A GRANDE CONQUISTA SC Trade Show celebra 10 anos
Summer Trends Hits do Ver達o 2015/16
+ Ronaldo Fraga,
Saberes Manuais e Moda Catarina
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EXPEDIENTE
DIREÇÃO EDITORIAL Giuliana Brandão e Rosenildo de Amorim COMERCIAL Equipe SINCASJB Coordenação de conteúdo Juliana Albuquerque Cesar DIREÇÃO DE ARTE E PROJETO GRÁFICO Vivian Lobenwein Colaboradores Ana Clara Montez, Ana Luiza Trentini Flamia, Caroline Baum, Gisele Najjar, Jean Battirola, Marcella Xavier, Pollyanna Niehues, Renata Vasques, Rogério Amendola e Silvia Argenta REVISÃO DE CONTEÚDO Silvia Argenta
executivo@sincasjb.com.br imprensamodacatarina@gmail.com
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EDITORIAL Revisando o passado, comemorando o presente e acertando o passo para o futuro 2015 é ano de comemorar! Chegamos à 10ª edição da rodada de negócios que mudou toda a trajetória dos empresários da cidade mais importante do sapato catarinense. Uma década de dedicação, aprendizado e reconhecimento. São João Batista vive e respira moda literalmente a seus pés. Para uma construção sólida, que seja respeitada pelo mercado e pelos seus consumidores, o lema de ordem sempre foi e continua sendo inovar para evoluir. É nessa busca constante por novos materiais e modelos de negócios, mais tecnologia e uma identidade com mais valor e design que se apoiam os estilistas, empresários e profissionais da moda batistense. A cada edição do evento, ganhamos mais expositores e, consequentemente, mais clientes e lojistas. Confrontados por um consumidor informado, viajado e exigente, buscamos, além das características essenciais no calçado como conforto e qualidade, um forte trabalho de identidade e de mais valia para cada marca. Ação esta que faz com que haja uma identificação quase que instantânea entre marca e consumidor, e marca e cliente. Sim, aprendemos que o produto precisa ter “alma”. Os números são nosso maior patrimônio. Mesmo em momentos como esses de transição, de reajustes macroeconômicos e de escândalos governamentais, seguimos a passos firmes em busca de inovação e desenvolvimento para o futuro de nossas fábricas e de nossa cidade. São João Batista é um polo maduro, de alma leve e com espírito jovem. Ávidos por novidades, desafios e novas possibilidades, mobilizamos todos os recursos que forem necessários para continuar seguindo em frente diante de tantos desafios. Para esta estação, o clima é de calor humano, e a grande tendência é de união, de energia e de muita prosperidade. Nós acreditamos na força da Moda Brasileira e no Design Catarinense. Boas vendas e bons negócios, o futuro é agora!
Wanderley Zunino Presidente Sincasjb 5
SC TRADE SHOW MAG
SUMÁRIO
SC TRADE SHOW MAG | EDIÇÃO 4 | maio 2015
89 Viva a Bossa
68 22 ocean life
talentos
8 institucional 10 anos de SC TRADE SHOW
13 MISSÃO INTERNACIONAL
22 talentos Promessas da Primavera/Verão 2015/16
29 ponto de venda Neuromarketing por Gisele Najjar
40 brands Cool & Chic: Lança Perfume e Liverpool
46 estratégia Comércio da classe A à D
Viajar é preciso
18 viagem Inspire, suspire, crie SC TRADE SHOW MAG
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32 drops Dicas e novidades em cinema, música, galerias de arte virtuaise eventos
50 bienal de design A hora da criatividade
13 missão internacional
94 alta
cultura
52 summer
in the city
52 SUMMER IN THE CITY Tendências da Primavera/ Verão 2015/16
68 ocean life Editorial de moda
89 VIVA A BOSSA Editorial de moda infantil
110 saberes manuais
94 alta cultura Parceria entre Ronaldo Fraga e o polo de São João Batista
106 ação Projeto Moda Catarina SEBRAE/SC
122 preview inverno 2016 114 criação A criatividade como matéria-prima
122 preview inverno 2016 O que vai ser tendência
110 MODA SUSTENTÁVEL Saberes manuais 7
SC TRADE SHOW MAG
institucional
anos SC TRADE SHOW Por Juliana A Cesar
SC TRADE SHOW MAG
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H
á dez anos, uma iniciativa do SEBRAE/SC definiu o rumo do polo calçadista de São João Batista. Com o objetivo de implantar um projeto de moda e promover o turismo no Vale do Rio Tijucas e no litoral de Santa Catarina, um grupo de empresários uniu forças com o idealizador do SC Trade Show e diretor administrativo e financeiro do SEBRAE/SC, Sérgio Cardoso. Naquela época, o evento era conhecido como Rodada de Negócios Calçadista de São João Batista. O evento cresceu, evoluiu em relação ao design, ao conteúdo e à informação de moda e chegou ao que conhecemos hoje como SC Trade Show. Cardoso comenta que o SEBRAE/SC acumula um histórico de apoio ao setor de calçados do Vale do Rio Tijucas há mais de dez anos, que se iniciou com o primeiro projeto APL (Arranjo Produtivo Local) do Brasil. “Realizado pelo SEBRAE, em parceria com a prefeitura municipal e o Sindicato da Indústria de Calçados de São João Batista, o APL tornou-se referência nacional por organizar a governança do polo, promovendo a união dos empresários e das entidades públicas e privadas, e a profissionalização da gestão e dos colaboradores das empresas, através de capacitação, consultoria e missões empresariais. Além disso, há a promoção comercial, apoiando a participação das empresas em feiras nacionais em estandes coletivos, e dessa iniciativa surgiu a rodada de negócios de calçados em Santa Catarina. Desde então o SEBRAE promove várias ações que fortalecem cada vez mais a parceria com o setor”, diz o diretor. A primeira edição do SC Trade Show foi realizada na cidade de Bombinhas, contou com 16 expositores e recebeu cerca de 150 lojistas. O pontapé inicial foi dado. O salão de negócios cresceu e trouxe diversos benefícios para as empresas participantes. Um local em São João Batista foi construído para abrigar o evento, mas a cidade não tinha estrutura turística para receber tantos expositores, que ficavam hospedados nas cidades litorâneas. Então, para evitar que os lojistas enfrentassem esse deslocamento, o SC Trade Show buscou outros locais para a sua realização. Primeiro passou pelo Costão do
Santinho, em Florianópolis, antes de chegar ao Infinity Blue Resort e Spa, em Balneário Camboriú. Com o passar das edições, o Sindicato das Indústrias de Calçados de São João Batista (SINCASJB) e o Instituto de Moda Catarinense assumiram a direção e organização do evento. Para os empresários, o SC Trade Show trouxe uma série de outras ações com apoio de entidades governamentais como as Missões Internacionais e os ciclos de palestras que percorrem diversas cidades catarinenses. Segundo o diretor -executivo do SINCASJB, Rosenildo Amorim, os ciclos têm um papel muito importante para as marcas do polo. “Eles ajudam a divulgar as marcas para os consumidores do estado. Isso porque as vendas do polo são maiores para outras regiões do Brasil. Santa Catarina tem muito potencial de compra, é o quinto estado que mais consome sapatos no país, e agora os fabricantes estão olhando mais para cá”, afirma. Do polo, tanto as maiores quanto as menores empresas vêm explorar a rodada de negócios. No SC Trade Show, as micro e pequenas empresas, com o apoio do SEBRAE, também têm a oportunidade de antecipar e expor suas coleções, mostrar tendências e sentir como é a aceitação dos compradores em relação às coleções para fazer ajustes nos produtos e vender. Outro fator positivo da rodada foi a diminuição da sazonalidade dos ciclos de vendas. Por exemplo, antes do evento, as fábricas entravam em férias no mês de dezembro e só voltavam a produzir em fevereiro. Com a rodada isso acabou porque os fabricantes já garantem vendas na edição de novembro do SC Trade Show e precisam cumprir prazos de entrega. Segundo informações do SEBRAE/SC, na última edição do evento, em novembro de 2014, foram vendidos cerca de 650 mil de pares de calçados durante os três dias de evento. “O evento conseguiu organizar o calendário de coleções do polo, para que sejam produzidas coleções de verão e de inverno. Muitos expositores tiveram que se profissionalizar, buscar mais recursos, melhorar a estética da fábrica, organizar o funcionamento dentro da empresa, como ter showroom e equipe de atendimento dentro da
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institucional Ronaldo Fraga, Walter Rodrigues, Marnei Carminatti, Maurício Medeiros e Lino Villaventura são estilistas que já trocaram experiências e conhecimento com o polo calçadista de São João Batista.
Movimentação durante a 6ª Rodada Nacional e Internacional de Negócios da Moda Calçadista
“Para nós, que somos uma empresa pequena, o SC Trade Show fez com que ficássemos mais conhecidos principalmente em Santa Catarina. Até então, só frequentávamos feiras em São Paulo. Não tínhamos representantes no estado e agora temos muitos aqui e no Paraná também. Participar do evento nos dá muito retorno. Além disso, acabamos conseguindo antecipar nossas coleções em função das datas do SC Trade, e isso nos ajuda muito com o nosso planejamento. Hoje a feira tem padrões altos de atendimento e organização, é muito elogiada. E o pessoal do sindicato também é muito eficiente. A feira está ótima!” Orlandina Aguiar, proprietária Ana Aguiar
Estande durante a 7ª Rodada de Negócios
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fábrica para receber seus clientes”, segundo Rosenildo, que também destacou como positivos o desenvolvimento e crescimento social da cidade de São João Batista, e a alegria em conferir o sucesso dos fabricantes, que fazem novos contatos e vendas durante os três dias de evento. A 20a edição do SC Trade Show traz 60 expositores, e a previsão dos organizadores é a visita de 600 lojistas, além da participação do estilista Ronaldo Fraga, que faz uma palestra no lançamento do evento e apresenta em um desfile o resultado de um trabalho realizado com as empresas do polo retratando a identidade local. Essa ação conta com o apoio do SEBRAE/SC. “Para se manter competitivo é preciso inovar, e a diferenciação é um caminho que ajuda a conquistar mercados. Os calçados femininos produzidos pelo polo já são reconhecidos pela qualidade, pelo design e pelo alinhamento com as tendências de moda, mas precisávamos mais. E assim surge o investimento no projeto de identidade, no qual um consultor e um estilista de renome ajudaram um grupo de empresários de pequenos negócios de São João Batista a produzir um sapato conceito, um sapato único, com os elementos da riqueza cultural do nosso estado e que remete ao consumidor a lembrança das belezas catarinenses. Esses calçados estão expostos na SC Trade Show e vale a pena conferir”, diz Sérgio Cardoso.
institucional
Os importadores Katherine Toukounidis, da Markathe Shoes e o sócio, José Marino da Silva da Bolívia, na rodada de novembro de 2009
“O SC Trade Show para nossa empresa é importante, pois é a feira em que lançamos nossa coleção e temos a visão se estamos no caminho certo. É também uma oportunidade para os clientes conhecerem a empresa e o polo, pois o evento acontece em nosso estado. Inicialmente o evento era menor, mas hoje já é conhecido pelos principais lojistas. As mudanças nesses dez anos vão desde a localização até a visão que expositores e clientes passaram a ter da feira. Outro ponto a ressaltar é que o SC Trade vem nos dando resultados. Um dos melhores são os negócios fechados, que fazem a sazonalidade ser imperceptível”.
