Revista SP Notícias No. 06

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SPnotícias ANO 1 l NÚMERO 6

Abrindo caminhos

Programas de R$ 10 bilhões vão beneficiar mais de 8 mil quilômetros de estradas e rodovias paulistas

Rede de ensino entra na era da inclusão digital

Os investimentos nas cidades da Grande São Paulo

Merenda escolar tem 240 milhões de refeições/ano

As atrações do Museu do Futebol, no Pacaembu


editorial

Estrada aberta para novos investimentos Um amplo programa de construção e recuperação está em curso nas estradas do interior do Estado de São Paulo. Ao todo, 8 mil quilômetros de vias já estão sendo impactados. Para se ter idéia, a distância seria suficiente para sair da capital paulista e chegar a Lisboa. O investimento de 10 bilhões de reais contempla ações como o Pró-Vicinais, o Melhor Caminho e as Concessões Rodoviárias, cujos leilões foram realizados em outubro passado. Conforme você acompanhará na reportagem de capa desta edição, os 1,7 mil quilômetros da malha rodoviária concedida passarão por uma série de melhorias, como duplicação, construção de passarelas e trevos e instalação de faixas adicionais. Outra boa notícia, que mexe diretamente no bolso do contribuinte, é que o principal critério para os leilões foi a menor tarifa aplicada. Ou seja, os usuários dessas rodovias estão pagando as menores tarifas possíveis. Para um Estado onde 93% do transporte de carga é feito por rodovias – segundo dados da Secretaria dos Transportes –, esse tipo de programa que envolve as estradas é providencial e, acima de tudo, prioritário. Outro destaque de SPnotícias mostra o trabalho que o governo do Estado vem desenvolvendo nos 38 municípios, sem contar a capital, que compõem a região metropolitana de São Paulo, que, com 19,7 milhões de habitantes, é o maior aglomerado urbano da América do Sul. Ações nas áreas da educação (instalação de dez Fatecs e Etecs), da saúde (inauguração de hospitais e AMEs) e do saneamento (construção e limpeza de piscinões) dão a dimensão dos investimentos destinados a esse importante pólo de São Paulo. Mais uma tarefa que exige um grande esforço do Estado é a de manter uma logística impecável para distribuir a merenda em 1,7 mil escolas estaduais de 22 cidades paulistas. Não pode haver falhas, afinal, estamos falando de 30 milhões de quilos de alimentos por ano, que enchem o prato de 1,1 milhão de estudantes. Da elaboração do cardápio à compra dos alimentos, estocados em enormes galpões e enviados às escolas, os produtos fazem um longo caminho até chegar às mesas dos refeitórios. Por falar em escola, alunos e professores serão beneficiados pelo programa de inclusão digital, que viabilizará o uso da tecnologia na educação estadual. Iniciativas como e-mail gratuito e financiamento de laptops com valor abaixo do mercado para os professores poderão estabelecer uma nova realidade dentro das salas de aula. Uma realidade virtual, que tornará a aprendizagem cada vez mais interessante. Boa leitura e até a próxima edição. SPnotícias

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Renato stockler

SPsumário

Ano 1 | Nº 6 | 2008 11.000 exemplares Distribuição estadual

Governo do Estado de SÃo Paulo Governador José Serra Vice-governador Alberto Goldman

Secretaria Estadual da Administração Penitenciária Antônio Ferreira Pinto Secretaria Estadual da Agricultura e Abastecimento João de A. Sampaio Filho

6 ENTREVISTA

Secretaria Estadual da Assistência e Desenvolvimento Social Rogério Pinto Coelho Amato

Guilherme Afif Domingos fala dos programas de fomento ao emprego

Secretaria Estadual da Casa Civil Aloysio Nunes Ferreira Filho

20 INCLUSÃO DIGITAL

Secretaria Estadual da Casa Militar Coronel PM Luiz Massao Kita

Novas ações trazem tecnologia para as escolas estaduais

Secretaria Estadual de Comunicação Bruno Caetano Secretaria Estadual da Cultura João Sayad Secretaria Estadual de Desenvolvimento Alberto Goldman

22 JOGOS ABERTOS

A tradicional Olimpíada do interior reúne mais de 11 mil atletas de 218 cidades de São Paulo

44 PERSONAGEM

DO MÊS

Filipi redondo

O Estádio do Pacaembu ganha um verdadeiro memorial com 15 salas e muita interatividade

BASTIDORES

Veja como o Estado faz para alimentar 1,1 milhão de alunos da rede

Secretaria Estadual da Educação Maria Helena Guimarães de Castro Secretaria Estadual do Emprego e Relações do Trabalho Guilherme Afif Domingos Secretaria Estadual de Ensino Superior Carlos Alberto Vogt Secretaria Estadual de Esporte, Lazer e Turismo Claury Santos Alves da Silva Secretaria Estadual da Fazenda Mauro Ricardo Machado Costa

Xxxxxxxxxxxxx

28 MUSEU DO FUTEBOL

38

Secretaria Estadual de Economia e Planejamento Francisco Vidal Luna

Secretaria Estadual da Gestão Pública Sidney Beraldo Secretaria Estadual da Habitação Lair Alberto Soares Krähenbühl Secretaria Estadual da Justiça e Defesa da Cidadania Luiz Antônio Marrey

Como é a vida de um bailarino da São Paulo Companhia de Dança

Secretaria Estadual do Meio Ambiente Francisco Graziano Neto Secretaria Estadual dos Direitos da Pessoa com Deficiência Linamara Rizzo Battistella

46 O EsTado

Secretaria Estadual de Relações Institucionais José Henrique Reis Lobo

em Números

Secretaria Estadual de Saneamento e Energia Dilma Seli Pena

48 Aconteceu

Secretaria Estadual da Saúde Luís Roberto Barradas Barata Secretaria Estadual da Segurança Pública Ronaldo Augusto Bretas Marzagão Secretaria Estadual dos Transportes Mauro Arce Secretaria Estadual dos Transportes Metropolitanos José Luiz Portella

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CAPA Os programas do governo para as estradas estaduais

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GRANDE SÃO PAULO As importantes obras para os 38 municípios

A revista SPnotícias é uma publicação men­sal do Governo do Estado de São Paulo, distribuída gratuitamente. Seu conteúdo é informativo e sua venda é proibida. www.saopaulo.sp.gov.br Sugestões para a revista pelo e-mail: revistaspnoticias@sp.gov.br CTP, impressão e acabamento: Edição concluída em dezembro

SPnotícias

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SPentrevista “Era preciso criar o ‘Google do emprego’, um portal universal de oferta e de procura de vagas no mercado de trabalho”

Novo portal Emprega São Paulo ajuda o candidato a buscar uma vaga no mercado de trabalho

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SPnotícias

fotos:Renato stockleR

Emprego pela internet

No dia 12 de novembro, a Secretaria do Emprego e Relações do Trabalho inaugurou o Emprega São Paulo, um portal de busca de empregos em que o trabalhador, desempregado ou não, pode inserir gratuitamente seu currículo. O empregador também poderá usar a ferramenta para procurar o candidato com o perfil mais adequado à vaga oferecida. Em sua fase experimental, o Emprega São Paulo recolocou 10 mil pessoas no mercado de trabalho. Segundo o secretário Guilherme Afif Domingos, o “Google do emprego” tem condições de comportar, numa primeira fase, 3 milhões de currículos. O Emprega São Paulo caminhará de mãos dadas com um amplo programa de qualificação profissional, que visa preparar mão-de-obra para suprir as demandas do mercado. SPNotícias: Como nasceu o programa Emprega São Paulo? Guilherme Afif Domingos: A Secretaria do Emprego e Relações do Trabalho vem atuando em três frentes: qualificação profissional, empreendedorismo e desburocratização. Quando falamos de empreendedorismo, lembramos da multidão tidão de trabalhadores infor informais existente no Estado. Por que isso ocorre? Porque a burocracia massacrante não concebe um modelo para um profissional trabalhar por conta própria. Já o conceito da qualificação depende diretamente de investimentos do Estado – vale ressaltar que o desemprego está associado à mão-de-obra não qualificada. Assim, realizamos um profundo diagnóstico, juntamente com a Fundação Seade (Sistema

Estadual de Análise de Dados), para dar base ao programa. Era preciso saber quem, onde e como qualificar. Então, no segundo semestre deste ano, nasceu o Programa Estadual de Qualificação, com 30 mil vagas à disposição de desempregados que estejam recebendo o seguro-desemprego. O curso é dado por entidades especializadas, como Senai, Senac, Centro Paula Souza e Cefet (Centro Federal de Educação Tecnológica). O programa detecta com rapidez quais as profissões mais demandadas e se há profissionais para suprir a oferta. Aí tive um estalo: temos de criar um sistema on-line, o “Google do emprego”, ou seja, um portal universal de oferta e procura de vagas. Foi aí que surgiu o Emprega São Paulo, um programa de atendimento via internet em que o trabalhador pode inserir seu currículo gratuitamente pelo site www.empregasaopaulo.sp.gov.br.

Secretário do Emprego e Relações do Trabalho, Guilherme Afif Domingos

SP: De que maneira o trabalhador será notificado quando for recrutado para um emprego? Afif: Esse foi nosso segundo desafio: como avisar o profissional que está sendo requisitado. A resposta mais natural seria por e-mail. Mas uma pesquisa revelou que a maioria usa celular, então seria mais dinâmica a mensagem de celular. Será assim a partir de janeiro – e totalmente gratuita. Quem comanda esse processo é a Prodesp (Companhia de Processamento de (Com Dados do Estado de São Paulo). Coube a ela fazer os acordos necessários com as operadoras, até SPnotícias

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SPentrevista porque há uma demanda cada vez maior de mensagens de celular em várias áreas do Estado. SP: Qual foi o investimento para a implantação do programa? Afif: De 3 a 5 milhões de reais, mas que não foram gastos de uma só vez. A Prodesp também investiu uma parte. A idéia é vender publicidade para amortizar os gastos. SP: A partir da concepção do Emprega São Paulo, quanto tempo foi preciso para colocá-lo em prática? Afif: O trabalho começou no segundo semestre de 2007, e tudo ficou pronto em junho passado. Houve um período de testes e fo­mos aperfeiçoando o sistema de atendimento. Não poderiam existir erros, pois o Emprega São Paulo deve ser útil ao trabalhador. Além dos postos de atendimento, contamos com a

parceria de três centrais sindicais – CUT (Central Única dos Trabalhadores), Força Sindical e UGT (União Geral dos Trabalhadores), que podem ajudar o candidato a pôr seu currículo no sistema. O programa é uma via de mão dupla, pois também é possível aos empregadores usar a ferramenta na busca de profissionais. SP: Quantas pessoas o governo espera recolocar no mercado de trabalho? Afif: Já atendemos 10 mil candidatos só na fase experimental, durante três meses. Pretendemos afinar bem o projeto com os parceiros e, em janeiro, veicular publicidade divulgando o maior portal de busca de trabalho do Brasil. Nossos 208 postos de atendimento ao trabalhador sempre foram requisitados como uma agência de emprego. Existia um demanda de balcão que agora será transferida para a rede. Os números são impressionantes: já temos cadastrados mais de 360 mil candidatos, 240 mil vagas e 16 mil empregadores, além de 184.597 encaminhamentos efetuados e 10.987 candida­tos aprovados. SP: Quantos registros de candidatos o sistema pode comportar? Afif: Estão previstos 3 milhões na primeira fase, e o registro vale por um ano. O currículo sai do sistema se o trabalhador não o atualizar nesse período. O tempo de validade volta a ser de um ano a partir da última intervenção. Ou seja, o próprio trabalhador pode renovar seu currículo freqüentemente.

