Revista Tecnologística Ed.261 - Maio 2018

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O CAMINHÃO DO FUTURO? Montadoras investem no desenvolvimento de veículos elétricos, mas a utilização em larga escala no Brasil ainda tem um longo caminho a percorrer

MÃO DE OBRA As estratégias dos operadores logísticos para encontrar e reter os melhores profissionais do mercado

ENTREVISTA Luis Fernando Silva, diretor de Logística da Drogaria Onofre: investimentos em estrutura, tecnologia, equipe e profissionalização para garantir o medicamento nas mãos do consumidor



SUMÁRIO

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MERCADO Fique por dentro de todas as novidades do mercado brasileiro de logística nesta seção

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CROSS-DOCKING

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ENTREVISTA O diretor de Logística da Drogaria Onofre, Luis Fernando Silva, detalha as atividades de transporte e armazenagem da companhia, que tem investido constantemente na expansão e no desenvolvimento de suas estruturas e processos a fim de oferecer prazos de entrega cada vez mais competitivos não só para as lojas da rede, mas diretamente aos clientes que realizam suas compras pelo e-commerce

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Divulgação Mercedes-Benz

Acompanhe o vai e vem dos profissionais no nosso movimentado setor

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Dificuldades de compor os embarques estimularam a Mexichem Brasil a desenvolver soluções racionalizadas de transporte. A Neolog mapeou e identificou as demandas da indústria e, numa ação colaborativa, definiu modelos operacionais baseados em algoritmos matemáticos a fim de otimizar os envios nos caminhões e o cálculo dos fretes

TRANSPORTE Em busca de alternativas aos combustíveis fósseis e em linha com estratégias sustentáveis, além de ampliar o portfólio de produtos oferecidos no mercado, montadoras investem em pesquisas, projetos e testes com caminhões elétricos para o transporte de carga. Os gargalos, contudo, por falta de ações colaborativas entre os órgãos públicos e a iniciativa privada, ainda persistem, como a falta de pontos de carregamento para os veículos

OTIMIZAÇÃO

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MÃO DE OBRA Atuando em um mercado que a cada dia se torna mais exigente e demanda os mais altos níveis de serviço, operadores logísticos buscam estabelecer estratégias para não somente atrair colaboradores de qualidade, mas também para motivar e reter os bons profissionais dentro da empresa

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PRODUTOS Conheça os principais lançamentos de produtos, sistemas e serviços voltados à logística

Capa: Michele Bianchi Foto: Dreamstime


EDITORIAL Publicare Editora Ltda. www.publicare.com.br

Diretores Shirley Simão shirley@publicare.com.br

Jorge Roberto Simão jorge@publicare.com.br

Máquinas e pessoas

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por meio da análise das principais tendências observadas no mercado que buscamos delinear os caminhos que apontam como será a logística no futuro. E dentre essas tendências é impossível ignorar os investimentos que vêm sendo feitos nos últimos anos em tecnologias de propulsão elétrica. O mercado de empilhadeiras é um bom exemplo de um setor que já se beneficia disso, visto que mais de 60% das máquinas utilizadas no Brasil são elétricas, contra pouco menos de 40% movidas a combustão. Os benefícios são inúmeros e já conhecidos, e o segmento de transporte rodoviário de cargas também se movimenta para adotar veículos tracionados por eletricidade em suas operações. Na nossa matéria de capa buscamos analisar as últimas novidades das montadoras nesse sentido, bem como as questões que ainda emperram a adoção em larga escala de caminhões elétricos e o que precisa ser feito para que esse transporte do futuro se torne uma realidade do presente, em especial no Brasil. E como a logística não é feita somente de equipamentos e veículos, mas essencialmente de pessoas, esta edição traz também uma reportagem voltada para o mercado de trabalho do segmento, que investiga as ações que as empresas vêm tomando para capturar e manter funcionários realmente qualificados e contar com verdadeiros talentos compondo seus quadros de colaboradores. Por fim, entrevistamos o diretor de Logística da Drogaria Onofre, que revelou todos os detalhes das operações da empresa, reconhecida por apresentar prazos de entrega extremamente baixos não somente na reposição dos medicamentos nas lojas de toda a rede, mas também no atendimento aos pedidos que seguem diretamente para os consumidores. Unindo os dois assuntos citados acima, Luis Fernando Silva fala sobre a importância de contar tanto com alta tecnologia quanto com profissionais qualificados para obter altos níveis de serviço. Uma boa leitura e até o próximo mês. Shirley Simão

Ano XXIII - N.º 261 - Maio 2018 www.tecnologistica.com.br Redação, Administração e Publicidade Av. Eng. Luiz Carlos Berrini, 801 - 2º Andar CEP: 04571-010 - São Paulo - SP

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MERCADO

Combilift tem nova fábrica na Irlanda

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Estrutura amplia e moderniza os processos produtivos dos equipamentos customizados da companhia

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fabricante de equipamentos para movimentação Combilift inaugurou, no dia 26 de abril, sua nova planta produtiva e sede global, localizada no condado irlandês de Monaghan, a cerca de 130 km da capital do país, Dublin. Ao todo, a companhia investiu 50 milhões de euros na estrutura, que conta com 46.500 m² de área construída em um terreno de mais de 40 hectares. Durante a cerimônia de inauguração, o primeiro-ministro irlandês, Leo Varadkar, destacou a importância de companhias como a Combilift estarem presentes em locais como o condado de Monaghan para desenvolver a Irlanda como um todo. “A Combilift é a prova de que uma empresa não precisa estar em uma grande cidade para alcançar sucesso global”, completou a ministra do Comércio, Empresas e Inovação da Irlanda, Heather Humphreys. Focada em soluções taylor made, feitas sob medida para seus clientes, 6 - Revista Tecnologística - Maio 2018

a Combilift exporta atualmente 98% de seus equipamentos para 85 países, incluindo o Brasil, por meio de uma rede internacional que soma 250 distribuidores, tendo a Europa e os Estados Unidos como principais mercados compradores. A companhia produz semanalmente cerca de 50 equipamentos e as quatro linhas de montagem de 90 metros da nova fábrica são capazes de fabricar

Situada em um terreno de mais de 400 mil m2, a nova sede da Combilift está preparada para receber futuras expansões

uma máquina a cada 15 minutos. As antigas plantas da Combilift, uma localizada no mesmo condado e outra na província de Ulster, próxima a Monaghan, estão trabalhando na produção de seus últimos pedidos e, quando eles forem encerrados, toda a fabricação estará concentrada na nova unidade. Neste ano de 2018, a Combilift está comemorando duas décadas de existência. Fundada pelo diretor-geral Martin McVicar e pelo diretor Técnico Robert Moffett, a companhia já nasceu focada em equipamentos customizados e desenvolveu a primeira empilhadeira multidirecional com motor a combustão interna com tração integral do mundo. Em seu primeiro ano de operação, foram fabricadas 18 unidades, das quais 17 tiveram como destino a exportação. Hoje a Combilift conta com 40 mil equipamentos de sua marca, dos mais diversos tipos, espalhados pelo mundo. “A customização em massa é a nova fronteira para o cliente e para o fabri-


sos planos para esta fábrica, em 2015”, diz McVicar, lembrando que toda contratação feita pela Combilift privilegia a mão de obra da região onde a nova unidade está situada. No total, 550 funcionários atuam no local, mas 200 novos empregos serão criados nos próximos anos para técnicos, engenheiros de Projeto, especialistas em logística e supply chain e profissionais especializados em mecatrônica e eletrônica. “A combinação desta fábrica de última geração e uma força de trabalho capacitada nos permitirá dobrar a produção em cinco anos”, finaliza o diretor-geral. Dentre as demais características da fábrica, que fazem dela mais moderna e ambientalmente amigável, está o teto coberto em 30% por claraboias, que permite que os funcionários trabalhem sob luz natural. Além disso, a estrutura conta com painéis solares, uma usina de biomassa alimentada por madeira reciclada de paletes e um Fernando Fischer

cante”, analisa McVicar. “Cada vez mais os clientes esperam que os produtos sejam adaptados para atender às suas necessidades. Fabricantes de empilhadeiras que oferecem produtos personalizados geralmente produzem baixos volumes, mas a Combilift está se tornando uma referência ao realizar a produção em massa de produtos sob medida, resultando em uma vantagem estratégica para nossos clientes.” Um dos principais destaques da nova fábrica é justamente sua flexibilidade, que a torna apta a produzir os mais diversos tipos de máquinas de acordo com as necessidades específicas de cada cliente. “Nós nos tornamos muito mais do que um fabricante de equipamentos de movimentação e estamos transformando o setor de logística com nossos produtos inovadores”, completa o executivo. “Nossos engenheiros proativamente projetam, planejam e produzem soluções em colaboração com os clientes, oferecendo análises de fluxo de materiais e animações em 3D, com simulação de armazéns para visualizar o potencial de capacidade, bem como o fluxo ideal de materiais.” Anualmente, a Combilift investe 7% de toda sua receita em pesquisa e desenvolvimento para incrementar cada vez mais sua capacidade de customização. A nova unidade dedica, inclusive, um espaço considerável a esse departamento, bem como área para testes dos equipamentos, modelo de armazém com estanterias que se movem para simular corredores com diferentes larguras, espaço dedicado a peças de reposição que são enviadas para todo o mundo a partir de Monaghan, além de amplas instalações administrativas. “Nós empregamos 230 novos colaboradores desde que anunciamos nos-

Kessler ao lado do primeiro equipamento fabricado pela Combilift

sistema de recolhimento de água da chuva para reúso em toda a instalação. A inauguração da fábrica teve a presença de representantes de todo o mundo e a Revista Tecnologística viajou à Irlanda a convite da Combilift para cobrir o evento. A comitiva brasileira que prestigiou a inauguração foi formada por Rafael Kessler, diretor Comercial da Combilift no Brasil, Maico Coelho, diretor da Rac Empilhadeiras, João Batista Barbosa, gerente-geral da Carmak, Mateus Lohn, gerente de Compras da Taf Distribuidora e vice-presidente da Associação de Distribuidores e Atacadistas Catarinenses (Adac), Alexandre Eiji Amato, gerente de Manutenção da WEG Brasil, e Roberto Cruz, superintendente da Terminais Portuários Ceará (Tecer). Na opinião de Kessler, o Brasil é um dos mercados com maior potencial para os negócios da Combilift globalmente, com a expectativa de elevar o número de equipamentos da marca utilizados no país nos próximos anos, especialmente devido à recuperação da economia. De acordo com o executivo, hoje existem aproximadamente 300 máquinas Combilift operando em todo o território nacional, entre empilhadeiras e movimentadores universais. O portfólio de soluções da fabricante inclui equipamentos destinados a todos os tipos de cargas, desde aquelas com dimensões diferenciadas e elevadas até as paletizadas e conteinerizadas, sempre buscando ajustar o produto às necessidades do cliente, garantindo uma movimentação segura, produtiva e com economia de espaço, utilizando tecnologia e design inteligente no desenvolvimento de máquinas robustas, confiáveis e de fácil operação. Combilift: (51) 3077-7444 Maio 2018 - Revista Tecnologística - 7


MERCADO

Programa de treinamento da Two Flex homologado pela Anac Divulgação

Companhia está autorizada a realizar parte do treinamento de seus pilotos em seu simulador de voo

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Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) aprovou o Programa de Treinamento Operacional (PTO) da Two Flex, que foi revisado e atualizado com as melhores práticas de mercado. Com a aprovação da agência, a companhia aérea está autorizada a realizar parte do treinamento de seus pilotos no simulador de voo recentemente adquirido. O PTO, que também atende às exigências de homologação do programa International Air Transport Association (Iata) Standard Safety Assessment (Issa), prevê dez horas de treinamento aos pilotos, sendo oito no simulador e duas nas aeronaves. O treinamento no equipamento permite a realização de manobras e simulações de emergência que não 8 - Revista Tecnologística - Maio 2018

seriam possíveis em uma aeronave em operação. Segundo o presidente da Two Flex, Rui Aquino, a aprovação do programa representa um diferencial significativo no alto padrão de segurança de voo da empresa. Ele destaca, ainda, que a companhia é a única do setor de táxi aéreo e aviação regional do país a contar com um simulador próprio. Instalado na base operacional da Two Flex no Aeroporto Estadual de Jundiaí (SP), o simulador de voo da aeronave turboélice Cessna Grand Caravan, o mesmo modelo que compõe a frota da companhia, já possui a certificação concedida pela Federal Aviation Administration (FAA) e é capaz de replicar a operação de voo em sua totalidade, simulando as mais

diversas condições, ocorrências e imprevistos que podem ser registrados. “O investimento na instalação de um simulador para treinamento dos nossos pilotos é muito importante e garante que a nossa tripulação esteja ainda mais qualificada para realizar os voos de forma segura”, afirma Aquino. A aquisição de um simulador próprio aconteceu em um momento estratégico. Isso porque a Two recebeu a autorização da Anac para atuar com Operação Complementar (transporte aéreo regular de passageiros), em todo o país. A empresa já atua na operação das rotas do Voe Minas Gerais, Programa de Integração Regional – Modal Aéreo, uma iniciativa promovida pela Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (Codemig), que interliga 17 cidades mineiras de norte a sul do estado. Além disso, a Two está em negociações com a Gol Linhas Aéreas para oferecer voos complementares em vários estados brasileiros, destinados a localidades com demanda de até 30 passageiros. A companhia informa que tem planos de adquirir cinco aeronaves Grand Caravan ainda no primeiro semestre de 2018, aportando um total de R$ 20 milhões. Em 2017, ela faturou R$ 65 milhões, crescimento de 24% em relação ao ano anterior. O melhor resultado se deu por conta do aumento do volume de cargas. A expectativa para 2018 é atingir R$ 80 milhões de faturamento. Two Flex: (11) 4582-2355



MERCADO

Modern tem novo voo para Manaus e Brasília a partir de Campinas

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Modern Logistics passou a oferecer, em abril, um segundo voo semanal para Manaus e Brasília a partir do Aeroporto de Viracopos, em Campinas (SP). Além disso, a companhia anunciou que uma terceira frequência ligando as cidades deve entrar em operação já neste mês de maio. “Esse é mais um passo na oferta de uma plataforma logística completa para o cliente”, destaca o CEO da Modern, Gerald Lee. “Queremos, neste momento da economia brasileira, alavancar o crescimento da indústria com soluções logísticas nunca pensadas até então.” De acordo com ele,

uma parte significativa da capacidade das aeronaves da empresa já está tomada pelos contratos acertados neste ano, e as perspectivas dos acordos em negociação permitem prever um aumento no número de voos regulares e de cidades atendidas. A Modern conta com armazéns em importantes polos industriais brasileiros, uma frota composta por duas aeronaves e mais de 90 parceiros de transporte rodoviário. O segundo Boeing 737-400F da empresa está operando desde o dia 20 de fevereiro e a terceira e a quarta aeronaves chegarão em maio e até o fim do primeiro semestre de 2018, respectivamente.

Nos últimos três meses, a Modern fechou cinco contratos de logística integrada nos segmentos de bens de consumo duráveis, hospitalares, correlatos e farmacêuticos. “Além disso, concretizando mais uma etapa na implantação dos sistemas da companhia, a Modern desenvolveu uma integração importante entre os sistemas de transporte aéreo e rodoviário. Assim, a empresa e seus clientes têm uma visibilidade abrangente das movimentações das cargas e isso nos permite emitir conhecimentos multimodais, porta a porta”, explica Lee. Modern: (11) 4063-9338

Infraero vai licitar terminal de cargas no Aeroporto Campo de Marte

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portfólio de clientes para o aeroporto em virtude de sua posição privilegiada, próximo ao Terminal Rodoviário Tietê, à Estação Carandiru do Metrô e à Marginal Tietê, via de acesso às rodovias estaduais e interestaduais”, explica o superintendente do aeroporto paulistano, Carlos Haroldo Novak. Embora o Aeroporto Campo de Marte não possua linhas aéreas regulares, ele é o quinto em movimento operacional no Brasil. Além disso, é um importante hub do agronegócio nacional, ligando mais de 1.300 municípios, bem como um centro de formação de pilotos: as escolas de aviação ali instaladas formam anualmente cerca de 1.100 profissionais, entre pilotos privados e comerciais e comissários de voo. Divulgação

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Infraero vai licitar a concessão de um armazém para servir como terminal de logística de carga no Aeroporto Campo de Marte (SP). A permissão de utilização do espaço prevê a exploração comercial do complexo e a operação das atividades de armazenagem e movimentação de cargas por dez anos, com preço mínimo mensal de R$ 60 mil e preço básico inicial de R$ 100 mil. A princípio, a licitação seria realizada no mês de abril, mas foi adiada para permitir que as empresas interessadas tenham mais tempo para avaliar o projeto e apresentar suas propostas, de acordo com a própria estatal. A área a ser licitada, que dispõe de 4.384 m², conta com um pátio de estacionamento de aviões com 22 posições, sendo uma para a aeronave King Air 350 ou três para a aeronave Gran

Caravan, que pode ser utilizada como cargueiro. As demais posições são limitadas a aeronaves de menor porte. Por se tratar de uma concessão sem obrigatoriedade de investimentos, o vencedor deverá arcar com eventuais adequações estruturais e futuras ampliações mediante autorização da Infraero. A empresa ganhadora também terá liberdade de escolher produtos e serviços mais aderentes à sua realidade mercadológica, sem uma predefinição. Caso seja necessário, o concessionário poderá solicitar à Receita Federal o alfandegamento da área para operar com cargas internacionais. “A Infraero espera um grande

Infraero: 0800 727-1234


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DHL Supply Chain assumiu o gerenciamento do novo centro de distribuição da indústria biofarmacêutica Bristol-Myers Squibb (BMS) no Brasil. Localizada em Itapevi (SP), a estrutura concebida pelo provedor logístico conta com 1.500 m² e é dotada de área climatizada (de 15 a 25 °C), câmara fria (2 a 8 °C), antecâmara (8 a 15 °C) e um bunker (15 a 25 °C) para armazenagem de produtos inflamáveis. O contrato representa o reforço dos negócios entre as companhias e impulsionou o desenvolvimento de outros projetos logísticos no mundo, especialmente nos Estados Unidos, México e Turquia. “Esse projeto de dois anos para construir o centro tem sido um excelente exemplo de colaboração entre equipes multidisciplinares”, diz o gerente-geral da BMS Brasil, Gaetano Crupi. O executivo completa dizendo que a iniciativa representa não apenas uma grande transformação na área de logística, mas também para pacientes que irão se beneficiar de todas as melhorias nas operações. O diretor de Operações da área de Saú-

de da DHL Supply Chain, Luís Rehder, ressalta que a iniciativa respondeu plenamente às necessidades da BMS quanto à qualidade, conformidade e capacidades regulatórias. “De fato, há uma sinergia muito grande em relação a aspectos técnicos e comportamentais entre as duas empresas. Vamos ajudá-los a se aproximar dos pacientes com mais eficiência e qualidade, evitando que eles tenham qualquer problema de abastecimento.” O escopo do trabalho da DHL abrange a recepção dos medicamentos – 100% importados –, estocagem, inventário, carimbagem, gestão dos pedidos e envio conforme a demanda para clientes da indústria localizados por todo o Brasil. O provedor logístico é responsável, também, pela gestão das câmaras refrigeradas e pela unitização de alguns medicamentos e, nesses casos, pelo embalamento. Dentre as tecnologias que serão utilizadas, destaque para o sistema WMS de gestão de armazéns que irá utilizar radiofrequência para uma gestão mais acurada e em tempo real dos estoques. Em termos de segurança, além de aplicar os protoco-

