Revista Tecnologística - Ed. 203 - Out/2012

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Antonio Wrobleski:“topo da pirâmide” ainda comporta mais operadores logísticos

CONDOMÍNIOS LOGÍSTICOS Mercado vive boom, com aumento de oferta e procura Pesquisa: localização e oferta de serviços atrai operadores para os condomínios logísticos capa 203.indd 2

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SUMÁRIO

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MERCADO Veja todas as novidades do mercado brasileiro de logística nesta seção

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ENTREVISTA

TERCEIRIZAÇÃO Elog auxilia a multinacional Husqvarna a estruturar sua logística para cumprir o objetivo de dobrar de tamanho no Brasil até 2013

Poucos meses após assumir a presidência da Support Cargo, Antônio Wrobleski fala sobre as estratégias da empresa e sobre o momento de definição do mercado brasileiro de logística

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ARMAZENAGEM Empresas do setor de estruturas de armazenagem automatizadas fazem apelo por edifícios que possibilitem maior automação das operações

CROSS-DOCKING Acompanhe o vai e vem dos profissionais no movimentado mercado de logística brasileiro

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SUPPLY CHAIN

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ESPECIAL Representantes do setor de condomínios logísticos analisam o mercado, que vive um boom no País, com muitos projetos em andamento. Na tabela que acompanha a análise, trazemos os principais players, as estruturas e serviços oferecidos

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PESQUISA Levantamento realizado pelo ILOS revela aumento da procura por condomínios logísticos pelos operadores logísticos brasileiros, comprovando que a oferta ainda é insuficiente, apesar de também crescer

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Calu Fernandes

Diamond Value Chain Consulting, braço de supply chain da Dow, ajudou a Neoplastic a mapear seus processos logísticos e a corrigir distorções, obtendo redução de espera no atendimento e aumento da acurácia do inventário

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Daniel Gobbi Costa fala da importância da auditoria aduaneira para garantir a qualidade dos processos, evitar fraudes e aprimorar o controle interno das empresas

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LIVRO Livro-documento traz relatos de 40 pioneiros do TRC de Minas Gerais, resgatando a história do setor no Estado

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PRODUTOS Conheça os principais lançamentos de produtos, serviços e sistemas voltados à logística

128 Capa: Anderson Maciel Foto: Divulgação Hines

EVENTO Quinta edição da Brasil nos Trilhos discutiu os novos rumos do transporte ferroviário no Brasil

ILOS Maurício Lima analisa os impactos nos custos e no nível de serviço do transporte rodoviário de cargas brasileiro provocados pela nova legislação profissional de motoristas

OPINIÃO

AGENDA Confira os mais importantes cursos, seminários, MBAs e demais eventos nacionais e internacionais do setor de logística em nossa agenda

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EDITORIAL Publicare Editora Ltda. www.publicare.com.br

Diretores Shirley Simão shirley@publicare.com.br

Jorge Roberto Simão

Impulso para a qualidade

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sta edição traz como tema central o fenômeno dos condomínios logísticos (CLs), estruturas que reúnem uma gama de serviços e facilidades para os usuários, aumentando a qualidade das operações logísticas, cujo mercado vem literalmente explodindo no País. Por isso, chamar de fenômeno não é um exagero. Vários são os fatores que atraem as empresas – a maioria delas operadores logísticos – para estas estruturas, como sua localização, segurança, qualidade das instalações prediais e a possibilidade de ratear o custo de serviços que, embora considerados acessórios, são importantes para os usuários, como instalações de apoio para motoristas e demais funcionários, entre outros. Como era de se esperar, o aumento da procura fez também aumentar a oferta, não apenas no número de estruturas como no de empresas ofertantes. Muitas que já atuavam no ramo imobiliário, mas em outras áreas, estão migrando para o segmento, de olho nas oportunidades que oferece. E não são poucas, já que – como revela uma pesquisa feita pelo Instituto de Logística e Supply Chain (ILOS), também disponível nesta edição – apesar do crescimento da oferta, ela ainda é insuficiente para atender à demanda, principalmente em algumas regiões do País. Não é à toa que, apesar de o preço do aluguel dentro dessas estruturas ser maior que em armazéns unitários, as empresas estão dispostas a pagar mais para se instalar em um CL. Além da pesquisa, esta edição traz uma análise feita por empresas que atuam no setor de condomínios logísticos, mostrando para onde caminha este mercado, e uma tabela com os principais players do segmento. A exemplo dos outros panoramas de mercado publicados pela Tecnologística, este deve se tornar referência, ajudando as empresas a divulgar suas estruturas e os operadores logísticos a encontrar aquela mais adequada para suas necessidades. Mas como nem só de condomínios vive o mercado, esta edição traz, ainda, dois cases interessantes de soluções encontradas por operadores logísticos para seus clientes: o da Elog Logística para a Husqvarna e o da Dow-DVCC para a Neoplastic, além de uma matéria sobre os armazéns automatizados, uma tendência mundial que também cresce no Brasil e que serve de contraponto para os condomínios. Mais uma edição da Tecnologística para ler e guardar. Boa leitura e até novembro. Shirley Simão

jorge@publicare.com.br

Ano XVIII - N.º 203 - Outubro/2012 www.tecnologistica.com.br Redação, Administração e Publicidade Av. Eng. Luiz Carlos Berrini, 801 - 2º Andar CEP: 04571-010 - São Paulo - SP

Central de Atendimento: Tel./Fax: (11) 5505-0999 Assinatura assinatura@publicare.com.br Editora Silvia Antunes Marino - MTb 18.556 Reportagem André Moraes Fábio Penteado Fernando Fischer redacao@publicare.com.br Revisão Silvia Giurlani Arte Anderson Goes Maciel Renato Sales Publicidade Eládia San Juan Marcos Fornabaio Rodrigo Machado Taís Coimbra Argentina V. y V.S.R.L. Nuñes - 2820 1429 - Buenos Aires - Argentina Tel./Fax: (0054 11) 4702-2800 Periodicidade Mensal Circulação Nacional Conselho Editorial Antônio Galvão Novaes; Arthur A. Hill; César Lavalle; Hugo Yoshizaki; Marcos Isaac; Paulo Fleury; Paulo Roberto Leite; Robert Caracik; Rodrigo Vilaça; Walter Zinn. A Revista Tecnologística não se responsabiliza pelo conteúdo dos artigos assinados, bem como pelas opiniões emitidas pelos entrevistados. Reprodução total ou parcial permitida, desde que citada a fonte. Registrada no 1.º Cartório de Reg. de Tit. e Doc. sob n.º 219.179, nos termos da Lei n.º 5.250/67 (Lei de Imprensa). Marca Registrada INPI n.º 818.454.067. Tiragem auditada pelo

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MERCADO

Mirassol Logística chega ao mercado Grupo estrutura unidade de negócios visando ampliar a participação da atividade no faturamento

Ações Para prestar suporte à Mirassol Logística, o grupo já estabeleceu o plano estratégico de investimentos. Em Campinas (SP), por exemplo, a companhia aplicou R$ 8 milhões e iniciou, no último mês de julho, as operações num armazém de 13.000 m² e 15.000 m2 de área total. “Estamos estudando a possibilidade de expandi-lo”, afirma o diretor. Hoje, três clientes utilizam a estrutura.

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nalisar o mercado e identificar as oportunidades. Com essas premissas, no início do ano o Grupo Expresso Mirassol começou um trabalho para segregar as operações de transporte das de logística, anteriormente oferecidas sob a marca Expresso Mirassol. Segundo o diretor Comercial da empresa, Carlos Donizete Guimarães, a meta é ampliar a participação das atividades logísticas no faturamento da empresa de 7,5% para 18% já ao final de 2012. Para isso, o executivo conta que, em junho, foi concebida a Mirassol Logística. “A companhia já nasce com seis contratos, migrados do Expresso Mirassol e oferecendo serviços como transporte, armazenagem, gestão de embalagens, movimentação interna, carregamento, acompanhamento de expedição, pré-sequenciamento de linha, inbound e outbound”, diz. O objetivo com a segregação das atividades e estruturação da nova unidade de negócios do grupo já foi estabelecido. “Vamos focar nas demandas dos clientes, oferecendo operações customizadas”, diz. Para isso uma equipe de 130 colaboradores está agora exclusivamente dedicada à logística.

Empresa aplicou R$ 8 milhões na nova unidade

Guimarães anuncia ainda que R$ 4,5 milhões serão aplicados na construção de um pátio de equipamentos. Localizado em Campinas, o empreendimento, que deverá ser disponibilizado em fevereiro de 2013, terá 30.000 m² e será utilizado para o recebimento e expedição para o mercado interno de máquinas de importação, além de oferecer serviços de reparo e limpeza dos equipamentos. “Essa operação é destinada a um cliente que já faz parte de nosso portfólio. O que estamos fazendo é aumentar o escopo do serviço”, salienta. Outra ação definida é a inauguração de uma unidade em Pindamonhangaba (SP), estratégia relacionada ao investimento desenvolvido pela companhia em Guarulhos, na Grande São Paulo. “Temos uma área de 25.000 m² em Guarulhos e, hoje, utilizamos 16.000 m² como pátio para nossos caminhões, mas vamos transferi-lo para a cidade do interior paulista”, define. Guimarães frisa que a transferência possibilitará a construção de um armazém de 14.000 m² na unidade da Grande São Paulo. “Vamos investir R$ 16 milhões e a estrutura deverá estar concluída no final de 2013”, informa. Para o execu-

tivo, Guarulhos é uma área muito nobre para ser utilizada como pátio de veículos. Já em Pindamonhangaba, a Mirassol Logística construirá, numa área total de 53.000 m², um armazém de 8.000 m². O restante do espaço será utilizado como estacionamento para os veículos da empresa. “Entre a compra do terreno e a construção do empreendimento, investiremos R$ 14,5 milhões”, diz o executivo. Para suportar estas ações, a empresa também investe em frota. “Concluímos este ano um investimento de R$ 9 milhões. Desse total, R$ 7 milhões foram utilizados para ampliação e o restante para renovação”, calcula. Atualmente, a frota da companhia é de 432 veículos. Guimarães antecipa outras iniciativas: “Temos três grandes frentes de investimento na Mirassol Logística – Rio Grande do Sul, na região de Porto Alegre; Goiás, no município de Catalão; e Minas Gerais, em Belo Horizonte”, resume. De acordo com o diretor Comercial, os projetos estão encaminhados e serão operacionalizados no decorrer do próximo ano. Mirassol Logística: (11) 2141-1211

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SEP inicia nova etapa nas obras da Perimetral em Santos Obra consiste na instalação das vigas do viaduto de acesso ao porto

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Secretaria Especial de Portos (SEP) iniciou, no final de agosto, as obras para a instalação de vigas sobre os pilares dos dois viadutos da Avenida Perimetral da Margem Esquerda do Porto de Santos (SP). O projeto conta com recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e está sendo viabilizado pela SEP com investimentos da ordem de R$ 51,9 milhões, devendo ser concluído até janeiro de 2013. A etapa de colocação das vigas é considerada decisiva para o andamento das obras e foi precedida pela realocação da linha de alta tensão de 138 mil volts, realizada no dia 19 de agosto. No total, serão instaladas 35 vigas, operação que envolve a utilização de quatro guindastes de grande capacidade para o carregamento e içamento das peças, situadas sobre um conjunto de sete vãos a uma altura de até 6,5 metros. O objetivo do viaduto é eliminar o cruzamento da avenida com a linha férrea. “A construção da nova Perimetral reordenará o tráfego viário da margem esquerda do porto, otimizando o fluxo de caminhões na área portuária e trazendo bem-estar a quem se desloca pela cidade. O empreendimento vai racionalizar e dar fluidez de tráfego aos veículos de carga em trânsito pela região portuária, com a implantação de novo circuito de acesso e saída, eliminan-

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do, com o sistema de viadutos, um dos principais gargalos na região, representado pelo cruzamento em nível do atual sistema rodoferroviário”, explica o ministro dos Portos, Leônidas Cristino. O Sistema Viário da Margem Esquerda do Porto de Santos é um corredor viário estabelecido ao longo do perímetro portuário na região entre as instalações do Terminal para Contêineres da Santos Brasil e a Dow Química, com extensão de 2,5 km aproximadamente. O projeto da Perimetral foi elaborado com a participação da Prefeitura do Guarujá, visando o melhoramento das vias já existentes. Além da nova pavimentação, as vias contarão, ainda, com iluminação, paisagismo e sinalização. Está prevista, também, a construção de uma ciclovia junto às pistas para tráfego urbano. O viaduto de entrada ao porto contará com três faixas de rodagem e o de saída, com duas faixas, ambos com recuo e defensas laterais. O viaduto de entrada direcionará o fluxo até uma rotatória que o distribuirá para os terminais portuários. Já o de saída recebe o fluxo procedente do sistema viário já existente e os veículos que deixam os pátios da Santos Brasil e da Localfrio.

Porto de Santos: (13) 3202-6565

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MERCADO

Pernambuco contará com condomínio logístico e multiplataforma Localizado no entorno do Porto de Suape, empreendimento da Cone terá área total de 18 milhões de m²

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triais, operações como recebimento, armazenagem e despacho de cargas. A intermodalidade também é um diferencial do Cone Suape. Além de estar localizado a apenas 9 km do cais do porto, o empreendimento se encontra próximo aos principais acessos da região, como o Aeroporto Internacional do Recife, a Ferrovia Transnordestina, a BR-101 Sul, a Express Way e a PE-60. A estrutura contará com espaços destinados aos mais variados tipos de serviço, como armazenagem frigorificada, Recinto Especial para Despacho Aduaneiro de Exportação (Redex), armazém para suporte de sazonalidade e para produtos químicos, pátio para veículos e contêineres, terminal avançado para cargas aéreas e para

granéis sólidos e líquidos, além de ramal ferroviário e helicentro. O Cone Suape abrigará, ainda, unidades destinadas aos mais variados serviços, como Corpo de Bombeiros, Polícia Militar, centro de convenções, hotéis, policlínicas, shoppings, restaurantes, universidades e anfiteatro. Além disso, o local contará com uma Zona de Processamento de Exportação (ZPE), com um tratamento fiscal e cambial diferenciado, permitindo o processamento de matérias-primas e a exportação de cargas completamente livres de tributos, gerando maior competitividade. Dentre os principais benefícios estão, por exemplo, isenção de ICMS, dispensa de licenças de órgãos federais para importação e exportação, e redução de 75% do Imposto de Renda por dez anos. Todo o projeto está sendo desenvolvido dentro do conceito Green Building de sustentabilidade, que atende às exigências ambientais da região. Alguns fatores de destaque são, por exemplo, a valorização do transporte coletivo e da utilização de bicicletas, a preocupação com o uso eficiente dos recursos naturais e o tratamento adequado dos resíduos. Do investimento total de R$ 1,4 bilhão no Cone Suape, cerca de 80% devem ser aplicados até 2016.

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Cone Condomínio de Negócios, construtora e locadora de imóveis industriais, está investindo R$ 1,4 bilhão na construção do Cone Suape, plataforma destinada a empreendimentos logísticos e industriais localizada, de acordo com a empresa, em uma área total de 18 milhões de m² não contínua no entorno do Complexo Industrial Portuário de Suape, entre os municípios de Jaboatão dos Guararapes e Cabo de Santo Agostinho (PE). Em desenvolvimento desde 2007 e ainda sem data para inauguração, o Cone Suape servirá também como uma retroárea, com total integração ao porto. As empresas ali instaladas poderão moldar seus galpões para realizar, além de atividades indus-

Projeção do empreendimento, que está próximo do porto, aeroporto, ferrovia e rodovias

Cone: (81) 3087-8080

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MERCADO

Wilson, Sons inaugura estruturas em São Paulo

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Expansão da Eadi Santo André e de Centro Logístico complementam a malha da empresa

Com o novo armazém (ao fundo), a Eadi totaliza 92.000 m2 de área alfandegada

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Wilson, Sons Logística – pertencente ao Grupo Wilson, Sons – apresentou ao mercado, em 20 de setembro, duas novas estruturas na Grande São Paulo: a expansão da Estação Aduaneira de Interior (Eadi) Santo André e o Centro Logístico São Paulo, ambas já em funcionamento. A inauguração do CD, que fica em Itapevi, foi adiantada com exclusividade pela Tecnologística no início de agosto (veja em www.tecnologistica.com.br/destaque/ wilson-sons-tem-novo-cd-na-grande-sao-paulo/). Consumindo investimento de R$ 10 milhões, esta unidade fica dentro de um condomínio logístico e tem 22.000 m2 de área total, incluindo 15.000 m2 de armazém e 7.000 m2 de pátio. Com a estrutura de Itapevi, foi possível liberar a área contígua à Eadi Santo André, antes utilizada para armazenagem geral, para as operações alfandegadas. Com isso, o porto seco ganhou mais 10.800 m2 de armazém e 7.000 m2 de pátio, totalizando 92.000

m2 de área totalmente alfandegada, sendo um dos maiores recintos desse tipo em operação no País e o maior sob a jurisdição da Alfândega de São Paulo, com 3.800 declarações de importação expedidas por mês. A nova área, na verdade, já foi alfandegada no passado, como conta o diretor superintendente da Wilson, Sons Logística, Thomas Rittscher III. “Estamos chamando de realfandegamento porque esta área já era alfandegada quando a Wilson, Sons assumiu a operação da Eadi, em 1998. Contudo, como na época o comércio exterior estava em baixa e havia ociosidade, solicitamos a liberação dessa área para atividades de armazém geral. Agora, com o crescimento tanto das operações ligadas à importação e exportação quanto das de logística interna, a área em Santo André ficou pequena, estrangulando ambas as operações. Com a transferência das atividades não-alfandegadas para Ita-

pevi e o alfandegamento desta área, podemos atender melhor aos dois mercados, com operações que podem ser complementares ou independentes”, explica o executivo. Como a área já existia, os investimentos exigidos não foram muito altos. Foi aplicado R$ 1 milhão em uma nova câmara fria, de 600 m3 para atender a dois dos setores-foco da empresa, o farmacêutico e o cosmético. Além deles, a Wilson, Sons considera como estratégicos os segmentos de cargas de projetos, envolvendo equipamentos de grandes dimensões, com demandas especiais; o automotivo, que engloba tanto veículos completos como motocicletas e autopeças; e o de alimentos e bebidas, especialmente o segmento Premium, de produtos como vinho, por exemplo.

Bola da vez Para Rittscher, as duas novas estruturas não são iniciativas isoladas, mas fazem parte da estratégia da empresa de oferecer soluções completas e integradas ao mercado, cobrindo toda a cadeia de suprimentos. “A logística é a bola da vez, está na pauta dos investimentos no Brasil, com o governo anunciando iniciativas para solucionar os gargalos do setor. Estes nossos movimentos acompanham esse contexto e estruturam a empresa para atender melhor ao mercado. O CD de Itapevi traz aumento de capacidade para o atendimento às cargas pós-nacionalização e o Eadi Santo André é um dos melhores recintos

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alfandegados em termos de estrutura e um dos maiores em área também. As duas unidades contam com apoio em termos de transportes, desde a remoção das cargas das áreas primárias, passando pela transferência, até a distribuição, fechando a cadeia; ambas oferecem tecnologia de ponta em termos de sistemas de controle, gestão e segurança. Com isso, nos posicionamos para acompanhar o movimento crescente da logística no Brasil”, afirmou Rittscher. O inspetor-chefe da Alfândega da Receita Federal em São Paulo, João Figueiredo Cruz, concorda com ele. “A RF vê com bons olhos essa ampliação, num momento em que o governo federal deixa clara sua intenção de investir na área de logística, transportes

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e infraestrutura. Esse tipo de iniciativa vem ao encontro deste momento e ajuda a desafogar as áreas primárias – portos e aeroportos – que hoje, como todos sabem, estão superlotadas.” Com relação aos marcos regulatórios do setor, ele concorda que deveriam ser mais claros, para dar maior confiança aos investidores privados. “Nós, da Alfândega, sempre subsidiamos a Receita Federal em Brasília sobre as necessidades do setor. Mas as regras são decisões políticas tomadas em outra esfera”, justifica. Hoje, a Wilson, Sons Logística já conta com 20 unidades, incluindo dois terminais de contêineres, em Rio Grande (RS) e Salvador, e é hoje um dos principais operadores logísticos do País, com receita líquida de

US$ 140,5 milhões em 2011, crescimento de 37,1% em relação a 2010, representando 20% do faturamento total do grupo, que foi de US$ 698 milhões em 2011. O diretor superintendente revela que está prevista a inauguração de mais um centro logístico em Suape (PE), construído especialmente para a empresa no sistema built to suit (sob medida), que deve estar operando até o final do ano, com área total de 76.000 m2 e 23.000m2 de armazéns. Além disso, a Wilson, Sons também participa do processo de licitação de mais duas Eadis, em Salvador e Suape, que funcionarão em sinergia com as estruturas já existentes nos dois locais. Wilson, Sons: (21) 2126-4222

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MERCADO

Unidade instalada na Grande Vitória possui capacidade para 1.000 posições-palete

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Grupo Columbia inaugurou, em agosto, um novo centro de distribuição na cidade de Cariacica, na região de Vitória. Localizada às margens da BR 101, a estrutura locada possui acesso fácil a outros Estados e regiões do País. Com 1.000 m² de área total e dez metros de pé-direito, a unidade possui capacidade para armazenar 1.000 posições-palete. Além disso, está em fase de implantação de es-

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truturas porta-paletes e sistema WMS. Segundo o gerente de Planejamento Operacional da Columbia, Paulo Santiago, o CD oferecerá serviços como armazenagem, movimentação, cross-docking, etiquetagem e manipulação, picking e distribuição e está preparada para receber cargas secas de diferentes tipos. O novo centro de distribuição tem o objetivo de atender principalmente

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Columbia tem novo CD no Espírito Santo

aos clientes da empresa que operam no Espírito Santo. “Com a nova unidade, a Columbia passa a contar com uma estrutura própria para atender as operações do Estado que, até então, eram realizadas em CDs de parceiros da empresa”, comenta o presidente do Grupo Columbia, Nivaldo Tuba. Columbia: (11) 3330-6700

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DHL anuncia plano de crescimento no setor de óleo e energia no Brasil

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Com estimativa de crescer 30% nas operações do segmento, companhia pretende triplicar faturamento até 2015

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DHL anunciou, no início de setembro, suas intenções de investimentos e projeções para o mercado de óleo e energia. Para acompanhar o crescimento de 350% da indústria brasileira de petróleo e gás nos últimos dez anos, a companhia revela seu interesse em expandir as operações no segmento. Dentre algumas regiões selecionadas para receber os investimentos no setor, como o Oeste Africano, Oriente Médio e América do Norte, o Brasil foi escolhido para concentrar a maior parte dos esforços da companhia. A DHL deve ingressar, inclusive, no segmento offshore, atividade que pretende iniciar em território brasileiro. “O Brasil é um mercado target para nossos negócios. É uma região em constante desenvolvimento. Queremos ampliar a participação nos contratos de logística internacional para equipamentos e máquinas de grande porte voltados à instalação e construção dos estaleiros e, posteriormente, a movimentação de insumos, controle de inventários e armazém”, explica

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o diretor de projetos Oil & Energy da DHL, Thiago Aracema. Com a identificação do aumento da demanda por energia, a DHL expressou também sua preocupação em atender a esse mercado, investindo em fontes alternativas e avanços tecnológicos, sempre com foco no meio ambiente. “A cada ano o setor está ganhando um impulso em termos de investimentos de grandes empresas. Isso significa o direcionamento de recursos em novos ativos que, no futuro, impactarão ainda mais no aumento da produção”, afirma o diretor. A DHL oferece serviços de transporte multimodal internacional de equipamentos para a indústria de óleo e gás. Até 2015, a companhia pretende triplicar seu faturamento no segmento, impulsionada pelos investimentos no setor. Em 2010, a DHL faturou aproximadamente 1,2 bilhão de euros somente neste segmento. A companhia conta com um total de 500 mil funcionários sendo 300 mil dedicados às operações logísticas. DHL: (19) 3206-2200

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MERCADO

Porto Itapoá recebe nova escala

ID Logistics Brasil registra crescimento de 50%

Operado pela Maersk Line, serviço Rumba percorre a América do Sul, Mediterrâneo, Oriente Médio e Índia

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dez embarcações, todas da Maersk, com capacidade que varia de 4.100 a 4.500 TEUs cada. Além do Maersk Laust, ainda operam o Lexa, Luna, Liça, Laura, Leda, Dunbar, Dabou, Danville e Duncan.

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o dia 22 de agosto, o Porto Itapoá, localizado em Santa Catarina, recebeu uma nova escala em suas operações. Trata-se do serviço Rumba, operado pela Maersk Line, que faz rota en-

Novo serviço é focado na exportação de contêineres refrigerados

tre América do Sul, Mediterrâneo, Oriente Médio e Índia. O início da operação foi marcado pela atracação do navio Maersk Laust. Além de Itapoá, a rota escala ainda os Portos do Rio de Janeiro, Santos (SP), Paranaguá (PR), Itajaí (SC), Jeddah (Arábia Saudita), Salalah (Omã), Jebel Ali (Emirados Árabes), Jawaharlal Nehru (Índia), Gênova (Itália), Barcelona, Málaga e Algeciras (Espanha). Focado na exportação de contêineres refrigerados para a Europa, Oriente Médio e Índia, o novo serviço conta com

O Rumba chega para substituir o serviço Samba, do norte da Europa, que desde fevereiro embarcava cargas no Porto Itapoá. Com isso, o novo serviço conta com uma escala estratégica em Algeciras como porto de transbordo para todas as cargas anteriormente carregadas em Itapoá, quando recebia o Samba. O serviço será escalado semanalmente em Itapoá e conta com rotação de 77 dias.

Maersk Line: (13) 3035-7777

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ID Logistics Brasil registrou crescimento de 50% no volume de negócios no primeiro semestre de 2012, em comparação ao mesmo período de 2011. Foi alcançado um faturamento de R$ 101 milhões neste ano, contra R$ 67,4 milhões no ano passado. “Este crescimento é resultado do grande número de novas operações iniciadas no segundo semestre de 2011, fruto do desenvolvimento de novas atividades, tais como transporte e armazém geral, bem como de novas parcerias com grandes empresas, como Flora (Grupo JBS) e MWM”, conta o diretor-geral da ID Logistics Brasil, Nicolas Derouin. Já o volume mundial de negócios consolidado da empresa foi de 268 milhões de euros no primeiro semestre deste ano, registrando um aumento de 26,5% em relação ao mesmo período de 2011, devido principalmente ao crescimento orgânico de 21,1%. Nas atividades fora da França – onde está a matriz da empresa –, foi registrado um volume de negócios de 99,4 milhões de euros no primeiro semestre de 2012, um crescimento expressivo de 35,6%. ID Logistics: (11) 3809-3400

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MERCADO

Cummins Brasil consolida operações logísticas Divulgação

renciamento dos itens, dois CDs e um armazém externo. Com investimentos da ordem de R$ 4,5 milhões, o novo local, que conta com uma área total de 11.000 m², sendo 9.500 m² destinados a 9.000 posições-palete, será utilizado no recebimento e envio de componentes aos clientes finais – rede de distribuidores Cummins, distribuidores independentes e concessionárias. De acordo com a empresa, a expectativa é realizar, este ano, 45 mil embarques. A unificação das operações será realizada por etapas: no início de setembro a meados de outubro será efetuada a mudança do centro de distribuição da Cummins

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Cummins Brasil, companhia que fabrica motores Diesel, inaugurou em Guarulhos, na Grande São Paulo, um centro de distribuição a fim de consolidar em um único endereço as peças de todas as suas unidades de negócios – New Parts, ReCon, Cummins Power Generation (CPG) e Cummins Filtration. Antes da abertura, a companhia utilizava, para armazenagem e ge-

Filtration. Já em novembro, a empresa concluirá a reforma do novo escritório e das áreas funcionais. Além disso, esta fase marca o início das operações da equipe de Customer Care no novo CD. A nova área de estocagem será um piloto do conceito Cummins Collaborative Workplace (CCW), ambiente de trabalho que atende à diversidade das organizações e estilos individuais de trabalho, fornecendo uma variedade de opções de espaços para incentivar a inovação e a colaboração. Além disso, o espaço chega para suportar as necessidades requeridas pelo crescimento de mercado de pós-venda doméstico e de exportação. Cummins Brasil: (11) 3468-4041

Porto Seco de Uberaba duplica estrutura física Estação aduaneira passa a contar com 85.000 m² de área alfandegada

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Porto Seco de Uberaba (MG) – também conhecido como Porto Seco do Triângulo –, estação aduaneira administrada pela Empresa de Transportes Líder, concluiu, na primeira quinzena de setembro, a ampliação de sua estrutura física. O local passou a contar com uma área total alfandegada de 85.000 m², o dobro da estrutura anterior. A expansão proporcionou a duplicação do armazém coberto, que passou a contar com 14.000 m². Agora, a Eadi conta com dois armazéns com 15 docas e pé direito de 12 metros. “Locamos um imóvel ao lado do nosso e interligamos com o armazém já existente”, explica o gerente executivo do porto, Paulo Carvalho. O espaço destinado à movimentação e armazenagem de contêineres, antes com

24.000 m², passou para cerca de 40.000 m². A área dedicada à armazenagem de produtos químicos também aumentou, passando de 1.000 m² para 1.800 m². Segundo Carvalho, o investimento tem como objetivo dar suporte ao crescimento das operações, visando manter a qualidade das atividades do porto. “Estamos localizados em uma das regiões mais ricas do Brasil e em franco crescimento. Trabalhamos para oferecer às empresas que atuam com comércio exterior mais agilidade na movimentação das mercadorias, proporcionando uma significativa redução nos custos, o que favorece a atração de novos investimentos para a região”, completa o executivo. O Porto Seco de Uberaba, que opera com cinco empilhadeiras com capacida-

de de 2,5 toneladas e um reach stacker de 45 t, conta com um total de 33 colaboradores. A estrutura possui, ainda, quatro tomadas para contêineres refrigerados e caminhões frigoríficos, uma balança rodoviária com capacidade para 60 t e uma ferroviária para 120 t, sistema de monitoramento informatizado para controle de fluxo de pessoas, veículos e mercadorias, alarmes e segurança especializada 24 horas, sistema anti-incêndio e áreas dedicadas para uso exclusivo da Secretaria da Receita Federal, da Unidade de Vigilância Agropecuária do Ministério da Agricultura e de despachantes aduaneiros. Os valores investidos na ampliação não foram divulgados. Transportes Líder: (34) 3313-6101

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MERCADO

Avianca Cargo apresenta novo terminal de embarque Com nova estrutura, empresa passa a ter capacidade para movimentar 8 toneladas por dia

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gas da empresa, Anselmo Mastandréa, anteriormente as operações de recebimento e expedição eram realizadas em um único terminal de 300 m². “Nossa movimentação era de 4 t por dia, e devido ao aumento da demanda, resolvemos segregar as operações”, diz. De acordo com o executivo, o segmento de cargas faturou, em 2011, R$ 21 milhões, e a meta para este ano é chegar a R$ 40 milhões. Para isso, outras ações já estão previstas. Mastandréa adianta que neste mês de outubro a companhia irá inaugurar mais três terminais de carga. As estruturas estão localizadas no

Rio de Janeiro (Aeroporto do Galeão), Maceió e Ilhéus (BA) e ampliam para 24 o número de unidades de carga da Avianca pelo Brasil. O vice-presidente de Marketing e Comercial da Avianca Brasil, Tarcísio Gargioni, conta que já há estudos para implementar terminais logísticos em outras localidades, estando no foco Belém, Goiânia, Vitória e Foz do Iguaçu . “Ainda não temos nada certo, mas até o final do ano um destes locais começará a operar”, afirma. Gargioni revela que, hoje, a carga representa 3% da receita da companhia. Para 2013, o objetivo é chegar a 4%, alcançando 5% em 2015. A ampliação da frota está diretamente relacionada ao crescimento. “Até dezembro vamos introduzir mais cinco aeronaves A 318 e um A 320”, divulga. Atualmente, a Avianca Brasil utiliza em suas operações cinco Airbus A 320, quatro A 319, cinco A 328 e 14 MK 28. As capacidades de carga são de 5 t, 3 t, 2,5 t e 1 t, respectivamente, com ocupação média, de acordo com Mastandréa, de 4 t. O gerente-geral diz, ainda, que a empresa estuda, a médio e longo prazos, a aplicação de aeronaves cargueiras.