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SPnotícias

SP: Onde o governo espera maior demanda de recolocação dos trabalhadores? Afif: A concentração econômica do Estado de São Paulo está distribuída em 87 municípios, que reúnem 75% da população. Essas cidades serão responsáveis pelo programa de qualificação de mãode-obra. Só no segundo semestre, foram preenchidas 24 mil vagas de treinamento no programa e, em 2009, serão 60 mil. Qualificação e empregabilidade caminham juntas e várias empresas não conseguem ocupar suas vagas por falta de mão-de-obra capacitada. Por isso, investimos 30 milhões de reais – e em 2009 serão 60 milhões – em um programa diferenciado. Os cursos duram 200 horas: 80 horas dedicadas a uma habilidade específica e 120 voltadas ao ensino fundamental, com reforço em português e aritmética. É preciso dar esse reforço escolar ao trabalhador. Hoje, uma empregada doméstica, por exemplo, precisa saber ler, escrever, anotar recado, ler bula de remédio, ler manual da máquina de lavar e por aí vai. SP: Os candidatos com currículos sem qualificação correm o risco de ficar à margem das oportunidades do Emprega São Paulo?

“Em 2009, abriremos 60 mil vagas para o curso de qualificação de mão-de-obra” Afif: De certa forma, as áreas de prestação de serviço são capazes de absorver trabalhadores menos qualificados. As profissões mais demandadas são as de baixa complexidade, mas, mesmo assim, exigem o mínimo de preparo. Estamos direcionando a qualificação às pessoas mais humildes para não deixá-las excluídas do mercado. SP: O trabalhador, se for o caso, passará pelo programa de qualificação depois de ser chamado por uma empresa? Afif: Uma vez desempregado, o trabalhador está apto a passar pelo programa. Principalmente se estiver recebendo o seguro-desemprego, que é uma ajuda de custo para sustentá-lo durante as 200 horas de curso. Ao fazer o treinamento, entra no rol dos qualificados e suas chances aumentam. O empregador, quando fica sabendo que o candidato foi treinado pelo Senai, Senac ou Paula Souza, já o encara com mais potencial. o SPnotícias

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FOTOS:RENATO STOCKLER

SPcapa

De olho no interior

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Governo investe mais de 10 bilhões de reais em programas de recuperação de estradas no interior do Estado de São Paulo

Um investimento de mais de 10 bilhões de reais. Esse é o resultado de todos os programas que o governo do Estado está realizando para a construção e recuperação de estradas no interior de São Paulo. Ao todo, mais de 8 mil quilômetros serão beneficiados diretamente por essas ações num primeiro momento. A distância é suficiente para sair da capital do Estado de São Paulo e chegar a Lisboa, em Portugal. Se somarmos a isso os investimentos ainda em planejamento, esse número pode chegar a 15 mil quilômetros beneficiados. Todos essa distância está distribuída em vários programas em andamento: Pró-Vicinais, Melhor Caminho, Concessões e Recuperação de Acessos e Rodovias. Segundo o secretário dos Transportes, Mauro Arce, o governo considera essenciais os investimentos na boa manutenção das rodovias. Não à toa, das 20 melhores rodovias avaliadas pela Confederação Nacional do Transporte, 18 estão em São Paulo. A utilização das pistas é a mais variada possível. Elas servem para o escoamento da produção local, para viagens de lazer ou trabalho e até para estudantes que precisam se deslocar diariamente entre suas cidades e os municípios onde estudam. Segundo ele, a boa qualidade das estradas diminui os custos com transportes. “A redução de custos e de tempo de viagem é um benefício que as empresas de transporte e os usuários em geral têm graças à boa conservação das estradas”, afirma.

Caminhão circula na Rodovia D. Pedro I, uma das beneficiadas pelos investimentos

Acessos e Rodovias

Lançado em outubro passado, o programa gerará um investimento de SPnotícias

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capa

Pró-Vicinais II

Concessões

R$ 457 milhões 2.117 quilômetros

R$ 645 milhões 2.525 quilômetros

R$ 8 bilhões 1.700 quilômetros

Recuperação de Acessos

Recuperação de Rodovias

Melhor Caminho (estradas rurais)

R$ 265,9 milhões 686 quilômetros

R$ 872,5 milhões 678 quilômetros

R$ 127 milhões 1.929 quilômetros

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Pró-Vicinais I

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BALANÇO DOS PROGRAMAS

Em outubro passado, ocorreram os leilões da segunda etapa do Programa de Concessões Rodoviárias, que já existe há dez anos no Estado. O leilão contemplou os corredores Raposo Tavares, Marechal Rondon Oeste e Leste, Ayrton Senna/Carvalho Pinto e Dom Pedro I, num total de aproximadamente 1,7 mil quilômetros. O critério de julgamento da licitação foi o da menor tarifa de pedágio, considerando a tarifa-teto de 10 centavos por quilômetro para rodovias de pista dupla. Além disso, as empresas terão de desembolsar 3,5 bilhões de reais de outorga. Esse recurso será integralmente investido em obras de melhoria em outras rodovias que não estão nesse contrato, incluindo duplicação, terceira faixa, marginais e recuperação. Durante 30 anos de concessão, todos os 1,7 mil quilômetros da malha concedida receberão investimentos de 8 bilhões de reais, mas o benefício não se restringe aos usuários de rodovias concedidas. As concessões vão possibilitar a duplicação de 369 quilômetros de vias, com a construção de 83 passarelas, 290 trevos e 564 quilômetros de faixas adicionais e acostamentos. Entre as obras previstas para essas regiões estão o prolongamento do Anel Viário de Campinas, entre a Rodovia Anhangüera e o Aeroporto de Viracopos; a duplicação de 51,3 quilômetros da Rodovia do Açúcar no trecho entre Salto e Piracicaba; e o contorno de Piracicaba. As concessionárias vencedoras também ficaram responsáveis por mais 900 quilômePreMedia & PrePress

1,15 bilhão de reais na recuperação de 686,84 quilômetros de acessos a 177 municípios e também na restauração, ampliação e sinalização de 678,87 quilômetros de estradas estaduais, conhecidas como SPs. A qualidade dos acessos aos municípios também é um fator para redução de acidentes e, em muitos casos, de engarrafamentos nas estradas. Tratase de vias importantes que ligam as rodovias às cidades e precisam estar em boas condições, não só para seus moradores, que as utilizam com maior freqüência, mas para turistas e trabalhadores que eventualmente trafegam pelo local. “É também uma porta de entrada da cidade, um local onde os prefeitos instalam um portal para identificar a entrada em seu município”, diz Arce. Diversas regiões serão contempladas no programa (veja quadro e mapa). Além de garantir maior segurança, as obras devem melhorar a fluidez

Concessões

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Obras garantirão mais segurança e maior fluidez do tráfego local

do tráfego local, garantindo o escoamento da produção.

Trevo entre as Rodovias D. Pedro I e Anhangüera na altura do município de Campinas


capa PRÓ-VICINAIS 1ª FASE REGIÃO

MUNICÍPIOS

VALOR ORÇADO

2.117,4 132,9

457 milhões 25 milhões

17 16

12 14

212,8 167,2

65 milhões 28 milhões

16 7 17 14 27 10 19 15

14 7 10 9 21 6 23 10

156,4 71,8 219,0 155,2 289,1 77,6 218,2 147,3

30 milhões 19 milhões 35 milhões 34 milhões 65 milhões 34 milhões 35 milhões 32 milhões

14 10

10 5

150,0 119,9

32 milhões 23 milhões

MUNICÍPIOS

ESTRADAS

2ª FASE

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REGIÃO

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de 15,7% a 59,6%. No caso da Ayrton Senna/Carvalho Pinto, os usuários sentirão muito a diferença, pois vão pagar menos da metade da tarifa cobrada hoje no pedágio. Quem paga atualmente 27 reais para ir e voltar no trecho da capital até Taubaté terá esse valor reduzido para 13 reais. Na Raposo Tavares, entre Presidente Prudente e Presidente Epitácio, o valor também cairá de 9,20 para 7,30 reais. “Os preços serão alterados depois que as concessionárias cumprirem o Plano Intensivo de Investimento (PII), o que implica melhorias como recuperação de pavimento e sinalização”, revela o secretário dos Transportes. No entanto, o número de praças de pedágio deverá aumentar nessas rodovias. Isso não significa que o usuário pagará mais. Ao contrário disso. Serviços Editoriais

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tros de vicinais, que não poderão ter cobrança de pedágio. As tarifas aplicadas nesses corredores serão menores do que as de todas as outras concessões do Estado, cujo valor atual é de 12 centavos por quilômetro de pista dupla. “No edital do segundo Programa de Concessões, a tarifa-teto foi reduzida para 10 centavos por quilômetro”, explica. Outro ponto importante no modelo de concessões é que, agora, o reajuste da tarifa de pedágio será definido pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). “Esse índice é o que reflete melhor a inflação do ponto de vista do usuário. O resultado do reajuste baseado nele é uma tarifa menor”, afirma Arce. O que tudo isso muda efetivamente para o usuário? Os cinco lotes foram concedidos com deságios que variam

KM

152 11

Campinas Sorocaba / Itapetininga Bauru Araraquara / São Carlos Vale do Paraíba Assis / Marília Ribeirão Preto S. J. do Rio Preto Gde. São Paulo Araçatuba P. Prudente Rio Claro / Piracicaba Barretos

Programas também prevêem recuperação na sinalização das rodovias

ESTRADAS

199 17

TOTAL

TOTAL

Campinas Sorocaba / Itapetininga Bauru Araraquara / S. Carlos Cubatão Taubaté Assis / Marília Ribeirão Preto S. J. do Rio Preto Gde. São Paulo Araçatuba P. Prudente Rio Claro / Piracicaba Barretos

KM

VALOR ORÇADO

244 15

201 13

2.526,8 94,6

650 milhões 26 milhões

26 19

18 16

287,9 183,1

98 milhões 35 milhões

13 6 12 22 16 38 12 21 21

17 4 10 13 15 22 10 23 18

173,3 44,9 85,7 213,5 258,2 354,3 75,1 186,8 245,7

35 milhões 29 milhões 27 milhões 40 milhões 64 milhões 80 milhões 35 milhões 45 milhões 53 milhões

13 10

13 9

167,5 155,2

43 milhões 31 milhões

SPnotícias

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capa RECUPERAÇÃO DE ACESSOS E RODOVIAS

RECUPERAÇÃO DE ACESSOS E RODOVIAS

Regiões Araçatuba 71,4 quilômetros de rodovias e 8 acessos em 8 cidades

Barretos 18 acessos em 45,8 quilômetros, em 14 cidades Rodovia Santos Dumont, em Itu. Obras garantirão maior segurança nas estradas

Campinas 41 quilômetros de rodovias estaduais e 16 acessos em 15 cidades, que somam mais 61 quilômetros

Central 63 quilômetros de rodovias e 18 acessos em 15 cidades, num total de mais 61 quilômetros

Presidente Prudente 30 acessos numa extensão de 80 quilômetros, em 26 cidades. A SP-563 terá melhorias em 25,3 quilômetros

São José do Rio Preto 27 acessos numa extensão de 126 quilômetros, em 25 cidades da região. São três rodovias estaduais que passam por 6 municípios. Na SP-322, no trecho entre Orindiúva e Paulo de Faria, serão restaurados o pavimento e acostamento. Em Icém, será recuperada a mesma SP-322 no trecho até Orindiúva. Há ainda obras previstas na SP-304, em Novo Horizonte, e na SP-320, em Jales e Fernandópolis. No total, serão 56 quilômetros de estradas tratadas na região.

