SC TRADE SHOW MAG edição 2

Page 1

2

Foco no Varejo VM, Compras, Relacionamento e muito mais.

summer time

Confira as novidades para a Primavera/Ver達o 2015 E ainda... preview outono/inverno 2015


48 3265.1100 | www.meninario.com.br


10 anos


EXPEDIENTE

DIREÇÃO EDITORIAL Giuliana Brandão e Rosenildo de Amorim COMERCIAL Equipe SINCASJB EDIÇÃO DE CONTEÚDO E REPORTAGEM Juliana Albuquerque Cesar, Andreia Schmidt Passos e Ana Clara Montez DIREÇÃO DE ARTE E PROJETO GRÁFICO Vivian Lobenwein Colaboradores Gisele Najjar, Melina Costa e Walter Rodrigues REVISÃO DE CONTEÚDO Silvia Argenta

www.sctradeshow.com.br


EDITORIAL A primeira edição da SC Trade Show Mag foi um sucesso de crítica e público, conquistando leitores sempre ávidos por informação qualificada de moda e do seu mercado. Nesse sentido, só temos a comemorar a chegada desta segunda revista, que reforça nossa proposta de ser um canal de comunicação direto entre nossos empresários, profissionais de moda e lojistas de todo o Brasil. Diante da confiança depositada em nossa equipe e dos muitos desafios da política econômica interna para o crescimento sustentável de nossas empresas, gostaríamos de reafirmar nosso compromisso com os leitores. Para isso, nada melhor do que compartilhar, nas páginas da revista, a experiência e o conhecimento de grandes profissionais do setor da moda, para que essa informação possa inspirar e ampliar a percepção de novas possibilidades e melhorias em seus negócios. Esta segunda edição da revista do SC Trade Show reforça o polo dinâmico e atuante que temos em São João Batista e nos permite superar as expectativas dos nossos clientes com novas oportunidades de aprendizado e aperfeiçoamento. Uma dessas possibilidades se concretiza esse ano com a criação de um ciclo de palestras por todo o país. Neste ciclo, que contará com a presença dos principais expositores e parceiros, além de nomes de peso do mercado, os profissionais terão a chance de debater sobre negócios, cenários futuros, tendências, varejo, design, relacionamento/ atendimento, tecnologia, comunicação e marketing estratégico, entre outros assuntos pertinentes ao nosso dia a dia na moda. Desse intercâmbio de conhecimentos, modelos de negócios e cases de sucesso, é que vêm recheadas as páginas da SC Trade Show Mag #2. Uma publicação feita com extremo cuidado, dedicação e carinho em cada detalhe. Queremos levantar a bandeira de novos “times”, trazendo novos “players”, que buscam a vitória pelo esforço, pelo design criativo e pelo trabalho sério desenvolvido na nossa região. Que venham a Copa do Mundo e o verão 2015, pois a nossa torcida continua jogando com vocês. Boa leitura e ótimos negócios!

Wanderley Zunino Presidente Sincasjb 5

SC TRADE SHOW MAG


SUMÁRIO

SC TRADE SHOW MAG | EDIÇÃO 2 | maio 2014

60 tropical garden 8

institucional Grandes expectativas para a indústria de calçados de São João Batista

12 varejo O diferencial está na compra

16 processo criativo Parcerias de duplas criativas

SC TRADE SHOW MAG

6

20 talento Os novos mestres das solas

28 drops Dicas e novidades em cinema, música, livros, eventos e viagens

34 EXPORTAÇÃO Em busca de novos mercados

38 PONTO DE VENDA Visual Merchandising muito além das vitrines

45 summertime Tendências Primavera/Verão 2014/15 das passarelas internacionais

80 color crush As melhores apostas em cores para acessórios


20 talentos

28 drops 98

streetstyle

45 summer time

86 tecnologia Gisele Najjar fala como usar as mídias sociais a favor da sua empresa

88 comunicação Moda, design, interação e inspiração

94 design de interiores Campolini Interiores

110 preview outono/ inverno 2015

96 desenvolvimento Encadeamento produtivo

98 streetstyle Coolhunting

104 estratégia O design autoral de Caroline Baum

108 entrevista Glauco José Côrte

110 preview outono/ inverno 2015 O que vem para o Outono/Inverno 2015

116 guia de expositores 18a Rodada de Negócios

7

SC TRADE SHOW MAG


SC TRADE SHOW MAG

8


institucional

Grandes expectativas

Atividades e eventos promovidos pelo SINCASJB agitam a agenda das empresas e profissionais dos setores de acessórios e calçados

Sabe aquele ditado de que a união faz a força? É Zunino também destaca a programação do desta maneira que o Sindicato das Indústrias de Sindicato, que tem como propósito estreitar o Calçados de São João Batista (SINCASJB) atua relacionamento do mercado com o polo. Em no principal polo do setor em Santa Catarina. 2014, já está na agenda do sindicato um ciclo São 60 empresas sempre muito estimuladas pelo de palestras em várias cidades catarinenses e Sindicato que contribuem para a participação outras localidades do sul do Brasil. “Além das do crescimento econômico e a geração de ren- ações que fazemos durante o ano todo com da na região. Além das indústrias sindicalizadas, capacitações em design, gestão, pesquisa e deno polo ainda estão losenvolvimento, nossas “Além das ações que fazemos durante o ano calizadas cerca de 130 marcas participam de empresas, que geram feiras e eventos do setodo com capacitações em design, gestão, empregos e qualidade de pesquisa e desenvolvimento, nossas marcas tor no Brasil, na Euvida para 8,5 mil pessoropa, na Ásia e nos participam de feiras e eventos do setor as diretamente. Existem, EUA. É no exterior no Brasil, na Europa, na Ásia e nos EUA. É ainda, cerca de 350 ateque participamos de liês que empregam, indimissões tecnológicas, no exterior que participamos de missões retamente, por volta de com o objetivo de fatecnológicas, com o objetivo de facilitar o 1,5 mil pessoas. O setor cilitar o acesso à inacesso à informação qualificada para nossas formação qualificada calçadista é responsável por 85% da economia equipes, nossos clientes e nossos associados” para nossas equipes, da cidade. nossos clientes e nosO presidente do SINCASJB e também em- sos associados”, explica Zunino. presário do setor, Wanderley Zunino, avalia o O SINCASJB também promove em São João desempenho da indústria calçadista em 2013. Batista a Semana da Indústria Calçadista Ca“Diante do cenário econômico, da situação da tarinense (SEINCC), uma feira de máquinas e indústria local, ao contrário de outros polos, São componentes para calçados e acessórios, reuJoão Batista se manteve estável. Continuamos nindo as mais importantes indústrias do setor, investindo em capacitação de mão de obra local, responsáveis pelo desenvolvimento de máquinas em design e em novas tecnologias para aumentar e componentes, e permitindo aos empresários e cada vez mais o diferencial competitivo de nos- criadores grande incremento em qualidade e sas marcas”, explica. produtividade.

9

SC TRADE SHOW MAG


institucional

Salão de negócios O SC Trade Show é um evento gerador de negócios para as empresas da moda em Santa Catarina. Reúne os principais fabricantes de calçados e acessórios do polo de São João Batista e de outras regiões produtoras importantes do país. Também fortalece o relacionamento e facilita as negociações entre os seus participantes, envolvendo fabricantes, lojistas, empresários, profissionais do setor, parceiros e patrocinadores. Em sua 18˚ edição, o SC Trade Show traz as coleções para a Primavera/ Verão 2015. A expectativa é de que 1 milhão de pares sejam vendidos, superando o número da edição anterior, como já é característico na estação do verão. O último evento, segundo o diretor executivo do SINCASJB e realizador do evento, Rosenildo de Amorim, reuniu 3,2 mil participantes, expôs 120 marcas e negociou a venda de cerca de 850 mil pares de sapatos, gerando um faturamento de aproximadamente R$ 43 milhões de reais. Nesta e na outra página, fotos da 17a edição do SC Trade Show

SC TRADE SHOW MAG

10


institucional

11

SC TRADE SHOW MAG


varejo

O

Diferencial E S TÁ N A COMP R A

Como já dizia uma velha máxima do varejo, quem compra bem vende bem. Diante dessa afirmativa, não é de se estranhar que o profissional de compras seja uma figura estratégica na lucratividade da empresa, já que é através da compra que se geram as oportunidades de rendimento. Apesar da importância do comprador de varejo, a atividade não é profissionalizada, pois existem poucos cursos de formação e aperfeiçoamento. O aprendizado normalmente é feito na prática, somando conhecimento de gestão a um olhar intuitivo na hora da compra. “Deveria haver um esforço coletivo de lojistas e associações para tentar estabelecer um modelo de gestão para esta profissão e formar profissionais capacitados”, afirma Ricardo Pastore, coordenador do núcleo de gestão do varejo da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM). Para Ingrid Pergentino, professora de Gestão de Canais de Vendas e Gestão de Varejo do Istituto Europeo di Design, o profissional de compras deve trabalhar um planejamento que alia histórico de vendas a projeção de crescimento. Além disso, é indispensável que este profissional esteja atento às tendências de mercado e comportamento. “É preciso fazer pesquisas com a equipe comercial e com os clientes (consumidores), de forma a ajustar as expectativas da área comercial com o que a área de desenvolvimento apresenta nas novas coleções. O segredo é unir o lado lúdico e subjetivo da moda

SC TRADE SHOW MAG

12


“É preciso fazer pesquisas com a equipe comercial e com os clientes (consumidores), de forma a ajustar as expectativas da área comercial com o que a área de desenvolvimento apresenta nas novas coleções. O segredo é unir o lado lúdico e subjetivo da moda com o lado objetivo e numérico do comercial”

Compradores na última edição do SC Trade Show

13

SC TRADE SHOW MAG


varejo

ESPECIALISTA EM SUPPLY CHAIN DÁ DICAS DE GESTÃO DE CATEGORIA DE PRODUTOS Por: Ingrid Pergentino

O profissional de compras deve ser comprometido com o consumidor e estar atento às suas mudanças de comportamento. Consequentemente, sua eficiência está diretamente ligada às vendas e ao resultado operacional da empresa, ou seja, ao lucro. Hoje, a figura deste profissional compõe a área de Supply Chain, cuja responsabilidade envolve desde o desenvolvimento de coleções junto aos fornecedores até o resultado operacional por produto no ponto de venda. A melhor maneira para o comprador ser bemsucedido na equação estoque X vendas é fazer a gestão de categoria de produtos, gerenciando constantemente os produtos por categorias de forma a atender às necessidades dos consumidores e a aumentar a rentabilidade da empresa. Quando se define o papel de cada categoria no portifólio de uma empresa, é possível identificar quais produtos geram tráfego na loja, aumento do ticket médio ou maior rentabilidade, sendo, assim, possível gerenciar com maior eficiência os espaços, os preços e as promoções no ponto de venda. A Gestão de Categoria de Produtos é uma forma de manter a empresa com foco no que é importante: planejamento de compras. Ingrid Pergentino é especialista em Gestão de Canais de Vendas e Gestão de Varejo, diretora da Treine&Venda e professora do Istituto Europeo di Design.

SC TRADE SHOW MAG

14

com o lado objetivo e numérico do comercial”, confirma a especialista. Na prática, o dia a dia deste profissional é um exercício de observação de tendências e de análise de planilhas. Renner Dionísio Gomes, diretor de compras da rede Rival, de Goiás, afirma que é necessário olhar pra frente com o objetivo de não ser surpreendido. “É preciso estar por dentro das tendências e ter opinião na hora da compra”. Outro desafio é delegar as funções do comprador. Na maioria das pequenas empresas, a centralização das compras fica na mão do dono do negócio. No entanto, com o crescimento, é necessária uma maior profissionalização. Na Rival, por exemplo, o departamento de compras hoje é todo sistematizado e conta com seis profissionais, cada um responsável por uma linha de produto que abastece as quase vinte lojas da rede. Segundo Pastore, o pequeno empresário acumula atividades e, à medida que cresce, sai da função de comerciante para a de empresário. É neste momento de transição que é importante se estruturar um departamento de compras. “Não é um processo simples para o dono formar gente. É preciso dominar todo o processo, como se compra, como é feita a armazenagem, a tributação, a sistematização e até os cálculos básicos de matemática financeira. A precificação é muito importante para o desempenho lucrativo da empresa”, confirma o especialista. Outra questão apontada para o sucesso das vendas é o planejamento na hora das compras. As pequenas e médias empresas costumam concentrar suas compras através de visitas a showrooms, atendendo a representantes e participando de feiras, como o SC Trade Show. Para Ingrid, é preciso organizar a visita a esses eventos com foco nos produtos mais rentáveis. O diretor de compras da Rival ainda dá outra dica. “O primeiro dia de feira é só pra pesquisar, só depois de analisarmos tudo é que fazemos o pedido”, afirma. Dessa maneira, munido de relatórios, planejamento e um olhar apurado para tendências, é só se preparar para enfrentar a maratona de compras.


