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SPRING 2018 / ISSUE 3

BUSINESS & INTELLIGENCE

INSPIRE HELENA FERREIRA CEO HOTEL DO SADO BUSINESS & NATURE

No futuro, os clientes serão embaixadores das empresas e das suas marcas!


EDITOR'S NOTE LOOKING FORWARD At REBIS we challenge and lead, care and inspire. As a SAP Business Analytics state-of-the-art solutions firm, we look forward to inspire our clients and people. We challenge them and ourselves striving for excellence, leading in volatile, complex environments and projects, caring with our social, individual and business impacts. Our clients seasoned magazine - REBBIT - takes our business values as a guidance to reflect on business and management trends and issues. All opinions and perspectives reflects personal views, ideas and thoughts, not REBIS or their own companies. As a multi language company, we may have written articles in english and in portuguese. And, to inspire us, in this edition, we have the privilege to count with Helena Ferreira, CEO at Hotel do Sado Business & Nature. And many others. Enjoy!


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SPRING 2018 Issue 1

by REBISCONSULTING.PT

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by Helena Ferreira,

by Miguel Pina Martins,

by Raquel Ferreira Santos,

by Paulo Doce de Moura

CEO

Founder/CEO

PSICÓLOGA CLÍNICA

Private Banker Manager

HOTEL DO SADO

SCIENCE FOR YOU

E BLOGGER

Wealth Management

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by Pedro Meireles Sobral

by Nuno Ferreira,

by Mariana Viegas

by Etelberto Costa

GENERAL MANAGER

Co-Founder/CEO

Portuguese Culture

Lifelong Learning

CASO

REBISCONSULTING

Lecture at Rotterdam

Enthusiast and Activist

INSPIRE

LEAD\PERFORManCE

LEAD\TEAMS

CHALLENGE\SOCIAL?

CARE\UNEXPECTED

CARE\CULTURE

CHALLENGE\CHOICES

CHALLENGE\ALL IN


INSPIRE

NO FUTURO, OS CLIENTES SERÃO AUTÓNOMOS NO ACESSO À OFERTA DAS EMPRESAS! BY HELENA FERREIRA CEO HOTEL

DO

BUSINESS

SADO &

NATURE

Os clientes serão 'embaixadores' das empresas e das suas marcas, ao partilharem as suas experiências memoráveis.

Perfil Com um percurso profissional de referência, Helena Ferreira, formada pela Universidade Católica em Gestão, assumiu, entre muitos outros, responsabilidades e projetos em empresas como a Arthur Andersen, Allianz, Brás & Brás, Entreposto ou Sagres Seguros, até assumir a liderança do Hotel do Sado Business & Nature, merecedor, recentemente, do Luxury Modern Hotel of the Year Award pelo guia inglês Luxury Travel Guide.

Apaixonada por Pessoas e Serviços, atua ainda ativamente na comunidade nas mais diversas áreas - de Associações Humanitárias a Clubes Desportivos, Grupos de Empresas, Estudantes ou na Câmara de Comércio Luso Britânica, sempre com o mote que a orienta 'Liderar é Servir' (Robin Sharma).

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Agradecendo, desde já, a oportunidade e o desafio de lhe colocar questões de relevo atual no mundo especialmente

Na sua indústria, que grandes tendências atuais destacaria?

volátil em que vivemos, sugeria que iniciássemos a nossa conversa pelos seus atuais desafios.

O turismo globalizou-se, democratizou-se, alargou as origens da procura e aumentou o leque de destinos

Quais os principais desafios da sua atual responsabilidade?

turísticos, com características muito diferenciadas entre si, o que teve como consequência a ampliação das motivações e interesses dos consumidores, o aumento da

As Pessoas são o nosso principal desafio!

complexidade da organização da oferta turística e a

A nossa Equipa, os nossos Clientes, assim como os

intensificação da concorrência.

Fornecedores e Parceiros. Estamos numa indústria feita de Pessoas para Pessoas. E a consciencialização de que as

Por outro lado, as transformações tecnológicas, o

Pessoas são o mais importante é fundamental para o

desmantelamento da rigidez das fronteiras entre os

sucesso da nossa atividade.

diversos países e a massificação do transporte aéreo colocam em confronto novos destinos e culturas

É fundamental assegurar o envolvimento e motivação da

diversificadas e ampliam a gama dos produtos oferecidos

equipa para que retiremos o maior potencial de cada um,

num mercado em que os atores tradicionais (cadeias

aproveitando ao máximo os seus pontos fortes e não

hoteleiras, operadores turísticos, transportadores) se

esforçando sem necessidade os pontos fracos.

reorganizam constantemente para garantir o sucesso das suas operações e os novos atores (instituições financeiras,

O perfil DISC, por exemplo, tem sido um instrumento

telecomunicações e informação) se reposicionam para

fundamental na perceção das reais potencialidades de

garantir uma maior participação na atividade de maior

cada membro da equipa. Por mais fantástico e melhor

dinamismo e dimensão mundial.

localizado que esteja o nosso hotel, o Cliente sente a cultura da própria organização, pelo que o nosso foco tem

Os visitantes também estão progressivamente a mudar,

de estar no recurso mais valioso da nossa organização,

sendo o maior destaque a ampliação das tendências que

que é o Capital Humano.

se começaram a observar na década de 90: perda progressiva dos tradicionais 4 s (sun, sand, sea and sex)

Sendo assim, é importante que os nossos fornecedores e

em 4 s (sophistication, specialisation, segmentation,

parceiros percebam qual é o nosso posicionamento

satisfaction) dando origem aos 3 l (lore, landscape,

garantia também este compromisso do lado deles.

leisure), como resultado da importância que se atribui às tradições, paisagens, ao repouso, Saúde e Bem-estar.