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13 acessos em 77 quilômetros, distribuídos em 10 municípios

Quanto mais praças, o usuário pagará valores menores em trechos também menores, ou seja, o motorista só paga aquilo que usa. “Essa melhor distribuição beneficiará todos os usuários. Isso cria um maior equilíbrio ao longo de todas as rodovias”, diz Arce. Para o futuro, o governo trabalha com a possibilidade de conceder novos trechos de vias. “O Trecho Leste do Rodoanel pode ser um deles. Já estamos adiantando os trabalhos, com a execução de projeto e estudos ambientais para a construção de 41 quilômetros ligando a Avenida Papa João XXIII, em Mauá, no Grande ABC, com a Via Dutra, em Guarulhos na região metropolitana de São Paulo”, afirma o secretário.

Vicinais e rurais

Desde 2007, os investimentos também têm sido pesados nas estradas

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Franca

13 acessos em 33 quilômetros, em 12 cidades

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173,6 quilômetros de rodovias estaduais e 17 acessos em 16 cidades da região administrativa de Marília, que somam 63 quilômetros. Na SP-225, haverá obras de pavimentação no município de Santa Cruz do Rio Pardo e Ipaussu. Para Ourinhos, o projeto garante obras no entroncamento da SP-270 com a SP-278. O DER também vai recuperar trechos da SP-421 em Paraguaçu Paulista

Bauru

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Marília

São José dos Campos 15 acessos, numa extensão de 30 quilômetros em 9 cidades. No Vale do Paraíba, o programa assegura a construção de uma ponte auxiliar para pedestres e ciclistas sobre o Rio Juqueriquerê, no Km 109 da Rodovia Dr. Manoel Hyppolito Rego, no trecho entre Caraguatatuba e São Sebastião. Em Cruzeiro, serão aplicados recursos nas obras de construção do Contorno Externo da cidade, com um viaduto sobre a estrada de ferro (MRS), uma ponte sobre o Rio Paraíba do Sul e um viaduto sobre o entroncamento com a SP-58. Em Paraibuna, será trabalhada a recuperação de 25 quilômetros da Rodovia SP-088. Nessa região, em estradas, serão 40,6 quilômetros

vicinais e rurais. O programa Melhor Caminho, coordenado pela Secretaria da Agricultura e Abastecimento, trabalha na conservação das estradas de terra. Até agora foram mais de 2 mil quilômetros recuperados. Segundo o diretor de Operações da Companhia de Desenvolvimento Agrícola de São Paulo (Codasp), Luiz Gonzaga de Godoy e Vasconcelos, o serviço consiste na adequação das estradas no que diz respeito à aderência do solo e à qualidade da água no entorno da via. Segundo ele, a via recebe um revestimento primário, o que facilita a vida dos motoristas que trafegam no local, e um sistema de drenagem. “O programa visa garantir não só a conservação das estradas, proporcionando um transporte adequado, mas também um sistema que dê maior qualidade ambiental à região”, diz.

Sorocaba 18 acessos numa extensão de 30 quilômetros, em 13 cidades da região. As rodovias SPA-060/270 e SPA-103/079 terão 17,5 quilômetros pavimentados e sinalizados. O investimento é de R$ 15,9 milhões

Região metropolitana de São Paulo Recuperação de 8 rodovias, numa extensão de 178,6 quilômetros em 8 cidades, com um investimento total de R$ 347,8 milhões. Entre as obras previstas, estão as seguintes recuperações: n n

n

n

n

n

SP-088 (Mogi das Cruzes–Biritiba Mirim–Salesópolis) Rodovia Deputado Antônio Adib Chammas, no trecho entre Ribeirão Pires e Paranapiacaba Rodovia José Simões Louro Júnior, no trecho São Paulo–Embu-Guaçu. Além do trecho que vai de Embu-Guaçu até Santa Rita SP-274, no trecho Itapevi–Amador Bueno, e no trecho Amador Bueno–entroncamento com a SP-270 Na SP-031, que liga São Bernardo–Ribeirão Pires–Suzano, haverá recapeamento de pista e acostamento em 3 lotes, implantação de terceiras faixas e baias de paradas de ônibus Em Itapevi, na SP-274, serão 2 lotes com recuperação dos principais trechos da rodovia

SPnotícias

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capa PROGRAMA DE CONCESSÕES

Investimentos e obras Os 8 milhões de reais previstos no leilão vão possibilitar a duplicação de 369 quilômetros e a construção de 83 passarelas, 290 trevos e 564 quilômetros de faixas adicionais e acostamentos

Raposo Tavares A rodovia abrange as cidades de Presidente Prudente, Marília, Assis e Bauru. Sua extensão é de cerca de 450 quilômetros, além de 390 quilômetros de vicinais. O investimento para esse trecho é de R$ 1,803 bilhão. O consórcio vencedor foi o Invepar OAS, que propôs uma tarifa de R$ 0,090525 por quilômetro

Marechal Rondon Oeste

O Consórcio Triunfo Participações e Investimentos (TPI) ofereceu R$ 0,048560 por quilômetro. A rodovia compreende a área leste da região metropolitana da capital e as regiões do Vale do Paraíba e Alto Tietê. A extensão é de 140 quilômetros e o investimento, de R$ 903 milhões

Dom Pedro I O Consórcio Integração Dom Pedro I, formado pelas empresas Odebrecht Investimentos e Infra-Estrutura e Odebrecht Serviço de Engenharia e Construção, obteve a concessão do corredor que abrange Campinas, Jundiaí, Bragança Paulista, Itatiba, Paulínia, São José dos Campos, Alto Tietê e Vale do Paraíba. O valor proposto foi de R$ 0,101414 . O investimento é R$ 2,41 bilhões

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SPnotícias

Acessos que serão recuperados Obras pontuais em rodovias Áreas de grande circulação

Segundo o diretor da Codasp, a previsão é realizar mais 3 mil quilômetros em 2009 e, provavelmente, repetir esse número em 2010. O programa Pró-Vicinais é executado pelo Departamento de Estradas de Rodagem (DER). São duas fases até agora: a primeira foi entregue em agosto deste ano e a segunda está prevista para ser finalizada em fevereiro de 2009. “Nas duas etapas, o investimento é superior a 1 bilhão de reais”, diz Arce. Ainda não lançadas,

SERI

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Ayrton Senna/Carvalho Pinto

Rodovias que serão recuperadas

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O Consórcio Brasinfra, formado pelas empresas Cibe Rodovias, Ascendi e Leão&Leão, venceu a concorrência oferecendo R$ 0,093774 por quilômetro da rodovia. O corredor Marechal Rondon Leste tem extensão de cerca de 420 quilômetros, e abrange as regiões formadas pelos municípios de Piracicaba, Campinas, Botucatu, Itu e Salto.

Municípios atendidos

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Marechal Rondon Leste

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O Consórcio BR Vias SP foi o vencedor do leilão do trecho Oeste da Rodovia Marechal Rondon. O valor proposto foi de R$ 0,064099 por quilômetro. O corredor Marechal Rondon Oeste tem extensão de aproximadamente 420 quilômetros e receberá investimento de R$ 1,3 bilhão da concessionária vencedora

a terceira e a quarta etapa devem beneficiar mais 7 mil quilômetros. Na realização do programa, as vicinais recebem nova pavimentação e algumas delas ganham sinalização de segurança pela primeira vez. Em muitos casos, estradas que deveriam ser apenas reparadas precisam ser reconstruídas, exigindo também a reforma de drenagens e acostamentos. Segundo o secretário dos Transportes, cerca de 93% do transporte de cargas no Estado é feito exclusiva-

mente pelas rodovias. A recuperação das vicinais também é prioritária nesse sentido. São artérias importantes por onde trafega a produção do interior rumo às estradas estaduais, que, por sua vez, abrem caminho para os portos e centros distribuidores. Para o secretário, o mais importante de todas as ações é a equiparação das estradas do Estado. “Elas precisam estar uniformes e adequadas a cada situação, sejam vicinais ou de acesso para uma cidade”, afirma. o SPnotícias

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FOTO: DIVULGAÇÃO DIVULGAÇÃO FOTO:

Educação digital

Impressão Distribuição

SPnotícias

co co para para aa utilização utilização da da tecnologia tecnologia na na educação educação estadual. estadual. “O “O corpo corpo docente docente pode pode se se atualizar atualizar profissionalmente profissionalmente ee na na linguagem linguagem empregada empregada pela pela nova nova geração, geração, enquanto enquanto os os alunos alunos têm têm aa tecnologia tecnologia como como suporte suporte de de acesso acesso às às informações, informações, construção construção coletiva coletiva de de conhecimento conhecimento ee maior maior possibilidade possibilidade de deacesso acessoao aomercado mercadode detrabalho.” trabalho.” Em Em outubro outubro passado, passado, oo governo governo firmou firmou parceria parceria com com aa Microsoft Microsoft que que garante garante e-mail e-mail gratuito gratuito para para todos todos os os professores professores ee alunos alunos das das escolas escolas esestaduais, taduais, ensino ensino básico básico ee técnicas. técnicas. As As contas contas têm têm capacidade capacidade para para 55 gigagigabytes bytes ee usam usam aa mesma mesma tecnologia tecnologia de de bloqueio bloqueio de de lixo lixo eletrônico eletrônico utilizada utilizada PreMedia & PrePress

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Mais de 5,5 milhões de alunos, professores, diretores, supervisores e dirigentes de ensino serão beneficiados pelos programas de inclusão digital que o governo do Estado está realizando. E-mail grátis para professores e alunos, lan houses dentro das escolas e laptops a juro zero para mais de 80 mil professores. Essas são algumas ações da administração para fazer a inclusão digital. De acordo com a assessora para o Uso de Tecnologia na Educação e gestora da Rede do Saber da Secretaria de Estado da Educação, Maria Alice Pereira, esses programas fazem parte de um planejamento estratégi-