Divulgação

Avianca Cargo, unidade de carga da Avianca Brasil, inaugurou em 18 de setembro seu terminal de embarque. Localizado próximo ao Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, o local conta com 400 m² de área operacional e, juntamente com a outra unidade da companhia na região, destinada ao recebimento de mercadorias, tem capacidade para movimentar 8 toneladas por dia. Eletrônicos e medicamentos representarão 60% das movimentações. O restante será composto por peças automotivas e perecíveis. Segundo o gerente-geral de Car-

O setor de carga representa 3% da receita da companhia

Avianca Cargo: (11) 3202-5656

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MERCADO

Veloce reduz emissões de sua frota

Vale vende navios para a Polaris Shipping

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Vale anunciou um acordo com a empresa turca Polaris Shipping para a venda de dez navios do tipo Large Ore Carrier, especializados no transporte de minério, no valor de US$ 600 milhões. As embarcações foram adquiridas pela Vale em 2009 e 2010, como Oil Tankers e, posteriormente, convertidas para Ore Carriers, com capacidade de aproximadamente 300.000 DWT (em português, tonelagem de peso morto) com o objetivo de proporcionar uma frota marítima dedicada ao transporte de minério de ferro para os clientes da mineradora. O acordo de venda prevê, ainda, o afretamento das embarcações pela Vale por meio de contratos de longo prazo com a Polaris. Com a negociação, a empresa libera capital e preserva a capacidade de transporte marítimo de minério de ferro, tendo as embarcações à disposição, mas sem os riscos de propriedade e operação.

Vale: (21) 3814-4477

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Veloce Logística anuncia que conseguiu obter uma redução de aproximadamente 19% na emissão de gases poluentes lançados na atmosfera durante suas operações em 2011. Os dados são do Registro Público de Emissões do Programa Brasileiro GHG Protocol. Mesmo com os aumentos do volume transportado e da quilometragem percorrida pela empresa em 32,7% entre 2010 e 2011, as emissões de gás carbônico cresceram apenas 8%, passando de 52,5 mil toneladas para 56,5 mil t. “Estamos mostrando que é possível transportar mais poluindo menos”, diz o diretor-presidente da Veloce, Paulo Roberto Guedes. Os principais fatores que colaboraram para essa redução foram a ampliação das carretas, de 14,6 metros de comprimento para 15,4 m, aumentando o volume transportado por quilômetro rodado; a redução da idade média da frota, de 11,3 anos

Divulgação

Embarcações do tipo Ore Carrier serão utilizadas pela própria mineradora

Empresa adota soluções que colaboram para a diminuição da emissão de gás carbônico na atmosfera

Emissões caíram 19% mesmo com aumento da quilometragem percorrida

em 2010 para 9,1 anos em 2011, e 8,3 já em 2012; e de 3,8 anos para 3,2 anos no transporte internacional, entre 2010 e 2011. Segundo o Ministério do Meio Ambiente, o transporte rodoviário responde, dentre todos os modais, por 34% das emissões de CO2 no País. “Este é o modal que apresenta a menor capacidade de carga e o maior consumo energético por quilômetro rodado em relação ao ferroviário, hidroviário ou marítimo. É imprescindível desenvolver soluções que reduzam os impactos ambientais do transporte rodoviário”, conclui Guedes. Pensando nas operações internacionais entre Brasil e Argentina, a Veloce desenvolveu o Sistema de Gestão da Sustentabilidade (SGS), com várias medidas efetivas, como a implantação de sistemas de roteirização de viagens em distâncias menores e com menos consumo de combustível; workshops e treinamentos de conscientização junto às transportadoras terceirizadas e motoristas agregados para adotarem medidas de redução de poluentes; premiação dos melhores fornecedores da empresa; instalação de posto de combustível, oferecendo diesel menos poluente e 3% mais econômico; e coleta de água da chuva para reutilização na lavagem de carretas. Esta iniciativa demandou investimentos de R$ 15 milhões, valor equivalente a 8% do faturamento da empresa em 2011. Veloce: (11) 3905-7000

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BTP recebe mais equipamentos para Alemoa

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Terminal começa a operar de maneira experimental até o final do ano

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Brasil Terminal Portuário (BTP) recebeu, em setembro, o primeiro lote de equipamentos adquiridos para o terminal multiuso para contêineres e granéis líquidos que a empresa constrói no bairro da Alemoa, em Santos (SP), previsto para entrar em operação em meados de 2013. Esta primeira leva é formada por quatro portêineres e seis transtêineres (RTGs), de um total de oito portêineres e 26 RTGs que serão aplicados às operações do terminal. O investimento em maquinário nesta primeira fase é de R$ 1,8 bilhão. Segundo o diretor-presidente da BTP, Henry Robinson, a ideia é que todos os equipamentos sejam entregues até o primeiro trimestre de 2013. As movimentações, porém, começam já em 2012. “Até o final do ano vamos movimentar de maneira experimental cerca de 30.000 TEUs por mês”, diz. O executivo prevê, para o final do primeiro semestre do próximo ano, o início das operações com todos os equipamentos que foram adquiri-

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dos. “Nossa capacidade será de 1,2 milhão de TEUs, cerca de 60% das possibilidades operacionais do terminal”, afirma. O executivo explica o porquê de adotar este modelo: “O conceito de que o terminal precisa operar a plena capacidade causa ineficiência”, ressalta. Sem revelar detalhes e prazos, Robinson divulga que, para 2014, está previsto o início das operações com granéis líquidos. Também faz parte do plano estratégico ampliar o número de portêineres para 12, expandindo a capacidade de movimentação do terminal para 2,2 milhões de TEUs. O terminal da BTP ocupará uma área total de 490.000 m², sendo 230.000 m² destinados à operação de contêineres. No local, serão instaladas 1.500 tomadas para contêineres reefers. Ao todo, a unidade contará com 1.100 metros de cais contínuo, com quatro berços de atracação e calado de 15 m. BTP: (13) 3519-4151

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SBB instala CD em Itapevi

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Expectativa é processar 340 pedidos por mês na unidade

Paraná terá condomínio verde em 2013

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Área tem capacidade para 1.716 paletes

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Sociedade Bíblica do Brasil (SBB) – entidade que atua no segmento de tradução e publicações de Bíblias –, inaugurou, em 22 de agosto, seu centro de distribuição. Instalado em Itapevi (SP), o empreendimento conta com uma área total de 3.199 m², sendo 1.940 m 2 destinados à armazenagem, com capacidade para estocar 1.716 paletes, podendo chegar a 2.300 paletes. Segundo o secretário de Logística, Edgar Carvalho, o objetivo com a inauguração é tornar mais eficaz a operação de distribuição. Ele explica que, antes, os produtos eram expedidos a partir da gráfica ou da encadernadora. “Nossa expectativa, neste primeiro momento, é processar 340 pedidos por mês, gerando um fluxo de 92 mil unidades”, diz. A meta é chegar a 270 mil unidades mensais, disponibilizadas com mais

concentração nas regiões Centro-Oeste, Sudeste e Sul. Carvalho é otimista quanto à otimização das operações. “Estimamos que mais de 70% dos pedidos tinham um prazo de entrega acima de 48 horas”, revela. Agora, o executivo calcula que, para os Estados do Sul e Sudeste, o transit-time seja de 24 horas e até 48 h para as localidades da região Centro-Oeste. O novo espaço foi concebido a partir dos resultados de uma consultoria prestada pela Fundação Instituto de Administração (FIA). “No ano passado, distribuímos 6,7 milhões de bíblias e esperamos este ano chegar a 8 milhões”, divulga o secretário de Logística.

SBB: (11) 4195-9590

Estado do Paraná receberá, em 2013, seu primeiro condomínio logístico com certificação Green Building, emitido pelo Green Building Council Brasil, que garante a sustentabilidade do projeto. Comercializado pela multinacional Cushman & Wakefield, o LogTrade estará localizado na cidade de Pinhais (PR). O condomínio contará com uma área total construída de 136.640 m², com espaços de 1.200 m² a 27.500 m², em um terreno de 320.000 m². Na primeira fase, prevista para abril do próximo ano, serão entregues os blocos um e dois do empreendimento, com cerca de 35.000 m² de área construída. Serão 26 módulos com pé direito livre de 10 metros e piso com capacidade para 6 toneladas por m². Cada módulo contará com três docas com infraestrutura para niveladores e seis vagas de estacionamento privativas para automóveis. O LogTrade terá estacionamento para caminhões com 82 vagas, além de itens de segurança como portaria blindada e sistema integrado de câmeras de longo alcance para fiscalização 24 horas. O empreendimento está situado próximo às principais vias que levam à Grande Curitiba (BR-116, BR-227 e anel viário Contorno Leste), permitindo fácil acesso à capital paranaense, a toda sua região metropolitana e ao Porto de Paranaguá. Cushman & Wakefield: (11) 5501-5455

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MERCADO

Braspress abre filial no Paraná

Vale retoma obras da Estrada de Ferro Carajás Expansão da ferrovia havia sido paralisada em julho

Com investimentos de R$ 1 milhão, unidade ajudará a diminuir os prazos de entrega

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empresa de encomendas Braspress inaugurou, no início de setembro, uma nova filial localizada em Paranavaí (PR). Com R$ 1 milhão em investimentos, a 107ª filial instalada no País possui área total de 3.000 m² e atenderá a toda a região Noroeste do Paraná, incluindo 30 cidades em um raio de 70 km². O terminal possui 1.000 m² de área construída e conta com nove docas para carregamento e descarregamento. A unidade tem capacidade para movimentar 140 toneladas de encomendas por mês. Com 13 colaboradores atuando na filial, as operações contam, também, com uma esteira automatizada para cubagem e aferição de peso e três veículos agregados que farão a distribuição das encomendas. Para o diretor-presidente da Braspress, Urubatan Helou, o novo terminal agilizará o atendimento aos prazos de entrega na região em 24 horas. Braspress: (11) 2223-3500

Obra gera mais de oito mil empregos na região

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Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1) revogou, no dia 14 de setembro, a suspensão do processo de licenciamento da expansão da Estrada de Ferro Carajás (EFC) e a paralisação das atividades relacionadas às obras de duplicação da ferrovia. Com a decisão, a Vale retoma imediatamente as operações de expansão da via, que liga São Luís do Maranhão a Carajás (PA). A paralisação havia sido estabelecida em julho por decisão liminar da 8ª Vara de São Luís, atendendo a pedido feito em ação civil pública contra a Vale e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), sob alegação de que as obras causariam danos ao meio ambiente e às comunidades indígenas. Para o desembargador Mário César Ribeiro, presidente do TRF1, a paralisação das obras consistia numa interferência indevida nas atividades da administração públi-

ca por parte do Poder Judiciário. “O que fica evidenciado é que a paralisação das obras poderá ser potencialmente mais perniciosa ao meio ambiente e à coletividade em geral do que o seu prosseguimento”, avaliou o magistrado. Em nota à imprensa, a Vale fez questão de reafirmar seu compromisso com as melhores práticas de respeito às pessoas e ao meio ambiente. A companhia informa ainda que o projeto de expansão da EFC prevê a geração de mais de oito mil empregos na região e a criação de mais de 1.400 novos postos de trabalho em sua fase de operação, contribuindo para o desenvolvimento socioeconômico do Maranhão e do Pará.

Vale: (21) 3814-4477

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Patrus cria núcleo especializado em entregas porta a porta

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Patrus Transportes criou, em agosto, o Núcleo de Relacionamentos Entrega Porta a Porta (NR EPP), com o objetivo de oferecer um serviço customizado para os setores de venda direta e e-commerce da empresa. Além disso, a iniciativa cria uma central que reúne informações específicas dos dois segmentos. Localizado na matriz da Patrus, no município de Contagem (MG), o NR EPP conta com uma sala projetada especialmente para servir como central de monitoramento para a gestão das informações de entregas porta a porta. A

sala recebe, em tempo real, por meio de um sistema desenvolvido pela própria empresa chamado Sync, todos os dados referentes às entregas, que ficam disponíveis para visualização. Os motoristas que realizam as entregas porta a porta enviam para o sistema, via celular, todos os dados de movimentação dos pedidos, desde o momento em que o transporte é iniciado até a entrega ao destinatário, com informações detalhadas como data e hora, nome e até mesmo grau de parentesco de quem recebeu a encomenda com o destinatário. Além disso, os profissionais recebem

treinamento para oferecer atendimento personalizado e interagir com os destinatários durante as operações, visando proporcionar um melhor nível de serviço. O NR EPP atua com entregas de cargas de até 20 kg com foco em cosméticos, materiais esportivos, livros e CDs em Minas Gerais, Espírito Santo e Bahia. Atualmente, as operações porta a porta representam 15% da receita da empresa. Aproximadamente 200 colaboradores atuam diretamente no setor, entre atendimento e operação. Patrus Transportes: (31) 2191-1000

Anfir anuncia que produção de implementos continua em queda Até agosto foram comercializadas 108.853 unidades, retração de 13,95% frente aos oito primeiros meses de 2011

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Associação Nacional dos Fabricantes de Implementos Rodoviários (Anfir) anuncia que a produção continua em queda. De janeiro a agosto, as empresas do setor produziram 108.853 unidades, contra 126.499 no mesmo período de 2011, queda de 13,95%. Apesar do cenário, a entidade acredita que a retração pode ser reduzida até o final do ano. Isso porque a decisão do governo federal de baixar os juros para financiamento de bens de capital pelo programa Finame, de 5,5% ao ano para 2,5%,

deve refletir positivamente no desempenho da indústria de implementos rodoviários. O presidente da Anfir, Alcides Braga, diz que ainda é cedo para fazer previsões, mas a queda no percentual dos juros dos financiamentos, determinada no final de agosto, foi muito bem recebida pelas empresas do setor. O executivo, contudo, faz um lembrete: “A indústria leva mais tempo para sentir os benefícios, porque a compra de bens de capital é planejada pelas empresas com antecedência”, diz.

Segmentos No segmento de pesados (reboque e semirreboque) a queda na produção foi de 13,62% de janeiro a agosto. Já no leve (carroceria sobre chassi), o índice negativo registrado foi de 14,10%. Para o diretor-executivo da Anfir, Mario Rinaldi, a ligeira alta de 0,5% do PIB no segundo trimestre do ano não trouxe ainda efeitos positivos para o setor, pois foi puxada mais uma vez pelo segmento de serviços. Anfir: (11) 2972-5577 Outubro/2012 - Revista Tecnologística - 29

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Totvs incopora software da OpenTech em suas soluções de TMS

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Totvs e a Opentech anunciaram, no início de setembro, a assinatura de um contrato de distribuição de software. O acordo incorpora o Sistema Integrado de Gestão (SIL) da OpenTech ao portfólio de soluções em Transport Management System (TMS) da Totvs. Segundo as empresas, a parceria tem o objetivo de unir a experiência da OpenTech no desenvolvimento de softwares logísticos especializados no gerenciamento dos riscos no transporte de carga ao potencial de vendas e à vasta gama de produtos e serviços que a Totvs oferece, fortalecendo a participação de mercado de ambas as empresas.

“O contrato com a Totvs representa a validação da qualidade de nossos produtos e abre um canal de distribuição sem precedentes para a capitalização do nosso negócio”, afirma o presidente da OpenTech, Alfredo Zattar. “Na medida em que nossa oferta de produtos de distribuição e logística fica mais completa, aumentaremos nossa competitividade no setor, oferecendo o mesmo padrão de qualidade e nível de integração com o rastreamento desenvolvido pela OpenTech”, completa o diretor-superintendente de Segmentos da Totvs, Gilsinei Hansen. A Totvs, que atua no segmento de sistemas para gestão empresarial na Améri-

ca Latina, possui uma base instalada para os sistemas TMS que abrange mais de 650 transportadoras e 12 mil embarcadoras. Sediada em Joinville (SC), a OpenTech conta com 400 funcionários e mais de 500 instalações de seus produtos em clientes como transportadores, operadores logísticos, distribuidores, atacadistas e embarcadores de todo o País. São mais de 100 mil viagens rastreadas por mês no Brasil e no Mercosul, com cerca de 30 mil motoristas e veículos cadastrados e monitorados. OpenTech: (47) 2101-6122 Totvs: 0800-7722210

Kuehne + Nagel assume operações no Grupo Randon Operador realizará transporte de peças de reposição em Caxias do Sul e Porto Alegre

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companhia suíço-alemã Kuehne + Nagel anunciou, em setembro, um acordo com as empresas Jost e Freios Master, pertencentes ao Grupo Randon, para assumir as operações com peças de reposição de ambas as empresas, localizadas em Caxias do Sul (RS) e Porto Alegre, respectivamente. O contrato, que faz parte de um processo de terceirização das atividades logísticas da Randon, prevê o gerenciamento das operações de armazenagem e o transporte das peças das fábricas até os armazéns. A princípio, as empresas ocuparão cerca de 3.000 m² nas estruturas do operador logístico em cada uma das cidades, com possibilidade de expansão em curto espaço de tempo, de acordo

com a demanda. “Em Caxias, tínhamos apenas clientes do setor moveleiro. Começar a atender ao Grupo Randon significa ingressar no segmento automotivo”, analisa o gerente de Filial da Kuehne + Nagel em Caxias do Sul, André Luiz Pereira. Para o executivo, a parceria com as duas empresas deve representar um pontapé inicial para outras oportunidades de negócios com o mesmo grupo empresarial e até mesmo com outras empresas que atuam no fornecimento de peças e suprimentos. Para as operações com a Jost e a Freios Master, a KN realizou a contratação de 40 colaboradores. A Jost é resultado de uma joint-venture entre a Randon e a empresa alemã Jost-Werke, que atua com

tecnologia de quinta-roda e autopeças para a indústria de caminhões, semirreboques e reboques. A Master, fabricante de freios pneumáticos e hidráulicos para caminhões, ônibus e implementos rodoviários, é fruto de outra joint-venture entre a Randon e ArvinMeritor. “Precisamos focar no desenvolvimento e na promoção de nossos produtos, e a Kuehne + Nagel nos ajudará a manter este foco, cuidando das entradas e saídas do nosso estoque de reposição”, explica o diretor da Freios Master, Esdânio Pereira.

Kuehne + Nagel: (11) 3037-3300 Grupo Randon: (54) 3209-2000

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Rodoborges aumenta frota com caminhões Mercedes-Benz

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Empresa adquire 25 veículos e já projeta nova compra até o final do ano

O diretor operacional, Thiago Borges Batista, e o diretor-presidente, Armando Borges Batista

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Rodoborges Express anunciou a compra de 25 caminhões Mercedes-Benz do modelo 1933. Entregues no decorrer de setembro, os novos veículos constituem a primeira etapa do programa de ampliação da frota da empresa, que tem como meta adquirir 50 cavalos mecânicos em 2012. Ao todo, serão investidos aproximadamente R$ 6 milhões no programa. A previsão é de que os demais caminhões sejam entregues em dezembro de 2012. Os veículos atenderão às regiões Sudeste, Sul, Nordeste e Centro-Oeste no transporte de produtos oriundos da indústria. Segundo o diretor operacional da empresa, Thiago Borges Batista, o investimento em frota não tem apenas o objetivo de atender ao crescente movimento das regiões em que a empresa opera, mas tam-

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bém reflete a preocupação com o meio ambiente, já que os veículos adquiridos são equipados com motores que atendem às normas Euro 5 de emissão de poluentes. A Rodoborges conta com uma frota 100% rastreada composta por 180 veículos – a maioria da marca Mercedes-Benz – que realizam aproximadamente 100 mil entregas, transportando cerca de 140 milhões de quilos todos os anos. A empresa possui quase 200 colaboradores diretos e 300 indiretos, que atuam em oito filiais e mais de 20 postos avançados de atendimento em território nacional, com serviços como armazenagem, movimentação, processamento de pedidos, retrabalho em embalagens, expedição e entrega dos produtos. Rodoborges Express: (11) 2195-3636

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ArcelorMittal quer ampliar uso da ferrovia Transporte ferroviário de contêineres já tirou 15.250 caminhões das estradas desde 2010

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m junho de 2010, a siderúrgica ArcelorMittal Tubarão, localizada no Espírito Santo, decidiu investir no modal ferroviário para transportar contêineres com cargas de calcário entre Minas Gerais e o Espírito Santo. Hoje, a empresa colhe os frutos da adoção do modal. O projeto apresenta a vantagem de movimentar grandes volumes com mais eficiência – como é caso do calcário, que demanda um transporte mensal de 22.000 toneladas – além de evitar a emissão de CO2 na atmosfera. A empresa calcula que, até junho deste ano, 15.250 caminhões já deixaram de

circular pelas estradas capixabas e mineiras, evitando a emissão 3.588 mil toneladas de CO2. Outra vantagem que a intermodalidade trouxe foi o aumento da segurança no trânsito, com o menor número de carretas de grande peso circulando nas rodovias – uma média de 30 por dia. A degradação do calcário ainda atingiu níveis mínimos, abaixo de 3%. Para a concepção do projeto, a ArcelorMittal investiu na construção de um terminal em sua unidade, no município de Serra (ES), onde os contêineres são retirados do vagão por um top

loader ou um reach stacker, e enviados para descarga. Desde abril de 2010, mais de 13 mil contêineres já foram descarregados na unidade. Por conta do sucesso da operação, a empresa revela planos de diversificar os produtos transportados nos contêineres. A empresa está realizando, ainda, investimentos de R$ 600 mil em obras de expansão dos terminais de carga tanto em Minas Gerais quanto no Espírito Santo. A conclusão estava prevista para a segunda quinzena de setembro. ArcelorMittal: (27) 3348-1333

Sotreq fornece motores e geradores para o Estaleiro Rio Tietê

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Sotreq, revendedora de produtos Caterpillar, firmou, em agosto, um contrato com o Estaleiro Rio Tietê para o fornecimento de 40 motores de propulsão e 120 grupos geradores que serão utilizados nos comboios construídos pela empresa para realizar o transporte de etanol e derivados de petróleo pela hidrovia Tietê-Paraná. As embarcações que receberão os motores – do modelo C18 de 600 bhp (brake horsepower) – e os geradores – C4.4 de 58,5 ekW e C9 de 238 ekW –, fabricados pela Caterpillar nos Estados Unidos, estão atualmente em construção em Araçatuba (SP). De acordo com o consultor de Vendas para o Mercado Marítimo da Sotreq, Daniel Andrade, o cronograma de entrega dos 160 equipamentos se estende até outubro de 2015. “Como o diferencial da

Equipamentos serão usados em barcaços para o transporte de etanol

empresa é o suporte ao produto, teremos uma estrutura específica da Unidade de Negócios Petróleo e Marítimo no inte-

rior de São Paulo para melhor atender ao cliente”, revela Andrade. A célula estará instalada nas filiais da Sotreq de Araçatuba e Bauru (SP), com equipes de técnicos dedicadas e estoque de peças dimensionado para as atividades na região. Os comboios, que começaram a ser construídos pelo Estaleiro Rio Tietê em agosto, fazem parte de um contrato de R$ 432 milhões com a Transpetro e serão utilizados pela Promef Hidrovia, uma empresa pertencente à subsidiária da Petrobras. Compostos por quatro barcaças e um empurrador, cada comboio possui capacidade para carregar até 7,6 milhões de litros. Os valores envolvidos na aquisição dos motores e dos geradores não foram revelados. Sotreq: (18) 2102-7900 Transpetro: (21) 3211-9000

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FAB recebe 33 caminhões Ford Cargo Veículos foram adquiridos por meio de investimentos do PAC

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Força Aérea Brasileira (FAB) recebeu, no dia 12 de setembro, em cerimônia realizada na cidade de Taguatinga (DF), 33 caminhões Cargo com motor Euro 5. Fornecidos pelo distribuidor Max Caminhões, os veículos dos modelos 2629, 1319 e 816 fazem parte dos investimentos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do governo federal. Os novos caminhões serão utilizados para a logística de equipamentos em operações da FAB que ocorrem em lugares distantes das bases aéreas em todo o País e também em unidades de apoio, como hospitais de campanha. “Com os novos caminhões, nossa capilaridade vai aumentar bastante, apoiando os lugares mais ermos onde, às vezes, não existe a possibilidade de chegar de avião”, explicou o tenente-brigadeiro Hélio

Paes de Barros, do Comando Geral de Apoio da FAB. De acordo com o brigadeiro engenheiro Robson Ramos, da Diretoria de Engenharia da Aeronáutica, em algumas situações, a Força Aérea utiliza o transporte terrestre mesmo quando há pistas para o pouso de aviões de carga. “Às vezes é mais rápido e mais barato transportar por caminhão do que por meio aéreo”, ressaltou. A mobilidade é uma das diretrizes da Estratégia Nacional de Defesa, que prevê a capacidade das Forças Armadas de se deslocarem rapidamente para regiões de fronteira, por exemplo. “É uma grande satisfação atender à FAB com o novo Cargo, equipando a sua frota com a tecnologia mais avançada do segmento”, disse o diretor de Operações de Caminhões da Ford América do Sul, Oswaldo Jardim. A solenidade contou com a presença do tenente-brigadeiro Aprígio Azevedo, chefe do Estado Maior da FAB, além de representantes da Presidência da República, das Forças Armadas e do Poder Executivo. Os valores envolvidos na negociação não foram divulgados.

FAB: (61) 3966-9124 Ford: 0800 703 3673

Contran adia fiscalização à Lei do Caminhoneiro Conselho estabelece que rodovias não estão preparadas para oferecer descanso seguro aos motoristas

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Diário Oficial da União (DOU) publicou, em 13 de setembro, a resolução que recomenda a fiscalização do descanso dos motoristas profissionais, prevista na Lei 12.619, apenas nas rodovias que apresentem condições específicas para o cumprimento das regras. A decisão, tomada pelo Conselho Nacional de Trânsito (Contran) em 12 de setembro, prevê a publicação de uma lista com as rodovias preparadas para o descanso dos motoristas em até 180 dias no DOU pelos ministérios dos Transportes e do Trabalho e Emprego. Segundo o Ministério das Cidades, a decisão do Contran baseia-se no fato de grande parte das vias federais brasileiras carecerem de pontos de parada que garantam a segurança do motorista, dificultando o cumprimento do tempo de descanso estabelecido pela lei. Ministério das Cidades: (61) 2108-1000

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Mira cria grupo de trabalho para debater nova lei dos motoristas

Empresa realizou viagens-piloto para testar ficha de controle de jornada

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Mira Transportes iniciou uma série de mudanças internas a fim de estruturar suas operações e adequá-las à nova Lei dos Motoristas (12.619). Entre as iniciativas, destaque para a criação de um comitê que se reúne semanalmente para debater as mudanças provocadas pela regulamentação, que abrangem tanto os motoristas autônomos (agregados) quanto os motoristas contratados via CLT. Segundo a gerente de Recursos Humanos da empresa, Taís Rosa da Silva, o grupo debate as regras e estabelece procedimentos. O primeiro deles refere-se à criação da documentação para os motoristas anotarem suas paradas para descanso. “Criamos o modelo da ficha e, junto com isso, iniciamos um piloto com quatro motoristas de transferência, que realizam rotas partindo de São Paulo. Com as informações e as experiências destes quatro profissionais, que

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fizeram diversas viagens já no modelo da Lei, pudemos criar um conteúdo para os nossos colaboradores, que vai balizar a elaboração de diversos materiais didáticos e de comunicação para deixarmos todos cientes sobre as novas regras”, diz a gerente. Os treinamentos já começaram. Taís anuncia que até o momento 80 dos 120 motoristas de longa distância da companhia já passaram por reciclagem. “Apesar de ser uma mudança difícil de hábitos e de cultura, a adequação à nova lei teve boa receptividade por parte dos profissionais. Sentimos que eles estão empenhados em se adaptar à nova rotina e estamos preparando tudo para que haja informação e esclarecimento a todos em tempo de adaptar o dia a dia das operações”, afirma. Mira Transportes: (11) 2142-9000

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Rodolinea transfere fábrica no Paraná

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fabricante de implementos rodoviários Rodolinea anunciou, em setembro, a instalação de uma nova unidade fabril em Jaguariaíva (PR), com previsão de início de operações até meados de novembro. “Até dezembro, toda a fábrica estará à plena capacidade, numa área de 230.000 m², que produzirá aproximadamente dois mil implementos por ano, com uma geração estimada de 200 empregos”, analisa o diretor-geral da Rodolinea, Felipe Hübner. A planta, que antes ficava na região de Curitiba, será mantida no Estado por causa do programa Paraná Competitivo, que agrega benefícios fiscais para incentivar o desenvolvimento das empresas paranaenses. Outro fator que contribuiu foi a boa infraestrutura que o Estado apresenta na área de transportes, além da facilidade de acesso às demais regiões do País. A nova fábrica ajudará a alavancar o crescimento da região. “Faremos in-

vestimentos em treinamento e qualificação profissional, aumentando as oportunidades para a população local. Essa decisão também se deve ao empenho da prefeitura em levar a Rodolinea para a cidade, onde já estava instalada outra empresa do Grupo Hübner, a Bricarbras”, destaca o diretor-geral. A empresa revelou, ainda, que manterá seu cronograma de produção, mesmo durante a mudança para o interior. “Estamos prontos para atender à demanda de produção de implementos canavieiros para a próxima safra, assim como a dos outros produtos que comercializamos”, completa Felipe Hübner.

Negócios A Rodolinea anunciou a nova localização de sua área fabril pouco mais de um mês após a realização de uma sociedade entre o Grupo Hübner, do qual faz parte, e a também fabricante de im-

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Fabricante muda unidade fabril para o interior do Estado

Área onde será instalada a nova fábrica

plementos Noma, de Maringá (PR), que com o acordo passou a contar com 15% de participação na Rodolinea, podendo chegar a 50% nos próximos dois anos. A associação entre as empresas paranaenses proporciona a troca de tecnologia entre ambas e ainda permite ganhos logísticos, com a sinergia das estruturas. Apesar do negócio, as duas empresas continuam atuando com suas operações independentes. Rodolinea: (41) 2105-7000

NTC&Logística e Setcesp oferecem centro cultural em São Paulo

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oi inaugurado oficialmente em 30 de agosto, na sede da Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística (NTC&Logística) e do Sindicato das Empresas de Transportes de Carga de São Paulo e Região (Setcesp), na cidade de São Paulo, o Centro Cultural Palácio dos Transportes (CCPT). O projeto, idealizado pelas duas entidades, tem como objetivo fomentar o conhecimento, o lazer e a cultura, com atrações como oficinas, cinema, literatura e espetáculos teatrais, circen-

ses e musicais que buscam valorizar a imagem, a história e a herança cultural do segmento de transporte. “Estamos emprestando a maior sede do transporte rodoviário de cargas do País para que a comunidade local tenha acesso à cultura, que é uma das maiores riquezas do Brasil”, disse o presidente da NTC&Logística, Flávio Benatti. Já o presidente da Setcesp, Francisco Pelucio, lembrou que o desejo de criar o espaço era antigo. “Há mais de 20 anos eu vinha sonhando

com este projeto, e estou muito feliz por ter sido um dos apoiadores desta grande iniciativa”, revelou. O CCPT, localizado na Rua da Gávea, 1.390, no bairro da Vila Maria, foi inaugurado no dia 15 de setembro, com apresentação da bateria da escola de samba Unidos de Vila Maria e espetáculo do grupo teatral Jogando no Quintal. Todas as atividades são gratuitas. NTC&Logística: (11) 2632-1500 Setcesp: (11) 2632-1000 Outubro/2012 - Revista Tecnologística - 37

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Paranaguá passa a operar com cargas superdimensionadas

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Operações começaram em setembro, após estudo logístico de avaliação do terminal tava as condições necessárias, realizado no último mês de junho. Com a aprovação, começou a receber as cargas – fabricadas no interior de São Paulo –, até então exportadas pelo Porto de Santos (SP).

