Caderno B 5 B
Sexta-feira,, 04 de maio de 2012,, GAZETA DE ALAGOAS
felipecamelo@gazetaweb.com
FOTOS: FELIPE CAMELO
Em recente viagem a Las Vegas, arquitetos Ricardo Leão e Tiago Angeli, com as amadas Louise Melo e Karla Quintiliano, numa cena “Êbaaa” no “Minus 5°”. Detalhe, é todo feito de gelo. Ideal pra tomar whisky cowboy
NA LONELY PLANET Com o título ‘A Rede e a renda’, a revista Lonely Planet de abril aborda a história de diversas rendeiras de Alagoas, e até homens que tecem com as mãos sua arte. sua riqueza e o medo desse procedimento se perder pela falta de jovens pro aprendizado. Em 8 páginas, fotos de Marechal Deodoro, Piranhas/Entremontes, Pão de Açúcar/Ilha do Ferro e o Pontal em Maceió . A repórter Flávia Mendonça e a fotógrafa Carol Campos, capricharam. Vale ler. Prefeita de Piranhas, Mellina Freitas, marcando presença na degustação de vinhos, cervejas e azeites portugueses no Palato. Seu vestido, inclusive, num tom da nobre bebida. Antenada!
PARCEIROS ESPECIAIS Luis Amorim, diretor executivo da Organização Arnon de Mello (OAM), Leonardo Simões e Ademar de Sena, diretores comerciais da Gazeta e da TV Gazeta, recebem às 9 da noite de hoje, no Beer House, para a 6ª edição da festa que destaca as 20 agências parceiras. “É o único prêmio do Estado pelo conjunto de setores. Do atendimento à mídia, da produção ao departamento de arte e criação. É exatamente o esforço de cada área que leva a agência a superar suas metas. Mais do que um reconhecimento ao esforço dessas empresas e seus profissionais, o programa de incentivo às agências tornou-se importante por estimular o desenvolvimento de todo o mercado da publicidade”. Kel Monalisa e a banda Bleech garantem animação.
ACERVO PESSOAL
FELIPE BRASIL
Audifax Seabra acabou de chegar de Buenos Aires, onde recarregou as energias. No próximo Maré, será destaque. E por falar em destaque, o estilista alagoano também será matéria na Caras. É gente que faz!
BENEFICIANDO Investindo em equipamentos de última geração para facilitar a doação de plaquetas por aférese (que requer a intervenção de 1 máquina para separálas das hemácias e do plasma), Hemoal implantou novo aparelho de captação em comodato junto à Comércio Exportação e Importação de Materiais Médicos, orçado em US$ 80 mil.
Na última 4ª, flagrei dra. Eunice Nonô na Ponta Verde. Quando chego no Fios de Cabelo, encontro Chica Nonô ao telefone. Com quem? Com a sogra. Imaginam que coincidência? Nonô? No interior do Estado, trabalhando, e as crianças em casa, brincando
CONVERSANDO COM MAMÃE + 1 opção diferente de presente para o Dia das Mães. Às 9 da noite dos próximos dias 11 e 12, e às 8 no dia 13, Beatriz Segall interpreta 1 senhora de 82 anos e Herson Capri o filho 50tão
que pouco convivem e só tem notícias por telefone. Se encontram no palco do Teatro Deodoro, dirigidos por Susana Garcia. Vale plateia.
SENHOR DAS NOIVAS No Maré do próximo domingo, Audifax Seabra é capa e recheio . Neste comecinho de maio, mês das noivas, o inspirado estilista conta tudo ao editor Clevis Oliveira. Processo criativo, inspirações... As noivas, Flávia Holanda e Leila Acioly, usaram seus próprios vestidos, e capricharam nas cenas, em fotos de Felipe Brasil, tendo como cenário de luxo, o Ritz Lagoa da Anta. Vale aguardar.
CINEMA. Festival chega ao fim dividindo prêmios principais entre os filmes que, coincidentemente, enfrentaram problemas técnicos e foram exibidos duas vezes na tela do Cine-Teatro Guararapes
JÚRI SURPREENDE E À BEIRA DO CAMINHO VENCE O 16º CINE PE
CLARA GOUVÊA/DIVULGAÇÃO
RAMIRO RIBEIRO* REPÓRTER
Recife, PE – Se no ano passado a chuva e o protesto dos cineastas pernambucanos foram os responsáveis pelos contratempos ocorridos na cerimônia de encerramento da festa de 15 anos do Cine PE, em 2012 as reivindicações da classe local vieram a seco – e este, digase, foi o momento mais interessante da noite. No mais, a premiação arrastou-se sem muito ritmo, e se a imagem final é a que vale, a 16ª edição do festival passará à história como uma das mais esvaziadas, confusas e de resultados mais discrepantes. Tudo começou na mostra não-competitiva, com os filmes escolhidos para encerrar a maratona. De André Moraes, o curta MPB: a História que o Brasil não Conhece, um falso documentário sobre o complô internacional para boicotar a música tupiniquim, arrancou aplausos por mais de uma vez nos seus 15 minutos de duração. Já o longa Sons da Esperança, de Zelito Viana, este sim um documentário de verdade, mostrou-se um equívoco do começo
ao fim. O caminho escolhido (a exploração gratuita da miséria) para retratar o surgimento de uma orquestra jovem numa comunidade pobre e violenta do Recife mostrou-se superficial em sua busca por atingir emoções rasas. Um pastiche lulista com a marca da demagogia política. Muitos saíram antes do final da exibição. Assim, o clima apontava para uma noite murcha, mas que poderia ser mais rápida. A própria apresentadora, Graça Araújo, esforçava-se para que o cerimonial não se delongasse em excesso, pedindo aos possíveis vencedores que ficassem por perto. Menos de mil pessoas compareciam naquele momento no Cine-Teatro Guararapes, na maior parte jornalistas e membros das equipes dos filmes competidores e da produção do festival. Quando Poeta Urbano, de Antônio Carrilho, foi anunciado o vencedor da Mostra Pernambuco, todos os diretores pernambucanos que competiam subiram juntos ao palco. A ‘bandeira’ da vez era a do movimento, surgido na internet, #OcupeEstelita, que luta contra a especulação imobiliária na zona portuária da cidade, mas o apelo para que os problemas técnicos que deram a tônica em 2012 (e que prejudicaram a projeção digital de vários curtas-metragens) não se repitam no próximo ano também teve espaço.
