Edição 6 - Fevereiro de 2017
Em entrevista, Bya Campista, Ana Mércia e Bia Tomaz falam sobre seus livros
Editora Charme dá dicas para autores
JuliannaCosta
Literatura erótica com verdade e libertação feminina
Sumário Editorial
pág. 4
Painel da Literatura Nacional
pág. 5
Uma palavrinha com
pág. 6
Falando nisso...
pág;.7
Top do Mês
pág. 8
Inspiração
pág. 10
Achei no Wattpad
pág. 12
Amamos ebooks
pág. 14
Capa
pág. 16
Desfile do bloco dos sem editora
pág. 20
Publique seu livro
pág. 21
Editorial
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o último dia nove, chegou aos cinemas de todo o país a adaptação cinematográfica de Cinquenta Tons Mais Escuros, segundo livro da série da autora britânica E. L. James. A série de livros divide opiniões, mas foi muito importante para o recente boom dos livros eróticos. Aproveitando a ocasião, a segunda edição da Publiquei em 2017 terá um tema especial: literatura erótica. É por isso que nossa capa é ninguém mais, ninguém menos, que a querida Julianna Costa, que tão bem escreve (e fala) sobre o tema. No “Painel da Literatura Nacional”, você vai conhecer oito livros eróticos que precisam estar na sua biblioteca. Quem marca presença no TOP do Mês de fevereiro é a autora Eva Zooks, a série “Sob o Seu Domínio” e o lançamento “O Professor 4”. As dicas de publicação serão da Verônica Góes
da editora Charme, que respondeu nossas perguntas da coluna “Publique Seu Livro”. Vamos conhecer o trabalho da Lena Valenti, da série Amos e Masmorras, na coluna “Inspiração”. Para aqueles que leem no Wattpad, vamos conhecer o trabalho da Ana Mércia, autora de Ironm4x. E Bia Tomáz é quem nos conta sua experiência em plataformas digitais na coluna “Amamos E-books”. A nossa palavrinha desse mês foi com a Bya Campista, autora da duologia “Pele” e “Alma”, de “Uma Noite Apenas” e do conto “Promíscua”, entre outras. Duas colunas especiais que chegam à Publiquei desse mês são o “Desfile do Bloco dos Sem Editora” e a “Falando Nisso”, que falam sobre o uso do sexo em livros eróticos como se fossem vírgula. Boa leitura!
Organização Carol Dias Paula Tavares
Diagramação Tati Machado
Redação Carol Dias Clara Savelli Lyli Adams Tati Machado Thayanne Porto
Revisão
Carol Dias Thayanne Porto
Contato
contato@publiqueirevista.com (21) 99575-2012
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Por Carol Dias
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essa edição especial da literatura erótica, o Painel da Literatura Nacional traz oito livros dentro deste tema que você precisa conhecer. No nosso site, você pode conferir todos eles com a sinopse. Veja os selecionados:
Você pode conferir todas as sinopses no nosso site! É só acessar publiqueirevista.com e aproveitar todo o nosso conteúdo feito especialmente para você! ;) 5
Uma palavrinha
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odemos dar uma palavrinha? Carioca, Bya Campista é formada em Comunicação Social e trabalha em um cartório. Torcedora do Fluminense, nutre uma paixão incondicional pelos livros. É autora da duologia “Pele” e “Alma”, que conta a história de Linda Parson e Dimitri Logan. Pela editora Novo Século, ela lançou o livro “Uma Noite Apenas”, que está disponível para venda diretamente com ela ou nas principais livrarias do país. Nele, conheceremos a história de Angelina Brooks, uma mulher que definitivamente não está
Por Carol Dias
interessada em relacionamentos. Até que conhece o doutor King e a dúvida de se apenas uma noite bastaria para os dois começa a atormentá-la. Em janeiro, chegou à Amazon o conto “Promíscua”, em que somos apresentados à Bianca Voltolini e sua busca por experiências intrigantes e excitantes. Também em formato e-book, estão disponíveis os contos “O Convidado Penetra” e “A Amante do Meu Marido”. Atualmente, está escrevendo o livro “Armadilhas do Amor”. Abaixo, você vai conhecer um pouco mais sobre a Bya:
Gênero para leitura: Leio de tudo um pouco, mas adoro Romance e Ficção Científica. Gênero para escrita: Romance. Personagem literário: Dimitri Logan. Autor inspiração: Dan Brown e E. L. James. Melhor história que escreveu: Ah... Difícil! É como pedir a mãe para escolher o filho preferido! Melhor livro que comprou: Ih... Só pode um? Inferno. (Dan Brown) Música: Clássica e Rock and Roll. Ok, você não perguntou o “gênero”, não é? Hum... Aria Sulla, de Johann Sebastian Bach. Cor: Depende do dia. Lugar no mundo: Minha mente. Cidade natal: Rio de Janeiro Comida: Mexicana Dia inesquecível: Quando lancei meu primeiro livro. 6
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contexto daqueles personagens faz, então tudo bem estar ali. É assim também com cenas eróticas. Autores que não estão preparados para construir uma narrativa condizente com o que pretendem, muitas vezes caem na tristeza de mostrar cenas “porque sim”, mesmo que estas cenas não façam sentido dentro da história naquele momento, com aqueles personagens. Todos já encontramos esse tipo de cena nas leituras da vida, admitam. Não é triste? Quando algo promissor perde a mão? Ora, Lyli, mas o que seria “perder a mão” na arte? É tudo muito relativo! Sim, é relativo sim. Por isso pontuo que cada um lê e escreve o que quer. Mas literatura deficiente não é questão de relatividade e sim de falta de preparo do autor. Não digo isso especificamente de cenas eróticas, só exemplifico com elas. Especialmente quando, como leitora, me lembro de tantas cenas boas, com diálogos promissores, que são interrompidas por momentos eróticos de repente e perdem seu ritmo. Ao buscar o erotismo como apelação para segurar um leitor, muitas vezes o autor perde mais de um.