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DHL Supply Chain assume a gestão do CD da Bristol-Myers Squibb em Itapevi

los na área de saúde e atender todos os requerimentos regulatórios, o CD possui alguns equipamentos duplicados, como geradores de energia, a fim de garantir a total segurança dos medicamentos. De acordo com Rehder, nessa nova configuração, além de aprimorar a qualidade, a DHL dará mais controle e flexibilidade operacional à BMS, auxiliando em seu plano de expansão e no atendimento aos pacientes. DHL Supply Chain: (19) 3206-2200


MERCADO

Mercedes-Benz desenvolve versão 8x4 do extrapesado Axor para o transporte de madeira

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Novo veículo nasceu a partir de uma demanda da Breda Logística e conta com segundo eixo dianteiro direcional implementado pela Suspensys

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Mercedes-Benz desenvolveu uma nova versão de seu caminhão extrapesado Axor 3344 fora de estrada direcionado ao transporte de madeira, com o objetivo de atender à demanda da empresa Breda Logística por mais capacidade de carga na movimentação de eucaliptos do campo até a indústria. A solução foi criada em parceria com a Suspensys, fabricante de eixos do Grupo Randon, com participação da própria Breda Logística, sob coordenação do Centro de Customização para Clientes (CTT), área criada pela Mercedes para atender a pedidos especiais de empresas de transporte. O Axor 3344, que sai de fábrica na versão 6x4, ganhou um segundo eixo dianteiro direcional, implementado pela Suspensys, tornando-se um caminhão 8x4, o que proporcionou uma capacidade de carga de até 56 toneladas de peso

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bruto total combinado (PBTC) na utilização com um semirreboque de três eixos do tipo romeu e julieta. O kit 8x4 é produzido pela própria Mercedes e inclui, além do novo eixo, a suspensão de quatro lâminas e o sistema de direção. “Estamos sempre ouvindo atentamente o que os clientes e as estradas nos dizem, utilizando essa experiência como referência para a criação de novas soluções e o aprimoramento daquelas que já são consagradas no mercado por sua qualidade, eficiência e rentabilidade”, afirma Roberto Leoncini, vice-presidente de Vendas, Marketing e Peças & Serviços de Caminhões e Ônibus da Mercedes-Benz do Brasil. “Esse é o caso do Axor 8x4, desenvolvido a partir de uma demanda da Breda Logística, cliente e parceiro de longa data da nossa empresa”. “Isso tem tudo a ver com a história da Suspensys, que sempre foi uma empresa especializada no desenvolvimento de soluções customizadas para o mercado, adequando caminhões, carroçarias e implementos para as diversas demandas do transporte de carga”, diz Leandro Correa, gerente executivo da Suspensys. O novo Axor 3344 8x4 conta também com vários itens dispo-

nibilizados como opcionais, como escapamento vertical, limpador na posição vertical, acendimento automático dos faróis, proteção da chave-geral, proteção traseira e sinalizador Giroflex. A Breda adquiriu 23 unidades do novo caminhão para renovar sua frota. Os veículos da empresa são aplicados no transporte a partir de fazendas situadas em áreas de produção de eucalipto na região do Vale do Paraíba (situada entre os estados de São Paulo e Rio de Janeiro) com destino à indústria de celulose. Os valores investidos na compra não foram divulgados. “Desde que começamos a transportar eucalipto, em 2006, nós trabalhamos com o Axor 3344 e seu antecessor 3340 na nossa frota, e esses caminhões fora de estrada da Mercedes-Benz sempre se destacaram na nossa operação pela disponibilidade e ótimo custo operacional”, destaca Ricardo Rodriguez Canton, diretor-geral da Breda. “A versão 8x4 nos ajudará a aumentar a produtividade e reduzir ainda mais os custos operacionais, na medida em que poderemos transportar mais carga a cada viagem”. Entre caminhões plataforma e cavalos-mecânicos, a Breda conta hoje com cerca de 60 unidades do Axor 3344 e do 3340. Considerando todos os caminhões da empresa, a Mercedes-Benz responde por 65% de toda a frota. Breda Logística: (11) 4355-1500 Mercedes-Benz: 0800 970-9090 Suspensys: (54) 3239-3000


Negociações em alta na Wilson Sons Estaleiros Empresa de construção naval firma acordos para movimentações, conversão de plataformas e construção de embarcações Após cinco dias de viagem entre a capital capixaba e o Guarujá (SP), as embarcações chegaram à Wilson Sons Estaleiros. “Fazer parte de um grupo forte como a Wilson Sons nos traz muitas vantagens. Uma delas é oferecer para o cliente os serviços da Wilson Sons Rebocadores, caso precise de apoio no deslocamento da embarcação”, afirma Souza. Além da plataforma operacionalizada pela TechnipFMC, a Wilson Sons Estaleiros tem outras 17 docagens previstas para 2018, incluindo a conversão de um Platform Supply Vessel (PSV) para Oil Spill Recovery Vessel (OSRV). Desse total, nove serão para rebocadores da Saam Smit. A companhia tem em carteira, ainda, a construção de quatro embarcações, sendo dois rebocadores também para a Saam Smit e mais dois para a Wilson Sons Rebocadores. Três serão entregues já este ano. O executivo salienta que as ações são resultado do empenho da equipe Comercial. Além dos rebocadores e das docagens, a companhia busca também oportunidades no mercado, como a construção de embarcações militares. Sem entrar em detalhes, o diretor revela, por exemplo, que a Wilson Sons Estaleiros participará, em parceria com a Damen, de uma licitação para a construção de quatro corvetas para a Marinha. Divulgação

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Wilson Sons Estaleiros, empresa de construção naval do Grupo Wilson Sons, iniciou em março a docagem da Cábrea Vitória Lift1, uma plataforma com guindaste de capacidade de içamento de 350 toneladas. O serviço, contratado pela TechnipFMC – que atua no gerenciamento de projetos, engenharia e construção para a indústria de óleo e gás –, é o primeiro de uma série de iniciativas que a companhia realizará este ano e inclui procedimentos de manutenção e reparos para preservar a integridade estrutural, mecânica, elétrica e estética da embarcação. De acordo com o diretor executivo da Wilson Sons Estaleiros, Adalberto Souza, por ser a primeira vez que a companhia trabalha com este tipo de embarcação a operação demandou atenção. “Trata-se de uma docagem com duração de 35 dias, dada a complexidade do trabalho”, explica. A Cábrea Vitória Lift-1 estava em operação em Vitória e o seu transporte foi realizado pelo rebocador Telescopium, da Wilson Sons Rebocadores.

Wilson Sons Estaleiros: (13) 3347 -7200


MERCADO

CNT realiza estudo que aponta as condições do transporte de carga

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Confederação Nacional do Transporte (CNT) divulgou em abril o estudo Logística Urbana: Restrições aos Caminhões?, que analisa as condições do transporte de carga em sete regiões metropolitanas do país: São Paulo, Belo Horizonte, Curitiba, Porto Alegre, Goiânia, Recife e Manaus. Os resultados mostram que a urbanização acelerada do Brasil nas últimas décadas trouxe complexidade e desafios para a logística de abastecimento das cidades onde vivem 84% da população brasileira e circulam 96,7 milhões de veículos automotores. Nesse cenário, transportadores, gestores públicos e empresários lidam com variados graus de dificuldade para melhorar o transporte de cargas em centros urbanos. É preciso, portanto, compatibilizar as demandas do comércio e do setor de serviços com a variedade e volume crescente

de consumo da população e, ainda, com a necessidade de melhorar a qualidade de vida nas cidades, reduzindo os congestionamentos e a poluição ambiental. O estudo constatou, por exemplo, uma variedade de regras e de restrições à circulação de caminhões em centros urbanos, somada a problemas de infraestrutura, sinalização e fiscalização, entre outras deficiências que têm impacto sobre a atividade transportadora. Isso dificulta o planejamento do transporte de cargas, aumenta os custos operacionais e diminui a qualidade dos serviços de abastecimento das cidades. Segundo apontou o estudo da CNT, é preciso, entre outras ações, aprimorar as políticas públicas de trânsito, investir em infraestrutura, sinalização e fiscalização, ampliar vagas de carga e descarga e aumentar a segurança nas cidades, providências para que o transporte de mercadorias em centros urbanos seja

mais rápido, eficiente e de baixo custo. A análise da entidade apontou outras alternativas, como incluir o transporte de carga no planejamento urbano e nas políticas de trânsito, integrando todos os municípios das regiões metropolitanas, realizar gestão democrática e ampliar o controle social de todos os setores interessados – transportadores, embarcadores, compradores, fabricantes, distribuidores, empresas de transporte rodoviário de carga, autônomos, operadores logísticos, atacadistas, varejistas e consumidores finais. Além disso, é necessário melhorar a sinalização de trânsito e dar mais clareza e visibilidade às restrições ao transporte de carga, divulgando rotas alternativas e ampliando a fiscalização, especialmente nas áreas de carga e descarga. CNT: 0800 728-2891

Blu Logistics planeja expansão operacional no Brasil Meta é replicar o modelo adotado no complexo logístico da Colômbia

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Blu Logistics anunciou que, após implementar na Colômbia seu maior complexo logístico de cross-docking e supply chain, pretende replicar o modelo em outros países da América Latina, incluindo o Brasil. A estrutura em Bogotá é composta por armazéns gerais e alfandegados que totalizam 19 mil m², além de outros 40 mil m² espalhados pelo país. Eles capacitam a companhia a atender toda a cadeia de suprimentos para clientes de grande porte, com serviços de armazenagem, recebimento e entrega, montagem de kits e distribuição. “No caso do Brasil, começaremos com um trabalho focado nos terminais portuá-

rios de zona primária e secundária, com assessoria e negociações sob medida e de acordo com a necessidade de nossos clientes”, explica o diretor Comercial da Blu Logistics, Gabriel Carvalho. A empresa de logística internacional com foco nos modais marítimo e

aéreo foi fundada na Colômbia há 23 anos e está comemorando cinco anos de atuação no mercado brasileiro. Nesse período, o volume de carga movimentada aumentou em 138%. A Blu está presente em dez países, principalmente nas Américas e na Ásia, contando com 50 escritórios próprios. No Brasil, já ocupa o segundo lugar em movimentação de cargas com origem no Extremo Oriente no ranking de freight forwarders. Na China, onde conta com oito escritórios próprios, a empresa é líder em remessas de cargas para a Colômbia e para o Brasil. Blu Logistics: (11) 5671-8382


Acordo entre Tray e Squid Fácil beneficia logística das lojas on-line

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Tray, unidade de e-commerce da Locaweb, e a Squid Fácil, empresa especializada em drop shipping, anunciaram, em abril, um acordo a fim de facilitar a atuação de lojas on-line. Com o negócio, empresas com esse tipo de atuação não precisam mais contar com estoques próprios, uma vez que todo o processo logístico de remessa das mercadorias é realizado por triangulação diretamente ao consumidor. Com a integração da ferramenta da Squid à plataforma da Tray, os comerciantes têm acesso a diversas categorias de produtos, como ele-

trônicos, ferramentas, games, informática, beleza, brinquedos, artigos esportivos e decoração sem exigência de pedido mínimo. O lojista escolhe o que deseja ofertar e o preço de venda. Como as tecnologias estão conectadas, os artigos são exibidos apenas enquanto houver disponibilidade. Outra vantagem é a redução no tempo de entrega, que em alguns casos pode ser de menos de 24 horas. Segundo o diretor-geral da Tray, Willians Marques, com esse acordo a empresa oferece aos e-commerces que estão em sua plataforma a possibilidade de aumentarem o portfó-

lio ou mesmo iniciar um negócio sem a necessidade de investir em estoque, seja falando em produtos ou em espaço físico, de forma a reduzir o capital inicial. “Assim, inclusive, eles podem definir melhor o seu segmento de vendas, pois a compra do produto na Squid Fácil só ocorre após o cliente final pagar o lojista”, explica. Em 2017, a Tray movimentou mais de 7,8 milhões de pedidos, uma alta de 35% em comparação ao ano anterior. Squid Fácil: (15) 3500-0572 Tray: (11) 3136-0050


MERCADO

Companhia muda estrutura para São Bernardo do Campo a fim de prestar suporte ao plano de crescimento

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Fronius do Brasil, indústria que atua com três unidades de negócio – soldagem, baterias e energia fotovoltaica –, inaugurou no dia 20 de abril sua nova sede no país. A estrutura está localizada em São Bernardo do Campo (SP) e chega para substituir a antiga, instalada em Diadema (SP), a fim de prestar suporte à estratégia de crescimento traçada para os próximos cinco anos. Os investimentos feitos na unidade não foram revelados. Ao todo, a nova edificação conta com 4.860 m². Desse total, 1.600 m² são destinados à atividade de armazenagem, que dispõe de mil posições-palete, duas docas, pé-direito de 11 metros e capacidade para movimen-

tar 10 mil unidades. O restante da área é dividido entre área técnica e de treinamento. Vale lembrar que o CD anteriormente utilizado contava com 500 posições-palete e ocupava uma área de 1.000 m² – dividida em duas estruturas –, num total de 3 mil m² da antiga sede. Segundo o gerente de Supply Chain, Daniel Freitas, o novo espaço de armazenagem, que atenderá todo o Brasil, unifica a operação e uniformiza os processos. “Nossa meta é reduzir pela metade o tempo de separação e chegar a 99% de nível de serviço”, diz. Para o executivo, com a inauguração da sede e a mudança na logística, a Fronius passa ao mercado a mensa-

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Nova sede da Fronius amplia capacidade logística

gem de consolidação. O gerente revela ainda que faz parte da nova modelagem de movimentação da companhia a inauguração de um CD na cidade de Caxias do Sul (RS). O local contará com 500 m², 63 posições-palete e receberá os itens a partir de São Bernardo do Campo para realizar a distribuição em toda a Região Sul. “A nova Fronius proporcionará mais agilidade logística e suportará o plano de expansão da empresa no Brasil”, afirma a diretora-presidente, Monalisa Gomes. Fronius: (11) 3563-3800

BX Log expande sua atuação para o Espírito Santo

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BX Log inaugurou sua primeira filial no Espírito Santo, localizada no Terminal Intermodal de Serra. O operador logístico vai trabalhar no estado por meio de uma parceria com a Enivix, que atua com foco em armazenagem nos setores de cosméticos, eletrônicos, telecomunicações e de bens de consumo em geral. Mauro Henrique Pereira, CEO da BX Log, explica que a Enivix já opera há mais de 15 anos no local com atividades de armazenagem para diversos clientes, mas não de transporte. “A BX Log passará a realizar os serviços de transporte aéreo e rodoviário a es16 - Revista Tecnologística - Maio 2018

ses clientes, utilizando sua ampla malha de distribuição”. “A nova filial marca não só a continuidade do plano de expansão da BX Log, mas principalmente a oferta de nossas soluções ao mercado de distribuição de produtos com origem no Espírito Santo”, explica Pereira. “Além de atender ao mercado local, a partir de agora vamos operacionalizar a atividade de transporte aéreo e rodoviário para distribuição de produtos a partir da Grande Vitória, agregando valor aos clientes da Enivix.” A estrutura da BX Log inclui ainda a sede da empresa, situada em

Jandira (SP), outra filial no Rio de Janeiro e 72 bases operacionais em todo o Brasil, que completam a cobertura nacional tanto para entregas quanto para coletas de cargas. De acordo com Pereira, a empresa está investindo fortemente no modal aéreo, que traz mais agilidade e segurança para os produtos e para os clientes. A malha de distribuição da BX Log atende 100% do Brasil e está desenhada para operar com todos os perfis de carga, desde o e-commerce até produtos pesados e sensíveis. BX Log: (11) 3500-4760 Enivix: (11) 3032-1567


Grupo Toniato é destaque no prêmio Basf de Excelência aos Fornecedores Prestador de serviço apresentou o case Gera Sinergia e foi reconhecido na categoria inovação

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Grupo Toniato recebeu, no dia 9 de abril, durante o 10º Prêmio Basf de Excelência aos Fornecedores, o reconhecimento na categoria Transportes. Ao todo, 61 empresas foram avaliadas sob critérios de performance e inovação sustentável. A premiação tem como objetivo estimular o desenvolvimento da cadeia e reconhecer fornecedores que contribuam para a evolução conjunta de processos, atingindo níveis de excelência.

Para concorrer ao prêmio, os prestadores de serviço precisam participar da Together for Sustainability, iniciativa que busca promover a sustentabilidade e aumentar a transparência na cadeia de fornecedores da indústria química. Já a avaliação técnica foi dividida em duas etapas. A primeira é a performance, ponto em que todos os fornecedores foram avaliados nos quesitos qualidade, entrega e atendimento. A segunda etapa está relacionada à inovação sustentável.

Neste ano o prêmio incluiu a análise por inovação, aspecto em que o Grupo Toniato se destacou apresentando o case Gera Sinergia. “A Toniato obteve uma redução expressiva de CO2 nas suas operações por meio do melhor aproveitamento da frota e redução de viagens vazias”, diz o gestor Comercial do Grupo Toniato, Luiz Carlos Santos Monteiro. Basf: (11) 2039-2273 Grupo Toniato: (11) 3478-0809

Intralogística é a nova aposta da Translift para 2018 Empresa começa a desenvolver, fabricar e integrar sistemas para armazéns e centros logísticos

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Translift Sistemas de Movimentação e Armazenagem, companhia especializada em projeto, fabricação e integração de sistemas de movimentação de materiais, automação e sistemas de produção industrial, anuncia que começará a atuar no segmento de intralogística, com o desenvolvimento, fabricação e integração de sistemas para armazéns e centros logísticos. A expectativa com a estratégia é positiva. Segundo o presidente da Translift, Jair Alves, a meta é de que já este ano a intralogística represente mais de 50% dos negócios firmados pela companhia. “A logística 4.0 foi um dos fatores que alavancou essa decisão”, diz. O executivo explica que a empresa tem fortes raízes no setor automotivo, onde desenvolve desde projetos de equipamentos e soluções de menor complexidade até as mais sofisticadas, como

os automated guided vehicles (AGVs), transelevadores, transportadores de pisos e skids para grandes montadoras. “Essa experiência, somada a uma equipe de especialistas que buscamos no mercado, a planta e o pós-vendas no Brasil, parceria com a americana Genesys Systems Group, além de podermos oferecer ao empresário a facilidade de um financiamento, formaram um caminho natural para a atuação na intralogística há alguns anos”, relata Alves.