PRODUTO CERTO NA HORA CERTA As lojas conceito são uma tendência atual do varejo, com mix de produtos e visual para merchandising ousado, e proporcionam uma nova experiência de compra. Nina Giacomini é proprietária e responsável pelas compras da Über Store e conversa com a SC Trade Show Mag sobre como acertar a mão na hora de comprar peças conceituais e ainda ter foco no comercial. Qual é a importância estratégica do profissional de compras no varejo? É necessário um estudo minucioso do padrão de consumo das minhas clientes para que eu as atenda com o produto certo na hora certa. A venda é a parte fácil do meu negócio. Já a compra, provavelmente, é a mais difícil. É desgastante, pois exige muito estudo e muitas horas de trabalho para se fazer um bom planejamento. Quando abriu a loja, como se deu o processo de compras? Em que se baseou para a escolha das marcas e do mix de produtos? Hoje represento mais de 40 marcas exclusivas em SC. Meu principal foco era compor um mix com o qual eu pudesse atender qualquer situação na rotina dos meus clientes: trabalho, lazer, esporte, festas, etc. Então, minha primeira compra foi assessorada por um “comprador profissional” que me orientou sobre quantidade, grade de cada marca, compra mínima e outras situações baseadas no plano de negócios que tracei por quase dois anos. Hoje, faço as compras sozinha, pois tenho, além de relatórios gerenciais, a noção do dia a dia da operação, já que estou 80% do tempo dentro do ponto de venda. Como se prepara para comprar? Analiso “um milhão” de relatórios e uso a minha intuição. Estudo também o padrão de consumo das mulheres e dos homens de Florianópolis, que é bem diferente do restante do Brasil. Além disso, procuro usar meus tênis favoritos e roupas confortáveis, pois é uma maratona de quinze dias que praticamente não como nem durmo direito. Qual é a importância do histórico de vendas e da projeção de crescimento para o processo de compra? São vitais. Seria um suicídio ir às compras separando simplesmente o que você acha bonito. É preciso saber o que vendeu, o que não vendeu, o que a cliente veio em busca e você não tinha e, principalmente, o cenário futuro da sua operação. Sem isso, a empresa está fadada a não sobreviver a médio prazo. 15

SC TRADE SHOW MAG


Fotos Andreia Passos


processo criativo

Dose

D up l a

Os novos queridinhos da moda agora vêm aos pares. Da Proenza Schouler a Marc by Marc Jacobs, as duplas criativas aparecem como a nova aposta do mercado para injetar frescor às marcas e incrementar as vendas.

T

he power of two”. Foi com esse título sugestivo que a revista Vogue promoveu a conversa sobre o poder das duplas criativas na moda, durante o evento Vogue Festival 2014, que aconteceu em Londres, nos dias 29 e 30 de março. No encontro, que reuniu várias personalidades da moda internacional, um dos destaques foi o sucesso de marcas que apostam em dois criativos para o desenvolvimento de produtos. A conversa foi mediada pela editora da Vogue inglesa, Alexandra Shulman, e trouxe a participação de duas das duplas mais influentes do momento, Jack McCollough e Lazaro Hernandez, duo por trás da Proenza Schouler; e Luella Bartley e Katie Hillier, recém-contratadas para assumir a direção criativa da Marc by Marc Jacobs. Mas, afinal, o que representa essa união de forças criativas no processo de criação de uma

marca? Quais as vantagens e os desafios de se ter um parceiro para trocar as ideias e dividir os problemas na construção de uma coleção? As duplas foram unânimes em afirmar que a profissionalização do setor (capitaneada pelos grandes conglomerados de luxo) e as exigências de se desenvolver cada vez mais produtos e coleções para incrementar as vendas tornaram a sintonia entre as duplas criativas uma vantagem competitiva para as empresas. É aquela velha história: duas cabeças pensam melhor do que uma. “É legal trabalhar em dupla, pois conseguimos superar os desafios mais facilmente”, resume Luella. Os dois designers da Proenza Schouler - marca feminina responsável pela criação da PS1, uma das bolsas desejo das últimas temporadas – também parecem muito confortáveis com o trabalho em parceria. Eles exibem a sintonia de

17

SC TRADE SHOW MAG


processo criativo

As duplas da Proenza Schouler e Marc by Marc Jacobs

quem já trabalha junto há muito tempo, riem das mesmas piadas e falam a mesma frase ao mesmo tempo em diversas ocasiões. A trajetória da dupla começou quando os dois se conheceram no curso de moda da Parsons School of Design. E, estranhamente, foi o fato de terem histórias de vida bem diferentes que os aproximou. Hernandez estudava medicina e vem de uma família cubana radicada em Miami. Jack cursava a faculdade de artes e é de uma família de classe média de New Jersey. Os dois começaram a carreira unindo esses backgrounds para o desenvolvimento de suas primeiras coleções. A junção desses repertórios distintos acabou se tornando um dos grandes diferenciais do trabalho da dupla. “Normalmente quando estamos sentindo coisas diferentes um do outro é que saem nossas melhores coleções”, afirma Jack. Luella e Katie também acreditam que a jun-

SC TRADE SHOW MAG

18

ção de repertórios contribui para a riqueza na criação. Contratadas recentemente para recuperar o prestígio da Marc by Marc Jacobs – marca jovem do estilista Marc Jacobs -, as diferenças na personalidade de cada uma complementam o processo de desenvolvimento dos produtos. Katie é organizada e, como diretora criativa, vive imersa na criação e também nas planilhas, gerenciando custos e fazendo projeções. Já Luella, à frente da linha feminina da marca, tem a personalidade criativa; sua mesa é repleta de papéis, imagens e tecidos que auxiliam no seu caótico método de criação. “Eu amo moodboards. Nós falamos a linguagem visual, então visualizar as coisas ajuda muito”, afirma Luella. O resultado foi a coleção de inverno 2015 extremamente elogiada e que recuperou o frescor da marca. Outro aspecto fundamental para o processo criativo é a pesquisa. Para a dupla da Proenza


processo criativo

Vogue Festival 2014

Schouler, a pesquisa é fundamental para a criação a dois, pois é a oportunidade de sintonizar as ideias e também de entrar em contato com o pensamento de cada um, especialmente quando essa pesquisa é feita em lugares que fogem do circuito da moda – o duo já passou três semanas em um safári na África para intensificar esse processo de imersão. “Não dá pra ficar o tempo todo no vórtex da moda, ou vamos referenciar a moda o tempo todo”, constata Lazaro. Durante o trabalho de desenvolvimento de produtos, é comum os dois se ausentarem da empresa por duas semanas para desenhar os croquis da nova coleção. Segundo Jack, com o volume de coisas para fazer no dia a dia da marca, é impossível se concentrar para desenhar no escritório. No entanto, apesar da sinergia entre as duplas na hora da criação, algumas questões ainda são delicadas e mexem com o ego dos criativos. Durante o processo de concepção de uma co-

leção, ideias opostas e repertórios distintos são bem-vindos, mas, na hora de definir o produto, quem toma a decisão final? “No papel, eu tenho a última palavra, mas procuro sempre consultar a Luella e, se for a melhor decisão, nós abraçamos”, comenta Katie. Luella concorda e atesta que o diálogo é fundamental quando a criação tem dupla autoria. Já na Proenza Schouler, os critérios de avaliação não são tão claros: “É sempre um momento delicado porque, em criação, as decisões são sempre muito subjetivas”, afirma Lazaro. Apesar dos momentos conflitantes, o sucesso da Proenza Schouler e o bem recebido desfile de estreia de Luella e Katie na Marc by Marc Jacobs mostram que, quando em sintonia, o trabalho em parceria pode se tornar uma dose dupla de criatividade e injetar frescor na criação de moda.

19

SC TRADE SHOW MAG


talento

OS NOVO S

M ESTRES DA S SO L AS

Criação de Nicholas Kirkwood

Conheça os jovens responsáveis por criar os sapatos mais cobiçados no mundo

SC TRADE SHOW MAG

20

Os sapatos deixaram de ser apenas objeto de utilidade, adquiriram status de obras de arte e podem custar mais do que joias. Alguns designers já construíram uma reputação sólida e têm seguidores fiéis em todo o mundo. É o caso do mestre das solas vermelhas Christian Louboutin; do luxuoso Manolo Blahnik, o preferido de Carrie Bradshaw, da série Sex and The City; e do britânico Jimmy Choo, sempre nos pés da Princesa Diana. Apesar de continuarem como grande referência no mercado de calçados e acessórios, há uma nova geração muito criativa e que já está entre os designers preferidos das fashionistas e celebridades internacionais. Conheça um pouco mais de cinco representantes desses jovens talentosos.


NICHOLAS KIRKWOOD Um dos maiores representantes da nova geração de designers de sapatos é o britânico Nicholas Kirkwood. Aos 33 anos, coleciona um currículo extenso de prêmios e parcerias e é conhecido por seus modelos arquitetônicos com linhas marcantes, saltos muito altos e materiais diferenciados. Filho de mãe brasileira, Nicholas estudou na reconhecida Central Saint Martins e no Cordwainers College, divisão do renomado London College of Fashion voltada para bolsas, acessórios e sapatos. Em 2005, exibiu sua primeira coleção própria, que lhe rendeu o prêmio de talento emergente pela Condé Nast/Footwear News em 2006. Kirkwood já colaborou com Chloé, Rodarte, Ateliê Swarovski, Victoria’s Secrets, Fendi e Peter Pilotto. Em 2008, foi designado diretor de acessórios da grife italiana Pollini e, em 2011, lançou a coleção em parceria com a Fundação Keith Haring na abertura de sua primeira butique em Londres. Em 2013, desenvolveu sua primeira coleção masculina e vendeu a maior parte de sua marca para o grupo LVMH, que detém outros nomes de prestígio, como Louis Vuitton, Céline e Givenchy. Nicholas ganhou o prêmio British Fashion Awards como melhor designer de acessórios nos anos de 2010, 2012 e 2013. Entre as celebridades que usam seus modelos estão a cantora Lady Gaga, as atrizes Jessica Alba e Julianne Moore e a fashionista inglesa Alexa Chung.

21

SC TRADE SHOW MAG


talento

CHARLOTTE OLYMPIA Filha da modelo brasileira Andréa de Magalhães Vieira e irmã da top model Alice Dellal, a designer radicada em Londres Charlotte Olympia Dellal é mestre em criar it sapatos. Frequentou o renomado Cordwainers College, referência na criação de acessórios e calçados, e, em 2008, aos 27 anos, lançou a marca que leva o seu nome. De lá para os dias de hoje, o sucesso de seus modelos inusitados renderam-lhe o prêmio British Fashion Awards, como Designer de Acessórios, em 2011. A marca registrada de Charlotte é trazer elementos lúdicos e coloridos para os pés de mulheres, crianças e homens. A inspiração vem da Hollywood antiga e resulta nas famosas e copiadas sapatilhas de gatinho, nos pumps com meia-pata em destaque e nas clutches divertidas, que acompanham as fashionistas de qualquer parte do planeta. Todos os modelos são artesanalmente produzidos na Itália. A designer recentemente desenvolveu uma linha para noivas que busca fugir do tradicional scarpin branco - as “runaway brides” podem encontrar até estampas de leopardo. A grife possui três lojas próprias: uma em Londres e duas nos Estados Unidos, além de ter suas peças disponíveis nas maiores lojas de departamento do mundo. Entre as celebridades que não dispensam os modelos de Olympia estão as atrizes Anne Hathaway e Zoey Deschanel, a cantora Katy Perry e a fashionista russa Miroslava Duma.

SC TRADE SHOW MAG

22


talento

LINDA DEL RIO JANSSON Fugindo da tendência dos saltos altos, a designer sueca radicada em Londres Linda Del Rio Jansson criou uma marca que traz flats inspirados nas tradicionais sandálias da família real espanhola, as Mallorquinas. Os pares da Del Rio London são produzidos manualmente no sul da Espanha, e cada um leva cerca de dois dias para ficar pronto – não existem duas peças idênticas. São usados métodos primitivos de tingimento e estamparia para reproduzir de maneira genuína as padronagens de cobra, python e croco. As solas, por sua vez, são feitas a partir de pneus reciclados, e as caixas são produzidas com papel reciclado. O envolvimento ambiental vai além: para cada par comprado, uma árvore é plantada em Uganda, numa parceria com o programa “Tree Talk”. As criações de Del Rio London vão desde os modelos mais clássicos, lisos de couro, até os mais fashionistas, como os de glitter, croco e metálico. Desde o lançamento, em 2010, as luxuosas rasteiras foram conquistando espaço pelo mundo e hoje são vendidas em importantes multimarcas na Europa, no Oriente Médio, no Japão e nos Estados Unidos. Em 2011, Linda foi escolhida uma das seis designers emergentes pela influente publicação WWD. A versão atual das Mallorquinas já foi usada por membros da família real britânica e pela cantora Miley Cyrus, além de estampar diversos editoriais de revistas de moda internacionais.


talento

NORITAKA TATEHANA

Com uma identidade marcante, o japonês Noritaka Tatehana cria verdadeiras obras de arte para serem calçadas. Os saltos monumentais, que podem passar dos 45 cm, chamaram a atenção da cantora pop Lady Gaga, fã nº 1 do designer. Tatehana buscou inspiração nos sapatos de madeira usados pelas gueixas antigamente e desenvolveu peças nas quais todo o peso fica na parte dos dedos. Noritaka estudou Belas Artes e Escultura na Universidade Nacional de Artes de Tóquio e especializou-se em tinturaria e tecelagem. Em 2010, aos 25 anos, abriu a maison que leva seu nome, e seu ateliê é vizinho de grandes nomes da moda japonesa, como Issey Miyake e Yoji Yamamoto. Todo o processo de produção dos modelos é realizado manualmente pelo próprio designer. A fila de espera por um produto chega a seis meses. Além de Lady Gaga, a fashionista Daphne Guinness é adepta dos saltos esculturais. Em 2012, os modelos de Tatehana participaram da exposição “Shoe Obsession”, no Fashion Institute of Technology (FIT), em Nova York, ao lado de Manolo Blahnik, Christian Louboutin e Charlotte Olympia. Em 2013, em parceria com o diretor de criação das marcas Nike e Reebok, Yoichiro Kitadate, lançou a Daughters, uma coleção cápsula de tênis em couro tingido com técnica japonesa.

