Especial
Operadores Frigorificados Mercado complicado, mas com boas oportunidades Tabela traz as principais empresas da cadeia do frio
Oswaldo Castro Jr.: “Voltei para garantir que a Golden Cargo não será vendida”
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SUMÁRIO
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MERCADO
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Portas e docas dotadas de novas tecnologias de isolamento térmico garantem a manutenção do frio no transporte e transferência para o armazém
Veja todas as novidades do mercado brasileiro de logística nesta seção
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CADEIA DO FRIO
CROSS-DOCKING
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ENTREVISTA Oswaldo Dias de Castro Jr. retorna ao setor assumindo as operações da Golden Cargo, empresa que passa a ser integralmente controlada pelo seu ramo familiar
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GESTÃO DE RISCO Trabalho de gerenciamento de risco feito a oito mãos reduz índices de roubo da fabricante de computadores Acer, que causavam prejuízos milionários
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ESPECIAL Apesar das dificuldades enfrentadas na operação e gestão, operadores logísticos frigorificados veem boas possibilidades de crescimento deste mercado. Tabela traz os principais players do segmento, com estrutura de frio, tecnologia e serviços oferecidos
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Foto: Luiz Machado - Agência Imagem
Acompanhe o vai e vem dos profissionais no movimentado mercado de logística brasileiro
Características diferentes, alta diversidade e perfis de demanda distintos trazem desafios para as operações de MRO. O artigo fala sobre como enfrentá-las e de que forma é possível definir o nível ideal de estoque
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EVENTO Veja as novidades apresentadas durante a 18ª edição da Intermodal South America, a segunda maior feira mundial para os setores de logística, transporte e comércio exterior
CADEIA DO FRIO Visibilidade, fluxo contínuo de informações e monitoramento constante fazem o diferencial da logística da Log Frio para a fabricante francesa Bonduelle
ILOS
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PRODUTOS Conheça os lançamentos e os principais produtos, serviços e sistemas voltados à logística
112 Capa: Emidio Pedro Fotos: Istockphoto e Luiz Machado
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AGENDA Confira os mais importantes cursos, seminários, MBAs e demais eventos nacionais e internacionais do setor de logística em nossa agenda
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EDITORIAL Publicare Editora Ltda. www.publicare.com.br
Diretores Shirley Simão shirley@publicare.com.br
Jorge Roberto Simão
Setor delicado
jorge@publicare.com.br
Ano XVII - N.º 198 - Maio/2012 www.tecnologistica.com.br
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esta edição, apresentamos a versão 2012 do nosso Panorama de Operadores Logísticos Frigorificados, trazendo a tabela atualizada com os principais players deste mercado, a relação de seus principais serviços, estrutura e regiões de atendimento, entre outras informações relevantes para quem precisa contratar este tipo de fornecedor. Assim como os outros panoramas setoriais da Tecnologística, este constitui uma ferramenta essencial para o mercado, dando aos prestadores de serviços uma vitrine importante, além da possibilidade de benchmarking e, aos contratantes, informações relevantes para a escolha de seu parceiro de negócios. Como ocorre na logística em geral, a logística frigorificada evolui a passos largos no Brasil, adquirindo expertise, empregando tecnologia e equipamentos de ponta. E isso apesar de todas as dificuldades – tanto aquelas comuns a todo o setor de logística e transportes brasileiro como outras que são específicas dele. Além de exigir altos investimentos em constante renovação tecnológica, o setor é responsável por um item fundamental e extremamente delicado na cadeia de seus clientes: a manutenção do frio, que exige cuidados especiais e um monitoramento constante, pois um elo falho pode arruinar o mais cuidadoso dos trabalhos feitos nas outras pontas da cadeia. Da mesma forma que no setor de cargas secas, a logística do frio não se desenvolve de forma homogênea no Brasil; há empresas mais avançadas e conscientes da importância da utilização de procedimentos, tecnologias e equipamentos adequados, e outras que ainda engatinham. Mas certamente, apesar das dificuldades, é um setor com grandes oportunidades, dado o desenvolvimento do mercado nacional e a mudança de hábitos da população, que se refletem diretamente nos produtos e serviços ligados à cadeia do frio. Nesta edição, trazemos também a cobertura completa da 18ª Intermodal South America, que se tornou, de acordo com seus organizadores, o segundo evento mundial dos setores de logística, transporte e comércio exterior, realizado em abril na cidade de São Paulo. Mais um exemplo do quanto a logística vem ganhando importância no País e despertando interesse dos participantes internacionais. Uma ótima leitura a todos. Shirley Simão
Redação, Administração e Publicidade Av. Eng. Luiz Carlos Berrini, 801 - 2º Andar CEP: 04571-010 - São Paulo - SP
Central de Atendimento: Tel./Fax: (11) 5505-0999 Assinatura assinatura@publicare.com.br Editora Silvia Antunes Marino - MTb 18.556 Reportagem André Moraes Fábio Penteado Fernando Fischer redacao@publicare.com.br Revisão Silvia Giurlani Arte Emidio Martins Pedro Renato Sales Publicidade Eládia San Juan Marcos Fornabaio Rodrigo Machado Taís Coimbra Argentina V. y V.S.R.L. Nuñes - 2820 1429 - Buenos Aires - Argentina Tel./Fax: (0054 11) 4702-2800 Periodicidade Mensal Circulação Nacional Conselho Editorial An tônio Galvão No vaes; Arthur A. Hill; Cé sar Lavalle; Hu go Yoshi za ki; Marcos Isaac; Paulo Fleury; Pe dro F. Mo rei ra; Robert Caracik; Rodrigo Vilaça; Wal ter Zinn. A Revista Tecnologística não se responsabiliza pelo conteúdo dos artigos assinados, bem como pelas opiniões emitidas pelos entrevistados. Reprodução total ou parcial permitida, desde que citada a fonte. Registrada no 1.º Cartório de Reg. de Tit. e Doc. sob n.º 219.179, nos termos da Lei n.º 5.250/67 (Lei de Imprensa). Marca Registrada INPI n.º 818.454.067. Associada à
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ISSN 1678-8532
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MERCADO
Toyota terá fábrica de empilhadeiras no Brasil Planta produzirá modelos da Série 8, de 1,8 a 3 toneladas, a partir de 2013
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A fábrica de Artur Nogueira terá cerca de 31.000 m 2, num terreno de 93.000 m 2 e empregará aproximadamente 120 pessoas. Inicialmente, a planta produzirá apenas os modelos da Série 8 da Toyota, empilhadeiras a combustão com capacidades de 1,8 a 3 toneladas. “Essas máquinas representam 80% das vendas da Toyota no Brasil. Mais tarde, poderemos ampliar a gama de modelos produzidos pela fábrica brasileira, inclusive os elétricos, conforme a evolução do mercado. É difícil iniciar a produção de muitos modelos de uma só vez. Preferimos ir passo a passo”, afirma Hiroyuki Ogata, presidente da Toyota Material Handling Mercosul (TMHM), responsável pela importação e distribuição no País – além da marca Toyota – das máquinas da americana Raymond e da sueca BT. A nova fábrica será criada como uma divisão industrial da TMHM. Ogata
Divulgação
Toyota Industries Corporation (TICO) anunciou em abril investimento de R$ 101 milhões no País para a construção de sua primeira fábrica brasileira de empilhadeiras, na cidade de Artur Nogueira, região de Campinas (SP). A unidade tem início de produção previsto para outubro de 2013, atingindo já em 2014 sua capacidade máxima instalada, de cinco mil unidades anuais. Com a produção local, voltada integralmente ao atendimento do mercado interno, a empresa espera enfrentar melhor a crescente concorrência e ampliar sua participação para 30% no mercado até 2014, com sete mil unidades vendidas, contando as máquinas de fabricação nacional e as importadas. Em 2011, a empresa vendeu quatro mil empilhadeiras no Brasil, com participação de 25% nas máquinas a combustão e 20% considerando o mercado em geral.
Maquete da nova fábrica, que permitirá a aquisição das empilhadeiras pelo Finame
garante que toda a gama hoje oferecida continuará disponível para os consumidores brasileiros. Segundo o executivo, uma das principais vantagens da produção interna é a possibilidade de atingir o índice de nacionalização de 60% nas máquinas, permitindo sua aquisição pelo Finame do BNDES. “Calculamos que a metade das empilhadeiras no Brasil é vendida através de financiamentos deste tipo, e oferecer aos nossos clientes mais essa possibilidade certamente ampliará nossa participação, principalmente entre os pequenos e médios, que dependem de crédito para adquirir esses produtos”, ressalta o presidente. Outra vantagem da produção interna apontadas por ele é a redução do tempo de entrega dos atuais três a cinco meses para apenas um mês a partir do pedido. O preço final das máquinas também será reduzido, embora a empresa ainda não saiba estimar em quanto. A empresa não precisará atrair seus fornecedores internacionais para o Brasil, pois existem fabricantes locais preparados, e importará apenas os componentes mais sofisticados, como motor e transmissão. “Tudo irá depender dos fornecedores locais. Já estamos em negociação, analisando capacidades, preços e também a qualidade desses parceiros. Queremos manter, nos produtos feitos aqui, a mesma qualidade e tecnologia daqueles que importamos hoje, e pretendemos adotar o mesmo modelo de produção que empregamos no Japão e em outros lugares onde fabricamos nossos produtos”, afirma Ogata. Segundo o presidente da TMHM, o Japão está vendo o Brasil como
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um mercado importante e em crescimento, e esta fábrica é prova disso. “Mas mesmo assim, devemos ser cautelosos em fazer negócios aqui, porque as condições mudam muito. O governo acaba de anunciar o Plano Brasil Maior, de desoneração da indústria brasileira para aumentar a competitividade e equilibrar a balança comercial. Isso é bom para quem produz. Mas nunca há garantias de continuidade”, ressaltou. “De qualquer forma – e isso vale para o mundo todo – quem quer ter sucesso em um mercado tem de ter produção local”. Localização A região de Campinas foi escolhida por estar próxima do mercado
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consumidor e do parque de fornecedores, e também pela excelente qualidade de sua mão de obra. “Além disso, a municipalidade de Artur Nogueira foi muito receptiva aos planos da Toyota, tanto em termos de benefícios fiscais quanto em facilidade para aquisição do terreno”, diz o executivo, informando que existem outras empresas japonesas no município e elas foram consultadas antes da decisão final. “Claro que os incentivos do município são fundamentais, mas apenas isso não seria suficiente para uma tomada de decisão tão importante. A cidade também está servida por uma boa estrutura de transportes, com larga malha viária, fácil acesso ao Porto de Santos e próxima ao Aeroporto Internacional de Vi-
racopos. Os incentivos são de curto prazo, mas a infraestrutura é para sempre”, reforça o presidente. Além da nova fábrica, a empresa está expandindo sua rede de filiais e aumentando seu quadro de funcionários, hoje composto por 322 pessoas. A TMHM prepara ainda para o próximo mês de junho, a mudança de sua sede atual da cidade de São Paulo para Diadema, com 5.000 m2 de área, que abrigará um centro de treinamento para a equipe interna, estoque de peças, oficinas maiores para serviços de revisão e consertos, e um local para demonstração das máquinas, que possibilitará aos clientes fazer um test drive das em pilhadeiras. TMHM: (11) 3511-0400
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MERCADO
TCP anuncia investimentos Fulwood para 2012 entrega novos Com R$ 250 milhões, terminal pretende construir complexos um novo berço de atracação e aumentar capacidade logísticos
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Terminal de Contêineres de Paranaguá – TCP, anunciou, no final de março, os investimentos já realizados até o momento e também a previsão para o acumulado do ano. Até o final de 2012, serão aproximadamente R$ 250 milhões destinados à compra de equipamentos e à estrutura do porto. Na ocasião, foram apresentadas as novas máquinas adquiridas, que consumiram R$ 51 milhões do montante previsto para 2012. Ao todo, o TCP conta com dois novos portêineres post-panamax, seis transtêineres e nove cami-
nhões, todos já operando no terminal. Juarez Moraes e Silva, diretor-superintendente e Comercial do TCP, destaca a importância do aporte e ressalta que esse é um dos maiores planos de investimentos do setor portuário no País. “Com os novos equipamentos, já obtivemos ganhos de produtividade. Nossa capacidade atual atingiu 1,2 milhão de TEUs anuais em comparação com 800 mil TEUs antes das aquisições”. Segundo ele, além de necessários, os investimentos em equipamentos
e na ampliação do porto visam também aproveitar o bom momento do Brasil em relação às exportações e importações. “O TCP possui uma receita equilibrada que advém da movimentação de contêineres de exportação e importação. Além disso, o mercado de contêineres está em crescimento e estamos preparados para aproveitar esse momento”, avalia o executivo.
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O objetivo dos investimentos é aumentar a capacidade operacional do terminal para 1,5 milhão de TEUs até 2013, além de modernizar as operações, oferecendo maior comodidade aos exportadores, como aumento do número de tomadas para contêineres refrigerados. Outro grande investimento para 2012 será a construção de um terceiro berço de atracação de 315 metros, que deverá consumir R$ 140 milhões, além da compra de outros equipamentos, já em processo de aquisição, para utilização no novo píer – dois portêineres super post-panamax, seis transtêineres e 12 caminhões, totalizando uma aplicação de mais R$ 60 milhões. Outro investimento previsto ainda para 2012, em processo de licenciamento ambiental, é a dragagem de manutenção, que permitirá ao terminal atingir 12,5 m de calado. Além disso, em 2013, o TCP pretende realizar a dragagem de aprofundamento para chegar a 14,5 m de calado, podendo, assim, receber os maiores navios do mundo.
Fulwood, prestadora de serviços de consultoria e investimentos no mercado imobiliário, entregará em agosto duas novas estruturas, o Master Business Park e o Sorocaba Business Park, ambas no Estado de São Paulo. A primeira é um condomínio destinado à implantação de fábricas e centros de distribuição, com 27.322 m² de área, divididos em 19 módulos flexíveis. A localização da unidade é de fácil acesso, na saída do km 50 da Rodovia dos Bandeirantes e km 61 da Anhanguera, na cidade de Jundiaí. Com estacionamento para até 57 caminhões e 171 vagas para automóveis, a estrutura possui, ainda, três docas por galpão, segurança 24 horas, piso com capacidade para cinco toneladas por m² e pé direito de 12 metros livres. Já o Sorocaba Business Park terá sua segunda etapa entregue, com 24.976 m², que se somarão aos 37.060 m² já existentes na primeira etapa do projeto. Ainda haverá uma terceira etapa, com 71.360 m², sem data prevista para ser concluída. O empreendimento fica próximo ao entroncamento da Rodovia Presidente Castello Branco com a alça de acesso à Raposo Tavares. A estrutura pode ser utilizada para operações de crossdocking, tem estacionamento para até 100 caminhões e 660 vagas para automóveis. Possui, ainda, quatro docas por galpão, piso com capacidade para cinco toneladas/m², pé-direito de 12 m livres e heliponto homologado.
TCP: (41) 3420-3300
Fulwood: (11) 2344-2999
Futuro
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MERCADO
BR Partners adquire participação no Grupo Sequoia Meta é fomentar as operações da Completa Logística e da Delivera Express, companhias que compõem o grupo
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Grupo Sequoia comunicou ao mercado, dia 16 de abril, que o BR Partners – banco de negócios que presta assessoria em fusões e aquisições e investe em Private Equity – adquiriu, por meio de um dos fundos por ele gerido, participação minoritária de seu capital. O número consolidado não foi revelado. O Grupo Sequoia, constituído de duas empresas – Completa Logística e Delivera Express –, provê soluções logísticas integradas de fullfilment e distribuição porta a porta, com foco no segmento de comércio eletrônico, incluindo armazenagem, picking, packing, expedição e entrega courier e operação rodoviária, contando com bases operacionais nos principais centros econômicos do Brasil. Com o aporte de capital, o grupo informa que contará com os recursos necessários para expandir sua capacidade
de operação e impulsionar o ritmo de crescimento acelerado da companhia, além de investir na automatização dos processos logísticos. Segundo o CEO do Grupo Sequoia, Armando Marchesan Neto, entre as ações que serão realizadas devido à aplicação dos recursos estão ampliação das áreas operacionais e expansão da malha de distribuição, além de verbas direcionadas a sistemas de automação que serão instalados no centro de distribuição da companhia, localizado em Cajamar (SP) e que conta com uma área operacional de 8.000 m² e 6 mil posições-palete. “Nosso objetivo é ampliar a movimentação de dez mil pedidos por dia para 30 mil diariamente”, diz. Além de Neto, o outro fundador do Grupo Sequoia, Décio Alves, continua como controlador da companhia, permanecendo à frente das operações
como COO. De acordo com o CEO, o ingresso do BR Partners como sócio acelera os planos de expansão do grupo, fortalece sua visão estratégica e financeira, além de adicionar uma extensa rede de relacionamentos. “Essa parceria contribuirá para que possamos aproveitar mais rapidamente as imensas oportunidades oferecidas pelo setor de e-commerce e nos consolidar como um dos líderes na prestação de serviços logísticos no segmento, sendo referência de qualidade para o mercado”, diz Marchesan. Já o sócio responsável pela área de Private Equity do BR Partners, Gregory Reider, afirma que o Grupo Sequoia representa a plataforma ideal para capturar o enorme potencial do mercado.
Grupo Sequoia: (11) 4302-1055 BR Partners: (11) 3704-1000
Empilhadeiras Hyundai operam na Indy
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rês empilhadeiras da Hyundai, modelo 25L-7, foram utilizadas em operações logísticas para a organização do evento da etapa da Fórmula Indy de 2012 que aconteceu em São Paulo nos dias 28 e 29 de abril. A Tecnomac, distribuidora e cliente da Brasil Máquinas de Construção (BMC), alugou os equipamentos pela segunda edição consecutiva. O custo total do aluguel chegou a R$ 180 mil, uma vez que o valor de cada uma das máquinas foi de R$ 60 mil. A Usina de Tratamento Ecológico de Pneus (Utep) é responsável pela logística
da Fórmula Indy. A companhia respondeu pelas operações de todas as edições do evento automobilístico no Brasil e, neste ano, realizou o trabalho empregando apenas máquinas da Hyundai. O requisito para a utilização era que as máquinas tivessem capacidade para aproximadamente 2,5 toneladas. A companhia declara que foram movimentadas cerca de 540 toneladas entre operações de montagem e desmontagem nos dois meses de preparação para o evento, sendo que 108 t desse total foram pneus para a construção de
barreiras de contenção nas curvas do percurso de dois quilômetros. “Estamos muito felizes em sermos parceiros da Utep para este grande evento da Indy e temos a certeza de que as nossas máquinas robustas ajudaram a diminuir o tempo de montagem de toda a infraestrutura do evento”, comenta Carlos Fernandes, diretor da Tecnomac. BMC: (11) 3036-4000 Tecnomac: (12) 3909-4400 Utep: (11) 2413-8837
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MERCADO
Somov assume distribuição da Yale em SP
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Representante torna-se a primeira dual-brand da Nacco
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distribuidora de empilhadeiras Somov, empresa pertencente ao Grupo Sotreq, assumiu no último mês de abril a representação dos produtos da Yale no Estado de São Paulo. Com o novo contrato, a companhia
– que já trabalha com a marca Hyster desde a década de 1940 – passa a ser a primeira representante dualbrand da norte-americana Nacco Materials Handling Equipment (NMHE) no Brasil. “A chegada da Yale permite que a Somov amplie seu portfólio de produtos, sua base de clientes – que deve crescer 50% – e o faturamento, que poderá ser 60% maior que em 2011”, analisa o diretor da Somov, Edílson Fabre. Além de São Paulo, a Somov representa a marca Hyster nos Estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Maranhão e toda a Região Norte.
Para se adequar à nova configuração dos negócios em São Paulo, a Somov realizará investimentos de R$ 15 milhões até agosto. A empresa já aumentou em 52% seu quadro de funcionários nas áreas de vendas, peças, contact center e serviços. Ela investirá também em sua frota de veículos, no estoque de peças e em uma nova estrutura física. A Yale e a Hyster contam com um portfólio de 134 modelos de empilhadeiras com capacidades até 16 toneladas (somente a Hyster atua com equipamentos acima dessa faixa). Segundo o diretor de Vendas da Nacco, Mário Miranda, o Estado de São Paulo representa cerca de 30% dos negócios da empresa, o que significa que a parceria com um dual-brand já começa pelo mercado mais expressivo. Somov: (11) 3718-5090 Nacco: (11) 5683-8500
Locar realiza movimentação de materiais para a Embraport
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Locar, empresa que atua no segmento de transportes especiais, informa que foi a escolhida para ser a responsável pelo içamento (verticalização) das estacas e pré-moldados para a construção do píer de atracação e carregamento de navios no Terminal da Embraport (Empresa Brasileira de Terminais Portuários), em Santos (SP). Para realizar a operação, a companhia empregará duas gruas M 2250 fabricadas pela Manitowoc e uma Grua da Liebherr, modelo LR 1400. Erguido na margem esquerda do porto, o projeto é o primeiro da Cons-
trutora Norberto Odebrecht a receber a certificação no escopo de obras portuárias onshore e dragagem. O contrato entre a construtora e a Locar foi firmado no ano passado e vai até o fim de 2013, quando está previsto o início de operações no píer. O terminal está sendo construído para atender à demanda das exportações e contará com 803 mil m² de área total, sendo 342 mil m² de retroárea para armazenagem de cargas gerais, 60 mil m² de tancagem de etanol, 1.100 m de cais, dois píeres e calado de 16 m. Com investimento
total de R$ 2,3 bilhões, o local estará apto a movimentar anualmente cerca de dois milhões de TEUs e dois bilhões de litros de etanol. Segundo o diretor Técnico Corporativo da Locar, Amilcar Spinetti Filho, a companhia sente-se orgulhosa por fazer parte de um projeto certificado pela ISO 9001. “Nossa missão será atender ao cliente na construção do píer dentro do prazo estipulado”, afirma. Locar: (11) 3545-0500 Embraport: (13) 3229-0700
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MERCADO
ANTF cobrará incentivos governamentais para estimular setor Entidade solicitará aumento nos prazos de pagamentos para a compra de insumos e ativos, além da queda na taxa de juros
Divulgação Vilaça: governo também precisa fazer a sua parte
De acordo com o executivo, o sistema ferroviário composto pelas empresas concessionárias – América Latina Logística (ALL), Ferrovia Centro-Atlântica (FCA), Ferrovia Norte Sul (Tramo Norte), Ferrovia Tereza Cristina (FTC), MRS e Vale – necessita de mais incentivos governamentais a fim de estimular a produção de equipamentos, maximizando as operações. O executivo é enfático: “Individualmente, não conseguimos avançar. Temos capacidade de investir,
mas o governo precisa fazer a sua parte”, afirma. Ele anuncia números, com o ano de 1997 como base – período que marca o início da privatização do setor e das concessões – para reforçar a sua tese. Dados da ANTF dão conta de que, até 2012, o setor recebeu R$ 29,97 bilhões. Desse total, R$ 1,39 bilhão foi aplicado pela União. Só em 2011, o investimento das concessionárias chegou a R$ 4,6 bilhões, crescimento de 56,3% frente a 2010. Na opinião de Vilaça, alguns pontos são fundamentais. Para ele, é preciso que haja formas de financiamento diferenciadas, com juros mais baixos e prazos de pagamento de pelo menos 20 anos para as empresas do setor. Ele lembra que estes benefícios devem valer tanto para a compra de insumos para a produção de vagões e locomotivas quanto para a aquisição dos ativos. “Faremos esse pleito junto ao governo”, resume. Vilaça ressalta que esses dois aspectos são fundamentais para o desempenho do setor e já denomina essa reivindicação como “Linha Branca do Setor Ferroviário”. De acordo com o diretor-executivo, com estas medidas será possível, até 2020, chegar a 200 mil locomotivas e cerca de seis mil vagões na malha. Hoje, o setor nacional conta com 3.045 locomotivas e 100.924 vagões. Em 1997, eram 1.154 locomotivas e 43.816 vagões.
Balanço O diretor-executivo da ANTF salienta que, apesar de ainda faltar incentivos, os números são animadores nestes últimos 15 anos. A movimentação de cargas pelas ferrovias brasileiras cresceu 87,6% no período. A quantidade movimentada passou de 253,3 milhões de toneladas em 1997, para 475 milhões de t em 2011. Em comparação com 2010, as operações cresceram cinco milhões de t. A movimentação de carga geral apresentou acréscimo de 76,2%, enquanto os minérios de ferro e o carvão mineral cresceram 87,6% de 1997 a 2011. No ano passado, as cargas mais transportadas foram o minério de ferro e o carvão mineral, com 76,61% do total movimentado, seguidos pelos produtos do agronegócio (11,51%), produtos siderúrgicos (3,77%), derivados de petróleo e álcool (2,79%) e insumos da construção civil e cimento (1,41%). O transporte de contêineres em 2011 aumentou em 23,7% em comparação ao ano anterior, passando de 232.424 TEUs para 287.458 TEUs. Para este ano, a expectativa é de um
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diretor-executivo da Associação Nacional dos Transportadores Ferroviários (ANTF), Rodrigo Vilaça, cobrou do governo federal maior participação junto ao modal. A cobrança foi feita em Brasília, no último dia 9 de abril, durante coletiva de imprensa para divulgar os resultados do setor em 2011.
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desempenho 15% superior ao obtido em 2011. Quanto à produção, as ferrovias brasileiras registram um crescimento de 111,7% no período de 1997 a 2011, passando de 137,2 bilhões para 290,5 bilhões de TKUs (toneladas por quilômetro útil). A carga geral, medida em TKU, cresceu 140,5% e o minério de ferro e o carvão registraram acréscimo de 104,9 TKU. Vale lembrar que o crescimento da produção das ferrovias nos últimos 15 anos foi mais que o dobro do registrado pelo Produto Interno Bruto (PIB) no mesmo período (54%). Na comparação entre 2010 e 2011, o aumento do PIB foi de 2,7% enquanto o da produção ferroviária foi de 4,31%.
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Benefícios A desestatização das malhas viárias, de acordo com a ANTF, também teve impacto nas contas públicas. Entre 1996 e 1998, os valores apurados nos leilões das malhas da extinta Rede Ferroviária Federal (RFFSA) foram de R$ 1,76 bilhão. Este foi o início de um processo de desoneração dos cofres públicos, uma vez que a RFFSA gerava um déficit de R$ 300 milhões anuais e já acumulava, em 1997, prejuízo de R$ 2,2 bilhões. Com a entrada das concessionárias, Vilaça salienta que o prejuízo transformou-se em lucro. Além dos investimentos, a iniciativa privada já recolheu R$ 15,09 bilhões aos cofres públicos. Desse montante, R$ 9,57 bilhões referem-se ao pagamento de impostos e Contri-
buição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide) sobre as operações ferroviárias, enquanto R$ 5,52 bilhões correspondem à arrecadação proveniente do pagamento das parcelas de concessão e arrendamento da malha. Só em 2011, o valor recolhido aos cofres públicos pelas concessionárias, segundo a ANTF, foi de R$ 1,58 bilhão. Com relação ao número de acidentes, a queda foi de 81,2% entre 1997 e 2011. O total de ocorrências caiu de 75,5 para 14,2 por milhão de trens/km. Já o consumo de combustível foi reduzido em 21%. Em 1999, eram necessários 5,31 litros de diesel para o transporte de mil TKUs e, em 2011, esse consumo caiu para 4,15 li tros de diesel por mil TKUs. ANTF: (61) 3226-5434
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MERCADO
Cascade anuncia subsidiária e fábrica no Brasil
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Planta industrial deverá entrar em operação no primeiro semestre de 2013
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Cascade, empresa norte-americana especializada na fabricação de acessórios para empilhadeiras, anunciou em abril a abertura de sua subsidiária no Brasil, localizada em Santos (SP), e a construção de uma fábrica no interior paulista. A nova susbidiária servirá de base da empresa para toda sua operação na América do Sul, atendendo inicialmente ao Brasil. Antes, os produtos da marca eram comercializados no País através de um distribuidor exclusivo, cujo staff permanece à frente da nova subsidiária. “Reconhecemos o enorme potencial de crescimento e oportunidade que a região apresenta, e temos o prazer de trazer aos seus consumidores os nossos produtos. Repetindo
o que a Cascade tem feito em todos os mercados em que atua, queremos nos estabelecer como líderes no fornecimento de acessórios para equipamentos de movimentação de materiais e para construção”, afirmou Pete Drake, vice-presidente da Cascade para as Américas. A empresa ainda não definiu o município onde se localizará a fábrica, mas o gerente-geral da Cascade do Brasil, Ramatis Pedrosa Fernandes, informa que ela será na região de Campinas. A sede permanecerá em Santos e posteriormente também será mudada para junto da nova fábrica, a qual deverá iniciar as operações no primeiro semestre de 2013. De acordo com Fernandes, a planta produzirá a gama completa
dos produtos Cascade que são consumidos no Brasil e terá duas linhas de produção funcionando no mesmo local - uma para garfos e outra para os demais acessórios, entre os quais ele destaca as garras (clamps) para bobinas de papel, fardos de celulose e algodão, linha branca e eletroeletrônicos, posicionadores de garfos, deslocadores laterais e rotatores. “A Cascade produz centenas de modelos, mas nem todos são consumidos aqui. Então, o foco da fábrica será naqueles produtos que o mercado brasileiro e o regional mais demandam.” O executivo explica que, a princípio, os componentes para produção serão 100% importados, mas a empresa já visa o desenvolvimento de fornecedores locais para, aos poucos, atingir o índice de nacionalização de 60%, o que permitirá que os equipamentos sejam financiados pelo Finame. Com isso, a Cascade espera reduzir em pelo menos 20% os preços dos produtos no mercado – o que pode variar de acordo com o modelo – e agilizar a entrega, reduzindo o tempo de espera das atuais seis a dez semanas para entre uma e duas semanas. “Teremos condições de atender ao mercado com muito mais eficiência, rapidez e melhores condições comerciais”, destaca. Com 60 anos no mercado e matriz localizada em Portland, Oregon (EUA), a Cascade está presente no Brasil desde 2007. A empresa não divulgou o investimento previsto para a nova estrutura. Cascade do Brasil: (13) 2105-8800
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MERCADO
Criada associação de paletes de plástico Abrapallet tem como objetivo desenvolver ainda mais o segmento
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s empresas que atuam no segmento de paletes plásticos se uniram para fundar a Associação Brasileira da Indústria e Comércio de Pallets de Plástico, a Abrapallet, que tem como objetivo unir as empresas ligadas ao segmento para defender os interesses e promover o desenvolvimento do setor. A associação foi instituída em assembleia realizada no dia 24 de janeiro, em São Paulo, mas foi divulgada apenas no final de abril. Segundo o estatuto da Abrapallet, a associação tem também o objetivo de promover a criação do Comitê
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Permanente de Paletização (CPP), que visa desenvolver um modelo padrão de palete de plástico no Brasil. A Abrapallet conta com sete empresas associadas: Rei do Pallet, Myers, Marfinite, Schoeller, Plastshow, Green Pallet e Big Pallet. O CEO da Myers, José Panosso, ocupa o cargo de presidente da associação. A diretoria é formada também pelo vice-presidente, Luis Antônio Oliveira (representante da Schoeller); pelo diretor executivo, Gilberto Andrade (Rei do Pallet); pelo diretor da Área Técnica e Assuntos Governamentais, Luciano Ribeiro (Green Pallet); e pelo
diretor de Planejamento e Marketing Rafael Gama (Big Pallet). Segundo Gilberto Andrade, a ideia inicial de fundar a associação surgiu há cerca de dois anos. “Com o desenvolvimento do mercado de paletes plásticos, chegamos à conclusão de que era o momento ideal para unirmos as forças de todos os interessados no segmento, desde quem fabrica até quem comercializa o produto, para fazermos com que o mercado cresça ainda mais”, conclui o diretor executivo. Abrapallet: (11) 2386-1822
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DHL investe para expandir hub das Américas Companhia aplicará US$ 47 milhões para a construção de uma estrutura com 17.930 m²
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DHL está investindo US$ 47 milhões para expandir seu hub das Américas, em Cincinnati, Estados Unidos. Instalada no Aeroporto Internacional de Kentucky do Norte, a nova estrutura, que terá 17.930 m², chega para atender às crescentes demandas de clientes por transporte internacional. A previsão é de que a nova estrutura comece a operar no próximo mês de novembro, enquanto as melhorias nos edifícios existentes e a compra de equipamentos para manuseio de material serão concluídas até março de 2013.