Assegurando estes pressupostos, considero que estamos em condições de nos diferenciarmos num mercado que é cada vez mais competitivo. É

Podemos afirmar que o turismo se está a tornar mais

imperativo trabalhar em equipa e potenciar parcerias

aos aspetos económicos,

os consigamos surpreender. A base do negócio são as

tem de passar a dar mais atenção aos valores não materiais: valores humanos, fortalecimento da cultura, preservação e valorização do património natural. E essa tem sido a nossa

nossas Pessoas viradas para o serviço ao cliente!

preocupação.

fortes, para que, focados nas necessidades e motivações dos nossos clientes, alarguemos a nossa oferta de valor e

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maduro e numa atividade que, a par da importância dada

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Reconhece certamente os atuais desafios das empresas nas áreas de Business Analytics (BA) e Business Intelligence

Que implicações tais tendências terão nas empresas e nas pessoas?

(BI), aliás, core business da atuação da REBIS no mercado e uma das principais preocupações dos CEO a nível mundial.

No contexto de BA e BI, qual a relação da sua empresa com os dados e a informação crítica para o negócio?

As tendências da procura turística resultam da conjugação de fatores psicossociológicos, económicos e culturais que influenciam o comportamento dos turistas, as suas preferências e os seus hábitos.

Face à nossa realidade e por experiências profissionais anteriores, aplicamos estes conceitos com o grande

A evolução operada ao longo das últimas décadas

objetivo de nos darem apoio e suporte ao nível da tomada

evidencia uma profunda inter-relação entre o modo de

de decisões estratégicas.

vida e as tendências da procura turística, desde os modos de vida dominantes nas décadas de cinquenta e sessenta,

Se por um lado, através de BA obtemos um conjunto de

caracterizados pelo consumismo que deu origem às férias

dados estatísticos do nosso negócio, da nossa

massificadas com base no "sol e no mar", até à ainda

performance, bem como da nossa concorrência, que nos

presente década em que as pessoas se mostram cada vez

permitem fazer comparativos e tomar decisões em função

mais exigentes na satisfação dos seus desejos e que deu

do comportamento e tendências de mercado, com a BI

origem a uma procura turística mais preocupada com o

definimos o nosso planeamento estratégico, alimentado

equilíbrio pessoal, as atividades físicas e o ambiente.

com os dados obtidos pelo BA. Na minha opinião, as próximas décadas terão como A nossa relação com estas ferramentas é fundamental,

fatores que mais influenciarão as atitudes e os

sendo que a nossa unidade faz parte da amostra de

comportamentos da procura turística: o ambiente, a

inúmeras plataformas de recolha de dados estatísticos.

diferenciação, a consolidação do sistema de valores e o alargamento do perfil do consumidor a todos os níveis

Os relatórios gerados são cruciais para a avaliação do

socioeconómicos.

nosso posicionamento em termos de pricing, performance e notoriedade face à concorrência e face ao nosso histórico.

As novas tendências implicaram novos hábitos de férias, com diminuição do nível de fidelização ao destino,

Internamente procuramos ainda sistematizar dados de

aumento das viagens curtas e redução do tempo das

performance a vários níveis, nomeadamente com a

férias principais; alteração dos hábitos de aquisição das

definição de KPI’s e a sua avaliação, taxas de ocupação,

viagens, com incremento das viagens organizadas de

REVPAR, ARR, GOPPAR, fazendo a sua comparação com

forma individual, com recurso a plataformas e aplicações

períodos homólogos e com o nosso Market Share.

tecnológicas; alteração dos hábitos de consumo: combinação do sol e mar com atividades lúdicas, serviço personalizado, preocupação com o enquadramento ambiental e com o conhecimento das gentes, tradições e costumes.

Acredito que vamos trabalhar para turistas com maior experiência, maior educação, mais cultos e mais independentes; com clientes que encaram a cultura e o ambiente dos destinos como base das suas experiências.

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Consequentemente, o marketing terá de se orientar para

A relação entre empresas e clientes continuam a constituir

indivíduos com diferentes necessidades e interesses de

um desafio crítico nos negócios, de pessoas para pessoas,

viagens, e os destinos terão de se preparar para receber

enquanto organizações e indivíduos.

clientes com novos hábitos e preferências – e necessitam, obrigatoriamente, de ter a capacidade de se adaptar

Em geral, Qual o fator distintivo que salienta na relação das empresas com os seus clientes?

constante e rapidamente. Destaco o nível de proximidade que procuramos Tendo em conta esta profunda alteração do perfil do

estabelecer com o cliente, através da personalização da

consumidor e conscientes das novas tendências do mercado –

sua experiência no Hotel, dado que queremos que o Cliente

desde a crescente valorização da economia de “partilha” à

se sinta único e que se sinta reconhecido como sendo a

proliferação de serviços concorrentes - a nossa diferenciação

peça central do nosso negócio.

passa pela antecipação, por sermos criativos na oferta às novas necessidades, assim como pela essencial capacidade

É importante que sinta que tudo gira à sua volta. O que é,

de adaptação às novas exigências de consumo.

de facto, verdade! Conscientes de que o mercado global no qual estamos opera é formado por consumidores que

É vital estarmos muito atentos ao mercado, que está em

exigem personalização, qualidade e preço, é nossa

ebulição e em que tudo é relativo.

prioridade que os produtos e serviços que colocamos à disposição dos nossos clientes cumpram os constrangimentos sociais e regulamentares cada vez mais exigentes, como sejam standards de qualidade, segurança e/ou ambientais.