Os projetos da companhia para intralogística envolverão a chamada linha leve, composta por soluções em transportadores automáticos de rolos, roletes, rodízios e esteiras modulares plásticas, sorters, flow racks, elevadores contínuos, miniloads, armazéns automatizados com transelevadores e sistemas picking by light. “Nosso foco é a inovação e pretendemos oferecer ao mercado, ainda este ano, uma solução que empregue o estado da arte da conectividade que chegou com a indústria 4.0, aliando equipamentos e softwares de maneira única em armazéns inteligentes que provocarão um aumento da produtividade, com relevante redução dos custos, a partir da maior automatização das operações”, afirma Alves. Translift: (11) 3199-6200 Maio 2018 - Revista Tecnologística - 17


MERCADO

Getrak estabelece plano de expansão para o mercado logístico

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Getrak, empresa que atua no desenvolvimento de softwares e soluções para internet das coisas (IoT, na sigla para internet of things) e telemetria veicular, anunciou seus planos de expansão focados no setor de logística. O objetivo é investir na aceleração de seu roadmap e na evolução de sua plataforma de business intelligence (BI) e analytics, assim como em aplicativos, dispositivos de rastreamento e soluções de conectividade, incluindo redes para IoT. Os investimentos também serão direcionados à expansão do mercado de telemetria com o intuito de gerar resultados práticos e eficientes para operações de segurança, gestão de frotas e transportadoras atendidas pelos clientes da empresa. Para Frederico Menegatti, CEO da Getrak, o mercado está passando por um momento de mudança e disrupção,

com ciclos tecnológicos menores. “Saímos do paradigma de observar veículos no mapa para tecnologias massivas de BI que analisam em tempo real o perfil de condução, gerenciam manutenção preventiva, controlam a gestão de condutores e geram ferramentas práticas para redução de custo de frotas.” A empresa divulgou a estratégia depois de receber um investimento do fundo de venture capital gerido pela Cedro Capital. Os valores, no entanto, não foram revelados. O aporte é fruto dos resultados que a Getrak vem apresentando. Nos últimos quatro anos o faturamento da empresa aumentou 40% ao ano e a carteira de clientes cresceu 260%. “Há três anos a Getrak vem realizando ações planejadas, entre elas a contratação de uma consultoria focada em gestão estratégica e governança. Esses fatores contribuíram para a

análise e a aprovação do investimento que permitirá que a empresa expanda sua posição já relevante no mercado de rastreamento e desenvolva projetos voltados para conectividade e gerenciamento de diferentes tipos de dispositivos”, destaca Alessandro Machado, sócio da Cedro Capital. A Getrak atua em todo o território nacional, está presente em 250 cidades e tem veículos rastreados em mais de 3 mil municípios brasileiros. Atualmente, a empresa possui 390 mil itens – entre veículos, caminhões e motocicletas – vinculados à sua plataforma. Sua carteira de clientes conta com 600 empresas de segurança, rastreamento e telemetria de pequeno, médio e grande portes, como Continental, TicketLog e Grupo Zatix. Getrak: (31) 3500-3200

Penske recebe da Natura prêmio como melhor operador logístico

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Penske Logistics recebeu da Natura, indústria que atua no mercado de cosméticos, fragrâncias e higiene pessoal, o Prêmio Qlicar de melhor operador logístico. A premiação levou em conta as soluções inovadoras, a valorização do capital humano e o investimento no desenvolvimento contínuo dos colaboradores, além do compromisso com a qualidade e a sustentabilidade na realização de suas atividades. O prêmio foi entregue pelo CEO da Natura, João Paulo Ferreira, e pela vice-presidente de Operações e Logística da Natura, Josie Romero, ao presidente da Penske para a América do Sul, Paulo Sarti. Entregue anualmente, o Qlicar prestigia fornecedores de vários segmen18 - Revista Tecnologística - Maio 2018

tos que se destacam na prestação de serviços para a Natura. São analisados quesitos como qualidade, logística, inovação, competitividade, compromisso ambiental, social e relacionamento. Essa é a terceira vez que a Penske recebe o reconhecimento, sendo este o segundo ano consecutivo. De acordo com o operador logístico, entre os fatores que contribuíram para a conquista do prêmio estão as ações voltadas para a qualidade da separação de pedidos. Já no pilar referente à competitividade e ao prazo de pagamento, a empresa destaca uma evolução no custo, com revisão da tarifa para que seja ainda mais competitiva, além de uma revisão da estrutura operacional, que proporcionou mais pro-

dutividade para a operação. Outro fator relevante foi o projeto dentro do pilar de soluções inovadoras, referente à conferência dos volumes na expedição, eliminando o risco de inversões e consequentes atrasos nas entregas dos produtos. “Conquistar pela terceira vez esse prêmio é extremamente importante. Trata-se de um reconhecimento do constante compromisso com o aprimoramento na prestação de serviços, reforçando nosso desempenho e a qualidade no atendimento aos nossos clientes”, afirma Sarti. A Penske Logistics é responsável pela operação do centro de distribuição da Natura em São José dos Pinhais (PR) desde 2011. Penske: (11) 5102-2449


Conlog assume operação de mais um terminal da Fibria em Santos T32 conta com um armazém de 33.400 m², com capacidade para armazenar 40 mil toneladas de celulose

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Conlog iniciou, no mês de março, as operações portuárias do Terminal 32 (T32) da Fibria, empregado na movimentação de celulose, papel e cargas em geral. Localizado na região do Macuco, no Porto de Santos (SP), a estrutura conta com um armazém de 33.400 m², com capacidade para armazenar 40 mil toneladas de celulose, o que possibilita o embarque de 1,8 milhão de t por ano. O terminal é parte da solução logística para escoar a produção da segunda fábrica de celulose da Fibria, instalada em Três Lagoas (MS), que entrou em operação em agosto de 2017. Vale lembrar que a indústria tornou-se arrendatária do T32 após vencer o leilão público realizado pela Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) em dezembro de 2015. O prazo de concessão da área é de 25 anos. A Conlog agregou à indústria uma série de serviços. O operador logístico realiza o desembarque de celulose do trem, o transporte para o armazém, o gerenciamento do estoque, a movimentação interna no armazém e o carregamento e o embarque no costado do navio. A operação, em cais público, está sob a responsabilidade de 120 profissionais. Na opinião do diretor Comercial da Conlog, André Stern, segurança e produtividade são dois fatores primordiais nas operações da empresa. A Conlog já é responsável pelas operações portuárias da Fibria nos

Terminais 13, 14 e 15, em Outeirinhos, também localizados no porto santista. “O fato de atuarmos há três anos no Porto de Santos para a Fibria e de ampliarmos o escopo com essa nova operação confirma o nosso alto desempenho tanto na produtividade quanto nas ações de segurança”, afirma. Já o diretor de Logística, Suprimentos e Tecnologia da Informação da Fibria, Wellington Giacomin, ressalta que a operação do T32 reforça a estratégia e o diferencial competitivo da Fibria em logística integrada nas áreas de floresta e indústria, uma vez que a companhia exporta mais de 90% da produção. A logística da Fibria utiliza ainda o Terminal Intermodal de Aparecida do Taboado (MS), de onde a produção da unidade de Três Lagoas é embarcada direto para o Porto de Santos. Resultado de investimentos de mais de R$ 7 bilhões, a nova fábrica da empresa tem capacidade de produção de 1,95 milhão de t de celulose de eucalipto por ano. Incluindo a primeira unidade, já em funcionamento na cidade, a empresa passa a ter potencial para produzir 3,25 milhões de t de celulose por ano apenas no estado do Mato Grosso do Sul. Somando todas as suas unidades, a Fibria tem uma capacidade anual de produção de 7,25 milhões de t de celulose. Conlog: (11) 3034-5228


MERCADO

Randon inaugura fábrica no interior de São Paulo

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Randon inaugurou oficialmente, no dia 28 de março, sua nova fábrica localizada na cidade de Araraquara (SP), que já havia iniciado as operações no mês de janeiro. Com investimentos de cerca de R$ 100 milhões, a planta vai produzir tanto implementos semirreboque quanto vagões ferroviários, com uma capacidade de até 2 mil unidades ao ano. Os equipamentos atenderão, em um primeiro momento, às demandas da Região Sudeste do país, em especial de empresas que se utilizam da infraestrutura rodoferroviária atuando no cultivo da cana-de-açúcar e no transporte de cargas industrializadas. O empreendimento soma 122 hectares, dos quais 25 mil m² são ocupados pela fábrica e pelas áreas administrativa e de apoio. “A Randon Araraquara está num polo de grande demanda por produtos

voltados ao setor do agronegócio, como os semirreboques canavieiros e os vagões ferroviários. Estamos mais perto de nossos clientes, bem como de fornecedores, contando com excelente infraestrutura de estradas e ferrovias, o que nos permite fazer mais negócios e entregas mais rápidas”, afirma Alexandre Gazzi, diretor corporativo da Randon. A inauguração da fábrica contou com a presença do diretor-presidente da companhia, David Abramo Randon, bem como dos demais diretores, do go-

vernador de São Paulo, Geraldo Alckmin, do prefeito de Araraquara, Edson Antônio Edinho da Silva, e de clientes, funcionários, parceiros e convidados. O semirreboque da Randon foi desenvolvido para utilização no transporte de cana-de-açúcar picada, próprio para atender à cadeia produtiva da Região Sudeste do Brasil. Já o mix de vagões ferroviários da companhia inclui os modelos hopper, gôndola, tanque, carga geral, plataforma, sider e telescópico. Além da sede, em Caxias do Sul (RS), e da nova fábrica de Araraquara, a Randon possui unidades industriais em Chapecó (SC), na cidade de Rosário, na Província de Santa Fé, Argentina, e em Callao, na Região Metropolitana de Lima, Peru. Randon: (54) 3239-2000

Armazenagem e distribuição da Dengo sob responsabilidade da Pacer Operador logístico movimenta itens da rede varejista para quatro pontos de venda localizados em São Paulo e no Rio de Janeiro

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Pacer Logística assumiu recentemente as operações de abastecimento da Dengo, rede de lojas que comercializa produtos de cacau e café em São Paulo e no Rio de Janeiro. A marca conta com lojas e pontos de vendas nos shoppings Morumbi e JK Iguatemi, na capital paulista, no Iguatemi Alphaville, em Barueri (SP), e no Village Mall, na capital fluminense. A operação da Pacer consiste em receber em seu centro de distribuição de 5 mil m² localizado no km 15 da Rodovia Anhanguera os produtos provenientes dos fornecedores da Dengo, 20 - Revista Tecnologística - Maio 2018

armazená-los e distribuí-los para as lojas em São Paulo e no Rio de Janeiro. Dentre os produtos movimentados estão desde insumos, como massa de cacau, até os produtos acabados, como chocolates, café em grãos e em pó e cerveja. Além disso, o provedor também estoca os mobiliários padronizados para a montagem das lojas. Segundo o diretor da Pacer, Alexandre Caldas, existe uma área dedicada dentro do CD para os itens comercializados pela Dengo. “Essa operação necessita de armazenagem climatizada, em ambiente de temperatura contro-

lada, que não exceda 22 graus, devidamente licenciada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa)”, diz. Ao todo, três caminhões fechados são recebidos por mês no CD da Pacer com produtos da Dengo. Quanto à expedição, são dois veículos por semana para cada uma das quatro lojas. “Temos orgulho de sermos parceiros da Dengo, pois o diferencial da marca é exatamente a escolha de fornecedores que atuem com responsabilidade, além de eficiência”, afirma Caldas. Pacer: (11) 3648-4700


DB Schenker e Cisco se unem para desenvolver inovações tecnológicas

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Empresas apostam na digitalização para redefinir a maneira como se faz logística

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DB Schenker e a Cisco, gigantes globais dos segmentos de logística e redes, respectivamente, estão trabalhando juntas para desenvolver, testar e implementar diversas tecnologias no âmbito da Internet das Coisas (IoT) com o objetivo de aperfeiçoar o mercado da logística. A iniciativa colaborativa é uma aposta na digitalização, que deve mudar o setor transformando a maneira como lidamos com as cargas ao redor do mundo. De acordo com as empresas, as mudanças no transporte, na armazenagem, nas alfândegas e na entrega no destino final são significativas, abrangentes e já estão alterando a forma como ambas fazem negócios. O objetivo da parceria é impulsionar essa transformação e assegurar a liderança em seus respectivos segmentos. Para isso, um Joint Innovation Lab foi instalado em um armazém do operador logístico em Houston, no estado do Texas, Estados Unidos, para testar e comercializar novas tecnologias para logística, que incluem soluções baseadas em sensores, sistemas de localização em tempo real, robótica e automação,

dispositivos inteligentes, análise de vídeo, realidade aumentada, energia e gestão de ativos e reconhecimento facial. Os aplicativos são desenvolvidos pela Cisco e pela DB Schenker e testados pelos funcionários do operador em um ambiente de armazém no laboratório. “Estamos entusiasmados com a colaboração entre a DB Schenker e a Cisco no ambiente IoT e na digitalização para a logística. Desenvolvemos muitas tecnologias em conjunto que acreditamos serem inovadoras para a indústria”, diz Tom Schmitt, diretor Comercial e membro do board de Contract Logistics da DB Schenker. “O trabalho no Innovation Lab nos permite determinar como algumas novas tecnologias podem ser desenvolvidas para mudar completamente a forma como trabalhamos a logística e toda a cadeia de suprimentos.” “A Cisco tem a ambição de mudar o setor de logística”, destaca Jack Allen, diretor sênior de Logística Global da Cisco. “Acreditamos que, aplicando muitos dos conceitos de digitalização na era da internet, podemos fazer essa transformação acontecer. Estamos entusiasmados em trabalhar com as melhores empresas do mundo, como a DB Schenker, para realmente mudar a maneira como movemos e armazenamos produtos globalmente.” Cisco: 0800 891-4972 DB Schenker: (11) 3318-9200


MERCADO

Yusen amplia CD multiclientes instalado em São Paulo Estrutura, situada na Rodovia Anhanguera, ganhará 9 mil m² até agosto, ampliando para 24 mil m² a área de armazenagem

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Yusen Logistics finalizou a primeira etapa da ampliação da área de armazenagem de seu centro de distribuição instalado na cidade de São Paulo. Ao todo, foram adicionados 4 mil m² no CD Anhanguera. Já no próximo mês de agosto, num segundo momento da ampliação, a estrutura ganhará outros 5 mil m². Vale lembrar que atualmente o centro conta com 15 mil m² de área de estocagem. A estratégia está baseada nas análises mercadológicas realizadas pela empresa. Segundo a diretora de Contract Logistics da Yusen no Brasil, Raquel Teixeira, as organizações estão trocando estoques grandes, próprios, por outros

modelos de negócios. “Eles preferem deixar a produção represada na fábrica e contar com um suporte de armazenagem para distribuição conosco”, diz. Na opinião da executiva, a nova estratégia das empresas envolve acordos

fiscais e implica adotar armazéns menores para a distribuição. “Nesse aspecto, oferecemos vantagens como a localização do CD na cidade de São Paulo e a flexibilidade do uso do espaço.” A Yusen divulga que desde o ano passado, com o reaquecimento da economia brasileira, houve um aumento na procura por serviços da área de Contract Logistics. Além disso, o novo cenário é resultado do momento de recessão, período em que muitas companhias revisitaram seus processos e descobriram que poderiam ganhar produtividade terceirizando as operações. Yusen: (11) 3908-9700

Fortaleza recebe unidade de handling de carga da Swissport Localizada no aeroporto Pinto Martins, a base atenderá as companhias KLM e Air France

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Swissport inaugurou uma nova base operacional localizada no Aeroporto Pinto Martins, na capital cearense, Fortaleza, e prestará suporte ao atendimento de handling de carga de duas companhias aéreas europeias, a francesa Air France e a holandesa KLM. O objetivo é fortalecer os negócios junto aos operadores, clientes globais já atendidos nos terminais de Guarulhos (SP), Viracopos, em Campinas (SP), e Galeão, no Rio de Janeiro. Além disso, com a inauguração a empresa vislumbra outras oportunidades de negócios com

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mais companhias aéreas no aeroporto de Fortaleza. A nova unidade fará o handling de carga dos três voos semanais da KLM que ligam Amsterdã a Fortaleza e dos voos da Joon, empresa da Air France, também com três frequências semanais de Paris para Fortaleza. Os equipamentos utilizados nas rotas são o Airbus 330-200 pela companhia holandesa e o Airbus 340-300 pela subsidiária da aérea francesa. A estrutura em Fortaleza contará com sete colaboradores, sendo cinco agentes de carga, um supervisor e um administrativo. O escritório da Swiss-

port ficará instalado na área da Coordenadoria Integrada de Operações Aéreas (Ciopaer), ao lado do terminal de cargas. Segundo a CEO da Swissport no Brasil, Renata Darakjian, o crescimento desse aeroporto com a vinda da KLM e da Air France em parceria com a Gol tanto para conexões domésticas quanto internacionais já é um fato que fará deste terminal um hub altamente produtivo, proporcionando um dinamismo econômico e logístico para todo o Norte e Nordeste. Swissport: (11) 3103-4310


Allog integra serviços logísticos no estado de São Paulo Novidade consiste na integração dos processos a partir de um sistema capaz de monitorar o fluxo das etapas do transporte e gerenciar as atividades

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Allog International Transport lançou, no último mês de abril, um programa de logística integrada para atender ao estado de São Paulo. Além dos serviços marítimos (full container e LCL), aéreo (back to back e consolidadas), cargas de projeto, cargas em granel líquido, rodoviário internacional e seguro de cargas, a empresa passa a oferecer armazenagem e despacho aduaneiro em uma solução de transporte integrado.

De acordo com a própria Allog, o objetivo do novo serviço é contribuir com a competitividade e o aprimoramento do mercado logístico nacional. “Queremos gerar impactos positivos em toda a cadeia logística”, diz o vice-presidente, Anderson Venancio. Ainda segundo o executivo, ao reunir todos os serviços em um pacote completo, as operações são simplificadas e ajudam as empresas a serem mais eficientes. O serviço consiste na integração

dos processos a partir de um sistema capaz de monitorar o fluxo das etapas do transporte e gerenciar as atividades. Com a novidade, a Allog pretende também coordenar a logística completa e agilizar processos dentro dos melhores custos, seja qual for a origem ou o destino da mercadoria e o meio de transporte utilizado – aéreo, rodoviário ou marítimo. Allog: (47) 3241-1700


MERCADO

Via Reversa aposta na logística reversa de equipamentos de TV por assinatura

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CSS Solutions, por meio de sua unidade de negócios Via Reversa, se especializou em prestar serviços de logística reversa para operadoras de TV por assinatura. De acordo com o sócio-diretor da empresa, Caio Scarpelli, a meta é recuperar os ativos, como antenas parabólicas, decodificadores com smartcard, fontes de alimentação, controles remotos, modens e cabos, que podem ser reaproveitados. Criada inicialmente para exportar peças de vestuário e móveis feitos com madeira de demolição, a CSS Solutions passou, há cerca de sete anos, a importar antenas parabólicas chinesas para o mercado de TV por assinatura, que estava em expansão no Brasil. Quatro anos depois, a empresa passou a se dedicar ao desenvolvimento de uma operação de logística reversa em áreas de risco para uma grande operadora. O projeto-piloto foi realizado no início de 2017, na Cidade de Deus, no Rio de Janeiro. “Contamos com a parceria do Banco da Providência, que já estava fazendo um trabalho junto à agência comunitária da Cidade de Deus, para que nos auxiliasse a criar pontos de apoio dentro daquela comunidade. O trabalho funcionou muito bem e conseguimos coletar equipamentos que estavam em clientes inativos desde 2015”, conta Scarpelli. Com base nesse resultado, a operação foi estendida para outras comunidades no Rio de Janeiro. A partir daí deu-se a ampliação do modelo de negócios baseado numa rede de pontos de apoio. “A ideia foi firmar parcerias com pessoas que moravam nessas comunidades e possuíam um pequeno negócio lá dentro para que fizessem a coleta dos equipamentos nesses locais.