De acordo com o CEO da DHL Express Global, Ken Allen, o investimento está sendo feito para apoiar o atual crescimento da companhia e suportar o potencial observado a médio e longo prazos em relação ao crescimento de envios internacionais de e para as Américas. “Faz parte de um importante programa de investimento em nossa infraestrutura de rede global, para expandir continuamente nossa capacidade, melhorar ainda mais a oferta de serviços em importantes rotas comerciais
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e fortalecer nosso posicionamento de liderança no mercado internacional de entregas expressas com horário marcado ou tempo definido”, diz. A expansão trará reflexos para as operações brasileiras. Segundo o presidente da DHL Express Brasil, Joakim Thrane, a expansão do hub das Américas aumentará a velocidade e a qualidade de processamento de remessas que passam por ele, resultando em ganho de tempo e melhoria geral de eficiência nos serviços da companhia. “Acreditamos que o investimento gerará oportunidades de negócios na região, incentivando novas empresas a aproveitar nossos laços comerciais globais e nossa expertise em mercados em crescimento”, ressalta. O hub da DHL em Cincinnati conecta os Estados Unidos a uma rede global que abrange Ásia, Europa e Américas. Processando mais de dois milhões de embarques internacionais por mês, o centro de distribuição lida com embarques com destino aos EUA, Canadá, México e América Latina, conectando mais de cem centros de serviço e cinco gateways internacionais nos Estados Unidos para mais de 220 países ao redor do mundo. Com a expansão, a DHL terá investido US$ 105 milhões neste centro de distribuição desde a sua instalação, em 2009. A equipe também cresceu e passou de 1.600 colaboradores no final de 2009 para cerca de 2.000 atualmente. Este número está programado para chegar a qua se 2.300 nos próximos 12 meses. DHL Express: (11) 3618-3200
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MERCADO
ALL desenvolve sistema inédito de gestão de trens Companhia investe R$ 1,5 milhão e um ano de trabalho na ferramenta
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Divulgação
América Latina Logística (ALL) implantou um novo sistema de gerenciamento de cruzamentos e liberação de trens em sua malha. Desenvolvido pela própria companhia, o sistema PX – único no Brasil a realizar o licenciamento dos trens via gráfico – conta com uma vantagem em relação ao antigo ATW utilizado pela ALL, uma vez que acrescenta à equação a dimensão de tempo. Somado ao algoritmo desenvolvido internamente, o novo valor permite à ferramenta avaliar não só a malha atual, mas também a situação futura,
organizando os cruzamentos de trens com maior agilidade, por meio de um planejamento de médio prazo. O objetivo da companhia com a nova solução, já implementada em aproximadamente 100% dos licenciamentos, é diminuir o tempo de parada e otimizar o controle da malha com a liberação dos trens, realizado pelo Centro de Controle Operacional
(CCO) da ALL, que comanda diariamente mais de quatro mil cruzamentos. De acordo com a companhia, o PX permitirá ganhos de 3% no tempo de trânsito nos principais corredores e de 10% no tempo de liberação dos trens nos cruzamentos. O desenvolvimento e a implantação do novo sistema demandaram investimentos de R$ 1,5 milhão e mais de um ano de trabalho da equipe de Tecnologia da Informação e do CCO da ALL. “O PX indica qual a ordem mais inteligente para a liberação dos trens, não apenas no momento atual, mas avaliando como a malha ficará nas próximas horas. Além da melhoria de tempo, a solução padroniza o processo básico”, explica o gerente de Tecnologia da Informação da ALL, Diego Rodrigo Neufert. Segundo o coordenador do CCO, Carlos Oliveira, que integrou a equipe de desenvolvimento do projeto, o PX proporciona um alto ganho de performance e representa um salto para a companhia. “A ALL desenvolveu uma solução exclusiva na América do Sul, que integra as tecnologias mais modernas de rádio e satélite, ajudando a controlar, medir a eficiência e trazer se gurança”, conclui. ALL: (41) 2141-7555
Sepetiba Tecon apresenta estrutura para café Polo Exportador possui capacidade para armazenar 60 mil sacas
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Sepetiba Tecon apresentou ao mercado, no dia 19 de abril, as instalações de seu Polo Exportador de Café no Porto de Itaguaí (RJ). Antes realizando somente operações dedicadas, desde o começo de 2012 a estrutura passou a atender a todo o mercado. Com capacidade para estufar 45 contêineres por dia, realizando a blendagem computadorizada de grãos de até nove origens diferentes, as instalações destinadas às operações com café estão localizadas em uma área de 5.000 m², que permite o armazenamento de 60 mil sacas. O local conta com três sopradores (além de outros três que se encontram desmontados no momento) e nove silos que comportam 3.240 sacas de café. Durante o evento, os convidados assistiram ao processo de estufagem na modalidade granel de um contêiner de 20”, carregado por meio dos silos e sopradores da estrutura. Estiveram presentes no local embarcadores de café, representantes do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil, da Associação Comercial de Santos e do Centro de Comércio de Café do Rio de Janeiro, além de autoridades da Receita Federal do Brasil e da Compa nhia de Docas do Rio de Janeiro. Sepetiba Tecon: (21) 2688-9200
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MERCADO
Wilson, Sons divulga resultados de 2011 Receita líquida chegou a US$ 698 milhões no período
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Wilson, Sons informa que registrou, no acumulado do ano passado, US$ 698 milhões de receita líquida e US$ 163,3 milhões
de Ebitda. Somente no quarto trimestre de 2011, a empresa atingiu uma receita líquida de US$ 176,8 milhões e Ebitda de US$ 42,4 milhões.
“Grande parte dos compromissos firmados com os acionistas nos últimos anos – seja para modernizar e expandir nossos terminais portuários ou para renovar e aumentar a frota de rebocagem e offshore – foi realizada em 2011”, afirma Cezar Baião, CEO da companhia. Os investimentos feitos pela empresa ao longo do ano passado totalizaram US$ 262,9 milhões e são, basicamente, referentes aos projetos de expansão do Tecon Salvador e do Estaleiro Guarujá II, além da renovação e expansão das frotas de offshore e rebocagem. Wilson, Sons: (21) 2126-4222
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Stam instala sistema de armazenagem automatizada da Ulma Divulgação
Solução possibilita expedir mais de três milhões de produtos por mês
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metalúrgica Stam, fabricante de chaves, fechaduras e cadeados, está investindo R$ 4 milhões na modernização das áreas de armazenagem e de preparação de pedidos de sua planta, localizada em Nova Friburgo (RJ), com a instalação de um sistema automatizado. O projeto está sendo realizado pela multinacional de origem espanhola Ulma Handling Systems, que colocará o sistema em operação em dezembro de 2012, quando a Stam passará a expedir para todo o Brasil 3,6 milhões de produtos ao mês. Atualmente, a empresa trabalha com 2,5 milhões de unidades. O objetivo do sistema é incrementar a acurácia dos estoques, ganhar rastreabilidade nos produtos dentro do armazém e ampliar a eficiência na armazenagem e na movimentação de itens. A ferramenta, conhecida como Miniload, também irá racionalizar o espaço usado para estoque e preparação de pedidos, que passará dos atuais 1.140 m² para 280 m², possibilitando à Stam abri-
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gar os mais de cinco mil itens de seu estoque com maior eficiência. Associado ao sistema de estocagem automatizado formado por miniloads, está um sistema de preparação de pedidos com duas formas distintas de operação: a ferramenta Pick to Light, técnica de separação que utiliza displays luminosos para indicar a quantidade de um item a separar por pedido; e o Put to Light, sistema de preparação no qual um indicador luminoso avisa em que caixas os itens separados devem ser colocados. “Todo o projeto segue a premissa de acompanhar o crescimento anual médio de 25% da Stam e, por pelo menos cinco anos, poderemos ampliar os estoques sem aumentar a área de estocagem. O Miniload também possibilitará uma queda de 30% do tempo empregado na preparação de pedidos, tornando-os mais eficientes”, destaca Rogério Faria, diretor da Stam. Stam: (22) 2525-1000 Ulma: (11) 3883-1300
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MERCADO
CAE do Senado unifica em 4% a alíquota do ICMS para importados A ideia é acabar com a chamada “guerra dos portos”; medida já repercute no setor da. “A unificação do ICMS colocará o Porto de Imbituba, assim como todos os portos de Santa Catarina, em desvantagem competitiva em relação aos outros portos brasileiros. As empresas deram preferência a Imbituba justamente pelas boas condições operacionais e menores custos, mesmo tendo de suportar custos maiores no transporte rodoviário. Agora, com a alíquota única, há possibilidade destas importações passarem a ser feitas mais próximas da origem/destino”, explica. Sem revelar detalhes, o administrador afirma que tentará manter as cargas de importação no porto, tomando as Divulgação
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Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado aprovou, no último dia 17 de abril, a proposta de resolução 72/11, que unifica em 4% a alíquota do Imposto Sobre Mercadorias e Serviços (ICMS) cobrada sobre produtos importados. A meta é acabar com a chamada “guerra dos portos”, uma vez que, hoje, cada Estado fixa sua própria alíquota, reduzindo-a a fim de atrair cargas para seus terminais portuários. A aprovação já repercute no setor. Segundo o administrador do Porto de Imbituba (SC), Jeziel Pamato, poderá haver uma redução de aproximadamente 15% na movimentação total de cargas no local em virtude da medida, que atinge principalmente cargas como fertilizantes, grãos, trigo e ceva-
medidas necessárias, pois entende que elas são importantes para a economia da cidade e região. “Faremos o possível para que as empresas continuem importando por Imbituba. Agora, temos de esperar para ver se a medida será aprovada e quais os benefícios que o Governo Federal nos oferecerá em contrapartida”, diz. Porto de Imbituba: (48) 3255-0080
Ativa registra crescimento em 2011
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Companhia faturou R$ 105 milhões e planeja investimentos para 2012
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Ativa Logística anunciou, na primeira semana do mês de abril, os resultados obtidos pela companhia em 2011. No acumulado do ano passado, o operador logístico, focado nos segmentos de medicamen-
tos e cosméticos, faturou R$ 105 milhões, resultado 12% maior que o registrado em 2010. Segundo a companhia, um dos fatores que contribuíram para os números de 2011 foi a contratação de profissionais capacitados para atender às necessidades de clientes nas regiões Sul e Sudeste do Brasil. No total, foram admitidos seis novos executivos para gerir as unidades, localizadas nos estados do Paraná, Minas Gerais, São Paulo e Espírito Santo. A Ativa possui, ainda, filiais no Rio de Janeiro e em Santa Catarina, totalizando 23 unidades. Para 2012, o operador logístico se prepara para entrar no Estado de Goiás e no Distrito Federal, com a inaugu-
ração de três novas filiais. “Além disso, vamos investir R$ 4 milhões na ampliação e renovação da frota de veículos. E, para alavancar ainda mais o crescimento, a Ativa prevê construir um novo terminal e a abertura da segunda filial em São Paulo”, comenta o diretor da companhia, Newton Tosim. A Ativa possui uma carteira de mais de 400 clientes e conta com mais de 500 veículos em operação, sendo 45% deles próprios. Além de atender aos estados em que possui filiais, a companhia atua no restante do País por meio de sites de operadores logís ticos parceiros. Ativa Logística: (11) 2902-5000
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GWI expande condomínio logístico em Guarulhos
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Local ganha mais 20 mil m² de área operacional, totalizando 60 mil m²
Companhia investiu R$ 27 milhões na unidade
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pós três meses de construção, a GWI inaugurou, dia 13 de abril, a expansão do Global Cumbica, condomínio logístico localizado em Guarulhos, na Grande São Paulo. O novo bloco possui 20 mil m², está dividido em 12 módulos, conta com pé direito de 12 metros e pode ser segregado em áreas que variam de 1.000 m² a 1.500 m². O gerente técnico da GWI, Fábio Silva, informa que a companhia investiu R$ 27 milhões no empreendimento, que chega para complementar a estrutura local. Agora, o Global Cumbica conta com 60 mil m² divididos em quatro blocos. Silva conta que o espaço será destinado a operações multiclientes. “Cerca de dez empresas já nos procuraram”, diz. O executivo explica que a área operacional pode ser utilizada tanto para estoque quanto para a es-
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truturação de linhas de montagem. A capacidade é para cinco toneladas por m². Além da expansão em Guarulhos, a GWI já planeja a abertura de unidades operacionais no interior paulista, nas cidades de Jundiaí – o Global Jundiaí II – Vinhedo, denominada Global Vinhedo, e Sumaré, chamada de Global Sumaré. O primeiro, que tem as obras previstas para serem iniciadas no meio do ano, contará com módulos de 1.340 a 41.960 m². Em Vinhedo, as áreas operacionais irão variar de 1.478 m² a 41.370 m² e em Sumaré os espaços destinados à locação serão de 1.340 m² a 33.670 m². O pédireito de 12 m e a capacidade para 6 t por m² são padrões nos três con domínios. GWI: (11) 3702-3200
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MERCADO
Lufthansa Cargo divulga resultados e estabelece metas Empresa registrou, em 2011, lucro operacional de 249 milhões de euros
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presidente da Lufthansa Cargo, Karl Ulrich Garnadt, anunciou que a companhia obteve, em 2011, lucro operacional de 249 milhões de euros, o segundo melhor resultado da sua história. O executivo ressaltou que, depois do lucro recorde em 2010, o ano de 2011 também começou de forma muito positiva. No decorrer do período, porém, o desenvolvimento da demanda diminuiu sensivelmente, principalmente nos grandes mercados de carga aérea como China e Índia. De acordo com o executivo, a Lufthansa conseguiu alcançar um excelente resultado, apesar das circunstâncias do mercado. Para ele, a chave para o sucesso foram a contenção de custos, o leque de produtos e o controle de espaço flexível e norteado pela demanda. No exercício passado, a Lufthansa Cargo transferiu cada vez mais espaço da Ásia para a América do Norte, além de introduzir destinos novos e atraentes na malha aérea. Graças a essas medidas, o faturamento e a tonelagem da empresa aumentaram de forma significativa no ano passado. As receitas cresceram 5,3%, chegando a 2,9 bilhões de euros. O presidente acentuou, ainda, que os investimentos em produtos novos, como o Lufthansa Cargo Cool Center, construído no aeroporto de Frankfurt para remessas sensíveis à temperatura, e o enfoque na qualidade também contribuíram para o sucesso da empresa. “Conseguimos mais uma vez melhorar o nível de qualidade no ano passado
e batemos novos recordes em todas as áreas. Vamos continuar seguindo esse rumo e ampliar ainda mais nossa qualidade”, afirma. Perspectivas Para este ano, o presidente prevê algumas dificuldades, principalmente devido à proibição de voos noturnos estabelecida em Frankfurt, um dos aeroportos mais movimentados do mundo. Mesmo assim, a empresa aposta em um bom resultado operacional geral também em 2012. Os programas previamente estabelecidos também contribuem para o otimismo. O Lufthansa Cargo 2020, por exemplo, definiu a estratégia de longo prazo da empresa. A encomenda de novos cargueiros Boeing 777, a renovação da TI, o planejamento da reforma do centro de logística em Frankfurt, de 30 anos de idade, além de outros projetos, definem os rumos principais para a companhia chegar ao ano de 2020 como líder da indústria do setor de carga aérea. O diretor Financeiro e de Pessoal da Lufthansa Cargo, Peter Gerber, adianta que já há metas estabelecidas para antes de 2020. “Nosso objetivo é obter resultados no mínimo 70 milhões de euros a mais por ano a partir de 2015”, divulga. Garnadt ressalta, contudo, que a indústria de carga aérea enfrentará grandes desafios nos próximos anos. O rumo isolado que a União Europeia segue no comércio de emissões deverá prejudicar principalmente as empresas aéreas do continente e
distorcer a competitividade. Outras barreiras que ameaçam o crescimento seriam a harmonização ainda insuficiente dos padrões globais de segurança da indústria da carga aérea, assim como a demora na certificação dos renomados remetentes de carga aérea na Alemanha. O maior desafio da Lufthansa Cargo, porém, continua sendo a proibição de voos noturnos no aeroporto de Frankfurt. “O perigo de Frankfurt perder sua posição de melhor e mais atraente centro de distribuição europeu é real”, salienta. A proibição absoluta de voos noturnos de seis horas por dia representa uma grave desvantagem perante as concorrentes para as empresas sediadas em Frankfurt que dependem do serviço de remessas expressas de carga aérea durante 24 horas por dia. O executivo informa que, caso haja a perpetuação da proibição de voos noturnos, só a Lufthansa Cargo terá um prejuízo de 40 milhões de euros por ano devido à perda de remessas expressas importantes. “A Alemanha e a região de Rhein-Main vivem da exportação e do comércio internacional. Desacoplar o sétimo maior aeroporto do mundo e importante ponto de baldeação de carga expressa das correntes internacionais de mercadorias significa prejudicar massivamente as empresas produtivas, assim como todo o setor de logística. Os prejudicados são as empresas sediadas em Frankfurt e milhares de empregados”, reforça. Lufthansa Cargo: (11) 2161-7500
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MERCADO
Conlog recebe reconhecimento da Ambev Empresa conquista principais prêmios do programa Guia de Excelência
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Concórdia Logística (Conlog) foi eleita, em cerimônia realizada na cidade de Atibaia (SP), nos dias 16 e 17 de abril, o melhor operador logístico da Companhia de Bebidas das Américas (Ambev) em 2011. A empresa foi premiada pelo Guia de Excelência, programa interno da Ambev que tem como principal objetivo reconhecer os operadores que prestam os melhores serviços para a companhia. A Conlog levou o primeiro prêmio nas categorias GETTrans 2011
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(Guia de Excelência em Transportes) e GEMovi 2011 (Guia de Excelência em Movimentação Interna). Além do principal reconhecimento, a empresa conquistou um total de 30 prêmios relacionados aos serviços operados em suas unidades em Balneário Camboriú (SC), Florianópolis (SC), Lages (SC), Campinas (SP), Guarulhos (SP), Campo Grande (MS) e Jacarepaguá (RJ). Para o diretor-presidente da Conlog, Dagnor Roberto Schneider, os resultados ultrapassaram as expecta-
tivas. “Foi a nossa melhor participação no GETrans e GEMovi. Temos a certeza de que tudo foi consequência de muito trabalho e dedicação das pessoas que compõem o time da Conlog”, comemora. Participaram do evento mais de 500 profissionais ligados à logística e transporte, que acompanharam a premiação disputada entre 38 pres tadores de serviço da AmBev. Conlog: (49) 3441-3333
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Iveco fornece 37 veículos para a Arcom
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Dailys 35S14 reforçarão operações de distribuição urbana
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Iveco vendeu para a Arcom, empresa com sede em Uberlândia (MG), na região do Triângulo Mineiro, 37 Iveco Daily 35S14. Os veículos, entregues no último mês de fevereiro, chegaram para reforçar a estrutura de distribuição da companhia atacadista nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Salvador e Goiânia. O valor do negócio não foi revelado. A Arcom possui uma frota com mais de mil veículos, dos quais apenas 25 eram do modelo Daily. Fundado em outubro de 1965, o atacadista dispõe de uma Central de Distribuição em Uberlândia com 62.000 m², onde são expedidas mais de 60.000 notas fiscais por semana. A empresa atende a cerca de 150.000 clientes ativos de pequeno, médio e grande portes, dedicados a vários ramos de atividades e distribuídos em 14 estados, além do Distrito Federal. Com a venda para a Arcom, a Iveco aumenta sua presença na região do Triângulo Mineiro, onde estão concentradas grandes empresas atacadistas, que realizam o trabalho de distribuição de diversos produtos, como alimentos, bebidas, cosméticos e, in-
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clusive, de produtos químicos – que demandam um serviço especializado para seu transporte. O diretor de Vendas da Iveco, Alcides Cavalcanti, comemora a negociação, ressaltando que se trata de mais um cliente instalado na região que entra para a lista da montadora. Ele revela um número para ilustrar a importância do acordo. “Nosso market share no Triângulo Mineiro é de 22,5%, acima de nossa média nacional”, revela. O diretor Comercial da concessionária Curinga, instalada em Uberlândia, Edson Teixeira, reforça o que disse Cavalcanti. “Além da venda para a Arcom, nos últimos quatro anos fornecemos 815 veículos aos atacadistas da cidade”, salienta. Teixeira continua dizendo que estes operadores usam veículos Iveco de todos os tipos, mas os modelos mais vendidos são os semipesados (Eurocargo e Tector), que representaram 35% das vendas, seguidos pelo pesado (Stralis), que respondem por 30% das comercializações, pelo Daily (20%) e Vertis (15%). Arcom: (34) 3218-4000 Curinga: (34) 3239-1800 Iveco: 0800 7023443
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MERCADO
Total Express agiliza e aumenta capacidade de separação Com R$ 8,8 milhões, companhia aumentou em 260% seu processamento
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Total Express, empresa especializada em logística de pequenas e médias encomendas, realizou investimento de R$ 8,8 milhões na aquisição do Crossbelt Sorter, da Dematic. Trata-se de uma esteira automatizada por onde as cargas passam para serem processadas e separadas automaticamente. O equipamento otimiza tempo e agiliza os processos de separação, processamento, pesagem e cubagem de pacotes. Com isso, o sistema de esteira irá reduzir o tempo de processa-
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mento das encomendas e proporcionar maior segurança e rastreabilidade às cargas. “Com o sorter, vamos elevar a nossa capacidade de processamento de cinco mil pacotes para 18 mil por hora. Ou seja, um aumento de 260%”, comenta Marcos Monteiro, CEO da Total Express. Com entrega prevista para agosto de 2012, o equipamento possui 287 carros, seis estações de indução automática e mais seis de pesagem dinâmica e 91 saídas. O sorter identifica o pacote por meio do código de bar-
ras, direcionando-o e separando-o de acordo com sua rota de entrega. O investimento aplicado faz parte da estratégia de expansão da empresa, que teve início com a chegada do novo sócio, a DGB (Distribuição Geográfica do Brasil), holding de logística do Grupo Abril, que em outubro adquiriu 90% das ações da Total Express. Leia mais em: http://www.tecnologistica.com. br/negocios/aquisicao/grupo-abril-adqui re-90-da-total-express/. Total Express: (11) 3627-5911
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Morada fará transporte de soja para a Algar
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Contrato de 12 meses tem como objetivo realizar operações logísticas com farelo de soja entre Uberlândia e o Porto de Santos
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processadora de soja Algar Agro fechou um contrato, na primeira quinzena de fevereiro e válido por 12 meses, com a transportadora Morada Transportes. O acordo visa o carregamento de 70 mil toneladas de farelo de soja entre as cidades de Uberlândia (MG) e Santos (SP). Trata-se do quinto contrato conquistado pela transportadora na área do agronegócio nos últimos seis meses. O diretor da Morada, Sérgio Magnani, acredita no potencial da companhia para elevar o volume anual transportado nesse segmento, atualmente de 63 mil toneladas. Para isso, a transportadora pretende investir cerca de R$ 15 milhões em novos equipamentos, entre caminhões e implementos. Para Magnani, esse contrato é muito importante pois permitirá à empresa retornar a esse nicho após dez anos. “O contrato com a Algar Agro marca a volta da Morada ao transporte de soja. O know-how no segmento foi adquirido há dez anos, período em que trabalhamos pela primeira vez com o produto. Hoje, aperfeiçoamos esse conhecimento e apostamos no cresci-
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mento da participação da empresa neste transporte”, revela o executivo. Atualmente, a Morada realiza o transporte do farelo de soja recolhido nas cidades do Triângulo Mineiro para o Porto de Santos. A vantagem para a empresa – que também transporta açúcar, suco de laranja, combustíveis e gases – é que a safra da soja ocorre num período marcado pela entresafra do açúcar e do suco de laranja, permitindo à transportadora empenhar toda sua frota na operação com a soja. Hoje, a companhia conta com 550 funcionários diretos, 150 indiretos e 670 equipamentos, e seu faturamento nos últimos cinco anos, entre 2007 e 2011, foi de R$ 619 milhões. A projeção para o consolidado de 2012 é atingir a marca de R$ 175 milhões. Com sede em Araraquara (SP), a transportadora possui, ainda, filiais em Americana, Cubatão, Nova Odessa e São José dos Campos (SP). Além disso, dispõe também de estruturas de apoio nas cidades de Bebedouro (SP) e Sarandi (PR). Algar: 0800 342122 Morada: (16) 2108-5500
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Elecsonic firma joint-venture com CNHTC Acordo prevê a importação de caminhões e peças, e a estruturação da fábrica da Sinotruck em Santa Catarina
Representantes da Sinotruk e do governo de Santa Catarina assinam protocolo para construção de fábrica
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importadora de caminhões Elecsonic, conhecida como Sinotruk Brasil, anunciou em abril a criação de uma joint-venture com o Grupo CNHTC (China National Heavy Duty Truck Group Corporation). O anúncio, ocorrido no Brasil, contou com a presença de Ma Chunji, chairman do grupo Sinotruk; Liu Wei, vice-presidente do grupo Sinotruk; e Cai Limin, vice-governador da província de Shandong. A Elecsonic informou que, num primeiro momento, o acordo estabelece a importação de duas mil unidades de caminhões CNHTC. Após isso, ocorrerá a importação de peças no processo KD (knock-down). Além do anúncio da joint-venture, houve também a assinatura de um protocolo de intenções para a construção da fábrica de Lages (SC), com a presença do governador de Santa Catarina, João Raimundo Colombo, o prefeito de Lages, Renato Nunes, e demais autoridades locais. O documento garante que a empresa será instalada com os incentivos fiscais previstos pelas leis do Esta-
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do e do munícipio. A fábrica terá capacidade inicial para a produção de cinco mil unidades por ano nos primeiros 12 meses, com previsão de chegar a oito mil unidades, com 65% dos veículos nacionalizados. De acordo com Chunji, o investimento inicial será de R$ 300 milhões. O diretor-geral da Elecsonic, Joel Anderson, completa dizendo que a unidade é uma opção atraente para um mercado altamente competitivo como o Brasil. “Temos certeza de que nossos clientes estarão satisfeitos com os caminhões produzidos aqui”, destaca. Segundo o chairman do grupo Sinotruk, os caminhões da marca têm enorme aceitação internacional, incluindo os mercados da Europa. “Neste ano, as exportações já ultrapassaram US$ 1 bilhão. Esse sucesso de vendas e uma rede completa de serviços classificam a Sinotruk como uma das mais importantes fabricantes de caminhões do mundo. Estamos contentes que a Sinotruk esteja tendo sucesso também na América Latina”, salienta. Sinotruk Brasil: (41) 3679-3888
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Patrus investe R$ 15 milhões em expansão Transportadora conta com 22 unidades em MG
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Patrus Transportes anunciou, no mês de abril, que realizou investimentos totais de R$ 15 milhões na abertura de novas filiais, na automação de processos operacionais e no treinamento de seus colaboradores em 2011. Com as iniciativas, a empresa firmou ainda mais sua presença no mercado mineiro, que representa 25% de todas as operações da transportadora. Em outubro de 2011, a Patrus inaugurou a mais nova de suas filiais próprias em Minas Gerais, localizada
na cidade de João Monlevade, com um armazém de 700 m² e seis docas em um terreno de 1.200 m². Com a unidade, responsável pela distribuição em 30 cidades do seu entorno, a empresa chegou à marca de 22 estruturas no Estado, atendendo, assim, a todos os municípios mineiros. O investimento visa atender à crescente demanda da região, além de fornecer monitoramento e informações sobre as cargas em tempo real e prestar serviços de logística reversa. A matriz da empresa, localizada
na cidade de Contagem, também recebeu obras em 2011 e passou a contar com mais 2.000 m², totalizando 12.000 m² e 74 docas para crossdocking. Além disso, no primeiro semestre de 2011, foram ampliadas também as unidades da Patrus em Montes Claros (que recebeu novos 1.500 m²), Araxá (600 m²), Poços de Caldas (1.000 m²), Uberaba (1.500 m²), Passos (2.400 m²), Ipatinga (2.500 m²), Varginha (6.300 m²) e Uberlândia (6.000 m²). “As unidades estão localizadas de
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modo a atender com eficiência às demandas de todas as regiões do Estado: Triângulo Mineiro, Vale do Jequitinhonha, Zona da Mata, Norte e Sul de Minas”, analisa o diretor-presidente da transportadora, Marcelo Patrus.
Com as 22 filiais, a empresa obteve também um melhor atendimento nos serviços de entrega porta a porta, que trabalha com encomendas de no máximo 20 kg, entregues diretamente nas residências de pessoas físicas.
A empresa revela, ainda, planos de investimento de cerca de R$ 20 milhões para este ano, destinados a ampliações de estrutura, aumento da frota, aperfeiçoamento de processos de automação operacional, e treinamento de pessoal. A empresa não revela valores, mas com o aporte pretende manter o ritmo de crescimento de 20% no faturamento registrado em 2011 na comparação com 2010. Com uma infraestrutura que conta com 63 unidades, a Patrus atende às regiões Sudeste e Sul do Brasil, além dos Estados da Bahia e Sergipe. A empresa conta com cerca de 2.200 colaboradores e uma frota formada por 700 veículos próprios e 1.200 agregados, com idade média de cinco anos. Patrus: (31) 2191-1000
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CROSS-DOCKING s A International Caminhões, pertencente ao grupo Navistar South America, anunciou no final de março a nomeação de Marcelo Maceira para o cargo de diretor Comercial para as operações brasileiras. Nascido no Uruguai, o executivo é formado em Economia pela Universidade de Wisconsin e possui pós-graduação em Administração em Negócios pela Universidade Barry, ambas nos Estados Unidos. Maceira, que já atua há 20 anos na Navistar, ocupava anteriormente a posição de diretor-executivo de Vendas e Marketing da NC² no Brasil, onde era responsável pelas vendas mundiais da joint-venture. Locado na sede administrativa da empresa, em São Paulo, o executivo responde diretamente ao presidente e CEO da Navistar South America, Waldey Sanchez. (11) 3882-3200 s A Sunnyvale nomeou, em março, dois novos executivos para os cargos de gerência e supervisão. João Roberto Alves assume o posto de gerente de Produto, com a missão de aprimorar o relacionamento com os clientes e dar suporte a novos projetos. Formado em Gestão de Negócios pela Universidade Anhembi Morumbi (SP), Alves possui mais de 20 cursos de especialização em sua área realizados no Brasil e no exterior, tendo atuado nos departamentos Técnico e de Engenharia e Desenvolvimento da Sunnyvale. Já Raphael Moskas é o novo supervisor de Vendas da Área de Codificação da companhia. Na Sunnyvale há oito anos, o executivo, formado em Administração de Empresas com habilitação em Comércio Exterior pela Universidade São Judas Tadeu (SP), esteve sempre dedicado à área de codificação. Moskas possui experiência profissional adquirida em empresas como Grupo VR e Grupo Votorantim. (11) 3048-0147 s À frente de sua recém-criada diretoria de Serviços e Tecnologia, a América Latina Logística (ALL) tem como principal executivo Marcos Rodrigues da Costa. O diretor as-
sume com o objetivo de dirigir e gerir as áreas de Suprimentos, Tecnologia, CSC (Centro de Serviços Compartilhados), Regulatório, Resultados e Projetos de Infraestrutura da companhia e suas controladas. O executivo está na ALL desde o início da empresa, em 1997, começando como estagiário na área de Controladoria. Graduado em Administração de Empresas pela Universidade Federal do Paraná, até 2005 Costa passou pelos departamentos Financeiro e de Operações Rodoviárias. Em 2006, liderou as áreas Financeira e de Controladoria durante a transição da Brasil Ferrovias. Em 2007, ocupou o cargo de gerente da Controladoria, e em 2009, foi promovido a superintendente do centro de serviços compartilhados. (41) 2141-7555 s Ferdnan Gama Santos Júnior é o novo diretor de Operações Corporativas da Locar. Graduado em Engenharia Mecânica pela Escola de Engenharia Mauá (SP) e pós-graduado em Administração Industrial pela Fundação Vanzolini (Poli/USP), o executivo atuava como gerente Sênior de Engenharia Industrial na Avon Industrial antes de assumir a função na Locar. Santos Júnior chega com a meta de reduzir os custos operacionais, aumentar a flexibilidade no atendimento, diminuir os prazos para mobilizações, aumentar a qualificação e melhorar a capacitação da mão de obra técnica da empresa. (11) 3545-0500 s A Manserv anunciou, dia 20 de março, a contratação do economista Rafael Ribeiro para gerir o departamento Financeiro da empresa. Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie (SP), o executivo também possui especialização em Administração de Empresas pela Fundação Getulio Vargas (FGV-SP). Por ter atuado em companhias nacionais e multinacionais, Ribeiro acumulou experiência em planejamento e operações financeiras. Na Manserv, será responsável pelo faturamento, tesouraria, contas a pagar, contas a receber e seguros. (11) 4225-5800 s A Terex anunciou no início de abril a incorporação de novos executivos à sua equipe na América Latina. Theodoro Paraschiva
assumiu o cargo de diretor de Operações da empresa. Formado em Engenharia de Produção pela Faculdade de Engenharia Industrial (FEI-SP) e com licenciatura e MBA pela Fundação Getulio Vargas (FGVSP), o executivo possui mais de 25 anos de experiência em liderança na área de manufatura e domínio dos processos e ferramentas de gestão de operações. Já passou por empresas como Ford e Case New Holland. Na Terex, Paraschiva será responsável pela otimização dos sites de produção e manufatura da companhia no Brasil, e pelo desenvolvimento de uma base de abastecimento local. Também foram incorporados à equipe da companhia Luiz Luvisario, novo diretor de Vendas e Marketing do segmento Roadbuilding, formado em Engenharia Mecânica pela Universidade Federal de Uberlândia (MG), e Sérgio Diniz, para a gerência de Tecnologia da Informação, formado em Administração de Empresas pela Universidade Paulista (UNIP-SP) e pósgraduado em Gestão de TI pela Faculdade de Informática e Administração Paulista (FIAP-SP). (11) 4082-5600 s Diego de Souza foi nomeado para o cargo de gestor da Plannera, companhia criada por meio de uma parceria estabelecida entre o Instituto de Logística e Supply Chain (ILOS) e a Fidelize, empresa de TI que comercializa softwares de integração de cadeias de suprimentos. Engenheiro civil formado pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), e engenheiro de Produção pelo Institut National des Sciences Appliquées de Lyon, na França, Souza assume a função após atuar como Consultor Sênior do ILOS. (21) 2025-7373 s Manoel Galdino assumiu, em março, o cargo de ombudsman no recém-criado serviço de ouvidora da Alcis Software, especializada no desenvolvimento de sistemas para otimização de processos logísticos. Galdino é sócio do Grupo Alcis e diretor da Alcis Faber – braço que desenvolve e presta suporte a softwares. Formado em Administração de Empresas com ênfase em Gestão
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de Negócios pela Instituição Universitária Moura Lacerda, de Ribeirão Preto (SP), Galdino terá a missão de medir o nível de satisfação dos clientes. (11) 5531-7444
Sky Chefs, do Grupo Lufthansa. Ao longo de sua carreira, o executivo passou também por companhias como a Blockbuster Vídeo, Bob’s e International Meal Company. Nos últimos anos, atuou em consultoria na área s A Interfreight Logistics anunciou a nome- de novos negócios, gestão e reestruturação ação da engenheira civil Miriam Korn para de empresas. (11) 3563-3606 o cargo de diretora da unidade da companhia em São Paulo. Formada pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp-SP), Morre Miriam possui MBA Executivo Internacional pela Fundação Instituto de Administração Maersk Moller, (FIA-USP). A executiva tem 18 anos de expeex-presidente riência em logística, tendo atuado em grandes empresas do setor, como Katoen Natie, do Grupo Maersk Célere e McLane. (11) 3476-9819 s Anselmo Mastrandea é, desde abril, o novo gerente-geral da Avianca Cargo. O executivo, que possui mais de dez anos de experiência no segmento de carga aérea, atuou anteriormente como gerente operacional de Cargas na Varig e como gestor de franquias na Varig Log. (11) 3202-5656 s Domingos Falanga assumiu, em fevereiro, a diretoria de Vendas da Honeywell Scanning & Mobility para o Brasil. Formado e pós-graduado em Administração de Empresas com ênfase em Marketing pela Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado (Fecap-SP), o executivo possui, ainda, especialização em Gestão Estratégica de Negócios pela Fundação Getulio Vargas (FGV-SP). Há oito anos na Honeywell, Falanga atuou anteriormente como gerente responsável pelo atendimento aos distribuidores no Brasil. (11) 3584-8222 s O Grupo Libra anunciou, no dia 17 de abril, a nomeação de Pedro Orsini para o cargo de diretor-geral da Libra Aeroportos, responsável pela gestão do Aeroporto Internacional de Cabo Frio (RJ). Formado em Administração de Empresas pela Fundação Mineira de Educação e Cultura (FumecMG) e pós-graduado em Administração com ênfase em Finanças pela Fundação João Pinheiro (MG), Orsini possui experiência no setor aeroportuário, tendo atuado em empresas como a Líder Taxi Aéreo e a LSG
Armador dinamarquês ocupou a presidência do grupo até 2003
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Grupo Maersk anunciou o falecimento, no dia 16 de abril, de Maersk McKinney Moller, que ocupou a presidência do Grupo Maersk – AP Moller, de 1993 a 2003. A causa da morte não foi divulgada. Coproprietário da empresa Firmaet AP Moller, o dinamarquês Moller assumiu, com a morte de seu pai, em 1965, a direção e a presidência das empresas mais importantes da companhia, tornando-se, posteriormente, presidente do grupo. Ultimamente, Moller atuava como presidente do Conselho de Administração da AP Moller, da Mc-Kinney Moller Chastine Foundation, da AP Moller Relief Foundation e da Maersk Employee Foundation, acionistas do Grupo Maersk – AP Moller. Em nota à imprensa, a Maersk Line informou que o grupo perdeu um grande homem de negócios, responsável por levar a companhia a ocupar um lugar entre as maiores empresas do mundo – e a maior da Dinamarca – com atividades em vários segmentos, como petróleo, transporte e varejo. Abril/2012 - Revista Tecnologística - 39
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ENTREVISTA
A volta do filho pródigo
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Ele bem que tentou, mas não conseguiu ficar longe do mercado que é seu berço. Oswaldo Dias de Castro Jr. reassumiu a última empresa do Grupo Arex voltada ao transporte e logística, de propriedade da sua família, depois de pilotar a venda do Expresso Araçatuba, trabalhar na efetivação da fusão com a compradora, atuar no Grupo Aché e fazer um MBA em Gestão de Negócios na Columbia University. Preocupado com o futuro da Golden Cargo – voltada à logística do setor agroquímico –, o executivo assumiu a direção geral da empresa no início de janeiro com o compromisso firme de fortalecê-la e espantar os boatos sobre sua venda no mercado. Venda, aliás, é palavra proibida, como ele conta com exclusividade nesta entrevista à Tecnologística Tecnologística – Após sua saída da TNT, em 2010, o senhor deixou o mercado de transportes e logística. A que se deve essa volta? Castro Jr. – O projeto da Golden Cargo me fascina desde a sua aquisição pelo Grupo Arex, em 2000. O Expresso Araçatuba tinha uma divisão de cargas especiais e eu defendia que deveria haver uma estrutura dedicada a esse tipo de carga, porque sempre achei que ela não tem nenhuma
sinergia com a carga geral. Imagine que, na época, os principais clientes do Araçatuba eram a Nestlé, a então Fleshman Royal, a Zeneca e a Dow. Ou seja, totalmente incompatíveis na estrutura, nos veículos, na gestão, nos procedimentos e processos de segurança. Quando surgiu a oportunidade, apoiei e participei da compra da empresa, que era pequena, mas trazia o DNA puro do segmento de cargas especiais.