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oje eu tenho uma pergunta para você: sexo é como vírgula na sua história? Respondeu “não” de pronto e sem pensar? Então provavelmente é sim. Longe de mim querer “cagar regra” na literatura alheia. Cada um escreve e lê o que quiser, mesmo que eu não concorde com isso (e, quando se trata da literatura do outro, tudo que eu posso fazer sobre é não concordar). Mas um sentimento que me acomete quando estou lendo uma história erótica nova é quase sempre o mesmo: o sexo que é usado como vírgula numa história. Que é pornô puro e simples, sem porquê e, muitas vezes, tedioso. Eu sou nova na literatura erótica. Nunca escrevi e nem pretendo, mas comecei a ler um pouco faz algum tempo. Caso o amigo leitor não saiba, eu explico algo que aprendi há pouco tempo e que mudou minha visão das coisas: literatura erótica não é o mesmo que literatura pornô. Mas, muitos autores ainda não descobriram isso. Como escritora, eu sempre acreditei que tudo numa história deve fazer sentido. Muitas vezes tal coisa não faz sentido no nosso ambiente, mas no
Vai uma aí?
Falando nisso...
Por Lyli Adams
Gosta das nossas colunas de opinião? Envie seus comentários para contato@publiqueirevista.com e não perca as próximas edições! 7
TOP DO MÊS Em toda edição, uma seleção especial de livros e destaques do mundo literário para você! Por Carol Dias
Lançamento do mês
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á está em pré-venda o livro “O Professor 4: Prova Final”, quarto livro da série escrita pela Tatiana Amaral. O nosso Lançamento do Mês é um dos livros mais aguardados pelos fãs da autora, pois conta o final da história do casal Alex e Charlotte. No fim do terceiro livro, coisas aconteceram para separarem o casal e tudo parecia ser definitivo. Agora, no quarto livro da série, um reencontro promete ser a chance que ambos esperavam para viver o romance. Os três primeiros livros da série estão disponíveis em formato físico em todas as livrarias do país e também na Amazon. Veja a sinopse: “Quando Alex Frankli acreditou ter perdido Charlotte, entrou em desespero e cometeu o seu ato mais falho, destruindo de uma vez por todas o seu casamento. Três anos depois ele ainda não esqueceu. Envolvido em uma
vida completamente diferente, o professor Frankli tenta ser firme em seus novos propósitos, mas fracassa no momento que reencontra a sua aluna mais aplicada. Charlotte Middleton conseguiu tudo o que sonhava: escreveu livros de sucesso e se tornou uma escritora renomada, contudo, três anos após a separação, ela ainda não consegue superar o amor perdido e, mesmo com medo do reencontro, ela volta ao Brasil para cumprir com seus compromissos profissionais. Alex e Charlotte possuem uma única chance, mas três anos é tempo o suficiente para construir muitas barreiras, levantar dúvidas e esconder segredos que podem impedir que o amor prevaleça. Neste último livro da série O professor, Charlotte e Alex terão que aprender que perdoar não é o único caminho e que o amor pode e deve passar pela sua prova final.”
Conhece alguma história ou autor que gostaria de ver por aqui? Envie para contato@publiqueirevista.com ou em nossas redes sociais! 8
Autor do mês
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va Zooks é goiana, formada em Letras e mestre em Literatura Brasileira contemporânea. Foi escolhida como Autora do Mês nessa edição dedicada aos livros eróticos, pelos seus livros “Caminho das Águas”, “Cicatrizes”, da série “Recomeçar”. Em breve, ela lançará “Victor”, o primeiro conto da série “Fazenda Estrela”. Eva também se aventurou pela literatura jovem com “Adolescer”. Além de escrever, ama assistir a um bom jogo de futebol e dançar. Eclética para música e livros, seus cantores favoritos são Jhon Mayer e Bruce Springsteen e suas autoras favoritas são Nora Roberts e Valéria Montaldi
Livro do mês
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Livro do Mês aqui na Publiquei é, na verdade, uma trilogia. “Sob o Seu Domínio”, da Rebbeca Cruz, conta a história de Cristine e Sharker: ela, que foi injustamente acusada de um roubo; ele, dono do Montenário Sharker, de onde a Prada azul foi roubada. Todos os livros da série são homônimos e contam a evolução do relacionamento do casal. A série também possui um conto do ponto de vista de Roland Sharker. Confira, abaixo, a sinopse do primeiro livro da trilogia: “Após ser acusada injustamente de roubar a Prada azul de Montenário Sharker, e viver como prisioneira por cinco dias terríveis com ele, Cristine Brandt volta para casa absolvida. Sua falta de experiên-
cia rendeu-lhe emoções estranhas e marcantes. Novamente, Sharker invade a sua vida ao procurá-la repentinamente. Dessa vez, propondo uma relação ainda mais avassaladora... Ao lado dele, ela descobrirá um mundo de prazer e de luxúria, sexo ao “modo Sharker”. Sob várias condições impostas por ele, Cristine se entrega a experiências nunca imaginadas. Porém, tudo isso não inclui se apaixonar. Ele deixou claro. Sob o lema “experimentar e descobrir”, ela passa a amar esse homem frio, que faz do sexo um jogo obsessivo, e precisará de coragem para se manter sob o domínio dele. E, quem sabe, derreter o iceberg que é o coração de Sharker.”