Depoimentos por Ana Clara Montez.
Acima, corredores da 8ª edição do evento, que contou com a presença do ex-governador Luiz Henrique da Silveira, acompanhado do ex-prefeito Aderbal Manoel dos Santos e do ex-presidente do Sincasjb Almir Manoel Atanázio dos Santos
Cácio Francisco Picoli, diretor de vendas Suzana Santos
Desfile do último SC TRADE SHOW que acontece em novembro de 2014
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Missão Internacional
Viajar é preciso Por Juliana A Cesar
O Sindicato das Indústrias de Calçados de São João Batista (SINCASJB) e o Instituto da Moda Catarinense, através do Programa de Capacitação, Desenvolvimento e Competitividade do Setor Coureiro Calçadista de São João Batista, organizaram a Missão Internacional Tecnológica de Capacitação em Design e Pesquisa de Moda para as cidades europeias de Londres, Paris e Milão. A Missão tem como objetivo promover, para os empresários do polo, o intercâmbio de conhecimento e a prospecção de oportunidades nas áreas do design e da moda, realizar a pesquisa de moda in loco nas lojas e nos museus, por exemplo, que são fontes imprescindíveis de conhecimento e inspiração para o setor, além de conhecer os novos conceitos e inovações em empreendedorismo, comunicação e varejo. 13
SC TRADE SHOW MAG
Missão Internacional
Na programação, foram realizadas visitas a lojas conceito, magazines e centros de estudo de moda voltados para a economia criativa e o fast fashion. “O acesso a esta informação trouxe aos participantes a possibilidade de criar uma percepção dos sinais subjetivos do mercado consumidor, fortalecendo, assim, a importância da cultura de pesquisa na estruturação do conceito e da identidade do produto nacional, fomentando a sustentabilidade e o aperfeiçoamento do empreendedorismo criativo por meio de um roteiro direcionado de pesquisa e contemplando atividades orientadas”, explica Giu Brandão, consultora de Moda do SEBRAE/SC. Para a consultora, que planejou o roteiro e acompanhou os empresários durante a Missão, a experiência acrescenta na vivência e cultura de moda. “Além da experiência de conhecer um país novo, um lugar diferente, ainda houve troca de informação entre os participantes da Missão, um novo olhar sobre o polo, um espírito mais colaborativo. Essa percepção de valor é aumentada para o valor de marca, agregando informação e design aos produtos e reconhecendo a importância da construção de novos conhecimentos e novas técnicas de pesquisa e desenvolvimento de produtos, o que vai tornar as atividades futuras mais ricas e promissoras. Sem dúvida nenhuma, essa foi uma oportunidade única de agregar conhecimento para todos os empresários e consequentemente para o ambiente de seus negócios”, afirma.
Empresários durante missão nas cidades de Paris, Florença e Londres
“Além da experiência de conhecer um país novo, um lugar diferente, ainda houve troca de informação entre os participantes da Missão, um novo olhar sobre o polo, um espírito mais colaborativo. Essa percepção de valor é aumentada para o valor de marca, agregando informação e design aos produtos e reconhecendo a importância da construção de novos conhecimentos e novas técnicas de pesquisa e desenvolvimento de produtos, o que vai tornar as atividades futuras mais ricas e promissoras”. Giu Brandão
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P ara bu s car parcer i as d e s uc esso. P ara i n s pi rar p rofi ssionais. P ara cr i ar n ov as alt er n at i v as d e negóc io.
a eng r enag em q ue d es pe rta o m el h o r da moda .
Avenida Egídio Manoel Cordeiro, 370 - Bairro Centro - São João Batista - SC CEP 88240-000 Fone.: (48) 3265 3877 Email: financeiro@institutodamodacatarinense.com.br
Missão Internacional
Empresários na palestra de Enrico Cietta em Milão
“Viajar com outros empresários é enriquecedor para todo o grupo. Podemos trocar ideias no hotel à noite ou durante o café da manhã. Para nós, do polo, é importante contar sempre com o apoio do SINCASJB e do SEBRAE/SC, além de outras entidades governamentais que sempre dão suporte para os empresários”. Klaus Diether Kock
Enrico Cietta durante a palestra
Missão em Paris
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A experiência para o empresário Klaus Diether Kock, proprietário da marca Villa Enzo, foi produtiva e enriquecedora para sua próxima coleção. “Além de visualizarmos as tendências para a primavera/verão 2015/2016, ainda assistimos a uma palestra com o Enrico Cietta, na qual ele falou sobre a impressão em 3D”, disse Kock, que também elogiou a proposta da Missão. “Viajar com outros empresários é enriquecedor para todo o grupo. Podemos trocar ideias no hotel à noite ou durante o café da manhã. Para nós, do polo, é importante contar sempre com o apoio do SINCASJB e do SEBRAE/SC, além de outras entidades governamentais que sempre dão suporte para os empresários”. A programação privilegiou a observação da moda e do comportamento nas principais ruas e lojas conceito de Milão, Londres e Paris. Os empresários também visitaram a feira Lineapelle, em Milão, um importante evento para o setor. A diretora da empresa Menina Rio, Meri Angeli, destaca a importância das viagens internacionais para o fabricante de moda ampliar o aprendizado na prática e onde as tendências começam. “Nos dias de hoje, embora a informação esteja muito presente, rápida e acessível através da comunicação via internet, não há nada melhor do que estar com o produto dos melhores estilistas do mundo nas mãos, em tempo real, quando ocorrem as mudanças de coleção para sentir o toque, ver o acabamento, as vitrines, o modo de exposição dos produtos e o atendimento. Tudo isso acrescenta ao nosso mix de conhecimento, pois temos de estar sempre atualizados”, diz.
Outono/Inverno 2015
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viagem
Inspire, suspire, crie SC TRADE SHOW MAG
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As inspirações para os estilistas estão em todos os lugares. Quem tem o olhar apurado para detectar coisas interessantes ou mais simples sabe transformar essas informações em produto de moda. Conversamos com duas estilistas do polo de São João Batista para saber qual a cidade que mais as inspiram e o que elas não deixam de conferir por lá mesmo quando estão trabalhando.
Paris, Franca
A Elaine Zunino Cordeiro Paulista, designer de calçados da Contramão, elegeu Paris como a sua principal fonte de inspiração porque, além de ser o centro da alta-costura mundial, maisons como Dior e Chanel e as novas escolas de moda, segundo ela, conseguiram renovar e reinventar o mercado francês, exportando o melhor da sua criatividade e produção. Lugares favoritos “O“triângulo dourado”, que envolve as avenidas Champs Elysées, Montaigne e Marceau, onde estão as principais marcas, de Guerlain (a loja da Champs Elysées tem uma área do segundo andar toda de ouro) à Louis Vuitton e Yves Saint Laurent. No Boulevard Haussmann se encontram duas tradicionais lojas de departamentos: as Galeries Lafayette e Printemps, que ocupam uma área enorme e concentram em um só lugar grande quantidade de marcas, como a Prada”.
Galerie Lafayette
Recyclerie
Minhas inspirações
uma dica “A Recyclerie é uma antiga estação de trem da desativada linha Petite Ceinture que virou bar/café/restaurante/ ateliê de arte, localizada no prédio da antiga estação Ornano, que oferece uma intensa programação de ateliês e oficinas artísticas. A Recyclerie fica a apenas uma quadra do Marché aux Puces de Saint-Ouen, o mais tradicional mercado de pulgas da região parisiense”.
Nossa pesquisa já tem um roteiro prédefinido nas principais ruas e pontos de vendas. Procuramos observar tudo o que acontece ao nosso redor. Comportamento das pessoas, religião, aspectos econômicos, políticos e sociais servem como indicadores de tendências. Os desfiles e as feiras, que são realizadas com uma estação de antecedência à nossa, também são fontes de pesquisa para elaboração de uma coleção de moda.”
Hora do intervalo “Uma visita à Capela de Nossa Senhora da Medalha Milagrosa na Rue du Bac ou na Last but not least, e à livraria Shakespeare & Co, aquela que aparece no filme do Woody Allen, Meia-Noite em Paris. Jamais deixo de tomar um chocolate quente na Angelina da Rue de Rivoli, o mais delicioso da história!” 19
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viagem Covent Garden
Londres, Inglaterra Já a Nathalya Serpa Puel, estilista da Camminare Calçados, elegeu Londres como seu ponto favorito de inspiração de moda, pois é agitada e abriga pessoas de todos os lugares do mundo, de diferentes estilos e crenças. Lugares favoritos “Gosto bastante do Soho por suas diversidades e vários entretenimentos, famoso pelos refinados restaurantes; já o Covent Garden é um local supercharmoso porque faz você respirar moda mesmo que não queira. No mercado central você encontra barracas de todo tipo, repletas de peças fofas para comprar ou apenas observar”.
Minhas inspirações Gosto de observar as pessoas e também a arquitetura, as lojas de design, a decoração, a maquiagem, os esmaltes, tudo é inspiração... a moda está por todos os lugares, você só precisa absorvê-la e deixar as informações fluírem no momento da criação. O mais importante é não perder o foco da identidade visual da marca e do cliente, esse é o objetivo principal. O conjunto desses fatores faz com que a inspiração aconteça”.
Oxford Street
Hora do intervalo “Gosto bastante da Oxford Street, que é bem conhecida como Shopping Street. É uma avenida bastante extensa, repleta de lojas por todos os lados. Não é considerada a mais fina nem a mais cara, mas lá você encontra desde marcas de luxo, como Chanel, Dior, Alexander McQueen, Miu Miu, Christian Louboutin e Fendi, até as mais acessíveis, entre elas a Aldo, Gap, Next e as famosas redes de fast fashion H&M, Zara e Forever21”.
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uma dica “Um dos maiores e mais importantes museus de artes decorativas e design do mundo, o Victoria and Albert, famoso V&A. Lá você encontra exposições de diversas culturas, entre joias, fotografia, mobiliário, arte, esculturas, moda e muito mais. Uma verdadeira fonte de inspiração”.
TALENTOS
O que vem por aí
Nomes quentes, modelos, materiais, tendências. Conversamos com a designer de sapatos Caroline Baum sobre tudo que entra com força total na Primavera/ Verão 2015/ 2016 dos acessórios. Por Ana Clara Montez
quem se destaca Paula Cadematori A designer brasileira, gaúcha e radicada em Milão, é conhecida pelas bolsas que fazem sucesso entre várias celebridades. Ela tem como característica o minucioso trabalho com couro e as misturas de materiais. Em todas as peças, imprime uma fivela, característica de sua marca. Paula acaba de lançar uma coleção de sapatos que segue a mesma linha das bolsas.
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Azzedine Alaïa Alaïa não é um estilista de acessórios, mas suas criações ultrafemininas, uma extensão de suas roupas, sempre aparecem nos pés de celebridades mundo afora e encantam pela forma de alta-costura com que são planejadas. É um dos precursores do uso de laser em gáspeas decoradas e recortadas com movimentos orgânicos, além da utilização de hot fix misturado com laser.
Jeffrey Campbell Criada em Los Angeles, em 2000, a marca traz o DNA da mulher contemporânea, eclética e dinâmica. Com modelos que combinam o estilo vintage, o glamour das passarelas e um olhar urbano, hoje é vendido em 54 países e cada vez conquista mais seguidoras.