Serviços Editoriais

Alunos recebem treinamento para serem monitores no programa Acessa Escola

R. Dr Rubens Meirelles, 71 - Barra Funda - S�o Paulo - SP - Fone: 3871 7300 - www.voxeditora.com.br

Governo Governo cria cria projetos projetos para para incetivar incetivar oo uso uso de de tecnologia tecnologia na na educação educação

por por serviços serviços como como oo Hotmail. Hotmail. AA ferferramenta ramenta servirá servirá como como um um excelente excelente meio meio de de comunicação comunicação entre entre educadoeducadores reseeestudantes. estudantes. Os Os e-mails e-mails podem podem ser ser criados criados no no site site www.educacao.sp.gov.br www.educacao.sp.gov.br apenas apenas informando informando número número de de registro registro ee dadados dos pessoais. pessoais. Os Os domínios domínios podem podem ser ser @acessaescola.sp.gov.br @acessaescola.sp.gov.br ee @professor. @professor. sp.gov.br sp.gov.brrespectivamente respectivamentepara paraalunos alunos dual, além além ee professores professores da da rede rede esta estadual, de de@etec.sp.gov.br @etec.sp.gov.brou ou@fatec.sp.gov.br @fatec.sp.gov.br para paraooCentro CentroPaula PaulaSouza. Souza. No No caso caso do do programa programa Acessa Acessa EsEscola, cola, oo objetivo objetivo éé promover promover oo funciofuncionamento namentoininterrupto ininterruptodos doslaboratórios laboratórios de deinformática informáticadas das88às às20 20horas. horas.São São verdadeiras verdadeiras lan lan houses houses para para alunos, alunos, funcionários funcionários ee professores. professores. Para Para tratrabalhar balhar nos nos laboratórios laboratórios foram foram contracontratados tados 2,1 2,1 mil mil estudantes estudantes das das próprias próprias escolas escolas da da rede, rede, que que cumprirão cumprirão estáestágio giode dequatro quatrohoras horaspor pordia diacom comremuremuneração neraçãomensal mensalde de340 340reais. reais. Cerca Cerca de de 84 84 mil mil professores professores esestaduais taduais poderão poderão financiar financiar um um laptop laptop com com valor valor abaixo abaixo do do mercado mercado em em até até 24 24 vezes vezes sem sem juros. juros. OO programa programa éé da da Secretaria Secretaria da da Educação, Educação, com com oo apoio apoio das das Secretarias Secretarias da da Fazenda Fazenda ee de de DeDesenvolvimento. senvolvimento. OO objetivo objetivo éé que que oo equipamento equipamento auxilie auxilie os os profissionais profissionais no no desenvolvimento desenvolvimento da da educação educação dos dos estudantes. estudantes. “O “O professor professor poderá poderá prepreparar parar melhor melhor suas suas aulas aulas ee armazenar armazenar dados dadosimportantes”, importantes”,diz dizMaria MariaAlice. Alice. AAsecretaria secretariafechou fechouooacordo acordode defifinanciamento nanciamentocom com aaNossa NossaCaixa Caixaeeininvestirá vestirá ao ao menos menos 15 15 milhões milhões de de reais reais para parasubsidiar subsidiaraacompra comprasem semjuros. juros.OO valor valor das das parcelas parcelas será será descontado descontado dos dos holerites. holerites. OO cadastramento cadastramento dos dos interessados interessadosjá jáfoi foifeito. feito.Uma Umadas dasinsinscritas critas éé aa professora professora de de matemática matemática Marisa Marisa dos dos Santos, Santos, da da Escola Escola EstaEsta-

dual 20 de Agosto, em São Bernardo do Campo. Ela acredita que um laptop em sala de aula será bastante vantajoso. “Poderei levá-lo para onde quiser e acompanhar o desenvolvimento dos alunos de perto”, diz. “Vai ser ótimo para aprimorar meu trabalho.” Segundo Maria Alice Pereira, a expectativa é que apareçam novas formas de aprendizagem. “As aulas se tornarão mais atraentes e com experiências virtuais, como, por exemplo, uma viagem à Grécia Antiga”, diz. Outro projeto que também está se valendo da tecnologia é o da Universidade Virtual do Estado de São Paulo (Univesp). Programada para começar no primeiro trimestre de 2009, a iniciativa prevê especialização para 6,6 mil professores. As aulas são realizadas por meio de portais chamados de “ambientes virtuais de aprendizagem”. Serão disponibilizados materiais educacionais como textos, artigos, animações e simulações, além da transmissão on-line de videoaulas. o

FINANCIAMENTO DE LAPTOPS Estimativa de preço de R$ 1.542. Valor menor do que o praticado pelo mercado num computador com as mesmas configurações (cerca de R$ 1.900). O financiamento poderá ser feito em até 24 parcelas mensais sem juros. Configuração do computador:

s Processador de núcleo duplo de 1,46 GHz s Memória RAM de 2 GB s HD: 160 GB s Rede sem fio para acesso à internet s Gravador de DVD s Tela de 15,4” no formato wide screen SERI

SPinclusão digital

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fotos:ciete silvério

SPjogos abertos do interior

Olimpíada do interior Mais de 11 mil atletas disputaram a 72ª edição, em Piracicaba Muitos atletas brasileiros que participaram dos Jogos Olímpi­ cos de Pequim, em agosto, fo­ ram revelados em uma competição tradicional, realizada anualmente e promovida pelo governo do Estado de São Paulo: os Jogos Abertos do Inte­ rior. Em novembro, Piracicaba sediou a 72ª edição dessa autêntica Olimpía­ da caipira, que contou com a partici­ pação de 11.148 atletas representan­ do 218 cidades. A novidade deste ano foi a implantação da segunda divisão,

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com o intuito de equilibrar a disputa entre as cidades que não têm um ní­ vel técnico tão alto em determinadas modalidades. “Era preciso tornar as disputas mais niveladas”, explica o coordenador de esportes da Secreta­ ria de Esporte, Lazer e Turismo, Nél­ son Gil. Ele dá um exemplo: não seria justo Franca, considerada a capital nacional do basquete masculino, ficar frente a frente no torneio com o time de uma cidade que não tem a menor tradição no esporte.

Na festa de encerramento, São Caetano do Sul sagrou­se a grande campeã. Atualmente, o pequeno mu­ nicípio do ABC paulista está para os Jogos Abertos bertos do Interior como a Chi­ ber na e os Estados Unidos estão para os Jogos Olímpicos. São Caetano é uma potência nos esportes amadores e, pelo quinto ano consecutivo, encabeçou o quadro de medalhas da primeira divisão – com 134 de ouro, 83 de prata e 38 de bronze –, superando a vizinha São

cidades campeãs 1º Santos

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2º Santo André São Caetano do Sul 3º Campinas 4º Guarulhos 5º Uberlândia* 6º Jundiaí Ribeirão Preto São Bernardo do Campo São José dos Campos

12 12 10 6 3 1 1 1 1

* Participou como convidada em algumas edições

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jogos abertos do interior

Cerca de 15 mil visitantes estiveram em Piracicaba durante as competições

Bernardo do Campo e São José dos Campos. Na segunda divisão, Suza­ no destacou-se ao chegar à frente de Guarulhos e Mogi das Cruzes, con­ quistando 43 medalhas de ouro, 21 de prata e dez de bronze. A cerimônia de entrega das meda­ lhas é o momento máximo que cele­ bra os atletas que sobem no pódio, mas nos Jogos Abertos o que define mesmo a classificação é o número de pontos atribuídos aos primeiros colo­ cados. O vencedor de cada modalida­ de ganha 13 pontos, o segundo leva nove e o terceiro, oito. Durante os 11 dias do evento, Pira­ cicaba recebeu aproximadamente 15

mil visitantes, que assistiram a 1.633 eventos de 25 modalidades. Uma das principais razões para o grande públi­ co que compareceu aos ginásios e às arquibancadas do Estádio Barão de Serra Negra foi a presença de atletas olímpicos no evento. A lista dos famosos era extensa: Fofão, medalha de ouro no vôlei fe­ minino em Pequim; Fabiana Murer, do salto com vara; Hugo Hoyama, do tênis de mesa; Natália Falavigna e Márcio Ribeiro, do tae kwon do; Edinanci Silva, do judô; Serginho, do vôlei; e Caio Márcio, da natação. “Embora se situem em um patamar internacional, esses atletas fazem questão de continuar competindo nos Jogos Abertos”, afirma Claury Santos Alves da Silva, secretário de Esporte, Lazer e Turismo. Muitos recordes fo­ ram batidos. No atletismo, 11 tempos acabaram pulverizados nas provas fe­ mininas e oito nas masculinas. O governo do Estado desembol­ sou 2 milhões de reais, e foram gas­

Depois de 11 dias de provas, São Caetano do Sul sagrou-se a grande campeã

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jogos abertos do interior

Famosos, como Flávio Saretta e Hugo Hoyama, se misturam aos atletas anônimos

tos ainda cerca de 600 mil reais com transportes, alojamentos, premiações etc. Além disso, Piracicaba investiu 6 milhões de reais em obras nas insta­ lações das competições. Ao contrário da Olimpíada, que ocorre a cada quatro anos, os Jogos Abertos do Interior são disputados anualmente. Como a próxima Olim­ píada só acon­tecerá em 2012, em Londres, os atletas que sonham em representar o Brasil fazem dos Jogos Abertos um laboratório para melhorar seus índices e se acostumar com o rit­ mo de campeonatos de grande porte. Há muitos circuitos e competições internacionais que ajudam no apri­

Os Jogos servem de laboratório para os menos experientes em grandes competições moramento dos atletas. Mas, segundo Nélson Gil, eles fazem questão de par­ ticipar de um evento tão tradicional quanto os Jogos Aber­tos, pois a chan­ ce de crescer, ou até mesmo conseguir patrocínio, é grande. “A cobertura da imprensa é ampla e a repercussão de vencer se multiplica. Não dá para abrir mão de uma vitrine dessas.” o

Pequim vs. Piracicaba

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Jogos Olímpicos (Pequim)

Jogos Abertos do Interior (Piracicaba)

204 países participantes 11.028 atletas 28 modalidades esportivas 302 eventos 70 mil voluntários

233 cidades participantes 11.148 atletas 25 modalidades esportivas 1.633 eventos 873 dirigentes e juízes

reforma no constâncio vaz guimarÃES Os Jogos Abertos do Interior sempre foram um produtor de atletas de ponta, mas há outro centro de revelação de talentos, que está prestes a passar por uma reforma geral. Trata-se do Conjunto Constâncio Vaz Guimarães, complexo esportivo de 95 mil metros quadrados loca­lizado no bairro do Ibirapuera, na capital. Segundo o secretário estadual de Esporte, Lazer e Turismo, Claury Santos Alves da Silva, a licitação da restauração já está em andamento, com o acompanhamento da Companhia Paulista de Obras do Estado. “As obras deverão começar em fevereiro de 2009, e a estimativa é que custem 30 milhões de reais”, afirma. Todas as instalações ganharão uma faxina geral. Entre as obras previstas, a pista do Estádio Ícaro de Castro Mello, onde acontece o Troféu Brasil de Atletismo, será refeita, as piscinas do Conjunto Aquático Caio Pompeu de Toledo receberão novos azulejos e os ginásios Ge­ raldo José de Almeida e Mauro Pinheiro terão toda a estrutura hidráulica e elétrica completamente renovada. Outra ação da secretaria é a implantação de quatro centros de excelência com o objetivo de forjar

divulgação

novos atletas. Eles funcionarão nas cidades de Piracicaba, Presidente Prudente, Bauru e Bastos, com investimento de 3,6 milhões de reais por ano. “Além do treinamento especializado e total acompanhamento de professores e nutricionistas, os atletas receberão uma ajuda de custo que varia de um a seis salários mínimos”, afirma Alves.

O Conjunto Constâncio Vaz Guimarães: reforma custará R$ 30 milhões

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SPmuseu do futebol

Gol de placa no Pacaembu Com interatividade e tecnologia, Museu do Futebol reconta a história do futebol brasileiro

Ciete Silvério

O museu conta a história das Copas dentro do cenário mundial da época

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“Pelé, Pelé, Pelé.” O som da torcida que lota o Maracanã no filme projetado na parede ecoa na sala escura que abriga parte do acervo do melhor jogador de todos os tempos. São troféus, camisas, bolas, condecorações e outros itens de valor incalculável. Um deles é a placa que Pelé ganhou ao marcar um dos mais belos gols de sua carreira. Em 1961, defendendo o Santos, ele driblou qua­ se todo o time do Fluminense antes de estufar as redes adversárias. A home­ nagem imortalizou a expressão “gol de placa”, que virou sinônimo de um gol espetacular. Em setembro passado, 47 anos depois da proeza do rei do futebol, o Estádio Paulo Machado de Carvalho, conhecido como Pacaembu, também foi palco de um gol de placa, desta vez fora dos campos: a inauguração do Museu do Futebol, construído pelo governo do Estado.