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Unidade da CSS Solutions realiza suas operações principalmente em áreas consideradas de risco e em locais distantes dos grandes centros urbanos

Scarpelli, sócio-diretor da CSS Solutions-Via Reversa

Com mais essa atividade, elas conseguem obter uma renda extra que pode chegar a até 40% a mais no faturamento”. Segundo Scarpelli, qualquer pessoa, inclusive a que está desempregada, pode se tornar um ponto de apoio, desde que seja cadastrada como microempreendedor individual (MEI) para que possa emitir nota fiscal. Esses colaboradores são treinados, cadastrados e homologados pela Via Reversa, recebem uma camiseta com logotipo da empresa e um crachá de identificação, e utilizam bicicletas, motos e às vezes o próprio carro para fazer a coleta. Com os bons resultados obtidos nas áreas de risco, a operação de logística reversa foi estendida também a várias regiões metropolitanas e a cidades do interior de outros estados. Para a gestão das operações, a Via Reversa investiu cerca de R$ 300 mil no desenvolvimento de um sistema

próprio que pode ser acessado por meio de login e senha. Além do monitoramento das equipes em campo, a plataforma permite otimizar rotas por meio de aplicativo móvel e portal de acompanhamento web. Com a visualização em tempo real do posicionamento dos promotores é possível reduzir prazos e custos de coletas e deslocamentos, além de traçar rotas para coletar mais em menos tempo. Os produtos coletados são consolidados nos pontos de apoio e depois encaminhados para os centros de distribuição da Via Reversa (são sete ao todo, localizados no Rio de Janeiro, Manaus, Curitiba, Belo Horizonte, João Pessoa, Belém e Brasília), onde é feita a análise dos produtos, que posteriormente são embalados em caixas de papelão retornáveis que seguem para as operadoras. “Em fevereiro de 2018 completamos um ano de trabalho para uma grande empresa de TV por assinatura, que não podemos revelar o nome por questões contratuais, e os resultados foram muito positivos, dentre os quais se incluem reduções consideráveis de custos. Hoje, essa operadora precisa comprar apenas cerca de 50% de produtos novos, e gasta menos da metade do valor de um equipamento novo para recuperar e remanufaturar os que são devolvidos pelos clientes”, exemplifica Scarpelli. Atualmente, ele divide a direção da empresa com seu sócio Ricardo Linhares e conta com a parceria de 80 pontos de apoio no Rio de Janeiro e outros 430 localizados em todos os demais estados brasileiros. Via Reversa: (21) 99184-1510


CROSS-DOCKING • A Ativa Logística contratou Claudinei Castilho para atuar como gerente de Operações e Logística. O executivo vai trabalhar na gestão da unidade de São Paulo em relação ao controle e análises operacionais, programação e conferências de coletas, recebimentos, expedição e checagem das transferências entre as filiais, gestão dos agendamentos das entregas e distribuição urbana na cidade e na Grande São Paulo. Seu maior desafio será manter a trajetória de crescimento da Ativa e identificar novas possibilidades de atuação para a empresa, que pretende crescer 20% até o final de 2018, fechando o ano com R$ 292 milhões em faturamento. Castilho é formado em Administração de Empresas pelo Centro Universitário de Santo André (UniA), com pós-graduação em Gestão de Operações e Logística pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul. Com mais de 30 anos de carreira, o executivo já atuou nas empresas General Motors do Brasil, Grupo Momentum, Buick Logística, Brasilmaxi Logística, DVA Express, entre outras. (11) 2902-5000 • A Jamef Encomendas Urgentes contratou Fernando Borges para ser o novo diretor de Gente e Gestão, responsável por toda a área de Recursos Humanos da empresa. Graduado em Administração pela Faculdade Maria Augusta Ribeiro Daher, ele possui pós-graduação em Gestão Empresarial pela Fundação Getulio Vargas (FGV). Borges construiu sua carreira em recursos humanos em empresas como Kaiser e Lojas Leader, além de atuar como consultor. O executivo chega à Jamef com o objetivo de consolidar práticas de gestão de pessoas para que a empresa tenha colaboradores ainda mais capacitados e comprometidos com a satisfação do cliente. (11) 2121-6161

• A UPS nomeou Jim Barber para o cargo de diretor de Operações, ou Chief Operating Officer (COO). O executivo, que ingressou na companhia como motorista em 1985, atuava como presidente da UPS International desde 2013 e, anteriormente, foi presidente da companhia na Europa. Barber também é administrador da The UPS Foundation e nos conselhos da Unicef nos Estados Unidos e do Folks Center for International Business, da Universidade da Carolina do Sul. Já o canadense Nando Cesarone, que está há 27 anos na UPS, assumiu a posição de presidente internacional no lugar de Barber e se juntou ao Comitê de Gestão da UPS. Desde 2015 ele atuava na presidência das operações europeias da companhia. Cesarone já ocupou diversos cargos de gestão internacional na UPS, incluindo country manager da Áustria, Hungria e Suíça, vice-presidente de Operações da UPS Canadá, presidente do Nordeste da Europa e presidente da UPS da Ásia-Pacífico. (11) 5694-6600 • A Llamasoft anunciou que Razat Gaurav é o seu novo Chief Executive Officer (CEO) e membro do Conselho de Administração. Formado em Engenharia pelo Illinois Institute of Technology, nos Estados Unidos, o executivo possui vasta experiência no mercado de tecnologia e já ocupou posições de liderança na JDA Software, i2 Technologies e Ernst & Young. Segundo a Llamasoft, a contratação de Gaurav compõe os planos estratégicos de inovação e crescimento. O ex-CEO da empresa, Don Hicks, continuará como presidente do Conselho de Administração e o cofundador, Toby Brzoznowski, como membro ativo da equipe executiva da Llamasoft, na posição de Chief Strategy Officer (CSO). (11) 3957-1077


ENTREVISTA

Fotos: Radamés Jr.

Logística bem dosada

Focada principalmente no atendimento ao e-commerce, a Drogaria Onofre vem investindo pesado em logística para garantir uma experiência de compra sem igual a seus clientes, com entregas superexpressas que chegam a ser realizadas em até quatro horas. Luis Fernando Silva, diretor de Logística da empresa, explica como isso é feito, revela os planos de expansão e conta sobre novos aportes em tecnologia e inovação que incluem a inauguração de uma estrutura altamente automatizada 26 - Revista Tecnologística - Maio 2018


Conte-nos um pouco a respeito da empresa e de sua estrutura logística. Luis Fernando Silva – A Onofre era uma empresa familiar, com mais de 80 anos de história, que há cinco anos foi comprada pela CVS Health, gigante norte-americana do varejo farmacêutico. Hoje nós possuímos 40 lojas, localizadas quase em sua totalidade na cidade de São Paulo, nosso principal mercado, exceto pelas duas em Campinas (SP), uma em São José do Rio Preto (SP), duas na cidade do Rio de Janeiro e uma em Belo Horizonte (MG). Todas essas lojas são abastecidas a partir do nosso centro de distribuição de Alphaville (SP), com 4 mil m², inaugurado há dois anos, portanto já sob gestão da CVS, que vem realizando grandes investimentos em estrutura, equipe e profissionalização da empresa, com foco no crescimento. Trata-se de um imóvel muito maior e mais bem estruturado que o antigo, que estava localizado no bairro da Vila Leopoldina, em São Paulo. Foi uma mudança totalmente ligada à profissionalização da empresa. No antigo armazém os itens eram colocados nas prateleiras com as mãos mesmo, e não havia WMS, por exemplo. Não tem nem como comparar após a evolução que nós obtivemos. Além disso, lá nós já estávamos operando no limite, enquanto em Alphaville temos potencial para crescer muito mais. Já temos capacidade para atender até 200 lojas. Então, o novo CD viabiliza que a empresa continue crescendo organicamente nos próximos anos. Chegar a esse número de lojas faz parte dos planos de crescimento da empresa? Silva – A verdade é que nós, da área de Logística, montamos uma

estrutura preparada para isso, mas o plano de expansão da Onofre, que está bastante focado no e-commerce, não inclui necessariamente chegar a esse número específico de 200 lojas. Nós possuímos capacidade para atender essa quantidade hoje, o que mostra que estamos prontos para suportar um grande crescimento, com até o quíntuplo das unidades atuais. Então a grande questão é que toda essa logística dá fôlego para que a empresa possa crescer efetivamente. Foram realizados investimentos em tecnologia também, certo? Silva – Sim. Como eu disse, a operação antiga era feita sem o apoio de um WMS, e com o novo CD nós implantamos a ferramenta da Delage, que é uma empresa bastante focada no mercado farmacêutico. Hoje nós temos uma gestão de estoque muito madura, o que é muito importante nesse segmento, até mesmo porque medicamentos exigem controles muito rígidos. E nós trabalhamos com um nível muito grande de fracionamento nos pedidos. Ao todo são 12 mil SKUs e a expedição é 100% fracionada. Nós implementamos também uma ferramenta de MRP (material requirement planning) da SAP, que nos permite parametrizar os níveis de estoque nas lojas. Diariamente esse sistema roda as solicitações de reposição de produtos. Com base em todas as vendas que ocorreram durante o dia, ele calcula as necessidades das lojas, identifica o que precisa ser reposto e na manhã do dia seguinte os pedidos já estão sendo separados no CD. Essa também foi uma mudança tecnológica muito grande porque, antes da implementação dessa ferramenta, todo o trabalho de gestão de pedidos e reposição nas lojas era feito de forma manual.

Com essas mudanças, como ficaram seus níveis de serviço? Silva – Nossas lojas são abastecidas diariamente, como eu disse, e isso também acontecia antes, quando os processos eram manuais, o que é muito difícil. Então realmente os níveis de serviço melhoraram muito. Nós trabalhamos com um indicador que correlaciona o que as lojas precisam com o que eu tenho disponibilidade para entregar. Ele é muito relevante, porque mede e mostra claramente como está a minha gestão de estoque, se eu estou realmente comprando aquilo que eu necessito e se eu estou de fato mandando para as lojas o que elas necessitam. Com todas as mudanças promovidas, esse indicador hoje

“Com o novo centro de distribuição, estamos preparados para continuar crescendo organicamente nos próximos anos”

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utilizamos serviços de terceiros. Então as lojas do Rio de Janeiro, Belo Horizonte e da cidade paulista de São José do Rio Preto são abastecidas dessa maneira. Para todas as demais, nós utilizamos nossa frota própria, de 20 veículos urbanos de carga (VUCs).

está acima de 99,9%. Isso significa que tudo aquilo que as lojas precisam nós temos disponível. E também com o auxílio de toda essa tecnologia nós conseguimos fazer isso com menos pessoas do que fazíamos na antiga estrutura. Quantos colaboradores atuam no CD de Alphaville? Silva – No armazém da Vila Leopoldina nós tínhamos 220 funcionários. Hoje, no novo CD, são 130 colaboradores, todos CLT. Uma das características da Onofre, inclusive depois da aquisição pela CVS, é buscar fazer tudo absolutamente da forma correta, sem qualquer subterfúgio para escapar de custos trabalhistas, por exemplo. Temos um nível de compliance muito alto na empresa. O que motivou a decisão de contar com logística própria em vez de utilizar os serviços de um operador logístico? Silva – Quando todas essas mudanças foram promovidas, nós che28 - Revista Tecnologística - Maio 2018

gamos a cogitar a contratação de um operador logístico e avaliamos algumas empresas, mas existe toda uma questão de know-how do ramo farmacêutico, que é bastante específico. Ele exige uma logística muito diferente daquela que os grandes operadores logísticos praticam. Aliada a isso está também a questão do custo. Depois de todos os cálculos feitos, nós percebemos que, financeiramente, devido à complexidade da nossa operação, até mesmo por essa questão de abastecimento diário das lojas e da garantia dos prazos de entrega de pedidos ao cliente, era mais viável nós mesmos fazermos a logística do que terceirizar nossa operação. O transporte é feito com frota própria? Silva – O transporte para o abastecimento das lojas, sim. Nós temos 20 veículos próprios, que contam com controle de temperatura. E todos nossos motoristas são funcionários contratados também. Somente nas regiões mais distantes do CD

Você falou bastante sobre o abastecimento das lojas, mas um dos destaques da operação logística da Onofre são os prazos de entrega diretamente para os clientes, correto? Silva – Exatamente. Com toda essa profissionalização que foi promovida, nós conseguimos oferecer ao consumidor prazos muito curtos de entrega. Nas cidades do Rio de Janeiro, Belo Horizonte e São Paulo e região, como Osasco, Guarulhos e ABC, o produto comprado pelos canais de e-commerce e televendas chega ao cliente em quatro horas, no que chamamos de entrega superexpressa. E nos demais municípios de São Paulo a entrega é feita no que chamamos de D+1: tudo aquilo que é comprado até as 18 horas é entregue até as 18 horas do dia seguinte. Esse é um ponto muito importante na nossa logística, pois só nós fazemos isso. E eu nem estou falando somente do ramo farmacêutico, mas do mercado como um todo. Hoje não existe ninguém, nem entre os maiores players do e-commerce, que entregue em quatro horas em grandes capitais e em 24 horas em todo o estado de São Paulo. Essa é uma das grandes marcas da Onofre atualmente, e essa velocidade é muito importante quando se trata de medicamentos. Todos esses pedidos saem do CD de Alphaville? Silva – Na verdade, não. Nossa estrutura logística vai além da uni-


dade de Alphaville, que realiza duas atividades principais: a primeira é o abastecimento das lojas, com todas as particularidades que eu já citei, e a segunda é o atendimento dos pedidos do nosso e-commerce para todo o Brasil, menos para as capitais São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte, que contam com estruturas totalmente dedicadas para atender os pedidos em até quatro horas. Mas dentro da primeira atividade está também o abastecimento dessas três estruturas. Nós as chamamos de fulfillment centers, e elas estão localizadas no bairro da Liberdade, em São Paulo, na Tijuca, no Rio de Janeiro, e na Cidade Jardim, em Belo Horizonte. Elas são abastecidas a partir do CD de Alphaville no mesmo sistema utilizado para as lojas, mas para manter estoques com o objetivo de garantir a entrega dos pedidos. Nós realizamos a gestão desses estoques para dispor dos produtos necessários nessas três capitais e fazemos a reposição diária de tudo que é vendido. Nessas operações nós não mantemos um volume enorme de estoque. Elas contam com times para fazer o picking dos produtos direcionados às entregas superexpressas e, diferente de qualquer outra operação existente no mercado, nelas nós não acumulamos pedidos e não existe horário de corte. A operação é simples: o cliente confirma a compra, o pedido passa automaticamente por um validador antifraude e cai direto na operação. Em questão de minutos ele já está separado e pronto pra ser enviado por um courier, sem filas, sem agrupamentos de pedidos ou algo do tipo. É isso que nos permite fazer uma entrega tão rápida. É tudo muito dinâmico e intenso e essa é a nossa principal marca, nosso grande diferencial.

Esses urban fulfillment centers já são muito comuns na Europa, por exemplo, e aqui no Brasil nós somos pioneiros nisso. Para desenvolver o nosso trabalho, eu mesmo visitei algumas empresas europeias que já operam dessa maneira. Por lá isso existe com diversos produtos, de forma que essa entrega rápida concorre com a ida do cliente ao supermercado, por exemplo. É o que nós estamos fazendo: estabelecendo um prazo de entrega tão pequeno que concorre com a ida do cliente até a farmácia. Qual é a representação do e-commerce hoje nas vendas da empresa? Silva – Do total de produtos que nós movimentamos, a divisão entre abastecimento de lojas e vendas para o e-commerce hoje é praticamente meio a meio. Os veículos próprios são utilizados somente para o abastecimento das lojas. Como exatamente funciona o transporte do e-commerce? Silva – Nenhuma transportadora tem capacidade hoje de pegar todos os nossos pedidos e entregar em quatro horas ou em 24 horas como nós fazemos. A solução então foi desenvolver parcerias locais. Para realizar as entregas D+1 em São Paulo, por exemplo, nós temos hoje fornecedores de serviços de transporte especializados na capital, na região do litoral e do Vale do Paraíba, no norte e no oeste do estado. Todos os dias até as 18 horas os pedidos são captados e até as 20 horas eles estão todos faturados. Esses transportadores então chegam com os veículos, que são carregados e partem para as entregas. Em geral são empresas acostumadas a operar com distribuidoras, levando pedidos até farmácias diariamente. Nós os chamamos e apresentamos essa


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demanda de B2C. É assim que nós fazemos em São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte. Existem planos para atender outros mercados com esse modelo de entrega? Silva – Isso já foi feito. Em março, ampliamos essas operações para os estados do Paraná e de Santa Catarina. Nós buscamos um player regional, que faz a coleta em Alphaville e leva para sua base em Curitiba, onde a entrega é feita no modelo D+1, e no interior do Paraná e todo o estado de Santa Catarina, no modelo D+2, que também é um prazo imbatível quando comparado ao que se tem hoje no mercado. Na sequência estamos focados em fazer o mesmo com o sul de Minas Gerais e com todo o estado do Rio de Janeiro, lembrando que nas capitais desses dois estados nós já entregamos em quatro horas. É um trabalho que chamamos de conquista de território e que tem como base os números dos mercados de e-commerce de cada estado e região. Brasília, por exemplo, é um grande mercado, e já está mapeada na nossa sucessão de prioridades para oferecer o D+1. É importante ressaltar também que estamos falando do mercado de medicamentos, que é muito exigente, então nós contratamos somente transportadores certificados pela vigilância sanitária. São inúmeros itens levados em conta, como dispor de um farmacêutico como responsável técnico e garantir que os veículos respeitem as normas sanitárias, por exemplo. Isso restringe muito a quantidade de prestadores disponíveis no mercado para nós, mas garante a qualidade dos serviços. No caso de Brasília você vai preci30 - Revista Tecnologística - Maio 2018

sar do modal aéreo, correto? Silva – Sim. A carga vai até Brasília por via aérea e de lá é entregue em 24 horas. Hoje nós não utilizamos o modal aéreo, fazemos tudo somente pelo rodoviário, então o primeiro projeto a ser implementado usando o novo modal será esse de Brasília. As entregas superexpressas utilizam o mesmo modelo de transporte das D+1? Silva – As entregas feitas em até quatro horas são um caso muito específico, então nós temos uma operação diferente para elas. São utilizados couriers autônomos para fazer a distribuição a partir dos nossos fulfillment centers. São feitos contratos com cada um e eles são pagos por entrega. Eles utilizam motos e não prestam serviços exclusivamente para a Onofre, mas nós temos um volume tão grande de entregas que a maioria desses couriers, quando se dirige às nossas unidades para fazer as cole-

tas, vai com seu baú vazio, porque sabe que nós vamos enchê-lo. Nós temos uma base muito boa desses prestadores de serviço, com ótimos profissionais e uma equipe interna fazendo a gestão. Somente em São Paulo, hoje, são 65 entregadores. Somando com Rio de Janeiro e Belo Horizonte esse número chega a 120. Vocês têm todo o controle sobre as entregas realizadas? Silva – Sim, essa é uma parte muito importante de toda a operação. Nós implementamos uma ferramenta da Oracle que proporciona controle total. Sem ela, eu não conseguiria saber onde o courier está ou a que hora exatamente ele fez a entrega. Basicamente, é um sistema de tracking e gestão de entrega. Nós criamos um usuário e fornecemos um aparelho celular com internet, GPS e a ferramenta instalada para cada courier. Nossa equipe lança as entregas no sistema por usuário. Ele recebe essas


demandas no telefone, o aplicativo roteiriza as entregas e mostra os horários estimados em que cada uma delas será feita. E por GPS nós conseguimos monitorar onde ele está exatamente. Com esse software eu consigo saber também precisamente em que momento e para quem o pedido foi entregue. Se o próprio cliente receber o produto, o courier faz essa indicação no aplicativo. Mas se o produto for entregue a outra pessoa, ele tem a opção de indicar em um novo campo se foi um familiar, por exemplo. Ele coloca então o nome da pessoa e coleta a assinatura na tela do aparelho. Assim, nós temos em tempo real não só a confirmação da entrega como a informação de quem recebeu o pedido. Isso facilita muito o trabalho do nosso SAC, pois existem muitos casos em que a encomenda é entregue para o porteiro do prédio, digamos, e o cliente pode ter a impressão de que o prazo de quatro horas não foi cumprido. Hoje nós temos como informar exatamente quando e para quem o produto foi entregue. E o usuário, ele tem acesso em tempo real às informações de entrega? Silva – Ainda não. Um próximo passo é disponibilizar essas informações para o cliente, tanto no site quanto por SMS. Quando o pedido for expedido, ele vai receber uma mensagem avisando que o produto já está em trânsito e qual é o horário estimado de chegada. Quando a entrega for realizada, ele vai receber um segundo SMS avisando que isso aconteceu e quem exatamente recebeu o produto. É um projeto que está em desenvolvimento e que deve reduzir bastante as ligações para o SAC, mas que tem como principal objetivo manter o cliente informado sobre o seu pedido em tempo real.