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nspiração I Por Thayanne Porto
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ntes de iniciar a Inspiração desse mês, preciso fazer um aviso: leiam esse texto com um copo de água do lado, de preferência um bem gelado. Não só o texto, mas todos os livros escritos pela Lena Valenti, escolhida da vez para essa coluna. Nascida Lorena Cabo em Barcelona, a autora diz que não é nada especial, apenas um pouco louca. Mas, acima de tudo, sua palavra é “escritora” — é assim que ela se define, é isso que ela é. Ela escreve desde que consegue se lembrar e, em 2009, iniciou publicamente sua carreira como autora, com “O Livro de Jade”, que tem uma pegada sobrenatural. Conta a história de Caleb, um Vanir, uma espécie de vampiro que foi criado pelo deus Odin junto com os Bersekers para protegerem os humanos dos lobachos e nosferatus criados
por Loki. Ele quer se vingar da organização que matou seu melhor amigo, Thor, e, para isso, sequestra Eileen Ernepo, a filha do cientista louco que está experimentando com os corpos dos amigos de Caleb. Mas ele nunca imaginou que a jovem iria se converter na sua perdição — e aí a história fica bem bacana. Não posso falar mais porque seria spoiler, então vale super a pena procurar na Amazon internacional, já que ainda não tem a tradução desse livro. Desde o lançamento de “O Livro de Jade”, Lena Valenti não parou. Ela escreveu 28 livros em seis anos! O seu gênero é literatura romântica, com todos os subgêneros envolvidos: paranormal, histórico, suspense, young adult… Mas foi um erótico que lançou seu nome para o mundo. A série “Amos & Masmorras”, que tem oito volumes e é quen-
te. Muito quente mesmo. Do tipo “Socorro, preciso de um banho frio AGORA!”. A história começa com Cleo Conelly, uma mulher cativante com olhos verdes e cabelos ruivos, que são suas marcas registradas. Tenente da polícia de Nova Orleans, ela vê a oportunidade de finalmente entrar para o FBI bater na sua porta. Para derrubar uma quadrilha internacional de tráfico humano e tentar descobrir o paradeiro de sua irmã, Cleo vai precisar se infiltrar como submissa em um torneio de BDSM. Seu amo, chefe e parceiro de missão é Lion Romano, que está na sua vida desde sempre. Eu sei o que vocês devem estar pensando: “Ah, outra história de BDSM?”. Mas acalmem-se! Esse é diferente. Esqueça todos os tons
Qual sua maior inspiração na hora de escrever? Conta para gente! Entre em contato pelo contato@publiqueirevista.com ou em nossas redes sociais! 10
de cinza que você já viu por aí. Cleo não é uma mocinha que vive uma vida pacata, esperando a chegada de um homem com a famosa Síndrome da Pica de Ouro para salvar sua vida. Se você nunca ouviu falar da Síndrome da Pica de Ouro, eu explico: É o homem perfeito, encontrado em muitos livros eróticos. Ele é maravilhoso, dono de olhos penetrantes. Ele é rico, bizarramente rico, e tem o mundo aos seus pés. Além de tudo isso, ele tem um pênis mágico, que consegue encontrar o ponto G da mulher logo na primeira transa e faz
com que ela goze em três segundos. Suas personagens são determinadas, sabem o que querem e não vão deixar nenhum homem mandar nelas. São mulheres que veem no parceiro justamente o que a palavra sugere: uma parceria, não alguém que domine suas vidas. Se for para dominar, vai ser só na hora do sexo. Depois, os dois são iguais. No meio de tantas mocinhas frígidas e sem vida própria, ver uma Cleo é maravilhoso. E a história não para por aí. Como eu disse, são oito volumes, dois para cada casal. Os outros três casais nós conhecemos nos dois primeiros li-
vros e é muito bacana imaginar o desenrolar das respectivas histórias. No Brasil, os livros da Lena só começaram a ser publicados em 2015, pela Editora Universo dos Livros. Mal posso esperar para a editora lançar os outros, principalmente a continuação de “Amos & Masmorras”. Lena Valenti, com sua escrita rápida e diálogos que são sexies, engraçados e reais, merece ser lida por todo mundo que gosta de um pouco de safadeza, mas sem deixar de lado a boa escrita.
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o n i e h c A Por Clara Saveli
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na Mércia tem 21 anos e pretende começar a cursar jornalismo esse ano - ou direito. É muito indecisa no que diz respeito a qual profissão quer seguir, mas deseja fazer algo com correlação com a escrita. Começou a escrever há 9 anos, no Orkut, e nunca mais parou. Passou pelo site Fanfic Obsession e pelo Universo Paralelo antes de chegar no Wattpad. É uma romântica incurável, apaixonada por um clichê clássico (ainda que tente fugir deles nas suas histórias). Adora o Nicholas Sparks e comédias românticas dos anos 90. Mas também ama filmes de super-heróis, séries de ficção e o universo vampiresco! Publiquei Revista: Como foi que você descobriu o Wattpad e o que te fez começar a publicar nele? Ana Mércia: Descobri a plataforma através de amigas também escritoras. Percebi que cada vez mais nossos leitores migravam para o Wattpad e, ao descobrir as funcionalidades, foi impossível não me juntar ao site! PR: Como a interação direta com os leitores afeta sua escrita? AM: Eu costumo falar que elas (leitoras) são o meu combustível, e sou totalmente sincera quanto a isso. Escrever é a minha paixão; me move, me faz bem, mas sinto como se essa interação entre nós só complementasse — e engrandecesse — o meu trabalho. O carinho que recebo é único, e tê-lo tão diretamente, em tempo real, é um sentimento sem igual. Elas são a parte fundamental, com certeza.