Gianvito Rossi A marca Gianvito Rossi conseguiu agregar à moda tradicionalista dos sapatos italianos (conhecida por fazer os melhores do mundo) a modernidade e irreverência. São sapatos muito delicados e femininos cheios de detalhes e materiais sofisticados.
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TALENTOS
o que não pode faltar
Normcore O que rege a próxima estação é o conforto, um reflexo da tendência de comportamento que vem da década de 90, chamada hoje de normcore. Isso pode ser visto nos modelos com palmilhas conformadas e confortáveis no estilo das tradicionais sandálias da marca alemã Birkenstock em diversas alturas, de flats a saltos.
Sandália Proenza Schouler
Sandália Isabel Marant
All day sneaker Diferente do modelo com plataforma mostrado por Isabel Marant há algumas estações, que foi um dos itens mais reproduzidos de todos os tempos, os tênis invadirão todas as ocasiões, deixando de lado a funcionalidade para se tornarem um acessório cool. Tênis New Balance
Chuncky A meia pata da vez é extremamente alta e com o salto bloco. Chuncky, que em linhas gerais significa “robusto” em inglês, é o termo para definir as construções.
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TALENTOS
Novas espadrilles Mais um hit da estação, as espadrilles têm sua origem na Espanha. Elas aparecem em plataformas e até nas tradicionais alpargatas. A diferença das do ano passado é que agora elas vêm com outras espessuras de cordas – mais largas – ou misturadas com outras solas, muitas vezes até com flatforms. Sandálias Valentino Gladiadora Cholé
Anos 70 O salto do verão é o salto bloco, modelo estruturado que aterrissa diretamente da década de 70. Também vêm dessa década as forrações em madeira e materiais que lembram cestaria, franjas, sandálias gladiadoras, tamancos, tecidos com base de tear e tressês.
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TALENTOS
Bolsas Burberry SS 2015
As cores da vez O branco e suas variantes são forte tendência. Os azuis, principalmente o índigo que vem no jeans (outro material importante da estação), além de todos os tons terrosos alaranjados, também ganham grande destaque.
Chanel SS 2015
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Meia Praia, Itapema - Santa Catarina
INCORPORAÇÃO 36510
INCORPORAÇÃO 35129
INCORPORAÇÃO 05800
www.hsantosempreendimentos.com.br
Saint Patrick R
Entrega - Maio 2016
Entrega - Outubro 2016
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Entrega - Maio 2017
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Le Bon MarchĂŠ, Paris
PONTO DE VENDA
Neuromarketing A ciência que motiva o cliente a dizer sim
Selfridges
Por Gisele Najjar
É
corrente que o modelo de decisão de compra é muito mais intuitivo do que racional. Sendo assim, é importante impactar o inconsciente do consumidor com memórias, emoções e experiências positivas. E é aí que entra o neuromarketing, um novo campo do marketing que estuda a essência do comportamento do consumidor. No neuromarketing o cérebro é observado com a ajuda de tecnologias da neurologia, como ressonância magnética, eletroencefalograma e eye tracking (movimento dos olhos), para detectar as áreas do cérebro ativadas quando estimulado pelos conteúdos, produtos e serviços. A partir de estudos e análises, é possível utilizar-se de ferramentas que provoquem o cérebro a estimular os sentidos, influenciando nas preferências, nas experiências e no comportamento dos consumidores em relação às marcas e garantindo maior engajamento, produtos mais elaborados, campanhas mais efetivas e, em última análise, a venda de um produto ou serviço.
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PONTO DE VENDA
Associar métodos tradicionais com a neurociência tem ajudado empresas de diversos portes a se fortalecerem no mercado varejista, cada vez mais concorrido, com a utilização de técnicas que trabalham com todos os sentidos, dos visuais, sonoros e olfativos aos gustativos e táteis. A forma como um preço é informado, um perfume que traz lembranças e deixa o consumidor mais emotivo, pé direito alto que proporciona uma visão mais ampla e transmite a sensação de liberdade, provadores grandes que aumentam a chance de experimentar mais peças, arquitetura que permite circulação por todo o espaço, músicas agradáveis cuidadosamente escolhidas, cores adequadamente selecionadas, sabores realçados e toques agradáveis reforçam os aspectos positivos da compra e estimulam o consumo. Segundo Alex Born, um dos maiores pesquisadores neurocientistas do país, o neuromarketing tem de ser visto como uma ciência e não uma ferramenta miraculosa, que resolverá todos os problemas. “Essa ciência veio para ficar e irá auxiliar muito, principalmente os profissionais sérios, na elaboração de estratégias eficazes e voltadas a atingir de forma precisa os diferentes tipos de clientes e suas linhas de pensamentos”, afirma. Já se estabeleceram no país os primeiros laboratórios de neurociência voltada ao consumo, com a proposta de levar uma gama de pesquisas avançadas também às empresas de menor porte.
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Bloomingdales
Associar métodos tradicionais com a neurociência tem ajudado empresas de diversos portes a se fortalecerem no mercado varejista, cada vez mais concorrido, com a utilização de técnicas que trabalham com todos os sentidos, dos visuais, sonoros e olfativos aos gustativos e táteis.
DROPS
Cinema Dior e Eu Direção: Frédéric Tcheng
Quando assumiu o posto de diretor criativo da Maison Christian Dior, o estilista Raf Simons tinha apenas oito semanas para montar um coleção de alta-costura. Câmeras acompanharam esse processo de perto, e o resultado é um documentário muito especial sobre os bastidores da moda. Com Jennifer Lawrence e Marion Cotillard.
Iris Direção: Albert Maysles
O documentário é sobre Iris Apfel, ícone fashion de 93 anos de idade e com vasta experiência no mundo da moda.
Madame Bovary Direção: Sophie Barthes
Baseado no livro de Gustave Flaubert, é a história de Emma, uma pequeno-burguesa sonhadora criada no campo, que baseia sua vida em obras da literatura sentimental. Bonita e requintada para os padrões provincianos, casa-se com Charles, um entediante médico interiorano, mas se sente presa ao matrimônio. Com os atores Mia Wasikowska, Paul Giamatti e Rhys Ifans.
Cidades de Papel Direção: Jake Schreier
Baseado no livro de John Green, Paper Towns, o filme conta a aventura de Quentin, um rapaz que encara uma road trip com quatro amigos em busca da sua vizinha Margo, que sumiu misteriosamente depois de aprontar diversas coisas durante a noite para se vingar de um ex-namorado. No elenco, Nat Wolff e a modelo Cara Delevingne.
While We’re Young Direção: Noah Baumbach
A comédia conta a história de um casal, na faixa dos 40 anos, em New York. Como seus amigos começam a ter filhos, eles fazem amizade com um casal mais jovem e passam a sentir uma nova energia. Logo, passam a suspeitar que o novo melhor amigo pode não ser uma pessoa muito confiável. No elenco estão nomes como Naomi Watts, Ben Stiller, Amanda Seyfried e Adam Driver (da série Girls).
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Samba Direção: Eric Toledano e Olivier Nakache
Samba é um imigrante do Senegal que vive há 10 anos na França e se mantém no novo país às custas de pequenos trabalhos. Enquanto ele tenta conseguir os documentos necessários para arrumar um emprego digno, conhece Alice, uma executiva experiente que tem sofrido com estafa devido ao seu trabalho. Com Omar Sy (do filme Intocáveis) e Charlotte Gainsbourg.
HĂĄ uma nova magia no ar... trazendo o encanto e a beleza dos contos de fada, transformando meninas em princesas.
ContramĂŁo
DROPS
música
Blur – The Magic Whip Esse é o primeiro disco da banda em 12 anos. As gravações foram feitas nos estúdios Avon, em Hong Kong, ao longo de cinco dias. “Não tínhamos muito equipamento. Foi como nos tempos em que começamos a gravar nossas primeiras coisas”, disse Damon Albarn no anúncio do álbum. A cidade serviu de inspiração para o trabalho, especialmente nas duas palavras que estampam a capa em letras do alfabeto chinês.
Noel Gallagher’s High Flying Birds - Chasing Yesterday O novo álbum do ex-Oasis Noel Gallagher deixa claro no título que ele ainda segue o passado em busca de referências nos Beatles, no glam rock da década de 70 e nos Smiths. Aqui ele reflete sobre perdas e otimismo, em acordes envenenados e refrões dignos de rock de pub inglês.
Música para ler
Elis Regina – Nada Será como Antes
Meghan Trainor – Title
Autor: Julio Maria O livro traz muitos detalhes ainda inexplorados da vida da cantora e sobre sua obra. O jornalista Julio Maria ficou quatro anos envolvido na pesquisa e coleta de dados, conversou com pessoas que conheceram Elis e que até então nunca haviam se manifestado sobre ela. Com esses novos fatos, ela surge multifacetada e indispensável para a história da música como nunca.
Muitas influências retrô em Title, trabalho de estreia da cantora que trata de descobertas: o primeiro pileque, o amor não correspondido, o cara perfeito e outras ilusões. Um dos destaques é “Lips Are Movin’”, que segue a fórmula do mega-hit “All About the Bass”, o grande sucesso da cantora.
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Mark Ronson – Uptown Special O álbum transborda o groove do funk das antigas e da disco music, estilos que imperavam nos anos 70. Com inúmeras participações, o trabalho mostra o produtor em um caminho ensolarado. O grande exemplo está nas rádios, a exuberante “Uptown Funk”, com participação de Bruno Mars.
Brothers of Brazil Melodies from Hell É o terceiro álbum da dupla de irmãos Supla e João Suplicy. Com 14 faixas, foi gravado em Nashville (Estados Unidos) com produção dos norte-americanos Jon Tiven e Jimmy Walls. Referências vocais e instrumentais do universo pop dos anos 1950 e 1960 permeiam todo o disco.
SPRING SUMMER
2016
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DROPS
Galerias VIRTUAIS Quer consumir arte de um jeito diferente? Listamos alguns sites nacionais e internacionais que comercializam o trabalho de inúmeros artistas ao redor do mundo. Essas plataformas são, na sua maioria, uma ferramenta para novos talentos comercializarem suas fotos, ilustrações e pinturas. Confira a seguir:
Society6
Uma plataforma onde os artistas se cadastram, enviam seus trabalhos e a equipe da Society6 se encarrega de transformá-lo em produtos como cases para tablets e telefones celulares, almofadas, cortinas, tapetes, camisetas, canecas e, claro, pôsteres! O site entrega no Brasil.
Urban Arts
A Urban Arts é uma galeria de arte brasileira onde se encontram trabalhos de artistas, designers e ilustradores de todo o mundo. Além do site, é possível encontrar lojas físicas em diversas capitais do Brasil. O carro-chefe são as telas e os pôsteres, mas a Urban Arts já está investindo em outros produtos, assim como o Society6. Acesse www.urbanarts.com.br
Acesse society6.com Ilustração: Marianna by Ruben Ireland
Democrart
Donc!