Por sua vez, a exigência de personalização levou-nos a dar resposta a segmentos de mercado cada vez mais específicos, tais como os vocacionados para clientes com necessidades especiais devido a restrições alimentares e/ou alérgicas, assim como clientes com mobilidade reduzida.

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"A única forma de sobreviver nesta economia é por diferenciação, através de uma inovação constante e contínua, com o objetivo de melhorar produtos, processos, serviços, redes e reputação."

Para si, inovação é...

Fruto do trabalho consistente e do foco

A economia está a transformar-se

no cliente, ao longo dos últimos anos o

rapidamente num mercado global,

Mais do que definir o que é a inovação,

nosso Hotel tem vindo a ganhar o

caracterizado pela competição feroz,

considero relevante demonstrar por que

reconhecimento do mercado, sendo

pelas exigências crescentes dos

é importante inovar – e evidenciar como

galardoado com variados prémios, tais

consumidores e pela necessidade de

o temos feito no HOTEL DO SADO

como o de Melhor Hotel Concept para

produtos e serviços com valor

BUSINESS & NATURE.

eventos em 2014 e Luxury Modern Hotel

acrescentado – e a adaptação é vital!

of The Year 2016 Luxury Ecofriendly Em 2001, esta unidade surge no

Hotel of the year 2018, assim como

Estas mudanças na natureza da

mercado como Estalagem do Sado e,

certificações, nomeadamente da

inovação colocam novos desafios e a

desde a sua génese, procurou marcar

ECARF Allergy friendly.

nossa aposta recai na requalificação e

de forma positiva e inovadora a forma

melhoria sistemática e permanente no

de receber e acolher, definindo um

Aliás, os primeiros em Portugal a obter

produto que diariamente colocamos à

conceito de hotelaria centrada no

esta certificação, sendo para além

disposição do cliente. Com opções

cliente e na adaptação sistemática dos

disso, o Hotel que surge como Primeiro

inovadoras que cumpram e superem a

seus processos às necessidades efetivas

Classificado no TripAdvisor na região

expectativa de quem nos visita.

daqueles.

de Setúbal. Felizmente, estamos localizados numa

normativas referentes aos

Estes vários reconhecimentos são resultado da inovação! Uma inovação

empreendimentos turísticos, os

que surge da vontade de alcançar mais

o que nos dá desde logo uma grande

promotores optaram pela

e melhor, assegurando que o processo

vantagem competitiva.

reclassificação e requalificação da

de mudança é contínuo, fazendo face

unidade, transformando-a na atual

aos desafios constantes do mercado

unidade Hoteleira de quatro estrelas.

onde o hotel se insere e onde

Mais tarde, e por força das alterações

diariamente compete.

zona privilegiada, rodeados de uma riqueza natural e cultural sem paralelo,

Inovação não pode ser adaptação, mas sim antecipação.


INSPIRE

E, no futuro... HELENA FERREIRA

Em 2030, como serão as empresas? Na minha opinião, em 2030 teremos empresas altamente

Por outro lado, este paradigma implicará que a questão intangível

tecnológicas, com um foco nos processos em que a autonomia do

da relação empresa/cliente ganhe terreno, sendo um fator

acesso a produtos e serviços por parte do cliente será

diferenciador as empresas apostarem na qualidade do serviço e

elevadíssima.

no envolvimento dos clientes nas suas organizações, com relações win-win, promovendo cada vez mais a sua notoriedade através dos seus próprios clientes, nomeadamente “educando-os” e estimulando-os a comentarem as suas experiências.


LEAD

COMO TER UMA CULTURA FANTÁSTICA NA SUA EMPRESA? BY MIGUEL PINA MARTINS CEO SCIENCE

FOR

YOU

Criar e manter uma cultura fantástica numa organização ou equipa nem sempre é fácil mas, muitas vezes, nem sempre é assim tão difícil.

É implementar e praticar, vezes sem conta, alguns elementos essenciais.

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SPRING

2018


Saberem que as grandes ideias podem vir de qualquer sitio Uma empresa em que todos contam, é uma empresa com uma boa cultura para se trabalhar. Todas as pessoas poderem dar ideias e ser relevantes nos processos de mudança das empresas é fundamental para uma cultura que as pessoa se sintam magnetizadas para trabalhar.

Essas ideias serem valorizadas é um ponto relevante para se criar uma boa cultura empresarial.

Comunicar e Comunicar A comunicação e a transparência são essenciais para se criar uma cultura de trabalho positiva. Todos os colaboradores devem saber como está a saúde da empresa, se as vendas estão bem, se o lucro está dentro do esperado. Isto motiva as pessoas a sentirem-se incluídas.