A obra levou um ano e meio para ficar concluída, mobilizou 680 profis­ sionais e consumiu 32,5 milhões de reais – 13 milhões do poder público. A entrada é bem ao lado do portão principal do Pacaembu, mas as 15 salas que compõem o museu estão instaladas sob as arquibancadas do estádio. “O museu é a melhor ini­ ciativa para resgatar a memória do futebol brasileiro e apresentar às pró­ ximas gerações o que nossos craques fizeram”, afirma o secretário de Es­ porte, Lazer e Turismo, Claury Santos Alves da Silva. Ao ingressar nesse santuário fu­ tebolístico, o visitante não se depara apenas com objetos antigos e sem vida. O projeto foi concebido para proporcionar uma interação constan­ te com o público, lançando mão de muita tecnologia. Na sala Anjos Bar­ rocos, além de 25 enormes painéis holográficos com as imagens de gran­

des craques, como Zico, Rivellino, Ronaldo e Nilton Santos, há nove ca­ bines que reproduzem a narração de gols de 15 locutores de rádio, desde os anos 30 até hoje. Basta o torcedor sintonizar no nome escolhido, como se estivesse com um rádio à mão, para ouvir sua performance. Mesmo quem não vai os estádios e desconhece por completo os gritos de guerra das torcidas não fica indiferen­ te na sala batizada de Exaltação. Ali, esqueça as cenas de partidas. As câ­ meras perseguem apenas as reações do torcedor: a angústia de um gol per­ dido, a decepção de uma derrota e a explosão de felicidade quando o time marca um gol. Os recursos tecnoló­ gicos fazem o resto. O som que vem das arquibancadas é estrondoso, e um jogo de espelhos é capaz de colocar lado a lado uma torcida comemorando e outra expressando o desespero de um placar desfavorável. A visita ao Museu do Futebol tam­ bém é uma aula de história. Forrada de retratos, a Sala das Origens passa a limpo o Brasil do século passado, mostrando como era o país no mo­ mento em que o esporte começou a se

desenvolver. Já no espaço reservado às Copas do Mundo, alguns totens re­ lembram o contexto mundial na época da realização do campeonato. Núme­ ros, vídeos, curiosidades e diversão garantida acompanham o visitante a cada passo do percurso. No final, um bônus: por uma porta, vislumbra­se o próprio Estádio do Pacaembu, o ce­ nário de tantas histórias recontadas no memorial. Lá fora, ergue­se a im­ ponência de um museu a céu aberto com quase 70 anos de idade. o

A Sala das Origens mostra como era o Brasil quando o futebol se desenvolveu

Museu do Futebol Praça Charles Miller s/nº (Estádio Paulo Machado de Carvalho) Tel.: (11) 3663-3848 Site: www.museudofutebol.org.br Aberto de terça a domingo, com entrada das 10 às 17 horas (não abre em dias de jogos) Ingresso: R$ 6 (estudantes, aposentados e idosos: R$ 3). Visitação gratuita às quintas-feiras

ReCORdeS dO FuteBOl BRaSileiRO 183.341 pagantes

55 pessoas

é o maior público, no jogo: Brasil 1 x Paraguai 0, em 31/8/1969

é o menor público, na partida Juventude 2 x Portuguesa 1, em 3/12/1997

3,17 segundos

1.816 minutos

é o tempo do gol mais rápido, feito por Fred, então no América Mineiro

é o maior tempo que um goleiro ficou sem tomar gols: Mazarópi, do Vasco

Botafogo 24 x Mangueira 0 é a maior goleada, em 1909

10 é o maior número de gols feitos por um só jogador em uma partida: Dario, do Sport, na goleada de 14 a 0 contra o Santo Amaro, em 1976

Seri

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FOTOS:DIvUlgAÇÃO

O governo do Estado deixa uma marca inédita na Grande São Paulo ao expandir para essa região metropolitana benefícios antes limitados à capital e cidades do interior. Ao todo, são 38 municípios – sem contar a capital – e 19,7 milhões de habitantes, o que significa que aproximadamente um em cada dez brasileiros mora no local. Com essa população, trata-se da maior aglomeração da América do Sul e uma das cinco maiores do mundo. Tal grandiosidade inspira diferentes desafios, que resultam em ações e investimentos em todas as áreas. É o caso, por exemplo, da forte expansão do Centro Paula Souza na RMSP. Desde 2007, foram instaladas dez unidades, entre Faculdades de Tecnologia (Fatecs) e Escolas Técnicas (Etecs). O mesmo acontece com a CPTM. O programa de modernização das linhas de trem atende, principalmente, a população do entorno da capital.

O grande pólo

As 38 cidades do entorno da capital recebem investimentos recorde em ensino, saneamento, saúde e transporte

Região metropolitana de São Paulio Municípios População (2007 (2007) PIB (2005) PIB per capita (2005)

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Estado

(%)

39

645

6,04

19,7 milhões

41,3 milhões

46,5

R$ 416 bilhões

R$ 727 bilhões

57,3

R$ 21.921

R$ 17.978

FONTE: FUNDAÇÃO SEADE

CaRaCtERíStiCaS da REgiãO

Melhorar as condições de vida na RMSP significa falar de saúde. E o governo do Estado vem atuando nessa direção. Entregou o novo Hospital de Ferraz de Vasconcelos em 2007, tomou para si a administração do de Cotia e agora está construindo o HC de Franco da Rocha, que substituirá a unidade que funciona no Complexo do Juquery. O novo prédio terá cinco pavimentos e 174 leitos, totalizando investimentos de 37,6 milhões de reais. Ainda na saúde, há três Ambulatórios Médicos de Especialidades (AMEs) previstos para a RMSP em 2009. Outro investimento importante são as obras de urbanização e saneamento. Um dos destaques é o Programa de Recuperação de Mananciais. Cerca de 1,2 bilhão de reais serão destinados para obras de urbanização, saneamento e recuperação ambiental (contenção, drenagem, rede de esgoto, rede de água, parques, sistema viário e recuperação de áreas degradadas

Francisco Morato Santa Isabel Franco da Rocha Mairiporã Pirapora do Cajamar Bom Jesus Arujá Caieiras Guarulhos Santana de Parnaíba Itaquaquecetuba Barueri São Paulo Guararema Jandira Poá Osasco Suzano Itapevi Salesópolis Carapicuíba São Caetano Ferraz de do Sul Vasconcelos Vargem Grande Mogi das Biritiba-Mirim Santo André Embu Taboão Cruzes Paulista da Serra Mauá Cotia Ribeirão Pires Diadema Itapecerica Rio Grande da Serra da Serra São Bernardo do Campo São Lourenço da Serra Embu-Guaçu Juquitiba

SERI

SPregião metropolitana

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região metropolitana plantação de mais seis Etecs – em Barueri, Embu, Francisco Morato, Mauá, Osasco e Poá – e três Fatecs, em Barueri, Diadema e Osasco. “É fundamental para uma região como a metropolitana de São Paulo, que concentra importantes complexos industriais, comerciais e financeiros, o investimento que o governo do Estado faz na educação profissional pública de qualidade”, conclui a diretora.

Saúde

bruno miranda

Hoje existem 47 Fatecs no Estado, e a meta é chegar a 52 até 2010

nas bacias Billings, Guarapiranga, Alto Tietê-Cabeceiras, Cantareira e Cotia. Os reservatórios abrangem os municípios de Santo André, São Bernardo, Diadema, Rio Grande da Serra, Ribeirão Pires, Caieiras, Franco da Rocha, Su­zano, Mogi da Cruzes, Mairiporã e Biritiba-Mirim.

Ensino profissionalizante

O Centro Paula Souza tem papel de destaque entre as estratégias do governo de São Paulo para promover o desenvolvimento econômico das regiões do Estado. Administradora da maior rede estadual de ensino profissional do país, a instituição é responsável pela formação de mais de 150 mil estudantes nas 151 Etecs e nas 47 Fatecs estaduais distribuídas pelo Estado de São Paulo. Atualmente, a RMSP, excluindo a capital, conta com 22 unidades, sendo 14 Etecs e oito Fatecs. Desde 2007, foram implantadas na região dez unidades, entre Etecs e

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Fatecs. Ganharam Etecs as cidades de Diadema, Ferraz de Vasconcelos, Cajamar, Santana de Parnaíba e Suzano. Já Guarulhos, Itaquaquecetuba, Santo André, São Caetano do Sul e Mogi das Cruzes receberam novos câmpus de Fatecs. O governo do Estado realiza o maior investimento da história da instituição, cuja meta, até 2010, é chegar a 52 Fatecs e garantir 100 mil novas matrículas em Etecs. “Além de apoiar o crescimento econômico de setores produtivos, o plano de expansão vem ampliando os horizontes dos estudan­ tes, aumentando suas chan­ces de in­gressar no mercado de trabalho”, explica a professora Laura Laganá, diretora-superintendente do Centro Paula Souza. “Prova disso são os índices de empregabilidade, que mostram que 77% dos ex-alunos de Etecs e 93% de Fatecs estão empregados um ano após formados.” Para a região, o plano prevê a im-

Em outubro de 2007, o antigo Hospital Dr. Odair Pedroso, já sob o comando do Estado, passou a se chamar Hospital Regional de Cotia. A unidade virou referência de alta complexidade para toda a região oeste da Grande São Paulo. Quando o Estado assumiu a unidade, ela estava com 80 leitos de internação. Hoje são 105. Nos três primeiros meses, o governo liberou, além dos 33 milhões de reais para o custeio da unidade, cerca de 2 milhões para atualização e aquisição de equipamentos de assistência e informatização). A UTI, que funcionava junto ao PS, foi transferida para uma ala adequada e recebeu o serviço de tomografia computadorizada. Já a UTI para adultos será ampliada de cinco para dez leitos e sua inauguração está prevista para o início de 2009. O governo está construindo o HC de Franco da Rocha, sucessor da unidade em que funciona atualmente, no Complexo do Juquery. O hospital oferecerá serviços especializados antes inexistentes numa região de mais de 500 mil habitantes. Com investimento de 37,6 milhões de reais, o HC deve ficar pronto no começo de 2010. Após a remodelação, o hospi-

Na área da saúde, o Hospital Regional de Cotia passará de 80 para 105 leitos de internação tal passará a ter 220 leitos de UTI. O pronto-socorro, que hoje faz 5 mil atendimentos mensais, e o ambulatório, que atende 6 mil pacientes, terão capacidade para atender até 10 e 12 mil pessoas, respectivamente. Ainda na saúde, há três Ambulatórios Médicos de Especialidades, entre previstos e em funcionamento. O de Mogi das Cruzes está em fase de licitação para reforma do prédio dentro do Centro Arnaldo Pezzuti Cavalcanti e contará com 24 especialidades. Terá capacidade para oferecer 15,5 mil consultas/mês e realizar 32 mil exames. A previsão é de que comece a funcionar no final de 2009. Já o de Carapicuíba está em operação desde setembro passado e realiza, em média, 13,3 mil consultas em 24 especialidades. O investimento foi de 3,1 milhões de reais. O Estado ainda estuda a implantação de outros dois AMEs em cidades da região.