Esse site é uma iniciativa catarinense e possui um diferencial em relação aos outros citados aqui no Drops. As pinturas são impressas em telas (canvas) e as fotos, em papel fotográfico profissional, tudo com qualidade de peça de museu. As edições dos artistas são limitadas, exclusivas e numeradas, acompanhadas de um certificado de autenticidade assinado pelo próprio artista. Acesse www.donc.com.br
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Obras de arte a preços acessíveis, escolhidas através de um time de curadores. Também disponibiliza trabalhos originais, fotografias e design, muitos em edição limitada, numerada e assinada pelo artista. No Democrart, na maioria dos trabalhos, você pode escolher o material em que a obra será impressa. Acesse www.democrart.com.br Ilustração: Série Bicicletas by Alemão
DROPS
EVENTOS
ao redor do mundo DG Expo Esse evento movimenta os Estados Unidos. A DG Expo acontece nas cidades de Nova York, Miami e São Francisco e apresenta matéria-prima para designers e varejistas. A expo também oferece seminários sobre negócios e aulas têxteis. Quando é? NY – 04 e 05 de agosto, Miami – 09 e 10 de setembro e São Francisco – 22 e 23 de novembro de 2015. http://www.dgexpo.net/
Sourcing at Magic Outro evento também nos Estados Unidos, mas desta vez em Las Vegas. Na Sourcing at Magic, os participantes têm acesso a recursos globais, de mais de 35 países. É fonte de inspiração, educação e inovação e recursos e atrai designers, marcas e varejistas. Quando é? De 16 a 19 de agosto de 2015. http://www.magiconline.com/sourcing-at-magic
O que você achou do Fashion Victims? O evento foi superorganizado e com uma variedade de desfiles, como das alunas de Esmod Dubai e do famoso designer de sapatos Joshua Fenu, além de workshops e exposições para compradores, e uma festa final para premiar novos designers. Havia uma infinidade de novidades. A moda vista com um outro olhar, diferente do nosso estilo brasileiro, mas com muita criatividade e qualidade de acabamento, material e apresentação. O que conferiu por lá? Encontrei coisas diferentes e algumas designers de bolsas fazendo um produto muito legal e de ótima qualidade como a Claudine Abou-Sawan. Filha de mãe brasileira e
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pai libanês, ela mora em Londres e estava no evento expondo a sua marca Claudine London. Ela também criou uma coleção exclusiva de clutches e megacarteiras para o desfile da marca MATH! Destaco também outra designer, a Sonia Guetat, natural da Tunísia e moradora de Dubai. Ela é dona da marca de bolsas Capricieuse. O que mais chamou a atenção é que é possível trocar a frente das suas bolsas, tornando-as um novo acessório. Quais as novidades para o segmento de calçados? Eu fiquei fascinada com a coleção do Joshua Fenu porque tinha uma pegada bem brasileira. Os sapatos foram confeccionados com rendas, bordados, couro e metais. Ele também faz algumas pequenas bolsas e clutches para acompanhar a coleção. Para saber mais sobre o evento, acesse fashionvictims.co.
Look Amira Salim
Fashion Victims, Dubai Desfiles e expositores de diversos segmentos de moda, como calçados, bolsas, joias e noivas fazem parte da programação do evento de moda Fashion Victims, em Dubai. A fashion blogger Fernanda Souto, do blog The Accessorista (theaccessorista.com.br) esteve lá e conta para a SC Trade Show Mag como foi a experiência.
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48.3265 6800
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Cool& Chic Conheça duas marcas catarinenses que conquistaram seus lugares dentro do mercado de moda nacional atendendo a públicos diferentes. A Lança Perfume privilegia luxo e glamour em suas coleções, já a Liverpool carrega um DNA de roupas casuais, com destaque para um clássico do guarda-roupa, a t-shirt. Por Renata Vasques
Lança Perfume Luxo, ousadia e sofisticação Tratar a mulher como ela merece, vesti-la com peças que elevam sua autoestima e transformá -la num ser único e especial é o que a marca Lança Perfume, de Nova Veneza, sul de Santa Catarina, traz em suas coleções. Pertencente ao grupo La Moda, que atua no mercado têxtil há 28 anos, a Lança Perfume está presente em 1,8 mil multimarcas, possui quatro lojas próprias, três outlets e produz mais de 1 milhão de peças por ano. Pioneira no e-commerce do país com o site LPB2B, fundado em 2011, traz como inovação uma ferramenta de reposição de estoque dos produtos da marca, que lida diretamente com os SC TRADE SHOW MAG
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lojistas oferecendo uma média de 50 mil peças para giro de estoque, mantendo assim o mesmo padrão de atendimento e qualidade que os clientes estão acostumados. Com presença marcante nas redes sociais, a marca investe na comunicação com seu cliente e conta com uma das blogueiras mais famosas do Brasil no segmento moda e estilo: Camila Coutinho, do Garotas Estúpidas. Ela dá dicas de looks e tendências e fala sobre outros assuntos que permeiam este universo, de maneira simples e direta através de minivídeos no canal da marca. Em 2015, a Lança Perfume foi a marca oficial e patrocinadora do Reveillon Spetacollo realizado no P12, na praia de Jurerê Internacional, Florianópolis. A festa serviu de lançamento da coleção “White Celebration”, para iniciar o novo ano com sofisticação e três amuletos simbolizando sucesso, fortuna e amor (leão, estrela e diamante). Não é de hoje que a marca utiliza símbolos fortes que transmitem poder e luxo. Na coleção de inverno 2015 foi a vez do pavão e toda a sua simbologia e significância. “Na natureza, o pavão abre a sua cauda, que
chega a ter até dois metros de puro glamour, para encantar as fêmeas! Sim! Ele gosta mesmo de ser notado por sua grandeza e tem um postura royal! Quando mostra a cauda, mostra também suas penas cheias de cores quase inacreditáveis! Já perceberam o quanto o pavão é perfeito em cada detalhe? Por isso, não poderíamos pensar em um #winter15 sem eles! Produzimos estampas lindíssimas com as cores e os próprios pavões desenhados, e ficou um arraso total! Na Rússia, encontramos um pavão todo feito de ouro em meio a um pavilhão do museu Hermitage! O pavão é um relógio que a imperatriz Catarina ganhou de presente há muitos anos e ainda funciona! Ele é lindo de morrer, abre a cauda em determinadas horas do dia e funciona como um robô brilhante e luxuoso! Puro glamour!”, conta Bruna Olivo, diretora criativa da marca. A Lança Perfume veste a mulher cheia de atitude com peças conectadas às tendências de moda, modelagens que valorizam o corpo, acabamentos diferenciados e qualidade indiscutível. Essas características, aliadas a uma comunicação com forte apelo de moda e impacto visual, vêm conquistando cada vez mais admiradoras no Brasil, transformando a Lança Perfume em uma das marcas que mais cresce no país. As atrizes Mariana Rios, Isabelle Drumond, Fernanda Paes Leme e Giovanna Ewbank já aderiram aos modelitos e desfilam por aí exalando bom gosto, conforto e glamour.
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Liverpool ganha destaque na SPFW O universo da cultura pop é tão fascinante que fez com que dois publicitários abandonassem as agências em que trabalhavam para assumir o papel de empresários no ramo da moda. Um “beatlemaníaco” e outro apaixonado por música e internet, um gaúcho e outro catarinense, duas cabeças criativas se uniram e fizeram surgir a Liverpool Camisetas. Tornar realidade o sonho de criar sua própria marca de camisetas com estampas e produtos superexclusivos não foi tarefa fácil para Rafael
Lange e Tiago Durante, lá no início de 2008. Partindo da necessidade de aprender a gerenciar o negócio, buscaram o apoio do SEBRAE/SC e já estão há sete anos no mercado. Neste ano, mais uma vez, a dupla foi convocada junto com 16 novos empreendedores selecionados pelo SEBRAE Nacional para participar da FFW Shop, a loja da 39ª edição da São Paulo Fashion Week, maior evento de moda da América Latina, que aconteceu entre os dias 13 e 17 de abril. O foco dos empresários Rafael e Tiago é o público que preza por qualidade e ao mesmo tempo diversão na hora de se vestir. “A Liverpool já nasceu com um referencial muito próprio e isso, com certeza, fez o nosso diferencial”, conta Rafael. Música, cinema, games e internet são apenas alguns dos elementos que transformam e exalam criatividade nas estampas dos produtos. Além da modelagem mais “slim” das camisetas ser o SC TRADE SHOW MAG
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grande diferencial da marca, a qualidade de todas as peças é essencial para o sucesso entre os consumidores. Atores, atrizes, apresentadores de tv, repórteres e músicos se identificam e divulgam através de fotos a Liverpool Camisetas de uma maneira espontânea nas redes sociais. A divulgação na internet também trouxe uma aproximação com Radji Schucman, resultando na primeira loja coletiva no Centro de Florianópolis, a Pulp. A loja tem uma pegada super anos 80, com decoração de acervo pessoal que vai do videogame de fita ao Ferrorama circulando nos trilhos entre as camisetas e os produtos expostos nas mesas centrais. Além da mobilete e bicicleta antigas fazendo parte da decoração, tudo se encaixa perfeitamente com o clima moderninho do local, onde também podemos encontrar outras marcas. “Toda decoração era parte de um acervo pessoal nosso, de familiares e de alguns amigos”, fala Lange. “Continuar vendendo coisas legais e diferentes é o que desejamos com a loja”, complementa Radji. É impossível alguém conhecer o local e não se identificar com algum produto ou até mesmo um objeto decorativo, trazendo um resgate na memória de uma das décadas mais marcantes para a cultura pop, os anos 80. Todos os anos a Liverpool lança duas coleções com oito estampas exclusivas, a Primavera/Verão e a Outono/Inverno. Também são criados outros modelos seguindo a tendência da marca.
useliverpool.com.br
publi editorial
Leidi-lu
10 anos, 120 meses, 520 semanas e 3.650 dias com você A matemática acima dá a dimensão real desta década de trabalho que a empresa de calçados Leidi-Lu comemora este ano
Orgulhosos, felizes e fortes para poderem tocar o tão sonhado negócio por muitos anos. Este é o sentimento que move o casal Leidiana Reitz e Jeferson Tamanini, moradores de São João Batista, Santa Catarina. Não por acaso, eles se lembram de cada obstáculo vencido e não tem medo dos desafios que ainda surgirão. “Em junho de 2005 colocamos em prática um sonho de termos nosso próprio negócio com muito esforço e comprometimento. Estávamos nos formando em Administração de empresa e Designer de Calçados. Daí surgiu a motivação de criar a Leidi-Lu Calçados e cinco anos depois, a marca Luisa Laura”, relata Leidi, como é mais conhecida. Com 50 colaboradores diretos e 60 indiretos, a Leidi -Lu, situada em São João Batista, município considerado o quarto principal polo do país, trabalha como a missão de oferecer beleza para os pés, com criatividade e produtos de qualidade, promovendo a satisfação dos clientes, através de colaboradores motivados e satisfeitos. Com isso, a Leidi-Lu pretende ser reconhecida como uma empresa de referência no mercado por fornecer produtos de qualidade. Os valores que a fábrica se pauta são: ética, comprometimento, respeito, qualidade e transparência. “Com isso é que queremos seguir em frente, estamos muito felizes de poder comemorar esses 10 anos de empresa e agradecemos primeiramente a Deus, nossos familiares e funcionários”, analisam. O casal aproveita para enfatizar o agradecimento a cada cliente, pois são eles que são responsáveis pelo crescimento da empresa.
“Queremos um compromisso cada vez maior com nossos clientes, sermos parceiros de colaboração mútua, estamos sempre dispostos para ajudar fazer o melhor negócio”, afirma o casal. Leidi e Jeferson destacam que o cliente é o patrimônio da empresa, seja ele parceiro de anos ou um novo, ambos são tratados como um diamante bruto a ser lapidado.