“Nós acreditamos muito no e-commerce. A tendência mundial é que as pessoas utilizem cada vez mais os canais digitais para comprar” Medicamentos são itens muito visados para roubos, que demandam um gerenciamento de riscos robusto, correto? Silva – Sem dúvidas, sobretudo quando se realizam muitas movimentações noturnas, como é o nosso caso. A Onofre conta com uma estrutura de monitoramento própria, com câmeras para acompanhar não só o transporte como cada uma das lojas também. A tecnologia é da Zatix e o acompanhamento é todo interno. Além de contarmos com seguro, claro. No início desse ano nós recebemos uma orientação da seguradora, por exemplo, para não transitarmos no Rio de Janeiro durante a noite, devido a todos os problemas de segurança que a cidade vem enfrentando. A partir disso o nosso pessoal de monitoramento traçou novas estratégias e atendemos a essa restrição. Então nós fazemos um trabalho muito forte e sério de segurança, por isso temos um histórico muito baixo de ocorrências. Falando especificamente da mão de obra operacional, é fácil encontrar bons profissionais no mercado? Silva – Nós realmente não temos problemas com isso. Como eu

disse, nossos padrões de qualidade são muito elevados, e isso faz com que nós ofereçamos também um ambiente de trabalho muito bom, o que, consequentemente, atrai bons colaboradores. No CD de Alphaville, por exemplo, nosso turnover mensal é praticamente nulo. Anualmente ele não chega a 5%. Como está estabelecida a estrutura corporativa de logística da Onofre? Silva – Eu respondo diretamente para a presidente da empresa no Brasil, que é a líder da operação da CSV no país. Abaixo dela estão os diretores, e eu sou um deles, responsável pela logística. Nós temos um gerente de CD, responsável pela unidade de Alphaville, um gerente de Fulfillment Center, que cuida das unidades de e-commerce, um gerente de Transporte, que faz a gestão tanto da frota própria quanto dos prestadores de serviços, e um gerente de Planejamento Logístico, responsável por todos os projetos em andamento nessa área, que são vários, inclusive. É possível revelar algum? Silva – Nós temos dois projetos bastante grandes em andamento. O primeiro deles, e o mais importante, é a abertura de um novo fulfillment center localizado no bairro da Mooca, em São Paulo, que entrará em operação em agosto. Ele representa uma expansão da operação atualmente realizada a partir da unidade da Liberdade para a capital paulista, que corresponde a 60% de todos os nossos pedidos de e-commerce. Como as perspectivas de crescimento dessa operação são bem grandes, nós avaliamos que era hora de buscar um imóvel maior, com 4 mil m², que vai quintuplicar nossa capacidade de atenMaio 2018 - Revista Tecnologística - 31


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dimento de pedidos superexpressos para a cidade de São Paulo. E nós fizemos grandes investimentos de adequação de piso e climatização, por exemplo, além de automação. Nosso principal fornecedor de automação é a Knapp, que está implantando um sistema de shuttles, e vamos contar também com um sorter da Optimus, além do WMS da Delage. Como essa unidade vai ter um nível muito alto de automação, nós acreditamos que poderemos até mesmo reduzir o prazo de entrega de quatro horas, mas o grande objetivo é viabilizar o crescimento da empresa no e-commerce, que é um setor em que nós acreditamos muito e que tende a se desenvolver cada vez mais. A tendência mundial, na verdade, é que as pessoas utilizem os canais digitais para comprar, e os prazos de entrega são muito importantes. Os fulfillment centers que eu visitei na Europa são bastante automa-

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tizados, e é isso que nós estamos buscando fazer aqui também. Eu visitei players que hoje estão na vanguarda tecnológica por aqui e posso dizer que a nossa nova unidade será a mais moderna da América Latina, considerando que será um urban fulfillment center. E quanto ao segundo projeto? Silva – Ele consiste em uma mudança na operação do Rio de Janeiro. Nós vamos transferir a unidade da Tijuca, de 800 m², para São Cristóvão, em uma estrutura maior, com 2 mil m², que deve entrar em operação já em junho. O primeiro objetivo é ampliar a nossa capacidade também para viabilizar crescimento, e o foco principal vai continuar sendo o B2C, atuando como fulfillment center. Mas como nós estamos aumentando a capacidade, essa estrutura também vai receber alguns itens direto da indústria. Hoje a operação da Tijuca é 100% abastecida por Alphaville. Com a mudança, alguns produtos serão recebidos diretamente, e o atendimento aos pedidos de e-commerce do Rio de Janeiro e o abastecimento das duas lojas que nós temos no estado passarão a ser feitos por essa nova estrutura. Além disso, nós temos outras ações menores, como o Pickup in Store, que é a possibilidade de o cliente comprar pelo e-commerce e retirar na loja. Isso será implantado em breve, e faz parte de um planejamento maior, chamado O2 (Omnichannel Onofre). Hoje nós somos uma empresa multicanal, que oferece vários caminhos para o cliente comprar – aplicativo, website, website mobile, televendas e lojas –, mas nós não somos ainda uma empresa omnichannel, pois esses canais precisam de integração, ou seja, “compre no site e retire na loja”, “compre na loja e

receba em casa”, “compre no site, receba em casa e troque na loja”. Nós ainda não somos assim, mas estamos caminhando nesse sentido. E como a Onofre investe muito em inovação, temos algumas coisas em fase de testes, como a utilização de motos elétricas para entrega urbana e de lockers situados em locais de grande movimento – no momento da compra o cliente escolhe a entrega no locker e, quando o pedido é depositado no equipamento, ele recebe um SMS e um e-mail com um código para a retirada. Mediante a digitação do código ou a apresentação do QR Code no locker, a gaveta abre e o cliente retira o pedido. Esses não são projetos em implementação, são apenas pilotos, em fase de testes mesmo, mas que mostram nossa mentalidade de inovação. Vocês atravessaram a crise que assolou o país nos últimos anos investindo. É possível dizer que a Onofre não sentiu os efeitos da recessão? Silva – O mercado de medicamentos é muito resiliente. Não houve em nenhum momento qualquer retração. O que foi observado foi uma redução do ritmo de crescimento apenas. Mas é natural que quando a maré está boa o crescimento seja mais rápido e que, durante uma crise, ele aconteça de maneira mais devagar. Não houve, porém, retração e nem recessão no mercado farmacêutico. E a Onofre está bastante alinhada a isso, e realmente atravessamos a crise investindo muito. É gratificante poder dizer que, mesmo com todos os problemas que o Brasil enfrentou, nós tocamos o projeto do fulfillment center mais moderno da América Latina, por exemplo. Enquanto todo mundo precisou cortar custos, nós seguimos investindo forte. Drogaria Onofre: 4007-2526



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Alta voltagem no transporte de cargas

Montadoras de veículos comerciais deixam de lado as pranchetas, apresentam os modelos e colocam em operação seus caminhões elétricos. Com o início dos testes no segmento de distribuição urbana, executivos acreditam que, solucionados alguns gargalos – como os preços das baterias e a infraestrutura de fornecimento energético – e superada a desconfiança dos clientes, a aplicação pode ser expandida para operações de longo curso 34 - Revista Tecnologística - Maio 2018


vel ao meio ambiente começa realmente a sair do papel e rodar pelas ruas. E quais são as soluções? Como operacionalizar este tipo de ativo? Quais são suas características técnicas? Tentamos mostrar tudo isso e apresentar as ações colocadas em prática, os testes propostos e os planos para tornar esses veículos realmente parte da linha de montagem.

vez que o mercado brasileiro tenha infraestrutura necessária e preços competitivos, a empresa acredita na evolução dos veículos elétricos por aqui. Segundo a montadora, é o cliente quem vai dizer qual é o melhor momento para trazer essas novas tecnologias, e a MercedesSiqueira: caminhão elétrico é -Benz do Brasil estará viável, mas toda a cadeia de pronta para atender as produção deve estar estabelecida demandas de veículos comerciais elétricos quando for o momento certo. A empresa diz, contudo, que antes dos elétricos chegarem ao país, é Na Alemanha, preciso adequar a frota a combustão. desenvolvimento Isso porque hoje no Brasil apenas 15% dos caminhões que circulam de soluções faz atendem à norma Euro 5. Assim, a renovação da frota brasileira deve parte do projeto ser uma das principais metas. E para Conceito ELV2, isso é fundamental a participação de órgãos governamentais. financiado por Para traçar um contraponto, na Alemanha o desenvolvimento e os órgãos federais testes com caminhões elétricos para serviços pesados no transporte de distribuição fazem parte do projeViabilidade brasileira to Conceito ELV², que é financiado em diversos graus pelo Ministério As iniciativas referentes a cami- Federal do Meio Ambiente e pelo nhões elétricos são diversas, mas é Ministério Federal de Economia importante focar no mercado na- e Energia. As áreas cobertas pelo cional e mostrar como as empresas plano de financiamento incluem analisam o potencial do Brasil para a investigação dos complexos deabsorver essa novidade. safios envolvidos no desenvolviA Mercedes-Benz do Brasil, por mento, montagem e operação de exemplo, companhia que faz parte caminhões elétricos. Eles incluem do Grupo Daimler, revela que pode o uso de altas tensões (> 400 volts), trazer tecnologias elétricas para o altas correntes (até 1.000 ampemercado nacional na medida em res), tecnologia da bateria (preço, que houver demanda por parte dos peso, durabilidade, vida útil, temclientes. Segundo informações da po de carga), requisitos de faixa e montadora, os caminhões vão che- energia, infraestrutura de carga e gar ao país de forma gradual. Uma conceitos de logística e segurança, Divulgação Man

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indústria automotiva de veículos comerciais – mais especificamente as montadoras de caminhões – já há alguns anos investe boa parte do seu tempo, de sua estrutura de desenvolvimento e uma fatia considerável de seus recursos na busca de soluções que contribuam para a melhor operação dos veículos. Desde a aplicação de novos compostos, desenvolvidos para a produção de peças de plástico que compõem a cabine, passando por tecnologias de rastreamento embarcado e sistemas de segurança (como câmeras e sensores de presença), até a aplicação do Agente Redutor Líquido de Óxido de Nitrogênio Automotivo (Arla 32), reagente utilizado juntamente com o sistema de Redução Catalítica Seletiva (SCR) para reduzir quimicamente a emissão de óxido de nitrogênio nos gases de escape dos veículos movidos a diesel, são diversas as ações das montadoras para buscar soluções que melhorem o desempenho dos caminhões, com uma pegada cada vez mais sustentável. E nesse ponto o desenvolvimento das motorizações e o controle das emissões são ainda mais importantes, graças às mais diferentes legislações. O Programa de Controle da Poluição do Ar por Veículos Automotores (Proconve) é uma delas, com o denominado P8, que, segundo minuta do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), órgão do Ministério do Meio Ambiente, deverá entrar em vigor a partir de 1º de janeiro de 2022. Mas, até agora, o que vem sendo feito? Pelo que apuramos, muita coisa. Exemplos não faltam, como o início dos testes de caminhões elétricos. Sim, um tema tão debatido com relação à viabilidade e proposto como a solução mais amigá-

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viabilidade de verão Siqueira também e inverno, bem como identifica os gargalos questões sobre aceitapara o emprego de ção dos clientes. caminhões elétricos. A Man Latin AmeEm sua opinião, entre rica é otimista quaneles está o alto custo to à introdução dos de importação das baelétricos no Brasil. terias. “Para superáProva disso é o e-lo, será preciso uma -Delivery, primeiro mobilização para criar caminhão leve 100% uma demanda conselétrico desenvolvitante para esse tipo do localmente, sob de componente de Roma: é preciso solucionar o medida para aplicamaneira a incentivar gargalo referente à insuficiência ções severas em paía produção local. Anda densidade energética ses emergentes, que tes disso, incentivos foi apresentado em outubro do ano a essa tecnologia podem acelerar a passado, em Hamburgo, na Alema- curva de adoção”, aposta. nha, durante o Innovation Day, Além isso, o executivo afirma evento promovido pela holding que é fundamental uma ação colaVolkswagen Truck & Bus. borativa entre iniciativa privada e O vice-presidente da monta- poder público. Em todos os locais dora, Leandro Siqueira, diz que o do mundo, lembra, a parceria púprojeto do modelo começou em blico-privada tem sido fator-chave novembro de 2016, mas a platafor- para a implementação de veículos ma da nova família Delivery, desde elétricos. “A responsabilidade é sua idealização, já abrangia novas compartilhada, todos devem assupossibilidades de motorização. O mi-la. A montadora ao desenvolver executivo avalia que o mercado brasileiro é promissor para caminhões elétricos, mas toda a cadeia de produção precisa estar estabelecida para que o negócio seja viável para os clientes. “Em nossos estudos, os veículos de entrega urbana e ônibus urbanos serão os primeiros a adotar essa nova tecnologia, com boa parte da infraestrutura feita pelo setor privado”, conta. Ele reforça de que haverá demanda por esse tipo de caminhão, desde que haja no país toda a estrutura preparada e que o custo total de aquisição seja vantajoso aos compradores. Para isso, ressalta o vice-presidente, montadoras, fornecedoras, distribuidoras de energia e governo precisam estudar como viabilizar a nova tecnologia de propulsão. 36 - Revista Tecnologística - Maio 2018

um veículo robusto e seguro. O governo ao facilitar a introdução da nova tecnologia por meio de incentivos. Prefeituras criando benefícios para esse tipo de veículo: isenção de impostos, isenção de rodízios e limitação de trânsito a veículos com motor a combustão”, exemplifica. O diretor de Vendas da BYD, Carlos Roma, segue a linha de raciocínio de Siqueira, considerando positiva a demanda por caminhões elétricos no Brasil. E as ações da

No mundo, ações colaborativas entre a iniciativa privada e o setor público têm sido a estratégia adotada para o emprego de veículos elétricos



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Unidades distância”, acredita. operacionais O executivo diz que a lição de casa O debate está aberestá sendo feita para to e é salutar, mas superar as barreiras. e na prática, o que O desafio está a carhá de mais novo? O go de mais de 20 mil Grupo Daimler, que engenheiros pesquialém da Mercedessadores dedicados a -Benz detém também fazer baterias mais a marca Fuso, há albaratas e de maior gum tempo pesquisa densidade energética. essa tecnologia. No Segundo ele, trata-se Buchner: componentes International Autode um trabalho em utilizados estão quase prontos mobile Exhibition conjunto entre a inipara produção em série (IAA) de 2016, por ciativa privada e os órgãos públicos. “Considerando exemplo, na Alemanha, a comque somente em São Paulo 7.500 panhia apresentou o primeiro capessoas morrem anualmente em minhão totalmente elétrico para decorrência da poluição gerada por distribuição urbana, o Urban veículos a diesel, e que o custo do eTruck, com peso bruto total de Sistema Único de Saúde (SUS) com 26 toneladas. Desde a sua apresentação, alguessas doenças é acima de R$ 1 bilhão, ambos poderiam trabalhar mas mudanças estruturais foram para diminuir essa conta de forma realizadas no veículo. Comparado com o protótipo foi alterada, por racional”, avalia. exemplo, a fonte de alimentação, que agora é garantida por onze baterias ao todo. “Sempre que possível utilizamos componentes já comprovados que estão prontos ou quase prontos para uso em produção em série”, comenta o presidente mundial da Mercedes-Benz Trucks, Stefan Buchner. Além disso, a carcaça do eixo foi completamente redesenhada e está montada em uma posição significativamente mais alta, aumentando assim a distância do solo para mais de 200 mm. O sistema de acionamento é composto por dois motores elétricos localizados próximo aos cubos das rodas do eixo traseiro. Esses motores assíncronos trifásicos são resfriados por líquido e operam com uma tensão nominal de 400 volts, que geram uma potência de 125 kW cada, com torque máximo de 485 Nm cada. As relaDivulgação Mercedes-Benz

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companhia comprovam a afirmação do diretor. Hoje, a BYD tem dois caminhões elétricos em operação, sendo uma na cidade de Indaiatuba (SP) e outra na do Rio de Janeiro. Além disso, a empresa já trabalha com outras aplicações, mas a informação ainda é confidencial. Roma revela que existe muita aderência para caminhões elétricos já em 2018, independentemente da carga tributária. “Se isso for melhorado, tanto melhor. O caminhão elétrico faz sentido para aplicações de alto consumo de diesel, alto índice de manutenção e custos baixos de energia, seja pela compra dessa energia no mercado livre, pela produção via painéis solares ou pela geração via biomassa”. Quanto aos gargalos, ele também cita como o mais significativo o preço das baterias, além da insuficiente densidade energética. “Quando resolvermos isso, estaremos presentes também em aplicações de longa

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ções de alavancagem convertem isso em 11.000 Nm, resultando em desempenho de direção igual ao de um caminhão a diesel. Os veículos são equipados com duas baterias de íons de lítio com uma potência de 240 kWh, que garantem até 200 quilômetros de autonomia. As baterias descarregadas podem ser totalmente recarregadas entre três e onze horas. Na Man, as especificações também merecem destaque. O trem de força do e-Delivery é equipado com o novo motor elétrico WEG AL160, que entrega 80 kW (109 cv) de potência, com torque máximo de 493 Nm e transmissão automática Allison. Desenvolvido em parceria com a Eletra exclusivamente para tração de veículos comerciais, conta ainda com bancos de bateria de íons de lítio LiFePO4 e uma autonomia de até 200 quilômetros, de acordo com mercadorias. Alinhado à realidaa aplicação e a configuração do veí- de do mercado, o modelo abrange culo. O e-Delivery estará disponível duas opções de recarga: a de opornos modelos de 9 e 11 t, conforme a tunidade rápida, em que é possínecessidade do cliente. vel assegurar 30% da “O e-Delivery recarga em apenas 15 presenta um marco na minutos e pode ser história da Volkswarealizada várias vezes gen Caminhões e Ôniao longo da rota do bus. Trata-se de uma veículo para aumenplataforma totalmentar sua autonomia; e te nova, desenvolvida a recarga lenta, que no Brasil, na busca de em três horas atinge alternativas de moa carga máxima. No bilidade nas cidades. conceito plug-in, as Ele insere, definitibaterias do veículo vamente, a engenhasão recarregadas por Cortes: engenharia brasileira ria brasileira na rota um carregador extercompõe a rota global de global de tecnologia”, no padrão CCS. tecnologia afirma o presidente e O e-Delivery disCEO da Man Latin America, Rober- põe também de um freio com três to Cortes. estágios de regeneração, que poSiqueira lembra que o modelo dem ser ajustados conforme a conpossui todas essas características dição de carga ou preferência do com emissão zero e nível de ruído motorista. O freio regenerativo extremamente baixo, melhorando atua antes do freio pneumático, o conforto no transporte urbano de para desacelerar o veículo, recupe-

rando até 30% de energia durante a frenagem e utilizando para recarregar as baterias. O veículo possui também o sistema Eco-Drive Mode, que reduz o consumo de baterias dependendo da condição de carga do veículo, ajustando a demanda de corrente das baterias de acordo com a condição de operação do veículo. Além da maior duração da carga, isso se traduz em maior vida útil para o sistema de freio e também para as baterias. Todas as informações da regeneração da energia ficam disponíveis no painel de instrumentos, que assim como o design interno segue o padrão mundial da linha de veículos elétricos do Grupo Volkswagen. Siqueira diz que cada detalhe do projeto foi pensado para entregar desempenho superior às soluções do mercado. A configuração do motor oferece torque máximo mesmo em baixas rotações para otimizar operações urbanas. E o trem de Maio 2018 - Revista Tecnologística - 39