para escrever a série “Ironm4x”? AM: Essa é uma pergunta complicada! (risos) Eu não tive uma inspiração em si, na verdade. Funcionou como um brainstorm! Terminei de ler o livro “A Hospedeira” e decidi que precisava fazer algo que retratasse um tempo pós-apocalíptico, mas como se pode ver, a história fugiu dessa proposta. No entanto, ainda adorava a ideia sobre algo fictício. Além disso, sentia a necessidade de escrever sobre uma personagem principal forte e que, prin-
cipalmente, passou por algo para se tornar quem era. Aprendeu a lidar com a vida, a se transformar em alguém melhor. Na mesma época, assisti ao filme do “Capitão América” mais uma vez e achei interessantíssimo o fato de o protagonista acordar em uma época totalmente diferente da sua! Quando percebi, já estava me inspirando nisso. Inicialmente, a história se passaria da década de 90 para os tempos atuais, mas como sou completamente apaixonada pelos anos 50, achei ainda
PR: Qual foi sua maior inspiração
Conhece alguma história ou autor que gostaria de ver por aqui? Envie para contato@publiqueirevista.com ou em nossas redes sociais! 12
melhor. Me lembrei imediatamente de um dos meus filmes favoritos, “Diário de uma Paixão”, e aquilo só complementou meu pensamento. Poderia trabalhar a diferença entre épocas de forma mais exemplar; vestuário, costumes, musicalidade... Enfim. Como fã incurável de romances clássicos, adoro um enredo que retrate o amor proibido entre o casal principal. Mas, ainda assim, precisava de algo mais. A mocinha deveria fazer parte de algo importante, ter voz. Ser uma princesa era uma ideia boa, mas então a frase “queridinha da América” apareceu na minha cabeça e, com isso, eu já poderia reunir dois fatores em um: a filha do presidente dos Estados Unidos e o neto do ex-presidente da Alemanha. Todas as ideias que vieram a seguir; sobre a máquina, III Guerra Mundial, e todos os outros pontos acabaram surgindo aos poucos, à medida que montava o roteiro. “Ironm4x” foi um presente lindo! PR: Qual é seu autor favorito —
dentro e fora do Wattpad? AM: Sou rodeada por amigas escritoras talentosíssimas, então essa é provavelmente a pergunta mais comprometedora! (risos) Mas citarei a primeira autora que comecei a acompanhar, e hoje tenho a sorte de tê-la em meu círculo de amizades, que é a Andie P. Também admiro muito a Julianna Costa. Fora do Wattpad, meu escritor favorito é o Nicholas Sparks. PR: Você sonha em publicar alguma de suas obras? Se sim, em breve? AM: Sim! É um grande sonho, mas sabemos como o mercado literário está complicado para novos autores, infelizmente. No entanto, espero muito conseguir a publicação para minhas histórias em breve. Vamos torcer. PR: Quais são seus planos futuros? Tem algum projeto secreto para nos contar? Pretende continuar escrevendo para o Wattpad? O que está passando pela cabeça da Ana Mércia?
AM: Atualmente estou postando uma nova história, denominada Dupla Identidade! Ela tem tomado todo o meu coração e suprido louvavelmente a falta que Ironm4x têm me feito. É um enredo inicialmente leve, o qual me divirto muito escrevendo, mas que, em alguns capítulos, se tornará uma das minhas obras mais desafiadoras — senão a mais. Estou completamente apaixonada pela história e espero que vocês possam se apaixonar também! PR: Agora, para descontrair: se você pudesse escolher um personagem de suas obras para ser seu melhor amigo e outro para ser seu namorado, quem você escolheria? AM: Admito que fiquei pensando nessa pergunta por alguns minutos. É como escolher entre meus filhos! (risos) Mas acho que ficaria com o Nicholas Hoffmann, de Ironm4x, como namorado. E seria a melhor amiga da Olivia (Liv) de Dupla Identidade!
Você pode acessar todas as histórias da Camila Martins em https://www.wattpad.com/user/anamerciap 13
Amamos ebooks
Por Thayanne Porto
Romântica, sonhadora e apaixonada pela vida, Valentina Fernandes é a entrevistada da nossa quarta edição na coluna Ana Beatriz Tomaz Martins, ou Bia Tomaz, como é mais conhecida, nasceu em Governador Valadares (MG) em 1992. Apaixonada por livros desde a infância, percebeu que podia criar as próprias histórias e transmitir sentimentos e sensações da mesma forma que os livros que pegava na estante de sua mãe. Sua primeira obra foi “O Único Para Mim”, e logo depois embarcou na escrita do romance “Perigo Iminente”. Sua visibilidade cresceu com a publicação do livro “O Presidente” que garantiu o primeiro lugar dos mais vendidos na Amazon por três semanas seguidas.
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Publiquei Revista: Hoje, qual é o maior desafio para escrever livro erótico? Bia Tomaz: Os leitores são exigentes, gostam de aventuras e de novidades. Por isso é preciso ter ideias diferentes quando escrevo uma cena erótica, mas ao mesmo tempo existe a necessidade de se manter um tanto quanto fiel à realidade.
rística muito boa, mas me identifico.