“Produzir calçados de moda, isso é o que nos move, une e nos faz feliz” A frase é do casal Leidi e Jeferson. Segundo eles, o carinho e atenção especial são parte do desenvolvimento das coleções. Eles relatam que depois de viajar em busca de inspiração, escolher e definir o que será desenvolvido para estação vindoura, surgem os esboços da nova coleção, a hora do departamento de desenvolvimento fazer tudo isso se tornar real para impactar a consumidora que ficará feliz, satisfeita e cheia de estilo em calçar a Leidi-Lu, um par perfeito para ela. “Estamos cada vez mais convictos de que escolhemos o caminho que amamos trilhar, produzir calçados de moda, isso é o que nos move, une e nos faz feliz. Que venham os próximos 10 anos”. finalizam. 45
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Comércio
da classe
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Consumidores de todos os níveis econômicos estimulam o mercado varejista e fortalecem a identidade de moda brasileira Por Silvia Argenta
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os últimos tempos, o mercado consumidor de moda brasileiro tem registrado mudanças em função do aumento real de renda da população e do acesso à informação. Paralelamente a isso, as marcas também têm amadurecido, passando a criar peças inspiradas nas condutas e nos estilos vistos nas ruas, fortalecendo a identidade de moda no Brasil. Como consequência, é possível afirmar que muitas pessoas fazem questão de comprar peças produzidas nacionalmente - um fator bastante relevante para o mercado, o que evidencia o crescimento e a força da moda brasileira. Essa identidade, além de tudo, é democrática, pois há marcas de moda para todos os segmentos econômicos, possibilitando o comércio desde a classe D até a A. Os produtos populares, em especial, agregaram elementos de moda e hoje possuem forças competitivas que em um cenário como o atual ganham importância, já que tiveram um aquecimento das vendas graças à facilidade de acesso em termos econômicos. Segundo o consultor de moda e diretor do Núcleo de Posicionamento da Focal Pesquisas, Gustavo Campos, essas empresas devem aproveitar este momento para iniciar uma caminhada de melhoria de seus produtos, ampliação de linhas, reforço de marca, consolidação de participação com parceiros do varejo estratégicos, entre outros. Já o mercado de luxo não sofre tanto com redução nas vendas. Nos últimos anos, muitas marcas entraram no país consolidando as antigas operações de distribuição e estabelecendo estratégias de acesso para as classes mais baixas, configurando um novo público consumidor. Para Campos, todas essas movimentações são muito importantes para o engrandecimento do setor de moda brasileiro, pensando em todos os pontos, como fornecedores, indústria e varejo. “Tratando-se de Brasil, ainda temos as regionalizações, onde existem perceptíveis mudanças de moda predominante. É um grande mercado, que ainda irá crescer muito”. Outro ponto de grande importância para o desenvolvimento do comércio de moda no Brasil é a ousadia de empreender, que cada vez mais contamina jovens e profissionais de todas as idades, com novos jeitos de pensar e de fazer negócios. Uma ferramenta bastante difundida no comércio de moda tem sido as compras online, que mudaram muito a relação tradicional entre cliente e empresário. Campos acredita que o mercado brasileiro não pode se retrair por causa dos sites internacionais. “É um evento que não é capaz de mexer com a economia de um país. Se uma loja acha que perde vendas para sites nacionais ou internacionais, ela tem de fechar as portas mesmo, pois não está sabendo fazer a arte do varejo funcionar em seu estabelecimento, como atendimento, vitrine, argumentação e demonstração”. 47
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A venda de produtos falsificados também tem certa influência no mercado de moda. Para alguns estudiosos, isso pode desde ajudar na formação da marca até gerar prejuízos à empresa. No entanto, o consultor analisa que o comércio desses produtos não é tão prejudicial quanto a venda sem nota fiscal, o que, na visão dele, tira resultados e contamina um setor. “Excluindo da análise fatores microeconômicos localizados num período de tempo, a renda do consumidor brasileiro tem aumentado. Mas hoje a população tem de pagar as contas de bens duráveis que comprou, e isso travou um pouco o mercado de moda. Qualquer “suspense” no cenário econômico já sensibiliza a população a não gastar. Mas é passageiro. Temos de tentar, neste período, não perder vendas”, acredita Campos. Por isso, os empresários varejistas precisam ser perseverantes, pois as perspectivas são de crescimento. “É necessário agir dia a dia para não ser um alvo fixo e previsível. Varejo é animação. Se para a energia, param as vendas. O mercado varejista catarinense tem de reagir. Já lançou marcas para o Brasil e o mundo. Tem competência para isso, mas deve permanecer ousando e lançando a moda que se espera do polo”. Sobre o mercado calçadista brasileiro, Campos acredita que o cenário é de reconsiderar o tamanho e as políticas da indústria. “Temos de brigar por exportação novamente e não apenas nos matar internamente, produzindo ano após ano, mais e mais. Qualificar o parque fabril é essencial, senão vamos sucatear tudo e ficar cada vez mais distantes do mercado mundial. Repensar é a palavra”.
“É necessário agir dia a dia para não ser um alvo fixo e previsível. Varejo é animação. Se para a energia, param as vendas. O mercado varejista catarinense tem de reagir”.
Gustavo Campos é administrador por formação, pesquisador, professor, palestrante, coach, escritor, blogueiro, consultor e publisher. Além disso, é diretor do Núcleo de Posicionamento da FOCAL Pesquisas e idealizador do projeto para o setor calçadista Traços de Valor (www.tracosdevalor.art.br).
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bienal de design
A hora da criatividade Santa Catarina abre as portas para a Bienal Brasileira de Design
Por Pollyanna Niehues
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ara aqueles que ainda não se renderam ao setor, uma oportunidade: o design, com suas soluções eficientes e inovadoras, será assunto de destaque em Santa Catarina. Exposições nacionais, além de seminários internacionais, ações educativas e debates em torno dos processos de fabricação de produtos, estarão reunidos na 10ª Bienal Brasileira de Design, de 15 de maio a 12 de julho. Florianópolis foi a cidade escolhida para recepcionar palestrantes, artistas e empreendedores e mesclar o conhecimento em uma área que cresce cada vez mais no país. Com o tema Design para Todos, o evento abordará sobre como chegar ao usuário final com produtos essencialmente amigáveis, funcionais, tecnológicos, atrativos e desejáveis. Acima de tudo, o design se consolida como uma ferramenta estratégica para os mais diversos segmentos da indústria e traz conceitos que podem inspirar e transformar o desenvolvimento das marcas. “A consciência de que todos temos direito a produtos de qualidade, seja no setor público como no setor privado, vão encontrar na Bienal exemplos a serem seguidos e adotados”, explica o curador do evento, Freddy Van Camp. A rodada de palestras tem nomes internacionais, de países como África do Sul, Turquia, Holanda, Itália, Espanha, Suíça e Estados Unidos, e procura abordar como o design deve ser feito para as pessoas e não para as coisas em si. “Um dos nossos objetivos é demonstrar
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Revista ArcDdesign| Jorge Lopes
Revista ArcDdesign| foto Anna FTG
o valor agregado que o design acrescenta à produção local e as possibilidades de ampliação de mercado, de economia e de imagem que poderão ser adicionadas além de suas vantagens para o público usuário e consumidor”, afirma Camp. Exposições de arte estarão espalhadas pela Ilha em diversos pontos de visitação gratuitos e poderão ser vistas no Centro Integrado de Cultura (CIC), Parque de Coqueiros, Jurerê Open Shopping, calçadão do Mercado Público e Museu Histórico de Santa Catarina. O evento se consolida no calendário nacional e chega a sua décima edição com a novidade de estar próximo das pessoas, fazendo com que a cidade sinta essa atmosfera e conheça a proposta estética e de transformação do evento.
Inscrições para o seminário no site: http://www.bienalbrasileiradedesign.com.br/home
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chanel
Tendências Primavera/Verão 2015/16
r e m Sum in the
city Por Juliana A Cesar
Na próxima temporada de verão, as tendências conversam muito entre si, o que vai facilitar bastante a montagem dos looks para sair da mesmice. O couro e o jeans, que prometem ser as vedetes da estação, surgem em formas militares, com uma pegada mais boêmia, com tecidos transparentes e levinhos ou até mesmo dando um novo fôlego à alfaiataria. Do oriente, o floral característico da região pode se misturar com tudo isso, além do quimono, que empresta alguns de seus códigos para dar novos acabamentos, reinventar o cinto ou ser o casaco levinho para aquelas noites mais fresquinhas. Ainda tem espaço para as rendas, os efeitos gráficos e a influência da moda de época da Rainha Vitória, lá da Inglaterra. A equipe da SC Trade Show Mag elegeu as trends mais quentes para a próxima temporada primavera/verão. Confira a seguir. SC TRADE SHOW MAG
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louis vuitton
emilio pucci
prada Dries Van Noten
Fotos Divulgação
CHLOé prada
Sinal vermelho ! aposte na cor mais sexy do arco-íris
Hippie Chic A boêmia setentinha é luxuosa, como pedem as novas hippies. Estamparias tie-dye e caleidoscópicas, peças de patchwork e vestidos longos e fluidos, como os modelos da Emilio Pucci e Chloé.
Patchwork vintage
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gucci
marc jacobs
Ralph Lauren
chanel
Glam-safari
Militarismo & Safári
Burberry
tommy hilfinger
gucci
chloé
Esses dois estilos misturados propõem uma moda utilitária, composta por muitos bolsos e silhuetas militares, como manda o figurino do filme Entre Dois Amores, com a atriz Meryl Streep. As cores ficam entre o verde militar e os tons caramelos. Chanel, Gucci e Ralph Lauren trabalharam essa tendência de diferentes formas.
Peça-chave: o macacão não pode faltar no seu guarda-roupa!
It’s all about the jeans Na próxima temporada, o denim faz o seu regresso em grande estilo, em azuis desbotados e diversos efeitos de textura, para vestir qualquer estilo, desde o descolado até o mais sofisticado. A Gucci e a Burberry elegeram o tecido como um dos grandes destaques das suas coleções.
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FENDI
Alexander McQueen
LANVIN
Couro o ano todo Couro no inverno, couro no verão. Além dos sapatos e das bolsas, o couro aparece em vestidos, saias e casacos. Sem apegos, o couro passeia por diversos estilos e décadas. A alfaiataria vai abusar dele, deixando o couro ainda mais sexy, como mostrou o estilista Anthony Vaccarello. A Louis Vuitton, pela primeira vez, utilizou o couro, matéria-prima de suas icônicas bolsas, para fazer roupas sob a nova direção do estilista Nicolas Ghesquière.
Louis Vuitton
Fotos Divulgação
Anthony Vaccarello Balmain
gladiadora + plataforma
Botas curtinhas de camurça
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giambattista valli
O novo floral
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A influência da estamparia oriental é um hit para o próximo verão. As marcas Lanvin, Gucci e Giambattista Valli deram, cada uma, um olhar diferente sobre essa print. Em outros casos, as flores cresceram e aparecem grandes, ousadas e coloridas, muitas vezes com um traço retrô ou clássico na combinação das cores ou na forma pela qual elas são aplicadas, como nos bordados da Chanel.
LANVIN
GUCCI
Sapatilha alert!
