforço na alavanca. O novo timão, desenvolvido com o auxílio da tecnologia de elementos finitos, proporciona ergonomia ao operador. As rodas abauladas reduzem o atrito com o solo e, consequentemente, o desgaste físico do operador durante a translação do equipamento. Os garfos do TM2500 podem ser oferecidos em duas larguras, 525 milímetros e 680 mm, comprimento útil de 1.150 mm e rodagem em nylon e poliuretano. Já a empilhadeira elétrica PT16 Fast Free Lift traz mais uma inovação tecnológica na fonte de alimentação: a bateria de lítio, que vai equipar todos os modelos da linha PT16 a fim de proporcionar um alto desempenho nas aplicações de tração e elevação de cargas. Com capacidade para 1,6 tonelada, a PT16 Fast Free Lift vai a uma altura de elevação livre de até 1,89 m, o que permite operações em condições de pé-direito baixo, como mezaninos e estruturas drive-in – a altura máxima de elevação pode ir até 5,4 m. O motor de tração tem 1,2 kW, com corrente alternada, e opera em 24 V. Já o motor de elevação tem 3 kW. A máquina está equipada, ainda, com o Controlador Curtis de corrente alternada, concentrando tração e elevação em um único controlador que oferece um sistema de regeneração de energia, pois aproveita parte da energia dissipada na frenagem do motor
de tração e a transforma em carga de bateria. De fácil manutenção e conectividade com handset ou computador, o controlador é de simples manutenção e é flexível em ajustes de parâmetros de velocidades de elevação e translação do equipamento. Desenvolvida para operar em corredores estreitos e espaços de até 2,28 m, a empilhadeira elétrica é ideal para o transporte e o empilhamento de paletes. Está disponível como opcional a plataforma para operador, necessária em alguns casos para transportes de longa distância. Para completar o portfólio, a Paletrans lança o transpalete manual com balança TM2000B. Com design totalmente novo, esse modelo de transpalete é equipado com uma balança com capacidade para 2 toneladas de carga. Tem como opcionais impressoras, etiquetadoras, display remoto com interface paralela e serial padrão via radiofrequência e software de gerenciamento de peso. O grande benefício do uso desse equipamento é a verificação do peso dos paletes sem a necessidade de transportá-los até uma balança. O lançamento conta com sistema eletrônico de baixo consumo, que garante longa vida útil às baterias e elevada autonomia de uso e oferece uso contínuo de até 50 horas. Sua autonomia de trabalho em stand-by é de até 100 horas. (16) 3951-9999
das e altura máxima de elevação dos garfos de 4,2 metros. O modelo F25G possui comprimento total de 3,6 e largura de 1,1 metro, enquanto a F30G tem comprimento de 3,9 e largura de 1,3 metro. Movidas a gás liquefeito de petróleo (GLP) e equipadas com motores GCT/K25, as empilhadeiras possuem, respectivamente, velocidades máximas de deslocamento com carga de 17 e 16 km/h. A contrabalançada KBG20, por sua vez, é movida a gasolina ou GLP e destinada também a operador sentado. Com capacidade de carga de 2 toneladas, ela apresenta comprimento total de 3,4 metros e largura de 1,1 metro. A elevação do garfo atinge uma altura máxima de 3 metros e a velocidade máxima do equipamento, tanto carregado quanto descarregado, varia de 15,7 a 16,5 km/h. A empilhadeira utiliza motor GCT/K21 e obedece aos padrões de emissão Euro 3A. Por fim, a empilhadeira patolada elétrica ES15-T para operador de pé conta com sistema AC com controlador Zapi, que garante melhor desempenho e menor manutenção. O sistema de direção e o timão são eletrônicos, oferecendo mais eficiência e operação suave da alavanca de controle, com interruptor de proteção de parada reversa, proporcionando uma condução mais confortável. A capacidade de car-
• Empilhadeiras a combustão e elétricas, da Baoli
Baoli
EVENTOS
A Baoli, marca pertencente ao Grupo Kion, destacou durante a Movimat três modelos de equipamentos de movimentação que a empresa disponibiliza para o mercado nacional: a série F de empilhadeiras de contrapeso a combustão, a contrabalançada KBG20 a combustão e a patolada elétrica ES15-T. Para operadores sentados, os equipamentos da série F apresentam capacidade de carga entre 2,5 e 3 tonela-