Habitação

A região metropolitana apresenta características de ocupação territorial pe­culiares, com processo de urbanização intenso, incidência de favelas e assentamentos precários e ocupações de áreas de proteção ambiental e de mananciais, como Billings e Guarapiranga. Por isso, a atuação da Secretaria da Habitação/CDHU concentra-se em iniciativas diversificadas, como as ações de urbanização de favelas e asSPnotícias

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região metropolitana sentamentos e remoção de famílias de áreas de risco. Essas iniciativas demandam a produção de unidades habitacionais destinadas ao reassentamento das famílias. O Programa de Urbanização de Favelas e Assentamentos Precários consiste em intervenções em São Bernardo do Campo (DER e Vila Ferreira), em Santo André (Jardim Santo André) e Guarulhos (Pimentas). Já o Projeto de Reassentamento Habitacional envolve a provisão de unidades habitacionais para apoio às ações de desfavelamento, remoção de áreas de risco, remoção por obras de infra-estrutura como o Rodoanel Trecho Sul e Programa Mananciais – Billings/Guarapiranga. Para o Rodoanel, foram destinadas 510 unidades para atendimento às famílias afetadas pelas obras do Trecho Sul. Hoje o governo vem construindo 6.557 unidades na região, um investimento de 255 milhões de ­reais. Entre o final de 2008 e 2011, estão programadas 26.080 unidades, cujo investimento total é de aproximadamente 959 milhões de reais. O governo está investindo R$ 255 milhões nas obras de unidades habitacionais

OS números na área do trabalho Banco do Povo Paulista: 2.692 contratos e R$ 8,9 milhões emprestados Frente de Trabalho: 6.247 bolsistas atendidos na região metropolitana de São Paulo Padef (qualificação profissional da pessoa com deficiência): 700 pessoas com deficiência colocadas no mercado de trabalho Sutaco (atendimento aos artesãos paulistas): 6 mil artesãos cadastrados

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Saneamento

O Departamento de Águas e Energia Elétrica construiu nos últimos dez anos 24 piscinões, totalizando 205 milhões de reais. Destes, quatro foram entregues na atual gestão: Oratório, na divisa de Santo André e São Paulo; Ford Taboão, em São Bernardo; Rochdale, em Osasco; e Bonança, também em Osasco. Juntos, eles somam investimentos de 38,3 milhões de reais. Outros quatro piscinões estão em andamento: Taboão e Ford Fábrica, em São Bernardo do Campo; Sharp, em São Paulo; e Anhangüera, também na capital. Nesses quatro o governo está investindo 49,7 milhões de reais. Ainda em processo de licitação, o Piscinão Jaboticabal fica na divisa da capital com São Caetano. Em agosto do ano passado, o governo do Estado, por meio da Secretaria de Saneamento e Energia e do DAEE, assinou com os municípios do Consórcio Intermunicipal do ABC um Acordo de Cooperação e Parceria para limpeza dos

18 piscinões da região. Serão removidos 350 mil metros cúbicos de detritos, um investimento de 6,6 milhões de reais. Os reservatórios são o principal instrumento de contenção das cheias, porém outros trabalhos são necessários, como canalização e limpeza de córregos, recuperação de pontes e limpeza das margens. Essas ações somam outros 14,3 milhões de reais. Numa iniciativa histórica, o governo do Estado, por meio da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), vai assinar contrato para interceptação e tratamento de até 500 litros/segundo dos esgotos de Guarulhos, cidade que nunca tratou seu esgoto. O contrato, no valor estimado em 58 milhões de reais, beneficiará diretamente o Projeto Tietê, programa de saneamento ambiental que tem por objetivo coletar e tratar, antes de serem despejados no rio, os esgotos de cerca de 18 milhões de pessoas da RMSP.

Proteção aos mananciais

A RMSP apresenta uma desproporção entre seus recursos hídricos e as demandas de uma aglomeração urbana que chega a 20 milhões de pessoas. Esse conflito levou à elaboração de um programa que tem como prioridade as bacias Guarapiranga e Billings. É o Programa de Recuperação de Mananciais, que totaliza 1,22 bilhão de reais de investimentos do governo do Estado em parceria com municípios da região e com o governo federal. Os recursos serão destinados para obras de urbanização e infra-estrutura dos mananciais como contenção, drenagem, rede de esgoto, rede de água e pavimentação. As áreas de intervenção são as bacias que produzem água para a RMSP. Além de Guarapiranga e Billings, também há aplicação de recursos nas áreas do Alto Tietê-Cabeceiras, Cantareira e Baixo Cotia.

Alto Tietê

O Alto Tietê foi contemplado pelos principais programas do governo. Destacam-se a Estação

O Programa de Recuperação de Mananciais totaliza investimentos de R$ 1,22 bilhão do governo poupatempo A região metropolitana tem três postos fixos e três unidades móveis Osasco (inaugurado em julho de 2008) Área: 5.000 m² Endereço: Rua Hilário Pereira de Souza, 664, Vila Iara n São 10 órgãos que prestam mais de 250 serviços. Já realizou 126,6 mil atendimentos Guarulhos Área: 7.082 m² Endereço: Rua José Campanella, 189, bairro Macedo n São 15 diferentes órgãos que prestam mais de 250 serviços. Já prestou 11,1 milhões de atendimentos São Bernardo do Campo Área: 8.181 m² Endereço: Rua Nicolau Filizola, 100, Centro n São 15 diferentes órgãos estaduais e 9 municipais que prestam mais de 250 serviços. Já realizou 26,7 milhões de atendimentos Unidade Móvel 1 Capacidade: 800 atendimentos diários n Já prestou 670,9 mil atendimentos Unidade Móvel 2 Capacidade: 800 atendimentos diários n Já prestou 326,6 mil atendimentos Unidade Móvel 3 Capacidade: 800 atendimentos diários n Já prestou 404,8 mil atendimentos

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região metropolitana CPTM

Em 2010, o Expresso Aeroporto ligará a região central da capital ao Terminal Internacional de Guarulhos

Linha 7 - Rubi (antiga Linha A) Trajeto: regiões central e noroeste de São Paulo e os municípios de Franco da Rocha, Francisco Morato, Campo Limpo Paulista, Várzea Paulista e Jundiaí Ações: estão previstas intervenções em energia, rede aérea, via permanente, sinalização e telecomunicações, visando à modernização da linha e expansão da oferta de lugares. Serão 9 estações moder­nizadas ou reconstruídas. Para expansão da oferta prevê-se a aquisição de 20 trens e a recuperação e modernização de parte da frota existente Resultados: de 347 mil para 436 mil (usuários/dia útil) Tempo de viagem: 78 minutos Oferta de lugares: de 12 mil para 30 mil Intervalo entre trens: de 10 para 4 minutos Linha 8 - Diamante (antiga Linha B) Trajeto: regiões central e oeste de São Paulo e os municípios de Osasco, Carapicuíba, Barueri, Jandira e Itapevi Ações: modernização do trecho Barra Funda-Itapevi com intervenções em energia elétrica, sinalização e telecomunicações (redução do intervalo). Serão 288 vagões, que formam 36 composições, sendo 12 reformadas e 24 totalmente novas. Oito estações serão modernizadas obedecendo a novos padrões funcionais e serão adaptadas às exigências de acessibilidade Resultados: de 334 mil para 422 mil (usuários/dia útil) Oferta de lugares: de 20 mil para 34 mil Intervalo entre trens no horário de pico: de 9 para 5 minutos Linha 9 - Esmeralda (antiga Linha C) Trajeto: regiões oeste, centro-sul e sul de São Paulo e o município de Osasco Ações: a linha tem 24 km de extensão e 15 estações. Será a primeira a se transformar em metrô de superfície Velocidade dos trens: dos atuais 36 quilômetros por hora de média para 50 quilômetros por hora Usuários/dia útil: de 129 mil para 430 mil Oferta de lugares: de 7 mil para 15 mil Intervalo entre trens: de 7 para 3 minutos

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lhos. O Trecho Oeste do Rodoanel, em operação desde 2002, passa por cidades como Embu, Cotia, Barueri, Carapicuíba, Osasco e Santana de Parnaíba. Juntos, os três trechos vão desafogar o trânsito das cidades da região e facilitar o escoamento da produção.

Transportes

Guarapiranga: reurbanização e infra-estrutura

de Tratamento de Esgotos (ETE) de Guararema, que recebeu 18,5 milhões de reais, e a reforma e ampliação do Hospital Regional de Ferraz de Vasconcelos, um investimento de 49 milhões de reais. Na área de transportes, o governo está aplicando 53,4 milhões de reais na recuperação de 55 quilômetros de estradas vicinais. O ensino profissionalizante não passou incólume. Desde 2007, a região ganhou três Etecs e três Fatecs, que oferecem 15 cursos em diferentes áreas.

O ABC e o Rodoanel

O Trecho Sul do Rodoanel, maior obra viária em andamento hoje no país, tem impacto direto na vida de boa parte da população do ABC paulista. Cerca de 50% das obras estão concluídas. O novo trecho passará por Itapecerica da Serra, Embu, São Bernardo, Santo André e Mauá. Já o Leste, em fase de obtenção de licenças ambientais, cortará os municípios de Ribeirão Pires, Suzano, Poá, Mauá, Itaquaquecetuba e Guaru-

O Expresso Aeroporto ligará a região central da capital ao Terminal Internacional de Guarulhos. Com início da operação previsto para 2010, o expresso aproveitará parcialmente a faixa ferroviária da Linha 12 da CPTM e terá 28 quilômetros e duas estações terminais: uma que será construída entre as Estações Luz e Júlio Prestes e a outra no Aeroporto de Cumbica. O tempo de viagem entre São Paulo e Cumbica será reduzido para 20 minutos. O Trem de Guarulhos, via compartilhada, terá uma extensão de 19 quilômetros e três estações: Brás, Engenheiro Goulart e Zezinho Magalhães, em Guarulhos. As duas linhas da CPTM que atendem à região oeste da Grande SP são alvo de investimentos de 1,7 bilhão de reais. São elas a Linha 8-Diamante e a Linha 9-Esmeralda, que chega até Osasco. A primeira terá sua frota de trens inteiramente renovada: 24 trens serão comprados e 12 reformados, enquanto a Linha 9-Esmeralda já ganhou quatro novas estações e passou de 24 quilômetros de extensão para 32. Mogi das Cruzes e Suzano serão ligadas pelo Metrô Leve, um tipo de transporte que pode transportar cerca de 15 mil passagei­ ros por hora por sentido. O projeto também faz parte do Plano de Expansão da Secretaria dos Transportes Metropolitanos, que está investindo mais de 17 bilhões de reais. o