Fotos Divulgação
CHANEL
Céline
FENDI
Print me!
loewe
Chloé
Hermès
Organic is gold
Minimalismo orgânico
bordado antiguinho é
prada
dries van noten
Dolce & Gabbana
gucci
Relaxa, gata! O minimalismo aposta em caftans, túnicas, macacões e saias de grandes dimensões, como mostra a Chloé ou o primeiro filme da saga Star Wars. Os tons são neutros, suaves, terrosos ou brancos.
sem medo de misturar
Let’s vintage! Essa trend é eclética, com destaque para as misturas inesperadas de cores, texturas e estampas em aspecto vintage, especialmente as prints orientais como visto no desfile da Gucci. 57
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michael kors
dolce & gabbana
stella mccartney
calvin klein
Flats com muito estilo, por favor!
Preto é o novo preto
moschino
TOM FORD
LOUIS VUITTON
SAINT LAURENT
SAINT LAURENT
O pretinho já não é mais tão básico assim. Pense em tecidos transparentes, texturizados, redes, rendas, couro ou em um mix. As formas podem ser gráficas ou clássicas, como na Michael Kors e Dolce & Gabbana.
gold + black + leopard print
Studio 54 Um pouco de 70’s disco music para a mulher arrasar na balada. A noite pede brilho, bordados, lurex, lamê! A print é a do leopardo, e as cores ficam preferencialmente entre o preto e o dourado. Tom Ford e Saint Laurent fizeram a pista ferver em seus desfiles.
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CHLOÉ
CHANEL
GIVENCHY
PROENZA SCHOULER
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LANVIN Alberta Ferretti
mix de rendas
Renda-se As meninas da Chloé, Givenchy e Alberta Ferretti exibiram looks com tecidos delicados e transparência das rendas claras, com um ar etéreo. Já a Lanvin, Proenza Schouler e Chanel se utilizaram da renda escura, em tempos sofisticados ou com uma pegada sportswear.
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Lanvin
LANVIN
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Anthony Vaccarello
bolsa clean & chic
maison martin margiela
Alfaiataria cool
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A tendência mostra como a feminilidade pode se destacar através de códigos do vestuário masculino, como os ternos. Os looks ganham um toque sexy e estilo andrógino com o uso de pantalonas, cortes assimétricos e tecidos listrados, como na Maison Martin Margiela.
BALENCIAGA
VALENTINO
VALENTINO
FENDI
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GIORGIO ARMANI
novas formas para as flats
bolsas mini e estruturadas
AS BAILARINAS Depois que a moda se inspirou no filme Cisne Negro de Darren Aronofsky, o olhar sobre a dança clássica como inspiração de looks femininos resgata as bailarinas com seus tutus clarinhos, desta vez compridos, em especial nas criações de Valentino. Para acompanhar a leveza das peças, as marcas apostam nas sandálias gladiadoras com tiras fininhas. 61
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alexander mcqueen
MARNI
O quimono surge claro e direto com a silhueta longa e faixa amarrada na cintura, como mostra a marca Marni, ou empresta alguns de seus códigos para outras composições. A faixa é praticamente onipresente nessa tendência, na qual também podemos observar a gola e o acabamento com costuras expostas das artes marciais em vestidos e blusas.
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A faixa é o cinto do verão
Fotos Divulgação
LOEWE
ROLAND MOURET
MAISON MARTIN MARGIELA
Karatê Chick
O romantismo da época vitoriana surge inserido nos tempos atuais, com uma linguagem estética original e que exibe uma dualidade entre o luxo aristocrático e a simplicidade. Destaque para elementos como o “passementerie” (bordado em ponto corrente) e a gola alta com fita ao seu redor, como mostrado na Louis Vuitton. A atmosfera sombria, uma necessidade durante a era industrial, agora conquista consumidores como uma opção de look sofisticado.
A vez das pequenas!
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prada
Fotos Divulgação
vera wang
Louis Vuitton
dior dior
Vitória
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A trend mostra listras, poás e a própria modelagem que passa a ideia de grafismos com uma pegada artsy na combinação de cores ou em looks monocromáticos. Quem trabalhou bem o gráfico foram a Balmain e o estilista Dries Van Noten.
I’m so cool!
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Fotos Divulgação
alexander mcqueen
chanel
Balmain
dries van noten
Gráfico
Blusa Mini Mercado Fashion Saia renda Mini Mercado Fashion Colar Flรกvia Baldi Sapato Giovana Pash
F otografia Ro gĂŠ ri o A m e n d o l a
Blusa Chuรก Saia Chuรก Colares Flรกvia Baldi Sapato Suzani Bissoli
Cropped Mini Mercado Fashion Short Of-ficium
Pulseiras FlĂĄvia Baldi Sapato Via AmĂŠrica
Macacรฃo Of-ficium Colar Flรกvia Baldi Sapato Siamanda
Maiô Banka Panka Colete Mini Mercado Fashion Colar Flávia Baldi Gladiadora Azzillê
Biquíni Banka Panka Blazer Mini Mercado Fashion Colar Flávia Baldi Sandália Dy’jas
Blusa Of-ficium Short Of-ficium Colar Flávia Baldi Bolsa Yü Sandália Azzillê
Blusão Mini Mercado Fashion Hot pant Of-ficium Chapéu Banka Panka Sandália Leidi-Lu
Blusa acervo Short Chuá Colar Izzolô Sandália Camila Ferraz
Cropped Of-ficium Saia lรกpis Of-ficium Colar Flรกvia Baldi Sandรกlia Lia Line
Vestido Of-ficium Colar Flรกvia Baldi Rasteira Via Scarpa
Vestido Mini Mercado Fashion Bolsa Macad창mia Sapato Maria Luiza
Cropped Mini Mercado Fashion Saia lรกpis Mini Mercado Fashion Pulseiras Flรกvia Baldi Sandรกlia Zatz
Vestido Of-ficium Colar Izzol么
Sand谩lia Studio 64
Kimono Chuá Short Of-ficium Sandália Século XXX
Vestido Of-ficium Pulseiras Izzol么 Sand谩lia ALA
Blusa acervo Hot pant Of-ficium Cinto Dy’jas Colar Flávia Baldi Sapatilha Di Marcê CRÉDITOS Beauty: Jean Battirola Produção executiva: Marcella Xavier Direção de Arte: Giu Brandão Modelo: Jaqueline Romão (Mega Model)
Sapatinhos Baby Gut
Viva a
Bossa A SC T rad e Sh ow Mag s e i n s p i r o u n o m i n i m al i s m o tr o p i c al par a r et ratar as t en d ên c i as e m s apato s i n fan ti s par a o v e r ão 2 0 1 5 /2 0 1 6
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Sapatilha, gladiadora e sandĂĄlia ContramĂŁo
Sandália Menina Rio
CRÉDITOS Fotografia: Ana Luiza Trentini Flamia Produção de moda: Marcella Xavier Direção de arte: Giu Brandão
Alpargata Menina Rio
a lta
Cyltura Sob a coordenação do estilista Ronaldo Fraga, algumas marcas do polo de São João Batista desenvolveram sapatos inspirados em diversas características culturais de Santa Catarina. Porcelanas, as cores do mar e das matas, flores como a orquídea, os barcos açorianos, a renda de bilro, os ovos ucranianos trazidos por imigrantes e o maiô Catalina, que vestiu a miss Brasil 1969, a catarinense Vera Fisher, foram retratados com criatividade, bom humor e sofisticação. Da influência das colônias alemã e italiana, a arquitetura e as antigas medalhas e moedas também serviram de inspiração para os estilistas. O resultado você confere nas próximas páginas da SC Trade Show Mag.
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san dรกlia
Ronaldo Fraga + Studio 64
A n kle Boots
Ronaldo Fraga + Camila Ferraz
alpargatas
Ronaldo Fraga + Carmminare e Solabelle
rasteira
Ronaldo Fraga +Via AmĂŠrica e Aclo
sapato
Ronaldo Fraga + Vionee
Boti n has e sapatilha
Ronaldo Fraga + Menina Rio
sa n dรกlia
Ronaldo Fraga + Suzani Bissoli
sa ndálias
Ronaldo Fraga + Giovana Pash
CRÉDITOS Fotografia: Ana Luiza Trentini Flamia Produção de moda: Marcella Xavier Direção de arte: Giu Brandão Modelo: Luisa Bruneto
Ação
Moda
Catarina O projeto Moda Catarina é uma iniciativa do SEBRAE/SC e tem movimentado o setor de moda no estado. Para conhecer mais sobre as ações e metas do projeto, a SC Trade Show Mag conversou com Cristina Rosa, coordenadora estadual da Carteira da Moda do SEBRAE/SC.
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Santa Catarina é reconhecida pela produção de artigos de qualidade, com matéria-prima e manufatura de alto nível.”