Agendamento

A carga de bobinas pesava 450 toneladas

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Porto de Paranaguá iniciou, em setembro, operações com cargas superdimensionadas, tendo realizado já dois embarques: um de pás eólicas, que chegam a medir 52 metros e pesar de 14 a 22 toneladas, e outro de bobinas de correias transportadoras, fabricadas pela ContiTech, unidade do Grupo Continental instalada em Ponta Grossa (PR). As bobinas foram exportadas para a unidade da Vale em Moçambique, na África. O embarque das pás eólicas foi feito no navio UAL Capetown, no início do mês, com 60 peças no primeiro lote, com previsão para outras duas operações. Cada pá leva cerca de 30 minutos para ser carregada. Já a operação com as bobinas foi realizada pelo navio HC Melina,

no sábado, dia 8 de setembro e no domingo, 9. Medindo dez metros de largura por cerca de quatro de altura, cada peça possui 624 m de esteiras feitas de borracha. No total, o lote de equipamentos pesa 450 t. “Essas cargas de grande dimensão e peso, conhecidas como cargas-projeto, exigem uma operação que gera oportunidade para os vários trabalhadores portuários avulsos qualificados, e mostra que o Porto está apto a atender à demanda dos novos negócios, que só aumenta”, afirma o superintendente da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa), Luiz Henrique Dividino. Para operar com esse tipo de carga, o Porto passou por um estudo logístico para avaliar se ele apresen-

O Terminal de Contêineres de Paranaguá (TCP) anunciou a implantação de um novo sistema de agendamento para a retirada de contêineres de importação e para a entrega de contêineres de exportação. Em vigor desde 15 de setembro, a iniciativa visa proporcionar mais agilidade às operações, estabelecer horários flexíveis, ampliar a segurança e reduzir as filas no terminal. Os agendamentos devem ser feitos por meio do preenchimento de formulários específicos no portal do TCP. Para tanto, as empresas precisam ser previamente cadastradas pelos usuários e validadas pelo SAC do terminal, com o objetivo de garantir a integridade das informações. No entanto, o TCP informa que empresas que possuem cadastro prévio já se encontram com os mesmos validados. Para proporcionar maior controle, o sistema armazena, além dos dados da empresa, informações a respeito dos veículos e motoristas que vão trafegar pelo TCP. Com o agendamento feito por meio do portal, basta imprimir a guia gerada pelo sistema e apresentá-la ao entrar no terminal.

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Além dos formulários de cadastro e agendamento, o portal do TCP traz um passo a passo detalhado de todas as particularidades do novo sistema.

Cais leste O TCP anunciou ainda, em setembro, o início da obra de construção da extensão do cais leste, que ganhará um terceiro berço de atracação, com 315 m. A expansão permitirá ao terminal receber os maiores navios de contêineres que operam no comércio internacional, aumentando sua capacidade dos atuais 1,2 milhão de TEUs para 1,5 milhão de TEUs ao ano até o final de 2013, quando as obras serão concluídas. Orçado em R$ 140 milhões, o projeto faz parte de um plano de in-

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vestimentos privados que vem sendo implantado desde 2011 e consumirá recursos de mais de R$ 300 milhões até o término do ano que vem. “Estamos ao mesmo tempo modernizando e ampliando a capacidade do TCP para atender às novas demandas do mercado, reduzindo custos para a cadeia produtiva por meio de ganhos de produtividade e escala”, analisa o diretor-superintendente do terminal, Juarez Moraes e Silva. Segundo o executivo, os navios porta-contêineres estão cada vez maiores em comprimento e largura, o que exige uma adequação dos terminais para recebê-los. “Além do espaço no cais de atracação, também são necessários equipamen-

tos modernos, com maior alcance, como os que o TCP adotou recentemente e que também serão implantados no novo cais”. Em 2011 o TCP investiu R$ 51 milhões em novos equipamentos – dois portêineres post-panamax, seis transtêineres e nove caminhões – que entraram em operação em março de 2012. Para 2013, estão previstos investimentos de R$ 110 milhões na aquisição de equipamentos para o novo píer, entre eles quatro portêineres super post-panamax, seis transtêineres e 12 caminhões.

Appa: (41) 3420-1143 TCP: (41) 3420-3300

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MERCADO

Tecon Salvador inaugura Cais de Ligação

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Terminal passa a contar com estrutura para atender a navios de pequeno porte

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Wilson, Sons, empresa que administra o Terminal de Contêineres no Porto de Salvador (Tecon Salvador), anunciou, dia 17 de setembro, a inaugu-

ração do cais de ligação do terminal. Com 240 metros de comprimento e 12 m de calado, a estrutura, operada por três portêineres panamax, tem como função primordial a atracação de navios de menor dimensão, complementando as operações do Cais de Água de Meninos que, com 377 m de comprimento e 15 m de calado, está apto a receber embarcações de grande porte. O primeiro contêiner desembarcado na nova área, um reefer de 40’ da BR Foods, chegou a bordo do navio Maestra Mediterrâneo. Foi a primeira vez, após o início das obras de expansão, em 2010, que o Tecon Salvador operou simultaneamente dois navios portacontêineres

utilizando o Cais de Ligação e o Cais de Água de Meninos. O novo cais faz parte dos investimentos de R$ 160 milhões em obras e aquisição de equipamentos previstos no projeto de expansão do terminal, estabelecidas em contrato com a Companhia das Docas do Estado da Bahia (Codeba) e a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), que já garantiram um acréscimo de 44.000 m², totalizando uma área de 118.000 m², além de três portêineres super post-panamax e seis RTGs, recebidos em dezembro de 2011. Tecon Salvador: (71) 2106-1522

Metar Logística loca equipamentos da Datamax

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Metar Logística realizou, no mês de agosto, a locação de 141 impressoras E-Class Mark III, do modelo Advanced, fabricadas pela Datamax-O’Neil. Os equipamentos vão operar nas unidades da transportadora em São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Minas Gerais e Espírito Santo. Os equipamentos serão empregados na identificação de cargas nas áreas de picking e irão operar em conjunto com 122 leitores de códigos de barras do tipo pistola. Dessa forma, a empresa terá, por meio da leitura das etiquetas de identificação, maior agilidade na inserção das informações do embarque e desembarque das cargas, eliminando erros e otimizando todo o processo.

A negociação foi feita sob consultoria da Otka Equipamentos, empresa que oferece assistência técnica para impressoras de código de barras, leitores ópticos e coletores de dados. “A locação das impressoras, neste contrato com prazo de 36 meses, traz o suporte técnico total da Otka e garante à Metar Logística os benefícios do outsourcing”, comenta o diretor da Otka Equipamentos, Rogerio Kato. Para realizar os serviços, a Otka conta com uma equipe técnica treinada para atuar como consultora, observando para o cliente as melhores condições de funcionamento dos equipamentos, inclusive com análise de insumos e indicação de parceiros. A Metar Logística optou pelo aluguel dos equipa-

mentos para eliminar custos com funcionários, aquisição dos ativos e manutenção. “Percebemos, por meio de demonstrações e testes da impressora Datamax-O’Neil, feitas pela equipe Otka, um elevado nível de conhecimento e solução em automação”, afirma o gerente de TI da Metar Logística, Elcio Ferreira. Para o executivo, a solução é perfeita para atender às necessidades da empresa, pois as impressoras trazem facilidade com o sensor móvel de etiqueta e com a placa de rede interna, permitindo à Metar gerenciar todos os equipamentos.

Datamax-O’Neil: (11) 2050-4327 Metar Logística: (11) 2633-8100 Otka: (11) 2957-5206

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Aliança investe em frota própria em Manaus

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Companhia pretende aumentar os volumes transportados em até 30% em 2013

Empresa investe na frota para atender ao crescimento do mercado local

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Aliança Navegação e Logística recebeu, em agosto, cinco novos cavalos mecânicos e 30 carretas para aumentar a atuação no transporte rodoviário na região de Manaus, por meio da Transportadora Aliança. Com a aquisição, o departamento de transporte rodoviário da companhia passa a contar com um total de dez cavalos mecânicos e 80 carretas destinados ao mercado local. O valor da aquisição dos equipamentos não foi divulgado pela companhia. A empresa vem investindo em frota própria para atender ao mercado varejista e ao Polo Industrial de Manaus desde 2002, focando no transporte de produtos alimentícios, higiene, limpeza, material de construção, eletroeletrônicos e resinas, entre outros. Com os novos equipamentos, a empresa passará a realizar 50 viagens diárias, frente às 35 atuais. “Somos o único armador com frota própria no

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serviço rodoviário para atendimento a um mercado específico. Estamos iniciando a implantação do TMS para melhorar ainda mais a gestão dos caminhões”, comenta o gerente da filial de Manaus, Daniel Malta. O executivo relata ainda que, atualmente, a transportadora é responsável por 34% dos transportes rodoviários realizados em Manaus pela Aliança, que também utiliza serviços de transportadoras terceirizadas. Malta ressalta que, para o segundo semestre, a própria companhia passará a oferecer o transporte de cargas direcionadas ao complexo portuário, tanto de longo curso como de cabotagem. “Para 2013, planejamos a aquisição de mais cinco cavalos mecânicos e 20 carretas. Com isso, aumentaremos o volume diário de transportes em 30%”, completa o executivo. Aliança: (11) 5185-5600

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2 Alianças agrega TMS da Store às operações Com investimentos de R$ 600 mil, empresa adquire solução para otimizar operações de transporte

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2 Alianças, que atua com armazenagem em geral e transporte de carga, investiu R$ 600 mil na implantação do Transportation Management System (TMS), desenvolvido pela Store Automação. Segundo o gerente de TI da empresa, André Lau, a solução que está implantada no data center da companhia é utilizada na modalidade Software as a Service (SaaS). “Fechamos uma parceria com a Store para que ela desenvolvesse uma ferramenta de gestão de transporte baseada nas necessidades de nosso negócio. Somos um armazém geral que atua como transportadora; então necessitávamos de uma solução com duas frentes - gestão de produtos e transportes”, explica o executivo.

O sistema, que está em operação desde junho, já permitiu uma melhor visibilidade e sinergia das operações da 2 Alianças em suas unidades em São Paulo, Rio de Janeiro e Pernambuco. “Com o sistema, conseguimos enxergar o saldo de produtos em qualquer um de nossos armazéns. Agora, temos visibilidade do produto e não somente do volume. Esse processo, do ponto de vista do transportador, é um conceito inovador. As empresas que estão no mercado não têm essa visão. Elas estão muito mais focadas na gestão do transporte e não no processo como um todo”, completa Lau. O executivo avalia que o TMS permitiu melhorar a gestão de fretes. “Cadastramos no sistema todos os transportes de entrega contratados pelos nossos clientes.

Essa funcionalidade nos dá condição de identificar a sinergia entre os trajetos contratados nas operações”, revela o gerente de TI. Para ele, essa operação só é possível porque o TMS está integrado ao WMS, que também é da Store Automação e já é utilizado pela 2 Alianças há 12 anos. Com o recente início da utilização do módulo de roteirização integrado ao Maplink do Google, a 2 Alianças começa a traçar a melhor rota para a entrega dos produtos. De acordo com Lau, os ganhos gerados ficam por conta da economia de combustível, redução de desgaste de pneus, diminuição da emissão de poluentes e otimização das rotas. 2 Alianças: (21) 2139-9300 Store Automação: (11) 3087-4400

Sascar abre CD em Campinas Estrutura triplica capacidade de armazenagem da empresa

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Sascar, empresa desenvolvedora de soluções para monitoramento de veículos e gestão de frotas, investiu R$ 300 mil em um novo centro de distribuição em Campinas (SP), inaugurado em agosto. Com 700 m², o novo CD é três vezes maior que o o utilizado pela empresa anteriormente. A estrutura segue os planos de expansão da Sascar, que pretende dobrar de

tamanho nos próximos anos. De acordo com Luiz Cláudio Ramos, diretor de Operações da empresa, a estrutura foi planejada para dar suporte a esse crescimento, mantendo a qualidade e agilizando os prazos de entrega. O CD, que criou 30 empregos diretos, será responsável pelo envio e retirada dos equipamentos de monitoramento para clientes em todo

o Brasil. Mensalmente, a Sascar movimenta mais de 15 mil itens. A empresa faz, atualmente, a gestão do rastreamento de mais de 230 mil veículos e fornece assistência técnica por meio de 230 representantes e 500 técnicos de campo

Sascar: (11) 4002-6004

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Transdotti adquire novos veículos

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Transdotti Transporte Rodoviário, sediada na cidade de Colombo, na Região Metropolitana de Curitiba, investiu aproximadamente R$ 10 milhões na renovação de sua frota, com a aquisição de 36 novos veículos, sendo 20 da marca Volvo, 13 da Volkswagen e três da Iveco, todos com a tecnologia Euro 5. Com a aquisição, a empresa passa a contar com uma frota de 250 veículos próprios, entre carretas, truques, baús, siders e abertos, todos rastreados via satélite e com sistema de comunicação via rádio. Os novos caminhões serão empregados em operações de cross-docking e transferência entre as filiais da Transdotti, com previsão de

início entre setembro e outubro deste ano. Com atuação nas regiões Sul e Sudeste do Brasil, a companhia revela que o investimento foi realizado para atender à crescente demanda. Fundada em 1977, a Transdotti possui ainda quatro filiais, em São Paulo, São Carlos e Campinas (SP); e Joinville (SC). Além do transporte rodoviário de cargas e serviços de milk run e consultoria em logística para projetos especiais, a empresa oferece integração com o modal aéreo por meio da empresa Arrowjet para operações com encomendas urgentes ou de média e longa distâncias. A Transdotti dispõe de quatro armazéns próprios – com 1.000 m² na

capital paulista, 500 m² no interior, 500 m² em Santa Catarina e 3.000 m² em sua matriz –, onde exerce as atividades de armazenagem, gerenciamento de estoque, recebimento, movimentação, expedição, embalagem e montagem de kits. A empresa, que completa 35 anos de atuação em 2012, comemora a conquista da certificação Sassmaq (Sistema de Avaliação de Segurança, Saúde, Meio Ambiente e Qualidade), da Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim), obtida em setembro. A Transdotti possui também os selos ISO 9001 e 14000, conquistados em 2004. Transdotti: (41) 3675-3200

Aqces amplia atuação no setor sucroenergético

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Aqces ampliou sua atuação no mercado sucroenergético com o início de operações dedicadas para transporte de açúcar VHP (very high polarization) para um novo cliente, cujo nome não foi revelado. O segmento, no qual a empresa atua desde 2010 realizando a colheita, o transbordo e o transporte (CTT), vem se destacando na Aqces, que apenas este ano investiu R$ 33 milhões para atender às operações das quatro companhias sucroenergéticas que estão em seu portfólio, que devem movimentar quatro milhões de toneladas até o final do ano. Segundo o presidente da empresa, Alysson Paolinelli, apenas para atender a este novo cliente, R$ 16 milhões foram aplicados na aquisição de 30 cavalos-mecânicos Mercedes-Benz Axor 2644 Euro 5 e implementos. Os veículos já são aplicados no transporte do produto proveniente de Itumbiara e

Edeia (GO) e Ituiutaba (MG). “Em seis anos, nossa meta é movimentar 2,7 milhões de t para este cliente”, divulga. Vale lembrar que, além do transporte, a Aqces prestará serviços de gestão de estoques e já analisa algumas possibilidades. “Estamos estudando a viabilidade de um terminal multimodal”, diz o presidente, sem revelar mais detalhes da estratégia. Paolinelli explica que esta nova operação é diferenciada, uma vez que demandou equipamentos específicos e a aplicação de diversas tecnologias para aumentar a produtividade. “O aumento de capacidade de carga foi conseguido pela utilização de um equipamento de maior Peso Bruto Total (PBT), além de um trabalho específico na redução da tara do conjunto, o que garantiu o aumento da capacidade de carga líquida de 30 t nos antigos conjuntos utilizados para 50 t nos novos”, conta.

O executivo salienta também que o sistema de enlonamento automático das caçambas, além de garantir maior segurança operacional, pois elimina a exposição dos funcionários ao risco do trabalho em altura, agregou agilidade, reduzindo o tempo dessa etapa de 30 minutos para um minuto. Para completar, a companhia investiu em equipamentos de telemetria que auxiliam a gerenciar a segurança rodoviária e transmitem dados como velocidade, marcha utilizada, rotações por minuto (RPM), freadas e acelerações bruscas. Com faturamento de R$ 233 milhões em 2011, a Aqces estima um crescimento de 28% para este ano. Paolinelli calcula que apenas as operações de commodities agrícolas gerem um faturamento de R$ 100 milhões em 2012. Aqces: (11) 3296-6900

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Fumtran apresenta projeto do Museu Brasileiro do Transporte

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Campinas foi escolhida para receber o projeto, que deve ficar pronto no final de 2014

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Fundação Memória do Transporte (Fumtran) apresentou em setembro o projeto do Museu Brasileiro do Transporte, que será construído às margens da Rodovia Dom Pedro I, em Campinas (SP). O museu está a cargo da Fumtran, uma organização da Sociedade Civil de Interesse Público ligada à Confederação

Nacional do Transporte (CNT). “A ideia nasceu em 1996, com meu marido, Adalberto Panzan, e hoje me sinto feliz por poder realizar esse grande sonho”, revela Elza Lúcia Panzan, presidente da Fumtran. O museu contará com espaços desenhados em aço, concreto e vidro. A entrada principal replica um grande hall de aeroporto, onde um painel eletrônico indicará as programações e exposições. A previsão é de que as obras sejam iniciadas no primeiro semestre de 2013 e estejam concluídas após 18 meses. O escritório Athié/Wohnrath desenvolveu o projeto arquitetônico, criando um espaço para abrigar a grandiosidade

do tema e superar dois desafios: construir uma obra neutra, que traduza toda a realidade do setor de transportes no Brasil, em um terreno urbano, próximo a uma grande via de circulação e transformar parte desse espaço em um centro de convenções contemporâneo, voltado à comunidade e ao mercado, ancorando-se em bases sustentáveis para tornar-se rentável. O museu abordará o universo multimodal e as grandes transformações que o País viveu ao longo das últimas décadas, representadas em todos os modais. O projeto ganhou o IX Grande Prêmio de Arquitetura Corporativa 2012, na categoria Obras Públicas – Cultural, entregue dia 20 de setembro, em São Paulo. Fumtran: (19) 3281-1928

Betim terá parque industrial e logístico Empreendimento será implantado em uma área de 6 milhões de m²

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Log Commercial Properties (LogCP), empresa do Grupo MRV que atua no segmento de empreendimentos logísticos, lançou oficialmente, no primeiro semestre de 2012, o projeto do Parque Industrial de Betim, localizado em uma área de 6 milhões de m² no município mineiro. Ao todo, o projeto demandará investimentos de R$ 500 milhões. De acordo com a empresa, o parque, situado no entroncamento da BR-262 com a BR-381, foi concebido para suprir a demanda por áreas urbanizadas prontas para receber

instalações industriais e logísticas na região. O projeto contou com a consultoria da Colliers. Segundo o estudo, parque deverá estar finalizado e 100% em operação em 14 anos e, quando estiver totalmente implantado, criará 68 mil empregos na região. A primeira fase do projeto, ainda sem data definida de entrega, prevê investimentos de R$ 200 milhões para a implantação de toda a infraestrutura para instalações industriais. Os demais R$ 300 milhões serão destinados à criação de condomínios logísticos. As estruturas contarão com pé-direito

de até 12 metros e resistência do piso de 8 t/m², além de escritórios, restaurantes, guarita blindada, vestiário, vagas para carretas e caminhões, estacionamento e pátio para manobras. As empresas poderão alugar módulos a partir de 1.000 m². O empreendimento já conta com a confirmação de duas empresas. A fabricante Toshiba instalará uma fábrica no local e a Coteminas, que atua no ramo de tecidos, implantará seu centro logístico em uma área de 150 mil m². MRV Engenharia: (31) 4004-9000

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Prosperitas e MPH entregam CLB Ribeirão Preto

mazéns do CLB Ribeirão Preto serão a Pearson Brasil, pertencente ao grupo britânico Pearson, empresa que atua nos mercados editorial e educacional, e a farmacêutica Raia Drogasil, que, de imediato, abriram 150 postos de trabalho na região. O empreendimento faz parte do projeto de consolidação de dois centros de distribuição da Pearson, com 3.700 m², para um espaço de mais de 10.000 m². “O objetivo é concentrar na unidade de Ribeirão Preto o armazenamento e a distribuição de todos os materiais da companhia, tornando todo o processo mais rápido e eficiente”, conta o diretor de Logística da Pearson, Heber Lisboa. A Raia Drogasil não divulga o tamanho do armazém utilizado, mas manterá no CLB Ribeirão Preto seu maior CD, com capacidade para abastecer 400 lojas nos Estados de São Paulo, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Na segunda etapa, prevista para o final de 2013, o empreendimento abrigará mais dois galpões com cerca de 15.000 m² e 17.000 m². A comercialização dos espaços está sob a responsabilidade da imobiliária Fortes Guimarães Divulgação

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Primeira fase do condomínio logístico e industrial demandou investimentos de R$ 100 milhões

Unidade é o primeiro condomínio logístico de alto padrão na região

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Prosperitas Investimentos, empresa gestora de fundos para o mercado imobiliário, e a MPH, associação de empresários brasileiros ligada ao grupo português Somague, especializado no desenvolvimento de obras de grande porte, entregaram, no início de setembro, a primeira fase do CLB Ribeirão Preto, condomínio logístico e industrial localizado na cidade do interior paulista. Situado em uma área de aproximadamente 170 mil m² no km 317,5 da Rodovia Anhanguera, o CLB Ribeirão Preto conta, nesta primeira fase, com 37 mil m² de área construí-da. Até o momento, foram investidos R$ 100 milhões nos processos de desenvolvimento e construção. “Trata-se do primeiro empreendimento logístico de alto padrão

na região de Ribeirão Preto”, ressalta Clarisse Etcheverry, diretora de Desenvolvimento Industrial e Logístico do Centro Logístico Brasil, marca da Prosperitas para empreendimentos logísticos e industriais. Segundo a executiva, o condomínio foi planejado para ser entregue em duas etapas. Quando concluído, contará com cerca de 70 mil m² de área construída. De acordo com o sócio-diretor da MPH, Arnaldo Halpern, o projeto incorpora tecnologias e recursos operacionais adotados pelos principais operadores logísticos do mundo. “Por isso, estamos otimistas quanto à comercialização da segunda etapa do empreendimento que começa agora”, completa. Os primeiros ocupantes dos ar-

MPH: (11) 3044-4704 Prosperitas: (11) 3127-5550 Outubro/2012 - Revista Tecnologística - 47

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MERCADO

CROSS-DOCKING • O economista Angelo Baptista é o novo presidente da Transnordestina Logística. O executivo substitui Tufi Daher Filho, que assumirá uma diretoria executiva na Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), mas continuará envolvido no projeto da ferrovia como membro do Conselho Administrativo e também manterá sua cadeira no Conselho de Administração da MRS Logística. Baptista, que antes de assumir a nova função atuava como diretor Comercial e de Novos Negócios da Rumo Logística, é formado em Economia pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) e possui MBA em Finanças pelo IBMEC/RJ. (85) 4008-2526 • Francisco Xavier da Silva Nunes assumiu, em agosto, o cargo de superintendente de Logística de Carga da Infraero. O executivo, que atua na Infraero há dez anos, sempre no segmento de cargas, já exerceu na empresa as atividades de encarregado do Arquivo de Custódia e Estatística e coordenador de Facilitação e Atendimento ao Cliente. Em 2009, foi coordenador de Sistemas Logísticos e assumiu a gerência de Planejamento e Desenvolvimento Logístico, atividade que continuará exercendo em paralelo com a nova função. Nunes é especializado em Gestão Estratégica da Logística pela Universidade Católica de Brasília (UCB). 0800 725 4445 • A Ativa Logística anunciou, em 5 de setembro, a nomeação de dois novos executivos para os seus quadros. Motokazu Nakamura assume a função de diretor adjunto dos departamentos Administrativo, Financeiro, Contábil, Jurídico e de

Recursos Humanos. Já Sonja Macedo passa a atuar como gerente Farma e será responsável pela gestão de toda a movimentação de farmacêuticos da Ativa. Graduado em Administração de Empresas pela Fundação Getulio Vargas (FGV-SP) e com pós-graduação em Ciências Contábeis e Finanças pela Pontifícia Universidade Católica (PUC-SP), Nakamura atua há mais de 25 anos em cargos executivos, tendo passado por empresas nacionais e multinacionais. Sonja, farmacêutica-bioquímica e mestre em Ciência de Alimentos pela Universidade Federal do Amazonas (UFAM), acumula mais de dez anos na área de logística farmacêutica. A executiva também é coordenadora e docente do curso de pós-graduação latu sensu em Logística Farmacêutica da Faculdade de Administração de São Paulo (FAPI-SP) e vice-presidente da Associação Nacional de Farmacêuticos atuantes em Logística (Anafarlog), além de ser autora do livro Logística Farmacêutica Comentada. (11) 2902-5000 • A Honeywell Transportation Systems Americas promoveu, em setembro, José Roberto Alves para o cargo de diretor de Operações. Alves ocupava anteriormente a posição de gerente da fábrica da Honeywell Turbo Technologies em Mexicali, no México, onde trabalhou por dois anos. O executivo é formado em Engenharia Mecânica pela Universidade Mogi das Cruzes (UMC-SP) com especialização em Administração Industrial pela Fundação Carlos Alberto Vanzolini (FCAV-USP) e possui ainda MBA em Economia Empresarial pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e mestrado em Ciências pelo Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA-SP), além de certificação Seis Sigma e Lean

Manufacturing. Alves ingressou na empresa em 1995 como supervisor de Engenharia de Manufatura e, ao longo da carreira, assumiu diversas posições, como gerente de Produção e Manufatura e gerente de Materiais. Na nova posição, será responsável pelas fábricas da empresa em Guarulhos e Sorocaba (SP) e responderá diretamente a Giampiero Ruffatto, vice-presidente da Honeywell Friction Materials, nos Estados Unidos. 0800 0351516 • A Ceva nomeou, em setembro, Richard Vieites para a posição de vice-presidente sênior e gerente da empresa no Brasil. Especializado em Logística Empresarial, Vieites possui mais de 18 anos de experiência no segmento, tendo atuado em diversas posições de liderança nas Américas. Na Ceva desde 1997, o executivo já ocupou os cargos de diretor regional na Argentina, diretor de Operações no Brasil e diretor de Operações e vice-presidente de Operações para o Setor Automotivo nos Estados Unidos. Na nova função, Vieites será responsável por integrar as operações de contratos logísticos e gerenciamento de fretes, focado nos cinco setores-chave em que a Ceva atua: automotivo, bens de consumo e varejo, energia, indústria e tecnologia. (11) 2199-6700 • O Grupo Libra possui, desde setembro, um novo diretor de Desenvolvimento de Negócios para a Região Norte. Sandro Santiago é administrador de Empresas formado pela Universidade Federal do Amazonas (UFAM), e possui ainda especialização em Inovação e Gestão de Negócios pela Wharton School (EUA), em Políticas, Finanças e Estratégias de Investimentos pela Harris School (EUA), e em Gestão Estratégica para

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Dirigentes Empresariais pelo Institut Européen d’Administration des Affaires (Insead-França). Ao longo de sua carreira, Santiago já trabalhou na área pública, como secretário de Planejamento e Administração de Manaus, além de prestar consultoria em logística e finanças. Na Região Norte, o Grupo Libra atua por meio da Companhia de Navegação da Amazônia (CNA), empresa que realiza operações de transporte de granel líquido, como etanol e petróleo cru e seus derivados. O principal desafio do executivo será desenvolver e implementar o plano estratégico de crescimento do grupo na região. (11) 3563-3606 • A Viastore Systems, empresa de origem alemã que atua no fornecimento de instalações intralogísticas, com sistemas de WMS e equipamentos automatizados, nomeou o analista de sistemas Paulo Franceschini para presidente da sua recém-criada unidade brasileira. Formado pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas (Puccamp), o executivo possui, ainda,

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pós-graduação em Administração de Empresas pela Fundação Getulio Vargas (FGV-SP) e especialização em Negociação e Logística também pela FGV e pelo Instituto de Pós-Graduação e Pesquisa em Administração (Coppead) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Com grande experiência no setor de logística, Franceschini assumiu cargos de liderança em empresas como Ceva e Metrolog. O também analista de sistemas André Fragali foi nomeado para o cargo de gerente de Soluções da Viastore. Graduado pela Universidade Metodista de Piracicaba (Unimep-SP), Fragali é especializado em Gestão de TI pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp-SP) e em Arquitetura Client-Server pela PUC Campinas. O executivo acumula passagens por empresas como DHL e Entrega Fácil. Por fim, Rodrigo Santoro foi contratado para o cargo de gerente Comercial. Graduado em Engenharia de Produção pela Faculdade de Engenharia Industrial (FEI-SP) e pós-graduado em Administração de Empresas pela FGV-SP, Santoro já

passou por empresas como Dematic e Officer. (19) 3305-4100 • A TNT Mercúrio anunciou em setembro, Cristiano Koga para o cargo de diretor corporativo de Vendas e Marketing. Graduado em Administração de Empresas com foco em Comércio Exterior pela Universidade Presbiteriana Mackenzie (SP), Koga possui também MBA em Administração de Negócios e pós-graduação em Gestão de Supply Chain, ambas pela Fundação Getulio Vargas (FGV-SP). Com vasta experiência no mercado de logística, o executivo iniciou sua carreira na Companhia SudAmericana de Vapores (CSAV) e atuou ainda na Panalpina e na Penske Logistics. Koga será membro da Diretoria Corporativa da TNT e passa a responder a Toby Grey, presidente da empresa no Brasil. Entre seus desafios está a cooperação no cross-selling com a TNT Express International, com o objetivo de trazer mais negócios e aumentar a receita da unidade brasileira. (11) 3573-7700

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ENTREVISTA

Logo após assumir a presidência da Support Cargo, da qual também é acionista investidor, Antônio Wrobleski fala com exclusividade à Tecnologística sobre a estratégia da empresa em um mercado que, segundo ele, está definindo quais players ocuparão o que ele chama de “topo da pirâmide” da logística nacional

Tecnologística – O senhor assumiu há pouco o comando da Support Cargo. Como o senhor analisa o momento da empresa? Wrobleski – Eu assumi a empresa há pouco mais de seis meses, em março deste ano, e vejo que a Support Cargo atravessa uma fase muito interessante. Ela vem dobrando de faturamento ano a ano desde 2008. De 2011 para 2012, entrou num patamar em que obter resultados como esse é viável, mas exige algumas atitudes estratégicas como as que nós começamos a tomar. A primeira delas foi transformar a empresa de Limitada para Sociedade Anônima (S.A.). Além disso, estamos investindo no capital humano, implementando um plano muito ousado de meritocracia. Estas eu aponto como as ações primordiais.

Hoje, temos 400 funcionários diretos e pouco mais de 300 indiretos, que são prestadores de serviços ou autônomos, e empresas que trabalham diretamente conosco. É fundamental um trabalho de estímulo e de retenção dessas pessoas. Tecnologística – O senhor falou de crescimento ano a ano desde 2008. Qual é o resultado esperado para 2012? Wrobleski – Não gosto de trabalhar com previsão de crescimento. Nós temos um planejamento estratégico e vamos segui-lo. Trabalhamos com planos plurianuais de cinco anos, e dentro disso procuramos olhar de quais vertentes temos de participar, de acordo com a conjuntura do País. Fazemos nosso orçamento com base naquilo que, segundo acre-

Fotos: Luiz Machado - Agência Imagem

A hora é agora

ditamos, serão os veios de mercado, e na análise do que ele precisa. O Brasil continua sendo um país onde o transporte e a logística crescem acima do PIB, em linhas gerais. Nós trabalhamos com base nesses números, de forma realista. A empresa deve crescer de acordo com a expansão do mercado de transporte e logística, que é onde ela se situa. Há companhias anunciando crescimento de 20% todos os anos. Não temos mais essa preocupação. Quando disse que o momento é interessante é porque estamos ultrapassando o nível dos R$ 100 milhões de receita e entrando num grupo muito específico e com grandes oportunidades, chegando ao patamar que julgamos ideal. Tecnologística – Qual é este patamar?