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• Saur amplia seu portfólio de produtos A Saur Kaup e a Saur Equipamentos apresentaram durante a Movimat novidades que chegaram para ampliar sua oferta de produtos. O posicionador duplo de garfos, totalmente remodelado para melhorar a visibilidade do operador, carrega dois paletes em uma única operação. Outras melhorias foram a substituição de mangueiras por tubulação rígida e as barras de encosto de carga com recortes vazados. Com as mudanças, o equipamento passou a ter menor peso, espessura, centro de gravidade mais baixo, maior capacidade residual, abertura e fechamento mais rápidos devido aos cilindros menores, maior estabilidade e maior vida útil devido a reforços no corpo. Além disso, apresenta baixo consumo de energia (aproximadamente 20% menor) devido à melhor capacidade de deslizamento e duplo guiamento com eixos cromados. Outra novidade é a pinça para retirar e colocar tampas laterais de caminhões. A solução traz mais praticidade e agilidade para as operações, bem como mais segurança e ergonomia
Saur
ga da ES15-T é de 1,5 tonelada, o comprimento total é de 2,3 metros, e a largura é de 85 centímetros. A retirada da bateria é realizada pela lateral do equipamento, tornando o trabalho mais conveniente. O mastro com grade protetora permite uma visão ampla e possui cilindro de elevação dupla para uma operação mais estável. A empilhadeira conta com braços protetores e plataforma escamoteável que conferem mais segurança e economia. Além disso, quando desce da plataforma, a máquina reduz a velocidade de translação para 4,5 km/h automaticamente, facilitando o trabalho, pois o operador estará se deslocando na velocidade normal de um homem andando. (19) 3115-0600
por evitar lesões aos profissionais que realizam a atividade. A pinça é sobreposta aos garfos da empilhadeira e as garras são protegidas com borrachas para não danificar as tampas. O equipamento, com duas funções hidráulicas, pesa 145 kg, tem 700 milímetros de altura, 1.500 mm de comprimento, 1.510 mm de largura e tem capacidade para uma tampa de caminhão, de aproximadamente 100 kg. A última novidade da Saur Kaup ficou por conta do garfo telescópico que possibilita carregar e descarregar caminhões ou vagões somente por uma lateral, diminuindo o espaço de manobras da empilhadeira. Ele combina a agilidade dos garfos convencionais curtos com a possibilidade de alcançar cargas mais distantes, como prateleiras de dupla profundidade. As faces inferiores dos garfos móveis são feitas com chapa metálica, resistente à abrasão. Já a Saur Equipamentos apresentou o Trucklift, um elevador hidráulico para manutenção, montagem e inspeção de veículos pesados. A companhia mostrou as versões de plataforma e de colunas. Os equipamentos permitem uma melhor ergonomia e produtividade por ter ajuste da altura de trabalho conforme a necessidade do serviço, além de conferir versatilidade e segurança por permitir um ambiente limpo e livre de concentração de gases. (55) 3376-9300
EVENTOS
Inarcan
A Inarcan, empresa especializada na linha de aramados, embalagens metálicas e dispositivos de movimentação para intralogística, apresentou todo seu portfólio de produtos na Movimat com uma novidade: as peças com acabamento anticorrosão Poliamida 11. Além de ser completamente livre de toxinas, o material é resistente a impactos, corrosão química e atmosférica, amortece vibrações e ruídos e é esterilizável a 130 ºC durante 35 minutos. Dentre os produtos que podem ser revestidos estão os tradicionais carrinhos de supermercado, contentores aramados e paletes metálicos. A empresa ainda mostrou na feira toda sua linha de embalagens e racks especiais para transporte, com destaque para o Container Standard, uma embalagem inteligente que promete aumentar a eficiência no transporte de produtos. Ele não exige nenhuma ferramenta para instalar seus alojamentos, além de ter as peças internas projetadas de acordo com o tipo de material a ser transportado. (54) 3282-8182
• ESL apresenta portfólio de softwares logísticos A empresa ESL, desenvolvedora de sistemas logísticos, mostrou no evento suas soluções, dentre as quais estão