PR: Com qual dos seus personagens você mais se identifica? BT: Cassidy Campbell. Ela é forte quando precisa, mas em alguns momentos desaba e sofre como qualquer humano. Além de ser bastante teimosa, o que não é uma caracte-
PR: Você teve uma experiência em editora e agora está como autora independente. A publicação em e-book tem atendido as suas expectativas como autora? BT: Sim. O trabalho não é fácil, é preciso fazer bastante divulgação
e chamar a atenção dos leitores de várias maneiras para que as vendas continuem firmes. Apesar da demanda de livros vendidos digitalmente ter aumentado muito nos últimos anos, é preciso estar sempre em busca de um espaço nesse meio. PR: Pode nos dizer algo sobre seus próximos projetos em e-book?
BT: No momento estou trabalhando em dois romances eróticos. “Tentação Proibida” que tem, além do romance, uma pitada de mistério e investigação policial. E também estou escrevendo “Um romance para Aiden”, mais voltado para a comédia romântica. Pretendo publicá-los ainda no primeiro semestre desse ano.
bre a personalidade dos psicopatas para construir o personagem com as características corretas. Harvey Marshall de “O Presidente” também foi difícil, já que a imagem de um presidente de uma das maiores potências mundiais tem uma força muito grandiosa. Ao mesmo tempo que ele trabalhava com pulso firme, era preciso que ele mostrasse seu PR: Qual dos seus personagens foi lado mais humano quando se tramais difícil de retratar? tava de assuntos pessoais, por isso BT: O serial killer do livro “Perigo precisei dosar de maneira precisa os Iminente” foi bastante complicado. dois lados. Tive que fazer muita pesquisa so-
PR: Deixe, por favor, um recadinho para os seus leitores. BT: Eu agradeço muito a cada um deles por me acompanhar e acreditar no meu trabalho. Esse meio literário parece fácil, mas sem a ajuda e o apoio deles, seja no meu grupo ou nas plataformas em que posto minhas histórias online, não sei se teria aguentado até aqui. Pros meus lindões e lindonas que estão lendo essa entrevista: Vocês são os melhores do mundo. Muito obrigada!
Qual autor você gostaria de ver por aqui? Envie sua sugestão para contato@publiqueirevista.com e não perca as próximas edições! 15
JuliannaCost
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om narrativas sinceras e mensagens profundas de empoderamento feminino, Julianna Costa é o nome do momento na literatura erótica. Venerada por seus leitores de diferentes idades, a jovem traz um novo tipo de livro dentro do ramo erótico: um tipo verdadeiro, onde o leitor pode sentir o cheiro da realidade a cada página. Não por acaso seus títulos foram best-seller mais de uma vez nos últimos anos. Pernambucana e dona de um sota-
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Por Lyli Adams
que convidativo, é autora de quatro obras publicadas em formato físico e mais algumas online, além dos projetos futuros. Julianna Costa fala sobre sexo sem barreiras, romances de uma noite, sadomasoquismo e libertação feminina de maneira ímpar, sempre com verossimilhança que é resultado de intensas pesquisas. Eis aí uma autora que vale a pena conhecer. Em meio à correria de mais uma publicação em vista, Julianna falou com a Publiquei e contou alguns detalhes
sobre seu processo criativo, pesquisa, inspiração e trabalhos em andamento.
Publiquei Revista: Você começou a ganhar notoriedade e um número alto de leitores quando trouxe sua ficção para o mundo das fanfics. O mundo editorial é cercado por preconceito. Como foi fazer esta transição? Você se sentiu vítima disso em algum momento? Julianna Costa: Na verdade, o caminho que fiz foi inverso. Eu já ti-
PR: Ao transitar da literatura online para o mercado físico, sentiu alguma grande diferença de público? JC: Confesso que não sinto tanta diferença. Acho que apesar de, individualmente, cada leitor ter suas especificidades, de um modo geral eles são muito próximos em carinho, contato e interesses. Claro que cada um tem sua preferência entre leitura física ou digital, mas, pelo menos no público de literatura erótica, não vejo muita diferença entre os espaços, nem sequer na faixa etária, por exemplo. Fanfics ainda são espaços ocupados por pessoas mais jovens, mas plataformas como o Wattpad e leituras digitais através de Kindle, Lev e etc já têm públicos de idades bem variadas também.
nha um livro publicado no formato tradicional e estava trabalhando no segundo. Então, algumas amigas sugeriram que seria interessante postar essa segunda história em sites de fanfic para acompanhar as reações dos leitores. A experiência foi tão divertida — e útil! — que acabei viciando nas postagens online. Talvez por causa disso eu nunca tenha sentido pessoalmente esse tipo de preconceito, apesar de saber que ele existe e o achar profundamente desnecessário.
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PR: Seus livros, por vezes, quebram diversos tabus. A forma como você retrata o sexo livre, usa a linguagem, mostra a prostituição e casas de swing é diferente do que boa parte da sociedade pensa. Você sente que é parte da sua missão como escritora trazer essa desconstrução? JC: Não sinto como se escrever fosse uma missão. (risos) Sinto mais como uma inevitabilidade. Colocar em livros coisas que acreditamos acaba sendo algo inescapável. Então, o modo como eu retrato temas delicados ou polêmicos em minhas histórias normalmente são traduções de crenças pessoais minhas. Coisas que eu acredito serem verdadeiras ou benéficas. E se essas ideias conseguem tocar ou influenciar al-
Eu acredito que reflexões, ainda que pareçam simples, semSei que um livro bom não depenpre de têm o potencial de fazer de gênero, mas de qualidade li- a terária: personagens bem construpessoa desconstruir conceitos. ídas, tramas bem armadas, falas articuladas e uma boa narrativa.