CPTM Linha 10 - Turquesa (antiga Linha D) Trajeto: regiões central e sudeste de São Paulo e os municípios de São Caetano, Santo André, Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra Ações: implantação de 25 km de trem expresso entre Mauá e o centro de São Paulo, com a construção de terceira via entre as Estações Mauá e Santo André. Complementação do trem expresso entre Mauá e Brás, com a construção da quarta via. Doze estações serão reconstruídas Resultados: de 260 mil para 500 mil (usuários/dia útil, nos dois sentidos) Redução do tempo de percurso entre Brás e Mauá: dos atuais 46 minutos para 23 minutos Intervalo entre trens na Linha D: de 10 para 6 minutos Intervalo entre trens no Expresso Leste: 8 minutos Linha 11 - Coral (antiga Linha E) Trajeto: regiões central e leste de São Paulo e Ferraz de Vasconcelos, Poá, Suzano e Mogi das Cruzes Ações: prolongamento do Expresso Leste por 13 km até Suzano, com implantação de vias entre Calmon Viana e Suzano e a aquisição de 10 trens. Modernização das estações, ade­quações viárias em seus entornos e garantia de acessibilidade Resultados: de 272 mil para 308 mil usuários/dia útil no Expresso Leste e de 100 mil para 192 mil na Linha E Oferta de lugares: de 16 mil para 24 mil no Expresso Leste Oferta de lugares: de 10 mil para 13,5 mil na Linha E Intervalo entre trens no Expresso Leste: de 7 para 5 minutos Intervalo de trens na Linha E: de 11 para 8 minutos Linha 12 - Safira (antiga Linha F) Trajeto: regiões central e leste de São Paulo e os municípios de Ferraz de Vasconcelos, Poá e Suzano Ações: expansão de 2,7 km até Suzano, com a cons­ trução de 3 estações intermediárias (USP Leste, Jardim Helena e Jardim Romano); reconstrução de outras 2 estações (Comendador Ermelino e Itaim Paulista); incorporação de 20 trens Resultados: de 137 mil para 233 mil usuários/dia útil Oferta de lugares: de 10 mil para 30 mil Intervalo entre trens: de 11 para 4 minutos

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fotos: filipi redondo

SPbastidores

Está na hora da merenda

Governo alimenta 1,1 milhão de estudantes diariamente. Por ano, são cerca de 240 milhões de refeições e 30 milhões de quilos de alimentos

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As merendeiras em ação nas escolas estaduais: elas servem 1,1 milhão de alunos todos os dias nas escolas

Os números da merenda servida na rede estadual de ensino impressionam pelo gigantismo. Por ano, são consumidos 2 milhões de quilos de carne bovina, 1,8 milhão de quilos de macarrão, 1,4 milhão de quilos de feijão e 700 mil quilos de arroz. É uma provisão de 30 milhões de quilos, suficiente para alimentar, diariamente, um batalhão de 1,1 milhão de crianças do ensino fundamental de 1,7 mil escolas. Ao todo, o governo do Estado atende a 22 cidades paulistas, locais onde a merenda não está a cargo de suas prefeituras. Isso corresponde a 42% dos alunos do ensino fundamental, que fazem 1,2 milhão de refeições por dia, ou 240 milhões por ano. Não é difícil concluir que o governo do Estado compre mais do que as redes de hipermercados. Todos os anos, são 100 milhões de reais investidos na merenda, além do repasse de 0,12 real por aluno/dia destinado à compra de produtos perecíveis para as escolas que têm merenda centralizada. Portanto, são 30 milhões de reais anuais repassados àquelas escolas que recebem, diretamente, produtos para o preparo de suas merendas. Há ainda o repasse de 72 milhões de reais aos municípios cuja merenda das escolas estaduais é descentralizada. São estabelecimentos que não recebem alimentos, e sim uma verba por aluno/dia: 0,22 real. Na ponta do lápis – ou do garfo –, o governo investe 200 milhões/ano de reais na merenda da rede de ensino estadual.

Até a mesa

Até chegar aos pratos das crianças, esses milhares de toneladas de alimentos percorrem um longo camiSPnotícias

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bastidores

Os alimentos ficam estocados em cinco galpões de 1,5 mil metros quadrados cada nho. Tudo começa com a elaboração do cardápio dos produtos não perecíveis, feita por nutricionistas do Departamento de Suprimento Escolar (DSE), da Secretaria da Educação. Como as crianças em idade escolar têm necessidades especiais de consumo de nutrientes, cada alimento do cardápio das escolas é pensado a partir de sua composição nutricional. O Estado não compra o produto acabado, mas elabora uma ficha técnica com a descrição da composição de cada alimento a ser licitado, gerando assim um novo produto, desenvolvido especialmente para suprir as necessidades de cada aluno. O fornecedor que ganha o processo licitatório de determinado gênero deve adotar as porcentagens de nutrientes como minerais, vitaminas, proteínas e fibras definidas pelos nutricionistas e descritas nas fichas técnicas. Em alguns casos, as empresas desenvolvem produtos, segundo as especificações exigidas pelo DSE. Por isso, biscoitos, sucos, gelatinas, geléias e pães consumidos pelos alunos são mais saudáveis e nutritivamente equilibrados do que os produtos vendidos nos supermercados. Os cardápios elaborados atendem, no mínimo, a 15% das recomendações diárias de nutrientes para a faixa etária de 7 a 14 anos nas escolas regulares e 50% nas escolas de período integral. Além do repasse dos

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alimentos não perecíveis, o governo envia às escolas estaduais 0,12 real por aluno para a compra de produtos perecíveis como frutas, verduras e legumes, garantindo alimentos frescos. Depois de desenvolvidos e licitados por meio de pregões presenciais, os produtos passam por exames bromatológicos, que atestam sua conformidade em relação às especificações exigidas no edital. Os testes são realizados por laboratórios credenciados de todo o país. Em caso de dúvida a respeito do resultado das análises, a secretaria pode requisitar uma contraprova. Uma vez considerados aptos, os alimentos ainda têm de passar por outra prova de fogo: o teste de aceitabilidade, feito por cem alunos de três escolas diferentes. A tarefa não é nada fácil. Para fazer parte do car-

Antes de chegar às cozinhas, os alimentos passam por exames que atestam sua qualidade SPnotícias

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bastidores

Depois de escolhida, a a merenda passa pelo último crivo, que é o paladar das crianças

Salsicha saudável Adorada pelas crianças e odiada pelos especialistas. Entre os vários alimentos que fazem parte da merenda oferecida aos estudantes da rede estadual, a salsicha divide opiniões. Mas os dois lados podem ficar tranqüilos. O primeiro porque a salsicha é e continuará sendo servida, quinzenalmente, na merenda. O segundo porque a salsicha oferecida às crianças tem 50% menos de gordura e sal quando comparada com as tradicionais. A Secretaria da Educação ainda oferece a salsicha de peru, que também apresenta menor teor de gordura e sal, além de conter maior concentração de minerais, co­mo o cálcio.

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dápio, o produto deve ter a aprovação de, no mínimo, 85% dos estudantes. Com o sinal verde, o DSE dá início a compra dos produtos.

O estoque

Antes de chegarem à despensa das escolas e ao fogão das preparadoras de merenda, os alimentos são estocados em cinco enormes galpões de 1,5 mil metros quadrados cada. Ou seja, nada menos que 7,5 mil metros quadrados por 9 metros de altura de alimentos que serão transportados da capital para o interior. Toda a distribuição é feita por uma empresa contratada – também por licitação –, que ainda tem como

deveres a administração e organização do almoxarifado. “Tudo deve ser muito bem planejado e organizado, da aquisição ao carregamento dos caminhões. Caso contrário, você terá uma sub ou uma supra-oferta de produtos nas escolas”, explica o diretor do DSE, Orlando Gerola. O envio dos gêneros às escolas, assim como sua compra, é feito a cada dois meses e dura, aproximadamente, seis semanas. “O almoxarifado não pára nunca. Os produtos entram e saem o tempo todo. A logística de distribuição dos alimentos é de alta complexidade”, afirma o diretor. Graças à eficiência e ao sucesso do processo de desenvolvimento nutricional e logístico, o DSE tem reconhecimento nacional pela sua excelência. “A empresa que fornece alimentos para a merenda da rede de ensino pública do Estado de São Paulo usa isso no seu portfólio, porque o país todo sabe que somos uma referência nacional”, revela Gerola. Recebidos e devidamente estoca­ dos nas escolas, os alimentos vão do estoque di­reto para a cozinha. Com tudo em mãos, as funcionárias podem, enfim, se dedicar ao preparo das receitas propostas pelas nutricionistas do DSE. E, finalmente, a comida chega aos pratos das crianças. “Sem dúvida, esse é o momento mais esperado do dia”, conclui Julia Paluri, diretora da Escola Pedro Voss. o

Prato cheio Todos os anos, 1,1 milhão de alunos da rede estadual consomem: 2 milhões de quilos de carne bovina 1,8 milhão de quilos de macarrão 1,4 milhão de quilos de feijão 700 mil quilos de arroz 845 mil quilos de frango 430 quilos de seleta de legumes 697 mil quilos de salsicha 1,2 milhão de quilos de molho de tomate 761 mil quilos de nuggets 89 mil quilos de barras de cereal

A estrutura das cozinhas das escolas para atender a criançada 28 mil abridores de lata 35 mil aventais 750 mil canecas de plástico 600 mil facas de plástico 900 refrigeradores dúplex 700 fogões industriais

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foto: bruno miranda

SPpersonagem do mês “Não escolheria outra coisa para minha vida. Tenho muito prazer no que faço”

Um passo contra o preconceito Nascido numa comunidade ribeirinha do Pará, Ed Louzardo percorreu um longo caminho até se tornar bailarino profissional em São Paulo

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Para a maioria dos artistas, a tensão que surge minutos antes do início do espetáculo sempre é grande. Afinal, são meses de ensaios que podem ir por água abaixo por causa de uma desconcentração. Com o bailarino da São Paulo Companhia de Dança Ed Louzardo, de 23 anos, é um pouco diferente. Quando as cortinas estão prestes a se abrir, a tensão dá lugar a outro sentimento: o alívio. Afinal, mesmo antes de qualquer apresentação, ele sabe que seu trabalho já está cumprido. A dura rotina de oito horas de ensaios diários não é nada comparada aos últimos 12 anos da sua vida. Simpático, nos bastidores ele esbanja sorrisos dignos de quem venceu na vida. Nascido numa comunidade ribeirinha próxima à cidade de Belém, no Pará, esse filho de pescador teve uma infância difícil. “Minha mãe vendia bombons para ajudar no orçamento familiar”, afirma. Seu futuro começou a ser escrito quando um projeto social chegou à sua comunidade. O programa oferecia oficinas gratuitas para as crianças, com atividades ligadas à cultura, esportes e dança. “Minhas irmãs se inscreveram no programa de balé e resolvi acompanhá-las por precaução”, diz. Louzardo acabou se envolvendo mais no grupo de dança do que suas irmãs. “Os professores acharam que eu tinha flexibilidade e me incentivaram.” No fim das contas, suas irmãs desistiram e só ele continuou.