os softwares TMS Rodoviário, Rodoaéreo e Container, todos visando uma maior eficiência e qualidade nas operações de transporte. O TMS Rodoviário foi desenvolvido para transportadoras de carga que atuam nos segmentos de carga fracionada ou fechada. A ideia é atender às especificidades do mercado, com controle de entrega, manifesto eletrônico, motorista agregado, sinalização de ocorrências, serviço de atendimento ao cliente, controle de jornada do motorista, entre outras informações. Já o TMS Rodoaéreo foi feito para agenciadores de carga que trabalham com o transporte rodoviário e com embarques em porões de aviões. O sistema possibilita o monitoramento da carga, mostra o horário dos voos, o registro da entrega via celular e permite a interação do agente de carga via aplicativo, podendo dar baixa nas entregas e imputar novos embarques, além de oferecer outras variáveis e módulos que podem ser acessados. O TMS Container, por sua vez, tem como público-alvo as transportadoras de contêineres que atuam nas atividades de importação e exportação de carga. Dentre os serviços oferecidos pelo sistema destacam-se o controle de demurrage, a programação de transporte, o controle de performance e o controle e o rastreamento via internet das entregas. (11) 2141-1900
carga e descarga de caminhões em locais sem doca elevada ou que não possuam altura suficiente para instalação de niveladores de carga convencionais. Construído em aço de alta resistência, o equipamento é montado com solda estrutural MIG (sigla para Metal Inert Gas), para evitar deformações, e apresenta garantia de um ano. Outro produto destacado pela Nivelartec foi seu kit de sinalização de docas – o único do tipo no Brasil, de acordo com a própria empresa –, que permite que o caminhoneiro execute a parada de maneira correta na doca, sem a necessidade de receber orientações, guiando-se apenas pelo sistema. Além disso, ao término da atividade de carga ou descarga, o equipamento avisa ao motorista que ele está liberado para sair da doca. As demais soluções disponibilizadas pela Niverlartec incluem ainda niveladoras embutidas e frontais, abrigos e batentes de docas e calços de roda. (16) 3334-5444
• Nivelartec divulga seus equipamentos para docas
• Open Operational Platform, da Processware
Especializada na fabricação, instalação e manutenção de equipamentos para docas, a Nivelartec apresentou seu portfólio de soluções durante a Movimat. Dentre os destaques da empresa está a doca elevatória móvel, desenvolvida para a utilização em estruturas que não possuem docas. Trata-se de um equipamento para operações de
A Processware oferece no mercado o Open Operational Platform (O2P), uma solução em cloud completa para operações logísticas complexas. De acordo com a própria empresa, trata-se de uma plataforma totalmente adaptável, capaz de digitalizar processos e otimizar as operações. O O2P traz soluções para controle de entrada, gerenciando todo o fluxo,
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Nivelartec
• Inarcan lança peças com novo acabamento anticorrosão
• Dispositivo sem fio para monitoramento de baterias, da EnerSys A EnerSys levou à feira seu mais recente dispositivo para monitoramento eletrônico de baterias, o Wi-IQ, que EnerSys
desde a emissão da nota fiscal do fornecedor até a organização física das cargas e o controle contábil. A plataforma faz também o controle de materiais, monitorando e otimizando em tempo real toda a movimentação física durante as operações. Por fim, o controle de pedidos planeja todos os fluxos de saída e entrega da empresa utilizadora. A solução apresenta total integração com todos os ERPs disponíveis no mercado. Como grandes diferenciais do O2P, a Processware destaca sua flexibilidade, conectividade, escalabilidade, resiliência e a capacidade de se ajustar de forma dinâmica a qualquer mudança, para garantir uma otimização mais consistente e constante. (12) 3206-5301
combina todo o know-how da empresa no gerenciamento de energia e status das baterias com as mais recentes tecnologias sem fios. O equipamento monitora e registra dados como nível de corrente, temperatura, tensão e eletrólitos da bateria, informando a situação em tempo real por meio de mostradores em LED. Os dados são registrados durante toda a vida da bateria, chegando até a 2.555 ciclos, e podem ser analisados no computador por meio do software Wi-IQ Report. Dessa maneira, é possível contar com um histórico do equipamento, proporcionando um gerenciamento completo. A coleta dos dados pelo PC pode ocorrer a uma distância de até 30 metros do Wi-IQ. Basta inserir o recep-