CURTAS Chegou a vez dos curtas da mostra nacional – e da polarização entre o gaúcho Até a Vista e o paulista L, dois dos preferidos do público. O filme de Jorge Furtado ficou com os prêmios de melhor filme, roteiro, trilha sonora e ator para Felipe de Paula, que interpreta um jovem cineasta que viaja até a Argentina (indo depois para Belém) em busca dos direitos autorais para filmar seu primeiro longa. Já o encantador L deu o Calunga de melhor direção para a jovem Thais Fujinaga, além de conquistar os troféus de fotografia, direção de arte e atriz (para Sofia Ferreira). Outros bons títulos foram lembrados: Depois da Queda (montagem e júri popular), Isso não é o Fim (prêmio da crítica) e A Fábrica (prêmio especial do júri). Já Di Melo – O Imorrível conquistou o cobiçado Prêmio Aquisição do Canal Brasil, que garantiu R$ 15 mil aos diretores Alan Oliveira e Rubens Pássaro, e ainda a exibição do filme na grade do canal pago. LONGAS Era chegada a hora dos longas, e a surpresa se instalou com as vitórias de Boca nas categorias de direção de arte, trilha sonora, direção (para Flávio Frederico) e atriz (para Hermila Guedes, numa atuação discreta, quase apagada). O filme é uma adaptação insossa da autobiografia do criminoso
Vencedores reunidos para a tradicional foto na 16ª edição do festival pernambucano
paulista Hiroito Joanides (aqui numa interpretação caricata de Daniel de Oliveira). Já Paraísos Artificiais, primeira incursão do diretor Marcos Prado na ficção, levou troféus em três categorias técnicas (fotografia, montagem e edição de som) e também o de atriz coadjuvante, para Divana Brandão. Coube ao filme do diretor Breno Silveira as maiores honrarias. Finalizado após a morte de sua esposa, Renata, e a ela dedicado, À Beira do Caminho faturou as estatuetas de melhor filme (júris popular e oficial), roteiro, ator (para João Miguel) e ator coadjuvante (para Vinícius Nascimento), além do Troféu Gilberto Freyre. Além da incrível coincidência de destinar o maior número de prêmios aos dois longas que sofreram com problemas técnicos ou falhas humanas e que
por isso tiveram de ser reexibidos, as escolhas do júri oficial quase fizeram os documentários passarem em branco na noite. O inovador e vertiginoso Estradeiros, de Renata Pinheiro e Sérgio Oliveira, recebeu o prêmio da crítica; foi talvez a vitória mais merecida do certame. Ainda houve tempo para um prêmio especial do júri concedido ao compositor Jorge Mauner, retratado em O Filho do Holocausto, de Pedro Bial e Heitor D’Alincourt. Mas o estrago já havia sido feito. Escolheu-se exemplares do mais puro melodrama (À Beira do Caminho) ou da artificialidade (Boca), em detrimento de obras que, além de bem executadas tecnicamente, podem conduzir à reflexão na sala escura. Em 2013, o Cine PE terá a chance de corrigir sua rota. ‡ * O jornalista viajou a convite do Cine PE
Os principais vencedores LONGAS-METRAGENS
∫ Melhor filme: À Beira do Caminho, de Breno Silveira ∫ Direção: Flávio Frederico (Boca) ∫ Ator: João Miguel (À Beira do Caminho)
∫ Atriz: Hermila Guedes (Boca)
∫ Atriz coadjuvante: Divana Brandão (Paraísos Artificiais)
∫ Ator coadjuvante: Vinícius Nascimento (À Beira do Caminho) ∫ Prêmio especial do júri oficial: Jorge Mautner (Jorge Mautner – O Filho do Holocausto, de Pedro Bial e Heitor D’Alincourt) ∫ Prêmio da crítica: Estradeiros, de Sérgio Oliveira e Renata Pinheiro