Grandes colegas, grandes amigos Promover atividade que permitam às pessoas conhecerem-se melhor é fundamental para ter uma cultura positiva. Quanto melhor forem as relações, melhor as equipas vão trabalhar, e o trabalho em equipa é fundamental para o sucesso de qualquer empresa.

Dar e Receber feedback Um dos mais importantes processos de crescimento dos colaboradores vem com um correto e acertado feedback. Sabendo o que fazem bem e o que fazem mal, só assim se consegue aprender e melhorar. Enquadrar isto como natural e saudável, só traz benefícios para todos.

Espalha a Missão e a Visão Uma missão e visão fortes vai ajudar muito à organização a inspirar os seus colaboradores e a manter uma cultura de trabalho positiva. Poder trabalhar para um bem maior é fundamental para ter os colaborares integrados na cultura empresarial

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CARE

COMO LIDAR COM OS IMPREVISTOS? BY RAQUEL FERREIRA SANTOS PSÍCOLOGA E

CLÍNICA

BLOGGER

A minha primeira grande lição sobre imprevistos, foi tomar consciência que em muitos momentos da minha vida, tentava controlar tudo para que não houvessem imprevistos.

As últimas notícias sobre os dados de taxa de desemprego em Portugal levaram-me a repensar a evolução da área de recrutamento e seleção. Tentava prever todos os possíveis cenários, percorria as hipóteses de A a Z, pensava no que ia dizer, pensava no que ia pensar, coordenava horários, fazia listas, ensaiava discursos, não delegava tarefas, vivia em constante aflição para que tudo corresse como eu esperava que acontecesse...

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SPRING

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..Apercebi-me que perdia a espontaneidade, que haviam muito mais hipóteses do que A a Z, que ficava frustrada se o plano fosse desviado um centímetro. Quando tomei consciência do porquê da minha necessidade de controlo ficou mais fácil começar a criar um novo padrão de comportamentos.

Ainda assim, só quando a vida me mostrou que não controlamos absolutamente nada, a não ser a meticulosa reação aquilo que não é previsível, é que comecei a pensar que era altura de deixar de querer controlar o que quer que fosse.

Mudar comportamentos e crenças é um processo longo e com obstáculos, por isso quando decidi mudar comecei a desenvolver estas “habilidades”:

Confiar: aprendi a confiar no processo, que tudo acontece quando e como deve de ser ainda que eu não compreenda

Preparação: preparo-me sempre, todos os dias, seja a aprender, a estudar, a trabalhar, a trocar ideias. Uso qualquer momento para adquirir mais conhecimento.

Atenção: estou atenta ao que sinto, ao que ouço, ao que digo, ao ambiente, às pessoas que me rodeiam, uma atenção tranquila, sem querer controlar, apenas para estar consciente.

Escolher: tomo decisões em função do que sinto ser melhor para mim, ainda que não saiba o resultado final

Ser flexível: trabalho a flexibilidade do meu corpo, para que a minha mente também o seja e consiga encontrar soluções de forma rápida.

Memória: recorro a memórias de outras situações em que consegui ter sucesso em situações imprevisíveis.

E você como lida com os imprevistos?

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SRPING

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CARE

GESTÃO SUSTENTÁVEL E TECNOLOGIA ...A CAMINHO DO FUTURO! BY PAULO DOCE DE MOURA PRIVATE &

BANKER

WEALTH

MANAGER

MANAGEMENT

Num mundo incerto e em constante mudança, onde a tecnologia é um importante indicador de progresso, onde as empresas nascem imediatamente internacionais, com muita rapidez, passam do pequeno para o global.

Nesta direi, nova Revolução Industrial, teremos uma robótica muito mais avançada, transportes autónomos, inteligência artificial, materiais avançados e biotecnologia. Estes desenvolvimentos vão transformar a forma como vivemos e trabalhamos.

Alguns postos de trabalho vão desaparecer, e empregos que nem sequer existem agora irão ser banais no futuro.

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Sumariamente: a Primeira Revolução Industrial usou o vapor de água para mecanizar a produção; a Segunda utilizou a energia elétrica para criar a produção em massa; a Terceira recorreu à eletrónica e à tecnologia de informação para

- distribuir mais do que os resultados obtidos, não só não gera poupança para novos projetos, como retira dinheiro às poupanças que suportam o negócio ou, pior, implica aumento de dívida;

automatizar a produção. - Numa gestão prudente, a distribuição dos lucros não

Agora, estamos perante uma Quarta Revolução Industrial, que tem vindo a desenvolver-se por uma fusão de tecnologias entre as esferas da Física, Biológica e Digital A internet móvel e a tecnologia da “cloud” já estão a afetar a forma como trabalhamos. Ainda que inteligência artificial, a impressão 3D e materiais avançados ainda estão numa fase inicial de utilização, o ritmo de mudança será bastante rápido. Irá alterar não só o que fazemos, mas também aquilo que

deve ultrapassar a metade dos mesmos, assume-se assim uma postura responsável e ajusta-se os dividendos aos resultados gerados.