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Wrobleski – Divido a pirâmide de empresas de logística e transporte em três patamares principais: no topo estão as que faturam acima de R$ 1 milhão; em seguida vem o grupo que fatura entre R$ 500 mil e R$ 1 milhão; e outro entre R$ 200 e 500 milhões. Este terceiro grupo é o que está surfando em algumas ondas de crescimento, é extremamente competitivo e focado no mercado. Nosso projeto é fazer parte dele até 2014. Temos todas as condições para isso, uma vez que a empresa está muito saudável, pois nasceu com esse DNA de olhar projeto a projeto, de olhar o ROIC (Retorno sobre o Investimento e Capital) e de trabalhar com planejamento. Nosso foco é esse. Preocupo-me em participar desse grupo e usufruir do que ele traz. Lembro-me de que o ex-ministro Delfim Netto dizia que dinheiro não admite desaforo. E é verdade, principalmente em nosso segmento, em que tudo é controlado à base de centavos, em que as margens são muito estreitas. Se você não se prepara para isso, pode levar tombos irrecuperáveis. Então é preciso fazer um planejamento cuidadoso e ter uma boa engenharia financeira. É preciso comprar no momento adequado, crescer quando isso é possível – porque até mesmo para crescer você deve sempre olhar para o seu retorno. Se não fizer isso e se descuidar, certamente terá problemas. Tecnologística – Isso é uma tendência no mercado? Wrobleski – Hoje eu vejo que as grandes empresas do setor passaram a se preocupar com sua saúde financeira e até mesmo com a de seus parceiros de negócios. Os embarcadores não querem que os fornecedores tenham uma participação percentual muito grande de seu faturamento com eles, porque não os querem de-

“Em nosso setor as margens são muito estreitas e quem não tiver uma boa engenharia financeira pode tomar tombos irrecuperáveis”

pendentes deles, o que é saudável. Estou há mais de 20 anos nesse mercado e venho de um tempo em que essa preocupação não existia. Um grande embarcador pensava apenas no seu lucro, sem se importar se o fornecedor ficava perigosamente dependente dele. Hoje já não é mais assim. Claro que a preocupação principal é o lucro, mas existe também o enfoque de ver o quão saudáveis financeiramente são seus parceiros, porque um fornecedor com problemas trará complicações para toda a cadeia. Houve uma mudança muito significativa nesse sentido e a Support Cargo está dentro dessa nova filosofia. Queremos manter a empresa saudável, lucrativa e trabalhar com empresas saudáveis. Acho que o Brasil oferece oportunidades muito interessantes para empresas profissionais em qualquer ramo de atividade e no nosso também. Tecnologística – Talvez por não terem essa preocupação com o retorno financeiro, muitas grandes empresas do setor faliram, mesmo estando cheias de clientes, não é? Wrobleski – Sem dúvida. O ROIC é a essência de tudo. Qual o motivo de um acionista colocar dinheiro em determinada empresa? Qual a razão de eu investir num novo

equipamento, num novo nicho ou operação? É o retorno financeiro que isso me dará. Este é o princípio básico. Qual a sua responsabilidade para com as pessoas que trabalham com você? É trazer o retorno, inclusive para continuar crescendo, contratando e sustentando o negócio ao longo do tempo. Acho que hoje não há mais espaço no mercado para empresas que não trabalham dessa forma. Ainda se admite alguma “pequena ofensa” ao dinheiro, desde que se corrija logo em seguida. Do contrário, a empresa não sobrevive. Tecnologística – O senhor falou que entre as estratégias da Support Cargo está a diversificação. Em quais áreas a empresa atua hoje e em quais pretende atuar? Wrobleski – Para mim, a logística é dividida em silos. Atuamos nos silos de linha branca, químico e petroquímico, de construção civil, automotivo, alimentos, agronegócio e siderúrgico. E, como falei antes, qualquer empresário tem de parar e analisar o que vem ocorrendo no País e de quais movimentos deve participar. Nesse sentido, vemos muito potencial nos setores de infraestrutura e de e-commerce, um nicho que cresce muito e tem potencial de se expandir ainda mais. E a Support Cargo tem uma característica que a diferencia da maioria das empresas do mercado, que foram fundadas por empreendedores, muitos dos quais sem formação acadêmica. Nossa empresa foi fundada por uma pessoa com formação em Engenharia Naval e em Física, ambas pela Universidade de São Paulo. Isso fez muita diferença na conceituação da companhia, na forma como ela se iniciou, já tendo processos estruturados, pensando em sistemas e também tendo como característica a inovação. Outubro/2012 - Revista Tecnologística - 53

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ENTREVISTA

Você tem de atuar em silos na vertical, mas também atuar na horizontal para atingir seus objetivos de mercado. Nesse sentido, investimos também em sistemas, pessoas e processos, que formam o tripé básico da logística. Sem um deles, a estrutura não se sustenta. Tecnologística – É nisso que vocês vêm investindo mais? Wrobleski – Sim, é um investimento constante. Em sistemas, a empresa desenvolveu e utiliza uma ferramenta que se chama Nexus, que funciona em conjunto com o sistema de gerenciamento de transportes e verifica a funcionalidade dos equipamentos, permitindo ainda a gestão do inventário e au-

tomação de documentos de controles internos. Os processos também mudam de acordo com o mercado, como agora com essas novas legislações de CIOT, da regulamentação de motoristas e assim por diante. E pessoas, que são hoje o maior desafio de qualquer empresa de qualquer área no Brasil, o que é ainda mais sensível no setor de logística, porque nós operamos dentro de nossos clientes. Somos a base dos clientes. E não há como atendê-los sem as pessoas. Você pode implementar uma cultura dentro de sua empresa, mas ela também tem de estar de acordo com a cultura de seus clientes, que normalmente são companhias bem maiores que a sua.

Tecnologística – E é um segmento intensivo no uso de pessoas. Wrobleski – Ele continua intensivo, embora já tenha sido mais. Hoje, áreas como carga e descarga, processos de armazéns, entre outras, tendem a ser mais automatizadas. Mas existe uma figura central e fundamental em nosso setor que é o motorista, uma das profissões mais demandadas no Brasil. Dizem que existe um gap de 100 mil motoristas no País atualmente. Sem fazer pesquisa formal, mas conversando com outros empresários, vemos que existe realmente uma carência e que as empresas estão tentando formar essa mão de obra, mesmo porque a profissão de motorista está mu-

Brasileira e sustentável

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o mercado desde 1999, a Support Cargo é uma empresa 100% brasileira, especializada em gestão logística integrada, realizando atividades que envolvem armazenagem, movimentação interna, controle de estoques, consolidação de cargas, cross-docking, logística reversa, milk run, diagnósticos e projetos especiais, com soluções multimodais envolvendo o transporte rodoviário, marítimo, ferroviário e aéreo, além da cabotagem. Organizada por unidades de negócios especializadas em cada etapa da cadeia de abastecimento, a gestão logística é composta por plataformas dedicadas a áreas específicas. Dos segmentos atendidos pela empresa, a linha branca corresponde a 32% da carteira, seguida pelo de construção civil, com 19%, e alimentício com 17%. A Support Cargo atende ainda aos

setores químico e petroquímico (sobretudo no formato granel), de agronegócios, químico e siderúrgico. Ao todo, a empresa possui mais de 500 equipamentos próprios, emprega 400 colaboradores diretos e 300 indiretos, e possui 43.000 m² de armazéns. Além da matriz em São Bernardo do Campo (SP), o operador logístico tem filiais em Camaçari (BA), Suape (PE), Rio Claro e São Carlos (SP), e conta com pontos de apoio em Gravataí (RS), Colombo (PR), Cubatão (SP) e Recife, todos interligados por meio de sistema de gestão administrativa. A frota é totalmente monitorada por meio de tecnologia GSM/ GPRS, via web e via satélite, com gerenciamento de risco, o que possibilita não apenas a administração das informações logísticas como também o rastreamento e o controle da frota, com vistas à segurança. Os veículos possuem sistema com

tacógrafo instantâneo, que torna possível analisar a velocidade empregada nas operações, checar horários e carga horária trabalhada. As rotas são autogerenciáveis por meio de envio de alertas instantâneos em casos de desvio de rota, paradas proibidas e atrasos. A empresa também se preocupa com a sustentabilidade ambiental, possuindo seguro de contaminação ou poluição do meio ambiente, que prevê a limpeza da área contaminada, o transporte de resíduos para destinação final determinada pelo órgão ambiental e tratamento e destinação final dos resíduos. Além disso, participa de vários programas de responsabilidade social, como o Na Mão Certa e o Olho Vivo nas Estradas, entre outros. Até 2013, a meta da Support Cargo é alcançar um faturamento de R$ 300 milhões.

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ENTREVISTA

dando muito. Atualmente, ele não apenas dirige, mas precisa também seguir roteiros, lançar informações no sistema para rastreamento e gerenciamento, representar a empresa perante o cliente; o motorista, hoje, é gerido via satélite e está dirigindo um equipamento que muitas vezes custa acima de R$ 400 mil. Não é qualquer um que consegue fazer isso com qualidade e responsabilidade. Tecnologística – Esse é, hoje, o maior desafio do setor? Wrobleski – Um dos maiores, certamente. O Brasil tem um déficit crônico educacional e nós devemos fazer a nossa parte. Por isso temos, na Support, um programa muito forte de treinamento. Independentemente do programa utilizado e de quão bom ele seja, o difícil é conseguir o comprometimento do funcionário. E esse é um grande problema: como engajar as pessoas para que

elas recebam, absorvam e façam disso o seu lema de vida. O motorista não está sob seu olhar o tempo todo. Ele está fora, na maioria das vezes. Não é só treinar tecnicamente; é preciso ensiná-lo a ter consciência no trânsito e responsabilidade; fazê-lo entender que ele representa a marca da empresa e, às vezes, até a marca do cliente. Por isso eu afirmo que essa nova regulamentação de motoristas profissionais que agora entra em vigor é muito importante, apesar dos impactos de custos que acarretará para o setor. Tecnologística – O senhor é favorável à Lei nº 12.619? Wrobleski – Sem dúvida. As empresas, principalmente as menores e que não dispõem de uma boa estrutura de treinamento e de rodízio de descanso, vão sofrer no início, mas a médio e longo prazos a lei trará benefícios para todos, inclusive para a sociedade. Ela já existe em outros países; é uma tendência no mundo. Não podemos admitir um motorista que trabalhe 15 horas por dia ininterruptamente. Devido a essa lei, nós fizemos, dentro da Support, uma análise bastante profunda, de malha, de locais de descanso e até mesmo dos reflexos da direção prolongada. E descobrimos coisas muito interessantes. Por exemplo, que após quatro horas ao volante, a pessoa – e isso vale para motoristas de carros também – começa a perder a sensibilidade nas pernas. Veja então o risco envolvido em longas jornadas na direção, de que ninguém se dá conta. Respondendo à

sua pergunta, vejo a regulamentação como algo fundamental, embora haja muitas lacunas dentro dela. Tecnologística – Por exemplo? Wrobleski – Acho que essa legislação se adequa mais ao fracionado; na longa distância, ela fica bem complicada e seria preciso discutir melhor a solução. Ela coloca todos sob o mesmo patamar e isso não é a realidade do País. Você não tem onde parar os caminhões; a infraestrutura brasileira não acompanha a modernidade da lei. E há a questão da frota nacional em que, na média, a idade é altíssima e são ainda poucos frotistas que possuem tecnologia embarcada, com dispositivos modernos que garantam a segurança. Por exemplo, toda a frota da Support Cargo é rastreada, com gerenciamento de risco. O quanto isso é verdade no restante da frota brasileira, que é calculada em mais de dois milhões de caminhões? Quantos deles são rastreados? Como fazer para controlar tudo isso? O autônomo não tem nada disso, pois todo esse aparato custa muito caro. Enfim, acho que ainda há pontos falhos nessa legislação, que devem ser mais bem trabalhados. Mas nada disso, a meu ver, é impeditivo para que ela vigore. Não podemos esperar que tudo se resolva a um tempo, ou nas condições ideais. Temos de começar a criar essas condições. Temos um número absurdo de mortes nas estradas e no trânsito urbano também. Algo precisa ser feito. Tecnologística – O senhor acha que essa lei vai tirar autônomos do mercado? Wrobleski – Não acredito que tire muita gente do mercado, até porque o País é muito carente nessa área. Mas ainda é cedo para dizer. Ninguém tem uma análise maior dos impactos dessa regulamentação,

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pois ela é muito recente e seu cumprimento nem começou efetivamente a ser cobrado. E estamos nos esquecendo da lei do CIOT 1, que saiu quase que simultaneamente à Lei 12.619. Tenho uma teoria de que, quando chegamos ao ponto de ruptura, o homem encontra soluções. E estamos neste ponto de ruptura com relação ao trânsito no Brasil. Uma cidade como São Paulo ter 350 km de congestionamento num dia comum significa que o sistema está entrando em colapso. Ou achamos uma solução, ou vai parar. O problema é que soluções de infraestrutura não se constroem de um dia para outro. Mas talvez essas novas legislações, a dos motoristas e o CIOT, nos levem

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a prestar atenção aos problemas que não estávamos olhando e isso nos conduza a uma situação melhor nos próximos anos. Elas nos forçam a pensar sobre aspectos que não estavam sendo considerados ou, ao menos, não por todos, como a questão do descanso dos motoristas. Tecnologística – Uma das reclamações recorrentes é que o setor de transporte sempre é onerado e sempre fica de fora das desonerações que o governo promove. O senhor concorda ? Wrobleski – Em parte. Ao que tudo indica, teremos em breve uma desoneração com relação à folha de pagamento 2. Ao menos é o que o governo está sinalizando. Vamos

ver se o setor será incluído. Mas eu acho que deveria haver uma desoneração efetiva, e não um tampão. A legislação trabalhista no Brasil é ridícula, com encargos trabalhistas e fiscais absurdamente fora de contexto, o que não é bom nem para o empregador, nem para o empregado. Quando falamos da falta de competitividade do País no cenário mundial, está muito claro o porquê. Tecnologística – Fala-se muito dos autônomos que ainda trabalham de maneira informal. Mas, se os embarcadores e operadores logísticos hoje são tão exigentes, quem contrata esses autônomos? Wrobleski – Nisso voltamos àquela velha história de igualar o

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“As novas legislações nos forçam a pensar sobre aspectos que não estavam sendo considerados, como o descanso dos motoristas”

que é desigual. A realidade que nós conhecemos é a das grandes empresas e elas têm um processo para a contratação do transportador autônomo de carga bastante exigente. Não vou dizer restritivo, mas acompanhamos isso muito de perto. Temos política de contratação, que segue a da qualidade. Por exemplo, hoje você não consegue contratar um seguro sem ter um gerenciador de risco por trás. E o gerenciador analisa quem é o motorista, seja ele autônomo ou próprio. Agora, existe outro mundo, muito distante desse nosso, onde prevalece essa realidade do motorista com caminhão de 30 anos de idade, trabalhando fora dos horários. Ele já não tem espaço nas grandes empresas, mas certamente existem outras realidades no País nas quais ele se encaixa. Tecnologística – E onde ele participa? Wrobleski – O Brasil é muito grande e, para ser sincero, eu não tenho visto mais essas práticas e não sei onde elas se encaixam atualmente. Talvez esse grupo mais antigo esteja trabalhando em pequenos clientes e negócios que não sejam tão exigentes. Você não vê mais essa situação dentro de São Paulo ou nas principais estradas aqui do Sudeste.

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Mas, apesar de a idade média da frota nacional estar ao redor de 18 anos, houve uma renovação fantástica nos últimos cinco anos. A frota da Support Cargo tem três anos em média e posso afirmar que as grandes empresas estão com veículos de três a cinco anos, no máximo. Em companhias que têm ISO 14.000, por exemplo, equipamentos usados muito velhos nem entram mais. A geração de motores Euro V traz outra realidade e temos que entender que ela veio para ficar. A consciência ecológica é mandatória. Acho que o governo fez uma coisa muito interessante que foi o Finame, a base de financiamento do BNDES para equipamentos e veículos. Hoje, através dele, você renova a frota, compra caminhões com juros de 5% ao ano. E vale para os pequenos também, com juros ainda menores. O autônomo foi beneficiado e isso propiciou uma grande renovação da frota brasileira. Tecnologística – O senhor falou que um dos principais gargalos do setor são as pessoas. E além delas, quais são os empecilhos à atividade logística? Os impostos? Wrobleski – A questão tributária todos os setores enfrentam, não é só a logística. Nesse sentido, temos de fazer valer um pouco mais nossos direitos, por uma questão de competitividade mundial. O Brasil participa muito pouco do mercado global; nosso nível percentual de exportação dentro do PIB é algo muito baixo. No geral, se você comparar o “custo Brasil”, os preços que nós praticamos aqui com o custo de um país do mesmo nível, somos muito mais caros. Mas tem um conceito burro por trás disso que é penalizar muitos para que poucos vivam bem. Tecnologística – E a infraestrutura? Wrobleski – É certamente pre-

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NONONONONO ENTREVISTA

cária. Apenas em termos de comparação, o Brasil hoje investe menos de 1,5% do PIB em infraestrutura, enquanto a China investe 10%. Este ano, dizem que será um pouco menos, entre 6% e 7%. Mesmo assim, é uma diferença brutal. Todas as grandes economias investem consideravelmente na infraestrutura, e não apenas de logística. O Brasil está ficando para trás. Tecnologística – E isso porque este ano o crescimento vem sendo menor que o esperado. Se estivéssemos crescendo 10% ao ano, a infraestrutura não iria suportar. Wrobleski – Mas talvez se estivéssemos crescendo tudo isso, teríamos nos mexido mais, nos preocupado mais e agido com mais celeridade. Você não pode limitar o crescimento de um país pela infraestrutura. É preciso pensar adiante, fazer um planejamento integrado. Por exemplo, é preciso deixar longe das cidades o que não precisa passar por elas. Você já imaginou o que seria hoje a cidade de São Paulo sem o Rodoanel? Seria impensável. Eu trafego muito pelo Rodoanel e 90% do tráfego é de caminhões. Imagine tudo isso nas marginais e na avenida dos Bandeirantes? Acho que já deveria ser construído um segundo anel viário, passando pela região de Campinas, a uma distância de 100 km da capital, para aqueles veículos que não precisam passar por aqui. Em Dallas, nos Estados Unidos, há vários anéis viários e você só entra na cidade se realmente precisar. Mas é claro que tudo isso é utopia. Nós ainda nem terminamos o Rodoanel e ele será finalizado sem ter nenhuma interligação com ferrovias ou outro modal de transporte. Agora, há um novo alento com esse Programa de Logística para

rodovias e ferrovias anunciado pelo governo federal. Embora não saibamos se sua implementação ocorrerá efetivamente, pelo menos existe um plano. Então, voltando aos gargalos do setor, eu acredito que hoje realmente a grande questão são as pessoas. A nossa educação formal é muito fraca e os requisitos do mercado atual são muito altos. Temos de estar inseridos do contexto global e para isso é preciso pessoas bem preparadas. O gargalo é esse. Logística são três letrinhas: SPP – sistemas, pessoas e processos. Sistemas você compra; processos você contrata especialistas e implanta; mas pessoas é mais difícil formar e reter. O P de pessoas inclui também a retenção. E, com a velocidade que o mundo está, com a rapidez com que as informações chegam até nós, você pode imaginar como é difícil montar um plano de retenção de talentos. Na Support Cargo, trabalhamos em cima de projetos. Eu tenho um determinado projeto e procuro as pessoas adequadas para ele. E temos um programa muito interessante, chamado key driver, de formação de motoristas treinadores que disseminam as melhores práticas para os demais. Investimos um dia por semana nesse programa. Se você olhar, oito horas por semana é bastante intensivo, mas nós realmente acreditamos que temos de cuidar de nossas pessoas. Tecnologística – Como o senhor vê o futuro da atividade no País?

Wrobleski – Eu particularmente acredito que, nos próximos cinco anos, o Brasil sofrerá uma mudança muito grande voltada para o crescimento humano. Primeiro terminamos com a inflação, montamos o Plano Real, resolvendo um problema sério que impedia o crescimento do País e o bem-estar da população. As coisas estão melhorando, talvez não na velocidade e com a abrangência que gostaríamos. Mas o mercado mudou muito e ainda vai mudar mais. Hoje se fala muito em governança corporativa, em operar dentro das regras, e isso já é mandatório, não dá mais para ser diferente. Antes, se o fornecedor fizesse algo errado, o embarcador podia dizer que não sabia, mas hoje isso não cola mais. O que o seu fornecedor faz tem implicações sérias na imagem da sua empresa. Quanto

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vale uma imagem? Vale muito mais que os ativos. Atualmente, não dá mais para contar uma história para o mercado e praticar outra coisa. O Brasil começa a construir empresas respeitáveis, grandes, e que surgiram praticamente nos últimos 20, 30 anos. Veja a quantidade de empresas do nosso setor com menos de 50 anos e com faturamento acima de R$ 1 bilhão. Quantas eram há uma década? É uma mudança enorme de que muitas vezes não nos damos conta, porque estamos no meio dela. Essas empresas foram criadas por empreendedores natos, que hoje têm de se adaptar e mudar sua gestão, profissionalizá-la, abrir capital e fazer parte de um mundo muito diferente do que era há algumas

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décadas, quando o Brasil era uma economia fechada. Acho que temos bons desafios pela frente.

sários. Mas sem pequenez nas ideias. Este é o momento da definição. Silvia Marino

Tecnologística – Se olharmos para o imediato, tendemos a ver só os problemas, mas se analisarmos ao longo do tempo, a evolução foi grande. Wrobleski – Exatamente. Acho que estamos mudando muito. O topo de nossa pirâmide ainda comporta 50, 60 empresas do nosso segmento. E para quem quer estar nesse topo, agora é a hora da definição, de começar a pensar grande. Não que não haja espaço para os menores; sempre haverá. Eu brinco que existem os porta-aviões, mas também as corvetas, porque os pequenos são neces-

Support Cargo: (11) 4343-2300 1

CIOT – Cadastro para a geração de Código Identificador da Operação de Transporte - resolução nº 3.658/2011 da ANTT, que regulamenta a remuneração dos caminhoneiros autônomos e solicita que os contratantes de frete cadastrem suas operações de transporte através de uma administradora de meios de pagamento eletrônico de frete, que é responsável pela geração do CIOT 2

A entrevista foi feita antes do anúncio da desoneração da folha de pagamento realizada pelo governo em setembro

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Fotos: Divulgação

SUPPLY CHAIN

Sem medo de mudar Criada para replicar nos clientes e parceiros o mesmo modelo de melhoria do supply chain empregado internamente na Dow, a Diamond Value Chain Consulting, divisão de consultoria da empresa, auxiliou uma das cinco maiores indústrias brasileiras do setor de plásticos a mapear seus processos e a corrigir distorções, conseguindo mobilizar e engajar todos os níveis hierárquicos de todas as áreas da empresa, incluindo a alta direção, obtendo ganhos significativos em curto espaço de tempo

E

m apenas cinco anos, a Neoplastic, uma das maiores fabricantes de embalagens, sacolas plásticas e filmes flexíveis do Brasil e de geomembrana da América Latina, triplicou de tamanho. Esse crescimento contínuo e rápido trouxe como consequência a necessidade de reorganizar a empresa como um todo. Além da meta de otimizar e padronizar os processos internos, alinhando as áreas de manufatura, distribuição e comercial para elevar o nível de serviço ao cliente e eliminar os desperdícios, havia também o desejo de obter a certificação ISO 9000 e estru-

turar a companhia para aproveitar novas e potenciais oportunidades para crescer ainda mais. A concretização desses e demais objetivos foi possível graças à contratação da Diamond Value Chain Consulting (DVCC), uma divisão da Dow especializada em consultoria para supply chain. Ainda na fase inicial do projeto, concluída em julho deste ano, foram contabilizados alguns ganhos, dentre os quais a redução de 27% no tempo de espera de atendimento de pedidos e o aumento de 31% da acurácia de inventário de matéria-prima. “Somos clientes da Dow há cerca de 15 anos e mantemos um relacio-

namento estreito com ela tanto na área comercial, como na operacional. Como fazem parte do nosso dia a dia, eles souberam que tínhamos iniciado um trabalho interno de reestruturação, mesmo sem dispormos de ferramentas adequadas para isso”, lembra Sandro dos Santos, diretor Industrial da Neoplastic. Assim, os profissionais da DVCC entraram em contato com a empresa para apresentar um plano de trabalho com esse escopo. “Houve uma sinergia imediata, porque logo percebemos que não se tratava de uma simples consultoria de processo, uma vez que a equipe possuía gran-

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Nonononono

Na fase inicial do projeto houve redução de 27% no tempo de atendimento de pedidos

Santos: mapa permitiu a todos os funcionários sugerir melhorias nos processos

de experiência na área operacional, estava acostumada com o ambiente fabril e, portanto, conhecia bem a nossa necessidade e falava a mesma língua”, destaca Santos. O que fez a diferença, segundo Flávio Barros, diretor da DVCC para a América Latina, foi a proposta de iniciar com a realização de um brainstorm com a alta direção da Neoplastic, que ocorreu em novembro de 2011. “Por mais que ambas conhecessem bem uma à outra, precisávamos dessa troca de ideias para customizar o projeto, definir uma linha mestra de trabalho e elencar as prioridades”, justifica Barros. Naquele momento, foram identificadas claramente quais eram as metas pretendidas pela empresa e definidas as estratégias de curto, médio e longo prazos para atingi-las. Sandro dos Santos lembra que a expansão das atividades da Neoplastic se acentuou a partir de 2009, quando a empresa inaugurou sua terceira fábrica em Jacutinga (MG), criando, no ano seguinte, a quarta unidade fabril em Três Rios (RJ), e ainda, em maio de 2011, um centro de armazenagem e distribui-

ção em Franco da Rocha, na Grande São Paulo, onde estão a área administrativa e mais duas fábricas, para concentrar a parte de logística e de estocagem de suprimentos e de produtos acabados de todas as unidades. No total, a produção mensal, que em 2010 era de 3.200 toneladas, saltou para as atuais 4.237 t, com capacidade instalada para 5.500 t. “Crescemos muito e rapidamente, de forma desordenada, e o nosso nível de serviço não conseguiu acompanhar esse ritmo. Tínhamos uma presença forte no mercado, uma marca conhecida, know-how de fabricação e produtos de qualidade. Mas precisávamos nos reorganizar para transformar tudo isso em valor”, destaca o diretor Industrial da Neoplastic.

fabris e uma de logística) quando foi feita a divulgação do trabalho que seria realizado, explicando a metodologia, cronograma das atividades, formatos dos encontros e as equipes que iriam compor cada etapa. A partir daí elaborou-se um pré-mapa que foi afixado em várias áreas da empresa, para que todos os funcionários tomassem conhecimento do que estava ocorrendo e inclusive pudessem fazer anotações nele. O passo seguinte foi realizar um encontro com 53 representantes de

Detalhes do projeto Em dezembro de 2011, deu-se o start da primeira fase do projeto: o de mapeamento dos processos administrativos, comerciais, produtivos e de logística da Neoplastic. Para isso foi realizada uma reunião com os diretores e gerentes de todas as áreas das cinco unidades (quatro

Alves: workshop serviu para ampliar o conhecimento sobre as diversas áreas da empresa Outubro/2012 - Revista Tecnologística - 63

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todos os níveis hierárquicos, de todas as áreas da empresa, incluindo o pessoal da portaria e da área da qualidade. “Aproveitamos o dia 25 de janeiro, quando se comemora o aniversário da cidade de São Paulo, e levamos esse grupo para o centro de treinamento da Dow, para um workshop”, explica Fábio Alves, líder de projeto da DVCC. Ali as pessoas foram divididas em quatro grupos multisetoriais. “Organizamos uma agenda bem ambiciosa para aquele dia. Para começar, cada

pessoa teve de se apresentar para as demais e falar sobre a sua área e as respectivas atribuições. Essa simples ação serviu para ampliar o conhecimento dos participantes sobre a empresa e os seus diversos processos”, destaca Alves. Na avaliação do diretor Industrial, Sandro dos Santos, naquele momento quebrou-se o primeiro paradigma, que é esconder os problemas. “Como todos se expuseram e falaram abertamente sobre o que os incomodava e quais eram as difi-

Trajetória de sucesso

C

riada em 1977 na cidade de Caieiras, na Grande São Paulo, pela família Hurtado, a então denominada Plásticos Toti iniciou suas atividades com a reciclagem de polietileno, empregando 20 colaboradores que respondiam por uma produção mensal de 15 toneladas. Com a mudança para Franco da Rocha, em 1992, a empresa alterou a razão social para Neoplastic e iniciou a fabricação de embalagens com polietileno de alta densidade, sendo uma das pioneiras no mercado. Dois anos depois, foi construída a segunda unidade fabril em Franco da Rocha, quando a empresa passou a produzir também lonas para proteção de pisos, telhados e cargas de caminhão, atingindo uma produção mensal de 700 t. Atualmente, a Neoplastic conta com quatro unidades fabris que no conjunto produzem por mês 4.237 t de produtos como embalagens industriais (bobinas para indústria têxtil, sacos para transporte e proteção de frascos, filmes de polietileno para processos internos, etc); filmes agrícolas; lonas de proteção (para pisos, telhados, cobertura de maquinário e para cargas de caminhão); embalagens para revenda e varejo, e geomembranas (para aterros de resíduos domésticos e

industriais, mineração, tanques e silos, confinamento de áreas contaminadas, entre outras aplicações). A maioria da produção é feita sob encomenda. Em maio de 2011, a empresa construiu um centro de armazenagem e distribuição para concentrar todos os materiais usados na produção e também para estocagem dos produtos acabados das quatro fábricas. Localizado na unidade 2, em Franco da Rocha, o CD ocupa 12 mil m² de área construída que está sendo expandida e deverá totalizar 15 mil m² em 2013. Em termos de equipamentos, são utilizadas quatro empilhadeiras automáticas para 2,5 t, duas da Hyster e duas da Yale; seis paleteiras hidráulicas Paletrans; 100 gaiolas metálicas de armazenagem e separação de produtos, de fabricação própria; uma balança rodoviária com capacidade de 70 t e uma balança fixa de solo para 2.500 kg, da Toledo; duas balanças móveis de 1.500 kg, marca Navarro; e oito leitores ópticos fornecidos pela Metrologic. No CD são estocados 2.700 itens com volume de 3.500 t, e a movimentação mensal é de 3.500 itens com volume de entrada e saída de 8.000 t.

culdades ou tarefas que dependiam de outras pessoas para serem continuadas, criou-se uma união. Ficou claro que todas as áreas tinham problemas e que havia oportunidades de melhorias a serem feitas para que o trabalho de todos fluísse melhor. E então, eles começaram a acreditar no projeto”, explica Santos. Finalizadas as apresentações, foram afixados mapas nas quatro paredes da sala, apresentando os processos da empresa, e os participantes receberam post-its coloridos, sendo que cada área foi identificada com uma cor. “Demos um pequeno treinamento para que as pessoas soubessem colocar nos mapas, por meio dos post-its, os problemas das próprias áreas em que atuavam e sugerir soluções, bem como fazer o mesmo nas demais. Assim, o mapa final teria o senso crítico tanto do fornecedor, como também do cliente de cada área. Todos tiveram a oportunidade de visitar todas as áreas e deixar anotadas suas considerações”, detalha Alves. A cada quinze minutos, um grupo era levado para o mapa afixado em uma das paredes, e depois sucessivamente para os outros três, até retornar ao primeiro, podendo verificar o que os outros grupos haviam apontado. Também os diretores da empresa participaram dessa etapa do projeto. Flávio Barros lembra que a DVCC designou seis especialistas para acompanhar o workshop e garantir que todos os 53 participantes fossem bem orientados para que o trabalho atingisse as expectativas. “Nas indústrias é comum haver pessoas que conhecem muito bem determinados processos, mas não sabem se expressar. Aí entrava um dos nossos consultores para ouvir a sugestão e ajudar aquele profissional a anotar de forma adequada a informação. Foi um fator

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fundamental para que não se perdesse nada nesse levantamento de oportunidades”, destaca o diretor do DVCC. Ao final daquele dia foram gerados 453 post-its com observações sobre os processos e o consenso geral confirmou a necessidade de mudanças em todas as áreas. O desafio posterior foi catalogar tudo o que havia sido levantado. “Consolidamos as informações e as classificamos por áreas e por assuntos. Depois, nos reunimos com os diretores da Neoplastic para definir quais eram as ações que deveriam ser implementadas primeiro para assegurar a melhoria dos processos e o que seria pré-requisito para projetos posteriores”, explica Fábio Alves.

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Barros destaca que foram consideradas prioritárias todas as atividades que eram críticas para a obtenção da ISO 9000. Especificamente sobre esse assunto, o diretor esclarece que a certificação não é o foco da DVCC e por esse motivo foi contratado um outro parceiro da Dow, a Lino Engenharia, para cuidar desse trabalho. “Como a Neoplastic queria ter apenas um interlocutor, assumimos a responsabilidade também por essa área. Obviamente é sempre um risco responder por um parceiro, mas como a Lino já havia trabalhado conosco em vários outros projetos dentro da própria Dow, tivemos segurança para fazer isso”, justifica Barros. A primeira auditoria interna foi fei-

Os A3 reúnem todas as informações de forma resumida

ta em 10 de setembro último, e a externa já está marcada para final de outubro, prevendo-se que a certificação será obtida em novembro deste ano.