Movimento difícil

Não é fácil para um menino humilde do Norte do país seguir a carreira de bailarino. Além das dificuldades financeiras, ele precisou enfrentar o

preconceito, que começou dentro de casa. No início, o pai foi contra sua opção. “Ele nunca falou diretamente comigo sobre isso”, diz. “Mas eu sabia que ele comentava com minha mãe coisas do tipo: ‘Filho meu fazendo balé, como é que pode?’.” Para vencer isso, a dedicação precisou ser redobrada. Louzardo dividia seu tempo entre as aulas de balé, a escola e a barraquinha de bombons da mãe. Na escola, as provocações dos colegas também atrapalharam. “Era diferente um menino fazendo balé, mas eu tentava ignorar as brincadeiras”, relembra. Já a mudança de comportamento do pai só ocorreu quando viu que o filho estava ingressando em algo realmente sério. “Aos 15, eu já dava aulas de dança e conseguia ajudar financeiramente em casa”, diz. Superar os preconceitos ficou fácil a partir do momento em que vieram as consagrações. Depois de pouco tempo no projeto, ele recebeu uma bolsa para estudar numa escola de dança local. “Comecei a viajar para outros lugares, como Rio de Janeiro e Joinville, e ganhei vários prêmios”, orgulha-se. O convite para trabalhar profissionalmente com a dança em São Paulo veio aos 18 anos. Atualmente, sua maior felicidade é compor o grupo de bailarinos da São Paulo Companhia de Dança. “É um privilégio estar aqui”, diz. Louzardo é um dos 40 bailarinos contratados pelo grupo, criado em janeiro de 2008 pelo governo do Estado. A satisfação de Louzardo pela dança é nítida em cada frase. “Não escolheria outra coisa para minha vida, tenho muito prazer no que faço. Se não fosse o projeto social, eu entraria na dança de outra forma”, acredita. o

Na outra página, Louzardo ensaia movimento. Dedicação ainda tem de ser grande

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SPo estado em números Centro Paula Souza

Acessa SP

Escolas Técnicas (Etecs) Ensino técnico

Faculdades de Tecnologia (Fatecs)

Ensino médio

Ensino superior tecnológico

41.192 41.192 41.192 41.192

Número de unidades 47 47 4747 47 47 4747

1,5 milhão

de usuários cadastrados

29.037 29.037 29.037 29.037

computadores espalhados pelo Estado 7.715 7.715 7.715 7.155 7.155 7.155 7.1557.715

7.961 7.961 7.961 7.961

423

4.170 4.170 4.170 4.170

postos em 365 municípios Vagas Vagas para o 2º para o 1º semestre semestre de 2008 de 2009

Vagas em 2008

Vagas em 2007

Poupatempo

Estradas Rurais

2.002 km

Atendimentos entre janeiro e outubro 23.498.170

Vagas Vagas para o 1º para o 2º semestre semestre de 2007 de 2008

Vagas para o 1º semestre de 2009

23.594.515

26.559

Novas unidades da CDHU desde jan/2007

2008

Nota fiscal Paulista

410.327

estabelecimentos

de cupons registrados

Beneficiados em jul/08

7.360.345 pessoa jurídicas + pessoa físicas

Hospitais Estaduais 2006 621.682

Internações Atendimentos laboratoriais

181.812.687

2007 671.386 225.468.354

347.816.127

é o valor total distribuído

Educação Escolas

Obras novas Reforma de escolas

Valor investido (R$) Novas salas de aula Valor investido (R$)

desde 2007 58 87,41 milhões 578 452,747 milhões

*Em reformas, incluem-se reformas em geral, de pequeno porte, pintura, ampliação, adequação e substituição

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2009

2,13 bilhões

Habitação

2007

2008

Lei seca

recuperados pelo “Melhor Caminho” desde jan/2007

21.306.541

2006

2007

Vagas para o 1º semestre de 2009

1

bafômetro para cada

100

km de rodovia

79

bafômetros para a Polícia Rodoviária

51

bafômetros para a Polícia Militar Queda de

55%

nos atendimentos nos hospitais da capital

Novos bafômetros para 2008

64 até 2010

Projeto Tietê 1ª Fase (1992 a 1998) Investimento de US$ 1,1 bilhão

Metas: n Aumento da coleta de esgoto na região metropolitana de São Paulo de 70% para 80% n Aumento do tratamento de esgoto na região metropolitana de São Paulo de 24% para 62% Obras ETE São Miguel n ETE ABC n ETE Parque Novo Mundo n 1,5 quilômetro de redes coletoras n 315 quilômetros de coletores-tronco n 37 quilômetros de interceptores n 250 mil ligações domiciliares n

2ª fase (2002 a 2008) – em andamento

Investimento de US$ 400 milhões

298

(US$ 200 milhões financiados pelo BID e US$ 200 milhões com recursos da Sabesp)

102

Metas: n Aumento da coleta de esgoto na região metropoli-

para o interior para a capital

110.688

pessoas convocadas desde janeiro de 2007

A meta é atingir

3.810

29 29 2929 16.603 16.603 16.603 16.603 13.288 13.288 13.288 13.288

Vagas em 2007

34

novas unidades desde 2007

Mais de

33.987 33.987 33.987 33.987

Frente de trabalho

Fundação casa

tana de São Paulo de 80% para 84% n Aumento do tratamento de esgoto na região metropolitana de São Paulo de 62% para 70% Obras 36 quilômetros de interceptores n 110 quilômetros de coletores-tronco n 1,2 mil quilômetros de redes coletoras n 290 mil ligações domiciliares de esgotos n

3ª fase (2009 a 2015) Investimento de US$ 800 milhões

Metas: n Aumento da coleta de esgoto na região metropolitana de São Paulo de 84% para 88% n Aumento do tratamento de esgoto na região metropolitana de São Paulo de 70% para 80% Obras Construção de novas ETEs (Francisco Morato, Franco da Rocha e Caieiras)

n

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SPagenda O que foi notícia

PEDALADA SAUDÁVEL Agora, os moradores de São Paulo têm mais opções de locomoção e lazer. Foi inaugurado o MetroCiclista, programa de empréstimo de bicicletas em postos instalados em estações do Metrô. Com essa iniciativa, é possível tomar emprestadas bicicletas gratuitamente pelo período de uma hora. Terminado o tempo, serão cobrados do usuário 2 reais por hora. Além disso, o Metrô liberou o transporte de bicicletas dentro dos vagões e abriu a ciclovia “Caminho Verde”, que se estende paralelamente por boa parte da Linha-3 Vermelha. Isso permitirá embarcar em vagões de metrô e trens com as bicicletas e também guardá-las em bicicletários seguros dentro das próprias estações.

MAIS TEMPO NA PRAIA

TEMPORADA DA OSESP

Cerca de 1,7 milhão de pessoas de nove cidades da Baixada Santista já contam com as informações e todos os serviços públicos do Poupatempo. Instalado em Santos em outubro, o posto atende às cidades de Bertioga, Cubatão, Guarujá, Itanhaém, Mongaguá, Peruíbe, Praia Grande e São Vicente. A capacidade é para 5,5 mil atendimentos por dia. O posto está instalado no centro do município, numa área de 4,5 mil metros quadrados.

O ano ainda não acabou e a Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo (Osesp) já anunciou a programação para 2009, que está repleta de ótimas atrações. Serão 130 récitas divididas em 18 séries de concertos. A temporada tem início no dia 5 de março com o oratório Paulus, de Felix Mendelssohn-Bartholdy. O encerramento es­tá previsto para os dias 17, 18 e 19 de dezembro, com um programa destinado exclusivamente a grandes obras compostas para o cinema, como Abertura, de Lawrence da Arábia, de Maurice Jarre, e Três Peças para Violino e Orquestra, de John Williams, do filme A Lista de Schindler.

REFORMA ORTOGRÁFICA A Secretaria da Educação já iniciou a preparação dos professores para a reforma ortográfica, que deverá ser efetivada até 2013. O treinamento é feito por meio de videoconferências para cerca de 17 mil educadores, que serão responsáveis por difundir o conhecimento em suas unidades. Por enquanto, o treinamento está sendo realizado apenas com os professores do ensino médio.

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PRODUÇÃO RECORDE

RECURSOS HÍDRICOS

A última safra de trigo foi o grande destaque entre as culturas de inverno. Ela registrou um aumento de 76,2%, saltando dos 40,8 mil hectares para 71,9 mil hectares. A produção foi recorde, com crescimento de 108,2%, che­gando à impressionante mar­ca de 195,5 mil toneladas. Já o quarto levantamento da safra da cana-de-açúcar no Estado de São Paulo totalizou 387,5 milhões de toneladas, 18,3% a mais em relação à safra passada, que havia sido de 327,7 milhões de toneladas.

O governo do Estado firmou com a Companhia Brasileira de Projetos e Empreendimentos (Co­­­­­­­­­brape) contrato para a elaboração de um plano diretor de aproveitamento de recursos hídricos para a macrometrópole paulista (regiões metropolitanas de São Paulo, Cam­pinas e Baixada Santista). O objetivo é definir mananciais para a captação de água para o abastecimento da região. Com o plano, será possível fazer uma avaliação da situação atual e futura das disponibilidades e demandas dos recursos hídricos.

O Cantinho do Idoso é mais um espaço exclusivo. Dedicado à prática de exercícios físicos e leitura, a área está localizada dentro do Parque Fernando Costa, no bairro da Água Branca, na capital. Ar de qualidade A Companhia de Tec­nologia de Saneamento Ambiental (Cetesb) inaugurou, em Piracicaba, uma estação automática de monitoramento da qualidade do ar. A estação medirá as concentrações de ozônio, óxidos de nitrogênio e partículas inaláveis. Pequenos embaixadores Três estudantes de escolas estaduais paulistas e um de escola técnica foram aprovados entre mais de 3 mil concorrentes para ser embaixadores em um projeto da Embaixada dos EUA. Como prêmio, visitarão Washington de 9 a 24 de janeiro. Esquilo voador A Polícia Civil do Estado recebeu um helicóptero Esquilo, que será integrado à frota do Serviço Aerotático do Departamento de Investigações sobre o Crime Organizado (Deic). O aparelho, que prestará apoio em missões como o transporte de órgãos para transplante, custou 3,1 milhões de dólares.

SPnotícias

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SPagenda

Homenagem a Ruth Cardoso O Centro Cultural da Juventude da Vila Nova Cachoei­ rinha, na zona norte da capital, foi rebatizado com o nome da antropóloga e ex-primeira-dama do Brasil Ruth Cardoso. O local está localizado entre os bairros de Cachoeirinha e Brasilândia, dois distritos com alto nível de vulnerabilidade juvenil. O centro funciona como uma espécie de ponto de encontro para jovens, oferecendo diversas oficinas culturais e acervos de livros, CDs, vídeos, fotos e revistas em quadrinhos. Todos os meses, recebe aproximadamente 15 mil visitantes, permanecendo aberto de terça-feira a domingo, das 10 às 22 horas.

Treinamento espEcial A Secretaria dos Direitos da Pessoa com Deficiência e a Serasa (empresa de proteção ao crédito) lançaram o Programa de Empregabilidade de Pessoas com Deficiência. Trata-se de um projeto de qualificação para portadores de algum tipo de deficiência. A secretaria apoiará a iniciativa com oferta de salas para a realização das aulas e monitores para ajudar no treinamento.

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SPnotícias

SANTOS, SANTOS! O Metrô atendeu a uma antiga reivindicação da torcida do Santos e, em novembro, batizou a Estação Imigrantes de Santos-Imigrantes, em cerimônia que contou com a presença de Pelé. Esta não é a primeira vez que a companhia homenageou um time. Na Linha 3-Vermelha, a Estação Itaquera tornou-se Corinthians-Itaquera, enquanto que a Barra Funda passou a se chamar Palmeiras-Barra Funda. Na Linha 1-Azul, a Estação Tietê virou PortuguesaTietê. Os são-paulinos não foram esquecidos: a futura Linha 4-Amarela terá a Estação São Paulo-Morumbi.

FINANCIAMENTO DE VEÍCULOS O governo anunciou a abertura de uma linha de crédito de 4 bilhões de reais pelo Banco Nossa Caixa para estimular a produção e a venda de veículos. O objetivo é fornecer crédito para manter o nível de emprego no setor automobilístico, cuja cadeia emprega, no Brasil, cerca de 1,5 milhão de pessoas. A abertura da linha de crédito é resultado de um acordo entre o governo, por intermédio do Banco Nossa Caixa, a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) e a Anef (entidade representante dos bancos ligados às montadoras).


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