SC TRADE SHOW MAG

24



talento

SOPHIA WEBSTER A nova sensação entre as estrelas de Hollywood são as criações divertidas e coloridas de Sophia Webster. Com apenas 27 anos, a britânica fez a estreia da grife própria na Primavera-Verão 2013. Antes disso, Sophia estudou no Cordwainers College, voltado para bolsas, acessórios e sapatos, e fez mestrado no Royal College of Art. Após a graduação, em 2010, foi assistente de Nicholas Kirkwood por três anos, até abrir a marca que leva seu nome. Os modelos desenhados por Sophia têm muita personalidade: cores fortes, detalhes bem-humorados e inspiração nas obras da artista plástica japonesa Yayoi Kusama, que tem o poá como marca registrada. A identidade da jovem talentosa é imprimida em sandálias, plataformas, abotinados, clutches e peças da linha infantil. Ao contrário da tendência dos saltos altíssimos, os da designer não passam dos 10 cm, e seus sapatos são produzidos por aqui, no polo de Novo Hamburgo, no Rio Grande do Sul. A coleção de Webster pode ser encontrada nas melhores lojas de departamento mundo afora, e o plano é inaugurar a primeira flagship em 2015, em Londres. A lista de fãs das criações de Sophia só cresce, e nela estão nomes como a editora da Vogue Japão, Anna Dello Russo; as irmãs Kardashian; e as cantoras Rita Ora e Rihanna, que tem um abotinado que leva seu nome, o Riri. Entre os prêmios já conquistados está o de Designer de Acessórios Emergente no British Fashion Award 2013.

SC TRADE SHOW MAG

26



DROPS

Cinema marque na agenda! A Culpa é das Estrelas Drama com a direção de Josh Boone, baseado no livro de John Green. A trama retrata o relacionamento entre Hazel e Gus, dois adolescentes que se conhecem em um grupo de apoio a pacientes com câncer e vivem uma história de amor. No elenco, Shailene Woodley (Os Descendentes), Ansel Elgort (Carrie, a Estranha), Willem Dafoe (Coração Selvagem) e Laura Dern (Império dos Sonhos). Previsão de estreia no Brasil - 13 de junho de 2014

Malévola É a história da vilã que amaldiçoa a princesa Aurora, do conto A Bela Adormecida, ao sono eterno. No filme, vamos conhecer o que endureceu o coração de Malévola e a razão da maldição. A direção é de Robert Stromberg, designer de produção de Avatar e Alice no País das Maravilhas. No elenco, Angelina Jolie, Elle Fanning (Super 8), Miranda Richardson (Harry Potter) e Sam Riley (Na Estrada). Previsão de estreia no Brasil – 30 de maio de 2014

Chef Nesta comédia, o chef de cozinha Carl Casper pede demissão do restaurante onde trabalha e abre o seu próprio “food truck”, redescobrindo o prazer da gastronomia. Dirigido e estrelado por Jon Favreau, ainda traz no elenco Sofia Vergara (Modern Family), Scarlett Johansson (Os Vingadores) e Dustin Hoffman (Mais estranho que a ficção). Previsão de estreia no Brasil – 05 de junho de 2014

Rio, Eu Te Amo Depois de Paris e Nova York, é o Rio de Janeiro que ganha homenagem de cineastas do mundo inteiro, como Paolo Sorrentino (A Grande Beleza), Fernando Meirelles (Cidade de Deus), Carlos Saldanha (Rio) e Guillermo Arriaga (Babel). O filme é a reunião de dez curtas-metragens sobre o amor, tendo como cenário a cidade maravilhosa. Previsão de estreia no Brasil 12 de setembro de 2014

VIAGEM Pret-à-Portea primavera/verão 2014

O Hotel Berkeley, em Londres, lançou sua coleção Pret-à-Portea primavera/verão 2014 para as fashionistas aproveitarem o tradicional ‘chá das cinco’ inglês. No cardápio, bolsa Miu Miu e sapato Louboutin. O Caramel Room do Berkeley abre todos os dias a partir das 13h. Endereço: The Berkeley, Wilton Place, Knightsbridge, Londres - SW1X 7RL SC TRADE SHOW MAG

28



DROPS

EVENTOS ao redor do mundo

Fashion Factory / Milão, Itália Trade Show italiano totalmente dedicado a acessórios inovadores. A maioria dos expositores são italianos, já que o país tem tradição na criação e produção de acessórios de moda. O evento acontece paralelamente à Semana de Moda de Milão.

CPH Vision / Copenhagen, Dinamarca Moda feminina, novos estilistas e design escandinavo são apresentados na CPH Vision. No Terminal-2, compradores encontram um mix de marcas locais e internacionais, tradicionais, urbanos e denim. Quando é? De 03 a 06 de agosto de 2014 http://www.cphvision.dk/

Quando é? De 20 a 22 de setembro de 2014 http://www.minext.it/en

música para ouvir Na Medida do Impossível Fernanda Takai O disco solo da cantora do Pato Fu traz a participação de diversos artistas na composição e na interpretação das canções. Assinam com ela, Marcelo Bonfá (“De um Jeito ou de Outro”) e Pitty (“Seu Tipo”). Fernanda também resgatou composições de outros artistas como Reginaldo Rossi, Julieta Venegas, George Michael e Benito di Paula. Uma das faixas que mais se destacam, caracterizada por um arranjo de sons de videogame, é “Amar como Jesus Amou”, de autoria de Padre Zezinho e com o apoio vocal do Padre Fábio de Melo. Supermodel Foster the People Depois dos sucessos “Pumped Up Kicks” e “Call It What You Want”, o Foster the People lança seu segundo álbum. As três primeiras faixas “Are You What You Wanna Be?”, “Ask Yourself” e “Coming of Age” são perfeitas para continuar a agradar os fãs da banda.

SC TRADE SHOW MAG

30

Tranoi / Paris, França Durante a Semana de Moda de Paris, é realizada a Tranoi, em locais de prestígio da cidade. O evento reúne designers internacionais premium, instalações artísticas, desfiles e exposições. Quando é? De 26 a 29 de setembro de 2014 http://www.tranoi.com/

roomsLINK / Tóquio, Japão Feira de moda realizada duas vezes ao ano para apresentar as últimas tendências da moda asiática. Expositores são previamente analisados para manter a qualidade do evento. A roomsLINK é realizada também nas cidades de Seul e Taipei com exposições, desfiles e instalações interativas. Quando é? Outubro de 2014 (dias ainda não divulgados) http://www.roomslink.com/

Blank Project Neneh Cherry Blank Project é o primeiro álbum de Neneh Cherry desde Man, de 1996. As faixas passeiam por diversos estilos musicais como rap, pop, jazz, música eletrônica e R&B.

Gilbertos Samba Gilberto Gil Neste álbum, dez sambas gravados por João Gilberto entre 1959 e 2004 ganham a bossa nova do tropicalista Gilberto Gil. Violão e percussão eletrônica bastam para sustentar a leveza das faixas. “Desafinado”, hino-manifesto da bossa, evidencia o caráter histórico desta obra, como aponta Caetano Veloso no texto reproduzido no encarte.


Desfrute dos encantos do Sítio Nona Lurdes, permita-se ficar por horas esparramado na cama, aprecie um bom banho, saboreie nossa gastronomia, encante-se com o canto dos pássaros, deleite-se no embalo de uma rede entre as árvores, respire ar puro, leia um bom livro na varanda, sente-se em um banco e admire a bucólica paisagem, caminhe descalço na grama, colha uma fruta e deguste com prazer, brinque com o animais, tire muitas fotos e, se com tudo isso ainda sentir saudades do mundo lá fora, assista televisão ou acesse a Internet.

Rua Augusto Marcos Soares, 2365 | Rio do Braço | 88240-000 | São João Batista | Santa Catarina (48) 3265-2885 | 3265-5077

www.sitiononalurdes.com.br


DROPS

livros

Where’d You Get Those? 10th Anniversary Edition, Bobbito Garcia

Courrèges, Erik Orsenna Esta edição limitada (apenas 6 mil exemplares) traz as cores e os materiais de Courrèges, que marcaram principalmente a década de 60. No livro, fotos de William Klein, Helmut Newton, Jeanloup Sieff , Peter Knapp, entre outros. Para amantes da história da moda e colecionadores.

São mais de 400 pares de tênis documentados em um formato ilustrado e cronológico.

http://www.freebook.com.br

http://www.freebook.com.br

David Bowie O livro retrata a exposição sobre o artista que está percorrendo o mundo, montada originalmente no Victoria and Albert Museum, em Londres, entre os meses de março e agosto de 2013. Nas páginas, é possível conhecer sua carreira desde a juventude, influências, curiosidades, letras originais, trajes de shows, fotos e objetos pessoais – tudo direto do arquivo pessoal de Bowie. Grande nome na música, na moda e na arte do século XX. http://www.cosacnaify.com.br

TOP 3 Para saber mais sobre comportamento do consumidor, confira os top 3 livros da professora Ilma Godoy, especialista e consultora na área de tendências de moda e comportamento do consumidor.

SC TRADE SHOW MAG

32

anote aqui! Série Disquete – Libretto Cadernos artesanais em forma de disquete, com armazenamento ilimitado. Onde encontrar? loja.meulibretto.com

“Vida Líquida” de Zygmunt Bauman: o sociólogo polonês Bauman chama a atenção para os problemas que a atual condição do sistema capitalista suscita no ser humano. Entre a necessidade de se adequar ao ritmo destrutivo-criativo dos mercados e o medo de ficar defasado, torna-se indispensável.

“O que é o futuro?” de Francesco Morace: exploração sociológica que busca analisar a forma como pensamos sobre o futuro ontem e hoje, propondo uma previsão terapêutica para nossa civilização “doente” em um mundo cada vez mais globalizado e interligado. Morace é sociólogo, autor e jornalista, presidente do Future Concept Lab e consultor estratégico de empresas e instituições internacionais, e trabalha há mais de 30 anos em pesquisa social e de mercado.

“O Guia do Caçador de Tendências: como identificar as forças invisíveis que moldam os negócios, a sociedade e a vida” de Magnus Lindkvist: o livro mostra como identificar tendências, as microtendências que afetam a moda e as expressões do cotidiano, as macrotendências que interferem na economia, na política e na tecnologia, as megatendências que causam mudanças sociais mais profundas e até as gigatendências que afetam regiões ou países.


33

SC TRADE SHOW MAG


exportação

em

busca de novos

mercados SC TRADE SHOW MAG

34


Foto Divulgação Texbrasil

Com o apoio da Texbrasil, designers nacionais participam da Colombiatex

A

moda brasileira é dinâmica, criativa e colorida. A estamparia é diferenciada, e o país, inovador também no desenvolvimento de matéria-prima, como o algodão naturalmente colorido. Além disso, o Brasil é um dos únicos países no mundo que tem todo o processo produtivo, desde as fibras até o design. Destaca-se também a versatilidade da mão-de -obra brasileira, a inegável qualidade e a vontade de conquistar novos consumidores além das divisas nacionais. Os setores têxtil e de vestuário podem recorrer

ao Programa de Internacionalização da Indústria da Moda Brasileira (Texbrasil), do qual participam 300 empresas nacionais. Desde 2000, o Texbrasil presta auxílio para as empresas destes setores se internacionalizarem, auxiliando em todas as etapas do processo exportador, desde a preparação de uma iniciante até uma ação de uma já internacionalizada. O Programa é mantido pela Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit) e pela Agência Brasileira de Promoção de Exportação e Investimentos (Apex-Brasil). Essas instituições acreditam que

35

SC TRADE SHOW MAG


Foto Divulgação Texbrasil

Fotos DivulgaçãoRaphaella Booz

exportação

A Raphaella Booz exporta para 26 países

Expositor brasileiro participa de feira internacional através do Texbrasil

internacionalizar é uma estratégia para o desenvolvimento da indústria brasileira. “Estimula o design e a inovação, aumenta o nível tecnológico e a produtividade, amplia consumidores e mercados e gera sustentabilidade empresarial”, diz Lilian Kaddissi, gerente executiva do Texbrasil. Entre as principais iniciativas do Texbrasil estão a organização de encontros com compradores e jornalistas internacionais e a participação em feiras e eventos em diversos países. Atualmente, entre os maiores desafios que as marcas nacionais precisam enfrentar quando decidem exportar, segundo Lilian Kaddissi, está a busca por parceiros internacionais que garantam acordos e favoreçam o crescimento econômico bilateral dos países através de conceitos de ética, responsabilidade e práticas legais de comércio. “Para combater essa questão, a indústria deve buscar a inovação constante, com produtos de maior valor agregado. Do ponto de vista estrutural, houve muitos avanços políticos nos últimos anos e o governo continua aberto ao diálogo. Há sérias questões a serem resolvidas, como a carga tributária. É necessário reduzir os encargos trabalhistas, isentar os investimentos de tributos e desonerar as exportações, não apenas para o setor têxtil, mas para a indústria brasileira em geral”, explica a gerente.