tor do equipamento na porta serial do computador, conectar-se com os dispositivos ligados às baterias e descarregar os dados, gerando relatórios completos e precisos, que fornecem uma visão ampla de cada bateria ligada a um Wi-IQ. (11) 2412-7522
KM
EVENTOS
• Tecnoportas oferece portas para ambientes industriais e logísticos
Tecnoportas
A Tecnoportas participou da Movimat mostrando suas tecnologias em portas automáticas, destinadas a ambientes industriais e logísticos. A empresa oferece opções de portas rápidas, de enrolar, seccionadas e de empacotamento. As portas rápidas são ideais para ambientes que exigem altos padrões de limpeza e higiene e também locais com grande fluxo de empilhadeiras. Elas contam com estrutura em alumínio e podem receber pintura eletrostática de alta resistência. As portas de empacotamento, por sua vez, também são indicadas para locais com grande fluxo de empilhadeiras, mas podem ser instaladas em vãos maiores, de até 15 metros, em ambientes internos ou externos, e sua velocidade pode ser adequada de acordo com a necessidade do cliente. (11) 4800-5750
bricação própria, a empresa garante suportes robustos, desenvolvidos para operar tanto com baterias de médio porte, como de paleteiras e transpaleteiras, como com baterias grandes, de empilhadeiras retráteis e contrabalançadas. Além de contar com equipamentos duplos e triplos, a KM trabalha com projetos especiais, desenvolvidos de acordo com a necessidade de cada cliente e operação, com o objetivo de proporcionar maior facilidade na realização das trocas de baterias. Já os extratores de baterias possuem sistema de roletes blindados que facilita a extração e sistema de travas de segurança para evitar a ocorrência de acidentes tanto durante o processo de extração quanto durante a movimentação das baterias. A KM confecciona extratores de acordo com as dimensões das baterias e também com a altura de cada modelo e marca de máquina disponível no mercado, além de contar com extratores para paleteiras. (19) 3886-8044
• Suportes e extratores de baterias, da KM
• Over Flash apresenta aplicativo para controle de entregas
A KM Carregadores de Baterias levou à feira seus suportes e carrinhos extratores de baterias. Com fa-
A desenvolvedora de softwares para logística Over Flash destacou, na Movimat, seu aplicativo web para acom-
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panhamento de entregas chamado Já Entreguei, com o qual é possível monitorar todo o processo de entrega em tempo real. Trata-se de um aplicativo móvel que utiliza uma criptografia avançada para garantir a segurança das informações. De fácil integração com outros sistemas, o Já Entreguei permite que o cliente receba a confirmação de entrega de cada remessa no momento em que ela é realizada. A Over Flash disponibiliza ainda um portal para que o usuário possa visualizar todas as entregas, por data, lote ou código de barras, além de relatórios gerenciais e detalhes sobre cada operação. O portfólio de produtos da empresa inclui ainda o Slin (Sistema Logístico Integrado), uma ferramenta integrada direcionada às empresas de logística, que conta com módulos WMS, TMS, de gerenciamento de frotas, financeiro, de compras, de faturamento, entre outros. (11) 4193-1043
ANUNCIANTES DA EDIÇÃO App Tecnologística...........................3ª capa Assine..............................................53 Baoli..............................................19 Clark.................................................11 Delta Industrial.......................................23 Favorita..............................................55 GLP...................................................15 Hines..............................................45 Intelligrated..........................................07 JSL.....................................................2ª capa L. Amorim................................................39 Modern.............................................37 Paletrans..............................................57 Quantic.................................................29 Reviva..............................................13 Sincronica..............................................27 Tegma....................................................05 Visilog.................................................33 Yale...................................................4ª capa