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força está preparado tro marchas, que repara partidas em ramduz a fadiga e o stress pas de até 25° e sudo condutor devido à bidas de até 30°, sem ausência do pedal de qualquer dificuldade. embreagem, possibiOs sistemas aulitando ainda que o xiliares, como commotorista mantenha pressor de ar, ar-conas duas mãos ao vodicionado e bombas lante e atenção total de direção e de água, na operação do veícuficam a cargo de molo. Segundo o diretor tores elétricos indede Vendas, desde que pendentes, otimizana produção teve início Daum: análises permitirão do a capacidade de já foram colocados no aplicar elétricos em operações tração do motor prinmercado mais de 2 cotidianas difíceis cipal. Eixos, suspenmil unidades. A emsão, chassis, rodas e pneus seguem presa não informa o investimento as características tradicionais e toda feito na concepção do modelo. robustez da nova linha Delivery, Análise em campo compartilhando componentes com a plataforma. Debates quanto à aplicação no Na BYD, o desenvolvimento do caminhão elétrico começou há cin- Brasil e características dos veículos co anos na cidade de Changsha, na não são suficientes para demonstrar China. O modelo eT8A utiliza a pri- de fato a capacidade operacional meira bateria que foi especialmente dos caminhões elétricos. Por isso, as desenvolvida para a eletrização vei- montadoras apostam nos testes em cular. “Nossa tecnologia exclusiva situações reais. A Mercedes-Benz informa que de fosfato de ferro lítio não contém metais pesados e o eletrólito é ató- seus clientes começaram, no iníxico, sem qualquer emissão de po- cio deste ano, a testar o eTruck na luentes da produção ao uso final”, Europa. São dez veículos rodando cita Roma. A capacidade da bateria em empresas dos setores de logísé de 175 kWh e o tempo de recarga tica, alimentos e coleta de lixo. Os é de 2 horas com 380V AC (sigla em clientes-piloto testarão os veículos inglês para alternating current, ou corrente alternada). O veículo tem autonomia de 204 Testes em situações km, torque máximo de 1.500 Nm reais possibilitam a zero rotações por minuto, facilitando partidas em rampas, capacisatisfazer as solicitações dade de carga útil, considerando a carroceria, de 13.850 kg, atinge a dos usuários e velocidade máxima de 85 km/h, é comprovar a disponibilizado em três configurações de tração – 4x2, 6x2 e 6x4 – e capacidade operacional conta com potência máxima de 180 kW (245 cv). dos veículos Outra característica destacada é a transmissão automatizada de qua40 - Revista Tecnologística - Maio 2018

em operações reais por doze meses, e depois os caminhões partirão para uma segunda rodada de clientes por mais um ano. “Isso nos permitirá satisfazer as muitas solicitações que recebemos dos clientes e obter ainda mais insights”, relata Buchner. “A Daimler Trucks é sinônimo de liderança em inovação, aliada à uma atitude realista e pragmática. Isso é particularmente verdadeiro quando se trata de mobilidade elétrica. Agora queremos trabalhar em conjunto com nossos clientes para avançar rapidamente no desenvolvimento de nossos eActros até o ponto em que se torna uma proposta viável em operações cotidianas difíceis, tanto tecnicamente quanto comercialmente”, comunica o membro da diretoria da Daimler AG responsável pela Daimler Trucks and Buses, Martin Daum. Ainda segundo o executivo, a empresa está iniciando esse processo criando uma frota de inovação e apoiando seus testes no ambiente logístico diário dos clientes. “Nós estabelecemos o que resta a ser feito, em termos de questões técnicas, infraestrutura e serviço, para tornar os eActros competitivos”, explica. Buchner completa dizendo que o objetivo é atingir a produção em série e a maturidade do mercado para uma linha de caminhões elétricos economicamente competitivos para uso em operações de transporte pesado a partir de 2021. Outra novidade é que o Grupo Daimler começou a produção em série do Fuso eCanter neste ano. Trata-se do primeiro caminhão leve totalmente elétrico com autonomia de 100 km. Em 2018 e 2019, serão entregues para clientes dos Estados Unidos, Europa e Japão 500 unidades do veículo. Na Man, os protótipos do e-


Divulgação Daimler

-Delivery estão em testes internos de engenharia desde o segundo semestre de 2017 e as análises operacionais em frotas-piloto, sem datas específicas, começarão no próximo ano. “Ainda estamos definindo toda a estrutura, quantidade de veículos e período das análises, mas eles serão usados em distribuição urbana”, diz Siqueira. Vale lembrar que a base de análises seguirá todos os critérios de avaliação veicular conforme procedimentos da Volkswagen Caminhões e Ônibus: consumo de energia e durabilidade dos componentes novos, como motor elétrico, sistema de alta voltagem e baterias. A empresa não revela o custo de projetos específicos, mas a expectativa é de que a produção em série seja iniciada em 2020. Roma, da BYD, comemora o fato de os caminhões elétricos da companhia já rodarem em operações do dia a dia. No Rio de Janeiro, o caminhão começou a operar no último mês de março e é destinado às ope-

rações da Clean Ambiental de coleta e compactação de lixo. O veículo em operação na capital fluminense apresenta outra inovação, uma vez que seu abastecimento será realizado utilizando energia elétrica oriunda do processamento de lixo. “O mundo todo caminha a passos largos para a eletrificação de frotas, mas a solução completa entregue pela Clean Ambiental e pela BYD, que inclui o aproveitamento do lixo para gerar energia elétrica, é o início da nossa contribuição para um mundo melhor para as próximas gerações. Estamos dando o primeiro passo no setor privado e sabemos que seremos seguidos pelo setor público também”, diz o presidente da Clean Ambiental, Eduardo Días Almeida. Fábio Penteado BYD: (19) 3514-2550 Clean Ambiental: (21) 3104-2992 Man Latin America: (24) 3381-1000 Mercedes-Benz: 0800 970-9090


INFORME PUBLICITÁRIO

RETRAK COMPLETA 25 ANOS E COMEMORA COM INOVAÇÃO EM SERVIÇOS

A empresa, que tem sede em Guarulhos (SP), tem uma trajetória de sucesso na locação de equipamentos para movimentação de materiais. Com o passar dos anos, voltou-se para soluções inovadoras que proporcionam ganhos efetivos aos clientes. A RETRAK Empilhadeiras está completando 25 anos de mercado em 2018. Especializada em prover, por meio da locação ou venda, equipamentos e sistemas de movimentação de materiais, a empresa está comemorando a data com importantes conquistas, e a maior delas está na percepção do cliente: a de que a marca RETRAK proporciona alto nível de satisfação em locação e manutenção. Em anos mais recentes, a RETRAK Empilhadeiras concentrou-se em inovação e passou a investir na pesquisa de soluções que lhe trouxessem diferenciais frente ao mercado. “Motivados pela importância do investimento em baterias no custo total da locação, procuramos no mercado internacional tecnologias aplicáveis a estes componentes. Com uma equipe de técnicos própria e em parceria com terceiros, desenvolvemos soluções que o mercado não conhecia ou não percebia como vantajosas”, explica Sérgio Guimarães, diretor Técnico da RETRAK. Alguns aspectos relacionados a baterias e carregadores que não acompanharam o desenvolvimento tecnológico mundial receberam especial atenção da equipe da RETRAK. Em uma de suas primeiras ações, a empresa propôs a fabricantes de carregadores melhorias no processo de carga, obtendo benefícios exclusivos como a eliminação da mão de obra para abastecimento de água, redução em até 50% dos gastos com energia elétrica e desconexão da bateria sem risco de explosões. Outra novidade que a RETRAK aplicou às baterias foi a

instalação de sistemas químicos de proteção que reduzem a corrosão de caixas metálicas e evitam o vazamento de ácido para o meio ambiente. As baterias ganharam dispositivos eletrônicos fixos que registram dados e interagem com os carregadores, melhorando o processo de carga e aumentando sua vida útil. Dentro da RETRAK também houve mudanças no sentido de preservar os acessórios: a empresa adotou processos modernos de dessulfatação e de sustentação de carga para baterias estocadas, evitando sua deterioração e garantindo maior disponibilidade. Outros desenvolvimentos que promovem redução nos custos chegaram ao cliente na forma de redução dos valores de locação, afirma Guimarães. "O foco em inovação chegou para ficar na RETRAK. Solicitamos várias patentes de sistemas e processos relacionados a baterias e carregadores, como o sistema de proteção que reduz a corrosão das caixas, e vamos continuar oferecendo ao mercado soluções inovadoras”.

SOLIDEZ E TECNOLOGIA Também ao longo de seus 25 anos de trajetória, a RETRAK conseguiu se manter no caminho de solidez financeira: houve crescimento sustentável, aquisição de sedes próprias até chegar à atual, de 23 mil m2, localizada em Guarulhos, foram feitos investimentos na frota, em pesquisa e inovação, além da valorização profissional e forte pós-venda. Somente em 2017, o parque de máquinas, que tem mais de 2.000 equipamentos, recebeu importantes aportes com equipamentos da Kion Group, detentora das marcas Linde e STILL. A frota da RETRAK tem idade média de quatro anos.


Nilson Rios, responsável pela área comercial da RETRAK, destaca que a empresa sempre investiu com responsabilidade, evitando endividamento. Ele destaca a importância da área comercial na pré-venda e ressalta a harmonia com todas as áreas da empresa. “O trabalho em equipe é muito importante. As vendas e locações, bem como o pós-vendas, são acompanhados até a entrega do equipamento e seu pleno funcionamento. Assim, garantimos a satisfação do cliente com elevado nível de serviço, diferenciais exclusivos proporcionados por nossos desenvolvimentos e com baixo custo de operação”, comenta o executivo, completando que a equipe de vendas realiza treinamentos oferecidos pelo fabricante das marcas que a RETRAK comercializa. Alinhado com o Comercial está o Pós-vendas, um departamento que cresceu acompanhando as inovações e hoje pode proporcionar a redução de custos com melhores técnicas de manutenção. Atender ou mesmo superar as expectativas do cliente também é uma marca deste departamento: um exemplo disso está na introdução de recursos que asseguram a segurança operacional. “A RETRAK oferece opcionalmente um kit de iluminação de segurança nos equipamentos composto por luz de teto, red zone e laser dos garfos, conta Ricardo Araújo, gerente de Pós-vendas da empresa. Para a troca das baterias, desenvolvemos o Trocador Automático de Baterias, um equipamento que permite a troca de baterias de até 1.200 kg em tempo reduzido, de forma segura e sem esforço do operador, pois o processo foi automatizado”. Outro destaque que contribui para melhorar o Pós-vendas, aponta Araújo, é o avanço tecnológico dos equipamentos. Essa evolução vai desde o maior tempo de horas para intervalos de manutenção preventiva até a sofisticação dos softwares de acompanhamento de itens do equipamento, possibilitando que na abertura de ocorrências técnicas o código de uma falha seja identificado remotamente, antecipando necessidades ao técnico que vai atender ao chamado. “Em 25 anos, posso dizer que um pós-vendas forte se traduz em eficácia. Os diagnósticos atuais são mais rápidos e precisos, e com isso a disponibilidade dos equipamentos aumentou substancialmente”, afirma Araújo. “A evolução da Engenharia aplicada às máquinas também cresceu vertiginosamente – com isso, conseguimos liberar uma máquina no primeiro atendimento técnico em mais de 98% dos casos”.

HISTÓRIA CONSOLIDADA A história da RETRAK não poderia ser contada sem um retrospecto dos passos de seus empreendedores. Em seu primeiro ano, a empresa dedicava-se exclusivamente à venda de empilhadeiras, começando no negócio de locação já no ano seguinte, impulsionada pela crescente demanda do mercado; a cada período, a empresa promoveu ações para alcançar a eficiência. O diretor executivo da RETRAK, Fábio Pedrão, relembra que vencidos os esforços para demonstrar ao mercado a importância de um bom projeto de movimentação de materiais e as vantagens da terceirização de frotas, o posicionamento estratégico caminhou para a redução de custos. Terceirizar como meio de focar o próprio negócio, obtendo completa visibilidade do desempenho de cada equipamento, maior disponibilidade e plena eficiência. “Nosso desafio sempre foi oferecer a melhor e mais econômica solução em movimentação de materiais, apresentando projetos viáveis, inteligentes e, agora, inovadores, que resultem em uma logística eficiente para nossos clientes, afirma Pedrão. A RETRAK comemora seus 25 anos com orgulho de colecionar conquistas também em valorização de profissionais e respeito ao meio ambiente. Em sua sede, além de recursos para treinamento, segurança e estímulos à saúde e bem-estar de pessoal, estão implantados projetos para tratamento de efluentes e água utilizada na lavagem de equipamentos, descarte correto de resíduos e área segregada para limpeza e manutenção de baterias, com caixa para retenção de líquidos. Com o tempo, vão se somando novos processos, rearranjando-se outros, e as empresas vão sendo estimuladas ao novo. E nós somos parte direta disso, pois atuamos como agente transformador em um momento tecnológico único vivido pela movimentação de materiais, uma das etapas centrais da intralogística e cada vez mais aberta a soluções e a modernas práticas mundiais , finaliza o diretor executivo da RETRAK.


OTIMIZAÇÃO

A Mexichem do Brasil, juntamente com a Neolog, desenvolveu uma solução que racionalizou a composição dos embarques, tarefa complexa e que apresentava custos elevados para a indústria de tubos. Aplicação do sistema alterou a modelagem e a forma de contratação dos prestadores de serviço, maximizou a utilização dos veículos e agilizou as operações de transferência e distribuição, reduzindo o valor destinado ao pagamento dos fretes

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Fotos Divulgação

Ciência exata a serviço do transporte


A

composição das cargas nos implementos dos veículos que realizam as transferências ou as distribuições dos produtos dos embarcadores é uma tarefa trivial no dia a dia de diferentes centros de distribuição. Mas é importante salientar que trivial não é sinônimo de fácil. Muito pelo contrário. Trata-se de uma das tarefas mais complexas efetuadas pelos pontos de expedição. Dispor os itens de maneira racional e segura, respeitando as dimensões da carreta e dos envios e a capacidade do equipamento de transporte, faz com que o trabalho demande uma série de análises. Há composições mais fáceis de serem efetuadas nos veículos. Se levarmos em consideração as cargas paletizadas ou produtos acondicionados em caixas, mesmo que menores por conta do fracionamento da entrega, a disposição nos implementos torna-se um pouco mais facilitada, e ágil. No jargão do mercado, este tipo de embarque também evita que se transporte muito “ar”. Mas, e se pensarmos no transporte de cargas com comprimentos distintos? Mais ainda: se imaginarmos a movimentação de itens similares, com diâmetros variados, mas que precisam ser transportados no mesmo baú, por exemplo? Para facilitar a visualização e entender a complexidade operacional, basta imaginar as operações logísticas das empresas que industrializam tubos de PVC. A Mexichem Brasil, subsidiária brasileira da Mexichem, com atuação nos setores de tubos e conexões, geotêxteis não tecidos e telecomunicações com as marcas Amanco, Plastubos, Bidim e Dura-Line, é um bom exemplo de companhia que transformou as dificuldades no transporte em oportunidades de negócios, com redução no custo do frete e otimização da cadeia logística. A tarefa não foi fácil, mas junta-

A cubagem de nosso mente com a Neolog a transporte não é muiMexichem desenvolveu to favorável. Por isso, funcionalidades e adosempre trabalhamos tou a solução denomipara buscar alternatinada Cockpit Logístivas e melhorar, à époco, conhecida também ca, a operação a partir como torre de otimizade nove centros de disção e controle de transtribuição (CD) responportes. O objetivo essáveis pelo atendimentava traçado: otimizar to de 50 mil clientes de a operação logística e forma direta e indiremelhorar a competitivita”, diz. dade dos fretes. Brantis: projeto supriu as O primeiro aspecto Iniciado em 2012, necessidades no arranjo observado foi a neceso projeto foi alinhadas cargas sidade de maximizar do com o processo de transformação digital pelo qual a in- os envios das tubulações. Isso porque dústria passava e entre as necessida- os veículos apresentavam subutilizades imediatas identificadas estavam ção – uma carreta com capacidade de o arranjo de cargas – agrupamento e transportar até 24 toneladas movidisposição dos produtos dentro dos mentava apenas 6 t. “Nossa dificulveículos –, definição de melhor rota, dade era compor o mix dentro dos otimização do valor de frete e escolha caminhões. Levávamos pouco peso por veículo e precisávamos carregar das transportadoras. Isso foi feito. mais para compensar o frete”, recoPrimeiras avaliações nhece. Em 2012, a Mexichem movimentava um total de 175.400 t. As mudanças, contudo, demanO gerente de Operações Logísticas daram um tempo devido às análises da Mexichem Brasil, Diogo Cogo, é previamente realizadas. Segundo o mais enfático. “Nossa ocupação era diretor de Operações da Mexichem um pouco ingrata quando se compaBrasil, Fernando Brantis, as dificulda- rava ao mercado, pois nunca chegádes se deviam pelo tipo de produto vamos ao peso máximo do veículo. movimentado. “Havia questões rela- Levamos produtos que não são muicionadas à modelagem do embarque. to pesados e até aquele momento não considerávamos essa variável, pois trabalhávamos apenas com o volume interno do item”, explica. A Neolog avaliou para a O quadro de fornecedores de concepção do trabalho transporte também não era adequado, o que refletia no tempo de entrega, no as unidades de medida, nível de serviço e no custo de transporte. A quantidade de prestadores os tipos de caminhões de serviço e os índices, por questões por local de entrega estratégicas, não são revelados. Cogo, porém, revela outra das principais e as necessidades de dificuldades. “Tínhamos uma roteirização realizada pelos fornecedores de descarga nos clientes transporte, que precisava ser otimizada”, resume. Maio 2018 - Revista Tecnologística - 45


OTIMIZAÇÃO

Avaliações pontuais

que seria implantado. “As equipe das duas empresas trabalharam em conjunto. Os profissionais da Neolog analisaram o que seria possível desenvolver em termos de software e sistemas e os profissionais da Mexichem avaliaram essas possibilidades relacionando-as com as operações que tínhamos no dia a dia”, comenta Brantis.