Com base nestas regras de gestão sustentável a revista Forbes analisa aquelas que foram as indústrias mais lucrativas nos Estados Unidos da América e é curioso verificar as alterações que têm acontecido ao longo dos últimos anos.

somos. Na viragem para um admirável mundo novo! A área da tecnologia direcionada para a saúde foi aquela E nesse mundo novo, existem algumas regras a ter em conta para um crescimento sustentável das empresas, entre as quais, se destacam:

que mais lucro gerou, liderando assim o top das indústrias mais lucrativas. Os setores financeiros e tecnológicos

A título de referência, o top 10 das indústrias mais lucrativas: assumem também posições relevantes.

- crescimento anual médio dos lucros por ação nos últimos cinco anos inferior a 50%; com lucros a aumentar, mas não demasiado;

- grau de endividamento inferior a 80%; este rácio, que

1. Tecnologia na área da saúde, assumindo uma margem média de lucro de 21%.

2. Finanças, com margem média de lucro de 17,3%.

compara o passivo com os capitais próprios, empresas menos dependentes da dívida;

3. Serviços tecnológicos, a margem média de lucro deste setor é de 16,1%.

- variação do rácio existências-vendas inferior a 10%. O ideal seria que o rácio decrescesse, o que quereria dizer que as vendas aumentaram mais depressa que as existências;

- o contrário – existências a crescer mais depressa que as vendas – poderia indicar que os produtos em armazém não

4. Setor eletrónico, a margem média de lucro aqui é de 13,2%.

5. Bens de consumo perecíveis, a margem de lucro é, em média, de 11,8%.

estão a ser despachados tão depressa. 6. Transportes, que oferece - para as cotadas em bolsa, a rentabilidade do dividendo

uma margem média de lucro de 9,8%.

("dividend yield") deve ser sempre inferior a 10%, para no médio/longo prazo, manter os investidores que procuram estabilidade nos dividendos e crescimento da empresa.

7. Serviços para o consumidor, afirma-se igualmente como um setor que tem um peso de 9,7% de lucro.

8. Utilities, a sua margem média de lucro foi de 9,2%.

9. Fábricas, sua média de lucro é de 8,4%.

10. Comunicação, desde rádio a imprensa, entre outros, com margem média de lucro de 7,4%.

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LEAD

O CUME SEMPRE À VISTA! BY PEDRO MEIRELES SOBRAL GENERAL CASO

-

MANAGER

TRABAJO

EN

ALTA

PERFORMANCE

"Se queres escalar uma montanha, começa pelo cume"

O aforismo zen anterior convida-nos imediatamente a entrar nos domínios duma lógica contra-intuitiva. Não é uma novidade que este tipo de lógicas provoca ainda uma certa desconfiança nos atores das organizações, no mundo ocidental.

Somos sempre resistentes, apesar das evidências cientificas de que tais lógicas são parte integrante dos “mecanismos” psicológicos de qualquer ser humano e de todos os seus níveis de interação.

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A questão que se coloca é se é mais vantajoso não dar

O processo lógico de começar a escalar mentalmente no

grande importância a este aspecto, como tradicionalmente

topo para manter o cume sempre visível contradiz o senso

se vem fazendo, ou aprender a utilizar estes recursos em

comum e requer a utilização de uma técnica que nem

favor da eficácia e eficiência das nossas organizações.

sempre é fácil de executar fora da montanha para quem não está adequadamente treinado.

Nunca é cómodo situar-nos numa posição dicotómica, embora sempre se possa encontrar uma boa dose de

No entanto, este processo lógico, de começar a desenhar

conforto e sensatez no que Heinz Von Foerster chamava o

um projeto do fim para o início, tem demonstrado níveis de

seu imperativo ético: “Age sempre de forma a aumentar o

eficiência e eficiência tão altos que chegou a merecer

número de possibilidades”.

referencias no Work Breakdown Structure (WBS) Handbook da NASA (2010), e em publicações de Eliyahu M. Goldratt,

Voltando ao exemplo do aforismo inicial, sabemos que não

autor de "A Meta", entre outros autores.

é possível, fisicamente falando, começar a escalar uma montanha a partir do cume. No entanto, a técnica usada

Nos contextos de inovação, de project management, de

no montanhismo é bem conhecida, como Paul Watzlawick

gestão da mudança ou de resolução de problemas

já referiu no seu livro "Münchhausen's Pigtail”.

complexos, saber utilizar ferramentas que contemplam a lógica contra-intuitiva ou paraconsistente (Newton da

Esta analogia a um contexto de resolução de problemas

Costa), sem excluir a lógica tradicional, pode ser uma

bem se poderia aplicar a qualquer área de Project

grande ajuda para evitar obstáculos e situações de

Management: “O problem-solver é como um alpinista que

bloqueio.

olha do vale para o topo e tenta definir a rota da subida. O principiante tende a considerar em que direção deveria

Certamente não seremos os únicos a considerar que as

partir. Por outro lado, o montanhista experiente

lógicas e as escolas de pensamento tradicionais se têm

pergunta-se em que ponto imediatamente abaixo do cume

demonstrado incompletas no referente à gestão das ações,

deve estar, para poder subir desde aí os últimos metros até

dos comportamentos e dos resultados da imprevisível

ao cume".

interação humana.

A sequência desta lógica, como explica o autor, é que o

No livro Trabajo en Alta Performance (ainda só disponível

consiste em definir onde o alpinista deve estar antes de chegar ao ponto imediatamente abaixo do cume, e assim sucessivamente, até ao ponto de partida. próximo passo

década de estudo, investigação, desenvolvimento e aplicação prática deste modelo de trabalho.