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A logística dos A3 é comandada por Melo, que também gerencia reuniões semanais

Três ciclos de A3 Finalizada a fase de mapeamento, outro ponto importante era definir como preparar as pessoas para as fases de implementação das mudanças. “Sugerimos a utilização de uma ferramenta chamada A3, criada e empregada na Toyota, e que consiste num mapa em papel de tamanho A3, onde são apresentadas todas as informações de forma resumida. É uma maneira de mostrar qual é a situação atual, o problema que precisa ser resolvido, onde se quer chegar, a análise da causa raiz, o plano de ação e como será feito o monitoramento dos trabalhos, tudo numa única folha”, explica Alves. Segundo o líder do projeto, quando os japoneses inventaram essa metodologia, escolheram o A3 porque era o tamanho de página que dava para ser enviado via fax para outras fábricas do grupo. “Poderíamos ter feito 100 slides em Power Point para contar a história do projeto, mas ninguém teria tempo de ler. Por isso escolhemos esse recurso que é uma espécie de melhores momentos do projeto, bastante visual e que ajuda as pessoas a estruturar o pensamento”, completa Alves. Assim, dos 453 post-its da primeira reunião geral resultaram 31 proje-

tos A3. “Em cada um desses mapas há o nome do líder daquele projeto, que pode ser de qualquer nível hierárquico – de gerente a assistente - e também das pessoas que irão ajudar na implementação das soluções, além do nome do patrocinador, ou seja, do diretor que irá gerenciá-lo. Esses times são multisetoriais e todos foram treinados pela DVCC”, destaca Alves. Ele cita alguns exemplos, como um A3 referente ao registro e rastreabilidade de todos os produtos, envolvendo as áreas de controle de insumos e sumprimentos, de apontamento da produção, e de etiquetagem em código de barras; outro que cuida de especificação técnica de tudo o que é produzido nas unidades fabris; um projeto para a parte de distribuição e logística dos produtos; um A3 voltado à questão do consumo de matérias-primas e controle dos estoques, e assim por diante. O diretor Industrial Sandro dos Santos lembra que quando a DVCC apresentou a ferramenta, ficou claro que seria necessário criar mecanismos de divulgação em todos os níveis das fábricas. “Se esse mapa fosse colocado no sistema de gestão da empresa (o ERP da Totvs) não conseguiríamos atingir todas as pessoas. Por isso decidimos montar a sala dos A3 na unidade 2 de Franco da Rocha, onde ficam todos os projetos expostos nas paredes, mostrando o status de cada um deles e os resultados obtidos”, detalha. Essa sala é coordenada por Márcio Melo, gerente do projeto, que comanda a logística dos A3 e todas as agendas, sendo responsável pelo gerenciamento das reuniões realizadas religiosamente às quartas-feiras, às 15h00, e também pela cobrança do cumprimento das ações propostas. Alves explica que a fase de implementação dos A3 foi dividida em três ciclos, cada um dos quais com duração de oito semanas, usando a abor-

Acurácia do inventário de matéria-prima saltou de 65% para 96%, representando um aumento de 31%

dagem Steps to Milestone, segundo a qual são estipuladas as tarefas passo a passo para o atingimento das metas em ciclos curtos de melhoria. O primeiro ciclo de A3 foi iniciado em março deste ano e o terceiro e último está sendo finalizado neste mês de outubro. Em todos eles foram feitas verificações semanais. “Em julho, fizemos uma auditoria interna para analisar se as melhorias implementadas haviam de fato atingido o esperado e quantos problemas conseguimos endereçar,” destaca. Um dos principais resultados obtidos foi a acurácia do inventário de matéria-prima que passou de 65% para 96%,

Barros: foram consideradas prioritárias as ações críticas para a ISO 9000

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CD centraliza o estoque de materiais e produtos acabados das quatro unidades fabris

representando um aumento de 31%. Na área de produtos acabados, os dados ainda estão sendo compilados, mas segundo Alves pode-se afirmar que a empresa saiu de uma situação em que não havia o controle efetivo e estruturado do estoque, para um nível de 97%.

Projeto paralelo Para otimizar ainda mais o desempenho da empresa, houve a implementação de um sistema de autoapontamento em paralelo. Nesse sentido, estão sendo instaladas, em todos os pontos de produção, balanças e um WMS da Toledo, parceira da Neoplastic de longa data. O suporte para identificação e controle de lotes é feito no sistema WMS e o controle de estoques e roteirização, no módulo OMS do ERP Protheus, da Totvs. “Automatizamos toda a informação referente à produção. Isso significa que tudo o que é produzido é pesado e etiquetado com código de barras e, por meio de leitores, esses dados são inseridos automaticamente no ERP”, explica Santos. Também foi refeita a parte de especificação e

alarme da produção, eliminando os erros de digitação de pedidos de ma-

teriais que eram muito frequentes. “Antes, tínhamos uma série de informações que ficavam fora do sistema, como ordens de produção, cálculos, consumo de matérias-primas, apontamentos da produção e uma série de outros dados. Não eliminamos a interação humana, até porque esse não é nosso objetivo, mas já conseguimos melhorar o sistema de controle”, completa Santos. Também foi adquirido um sistema de gravimetria da WEH, que controla o fluxo de consumo de matéria-prima nas máquinas e nos processos. De acordo com o diretor Industrial, em alguns pontos como nos de transferência de insumos do depósito até a fábrica, ainda há bastante interação humana, mas tudo foi revisto, racionalizado e integrado ao sistema.

Soluções para criar valor

A

judar as companhias a se tornarem mais eficientes para produzirem mais e melhor. Foi com esse propósito que surgiu a Diamond Value Chain Consulting há cerca de dois anos e que no Brasil contabiliza oito clientes em carteira. “Na verdade, a Dow já dispunha de um grupo para cuidar da melhoria do supply chain, composto por profissionais oriundos de operações de logística que se tornaram gerentes de projetos, dando suporte para os trabalhos internos da empresa. O que fizemos foi replicar esse modelo por meio da DVCC para atender aos nossos clientes e parceiros, de forma a estreitar ainda mais o relacionamento com eles”, explica Flávio Barros, diretor da DVCC para a América Latina. O foco dessa unidade de negócios é o desenvolvimento de soluções personalizadas com base na análise da cadeia de valor de cada cliente. Por

meio desse diagnóstico, são identificadas oportunidades com uma projeção quantitativa do retorno do investimento. As soluções propostas podem abranger as áreas de planejamento, compras, manufatura, armazenagem, distribuição, atendimento, além de processos e integração entre empresas e suas unidades produtivas. O DVCC conta com todo o expertise adquirido pela Dow, uma das mais conceituadas empresas do setor químico, com mais de 30 anos de atuação, presente em cerca de 160 países, com 188 sites de produção, respondendo por 52 mil empregos diretos e com faturamento anual da ordem de US$ 60 bilhões. Apenas na América Latina, a Dow conta com oito centros de pesquisa, 30 unidades de produção, 15 escritórios, empregando mais de 3.900 funcionários, com vendas anuais de cerca de US$ 7 bilhões.

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ainda na fase inicial do projeto foi que o ERP estava sendo subutilizado. Inclusive, chegamos a postergar para 2013 o up grade do sistema, que teríamos de fazer este ano. Isso porque avaliamos que precisávamos fazer uma série de mudanças e implementações no ERP para só então atualizá-lo”, completa o executivo.

O legado

Área atual de 12 mil m2 será expandida para 15 mil m2 no próximo ano

O desalinhamento sobre o que era produzido e o que acabava sendo disponibilizado para a logística entregar ao cliente gerava uma perda significativa para a empresa. “Todos os dias, deixávamos de entregar 5% do volume produzido por alguma falha de informação. Com as mudanças feitas, a automatização e a reorganização dos processos, esse índice caiu para 0,56%, o que é um número administrável e em conformidade com os patamares de boas práticas de produção e distribuição. Mas pretendemos reduzir ainda mais esse percentual”, destaca Santos. Outra redução importante foi no tempo que levava desde o recebimento de um pedido por telefone, passando por todas as demais áreas, até a entrega do produto no cliente, que era em média de 4,5 dias, e que depois da eliminação de uma série de processos desnecessários e retrabalhos foi reduzido em 27%, fixando-se em 3,2 dias. Houve, ainda, melhorias na comunicação na área comercial, que conta com 19 profissionais internos e cerca de 100 representantes de vendas externos. Antes, cada um desses profissionais

gastava 11% do seu tempo para fazer um relatório. Agora, o processo está automatizado e as informações são transmitidas pelo sistema, via workflow. “Tudo isso contribuiu para agilizar o prazo de entrega, melhorando o nível de serviço ao cliente que era uma das principais metas do projeto”, comenta Fábio Alves. A rastreabilidade dos pedidos, que levava 15 minutos, agora é feita em apenas 3 minutos, e o número de produtos cadastrados no sistema foi reduzido de 20 mil para os atuais dois mil. “O problema era que um mesmo produto acabava sendo cadastrado de várias formas diferentes porque não havia controle adequado. A cada atividade, era gerado um novo cadastro. Com a mudança no sistema, isso foi corrigido”, explica Alves. Foi otimizado também o cadastro de clientes utilizado pelas transportadoras que atendem à Neoplastic, partindo-se de uma acurácia de 30% para 80%. Segundo Santos, era comum o preenchimento mínimo de dados, apenas para liberar ações no sistema e muitos campos ficavam incompletos, o que gerava retrabalhos e perdas. “Aliás, o que detectamos

A Neoplastic investiu cerca de R$ 2 milhões em consultoria, certificação, infraestrutura e aquisição de equipamentos que, no conjunto, contribuíram para a melhoria das operações da empresa. O projeto da DVCC encerra-se na primeira quinzena de outubro, e posteriormente será feita outra auditoria interna para avaliar os resultados obtidos e definir as ações que não podem retroceder. “Estamos programando também um outro workshop, como o que realizamos no começo dos trabalhos. A ideia é pegarmos aquele primeiro mapa, com os 453 post-its, para que cada pessoa faça o processo inverso, ou seja, retire os post-its desde que considere que aquela mudança proposta foi de fato realizada”, confidencia Alves. A expectativa é grande, segundo Sandro dos Santos: “Queremos saber se as medidas adotadas atingiram seu público-alvo. É óbvio que há ainda muita coisa em fase de implementação e os resultados ficarão evidentes mais adiante. Mesmo assim, acredito que as pessoas irão retirar os post-its porque o conhecimento foi disseminado dentro da empresa. Agora, ele não está mais em ilhas, como no passado recente. E há o entendimento de que aquela área que não entregava a informação na forma que a outra precisava para dar continuidade ao seu trabalho, já está fazendo isso melhor e vai melhorar ainda mais porque agora existe um compromisso,

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que não vai acabar com o final dos ciclos dos A3”. Para disseminar o conhecimento, foi criada uma template para cada área, processo e produto, que foi preenchida pelos respectivos profissionais. Segundo Santos, foram geradas 196 templates que resultaram num compêndio de informações batizado de “O legado”. Nele, estão formalizados todos os procedimentos e informações técnicas de todos os produtos fabricados pela empresa, com suas variações e aplicações. “É o presente que estamos dando para a empresa, que está completando 35 anos de atuação”, justifica Santos. O acesso a esse legado é feito via totens multimídia que estão sendo instalados em vários locais em todas as unidades, como

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nos refeitórios, recepções e na produção, entre outros locais. “Na verdade, criamos um portal da qualidade onde estão reunidas não só essas informações, como várias outras, como notícias sobre futebol, clima, entretenimento, comunicações internas da empresa, aniversariantes do mês, etc. É o braço da área de gestão da qualidade que foi desenvolvido para levar a informação a todos os funcionários”, explica Santos. Os próximos passos serão expandir o uso interno e externo dos relatórios gerenciais, e desenvolver ferramentas para a força de vendas na área comercial. Na manufatura, as metas são diminuir o tempo de set-up, reduzir ou até eliminar perdas no processo produtivo e implantar um

sistema automático de alimentação de matéria-prima. E no que se refere à distribuição, será implantado um sistema de roteirização automático e um sistema de rastreabilidade junto aos parceiros logísticos. “O sucesso da parceria se deve ao envolvimento dos diretores. Esse patrocínio da liderança motivou os funcionários a participar ativamente das ações de melhoria e com isso permitiram à empresa obter conquistas importantes. Temos certeza de que isso tudo terá continuidade porque existe empenho e motivação nesse sentido”, finaliza Barros. Silvia Giurlani DVCC: (11) 5184-8722 Neoplastic: (11) 4443-1000

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ESPECIAL

À procura de identidade Companhias que atuam no segmento de condomínios logísticos analisam os rumos do segmento. Profissionais reconhecem que existem tendências despontando no dia a dia das operações. Alguns cenários, porém, ao que parece, serão mantidos por um bom tempo

M

aturação. Essa é uma palavra corriqueira quando conversamos com executivos de empresas que atuam no segmento de condomínios logísticos (CLs) – incorporadoras, construtoras e locadoras. São diversos os temas que permeiam o bate-papo e explicam um pouco porque a atividade ainda passa por um momento de definições. Desde a já conhecida importância destas estruturas para o setor logístico brasileiro, passando pelo preço dos terrenos, da importância de uma boa localização, aos rumos que a atividade pode seguir e tendências já observadas, o cenário é amplo. Isso é bom, porque são inúmeras, ainda, as possibilidades de crescimento. No mercado, o otimismo impera e cada um dá sua visão particular, di-

vulgando a estratégia que adota para oferecer produtos condizentes aos diferentes tipos de necessidade. Na Colliers International, assessoria imobiliária que loca espaços em condomínios, além de participar da análise, seleção e escolha de terrenos para a concepção de empreendimentos, essa pluralidade de opções e a dúvida de como agir é visível. O gerente da Divisão Industrial, Patrick Samuel, explica que os interessados em aplicar recursos no setor chegam em diferentes estágios. “Recebemos novos investidores, que não têm nenhum conhecimento e desejam saber todos os detalhes do mercado, e empresas que possuem o terreno e necessitam de nosso auxílio para desenvolver os produtos”, diz. Para a diretora de Desenvolvi-

mento Industrial e Logístico do Centro Logístico Brasil (CLB), marca da Prosperitas Investimentos para empreendimentos logísticos e industriais, Clarisse Etcheverry, o mercado ainda está numa curva ascendente e há muito o que progredir em nível nacional. “As empresas desenvolvedoras de condomínios logísticos deverão investir muito na profissionalização, garantindo ao seu cliente o máximo de eficiência”, analisa.

Segmentação Samuel garante que já há um cenário sendo definido e há, sim, uma segmentação no setor. Para ele, o dilema hoje, no momento de se construir um condomínio logístico, é qual modulação ado-

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Projeto Pro P Projet rojje jet eto de et de ccondomínio ond ond on ndom omí o mííni m nio n io da io da GW G GWI WI eem WI m Vinh V Vinhedo inh inh nhed edo edo o

tar. O executivo acredita que há espaço para dois modelos de operação: as mais robustas, que demandam espaços maiores, e aquelas que necessitam de áreas menores para as movimentações. “O investidor que deseja entrar no mercado de CLs deve, basicamente, se preocupar com a área disponibilizada”, salienta. O gerente explica o motivo para isso: “Empreendimentos que possuem grandes áreas de armazenagem locáveis, por exemplo, tendem a ter uma aceitação junto aos operadores logísticos. Esse tipo de empresa quer espaço disponível, não levando muito em

Samuel: recebemos investidores de todos os tipos

consideração outros serviços – como escritório e área de serviço”, analisa. O executivo garante que condomínios destinados a operações menos robustas, como indústrias que os utilizam como área de armazenagem externa e varejo com cargas fracionadas, que demandam áreas locáveis menores, também têm excelente aceitação no mercado. Samuel, porém, faz um lembrete: “Nossa orientação é de que, num primeiro momento, as edificações sejam totalmente abertas e, posteriormente, divididas em pequenos módulos”. Clarisse, do CLB, tem uma opinião semelhante quanto à concepção das áreas. “O condomínio logístico, em especial o galpão e as características técnicas de área de armazenagem, tem de ser concebido para atender ao segmento logístico em que está inserido, respeitando os nichos de mercado”, afirma. A executiva vai mais além e explana sobre as possíveis consequências de um empreendimento mal definido. “O investidor estará colocando em risco a atratividade do ativo imobiliário a médio e longo prazo, expondo-o à maior probabilidade de vacância em situações de redução de demanda”, analisa. Na GR Properties, este conceito parece ser seguido. O diretor-geral, Guilherme Rossi, conta que a companhia focará a atuação de seu novo empreendimento, em Louveira (SP), previsto para ser inaugurado no próximo ano, ao atendimento de operadores logísticos que demandam espaços operacionais maiores. A companhia ainda não revela detalhes deste condomínio. Já para a movimentação de menor volume, Rossi divulga que a empresa possui, em Jundiaí (SP) e Campinas (SP), empreendimentos que disponibilizam módulos de até 2.000 m². Já o gerente de Incorporação da Hines, Daniel Moura, não acredita que haverá segmentação e as características atuais serão mantidas. “Nós não vamos restringir nossos condomínios a merca-

Clarisse: mercado está em curva ascendente

dos específicos”, frisa. Essa é também a postura do diretor de Marketing da MBigucci, Marcelo Bigucci. “No futuro, talvez possa acontecer essa segmentação por nichos, mas agora a tendência é ser generalista”, enfatiza.

Áreas Alguns cenários, porém, parecem ser os mesmos desde o início e, pelo menos em curto prazo, em algumas empresas eles não devem mudar. A localização é um exemplo clássico. Samuel, da Colliers, garante que as regiões de atuação mais comuns – São Paulo e Rio de Janeiro – se manterão como as mais atrativas. “Os investidores ainda preferem estas localidades. Além disso, teremos potencial na capital paulista no novo trecho do Rodoanel – o Leste”, prevê. Rossi, da GR Properties, tem outra teoria. “As instalações estão nas regiões óbvias, pois os empresários querem minimizar os riscos dos investimentos”, define. Ele reconhece, também, que nas duas grandes capitais brasileiras ainda há possibilidades de crescimento. Quanto à não diversificação, o diretor ilustra contando o exemplo do que ocorreu na própria companhia. “Já estudamos investir no Nordeste, mas Outubro/2012 - Revista Tecnologística - 73

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Rossi: medo do risco faz investidor focar em regiões mais óbvias

ainda não observamos um movimento que justifique a aposta na região”, diz. Já na GWI, o pensamento é diferente e o Nordeste aparece como destaque. De acordo com o gerente de Projetos da companhia, Fábio Silva, a localidade vem se destacando devido à falta de oferta de condomínios logísticos. Ainda segundo informações da companhia, o potencial é grande, uma vez que empresas que antes preferiam movimentar seus produtos por meio de distribuidores regionais começam a instalar estruturas a fim de realizar a operação com profissionais próprios. Moura, da Hines, é outro que analisa com atenção o Nordeste brasileiro. “Temos um grupo observando terrenos”, resume. Ele lembra, contudo, que ainda existe risco por se tratar de uma área não consolidada. No CLB, Clarisse – apesar de reconhecer que a região mais procurada ainda é a Sudeste -, percebe um crescimento considerável nas demandas por outras regiões, como Nordeste, Centro-Oeste e Sul do País.

Aposta Em São Paulo, mesmo com as obviedades, parece que ainda exis-

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tem pontos não muito explorados. Na MBigucci, o diretor de Marketing encomendou uma pesquisa que apontou a região do ABC como possível foco de investimento. Isso porque foi identificado que faltava oferta de condomínios na região e as estruturas disponíveis eram inferiores em termos de localização e capacidade de armazenagem. Na companhia, as ações já começaram para suprir essa demanda com a estruturação de um condomínio logístico em Diadema. “O preço de locação que pode ser praticado no ABC é mais atraente do que em outras localidades”, garante. Há outras vantagens na região, como a proximidade com o Porto de Santos. A perspectiva é das melhores. Sem revelar números consolidados, o executivo divulga que a meta é de que o empreendimento em Diadema, que iniciou as operações neste mês de outubro, represente 10% do desempenho financeiro da companhia. Já o gerente da Divisão Industrial da Colliers afirma que, no ABC, o problema é encontrar terrenos. “A região está próxima a represas e mananciais, onde as áreas disponíveis são pouco aproveitáveis”, lamenta. Samuel explica que são encontrados terrenos com excelentes tamanhos, mas quando são realizadas as análises, a área que poderá ser utilizada é pequena devido a questões ambientais. “E os preços pedidos são altos. É uma região muito bem vista por causa da industrialização e por ser acesso ao porto”, define. Na Hines, o problema é similar. “É difícil encontrar terreno e, quando achamos, o preço não compensa. O ABC tem potencial, mas o custo é muito alto”, relata o gerente de Incorporação, Daniel Moura. Mas ele não descarta a chegada da companhia na região. “Queremos uma oportunidade, pois é um local onde

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ESPECIAL

Business Park 1 é a primeira investida da MBigucci no setor de condomínios

não teremos problema para comercializar”, garante.

e nos municípios de Osasco e Barueri, a tendência são os condomínios verticalizados.

O futuro Enquanto trabalham no atual cenário, os executivos tentam projetar o que pode acontecer. Samuel diz que a Colliers analisa a possibilidade de construir condomínios verticalizados e trazê-los para dentro da cidade de São Paulo. Segundo ele, o empecilho ainda são as leis de zoneamento, que estabelecem, por exemplo, limite de altura para as construções. Há outras barreiras. O gerente diz que a fase ainda é de verificar a composição de valores entre o custo do terreno, da construção e da locação. “Isso precisa ser melhor estudado, mas acho que não vai tardar e, em breve haverá novidades nesse setor e teremos esse tipo de prédio”, frisa. De acordo com ele, em algumas regiões de São Paulo, como aquelas próximas às estradas,

O mercado deve se profissionalizar, com a entrada de empresas multinacionais com tradição na construção de condomínios logísticos

Rossi, da GR Properties, tem outra visão. “A verticalização hoje é inviável, já que ainda existem terrenos baratos disponíveis para a construção de condomínios horizontais”, afirma. Para Marcelo Bigucci, não haverá grandes novidades. “Não vejo a en-

trada dos condomínios nas cidades, pois o preço do terreno é muito alto. Acho que a tendência é de que eles continuem à margem dos grandes centros”, opina. O presidente da Capital Realty, Rodrigo Demeterco, faz uma análise mais profunda. Para ele, os condomínios logísticos devem, no futuro, cada vez mais oferecer serviços e a intermodalidade. A empresa, hoje, conta com duas estruturas em Itajaí (SC) e Esteio (RS). Na unidade gaúcha, a companhia disponibiliza um ramal ferroviário. Demeterco conta que a intermodalidade atraiu para o condomínio um tipo de carga que não opera no outro empreendimento. “Em Esteio, há a movimentação de frango congelado para exportação. O produto é enviado por ferrovia até o Porto de Rio Grande”, descreve. Segundo o executivo, a intermodalidade nos condomínios está apenas começando, e ele faz um alerta: “Não basta disponibilizarmos apenas o ramal, é preciso que os clientes tenham um projeto para utilizá-lo. É uma atividade um pouco mais complexa e que exige adequação”. Quanto aos serviços, Demeterco aposta em itens de conveniência, como posto de gasolina. Oferecer áreas gerenciais também é uma das preocupações. “Não utilizamos a palavra galpão; nossos empreendimentos são centros de distribuição em ambientes corporativos”, diz. Segundo o executivo, seus inquilinos utilizam o condomínio como uma extensão da sede de suas empresas. A GWI é outra que aposta em ambientes e estruturas e personalizados. De acordo com Fábio Silva, a tendência para os próximos anos é oferecer serviços atrativos para os locatários, bem como tentar mitigar o risco do empreendedor, desenvolvendo mais projetos sob medida ( built-to-suit). Além disso,

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Demeterco: intermodalismo fará a diferença nos condomínios no futuro

a empresa acredita que os diferenciais serão construir condomínios em localizações privilegiadas, com

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qualidade construtiva, critérios de sustentabilidade e flexibilidade na adequação da operação do cliente ao espaço locado. A diretora de Desenvolvimento Industrial e Logístico do CLB acredita que o setor tem se profissionalizado e a curva deve se acentuar a curto prazo, com a entrada ou consolidação de empresas internacionais líderes de mercado e com grande tradição no desenvolvimento de parques logísticos e centros de distribuição. “Os empreendimentos precisarão oferecer cada vez mais área líquida de armazenagem versus área locada (sobre a qual se cobra o aluguel), infraestrutura completa de qualidade com baixo custo operacional, localização estratégica com ótimo acesso

e preocupações com a sustentabilidade”, define Clarisse Etcheverry.

Empreendimentos Investir para acompanhar a evolução do setor é palavra de ordem. São diversos os empreendimentos que surgem para suprir a demanda e aquecer cada vez mais a competição no setor. Na MBigucci, a novidade fica por conta da estrutura em Diadema. Ao todo, a empresa investiu R$ 65 milhões no MBigucci Business Park, primeiro empreendimento da companhia no segmento, que atua fortemente nos setores residencial e comercial. O condomínio, que ocupa uma área total de 37.000 m², sendo 26.000 m² de área construída, está dividido em

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ESPECIAL

26 módulos com 1.000 m² cada, com 12 metros de pé-direito e capacidade do piso para 6 toneladas por m². Já existe projeto para outra unidade. O diretor adianta que a empresa irá conceber mais um condomínio logístico, desta vez na cidade de Santo André (SP). “Investimos R$ 55 milhões e adquirimos um terreno de 109.000 m². Este empreendimento está em fase de estudo, ainda não há estruturas definidas, mas um dos seus diferenciais é a proximidade com a via férrea que liga Jundiaí a Santos”, destaca. Na Capital Realty, o ritmo de investimentos é acelerado. A companhia prevê, para o segundo trimestre de 2013, a entrega de um novo empreendimento no Rio Grande do Sul. Denominado Mega Intermodal Canoas, o condomínio estará localizado na Região Metropolitana de Porto Alegre, a 12 km da capital gaúcha. O terreno fica às margens da rodovia BR-386 – a 3,5 km da BR-116 e a 2 km da BR-448 (Rodovia do Parque), que servirá como alternativa de ligação da Região Metropolitana com Porto Alegre. Com mais de 172 mil m² de área construída, oito

A tendência para os próximos anos é tentar mitigar os riscos para o empreendedor, com projetos built-to-suit

armazéns, pé-direito de 12,5 m e capacidade de piso de 6 t por m², a estrutura demandará investimento de R$ 200 milhões e contará com um desvio ferroviário com pista de rolagem para carga e descarga de contêineres. O investimento é parte da estratégia da Capital Realty para consolidar sua atuação no Sul do País. Há 12 anos no mercado de terceirização imobiliária, a empresa já investiu mais de R$ 300 milhões na região. “Entre condomínios logísticos e armazéns isolados, todos estão em operação e não

O Mega Intermodal Esteio, da Capital Realty, conta com ramal ferroviário

há espaços livres em nenhum deles”, explica Demeterco. “Para oferecer novas opções para as empresas, além do lançamento em Canoas, estamos construindo um novo CL em Curitiba e ampliando o de Itajaí.” O Mega Centro Logístico Curitiba estará localizado no município de Campina Grande do Sul, na Região Metropolitana da capital paranaense, e exigirá R$ 160 milhões em investimentos. Quando finalizado, terá 147 mil m² de área construída e abrigará operações de armazenagem e distribuição. O condomínio estará localizado na Rodovia Régis Bittencourt (BR-116), que liga Curitiba a São Paulo e ficará a 1 km do anel rodoviário de Curitiba, estrutura que faz interconexão com seis estradas federais, além de permitir o acesso às principais entradas da capital paranaense. Com estrutura padrão A na classificação logístico-industrial, o condomínio terá armazéns com pé-direito elevado de 12,5 m, capacidade de piso para 6 t por m² e possibilidade de operação em cross-docking. A entrega da primeira fase do Mega Curitiba está prevista para o primeiro semestre de 2013. Na Hines, o gerente de Incorporação, Daniel Moura, divulga que R$ 95 milhões serão aplicados na estruturação de um segundo condomínio em Embu das Artes (SP). O local terá 50 mil m² e a expectativa é de que entre em operação no segundo trimestre de 2013. “Nossa previsão é de que ele esteja totalmente ocupado três meses após a entrega”, diz. Atualmente, a empresa possui 1,5 milhão de m²

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Condomínio Cajamar, da Hines

disponíveis, em sete condomínios logísticos – Cajamar, Embu das Ar-

especial condomínios_5.indd 79

tes e Osasco (SP); dois em Manaus e dois no Rio de Janeiro. “Nestes lo-

cais, nossa taxa de ocupação é de 100%”, garante. A GR Properties, que possui dois condomínios prontos, um em Jundiaí e outro em Campinas, num total de 64 mil m² de área locável, com 90% de ocupação, também apresenta novidades. O diretor-geral, Guilherme Rossi, anuncia para o final deste mês de outubro a inauguração do segundo condomínio em Campinas. Ao todo, serão aplicados R$ 70 milhões, ampliando para 100 mil m² a área disponível para locação. “Em seis meses, esperamos que todo o espaço desse novo condomínio esteja locado”, informa. Para 2013, as iniciativas já estão definidas. Serão dois projetos, um em Louveira (SP) e outro no trecho Oeste do Rodoanel. “Com estes dois

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O Tópico Centro Logístico, em Embu das Artes, foi inaugurado no início do ano

empreendimentos ampliamos para 190 mil m² nossa área locável, num investimento total de R$ 200 milhões”, calcula.