E eu sempre acompanhei o progresso da Golden Cargo, embora não participasse diretamente de sua gestão. E desde a venda do Araçatuba, o Mauri Mendes (ex-diretor-geral e agora diretor Comercial da empresa), sempre me chamava para voltar. Agora, o timing foi perfeito, porque se eu não voltasse, provavelmente a Golden se encaminharia para a venda também, como ocorreu com o Araçatuba e a Exata, os outros ativos de logística e
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transporte do Grupo Arex, o que, para mim, não faz sentido. Tecnologística – Então sua condição para voltar foi a de que a Golden Cargo não será vendida? Castro Jr. – Exatamente. A primeira condição que impus foi a de que qualquer processo neste sentido teria de passar por mim. A empresa não pode ser vendida sem minha anuência, embora eu também não tenha poder para decidir isso sozinho. E, depois da venda das outras duas empresas, o mercado todo ficou com a impressão de que a Golden Cargo seria a próxima. Mas, repito, não vejo nenhum sentido em vender a empresa. Tecnologística – Por que? Castro Jr. – Porque ela tem um projeto bárbaro, de médio prazo e está dentro de um mercado fascinante, que é o do agronegócio. Ele é um setor prioritário, pois trata ao mesmo tempo da alimentação e da sustentabilidade. O Brasil tem uma vocação inequívoca para o agronegócio, mas ainda está muito abaixo da média mundial na utilização dos defensivos agrícolas. Ou seja, é um mercado que tem muitas oportunidades. Tecnologística – O capital da empresa, então, continua todo na família? Castro Jr. – Sim, é totalmente familiar, não tem nenhuma participação externa e não pensamos, ao menos nos próximos dois anos, em vender nem fazer qualquer abertura de capital. O que está havendo é uma readequação societária, que deve estar concluída até o final de maio. (veja Box sobre a nova formação societária nesta edição). Tecnologística – E vocês acreditam que dá para concorrer? Porque tem muito capital querendo entrar no País, principalmente no setor de
Se eu não voltasse, provavelmente a Golden Cargo seria vendida, como ocorreu com o Araçatuba e com a Exata. E isso para mim não faz sentido logística, e as empresas estão se capitalizando muito. Castro Jr. – Nós vendemos recentemente duas empresas, uma delas bem maior que a Golden Cargo. Então hoje também estamos capitalizados. Mas não é por essa razão que não vamos abrir. É porque a empresa precisa passar por um reposicionamento de mercado, de revisão de planejamento estratégico, que vai durar pelo menos os próximos dois anos. Este ano é tempo de pensar e preparar o terreno. E também de algumas ações. Estamos inaugurando três filiais dentro dos próximos 90 dias: em Balsas (MA), com 3.600 m2, Cuiabá, com 16.000m2 e Ernestina, que fica próxima a Passo Fundo (RS), esta com 5.200m2, todas já preparadas para expansão. Estamos fazendo renovação de frota, aportes em tecnologia da informação e em pessoas também. Temos vários movimentos que acontecerão ainda este ano. Estamos investindo perto de R$ 20 milhões na empresa para todos esses projetos. Tecnologística – E com isso vocês estão se posicionando como um player importante deste mercado, e que vai continuar? Castro Jr. – Isso mesmo. A Golden Cargo ficou em stand-by desde a venda do Araçatuba e da Exata, meio carimbada como se fosse a bola da vez. Eu estou desfazendo essa imagem
a cada cliente que visito, deixando bem claro a nova formação societária e que a Golden não fará parte de qualquer movimento nesse sentido. Nestes últimos anos, a empresa perdeu um pouco do mercado por conta dessa imagem. Nada muito dramático. Continuamos a ser o segundo do setor – e bem longe do terceiro colocado. Mas, de qualquer forma, vamos agora reverter esse quadro. Tecnologística – Imagino que a empresa tenha recebido ofertas do mercado, até por conta dessa imagem, não? Castro Jr. – Somente este ano, até o mês de abril, foram cinco abordagens fortes, de diferentes fontes: investidores, competidores, tem um pouco de tudo. Não chegaram a evoluir para uma proposta porque dissemos “Não, obrigado” a todas. E não se trata de esperar por uma proposta melhor. A empresa, repito, está totalmente fechada à venda. Tecnologística – Isso quer dizer que ela conserva um bom valor de mercado? Castro Jr. – A Golden é uma empresa interessante, porque é especializada, tem um bom share, abrangência territorial, estrutura bem montada, está profissionalizada, tem sistemas de ponta, processos e estrutura. Ela está se reestruturando na governança, com essa separação societária que estamos finalizando. Tudo isso faz dela um ótimo ativo. Tecnologística – Com a sua entrada, a empresa ganha um novo foco? Como será sua atuação? Castro Jr. – O planejamento estratégico que estamos iniciando nos dará maior certeza de como vamos atuar. Mas o que já está claro é que não dá mais para ficar limitado somente ao mercado de defensivos agrícolas vendidos para o mercado de consumo, Maio/2012 - Revista Tecnologística - 41
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ou seja, distribuidores e produtores. É preciso olhar nessa cadeia e ver o que vem antes e depois. Claro que não dá para ter negócios antagônicos, mas há vários serviços marginais ao defensivo que têm muita sinergia, como a semente, fertilizantes, matérias-primas, embalagens e os serviços agregados. Logisticamente falando, hoje a semente é um negócio muito interessante, porque ela também está ganhando valor agregado. Ela sofre pré-processos, então não se trata simplesmente de ir lá e plantar. Ela recebe vários tratamentos e requer um manuseio especializado. Nós começamos a trabalhar os mercados regionais porque percebemos oportunidades junto aos produtores para sermos o braço avançado dos nossos clientes dentro dos clientes deles. Porque a indústria tem muito cuidado na fabricação, transporte e armazenagem, e tem receio de que
o produto, ao chegar à fazenda, fique numa condição que não é a ideal, até porque os produtores não têm escala para montar uma estrutura grande. É aí que podemos atuar. Tecnologística – Transportes e logística serão vistos como negócios separados? Castro Jr. – Sim. Já estamos separando os serviços de logística dos transportes, inclusive com áreas e equipes segregadas. Todos os terminais têm separação física entre os dois. Claro que a equipe pode fazer as duas coisas, mas temos líderes das duas áreas atuando separadamente. Para se ter uma ideia, o líder operacional de transportes veio do Araçatuba e a líder operacional de logística é oriunda da Exata. Então estamos vendo como capturar negócios cruzados, mas mantendo essa divisão. Assim, podemos vender só transporte, só logística ou
Empresa muda composição societária
O
retorno de Oswaldo Dias de Castro Jr. à última das empresas do Grupo Arex voltada ao segmento de transportes e logística, ocorre em consequência de mudanças na estrutura societária dos ativos controlados pelo grupo. O Arex era proprietário da Expresso Araçatuba, vendida à TNT em abril de 2009, e da Exata Logística e Exata E-Commerce, voltadas respectivamente a operações logísticas em geral e ao atendimento do comércio eletrônico, adquiridas em maio de 2011 pela AGV Logística. O processo de reestruturação está em vias de ser finalizado e atende plenamente os anseios dos sócios Antonio, Oswaldo e Eraldo Dias de Castro, segundo informou Castro Jr. “Nosso núcleo familiar vai ficar totalmente responsável
pela administração da Golden Cargo e a ideia é profissionalizar a empresa no médio prazo. Essa independência é fundamental para a recomposição da estrutura de gestão da Golden e definição de um plano estratégico totalmente renovado, e foi um processo que ocorreu naturalmente, já que dentro da família tínhamos vocações e expectativas distintas após a venda do Araçatuba e da Exata”, afirma o empresário. Com esta recomposição, os novos acionistas da Golden Cargo são Oswaldo Dias de Castro Jr. e Lilian Villar Dias de Castro. As outras empresas do Grupo são dos ramos imobiliário e agropecuário. “É a conclusão de um processo natural e o importante é que as relações foram preservadas e cada um fica livre para seguir sua vocação”, finalizou Castro Jr.
Não dá mais para ficar limitado ao mercado de consumo de defensivos; é preciso olhar para o que vem antes e depois na cadeia ambos, e o cliente pode vir de uma ou de outra área. No mercado, há muito a noção de que armazenagem é um subproduto do transporte, e nós não vemos assim. Nossa ideia é fazer logística mesmo. Temos terminais grandes e condições para isso. Tecnologística – Vocês terão apoio de uma consultoria para esse planejamento estratégico? Castro Jr. – Ainda estamos negociando isso; pode ser que haja a participação, mas como um apoio e não com a consultoria liderando o processo. Até porque fiquei um ano no Aché fazendo exatamente planejamento estratégico e a consultoria, se entrar, será para encurtar o processo, fazernos ganhar tempo. O ponto não será a análise, mas sim a tomada de decisão e a implementação. Porque não adianta fazer um baita planejamento para descobrir o óbvio, ou seja, que precisamos atuar em novos negócios. Trata-se de como fazer isso de maneira eficiente. Não adianta colocar um executivo de contas e dizer para ele gerar negócios. É preciso um trabalho forte de implementação e decisão. Mas de qualquer forma, esta implementação não será em 2012. Tecnologística – A ideia é ter majoritariamente frota própria ou não? Castro Jr. – Isso eu também só vou poder responder depois do planeja-
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Ito Cornelsen A empresa irá separar totalmente os serviços de logística e de transportes, com áreas e equipes segregadas
mento estratégico. Porque em nosso setor tem muito a questão da sazonalidade. Então, para ter frota própria, precisamos agregar novos negócios, ou teremos uma ociosidade muito grande. Há também o problema do retorno, pois mesmo nos momentos de pico da safra os caminhões voltam vazios, porque trabalham nas fronteiras agrícolas, rotas que não têm sinergia com as cargas industriais. E parece que os agregados conseguem equacionar melhor todos esses problemas. Ainda estamos analisando todas essas possibilidades. Tecnologística – E há também o problema da incompatibilidade de cargas, não? Castro Jr. – Isso é outro grande limitador. Na ida eu diria que é 100%; não dá para misturar nada. E mesmo o caminhão vazio tem suas restrições, pois existe um processo de contaminação do baú, ele fica com um cheiro que, embora não faça mal à saúde, pode se misturar ao produto transportado. Por isso, o implemento tem de sofrer uma descontaminação, o que tem custo e
leva tempo. Não dá para ficar fazendo isso a cada viagem. No final da safra sim, é possível descontaminar o veículo e usá-lo para outras cargas. Tecnologística – Vocês pretendem operar no chamado CCT (corte, colheita e transporte) que é um serviço agregado ao agronegócio? Castro Jr. – É uma das possibilidades, mas também precisa ser bem analisado, para ver se não é o tipo de segmento em que, quem chegou primeiro, levou. O fato de ter chegado primeiro nem sempre é vantagem, pois os pioneiros não têm benchmarking e podem cometer erros fatais. E, depois de montada uma solução errada, desmobilizar é difícil. Às vezes o timing está perfeito, mas a solução não é a certa. Vamos ver. Tecnologística – E o transporte de combustíveis, está no foco da Golden Cargo? Castro Jr. – Não, porque tem pouca sinergia com nossas atividades atuais. Como falei, o foco são setores marginais ao nosso, que tenham Abril/2012 - Revista Tecnologística - 43
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sinergia. E que, ao mesmo tempo, sejam aderentes ao nosso modelo estratégico e financeiramente atrativos. Às vezes, um mercado sozinho não é atraente, mas combinado com outro, pode ser. São essas análises que vamos fazer para capturar as melhores oportunidades que não estão visíveis num primeiro momento. Tecnologística – O senhor acha que esse processo todo de fusões e aquisições no mercado de transporte e logística ainda dura algum tempo? Castro Jr. – Acho que é para sempre. O mercado funciona claramente em ondas. Então, empresas hoje dominantes, amanhã podem ser adquiridas e vice-versa. A TNT é o melhor exemplo disso. Há três anos, ela era compradora e agora foi comprada. É
um fato que pode decorrer desde fatores macroeconômicos – como a crise europeia – até de aspectos culturais e de gestão e, neste caso, acho que pesaram todos. Em resumo, o fato de uma empresa estar em situação dominante no mercado hoje não quer dizer que isso irá prevalecer no futuro. Tecnologística – Como o senhor vê a estrutura logística do País e a forma como ele está caminhando? Castro Jr. – Eu sou um dos que acreditam na presidente Dilma, na forma como ela vem conduzindo a gestão e tentando buscar soluções administrativas, o que acho que não existia nos governos anteriores. Ela está fazendo algumas lições de casa na parte estrutural, de processos que visam o desenvolvimento econômico direto; por exemplo, está alterando pela pri-
Especialista no agroquímico, com abrangência nacional
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riada há 18 anos para fazer a distribuição de cargas gerais para o Sul do Brasil, a Golden Cargo passou a focar seus serviços no segmento agroquímico em 1998, desenvolvendo, desde então, expertise no setor. Em 2000, a empresa foi adquirida pelo Grupo Arex e se desenvolveu ainda mais no atendimento a este mercado, e hoje atende a grandes clientes do segmento, como Basf, Bayer, Dow, Dupont, Milenia e Syngenta, entre outros. A empresa conta com uma frota de 340 caminhões próprios e uma rede de centros de distribuição localizados nos principais polos agrícolas do País: Araguaína (TO), Barueri (SP), Campo Grande (MS), Cuiabá (MT), Feira de Santana (BA), Goiânia (GO), e Luís Eduardo Magalhães (BA). Ainda
este ano, a Golden Cargo irá ganhar mais três unidades: em Cuiabá, Balsas (MA) e Passo Fundo (RS). A frota da empresa é dotada de avançados sistemas de rastreamento e monitoramento de carga e totalmente adequada ao alto grau de especialização exigido pelo mercado, cumprindo todas as normas mundiais de saúde, segurança e respeito ao meio ambiente. Em 2011, a Golden Cargo obteve um faturamento de R$ 115 milhões e em 2012 pretende investir R$ 20 milhões na infraestrutura operacional e tecnológica, com destaque para as novas filiais, além de renovação e ampliação da frota. Estão previstos cem novos caminhões, dos quais 61 serão entregues ainda neste primeiro semestre, para o atendimento da safra 2012, e os demais ainda estão em fase de progra mação de aquisição e entrega.
meira vez a questão dos juros. Está tocando em aspectos em que antes não se mexia. Parece mais uma gestora do que uma política; é a sua origem, já que ela era a gestora do PAC. Nesse aspecto, acredito que, se a presidente conseguir um mínimo de sustentação política, vai deixar um legado positivo para o País. Mas na corrupção ainda há muito, muito o que avançar. E, claramente, o modelo de transporte brasileiro é uma vergonha de fio a pavio. Não temos nenhuma expertise. Tirando São Paulo e parte do Sul, nossa malha de transportes é horrível, é vergonhosa; a estrutura aeroviária é péssima, os portos são sofríveis e a ferrovia, nem se fala. E a integração entre tudo isso é pior ainda. Predominam algumas visões que eu acho muito erradas. Falam que o rodoviário é o modal dominante como se ele fosse um problema resolvido. Nossas rodovias são ótimas, eficientes e seguras, então vamos cuidar dos outros modais. Não é assim. O rodoviário é horrível também. A malha brasileira está entre as piores do mundo. E isso eu posso afirmar com conhecimento de causa, pois de estrada eu entendo. É um negócio impressionante. Eu fico orgulhoso de ver que a Interoceânica, a Rodovia do Pacífico, pela qual nós tanto batalhamos no Araçatuba, finalmente saiu. Mas, se olharmos para nossas estradas, sejam as BRs ou as estaduais, nada mudou. Eu viajei pela Europa inteira e, na América do Sul, só me falta um trecho pequeno, e posso dizer que o Brasil é campeão em falta de respeito pelas estradas. Passei no Peru 45 dias depois do terremoto e já estava tudo reconstruído. Para os outros países, estrada é tema de orgulho nacional, eles têm respeito. É outra forma de encarar o transporte que, infelizmente, não temos por aqui. Tecnologística – E o setor, especificamente, como o senhor o enxerga hoje?
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Castro Jr. – Vemos com certa insegurança. Nosso segmento, especificamente, que é o agronegócio, vem crescendo em média 30% a 40% acima do PIB consolidado. É um dos setores que puxam o PIB brasileiro para cima, então a perspectiva para ele é muito positiva, pois tem projeções de pelo menos mais dez anos de crescimento. Olhamos para isso com otimismo. Mas, por outro lado, ainda é um mercado pequeno dentro daquilo que fazemos hoje. Mesmo que tenhamos como meta sermos o primeiro desse mercado, buscando diferenciação, os melhores contratos, oferecer o que os outros não oferecem e ter uma estrutura de custos mais competitiva, e depois? Se não expandirmos para outras atividades, não há muito volume. E, se entrarem mais dois concorrentes
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O segmento carece de alianças, de espírito de unidade. Sou 100% favorável a formarmos um setor de logística e transporte mais forte
fortes, ele perde o sentido. Este é nosso grande desafio. Tecnologística – Faltam no mercado uma visão mais abrangente e maior união?
Castro Jr. – Certamente. Faltam pessoas que pensem fora da caixa, que tenham uma visão mais ampla do negócio, não sejam tão bitoladas. O setor carece de alianças, de espírito de unidade. É algo que tem se falado muito e que precisa evoluir. Existem, no Congresso Nacional, bancadas pecuaristas, da indústria, do comércio, até de evangélicos. Mas não há uma bancada forte do setor de transporte e logística. Eu sou 100% favorável a formarmos um setor mais forte. Aprendi dentro de casa o valor que existe em ter uma relação harmônica com seus concorrentes. Acho que temos um relacionamento cordial e até amizades dentro do setor, mas você não vê joint-ventures, cooperativas, como vemos, por exemplo, na indústria automotiva. A agenda de trans-
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portes e logística tem de ser trabalhada, porque estamos num mercado que tem empresas fornecedoras gigantes e embarcadoras gigantes também. De um lado temos petroleiras, fabricantes de pneus, de implementos, de veículos, fornecendo para outras empresas bilionárias. E nós ficamos no meio disso, com empresas de centenas de milhares de reais. Se não formarmos parcerias, não conseguiremos obter poder de barganha nem capturar competências para melhorar o nosso negócio e poder reinvestir nele. Isso sem contar os desafios de sempre, como o roubo de cargas, a carga tributária, a burocracia tributária, as condições das rodovias, que também precisam de uma atuação política para melhorar. Tecnologística – E mesmo com todos esses desafios, o senhor se animou a voltar? Castro Jr. – Sim, porque acho que a Golden Cargo é uma aposta empresarial especial. E eu acredito muito no seu potencial, aliado à história do Grupo Arex. O Araçatuba já era uma
empresa de mais de R$ 450 milhões quando foi vendido, e a Golden está em cerca de R$ 115 milhões. Não estamos menores em razão de insucesso; pelo contrário. As empresas do grupo cresceram, se valorizaram e foram vendidas. Estamos voltando ao mercado como se fôssemos o Araçatuba de 20 anos atrás, com a mesma garra. Claro que o mercado não é o mesmo que há 20 anos, por isso em algum momento do futuro vamos ter de nos associar de alguma forma para crescer. Não dá para a Golden Cargo continuar desse tamanho. Ela terá de crescer e, mas para frente, se associar com outros parceiros ou investidores de longo prazo. Não vejo outro caminho, a não ser que a empresa consiga se capitalizar com recursos próprios. Mas estou no meu melhor momento profissional e é fantástico estar na Golden Cargo neste momento. Acon teceu a coisa certa na hora certa. Silvia Marino Golden Cargo: (11) 2133-8800
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Tão seguro quanto um cofre Um esquema bem engendrado e que, para ser colocado em prática, envolveu um trabalho a oito mãos – embarcador, transportadora, gerenciadora de risco e seguradora – conseguiu em pouco menos de um ano acabar com a triste rotina de roubo de produtos da Acer, que se repetia, em média, a cada seis meses, causando prejuízos superiores a R$ 2 milhões por vez
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m dos problemas que mais afligem o setor de logística é o roubo de carga. Apesar de as ocorrências estarem diminuindo a cada ano, em grande parte graças ao uso maciço de tecnologias de ponta e à adoção de procedimentos que reforçam a segurança, o volume de perdas ainda é muito alto. Segundo o levantamento feito pela Federação e pelo Sindicato das Empresas de Transporte de Carga do Estado de São Paulo (FETCESP e SETCESP), com base nas informações obtidas junto à Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP/SP), em 2011 só no estado paulista foram registradas
6.958 ocorrências, contra as 7.294 do ano anterior, correspondendo a uma redução da ordem de 4,61%. Os prejuízos, no entanto, não diminuíram na mesma proporção. Ao contrário, tiveram uma alta de 5,75%, somando R$ 295,7 milhões em 2011, contra R$ 279,7 milhões em 2010. Os alvos mais visados foram os produtos eletroeletrônicos (28,84% do total), seguidos por alimentos (12,55%), carga fracionada (9,63%) e farmacêuticos (8,38%). Cansada de fazer parte dessas estatísticas e de ter quatro vezes suas cargas roubadas no período de dois anos (em 2010, nos meses de fevereiro e agosto,
e em 2011, em março e julho), e amargar prejuízos a cada vez da ordem de R$ 2 milhões a R$ 3 milhões, a fabricante de computadores Acer decidiu dar um basta. A primeira providência foi realizar um estudo detalhado para avaliar, entre outras questões, quais eram as principais falhas na segurança e no processo como um todo e o que deveria ser feito para eliminá-las. “Foram seis meses de análise da operação logística da empresa, que até então era terceirizada. Um dos problemas mais graves detectados foi a grande quantidade de pessoas – pouco mais de 300 – que tinha acesso às informações. Elas
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sabiam quando a carga seria transportada, por quais rotas, nome do motorista, quantidade e valor dos produtos, entre outros dados, o que aumentava substancialmente o risco de vazamento dessas informações, que poderiam
Ferreira: as pessoas têm memória curta e tendem a deixar de cumprir procedimentos
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chegar até os bandidos e quadrilhas especializadas”, destaca Alexandre Gerardo, gerente de Logística da Acer, contratado justamente para coordenar o estudo e responder pela área. Outro ponto que chamou a atenção foi o alto custo operacional, em parte devido à necessidade de escolta para o transporte das cargas em situações de maior risco. Com base no estudo, constatou-se que a melhor alternativa
seria internalizar a operação logística e restringir o acesso às informações para, no máximo, dez pessoas. “O projeto de como tudo deveria ser feito, que contou com a participação da gerenciadora de risco, GV Risco, e da nossa seguradora, a Liberty, foi submetido à matriz e em maio de 2011 tivemos a autorização do diretor para a América Latina da Acer para colocá-lo em prática”, lembra Gerardo. Ao trazer para dentro de casa o controle da operação logística, a primeira medida foi instalar o armazém para estocagem dos produtos no mesmo condomínio logístico em que se encontra a fábrica (terceirizada) em que são montados os computadores (notebooks), localizado em Jundiaí, interior de São Paulo. “Além de contarmos com um local mais protegido e 100% monitorado, a iniciativa também nos permitiu eliminar uma perna de frete, o que resultou numa economia substancial, da ordem de R$ 4 milhões por ano, e na redução de 10% no custo de transporte como um todo”, destaca Gerardo. Outra parte importante do projeto referia-se à contratação de uma transportadora que tivesse condições de atender, em curto prazo, às exigências impostas pela Acer e pela gerenciadora de risco, tais como caminhões munidos com vários dispositivos de segurança, motoristas qualificados e treinados, entre outros requisitos.
“O operador logístico que atendia a Acer era nosso cliente, então indiretamente já fazíamos esse trabalho para a empresa”, conta Charles Ferreira, diretor Operacional da GV Risco. “Com a internalização das operações, redesenhamos o gerenciamento de risco em conjunto com a Acer, determinando quais ferramentas e procedimentos deveriam ser adotados, e indicamos a Cargosoft, empresa com mais de dez anos de atuação, com sede em Curitiba (PR), e que é nossa parceira há mais de cinco anos, para fazer o transporte”, completa o executivo. Segundo o gerente de Logística da Acer, na verdade chegaram a ser contatadas várias transportadoras, algumas das quais indicadas também pela Liberty. “Mas acabamos optando pela Cargosoft porque foi a que se mostrou mais preparada para atender às nossas necessidades em tão pouco tempo”, destaca Gerardo. Com grande expertise no transporte de medicamentos, uma das cargas mais visadas pelos bandidos, não foi difícil para a Cargosoft aceitar esse desafio, como explica seu gerente administrativo-financeiro, Adilson Vienscoski: “Como lidamos com mercadorias de alto valor agregado, acabamos fazendo grande parte do trabalho de gerenciamento de risco e reforçamos a segurança, até porque, em caso de roubo, é o nosso nome que aparece nos noticiários e não o do embarcador, da seguradora ou da gerenciadora de risco. Procuramos ao máximo evitar casos de sinistro que não somente acabam manchando a nossa imagem junto ao público e aos clientes, como também elevam o valor das apólices de seguro. Por isso somos extremamente cautelosos. Não somos uma seguradora, mas vendemos segurança junto com as nossas operações”, justifica o executivo.
Modus operandi
Central monitora os caminhões desde a origem até o destino
Para atender a Acer, a Cargosoft passou três meses analisando a necesMaio/2012 - Revista Tecnologística - 49
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Três empresas e o mesmo objetivo de oferecer segurança Elas também têm em comum a preocupação com a qualidade e com o treinamento constante de suas equipes
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riada em 1976, em Taiwan, por Stan Shih, inicialmente como Multitech e, posteriormente, a partir de 1987, mudando o nome para Acer, a empresa adotou uma abordagem multimarcas em 2008, passando a oferecer, além de produtos com sua própria marca, também as da Gateway, Packard Bell e eMachines, ocupando hoje a segunda colocação no ranking mundial de fabricantes de computadores pessoais portáteis. O grupo emprega oito mil pessoas no mundo e o faturamento global em 2011 foi da ordem de R$ 15,7 bilhões. Seu crescimento se deu em função da estratégia que visa oferecer ao mercado uma tecnologia acessível – principalmente ao público jovem – e de estabelecer parcerias sólidas com fornecedores de alto nível. No Brasil, desde 2009 os produtos da empresa são montados em uma planta fabril terceirizada e instalada em um condomínio logístico em Jundiaí (SP). A produção é da ordem de 100 mil notebooks por ano. Segundo o gerente de Logística da Acer, Alexandre Gerardo, a partir deste ano a unidade iniciará também a montagem de ultrabooks e tablets no País.
Soluções customizadas Reconhecida pela excelência de seus serviços, a Cargosoft foi fundada em 2002, em Curitiba (PR), a partir da experiência de seus sócios no transporte rodoviário de cargas, e nasceu com o objetivo de proporcionar ao mercado soluções customiza-
das a um custo competitivo. A empresa conta com frota composta por veículos próprios, com idade máxima de três anos, entre vans, veículos pequenos tipo ¾ (até quatro toneladas de carga), veículos médios tipo toco (até sete toneladas de carga), veículos semi-pesados tipo truck (até 14 toneladas) e veículos pesados tipo carreta (até 27 toneladas de carga), equipados com sistemas de rastreamento Autotrac, Sascar e Omnilink (bi e trirastreamento) – esse último usado para entrega das cargas das grandes redes farmacêuticas (Droga Raia e Drogasil). Também são utilizados dispositivos de segurança como bloqueadores de combustível e de freios, além de sensores de última geração que são renovados constantemente. A empresa orgulha-se de trabalhar em conjunto com as mais conceituadas gerenciadoras de risco do mercado, para que as cargas sejam monitoradas online durante todo o percurso, desde seu embarque até entrega no cliente final, em todas as regiões do País. A Cargosoft também conta com depósitos que operam no sistema cross-docking, no qual cargas são separadas e despachadas para os clientes finais, e que são importantes pontos de apoio para o sistema de transporte colaborativo. Com a matriz na capital paranaense, onde são gerenciadas as operações administrativas, comerciais e financeiras, a Cargosoft possui bases operacionais no Sudeste e em outras importantes cidades do Sul, mantendo unidades de negócio em nove capitais brasileiras.