Sem querer pecar por falsa modéstia, devemos reconhecer

inverso, do cume para a base, antes de começar uma dura

uma grande “herança” intelectual aos investigadores da

escalada e arriscar-se a descobrir, depois de muitas horas

Escola de Palo Alto – Califórnia (Watzlawick et al.) que nos

de esforço, que não se pode continuar nessa direção. Se o

permitiram, parafraseando a Newton:

o cume sempre à vista, é muito menos provável que isso aconteça.

SPRING

metodologia, explicamos os resultados de mais de uma

É um exercício para percorrer mentalmente o caminho

caminho for previamente definido em sentido inverso, com

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em espanhol) e em diversos artigos disponíveis sobre esta

2018

“Subir aos ombros de gigantes para poder ver mais longe”.


LEAD

E O LIVRE ARBÍTRIO: QUE ESPAÇO NAS REDES SOCIAIS? BY NUNO FERREIRA CO-FOUNDER/CEO REBISCONSULTING

Ao expormos as nossas preferências e dados, estamos a perder o live arbítrio, entre algoritmos divinos que constituirão a carta celeste das nossas vidas?

O presente desafio que a utilização massiva das redes sociais no coloca é imenso e significativo e proporciona-nos a todos uma oportunidade de reflexão.

Seremos sempre o fruto da ambição dos percursos que pretendemos percorrer, alimentados pela nossa ambição de alcançarmos sempre o que ainda não concretizamos.

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Será bastante reduzida a probabilidade de colocarmos o

Se, de forma pouco avisada, expomos a milhões de

nosso número de telefone, e-mail, idade, número de

pessoas os nossos gostos de filmes, séries, clubes

contribuinte e/ou de cartão de cidadão, ou outro tipo de

desportivos, opções religiosas ou políticas, deveremos estar

elementos similares no nosso automóvel (para que todos na

preparados para que, tais milhões de pessoas (direta ou

rua os possam ver) ou à porta de casa.

indiretamente) nos apresentem ideia/contra ideias, opções ou alternativas a tais preferências?

Na verdade e na maior parte dos casos, senão mesmo na generalidade, teremos até alguma reserva em partilhar

E, por outro lado, de que modo limitamos significativamente

qualquer um desses elementos e inclusive, se alguém nos

as nossas escolhas de vida ao limitar as nossas

abordar na rua, a pedir o número de telefone apenas,

comunicações, ambientes digitais ou socialização on-line,

ignoraremos ou responderemos de forma abrupta ou

exclusivamente às nossas preferências, sem contraponto de

mesmo pouco amistosa.

outras visões, permitindo que, em cascata, nos embrenhemos cada vez mais num mundo de pensamento

Ora, sendo assim, será pouco compreensível que, no

único – no qual apenas estão aqueles que connosco

universo mais lato e inclusive mais acessível por um maior

concordam ou vice-versa?

número de pessoas como é o mundo digital que nos disponibilizemos, de qualquer modo e sem ajuizado valor

Ao expormos as nossas preferências e dados, estamos a

prévio, tais dados/elementos utilizáveis por quaisquer

perder o live arbítrio, entre algoritmos divinos que

estranhos ou menos estranhos que os possam aceder.

constituirão a carta celeste das nossas vidas? ois de muitas horas de esforço, que não se pode continuar

Na recente polémica sobre o grau de utilização de dados,

nessa direção. Se o caminho for previamente definido em

a sua manipulação para uso (mais do que indevido,

sentido inverso, com o cume sempre à vista, é muito menos

previamente orientado para determinados fins), o primeiro

provável que isso aconteça.

passo, prévio a eventual indignação, será, provavelmente o de reavaliarmos a nossa própria forma de exposição direta no mundo digital.

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CARE

DIFERENÇAS CULTURAIS EMPRESAS E INDÍVIDUOS: QUO VADIS? BY MARIANA VIEGAS PORTUGUESE LECTURE

AT

CULTURE

ROTTERDAM

As diferenças culturais entre as organizações e os seus profissionais podem constituir um desafio que se transforma em oportunidade ou num enorme problema.

No mundo globalizado em que cada vez mais empresas se tornam mais iguais, padronizando as designações dos seus profissionais para internacionais. A aproximação de culturas em ambiente empresarial, também originada pela globalização, evidencia novas vantagens e desafios ao tecido empresarial mundial.

As vantagens de uma equipa multicultural poderão transformar-se numa eficiente e produtiva forma de desempenhar tarefas ou resolver problemas em ambiente empresarial.

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O desafio está em ajustar a Cultura à Cultura Organizacional / Empresarial.

Por isto, para aproximar a empresa às características culturais dos seus colaboradores é necessário entender

---

também, a origem cultural dos seus colaboradores, para

Por isto, é necessário entender os valores Culturais do

que quando uma empresa que queira tirar partido da

Colaborador e compreender como os seus valores e a sua

diversidade cultural possa fazê-lo ajustando a cultura à

forma de agir podem coincidir com a Cultura da

cultura organizacional.