Novo player Um dos caçulas no segmento de condomínios logísticos, a Tópico também anuncia seus planos. Segundo a supervisora Comercial, Gisleine Zanetti, a empresa começou a atuar no segmento há um ano e meio com a construção do primeiro empreendimento, finalizado em fevereiro de 2012. “Entramos pelo fato de o segmento estar em franca expansão, além de vermos a oportunidade em diversificar nossos ativos em imóveis e a sinergia existente com o setor de locação e venda de galpões temporários lonados, em que já atuávamos”, explica. O Tópico Centro Logístico está localizado em uma área de 42 mil m², é composto por quatro galpões que totalizam 21.379 m² de área construída. São 16 módulos com metragem de 800 m² a 3.300 m². Localizado em Embu das Artes, próximo às Rodovias Regis Bittencourt e Raposo Tavares, o condomínio oferece acesso às principais vias do

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Estado de São Paulo, como Rodoanel, Imigrantes, Anchieta, Castello Branco, Anhanguera e Bandeirantes. “Este local foi escolhido porque já possuímos outros negócios na região e temos grande apoio da prefeitura local”, afirma Gisleine. Atualmente multicliente, o empreendimento foi concebido para abrigar centros de distribuição. “Vislumbramos que sua vocação é para atender ao segmento logístico, com a estruturação de CDs”, diz. A supervisora lembra, porém, que hoje os atuais inquilinos não atuam somente no segmento logístico. Sem revelar detalhes, Gisleine diz que a Tópico estuda novos projetos, podendo ser no próprio município de Embu das Artes ou arredores. Fábio Penteado

Capital Realty: Colliers: GR Properties: GWI: Hines: MBigucci: Prosperitas: Tópico:

(41) (11) (11) (11) (11) (11) (11) (11)

2169-6850 3323-0000 3709-2660 3702-3200 5504-7600 4367-8600 3127-5550 2344-1200

02/10/2012 16:42:55


especial condomĂ­nios_5.indd 81

02/10/2012 16:42:56


TABELA DE CONDOMÍNIOS LOGÍSTICOS 2012

Capital Realty (41) 2169-6850 midia@capitalrealty.com.br www.capitalrealty.com.br

13

X

CBRE (11) 5185-4688 sarah.abreu@cbre.com.br www.cbre.com.br

33

Centro Logístico Brasil (11) 3127-5544 clb@prosperitas.com.br www.clbrasil.com.br

4

Click Galpões (11) 2114-0000 clickimoveis@uol.com.br www.clickgalpoes.com.br

3

X

82 - Revista Tecnologística - Outubro/2012

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X

S

Projeto de arquitetura

S

S

NF

NA

NA

NF

50

10 milhões

Anápolis (GO); Camaçari (BA); Itatiaia (RJ); Guaratinguetá, Jaguariúna, Louveira, Santana do Parnaíba e São Paulo (SP) e Suape (PE)

N

N

24

2,5 milhões

Unidades nos estados de Minas Gerais, Espírito Santo, São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Goiás e Pará

S

S

N

1

350.000

Campinas (SP)

NA

NA

NA

Número total de CLs

Administração

Área de apoio para motoristas

X

Caixas eletrônicos

1

Borracharia e oficinas

Bresco Investimentos (11) 4058-4555 mauriciog@bresco.com.br

X

N

Circuito fechado de TV

13

N

Guarita blindada

Almi (31) 3346-8010 garbero@almi.com.br www.almi.com.br

Consultoria Imobiliária

X

Localização dos CLs

30

Serviços oferecidos nos condomínios

Área locável em m2

Alcindo Dell´Agnese (11) 5505-0254 arquitetura@adarquitetura.com.br www.adarquitetura.com.br

Construção

Ramo de atividade

Incorporação

Empresa Telefone E-mail Site

Tempo de mercado em anos

Informações gerais

Outros

(alguns)

X

X

4

400.000

Canoas e Esteio (RS); Curitiba (PR) e Itajaí (SC)

N

S

S

S

S

NF

X

X

NF

1,5 milhão

Em todo o Brasil

S

S

S

S

S

NF

11

1,35 milhão

Unidades nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Paraná e Rio Grande do Sul

S

S

N

N

S

NF

12

615.844

Caçapava, Cajamar, Campinas, Diadema, Embu, Jundiaí, Indaiatuba e Tamboré (SP)

S

S

N

N

S

NF

X

X

(S) Sim; (N) Não; (NF) Informações não fornecidas pela empresa; (NA) Não se aplica

02/10/2012 12:46:22


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02/10/2012 12:46:23


TABELA DE CONDOMÍNIOS LOGÍSTICOS 2012

27

X

Ello Negócios Industriais (11) 4702-2628 atendimento@elloindustrial.com.br www.elloindustrial.com.br

3

X

Fulwood (11) 2344-2999 contato@fulwood.com.br www.fulwood.com.br

17

X

GR Properties (11) 3709-2660 contato@grproperties.com.br www.grproperties.com.br

5

X

GWI Real Estate (11) 3702-3200

6

X

Área de apoio para motoristas

Disk Galpão (11) 5625-2525 chris.miranda@diskgalpao.com.br www.diskgalpoes.com.br

Caixas eletrônicos

X

Borracharia e oficinas

15

Circuito fechado de TV

Cushman & Wakefield (11) 5501-5433 mario.gurgueira@sa.cushwake.com www.cushwake.com.br

Guarita blindada

5

Localização dos CLs

Cone (81) 3087-8080 www.conebr.com

Área locável em m2

15

NA

NA

NA

NA

NA

NA

NA

NA

NA

7

NF

Cabo de Santo Agostinho (PE)

N

S

S

S

S

NF

2

160.000

Ribeirão Preto (SP) e Pinhais (PR)

S

S

N

N

S

NF

X

120

390.000

Todo o estado de São Paulo

S

S

S

S

S

NF

X

3

119.000

Cotia (SP)

N

S

N

N

S

NF

X

7

500.000

Araçariguama, Atibaia, Itupeva, Jundiaí, Guarulhos e Sorocaba (SP) e Extrema (MG)

S

S

N

N

S

NF

2

161.000

Campinas, Jundiaí, Louveira e Sumaré (SP)

S

S

N

N

S

NF

1

61.640

Guarulhos (SP)

S

S

N

N

S

Posto de recarga Visa Vale, limpeza, locação de equipamentos, assistência predial, plataformas niveladoras, área de alimentação

12

460.000

Barueri, Diadema, Guarulhos, Hortolândia, Itapevi, Jundiaí, São José dos Campos e Santana de Parnaíba (SP)

S

S

N

N

S

NF

X

X

X

X

Serviços oferecidos nos condomínios

Número total de CLs

Colliers International (11) 3323-0000 relacionamento@colliers.com.br www.colliers.com.br

Administração

Consultoria Imobiliária

Construção

Ramo de atividade

Incorporação

Empresa Telefone E-mail Site

Tempo de mercado em anos

Informações gerais

X

empreendimento@gwirealestate.com.br

www.gwirealestate.com.br

Herzog Imóveis (11) 3089-7444 simone@herzog.com.br www.herzog.com.br

30

84 - Revista Tecnologística - Outubro/2012

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X

X

Outros

(S) Sim; (N) Não; (NF) Informações não fornecidas pela empresa; (NA) Não se aplica

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02/10/2012 12:46:23


16

Libercon Engenharia (11) 5111-8580 comercial@libercon.eng.br www.libercon.eng.br

11

Log Commercial Properties (31) 3516-4000 contato@logcp.com.br www.logcp.com.br

3

X

MBigucci (11) 4367-8600 imprensa@mbigucci.com.br www.mbigucci.com.br

29

X

Mendonça e Associados (11) 3807-0738

40

X

X

X

11

11,3 milhões

Araucária (PR); Cajamar, Embu e Louveira (SP); Belford Roxo e Rio de Janeiro (RJ); e Manaus (AM)

N

S

N

N

S

NF

2

42.000

Paulínia e Sumaré (SP)

S

S

S

N

S

NF

NA

NA

NA

NA

NA

NA

NA

NA

NA

10

727.609

Belford Roxo e Itatiaia (RJ); Cajamar, Guarulhos, Jundiaí, Louveira e São Paulo (SP)

NA

NA

NA

NA

NA

NA

23

1 milhão

23 unidades nos estados de Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Bahia, Ceará, Goiás e Paraná

S

S

N

N

S

NF

1

25.980

Diadema (SP)

S

S

N

N

S

NF

88

2 milhões

Rio de Janeiro (RJ), São Paulo e várias cidades no interior paulista

S

S

S

N

S

NF

1

230.000

Uberlândia (MG)

S

S

N

N

S

NF

Número total de CLs

Administração

Consultoria Imobiliária X

Área de apoio para motoristas

Jones Lang LaSalle (11) 3043-6955 locacao@am.jll.com www.joneslanglasalle.com.br

X

Caixas eletrônicos

X

Borracharia e oficinas

5

Circuito fechado de TV

Ialog (19) 3933-1206 adauto@ialog.com.br www.ialog.com.br

Guarita blindada

X

Localização dos CLs

14

Serviços oferecidos nos condomínios

Área locável em m2

Hines do Brasil (11) 5504-7600 hines@hines.com.br www.hines.com.br

Construção

Ramo de atividade

Incorporação

Empresa Telefone E-mail Site

Tempo de mercado em anos

Informações gerais

mendonca@mendoncaeassociados.com.br

www.mendoncaeassociados.com.br PK Center (34) 9166-8382 comercial@ctrempresarial.com.br www.ctrempresarial.com.br

3

X

86 - Revista Tecnologística - Outubro/2012

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X

Outros

(S) Sim; (N) Não; (NF) Informações não fornecidas pela empresa; (NA) Não se aplica

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TABELA DE CONDOMÍNIOS LOGÍSTICOS 2012

Retha Imóveis (11) 4777-9800 marinomario@retha.com.br www.retha.com.br

18

X

X

Sanca Engenharia (11) 3246-3300 sanca@sanca.com.br www.sanca.com.br

34

X

X

SDI Desenvolvimento Imobiliário (11) 3095-4300 contato@sdiweb.com.br www.sdiweb.com.br

7

X

Topico Centro Logístico (11) 2344-1200 rvantini@topico.com.br

2

X

TZH Empreendimentos (11) 95028-9101 lgranja@therapark.com.br www.therapark.com.br

1

X

WTorre (11) 3759-3900 www.wtorre.com.br

31

X

88 - Revista Tecnologística - Outubro/2012

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X

Área de apoio para motoristas

X

Caixas eletrônicos

X

Borracharia e oficinas

5

Circuito fechado de TV

Racional Empreendimentos (11) 3732-3716 contato@centeranel.com.br www.centeranel.com.br

Guarita blindada

X

Localização dos CLs

X

Área locável em m2

X

Prologis CCP Logística (11) 3018-6900 www.prologis.com

4

749.700

Cajamar e Jundiaí (SP) e Queimados (RJ)

N

S

N

N

S

NF

2

105.000

São Paulo e Campinas (SP)

S

S

S

N

S

NF

X

22

672.370

São Paulo (SP) e mais 14 cidades no interior paulista

S

S

N

S

S

Portaria blindada, segurança 24h, sistema de eclusa para caminhões e restaurante

X

1

92.000

Embu (SP)

S

S

N

N

S

Restaurante

4

116.738

Duque de Caxias (RJ); Indaiatuba e Tamboré (SP)

S

S

S

N

N

Garra de Tigre, sistemas de alarme, sensores de presença, controle de acesso eletrônico, estacionamento para caminhões com ampla área de manobra

X

1

21.380

Embu (SP)

S

S

N

N

N

NF

X

1

121.189

Jundiaí (SP)

S

S

N

N

S

NF

X

45

3,45 milhões

São Paulo (SP) e mais 21 municípios nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná e Pernambuco

S

S

N

S

S

NF

X

X

X

Serviços oferecidos nos condomínios

Número total de CLs

Consultoria Imobiliária

NF

Empresa Telefone E-mail Site

Administração

Construção

Ramo de atividade

Incorporação

Tempo de mercado em anos

Informações gerais

Outros

(S) Sim; (N) Não; (NF) Informações não fornecidas pela empresa; (NA) Não se aplica

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PESQUISA

Condomínios logísticos ganham a preferência do mercado É o que revela a pesquisa realizada pelo Instituto ILOS com operadores logísticos, apontando que mesmo com os preços maiores em relação aos galpões individuais, as empresas buscam cada vez mais os CLs pelas vantagens operacionais e de segurança. O estudo mostra também que apesar do crescimento da oferta, o Brasil ainda é carente dessas estruturas estrutura predial mais moderna, com pé-direito elevado (acima de 12 metros); maior oferta de docas (uma para cada 1.000 m2, no mínimo) e piso reforçado (com capa-

cidade maior que 6 toneladas/m2), adaptados às novas necessidades de aproveitamento vertical de área e uso de equipamentos de movimentação; questões de sustentabilidade,

A+ Ar-condicionado Sprinklers Pé-direito h=12m Pé-direito h=9m

• • • •

1 doca para cada 1.000 m2 Capacidade do piso > 6 ton/m2 Piso nivelado a laser

A

• • • • • •

B

• • •

Telhado de cimento-amianto Pátio de manobras Piso antiestático

C

• •

Fonte: ILOS

U

ma pesquisa realizada pelo Instituto de Logística e Supply Chain – ILOS, e apresentada em setembro durante o 18 o Fórum Internacional de Logística, organizado pelo mesmo instituto, no Rio de Janeiro, mostrou que os condomínios logísticos são o novo “sonho de consumo” dos operadores logísticos brasileiros, que são atraídos para essas estruturas principalmente pela localização, segurança e serviços compartilhados. Talvez por isso, como também aponta o levantamento, a oferta de áreas seja considerada insuficiente, apesar do explosivo crescimento registrado nos últimos anos. A pesquisa caracteriza como condomínios logísticos (CLs) estruturas voltadas à armazenagem que sejam organizadas em módulos; que compartilhem infraestrutura; com oferta de serviços especiais e cujos custos sejam compartilhados entre os usuários. Entre as vantagens oferecidas por esses locais, destaque para a

Figura 1 - Classificação de imóveis industriais

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Preços em alta Como era de se esperar, a maior procura por estas estruturas e a es-

Fonte: Colliers International.; Análise: Instituto ILOS

com prédios mais “verdes”, utilizando painéis solares e equipamentos de redução de consumo de energia elétrica e água; segurança reforçada, com guaritas blindadas e circuito fechado de TV, além de serviços comuns de limpeza, manutenção, alimentação lazer e serviços diversos para motoristas e colaboradores, com custo rateado entre os usuários. O mercado de condomínios logísticos vem apresentando acelerado crescimento tanto de oferta de áreas como de procura. A área ofertada cresceu em média 30% ao ano entre 2009 e 2011, passando de 3,4 milhões de m2 para 5,7 milhões de m 2, respectivamente. A pesquisa levantou que até o final deste ano já serão 8,5 milhões de m2, com as áreas em CLs devendo atingir os 17 milhões de m 2 entre 2014 e 2016. A região com maior oferta de CLs é disparadamente a Sudeste, com 4,9 milhões de m 2 seguida de longe pelo Sul, com 490 mil m 2; pelo Nordeste, com 347 mil m 2; pelo Norte (117 mil m 2) e pelo Centro-Oeste, com apenas 50 mil m 2 (dados do primeiro trimestre de 2012). Em contrapartida, o maior crescimento é no Nordeste, com 39% no trimestre deste ano; seguido pelo Centro-Oeste, com 24%; pelo Sudeste, com 10%; Norte (2%) e Sul (1%). Entre os fatores que fazem pesar a preferência pelo Sudeste está principalmente a oferta de infraestrutura de transportes (grande parte dos condomínios está situada à beira dos grandes eixos rodoviários), a proximidade dos mercados consumidores, a possibilidade de circular sem restrições pelos grandes centros urbanos e os incentivos fiscais.

Figura 2 - Oferta de espaços em condomínios logísticos Classe A

cassez de áreas (já que o aumento da oferta ainda é insuficiente para atender à demanda), fazem os preços dos aluguéis em CLs aumentar em cerca de 6% ao ano. O valor do metro quadrado no Brasil, em áreas de condomínios considerados classe A e A+ (veja classificação no quadro) passou de R$ 16,6 no final de 2009, para R$ 18,8 no último trimestre de 2011, tendo atingindo R$ 19,3 o m 2 no primeiro trimestre de 2012. A pesquisa do ILOS levantou também que os Estados que apresentam maior oferta são aqueles com maior variação dos preços praticados. Estes valores dos CLs são, em média, entre 10% e 15% mais caros que os galpões individuais, considerando estruturas de qualidade similares. A localidade com maiores diferenças de valores entre áreas em CLs e em galpões é o Rio de Janeiro,

(R$ 20,8 m 2 x R$ 10 m 2, respectivamente). As análises comparativas entre os preços dos aluguéis praticados no Brasil e em outras grandes cidades do mundo revela que os valores brasileiros só perdem para locais como Tóquio, Cingapura e Londres, superando cidades como Paris, Hong Kong e Amsterdam.

Por que os condomínios? A pesquisa do ILOS ouviu 60 operadores logísticos para este levantamento, sendo que dos respondentes, metade era usuária de CLs e outra metade não usava essas estruturas. De um total de 11 fatores apontados pelos usuários para a escolha de um CL, as três principais foram – como já dito – a localização, a infraestrutura física do local e a maior segurança patrimonial. Outubro/2012 - Revista Tecnologística - 91

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PESQUISA

Fonte: Cushman & Wakefield - Dados Brasil Análise: Instituto ILOS

Solicitados a dar uma nota para os condomínios utilizados, os respondentes deram nota média de 7,4 numa escala de 0 a 10. Essa avaliação teve pouca variação nas cinco regiões do País, com ligeira vantagem para os condomínios localizados no Norte, com nota 8,0.

É caro, mas eu quero

Figura 3 - Condomínios logísticos x galpões individuais - comparação de preços

trutura na região), sendo que 53% usam CLs no Sul, 37% no Nordeste, 7% no Norte e 7% no Centro-Oeste. Entre as atividades que os usuários mais realizam dentro dos CLs estão a armazenagem (100% deles usam as estruturas para este fim), o cross-docking e a consolidação de carga. Já as três operações menos realizadas são etapas do processo produtivo, embalagem e montagem de kits e conjuntos.

Fonte: Instituto ILOS

Entre as principais desvantagens dos condomínios, também entre 11 itens apresentados, destaque para os altos valores dos aluguéis, o pátio subdimensionado para as operações existentes e dificuldades para expansão da operação dentro do mesmo condomínio. Talvez já pensando nesse problema, muitos dos condomínios que vêm sendo construídos atualmente já preveem áreas de expansão contíguas. Os serviços oferecidos pelos CLs mais valorizados pelos usuários são a área de apoio ao motorista, a segurança patrimonial e os serviços de alimentação (restaurante/refeitório). Além da óbvia preocupação com a segurança, muitas empresas já enfrentaram problemas em suas áreas individuais. O apoio a motoristas e funcionários é importante, até porque a tendência é que essas áreas fiquem cada vez mais distantes dos centros das cidades. Os usuários ouvidos pelo ILOS estão, em média, há oito anos nos condomínios, praticando contratos médios de 4 anos. A maioria dos usuários ouvidos utiliza condomínios no Sudeste (90% deles têm ao menos uma es-

Confirmando o que já havia sido levantado junto às principais empresas que ofertam áreas em CLs, os operadores logísticos ouvidos acreditam que, realmente, o valor do aluguel por metro quadrado nesses locais seja mais caro que em armazéns fora dessas estruturas. Entre os pesquisados, 79% acham os CLs mais caros, enquanto 11% acreditam que o valor é igual, e outros 11%, que os condomínios são mais baratos. Mas mesmo com os aluguéis su-

Figura 4 - Regiões nas quais as empresas buscam ou pretendem buscar condomínios logísticos

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periores, 57% dos operadores afirmaram estar dispostos a pagar mais para se instalar em um CL, enquanto 43% não concordaram em pagar essa diferença. As empresas indicaram estar dispostas a pagar até 30% a mais pelas áreas dentro dessas estruturas. Pelo visto, os operadores não levam em conta apenas os custos na hora de decidir pela utilização ou não de um CL, já que 60% dos entrevistados afirmaram que pretendem expandir a utilização dos condomínios e outros 37% querem manter a utilização atual. Apenas 3% afirmaram que desejam reduzir o uso de CLs. Entre os que pretendem expandir, 73% querem mais área dentro de condomínios atualmente uti-

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lizados, enquanto 23% passarão a usar outras estruturas diferentes das habituais. As regiões mais procuradas entre os que pretendem expandir o uso de CLs são o Sudeste e o Nordeste, que são também aquelas apontadas como as mais carentes dessas estruturas, ao lado do Centro-Oeste. A maioria (83%) dos ouvidos pelo ILOS afirmaram acreditar que exista carência de áreas em condomínios em todas as regiões do Brasil. Já entre os motivos apontados para a não-utilização de um condomínio logístico, os mais citados foram os custos, a localização inadequada das estruturas e o fato de ser o cliente o responsável por decidir pela localização.

Percepção Na percepção dos participantes da pesquisa, o Brasil ainda é carente de espaços de armazenagem, sendo que não foram apontadas grandes diferenças entre usuários e não-usuários com relação a esta carência. A percepção de que falta estrutura de armazenagem é de 87% dos usuários de CLs, e de 80% dos não-usuários. Já 7% dos participantes disseram que os espaços são adequados (contra 10% dos não-usuários que pensam dessa forma); outros 7% de usuários de CLs acreditam que as áreas sejam abundantes no País, percepção que é partilhada por 10% dos não-usuários. Para a maioria, o mercado de condomínios logísticos no Bra-

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Fonte: Instituto ILOS

sil está em crescimento (93% de usuários e 100% de não-usuários têm essa percepção), sendo que apenas 3% de usuários acreditam que o mercado está estagnado e outros 3%, que ele vem se reduzindo. Para o presidente do ILOS, Paulo Fleury, este crescimento de oferta e procura por condomínios logísticos no Brasil é positivo para o desenvolvimento da logística, pois permite que operadores de menor porte possam oferecer serviços de melhor qualidade, contando com estruturas de primeira linha a custos menores, pois, embora o valor do aluguel nessas áreas seja maior que em armazéns individuais, as vantagens de uma boa localização, maior segurança e melhores níveis de serviço podem redundar em custos totais menores. Fleury destacou, ainda, a importância dessas áreas para complementar a malha logística brasileira, uma vez que além de transportar, as empresas necessitam de pontos estratégicos que possam servir tanto à consolidação de cargas para redistribuição, como de ponto de apoio para outras operações logísticas ou

Fonte: Instituto ILOS

PESQUISA

Figura 6 - Percepção dos OLs: usuários e não-usuários

mesmo de pós-produção. Maior exemplo disso – aponta o executivo – é que um dos principais entraves ao cumprimento da nova regulamentação dos motoristas profissionais é justamente a área para descanso obrigatório, que em muitas rotas são inexistentes. “O governo deveria mapear e incentivar a construção de CLs em regiões carentes, que poderiam, além dos serviços logísticos propriamente di-

tos, suprir esta necessidade de área de descanso para os motoristas.” Para o presidente do ILOS, o crescimento dos condomínios logísticos tem contribuído para a modernização da infraestrutura logística brasileira, além de fomentar a montagem de redes de armazenagem eficientes e modernas, tais como o cross-dock e o hub and spoke. Fleury lembra, ainda, que o quesito armazenagem, tão fundamental para a logística, ficou de fora do “Plano Nacional de Logística: Rodovias e Ferrovias” do governo federal, anunciado no último mês de agosto, que prevê investimentos da malha logística, mas que não considerou áreas de terminais nos projetos. “O crescimento do número e da qualidade de estruturas de armazenagem deveria ser fomentado pelo governo, até como forma de aumento de competitividade da logística brasileira”, destacou Fleury. Silvia Marino

Figura 5 - Carência de condomínios logísticos

ILOS: (21) 3445-3000

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ILOS - INSTITUTO DE LOGÍSTICA E SUPPLY CHAIN

Impacto da Lei 12.619 nos custos do transporte rodoviário de carga Maurício Lima

Mudanças com a Lei 12.619 Apelidada de Lei do Descanso, a Lei 12.619 regula as jornadas dos caminhoneiros tanto no âmbito da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) quanto do Código Nacional de Trânsito. A partir dela, os profissionais contratados, comissionados ou autônomos passam a ser obrigados a ter 11 horas de descanso ininterruptas a cada período de 24 horas. No caso dos profissionais regidos pela CLT, esse tempo de descanso ainda é limitado a um mínimo de 35 horas por semana. Mesmo durante a jornada de trabalho, os motoristas não poderão mais fazer os tiros longos que vinham realizando frequentemente. A cada quatro horas de direção, os profissionais passam a ser obrigados a parar e fazer pelo menos 30 minutos de descanso. No caso do motorista regido pela CLT, deve ser computada, ainda, mais uma hora, no mínimo, para refeição, com o condutor podendo fazer, no máximo, duas horas extras por jornada.

Cabe ressaltar que os repousos diários dos motoristas devem ser realizados com o veículo estacionado, podendo ser feito na própria cabine leito ou em alojamentos do empregador, dos clientes ou em hotéis. Mesmo no caso de revezamento de motoristas trabalhando em dupla, é garantido ao condutor um repouso diário mínimo de seis horas consecutivas fora do veículo ou com ele estacionado. Em termos de tempo disponível do trabalhador, outro aspecto importante da nova regulamentação são os períodos de tempo de carga, descarga ou fiscalização em relação aos profissionais regidos pela CLT. Quando estes excederem a jornada de trabalho diária do motorista, deverão ser considerados como tempo de espera.

Fonte: Brasil, 2012; Análise: ILOS

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m junho de 2012, entrou em vigor no Brasil a Lei 12.619, que dispõe sobre o exercício da profissão de motorista profissional de veículos automotores. Além de regulamentar as formas de remuneração desses profissionais, a nova lei também aborda um tema sensível ao transporte de carga nacional: a jornada de trabalho dos motoristas. Embora tenha o importante aspecto de regulamentar o transporte rodoviário de carga e tornar as estradas mais seguras, a nova lei traz impactos importantes na operação e no custo das empresas, bem como no nível de serviço oferecido por elas.

Figura 1 - Aspectos importantes da Lei 12.619

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A Lei 12.619 também regula a remuneração dos motoristas de transporte de carga regidos pela CLT. Ela veta o pagamento por tempo de viagem, distância percorrida e quantidade de produtos transportados, com o intuito de evitar os excessos de carga e de velocidade. A nova lei estipula que a remuneração da hora extra deverá ser de 150% do salário-hora normal, enquanto a da hora de espera será de 130% a título indenizatório, não incidindo os encargos trabalhistas. Se o motorista trafegar à noite, deve ser computado um adicional noturno de 20%. Já no caso da hora de reserva, o descanso durante o revezamento deve ser remunerado como uma fração do salário-hora normal, à razão de 30%.

Impactos da nova lei na operação de transporte As empresas transportadoras reclamam que a nova lei vai exigir uma série de adaptações operacionais e financeiras que impactarão o valor final do frete e o serviço ofertado. Acostumados antes a uma jornada diária média de 14 horas (muitas vezes com “tiros” de mais de 24 horas), os motoristas regidos pela CLT passarão a limitar seus turnos a oito horas diárias, podendo chegar a dez com as horas extras. Até mesmo os autônomos deverão respeitar o descanso diário mínimo de 11 horas ininterruptas, além dos intervalos de 30 minutos a cada quatro horas de direção. Esses impactos ficam mais claros em rotas que vão exigir mais de um dia de transporte. Um exemplo é uma operação que percorre 1.500 km, como a rota do Centro-Oeste a São Paulo. No regime antigo, o transportador levaria, em média, três dias desde o carregamento do veículo até o descarregamento no seu ponto de destino. A partir da nova regulamentação, esse mesmo trajeto deverá ser realizado em quatro dias pelas transportadoras, considerando os tempos de carga e descarga.

Mitigação dos impactos pelas empresas Para atenuar os reflexos provocados pela nova lei, as empresas devem buscar ganhos de produtividade em

Fonte: ILOS

Fonte: Brasil, 2012; Análise: ILOS Figura 2 - Remuneração com base na Lei 12.619

Diferente da prática anterior, o motorista deverá parar diariamente 11 horas ininterruptas para descansar e, a cada quatro horas de trabalho, ele deverá parar pelo menos trinta minutos. No caso dos motoristas regidos pela CLT, o tempo de carga e descarga passa a fazer parte da jornada do motorista ou do tempo de espera e também deverá ser respeitada a parada de, no mínimo, uma hora diária para a refeição, podendo incluir nesse tempo os 30 minutos de descanso. Assim, a viagem que, em média, durava três dias, passa a demandar pelo menos quatro dias, conforme pode ser visto na Figura 3. A Lei do Descanso vai trazer impactos importantes para os custos de frete das empresas. Com o aumento no tempo de viagem e a maior regulação na remuneração dos motoristas, em um trecho de 1.500 km, apenas o cumprimento da lei isoladamente trará um aumento nos custos próximo a 23%, considerando a queda da produtividade do veículo e do motorista. Nas rotas de longa distância, com cerca de 3.000 km, como a ligação entre São Paulo e Belém (PA), os impactos ficam ainda maiores em relação ao prazo de entrega, afetando o nível de serviço. A nova regulamentação fará com que as transportadoras gastem oito dias, e não mais cinco, para percorrer os 3.000 km que separam as duas cidades, o que trará um impacto de cerca de 32% nos custos do frete. Já em operações de 800 km, como de São Paulo a Ipatinga (MG), a jornada continuará sendo de dois dias, com reajuste médio de 6%.

Figura 3 - Impacto da nova lei em uma operação de 1.500 km de distância Outubro/2012 - Revista Tecnologística - 97

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Fonte: ILOS

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Figura 4 - Impacto nos custos e no serviço com a nova lei

suas operações. Dentre as possibilidades está a redução nos tempos de carga e descarga dos caminhões, historicamente muito longos no Brasil. Após a nova lei, o motorista regido pela CLT que ficar esperando sete horas para carregar um veículo, praticamente terá esgotado a sua jornada naquele dia, reduzindo não apenas a sua produtividade, mas também a do ativo. O agendamento das entregas também pode ser uma alternativa para as empresas otimizarem o tempo do motorista. Ainda na operação de carga/descarga, outra solução é adicionar motoristas responsáveis exclusivamente pelas atividades de manobra. Com a nova Lei, o ideal é o motorista já encontrar o veículo carregado para iniciar a viagem, aumentando a produtividade do condutor e do caminhão. Novos projetos de planejamento de redes também podem contribuir para mitigar os impactos da lei 12.619 nos preços de frete rodoviário. Nas rotas mais longas, a troca de motoristas para revezamento pode ser outra boa alternativa para aumentar a produtividade do ativo. Entretanto, a implementação dessas iniciativas demanda um sistema sofisticado de planejamento e programação. Ao criar programações separadas para motoristas e caminhões, o processo fica muito mais complexo, exigindo uma gestão mais sofisticada, equipes dedicadas ao planejamento e programação do transporte, ou mesmo uma central de tráfego com maior suporte tecnológico.

Conclusão Independentemente da fiscalização nas estradas, é importante ressaltar que a nova lei tem um aspecto trabalhista muito forte. Cabe, portanto, às empresas, se adequar às novas regulamentações e fazer os ajustes necessários não apenas para mitigar o impacto nos custos

logísticos totais, mas também para evitar a criação de um passivo trabalhista. É esperado um aumento do custo do transporte rodoviário médio de 21% este ano, sendo 14% proporcionados exclusivamente pelo impacto da nova lei. Os 7% restantes têm como causa a pressão dos aumentos dos itens de custos, puxados principalmente pelo dissídio dos motoristas e aumento do diesel. Mais cedo ou mais tarde esta pressão do aumento de custo irá influenciar o valor do frete. No entanto, como quem mais contribui para a formação dos preços é a relação entre demanda e oferta, hoje o mercado tem certa dicotomia em relação aos preços. Os setores em crescimento, como o agronegócio, já sofreram com uma pressão no aumento do valor de frete. Já os transportadores que atuam em setores mais ligados a bens de consumo com aumento fraco da demanda, ou mesmo nulo em alguns casos, estão bastante cuidadosos com relação aos reajustes, ainda abaixo do aumento de custo. Embora seja certo o aumento das tarifas, este pode ser mitigado com a melhoria da eficiência das operações de transporte de carga. Está claro que este aumento só pode ser potencializado com ações conjuntas dos embarcadores e transportadores. Planejar e programar o transporte serão ações ainda mais importantes nessa nova fase. A carência de mão de obra, que já afeta as transportadoras, tem tudo para continuar a ser um dos grandes desafios. A nova lei traz uma maior complexidade da programação e operação de transporte e, certamente, vai exigir mais disciplina dos motoristas e uma maior qualificação. Pelo seu lado, o governo federal já cortou as Contribuições de Intervenção no Domínio Econômico (CIDE) para tentar minimizar o aumento do diesel, mas possivelmente terá de pensar em novos reajustes e enfrentar o dilema entre manter, ou mesmo ampliar, a regulação do modal rodoviário. Existe, ainda, o risco da pressão do aumento de frete acabar contaminando a inflação, dado que a maior parte dos bens no Brasil depende do transporte rodoviário. Outro problema a ser enfrentado pelo governo está na adequação das estradas para viabilizar a nova legislação. Atualmente, muitas rotas não têm pontos de parada suficientes para garantir o cumprimento da lei pelos motoristas, e os contratos de concessão das rodovias não contemplam a construção desse tipo de instalação, demandando futuros ajustes. Maurício Lima Diretor de Capacitação do Instituto de Logística e Supply Chain – ILOS. mauricio.lima@ilos.com.br Tel.: (21) 3445-3000

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Fotos: Divulgação

ARMAZENAGEM

Automação já! Os principais players do mercado de estruturas de armazenagem e equipamentos de automação analisam o setor de condomínios logísticos e fazem um apelo para modificar o sistema convencional pelo automatizado, com a utilização de tecnologias e softwares, a fim de tornar o segmento mais rentável e produtivo

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crescimento econômico que o Brasil tem apresentando nos últimos anos vem impulsionando vários mercados, entre eles o de logística. E, entre as atividades que mais crescem está a armazenagem, estimulada pelo aumento do volume de produtos que circulam no mercado, pela necessidade de as empresas buscarem novas áreas fora dos grandes centros, seja pelo alto valor das áreas, seja pela sua escas-

sez. É grande o número de empresas – embarcadores e operadores logísticos – abrindo novos armazéns, seja em áreas dedicadas, seja dentro de condomínios logísticos (CLs), opção que – como podemos verificar nesta edição da Tecnologística – vem ganhando a preferência do mercado. No rastro deste crescimento, vêm os fornecedores de soluções de armazenagem, sejam estruturas convencionais ou automatizadas.