“Possuímos grande experiência no transporte de cargas de alto valor agregado e, com isso, acabamos nos especializando na área de medicamentos. O projeto da Acer está nos abrindo outro nicho interessante – o de eletroeletrônicos – que pretendemos explorar melhor daqui para frente”, revela Adilson Vienscoski, gerente administrativo-financeiro da empresa.
Satisfação garantida O Grupo GV Risco, que soma mais de dez anos de atuação e mantém uma parceria com a Cargosoft há cerca de cinco anos, é especializado no desenvolvimento e execução de projetos técnicos operacionais de gerenciamento de risco para transporte de cargas, respondendo também pela segurança patrimonial de instalações, consultoria de segurança e segurança eletrônica. Suas ações tomam como base a cultura do cliente e suas principais necessidades, para estabelecer com ele uma gestão participativa. “Cada operação é analisada de forma detalhada. A operacionalização é feita com a implantação de processos, alocação de recursos humanos treinados e capacitados, forte suporte tecnológico e disponibilização de informações gerenciais logísticas. São elementos que nos permitem ter, como resultado, uma taxa de 94% de retenção de clientes, e nível de satisfação dos mesmos superior a 80%”, conclui o diretor operacional Charles Ferreira.
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sidade da empresa quanto à quantidade e porte de caminhões e os equipamentos de segurança que deveriam ser empregados, sendo que boa parte deles – como rastreadores, dispositivos para bloquear combustível e freio, entre outros itens que já eram utilizados pela transportadora. Inicialmente, foram empregados dez caminhões que estavam disponíveis na Cargosoft e adquiridos mais cinco, totalizando 15 veículos, todos blindados, além de duas Vans usadas pela assistência téc-
Vienscoski: “vendemos segurança junto com nossas operações”
nica, também blindadas e que levam as cargas (que são devolvidas aos donos via Sedex) até os Correios. E recentemente foram comprados mais sete veículos, elevando a quantidade para 22 caminhões blindados (dos tipos carreta, truck e toco). “Na verdade, só o baú é blindado, e não a cabine, porque isso iria encarecer demais o custo. Mas todos os motoristas são treinados para seguir os procedimentos de segurança estipulados e não reagir aos assaltos, colocando desnecessariamente suas vidas em risco”, completa Vienscoski. Para adequar os veículos dedicados à operação da Acer, que consiste em coleta dos produtos no armazém da fabricante e entrega no cliente (varejo
e distribuidores), em todo o País – sendo a maioria concentrada no eixo São Paulo-Campinas (70%) e o restante nas regiões Sul e Nordeste –, a Cargosoft investiu até o momento algo próximo a R$ 5 milhões. “Como usamos alguns caminhões que já estavam disponíveis, tivemos de fazer um up grade. Atualmente, também estamos readequando os tamanhos e quantidades de veículos para a operação, que está crescendo”, explica o gerente da transportadora. Esse projeto foi uma experiência nova para todos os envolvidos, segundo a gerente de Operações da Cargosoft, Stela Maris. “É desafiador, porque o motorista precisa seguir rigorosamente todos os procedimentos estabelecidos pela gerenciadora de risco. Todo o plano de viagem dele, desde a coleta da mercadoria, horário de saída, paradas para refeições e pernoite, entre outros detalhes, é determinado pela GV Risco. O motorista, às vezes, nem sabe quando poderá parar para almoçar. Isso é informado a ele pela gerenciadora por meio da central de monitoramento. E se ocorrer algum problema que o obrigue a parar antes do previsto, como um pneu furado, por exemplo, ele só pode abrir a porta da cabine e descer do caminhão após receber autorização para isso”, explica Stela. O monitoramento dos caminhões é função da GV Risco, mas a Cargosoft também faz esse trabalho em conjunto com a gerenciadora. “Sabemos que ela precisa atender a um grande número de clientes, por isso colocamos também profissionais nossos para ajudar nesse controle, porque é uma tarefa até certo ponto monótona e qualquer descuido pode fazer toda a diferença. Se o operador não for bom e não estiver atento, pode não perceber uma tentativa de roubo e, com isso, perdemos a carga”, ressalta Stela. Outro fator importante, além de um bom plano de risco, é um ótimo relacionamento com os órgãos policiais. “E nisso a GV Risco sempre nos ajudou Abril/2012 - Revista Tecnologística - 51
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nesses cinco anos de parceria. Em caso de tentativa ou roubo da carga, ela consegue acionar as polícias Federal, Estadual e Municipal, que rapidamente se mobilizam e conseguem impedir que os bandidos sejam bem sucedidos. Não adianta nada ter vários dispositivos de segurança e tecnologias de ponta se não houver essa pronta resposta”, salienta Adilson Vienscoski. Mas é evidente que quanto mais ferramentas que dificultem a vida dos bandidos se puder empregar, maior o nível de segurança obtido. “As quadrilhas costumam dar preferência ao que é mais fácil de roubar, mas também deve-se levar em consideração que elas estão sempre um passo à frente. Por isso, o combate mais eficaz é a tecnologia da informação (TI) embarcada. Nossos caminhões são birastreados e até tri-rastreados”, explica Vienscoski. O primeiro rastreador é o Autotrack, cuja antena fica aparente
Escolta, só para cargas de maior valor
em cima da cabine do motorista. Se este é neutralizado pelos bandidos, há um segundo rastreador (Sascar) cuja localização é aleatória e é mais difícil de ser encontrado. E se isso também falhar, há um terceiro rastreador que fica dentro da carga. Para o projeto específico da Acer, foram exigidos itens como: cami-
nhões com no máximo cinco anos de uso; paredes laterais do baú reforçadas com vergalhões; segunda porta do baú blindada e com fechadura La Gard (usada em caixas eletrônicas dos bancos e semelhante à de cofres), sendo que para sua abertura o motorista precisa entrar em contato com a central de monitoramento e receber a senha, a qual é alterada a cada embarque e desembarque. Além disso, foram empregados outros itens de segurança, como dois rastreadores no caminhão (Autotrack e Sascar), instalados pela Cargosoft, e um terceiro rastreador por radiofrequência (Cargotrac) que é colocado na carga pela GV Risco a cada embarque (com bateria que dura até 15 dias); sensor de painel que emite alerta para a central quando violado; entre outros. Os motoristas também precisam ser “ficha limpa”, ou seja, não podem estar respondendo a nenhum processo, sendo verificado também seu histórico de multas e atrasos, entre outras questões. Charles Ferreira, da GV Risco, ressalta que há o cuidado de treinar constantemente os motoristas para reciclar conhecimentos. “As pessoas têm memória curta e a tendência natural é cair na inércia e deixar de cumprir alguns procedimentos fundamentais. Daí a importância do treinamento. Também criamos um comitê formado por profissionais da GV Risco, Liberty, Cargosoft e Acer que se reúne mensalmente para avaliar resultados e analisar o que pode ser melhorado”, destaca. Segundo o executivo, a gestão do risco não deve ser feita apenas pela gerenciadora, mas por todos os envolvidos no processo. “Para que a segurança seja eficiente é fundamen-
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Stela: motorista só pode abrir a porta da cabine com autorização da gerenciadora
tal enxergar toda a operação e contar com profissionais treinados para fazer a gestão do projeto e o monitoramento constante, além de implementar as regras de segurança e fazer sua manutenção e revisão de forma periódica”, completa Ferreira. Após quase oito meses, a operação da Acer é considerada um sucesso. A empresa também conseguiu reduzir substancialmente o custo da escolta, que antes era de R$ 400 mil mensais, para os atuais R$ 30 mil. “Agora, apenas as cargas muito valiosas, cujos valores preferimos não divulgar por razões óbvias, é que utilizam esse recurso, ou em casos emergenciais, como pane ou acidente com o caminhão. As demais não precisam mais disso porque as ações tomadas se mostraram eficientes. Com isso, a Acer poderá vir a negociar junto à seguradora valores mais baixos para suas apólices e até reduzir o preço do frete com a transportadora”, sugere Ferreira. Silvia Giurlani Acer: 0800 7212237 Cargosoft: (41) 3665-7000 GV Risco: (11) 5097-3950
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Complicada e perfeitinha Operação severa, margens de lucro cada vez mais apertadas, demanda por altos investimentos, com retorno a longo prazo e exigência de elevado nível de serviço. Operadores logísticos frigorificados transitam por um cenário complexo, mas que, se bem trabalhado, oferece diversas possibilidades de crescimento
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ergunte a um empresário o que mais o aflige momentos antes de fechar e receber os resultados do desempenho da companhia. Com certeza a resposta será o temor de não atingir, ou ao menos não ter obtido um número próximo às metas traçadas no período. Para recuperar o prejuízo e não repetir o balanço negativo, é um tal de corta daqui, otimiza dali, mantém o que deu certo, elimina operações deficitárias ou recupera aquela que ainda apresenta certa potencialidade. Não é das tarefas mais fáceis. Isso porque é preciso enxugar, mantendo o nível de serviço exigido pelos clientes. No segmento logístico, esse quadro se agrava. Num cenário onde há restrições de veículos, consumo aquecido e
necessidade de informações cada vez mais ágeis e precisas, os prestadores de serviços se desdobram para manter a qualidade operacional, otimizando os custos sem se esquecer de investir a fim de suprir a crescente demanda. E o que dizer do cenário para os operadores logísticos frigorificados? Além de todas as questões já enumeradas, as empresas deste segmento têm, ainda, mais algumas peculiaridades, como as operações de produtos com temperatura controlada – congelada e refrigerada – e shelf-life curto. Se já é complexo atuar com cargas secas, nas refrigeradas, então, as dificuldades são maximizadas. Como atingir resultados positivos? De que forma manter a margem de lucro, mesmo investindo cada vez mais
para melhorar a operação? Há respostas para estas questões? Talvez procurá-las não seja o caminho a ser seguido. Companhias do setor demonstram que focar em seu business é o caminho mais fácil, e talvez o mais prudente, para superar os desafios.
Ações É o que faz o diretor-presidente da Friozem, Fábio Galesi Fonseca. De acordo com ele, hoje as operações são mais dinâmicas, demandando mais investimentos em sistemas e mão de obra. Há outro senão. Ele conta que os custos das empresas – que evoluíram de simples armazéns frigorificados para operadores logísticos – são muito mais altos quando comparados àquelas empresas
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que trabalham de maneira convencional. “Foi preciso investir em sistemas. Esse custo com TI, que antes era insignificante, hoje já corresponde a 5% do faturamento”, diz. O executivo calcula que, na Friozem, entre R$ 500 mil e R$ 700 mil são aplicados por ano em TI. “Não enxergo mais como investimento e sim como custo, mas é primordial para ter dinamismo na operação”, reconhece. Na empresa, as verbas são direcionadas à atualização de sistemas WMS, TMS, ERP e roteirizador. A mão de obra é outro aspecto importante. Antes, revela, ela respondia por 25% do custo total. Hoje, já corresponde a 45%. “O mercado aquecido demandou mais investimento nos profissionais para reter aqueles qualificados”, frisa.
Argenton: as prioridades são informação e qualificação profissional
O diretor-executivo da Arfrio, Ozoni Argenton, concorda que é preciso inovar, mas revela que, enquanto um investimento realizado numa operação logística de produtos secos tem um retorno em quatro anos, no segmento de frigorificados esse período varia entre seis e sete anos. “Hoje, a margem de lucratividade das empresas que atuam no segmento é menor do que a margem do mercado de secos”, afirma.
Sem revelar números consolidados da Arfrio, Argenton ilustra sua teoria com números médios dos setores. Atualmente, o Ebtida no segmento seco varia de 12% a 18% e no frigorificado, de 15% e 20%, quando, em sua opinião, deveria estar entre 18% e 25%. “Temos quase o mesmo Ebtida, mas com retorno mais longo. O ideal seria que ele fosse maior, porque temos uma necessidade de investimento duas vezes mais alta para operar frente ao seco. Esses números atualmente são similares, pois nossos custos são muito altos”, resume. Apesar das dificuldades, o diretor da Friozem garante que as empresas brasileiras estão investindo e hoje não ficam devendo a nenhum outro país com relação às tecnologias empregadas. Fonseca conta que é diretor da Associação Mundial dos Armazéns Frigoríficos, na sigla em inglês IARW – International Association of Refrigerator Warehouses – e anualmente participa da convenção da entidade. “O que tem lá fora, temos aqui. Existem alguns operadores bem estruturados, não vejo a falta de tecnologia como um problema, mas alguns ainda estão um pouco atrás”, define. Já Argenton, da Arfrio, acredita que as empresas têm investido menos em sistematização, qualificação profissional e novas tecnologias quando comparadas aos operadores logísticos do segmento seco. Ele tem uma explicação: “Primeiro, é preciso pagar o investimento principal. Com isso, a área frigorificada foi se defasando em termos de inovação”, acredita. Segundo ele, este atraso pode ser verificado em inovações sistêmicas de carregamento, separação, picking, controle de qualidade e certificações. Na opinião de Argenton, a cadeia do frio está escolhendo no que vai investir a fim de manter sua rentabilidade. Hoje, ressalta, apesar de tímidas ações, as prioridades são informação e qualificação profissional. “Na Arfrio, por exemplo, nosso plano estratégico define que 10% do faturamento por
ano devem ser aplicados em sistemas e qualificação profissional. Poderíamos investir mais, mas não o fazemos para não diminuir nossa margem”, relata.
Para Fonseca, é preciso investir para ter dinamismo na operação
O diretor-presidente da Friozem comenta que aí está o grande desafio: transformar os investimentos em rentabilidade. Para isso, ele acredita que é preciso mudar certas tradições no mercado. Segundo o executivo, alguns clientes ainda querem tarifas baseadas em um modelo de trabalho antigo – armazenagem estática, pagando apenas a descarga e estocagem dos itens. Mas o cenário está evoluindo. “Acredito que vai aumentar o número de empresas contratantes do serviço completo. Vejo que as indústrias têm a consciência de que é preciso ter um operador logístico de qualidade”, diz. Na Friozem, Fonseca calcula que são 200 clientes, com 100 ativos. Destes, 35 fazem o serviço integral – coleta, armazenagem, separação e entrega. “Nossa política, hoje, é não aceitar novos negócios que não exijam o processo completo”, ratifica.
Análise setorial De acordo com Fonseca, mesmo com todas as peculiaridades, a operação frigorificada ainda é atraente, Maio/2012 - Revista Tecnologística - 55
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principalmente por ser uma atividade de baixo risco. “Temos novos players nacionais. Só acho que não há espaço para fundos de investimento, pois eles querem retorno rápido”, pontua. Quanto aos operadores estrangeiros, o diretor-presidente da Friozem analisa que eles estão interessados no Brasil. Prova disso, revela, é que este ano a reunião da diretoria da IARW acontecerá pela primeira vez no País. “O mundo está de olho no mercado brasileiro”, afirma. Na opinião do diretor-executivo da Arfrio, a malha logística ineficiente inibe a entrada de operadores estran-
geiros. “Um estrangeiro entraria no mercado brasileiro adquirindo alguma empresa nacional e hoje não há opções de companhias que ofereçam uma estrutura diferenciada. O estrangeiro não vai vir para o mercado brasileiro para fazer mais do mesmo. E para realizar um investimento e começar do zero, o risco é muito grande, pois o mercado ainda é sazonal”, afirma. Argenton também não considera que houve crescimento na quantidade de prestadores de serviços logísticos frigorificados nacionais. Para ele, custo alto, retorno demorado e a necessidade de investimentos elevados fizeram
com que poucas empresas surgissem. Outro motivo, diz, é a sazonalidade do segmento. “Não conseguimos fechar contratos de longo prazo; há picos de movimentação”, resume. O diretorexecutivo da Arfrio lembra, também, que muitas indústrias ainda preferem manter em suas plantas armazéns frigorificados. “A operação logística é pouco terceirizada e isso inibe a entrada de novos players”, destaca. Por outro lado, continua, é um mercado que mostra tendência de expansão. “As empresas precisarão se posicionar de forma nacional caso queiram manter seu status como negócio.”
Estratégias de sustentação
Complexidade marca o dia a dia das operações logísticas frigorificadas
Na Arfrio, o plano já está traçado. O trabalho consiste em investir nas regiões Centro-Oeste e Nordeste pelos próximos três anos. “Ainda não temos valores, pois estamos realizando os estudos este ano, mas no Centro-Oeste a meta é iniciar a estruturação no segundo semestre deste ano. No Nordeste, o objetivo é termos uma unidade em 2013. O local não está definido, mas pode ser Salvador, Recife ou Fortaleza”, adianta. Hoje, a empresa conta com estruturas nas catarinenses Itajaí (23.500
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Santos: ampliação da rede de CDs para suportar o aumento da demanda
posições-palete) e São Francisco do Sul (2.800 pp); em Barueri (13.500 pp), Região Metropolitana de São Paulo; duas unidades no litoral paulista - Santos I (3.500 pp) e Santos II (5.600 pp); no Rio de Janeiro – Belford Roxo (55.000 pp), Pavuna (3.000 pp) e Queimados (6.000 pp); e em Brasília (5.500 pp). Em 2011, a Arfrio cresceu 15% frente a 2010 e para esse ano a meta é aumentar em 30% o faturamento. Os números consolidados não podem ser divulgados. Na Friozem, Fonseca conta que há ativos nas cidades paulistas de Jandira (capacidade para 140.000 m³), São Bernardo do Campo (40.000m³) e Araraquara (60.000 m³); na capital mineira, (45.000 m³); em Recife (90.000 m³) e Fortaleza (60.000 m³). Alguns investimentos já estão previstos. A meta é ampliar as unidades de São Bernardo do Campo e da capital mineira. Na unidade paulista serão mais 25.000 m³ de capacidade, enquanto em Belo Horizonte serão mais 30.000 m³. O início das operações está previsto para o final deste ano e primeiro semestre de 2014, respectivamente. Cerca de R$ 5 milhões serão investidos em cada uma das filiais para as melhorias.
Aplicar R$ 20 milhões e inaugurar uma unidade no Rio de Janeiro no final de 2013, com capacidade para 60.000 m³ e mais R$ 20 milhões para abrir uma filial em Salvador com capacidade para 50.000m³, prevista para 2016, também fazem parte dos planos da empresa para fornecer mais serviços e atender à complexidade operacional, melhorando a margem. Segundo Fonseca, em 2011 o faturamento da companhia cresceu 8% em relação a 2010, chegando a R$ 90 milhões. Para 2012, a meta é registrar um acréscimo de 5% frente ao ano anterior. Quanto à margem, o executivo divulga que, no serviço de armazenagem, o índice hoje é de 20%, enquanto na logística é de 2%.
O desafio do fracionado Investir para manter o nível de serviço e melhorar as margens também é a estratégia dos operadores logísticos frigorificados que têm como principal foco de atendimento o food service, segmento complexo devido às entregas fracionadas. Para o diretor de Operações e Supply Chain da MartinBrower, Ives Uliana, o grande desafio do setor atualmente é manter o controle de temperatura por toda a cadeia, evitando abusos térmicos. “Os equipamentos devem ser preparados para isso e rapidez e agilidade nos processos são sempre fundamentais”, diz. Para suportar estas demandas, o diretor Comercial da Martin-Brower, Augusto Santos, anuncia que apenas em 2011 a companhia destinou R$ 38 milhões às operações brasileiras, dos quais R$ 23 milhões para a expansão da frota, R$ 9 milhões na compra de equipamentos e estruturação do centro de distribuição de São Bernardo do Campo (SP), inaugurado em agosto, e R$ 2 milhões na ampliação da sede administrativa, em Osasco (SP). Hoje, a empresa conta no País com cinco CDs – Curitiba, Recife e três no
Estado de São Paulo (Osasco, São Bernardo do Campo e Mogi Guaçu). Além disso, possui mais dois centros de apoio, localizados em Juiz de Fora (MG) e Rio de Janeiro. Ao todo, são 230 veículos dos mais diversos tipos (conjuntos cavalo-carreta, caminhões e VLCs) empregados nas movimentações. Segundo Santos, a perspectiva para o mercado brasileiro é excelente. “Continuaremos a ter um crescimento no food service muito acima do incremento médio da economia, impulsionado principalmente pelo aumento de renda da população, pelas mudanças de hábitos no que tange à maior participação da alimentação fora do lar e pelos eventos internacionais que sediaremos”, afirma. O gerente de Controladoria da Martin-Brower, Adalberto de Almeida, informa que a meta para este ano é atingir R$ 1,9 bilhão em faturamento, contra R$ 1,5 bilhão obtido em 2011. O otimismo tem uma razão. O diretor Comercial diz que muitas empresas do setor de fast food planejam vir para o Brasil e as redes já presentes têm planos de expansão arrojados. “Por isso, estamos nos preparando para ampliar nossa rede de CDs, com a perspectiva de abrir mais três plantas até 2016”, adianta. Entre os clientes atuais da companhia estão McDonald´s, Bob’s, Subway, Griletto, All Parmegiana, Ráscal, Applebees, Yogen Fruz, Freddo e Gelateria Parmalat. “Nosso trabalho consiste na operação logística destes clientes, envolvendo planejamento de demanda, armazenamento e transporte em três temperaturas (congelado, resfriado e seco), importação e exportação e apoio a assuntos fiscais”, define. Ao todo, a Martin-Brower opera, por mês, 30.000 toneladas, aten dendo a 2.300 restaurantes. Fábio Penteado Arfrio: (11) 5501-6600 Friozem:(11) 4789-8200 Martin-Brower: (11) 3687-2800 Maio/2012 - Revista Tecnologística - 57
especial_frigorificados_10.indd 57
3/5/2012 19:46:51
MERCADO BRASILEIRO DE OPERADORES LOGÍSTICOS FRIGORIFICADOS
Nº de funcionários
Certificações
Nº de clientes no Brasil
Três principais clientes
Raio de Atuação Armazenagem
Raio de Atuação Distribuição
Receita bruta anual no Brasil (em milhões de reais)
Crescimento da receita
Escritórios próprios no exterior
Em itens
AGV Logística (19) 3876-9000 agv@agv.com.br www.agvlogistica.com.br
14 anos
4150
S
150
NF
Todo o território nacional
Todo o território nacional
724,2
10,23%
N
258 mil
2,4 milhões
Andrade Cavaletti (61) 2107-6200 comercial@andradecavaletti. com.br www.andradecavaletti.com.br
15 anos
423
N
12
Asa Alimentos, Brasil Foods e Unilever
CentroOeste
CentroOeste
NF
NF
N
NF
NF
Bomfrio (21) 2601-4040 jrcml@bomfrio.com.br
37 anos
330
N
22
Aurora, Brasil Foods e JBS
Sul e Sudeste
Sul e Sudeste
NF
NF
N
NF
NF
Brado Logística (41) 2118-2800 contato@brado.com.br www.brado.com.br
12 anos
1.500
N
NF
Brasil Foods, Marfrig e Walmart
Sul, Sudeste e CentroOeste
Sul, Sudeste e CentroOeste
116,1
76,2%
N
NF
3 milhões
Brasfrigo (47) 3341-2300 jose.humberto@brasfrigo.com. br www.brasfrigo.com.br
32 anos
298
N
120
Alibem Alimentos, Brasil Foods e Minerva
Sul e Sudeste
N
NF
NF
N
NF
960 mil
Cap-Logística Frigorificada (41) 2104-8444 cap@cap-pr.com.br www.cap-pr.com.br
12 anos
110
N
9
Brasil Foods, C-Vale e Seara
Sul
Sul e Sudeste
NF
NF
N
NF
240 mil
Cefri (11) 4718-2811 adriano@cefri.com.br www.cefri.com.br
40 anos
214
S
21
Cargill, McCain e Sodexo
Nordeste e Grande São Paulo
Nordeste e Grande São Paulo
20
5%
N
177 mil paletes (entrada) e 166 mil paletes (saída)
NF
Cefrinor (71) 2107-1414 cefrinor@cefrinor.com.br www.cefrinor.com.br
29 anos
210
N
21
G. Barbosa, Walmart/ Bompreço e Unilever
Nordeste
Nordeste
NF
7,2%
N
6,5 mil
390 mil
Empresa Fone E-mail Site
Por questão de espaço, o nome de algumas empresas foi abreviado
Em peso (t)
Tempo de mercado
Volume de produtos gerenciados (ano)
*Em razão de contratos de confidencialidade, algumas empresas não divulgam a área de clientes
58 - Revista Tecnologística - Maio/2012
tabela frigorificados05.indd 58
3/5/2012 20:28:58
Nº total de armazéns
Área de Armazenagem
Frota de transporte
Alfandegada
Pátio
m³
m²
m³
m²
m³
m²
m²
m²
Nº de tomadas
Próprios
De clientes (in house)
Carga seca
Baú
Sider
Refrigerada
Utilitários
Frota terceirizada
1.850
11.100
20.147
125.605
45.338
280.155
260.143
0
245.270
0
68
10
15
230
73
15
5
S
1.100
NF
300
NF
1.500
NF
0
0
21.000
72
2
0
0
0
0
145
5
N
NF
200.000
NF
30.000
NF
10.000
30.000
15.000
50.000
50
4
0
0
0
0
0
0
S
47.000
NF
13.342
NF
11.404
NF
57.092
122.000
315.200
906
6
0
30 (Multitemperatura)
30
0
30 (Multitemperatura)
0
S
20.000
NF
3.000 (plataforma)
NF
23.000
NF
56.355
59.000
20.000
180
2
0
0
0
0
0
0
S
5.700
62.000
540
5.400
1.500
7.500
NF
NF
12.000
30
2
3
0
0
0
0
0
N
10.841
100.258
3.765
26.827
1.718
9.879
6.978
0
60.000
84
2
0
0
0
0
0
0
S
4.405
36.280
3.041
24.520
0
0
2.200
0
46.000
70
1
0
0
0
0
0
0
S
Resfriada
Climatizada
m²
Congelada
Seca
Frota própria
Maio/2012 - Revista Tecnologística - 59
tabela frigorificados05.indd 59
3/5/2012 20:28:58
Tecnologias Empregadas
Transporte
Paletização
Logística Reversa
Suporte Fiscal
Desenvolvimento de Projetos
Cross-docking
Distribuição
Porta a porta
Transferência
WMS
TMS
ERP
Consulta pela internet
Código de Barras
Radiofrequência
Número de coletores
Própria
Terceirizada
Própria
Terceirizada
Própria
Terceirizada
Própria
Terceirizada
AGV
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
250
S
S
S
S
S
S
S
S
Andrade Cavaletti
S
S
N
S
S
N
N
N
N
S
S
S
S
S
N
S
S
N
N
N
0
S
N
S
N
S
N
S
N
Bomfrio
S
S
S
S
S
N
S
N
N
N
N
S
S
S
36
N
S
N
S
N
S
N
S
Brado
S
S
N
S
S
S
S
N
S
S
S
S
S
S
S
S
S
N
N
S
0
S
S
N
N
S
S
S
S
Brasfrigo
S
S
N
S
S
S
S
N
S
N
S
N
N
S
S
N
N
S
S
N
0
N
N
N
N
N
N
N
N
Cap
S
S
N
S
S
N
N
S
S
S
N
N
N
N
S
N
S
S
N
N
0
N
N
N
N
N
N
N
N
Cefri
S
S
S
S
S
N
S
S
S
S
S
S
N
S
S
N
N
S
S
N
51
N
S
N
S
N
S
N
S
Cefrinor
S
S
S
S
S
N
N
S
S
S
S
S
N
S
S
N
S
S
S
S
50
N
N
N
N
N
S
N
S
Montagem de Kits e Conjuntos Gerenciamento Intermodal Import. e Export. Des. Aduaneiro
Embalagem
Rastreamento
Controle de Estoque
Gerenciamento
Armazenagem
Empresa
Serviços Oferecidos
S
N
N
S
S
S
Satélite
Rádio
Celular roteirizadores
(NF) - Dados não fornecidos pela empresa; (S) Sim; (N) Não
60 - Revista Tecnologística - Maio/2012
tabela frigorificados05.indd 60
3/5/2012 20:29:00
tabela frigorificados05.indd 61
3/5/2012 20:29:03
MERCADO BRASILEIRO DE OPERADORES LOGÍSTICOS FRIGORIFICADOS
Nº de funcionários
Certificações
Nº de clientes no Brasil
Raio de Atuação Armazenagem
Raio de Atuação Distribuição
Receita bruta anual no Brasil (em milhões de reais)
Crescimento da receita
Escritórios próprios no exterior
Em itens
Em peso (t)
Comfrio (17) 3344-7777 comfrio@comfrio.com.br www.comfrio.com.br
16 anos
400
N
45
Brasil Food, Marfrig e Outback
Sul e Sudeste
Todo o território nacional
34
30%
N
NF
850 mil
Confiance. Log (11) 2296-9433 rose@confiancelog.com.br www.confiancelog.com.br
6 anos
60
N
25
Jaguafrangos, Ceratti e Rede Ricoy de Supermercados
Grande São Paulo
Grande São Paulo
6
15%
N
500
25 mil
DKN Alimentos (47) 3346-3838 dkn@dkn.com.br www.dkn.com.br
8 anos
20
N
4
GDC e Valle D'Oro
Sul
N
1,2
NF
N
NF
NF
Friozem Logística (11) 4789-8232 secretaria@friozem.com.br www.friozem.com.br
34 anos
NF
N
200
NF
Sudeste e Nordeste
Todo o território nacional
NF
9%
N
4 mil
80 mil (mês)
Fretebrasil (19) 3744-2800 aeroporto@fretebrasil.com.br www.fretebrasil.com.br
16 anos
38
N
20
3M do Brasil, Akzo Nobel e Laboratórios Cristalia
Sudeste
Todo o território nacional
NF
NF
N
NF
2,28 mil
Frucamp (17) 3523-3536 frucamp@frucamp.com.br www.frucamp.com.br
15 anos
43
N
NF
NF
NF
Todo o território nacional
NF
NF
N
NF
NF
ID Logistics (11) 3809-3400 relacionamento@id-logistics. com.br www.id-logistics.com.br
10 anos
3.367
S
2
Carrefour e Danone
Sudeste, CentroOeste e Nordeste
Todo o território nacional
NF
35%
S
228 milhões (SKUs)
129 milhões
3 anos
80
S
15
NF
Nordeste
Sudeste e Nordeste
NF
20%
N
15 mil
6 milhões
Empresa Fone E-mail Site
Intermarítima (71) 2202-5500 comercial@intermaritima.com. br www.intermaritima.com.br
Por questão de espaço, o nome de algumas empresas foi abreviado
Três principais clientes
Tempo de mercado
Volume de produtos gerenciados (ano)
*Em razão de contratos de confidencialidade, algumas empresas não divulgam a área de clientes
62 - Revista Tecnologística - Maio/2012
tabela frigorificados05.indd 62
3/5/2012 20:29:03
Nº total de Frota de transporte armazéns
Área de Armazenagem
Alfandegada
Pátio
m³
m²
m³
m²
m³
m²
m²
m²
Nº de tomadas
Próprios
De clientes (in house)
Carga seca
Baú
Sider
Refrigerada
Utilitários
Frota terceirizada
36.800 (multitemperatura)
NF
36.800 (multitemperatura)
NF
36.800 (multitemperatura)
NF
36.800 (multitemperatura)
0
0
0
7
0
0
0
0
0
0
S
392
NF
392
NF
3.000
NF
690
0
10.000
30
2
0
0
0
0
8
0
S
600
NF
0
0
0
0
0
0
8.000
5
1
0
0
0
0
0
0
N
50.000
400.000
50.000
400.000
63.000
430.000
63.000
0
243.000
80
6
0
0
0
0
50
0
S
NF
NF
NF
NF
NF
NF
NF
NF
NF
NF
0
1
0
30
0
30
3
N
NF
NF
NF
NF
NF
NF
NF
NF
NF
8
1
0
0
0
0
0
0
N
0
0
37.286
NF
0
0
367.914
0
0
0
2
22
0
0
0
0
0
S
2.500
NF
1.000
NF
1.000
NF
50.000
20.000
150.000
25
8
1
17
3
5
0
0
S
Resfriada
Climatizada
m²
Congelada
Seca
Frota própria
Maio/2012 - Revista Tecnologística - 63
tabela frigorificados05.indd 63
3/5/2012 20:29:04
Tecnologias Empregadas
Transporte
Paletização
Logística Reversa
Suporte Fiscal
Desenvolvimento de Projetos
Cross-docking
Distribuição
Porta a porta
Transferência
WMS
TMS
ERP
Consulta pela internet
Código de Barras
Radiofrequência
Número de coletores
Própria
Terceirizada
Própria
Terceirizada
Própria
Terceirizada
Própria
Terceirizada
Comfrio
S
S
S
S
S
N
N
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
0
N
S
N
S
N
S
N
S
Confiance Log
S
S
N
S
S
N
N
S
N
S
S
S
N
S
S
S
S
S
S
N
8
S
S
S
S
N
N
S
S
DKN
S
S
N
S
S
S
N
N
N
N
N
N
N
N
N
0
N
N
N
N
N
N
N
N
Friozem
S
S
S
S
S
N
N
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
60
S
S
S
S
N
N
S
S
Fretebrasil
S
N
S
S
S
N
S
S
N
S
N
S
N
S
S
S
S
N
N
N
0
S
N
S
N
S
N
S
N
FRUCAMP
S
S
N
S
S
N
N
N
S
N
S
S
N
S
N
N
N
S
S
N
N
N
N
N
N
N
N
N
N
ID Logistics
S
S
S
S
S
N
N
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
0
N
S
N
S
N
S
N
S
Intermaritima
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
0
S
S
N
N
S
S
S
S
Montagem de Kits e Conjuntos Gerenciamento Intermodal Import. e Export. Des. Aduaneiro
Embalagem
Rastreamento
Controle de Estoque
Gerenciamento
Armazenagem
Empresa
Serviços Oferecidos
S
S
S
S
S
Satélite
Rádio
Celular roteirizadores
(NF) - Dados não fornecidos pela empresa; (S) Sim; (N) Não
64 - Revista Tecnologística - Maio/2012
tabela frigorificados05.indd 64
3/5/2012 20:29:06
tabela frigorificados05.indd 65
3/5/2012 20:29:09
MERCADO BRASILEIRO DE OPERADORES LOGÍSTICOS FRIGORIFICADOS
Nº de clientes no Brasil
Raio de Atuação Armazenagem
Raio de Atuação Distribuição
Receita bruta anual no Brasil (em milhões de reais)
Crescimento da receita
Escritórios próprios no exterior
35
N
10
Frigosul, Mataboi Alimentos e Via Nectare
Sudeste
Sudeste
2,3
200%
N
120 mil (tambores)
12 mil
Libra Logística (11) 3563-3600 libralogistica@grupolibra.com. br www.grupolibra.com.br
4 anos
40
S
38
NF
Sudeste e CentroOeste
Todo o território nacional
NF
NF
N
NF
NF
55 anos
200
S
120
Aurora Alimentos, Brasil Foods e Marfrig
Sul, Sudeste e Nordeste
Todo o território nacional
NF
NF
N
NF
300 mil
Log Frio (11) 2175-7100 oscar@logfrio.com.br www.logfrio.com.br
7 anos
600
N
20
General Mills, Sodexo Puras e Sapore
Sudeste e Nordeste
Sudeste e Nordeste
NF
27%
N
270 mil
340 mil
Logimasters (19) 3825-6100 logimasters@logimasters.com.br www.logimasters.com.br
8 anos
72
N
10
Fast & Food, Marfrig e Rigor
Sudeste e Norte
Sudeste, Nordeste e Norte
9
NF
N
542,5 mil
73,2 mil
Luft Food Service (21) 2252-1148 fbd@fbd.com.br www.luftfoodservice.com.br.
