Travessia para quem. Meio Ambiente, Direito à cidade e Mobilidade ativa no Rio Pinheiros.

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SÃO PAULO E MEIO AMBIENTE

Foi atribuído aos rios de São Paulo, uma função que nunca deveriam ter tido, que é afastar o esgoto urbano e outros detritos. Hoje, não podemos dizer que o Pinheiros é um rio, pois a característica de um rio é que ele corre e tem um fluxo e hoje ele está mais caracterizado como um lago morto, parado. Essa característica dificulta qualquer processo de despoluição, sem haver qualquer fluxo de água para uma filtragem. Em 2014 era estimado que 40% do esgoto urbano da região vai para o rio. 2 O rio Pinheiros, afluente do rio Tietê, recebia as águas que vinham da serra do mar e se juntavam com outros rios menores como o Zavuvus, Água Espraiada, Pirajussara entre outros e seguia seu caminho para o interior de São Paulo. A partir da concessão da Light foi feito o projeto para inverter - 28 -

o fluxo do rio Pinheiros e o represamento (que viria a se tornar a represa Billings) do rio Grande para que a água despencando da serra do mar, gerasse energia para a cidade. Na década de 70, a poluição do Rio Pinheiros estava tão agravada, que o envio de sua água para a represa, comprometia as águas que eram distribuídas para as residências. Em função da poluição do rio Tietê e Pinheiros, em 1989, na constituição paulista, foi proibido o bombeamento para a represa. Hoje é apenas revertido o fluxo de água em casos de grande risco de enchentes e ele não recebe águas das nascentes do Billings e Guarapiranga para a possibilidade de fazer a limpeza do rio, e troca de oxigenação.


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Travessia para quem. Meio Ambiente, Direito à cidade e Mobilidade ativa no Rio Pinheiros. by Raquel Tanaka - Issuu