Os representantes do segundo segmento, o de estruturas automatizadas, porém, revelam que encontram dificuldades para penetrar neste novo mercado, principalmente o de condomínios logísticos. “Acreditamos ser ainda muito prematuro para uma análise definitiva, uma vez que os CLs que estão sendo construídos têm características para pequenas operações mais voltadas à distribuição regio-

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Molina: CLs atuais ainda utilizam equipamentos tradicionais

nal”, revela o gerente de Negócios da Águia Sistemas, Adão Francisco Molina. Segundo o executivo, os condomínios têm sido equipados com estruturas porta-paletes de alturas reduzidas, para serem utilizadas por empilhadeiras convencionais, tornando-se uma solução rápida e barata para os clientes. Para o diretor Comercial da TGW, Philipos Kokkinos, existem fatores decisivos que fazem com que os armazéns convencionais sejam adotados dentro dos condomínios logísticos. “A cultura do Brasil ainda se baseia em contratos de curto prazo – de um a dois anos. Isso inviabiliza o investimento em estruturas automatizadas”, comenta Kokkinos. Para ele, as estruturas autoportantes, que consistem em um sistema de armazenagem no qual as próprias ligas metálicas formam o armazém, funcionam bem no mercado europeu, pois os contratos são de longo prazo – em torno de dez anos, o que torna possível o retorno do investimento. Isso oferece mais segurança para o operador logístico, que se sente

mais à vontade para investir na automação do espaço. O gerente Comercial da Cassioli, Marcos Costa, também acredita que os contratos curtos prejudicam muito a expansão de estruturas automatizadas para condomínios logísticos. “Muitas vezes, o retorno do investimento de uma estrutura automatizada se daria em três ou quatro anos. Os contratos de locação no Brasil são de um ou dois anos e, sem a certeza da renovação, fica difícil investir em automação”, comenta. Para Kokkinos, as construtoras de condomínios logísticos no Brasil poderiam colaborar mais com o mercado de armazéns automatizados. Segundo o diretor, os terre-

A cultura de contratos de curto prazo que prevalece no Brasil inviabiliza o investimento em estruturas automatizadas

nos em regiões próximas a grandes centros urbanos estão ficando mais caros e, cada vez mais, os condomínios logísticos estão se afastando desses polos. Para ele, outro problema que a modalidade tem enfrentado com a distância das grandes cidades é a mão de obra, que fica cada vez mais cara ao se afastar das regiões metropolitanas. “Com a estrutura automatizada, você economiza em capital humano e no tamanho do terreno”, completa Kokkinos. “As estruturas automatizadas otimizam espaço. Onde

tínhamos uma área extensa com vários galpões, surge uma pequena área com apenas um armazém verticalizado”, coloca o executivo.

Novo conceito O executivo da TGW revela que possui um projeto em andamento para a implantação de um novo conceito de condomínio logístico. Uma estrutura autoportante, onde vários operadores logísticos dividem o mesmo espaço e, ao invés de alugar galpões, eles compram posições-paletes. A estrutura é totalmente automatizada com equipamentos de movimentação como miniloads e transelevadores para atuar nas operações de armazenagem, e estanterias verticalizadas. Para ele, esse modelo de condomínio poderia ser oferecido tanto para operadores logísticos como para empresas que realizam suas próprias operações de armazenagem. Para Kokkinos, esse tipo de estrutura oferece várias vantagens, como economia com aluguel de

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ARMAZENAGEM

terreno e mão de obra, otimização de espaço e maior segurança nas operações, eliminando acidentes entre operadores e empilhadeiras. Outra vantagem é que quando o cliente atinge o pico de suas operações, ele pode comprar mais posições-paletes, fazendo assim com que o contrato seja mais longo e permitindo que suas operações possam ser expandidas sem que ele precise sair de lá. “Temos de mudar o conceito atual. Inclusive, a construção de estruturas autoportantes sai mais barata do que a de um prédio de armazém convencional”, completa o diretor. Ainda segundo o diretor da TGW, a estrutura ofereceria serviços completos de acordo com a demanda do cliente, como operações de recebimento de mercadoria física e fiscal, descarga, conferência, endereçamento, armazenamento, expedição por pontos de venda, transferências por unidades, entregas e separação de produtos. “Existem operadores logísticos do exterior que têm interesse em vir atuar no mercado nacional, e este tipo de

As estruturas automatizadas trazem benefícios como economia com aluguel, terreno e mão de obra, além de maior segurança

projeto faz com que eles se sintam atraídos, criando uma competição maior”, analisa o executivo. “Temos de quebrar paradigmas e lançar ideias”, completa. Kokkinos explica, ainda, que como 75% dos investimentos de um armazém autoportante são destinados à estrutura, ela tem de ser de alta precisão, regida e construída de acordo com certas normas. “O transelevador é um posicionador automático que requer uma precisão absoluta para operar nos casulos”, exemplifica. Ele revela, também, que apesar de as estruturas autoportantes serem muito caras no Brasil, há alguns casos em que elas são importadas da Itália e chegam a custar de 20% a 25% menos em relação às fabricadas no mercado nacional, mesmo com o pagamento de frete e impostos.

Mercado em expansão

Afif: demanda pelos armazéns automatizados cresceu nos últimos anos

O diretor Comercial da Scheffer, Afif Miguel Filho, concorda com a afirmação de que o mercado de condomínios logísticos encontra-se, atualmente, distante da automação devido às estruturas adotadas pelas construtoras, que optam por pé-direito baixo e estanterias apropriadas para operações com

Costa: grandes operadores logísticos são um mercado potencial

empilhadeiras convencionais. Porém, o diretor enxerga um crescimento das operações com automação de armazéns e na indústria. “Esse mercado vem crescendo muito em atividades como movimentações dentro da fábrica, paletização automática e final de linha industrial. A demanda aumentou bastante neste segmento nos últimos três anos”, revela Afif. Costa, da Cassioli, explica que, hoje, o mercado está contaminado por pequenas transportadoras que se autodenominam operadoras logísticas mas que, na realidade, os grandes operadores, que dispõem de sistemas operacionais e que podem oferecer segurança aos seus clientes, são poucos, e seriam eles que investiriam em armazéns automatizados. “Eu tenho tentado convencer os administradores de condomínios para que reúnam todos os usuários e façam uma operação comum, com um armazém automatizado”, conta. O executivo completa dizendo que, atualmente, em centros de distribuição comuns, onde o operador

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ARMAZENAGEM

Cousandier: soluções variam de acordo com a operação

logístico é proprietário da sua estrutura, há investimento em automação. Um modelo em particular está sendo adotado. Trata-se da aplicação do carro satélite (shuttle), que realiza a armazenagem em grandes profundidades. “Existe um sistema

de estocagem que se chama drive-in, que elimina a entrada de empilhadeiras dentro da estrutura e agiliza a armazenagem, tornando o processo mais seguro, pois evita o choque do equipamento com a estrutura”, explica o executivo. Para Costa, a vantagem deste sistema é que ele tem capacidade para armazenar grandes quantidades a longo alcance em espaços que dificultariam o trabalho manual. “Para todas as operações de drive-in, a tendência é que se utilize o carro satélite”, completa o gerente Comercial da Cassioli. Kokkinos concorda que a utilização de shuttles é uma tendência na automação de armazéns. Para ele, o equipamento é uma alternativa ao transelevador e já figura como tendência no exterior, colocando as caixas diretamente na estanteria, eliminando a necessidade de paletizar e despaletizar. Além disso, completa, o shuttle trabalha em duas estanterias por nível e possui a mesma função do minilo-

ad, porém com maior capacidade de armazenagem e retirada. Trabalhando apenas na horizontal, a máquina possui a capacidade de mudar de nível e de corredores. “Para se ter uma ideia, um transelevador faz 50 ciclos por hora; já o shuttle tem capacidade para mil ciclos por hora. Outra vantagem é o valor, já que um transelevador chega a custar o equivalente a 15 shuttles. É o futuro para a automação e separação de cargas”, diz o executivo. O supervisor de Vendas da Bertolini, Filipe Cousandier, conta que vê mais possibilidades no mercado de automação para armazéns. “O que dá para evidenciar em nosso segmento é que as soluções que envolvem automação e utilização de softwares para gerenciamento nas estruturas estão sendo cada vez mais solicitadas.” O executivo revela ainda que, dependendo do tipo de operação, do produto a ser estocado e de como deverá ser gerenciado no sistema automatizado, as ferramentas podem variar. Para o mercado de condomínios logísticos, as estruturas convencionais com operações de empilhadeiras são as mais comercializadas. Em tempos onde a tecnologia agregada às operações de armazenagem traz maior lucratividade e produtividade aos operadores logísticos, os fabricantes de estruturas para armazenagem e equipamentos de automação apontam que a cultura de optar por contratos de curto prazo e as atuais estruturas dos condomínios logísticos dificultam muito a implantação dessas tecnologias e soluções. André Moraes

Sistemas de transelevadores praticamente eliminam a utilização de mão de obra dentro do armazém

Águia Sistemas: (42) 3220-2666 Bertolini: (54)2102-4999 Cassioli: (11) 4525-1001 Scheffer: (42) 3239-0700 TGW: (11) 2283-1944

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Calu Fernandes

TERCEIRIZAÇÃO

Flexibilidade para diversificar e crescer Comprovando sua capacidade de adequação aos anseios do cliente, a Elog Logística não apenas readequou e ampliou o espaço no seu CD em Alphaville, como também agiu como uma verdadeira parceira da Husqvarna, auxiliando-a a atingir uma meta ambiciosa e a ter tranquilidade para atuar em novas frentes e aumentar sua presença no mercado

A

té o final deste ano, a Husqvarna – multinacional de origem sueca especializada na fabricação de equipamentos de força para manejo de áreas verdes (jardins e florestas), construção civil e irrigação –, deverá cumprir 76% do objetivo de dobrar de ta-

manho até 2013. O plano de crescimento, iniciado em 2010 e que previa a expansão dos negócios no Brasil de forma continuada num período de quatro anos (cerca de 20% ao ano), está sendo cumprido à risca, apoiado por uma estratégia bem articulada que inclui o lançamento

de novos produtos, ampliação da rede de revendas e a abertura de canais do varejo. Para atender a essa necessidade, a Elog Logística, que há cerca de cinco anos responde pela operação de armazenagem da empresa, também precisou redesenhar seu centro de distribuição, no

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Almeida: redesenho do CD foi feito junto com o cliente

bairro de Alphaville, em Barueri, na Grande São Paulo. O espaço ocupado, que em 2007 era de 1,5 mil m³, saltou para 4,9 mil m³ em 2012. “Isso demonstra nossa flexibilidade e capacidade de nos moldar às expectativas do cliente. No caso específico da Husqvarna, iniciamos com uma operação relativamente pequena e restrita à armazenagem de produtos acabados. Mas quando ela começou a crescer e a trabalhar, além das revendas diretas, com canais do varejo, colocando novas linhas de produtos no mercado e a disponibilizar peças de reposição, houve uma mudança de perfil e tivemos de redimensionar nossa estrutura para atendê-la”, explica Eliabe Almeida, gerente de CDs da Elog. Em termos práticos, isso significou remanejar dois outros clientes para poder concentrar a operação da Husqvarna em um único local, entre outras iniciativas. As principais mudanças, segundo Almeida, foram os processos de controle da qualidade e de caminhos de picking dentro do armazém. “Tivemos que estudar, junto com o

cliente, como seria a demanda para disponibilizar os novos produtos no mercado brasileiro – tanto os grandes equipamentos, como as pequenas partes e peças – em esquema de curva ABC, ou seja, os que têm mais saída ficam na frente, e organizados também de acordo com a época do ano, já que são produtos sazonais (alguns têm maior saída no verão, outros no inverno, dependendo da safra), de forma a agilizar a operação”, detalha o executivo.

Tradição e modernidade Como uma das mais antigas companhias do mundo, com 323 anos de atuação, a Husqvarna está no Brasil desde o começo da década de 1980, contando com uma unidade fabril na cidade de São Carlos (SP) e uma sede administrativa no bairro da Água Branca, na capital paulista. Segundo Rogério Ramos, gerente de Logística do Grupo Husqvarna para a América Latina, a produção local corresponde a apenas 20% do faturamento da companhia no Brasil, e os demais 80% vêm dos produtos importados, que são fabricados em outras unidades do grupo localizadas na Europa, Estados Unidos e Ásia. A maioria deles (97%) chega ao País pela via marítima e o restante

pela aérea, sendo utilizado o modal rodoviário, a cargo de 11 transportadoras parceiras, tanto para o transporte dos componentes até a fábrica (para a montagem de algumas linhas de produtos), como para o CD da Elog, onde está centralizada a armazenagem dos produtos acabados, além de partes e peças de reposição, e também para a distribuição para os canais de venda (revendedores autorizados e varejistas). “Até 2010, atuávamos apenas com revendas autorizadas que forneciam os produtos para profissionais das áreas de manejo das áreas verdes, e atendíamos diretamente aos clientes de construção civil. Nos anos seguintes, passamos gradualmente a diversificar as linhas de produtos, oferecendo também equipamentos para uso doméstico, o que nos levou a atuar com os canais de varejo. Esse foi um dos fatores que contribuíram para cumprir o desafio de dobrar de tamanho até 2013. O segundo fator foi o aumento da variedade de produtos para os canais tradicionais e a venda de equipamentos para irrigação doméstica, iniciada este ano”, destaca Ramos. Gabi Amorim

Vânia Delpoio

A movimentação das peças de reposição saltou de um volume anual de 300 mil para um milhão em cinco anos

Ramos: plano de crescimento levou a repensar a logística Outubro/2012 - Revista Tecnologística - 107

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Calu Fernandes

ARMAZENAGEM

Mudanças nos caminhos de picking agilizaram as operações

Hoje, a empresa conta com mais de mil pontos de venda (entre autorizadas e varejistas) e mais de mil

clientes da linha de construção, tendo entre seus consumidores, usuários ocasionais, profissionais

Tecnologia como diferencial

C

riada em 1689 para fabricação de mosquetes para o exército sueco, a Husqvarna diversificou sua atuação ao longo dos séculos, mantendo a perícia técnica adquirida com a produção de armamentos e apostando na inovação para desenvolver uma gama variada de produtos, entre os quais se incluem armas de caça, bicicletas, motocicletas, aparelhos de cozinha e máquinas de costura, entre outros. Atualmente, seu foco concentra-se em três ramos de atuação: equipamentos para manejo de áreas verdes em jardins e florestas (motosserras, roçadeiras, tratores cortadores de grama, podadores e sopradores, entre outros); linha para construção (ferramentas diamantadas para corte de paredes, de pavimentos e rochas ornamentais; politrizes; furadeiras; robôs para demolição); e equipamentos para irrigação doméstica.

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O Grupo Husqvarna conta hoje com 25 fábricas espalhadas pelo mundo, respondendo por cerca de 15 mil empregos diretos, e uma rede de 20 mil distribuidores em mais de cem países. Em 2011, obteve uma receita líquida da ordem de 30 bilhões de coroas suecas, correspondendo a aproximadamente US$ 5 bilhões. Presente no Brasil desde a década de 1980, a empresa pretende expandir suas vendas principalmente no segmento de máquinas agrícolas, focando nos setores florestal e de agronegócio (cafeicultura e fruticultura), e também na área de irrigação doméstica, iniciada este ano. Em termos de vendas líquidas no mercado brasileiro, a empresa registrou crescimento da ordem de 57% em 2011 em relação ao ano anterior, e a expectativa é fechar 2012 com crescimento de 76% sobre o exercício anterior.

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TERCEIRIZAÇÃO

dos segmentos rural, florestal e de construção. A empresa também oferece assistência técnica e suporte para todas as linhas de produtos, através de uma rede de parceiros. Por isso, foi preciso repensar a operação logística. Almeida lembra que alguns produtos de grande porte, como é o caso de tratores de cortar grama, chegam desmontados e em caixas de madeira, e precisam ser remontados dentro do CD, o que exigiu uma área segregada para isso. Outro cuidado foi referente às peças de reposição, cuja movimentação em cinco anos passou de um volume anual de 300 mil para um milhão. “São cerca de 11 mil SKUs. Há itens muito pequenos, como parafusos, por exemplo, e para oti-

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Criação de um terceiro turno de trabalho contribuiu para otimizar o carregamento de caminhões

mizar essa operação, criamos kits de cinco, dez e 50 peças para atender à rede de assistência técnica da Husqvarna. Esses foram alguns dos ajustes que tivemos de fazer e que

aprendemos junto com o cliente”, ressalta Almeida. Com a distribuição de produtos para o varejo, também foi preciso pensar na logística reversa, uma vez que há casos de devolução de produtos, ainda que em pequena escala. “A Elog também faz esse trabalho para nós e separou uma área específica no CD para isso. Quando os produtos retornam, fazemos uma avaliação do seu estado para encaminhá-los para o retrofit e, posteriormente, revendê-los ao mercado ou para o sucateamento, se for o caso. Não é um índice grande, mas exige uma rotina a mais na operação logística”, explica Ramos. Das nove mil linhas/mês de produtos e geração mensal de 1,5 mil

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notas fiscais em 2007, passaram a ser movimentadas no CD 25 mil linhas/mês, e 3,2 mil notas/mês em 2012. Para isso foi preciso aumentar a equipe, que em 2007 era composta por nove funcionários operacionais e um administrativo, para os atuais 21 profissionais voltados à operação e quatro para a área administrativa. “Desenhamos novos processos de entrada, conferência, armazenagem e distribuição junto com a Elog e mantemos dois funcionários nossos dentro do CD para coordenar a operação. É um diferencial importante e nos dá maior agilidade para a tomada de decisão e para corrigir possíveis desvios que venham a ocorrer”, explica Ramos. Também foi criado um terceiro turno de trabalho, o que contribuiu para otimizar o carregamento dos caminhões, que é feito em janelas de tempo pré-determinadas – das 16h00 às 18h00 –, em área segregada por transportadora. “Com o crescimento da operação, sentimos

a necessidade de abrir um terceiro turno porque apenas com dois se perdia parte do tempo de carregamento. Assim, conseguimos agilizar essas tarefas e ficar com tudo pronto para ser embarcado quando o caminhão de cada transportadora chega à doca no horário determinado”, justifica Almeida.

Resultados Para atender à Husqvarna, a Elog utiliza uma empilhadeira retrátil dedicada à operação, 16 coletores de dados por radiofrequência, duas transpaleteiras elétricas e duas balanças de precisão, entre outros equipamentos. Todos os produtos recebem uma etiqueta com código de barras e o controle de entrada, separação e saída é feito por radiofrequência. A entrada de pedidos e toda a troca de documentos ocorre via EDI (Electronic Data Interchange), e o gerenciamento de inventário está a cargo do WMS desenvolvido pela Elog, que deverá ser migrado para uma nova versão em breve.

Expertise em logística

P

ertencente ao grupo EcoRodovias e BRZ Investimentos, a Elog Logística foi criada em 2011 para gerenciar os ativos e as operações de logística integrada do grupo, após a aquisição, em dezembro de 2010, de 100% do controle acionário da Armazéns Gerais Columbia, tradicional player do mercado, fundada em 1942 no bairro da Mooca, na capital de São Paulo, obtendo autorização para atuar como entreposto aduaneiro em 1974. Além da Columbia, o grupo adquiriu do mesmo grupo a Eadi Sul. Atualmente, a Elog conta com 15 unidades dispostas nos principais

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corredores de importação e exportação das regiões Sul e Sudeste do País, entre plataformas multimodais, portos secos, CLIAs e centros de distribuição. Essa estrutura permite à empresa disponibilizar um portfólio completo de serviços para atendimento de toda a cadeia logística dos clientes, incluindo a gestão de logística integrada, armazenagem, comércio exterior, transportes e informação. Seu expertise lhe possibilita desenhar projetos customizados para os diversos setores industriais e entregar uma operação adequada ao negócio de cada cliente.

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Calu Fernandes Projeto de reestruturação do CD será iniciado em novembro

“Na verdade, já utilizávamos esses equipamentos, mas em escala menor. Só tivemos que desenvolver o PDV (Pre-Delivery Verification), para conferência dos produtos, o que nos dá um controle maior, principalmente das peças de reposição”, destaca Almeida. O gerente da Elog explica que, no inbound, é feita a conferência cega do inventário, ou seja, não há nenhuma lista com a quantidade de produtos que entram no CD. Assim, na operação de separação, o operador da Elog faz a contagem do que vê no estoque e depois compara o resultado com o que está no sistema da Husqvarna. Se houver alguma divergência, o próprio sistema pede para fazer uma nova contagem, que deve ser executada por um segundo operador, e até um terceiro se houver necessidade. A operação só é liberada quando não houver mais diferença nos dados. Quando termina a conferência, a carga segue para o local de carregamento das transportadoras e sua liberação é mais rápida. “Com isso, a acurácia do estoque é muito alta, e a divergência gira em torno de 0,1%. Temos vários check-points e a ideia é zerar

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a possibilidade de erro”, comenta Ramos. O gerente da Husqvarna acrescenta ainda que 95% dos pedidos atendem a todas as condições de datas, valores e quantidades acordadas, sendo classificados como OTIF (on time in full). Como a Husqvarna tem planos de continuar crescendo até 2013 e este ano já iniciou a comercialização de uma nova linha de produtos – para irrigação doméstica –, a Elog deverá reestruturar o CD de Alphaville como um todo. “Queremos aproximar essa operação da doca para que o percurso para movimentação dos produtos dentro do CD seja menor e, assim, a operação seja mais rápida e eficiente. Para isso teremos que remanejar cerca de 20% dos 42 clientes que atendemos nesse site”, explica Almeida. O projeto de reestruturação deve ser iniciado em novembro, com conclusão prevista para meados de 2013.

Silvia Giurlani Elog Logística: (11) 3305-9999 Husqvarna: 0800 7732377

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OPINIÃO

Divulgação

Auditoria Aduaneira Daniel Gobbi Costa

As auditorias aduaneiras possuem uma singular importância na vida das empresas importadoras, exportadoras e agentes alfandegários e, eventualmente, se tornam uma obrigação para estes

N

os últimos anos venho trabalhando na área de auditoria aduaneira e frequentemente as pessoas me perguntam: “Por que devemos praticar uma auditoria em nossas operações de comércio exterior?”. Para responder a esta pergunta, sempre é dito que as empresas buscam, através das atividades de auditoria, um processo que lhes permita conhecer os pontos falhos e contribuir na realização de um diagnóstico para uma melhoria significativa, buscando alcançar maior competitividade e eficiência em suas operações, garantindo não somente estar em conformidade com o governo, o que é por si só uma justificativa suficiente para realizá-las, mas também resgatar elementos que lhes permitam reconhecer os erros e traçar estratégias eficientes em suas operações internacionais. As tradicionais razões conhecidas pelas empresas para os atrasos operacionais, as obscuras identificações dos custos, as constantes falhas nos procedimentos, entre tantos outros fatores, são fundamentais para que os gestores possam deixar de tomar decisões corretas para a melhoria das

operações internacionais, especialmente quando estas atividades estão imersas em um mundo dinâmico e em constante mudança. Esses fatores, acompanhados de muitas outras informações, deverão ser extraídos de uma auditoria aduaneira. Cumpre lembrar que a ocorrência de erros no processo, tanto de importação quanto de exportação, acarreta sanções de ordem econômica, bem como aduaneira, e por isso, quando identificados, devem ser imediatamente corrigidos de modo espontâneo. Enganam-se aqueles que acreditam que somente o Fisco tem competência para identificar erros no processo; nos últimos anos vêm surgindo empresas de auditoria aduaneira especializadas em identificar tais erros, orientando o contribuinte a denunciar-se espontaneamente sem a incidência de multas de qualquer espécie. Uma auditoria aduaneira deverá reconhecer, mensurar e esclarecer a experiência de uma empresa para implementar ações que serão consideradas como novos mecanismos e que serão refletidas nas legislações, nos procedimentos de controle e

nos costumes comerciais. Assim, deverão ser praticadas para garantir uma saúde corporativa e não somente para que se tenha uma opinião ou um benefício fiscal. Portanto, para a realização de auditorias nas empresas, o primeiro ponto a ser levantado é o objetivo que a empresa está buscando e delimitar, se necessário, o escopo parcial ou com a verificação integral das operações cursadas. Basicamente, é necessário atingir, no mínimo, três objetivos principais que podem influenciar na decisão sobre a estratégia a ser desenvolvida em uma auditoria. Primeiramente, é preciso encontrar os erros na movimentação ou integração dos arquivos; em seguida, determinar o destino dos produtos importados (estoques ou inventários) e, por fim, apresentar os pontos que irão contribuir para que a operação internacional seja mais eficaz.

Definição do objetivo de uma auditoria aduaneira De acordo com os estudos realizados sobre a legislação aduaneira e

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sua correlação com outras leis e regulamentos fiscais, a auditoria aduaneira deve ser capaz de revisar as informações registradas nos documentos de importação e exportação (DI, BL, fatura comercial e packing-list, entre outros) e elaborar um relatório de auditoria contemplando os seguintes pontos: • Identificar erros nos procedimentos que podem ser corrigidos; • Identificar formas mais eficientes nas operações de logística internacional.

As fases de uma auditoria aduaneira A auditoria aduaneira pode trazer uma revisão abrangente dos processos de embarque e seus do-

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cumentos. Para um auditor, este processo deve começar com uma revisão dos registros de modo a identificar se a empresa possui todos os documentos referentes ao embarque realizado. Um processo de auditoria verifica também se a movimentação física dos documentos utilizados pelo despachante aduaneiro ou agente está em conformidade com a legislação aduaneira, prevendo a necessidade de adequar o pedido aos ditames legais definidos pelos documentos contábeis, evidenciando o movimento de câmbio (pagamentos e recebimentos). A fim de verificar as declarações aduaneiras registradas, inicialmente é solicitado um relatório con-

tendo a quantidade total de declarações de importação e exportação registradas pela empresa. Depois de localizados todos os arquivos, estes serão analisados para determinar se os anexos oficiais e não oficiais estão completos. Todos os anexos são documentos importantes, pois podem ajudar a especificar o tipo de operação, quantidade de mercadoria, valor, tipo de transação, etc. Com todos os registros em mãos, o primeiro passo será verificar se a empresa possui um procedimento formal, no modelo de checklist, que assegure que todos os documentos sejam arquivados na pasta, devido à existência de sanções previstas em lei, relacionadas à guarda precária dos documentos. Ainda no

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OPINIÃO

intuito de evidenciar a regularidade do processo de importação ou exportação, deverá ser confrontada a declaração de importação ou exportação com a fatura comercial; conhecimento de embarque; packing-list (romaneio); certificado de origem (quando existente); o método de valoração aduaneira (observando-se a vinculação entre as partes e sua respectiva influência no preço da mercadoria); o Incoterm utilizado; o país de origem ou destino, procedência e aquisição; os pesos líquido e bruto e os benefícios fiscais relativos ao imposto de importação, IPI, PIS, Cofins e ICMS. De posse de toda a documentação, o auditor passa a executar a

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fase I. Nessa, terá a capacidade de extrair informações relativas às operações revisadas e determinar, por exemplo, o tempo gasto na operação de embarque e talvez com isso a empresa passe a adotar as melhores estratégias sobre as rotas, modais com aqueles usados atualmente, principalmente porque as operações deverão ser mais eficientes em tempo e custo. Esta informação irá ajudar a melhorar a logística internacional para benefício dos importadores e exportadores. Na fase II, o objetivo é trazer a informação dos documentos que integram os registros da operação internacional. Esta fase requer o conhecimento detalhado da legislação aduaneira referente ao período

de abrangência da auditoria, com o objetivo de determinar os erros e as omissões que possam gerar penalidades expressas ou considerações fiscais. Os pareceres da exatidão da documentação aduaneira devem procurar determinar a afirmação correta a respeito dos: a) Detalhes do importador ou exportador; b) Detalhes dos produtos, tais como a quantidade, descrição das mercadorias de origem, e de tarifas; c) Dados relativos à avaliação, tais como o valor real de propriedade, o tipo de transação tributária, e certos pagamentos e a aplicação preferencial de tarifas para casos excepcionais; d) Dados sobre procedimentos aduaneiros aplicados e as

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consequências e/ou obrigações de cada um. Nesta fase II, a verificação poderá ser amostral, isto é, não é necessário controlar todos os movimentos, porém é aconselhável estabelecer parâmetros que possam alcançar o objetivo e, assim, determinar uma percentagem adequada para que a amostra seja representativa. É importante a determinação clara de parâmetros sensíveis que ajudarão a localizar erros comuns e evitar a análise individual de cada processo, o que poderá significar uma tarefa interminável dependendo do tamanho de sua empresa e do número de operações que são realizadas a cada ano. A determinação dos parâmetros é sugerida através do valor amostral obtido na aplicação da norma ABNT NBR 5426/85, na qual se aplica uma quantidade adicional de 20% como amostra de segurança, obtendo-se, dessa forma, a quantidade de processos a serem auditados. Ainda para a seleção, poderá optar-se pela utilização de diversos critérios de verificação, como por exemplo, valor CIF, fornecedores/clientes, país de origem ou canal de parametrização. Caso haja o interesse, a empresa poderá optar também pela verificação de 100% dos documentos, assim a auditoria deverá realizar a verificação completa da base de dados da empresa e estabelecer uma estratégia para a sua correção. A fase III de uma auditoria aduaneira está relacionada ao controle de inventário. Neste momento, o processo seria o de determinar os montantes e tipos de mercadorias entre o registro das declarações com o que fisicamente foi registrado ou apenas poderá ser para determinar se a forma de controle de inventário e monitoramento registrado está consistente com deveres fiscais e aduaneiros.

Um trabalho eficiente de auditoria aduaneira levará a empresa a alcançar resultados concretos, contribuindo para o seu desenvolvimento

A última fase aplicável, a IV, possui o objetivo de identificar as retificações ocorridas nas declarações aduaneiras de importação e exportação. Será verificado se a empresa mantém um controle das retificações realizadas, bem como as providências tomadas para evitar novas incidências. Será solicitada para a empresa uma relação atualizada de todas as retificações ocorridas nas declarações aduaneiras, perdimento e abandono das mercadorias, estas classificadas por tipo de erro/ajuste, por pessoa responsável pela elaboração da retificação, se despachante aduaneiro ou funcionário e por iniciativa própria ou por exigência da fiscalização. Por fim, será verificada a natureza dos erros ocorridos bem como as medidas tomadas para evitar novas ocorrências e para retificar as declarações aduaneiras. No que diz respeito à fase IV, esta é geralmente uma das etapas mais negligenciadas por parte dos auditores, e se refere às informações que poderiam mudar a estratégia da logística internacional de importação e exportação, melhorando os serviços que auxiliam na movimentação de mercadorias, permitindo estabelecer melhores orçamentos operacionais e reduzir as despesas desnecessárias. Esta parte da audi-

toria também possibilitará identificar problemas logísticos, como por exemplo, o prestador não relatar seus problemas de embarques ou deixar de enviar a fatura para a aduana, sendo estas as principais razões para atraso dos embarques.

Conclusão Com o exame detalhado das operações aduaneiras e com a revisão dos procedimentos e controles internos, a auditoria apresentará um parecer para os interessados nessas demonstrações. Este parecer provavelmente relatará recomendações para a empresa, contendo os problemas detectados pelos auditores, as consequências desses problemas e a recomendação da auditoria das medidas de correção a serem tomadas. Com isso, o processo ajudará no desenvolvimento da empresa e contribuirá para o aperfeiçoamento de sua competitividade. Um trabalho eficiente de auditoria levará a empresa a alcançar resultados concretos e ganhos significativos. A auditoria garantirá a qualidade dos processos, ajudará na identificação e gerenciamento de riscos, ajudará no aprimoramento dos procedimentos e controles internos, permitirá a detecção de fraudes, cada vez mais comuns no ambiente corporativo, e aprimorará o desenvolvimento das pessoas. Enfim, é um serviço que contribuirá muito para o desenvolvimento das empresas.

Daniel Gobbi Costa Consultor responsável na DGC Consulting daniel@dgcconsulting.com.br Tel: (19) 3327-3238 Outubro/2012 - Revista Tecnologística - 117

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Fotos: Thelma Vidales

EVENTO

V Brasil nos Trilhos fomenta a discussão setorial Evento reuniu, em Brasília, os principais players do segmento ferroviário

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capital federal, Brasília, recebeu, nos dias 4 e 5 de setembro, a V edição do Brasil nos Trilhos. O evento, realizado pela Associação Nacional dos Transportadores Ferroviários (ANTF), reuniu diferentes atores envolvidos no dia a dia das operações, além daqueles que planejam e vislumbram as potencialidades do setor. Debates, propostas e cobranças surgiram durante os dois dias do evento. O presidente do Conselho da ANTF, Eduardo Parente, ressaltou que o País vive um momento de grande interesse pelo setor. “Há 15 anos, falava-se mal ou com preocupação sobre os rumos do segmento”, diz. O diretor-presidente da Valec, José Eduardo Castello Branco1, concordou e completou di-

zendo que, atualmente, há recursos públicos disponíveis e vontade política para investir nas ferrovias. Já o diretor-executivo da ANTF, Rodrigo Vilaça, aproveitou a oportunidade e divulgou que, este ano, o setor deve representar 26% da matriz de transporte brasileira. Presente à abertura do V Brasil nos Trilhos, o ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos, é mais um dos otimistas. Para ele, o governo federal já havia dado sinais da importância que atribui ao setor durante o anúncio dos investimentos nas diferentes fases do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Agora, ressalta, o poder público deu um passo mais largo com o anúncio, realizado no último dia 15 de

agosto pela presidente Dilma Rousseff, do Programa de Investimento em Logística: Rodovias e Ferrovias. O ministro lembra que, ao todo, R$ 91 bilhões serão aplicados em 30 anos para a concepção de 12 corredores, num total de 10 mil km de vias férreas. “Dessa maneira, dobraremos nossa oferta de infraestrutura no País”, garante. Passos lembra que, hoje, o Brasil conta com uma malha de 28,7 mil km, sendo que apenas 10 mil km são operacionais.