SC TRADE SHOW MAG

36

Nos primeiros meses de 2014, as marcas Der Metropol, Gralias, Trendt e Karin Feller, integrantes do Projeto BtoBe (Brazilians to Be), iniciativa da Casa de Criadores em parceria com o Texbrasil, chegaram a 15 lojas japonesas. Os primeiros contatos entre as marcas e o mercado japonês foram realizados na Who’s Next de Paris, em janeiro. Na feira, também foram feitas vendas para Espanha, Turquia, Estados Unidos e Arábia Saudita. De São João Batista, a Raphaella Booz exporta desde 1995. Sua primeira venda internacional foi para o Japão. Atualmente, comercializa seus produtos em 26 países, com destaque para os asiáticos e vizinhos da América do Sul. Segundo o gerente de exportação da marca, Marcos Booz da Silva, o diferencial dos seus produtos está no design e na qualidade, alinhados a preços competitivos. Apesar da crise econômica mundial, que afetou negativamente as exportações em 2009, Marcos tem boa perspectiva de crescimento das vendas internacionais em 2014. “Estamos planejando um crescimento de 10 a 12% em comparação ao ano anterior e também a abertura e o posicionamento de marca em novos mercados como Peru, Estados Unidos e União Europeia”, conclui.



A ic么nica bolsa Kelly exibe outros diversos modelos da grife Herm猫s


PONTO DE VENDA

l V isua

Merchandising

muito além das vitrines

U

ma vitrine bem trabalhada e criativa tem a função de seduzir o consumidor para dentro de uma loja, mas a ambientação do local também precisa agradar. E é esta a tarefa do visual merchandiser, responsável pela atmosfera de todo o espaço, como a arquitetura comercial, a produção de moda e o vitrinismo. Também é sua função entender o comportamento humano, o perfil do consumidor e suas características psicográficas, suas motivações e seus valores, associados a técnicas de marketing e vendas. Nas lojas de roupas e calçados, é importante entender a proposta da coleção exposta no ponto de venda. A partir deste conceito, são pensados o visual da vitrine e a ambientação da loja. É o visual merchandiser quem escolhe, com o planejamento de vendas, as peças expostas na vitrine, a setorização e a disposição dos produtos. Segundo a arquiteta e visual merchandiser Cintia Lie Matuzawa, o varejo não pode ignorar o visual merchandising (VM), parte importante na hora de conquistar o cliente. “Atualmente o mercado varejista enfrenta uma concorrência que se ampliou com a entrada de produtos chineses, colocando os preços num patamar impossível de concorrer. Obviamente, não concorremos somente na categoria preço, mas buscar um diferencial é de suma importância. O que quer que seja - um estudo estratégico de mercado, um branding elaborado, um marketing es-

pecífico ou um projeto de arquitetura comercial assertivo -, o varejista deve saber como reparar a brecha e se reposicionar”, explica Matuzawa. No visual merchandising, técnicas são pensadas para acionar os sentidos através de uma trilha sonora (audição), um aroma (olfato), uma poltrona confortável (tato) e uma boa iluminação (visão). Os produtos e serviços devem estar especialmente direcionados ao cliente. Esse conjunto de ações cria uma experiência sensorial e gera informações na memória do cliente, transformando uma simples compra em uma experiência emocional.

O consumidor não quer comprar o produto pelo produto, mas quer ter uma experiência de compra. Como o varejista pode se diferenciar? Não são somente as redes de lojas, os magazines, os supermercados, as lojas de shopping ou de grandes marcas que podem desenvolver o visual merchandising e repensar seus pontos de venda. Um bom projeto arquitetônico em VM pode aumentar em até 50% as vendas. O layout projetado pode setorizar tudo o que a loja oferecer, facilitando a busca por um determinado produto.

39

SC TRADE SHOW MAG


ponto de venda

Entender o nicho em que o varejista atua é a primeira tarefa. A partir daí, é possível construir a identidade dos produtos e serviços, a arquitetura, como será o atendimento ao cliente, o preço, a localização e o perfil do seu consumidor. Matuzawa conta que descobrir onde está seu público consumidor, com produtos que ele necessita ou que lhe agradem, mais o valor agregado e o valor percebido, são fatores que não podem ser ignorados, porém isso não garante o sucesso do ponto de venda. “Um bom atendimento, o pós-venda eficiente e a agilidade nas respostas vão garantir, acima de tudo, o início de uma fidelização. Mas o cliente é instável. Hoje ele está conosco, amanhã pode estar com o concorrente. A fidelidade do cliente exige muito trabalho, atenção às mudanças e abertura aos novos consumidores e comportamentos”, conclui. O varejista pode se diferenciar começando com um bom projeto de arquitetura comercial que atenda às necessidades do lojista, da marca e do produto. A exposição correta atrai a atenção do cliente para os produtos e serviços de maneira eficiente dentro do ponto de venda. “Pensar não só na parte estética, mas no espaço e nos tipos de equipamentos, e no

ilumine sua loja

Projeto arquitetônico arrojado

Capriche na ambientação

Pense em detalhes inusitados

seja criativo Seduza o cliente Conheça a identidade da sua marca

SC TRADE SHOW MAG

40


ponto de venda

“No caso de bolsas e calçados, os expositores devem seguir a proposta de branding da marca. Hoje o lojista não precisa mais ficar preso aos displays de acrílico ou veludo que tanto foram usados nas lojas. Dependendo do perfil do seu produto e do seu cliente, quem ditará esta exibição é a criatividade unida à identidade visual existente. As tendências em VM vão acompanhar o posicionamento dos produtos e serviços, os estilos de decoração de interiores, as artes e as mudanças de comportamento”.

Vitrine cenográfica

Cintia Lie Matuzawa - arquiteta, visual merchandiser e professora de pós-graduação em Design de Interiores no Istituto Europeo di Design

SKU (store keeping units, unidade de medida de produto por exposição). Um exemplo é a loja da Apple em Nova Iorque. A arquitetura reflete o espírito da marca, e a exposição confortável dos produtos facilita o acesso para os clientes ávidos por conhecer novas tecnologias. É importante buscar um arquiteto que seja expert na área de lojas, pois os projetos diferem radicalmente na sua concepção”, diz Matuzawa. O VM é a ferramenta responsável por gerar tangibilidade à marca e aos produtos através de um ambiente convidativo, aconchegante e que propicia relacionamento e bem estar, ou melhor, é quem cumpre todas as promessas da comunicação. Heloisa Omine, sócia-diretora da R2E by Shopfitting, empresa especializada em store design, visual merchandising, marketing sensorial e comunicação visual, acredita que o varejista pode se diferenciar quando pensa o VM da sua loja. “Os ambientes convidativos, de descompressão, são os mais atrativos para o consumidor. Quanto mais tempo ele passa na loja com prazer, mais ele se dispõe a comprar, portanto, utilizar esses recursos em sintonia com a proposta da marca acaba se tornando a razão de ser da loja”, explica.

Mostre o universo da sua marca

Explore o conceito da coleção

A exibição de bolsas e sapatos Alguns elementos não podem ser ignorados pelo varejista no visual merchandising, como o cuidado diário da exposição do produto, a reposição, a troca semanal dos produtos da vitrine, o cenário da vitrine a cada coleção, a organização da loja, o bom humor e a simpatia dos colaboradores. É interessante entender qual é a finalidade da vitrine

Quem não é louca por sapatos?

41

SC TRADE SHOW MAG


ponto de venda

Valorize o produto

para definir o que e como será implantada a exposição, e agregar a imagem de moda com as propostas do momento para a estação. Outro aspecto é que, quanto melhor exposto, maior a probabilidade de o produto ser selecionado. A iluminação também deve ser adequada, assim o cliente poderá se sentir mais confortável dentro do ponto de venda e o produto ser corretamente apreciado, visualizando melhor suas cores e seus detalhes. O uso de fluorescentes dentro das lojas, apesar de econômico, é antiquado e não reproduz com fidelidade as cores dos tecidos e das superfícies coloridas, por exemplo.

O sonho da bailarina e subir neste palco

“A tendência em VM para os próximos anos é trabalhar com os processos experienciais e sensoriais – a iluminação, as texturas, as formas, o aroma, a música, tudo voltado para expor melhor o produto e a marca, propiciando relacionamento com a identidade que ela propõe”. Heloisa Omine, sócia-diretora da R2E by Shopfitting

elementos divertidos SC TRADE SHOW MAG

42



Primavera

Ver達o

2015

48 3265-5400

|

www.zabumbacalcados.com.br


CHANEL

summerTIME As tendências das passarelas internacionais propõem um verão 2014/15 vibrante e cheio de frescor. Para trazer as últimas novidades da nova temporada, a SC Trade Show Mag esteve presente no Vogue Festival 2014, em Londres, no final de março, e pode conferir de perto as tendências apontadas pelos editores da revista para esta estação.

45

SC TRADE SHOW MAG


kenzo tommy hilfiger

Fotos Divulgação

marc by marc jacobs PRADA

jil sander navy

céline

s po r t

SC TRADE SHOW MAG

46

STELLA MCCARTNEY

john galliano

SPORT

Os elementos do universo esportivo aparecem com tratamento de luxo. Para este verão, o visual sportwear promete transitar nas mais diferentes situações. Céline e Prada encabeçam a tendência caracterizada por detalhes de modelagens importados dos esportes, tecidos com aparência tecnológica e mistura de cores fortes e contrastantes.


CHANEL

calvin klein

barbara casasola

alexander wang

t r a ns par transparê ncias ências

STELLA MCCARTNEY

fendi

jonathan saunders

Os tecidos transparentes deixam de lado o apelo sensual e aparecem como proposta para os mais diversos estilos, do chique ao esportivo. A grande aposta para atualizar as transparências neste verão é usá-las de maneira minimalista, trazendo uma proposta gráfica ao look como mostram Alexander Wang, Calvin Klein e Barbara Casasola.

47

SC TRADE SHOW MAG


Fotos Divulgação

givenchy

valentino

NnOVO ovoT RIBtrA Li b al A inspiração em lugares distantes e países exóticos vem com novo frescor. Com roupagem mais delicada e ênfase nos acessórios, como na Marni e Chloé, a tendência promete agradar os mais diversos públicos. Os drapeados e as amarrações também evocam o estilo de maneira sutil e elegante. Já Valentino e Alexander McQueen vão na contramão do tribal discreto e apostam na força das cores e padronagens étnicas.

SC TRADE SHOW MAG

48


49

SC TRADE SHOW MAG

chloé

dries van noten

chloé

céline

marni

emilio pucci

alexander mcqueen

missoni


Fotos Divulgação

jil sander

house of holland

giambattista valli

fendi

ccrro op pto tp so p s

SC TRADE SHOW MAG

50

lacoste

kenzo

just cavalli

just cavalli

A barriga à mostra continua em alta nesse verão e vem nas mais diversas propostas. Os modelos tipo sutiã ou bem colados ao corpo foram a preferência de marcas com público mais jovem, como a Just Cavalli. Já as peças mais comportadas são a escolha de marcas como Lacoste, Kenzo e Jil Sander. Para tornar o visual mais usável, a sugestão é usar o crop top com um casaco, como fez a Fendi na passarela.


dries van noten

dries van noten STELLA MCCARTNEY

marc by marc jacobs

DOLCE & GABBANA Hermès

mary katrantzou dries van noten

As flores nas coleções de primavera e verão não são exatamente uma novidade. No entanto, essa padronagem aparece renovada por conta das proporções exageradas, como mostrado na Hermès, e no floral localizado, como propõem Dries Van Noten e Christopher Kane. Outra tendência forte são as plantas com referência à botânica – sem romantismo, mas com muito frescor.

jonathan saunders

christopher kane

fflloor re se s

51

SC TRADE SHOW MAG


céline

chloé

john galliano

marc by marc jacobs

max mara

proenza schouler

Fotos Divulgação

balenciaga tom ford

mo m ononcr o co máti r o mát co i c o Os looks monocromáticos aparecem nas passarelas internacionais de maneira democrática. Das cores fortes, como o laranja, aos dramáticos metalizados, passando pelos tons pastéis e por variações sutis de ton sur ton, o visual dos pés à cabeça é um hit da temporada. Além dos coloridos, as padronagens em preto e branco também aparecem nessa categoria, com estampas de apelo gráfico que dão frescor à combinação.

SC TRADE SHOW MAG

52


lanvin

victor & rolf


Fotos Divulgação

balmain

balmain versace

CHANEL

acne max mara

Com tecnologia que permite explorar os mais diversos caimentos e renovar o leque de lavagens desse material, o jeans roubou a cena na passarela da Chanel, Versace e Louis Vuitton. Esqueça a imagem street e casual do tecido. Desta vez, ele vem com acabamento de alta-costura, detalhes luxuosos e construção de alfaiataria – vale um olhar atencioso ao desfile da Balmain para entender a nova proposta do denim para o próximo verão.