Concluídas as macroanálises, foi o momento de entrar no detalhe. E a tarefa foi realizada em cada um dos CDs. O trabalho consistiu em olhar o portfólio, os tipos de tubo movimentados – cerca de 600 –, os modelos de veículos emCogo: solução é um mix entre a pregados e como era ferramenta do fornecedor e as realizado o transporte. demandas da indústria “Começamos então a analisar as possibilidades a fim de Ferramenta definir as melhores composições. O projeto-piloto iniciou em 2013 em O CEO da Neolog, Danilo CamSumaré”, anuncia Brantis. Um dos pontos levantados foi a pos, explica que com algoritmos possibilidade de, ao realizar a movi- matemáticos para otimização simulmentação de uma tubulação de 100 tânea o Cockpit Logístico, ferramenmilímetros de diâmetro, colocar ta escolhida, é capaz de processar dentro dela um tubo de 25 mm e, uma carteira de pedidos de transporassim, começar a aumentar a capa- te, gerando um plano de cargas com cidade de utilização dos caminhões. o menor custo global de fretes. “A O teste de possibilidades deste tipo solução foi implementada na Mexide composição, realizado de forma chem Brasil para oferecer a melhor empírica pela equipe de colabora- margem financeira de operação. Isso dores da Mexichem, foi iniciado em foi possível por meio de um modelo único no mundo que trata simulta20 rotas. A testagem sem medição não du- neamente de otimização de rotas e rou muito tempo. O diretor de Ope- embutimento de produtos como turações diz que a equipe passou a se bos – um verdadeiro quebra-cabeças questionar. “Se o trabalho estava sendo feito experimentalmente, por tentativa e erro, por que não buscar Após o projeto, a um algoritmo, já que são dimensões Mexichen melhorou fixas, que permitiam realizar uma composição mais criteriosa, definina produtividade do os parâmetros?”, indaga. Nesta etapa, o grande desaquanto à ocupação fio era escolher um fornecedor de dos veículos em 25% tecnologia que entendesse o negócio da Mexichem. Para minimizar e reduziu o tempo de os erros na escolha, a companhia apostou num assessment ajustado. entrega em dois dias Definidos os critérios, a Neolog foi escolhida para estabelecer o sistema 46 - Revista Tecnologística - Maio 2018

computacional”, afirma. O executivo conta que os profissionais da Neolog mapearam toda a operação de distribuição da Mexichem, desde a forma de carregamento dos produtos, tipos de embalagens, unidades de medida, até as necessidades de descarregamento nos clientes com relação à altura dos produtos nos veículos, tipos de caminhão por local de entrega, tempo de descarregamento e horários das operações. “Disponibilizamos consultores especialistas em logística e otimização para avaliar potenciais mudanças na forma de transporte, de contratação de frete, a fim de reduzir os custos quando a companhia fosse capaz de utilizar melhor os veículos, com a colocação de mais produtos em relação ao que vinha sendo feito no passado.” Estes estudos – levantamento e mapeamento inicial, fase chamada de business blueprint – levaram cerca de dois meses para serem concluídos. Já a aplicação e a consolidação do sistema consumiram nove meses, uma vez que foram necessários desenvolvimentos novos para adequá-lo à necessidade da Mexichem. “A nossa experiência e conhecimento em otimização foram o diferencial para apostar no desenvolvimento que fizemos. Além disso, com o sistema integrado ao SAP da empresa, a Mexichem entendeu que poderia ao mesmo tempo agilizar o ciclo de planejamento de transportes, reduzir seus custos e melhorar o nível de serviço ao cliente”, pontua Campos. Cogo, gerente de Operações Logísticas, lembra que a estratégia foi avaliar os modelos propostos. Além disso, revela, a solução é composta por um mix do que é a solução da Neolog com as necessidades do business da indústria. “Em toda a nossa gama de pontos de entrega


precisávamos fazer o despacho com guns processos e a cultura na Mexi- conseguiu renegociar os contratos e um mix grande de quantidade de chem. “Treinamos os profissionais assim elaborar uma nova tabela de entregas, de rotas itinerantes dinâ- responsáveis pelas operações nos fretes”, comemora. micas, e isso não tinha uma regra, CDs para mostrar a solução e fazer Mas o sistema trouxe a flexibiliuma parametrização no sistema da com que eles entendessem de que zação no modo de contratar transNeolog”, diz. maneira o sistema facilitaria no dia porte. Antes, a indústria dependia Por este motivo, explica o execu- a dia”, frisa Brantis. de determinada transportadora, tivo, antes de iniciar que já possuía a cultura de realizar Mudança de de fato a operação, a o carregamento em determinado cultura no transporte ponto. Com a solução da Neolog, a companhia criou internamente um moempresa ficou mais independente, As alterações fo- o que possibilitou a realização de delo que atendesse ram sentidas de ime- BIDs mais competitivos. ao propósito. “Desendiato. As operações de volvemos uma roteiHoje, a contratação de transtransporte foram um porte é variada. Anteriormente, rização por itinerário. dos pontos que mais a companhia contratava apenas Estabelecemos níveis mudaram. De acordo transportadoras, que tinham autode serviço por região com o diretor de Ope- nomia para realizar a composição levando em conta, por rações da indústria de de carga, realizada conforme a conexemplo, o volume tubos, a questão não veniência do prestador para atinmovimentado e o núCampos: evolução do sistema era alterar o número gir a melhor tarifa na visão deles mero de clientes. Além permitirá a expansão do processo de fornecedores e a e não no modelo de negócio, no disso, fizemos algumas de roteirização dinâmica forma de contratação. nível de serviço. “A adoção do sisadaptações no modelo “O tema dos estudos”, diz, “era: tema gerou uma mudança no enda Neolog”, revela. A desenvolvedora de sistemas uma vez tendo uma carreta, que tendimento da forma de trabalhar participou do trabalho. De acordo poderia ser de qualquer transporta- do transportador. Trocamos alguns com Campos, a Neolog desenvol- dora, como otimizá-la. Queríamos o que não se adaptaram. E hoje, além veu um modelo matemático de pro- valor real por tonelada transporta- de transportadoras, contratamos gramação não linear, capaz de ad- da. Com as alterações propostas no autônomos e contamos com agremitir o embutimento de tubos em modelo de transporte, a Mexichem gados”, cita Brantis. vários níveis, considerando a rota de entrega. “Não há outra solução no mercado mundial com esta capacidade. Com isso, conseguimos extrair o máximo do espaço dos veículos contratados e reduzir o custo de frete. Com o novo software, a empresa agilizou o ciclo de programação de cargas, uma vez que a ferramenta roda de forma autônoma e segue sempre as regras de otimização previstas”, ressalta. Hoje, afirma Cogo, o modelo de sistema empregado é um mix entre aquele ofertado pela Neolog e a modelagem de roteirização desenvolvida internamente. “Sem a inteligência interna, a aplicação não funcionava”, garante. Além disso, Simulação do aproveitamento dos espaços internos dos diferentes tubos movimentados houve a necessidade de alterar alMaio 2018 - Revista Tecnologística - 47


OTIMIZAÇÃO

Emprego do Cockpit Logístico estabeleceu 247 mesorregiões de entregas

As aferições de desempenho também ficaram mais justas. Atualmente, há critérios de análise, como por exemplo o nível de serviço de coleta das cargas ofertadas. “Se estamos ofertando as cargas, qual o compromisso deles em buscá-las? Hoje, estabelecemos uma aderência de 96% de aceite e coleta no mesmo dia”, anuncia. Neste ponto do projeto, a roteirização passou a ser realizada por profissionais da Mexichem. Em cada CD havia profissionais destinados à definição de rotas. Vale lembrar que o número de centros foi reduzido de nove para sete, localizados em Joinville (SC) – dois pontos –, Sumaré (SP), Suape (PE), Ribeirão das Neves (MG), Anápolis (GO) e São José dos Campos (SP).

Alterações operacionais A utilização contínua e a consolidação do Cockpit Logístico fizeram a Mexichem realizar balanços operacionais e rever algumas práticas. A roteirização, por exemplo, foi centralizada, em 2015, na unidade do interior paulista, Sumaré. A partir de então a atividade ficou sob a gestão da coordenação de transportes com foco na cubagem. Nos CDs, atual48 - Revista Tecnologística - Maio 2018

mente, os profissionais operacionais têm a tarefa de replicar o modelo de embarque proposto pelo sistema. A centralização trouxe uma expansão para âmbito nacional das melhores práticas. “Conseguimos também capturar as oportunidades de melhoria que antes não eram maximizadas. Não dependemos mais da particularidade de cada local, existe um padrão otimizado de embarque para todo o Brasil”, comemora Brantis. Com a apuração dos dados e controles precisos dos embarques, a Mexichem pode estabelecer áreas operacionais específicas – foram criadas mesorregiões com combinações possíveis de itinerários. Hoje, são 247 mesorregiões, num total de 1.153 possibilidades de itinerários. “Definimos um modelo de transporte por adensamento. Em 2017, a companhia movimentou 148 mil t para estas localidades”, divulga Brantis, diretor de Operações.

Resultados mensurados e perspectivas Sem revelar alguns números por questões estratégicas, o executivo reforça que a implantação do Cockpit Logístico gerou ganho de

produtividade, eficiência operacional e, principalmente, melhora no nível de serviço prestado aos seus clientes. Além disso, reduziu a conta do frete e proporcionou ganhos no tempo de entrega dos pedidos, mesmo para clientes localizados nas mais distantes áreas do país. “Melhoramos a produtividade, a ocupação do caminhão, seja ele um truck 12 t ou uma carreta de 24 t de capacidade, em 25%. E, em média, conseguimos diminuir o tempo de entrega em 2 dias.” Outro benefício foi a questão da sustentabilidade, pois com a utilização de informações referentes às rotas – e também com a correta disposição dos produtos dentro de cada caminhão – foi possível reduzir a quantidade de veículos nas estradas e, consequentemente, a emissão de CO2 na atmosfera. Já há planos de expansão do modelo. O desafio, agora, é realizar a roteirização sem a necessidade de um profissional avaliar se há possibilidade de alterar aquela operação. Atualmente, alguns envios ainda contam com a análise do colaborador centralizado em Sumaré. Campos, CEO da Neolog, garante que a ferramenta já possui a roteirização dinâmica, com a flexibilidade de criação das rotas baseada na dinâmica da demanda que entra via SAP no Cockpit Logístico. “Estamos trabalhando com a Mexichem para evoluir no processo para que seja o mais automático possível, sem intervenção humana. Hoje, quase 80% das cargas são feitas de modo automático e isso deve evoluir para acima de 95% quando novas características forem incorporadas à ferramenta”, pontua. Fábio Penteado Mexichem Brasil: (11) 3726-2626 Neolog: (11) 3046-4050



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Quer ficar comigo? O

Retenção e atenção de talentos tornam-se condições estratégicas para os negócios dos operadores logísticos. Planos de cargos e salários, participação no desenvolvimento de estratégias e ascensão no nível hierárquico contribuem para a manutenção de colaboradores com perfil empreendedor. Já fomentar e divulgar no mercado os diferenciais e as particularidades da cultura da empresa estimulam profissionais em busca de recolocação a procurar organizações condizentes com suas expectativas 50 - Revista Tecnologística - Maio 2018

mercado de trabalho há um bom tempo vem passando por mudanças, seja pela competitividade, com vagas disputadas por um número cada vez maior de profissionais, ou pelo fato de as empresas buscarem requisitos, habilidades e competências num nível cada vez mais elevado de exigência para os candidatos. Enfim, uma série de fatores alterou o cenário do mercado de trabalho e o perfil do profissional. Além disso, quem está empregado muitas vezes vive na insegurança. Em especial no Brasil, a incerteza de se manter no trabalho é uma realidade. Crises econômicas e políticas e até mesmo a estagnação e a falta de estímulos percebida pelo colaborador contribuem para uma frequente dança das cadeiras. E aquele que busca uma recolocação? Além de todos esses fatores, ainda há um ponto deixado de lado, ou não avaliado pelo profissional, pela necessidade imediata de se empregar. Trata-se da procura por empresas que realmente se adéquem ao seu perfil – para que faça algum sentido o esforço pela recolocação – e estimulem, caso seja contratado, a busca por novos desafios. É um cenário comum em diferentes organizações de variados setores. E na operação logística não é diferente. Os provedores, contudo, começam a vislumbrar alternativas para mudar esse quadro. Não basta ter funcionários, é preciso buscar e contar com talentos que colaborem, contribuam e evoluam em suas atividades. Pessoas, hoje, são um dos principais elos da cadeia. Isso fica claro quando ouvimos


Análise de pessoas Segundo Sandra, por conta do pilar citado por Meireles, a Abol vem realizando uma série de reflexões e desenvolvendo ferramentas, pesquisas e parcerias para que os associados

possam alavancar a Além dos estudos, a gestão de capital huAbol firmou um acormano e que esse seja do com a Fundação um dos propulsores do Iochpe para apoiar o sucesso dos operadoFormare, um prograres logísticos. ma de capacitação e Para estimular a toinclusão educacional. mada de decisões dos De acordo com Meiprovedores, auxiliar reles, algumas compana atração e na manhias já utilizam esnutenção de talentos sas ferramentas como e permitir a evolucondição para traçar ção dos profissionais, seu planejamento esSandra: características que o mantendo-os engajatratégico. Outras comercado exige independem do dos e motivados na meçam a perceber a nível de atuação estrutura de carreira importância desses das organizações, a entidade conta mecanismos para a estruturação de com dois estudos. suas ações de longo prazo. O primeiro, realizado anualmenInstitucionalmente, ações estão te pela consultoria Pricewaterhou- sendo propostas e ferramentas coseCoopers e denominado People locadas à disposição dos operadores Analytics Benchmarking de Capital logísticos. Mas e internamente, nas Humano, faz uma análise dentro organizações, a lição de casa está das organizações e estuda cerca de sendo feita? 150 indicadores (KPIs, na sigla em Manutenção de interesse inglês para key performance indicators) na área. Além de analisar Rosa conta que na Tegma o traos indicativos mais pragmáticos e rotineiros, como turnover e absen- balho nos últimos três anos foi diteísmo, é possível medir aspectos recionado para a manutenção de de alto nível, como a estrutura hie- profissionais que auxiliassem na conrárquica da companhia (ou span of tinuidade dos negócios. A estratégia control, que indica o número de foi suportada por algumas ações. pessoas que um líder gerencia), o “Revisitamos nossa política de cargos retorno sobre o investimento em e salários e de benefícios”, frisa. capital humano e a performance de contratação e de promoção. O segundo estudo, realizado a A Abol realiza cada dois anos pela Korn Ferry Hay uma série de Group, avalia a competitividade de remuneração e os benefícios de reflexões e desenvolve cada empresa participante frente ao mercado de operadores logísticos. ferramentas e pesquisas O próximo estudo será realizado no para os associados segundo semestre deste ano. Serão analisados mais de 200 cargos de proalavancarem a gestão vedores que atuam em todo o Brasil, permitindo que eles mapeiem as suas de capital humano estruturas de acordo com cada uma das regiões. Divulgação

as companhias e os representantes setoriais, como a diretora de Gente e Ação da ID Logistics, que também atua como diretora Adjunta de Desenvolvimento de Capital Humano (DDCH) da Associação Brasileira de Operadores Logísticos (Abol), Sandra Pareja. “Operações logísticas fundamentam-se, eminentemente, em gente e tecnologia. No que diz respeito ao aporte e ao desenvolvimento tecnológico, por mais estruturado que sejam, não se pode prescindir de talentos, de pessoas capazes de desenvolver e aplicar a tecnologia eficientemente”, diz. A executiva completa destacando que as novas características que o mercado exige independem do nível de atuação, seja ele estratégico (alta administração), tático (média gerência) ou operacional (líderes de primeiro e segundo nível de operação, analistas e técnicos em geral). O presidente executivo da Abol, Carlos Cesar Meireles, reforça o que afirma Sandra. “Nosso foco está nas questões relacionadas à mão de obra, sendo um de seus pilares o desenvolvimento de capital humano”, resume. Já a coordenadora de Desenvolvimento de Pessoas da Tegma Gestão Logística, Rosa Maria de Carvalho, é enfática quanto à característica desse novo colaborador que o setor demanda. “A técnica é imprescindível, mas é preciso ter vontade de fazer algo diferente. Precisamos sempre trazer um fato novo e provocar o profissional para que ele se incomode com a rotina”, define.

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MÃO DE OBRA

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A executiva revela petências para que se que essas ações foram tornem mais produtie ainda são direcionavas, criativas e inovadas a cargos como de doras a fim de contricoordenador e supervibuir para os objetivos sor, uma vez que para organizacionais e se preencher essas vagas tornarem cada vez dificilmente a compamais capacitadas. nhia busca executivos Já o programa Esno mercado. “Geralcalada visa propiciar mente esses profissiooportunidades de cresnais são formados na cimento profissional Tegma e incluídos nos aos colaboradores da Meireles: um dos focos da processos de desenvolID, enquanto o proentidade está nas questões vimento interno e magrama Mentoring é um relacionadas à mão de obra nutenção dos talentos. processo de aprendizaHá toda uma proposta de crescimen- gem no qual se estabelece uma parceto de carreira para que possamos fa- ria entre um profissional experiente e zer com que os talentos fiquem co- formador e um talento em desenvolnosco e cresçam”, diz. vimento. “Queremos garantir a orienApesar de não revelar quanto do tação e o direcionamento de carreira quadro de coordenadores e supervi- em função das capacidades e interessores é composto por profissionais ses profissionais e pessoais”, pontua. formados pela empresa, ela diz que Na FM Logistic também é feito o último ano apresentou um índi- um trabalho forte para identificar ce significativo nas movimentações quem realmente tem condições de internas, com o aproveitamento de assumir postos de comando. A dipessoas que já atuam na companhia. retora de Recursos Humanos, ElaiNa ID Logistics, Sandra divulga ne Ferreira, divulga que a compaque são várias as frentes de traba- nhia efetua um mapeamento para lho. O programa para desenvolvi- garimpar talentos. “Definimos crimento da liderança, denominado térios para verificar quais são os Academia de Líderes, tem como profissionais que possuem perfil e base o conceito Pipeline de Lideran- entrega diferenciados, quem está ça, modelo de desenvolvimento que preparado e em quanto tempo poajuda a entender os requisitos que derá assumir funções com um desadevem ser desenvolvidos em cada fio maior”, revela. nível hierárquico. A iniciativa de prospecção dá A executiva explica a dinâmica. resultados. Além de elevar o nível “Cada passagem do Pipeline repre- profissional do colaborador dentro senta uma mudança na posição das operações brasileiras, possibilita organizacional que exige cada vez que ele vivencie experiências intermais complexidade em termos de nacionais, mantendo-o motivado a atribuições de liderança, com de- continuar na organização. “Temos safios específicos”, descreve. Já há como princípio compartilhar conovidades para este ano. Um dos nhecimento e utilizamos esse valor temas para 2018 é Times de Alta como mecanismo de manutenção Performance. A meta é identificar de profissionais. Estamos presentes e desenvolver nas lideranças com- em 14 países, temos uma mobilida52 - Revista Tecnologística - Maio 2018

de que auxilia na retenção”, garante. Já neste ano, conta Elaine, dois jovens talentos passaram 15 dias na Europa, entre Rússia e França, por conta de um projeto junto a um cliente global. Vale lembrar que esses dois profissionais são técnicos, mas os intercâmbios ocorrem com colaboradores de diferentes níveis, como analistas, coordenadores e líderes. A experiência no exterior pode ser vivenciada também por profissionais de diferentes áreas dentro da organização. Elaine faz uma ressalva. “Não focamos em salário, pois sempre haverá alguém predisposto a pagar mais. As pessoas têm que estar na FM porque querem. Mas não remuneramos abaixo do mercado, estamos sempre nos comparando com outras organizações e realizando análises para assegurar que ninguém ganhe menos do que o mercado paga.”