16 anos
200
N
15
NF
Sudeste
Todo o território nacional
NF
NF
N
5 mil
3 mil
Martin-Brower (11) 3687-2800 contato.mb@martin-brower. com.br www.martin-brower.com.br
30 anos
802
N
10
Bob´s, McDonald's e Subway
Sul, Sudeste e Nordeste
Todo o território nacional
1,5 bilhão
40%
S
3 mil SKU
360 mil
39
450
S
30
Brasil Foods, Kaefer Globoaves e Seara
Sul
N
45
30%
N
NF
1 milhão
Localfrio (11) 3046-4600 equipecomercial@localfrio. com.br www.localfrio.com.br
Martini Meat (41) 3420-3200 martini.comercial@martinimeat.com.br www.martinimeat.com.br
Por questão de espaço, o nome de algumas empresas foi abreviado
Em peso (t)
Certificações
2 anos
Em itens
Nº de funcionários
Jetro (16) 3333-4485 apparicio@jetrogrupo.com.br www.jetrogupo.com.br
Empresa Fone E-mail Site
Três principais clientes
Tempo de mercado
Volume de produtos gerenciados (ano)
*Em razão de contratos de confidencialidade, algumas empresas não divulgam a área de clientes
66 - Revista Tecnologística - Maio/2012
tabela frigorificados05.indd 66
3/5/2012 20:29:09
Nº total de Frota de transporte armazéns
Área de Armazenagem
Alfandegada
Pátio
m³
m²
m³
m²
m³
m²
m²
m²
Nº de tomadas
Próprios
De clientes (in house)
Carga seca
Baú
Sider
Refrigerada
Utilitários
Frota terceirizada
1.900
8.000
1.900
8.000
0
0
35.000
0
20.000
10
3
0
1
0
0
2
2
S
NF
30.000
NF
500
NF
10.000
4.000
75.000
36.000
300
5
0
0
0
0
0
0
S
NF
42.000
NF
42.000
NF
42.000
27.000
75.280
200.000
984
6
0
86
3
11
0
0
S
30.500
247.705
0
0
1.300
15.040
3.000
0
15.000
60
4
1
0
0
0
0
0
S
6.284
NF
233
NF
1.187
NF
2.075
0
0
40
2
0
0
0
1
11
4
S
2.500
20.000
2.000
25.000
250
750
16.000
0
15.000
56
2
0
0
0
0
105
0
S
6.268
NF
2.809
NF
2.247
NF
9.791
0
16.071
7
5
0
17
0
0
307
0
S
50.000
NF
0
0
0
0
18.000
7.000
250.000
1.000
6
0
0
0
0
0
0
N
Resfriada
Climatizada
m²
Congelada
Seca
Frota própria
Maio/2012 - Revista Tecnologística - 67
tabela frigorificados05.indd 67
3/5/2012 20:29:10
Tecnologias Empregadas
Transporte
Paletização
Logística Reversa
Suporte Fiscal
Desenvolvimento de Projetos
Cross-docking
Distribuição
Porta a porta
Transferência
WMS
TMS
ERP
Consulta pela internet
Código de Barras
Radiofrequência
Número de coletores
Própria
Terceirizada
Própria
Terceirizada
Própria
Terceirizada
Própria
Terceirizada
Jetro
S
S
S
S
S
N
N
S
S
S
S
S
S
S
S
S
N
N
S
N
2
N
S
S
S
S
N
S
S
Libra
S
S
S
S
S
S
N
N
N
S
S
S
S
S
S
N
S
S
S
S
10
N
S
N
N
N
N
N
N
Localfrio
S
S
S
S
N
N
S
S
N
S
211
S
S
N
N
N
N
N
S
Log Frio
S
S
S
S
S
N
N
S
N
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
40
S
N
S
S
N
S
S
S
Logimasters
S
S
S
S
S
S
S
N
S
S
S
S
S
S
S
S
S
N
S
S
14
S
N
S
S
S
S
S
N
Luft
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
N
0
S
S
S
S
S
S
S
S
MartinBrower
S
S
N
S
N
N
S
S
S
S
N
S
N
S
S
N
S
S
N
N
88
S
S
S
S
S
S
S
S
Martini Meat
S
S
S
S
N
S
S
N
S
S
S
N
N
N
S
N
S
S
S
S
0
N
N
N
N
N
N
N
N
Montagem de Kits e Conjuntos Gerenciamento Intermodal Import. e Export. Des. Aduaneiro
Embalagem
Rastreamento
Controle de Estoque
Gerenciamento
Armazenagem
Empresa
Serviços Oferecidos
S
S
N
S
S
S
S
S
S
S
Satélite
Rádio
Celular roteirizadores
(NF) - Dados não fornecidos pela empresa; (S) Sim; (N) Não
68 - Revista Tecnologística - Maio/2012
tabela frigorificados05.indd 68
3/5/2012 20:29:11
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3/5/2012 20:29:14
MERCADO BRASILEIRO DE OPERADORES LOGÍSTICOS FRIGORIFICADOS
Nº de funcionários
Certificações
Nº de clientes no Brasil
Raio de Atuação Armazenagem
Raio de Atuação Distribuição
Receita bruta anual no Brasil (em milhões de reais)
Crescimento da receita
Escritórios próprios no exterior
Em itens
Em peso (t)
Perfrio Armazéns Gerais (19) 3896-4600 perfrio@perfrio.com.br www.perfrio.com.br
8 anos
55
N
30
Brasil Foods, Sadia e Seara
Sudeste
N
6,6
10%
N
7 milhões
70 mil
Refrio Armazéns Gerais (11) 2132-9350 www.refrio.com.br
34 anos
876
N
22
Kibon, Kraft e Walmart
Sul, Sudeste e Nordeste
Sudeste
66
18%
N
NF
265 mil
Rodoviário Schio (11) 3376-4000 schio@schio.com.br www.schio.com.br
27 anos
1.150
S
30
Danone, Kraft e Unilever
Sudeste e Nordeste
Todo o território nacional
76
14,3%
S
NF
1,13 milhão
Safrio (49) 3361-7800 safrio.cco@safrio.com.br www.safrio.com.br
12 anos
250
N
50
Alibem, Brasil Foods e Marfrig
Sul
N
NF
10%
N
NF
1,2 milhão
Stock Tech (41) 3525-8228 stocktech@stocktech.com.br www.stocktech.com.br
4 anos
NF
S
10
Brasil Foods, Danone e Seara
Sul, Sudeste, CentroOeste e Nordeste
Sul, Sudeste, CentroOeste e Nordeste
NF
48%
N
45 mil
1,5 milhão
Sun Plant (19) 3321-2111 sunplant@sunplant.com.br www.sunplant.com.br
7 anos
110
N
17
Dohler, Nestlé/DPA e Seara
Sudeste
Todo o território nacional
NF
NF
N
NF
226 mil
Super Frio (19) 3641-1254 sac@superfrio.com.br www.superfrio.com.br
15 anos
130
N
52
Cargill, Ferrero do Brasil e MartinBrower
Sudeste
Sul, Sudeste, Nordeste e Centro Oeste
NF
25%
N
650
20 mil
Vifrio (21) 2472-5535 robert@@vifrio.com.br www.vifrio.com.br
30 anos
112
N
58
Brasil Foods, Frigorífico Jahu e Rica
Sudeste
N
NF
21,4%
N
1,1 mil
190 mil
Empresa Fone E-mail Site
Por questão de espaço, o nome de algumas empresas foi abreviado
Três principais clientes
Tempo de mercado
Volume de produtos gerenciados (ano)
*Em razão de contratos de confidencialidade, algumas empresas não divulgam a área de clientes
70 - Revista Tecnologística - Maio/2012
tabela frigorificados05.indd 70
3/5/2012 20:29:15
Nº total de Frota de transporte armazéns
Área de Armazenagem
Alfandegada
Pátio
m³
m²
m³
m²
m³
m²
m²
m²
Nº de tomadas
Próprios
De clientes (in house)
Carga seca
Baú
Sider
Refrigerada
Utilitários
Frota terceirizada
2.500
22.500
1.000
NF
0
0
4.500
0
12.000
25
5
0
0
0
0
0
0
S
94.000 (multitemperatura)
600.000 (multitemperatura)
94.000 (multitemperatura)
600.000 (multitemperatura)
94.000 (multitemperatura)
600.000 (multitemperatura)
0
0
0
0
7
0
0
0
0
0
0
S
45.493
NF
0
0
0
0
69.108
0
145.500
125
8
4
2.725
779
1.640
950
4.312
S
20.000
240.000
0
0
4.800
28.800
0
0
350.000
300
2
0
0
0
0
0
0
N
15.400
162.000
20.200
212.000
2.000
NF
37.000
0
65.000
0
2
6
0
0
0
0
0
S
3.863
35.100
2.638
23.909
1.100
7.040
584
0
2.800
20
1
0
0
0
0
0
0
S
7.891
118.365
4.916
38.395
565
6.300
950
0
5.000
0
3
0
0
0
0
15
0
N
9.248
65.564
2.788
18.758
986
6.543
0
0
8.000
3
2
0
0
0
0
0
0
N
Resfriada
Climatizada
m²
Congelada
Seca
Frota própria
Maio/2012 - Revista Tecnologística - 71
tabela frigorificados05.indd 71
3/5/2012 20:29:15
Tecnologias Empregadas
Transporte
Paletização
Logística Reversa
Suporte Fiscal
Desenvolvimento de Projetos
Cross-docking
Distribuição
Porta a porta
Transferência
WMS
TMS
ERP
Consulta pela internet
Código de Barras
Radiofrequência
Número de coletores
Própria
Terceirizada
Própria
Terceirizada
Própria
Terceirizada
Própria
Terceirizada
Perfrio
S
S
S
S
S
N
N
S
N
N
S
N
N
S
S
N
S
N
N
N
0
N
S
N
S
N
S
N
N
Refrio
S
S
S
S
S
S
N
S
S
S
S
S
N
S
S
S
S
S
S
S
0
N
S
N
S
N
S
N
S
Rodoviário Schio
S
S
S
S
S
S
S
S
S
N
N
S
N
S
N
Safrio
S
S
N
S
S
N
Stock Tech
S
S
S
S
S
Sun Plant
S
S
N
S
Super Frio
S
S
S
Vifrio
S
S
N
Montagem de Kits e Conjuntos Gerenciamento Intermodal Import. e Export. Des. Aduaneiro
Embalagem
Rastreamento
Controle de Estoque
Gerenciamento
Armazenagem
Empresa
Serviços Oferecidos
S
N
N
S
S
S
S
S
S
S
S
N
N
N
N
S
N
N
N
S
N
S
S
N
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
N
N
N
S
S
S
S
N
S
S
S
S
N
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
N
S
S
S
S
N
N
N
N
0
Satélite
Rádio
Celular roteirizadores
S
S
S
N
N
0
N
N
N
N
N
N
N
N
S
S
S
S
0
N
N
N
N
N
N
N
N
N
S
N
N
N
0
N
S
N
S
N
S
N
S
S
N
S
S
S
S
0
S
N
N
N
S
N
S
N
S
N
S
N
N
N
0
N
N
N
N
N
N
N
N
(NF) - Dados não fornecidos pela empresa; (S) Sim; (N) Não
72 - Revista Tecnologística - Maio/2012
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Fotos: Luiz Machado - Agência Imagem
CADEIA DO FRIO
Soluções que fazem a diferença na logística Seja na distribuição ou na armazenagem, a marca francesa de vegetais Bonduelle tem obtido benefícios com os diferenciais que a Log Frio vem implementando nos seus serviços, entre os quais as soluções que têm permitido tomadas de decisão mais rápidas e efetivas
O
fluxo de informação em tempo real que a Log Frio tem garantido à Bonduelle – marca líder mundial em vegetais processados –, sobre o que está acontecendo no momento das entregas de cargas fracionadas, ou sobre a condição em que chegam as mercadorias importadas no centro de distribuição, tem sido o diferencial na logística da empresa. Equipes dedicadas, sistemas integrados e recursos tecnológicos formam a base para encurtar o caminho entre a identificação de um problema pelo operador e a resolução que depende da Bonduelle. O que se traduz em melhor atendimento aos clientes, evita novos custos com reentregas e, no caso de mercadorias avariadas durante o transporte da Europa para São Paulo,
agilidade em reportar o ocorrido aos responsáveis pelo embarque. Instalada no Brasil há 18 anos, quando inaugurou sua primeira unidade comercial em São Paulo, trazendo vegetais congelados e em conserva, a Bonduelle tem mais três filiais comerciais, no Rio de Janeiro, Recife e Porto Alegre, e uma unidade industrial, localizada em Cristalina (GO), voltada à produção de milho e ervilha em conserva. Outras conservas e vegetais congelados que fazem parte da linha de produtos da empresa são importados da Europa. “Para a carga congelada, o nosso estoque-mãe fica em São Paulo. Recebemos as mercadorias no Porto de Santos e levamos para o armazém da Log Frio, de onde abastecemos todas
as unidades”, explica Henrique Oliveira, gerente de Supply Chain/Clientes da Bonduelle, complementando que a distribuição para as demais regiões do País é feita por outros operadores. Já a produção de conservas da fábrica de Goiás é distribuída, sempre que possível, diretamente para os clientes, como conta o gerente. “65% do nosso negócio estão em São Paulo. Então, nem tudo passa pela Log Frio, até porque quando passa por ela há um custo de movimentação; então fazemos o máximo de entregas possível diretamente da fábrica para os clientes.” Para abastecer o mercado de São Paulo, a Bonduelle conta com os serviços da Log Frio, que faz a distribuição de carga fracionada em um raio de 200 km. “No mercado de congelados, aten-
74 - Revista Tecnologística - Maio/2012
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demos a muitos restaurantes e outros estabelecimentos pequenos que não têm espaços para armazenar mercadorias. Temos clientes para os quais fazemos três entregas por semana, de apenas uma caixa a cada dia. Em São Paulo, 80% das entregas são pedidos de até cinco caixas. Os outros 20% são cargas de carretas fechadas”, indica Oliveira. Segundo o gerente da Bonduelle, o modelo de distribuição de carga fracionada adotado pela Log Frio é consequência da longa parceria entre as empresas. “A Log Frio foi à França conhecer o conceito de carga fracionada adotado pela Bonduelle na Europa. Viu como funcionava e o trouxe para as nossas operações aqui. Hoje, a empresa é referência em carga fracionada de congelados.”
Monitoramento das entregas A Log Frio conta com uma central de monitoramento pela qual os operadores acompanham, em tempo real, os veículos que estão fazendo as entregas e recebem a confirmação, via rádio, dos motoristas. “Se ao chegar ao local houver alguma ocorrência, como uma divergência no pedido, por exemplo, o motorista se comunica pelo rádio com o operador na central, que entra em contato com o cliente informando o que está acontecendo e se há possibilidade de sanar o problema naquele momento. O cliente tem um prazo de 30 minutos para resolver o problema. Se ele conseguir, efetuamos a entrega e o veículo segue para o próximo local. Caso contrário, para não atrasar a programação daquele veículo, recolhemos a nota fiscal e damos sequência às entregas, gerando uma reentrega para este cliente no qual não foi possível entregar”, explica Oscar Bevilacqua, diretorgeral da Log Frio, complementando que, nessa operação, são utilizados em torno de 60 veículos. Segundo o gerente da Bonduelle, é inevitável que aconteçam imprevistos nas entregas, mas na maior parte das vezes são problemas de fácil solução e
por isso esse modelo de distribuição – que mantém permanentemente a comunicação entre o motorista, a central de monitoramento e a Bonduelle – tem sido primordial para o negócio da sua empresa. “Quando você trabalha com uma carga fracionada, em que um carro sai para fazer 10, 12 entregas, ocorrem muitos problemas no percurso, mas são simples de serem resolvidos, porque a informação chega para nós muito rapidamente. A Log Frio tem esse diferencial com relação à informação. Há uma equipe de cinco monitores à disposição, monitorando os carros das nossas entregas, nos posicionando sobre tudo que está acontecendo. Isso é fantástico.” Um exemplo que ele aponta como de fácil solução é o da divergência de preço. “A entrega chegou a um pequeno mercado e não está sendo aceita porque a nota fiscal não está de acordo com o pedido. Nesse momento, o motorista entra em contato com a central da Log Frio, que entra em contato conosco, sendo possível verificar onde está o erro. Localizado o problema, o vendedor resolve rapidamente a questão com o comprador e o recebimento é aceito. Esta informação é repassada ao motorista, liberando a entrega”, explica Oliveira. A importância desse processo, completa ele, está no fato de evitar uma reentrega, não apenas porque vai gerar um novo custo, mas por garantir o atendimento ao cliente. “Trabalhamos muito com restaurantes que têm um cardápio a seguir. E, se determinado item de um prato faltar, criamos um grande problema para ele. Outro caso típico é o de uma empresa de bufê, que não pode ter falta de um item de um cardápio que vai servir à noite e deve ter as inconsistências resolvidas rapidamente. Assim, esse é um ponto importantíssimo que conta a favor da Log Frio; a informação chega efetivamente e nos permite resolver os problemas.” Outra situação apontada pelo gerente da Bonduelle que facilita o rela-
cionamento com os clientes é o fato de antecipar uma estimativa da entrega. “No começo do dia, já recebemos um relatório apontando em quais carros estão as nossas entregas, com a indicação das notas fiscais correspondentes e qual monitor está cuidando de cada veículo. Assim, quando um cliente entra em contado para ter uma previsão da hora de chegada de seu pedido, tenho como falar diretamente com o monitor res-
Bevilacqua: solução em tempo real para os problemas de entrega
ponsável, que fala com o motorista para informar o tempo que a entrega levará para chegar ao cliente. Isso nos dá credibilidade junto ao cliente.” Além desse trabalho “em campo”, Oliveira destaca que há outro, que acontece na retaguarda, bem interessante: os relatórios emitidos diariamente. “Toda manhã está disponível, para toda a equipe, o relatório detalhando como foi o dia anterior, entrega por entrega, as devoluções, as reentregas geradas, aquelas com custo e sem custo, os motivos de cada uma delas e quem as autorizou na Bonduelle. Há mais 50 entregas que aconteceram normalmente no dia sobre as quais também é importante ter detalhes. Nesse relatório, temos os detalhes de todas as entregas do dia anterior. Com outras transportadoras, temos de Maio/2012 - Revista Tecnologística - 75
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CADEIA DO FRIO
ir atrás da informação; nós é que enviamos a planilha para que eles preencham os dados de que precisamos.”
Integração natural Tudo isso é possibilitado pelo Sistema Logístico Integrado (SLIN) desenvolvido pela Overflash Informática para a Log Frio. “O sistema tem um módulo de transporte (TMS) e um módulo de armazém (WMS) integrados. Para dar uma ideia, temos relatórios do transporte no qual são checadas informações sobre as operações do armazém. Dessa forma, a Log Frio pode emitir relatórios para saber, por exemplo, se o que o armazém separou é realmente o que está carregando, do mesmo modo que a informação de todos os pedidos para o armazém separar vão também
para o TMS. Na verdade, o arquivo que é importado para dentro do sistema é utilizado para duas finalidades: para o armazém fazer a separação e para o transporte fazer a roteirização”, detalha David Ruy de Oliveira Jr, sócio-diretor de Desenvolvimento da Overflash. Assim, quando na distribuição das cargas fracionadas da Bonduelle é gerada uma devolução, por exemplo, a informação chega até o armazém. “Se a decisão, lá no ponto da entrega, for de devolução para o armazém e não de reentrega, quando esta informação é registrada na central, automaticamente é alimentado o módulo de armazenagem informando que aquela mercadoria entrará de volta no estoque, e não é necessário fazer outro processo de entrada de mercadoria no armazém”, completa o diretor da Overflash, acrescentando
Tradicional marca de vegetais processados
O
Grupo Bonduelle teve origem em 1853, quando Louis Bonduelle fundou a indústria agroalimentar com atividades que envolviam destilaria, fábrica de açúcar e de levedura. Em 1926, deu início à linha de conserva de legumes com a produção do primeiro campo de ervilhas. Em 1957, a marca lançou a mistura de ervilhas com cenouras que se tornou um sucesso entre os consumidores franceses e, a partir dos anos 1960, começou a expandir suas atividades para outros países. Atualmente o Grupo Bonduelle está presente em 80 países, contando com 42 unidades produtivas em 18 deles, 95.000 hectares cultivados, faturamento anual de 1,7 milhão de euros e 9.650 funcionários. A marca produz e comercializa vegetais em conserva, congelados, frescos e elaborados (saladas), de três marcas: Bonduelle, marca
líder mundial; Cassegrain, na França, e Arctic Gardens, no Canadá. No Brasil, iniciou as atividades em 1994, com a abertura de escritório em São Paulo, comercializando legumes congelados importados da Europa. Um ano depois, passou a importar também legumes em conserva e, entre 1997 e 1998, abriu filiais comerciais no Rio de Janeiro, Recife e Porto Alegre. Em 2010, inaugurou a fábrica em Cristalina, Goiás, iniciando a produção de milho e ervilha em conserva no País. Hoje, na linha de congelados oferece ao mercado nacional batatas, brócolis, couve-flor, espinafre, vagem, ervilha, milho, mandioca, fundo de alcachofra, cenouras, cogumelos, favas e mix de legumes. Já a linha de vegetais em conserva inclui: beterraba, ervilha, milho, palmito, fundo de alcachofra, feijão branco, grão-de-bico, lentilha e broto de soja.
que o SLIN também apresenta uma facilidade em relação às reentregas. “Se, por exemplo, o estabelecimento estiver fechado na hora da entrega, ao ser registrada essa informação no sistema, automaticamente é programada a reentrega, sem a necessidade de alguém ter de redigitar a nota fiscal ou qualquer outra coisa nesse sentido.”
Imagens em tempo real Outro recurso apontado pelo gerente da Bonduelle como diferencial no pacote de serviços logísticos da Log Frio é a disponibilização de imagens em tempo real do recebimento das cargas importadas (congelados e enlatados) no armazém. Segundo Oscar Bevilacqua, como a Log Frio tem entre seus clientes várias empresas multinacionais, com mercadorias que chegam de várias partes do mundo, e eventualmente eram observadas avarias na carga ou alguma inconformidade nas regras de transporte de perecíveis, a ideia foi criar uma ferramenta que pudesse facilitar a comunicação do problema para os clientes. “O objetivo era que eles visualizassem, em tempo real, de onde estivessem, como o contêiner de importação chega à nossa unidade. A partir daí, o cliente poderia contatar o responsável pelo envio da carga na origem, indicando que chegou fora de condições de temperatura, com produtos avariados ou algum outro tipo de problema, já que algumas cargas são muito delicadas.” Foi então que a Oversflash desenvolveu mais essa ferramenta para a Log Frio, chamada de Visualização Online de Descargas. “Trata-se de uma câmera sem fio que está ligada à rede da Log Frio e, por meio de conexão wireless, vai da rede para a Internet. A Log Frio avisa o cliente, que tem um login, e pode ver as imagens captadas pela câmera, cujo operador pode transitar e mostrar vários ângulos dentro do contêiner ou caminhão”, explica Oliveira Jr.
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Pelo Slim, o WMS e o TMS se integram e as informações são usadas tanto para o transporte quanto para o armazém
Essa solução poupou tempo e argumentos da equipe da Bonduelle do Brasil junto à matriz, conforme detalha Henrique Oliveira. “Houve um tempo, quando ainda não dispúnhamos deste recurso, em que chegavam da Europa muitas latas amassadas. Tudo indicava que isso acontecia já no fechamento do contêiner na origem. Informávamos o pessoal da França e eles não acreditavam; daí fazíamos fotos e mandávamos relatórios. Se eu tivesse esse recurso naquela ocasião, teria ganhado muito tempo, porque poderíamos, em tempo real, fazer com que visualizassem a abertura do container.” Além disso, o gerente da Bonduelle destaca que os produtos que chegam estão sujeitos a algum tipo de avaria por conta de uma particularidade de composição das cargas na França. “Os produtos congelados têm uma característica mais frágil na consolidação da carga na origem, porque não sofrem muita manipulação na composição e movimentação da carga; adotam um sistema de picking automatizado, então há pouca interferência humana no processo. Por isso, uma vez ou outra, tenho algum problema quando o contêiner chega, porque talvez o navio tenha chacoalhado mais do que o normal, por exemplo.” Também para efeito do seguro da carga, destaca o gerente da Bonduelle,
a utilização da câmera permite uma prova incontestável. “Se a carga veio tombada, posso passar esse link para a seguradora ver no mesmo momento. Até agora não precisei utilizá-la para isso, mas se for necessário, tendo esse recurso, posso reportar o problema na hora para a seguradora, evitando qualquer questionamento. A filmagem traz mais credibilidade.” Essa possibilidade da Bonduelle ver por meio da câmera o que acontece no armazém tem sido utilizada também para outros fins, além dos já planejados. “Temos usado a câmera algumas vezes até mesmo para acompanhar um carregamento, quando, por exemplo, estamos trabalhando com uma transportadora nova e queremos ver em que estado estão os caminhões com os quais ela opera, ou mesmo quando estamos trazendo um produto novo da França, para ver como vem a caixa e como é a paletização, por exemplo. Com o giro da câmera, temos condições de ver como está sendo formada a carga”, conclui o gerente de Supply Chain/Clientes.
Sônia MonfilCardona Bonduelle (11) 3031-0196 Log Frio (11) 2175-7100 Overflash (11) 4193-1138 Maio/2012 - Revista Tecnologística - 77
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CADEIA DO FRIO
Divulgação Hörmann
A porta de entrada (e saída) do armazém frigorificado Tecnologias de isolamento térmico aplicadas às portas e docas garantem a manutenção do frio nas estruturas e no transporte de cargas que exigem temperatura controlada
Divulgação Hörmann
Q
uando o assunto é armazém frigorificado, qualquer variação de temperatura, por mínima que seja, pode ser fatal. Ela pode significar até mesmo a perda de toda uma carga que, invariavelmente, não deve ser exposta a temperaturas diferentes daquelas mantidas no interior da câmara fria. Desse modo, os processos de abertura e fechamento tanto das portas dos baús de caminhões como das docas devem ser tratados com cautela, para que não haja a possibilidade de troca de calor com outras áreas de armazenagem de temperatura diferente ou mesmo com ambientes externos. Para Daniel Graciano, gerente de Vendas da Hörmann, fabricante de portas e sistemas de carga de origem europeia, ainda existem poucas soluções voltadas a esse segmento dispo-
Doca que “abraça” o veículo garante manutenção da temperatura
níveis no Brasil. “No exterior, existe cultura e tecnologias muito mais estabelecidas e voltadas para o setor frigorificado. O mercado brasileiro apresenta poucas alternativas de
produtos com isolamento térmico e também sistemas ultrapassados, que já não são mais utilizados na Europa e nos Estados Unidos. Por aqui, muita gente acaba usando uma porta de lona comum, por exemplo”, conta o executivo. Para preencher essa lacuna, a Hörmann, instalada há cerca de três anos no Brasil, oferece uma gama de sistemas destinada ao segmento de armazenagem frigorificada. “Tratase de um nicho muito específico do mercado. As áreas de projeto dos centros de distribuição com temperatura controlada precisam prever a utilização desse tipo de porta”, analisa Graciano. Além de portas rápidas de enrolar ou seccionais – que correm em um trilho com seções que se sobrepõem com vida útil de cerca de 500 mil ciclos de abertura
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Novas tecnologias A diretora executiva das Portas Panzan Whiting (PPW), Anacélia Panzan, também acredita que o mercado brasileiro está defasado em relação a outros países. “Quando vemos os conceitos com os quais as empresas trabalham lá fora, percebemos que estamos caminhando de modo lento. Não que não tenhamos as mesmas tecnologias aqui no Brasil, mas elas não são tão usuais quanto lá fora.” A executiva concorda com a afirmação de que as empresas que trabalham com cargas de temperatura controlada devem passar a absorver as tecnologias de ponta que os distribuidores oferecem, e indica esse fator como uma tendência recente
do mercado. “O transporte frigorificado é muito complicado e específico. Não se pode perder mercadoria pelo simples fato de se perder a refrigeração”, analisa. Subsidiária nacional da norteamericana Withing Door Manufacturing Corporation – inventora do conceito e líder mundial na fabricação e comercialização de portas roll-up – a PPW oferece produtos destinados a operações urbanas de distribuição e transferência de mercadorias congeladas e resfriadas para baús de caminhões. As portas PPW Isotérmica e Frigorificada destinamse, respectivamente, a cargas que necessitam de temperaturas de até -7º C e -22º C para a devida conservação. Além disso, a empresa oferece também a porta Laminat Drytech,
Divulgação PPW
e fechamento, podendo chegar até a um milhão de ciclos –, a empresa oferece, ainda, tecnologias mais específicas direcionadas aos processos de carga e descarga dos armazéns. Utilizado há cerca de dez anos na Europa, o sistema Dobo, por exemplo, garante a manutenção tanto da temperatura da câmara frigorificada como do baú do caminhão, fazendo com que, por meio de sensores na folha da porta que reconhecem a posição do veículo, este abra seu baú somente após encostar na doca e ter o ambiente totalmente vedado por insuflação. Para que a área de um entreposto frigorífico seja totalmente aproveitada, o Dobo pode ainda ser combinado com um loading house de isolamento térmico. “O motorista encosta o caminhão refrigerado e o sistema ‘abraça’ o veículo dentro da doca. Isso previne a perda de temperatura durante o processo de carga e descarga. Não existe troca de calor com o meio ambiente. A área é vedada completamente”, explica Daniel Graciano.
Porta sustentável: produto é construído com materiais recicláveis
ideal para o transporte de mercadorias paletizadas, a granel ou que utilizem gaiolas, e a PPW Allumínio, que apresenta maior resistência, destinada a operações mais severas. Anacélia conta que muitas empresas brasileiras que lidam com o transporte de cargas de temperatura controlada ainda precisam se conscientizar a respeito da importância da utilização de equipamentos específicos, como as portas roll-up. “Em outros países, o transporte é pratica-
Empresas que lidam com cargas de temperatura controlada precisam saber da importância do uso de equipamentos adequados mente todo realizado utilizando esse tipo de porta. Exportamos o produto para o Chile, por exemplo, que é muito mais avançado que nós no transporte de carga com temperatura controlada”, diz. Como exemplo de novas tecnologias empregadas no segmento, a executiva cita a linha Heckos, recém-lançada pela PPW, que apresenta redução de até 20% no peso em relação a outros produtos. “O ideal é que as empresas trabalhem com uma porta de menor espessura, para que haja um melhor aproveitamento do espaço do caminhão, transportando mais carga no baú e reduzindo o peso do equipamento. É a mesma eficiência, mas em um produto mais leve”, explica Anacélia. Além disso, os produtos Heckos apresentam conceito sustentável, utilizando materiais recicláveis e resinas termoplásticas em sua construção. De acordo com a diretora executiva, além da utilização de portas rápidas no baú dos caminhões, as inovações estruturais nas docas dos armazéns frigorificados também configuram um importante avanço tecnológico que os operadores devem seguir para garantir a segurança de seus produtos durante os processos de carga e descarga. “No Brasil, as empresas ainda trabalham com o pensamento de que o caminhão com temperatura controlada deve Maio/2012 - Revista Tecnologística - 79
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CADEIA DO FRIO
Os fornecedores de equipamentos de frio são um elo importante na conscientização do mercado ser aberto o mínimo possível para que não haja perda de calor, mas às vezes a questão não é somente essa, mas também a maneira como o processo é feito”, analisa. Anacélia concorda que as docas que vedam o espaço entre a câmara frigorífica e o caminhão são muito utilizadas em outros países e deveriam ser implementadas com mais frequência no mercado nacional.