SC TRADE SHOW MAG

54

louis vuitton

ddenim e ni m lovleove


christopher kane

r aiin bnow ra b odwress dr e ss

jil sander

CHANEL

diane von furstenberg

missoni

Capitaneadas pela Chanel, diversas marcas apresentaram vestidos com estampas coloridas para uma pitada de diversão na temporada. As padronagens são abstratas, e as cores são saturadas. A regra é não ter regra e abusar dessa explosão de cores em vestidos curtos, longos, para o dia ou para a noite. Perfeito para um verão tropical.

55

SC TRADE SHOW MAG


lanvin roksanda ilincic

Fotos Divulgação

alexander wang proenza schouler

alexander wang proenza schouler

alexander mcqueen miu miu

pprre e gaga s pse rpf eei ta rfe s i tas Quando pensar em saia no próximo verão, pense em pregas. Elas apareceram em diferentes comprimentos e modelagens. Desde um estilo colegial em comprimento micro, como nos desfiles de Alexander Wang e Miu Miu, até os modelos mais esvoaçantes em comprimento na altura do joelho, como visto nos desfiles da Proenza Schouler e da Lanvin.

SC TRADE SHOW MAG

56


céline

miu miu

PRADA

Bolsas e calçados são sempre a pedida certa para renovar o visual a cada estação e, para o verão, a inspiração para os acessórios vem com forte pegada esportiva. Os sapatos têm solados pesados e as bolsas vêm coloridas e divertidas. São acessórios extrovertidos que estão lá para serem notados. Mochilas e bolsas tipo saco são a grande aposta.

CHANEL

PRADA

fendi CHANEL

ac essórios ace ssórios

57

SC TRADE SHOW MAG




TROPICAL GARDEN

Foto Magno Bottrel Styling Andreia Schmidt Passos


Sandรกlia Zatz Legging Danilo Costa Blaser e colar acervo


Bolsa Torus Hot pant Janiero Blusa acervo


Sandรกlia Di Valentini Hot pant e bralet Janiero


Sandรกlia Camminare Bralet Janiero Legging Chita Brasil Bracelete acervo


Anabela Lia Line


Bolsa Torus


Sandรกlia Di Valentini Saia OF-Ficium T-shirt Koamo Colar e bracelete Izolo Bijoux



Rasteira Camminare Calテァa Marcia Melo Regata em couro e bolsa Torus テ田ulos acervo


Sandรกlia Di Valentini Hot pant Janiero e Bralet Vish + Janiero Clutch Torus

SC TRADE SHOW MAG

70


Bolsa Torus Cinto YĂœ Camisa Chita Brasil Hot pant Janiero

71

SC TRADE SHOW MAG


Sandรกlia Vionee Saia, regata, maxi colares e bracelete Torus


Bolsa Torus


Sandรกlia Ala


Sandรกlia Camminare Saia Joulik Body Of-Ficium Pulseiras Izolo Bijoux



Sandalia Show Rio Bolsa YÜ Vestido em couro Torus Pulseiras Izolo Bijoux

CRÉDITOS Beauty: Rafael Valentini Produção: Giu Brandão Modelo: Priscila Falaster (DN Models) Agradecimentos: Hotel Plaza Caldas da Imperatriz




2 1

3

7

4

6 5

8

Color Crush O grande hit para o próximo verão são bolsas e sapatos coloridos, que trazem o espírito leve e divertido desta estação. Seja qual for seu estilo, invista também em acessórios ousados e cheios de cores. Clássico reinventado A boa e velha combinação de preto e branco continua em alta e é sempre uma aposta clássica. 1. Sandália Isadora Oliveira 2. Colar Izolo Bijoux 3. Sandália Zatz 4. Colar Izolo Bijoux 5. Sandália Lia Line 6. Clutch branca tressê Torus 7. Pulseiras Izolo Bijoux 8. Sandália Di Valentini

SC TRADE SHOW MAG

80


1

3

2

orange O laranja aparece forte na temporada, trazendo frescor e levantando o astral de qualquer look. 1. Anabela Ana Aguiar 2. Anabela ALA 3. SandĂĄlia bicolor Di Valentini 4. Bolsa tressĂŞ Torus

4

81

SC TRADE SHOW MAG


2 1 3

4

5

6 7

brasilidade As cores puras, como o azul, o amarelo e o verde, prometem prolongar o clima da copa até os meses de calor. 1. Pendente folha em ouro amarelo Torus 2. Colar Izolo Bijoux 3 e 4. Scarpins Zabumba 5 e 6. Sapatilhas Pé na Rua 7. Bolsa YÜ Bolsas

SC TRADE SHOW MAG

82


10 anos

Criada por Edson Luiz Angeli e Rosi Meri dos Santos Angeli e sediada em São João Batista, a Menina Rio comemora dez anos. O nome da marca é uma homenagem à cidade do Rio de Janeiro, ponto de referência mundial quando o assunto é o Brasil com sua alegria e belezas naturais, além de sediar uma das sete maravilhas do mundo moderno. O outro motivo é emocional, pois, no ano da fundação da marca, nasceu a filha do casal. Voltada para o público infantil e infanto-juvenil, a Menina Rio preocupa-se em desenvolver calçados conectados com as grandes tendências mundiais, sem perder a essência do universo infantil. O resultado são produtos estilosos, confortáveis, com qualidade e design inovador. Segundo os fundadores, a marca busca excelência no mercado através da ética e transparência na relação com seus clientes, sua equipe de colaboradores, seus parceiros e seus fornecedores; com o meio ambiente; e com o desenvolvimento da comunidade local. Além de comercializar em todo o Brasil, a Menina Rio exporta 5% de sua produção para Colômbia, Portugal, Venezuela, Uruguai, Bolívia, Costa Rica, Equador, Israel, Peru, entre outros.

83

SC TRADE SHOW MAG


1 2

3

4

5

red power O vermelho aparece como uma alternativa para dar um ponto de cor no visual. 1. Pulseiras Izolo Bijoux 2. Sandália verniz com tachas Hoc Die 3. Sandália block hill preto com dourado Isadora Oliveira 4. Sandália animal print Século XXX 5. Clutch YÜ Bolsas

SC TRADE SHOW MAG

84


INOVAÇÃO

O V O UM N EITO C CON ANDS T EM S

COMPROMETIMENTO CRIATIVIDADE

PRESENTE NOS PRINCIPAIS EVENTOS DO PAÍS EM DIVERSOS SEGMENTOS COM ÊNFASE NO SEGMENTO CALÇADISTA

Rua Vilson Lemos , 500 - Centro - Tijucas -SC 48 3263.6264 www.modulokstands.com.br


tecnologia

Como usar

as redes sociais

a favor do seu negócio por Gisele Najjar

M

uitas vezes nos perguntamos: como vivíamos sem celular ou como vivíamos sem internet? Se relembrarmos o tempo em que nenhuma dessas formas de comunicação existia, encontraremos substitutos que atendiam perfeitamente à demanda da época como a carta, o fax, o telefone fixo, o telegrama e o bipe. Esses instrumentos foram, ao seu tempo, também revolucionários. Do Google ao Blog, Twitter, Pinterest, Youtube, Facebook, Instagram e tantos outros, as novas mídias são reflexo da velocidade do tempo atual e representam os meios para facilitar a comunicação e o relacionamento entre as pessoas. Não há como ficar alheio a essas mudanças. Essas novas formas de comunicação permitem que nos conectemos ao mundo todo de forma mais aberta, possibilitando o estreitamento das relações entre marcas e consumidores e, principalmente, gerando novas experiências. Mas o grande desafio é saber como ter diálogo eficiente com seus consumidores e gerar fidelização nas redes sociais. Hoje, não basta ter uma página no Facebook e ativá-la com mídia paga ou através de sorteios. Para se destacar nesse meio, as empresas precisam ser relevantes

SC TRADE SHOW MAG

86

e escolher as mídias certas de acordo com o seu perfil. É preciso, acima de tudo, entender que, com as mudanças de comportamento dos consumidores, não é apenas a tecnologia que gera inovação, mas sim a forma de se comunicar de um jeito diferente (e melhor) do que todo mundo. Para descobrir essa linguagem, essa maneira de se comunicar de forma eficiente com seu consumidor, não existe fórmula pronta. É necessário conhecê-lo de tal forma que possa gerar uma experiência inovadora. Antes de apostar todas as suas fichas em uma nova rede, é preciso analisar o seu potencial, verificar se o perfil dos usuários combina com o público de sua marca, pesquisar o que já foi feito internacionalmente com a utilização da ferramenta e pensar em uma estratégia de atuação inovadora. Falando especificamente da moda, os cases de sucesso demonstram que os bons resultados advêm de um conteúdo original que fale sobre o seu negócio, associados a uma linda imagem. Quem entra em uma mídia social de moda quer saber de moda! Quem visita uma página de uma marca de moda quer saber sobre aquela marca e o universo que a cerca. Assuntos para-


Quem entra em uma mídia social de moda quer saber de moda! Quem visita uma página de uma marca de moda quer saber sobre aquela marca e o universo que a cerca. Assuntos paralelos podem ser abordados, desde que relacionados de alguma forma com o tema.

Relacionamento sem fronteiras: as clientes da Capodarte tiram dúvidas, passam a desejar o produto e se identificam com os posts da empresa

lelos podem ser abordados, desde que relacionados de alguma forma com o tema. Crie o seu universo nas redes sociais. Analise as nuances das referências e as explore de forma criativa. Entenda o tom da sua marca e se comunique de acordo com ele. Se você não estiver seguro de como fazer, procure profissionais especializados e capacitados para isso. Se usadas de forma assertiva e criativa, as redes sociais podem ser uma ferramenta eficaz na conquista de novos clientes, na fidelização dos consumidores, no compartilhamento e na consequente ampliação da imagem da marca. Nenhum outro canal de divulgação oferece tanto por tão pouco. Fã page Melissa: lançamentos das coleções, novidades do showroom e divulgação da revista customizada

Gisele Najjar é uma profissional de comunicação que atua há mais de 20 anos no segmento de moda, com cases de sucesso em seu portifólio como São Paulo Fashion Week, Swarovski, Melissa, Capodarte, Keds e Lilly’s Closet. 87

SC TRADE SHOW MAG


comunicação

Moda e Design Interação e Inspiração por Melina Costa

O olhar e a pesquisa fazem parte da criação É uma atitude comportamental. Tem gente que tem feeling para a descoberta 24h por dia, 7 dias por semana, estando em Istambul ou na Rocinha. Não temos como negar que nos últimos 50 anos a moda teve mudanças incríveis década a década, de acordo com o comportamento do consumo mundial. O gap geracional passou de 40 para 10 anos, fazendo os anos 70 serem diferentes dos 80 e assim por diante. A inovação também tem que ser muito mais rápida do que antes, pois o novo nos encanta. Observar as influências e os processos de criação e inovação na moda e na vida é fascinante, principalmente no Brasil, onde as pessoas têm uma capacidade impressionante de transformar desafios em oportunidades. Assim, descobrimos sempre muitas interações entre moda e design. SC TRADE SHOW MAG

88

Adidas+Farm | Foto: Demian Jacob, via: farmrio.com.br

Toda área que envolve pesquisa e criatividade de alguma forma interage ou é influenciada por diversas outras áreas criativas, sociais e econômicas, entre elas o próprio design, a decoração, a arquitetura, a comunicação, a música, a arte, a cinematografia e a gastronomia. Enfim, tudo o que alimenta nossa vida e a nossa alma.


Osklen| Foto Divulgação

Ecodesign X Moda Sustentável

Tessellation de Titania Inglis | Foto: Colby Blount

Estamos construindo casas verdes, carros híbridos, buscando carbono zero, temos supermercados orgânicos, estamos cuidando mais da nossa saúde e do nosso bem-estar. É um lifestyle. Assim como na moda, no design também sentimos o impacto verde. Saindo do básico Reduzir/Reciclar/Reutilizar, as empresas que verdadeiramente abraçam a causa sustentável vão muito além das suas próprias fábricas: abraçam a comunidade, mudam seus valores, dão melhores condições, reeducam seus colaboradores, melhoram seus processos e buscam parceiros de negócio que tenham a mesma visão. Cases de empresas como Natura e Osklen já mostram a empatia do consumidor.

89

SC TRADE SHOW MAG


Divulgação

comunicação

Obra de Vik Muniz criada especialmente para abertura de novela brasileira Passione

Identidade Brasileira X Feito à Mão

Pedro Lourenço| Foto Divulgação

Não é só a Copa do Mundo e as Olimpíadas. Não é só a Gisele. Já estamos produzindo lá para fora o melhor do nosso design “made in Brazil”. Pedro Lourenço, Irmãos Campana, Beatriz Milhazes, Vik Muniz, entre muitos outros criativos que nos representam mundo afora que o digam. Moda, design, arte formatam a nova identidade brasileira que vai se misturando às cenas do Rio, do futebol, da favela, do carnaval, da Amazônia e das praias na cabeça de quem nos visita. Os materiais da nossa terra também são artigos de luxo: rendas, couros, cores, estampas e bordados inspirados em nossa história e na nossa gente. Peças únicas, artesanais.

O Mágico, de Beatriz Milhazes

SC TRADE SHOW MAG

90


91

SC TRADE SHOW MAG


comunicação

Fast Fashion X E- commerce Tanto no design quanto na moda tudo ficou muito parecido nos últimos tempos com a rapidez da cópia e a avidez do consumo. A invasão das lojas físicas só não foi maior do que a das virtuais. Segundo informação da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm), o faturamento atingirá R$ 39 bilhões em 2014. Os fatores mais importantes na construção de uma marca de e-commerce são a confiança, a credibilidade e a segurança, além da facilidade de interação e navegação, da facilidade e opções de pagamento, da divulgação estratégica e do uso em outras plataformas, como o mobile.