Organização. ---

Assim, como as empresas estudam o perfil de um candidato

Para além disto, há que compreender o valor e/ou a

para o recrutar, deverão também, estudar a origem cultural

perceção do trabalho para o colaborador, nem sempre o

do candidato, de forma a ajustar-se ou flexibilizar-se.

trabalho tem o mesmo significado para os indivíduos. Para algumas pessoas o trabalho pode ser uma obrigação, para

As diferenças quando bem geridas e conhecidas são

outras pessoas, uma missão, e, para outras ainda, pode ser

traduzidas em vantagens. Os cursos de idiomas, por

uma forma de glorificação/ auto - realização…

exemplo, são já um indicador do trabalho da própria

---

empresa na integração dos seus colaboradores

É possível verificar em alguns casos, diferenças na gestão

internacionais.

de pessoas entre ocidente e oriente. -Na Holanda, por exemplo, as empresas tem um espaço reservado à religião – designado gebedsruimte, para que

Quem se deve ajustar a quem? Deverá o colaborador ajustar-se ao local de trabalho? Ou deverá a empresa ajustar-se aos seus colaboradores?

em vários momentos da jornada de trabalho os colaboradores possam refletir, rezar e ou orar.

Possivelmente, ambas as partes, isto se o interesse e os

---

valores forem próximos, e, mantendo-se a essência de cada

O exemplo anterior, demonstra a importância de um

parte.

entendimento cuidadoso das diferenças culturais e

--

religiosas, para que possamos saber como e onde,

Nota: Se eu convido amigos vegetarianos para jantar em

podemos e devemos gerir, assim como, usufruir das

minha casa, a ementa nunca poderá incluir carne (mesmo

diferenças, contornar desafios, e, motivar e envolver os

que eu não seja vegetariana).

colaboradores na organização. --O fato de a Sociedade Holandesa ser tendencialmente individualista, e a sociedade Portuguesa ser tendencionalmente cooperativista, condiciona o comportamento, e até o modo de pensar do individuo. ---

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CHALLENGE

APRENDER A APRENDER: O DESAFIO. BY ETELBERTO LOPES DA COSTA LIFELONG ENTHUSIAST AND

ACTIVIST

Sim, as nossas crianças deverão (também) aprender a aprender. Por isto, se torna tão relevante que os adultos o façam também e agora.

"A chegada da revolução 4.0 traz também a certeza de que o mundo se tornará cada vez mais obsoleto a cada década, e, portanto, os indivíduos deverão desenvolver a capacidade autodidata durante a vida profissional, como antes na vida académica, de forma a serem capazes de continuar aprendendo ao longo da vida sem a dependência extrema de ter que voltar à sala de aula."

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Challenge

Care

Estou sem Internet? E agora?

Em 2017 a ALV surge como resposta europeia nas políticas

No minuto seguinte, em que fico sem Internet, 3,5 milhões de

de educação, formação, emprego e juventude iluminada

consultas de pesquisa no Google acontecem; quase 2

pela Indústria 4.0. e muito também por efeito dos ataques

milhões de fotos criadas no Snapchat; mais de 4 milhões de

terroristas em solo europeu.

horas assistidas no canal de partilha de vídeos YouTube; quase meio milhão de tweets enviados no Twitter e mais de

O relatório Faure Learning to Be (Faure, 1972) defendeu a

16 milhões de mensagens de texto enviadas. Quase um

educação (o uso desta palavra gerou diversos equívocos

milhão de logins no Facebook e mais de 150 milhões de

porque foi a tradução usada para a palavra inglesa

emails seriam enviados.

“Learning”) ao longo da vida como o conceito principal de políticas educacionais em países desenvolvidos e em

E tanto conhecimento que perdi em apenas 1 minuto!

desenvolvimento. Foi visto como um ponto de viragem e o

É forçoso que os sistemas de educação e formação sejam

início de um período de otimismo na política educacional

capazes de preparar hoje os jovens (só eles?) para os

internacional, pois reconheceu que a educação não era

futuros empregos, ainda que num contexto de grande

mais o privilégio de uma elite, ou era apenas uma faixa

incerteza. 65% das crianças dos nossos dias terão

etária.

empregos que ainda não foram inventados (OCDE, 2016). Em vez disso, concluiu que a educação deve ser universal e Prepará-los para o futuro, procurando, tanto quanto

ao longo da vida. Essencialmente, isso significava mudar

possível, ajustar os curricula e as estruturas de qualificação

para uma visão humanista, baseada em direitos e numa

às competências que se pensa poderem ser as necessárias

holística da educação (Ouane, 2011). Com o relatório da

para os empregos do futuro. É importante, mas é muito

UNESCO "Aprender: o tesouro dentro" (Delors, 1996) e o

curto e isso mesmo fica assinalado no recente relatório do

relatório da OCDE sobre "Aprendizagem ao longo da vida

grupo de trabalho que apresentou o perfil de saída do

para todos" (OCDE, 1996), a ALV esteve ligada aos desafios

º

aluno de 12 ano e mais acentuadamente, o parecer do

económicos, sociais, culturais e ambientais que as

CNE-Conselho Nacional de Educação sobre o perfil do

sociedades e as comunidades carecem.

aluno para o século XXI (21 de abril p.p). Havia uma orientação mais forte para os princípios do A Comissão Europeia na sua recente comunicação de 17 de

capital humano e da empregabilidade. Na União Europeia, o

novembro de 2017 coloca a . Aprendizagem ao Longo da

discurso ALV entrou numa terceira fase a partir do ano 2000,

Vida – ALV no topo “three” das sua prioridades em

influenciada pelos objetivos da UE de criar a designada

Educação/Formação.

economia baseada no conhecimento mais dinâmica do mundo e garantir a coesão social. (adaptação a partir de Lifelong Learning: Holistic and Global Education by Ulf-Daniel Ehlers (outubro 2017).