O que é o projeto Moda Catarina? O projeto nasceu do esforço do SEBRAE/SC em fortalecer a moda catarinense e se constitui em um conjunto de ações voltadas para profissionalizar e promover o crescimento das empresas do segmento de moda de Santa Catarina, por meio de consultorias especializadas, capacitação, visitas técnicas, rodadas de negócio, missões internacionais e outras ações que permitam o acesso ao conhecimento e à inovação e que resultem na melhoria dos processos e do desenvolvimento da marca e de sua identidade, fatores fundamentais para o aumento das vendas e o crescimento das empresas desse ramo. Qual a sua importância para a produção de moda no Estado? Santa Catarina é reconhecida pela produção de artigos de qualidade, com matéria-prima e manufatura de alto nível. O estado conta com polos fabris de segmentos variados, como a confecção, têxtil, moda praia, lingerie, acessórios e calçados, além de profissionais altamente especializados. Cada segmento tem seu diferencial e suas dificuldades inerentes a qualquer indústria de transformação. Diante disso, o projeto busca apoiar as empresas atendendo suas dificuldades específicas e oferecendo acesso a soluções de inovação aplicáveis tanto na fábrica quanto nos escritórios de criação. Acreditamos que, cada vez mais, o sucesso do processo de produção está em pensá-lo como um todo, iniciando na identificação do público-alvo e passando pela criação da coleção, pela escolha de componentes e matéria-prima e pelo processo de produção na fábrica, com a utilização de equipamentos de qualidade, inseridos em processos que
otimizem a fabricação e evitem desperdício de tempo e materiais. Além disso, temos trabalhado na profissionalização e no fortalecimento de toda a cadeia produtiva. Isso é pensar de maneira sustentável. Temos focado nossas ações para que os empresários repensem a identidade de suas marcas e consigam identificar e pensar sobre seu público-alvo. Desse modo, a produção começa desde o design até o trabalho do estilista no desenvolvimento de um produto mais assertivo. Que ações estão programadas para esse ano? Neste ano continuaremos com as ações locais concentradas nos polos e com foco maior na criação de cultura de moda e no resgate da identidade cultural local de cada polo, como forma de fortalecimento das marcas. Estadualmente, trabalharemos de forma estratégica, realizando o Circuito Moda Catarina 2015, uma ação estadual que prevê a realização de palestras e oficinas com profissionais de destaque nacional e internacional do ramo da moda, do design e do empreendedorismo. Entre outros benefícios, essas ações permitirão o acesso dos empresários aos profissionais com conteúdo inovador e que estão conectados às últimas tendências de mercado e de comportamento. Além disso, procuramos compor a programação do Circuito de forma que cada palestra ou oficina esteja alinhada às necessidades e aos interesses de cada polo, fazendo com que a ação se torne ainda mais produtiva e contemple todas as regiões do estado. Nossa missão neste ano é fazer com que conteúdos de qualidade cheguem aos polos, estimulando ainda mais o desenvolvimento das marcas e criando uma cultura local de colaboração que contribua para o fortalecimento das empresas de forma individual e coletiva. O que há de novo para o polo calçadista de São João Batista? Nosso trabalho em São João Batista também 107
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tem sido o de aumentar a competitividade das empresas locais por meio do design inovador, tendo em vista que atualmente São João Batista ocupa o terceiro lugar como polo calçadista lançador de moda no país. Essa posição é fruto de um longo trabalho de fortalecimento da região e nos motiva a trabalhar cada vez mais para que as empresas se desenvolvam e tenham produtos diferenciados. Recentemente realizamos um trabalho de consultoria com o estilista Ronaldo Fraga, que conheceu a produção de dez empresas do polo de calçados de São João Batista, oferecendo soluções de consultoria para o desenvolvimento de produtos com a identidade catarinense. As criações destacam elementos da cultura local, como as influências açoriana, italiana e alemã, e fazem parte do projeto Identidade, desenvolvido pelo SEBRAE/SC. O resultado da primeira etapa do projeto foi a criação de calçados que transmitem a identidade cultural do estado, como os inspirados em barcos e na renda de bilro. Os calçados foram feitos inicialmente para exposição e fizeram tanto sucesso que alguns empresários estão estudando opções para trazer esses conceitos para suas marcas de forma comercial. Essa é uma das ações que estamos trabalhando com o objetivo de inserir conceitos de design e identidade para o desenvolvimento das marcas. Para divulgar as marcas e impulsionar as vendas, o SEBRAE/SC apoia a realização da SC Trade Show, uma rodada de negócios nacional e internacional, que acontece duas vezes ao ano, considerado o maior evento calçadista de Santa Catarina e que faz parte de um conjunto de ações desenvolvidas entre o Sindicato e seus parceiros para o desenvolvimento sustentável do Arranjo Produtivo Local de São João Batista. Na última edição, as indústrias superaram a meta de 1 milhão de pares de calçados comercializados nos três dias de evento, aumentando em pelo menos 10% suas vendas. Para as edições deste ano, o objetivo é manter o ritmo de vendas e de público. O projeto foi implantado há pouco menos de um ano. Quais os pontos positivos que já foram percebidos pela equipe do SEBRAE/SC? Em menos de um ano, já é possível perceber uma melhoria significativa na gestão das empreSC TRADE SHOW MAG
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sas, na identidade das marcas e no desenvolvimento de produtos, o que vem resultando no aumento das vendas na ordem de 10 a 15% e despertando a atenção e o interesse de novos participantes. Além disso, realizamos, durante esse período, diversas visitas técnicas e missões internacionais com grupos de empresários de todo o estado, como as feitas para a Europa, onde visitamos os principais polos de moda mundiais, incluindo Milão, Paris e Londres. Nessa missão, os empresários assistiram a uma palestra sobre a revolução da tecnologia 3D no design de moda, ministrada por Enrico Cietta, do Centro Tecnológico Diomedea, instituto que é referência mundial de moda e design. Essas ações foram pontuais para muitas empresas que puderam ampliar sua visão de mercado e desenvolver um novo olhar sobre sua própria marca e sobre o polo do qual fazem parte. E quais os desafios a serem superados nos próximos meses? Nosso desafio - e ao mesmo tempo nossa motivação - é continuar buscando novas ferramentas para inovação e melhoria dos processos, a fim de que possamos trabalhar além do quadro de instabilidade social e econômico, dando continuidade ao nosso trabalho de desenvolvimento das empresas e fortalecimento da indústria da moda de Santa Catarina. Como tem sido essa experiência para o SEBRAE/SC ao manter contato tão próximo com os empresários e empreendedores catarinenses de moda? Esse contato é uma troca muito rica e é o que constitui a razão de ser do SEBRAE/SC. Para que possamos realizar nosso trabalho e desempenhar nossa missão, precisamos de empresários e empreendedores com disposição para criar, crescer e se desenvolver. Santa Catarina tem vocação empreendedora por natureza - e no ramo da moda não poderia ser diferente. Esses empreendedores fazem nosso trabalho valer a pena no momento em que aplicam as ferramentas e o conhecimento que recebem. Ao mesmo tempo nos desafiam a buscar novos conhecimentos quando apresentam suas peculiaridades e dificuldades inerentes não só à indústria da moda, como também a um estado tão diversificado quanto o nosso.
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MODA SUSTENTÁVEL
Saberes Manuais Por Juliana A Cesar
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ara incentivar a criação e produção de moda através do reaproveitamento de materiais recicláveis, a Associação Brasileira das Empresas de Componentes para Couro, Calçados e Artefatos (Assintecal) mobilizou diversas empresas catarinenses, com o apoio do Sebrae Nacional. O projeto, intitulado Saberes Manuais, conta com o trabalho da RatoRói, de Jaraguá do Sul. Depois de fazer um levantamento dos materiais ecológicos que podem ser incorporados nos produtos nacionais, o Saberes Manuais busca, agora, incentivar o design sustentável e o empreendedorismo nas comunidades visitadas. O destaque é para a utilização de materiais orgânicos e reciclados na composição de componentes. Nesta primeira coleção, foram usadas fibras de banana com fios desfibrados no urdume, realizados em tear manual; malha reaproveitada; e plásticos provenientes de fluxos urbanos e industriais. As empresas são responsáveis por testar os materiais em seus processos industriais. “Nosso objetivo é lidar com a forma de fazer, a maneira de introduzir na produção materiais tão diversificados e em como esses componen-
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tes podem gerar transformação e estarem engajados com a sustentabilidade social, cultural e ambiental. A partir disso, foi levantada uma nova questão: o “novo luxo”, que pode ser um fazer de pedaços ou, como o poema de Manoel de Barros, ‘um apanhador de desperdícios’ aproveitados como uma janela valiosa para reavaliar o nosso entorno”, explica Flávia Vanelli, designer da RatoRói e consultora do Núcleo de Design da Assintecal. Esse é um movimento de despertar a consciência de que a sustentabilidade não existe apenas em relação aos materiais. Para o design, isso é o início do processo ao incorporar a bagagem cul-
moda sustentável A próxima edição do Saberes Manuais será realizada no Salão Inspiramais, nos dias 08 e 09 de julho, em São Paulo
“Nosso objetivo é lidar com a forma de fazer, a maneira de introduzir na produção materiais tão diversificados e em como esses componentes podem gerar transformação e estarem engajados com a sustentabilidade social, cultural e ambiental”. tural e as soluções criativas. “Acreditamos que a sustentabilidade precisa ser vista como parte do processo global das cadeias produtivas. Materiais ecológicos e métodos de produção consciente são, sem dúvida, os patamares por onde se iniciam as interferências nas cadeias produtivas em qualquer segmento”, diz Flávia. Além do Saberes Manuais, há o projeto Mix By Brasil e Referências Brasileiras, com o estilista Jefferson de Assis, que busca resgatar o artesanato e os valores imateriais da nossa cultura; o projeto Ecodesign, com Isabela Capeto, que desenvolve produtos de menor impacto para o setor coureiro calçadista por meio da utilização dos taninos vegetais, solventes à base de água e produtos chrome free; e, ainda, o selo Origem Sustentável, que certifica empresas brasileiras que já incorporam a sustentabilidade em seus processos. Ações como essas podem ter um poder transformador ao estimular o interesse da indústria em relação à produção de moda sustentável. “Acreditamos que dessa forma mostramos um conjunto de possibilidades, com a mensagem de que a sustentabilidade pode ajudar a reduzir custos, melhorar a competitividade da empresa e abrir novos mercados, principalmente quando falamos de exportação para mercados como o europeu e o americano. Assim, é possível vislumbrar direções possíveis, nesse tempo em que, para enfrentar a concorrência, cresce a necessidade pela melhoria e diferenciação”, conclui. SC TRADE SHOW MAG
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O resultado dessa ação foi a criação e produção de dez peças, entre acessórios, roupas e calçados, que foram exibidos em janeiro no InspiraMais – Salão de Design e Transformação de Materiais, no Shopping Frei Caneca, em São Paulo. Essa ação contou com a parceria da Associação Jaraguaense de Recicladores do Vale do Itapocu e um coletivo formado pela Hexoplexo, Miriam Pappalardo e D.Frent e pelas catarinenses Século XXX, Real Estúdio e Tecnoblu.
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A criatividade como matéria-prima
Por Ana Clara Montez
N William Bucholtz
ascida em Joaçaba, oeste de Santa Catarina, a artista plástica Celaine Refosco é a primeira de sua família a seguir nas artes. Formouse na Escola de Música e Belas Artes do Paraná, fez mestrado em educação pela Universidade de La Habana e trabalhou em instituições de ensino de Santa Catarina e São Paulo. Com experiência acumulada, decidiu voltar ao seu Estado de origem e fundou em Pomerode o Instituto Orbitato, que promove estudos nas disciplinas de moda e design, e que mais tarde deu origem também ao Estúdio Orbitato, trabalhando com o desenvolvimento de estampas e produtos para empresas que usam a criatividade como matéria-prima. Em entrevista à SC Trade Show Mag, Celaine fala sobre sua trajetória, a educação no setor de moda, as impressões em relação à indústria catarinense e ao design brasileiro e o futuro da economia criativa.