Foto Divulgação

Produtos Tecnológicos x Inovação Cada vez teremos à nossa disposição uma gama maior de produtos com design e tecnologia superior. No design, um mundo se abre e muitos bureaus de tendência dão destaque aos aparelhos (gadgets e apps) pessoais para saúde, tipo miniultrassom para monitorar seu baby, cardápios e mesas touch, pagamentos mobile, entre outros. O compartilhamento de informações chegará a um nível que sentiremos saudades da vida sem tanta tecnologia. Gear 2 é um smartwatch inteligente da Samsung que tem, entre várias funções, câmera digital, Bluetooth e medidor de batimentos cardíacos

Comunicação e Bom Design Vendem Branding, planejamento, desenvolvimento da comunicação on e off-line integradas, criação diferenciada das campanhas, entrega no prazo e atendimento atencioso são coisas para profissional. A escolha de uma agência de comunicação é importante para fazer com que a sua empresa seja vista como merece pelo seu cliente porque, afinal de contas, todo ponto de contato da sua empresa com o consumidor forma a percepção que ele tem sobre ela. Melina Costa é diretora da Propague Trends

SC TRADE SHOW MAG

92



design de interiores

Campolini Onde sonhos ganham formas

A tradução da essência do cliente em traços, linhas, curvas e ângulos criativos e funcionais é a filosofia da Campolini Interiores. A equipe de experientes profissionais traz isso em mente, associado a materiais de alto padrão, durante a concepção de um projeto, como o do SC Trade Show. A designer de interiores da Campolini Mariana da Costa Campos Cristiano acredita que a aplicação de um projeto de interiores em eventos como o SC Trade Show é indispensável. “O layout é importante, pois é possível otimizar e criar espaços adequados para o fluxo das pessoas. O estudo de uma tabela de cores e de materiais permite destacar os produtos e serviços. E no desenvolvimento do design conseguimos criar espaços convidativos e acolhedores”, explica. Um projeto de interiores bem planejado aproveita os espaços da melhor maneira. Os layouts podem ser personalizados, há economia na compra de materiais, é possível pensar na ergonomia e, ainda, ter acesso aos melhores produtos e profissionais do mercado. Há seis anos, a Campolini Interiores atua em projetos residenciais e comerciais de interiores e decoração, nos quais as palavras de ordem são funcionalidade, integração e otimização de espaços. Entre os serviços oferecidos pela empresa, estão projetos de móveis, assessoria de interiores, iluminação e paginação de piso. Assim como a moda, o design de interiores está sempre conectado com as tendências na hora de pensar em um novo espaço. “Nossas inspirações partem de visitas a feiras, eventos e lojas, viagens, e pesquisas em revistas e sites. Alinhamos este conhecimento e, partir daí, planejamos as cores, formas e texturas de acordo com o ambiente, adequando o projeto às necessidades, ao gosto e à disponibilidade financeira do cliente”, conta Mariana. Para o próximo semestre, a Campolini planeja ampliar seu quadro de profissionais, aliando inovação, requinte e sofisticação ao seu novo espaço.

SC TRADE SHOW MAG

94


Um espaço onde sonhos ganham formas.

* Projetos Residenciais * Projetos Comerciais * Projetos de Móveis * Projetos de Gesso * Paginação de Piso * Iluminação * Decoração * Assessoria de Interiores * Móveis sob Medida


desenvolvimento

ENCADEAMENTO

PRODUTIVO

A SC Trade Show Mag conversou com coordenador do Núcleo da Indústria da Unidade de Atendimento Coletivo do SEBRAE/SC Roberto Tavares sobre essa estratégia de negócio

U

ma oportunidade para as pequenas empresas e um bom negócio para as grandes, o Encadeamento Produtivo permite a criação, entre elas, de um relacionamento cooperativo da cadeia de valor, a longo prazo. O objetivo é adequar as pequenas aos requisitos das grandes e facilitar a realização de negócios, melhorando a competitividade em toda a cadeia. Essa ação conta com o apoio do Sebrae que, junto com a grande empresa, define o modelo de parceria. São analisados alguns requisitos e é identificada a lacuna de competitividade no diagnóstico das pequenas empresas, que recebem um plano de ação com as oportunidades de melhoria do negócio. Além disso, cursos e consultorias são realizados para que

COMPROMISSO entre a grande empresa e o SEBRAE

Eventual Replanajemanto (se necessário)

ENCADEAMENTO PRODUTIVO

AVALIAÇÃO da evolução das pequenas empresas

CONSULTORIA

plano

capacitação e acesso a serviços (gestão e tecnologia)

de ação específico para a pequena empresa

SC TRADE SHOW MAG

96

as pequenas empresas aperfeiçoem o seu desempenho. O diagnóstico é realizado mais uma vez e, se necessário, pode ser implantado um novo ciclo de desenvolvimento. As estratégias são focadas no desenvolvimento empresarial, na inteligência competitiva, nas redes de aprendizagem, no acesso a mercados e na política corporativa. Entre os benefícios percebidos pelas pequenas empresas estão o fortalecimento da competitividade, a geração de empregos, o crescimento e desenvolvimento sustentável nas regiões e economias regionais e locais, e o incentivo para que os fornecedores locais expandam seus negócios. Já para as grandes, há a possibilidade de melhores preços causados pela competitividade do fornecedor, a redução de custos de transporte e logística, o aumento de potencial inovador, a otimização de investimentos para o desenvolvimento da base fornecedora e a visibilidade nacional do ponto de vista de sustentabilidade econômica, social e ambiental. Segundo o coordenador do Núcleo da Indústria da Unidade de Atendimento Coletivo do SEBRAE/SC, Roberto Tavares de Albuquerque, com o Encadeamento Produtivo não é possível ignorar os padrões técnicos e qualitativos definidos pelas empresas líderes das cadeias de valor, permitindo que essas parcerias estratégicas tenham sucesso. “A pequena empresa passa por melhoria na gestão, tecnologia de produção, processos inovadores e de menor impacto ambiental. Com o apoio do SEBRAE, cada fornecedor – atual ou potencial – aperfeiçoa seus serviços, cumpre exigências, condições e critérios demandados pelas grandes compradoras. Com um novo padrão de atendimento, micro e pequenos empreendimentos podem se inserir de forma competitiva na cadeia de valor das grandes empresas e gerar benefícios mútuos, incrementando suas expectativas diante de novos clientes e ampliando seu mercado”, conclui.


2014 14a SEMANA DA INDÚSTRIA CALÇADISTA CATARINENSE Feira de componentes, máquinas, químicos, tecnologia, acessórios e artefatos para calçados

DIAS 23, 24 E 25 DE SETEMBRO DE 2014 horário 17h às 21h LOCAL Centro Empresarial de São João Batista

PATROCINADORES

REALIZAÇÃO

Avenida Egídio Manoel Cordeiro, 370 Bairro Centro - São João Batista – SC

Informações www.sincasjb.com.br/seincc Contato: comercial@sincasjb.com.br comercial2@sincasjb.com.br Telefone: 48 3265.0393


streetstyle

Be Cool “A chave do coolhunting é primeiro procurar pessoas cool, para depois encontrar coisas cool. Nunca o inverso. O cool vai mudando, mas alguém com bom critério o tem sempre.” Malcolm Gladwell, em artigo intitulado “The coolhunt” e publicado na revista New Yorker do dia 17 de março de 1997.

O

coolhunting também pode ser chamado como coolsearching, trendscouting ou trendsetting. Todos esses termos querem dizer a mesma coisa: um método de pesquisa e observação de hábitos, costumes e interesses geracionais. Já o street style é a moda observada nas ruas e uma das bases de pesquisa do coolhunting. O profissional atento às ruas sabe, por consequência, o que é tendência. O street style é uma parcela importante na investigação sociocultural em busca do “cool”, porém o coolhunting apresenta uma diversidade

SC TRADE SHOW MAG

98

de variáveis que se interconectam. Para detectar o que é cool e perceber o comportamento de um determinado nicho através da etnografia urbana com o registro da moda de rua, é preciso fazer a análise antropológica e a coleta qualitativa e quantitativa de dados. Com essas informações é possível trilhar o caminho para desvendar futuras tendências que possam ser transformadas em consumo. Quando entramos nos sites e blogs especializados, principalmente durante as semanas de moda, é possível observar as mesmas pessoas sendo fotografadas nas entradas dos desfiles.


Foto Ana Clara Garmendia


Fotos Joice Preira

SC TRADE SHOW MAG

100


Foto Joice Preira

streetstyle

Foto Consuelo Blocker

Fashionistas como Giovanna Battaglia, Miroslava Duma e Carine Roitfeld causam furor. Podemos chamar isso de street style? Para a jornalista e fotógrafa Ana Clara Garmendia, essa movimentação é um desdobramento da moda. “Podemos chamar de ‘nata’ do street style”, diz. Ana Clara, que circula pelas ruas de Paris, geralmente não deixa de fazer cliques das editoras de moda Carine Roitfeld (CR Book), que “é fiel ao estilo dela e não se entregou ao mercado”, Emmanuelle Alt (Vogue Paris) e Anna Wintour (Vogue USA). Já para a analista de tendências Joice Preira, o outside ou a porta dos desfiles de uma semana de moda é um show à parte durante a Semana de Moda de Milão. “É um circo fashion com inúmeros personagens que se vestem somente para serem fotografados na ocasião, dos quais

“O que capta a minha atenção é a personalidade, o estilo pessoal que se sobressai em relação ao que a pessoa está vestindo e que, ao mesmo tempo, cria harmonia com o outfit. Eu não sou fotógrafa, sou uma analista de tendências e utilizo a fotografia como um instrumento para complementar o trabalho de pesquisa. Acredito que meus requisitos para uma foto de street style fujam do convencional. Já fotografei gente porque escutei uma boa conversa na mesa do lado em uma cafeteria e foi uma das fotos mais emblemáticas que fiz.” Joice Preira Giacomantonio, analista de tendências e editora do blog Italian Cycle Chic (italiancyclechic.com)

101

SC TRADE SHOW MAG


Fotos Ana Clara Garmendia

street cool hunter

“Observar o estilo das pessoas nas ruas é indispensável em uma pesquisa de tendências. A moda representa o ar dos tempos. Nas ruas é possível perceber movimentos culturais, situação econômica e realidade da população o retrato da humanidade.” Ana Clara Garmendia, jornalista e fotógrafa (anaclaragarmendia.blogspot.com.br)

muitos nem entram no desfile. Além deles há os fashion bloggers com figurinos exuberantes e fashionistas com outfit impecável. É street style, mas não é totalmente espontâneo”, explica. Mas nem sempre é o nome famoso que atrai a atenção dos fotógrafos. A moda das ruas veste fashionistas e anônimos. A maneira como a pessoa se movimenta usando determinada roupa atrai a lente de Ana Clara, e não a roupa em si. Personalidade e estilo pessoal também costumam atrair os olhares dos fotógrafos. Essa observação sobre as pessoas é fundamental para entender o espírito do tempo durante a pesquisa e a análise de tendências. Joice adora os trajes dos colegas fotógrafos, como Tamu Mcpherson, e da stylist italiana Elisa Nalin. “Estilo de vida vai muito além do dress code. O mapeamento de tendências socioculturais envolve um conjunto de fatores, e estar atento e observar realmente é indispensável”, conclui Joice.