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“Nossas portas são excelentes quando utilizadas junto com esse tipo de doca. Essa é a aplicação ideal, mas as empresas brasileiras ainda não absorveram totalmente a tecnologia. Até porque é um sistema bastante diferente, que exige alterações na própria estrutura do edifício”, completa a executiva. Mas Anacélia vê com otimismo a aceitação das novas tecnologias empregadas na cadeia logística do frio no Brasil. “Hoje em dia, as empresas estão mais preocupadas e olhando mais para o transporte de carga com temperatura controlada. Tenho visto uma mudança de mentalidade ultimamente.” Segundo ela, faz parte do papel de empresas como a PPW conscientizar cada vez mais os operadores logísti-
cos e as transportadoras a respeito da importância de se investir em produtos que garantam sempre o melhor desempenho em todo tipo de operação. “É nosso dever, como fornecedor, ajudá-los nesse aspecto, oferecendo as melhores soluções, com os melhores tipos de equipamento e as mais modernas tecnologias.” Graciano, da Hörmann, concorda: “Estamos tentando fazer as pessoas entenderem que calor é energia, e energia é dinheiro. No caso da armazenagem frigorificada, a perda do frio pode significar grandes pre juízos”, finaliza. Fernando Fischer Hörmann: (11) 3053-9353 PPW: (19) 2109-9900
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DesaďŹ os para a criação da ĂĄrea de planejamento de estoques de peças MRO Marcelo Lara e Cristien Rodrigues
A
s peças e subcomponentes para MRO (Manutenção, Reparo e Operação) apresentam caracterĂsticas e perďŹ l de demanda distintos dos produtos acabados. SĂŁo essas caracterĂsticas que aumentam a complexidade dos cĂĄlculos para uma melhor deďŹ nição dos nĂveis de estoque ideais, dado que as abordagens usuais apresentam uma baixa aderĂŞncia Ă s situaçþes reais e tendem a colocar mais estoque do que o necessĂĄrio, ou vice-versa. Empresas que sĂŁo intensivas em capital (siderĂşrgicas, mineradoras, petrolĂferas, ferrovias, etc.), e que tĂŞm os custos de manutenção (incluindo materiais) relevantes em seu orçamento anual, geralmente dedicam esforços extras para garantir um maior controle desse custo.
Algumas delas, principalmente fora do Brasil, trabalham com equipes de analistas que tĂŞm a missĂŁo de procurar continuamente oportunidades na redução dos estoques e aumento do nĂvel de serviço. Em geral, estas empresas utilizam softwares especializados, feitos especiďŹ camente para o ambiente MRO, com funcionalidades que facilitam lidar com a complexidade do ambiente, com a baixa previsibilidade, inconsistĂŞncia dos histĂłricos, altos tempos de reposição envolvidos nas transaçþes e alto custo dos materiais. PorĂŠm, o uso da ferramenta mais soďŹ sticada, seja feita internamente ou comprada do mercado, nĂŁo ĂŠ garantia de resultados, ou de excelĂŞncia na gestĂŁo desse tipo de material. Na ĂĄrea de planejamento de estoques de MRO existem outros fatores que contribuem para aumentar a complexidade da gestĂŁo dess "AIXO BAIXĂ“SSIMO CONSUMO ses materiais, e que nĂŁo poManutenção de #OLOCAÂĽĂŽO DE s $EMANDA INTERMITENTE Estoques dem ser descartados, confor0EDIDOS E NĂŽO PREVISĂ“VEL s !LTO CUSTO UNITÉRIO do valor CUSTOS me descrito na Figura 2. s !LTO TEMPO DE REPOSIÂĽĂŽO em estoque s !LTA CRITICIDADE PARA A OPERAÂĽĂŽO A ĂĄrea de Planejamento de &ALTA s !LTA GERAÂĽĂŽO DE hDESCARTÉVEISv Estoques ĂŠ umas das que mais possuem interfaces externas dentro da cadeia de suprimentos. Ela se situa no meio Figura 1 - Principais caracterĂsticas que afetam o planejamento de estoques para itens MRO
~90%
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'RANDE MASSA de dados
s !PESAR DE ALGUNS SOFTWARES TRATAREM ESSA QUESTÎO MUITO BEM ESSA GRANDE MASSA DE DADOS TEM QUE ESTAR DISPONÓVEL PARA ANÉLISES ESPECÓl CAS OU PONTUAIS PARA AS QUAIS NEM TODO SOFTWARE ESTÉ PREPARADO
0ARTE CONCEITUAL MUITO ESPECĂ“l CA
s 3ABER INTERPRETAR OS DADOS E ENTENDER O IMPACTO DE UMA DECISĂŽO PREVER O COMPORTAMENTO DA CURVA DE ESTOQUE E ENCADEAR AS AÂĽĂœES AO LONGO DO TEMPO Ă? ESSENCIAL PARA SE ELABORAR E DEFENDER PLANOS CONSISTENTES
&ERRAMENTAS FEITAS SOB MEDIDA
s / MERCARDO POSSUI INĂžMERAS SOLUÂĽĂœES QUE AJUDAM A CALCULAR O PONTO DE REPOSIÂĽĂŽO -AS Ă? O PONTO IDEAL PARA O AMBIENTE -2/ % O PROCESSO DE REPOSIÂĽĂŽO % A CRITICIDADE DOS MATERIAIS % AS ANÉLISES DAS NECESSIDADES NĂŽO ATENDIDAS 3ĂŽO NECESSÉRIAS FERRAMENTAS ÉGEIS PARA AJUDAR NA GESTĂŽO DA ÉREA
'RANDE NĂžMERO DE INTERFACES
s 5M FATOR CRUCIAL PARA GARANTIA DE BONS RESULTADOS � O ALINHAMENTO PERFEITO COM OS CLIENTES MANUTEN¼ÎO E OU OPERA¼ÎO E TAMB�M COM O FORNECEDOR SUPRIMENTOS ! INTERFACE COM ESTAS DUAS PRINCIPAIS ÉREAS � FATOR DE SUCESSO PARA BONS RESULTADOS
Figura 2 - Fatores que diďŹ cultam a gestĂŁo de uma ĂĄrea de planejamento de estoques
da cadeia de suprimentos de material, ĂŠ a ĂĄrea que precisa ter a maior visibilidade possĂvel das etapas da cadeia e depende de um alinhamento perfeito entre os seus componentes para poder alcançar seu objetivo. As interfaces descritas na Tabela 1 sĂŁo as mais crĂticas e devem ser tratadas com atenção, pois podem comprometer o resultado ďŹ nal. ÂŁREA
0ONTOS MAIS IMPORTANTES
!TUAÂĽĂŽO
#ADASTRO DE MATERIAIS
ÂŁREA RESPONSÉVEL PELA CRIAÂĽĂŽO INCLUSĂŽO E MANUTENÂĽĂŽO DE ITENS NO CADASTRO DO SISTEMA CORPORATIVO / PROCESSO DE REPOSIÂĽĂŽO POSSUI DIVERSAS SINERGIAS COM A ÉREA E A ATIVIDADE MAIS CRITICA SE REFERE ĂŒ HABILITAÂĽĂŽO OU VINCULAÂĽĂŽO DO ITEM A UM ARMAZĂ?M
0ADRONIZA¼ÎO FORMALIZA¼ÎO DE m UXOS E 3,!3 ENTRE AS ÉREAS
#OMPRAS
ÂĄ A PRĂ˜XIMA ETAPA DO m UXO DE REPOSIÂĽĂŽO 6ISIBILIDADE DE INFORMAÂĽĂœES DE ESTOQUE RAPIDEZ NO TRATAMENTO DAS REQUISIÂĽĂœES E COMPRAS ALINHAMENTOS NOS CANCELAMENTOS DAS ORDENS E NOS DILIGENCIAMENTOS ALĂ?M DE UM TRABALHO CONJUNTO NA CRIAÂĽĂŽO DE CONTRATOS DE MATERIAIS SĂŽO MUITO IMPORTANTES
0ADRONIZAÂĽĂŽO DO PROCESSO DE CON TRATAÂĽĂŽO DE MATERIAIS FERRAMENTAS QUE AJUDAM NA VISIBILIDADE CUMPRI MENTO DE 3,!3 E TRABALHO CONJUNTO
!RMAZĂ?M
$IVERGĂ?NCIAS DE ESTOQUE CAUSAM OS PRINCIPAIS DANOS NA ÉREA DE PLANEJA MENTO DE ESTOQUES /UTROS PONTOS DE ATENÂĽĂŽO ATENDIMENTO ĂŒS TRANSFERĂ?NCIAS RETORNO DE MATERIAIS UTILIZAÂĽĂŽO DOS CENTROS E DEPĂ˜SITOS DO %20 PROCESSO DE RECUPERAÂĽĂŽO DE ITENS ETC
0ADRONIZAÂĽĂŽO DOS PROCESSOS CRĂ“TICOS FORMALIZAÂĽĂŽO DE INTERFACES FAZER PARTE DO PROCESSO DE AJUSTE DE ESTOQUE
#LIENTES INTERNOS
#LIENTES INTERNOS SĂŽO CRĂ“TICOS NA GESTĂŽO DE TODAS AS FRENTES DE OTIMIZAÂĽĂŽO DOS ESTOQUES !SSIM COMO A PREVISĂŽO DOS CONSUMOS Ă? A INFORMAÂĽĂŽO MAIS IMPORTANTE PARA A ÉREA PROJETOS DE IDENTIl CAÂĽĂŽO DE INSERVĂ“VEIS E REVISĂœES DE CRITICIDADE NĂŽO SĂŽO BEM FEITOS SE NĂŽO TIVEREM REPRESENTANTES QUALIl CADOS E DEDICADOS AOS PROJETOS
2EUNIĂœES ROTINEIRAS INTERFACE PER SONALIZADA VALIDAR TODAS AS GRANDES AÂĽĂœES E PROJETOS
Tabela 1 - Interfaces crĂticas da ĂĄrea Clientes Internos /RDENS )NTERNAS
GestĂŁo de Estoques
Compras consolidadas Compras spot
Transporte
Entendimento da Ă rea É muito comum tratar as atividades de planejamento de estoques simplesmente “capturando a demanda futura com o usuĂĄrio e fazendo uma reparametrização.â€? PorĂŠm, deixar de lado toda a parte operacional da ĂĄrea, assim como a formação de um time preparado para encarar os desafios, coloca em risco os resultados sustentĂĄveis e a formação da ĂĄrea. Uma sĂŠrie de anĂĄlises e atividades pode ser desempenhada atĂŠ para dar o correto entendimento do nĂvel de maturidade da equipe para lidar com este tipo de ambiente. Bases de Informação NĂŁo ĂŠ possĂvel fazer planejamento de estoques de MRO sem informação. O modelo mais utilizado e mais fĂĄcil de ser entendido e operado ĂŠ o de Ponto de Ressuprimento com lote econĂ´mico de reposição, ou seja, o modelo Min/Max (Figura 4). Para a correta aplicação dos conceitos, devem ser usadas ferramentas e/ou planilhas como apoio, criadas especificamente para o ambiente MRO da empresa e utilizadas pela equipe sabiamente. Estas sĂŁo criadas utilizando-se os dados extraĂdos do sistema para dar visibilidade e auxiliar nas tomadas de decisĂŁo. As informaçþes, que sĂŁo extraĂdas dos sistemas ERP, devem conter dados de diversas bases, como por exemplo: 1) Cadastro de materiais; 2) Posição dos estoques; 3) Bases de consumo de material; 4) Bases de recebimentos de pedidos; 5) Bases de requisiçþes de compras em aberto; 6) Etc. O cruzamento desses dados pode gerar informação suficiente para monitorar o andamento da reposição dos estoques e criar os principais indicadores necessĂĄrios para um maior controle. PapĂŠis e responsabilidades A ĂĄrea de Planejamento de Estoques deve ser dividida de modo a facilitar o desempenho de suas atividades analĂticas e atividades operacionais. Apesar dessas atividades serem totalmente interdependentes, as habilidades necessĂĄrias para cada função sĂŁo distintas e a separação Recebimento Fiscal
Recebimento FĂsico
Armazenagem
Atendimento
Cadastro de Materiais
Figura 3 - Resumo da cadeia de suprimentos para reposição de materiais de MRO Maio/2012 - Revista TecnologĂstica - 83
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Indicadores de desempenho: Evolução do Estoque, Nível de Serviço (ou disponibilidade de estoque), Acompanhamento da Carteira de Reposição; Indicadores de monitoramento: Equilíbrio de Estoque, Cobertura de Estoque, Estoque em Excesso, Perfil das Requisições Emitidas para Estoque, Pedidos ou Ordens de Compras Atrasadas, Requisições de Compras Atrasadas, dentre outros.
Comportamento Típico – MRO
4EMPO
4EMPO
!BORDAGENS USUAIS PARA DElNI¥ÎO DE NÓVEIS X ADERÐNCIA #OLOCAR UMA UNIDADE EM ESTOQUE
DE FALTA
0ARAMETRIZAR NÓVEIS DE ACORDO COM A COBERTURA DE CONSUMO
DE FALTA
0ARAMETRIZAR NÓVEIS DE ESTOQUE COM SUGESTÎO DO FORNECEDOR
DE EXCESSO
0ARAMETRIZAR NÓVEIS DE ESTOQUE COM SUGESTÎO DA ÉREA DE MANUTEN¥ÎO
DE EXCESSO
Figura 5 - Comportamento típico de estoque de produto acabado e MRO e abordagens usuais de definição de níveis
Adequação dos processos Atualmente ainda é muito comum ouvir gestores definindo os níveis de estoque com base em meses de cobertura ou seguindo a percepção passada pela área
Quantidade em estoque Máx
Lote econômico de compra:
Min
Comportamento Típico – PA
Estoque
Indicadores de performance e monitoramento A área de Planejamento de Estoques é muito dependente das informações extraídas do sistema. Além de ajudar nos trabalhos analíticos, as informações, quando bem utilizadas, também ajudam a monitorar as ações tomadas pela área. Podemos classificar os indicadores em dois grupos, que definem a importância destes na gestão da área:
de manutenção da empresa, ou ainda habilitando a reposição automática do ERP, porque “o sistema é preparado para isso”. Este tipo de abordagem possui baixa aderência à realidade dos materiais MRO. Os mais alinhados nas novas tendências de mercado focam esforços para desenvolver modelos com cálculos ultrassofisticados, algumas vezes utilizando softwares conectados ao sistema corporativo, mas esquecem que
Estoque
em equipes diferentes pode trazer resultados rápidos. É recomendada a definição clara dos papéis e responsabilidades de cada área e, principalmente, de como estas vão interagir entre si, o que pode contribuir para a qualidade da gestão, e também como irão interagir com as demais interfaces da cadeia de suprimentos.
#OMPREENDE A QUANTIDADE ECÙNOMICA DE AQUISI¥ÎO PARA A COMPANHIA A CADA RESSUPRIMENTO Nível mínimo: #OMPREENDE A QUANTIDADE MÓNIMA PARA SUPORTAR O PERÓODO DE RESSUPRIMENTO ESTOQUE DE SEGURAN¥A Tempo
Figura 4 - Representação gráfica simplificada do modelo min/max
existem processos e procedimentos que, se mal desempenhados, podem inutilizar essas políticas e tecnologias. Rotina para a reposição dos estoques A atividade de reposição dos estoques tem o mesmo nível de criticidade que uma reparametrização. Apesar de ser colocada de lado na priorização das ações, é nela que se pode controlar a entrada dos estoques futuros. Essa atividade deve considerar todas as principais restrições, condições e políticas da empresa para evitar que excessos ou faltas sejam realidade no futuro. As rotinas de reposição automática dos estoques dos sistemas ERPs têm de ser avaliadas detalhadamente. Nenhuma solução standard de ERP é preparada para tratar os desvios que o processo de reposição no dia a dia gera e, muitas vezes, o sistema repõe quantidades incompatíveis com a realidade. Um controle pode ser criado com as informações geradas pelas bases extraídas e deve ser consolidado de modo a ajudar o analista a tomar a melhor decisão, além de padronizar os critérios de reposição. Caso seja necessário, deve-se levar em consideração a adaptação da ferramenta para cada tipo de indústria.
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Existem empresas que tratam a reposição dos estoques manualmente, e utilizam a rotina automática somente para as reposições que não causarão impacto na conta estoque. Padronização e outros processos de suporte à operação Além do processo de reposição dos estoques, outros processos também devem ser mapeados e padronizados, dependendo do nível de maturidade da operação. Por definição, todas as atividades críticas devem ser padronizadas. Logo, o registro das regras da política de estoque, a rotina de retorno de materiais ao estoque, a definição das políticas de obsolescência, dentre outras, devem ser registradas e padronizadas na equipe de planejamento de estoques.
Capacitação analítica e inteligência Simular o impacto de uma reparametrização no estoque é crucial para se projetar estoques meses à frente
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e se comprometer com a diretoria. Independentemente da ferramenta ou metodologia utilizada, a simulação de um cenário apenas não dirá muita coisa, e seu resultado certamente não será otimizado. Antes de rodar uma simulação, é necessário estudar quais as variáveis mais importantes serão analisadas e quantos cenários deverão ser rodados para um melhor refinamento dos resultados. Algumas variáveis que podem ser consideradas são: preço do material, lead-time de fornecimento, material de contrato ou não, entre outras. O que tem de ficar bem claro é que a área de Planejamento de Estoques não vive somente de simular cenários e analisar resultados, mas também de entender como e onde os problemas estão acontecendo, para ajudar na prevenção dos mesmos. Consolidação de cenários Uma ferramenta de reparametrização realiza rodadas individuais para cada variável alterada. Para um conjunto de simulações ser conclusivo, um planejamento de experimentos deve ser feito antecipadamente, de
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modo a direcionar todas as etapas da anĂĄlise, desde a extração dos dados atĂŠ a sua apresentação. Com este objetivo, algumas questĂľes devem ser respondidas: 1- Quais variĂĄveis serĂŁo modificadas? 2- Como serĂĄ segmentada a anĂĄlise? 3- Quantos experimentos serĂŁo necessĂĄrios? 4- Quais sĂŁo as variĂĄveis de saĂda que ajudariam a chegar a uma conclusĂŁo prĂĄtica? Na prĂĄtica, o que realmente importa nas simulaçþes Impacto no Estoque x NĂvel de Serviço 140
121,6 120
R$ MilhĂľes
100
92,6
80
65,7 60
50,5 39,9
40
AnĂĄlise e prevenção de backorders A anĂĄlise dos nĂŁo-atendimentos (backorders) ĂŠ muito importante para ajudar a equipe de Planejamento de Estoques a atuar nos problemas mais relevantes. A anĂĄlise das bases de atendimento, ou nĂvel de serviço, aponta quais foram os itens que nĂŁo estavam disponĂveis na data de necessidade de suas requisiçþes. A anĂĄlise ajuda a equipe a atuar mais rapidamente no problema, quando possĂvel, evitando que novas situaçþes de ruptura aconteçam com o mesmo grupamento de itens. A anĂĄlise caso a caso ĂŠ importante para classificar os motivos. Geralmente, a quantidade de ocorrĂŞncias ao longo dos meses gera uma base de registros muito grande para ser analisada manualmente. Logo, alguns critĂŠrios podem ser adotados para classificar os principais motivos e analisar 80% da base. Alguns motivos de ocorrĂŞncia de backorder podem ser: s 0ICO DE CONSUMO s !TRASO DE FORNECIMENTO s #OBERTURA DO MĂ“NIMO MENOR QUE O LEAD TIME ATUAL
31,4 19,2
20
0 65%
70%
75%
80%
85%
90%
95%
100%
NĂvel de Serviço
Figura 6 - Simulação do impacto no estoque x aumento da disponibilidade de material para seis mil itens planejåveis
realizadas pela ĂĄrea de Planejamento de Estoques ĂŠ o entendimento da relação estoque x disponibilidade de material para posterior decisĂŁo. AnĂĄlise das variaçþes de estoque A anĂĄlise das variaçþes de estoque ajuda a entender se os aumentos/reduçþes sĂŁo resultados das açþes da equipe de planejamento de estoques, ou se existem fatores externos afetando a conta estoque. Alguns desses fatores sĂł sĂŁo identiďŹ cados apĂłs uma anĂĄlise detalhada nas principais variaçþes, como por exemplo: - Variaçþes de PMU (preço mĂŠdio unitĂĄrio): algumas operaçþes do armazĂŠm podem gerar alteraçþes nos valores contĂĄbeis do item, se forem mal realizadas; - Retorno de material: quando o usuĂĄrio solicita o retorno de material sem validação da ĂĄrea de planejamento de estoques, o estoque sobe sem nenhuma reposição feita; - Item acima do mĂĄximo: muitas reposiçþes colocam a posição de estoque do material acima de seu nĂvel mĂĄximo. Isso pode denotar algumas reservas pendentes de entrega, que podem ser tratadas quando visĂveis.
Outras anålises Por ser uma årea que trabalha com bases de dados muito grandes e que constantemente precisa transformar dados em informação para auxiliar nas tomadas de decisão, a gerência de Planejamento de Estoques tem o seu dia a dia tomado por inúmeras anålises, tanto pontuais quanto rotineiras. Abaixo, seguem mais alguns exemplos detalhados de anålises importantes que devem fazer parte da rotina da årea: s )TENS DE DESPESA PARA O ESTOQUE s 2ETIRADA DE ITENS DO ESTOQUE s !NÉLISE DE TRANSFER�NCIAS s 0RIORIZA ÎO DE DILIGENCIAMENTO
Relacionamento Nenhuma ferramenta analĂtica atingirĂĄ o potencial de resultado como os trabalhos desenvolvidos em conjunto com os usuĂĄrios. Os grandes resultados da ĂĄrea vĂŞm de projetos que demandam muito esforço de ambas as partes, e existem alguns prĂŠ-requisitos para que esses trabalhos tenham sucesso: s #REDIBILIDADE DA ÉREA DE PLANEJAMENTO DE ESTOQUES e suprimentos; s %NVOLVIMENTO ADEQUADO DA ÉREA USUÉRIA s %NTENDIMENTO DAS RESTRIÂ ĂœES EXISTENTES EM AMBAS as ĂĄreas. Os projetos feitos em conjunto envolvem uma quantidade de pessoas e tempo muito grandes, exigem um
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planejamento bem detalhado e uma validação e autorização de todos os envolvidos previamente. Se os projetos não tiverem esse cuidado, as chances de falha aumentam sensivelmente. O envio e recebimento de “listas” ou “planilhas” não são o melhor caminho para capturar os melhores resultados. O acompanhamento e crítica do analista de estoques junto ao cliente interno é primordial para o correto desenvolvimento do trabalho. Existem alguns mecanismos para melhorar as interfaces entre as áreas, mas o mais efetivo deles é o de criar uma agenda comum, onde rotineiramente os assuntos são discutidos e resolvidos. Revisão de criticidade de materiais A informação da criticidade do material deve ser utilizada para priorizar esforços em toda a cadeia de suprimentos de peças sobressalentes. Desde a priorização da compra e do diligenciamento, até a localização e acondicionamento destes materiais dentro dos armazéns, as atividades podem ser realizadas de maneira especial utilizando a criticidade como base. Para o planejamento de estoques, essa informação é crucial porque é a que determina o dimensionamento do estoque de segurança maior ou menor para o item. Os itens podem ter diversas classificações de criticidade, mas quanto mais graus diferentes existirem, mais complexa e subjetiva se torna a classificação. O responsável pela classificação de criticidade é o usuário do item; por isso, todo trabalho de revisão de criticidade deve ser feito em conjunto com a área de Manutenção e Operação, e seus resultados analisados, validados e carregados no sistema.
Itens críticos devem ser parametrizados para garantir uma disponibilidade de estoque maior do que a dos itens normais. Por definição, itens críticos possuem um alto custo de falta, são insubstituíveis ou com poucas alternativas de contingência no caso de uma ruptura de estoque. Geralmente, são de difícil aquisição, cuja falta em estoque compromete a operacionalização/produção, e devem sempre ter saldo em estoque para atender a uma emergência. Têm níveis de estoque baixos porque não possuem previsão de consumo. Por causa da complexidade na condução do trabalho, alguns fatores críticos devem ser observados para que um projeto de revisão de criticidade tenha sucesso, conforme explica a Figura 7. Identificação de inservíveis Existem inúmeras maneiras de se reduzir os estoques MRO: diminuição da disponibilidade, consignação, redução de lead-times, desenvolvimento de novos fornecedores, lojas in-company, dentre outras. Porém, somente uma frente traz resultados rápidos: alienação de materiais. A alienação de materiais consiste em se descartar materiais do estoque por sucateamento, venda por leilão, ou venda para outra empresa, desde que estes não sejam mais importantes para a operação. O Planejamento de Estoques é a área responsável por conduzir esse processo e deve adotar critérios claros para a identificação desse tipo de material, chamados de inservíveis. Para se tornar um candidato a inservível, um item deve preencher critérios de tempo sem consumo e criticidade, para se evitar problemas futuros.
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ILOS - INSTITUTO DE LOGĂ?STICA E SUPPLY CHAIN
Mesmo assim, a identificação não habilita o item para ser descartado logo em seguida. Deve-se, antes de qualquer ação, validar os itens com seus usuårios, que farão a anålise tÊcnica da aplicação do material identificado e autorizarão o descarte.
Envolvimento das gerências s / ENVOLVIMENTO DA GER�NCIA USUÉRIA � ESSENCIAL PARA GARANTIR QUE A EQUIPE lQUE NÎO APENAS ALOCADA AO PROJETO MAS TAMB�M comprometida COM O RESULTADO s / DESENVOLVIMENTO DE UM cronograma ALINHADO ENTRE AS PARTES E TAMB�M O SEU CUMPRIMENTO SÎO PONTOS QUE PRECISAM SER GARANTIDOS
Equipe adequada s ! EQUIPE ENVOLVIDA NO TRABALHO DE REVISÎO DEVE TER O conhecimento tÊcnico SUlCIENTE PARA GARANTIR A QUALIDADE DO TRABALHO DE REVISÎO s / dimensionamento ADEQUADO TAMB�M � UM FATOR QUE DETERMINA O RESULTADO DO TRABALHO s ! ALOCA¼ÎO DE TEMPO DA EQUIPE USUÉRIA AO PROJETO DETERMINA A VELOCIDADE DE REALIZA¼ÎO DA REVISÎO 0ROJETOS MUITO LONGOS SE TORNAM DIFÓCEIS DE GERENCIAR E SEUS RESULTADOS NÎO SE TORNAM VISÓVEIS RAPIDAMENTE
Controle e transparĂŞncia s #ONTROLE DO ENVIO DE LISTA REPORT PERIĂ˜DICO DO STATUS DO PROJETO E CONSOLIDAÂĽĂŽO DOS RESULTADOS
Figura 7 - Fatores crĂticos de sucesso
É comum que a listagem de itens candidatos a inservĂveis seja muito grande, e tambĂŠm que os seus usuĂĄrios responsĂĄveis nĂŁo tenham tempo disponĂvel para analisar todos os itens da lista. Da mesma forma que na revisĂŁo de criticidade, os fatores-chave de sucesso de um projeto de identificação de inservĂveis nĂŁo podem ser subestimados. A etapa de identificação de inservĂveis ĂŠ a primeira do processo de alienação de materiais, e tambĂŠm a mais importante, jĂĄ que seu produto ĂŠ a listagem validada que moverĂĄ cada etapa seguinte de um processo que, de maneira geral, envolve muitas ĂĄreas e controles. Estruturação de reuniĂľes rotineiras Como pĂ´de ser visto nos tĂłpicos anteriores, os grandes projetos de otimização sempre envolvem usuĂĄrios, seja para usar os seus conhecimentos ou mĂŁo de obra, ou atĂŠ para autorizaçþes simples de reparametrização. Com o objetivo de construir um canal formal de comunicação entre planejamento de estoques e as ĂĄreas usuĂĄrias, ĂŠ sugerido o estabelecimento de uma programação de reuniĂľes com a agenda voltada para os pontos mais relevantes entre as partes. Elas servem para melhorar a interface entre as equipes, onde problemas pontuais ou sistĂŞmicos podem ser apresentados, discutidos e acompanhados por ambas as partes. Esse acompanhamento ĂŠ feito conforme registro
em ata, e garante que os responsĂĄveis nunca “esquecerĂŁoâ€? de tratar os problemas. O pĂşblico-alvo dessas reuniĂľes sĂŁo supervisores de manutenção, operação, planejamento de estoques, almoxarifado e compras, que sĂŁo os tomadores de decisĂľes nos casos de problemas mais simples. A agenda e a frequĂŞncia dessas reuniĂľes podem variar dependendo da maturidade da interface entre as ĂĄreas, ou de alguma outra situação especĂfica, mas uma rotina mensal, com o pĂşblico-alvo adequado garante um relacionamento sem muitos problemas.
Consideraçþes finais O sucesso da implantação de uma ĂĄrea de planejamento de estoques MRO nĂŁo pode ser totalmente atribuĂdo Ă metodologia de cĂĄlculo de nĂveis ou somente a uma ferramenta especĂfica para o ambiente MRO. A estruturação da ĂĄrea, a capacidade analĂtica da equipe, os procedimentos definidos e, principalmente, as interfaces com as ĂĄreas-clientes sĂŁo fatores crĂticos que devem ser corretamente tratados pela empresa. Dependendo do porte da empresa, pode ser mais viĂĄvel a primarização de toda essa atividade, mantendo uma estrutura totalmente dedicada a ela e desenvolvendo os sistemas para suportar o trabalho analĂtico in-house. Em contrapartida, empresas que nĂŁo querem desfocar de sua operação tendo que se preocupar em gerenciar uma ĂĄrea com uma complexidade grande e construir o know-how internamente, podem optar por terceirizar o serviço de planejamento de estoque e certamente, capturariam resultados mais rapidamente. Uma empresa que nunca foi submetida a uma revisĂŁo de processos e aplicação de metodologias especĂficas para o ambiente MRO pode apresentar pelo menos 15% de redução no custo total logĂstico na cadeia de peças MRO, ganhos proporcionados principalmente por reduçþes de estoques e volumes de compras no primeiro perĂodo de anĂĄlise, alĂŠm de readequaçþes de procedimentos de operação. 
Marcelo Lara ResponsĂĄvel pela divisĂŁo de Planejamento de Estoques da MRO Logistics S.A. marcelo.lara@mrologistics.com.br Cristien Rodrigues Gerente de Contratos na MRO Logistics S.A cristien.rodrigues@mrologistics.com.br Tel.: (21) 3445-3000
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EVENTO
Rumo ao topo Em sua 18ª edição, a Intermodal South America – Feira Internacional de Logística, Transporte de Cargas e Comércio Exterior, firma-se como o maior evento do setor das Américas e o segundo maior do mundo. A feira ocorreu entre os dias 10 e 12 de abril, no Transamerica Expo, em São Paulo, reunindo 500 expositores de 22 países e recebendo mais de 45 mil visitantes. Veja a seguir as principais novidades apresentadas pelos expositores durante a feira
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Ministros anunciam Plano Nacional de Logística Integrada
Os ministros do Transporte, Paulo Sérgio Passos, e da Secretaria Especial de Portos (SEP), Leônidas Cristino, anunciaram – durante a cerimônia de abertura da Intermodal – a criação de um Plano Nacional de Logística Integrada, que visa promover um maior equilíbrio da matriz de transportes do País, promovendo maior eficiência no escoamento das cargas, aumentando assim a competitividade do Brasil no comércio internacional.
De acordo com os dois ministros, o PNLI unificará as propostas colocadas pela SEP no Plano Nacional de Logística Portuária (PNLP), e pelo Ministério dos Transportes em seu Plano Nacional de Logística de Transportes (PNLT). O PNLI terá visão de longo prazo, prevendo projetos até 2030, sendo que alguns dos pontos levantados pelos dois planos atuais já foram ou estão sendo implementados separadamente pelas duas pastas, inclusive com alguns sendo contemplados pelo PAC – Programa de Aceleração do Crescimento. “Não se pode melhorar o porto sem olhar para trás, para os acessos terrestres rodoferroviários e também os hidroviários e cabotagem. Por isso essa decisão de juntar os dois planos fazendo um projeto sistêmico”, afirmou Cristino. “O PNLI irá reunir todos os levantamentos, identificando fluxos de cargas e bens, corredores que serão responsáveis pelo deslocamento desses fluxos, seus rebatimentos em relação aos por-
tos, bem como a identificação das necessidades desses portos em relação à infraestrutura. Quando estas questões estão bem resolvidas, a tendência é que os custos logísticos caiam e a eficiência se potencialize”, acrescentou Passos. Um dos pontos centrais do novo plano é promover maior equilíbrio da matriz de transportes brasileira. Hoje, mais de 60% das cargas utilizam o modal rodoviário, 25% o ferroviário e apenas 13% os demais modais. A intenção, de acordo com os ministros, é atingir uma proporção de 30% na rodovia, 35% na ferrovia e 30% nos demais modais. O PNLI não tem data para início e deve ser anunciado ainda no primeiro semestre deste ano. Os valores dos projetos também não têm previsão, mas, conforme Passos e Cristino, o PNLT estima a aplicação de mais de R$ 300 bilhões até 2030, enquanto o PNLP envolve cerca de R$ 25 bilhões no mesmo período.