Cobranças Apesar do bom momento ressaltado pela maioria dos presentes, Vilaça, da ANTF, afirma que ainda há alguns

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pontos que precisam ser urgentemente solucionados. Um deles está relacionado aos ativos – locomotivas e vagões – oriundos da extinta Rede Ferroviária Federal Sociedade Anônima (RFFSA) e que, de acordo com ele, não pertencem aos atuais concessionários. “São 26.700 unidades espalhadas pelo Brasil que atravancam as operações”, lamenta. Para o executivo, o poder público deve assumir suas responsabilidades e gerenciar o descarte desses equipamentos. A ANTF já fez sua proposta. Vilaça conta que a ideia é realizar, no segmento ferroviário, processo similar ao do aéreo em que os aviões dispostos nos mais diferentes aeroportos brasileiros foram destinados ao sucateamento. “Já firmamos um protocolo de intenção junto ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ) para que tenhamos segurança jurídica de que o modelo adotado nos aeroportos seja aplicado no setor ferroviário”, diz. Porém, ainda não há uma definição.

Exploração da malha Outro assunto que dominou as discussões foi o novo modelo que o governo pretende adotar nas vias que serão estruturadas a partir do Programa de Investimento em Logística. O ministro dos Transportes explicou que o governo vai contratar, por meio de licitação, uma empresa responsável pela construção, manutenção e disponibilização dos sistemas operacionais. Ainda segundo Passos, haverá uma capacidade de transporte pré-definida, absorvida em sua totalidade pelo governo. Após isso, o poder público venderá essa capacidade àquelas companhias que desejarem realizar as operações. “Esses interessados podem ser um usuário que queria movimentar carga própria, um operador ferroviário independente

ou os concessionários atuais, que poderão comprar parte da capacidade das novas ferrovias”, anuncia. O secretário do Programa de Aceleração do Crescimento do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, Maurício Muniz, admite que a ideia é separar a responsabilidade de construção e manutenção da via da operação. Já Passos salienta que a meta com o novo modelo é restabelecer a capacidade de planejamento integrado do sistema de transporte. “Há um conjunto de oportunidades para aqueles que atuam no segmento ferroviário. O governo e a iniciativa privada trabalharão para desenvolver uma infraestrutura melhor em termos de logística”, garante. O diretor-executivo da ANTF diz que a entidade avalia o impacto que essas regras causarão. “Ainda não temos como mensurar o que vai ocorrer”, resume. O diretor de Serviços e Tecnologia da América Latina Logística (ALL), Marcos Costa, acredita que o modelo poder ser interessante. “O governo garante a demanda e a iniciativa privada, os investimentos estruturantes”, enfatiza. Para ele, contudo, existem alguns desafios. “É preciso criar um ambiente de contratos sólidos para a atração de investimentos e ter velocidade na implementação dos trechos, superando, por exemplo, barreiras jurídicas e ambientais.” Castello Branco, da Valec, faz um lembrete: “Não queremos rasgar os contratos de concessão existentes e baixar a lucratividade dos atuais concessionários. Queremos atrair mais atores para o setor ser cada vez mais dinâmico”, enfatiza. Para ele, não haverá canibalização das concessionárias já atuantes, uma vez que, além de não terem os seus contratos alterados por força de lei, elas poderão transitar nos novos e remodelados trechos dentro do re-

gime de competição ao qual todos estarão submetidos, ampliando as possibilidades de origem e destino da carga transportada.

O papel da Valec O presidente destaca que a atuação da empresa será alterada com esse novo modelo. “A mudança será acentuada, já que a Valec deixará de ser a grande construtora das ferrovias planejadas pelo governo. Os projetos, a partir de agora, serão repassados para as mãos da iniciativa privada, que terá concessão para construir e manter os trechos por um período de 25 anos”, diz. O papel da Valec, explica, será direcionado para a fiscalização dos projetos, obras e manutenção da via após sua construção, além de ser responsável pela venda e alocação da capacidade da malha. Castello Branco afirma que será dada prioridade para o modelo denominado Open Access, baseado em Parcerias Público-Privadas

Vilaça: é urgente resolver a questão de ativos antigos da RFFSA Outubro/2012 - Revista Tecnologística - 119

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Passos: Programa de ferrovias irá dobrar a oferta no modal

(PPP). Segundo o executivo, o conceito principal do modelo é que, segregando os responsáveis pela manutenção da infraestrutura e pela operação ferroviária, permite-se o compartilhamento da malha entre operadoras diferentes, garantindo o melhor aproveitamento da capacidade da ferrovia e gerando economia no transporte das cargas por ferrovia. Castello Branco destaca outras vantagens do modelo: “O fato de aumentar a competitividade já será um ganho extraordinário para o País, diferentemente do que ocorre com as concessões atuais. A entrada de novos players no mercado ferroviário tende a reduzir o frete do modal”. Outro fator positivo, segundo ele, será a interoperabilidade da malha ferroviária, que possibilitará que locomotivas e vagões de diferentes empresas circulem pelas novas ferrovias, mediante o pagamento pelo uso dos trilhos. “Poderemos padronizar o nível de qualidade de uma via permanente. Hoje, as empresas privadas têm o mono-

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pólio de operação das ferrovias sob sua concessão e mantêm a via permanente de acordo com sua conveniência operacional. Este modelo já vem sendo aplicado na Europa e na Austrália, onde os governos optaram por dissociar as licenças de trilhos e material rodante para aumentar a competitividade das ferrovias”, diz. Para finalizar, Castello Branco lembra que o novo modelo trará maior competitividade entre os portos, uma vez que facilitará o deslocamento das cargas pelo País. Fábio Penteado ALL:(41) 2141-7555 ANTF: (61) 3226-5434 Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão: (61) 2020-4343 Ministério dos Transportes: (61) 2029-7000 Valec: (61) 2029-6411 1

Quando a entrevista foi feita, Castello Branco ainda era presidente da Valec, cargo que deixou no dia 13 de setembro

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LIVRO

Livro-documento resgata a história do TRC mineiro A historiadora Ana Maria Nogueira Rezende e o jornalista Luciano Alves Pereira lançaram, em agosto, em Belo Horizonte, o livro Transportador Mineiro – História Pioneira, que resgata a história do TRC de Minas Gerais por meio do perfil de 40 empresas locais do setor ainda com forte atuação no mercado. O levantamento traz relatos de empresas de 22 cidades mineiras. Os autores coletaram a memória de representantes das empresas familiares – algumas em sua quarta geração administrativa –, que contaram suas lembranças sobre o TRC. Com relatos de uma época em que os caminhões mais possantes carregavam apenas oito toneladas de carga, o livro

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traz dados curiosos, como a empresa mais antiga na estrada – a Picorelli Transportes, surgida em 1931. Segundo Ana Maria, o trabalho não foi fácil, pois são histórias de uma época em que não se contava com a facilidade de registros que existe hoje. As entrevistas orais, realizadas com os fundadores das empresas ou representantes aptos, precisaram passar por um trabalho de conferência e posterior autorização para serem publicadas. Com tom saudosista, a obra pode ser considerada um livro-documento. Transportador Mineiro – História Pioneira – foi realizado em parceria com a Federação das Empresas de Transportes de Cargas do Estado de Minas Gerais (Fetcemg) e contou com

o apoio da Lei Estadual de Incentivo à Cultura de Minas Gerais e da Lei Rouanet. Lançado pela Interiorana Cultural, o livro é patrocinado pelas empresas Expresso Nepomuceno, Martins, Expresso Vera Cruz, Fátima Transportes, Jamef Encomendas Urgentes, Tora Logística, Tora Transportes, Transavante e Vic Transportes. Transportador Mineiro – História Pioneira Ana Maria Nogueira Rezende e Luciano Alves Pereira 276 páginas RS 150,00 Interiorana Cultural Tel.: (37) 3241-5074

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PRODUTOS

Divulgação

Niveladores de carga e portas seccionais, da Hörmann

A Hörmann coloca no mercado os novos niveladores automáticos de carga e as novas portas seccionais, que vêm complementar a gama de produtos oferecidos pela empresa. A primeira linha é composta pelos niveladores automáticos HLS, HLS-2 e HTL, e pelos manuais MRS e MLS. Os equipamentos são dotados com um mecanismo acionado por cilindros hidráulicos que movimentam uma plataforma de aço, funcionando como rampa de passagem entre edificação e veículo. A linha possui capacidade de carga que varia entre 6 e 18 toneladas e pode ser encontrada com pestanas basculantes ou telescópicas, que funcionam como extensões da plataforma, acomodando-se na superfície da carroceria e evitando solavancos na passagem da empilhadeira. Os produtos podem ser customizados, com projeto especificado a partir das necessidades da operação que irão atender, devendo ser levadas em consideração as características da carga, como peso e dimensão,

além da frequência de uso do equipamento e a agressividade do ambiente aos componentes. Já as portas seccionais trazem a vantagem de ocupar pouco espaço nas edificações, operando ainda com alto grau de vedação acústica e térmica. Construídas com painel duplo de aço preenchido com poliuretano, as portas têm guias laterais que acomodam os painéis na parte superior do vão, deixando-o totalmente aproveitável para a passagem. Disponíveis em diversas opções de cores, visores e níveis de automação, os equipamentos podem ser operados por uma central de controle eletrônico, se necessário. As portas podem ser produzidas com até 8 metros de largura e 7 m de altura. Além disso, resistem a pressões de vento de até 120 km por hora e contam com dispositivos que garantem a sua imobilização imediata em caso de quebra de algum componente estrutural. (11) 3053-9353

Expansão do International First, da FedEx A FedEx Express, subsidiária da FedEx que atua no transporte de cargas expressas em mais de 220 países e territórios, expandiu seu serviço de entrega porta a porta com liberação alfandegária e hora marcada para pacotes de até 68 quilos _ o International First. A novidade fica por conta da ampliação dos países atendidos, passando de 11 para 20. Agora, Austrália, Áustria, Brasil, Canadá, Dinamarca, Japão, Luxemburgo, México e Porto Rico (exceto para remessas a partir dos Estados Unidos e do Canadá), também são atendidos pelo serviço. O objetivo do International First é atender a clientes globais que precisam que suas remessas mais críticas sejam entregues na primeira hora do dia útil do prazo informado. Dependendo dos países de origem e destino, os clientes instalados nas localidades que passam a ser atendidos pelo serviço poderão receber suas encomendas no prazo de um a três dias, no início da manhã (8 horas nos Estados Unidos, 9 h na Europa e 10 h na Ásia, no Canadá e na América Latina). O International First somente está disponível para alguns códigos postais. No caso do Brasil, o serviço é oferecido para algumas regiões de São Paulo e Campinas (SP). A modalidade é ideal para clientes que enviam itens como documentos jurídicos e corporativos, equipamentos eletrônicos, dispositivos médicos e equipamentos da indústria cinematográfica. O International First já estava estabelecido nas principais cidades dos EUA, além de Bélgica, França, Alemanha, Reino Unido, Itália e Suíça. 0800 7033339

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Divulgação

Série comemorativa do modelo R 440, da Scania

A Scania lança no Brasil uma série especial e limitada do modelo R 440 que chega para comemorar os 55 anos da companhia no País. O veículo conta com um novo conjunto óptico da linha Scania para caminhões rodoviários. Os faróis são formados por lâmpa-

das de halogênio H7 e luzes em LED. A edição comemorativa é oferecida nas versões 6x2 e 6x4 e com itens de fábrica diferenciados. O modelo é equipado com defletor de ar, rodas de alumínio e cor metálica azul ultramarino, com o para-choque e as capas dos faróis pintados na mesma tonalidade. No interior da cabine, os bancos são em couro. Há, ainda, um adesivo prateado do ‘Grifo Scania’ em boa parte da lateral da cabina e o selo comemorativo com logo de ‘55 anos’. A novidade sai de fábrica, também, com o Scania Opticruise, caixa automatizada que ganhou um sistema que gera mudanças de marchas mais rápidas, podendo economizar até 10% de combustível, além de

poupar os componentes do sistema de transmissão, os pneus e os freios, o que aumenta a segurança do motorista. O R 440 55 anos também possui o sistema Driver Support, que transmite ao motorista em tempo real dicas importantes e avalia o seu estilo de condução, principalmente em relação à segurança e à economia de combustível. O programa, instalado no computador de bordo, analisa a direção do condutor por meio de sensores. As dicas, 16 ao todo, aparecem no painel de instrumentos e podem ajudar a diminuir o consumo de combustível em até 10%, tornar a direção defensiva um hábito para o motorista e aumentar a durabilidade das peças. (11) 4344-9333

Posicionador duplo de garfos 32G, da Cascade Divulgação

A Cascade, uma das líderes mundiais na fabricação de garras e acessórios para empilhadeiras, oferece o posicionador duplo de garfos 32G. O equipamento pode ser encontrado com capacidades de carga que variam de 2.000 kg a 5.000 kg, sendo destinado a operações com paletes e a aplicações em ambientes severos. O produto oferece melhor visualização da carga, maior velocidade e produtividade para as operações. Entre os diferenciais do 32G, destaque para a facilidade na manutenção e para os novos calços Ultra High Molecular Weight, que permitem sua substituição sem a necessidade de desmontar o equipamento. Além disso, os calços têm durabilidade de 10.000 horas de operação. Os garfos Cascade são produzidos dentro de rigorosas normas internacionais, possuindo, entre outras, as certificações ISO 9001, 2328 e 2330, que garantem qualidade na fabricação, nas características técnicas e nas dimensões de montagem. (13) 2105-8800

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PRODUTOS

Divulgação

Nova linha de caminhões vocacionais, da Man

A Man Latin America apresenta a sua nova linha de caminhões vocacionais Euro 5, desenvolvidos especialmente para cada nicho de aplicação, construídos com tecnologia EGR, que dispensa o uso de Arla 32. Os caminhões estão divididos em três linhas: a Distributor, voltada para a distribuição de bebidas; a Constructor, para a construção civil; e a Compactor, direcionada ao segmento de coleta de lixo. A montadora está lançando ainda, dentro dessa linha, um chassi especial para carros-fortes. Agora, além dos veículos da família VW Worker, passam a integrar a linha de vocacionais da empresa também os modelos da linha VW Constellation.

Distributor Para atender ao segmento de distribuição de bebidas, a Man desenvolveu os modelos VW Constellation 17.190 Distributor 4x2 e 6x2, o VW Constellation 24.280 Distributor 6x2, e também o Worker 17.190 Distributor 4x2 e 6x2. Todos contam com itens especiais para facilitar o encarroçamento e atender às exigências da operação, como cardan adicional para alongamento, suspensão reforçada, preparação para cabine rebaixada e eixos diferenciados.

Equipados com o motor Man D08 com dois estágios de sobrealimentação (dois turbocompressores), os caminhões possuem, também, sistema de injeção Common Rail. O modelo ainda oferece excelente desempenho mesmo em baixas rotações e traz uma série de benefícios, como baixo nível de ruído e consumo de combustível, maior intervalo para as manutenções e menor emissão de poluentes.

Logística A Man apresenta o modelo VW Constellation 17.280 Tractor, voltado para o mercado logístico com necessidade de tracionamento de semirreboques de até dois eixos, com até 35 toneladas de capacidade de tração. O veículo é o único cavalo mecânico do mercado com o motor Man D08 e sistema EGR de pós-tratamento de emissões. Entre os itens incluídos no modelo destacam-se a quinta roda para semirreboque, o sistema de freio para carreta e a válvula reguladora de frenagem.

Constructor Para atender ao mercado de construção civil, a montadora alemã de-

senvolveu os novos VW Constellation 26.280 Constructor 6x4 e Constellation Constructor 31.280 6x4 e 8x4, com soluções exclusivas para o setor. Uma série de itens adapta os veículos à operação, além de deixá-los prontos para receber implementos betoneira (no VW 26.280) e basculante (no VW 31.280), reduzindo a necessidade de manutenções corretivas, tempo e custos de implementação. Entre as modificações, destacam-se o escapamento vertical, reservatório adicional para pressurização da água da betoneira, chicotes dedicados, além de mudanças nos pneus, embreagem e entre-eixos. Os veículos contam com o motor Man D08.

Volkswagen Compactor Os veículos da família Compactor, voltados para a coleta de resíduos, contam com as principais configurações solicitadas pelos clientes do segmento, como opções para tomada de força Repto (tomada de força traseira para motores eletrônicos), caixa automática, banco para três passageiros, teclas cegas para acionamento dos equipamentos, entre outras. Para garantir a robustez que a operação exige, itens como compressores de maior capacidade, freios de maior dimensão, suspensões recalibradas e manetim para partida em rampa também fazem parte dos novos modelos. Para atender ao segmento, foram desenvolvidos os modelos Constellation 17.190 Compactor 4x2, ideal para caixas coletoras e compactadoras de 15 m³; Constellation 17.280 Compactor 4x2, também para caixas coletoras e compactadoras de 15 m³, e a versão 6x2, para caixas coletoras e compactadoras de 19 m³, com transmissão automática ou mecânica. (24) 3381-1063

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Serviço de carga aérea expressa, da DHL Express Com o objetivo de reforçar sua presença em Salvador, a DHL Express lançou a solução Carga Aérea Expressa. A novidade, com frequência diária e voltada para remessas de importações, tem como meta oferecer um serviço rápido, com total controle e visibilidade em todas as etapas do processo, originadas em mais de 214 países e frete direto para os soteropolitanos com faturamento na moeda local. Outro objetivo do lançamento é disponibilizar uma condição exclusiva de controle e planejamento por meio da rede

própria de rotas da DHL. Dessa forma, a companhia agrega à sua expertise nos serviços expressos courier, as remessas de carga aérea formal na região de Salvador. O desenvolvimento da solução na Bahia surgiu a partir de um estudo realizado pela DHL Express, que observou uma alta demanda na região por serviços expressos. Além disso, o local oferece incentivos fiscais para grandes empresas dos principais setores como eletroeletrônico, automotivo, óptico, de TI e químico. (11) 3618-3200

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Niveladora de doca built to suit, da Marksell

A Marksell, companhia que comercializa equipamentos para movimentação de cargas, apresenta ao mercado a niveladora de doca built to suit (BTS). O produto foi concebido e desenvolvido sob medida para atender às necessidades dos investidores, construtores e locatários dos empreendimentos

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logísticos, pois permite a compra de somente uma parte da estrutura metálica da niveladora de doca, a fim de adequar sua utilização à capacidade de carga em trânsito nas niveladoras. Anteriormente, o construtor comprava o equipamento dentro do padrão por ele definido, que muitas vezes não contemplava a evolução das necessidades do usuário. O nivelador BTS pode ser aplicado, por exemplo, em condomínios logísticos, uma vez que possibilita a flexibilidade necessária para mudar as características de movimentação ao longo do contrato de locação. No mercado, a niveladora pode ser encontrada com acionamento mecânico – com capacidade para até seis toneladas – ou elétrico/hidráulico, que comporta cargas de 6, 9, 12 ou 15 t. (11) 4789-3690

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Balança rodoviária em concreto, da Filizola

A Filizola disponibiliza ao mercado a balança rodoviária TR Fácil, construída em concreto e sem a utilização de vigas de aço. Com plataforma que pode variar de nove a 30 metros e capacidade de 40 a 160 toneladas, a TR Fácil foi projetada para proporcionar instalação facilitada e de custo reduzido. Baseada na norma NBR 6118, da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) para projetos de estruturas de concreto – como as construções de pontes – a balança apresenta alta resistência, suportando as mais severas condições de trabalho, além de operar nos ambientes mais agressivos possíveis. A TR Fácil possui um programa interno que realiza diagnósticos auto-

máticos em cada uma de suas células de carga, que detectam falhas sem a necessidade de intervenções do operador. Porém, se a empresa deseja realizar o gerenciamento dos processos de recebimento e expedição por meio da pesagem dos veículos diretamente na portaria, a Filizola desenvolveu o software Expert Veículos. Comercializada à parte, a ferramenta é instalada com o objetivo de identificar e cadastrar os veículos, além de emitir tickets. De integração simplificada com sistemas de gestão, o software permite o cadastramento de clientes, fornecedores e transportadoras. Com alta resistência às variações climáticas e garantia completa de cinco anos, a balança possui indicador com gabinete em aço inox, mostrador numérico em LED com dígitos de 13 mm de altura, interface de comunicação com impressoras, saídas RS-485, RS-232, Ethernet e Wi-Fi. A Filizola fornece gabaritos que auxiliam a construção das estruturas da balança, assegurando a precisão mecânica necessária ao instrumento, podendo ser instalados de forma embutida, semi-embutida e como sobrepiso. (11) 2134-1360

Aplicativo myFrota, da PC Sistemas A PC Sistemas, que desenvolve soluções tecnológicas de gestão para a cadeia de abastecimento, lança o myFrota, aplicativo integrado ao Enterprise Resource Planning (ERP) da companhia – denominado WinThor – e disponibilizado no modelo Software as a Service (SaaS). A ferramenta chega para ser aplicada ao segmento de transportes e possibilita o acompanhamento e a gestão das informações geradas nas operações de transporte. Entre as funcionalidades, destaque para a possibilidade de identificar o

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custo real da frota por quilômetro rodado, reduzir a incidência de desvios e furtos de pneus, melhorar o aproveitamento da vida útil das peças, além de gerenciar o consumo de combustível. O aplicativo ainda fornece informações e levanta fatores que compõem o custo final de cada veículo, comparando os gastos por modelo, marca e rota. Vale lembrar que os dados coletados pelo myFrota podem ser acessados por dispositivos móveis, como tablets, smartphones e notebooks. (62) 3250-0200

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O Grupo Tracker agregou novas funcionalidades ao seu rastreador Tracker Log, que têm como objetivo dar mais praticidade para o cliente. O produto agora é imune à ação de inibidores de sinais e permite monitorar e gerenciar todo o sistema de transporte e logística, incluindo casco, motorista e plano de gerenciamento logístico. Outra das novidades é a visualização das informações de forma intuitiva, com acesso rápido aos principais dados do veículo. Para isso, basta passar o mouse por cima do veículo escolhido que rapidamente será aberto um pop up com as últimas informações. Outras funções são o mapa inicial com facilidades para a visualização do grid com as últimas posições dos veículos e a agenda configurável conforme a necessidade do cliente, sendo possível criar

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eventos como o vencimento da carteira de habilitação do motorista, troca de pneus e óleo, cadastrá-los por datas e configurar o sistema para emitir avisos ao usuário. O produto entrega, ainda, acesso rápido a atalhos de informações, relatórios mais fáceis de construir e de extrair (via PDF ou Excel), possibilidade de agrupar veículos para facilitar a criação de regras e visualização no mapa, além da criação e administração de rotas, permitindo a emissão de relatórios gerenciais. O Tracker Log possui, também, acelerômetro, antena interna, bateria back-up e o cartão SIM – resistente a temperaturas altas, umidade, trepidações e poeira. O rastreador oferece alerta via e-mail e SMS, integração para smartphones (Android, Blackberry, Nokia, iPhone), perfil

Divulgação

Novas funcionalidades no Tracker Log, da Tracker

de motorista e possibilidades de criação de novos usuários com acessos diferenciados. Além disso, emite relatório de crash, telemetria, hábitos de condução e gerenciamento de frotas e possibilita a configuração de cercas, rotas, alertas e pontos de interesse. (11) 4002-7002

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AGENDA

INTERNACIONAL

CeMat Ásia. De 29 de outubro a 1º de novembro. Xangai, China. Organização e informações: Princess Operadora. Tel.: (11) 3172-6886 feiras@princessoperadora.com.br www.princessoperadora.com.br Exporail 2012 – 6th International Railway Technology Exhibition. De 7 a 9 de novembro. Moscou, Rússia. exporailrussia@mackbrooks.com www.exporailrussia.com Missão Técnica Internacional de Logística. De 11 a 17 de novembro. Xangai e Pequim, China. Organização e informações: Instituto de Logística e Supply Chain – ILOS. Tel.: (21) 3445-3000 ilos@ilos.com.br www.ilos.com.br

NACIONAL Fóruns, feiras e seminários

15ª Negócio nos Trilhos. De 6 a 8 de novembro. Expo Center Norte, São Paulo, SP. Organização e informações: UBM. Tel.: (11) 4689-1935 www.ntexpo.com.br Média e longa duração

Curso de Especialização em Logística Integrada na Agroindústria. Duração de 360 horas. Itapetininga (SP). MBA em Logística Empresarial. Duração de 360 horas. São Paulo (SP). Organização e informações: Fat Gestão. Tel.: (11) 3311-2660 www.fatgestao.org.br Gestão em Comércio Exterior. Duração: 264 horas, um ano. Curitiba

(PR). Organização e informações: Centro Europeu. Tel.: (41) 3222-6669 carolina@centroeuropeu.com.br www.centroeuropeu.com.br Formação em Gestão de Transporte e Logística. Duração: 180 horas, dois semestres. São Paulo (SP). Organização e informações: Ceteal. Tel.: (11) 5581-7326 secretaria@ceteal.com www.ceteal.com.br Pós-Graduação em Logística e Serviços. Duração: 400 horas. Campinas (SP). Organização e informações: FATEC-ID (Faculdade de Tecnologia de Indaiatuba). Tel.: (19) 2108-9135 inscrever@universidadedotransporte. com.br www.fatecindaiatuba.edu.br/pos Pós-Graduação em Logística. Duração de três semestres. São Bernardo do Campo (SP). Organização e informações: Fundação Educacional Inaciana (FEI). Tel.: (11) 4353-2909 iecat@fei.edu.br www.fei.edu.br Superior de Tecnologia em Logística. Duração de dois anos. São Paulo (SP). Organização e informações: Faculdades Anhanguera. Tel.: 0800 9414444 www.vestibulares.br Curta duração

Gerenciamento de Logística Reversa. 26 e 27 de outubro/ 10 e 17 de novembro. Organize o Processo de Logística Reversa. 23 e 24 de novembro. Todos em São Paulo, SP. Organização e informações: Publicare Eventos. Tel.: (11) 5505-0999

cursos@publicare.com.br www.publicare.com.br Administração de Operações Logísticas. Gestão de Frotas. Ambos com duração de 30 horas. Custos Logísticos, Aspectos Tributários e Fiscais. Duração de 18 horas. Logística Integrada. Duração de 24 horas. Administração de Armazenagem. Administração e Planejamento da Produção. Gestão da Distribuição. Logística de Transportes. Logística em Comércio e Serviço. Logística, Marketing e Vendas. Negociação em Compras. Previsão da Demanda para o Planejamento de Vendas e Operações. Tecnologia Aplicada à Logística. Compras e Administração de Materiais. Todos com duração de 15 horas. Todos em São Paulo (SP). Organização e informações: Senac. Para saber as datas dos cursos, consulte o Senac. Tel.: 0800-8832000 naiana.gsouza@sp.senac.br www.sp.senac.br Emissão e Regras de Documentos Fiscais para Transportadoras e a Incidência do ICMS. 20 de outubro. Formação de Especialista em Pneus no Transporte. 27 de outubro. Estatuto do Motorista (lei 12.619), Contratação Legal de Autônomos (conta-frete, vale-pedágio, RNTRC). 27 de outubro. Conhecimento de Transporte de Cargas Eletrônico – O que muda com a sua entrada em vigor. 24 de novembro. Todos em São Paulo, SP. Gestão Estratégica dos Transportes. De 23 a 24 de outubro. Rio de Janeiro (RJ). Organização e informações: Instituto de Logística e Supply Chain (ILOS). Tel.: (21) 3445-3000 ilos@ilos.com.br www.ilos.com.br Gestão de Pedidos e Serviços ao Cliente. 23 e 24 de outubro. Legis-

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AGENDA

lação em Logística. 27 e 28 de novembro. Ambos em São Paulo, SP. Organização e informações: Enaslog. Tel.: (11) 3668-5513 enaslog@enaslog.org.br www.aslog.org.br www.belge.com.br ProModel Básico. 22 a 24 de outubro. ForecastPro. 26 de outubro. Ambos em São Paulo, SP. Organização e informações: Belge. Tel.: (11) 5561-5353 info@belge.com.br www.belge.com.br Legislação em Logística. 23 e 24 de outubro. São Paulo (SP). Organização e informações: Enaslog. Tel.: (11) 3668-5513 enaslog@enaslog.org.br www.enaslog.org.br

Gestão de Compras e Negociação com Fornecedores. 25 de outubro. PPCP – Planejamento da Produção – Sistemas MPS – MRP – MRPII – ERP. 6 de novembro. Ambos em São Paulo, SP. Organização e informações: In Corp – Educação Corporativa. Tel.: (11) 5111-8220 atendimento@incorpeducacao.com.br www.incorpeducacao.com.br Formação de Especialista em Pneus no Transporte. Em 27 de outubro. São Paulo (SP). Organização e informações: Centro de Estudos Técnicos e Avançados em Logística (Ceteal). Tel.: (11) 5581-7326 secretaria@ceteal.com www.ceteal.com Planejamento de Vendas e Operações – S&OP. 8 e 9 de novembro.

Campinas, SP. Gestão Integrada de Custos na Supply Chain. 20 e 21 de novembro. São Paulo, SP. Organização e informações: Cebralog. Tel.: (11) 3170-4432 sac@cebralog.com www.cebralog.com Curso Intensivo de Logística e Supply Chain. 10 de novembro. Planilha de Custos e Formação de Preços no Transporte de Carga. 24 de novembro. Ambos em São Paulo, SP. Organização e informações: Fat Gestão. Tel.: (11) 3311-2660 www.fatgestao.org.br

Veja a agenda completa de cursos, seminários, MBAs e demais eventos em www.tecnologistica.com.br/agenda

ANUNCIANTES DA EDIÇÃO AMP Empreendimentos ................ 74

GKO............................................... 61

Pisani ............................................. 39

ADDMark .................................... 121

GRP Campinas .............................. 71

Port of Houston............................. 69

Alcis ............................................... 13

GWI ............................................... 75

Porto Seguro .................................. 21

Alternativa..................................... 11

HBZ................................................ 31

Rapidão Cometa .....................4ª capa

Assine Tecnologística .................. 113

Herzog ........................................... 81

Rayflex ........................................... 41

Atlas Translog................................ 45

ILOS ............................................... 99

Rentank ....................................... 111

Bertolini ...................................... 103

Itália Engenharia ........................... 80

Retrak .......................................... 108

Cascade ....................................... 123

Iveco ...................................... 48 e 49

Rodoborges .................................. 110

Ceva........................................2ª capa

Jamef ............................................. 43

SAP ................................................ 27

CLB ................................................ 87

Jones Lang ..................................... 83

Scheffer.......................................... 95

Cone .............................................. 93

JSL.................................................. 19

Serasa ......................................3ª capa

Congresso Abiaf .......................... 109

Jungheinrich ............................... 105

Somov ........................................... 57

Consmetal ..................................... 12

L.Amorim ...................................... 58

Still ................................................ 09

Cursos CLRB ................................ 129

LogCP .................................... 24 e 25

Sumaré Transportes....................... 23

Cushman ....................................... 77

M.Bigucci ...................................... 85

Tecnologística Online ................. 124

Dabo Clark .................................. 116

Matra ............................................. 36

Tegma ............................................ 05

DBTrans ......................................... 59

MKS ............................................. 112

Tópico ........................................... 79

Eclipse Transportes...................... 127

Monsanto .............................. 14 e 15

Tranzilog ..................................... 115

Flash ............................................ 125

Nautika ........................................ 120

UPS ................................................ 51

Fórum Logística Reversa................ 89

Otimis............................................ 55

Wilson, Sons ................................. 67

Galícia ........................................... 07

Patrus............................................. 17

Yes Tilt-Up..................................... 65

Gelog ............................................. 33

Petrobras........................................ 35

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