Por cá o Governo enfatiza que a 1ª das suas reformas é a qualificação dos portugueses. Na estratégia do Governo afirma-se que Portugal tem uma oportunidade impar de se colocar na linha da frente apresentando-se como fornecedor competente das necessidades de competências digitais criticas na Europa.

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Lead

Inspire

O futuro da aprendizagem está cada vez menos na sala de

Não é a tecnologia digital que cria mudanças sociais, as

aula e mais infiltrado no dia a dia do trabalho em diferentes

Pessoas é que as fazem! O investimento em pessoas e o

formatos. Tal exige criar um ambiente e um contexto onde

alargamento do acesso a oportunidades de

as pessoas se sintam seguras e confortáveis para

aprendizagem ao longo da vida são tão importantes

experimentar, arriscar, errar e aprender.

quanto o investimento em tecnologia digital.

A aprendizagem deve ser incorporada em todos os

É por isso que eles têm que se acompanhar de perto.

aspectos da organização por meio de ações e

A tecnologia digital pode apoiar e melhorar a

metodologias educacionais que devem extrapolar a

aprendizagem das pessoas e, igualmente importante, ao

tradicional sala de aula.

contrário do que aplicam muitos decisores e “opinion makers” resistentes, as oportunidades de aprendizagem

As competências “hard” dominam as conversas quando

ao longo da vida capacitam as pessoas a usar a

falamos no mundo digital, mas a colaboração, a empatia e

tecnologia digital de forma eficaz e de forma responsável

a criação de significado são fundamentais nesse processo

e aproveitam plenamente sua "experiência digital".

de transformação. Cultivar e provocar uma mentalidade de persistência e paixão também são essenciais para o

São como o dois em um.

sucesso. As organizações vão assumir processos da

Aprende-se e usa-se a tecnologia. Aprender a aprender,

aprendizagem máquina (“machine learning”) ; da

disse ele, em vez de marrar nas sebentas, António

Gamificação; dos Moocs ; do elearning 4.0., dos robots que

Guterres na sua muito recente cerimónia de

educam e formam, mas também em muitos setores em que

doutoramento “honoris causa” outurgada pelo seu

a inteligência artificial e o estudo do algoritmo é foco dessa

Instituto Superior Técnico, inspirou-se nos seus tempos de

inovação.

aluno lembrando a “ escola que lhe deu, a capacidade de "aprender a aprender".

Um momento excecional? Ou, de facto, estamos a caminhar para o advento do negócio da Educação /

Foi este o grande princípio que o secretário-geral das

Formação em termos tais que alguns prevêem que o seja de

Nações Unidas quis deixar aos mais novos - e aos menos

Topo por 2030 ultrapassando as redes sociais como o

novos, responsáveis pelos diferentes níveis do sistema de

Facebook e destronando a Amazon?

educação. Mais do que "marrar na sebenta", como alguns professores exigiam antes (1965-1971), é preciso aprender

Ora, falta apenas e concretamente o Quê? Pois sabemos

a aprender, porque "é imprevisível o que vai acontecer

todos que Formar ( e muito mais Educar) consome recursos

nas próximas décadas" e "os conteúdos que vão estudar

e exige profissionais (professores e formadores de nova

estarão ultrapassados rapidamente".

geração) de outra índole. Mas, principalmente uma Liderança (s) que consiga ser capaz de colocar em campo

Por isso, Sim, as nossas crianças deverão (também)

uma visão de alinhamento num propósito para a ação,

aprender a aprender. Por isto, se torna tão relevante que

assente num formato e metodologia de colaboração e de

os adultos o façam também e agora.

exploração dos recursos digitais que estão disponíveis. Ah, mas isso é o mais difícil de fazer....

Como Thomas Piketty afirma na P.457 do seu Livro “O Capital no Século XXI” (2014) -”A longo prazo a melhor maneira de reduzir as desigualdades perante a o trabalho, e também de fazer aumentar a produtividade média da mão de obra e o crescimento global da economia, é sem dúvida alguma pelo investimento na formação”.

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A chegada da revolução 4.0 traz também a certeza de que o mundo se tornará cada vez mais obsoleto a cada década, e, portanto, os indivíduos deverão desenvolver a capacidade autodidata durante a vida profissional, como antes na vida académica, de forma a serem capazes de continuar aprendendo ao longo da vida sem a dependência extrema de ter que voltar à sala de aula.

Neste sentido as escolas deverão se transformar em centros de desenvolvimento de competências, abandonando definitivamente a postura de espaços de replicação de conhecimentos.

Concluindo A realidade aumentada, a realidade virtual e a gamificação, associadas a outras tecnologias de comunicação / aprendizagem / treino, como quizzes, podcasts, aplicativos e vídeos, entre outros, apresentam estratégias de aprendizagem adaptativas e personalizadas e contribuem para a criação de ecossistemas de aprendizagem inovadores.

Usá-los numa perspetiva de ALV é a forma de estarmos nesta sociedade da informação promovida pela Indústria 4.0. .

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