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do Plano Brasil Maior, com os recentes anúncios feitos pela presidente Dilma Rousseff. Entre os pontos de maior relevância, segundo ele, estão a redução das taxas de juros do programa para renovação de frota Pró-Caminhoneiro, de 10% para 7,7%, além da expansão dos prazos de pagamento; e a discussão sobre a desoneração da folha de pagamento para alguns setores da economia. “Gostaríamos de avançar este benefício para o setor de logística”, afirmou. Ribeiro da Silva ressaltou também o projeto de estruturação da Nomenclatura Brasileira de Serviços (NBS), que padroniza e reconhece oficialmente alguns tipos de serviços intangíveis. O resumo e a íntegra da NBS, que afeta os setores de logística e comércio exterior, está disponível no site do Ministério: www.mdic.gov.br.
Log-In lança nova rota para Manaus
Sem revelar números, o executivo diz que estes são dois setores que apresentam expressivo crescimento na região. A perspectiva da Log-In com o início da operação é otimista. Siccherino calcula que, seis meses após o início das movimentações, a rota terá um acréscimo de volume transportado entre nove e dez mil TEUs. O executivo conta que esta ação também chega para reforçar a reformulação realizada pela companhia. “Vamos focar em navegação. Eliminamos as atividades que não agregavam valor”, afirma. Para ilustrar, ele cita a saída da empresa da operação ferroviária e a venda do Redex de Uberlândia (MG). Além disso, salienta, a ideia é reforçar o serviço porta a porta. “Na cabotagem, que cresce 20% ao ano, 70% das operações são intermodais”, calcula. Segundo Siccherino, para este ano a meta é manter o ritmo de crescimento na cabotagem. 0800 7256446
Brado Logística investirá R$ 200 milhões em 2012
A Log-In aproveitou a feira para anunciar que, a partir do dia 1º de julho, contará com uma nova rota ligando os portos das Regiões Sul e Sudeste a Manaus. O diretor Comercial, Fábio Siccherino, diz que a empresa aplicará na rota um navio de 1.700 TEUs, mas os terminais que serão escalados ainda não foram definidos. A frequência da rotação também está sob análise. O diretor Comercial conta que a iniciativa se deve ao aquecimento do mercado manauara. Além dos itens já transportados pelo armador, como eletroeletrônicos e linha branca, a nova embarcação chega para movimentar embalagens e duas rodas (motocicleta).
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Com relação a metas, Passos frisou que o PNLI é um portfólio de projetos de que o País precisa para escoar melhor suas riquezas. “Essas prioridades identificadas serão posteriormente incorporadas aos projetos de governo, aí sim com agenda de trabalho e investimentos.” O ministro dos Transportes ressaltou a importância desses investimentos serem feitos conjuntamente pelas iniciativas pública e privada. “É esse bom casamento que fará com que o Brasil dê um salto de qualidade no escoamento de sua produção agrícola e industrial. Além dos ministros dos Transportes e de Portos, a cerimônia de abertura da 18ª Intermodal contou com a presença da ministra da Infraestrutura e Meio Ambiente da Holanda, Melanie Schultz van Haegen; do secretário de Comércio e Serviços do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Humberto Luiz Ribeiro da Silva; do diretor-geral em exercício da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), Ivo Borges de Lima; do diretor da Agência Nacional dos Transportes Aquaviários (Antaq), Pedro Brito; e da presidente da Associação Brasileira de Terminais e Recintos Alfandegados (Abtra), Agnes Barbeito de Vasconcelos. Pedro Brito ressaltou que os portos brasileiros estão recebendo investimentos públicos e privados da ordem de R$ 5,8 bilhões, sendo que apenas no Porto de Santos estão sendo investidos R$ 3 bilhões. Já a presidente da Abtra destacou que, em 15 anos de privatização, os terminais privativos brasileiros de uso público já investiram US$ 2,5 bilhões, e preveem investir mais US$ 5 bilhões até 2015. “Não existe país desenvolvido sem comércio exterior desenvolvido. Não dá mais para ignorar este setor. E não existe Comex desenvolvido sem uma boa logística”, concluiu Agnes Barbeito. Entre 2010 e 2011, o comércio exterior brasileiro cresceu 25%, saltando de US$ 372 bilhões para US$ 483 bilhões. Já o secretário do MDIC, Humberto Ribeiro da Silva, destacou o andamento
O presidente da Brado Logística, José Luiz Demeterco, anunciou que a companhia investirá R$ 200 milhões ao longo de 2012. Cerca de R$ 60 milhões irão para a aquisição de sete locomotivas e 150 vagões long stacks – para dois contêineres. R$ 5 milhões serão destinados à área de TI e R$ 15 milhões para a concepção do terminal de Rondonópolis (MT). O restante da verba será utilizado para a compra de ativos a serem entregues em 2013. Maio/2012 - Revista Tecnologística - 91
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EVENTO
Segundo Demeterco, os clientes ainda têm receio de movimentar contêineres pela ferrovia. “Nosso nível de serviço está crescendo, pois eles querem qualidade, preço e cumprimento do transit time. Estamos preparados para atendê-los.” O novo terminal no Estado do Mato Grosso é um dos destaques. A previsão é de que as obras sejam iniciadas neste mês de maio e concluídas em fevereiro de 2013. O local ocupará uma área de 150 mil m² e, inicialmente, movimentará dois mil contêineres por mês. Entre os itens operados estarão carnes, soja e algodão. “Nossa expectativa é chegar a dez mil contêineres mensais em cinco anos”, anuncia. O terminal começará as movimentações com uma linha férrea interna de 1,5 km, com a possibilidade de ser duplicada a fim de proporcionar maior rotatividade aos vagões. Demeterco informa que a perspectiva é de que a companhia cresça 50% em 2012 frente a 2011. Quanto aos ativos, serão 31 locomotivas, 1.700 vagões, 31 terminais e três mil contêineres – dry e reefer. (41) 2118-2800
Novo porto no ES terá participação de Rotterdam O Estado do Espírito Santo abrigará, dentro de aproximadamente quatro anos, um novo porto multipropósito de águas profundas, localizado na cidade de Presidente Kennedy, na divisa com o Rio de Janeiro. O acordo para sua construção foi firmado no último dia 9 de abril, entre o porto holandês de Rotterdam, o governo do Espírito Santo, o município e o grupo Terminal Presidente Kennedy (TPK), uma sociedade de propósito específico formada por grupos empresariais brasileiros e executivos com experiência nos setores de mineração e offshore, desenvolvedor do projeto. O Porto de Rotterdam assinou um acordo de cooperação com a TPK, que
deverá posteriormente se transformar em uma joint-venture. A participação acionária não está definida, uma vez que o projeto ainda pode receber novos investidores. A princípio, pela localização próxima à área do pré-sal, o Porto Central será voltado aos setores de óleo e gás, e mineração. Outras cargas de interesse são dos setores de metalurgia, offshore supply, commodities e carga geral, como granito, mármore e automóveis. A iniciativa faz parte da estratégia de Rotterdam de participar de projetos portuários ao redor do mundo, fazendo o planejamento e o gerenciamento e ficando responsável pela infraestrutura, enquanto a superestrutura (terminais) fica a cargo de operadores privados. O porto holandês já participa, com 50% do capital, do porto de Sohar, localizado em Omã, no Oriente Médio. “Também estamos em negociações com estruturas na China, Itália, Romênia e na África”, diz Peter Lugthart, project manager do Porto de Rotterdam. De acordo com Lugthart, o atrativo maior da estrutura capixaba é sua localização e suas dimensões. O novo porto fica no meio do litoral brasileiro, próximo à área do pré-sal e terá uma área inicial prevista de mil hectares – equivalente a dez milhões de m2 – podendo ser ampliado para até 1.500 ha numa segunda fase. Além disso, é um porto de águas profundas, com calado que alcança 23 metros em sua área externa, 16 m no canal principal e 10 m nos canais secundários, o que permite localizar os terminais de acordo com suas características operacionais.
Fase inicial Por se tratar de um projeto greenfield, o porto ainda se encontra em fase de obtenção da licença prévia para operação, para posterior aprovação pela Agência Nacional de Transportes Aqua-
viários (Antaq). Os parceiros esperam obter todas as licenças até o segundo semestre de 2013 e começar a operar no final de 2015. Enquanto aguardam as licenças, as empresas prospectam clientes no Brasil e exterior. Para Lugthart, o fato de estar próximo ao Superporto do Açú não prejudica o projeto, porque estudos de demanda futura indicam que o Brasil ainda tem grande carência de estrutura portuária. “Apostamos nas condições do Porto Central e também na marca Rotterdam, que é o maior porto do mundo. Teremos um porto construído e gerido dentro das melhores práticas e acreditamos que estes fatores somados irão atrair operadores internacionais interessados no Brasil.” Além de atrair operadores portuários e logísticos, a intenção é atender a petrolíferas e empresas que prestam serviços variados à cadeia de O&G. Também há planos para, num segundo momento, atrair indústrias de transformação para a retroárea, operando dentro do conceito de porto-indústria. Pelo fato de o porto estar em sua fase inicial de estudos de engenharia, os investimentos totais na infraestrutura ainda não podem ser mensurados, mas é estimado algo próximo a R$ 4 bilhões. “São investimentos pesados”, resume José Maria Vieira de Novaes, diretor da TPK.
Acesso Com relação ao acesso, os parceiros informam que estão trabalhando para viabilizar um ramal ferroviário ligado à Estrada de Ferro Vitória-Minas (EFVM), que passa a cerca de 40 km do porto. Além disso, Presidente Kennedy fica a 30 km da BR-101, cujo trecho já foi privatizado e a duplicação está prevista para ficar pronta juntamente com o Porto Central. E há intenção do governo do Espírito Santo de construir uma rodovia de acesso entre o porto e a BR. (27) 3325-2551
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O Porto de Suape anunciou, no dia 11 de abril, durante a Intermodal, investimentos em obras de infraestrutura no valor de US$ 600 milhões para a construção de novos píeres, rodovias de acesso e dragagem do canal. Outro investimento será a construção de qua-
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tro novos terminais (ainda em fase de aprovação pela Antaq), um para granéis sólidos, outro para açúcar, um novo para contêineres e o último para grãos, gerando um total de investimentos da ordem de US$ 1 bilhão até 2013. O projeto de dragagem e derrocagem do porto, iniciado em novembro de 2011, está previsto para ser concluído no final de 2013, levando o canal a uma profundidade de 20 metros de calado diante dos 16 m atuais, permitindo assim que o porto receba qualquer tipo de navio. O último e mais expressivo investimento a ser feito no complexo de Suape será a construção da ferrovia Transnordestina, aprimorando o escoamento de minério. O total de investimentos concentrados atualmente no Complexo de Suape atinge a casa dos US$ 22 bilhões. (81) 3527-5000
JSL aplicará R$ 1 bi em frota e estrutura em 2012
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Porto de Suape apresenta investimentos em infraestrutura
A JSL anunciou planos de investimentos de cerca de R$ 1 bilhão para 2012, sendo a maior parte do valor destinada à frota da companhia. Entre a renovação de ativos direcionados a contratos em andamento e à aquisição de equipamentos para atender às novas operações previstas
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EVENTO
para o decorrer do ano, estão incluídos 16,9 mil itens – 13,4 mil veículos leves e 3,5 mil pesados, em sua maioria caminhões, cavalos mecânicos e carretas, mas também ônibus e máquinas. Do total investido, R$ 420 milhões serão direcionados à renovação da frota de operações em andamento. Já para a compra de ativos direcionados a novos contratos, a JSL estima um aporte de R$ 590 milhões. Destes, R$ 130 milhões serão destinados a contratos fechados em 2011, mas que começam a operar este ano, e os demais R$ 460 milhões referem-se a acordos que a companhia espera fechar ao longo de 2012. Segundo o presidente da JSL, Fernando Simões, a companhia procura atender a todas as operações relativas a novos contratos com equipamentos zero-quilômetro, dedicados ao cliente até o final das atividades ou, em casos de contratos de longo prazo, por um período de renovação da frota acordado com a empresa parceira. Com esse modelo de negócios, a JSL mantém uma frota com idade média de um ano e meio para veículos leves e um ano e oito meses para caminhões, o que garante à companhia uma das frotas mais jovens do Brasil. A JSL disponibiliza seus caminhões para a venda por meio de 12 lojas da rede de Seminovos JSL e das 30 lojas da Simpar Concessionárias. De acordo com Simões, desse modo a companhia contribui também para a renovação da frota nacional como um todo. “Colocamos à venda veículos com cerca de 30 meses, o que auxilia outras empresas a manter baixa a idade média de suas frotas também”, analisa. Do total de veículos pesados que o operador logístico pretende adquirir em 2012, cerca de 820 serão adaptados para cargas com temperatura controlada e aplicados na frota da Schio, adquirida pela JSL no final de 2011. (Leia mais em: www.tecnologistica.com.br/ aquisicao/jsl-investe-r-405-milhoes-na-
compra-da-schio/). A maioria (75,5%) dos pesados será destinada à renovação da frota atual da Schio e os demais serão adquiridos para expandir a frota atual, já incorporada à JSL, que conta atualmente com 31,4 mil ativos próprios, entre veículos leves e pesados.
Porto Seco Pernambuco Além dos recursos destinados à frota, a JSL deve investir ainda na ampliação do Porto Seco Pernambuco. Fernando Simões aproveitou a ocasião para anunciar que a companhia vai transferir o recinto alfandegado localizado em Recife para o município de Cabo de Santo Agostinho. O novo endereço fica ao lado de um dos CDs da Schio, o que possibilitará a formação de um complexo logístico mais próximo ao Porto de Suape, oferecendo serviços com produtos de temperatura controlada para mercadorias nacionalizadas no porto seco. Com a mudança, que deve acontecer até o final de 2012, o Porto Seco Pernambuco passará de 52 mil m² para 140 mil m² de área. O novo espaço contará com um armazém alfandegado coberto de 30 mil m² (hoje são 12 mil m²) e pátio de contêineres de 40 mil m² (hoje 23 mil m²). A câmara fria do porto também cresce, passando dos 770 m² disponíveis atualmente para 16 mil m² de área alfandegada. “Estamos saindo de Recife e indo para uma área onde poderemos realizar serviços completos de logística de importação e exportação”, analisa o presidente da JSL. Em 2011, o Porto Seco Pernambuco movimentou cerca de 407,7 mil toneladas de carga, um crescimento de 148% em relação a 2010. O faturamento da unidade cresceu 68% no ano passado, alcançando R$ 27,7 milhões. Entre os principais produtos movimentados no recinto estão bebidas, alimentos, materiais para construção civil, equipamentos médico-hospitalares e eletroe-
letrônicos, além de bens de consumo, carros, motos e motos aquáticas. (11) 4795-7000
Columbia registra crescimento de 35% O Grupo Columbia, que completa 70 anos em 2012, anunciou um crescimento recorde de 35% no faturamento no ano passado, em comparação com os números atingidos em 2010. A companhia registrou R$ 2,2 bilhões no acumulado de 2011, resultado impulsionado principalmente pela consolidação do grupo nos negócios de trading, em especial na comercialização de metais ferrosos e não-ferrosos. No ano passado, novos mercados passaram a integrar a lista dos setores atendidos pela Columbia, como as operações com lingotes de alumínio, açúcar, aeronaves e peças de reposição para o setor aeronáutico. Em 2011, a companhia passou a contar, ainda, com um novo centro de distribuição em Vitória. Localizado em um condomínio logístico e com possibilidade de utilização de até 6.000 m², a unidade destina-se às operações regionais de trading e também disponibiliza serviços de logística integrada ao mercado local. Ao todo, a companhia investiu R$ 7 milhões em 2011, destinados à infraestrutura de logística, movimentação de materiais e áreas de reflorestamento na Bahia, adquiridas pela Energia Florestal (empresa coligada ao grupo que realiza o plantio de eucalipto para fornecer energia limpa à indústria). “Esses 70 anos significam perpetuidade empresarial, dedicação e, acima de tudo, credibilidade do mercado e lealdade dos colaboradores”, comemora o presidente do Grupo Columbia, Nivaldo Tuba. Segundo o executivo, o desafio da companhia, em 2012, consiste em evoluir os atuais negócios para sustentar o patamar de aproximadamente R$ 2 bilhões de faturamento.
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Vinigalpão, da Sansuy
A Veloce Logística concedeu, na Intermodal, sua primeira entrevista desde a compra de 100% de suas ações pela Mitsui junto ao Grupo Pátria, antigo controlador da empresa. Anunciada no final de janeiro, a transação não teve seu valor revelado. O presidente da Veloce, Paulo Guedes, informou que nada mudou com relação à gestão da empresa, uma vez que a aquisição é recente e as novas diretrizes ainda estão sendo desenvolvidas, sendo que a empresa revê investimentos e aguarda a finalização de seu ano fiscal, que terminou em março. “Mas a visão já mudou totalmente, uma vez que o Grupo Pátria é uma empresa de finanças e tinha um plano de curto prazo, de valorizar a companhia para vendê-la. Já a Mitsui é voltada – entre outros setores – à logística e tem planos de longo prazo para a Veloce. Além disso, a empresa vê o Brasil e a América do Sul como regiões prioritárias”, afirmou Guedes. Segundo ele, embora a Mitsui possua uma divisão de Logística e Transportes, a divisão que adquiriu a Veloce é a de Veículos e Material de Construção. O automotivo é um dos grandes focos de interesse da empresa, que
A Sansuy, especializada na produção de laminados flexíveis em PVC e seus manufaturados, apresentou o Vinigalpão - uma solução de armazenagem que serve como opção prática para estocagem de produtos de custo acessível e de fácil manutenção. Sem colunas intermediárias, pé direito útil de até oito metros e acesso por meio de portas corrediças de 4x4 m (ou de acordo com a necessidade do cliente) o Vinigalpão apresenta espaço interno totalmente aproveitável, possibilitando o estoque, manuseio e transporte de qualquer tipo de carga. Projetado para se adequar às mais variadas condições climáticas e de solo, o produto possui estrutura metálica fixada sobre base de concreto. A cobertura e o fechamento em lona sintética
Veloce pretende crescer 15% em 2012
possui operações logísticas no setor na América do Norte, Europa e Ásia, e no Brasil não será diferente. A indústria automobilística cresce ano a ano no País e a Veloce possui grande expertise no setor, prestando serviços completos para toda a cadeia logística. Hoje, o automotivo representa 85% do faturamento da companhia.
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de PVC reforçada com trama interna de poliéster de alta tenacidade garantem maior resistência e durabilidade. O Vinigalpão pode ser projetado com iluminação natural por meio de faixas translúcidas na cobertura, minimizando ou até dispensando o uso de energia elétrica durante o dia. A ventilação natural é obtida pelas aberturas nas junções da cobertura com as laterais. A estrutura apresenta possibilidade de expansão no comprimento em espaços múltiplos de 5 m. Se necessário, o Vinigalpão pode ser transferido de local, aproveitando-se a estrutura metálica e a cobertura. (11) 2139-2600
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“Temos novas missões que visam voltar efetivamente ao mercado de logística geral e aduaneira nos grandes centros de consumo” revela. Composto por sete empresas – a holding Columbia, Columbia Trading, Columbia Eadi Salvador, Columbia Logística, Interporti, CMLOG e Columbia Metais –, o grupo possui 11 escritórios, conta com mais de 700 funcionários e três centros de distribuição ao longo do eixo Atlântico, de Santa Catarina a Pernambuco, atendendo a clientes de setores como farmacêutico, químico, eólico, aeronáutico e automobilístico, máquinas e equipamentos, construção, metais, moda, alimentos e bebidas, eletroeletrônico e têxtil. (11) 3305-9999
“Estes fatores somados certamente foram decisivos para a escolha da Veloce pela Mitsui”, diz o presidente. “Outro fator que pesou na decisão foi o fato de a Veloce ser uma empresa rentável, bem estruturada e que presta um bom nível de serviço”, acredita Guedes. Apesar disso, ele diz que o automotivo não é o único segmento-alvo da empresa. “Já atuamos em outros e queremos continuar crescendo neles”. Hoje, além das grandes montadoras, como Toyota, General Motors, Honda e Volkswagen, a Veloce atende a outros grandes clientes, como Nestlé, Arcor, Unilever, Bimbo, Danone e Nivea, entre outros. Para Guedes, um dos grandes diferenciais da Veloce é a preocupação com o meio ambiente. Ela implantou um Sistema de Gestão e Sustentabilidade (SGS) que engloba ações como a obtenção da certificação ISO 14.001, voltada ao meio ambiente. Além disso, a empresa é uma das 77 companhias brasileiras a publicar seu inventário de emissões de gases de efeito estufa, dentro do Programa Brasileiro GHG Protocol. “Esta é uma preocupação crescente dos embarcadores e certamente
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Estrutura O grupo Mitsui está presente em 69 países e conta com mais de 40 mil colaboradores, trabalhando em 14 unidades de negócios. No Brasil, está presente no setor de logística e transporte com operações em terminais portuários, entre-
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postos aduaneiros e locação de vagões ferroviários. O grupo apresentou um lucro líquido de US$ 3,7 bilhões no mundo em 2011. Já a Veloce foi fundada em 2009 e faturou, em 2011, R$ 184 milhões, crescendo 15%, mesmo índice previsto para 2012. No ano passado, foram R$ 15 milhões investidos em ações como a transformação de carretas de 14 metros para 15 m, o que resultou num aumento de cerca de 8% na capacidade de carga dos implementos. Optando por não possuir veículos próprios e mantendo parcerias com 119 empresas de transporte no Brasil e Argentina, o grupo dispõe de uma frota de 660 veículos, além das 475 carretas sider próprias e possui 20 bases operacionais no Brasil e na Argentina. (11) 3818-8000
Freight Configurator, da Geodis
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será um fator decisivo na escolha do prestador de serviços logísticos”, afirma Guedes. Todos esses diferenciais vêm trazendo novos contratos para a carteira da empresa, como o firmado recentemente com a Volkswagen e com a Team Tex, fabricante de cadeiras de carro para crianças. Ainda no final de 2011, a Veloce também fechou contrato com a Goodyear, para a alimentação de fábricas.
A Geodis, empresa origem norteamericana especializada no transporte de cargas especiais, realizou o lançamento mundial da ferramenta para configuração e acompanhamento de frete, o Freight Configurator. O sistema permite que o cliente acompanhe
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Codeba anuncia investimentos de R$ 2 bilhões
A Companhia das Docas do Estado da Bahia (Codeba) anunciou na feira investimentos públicos e privados de cerca de R$ 2 bilhões na infraestrutura dos portos de Salvador, Aratu e Ilhéus. O aporte tem como objetivo tornar os portos aptos a receber qualquer tipo de embarcação, aumentar a
capacidade de escoamento e facilitar os acessos. Parte do montante já foi aplicada no ano passado, quando o Porto de Salvador teve concluída a dragagem de aprofundamento do terminal de contêineres e do cais de ligação para 15 metros, com custos de R$ 55 milhões. Além disso, o Tecon Salvador – operado pela Wilson, Sons – ganhou três novos portêineres com capacidade para movimentar cargas em embarcações super post-panamax e seis novos RTGs, que passam a integrar os equipamentos do pátio do terminal. Para a aquisição das novas máquinas foram investidos R$ 160 milhões. Ainda sem datas definidas, o Porto de Salvador receberá também obras de ampliação do quebra-mar norte em 405 m e de construção de um segundo terminal para contêineres, além das obras da Via Expressa Baía de Todos os Santos, que vai ligar o porto à BR-324, com custo total de R$ 390 milhões. Já Aratu – porto-indústria responsável por 61% da receita da Codeba – vai receber um novo terminal de granéis sólidos, com foco em minérios como ferro e manganês, com um aporte de R$ 400 milhões, sendo R$ 150 milhões de investimentos públicos. O porto receberá, ainda, obras de ampliação da área de tancagem de líquidos e a construção de dois novos berços de atracação para granéis líquidos, com custo estimado em R$ 100 milhões. Além disso, haverá obras de melhorias dos acessos rodoviários, construção de um pátio de triagem e de um estacionamento para veículos de carga em uma área anexa ao porto, modernização dos ramais ferroviários e regularizações ambientais somando um investimento de R$ 35 milhões. Já o Porto de Ilhéus, localizado no litoral sul do Estado da Bahia, receberá uma verba pública de R$ 200 milhões a ser aplicada na construção de uma nova plataforma de acostagem e aterro, melhorias na acessibilidade, draga-
gem de aprofundamento para 14 m e compensação ambiental para as praias do Norte. Em 2011, a movimentação na Baía de Todos os Santos atingiu mais de 32 milhões de toneladas, e a Codeba registrou um faturamento de R$ 118 milhões. Além dos portos administrados pela autoridade portuária, a Baía abriga mais cinco terminais controlados pelas empresas Petrobrás, Dias Branco, Dow Química, Ford e Gerdau. (71) 3320-1212
Emirates aposta no crescimento do comércio entre América do Sul e países árabes
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o trajeto de sua carga desde a saída até a chegada, com rastreamento via satélite. A ferramenta permite também que o cliente tenha acesso a informações sobre o despacho aduaneiro. A ferramenta possui uma lista de cadastro dos clientes na qual cada serviço contratado pode ser personalizado de acordo com as necessidades do contratante. A nova solução conta com nove serviços que podem ser contratados, entre eles frete aéreo, frete marítimo, transporte rodoviário, armazenagem, desembaraço alfandegário, distribuição e cross-docking, embalagem e etiquetagem, e carga e descarga de contêineres. Todos eles podem ser monitorados pelo cliente. Voltado para o comércio exterior, logística de importação e exportação e transportes internacionais, o novo serviço está disponível em qualquer parte do mundo e é totalmente em inglês, mas pode realizar operações nacionais disponibilizando os mesmos serviços integrados. (11) 2643-2000
A Emirates Sky Cargo colhe os bons resultados de sua aposta na América do Sul, feita há seis anos com a inauguração de sua rota para o Brasil. Hoje, a empresa oferece três voos semanais cargueiros entre Dubai e Viracopos (SP), frequências diárias para São Paulo e a recém-inaugurada rota Dubai-Rio de Janeiro-Buenos Aires, também diária, ambas aproveitando os porões das aeronaves de passageiros. O vice-presidente sênior de cargas, Ram Menem, afirmou que, desde a entrada da empresa no mercado brasileiro, em 2006, o comércio aéreo entre as regiões cresceu mais de 371%. “E mesmo nos anos difíceis, como 2008 e 2009, o Brasil saiu-se melhor que os demais mercados, não afetando muito os negócios”, afirmou Menem. Da mesma forma, ele não acredita que os conflitos em curso em alguns países árabes irão impactar significativamente os negó-
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cios. “Pelo contrário, pois alguns mercados que antes eram muito fechados tendem a se abrir mais ao comércio exterior, o que pode ter bons reflexos no volume de cargas.” No ano passado, a Emirates Sky Cargo transportou 25 mil toneladas de cargas da América do Sul para os destinos globais da companhia, que são mais de 120, em 73 países. De acordo com o vice-presidente, a vantagem de embarcar cargas para Europa e Ásia com a Emirates é a rapidez, a ampla gama de destinos e a qualidade dos serviços oferecidos. Ele destaca também a eficiência operacional do Mega Terminal de Cargas da companhia em Dubai, inaugurado em 2008. São 43.000 m2 – 7.000 m2 dedicados a cargas multitemperatura – e uma capacidade anual de 1,2 milhão de toneladas de cargas. Além disso, a empresa oferece o SkyChain, um sistema de gerenciamento de cargas que proporciona maior rapidez, acessibilidade e segurança em relação aos sistemas tradicionais. Menem afirma que, desde janeiro, a rota Rio-Buenos Aires já transportou mais de 1.200 toneladas, carga composta principalmente por produtos farmacêuticos, peças de máquinas, frutas e peixes frescos, que seguiram para Dubai e de lá para destinos na Europa e na Ásia. Na outra direção, vieram eletrônicos, autopeças e móveis. A empresa utiliza, nesta rota, os Boeings 777-300 ER, os mesmos que operam a frequência para São Paulo, que no ano passado transportou 4.000 t de carga. De acordo com Menem, a capacidade de carga da empresa está dividida em 70% nos cargueiros puros e 30% nos porões de passageiros. A Emirates acrescentou, em 2011, uma terceira frequência semanal de cargueiros para o aeroporto de Viracopos. Este novo voo aumentou em 33% a oferta de espaço semanal na rota, o que equivale a 620 toneladas a mais.