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PR: Quem acompanha sua carreira há algum tempo sabe bem o quanto te importa a questão da responsabilidade, especialmente sobre permitir só leitores adultos nos seus grupos do Facebook e, em um deles, só mulheres. Sabendo que boa parte dos leitores online pode ser menor de idade, você acha que escritores deveriam e/ ou poderiam fazer algo sobre isso? JC: Acho que — independente da faixa etária — um escritor sempre pode contribuir para uma construção social positiva. Seja exaltando qualidades ou evidenciando problemas. Criando personagens que — mesmo imperfei-
tos — tenham qualidades que o autor acredita serem importantes encorajar em seu público. Demonstrando problemas que — mesmo fictícios — sejam algo com que o leitor possa se relacionar e sobre o que possa refletir. Claro que quanto mais jovem for a pessoa, mais ela pode ser influenciada por um texto, logo um cuidado adicional diante desse público sempre é imprescindível. Mas eu acredito que reflexões, ainda que pareçam simples, sempre têm o potencial de fazer a pessoa desconstruir conceitos. Independentemente da idade.
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guém, eu me sinto muito honrada! PR: Quem é seu leitor sabe que pode sempre contar com a verossimilhança. Uma característica de seus livros é que você traz o sexo “de verdade”, as cenas em geral estão sempre próximas da realidade e sabemos que boa parte disso é resultado do seu trabalho de pesquisa. Pode falar melhor sobre como é esse processo em uma nova história? JC: Como eu escrevo principalmente literatura erótica, a parte sexual da narrativa é fundamental. Então, sempre que eu pretendo escrever sobre algo que ainda não conheço, preciso fazer uma pesquisa antes de começar os rascunhos. Tenho receio de desrespeitar comunidades, ser injusta com fetiches ou contribuir para desinformações. Então, quando decido o que vou escrever e é algo que ainda não tenho naturalidade, eu sempre tento fazer uma pesquisa mais profunda, conversar com pessoas que sejam praticantes ou experientes do fetiche específico (por exemplo) e, por último, experimentar eu mesma. Claro que há certas coisas que não dá para experimentar, ou conhecer profundamente em poucos meses, mas eu acho que assim a gente consegue reduzir a possibilidades de equívocos. PR: Como resultado de uma pesquisa bem-feita, vêm histórias que fazem sentido. Ao sentirem que podem confiar na sua sinceridade literária, leitores te procuram e você sempre fez um bom trabalho informativo, junto ao entretenimento, como o Perguntinhas. Você acredita que isso faz parte do seu trabalho de escritora ou separa as coisas? JC: Acho que faz parte do meu trabalho como mulher. (risos) Mulheres são socialmente construídas para
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serem mais sexualmente tímidas e introspectivas. Isso cria mulheres que conhecem pouco o próprio corpo e a própria sexualidade. Então, se eu sei qualquer coisa que pode ajudar outra mulher, meu conhecimento está à disposição. E a recíproca é verdadeira! Já recebi ajuda de muitas mulheres sobre assuntos que eu desconhecia. PR: O sonho de muitos autores é ver suas obras adaptadas em mídias audiovisuais, como o cinema. Já pensou nessa possibilidade? JC: Quem nunca? (risos) Claro, claro. Mas acho que é uma possibilidade muito distante. Então, embora seja um sonho sempre presente,
não é um que eu possa dizer que estou efetivamente vislumbrando. PR: Suas personagens femininas costumam ser grandes exemplos de empoderamento. Você traz isso de propósito? É sua intenção levar a questão do empoderamento feminino aos leitores? JC: Sim! Eu costumo dizer que prefiro quando uma leitora olha para uma de minhas personagens femininas e diz “eu queria ser como ela”, do que quando olha para um de meus personagens masculinos e diz “eu queria um homem como ele”. Acho que os homens da vida real deveriam ser mais como — certos — homens da ficção e mulheres da
ficção deveriam ser mais como as mulheres da vida real. Nós formamos um grupo incrível, diverso e maravilhoso. Únicas, cada uma de nós. Então, colocar esse empoderamento nas páginas acaba sendo uma das tarefas mais fáceis da escrita: inspirações não faltam. PR: Quem são as maiores inspirações literárias da Ju Costa? JC: Acho que são muitos para citar. (risos) Mas não posso deixar de mencionar Anaïs Nin, Amelie Nothomb, Amanda Palmer, Neil Gaiman, José Saramago. PR: Depois de se ver na lista dos mais vendidos do Brasil diversas vezes, você já se acostumou a encontrar uma fila gigantesca de fãs para te ver numa Bienal do Livro? A Julianna que começou a postar na internet se imaginava assim? JC: O carinho do pessoal é uma coisa que sempre surpreende. Muitas vezes fico até sem saber como agradecer ou o que dizer (e isso é algo realmente torturante para um escritor, não saber o que dizer). Não acho que me acostumei, não sei se vou algum dia me acostumar. Quanto a imaginar... acho que sempre imaginamos. Mas, pelo menos comigo, imaginar filas de autógrafos era mais uma questão de “sonho” do que de “expectativa”. Eu sonhava com a possibilidade, mas não sei se realmente acreditei — antes — que iria se concretizar. PR: Com o início de mais um ano, você pode nos contar quais são seus próximos projetos? JC: Claro! Pela Universo dos Livros já tenho dois livros na agenda. A trilogia Negligê, um romance erótico misturado com um pouco de trama policial. Na história, a filha do maior magnata da indústria pornô volta para casa depois da morte do pai e descobre que