Potencial de crescimento Se reter talentos exige uma série de ações e estratégias desenvolvidas internamente, a atração de profissionais em busca de crescimento está bastante relacionada à imagem das corporações. Rosa, da Tegma, diz que as prospecções foram retomadas em 2017 e ela já consegue sentir o que os profissionais buscam. “As pessoas são atraídas pelo negócio em que a empresa atua e pela sua dinâmica, além da possibilidade de crescer relacionada a seus resultados”, diz. A executiva destaca que o diferencial para atrair os profissionais, tanto para cargos de liderança quanto para as demais posições, é proporcionar uma visão ampla do negócio. Para ela, o profissional sente ambição em ocupar uma posição dentro da companhia quando observa que pode


ascender na carreira por meio da implantação de um projeto, participando da reestruturação de uma área ou readequando processos e apresentando inovações. Sandra, por sua vez, ressalta que detectar e atrair talentos são funções altamente estratégicas para o negócio. Por isso, a ID Logistics foca na excelência, buscando eficiência na gestão de pessoas e difundindo no mercado que a organização maximiza o potencial de seus colaboradores como geradores de resultados e disseminadores de conhecimento. Divulgar a cultura da empresa àqueles talentos que buscam uma recolocação também é a estratégia na FM. “Mostramos que temos força não apenas no Brasil, mas apresentamos quem é a FM e nossos valores. As pessoas querem estar conosco, pois acreditam nessa proposta”, constata Elaine.

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terminadas características”, avalia. Nesse sentido, Rosa comemora os resultados dos programas da Tegma. De acordo com a coordenadora, algumas saídas de profissionais têm se dado por motivos pessoais, o desejo do colaborador de seguir um caminho diferente, mas não de mudar para um concorrente. “Eles mudam de área, para outro desafio, querem atuar num negócio diferente. Nossas perdas têm sido de pessoas que querem outros desafios além daqueles propostos por nós”, destaca. Elaine, da FM, em contrapartida, se mantém atenta. Na FM, pesquisas apontaram que o primeiro ano de atuação é o período em que mais há saída de profissionais, sendo os três primeiros meses os mais críticos. “Nosso trabalho é acompanhar de perto o colaborador que ingressa para minimizar as saídas. Se conseguirDe olho nos desafios mos retê-lo no primeiro ano, ele fica pelo Mesmo com todo menos mais cinco.” o planejamento, um O presidente execuElaine: mobilidade e compartilhamento de ambiente favorável e a tivo da Abol, Meireles, conhecimentos retêm profissionais enfatiza que para mipossibilidade de crescimento na carreira, ainda existem nimizar os desafios ainda existentes riscos de se perder um bom profissio- as companhias do setor devem tranal. De acordo com Sandra, a ativi- balhar para atrair, contratar, treinar dade de operador logístico tem uma e manter os jovens talentos não só exposição forte à concorrência. “Há pelo salário. “É preciso retê-los com um grande turnover na base, mas atrativos que os façam perceber que isso também tem sido observado na há um caminho profissional promisalta administração”, diz. sor na organização”, afirma. Ela explica que isso vem acontecendo pois o setor, dinâmico, apreFábio Penteado senta alta demanda por mão de obra. Abol: (11) 3586-6109 “São gestores que possuem determiFM Logistic: (11) 2109-9400 nadas competências. A questão, poID Logistics: (11) 3809-3400 rém, é que existe um número restrito Tegma: (11) 4346-2500 de profissionais disponíveis com de-


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Linha Cargo Power 2019, da Ford

A Ford Caminhões lançou a linha Cargo Power 2019, que, segundo a própria companhia, faz parte de sua estratégia para fortalecer a posição da marca no segmento de médios e pesados. Ela é formada por seis modelos equipados com o novo motor de 306 cavalos e capacidades de 17 a 31 toneladas de peso bruto total (PBT), com trações 4x2, 6x2, 6x4 e o lançamento 8x2. Os modelos que compõem a linha são o 1731 chassi rígido, o 1731T cavalo-mecânico, o 2431 6x2 com transmissão manual ou automatizada, o 2631 6x4, o 3131 6x4 e o 3031 8x2 com transmissão manual ou automatizada. O trabalho de engenharia para a nova motorização aplicada aos modelos da linha envolveu 400 mil km de testes de desenvolvimento e durabilidade. Essa rodagem incluiu também regiões de altitude elevada, como o Deserto do Atacama, no Chile (a 4.800 metros), Ibagué, na Colômbia (a 3.250 m), e Campos do Jordão, em São Paulo (a 1.600 m). 54 - Revista Tecnologística - Maio 2018

Para a validação do motor foram realizadas, ainda, 6 mil horas de testes em dinamômetro. A linha Cargo Power é equipada com o novo motor ISB 6.7 L da Cummins, que de acordo com a montadora é o mais forte da categoria entre os motores com até 7 litros. O trem de força tem potência de 306 cv (a 2.100 rpm) e torque de 1.100 Nm, com curva ampla e elevada disponível já em baixa rotação (a 1.100 - 1.900 rpm). Comparado ao motor do Cargo 2429 6x2, de 950 Nm, ele traz um ganho no torque final de 16%. “Essa característica faz uma grande diferença no desempenho do veículo e é sentida principalmente nas retomadas e ultrapassagens, situações em que o motor ‘enche’ mais rápido e responde com agilidade. E, o que é mais importante, faz isso com economia de combustível”, explica o gerente de Powertrain da Ford Caminhões, Nelson Palmério. O motor usa um novo turbo com carcaça e rotor projetados para trabalhar com maior pressão, incluin-

do válvula de alívio (wastegate). Além de proporcionar uma combustão mais homogênea, ele melhora a resposta do motor em retomadas. Tem também um filtro de ar com maior capacidade de vazão, de 25 m³ por minuto, novos bicos injetores e software eletrônico reprogramado. O sistema de refrigeração foi redimensionado, com novo ventilador e intercooler. Os demais elementos do trem de força foram igualmente trabalhados para poder operar com maior nível de torque e potência. A transmissão adota uma calibração diferente, que foi acompanhada pela adequação da embreagem. O cardã e o eixo traseiro, mais robustos, também são de uma nova série com relação específica para a linha. A grande aposta da Ford na linha Cargo Power 2019 é o 2431 6x2, trucado estradeiro. O modelo médio, com peso bruto total de 24 t, é resultado de um projeto que privilegia a durabilidade e a versatilidade de aplicações. Entre suas características estão a maior agilidade nas retomadas e segurança nas ultrapassagens, que aumentam a produtividade das viagens com a mesma eficiência no consumo de combustível. “O novo Cargo Power 2431 é um grande lançamento que reforça a nossa proposta de trazer produtos inovadores para o mercado, com soluções focadas nas suas reais necessidades”, diz o diretor de Operações da Ford Caminhões na América do Sul, João Pimentel. Ele completa dizendo que seu projeto foi desenvolvido a partir do desejo dos clientes do segmento, que demandavam por um veículo mais potente e eficiente sem abrir mão da economia. 0800 703-3673


Plataforma de serviços marítimos, da Kuehne + Nagel A Kuehne + Nagel lança o Sea Explorer, solução acessada por meio de um portal, que possibilita uma visão da oferta global de serviços marítimos da companhia. Com base no nível de integração com os armadores, a empresa oferece informações de mais de 3 mil navios e mais de 750 serviços semanais diretos, garantindo que a rede possua a maior variedade e flexibilidade de rotas para o transporte global de contêineres. A plataforma é uma extensão do que a Kuehne + Nagel já oferta em relação às cotações, reservas e monitoramento de embarques on-line. Tem como base sua inteligência de mercado derivada

de diferentes dados operacionais, sendo eles algoritmos desenvolvidos a partir do conhecimento da indústria em conjunto com big data e análises preditivas, ambos oferecidos pela Logindex, empresa de dados da Kuehne + Nagel. Com o Sea Explorer, os serviços são classificados por indicadores inteligentes, baseados em big data, incluindo um indicador de confiabilidade (DRI, na sigla em inglês para dynamic reliability indicator), medição da taxa de emissão de carbono, capacidade nominal de transporte e tempo de trânsito real para cada serviço. Segundo o membro do Conselho Administrativo da Kuehne + Nagel In-

ternational AG, responsável pelo transporte marítimo, Otto Schacht, um alto nível de transparência de dados é muito importante para a logística e, por meio do Sea Explorer, os clientes podem ter acesso ao maior portfólio global de oferta de serviços de transporte marítimo. “Assim, as decisões podem ser baseadas em tempo de trânsito e em dados comparativos sofisticados, tais como confiabilidade do serviço e a taxa de emissão de carbono. Nós nos empenhamos em oferecer o máximo de visibilidade, flexibilidade e informação aos nossos clientes em todo o mundo. O Sea Explorer é um importante passo rumo à digitalização”, diz. (11) 3648-8000

A Generix lança a nova plataforma colaborativa para processamento e gerenciamento de fluxos de supply chain, o Generix Supply Chain Hub. A novidade foi criada a partir da sinergia entre três áreas principais de especialização: Supply Chain Execution, para transformar a experiência do cliente, B2B Integration, para conectar o ecossistema e gerenciar os fluxos de dados, e Collaboration & Visibility, para capacitar esse ecossistema. O Generix Supply Chain Hub foi projetado, ainda, de forma a permitir que as empresas repensem sua estratégia em torno da promessa de seus clientes. Isso requereu a combinação de rapidez, flexibilidade e segurança de implantação. O lançamento está aberto a todos os players e seus sistemas. Os parceiros e os prestadores de serviços podem se inscrever em um conjunto de processos de negócios para lidar com todo ou parte do seu fluxo de pedidos, tanto para o gerenciamento de informações, como solicitação, recepção, entrega, previsão, faturamento, pagamento,

impostos e originais numéricos, quanto para execução física – fornecimento, transporte, recepção, armazenamento, cross-docking, preparação compartilhada ou e-business, otimização de composição e fluxos de pedidos, transporte a jusante, clique e coleta. Os processos em tempo real são monitorados em cada etapa da execução do fluxo de pedidos, desde a colocação da solicitação até a entrega. As informações relacionadas à sincronização são transmitidas por meio de um diálogo contínuo entre todos os envolvidos pelo ecossistema, bem como com o cliente. Isso é feito com a aplicação de ferramentas de transmissão automática ou reproduzidas em um portal para consulta ou interação. Vale lembrar que os clientes da Generix se beneficiarão automaticamente do acesso a um ecossistema que atualmente inclui mais de 50 mil empresas conectadas e centenas de milhares de outras que podem ser acessadas graças à interoperabilidade da plataforma. Segundo o presidente do Conselho

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Nova plataforma colaborativa, do Generix Group

de Administração da Generix, Jean-Charles Deconninck, essa abordagem de gerenciamento de ponta a ponta dos processos da supply chain digital é o resultado de uma vasta experiência e atenção cuidadosa às necessidades dos clientes, do mercado e dos parceiros. “Com essa oferta, queremos colocar a tecnologia a serviço dos negócios de nossos clientes e acelerar seu crescimento por meio do uso de funções e meios que sejam colaborativos, ágeis e rapidamente implantados”, diz. (11) 3032-2387 Maio 2018 - Revista Tecnologística - 55


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Solução avançada de goods-to-person, da Dematic

A Dematic, empresa que atua com tecnologias de automação, softwares e serviços para a otimização da cadeia logística, apresenta ao mercado sua solução de GTP (sigla para goods-to-person, ou produto-ao-homem), um sistema de atendimento de pedidos ergonômico e que provê mais rapidez e inteligência às operações.

A novidade combina os benefícios de gerenciamento de estoque de alta densidade e de segurança do Dematic Multishuttle com as vantagens compactas e de alta velocidade do recurso de transferência patenteada inter-Aisle Transfer (iAT) para gerenciar o estoque com precisão e realizar a entrega dos itens para os separadores rapidamente, proporcionando a ampliação dos prazos de corte de pedidos e acelerando as janelas de entrega. Compacto e modular, o Dematic GTP apresenta recursos adicionais como configuração pronta para uso e escalabilidade simples e funcionalidade flexível com estação de trabalho multifuncional, que executa uma va-

riedade de tarefas, incluindo decantação, reabastecimento, separação e empacotamento, além de contar com balança embutida. A solução pode ser implantada como um sistema autônomo ou integrada em um sistema maior. De acordo com a própria Dematic, ela fornece rápido retorno sobre o investimento e pode ser facilmente expandida com o mínimo de interrupção. “As indústrias com altos volumes de SKUs, como dos mercados de autopeças, eletrônicos e cosméticos, se beneficiarão da nossa solução aprimorada”, destaca Mike Khodl, vice-presidente de Gerenciamento Global de Soluções da empresa. (11) 3627-3100

Ferramenta de autoverificação de produtos perigosos, da Iata A Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata, na sigla em inglês para International Air Transport Association) lança no mercado o Dangerous Goods AutoCheck (DG AutoCheck), uma autoverificação de produtos perigosos. A meta com o lançamento é aumentar a segurança e a eficiência no transporte aéreo de produtos perigosos, alinhada ao objetivo do setor de implementar a digitalização total da cadeia logística. O vice-presidente sênior de Aeroportos, Passageiros, Carga e Segurança da Iata, Nick Careen, conta que o setor de transporte aéreo processa mais de 1,25 milhão de embarques de produtos perigosos por ano. Com a previsão de aumento anual de 4,9% na carga aérea nos próximos cinco anos, o número de embarques de produtos perigosos aumentará significativamente. “Para aproveitar os benefícios desse crescimento, o setor deve adotar padrões 56 - Revista Tecnologística - Maio 2018

modernos e harmonizados que garantam operações seguras e eficientes, principalmente em relação ao transporte de produtos perigosos. A solução DG AutoCheck é um passo importante para alcançar esse objetivo”, diz. A solução permite que a cadeia de suprimentos do setor de transporte aéreo de carga verifique a conformidade da Declaração de Produtos Perigosos (DGD) do Embarcador com todas as normas e regras relevantes contidas no Iata Dangerous Goods Regulations (DGR). Com a ferramenta, os dados eletrônicos da carga são recebidos diretamente, contribuindo para a digitalização da cadeia. A tecnologia de reconhecimento óptico de caracteres (OCR) também transforma a declaração DGD impressa em dados eletrônicos. Esses dados são então processados e verificados automaticamente usando a versão de dados XML da DGR. A solução DG AutoCheck também ajuda nas decisões

dos operadores em terra ou de uma companhia aérea de aceitar ou rejeitar uma carga durante a fase de inspeção física, fornecendo uma representação gráfica da carga com a marcação e a etiqueta exigidas no transporte aéreo. Segundo o diretor assistente de Segurança e Padrões de Carga da Iata, David Brennan, a DGR tem mais de 3 mil produtos perigosos registrados e cada um deles deve observar os requisitos na DGR quando for embarcado. A versão impressa da DGR tem 1.100 páginas. A verificação manual da conformidade da declaração de cada embarcador e se a carga apresenta as marcas, etiquetas e embalagem corretas é uma tarefa complexa e demorada. “A automação com o DG AutoCheck é um grande passo à frente. A cadeia de suprimentos do setor de transporte de carga se beneficiará com maior eficiência, processos modernos e segurança superior”, acredita o executivo. (11) 2187-4215



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Aplicativo para controle de coletas e entregas, da Sist Global possível armazenar uma foto do comprovante assinado. O aplicativo permite também fotografar qualquer tipo de ocorrência durante as operações, garantindo um melhor acompanhamento. Além disso, se o dispositivo estiver off-line no momento de uma entrega, por exemplo, é possível dar baixa e, quando a internet for restabelecida, o Entregando Online fará automaticamente a transmissão das informações. O aplicativo trabalha de forma integrada à solução oferecida pela Sist Global, chamada Sistema Integrado de Transportes (SIT), por meio de um webservice por cliente. Assim, cada usuário visualiza apenas os menus e os itens que lhe são permitidos. A ferramenta pode também ser integrada a outros sistemas, de acordo com a necessidade de cada

Plataforma de gerenciamento de risco, da OpenTech A OpenTech apresenta ao mercado o Rastrear 4.0, nova geração de sua plataforma de gerenciamento de riscos, que incorpora conceitos como Big Data (text mining, redes neurais, mapeamento de comportamento padrão), modelos matemáticos (tomada de decisão baseada em multicritérios e análise de séries temporais), gamificação e leitura inteligente de mensagens. Com as novas funcionalidades, o lançamento, que atua com priorização, avalia cada ocorrência já executando ações automáticas, como envio de comandos e mensagens, além de avisar o operador qual acontecimento tem mais chance de roubo. No caso de detecção de uma ocorrência mais crítica, o sistema faz um bypass da atividade de ligar para o motorista ou para o cliente e direciona uma ação de pronta-resposta. 58 - Revista Tecnologística - Maio 2018

Para garantir agilidade, o software Rastrear 4.0 conta com três módulos, o de parametrização, do operador e de relatório. O primeiro é onde são inseridas as informações pertinentes à operação e contidas no plano de gerenciamento de risco. Já o módulo do operador utiliza o conceito de jogos aplicado à gestão e à operação a fim de acelerar o aprendizado e adotar as melhores práticas. O último módulo, o de relatório, gera indicadores e painéis de controle que mostram o comportamento da operação e qual o nível de serviço da central de rastreamento. Entre os diferenciais da novidade estão a gestão das filas de ocorrências, o algoritmo que identifica alertas falsos e o controle da eficiência dos operadores. (47) 2101-6122

empresa. Disponível para dispositivos com o sistema Android, em breve o Entregando Online poderá ser utilizado também no iOS e no Windows Phone. (11) 2207-6555

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A Sist Global, empresa que atua no mercado de tecnologia da informação voltada para o setor de logística de cargas, com soluções de WMS, TMS, controle de frota, gestão corporativa para transportadoras e sistema embarcador, oferece o app Entregando Online, ferramenta que tem como objetivo permitir total controle sobre coletas e entregas por meio de dispositivos móveis. O produto é voltado para qualquer ramo de atividade que precise controlar suas coletas e entregas de forma rápida e eficiente. Utilizando geolocalização, o Entregando Online possibilita a visualização em tempo real da posição dos veículos, além dos horários de saída e chegada, medindo assim o tempo de movimentação da carga para cada cliente. Quando uma entrega é finalizada, é

ANUNCIANTES DA EDIÇÃO App Tecnologística...........................3ª capa Assine.....................................................57 Combilift...............................................23 Cushman...............................................11 Friovale.................................................29 Friozem............................................2ª capa GKO...................................................15 Grupo Kion.............................................33 Hines................................................05 Jamef................................................09 L. Amorim................................................19 Log Frio....................................................21 Logjun................................................41 Quality...................................................53 Retrak................................................49 TPC...................................................4ª capa Visilog....................................................25 Yale................................................37 Ynova.....................................................13




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