Pré-sal O otimismo da empresa para com a região aumentou ainda mais com as descobertas do pré-sal brasileiro. “Estamos muito entusiasmados com as possibilidades abertas pelo crescimento do setor de óleo e gás no Brasil, uma vez que Dubai é o principal hub mundial para este setor. Nós temos muita sorte de estar localizados bem no meio do principal mercado produtor de petróleo do mundo e, por isso, desenvolvemos expertise e serviços específicos para o segmento”, afirma Menem. No ano fiscal 2010-2011, a Emirates Sky Cargo transportou 1,8 milhão de t, ante 1,6 milhão de t no período anterior, com uma receita global de US$ 2,4 bilhões (contra US$ 1,9 bi em 2010), o que representa 17,4% da receita total da companhia aérea. A frota da empresa, composta por oito cargueiros 747-400 Fs e ERFs e 777 Fs, além de 163 aviões de passageiros, entre modelos Boeing e Airbus, será engrossada nos próximos quatro anos com a entrada de mais 232 aeronaves – nove delas cargueiras e todas já encomendadas, o que faz da Emirates uma das empresas com frota mais jovem do mercado. (11) 5503-5000
Sistemas para logística reversa e gestão de compras internacionais, da Gefco O Grupo Gefco, especializado em logística industrial, realizou o lançamento de duas soluções na Intermodal: o Sistema GefBoxSystem e o o Global Pom Solution. O primeiro, voltado para logística reversa de embalagens industriais, realiza a gestão inteligente do fluxo de embalagens para clientes industriais. O sistema é composto por três pacotes de serviços que podem ser adquiridos separadamente ou em conjunto. A solução já é usada há mais de 20 anos na Europa e chega para agregar mais um
serviço ao portfólio de produtos da Gefco no Brasil. O primeiro pacote é o GefBoxSystem Flowpack, que oferece visibilidade e confiabilidade das informações do estoque e movimentação das embalagens no fluxo entre a fábrica e a cadeia de fornecedores, apoiado por um sistema informatizado e uma equipe de campo para realizar inventários e auditorias das embalagens nos fornecedores. As principais vantagens do pacote são o aumento da confiabilidade do estoque, controle de desvios e perdas, e o aumento da vida útil do parque de embalagens. O segundo pacote é o GefBoxSystem Fleetpack, que consiste no outsourcing para movimentação interna das embalagens dos clientes dentro das fábricas, por meio de atividades como despoluição, triagem, organização, estocagem e expedição. As vantagens desse pacote são a melhoria da limpeza e conservação das embalagens, aumento da vida útil média, redução das compras e tempos operacionais de movimentação, além da maximização do uso de recursos para movimentação e transporte. O terceiro pacote é o GefBoxSystem Fullpack, composto pelos dois pacotes anteriores, que disponibiliza especialistas operacionais para a gestão diária da rotação do parque de embalagens, ordens de entrega e desvios operacionais, compondo um ponto único de contato para atendimento dos fornecedores. Além disso, se responsabiliza pelo planejamento de curto, médio e longo prazos dos movimentos e estoques de embalagens. O outro produto lançado pela Gefco na Intermodal foi o Global Pom Solution, que consiste na gestão proativa de todas as ordens de compra em fornecedores de diversas localidades. Por meio de uma equipe internacional e um sistema online, o status diário de todos os pedidos de compra é consolidado em uma única fonte de comunicação, permitindo a visualização de todas as etapas do processo, desde o envio até a entrega. (21) 2103-8127
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Wilson, Sons investe R$ 11 milhões em novas unidades A Wilson, Sons vai inaugurar, nos meses de junho e setembro de 2012, dois novos centros logísticos, localizados nos Estados de São Paulo e Pernambuco. Com as novas estruturas, o operador tem o objetivo de suprir as necessidades logísticas de áreas economicamente relevantes, criando plataformas regionais que atendam aos fluxos de importadores, exportadores e embarcadores para o mercado interno, oferecendo soluções porto a porta e serviços de armazenagem e distribuição. Os dois centros, que demandam investimentos de R$ 11 milhões, possuem um sistema online único, que permite sinergia em operações com cargas
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que tenham como origem ou destino regiões atendidas pelos terminais. Situada na cidade de Itapevi, a estrutura paulista será construída dentro de um condomínio logístico e contará com um módulo exclusivo de 15,8 mil m², pé direito de 12 m, capacidade para operar com 13,5 mil posições-palete e 18 docas. A Wilson, Sons está direcionando R$ 4 milhões para a compra de equipamentos e o objetivo é atender aos segmentos de bens de consumo, eletroeletrônico, farmacêutico, cosméticos, químico e automotivo. A estrutura terá também uma central de serviços especiais, como etiquetagem e montagem de kits. O Centro Logístico de São Paulo contará, ainda, com um pátio de 7,5 mil m² para armazenagem de cargas de projeto e de equipamentos e uma câ-
mara fria de 500 m², com possibilidade de ampliação para até 3.000 m². Localizado a 10 km do Rodoanel, o centro apresenta fácil ligação com o Eadi Santo André, também pertencente à companhia; com o Porto de Santos e com os principais aeroportos de São Paulo. Com inauguração prevista para junho próximo, o centro já possui 60% de sua capacidade contratada. Já o Centro Logístico de Suape, localizado na cidade de Ipojuca, em Pernambuco, contará com um armazém de 23 mil m², pé-direito de 12 m, 44 docas e pátio de 26 mil m² para operações com cargas soltas, contêineres (inclusive refrigerados) e cargas de projeto. Focado no atendimento a indústrias com fluxo de distribuição para o mercado interno, armadores de cabotagem, importadores e exportadores que necessitam de su-
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A Softway, empresa que atua no segmento de softwares para comércio exterior, apresentou a suíte 2012 de suas soluções. A novidade é o Softway Cloud Suite, que leva as operações para a nuvem. Dentro desse modelo de negócio, o cliente deixa de ter custos com licença, hardware ou estrutura para montar o ambiente. Tudo fica armazenado no data center Softway, com a segurança garantida e a mobilidade da Internet para o acesso às informações. De acordo com o International Data Corporation (IDC), o segmento de cloud computing deve crescer na casa de 60% ao ano. Atualmente, cerca de 20% das médias e grandes empresas brasileiras usam alguma aplicação em nuvem. Segundo o diretor-executivo da Softway, Menotti Antonio Franceschini Neto, ainda existe certa resistência dos empresários em relação à segurança da informação, mas ela vem caindo e a tendência é de que a parcela das empresas que utilizam o serviço cresça na proporção indicada pelo IDC”, diz. Com a expectativa de atingir a casa de R$ 130 milhões de faturamento até 2015, a holding que controla a Softway recebeu, em 2011, um aporte financeiro da DGF Investimentos. “Estamos com os olhos abertos para oportunidades de aquisições no mercado, estudando entradas em mercados estrangeiros e reforçando nossa liderança no segmento”, afirma Franceschini. (19) 3344-9200
A Ezimpex disponibiliza ao mercado brasileiro o Z-Box, um contêiner dobrável de montagem rápida fabricado pela companhia norte-americana Universal Storage Containers (USC). O produto, que pode ser montado por apenas duas pessoas em cerca de 15 minutos, permite empilhamento máximo de seis unidades quando dobrado e de três unidades montadas e carregadas. Com o objetivo de reduzir custos com armazenagem e transporte, o Z-Box é feito em aço, com paredes de 40 mm, pintura eletrostática, piso em compensado naval e portas duplas com vão de 1,82 m de largura por 1,98 m de altura. O modelo de 86”, que pesa 816 kg e mede apenas 61 cm de altura quando dobrado, possui capacidade para 8,66 m³ e 2,2 toneladas de carga. O contêiner possui 2,18 m de profundidade, 2,10 m de largura e 2,18 m de altura. Já a opção de 15” pesa 1,1 t e mede 38 cm de altura dobrado. Com capacidade para 18,6 m³ e 4,5 t de carga, o produto apresenta 4,57 m de profundidade, 2,10 m de largura e 2,18 m de altura. Totalmente à prova d’água, o Z-Box apresenta também a possibilidade de customização de dimensões, revestimento térmico e acabamento de acordo com as necessidades de cada cliente. Dentre seus acessórios, destacam-se as rodas, que facilitam o transporte do contêiner. (11) 2292-0138
Sistema de rastreamento via GPS, da Sliic A Sliic System apresentou o sistema Sliic, uma ferramenta de apoio à gestão
de negócios com enfoque na prevenção de acidentes, direcionada a operadores logísticos, transportadoras, frotistas, embarcadores e seguradoras. Totalmente modular o Sliic mede, por meio de sinais de GPS, a intensidade de aceleração, desaceleração e agressividade do condutor do veículo nas curvas. A ferramenta gera relatórios em tempo real que mostram tendências comportamentais do motorista, com o objetivo de assegurar que a direção perigosa não se converta em acidentes. Com a utilização do sistema, a empresa possui em mãos dados que permitem a identificação do bom condutor para que seja traçado um comparativo com os demais motoristas, trabalhando o fator humano, grande causador de acidentes. Instalado como um rastreador comum no veículo, o Sliic traz redução de custos em fatores como acidentes, seguros, combustível, pneus e manutenção. Com interface simples e amigável, a ferramenta pode ser integrada a sistemas ERP ou similares e possui acesso online em tempo real utilizando navegadores para PCs e smartphones. (11) 3854-0075
Tracking & Tracing, da DC Logistics
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Software Cloud Suite, da Softway
Contêiner dobrável, distribuído pela Ezimpex
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porte nas operações retroportuárias, a estrutura estará a apenas 1 km da entrada do Porto do Suape. Com previsão para o início das operações em setembro de 2012, a unidade foi desenvolvida para operar com produtos químicos, farmacêuticos, cosméticos, eletrônicos e bens de consumo variados. (21) 2126-4222
A DC Logistics lançou um aplicativo para tablets, o Tracking and Tracing, que oferece aos clientes acesso fácil, rápido e interativo ao sistema de rastreamento de cargas. O aplicativo é gratuito e pode ser baixado pela Internet. O sistema oferece cinco opções. O Tracking & Tracing, um serviço de
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acompanhamento em que é possível fazer o follow-up da carga e ver todas as informações sobre transporte e entrega; Requisição de Cotação, que disponibiliza cotações para frete marítimo, aéreo, rodoviário, seguros e carga de projeto; Conversor, que faz cálculos e medidas de peso; e o FAQ, um sistema para perguntas frequentes, com o objetivo de sanar as dúvidas dos clientes. O aplicativo também é compatível com iPad, iPhone e iPod Touch. (11) 2227-2752
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Rocha Log apresenta novos armazéns
A Rocha Terminais Portuários e Logística – Rocha Log – apresentou seus três novos armazéns localizados em Paranaguá (PR). Voltados principalmente para a estocagem de fertilizantes provenientes de importação pelo porto, as estruturas estão previstas para ser inauguradas ainda neste primeiro semestre. Foram aplicados R$ 85 milhões para a viabilização dos armazéns, que terão como objetivo atender à crescente demanda. As três unidades, AZ Praça, AZ Langer e AZ 10, possuem, respectivamente, 82 mil m³, 53 mil m³ e 60 mil m³. Com o armazém AZ Rocha, já existente e com mais 60 mil m³, a companhia possui agora um total de 255 mil m³ em área de estocagem no porto. As novas estruturas proporcionam uma capacidade de movimentação de 1,5 milhão de toneladas por ano. Além disso, são informatizadas e automatizadas, com recursos como segurança patrimonial, ambiental e operacional,
possibilitando assim uma recepção de até 1.000 t por hora e expedição de 500 t por hora. Os armazéns possuem correias transportadoras hermeticamente fechadas e conectadas ao Terminal Público de Fertilizantes do Porto de Paranaguá, permitindo a transferência dos produtos diretamente dos navios aos armazéns da companhia, o que reduz muito o tempo de descarga, baixando o tempo de espera para atracação dos navios. A companhia conta também com três guindastes sobre rodas (MHC) localizados na zona primária do porto, que fazem a carga e descarga de navios. Além disso, a empresa ainda possui um armazém alfandegado para operações de estufagem e desova de contêineres e armazenamento de mercadorias e cargas de projeto de importação e exportação. Para João Gilberto Cominese Freire, presidente do Conselho Administrativo da Rocha Log, os investimentos não são apenas para atender ao mercado de fertilizantes, mas também visam acelerar o processo de descarga dos navios, colaborando para menor tempo de espera na fila de atracação do porto, reduzindo assim os custos de operações dos importadores. “Do total de fertilizantes que entram no Brasil, 40% são provenientes de Paranaguá. O porto se tornou líder no segmento do produto. Com essa nova estrutura, a Rocha Log visa colaborar com o Porto de Paranaguá para manter essa excelência e liderança nas importações de fertilizantes, colaborando para toda a cadeia logística do produto”, conclui Freire. A empresa possui mais de 147 anos de atuação no mercado brasileiro. Atualmente, está presente nos portos de Paranaguá (PR), São Francisco do Sul (SC) e Santos (SP), com serviços de movimentação e estocagem de granéis sólidos, cargas em geral e contêineres, oferecendo soluções de logística integrada e otimizada. (41) 3221-5600
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PRODUTOS
Caminhões extrapesados TGX, da MAN
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rar com semirreboques de três eixos convencional, com um eixo espaçado ou com três eixos espaçados. O TGX 29.440 6x4 também é aplicado no transporte rodoviário de médias e longas distâncias, mas é indicado para o transporte de cargas de médias e altas densidades com PBTC de 57 t a 74 t. Equipado com eixos traseiros sem redução nos cubos da roda e com capacidade máxima de tração de 80 t, o caminhão é direcionado, ainda, para as aplicações com composições tipo bitrem, bitrenzão, rodotrem e tritrem. Já o TGX 33.440 6x4 também foi desenvolvido para as mesmas aplicações que o modelo anterior, porém em condições mais severas de operação.
A MAN Latin America apresentou ao mercado brasileiro em abril, após três anos e meio de projeto, R$ 100 milhões investidos e seis milhões de quilômetros rodados em testes, os extrapesados MAN “Made in Brazil”. Os cavalos-mecânicos 28.440 6x2, 29.440 6x4 e 33.440 6x4, todos da linha TGX, são destinados a aplicações rodoviárias e tiveram sua configuração otimizada para atender às necessidades específicas de transporte em países emergentes, já que além do Brasil os caminhões atenderão a outros mercados da região. Os veículos são produzidos na fábrica da montadora em Resende (RJ) e fazem com que a MAN passe a oferecer uma gama de modelos que varia de 5,5 a 74 toneladas de peso bruto total combinado. Ao todo, foram 230 modificações, implementadas exclusivamente em função das características locais. As principais otimizações estão no trem de força, na suspensão e no chassi. Modelos O TGX 28.440 6x2 é destinado a operações rodoviárias de médias e longas distâncias e para o transporte de cargas de médias e altas densidades. O TGX 6x2 possui capacidade máxima de tração de 70 t, podendo ope-
Características As cabines que equipam a série TGX possuem fácil acesso por amplos degraus iluminados e um ângulo de abertura das portas de 90º. Para facilitar o processo de basculamento e reduzir o esforço do condutor, um acionamento elétrico da cabine é disponibilizado como item de série. Além disso, quatro bolsões pneumáticos compõem o sistema de suspensão da cabine sobre o chassi. Os veículos já saem configurados de fábrica com esse sistema, para assegurar menos ruído e vibrações no interior da cabine. Para tornar as cabines ainda mais amplas, o túnel do motor localizado próximo ao motorista possui altura de apenas 12 centímetros, o que facilita a movimentação do motorista no seu interior e o alcance dos com-
partimentos internos. Um compartimento multifuncional localizado acima do leito oferece mais espaço para o armazenamento de objetos e também poderá ser utilizado como uma segunda cama. O banco do motorista está equipado com suspensão pneumática, diversas opções de ajuste e cinto de segurança incorporado ao assento. Destaque para os botões disponíveis no próprio volante que dão acesso aos comandos do computador de bordo, desempenho do veículo e do rádio por meio de um simples toque durante a condução. A altura e inclinação do volante também podem ser ajustadas por meio de acionamento pneumático e os veículos TGX já vêm equipados com espelhos retrovisores com aquecimento e ajuste elétrico no painel. Uma cama está disponível para as horas de descanso dos motoristas. Os compartimentos externos para grandes volumes, que equipam a cabine do novo caminhão, também poderão ser acessados pelo interior da cabine abaixo da cama. Os modelos são equipados com motor eletrônico MAN D26 de 12 litros e seis cilindros com 440 cavalos de potência. Dotado de tecnologia SCR (Redução Catalítica Seletiva) de pós-tratamento dos gases de escape, utiliza uma solução aquosa a base de ureia (Arla 32), para atender à nova norma de emissão do Proconve P-7 (equivalente ao Euro 5). Os motores contam com o sistema de injeção Common Rail e a potência máxima é obtida a 1.500 rpm. Além disso, o torque de 2.200 Nm em uma ampla faixa de rotações proporciona a manutenção da velocidade cruzeiro do caminhão em rampa, menores quantidades de troca de marcha e,
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por consequência, garante um menor consumo de combustível. Uma novidade nos caminhões MAN TGX é o sistema auxiliar de freios EVBec. Com grande potência de frenagem, de 400 cv, o sistema auxilia as operações de descida, reduzindo a necessidade de utilização dos freios de serviço e minimizando o seu desgaste. O novo sistema garante maior segurança ao condutor durante a operação com o veículo carregado. Todos os modelos da série brasileira são equipados com transmissão automatizada MAN TipMatic. Além de proporcionar mais conforto e segurança ao motorista durante a condução, o uso
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da transmissão automatizada em frotas poderá proporcionar padronização no consumo de combustível dos veículos. Fabricada pela ZF em parceria com a MAN, a caixa TipMatic possui 16 marchas e grande capacidade de torque de entrada, garantindo maior durabilidade ao equipamento. As relações das marchas foram cuidadosamente desenvolvidas para assegurar um bom escalonamento e obter excelente performance do veículo com grande economia de combustível, além de conforto total ao motorista. Para atender às necessidades dos clientes, os caminhões MAN TGX também estarão disponíveis com transmissão manual de
16 marchas, como mais uma opção de configuração do produto. Os caminhões já estão sendo produzidos em série desde janeiro, numa área de 10.000 m2 projetada exclusivamente para produzir até cinco mil cavalos mecânicos TGX ao ano. Vale lembrar que a produção ganhou um impulso graças à abertura do segundo turno de produção. Ainda este ano, dez unidades entre os modelos TGX 28.440 6x2, 29.440 6x4 e 33.440 6x4 serão montados diariamente, ao lado dos caminhões e ônibus da marca Volkswagen. Ao todo, a linha de Resende possui sete postos de montagem. (11) 5582-5122
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PRODUTOS
Carrinho de separação com RFID, da Ehrhardt+Partner A Ehrhardt+Partner, desenvolveu, em parceria com o Instituto de Soluções Técnicas em Logística, um carrinho multipicking com RFID (identificação por radiofrequência), que tem por objetivo facilitar e agilizar o processo de separação. O equipamento realiza a separação simultânea de até 40 pedidos e pode ser aplicado na captura digital de documentos de acesso restrito e na coleta de pequenos itens. Para iniciar a operação, é necessário vincular o carrinho de separação ao sistema de gerenciamento do armazém e aos recipientes utilizados para a estocagem de itens, que de-
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vem ser dotados de tags com RFID. Após esse processo, o sistema de gestão do armazém atribui leitura aos escaninhos (pequenas prateleiras onde são colocados os itens) do carrinho. Ao ser informado por meio de uma tela de toque, o operador é enviado ao local onde o escaninho indicado deve ser lido pelo scanner. Após a leitura do código de barras fixado nos recipientes de estocagem, luzes indicadoras mostram a quantidade do produto e em qual escaninho deve ser armazenado. A tecnologia Put-to-Light assegura que a quantidade separada esteja correta, reduzindo o número de erros de se-
paração e maximizando a precisão das operações. Assim que todas as separações são finalizadas, o carrinho deve ser enviado para a zona de saída de mercadorias. Ali, os escaninhos serão removidos e registrados automaticamente por um leitor de RFID, evitando a troca equivocada de prateleiras, que comprometeria os passos seguintes na separação e assegurando, assim, o rastreamento das mercadorias durante o processo. A empresa disponibiliza diferentes padrões de modelos de carrinhos com até 40 escaninhos, sendo possível, também, conceber modulações individualizadas. (11) 3373-7545
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Nova linha Daily Ecoline, da Iveco
A montadora Iveco disponibiliza a nova gama do Iveco Daily da linha Ecoline, composta por caminhões leves de 3,5 a sete toneladas que apresentam novidades frente ao modelo antigo, lançado em 2007. A nova geração traz interior, painel, bancos e retrovisores renovados, tornando o caminhão mais confortável. Outra novidade é o motor FPT F1C Dual Stage, com tecnologia EGR – que dispensa o uso do agente Arla 32 – apresentando potências de 147 a 170 cavalos. A transmissão agora é de seis marchas, com alavanca de mudanças no painel. Com essa combinação de motor e transmissão, a nova geração do Iveco Daily é até 9% mais econômica que a anterior. São 30 versões variadas do veículo, entre chassi, cabine e furgão, incluindo a versão cabine dupla e quatro entre-eixos diferentes. No topo da linha está o 70C17 Daily Truck, com capacidade para até 4.520 kg. Sua plataforma de carga é maior e também mais baixa em relação ao solo, o que facilita as ope-
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rações de carga e descarga. Já o modelo 35S14, para até 3,5 t, ganhou maior potência e agilidade, um benefício adicional para os clientes das cidades com zonas de restrição à circulação. No segmento entre 3,5 e 6 t, os atuais 45S16 e 55C16 passam a se chamar 45S17 e 55C17, devido à maior potência do motor. Motorização O novo motor Iveco FPT F1C Dual Stage, com tecnologia EGR, possui sistema de injeção eletrônica common-rail, turbo duplo e intercooler. Usa bicos injetores com tecnologia que garante resposta cinco vezes mais rápida que os bicos anteriores. A pressão de injeção foi aumentada de 1.600 para 1.800 bars e a central eletrônica foi calibrada para as condições locais. Os dois turbos podem ampliar o enchimento do motor tanto em baixa como em alta rotação. Tudo isso resultou em ganho de potência e torque no novo motor. 0800 7023443
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PRODUTOS
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A Jungheinrich está lançando a nova empilhadeira trilateral selecionadora de pedidos modelo EKX 410. A máquina foi desenvolvida com a terceira geração da tecnologia AC trifásica a fim de garantir produtividade otimizada com menor consumo de energia. O lançamento, que chega para expandir a atuação da companhia no mercado de até uma tonelada e elevação acima de nove metros, é dotado de motor elétrico, trabalha em corredores estreitos (VNA) e seleciona pedidos. O modelo possibilita que o operador utilize o Jungheinrich Warehouse Navigation para corredores estreitos. Como já acontece na EKX série 5, a nova máquina pode se comunicar com os sistemas de gerenciamento de armazém próprios de cada cliente. Agora, todas as informações do sistema de gerenciamento chegam à empilhadeira VNA via interface logística implantada, o que permite ao equipamento receber solicitações de estocar, retirar paletes ou selecionar pedidos do sistema de gerenciamento, e o operador realiza a confirmação e pilota até próximo do corredor do pedido em que está trabalhando. Então, o sistema semiautomático da empilhadeira entra em operação e chega até o palete por meio da rota mais curta, com velocidade e consumo de energia otimizados. Conforto A ergonomia foi um dos aspectos fundamentais na concepção do projeto. No modelo EKX 410 o foco foi em desenvolver um assento ajustável, um espaço confortável para a operação, possibilitar fácil acesso à cabine e aperfeiçoar a visibilidade; assim, é possível que o operador veja tanto o caminho a ser percorrido quanto a carga, sem dificuldades. No centro da cabine está o controlador de operação, equipado com um display colorido e teclado. O operador pode ativar funções pré-programadas por meio de um código de acesso. Os sensores registram as informações e as passam para o computador de bordo; dessa forma, deslocamento e funções hidráulicas são ativados e funcionam de acordo com o programa escolhido. A tecnologia AC trifásica também foi aperfeiçoada, o que gera produtividade com menor consumo de energia, além de melhora nas velocidades de deslocamento e elevação. Outro benefício é a recuperação de energia à bateria durante frenagem e a descida da carga. Isso garante a utilização mais longa com apenas uma carga na bateria. (11) 4815-8200
Empilhadeiras FGL e FD, da Feeler A Empilog traz para o Brasil as empilhadeiras FGL e FD, da marca Feeler. Os equipamentos podem ser aplicados em pátios, depósitos de material de construção, madeireiras, docas e portos, e apresentam a possibilidade de adaptação conforme a necessidade de carga, altura e trabalho específico. As empilhadeiras possuem deslocador lateral de garfos Cascade com mastro triplex. Sua capacidade de carga é de 1.500 kg, podendo chegar a 4.000 kg dependendo do acessório empregado. Com transmissão Powershift, as máquinas têm coluna de direção com ajuste de altura, painel digital, sistema completo de luzes e alarmes e capô basculante. O equipamento a combustão interna dispõe de duas opções de combustível, diesel ou GLP e gasolina (dual fuel). Os modelos FD a diesel têm duas opções de motor, Yanmar 4TNE98 e Isuzu 4JG2, enquanto o modelo FGL, dual fuel, tem as opções Nissan K25 ou Mitsubishi 4G64. As empilhadeiras FGL e FD têm garantia de mil horas ou seis meses de uso contra defeitos de fabricação, além de duas mil horas ou 12 meses de garantia no motor e transmissão. A garantia é determinada conforme a ocorrência, meses ou horas. (47) 3326-7735
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Empilhadeira trilateral e selecionadora de pedidos, da Jungheinrich
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Cold Log, da Closed Gap A Closed Gap disponibiliza ao mercado brasileiro o Cold Log, um produto que oferece praticidade e baixo custo para medir a temperatura de cargas congeladas ao longo de toda a cadeia, desde a armazenagem, passando pelo transporte, até o ponto de venda, com leitura imediata. Totalmente atóxica, a solução assegura a manutenção das condições adequadas de temperatura do produto. Se a carga receber calor suficiente para descongelar, o Cold Log indica o processo e, mes-
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PRODUTOS
mo que o produto volte a ser congelado, a indicação é irreversível, o que confere mais segurança e confiabilidade ao monitoramento. Autoadesivo, o produto pode ser anexado a qualquer tipo de caixa ou palete e acompanha a carga em todas as etapas da cadeia logística, em freezers, câmaras frias, caminhões, contêineres ou gôndolas. Disponível nas faixas de temperatura de 0º C, -12 ºC, -18 ºC e -21 ºC, o Cold Log é compacto e de fácil
aplicação, sendo indicado principalmente para o monitoramento de fármacos, químicos e alimentos, como pratos prontos, sorvetes, gelo, legumes, carnes e frutas, entre outros. Depois de utilizado, o sensor pode ser enviado de volta à Closed Gap, que garante o correto descarte do material, 100% reciclável. (11) 3171-3456
AGENDA INTERNACIONAL
NACIONAL
China Transpo-International on Road and Water Transport Technology and Equipment. De 23 a 25 de maio. Beijing, China. yingjie@biec.com.cn
Fóruns, Feiras e Seminários
Transport Logistic China – International Exhibition for Logistics, Telematics and Transport e Air Cargo China – Exhibition and Conference for the Air Cargo Industry. De 05 a 07 de junho. Shanghai, China. info@transportlogistic-china.com 14ª Reunião Latino-Americana de Logística. 12 e 13 de junho. Buenos Aires, Argentina. logistica@apla.com.ar www.apla.com.ar Transfairlog – Trade Fair for International Transport and Logistics Management. De 12 a 14 de junho. Hamburg, Germany. transfairlog@euroexpo.de
III Fórum de Logística Reversa. 13 e 14 de junho. Hotel Estanplaza Berrini, São Paulo, SP. Organização e informações: Publicare Eventos e Conselho de Logística Reversa do Brasil – CLRB. Tel.: (11) 5505-0999 forum@publicare.com.br 7º Encontro de Logística e Transportes. 21 e 22 de maio. Hotel Unique, São Paulo, SP. Organização e informações: FIESP. Tel.: (11) 3549-4499 www.fiesp.com.br 8ª Maratona de Supply Chain. 22 e 23 de maio. Centro Empresarial de São Paulo, São Paulo, SP. Organização e informações: Inbrasc. Tel.: (11) 3302-9200 www.inbrasc.org.br 9º Curso de Gestão da Logística Agroindustrial. 7 a 10 de junho.
ESALQ-LOG/USP, Piracicaba, SP. Organização e inscrições: Fundação de Estudos Agrários Luiz de Queiroz. Tel.: (19) 3417-6604 cdt@fealq.org.br www.fealq.org.br 11ª Feira Logisvale. 13 e 14 de junho. Pavilhão de Exposições do Parque Tecnológico de São José dos Campos. São José dos Campos, SP. Organização e informações: GPA Comunicação. Tel.: (19) 3383-3555 contato@gpaassociados.com.br www.logisvaleinternacional.com.br Transpo Amazônia - 1ª Feira e Congresso Internacional de Transporte e Logística. De 26 a 28 de junho. Manaus, AM. Organização e informações: Fetramaz. Tel.: (92) 2125-1018 www.fetramaz.br XVIII Fórum Internacional de Logística & Expo Logística. De 20 a 22 de agosto. Rio de Janeiro, RJ. Organização
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e informações: ILOS Tel.: (21) 3445-3000 ilos@ilos.com.br www.ilos.com.br
Média e Longa Duração Curso de Especialização em Logística Integrada na Agroindústria. Duração de 360 horas. Itapetininga, SP. MBA em Logística Empresarial. Duração de 360 horas. São Paulo, SP. Organização e informações: Fat Gestão. Tel.: (11) 3311-2660 www.fatgestao.org.br Gestão em Comércio Exterior. 264 horas, um ano. Curitiba, PR. Organização e informações: Centro Europeu. Tel.: (41) 3222-6669 carolina@centroeuropeu.com.br www.centroeuropeu.com.br
dades Anhanguera. Tel.: 0800 9414444 www.vestibulares.br MBA em Logística e Supply Chain. Maio de 2012. Duração de 432 horas. Jundiaí, SP. Organização e informações: Fundação Getulio Vargas - FGV. Tel.: (11) 4583-8300 info@ibe.edu.br www.ibe.edu.br Logistics and Supply Chain Executive Program – Curso em conjunto com a Michigan State University. De 8 a 13 de julho. Rio de Janeiro, RJ. Organização e informações: Instituto de Logística e Supply Chain – ILOS. Tel.: (21) 3445-3000 ilos@ilos.com.br www.ilos.com.br
Curta duração Formação em Gestão de Transporte e Logística. 180 horas, dois semestres. São Paulo, SP. Organização e informações: Ceteal. Tel.: (11) 5581-7326 secretaria@ceteal.com www.ceteal.com.br Pós-Graduação em Logística e Serviços. 400 horas. Campinas, SP. Organização e informações: FATEC-ID (Faculdade de Tecnologia de Indaiatuba). Tel.: (19) 2108-9135 inscrever@universidadedotransporte. com.br www.fatecindaiatuba.edu.br/pos Pós-Graduação em Logística. Duração de três semestres. São Bernardo do Campo, SP. Organização e informações: Centro Universitário da FEI. Tel.: (11) 4353-2909 iecat@fei.edu.br www.fei.edu.br Superior de Tecnologia em Logística. Duração de dois anos. São Paulo, SP. Organização e informações: Facul-
Desenvolvimento Técnico de Motoristas. 19 de maio. Gestão de Compras e Suprimentos e Negociação com Fornecedores. 21 de maio. Desenvolvimento de Conferentes de Cargas. 26 de maio. Todos em São Paulo, SP. COILOG – Conferência Itinerante de Logística e Transporte. 21 de junho. Campinas, SP. Organização e informações: Ceteal. Tel.: (11) 5581-7326 secretaria@ceteal.com www.ceteal.com Planejamento Colaborativo da Demanda. 19 e 20 de junho. Técnicas Quantitativas de Previsão de Vendas. 21 e 22 de junho. Gestão de Estoques na Cadeia de Suprimentos. 17 e 18 de julho. Todos no Rio de Janeiro, RJ. Organização e informações: Instituto de Logística e Supply Chain – ILOS. Tel.: (21) 3445-3000 ilos@ilos.com.br www.ilos.com.br Indicadores de Performance. 23 e 24 de maio. Gestão Estratégica de ComMaio/2012 - Revista Tecnologística - 113
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pras e Vendas. 19 e 20 de junho. Ambos no Rio de Janeiro, RJ. Planejamento e Previsão de Demanda. 13 e 14 de junho. São Paulo, SP. Organização e informações: Cebralog. Tel.: (19) 3289-0903 sac@cebralog.com www.cebralog.com Controle de Estoque e Planejamento de Demanda. 22 e 23 de maio. Gestão de Pedidos e Serviços ao Cliente. 26 e 27 de junho. Ambos em São Paulo, SP. Organização e informações: Enaslog. Tel.: (11) 3668-5513 enaslog@enaslog.org.br www.enaslog.org.br S&OP – Sales & Operations Planning. 23 de maio. Controle de Estoque de Peças MRO. 24 de maio. Previsão de Demanda de Produtos Sazonais. 26 de maio. MRP – Material Requirement Planning. 30 de maio. Operação de Milk Run. 14 de junho. Custos Aplicados a Transportes. 16 de junho. Value Stream Mapping – Mapeando a Cadeia de Valor. 28 de junho. Todos em Campinas, SP. Organização e informações: IBS – Instituto Brasileiro de Profissionais de Supply Chain. Tel.: (19) 3289-4181
ibpsc@ibpsc.net www.ibpsc.net ProModel Básico. 23 a 25 de maio. Campinas, SP. Forecast Pro Trac. 1º de junho. ProModel Avançado. 11 a 13 de junho. ProModel Básico. 20 a 22 de junho. Todos em São Paulo, SP. Organização e informações: Belge. Tel.: (11) 5561-5353 info@belge.com.br www.belge.com.br Curso Intensivo de Logística e Supply Chain. 26 de maio. Planilha de Custos e Formação de Preços no Transporte de Carga. 16 de junho. Ambos em São Paulo, SP. Organização e informações: Fat Gestão. Tel.: (11) 3311-2660 www.fatgestao.org.br Introdução à Simulação com Arena. 18 e 19 de junho. Simulação de Processos em Portos e Siderurgia. 18 e 19 de junho. Workshop com Arena. 22 de junho. Todos em São Paulo, SP. Organização e informações: Paragon. Tel.: (11) 4058-8888 contato@paragon.com.br www.paragon.com.br
Contratação Eficiente de Frete. 19 e 20 de junho. São Paulo, SP. Organização e informações: GKO Informática. Tel.: (21) 2533-3503 adriana@gko.com.br www.gkofrete.com.br Administração de Operações Logísticas. Duração de 30 horas. Custos Logísticos, Aspectos Tributários e Fiscais. Duração de 18 horas. Gestão de Frotas. Duração de 30 horas. Logística Integrada. Duração de 24 horas. Administração de Armazenagem. Administração e Planejamento da Produção. Gestão da Distribuição. Logística de Transportes. Logística em Comércio e Serviço. Logística, Marketing e Vendas. Negociação em Compras. Previsão da Demanda para o Planejamento de Vendas e Operações. Tecnologia Aplicada à Logística. Compras e Administração de Materiais. Todos com duração de 15 horas. Todos em São Paulo, SP. Organização e informações: Senac. Tel.: 0800 8832000 naiana.gsouza@sp.senac.br www.sp.senac.br Veja a agenda completa de cursos, seminários, MBAs e demais eventos em www. tecnologistica.com.br/agenda
ANUNCIANTES DA EDIÇÃO Advantech ................................... 107 ADD Mark ..................................... 22 Almi ............................................. 104 Alternativa ..................................... 30 Assine Tecnologística .................. 111 Bauko ............................................. 21 Bertolini ........................................ 43 BMC ...................................... 3ª capa Brado .............................................. 61 Brascargo ....................................... 29 Capital Realty ................................ 69 Cassioli .......................................... 17 Ceva ............................................... 99 Columbia ...................................... 95 Conlog ........................................... 32 Consmetal ..................................... 93 Coparts .......................................... 19 Cordenonsi .................................... 18 Cursos .......................................... 113
Dabo Clark .................................... 15 DBTrans ......................................... 25 Equipamentos Gulin ..................... 27 Fórum Logística Reversa .............. 105 Friozem .......................................... 56 GR Campinas ................................. 07 GVM Logística................................ 23 GWI ................................................ 09 HBZ................................................. 39 IBL .................................................. 31 ILOS ................................................ 89 JSL................................................... 13 Jungheinrich .................................. 47 Log CP .................................. 35 e 103 MKS ................................................ 34 Nautika ........................................... 33 Otimis............................................. 73 Overflash ........................................ 26 PPW ................................................ 51
Rapidão Cometa ..................... 4ª capa Rentank .......................................... 46 Retrak ............................................. 77 Salvador Logística ........................ 101 Scheffer........................................... 11 Serasa .............................................. 81 Site ................................................ 109 Somov ............................................ 45 Still ................................................. 53 Stock Teck ...................................... 65 Tegma ............................................. 05 Termoprol ..................................... 80 Testo .............................................. 85 Top Flex.......................................... 97 Tópico .......................................... 108 Toyota .................................... 2ª capa UPS ................................................. 87 UTI ......................................... 36 e 37
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