SC TRADE SHOW MAG

102

10 blogs de street style • • • • • • • • • •

thesartorialist.com streetpepper.com carolinesmode.com le-21eme.com tommyton.tumblr.com facehunter.org candicelake.com style-arena.jp/en hel-looks.com mrnewton.net


103

SC TRADE SHOW MAG


ESTRATÉGIA

Design autoral U

ma das designers de sapatos mais inovadoras do país, Caroline Baum nunca pensou que trabalharia com calçados. Mas é difícil imaginá-la fazendo qualquer outra coisa ao ouvi-la falar com paixão sobre seu trabalho. Com seu olhar apurado, sua personalidade imaginativa e sua veia empreendedora, a jovem designer pode construir uma trajetória própria como criadora. Mesmo sem ter uma marca que levasse o seu nome, Carol apostou no seu capital criativo e na colaboração com marcas de moda consagradas como estratégia para o seu crescimento profissional. Dessa combinação, nasceram parcerias de sucesso com marcas como Glória Coelho, Pedro Lourenço, Fórum, Juliana Jabour, Reinaldo Lourenço e Mundial, que comprovam que design é sim ferramenta estratégica para um negócio. Seu mais recente trabalho foi a criação da bolsa em homenagem a Costanza Pascolato para a Capodarte. No trabalho com Costanza, Carol viveu uma nova realidade do processo criativo. Pela primeira vez teve que criar em parceria com alguém que, apesar de ter uma longa trajetória na moda brasileira, não era uma designer de moda. “É diferente de trabalhar com outros designers, porque eu tive que entrar no universo dela, e isso dá uma riqueza imensa ao processo de criação”, afirma Carol, que realiza suas colaborações através do seu escritório Theo Bureau. Foram através dessas parcerias que Carol vivenciou um divisor de águas na sua carreira. SC TRADE SHOW MAG

104

Após anos no mercado de calçados, onde passou por marcas como Arezzo, Zeferino e Shoestock, Carol enfrentou o que ela chama de crise criativa e passou a questionar se queria continuar a desenhar sapatos. A indecisão durou até o exato momento em que recebeu um telefonema da estilista Glória Coelho. Era um convite para ela desenhar a próxima coleção de sapatos da marca. Convite feito, convite aceito. Com Glória como mentora, Carol teve a liberdade de criar um produto que refletisse as características das duas criadoras. “Tive a oportunidade de entrar nas expectativas dela, mas também pude imprimir um pouco de mim nos produtos”, conta. O produto em questão era o sapato Eclipse, calçado da estilista Glória Coelho que roubou a cena do desfile de verão 2010. Com um desenho inusitado, salto em forma de meia lua e bolas no solado, o produto alcançou destaque nas páginas da revista Wallpaper, renomada “bíblia” do design. Para a designer, essa troca de repertórios é fundamental para a criação. Com mais de 14 anos de experiência, Carol já tem sua própria metodologia de trabalho e acredita que é preciso incorporar essa filosofia criativa dentro do seu lifestyle. “Todas as vivências influenciam na forma de conceber um produto e agregam camadas à própria pele”, comenta a designer. Mas engana-se quem pensa que Carol só fica confortável ao criar sapatos cheios de conceitos. Ela também desenvolve produtos para marcas


“Todas as vivências influenciam na forma de conceber um produto e agregam camadas à própria pele” Caroline Baum

105

SC TRADE SHOW MAG


ESTRATÉGIA

com forte apelo comercial, que precisam vender grandes quantidades e atingir diferentes públicos, como a Mundial. Esse trânsito entre diferentes estilos rende ao repertório da designer soluções inusitadas e inovadoras, além de um intercâmbio de ideias entre o conceitual e o comercial. Isso se torna claro quando ela afirma que uma das características do seu trabalho é imprimir refinamento nas criações mais comerciais e buscar soluções mais práticas de produção para seus designs conceituais. Transitar entre esses dois mundos não é fácil, mas Carol demonstra extrema naturalidade para isso. Uma das chaves desse sucesso é a organização. Por mais que as ideias estejam embaralhadas na cabeça, é necessário ter um momento de imersão para o desenvolvimento de cada produto. “Consigo enxergar a essência do que estou fazendo para cada marca, sem criar conflito”, afirma a designer, que ainda conta com o estabelecimento de metas, cronograma e planejamento para criar diversas coleções para diferentes marcas.

Com toda essa bagagem de mercado, Carol entende que é a criatividade que agrega valor ao produto – característica que ela enxerga como uma tendência no mercado que cresce com a conscientização dos empresários diante da competitividade internacional. “O varejo no Brasil se deu conta de que precisa imprimir uma identidade a mais no produto, não adianta ficar só na briga de preço. Os consumidores hoje têm muito mais informação, todo mundo sabe o que quer e é um dever do fabricante entregar ao público o que é desejo, o que vai fazer as pessoas se sentirem mais bonitas, mais interessantes”, justifica Carol. Um dos grandes reflexos dessa afirmação no seu trabalho é a preocupação que a designer tem com o seu público-alvo. Para ela, é preciso vivenciar o público, ir às lojas, conversar com os clientes, e, principalmente, entender a marca para a qual se trabalha. Segundo a designer, é preciso dedicar mais tempo para se compreender a essência de cada marca e de cada negócio. “Só assim será possível inovar no produto”, afirma.

Criatividade e pé no chão A trajetória de Carol no universo dos calçados surpreende. Natural de Sapiranga, no Rio Grande do Sul, ela começou a trabalhar aos 14 anos em uma loja multimarcas, onde teve seu primeiro contato com a moda. Um tempo depois, trabalhou com perfumes importados e passou a conhecer o universo internacional dos produtos de luxo. Ainda assim, seu curso de escolha foi design de interiores. Nessa época, quando já morava em Novo Hamburgo, região de polo calçadista, teve contato com o universo dos sapatos. Foi lá que começou a lapidar seu olhar para materiais, acabamentos e formas. Depois de trabalhar em algumas empresas da região, abriu sua própria consultoria, que durou até 2005, quando foi para São Paulo. Após uma carreira bem-sucedida, Carol se questiona: “o que falta agora?”. A resposta não poderia ser mais clara - o desafio agora é criar sua própria marca. Incentivada por Costanza Pascolato, Carol se prepara para desenvolver sua linha de produtos que vão muito além de simples acessórios. “A ideia não é necessariamente criar cintos, bolsas ou sapatos, mas acessórios que sejam, além de complemento do look, uma extensão do corpo”. Para isso, ela precisa manter o pé no chão. Carol sabe que lidar com moda é um trabalho árduo e um dos seus lemas nesse meio é não se deslumbrar, já que um dia é de lançamento em semana de moda e no outro é de carregar caixas de sapato na fábrica. Não é à toa que ela afirma que sua rede de contatos vai desde Glória Coelho e Pedro Lourenço até o cortador e a costureira de sapatos.

“A pessoa que trabalha com moda nunca está pronta, sempre tem que aprender e se atualizar, tem que ser muito aberta e flexível, e ter humildade de saber que ainda tem muito pela frente. Ainda tenho muito chão”.

SC TRADE SHOW MAG

106


107

SC TRADE SHOW MAG


entrevista

calçando desafios

O crescimento da indústria de calçados em Santa Catarina mostra números positivos e, apesar dos grandes desafios e das dificuldades, conta com características a seu favor, como persistência e tradição no empreendedorismo. A SC Trade Show Mag conversou com o presidente da Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (FIESC), Glauco José Côrte, que se mostra otimista em relação ao setor. Como avalia o setor de calçados em Santa Catarina? A indústria de calçados tem elevado gradativamente sua participação na economia catarinense. São cerca de quatrocentas empresas formalmente constituídas, que empregam mais de 7,6 mil trabalhadores. A expansão é significativa, se compararmos com os números de 2000, quando existiam aproximadamente 250 empresas e 3,4 mil trabalhadores. O setor está atento ao cenário e às mudanças na concorrência e, a exemplo do que fez a indústria do vestuário catarinense, investe cada vez mais para diferenciar a produção, empregando conceitos de moda e intensificando o número de

SC TRADE SHOW MAG

108


coleções que lança anualmente. Embora represente ainda um valor relativamente pequeno na pauta de exportações do Estado, as vendas de calçados ao exterior cresceram quase 60% entre 2001 e 2013.

Qual é o cenário vivido pela indústria catarinense? Com 47 mil empresas e mais de 760 mil trabalhadores, o setor gera mais de R$ 6 bilhões em ICMS e IPI, responde por 54% das exportações e 35% do Produto Interno Bruto (PIB) estadual. Isso tudo, apesar dos custos de produção que só crescem, impulsionados por uma carga tributária que não se justifica, por uma infraestrutura precária e por níveis de produtividade baixos, decorrentes dos investimentos inadequados na educação dos trabalhadores e do ambiente de baixo estímulo à inovação. Mas o industrial catarinense não desiste. Nos locais mais distantes do Estado surgem novos empreendimentos ou são ampliados projetos que só dão certo em função de trabalho duro e capacidade empreendedora. O industrial de Santa Catarina tem mantido os investimentos e apostado num futuro melhor para o Estado. Produzindo com qualidade, o setor também soube se adaptar aos novos tempos, traçar estratégias inovadoras e seguir em frente, fazendo da indústria forte uma das marcas de Santa Catarina, uma terra onde o segmento tem papel decisivo para o desenvolvimento.

Como a indústria se prepara para enfrentar os desafios impostos pela economia? A indústria contribuiu decisivamente para o que é, hoje, o Estado de Santa Catarina. Não é difícil para o cidadão catarinense citar uma das nossas indústrias que geram riquezas e empregos. Superando desafios, o setor construiu uma trajetória bem-sucedida e transformou-se em verdadeira referência. Contudo, aprendeu que o bom desempenho do passado não garante o sucesso de amanhã. É preciso se preparar para o que está por vir, potencializando as oportunidades e superando os obstáculos. A indústria tem feito a sua parte ao apoiar iniciativas que promovam a educação, uma das principais fragilidades do setor. Por meio do Movimento A Indústria pela Educação, da FIESC, quase 300 mil matrículas foram registradas pelo SENAI/

SESI/IEL em 2013. Esse esforço visa a garantir que o trabalhador, além da escolaridade básica completa, tenha, também, educação profissional adequada à sua ocupação. Com esse protagonismo, a indústria catarinense assegura um futuro mais promissor para as novas gerações que chegam ao mundo do trabalho. Estamos implantando sete Institutos SENAI de Tecnologia e três de Inovação que ofertarão cursos e serviços de padrão mundial, buscando agregar valor aos produtos e processos das indústrias catarinenses, aumentando a produtividade e a competitividade.

O industrial de Santa Catarina tem mantido os investimentos e apostado num futuro melhor para o Estado. Produzindo com qualidade, o setor também soube se adaptar aos novos tempos, traçar estratégias inovadoras e seguir em frente, fazendo da indústria forte uma das marcas de Santa Catarina, uma terra onde o segmento tem papel decisivo para o desenvolvimento. E quais as perspectivas de longo prazo para o setor? Apesar dos desafios mencionados, dispomos de diferenciais para atrair investimentos, sejam eles realizados por empresas já instaladas aqui ou por companhias de fora. Oferecemos localização estratégica, estrutura portuária diferenciada, boa força de trabalho, tradição empreendedora, parques industriais atualizados, condomínios empresariais e incubadoras tecnológicas. O Programa de Desenvolvimento Industrial Catarinense, desenvolvido pela FIESC, busca criar uma agenda para todos os atores que influenciam no desenvolvimento local com o objetivo de fortalecer as atuais cadeias produtivas e promover o desenvolvimento de novas. Ao mesmo tempo, pretende reduzir as diferenças regionais que ainda existem no Estado. Será um marco no planejamento setorial do Estado, identificando oportunidades e vencendo os desafios, conduzindo Santa Catarina para uma perspectiva de crescimento ainda maior. 109

SC TRADE SHOW MAG


suavidade

CONCEITO 3

CONCEITO 2

CONCEITO 1

SC TRADE SHOW MAG

metr贸pole

solar 110


preview outono/inverno 2015

Ch A uv

de inspirações

A

s tendências inspiracionais para o Inverno 2015 apresentadas pelo Fórum de Inspirações estão divididas em três conceitos – Suavidade, Metrópole e Solar –, tendo a chuva como ponto de partida. Em um país continental como o Brasil, em cada região ela é anunciada de formas diferentes, muitas vezes pelo instinto de aves como o acauã e o íbis-escarlate (guará). Em alguns lugares, ela é garantia de alimento e de alegria, como no sertão nordestino. Lá, seus habitantes contemplam sua beleza e rezam agradecendo a sua chegada. Por outro lado, nas grandes cidades, que nunca estão preparadas para recebê-la, é quase sempre vista como sinônimo de castigo. A chuva, que lava e renova, é o elemento que traz as inspirações para a estação. As inspirações apresentadas têm por objetivo auxiliar empresários e designers a encontrar um norte dentro da identidade de cada marca, uma vez que a moda atual oferece múltiplas opções de escolha. “O consumidor está muito exigente, e é cada vez mais difícil de satisfazê-lo. Dentro deste contexto, os diferenciais competitivos não

duram mais do que alguns dias ou até mesmo horas”, sustenta Walter Rodrigues, coordenador do Núcleo de Design da Associação Brasileira das Empresas de Componentes para Couro, Calçados e Artefatos (Assintecal) e um dos palestrantes do Fórum. Por outro lado, conforme Rodrigues, a decisão de consumo não se dá mais apenas pelo diferencial tecnológico, mas pela sensação que as marcas proporcionam ao cliente, uma vez que há interação total entre ambos. “Neste sentido, as palestras ajudam a entender melhor não apenas a questão de criação, mas todo o universo que envolve o desenvolvimento das coleções, como, por exemplo, o contexto mundial da moda e a relação entre marcas e consumidores”, avalia. O Fórum de Inspirações é promovido pela Associação Brasileira das Empresas de Componentes para Couro, Calçados e Artefatos (Assintecal), Footwear Components by Brasil, Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados) e Centro das Indústrias de Curtumes do Brasil (CICB).

111

SC TRADE SHOW MAG


Regilucy Brandão

lanvin SC TRADE SHOW MAG

112

www.leejrowland.com Walter Rodrigues

A chuva, símbolo de limpeza e transformação, surge como uma metáfora perfeita do momento atual, pois, cansados de tanto apelo visual, tantas cores e tantas imagens, estamos buscando tranquilidade, calmaria e um suave recomeço. As “não cores” presentes na natureza, esmaecidas, desbotadas, despigmentadas e lavadas, nos instigam a preencher a página em branco da estação, iniciando um novo e sutil colorido. O instinto animal que preconiza a chuva, criando presságios e mitos sobre quando e onde ela ocorrerá, e a fragilidade da natureza diante dessa força descomunal definem o Conceito 3. Um elemento simbólico importante é o acauã – ave da família dos falconídeos encontrada em todo o território brasileiro – que tem sua presença relacionada à chegada da chuva em alguns estados e à ausência dela em outros. Também pode ser relacionado à beleza da borboleta-coruja e sua fragilidade diante desse fenômeno da natureza, que, caindo do céu em gotas, tem a força da destruição. Por fim, as penas vermelhas do íbis-escarlate (guará) invocam um romantismo preservacionista.