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Estúdio Grima
Como surgiu a ideia de fundar o Instituto Orbitato? Depois de me formar no Paraná, contra a vontade de quase todos, voltei para Santa Catarina e trabalhei na indústria têxtil. Descobri que, para ter sua criatividade aplicada, além de pensar o mercado, os valores, as intenções e os desejos de quem vai comprar - o que a grosso modo vem configurar o que chamamos de “tendências” -, é absolutamente indispensável entender o sistema produtivo, quem são e como atuam pessoas, lógicas e equipamentos que tornarão sua ideia reprodutível. Mais tarde tive oportunidade de atuar na educação superior. Raras vezes vi as inteligências, capacidades criativas e individualidades serem consideradas ou contempladas na formação dos profissionais dos quais se espera que sejam criativos na vida profissional. Em certo momento, parei tudo e fiz uma especialização na área de moda. Percebi que minha principal pesquisa era observar como eu própria era tratada como aluna, como era orientada, como eu era
conduzida. Aproveitei o tempo, li e pensei muito sobre a formação histórica, social e econômica de Santa Catarina. E fui desenhando um pensamento de que a saúde industrial e econômica que temos hoje, para ser mantida, deve ser alimentada com conhecimento, pesquisa e desenvolvimento profundo das capacidades criativas. Nunca achei que seria tarefa minha inventar um jeito de fazer isso acontecer. Um dia, voltei pra casa e trabalhei animadamente por uma ideia difícil de explicar e até de entender: o Orbitato. Da criação, em 2007, até os dias de hoje, como foi a evolução do Instituto? A ideia estava muito correta. As pessoas e as empresas iam entendendo e aderindo à medida que provavam e verificavam a qualidade e aplicabilidade na sua realidade imediata. O ganho do conhecimento é muito facilmente perceptível. Acredito que uma das maneiras mais surpreendentes de aprender é simplesmente 115
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Vicky Bartel
“A saúde industrial e econômica que temos hoje, para ser mantida, deve ser alimentada com conhecimento, pesquisa e desenvolvimento profundo das capacidades criativas” entrar em contato. E assim fui, respondendo aos inúmeros questionamentos sobre “por que Pomerode?”. Com uma ideia muito precisa sobre qual qualidade técnica e humana pretendia praticar, fomos atraindo “estudantes” que eram na verdade profissionais, estudantes e docentes do Brasil e da América Latina, o que por si só é uma razão de evolução. Foi muito difícil, e ainda representa muito esforço, organizar desde a figura jurídica adequada a uma ideia tão diferente até um sistema de comunicação eficiente. Por outro lado, tive a sorte de poder contar com ouvidos muito inteligentes, que contribuíram com formatos e estratégias e ampliaram minha própria compreensão. Entendi cedo que a capacidade de aprender que temos é sim transformadora. Depois que a parte do instituto diretamente relacionada com educação entrou em andamento, foi necessário estruturar um estúdio, um lugar onde se pudesse provar ideias, testar materiais e eu voltasse a criar. Surgiu então o Estúdio Orbitato. Uma das vertentes do Orbitato é a educação para a criatividade, com cursos de pós-graduação e oficinas nas disciplinas de moda e design. Qual você identifica ser a maior dificuldade dos profissionais dessa área? Como o Estúdio busca suprir essas necessidades? As dificuldades profissionais estão relacionadas à capacidade de oscilar entre características e demandas objetivas e subjetivas simultaneamente. A criatividade se alimenta da nossa capacidade subjetiva, introspectiva, que significa, a grosso modo, a capacidade que temos de entrar em
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nós mesmos. Por outro lado, só funcionamos no mundo a partir da objetividade. Parece uma contradição, mas se trata de equilíbrio. Um profissional bem-sucedido é sempre alguém que transita entre estes dois mundos de maneira confortável. Caso contrário, ele é um cumpridor de cronograma ou um “artista” na acepção pejorativa da palavra. Nosso papel é possibilitar este exercício. Gosto de pensar no Orbitato como um centro de estudos ou um campo de provas. Aprender a transitar entre objetividade e subjetividade, ou seja, aproveitar o melhor das próprias ideias, dos equipamentos e das possibilidades instaladas, cumprir prazos e reconhecer valores, não é exatamente uma coisa que se aprende, mas que se exercita, como o corpo, que se torna ágil na medida em que é usado. Vamos ser honestos: a educação tal qual está construída não admite a prática. A prática aceita o erro e se tem uma coisa que não tem lugar no mundo de hoje é o erro. Aprender como?
“Eu espero que a marca do Orbitato na identidade catarinense seja antes de mais nada contribuir com a qualidade técnica”
Entre os professores do Orbitato estão nomes do estilismo brasileiro conhecidos por terem uma identidade criativa muito forte, como Ronaldo Fraga e Jum Nakao. Como vem sendo o resultado dessas parcerias? O Ronaldo, o Jum e mais recentemente outros donos de linguagens pessoais muito fortes têm vindo pra cá diversas vezes. Naturalmente se percebe uma expansão da
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“A economia criativa é o futuro se for concebida como uma produção de menor escala e de maior identidade”
compreensão do momento que nos envolve, do que estamos fazendo e do que queremos fazer aqui. Eu aprendo muito com eles, tenho oportunidade de conversar sobre os rumos da educação e do mundo, o meu trabalho, o trabalho deles. E se acontece comigo, acontece com quem está perto. São as benesses da convivência. Não há o que substitua. Acho que se pode perceber um crescimento constante, um ganho de valores, uma ampliação de repertórios e o que vem a ser o resultado mais visível: a construção de linguagens individuais. Novas práticas pedagógicas, como a adoção de disciplinas de moulage em cursos de graduação, não deixam de ser um impacto positivo. Isso sem falar em vários novos pequenos negócios que vão surgindo e a criação de novos “orbitatos”. Qual é a relação entre o Estúdio e a identidade do design catarinense? Eu espero que a marca do Orbitato na identidade catarinense seja antes de mais nada contribuir com a qualidade técnica. Isso sim pode renovar a criatividade de forma efetiva. Assim fazemos jus aos 100 anos de história valente que a indústria de Santa Catarina carrega. Porém, ainda precisamos de mais tempo de prática, de mais exercício. Você foi a primeira representante da América Latina a ser convidada para participar da Heimtextil, importante feira de decoração e artigos têxteis que acontece todo ano na Alemanha. Como foi a experiência de expor o seu trabalho e também participar da criação do caderno de tendências do evento? Foi uma surpresa ser chamada para este trabalho. Senti a responsabilidade de representar a América Latina entre o grupo seleto que se reunia em Frankfurt e a responsabilidade de representar o Brasil, que naquele momento estava com grande visibilidade e crescimento criativo. Foi emocionante apresentar manifestações riquíssimas brasileiras que ninguém conhecia. Ficou evidente o quanto copiar o trabalho deles é desnecessário, pois eles nos admiram e nos desejam visualmente e sonoramente.
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Como o design brasileiro é visto internacionalmente? Exatamente como somos: muito diversos. Em alguns círculos somos vistos como copiadores e em outros como expoentes criativos. De Santa Catarina temos Jader Almeida, que comercializa em Copenhagen; Butzke, a primeira empresa a trabalhar com madeira certificada do Brasil em um gesto visto como impertinente e que agora arrasa em Milão; Malwee, a quem os especialistas consideram ter o melhor tratamento de água do mundo; entre outros. Somos vistos como quem tem processos, designers e capacidade produtiva de grande qualidade e também como quem tempo pouco juízo, pouca autoestima e pouca visão de longo alcance e, portanto, continua olhando pra grama do vizinho. Qual você considera ser o futuro da economia criativa no mundo? Eu não tenho certeza se o nome deva ser economia criativa, ou a quantas coisas diferentes podemos nos referir quando se usa esse termo, mas o que acho é que não há outra forma: temos de resolver a vida de um outro jeito. A necessidade de mudança que parecia por vezes uma opinião isolada, ou mesmo uma necessidade muito questionada, tornou-se absolutamente evidente e eminente com uma economia que trabalhe para nós e não que tenhamos que alimentá-la como se fosse nosso senhor. A economia deve servir ao bem estar geral, que depende fundamentalmente da natureza. Por outro lado, estamos num momento de evolução tecnológica que permite, de fato, uma transformação qualitativa e uma reação rápida aos problemas que estão aí. A natureza é vigorosa, mas temos um impasse social: queremos melhorar? Temos de vencer esses espaços de incompreensão, aprender a atuar em conjunto, de forma autêntica e honesta sem falsas crenças, sem falsas ideologias, sem o “novo riquismo” que andamos aprendendo nos últimos anos. A economia criativa é o futuro se for concebida como uma produção de menor escala e de maior identidade, com respeito ao ambiente e à diversidade social, crescimento cultural de ações coletivas, e preservação e reconstrução de beleza.
Preview inverno 2016
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O de
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O Fórum de Inspirações desmembra o inverno 2016 em três conceitos: pertencimento, deslocamento e suavidade. Também destaca a importância em equilibrar a valorização da própria história e a ousadia em sair da zona de conforto ao se lançar em um mercado cada vez mais competitivo e sem fronteiras. O conceito 03, de pertencimento, avalia os elementos e as ações que tornaram a empresa respeitada e reconhecida, como conhecimento, capacidade criativa e o que ela quer preservar e ampliar. É esse o ponto de partida que as empresas devem procurar para a inovação de formas, cores, texturas e acabamentos. Segundo Walter Rodrigues, diretor do Núcleo de Design da Associação Brasileira das Empresas de Componentes para Couro, Calçados e Artefatos (Assintecal), há outra palavra que se destaca dentro do conceito 03. “Nesta estação, a palavra ostentação também se refere ao pertencimento e à apropriação das tradições, da exclusividade e da essência dos produtos artesanais, que contêm alma, pois tudo que reflete é conteúdo”, diz. Já o conceito 02, intitulado deslocamento, é a maneira criativa de começar a pensar em produtos que rapidamente podem se tornar sucessos de vendas para resgatar o que deu certo da estação passada e transformar essas experiências em apostas. A suavidade define o conceito 01, no qual o Fórum trabalhou mais uma vez com a temática da chuva, além de pássaros e borboletas.
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CONCEITO 3
CONCEITO 2
CONCEITO 1
Pertencimento
Deslocamento
Suavidade
emiliano godoy design prodotti
peter pilotto
alexander mcqueen
ETRO
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dries van noten
CONCEITO 3
Pertencimento A palavra pertencimento retrata a necessidade de se apropriar de tradições, buscar a essência dos produtos artesanais e a exclusividade. Esses requisitos dão força à outra palavra-chave forte dentro desse conceito: ostentação. É importante ostentar a própria identidade para sobreviver no mundo globalizado, tanto pela essência quanto pela aparência. Dentre os materiais, pode-se trabalhar com o couro em tonalidades curtidas pelo sol e costuras feitas ao longo dos anos. O luxo simples vem do pelo, do chifre e da madeira. É a hora de grandes botões e fivelas. Cores e estampas vêm dos tons de ouro, da pele dos animais em grande escala, dos relevos e do efeito 3D e espelhado. O filme Her, de Spike Jonze, é fonte de inspiração para essa macrotendência, com cores quentes e a mistura do retrô com a modernidade da tecnologia. Dos anos 50 e 60, vêm os tons de rosa e azul-turquesa. As formas são arredondadas e sedutoras.
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mae engelgeer
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Deslocamento
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hitomi hosono by claire righini
Valentino
Pani Jurek Plika
Tempo de viajar e olhar para outras culturas e lugares diferentes. O consumidor quer ser encantado por uma história e se emocionar para absorver novas apostas do mercado. Mesmo assim, a criação de novas peças é baseada em materiais e produtos que já agradaram o público. É a busca por novas superfícies e texturas sensoriais, como quando deslizamos nossos dedos em tablets e smartphones. Rochas e minérios são referências para texturas mais ásperas, como as vulcânicas ou cristalizadas. Surgem novos drapeados, volumes com pregas e dobras mais soltas. Além disso, há estampas com relevos, tramas e jacquards. O normcore pede roupas mais despretensiosas, sem tantos detalhes. O denim chega sem distinção de gênero, elegante e funcional, usado com acessórios criados a partir de técnicas artesanais. De olho na década de 70, há lugar para os trabalhos manuais de crochês e tricôs. Os tecidos desse conceito chegam com a aparência bruta, como as fibras.
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Gucci
elise morris
Valentino
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loewe
O tema pode ser leve, mas a velocidade nesse conceito torna-se de extrema importância. As empresas precisam estar preparadas para atender os desejos do consumidor que navega na internet e deseja fazer compras instantâneas. É hora de confeccionar para vender e usar as redes sociais ou qualquer outro tipo de informação a seu favor. Olha-se para a chuva mais uma vez, assim como para os pássaros e as borboletas. As referências são gotas transparentes que refletem a luz e pespontos em tons escuros que desenham recortes. A chuva também brilha em pontos de luz ou franjas. Degradês, aparência molhada e brilho são essenciais. As texturas baseiam-se em rendas e em efeitos aquarelados, diluídos e sem contornos. Destacam-se os tecidos aveludados, com relevo e com efeito de pelo. Na estamparia predominam os azuis combinados com tons fortes e lavados, formas borradas de flores, aquarelas e impressões angulosas e agressivas. Tons de vermelho e o marsala surgem em efeitos tie dye e outros tingimentos com desenhos de penas ou animal prints inspiradas em pássaros.
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meredith pardue
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