ele deixou um testamento enigmático, deixando toda sua fortuna para um desconhecido. Na tentativa de descobrir o herdeiro, a garota acaba descobrindo o Clube Negligê, uma escola de sexo que funciona dentro da empresa do pai e encontra pistas de que talvez ele tenha sido assassinado. O outro livro ainda está com um título provisório, mas tem um estilo mais jovem. Foi escrito em parceira com a Luiza Costa do portal Pergunte a Uma Mulher e conta uma história que mistura ficção com dicas de relacionamento através da troca de cartas entre duas amigas adolescentes. Fora isso, tenho planos para várias outras histórias que pretendo publicar de forma independente. Espero que sejam bem recebidas! PR: Por último, deixe uma mensagem para os seus leitores. JC: Tem uma citação de GK Chesterton que eu acho incrível, ela diz algo sobre a fantasia ser importante não porque diz que dragões existem, mas porque diz que dragões também podem ser derrotados. Acho que o poder de um livro — qualquer livro — está na sua capacidade de atingir vida(s), no singular ou plural. Fazer João mudar seu modo de encarar um tema, fazer Maria refletir sobre algo que nunca imaginou existir, fazer Henrique abandonar um preconceito, fazer Joana encontrar coragem... O livro torna possível que uma única vida se torne múltiplas e, quando escrevo, toda minha intenção é criar uma vida que tenha o potencial de tocar alguém. Mas sem o leitor, sem a pessoa do outro lado para receber a história, minha intenção seria nula. Então, a mensagem que deixo para os meus leitores é sempre a única que pode haver: uma de gratidão. Muito obrigada, pessoas. De verdade!
Bom saber Apesar de ser conhecida no seguimento erótico, Julianna iniciou sua carreira literária na fantasia, com seu primeiro livro publicado sendo uma trama vampiresca chamada Agnus Dei. * Julianna mantém um canal no YouTube onde comenta assuntos polêmicos, dá dicas e tira dúvidas sobre sexo e literatura. Procure por ela no canal “Desinibida”. * Todas as histórias e personagens estão conectados, sabia? Dentro do universo de Julianna Costa, todos os seus personagens vivem num só mundo e se você ler mais de um dos livros provavelmente vai começar a encontrar personagens mais de uma vez.
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Desfile do bloco dos sem editora V
ocê senta, escreve, apaga, escreve de novo e odeia, apaga e toma um copo de vinho, escreve, escreve, escreve. Ama! Dorme e quando acorda, já odeia tudo de novo. Se a canoa não virar você chega lá, né? Mas e se ela virar? O mercado literário de hoje em dia não mais se restringe ao ato do leitor encontrar seu livro numa estante e levá-lo para casa. Um escritor em 2017 tem inúmeras chances de ser visto que não dependem da boa vontade da editora de te distribuir decentemente em livrarias físicas. Na busca por espaço, é comum que encontremos sozinhos o caminho até a Amazon, Wattpad e outras plataformas. Tudo isso sem a editora pegando na nossa mão, que incrível! Existe toda uma vaidade ao redor de publicar através de uma editora. A sensação gostosa de ter sido escolhido dentre tantos outros mexe com a nossa cabeça de modo que esquecemos até como nos sentimos quando rece-
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bemos todos aqueles e-mails negativos. Inclusive muitas pessoas se sentem tão bem, mas tão bem quando fecham contratos que até levantam o nariz lá no alto e começam a se sentir superiores. Caros amigos, seus dez por cento de comissão garantidos num contrato não te fazem melhor que ninguém não, tá? Beijos de luz. O escritor do século vinte e um que é esperto e respeitoso não precisa brigar por espaço. A Amazon não lota, sempre tem pelo menos um leitor do Kindle que clica em obras novas que não conhece e a página de opções não é tão lotada quanto uma estante empoeirada no final da loja. O avanço da tecnologia no ramo literário também é positivo para lutar contra a pirataria (sim, acredite!). O livro se torna mais fácil de chegar ao leitor, porque ele pode desfrutá-lo por um preço baixo, sem sair de casa e muitas vezes até de graça. Não é incomum que um leitor do Wattpad se apaixone pela obra e procure adquiri-la depois de publicada,
Por
Lyli Adams
Autora de Pecadores, Íris e Inimigo Digital. sitedoup.com.br @raindancely
quando ele não pode mais ler de graça. Então, amigos autores, entendamos de uma vez por todas: a internet não precisa ser nossa inimiga. Desfilemos neste carnaval no Bloco dos Sem Editora, ou no Bloco dos Que Só Recebem Negativas, ou no meu bloco, o Bloco dos Que A Editora Nem Se Importou de Responder. Em qualquer um desses blocos, sejamos felizes e coloquemos as cabeças para o alto. É 2017, não precisamos mais mendigar por um contrato de dez por cento de comissão. O leitor está logo ali. Por que ao invés de esperar que ele nos encontre no fundo da Saraiva, não nos entregamos de corpo e alma no colo dele por um anúncio pago no Facebook que custa bem menos do que o investimento numa publicação? Pensemos sobre. E, a partir de agora, cheguemos lá mesmo se a canoa virar. Todos trouxemos coletes salva-vidas e botes.