Regilucy Brandão

Referências Brasileiras - Foto Regilucy Brandão

sUAVIDADE

www.joansalo.net

Referências Brasileiras - Foto Regilucy Brandão

Cardi Laurence

k ur aT in

er th Ca

CONCEITO 3


Sylvio Giardina FW 2013-2014

METRÓPOLE

Zwicky Concrete Chair 2 www.stefanzwicky.ch.com

O céu, cinza e pesado, encobre o espaço urbano formado por prédios, ruas, praças e shoppings, anunciando relâmpagos, raios e chuva, que irá refrescar e limpar o ar poluído. Nas grandes cidades, a chuva é sempre recebida com muito mau humor pelos adultos e, ao mesmo tempo, é celebrada como uma festa pelas crianças. Esses estados de espírito contraditórios contrapõem o clima cinzento das áreas metropolitanas com o colorido que embeleza, sendo esse disparate o tema central do Conceito 2. Os flashes de luz advindos dos trovões, o desenho dos raios na escuridão, a ventania e as tempestades movimentam o céu. O contraste entre a maciez das nuvens e a rigidez dos arranha-céus faz surgir imagens divertidas, provocando a sensação de que elas estão mais perto de nós. O mármore e o concreto dos pisos e das fachadas simbolizam a atemporalidade da riqueza dos grandes centros onde caminham, apressados, homens e mulheres vestidos em silhuetas ajustadas, sugerindo que a ideia de gênero é moderada. A ambiguidade e a androginia predominam O brilho intenso, os efeitos molhados e as superfícies espelhadas, em formas orgânicas ou derretidas, amenizam as linhas duras da arquitetura. Nas cidades sem mar, a cor está nas paredes grafitadas, expressando o desejo de mais cores no cotidiano.

www.niharikahukku.com

Cloud Bottles Hand Painted

Bubble Tank www.psaltdesign.co.uk

dior CG Textures www.cgtextures.com

Fabiana Bertoldi

Foto Severine Queyras

www.chuantey.com.com

Nube Rain White Cardi Laurence

CONCEITO 2

113

SC TRADE SHOW MAG


Raimundo Wilton Bitu Moreno

SOLAR

Solar é a vida no sertão, onde a natureza se impõe, o horizonte aberto convida à contemplação, e os homens, os animais e a vegetação se adaptaram, ao longo do tempo, à sobrevivência na terra seca e no clima semiárido. A água sempre falta, a chuva nunca vem. Ressecadas, com aparência hostil, as plantas revelam seu interior intricado, celular. O chão é craquelado, e os troncos das árvores que resistem são ásperos e rugosos, sulcados pelo sol e pelo vento. Na paisagem, o grito do vaqueiro corta o ar. Protegido por uma armadura de couro, ele e seu cavalo conduzem as cabras e o gado. Nas noites, o gingado do forró é praticado ao som da sanfona. Uma vastidão de plantas secas espera a chuva para verdejar como um oásis. O sol permanece sempre no céu, vigiando. E, no fim do dia, sua luz dourada e quente dá lugar à noite, ao som dos estalidos do fogão de lenha e da cantilena das rezas.

SC TRADE SHOW MAG

114

Walter Rodrigues

Fabiana Bertoldi

Cardi Laurence

amapô

altuzarra

Raimundo Wilton Bitu Moreno

Grant McDonald

Walter Rodrigues

Ellen Baraldi Raimundo Wilton Bitu Moreno

CONCEITO 1



guia de expositores a Ala/ZATZ

Telefone: 48 3939.3000 E-mail: jonatha@calcadosala.com.br | jamaica@calcadosala.com.br Site: www.calcadoszatz.com.br

ANA AGUIAR

Telefone: 48 3267.0399 E-mail: om-aguiar@uol.com.br | financeiro-anaaguiar@unetvale.com.br | financeiro@anaaguiar.com.br Site: www.anaaguiar.com.br

Ana Paula Calçados

Telefone: 48 3265.4370 E-mail: juliana@cpicolli.com.br Site: www.calcadosanapaula.com.br

Aye Aye

Telefone: 48 3265.0421 | 3265.0978 E-mail: vendas@aye-aye.com.br Site: www.aye-aye.com.br

b Bella Art

Telefone: 47 3327.0285 E-mail: eduardo@bellart.com.br Site: www.bellart.com.br

BETH BRUNO

Telefone: 48 3264.1031/ 8403.2004 E-mail: bcjr@brturbo.com.br Fã page: www.facebook.com/elizabete.bethbruno

c Camila Ferraz (SEBRAE)

Telefone: 48 3265.0180 / 9927.2999 E-mail: camilaferrazcalcados@terra.com.br

CILLIÉ COMÉRCIO IMPORTAÇÃO E EXPORTAÇÃO LTDA Telefone: 11 3311.1020 / 3313.9064 E-mail: camila.souza@cillie.com.br Site: www.cillie.com.br

Cintos Dyjas (SEBRAE)

Telefone: 48 3265.1748 E-mail: cintosdyjas@hotmail.com Site: http://cintosdyjas.tumblr.com SC TRADE SHOW MAG

116


117

SC TRADE SHOW MAG


guia de expositores Contram達o

Telefone: 48 3265.7300 / 8418.0501 E-mail: vendas@contramao.com.br | herminiosantos@contramao.com.br Site: www.contramao.com.br

d Di Marce (SEBRAE)

Telefone: 48 3265.4754 E-mail: dimarcesjb@hotmail.com

Di Valentini/Camminare

Telefone: 48 3265.7900 | 7924 | 7923 E-mail: juliana@calcadosdivalentini.com.br | comercial3@calcadosdivalentini.com.br | mkt@calcadosdivalentini.com.br Site: www.calcadosdivalentini.com.br

f fasolo

Telefone: 54 3455.2500 | 2521.3250 E-mail: marketing@fasolo.com.br Site: www.lojafasolo.com.br

g GEORGIA ALMEIDA (SEBRAE)

Telefone: 48 3265-2560 | 9998-0844 E-mail: estevan@georgiaalmeida.com.br Site: www.georgiaalmeida.com.br

Giovana Pash

Telefone: 48 3265.0170 | 9986.9874 E-mail: financeiro@giovanapash.com.br | vendas@giovanapash.com.br | comercial@giovanapash.com.br Site: www.giovanapash.com.br

Giulia Bard担

Telefone: 48 3265.1149 E-mail: juniorvirissimo@hotmail.com; suzane@giuliabardo.com.br; juniorvirissimo@giuliabardo.com.br F達 page: www.facebook.com/giulia.bardo

i Impec

Telefone: 16 3713.7456 E-mail: paula.gomes@impec.com.br F達 page: www.facebook.com/empresaimpec

Izolo Bijoux

Telefone: 48 9146.7577 E-mail: izolde.d@hotmail.com Site: www.izolo.com.br

j J Kaspar (SEBRAE)

Telefone: 48 3267.0561 E-mail: cintospedagua@hotmail.com Site: www.vanessa.kaspar.com.br

k KAMILY PAVESI (SEBRAE)

Telefone: 48 3265.1446 E-mail: vendaskamilypavesi@terra.com.br

SC TRADE SHOW MAG

118



guia de expositores l Leidi Lu / Luisa Laura (SEBRAE)

Telefone: 48 3265.2331 | 3265.0990 E-mail: comercial@leidi-lu.com.br | douglas@leidi-lu.com.br Site: http://leidi-lu.com.br/

Leticia Costa / Suzani Bissoli

Telefone: 48 3265.5055 | 9163.0833 E-mail: comercial@suzanibissoli.com.br Site: www.suzanibissoli.com.br

Lia Line

Telefone: 48 3267.3400 E-mail: liavendas@lialine.com.br | fernandacomercial@lialine.com.br | comercial2@lialine.com.br| vendas@lialine.com.br Site: http://lialine.com.br/

m MARIA LUA JC Ind e Com de Calçados

Telefone: 48 3265.0881 E-mail: marialuacalcados@hotmail.com Fã page: www.facebook.com/marialua.calcados

Maria Luz (SEBRAE)

Telefone: 48 3265.3476 E-mail: camila@marialuzcalcados.com.br Site: www.marialuzcalcados.com.br

Menina Rio

Telefone: 48 3265.1100 E-mail: vendas@meninario.com.br;finan@meninario.com.br | joice@meninario.com.br |meninario@meninario.com.br Site: www.meninario.com.br

MORMAII

Telefone: 16 3724.7994 E-mail: tiagopucci@hotmail.com | passocertorepres@hotmail.com Site: www.mormaii.com.br

p Parô

Telefone: 48 3265.7800 E-mail: comercial@paro.com.br Site: www.paro.com.br

Pé na Rua (SEBRAE)

Telefone:48 3265.4512 E-mail: penarua@yahoo.com.br

PIENZA

Telefone: 48 3265.1206 | 3265 0000 E-mail: eliane@zunical.com.br

Pituxa (SEBRAE)

Telefone: 48 3265.2550 E-mail: adilsonjosecaetano@hotmail.com Site: www.isadoraoliveira.com.br

SC TRADE SHOW MAG

120


r Raphaella Booz

Telefone: 48 3265.6500 E-mail: schirley@raphaellabooz.com.br | marion@raphaellabooz.com.br Site: www.raphaellabooz.com.br

s Sara Cristina

Telefone: 48 3265.1398 | 8803.0612 E-mail: sara.calcados@hotmail.com Fã page: www.facebook.com/sara.calcados

Século XXX/EXTRAVASA

Telefone: 48 3265.6100 E-mail: vendas@seculoxxx.com.br | mayko@seculoxxx.com.br | adriana.puel@seculoxxx.com.br | eliane@zunical.com.br Site: www.seculoxxx.com.br

Shana Amorim

Telefone: 48 3265.4854 E-mail: shanamoda@hotmail.com Fã page: www.facebook.com/marlize.soares.900?fref=ts

Show Rio (SEBRAE)

Telefone: 48 3265.1497 E-mail: gregor.mazera@gmail.com | showriocalcados@gmail.com

Smidt

Telefone: 48 3265.5694 E-mail: comercial@smidt.com.br Site: www.smidt.com.br

SMILE

Telefone: 47 3231.7200 E-mail: ayrton@smile.ind.br | financeiro@smile.ind.br Site: http://www.smile.ind.br/site/sobre/

Studio 64 (SEBRAE)

Telefone: 48 3265.1352 | 9800.8171 E-mail: contatostudio64@gmail.com Site: http://studio64.com.br/#a_marca

Suzana Santos/Art´s Brasil/ Renata Mello

Telefone: 48 326.6800 E-mail: mariaelise@suzanasantos.com.br | cacio@suzanasantos.com.br Site: www.suzanasantos.com.br

t TRILHA DA LUA/ VILLA GRIFFE / TODA CONFORT BRASIL

Telefone: 16 3724.7994 E-mail: tiagopucci@hotmail.com | passocertorepres@hotmail.com

u Um Terço (SEBRAE)

Telefone: 48 3267.0387 | 9982.5566 E-mail: pegolotti@unetvale.com.br

121

SC TRADE SHOW MAG


guia de expositores

v Via America

Telefone: 48 3264.1027 | 3264.0360 (FINANCEIRO) E-mail: faturamento.viaamerica@unetvale.com.br

VIA JUPITER RASTEIRINHAS

Telefone: 11 2943.9915 | 9-9623.2709 E-mail: comercial@viajupiter.com.br Site: www.viajupiter.com.br

Via Lu (SEBRAE) RASTEIRINHAS

Telefone: 48 3267.1244 E-mail: vialucalcados@hotmail.com Site: http://vialucalcados.blogspot.com.br/

Villaenzo / KOAMO

Telefone: 48 3264.0882 E-mail: diether@villaenzo.com.br | villaenzo@terra.com.br Site: www.villaenzo.com.br

Vionee

Telefone: 48 8438 4008 | 9829 2224 E-mail: essiasjt@hotmail.com | comercial@vionee.com.br Site: www.vionee.com.br

Vivier Sapatilhas

Telefone: 48 3265.1999 | 8406.0768 E-mail: contato@viviercalcados.com.br FĂŁ page: www.facebook.com/viviersapatilhas

w WJ Acessorios

Telefone: 47 3350.3111 | 9110 9607 | Antonio Rep 47 9983.1396 E-mail: murilo@wjacessorios.com.br | vendas@wjacessorios.com.br | comercial@wjacessorios.com.br | comercial2@wjacessorios.com.br Site: www.wjstore.com.br

y YĂœ (SEBRAE)

Telefone: 48 3265.2030 E-mail: suziani@zunino.adv.br Site: www.useyu.com.br

z Zabumba

Telefone: 48 3265.5400 E-mail: comercial@zabumbacalcados.com.br | vendas@zabumbacalcados.com.br Site: www.zabumbacalcados.com.br

SC TRADE SHOW MAG

122


CO

MIN

G SOON

19a RODADA DE NEGÓCIOS

O

utono Inverno

2015

D E 4 A 6 D E NO V E M B R O D E 2 0 1 4

Local: Infinity blue Resort & Spa B a l n e á ri o C a m b o ri ú - s c H o r á ri o s : D i a s 4 e 5 d a s 1 0 h à s 2 1 h | D i a 6 d a s 1 0 h à s 1 8 h



Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.