Publique seu livro N
ão é de hoje que a Editora Charme está no mercado brasileiro. Uma editora para mulheres, feita por mulheres, como gostam de se nomear, é desde 2013 que elas trazem livros nacionais e internacionais para nossas estantes. Com histórias, em sua maioria, com uma pegada erótica, a Charme é a casa
Por Carol Dias
de autoras nacionais como Aline Sant’Ana, Paola Scott e Lucy Vargas, além das internacionais Vi Keeland e Kristen Prosby. Conversamos sobre publicação com a Verônica Góes, que deu dicas importantes para você que deseja ter seu livro publicado pela editora mais charmosa do Brasil. Abaixo, você confere a entrevista completa:
Publiquei Revista: A Charme é uma editora feminina. Com livros para o este público, composta também de profissionais mulheres. Esse é um diferencial da editora? Verônica Góes: Sim, acreditamos que sim. Antes de sermos uma editora, somos leitoras e tudo o que publicamos é porque realmente gostamos e não pensando somente em números. São livros que gostaríamos de ter em nossas estantes para lermos em nosso tempo livre. A ideia de ser uma editora voltada para mulheres foi pensando realmente nisso, em trazer livros que talvez outras editoras não tivessem interesse. Mas, com o crescimento, acabamos abrangendo muito mais pessoas, inclusive, o público masculino que também curte esse tipo de leitura, o que tem sido maravilhoso. Ficamos surpreendidas com o acréscimo, muito felizes e cada vez mais determinadas a alcançar diversos públicos que o romance engloba. PR: Apresentar um bom original é muito importante para quem deseja publicar seu livro. Que dicas você pode dar para quem deseja ser publicado pela Charme? VG: Recebemos muitos originais, 21
avaliamos um por um e vemos quais das histórias se encaixam no perfil da Charme. Livros bem estruturados, com um enredo que chame a atenção, diferente do que estamos acostumados, é uma boa forma de nos deixar interessadas. Por mais que nosso foco, hoje em dia, seja livros com “pegada hot”, pode perceber que temos livros lançados que fogem completamente do clichê, sem deixar de ser picante, como é o caso de “A Decodificadora”, da autora nacional Emi de Morais, que mistura romance com ação policial. A série “Viajando com Rockstars”, da Aline Sant’ Ana, autora brasileira que quebrou o estereótipo dos livros sobre roqueiros, mexendo com a cabeça das leitoras e a nossa. “Provocante”, da também nacional Paola Scott, que foca em personagens mais maduros, na faixa dos 40, e devemos citar também a série “Nas Alturas”, de RK Lilley, que, mesmo tocando no assunto BDSM, tem uma história e um ambiente completamente diferente do famoso “50 Tons”. E até podemos adiantar que em breve teremos uma história surpreendente e totalmente diferente da nossa autora Gisele Souza. Então acredito que a dica mesmo seja: surpreender o leitor, faça algo que ninguém tenha feito! Ter controle do que está escrevendo, saber enredar a história sem se perder, ter uma boa criatividade para não acabar caindo na mesmice. São dicas que são imprescindíveis para uma boa história e é isso que esperamos de um autor. PR: Cada editora possui a sua linha editorial e é importante que o autor se atente a isso antes de enviar o seu. Quais são os 22
gêneros aceitos na Charme? VG: Nosso foco é o romance, do adolescente ao erótico. Como dito acima, criamos a editora com ênfase no público feminino, mas todos que gostam do gênero acabam se encantando pelos livros da Charme, justamente por sempre buscarmos que o amor seja protagonista ou secundário em nossas histórias. PR: Que falhas você acredita serem determinantes nos originais que não são aceitos pela editora? VG: É complicada essa questão. Hoje em dia, o mercado está saturado de livros com o mesmo enredo. Os leitores se tornaram mais seletivos e, com isso, a necessidade de inovar se tornou primordial. Se quer um livro publicado por uma editora, você precisa mostrar que tem diferencial. E com a facilidade da internet e de plataformas de leitura, hoje, qualquer pessoa pode escrever, o que não significa que seja um autor. Ideias todos temos, o que precisa é de criatividade para conquistar o leitor. Caso contrário, ele abandona o livro e ainda conta para os amigos que não gostou... O livro pode ter um enredo clichê, nós até adoramos, mas tem que haver algo a mais que hipnotize o leitor até a última página. Logo, precisa tomar cuidado com a escrita, não somente nesse sentido, mas com a ortografia também. Outro ponto primordial e que vemos bastante são livros que não trazem aquele suspense se o casal vai realmente ficar junto ou não. Alguns romances parecem muito fáceis, tudo dá certo, mas gostamos de livros em que os personagens passam por algum tipo de superação pessoal para viver um
grande amor. O autor precisa ser um pouco ousado ao querer colocar tudo a perder. Desde que faça sentido e que o enredo seja bem completo, nós amamos! PR: Que diferencial o autor deve ter para que possa se destacar entre tantos originais recebidos diariamente? VG: Tem que tocar o nosso coração. Uma história bem amarrada, diferente e na qual nós possamos sentir o amor que o autor teve ao escrevê-la. Precisa ser fluida, envolvente e única. Gostamos daquilo que nos desafia, que atiça o leitor e que o faz sentir que é possível morrer de amor e continuar vivendo. Nós acreditamos nisso, queremos isso para a Charme e ficaremos sempre felizes se pudermos espalhar a criatividade dos autores e suas diferentes formas de ver os sentimentos. O diferencial? Está no charme!
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