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alimentação
Horta de Americana aposta em orgânicos e compostagem Sem utilizar agrotóxicos na produção de hortaliças, horta do bairro São Vito vem angariando cada vez mais clientes a procura de alimentos saudáveis
Rio Piracicaba terá barragem
Petroleiros lutam contra privatização
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Abastecimento
Americana vai construir barragem no Rio Piracicaba A obra está prevista para ser concluída em seis meses
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Administração Municipal está contratando empresa para construção de uma barragem de elevação do nível de água no ponto de captação no Rio Piracicaba, em substituição ao enrocamento que já perdeu a eficiência. A obra está prevista para ser concluída em seis meses, a partir da emissão da ordem de serviço, e vai garantir o abastecimento durante o período de estiagem quando ocorre a baixa vazão de água. O investimento na obra é de R$ 2.338.973,22. Segundo informações técnicas da Coordenadoria de Planejamento do Departamento de Água e Esgoto (DAE) de Americana, foi projetada uma barragem definitiva, seguindo todas as normas de construção vigentes, que garantirá o nível necessário e a segurança no processo de captação de água, mesmo nas épocas de estiagem. “O projeto da barragem e as in-
terferências necessárias no corpo hídrico foram devidamente analisados e outorgados pelo Departamento de Águas e Energia Elétrica do Estado de São Paulo – DAEE e demais órgãos ambientais”, informou. “O principal objetivo é garantirmos um abastecimento efetivo em situações de escassez. Com a mesma preocupação temos feito ainda o trabalho da nova capacitação, para que não fiquemos dependendo apenas de uma só”, disse. A barragem vai garantir a cota mínima necessária para o funcionamento das bombas no ponto de captação, com elevação mínima de um metro em época de estiagem. No ponto da barragem, a elevação em vazão média será de 44 centímetros acima das condições atuais. O barramento será executado abaixo da unidade de captação de Americana, divisa com o município de Limeira (próximo à empresa Suzano).
Investimento na obra é de R$ 2,3 milhões
EXPEDIENTE Edição e Texto: Paulo José San Martin e Anderson Barbosa | Diagramação: Skanner Projetos Gráficos | Redação: paulo.san@jornalrecantosdaterra.com.br - anderson@jornalrecantosdaterra.com.br Gestor de Anúncios: Geraldo Martins - (19) 9.8268.9110 - ge@jornalrecantosdaterra.com.br | Rua Indaiá, 411, Jd. Ipiranga Americana-SP - Fone: (19) 3601.8996
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Ciência
Larva come e digere plástico A responsável por isto é a larva de cera, também conhecida como traça do favo de mel e Galleria mellonella
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natureza em colaboração com a humanidade! O plástico foi revolucionário – mas também acarretou e acarreta um senhor problema para o meio ambiente. São toneladas e mais toneladas de dejetos plásticos inundando os oceanos, mares, matando seres marinhos, poluindo o mundo. Mas, uma certa larva pode nos ajudar. Sabe quando guardamos sacolas plásticas e outros itens deste material e, quando procuramos, estão carcomidas e furadas? A responsável por isto é a larva de cera, também conhecida como traça do favo de mel e Galleria mellonella. Esta larva é uma voraz larva “terrorista” em colmeias, já que, como o pró-
prio nome diz, se alimenta de favos. Quem descobriu a habilidade desta larva foi a bióloga espanhola Federica Bertocchini, especialista em desenvolvimento embrionário e criadora amadora de abelhas. A descoberta se deu quando suas colmeias foram infestadas e a Galleria mellonella encontrada. Ao tentar dar fim às larvas colocando-as em um saco para descartar depois, percebeu que elas comiam o plástico que as continha, não só como uma tentativa para escapar, mas como alimento também. Este pequeno ser vivo consegue digerir o polietileno, um dos plásticos mais comuns e causadores de tanta poluição. A pesquisa completa está aqui, pu-
blicada pela Current Biology. Para estudar seu comportamento, em conjunto com Paolo Bombelli e Christopher Howe, do Departamento de Bioquímica da Universidade de Cambridge (Reino Unido), cerca de 100 larvas foram expostas a um saco plástico de supermercado e o tempo cronometrado: buracos começaram a aparecer após cerca de 40 minutos, com redução de 92 mg da massa do item após 12 horas de exposição. Além de digerir o material, a larva transforma-o em etileno
glicol, um composto realmente tóxico usado como anticongelante para motores de carros em regiões mais frias. Durante o estudo atestaram que as larvas não apenas mastigavam o material e, por consequência, quebravam as ligações, mas sim que seu processo de digestão, transformava um composto em outro. Algo produzido em suas glândulas salivares ou alguma bactéria simbiótica em seus intestinos. O próximo passo do estudo é identificar os processos moleculares e descobrir o responsável pela reação.
saúde
300 pessoas participam da Caminhada Mude 1 Hábito Fazendo parte da programação do projeto “Junho Verde”, realizado pela Secretaria de Meio Ambiente, a Caminhada Mude 1 Hábito aconteceu neste domingo (24), e atraiu cerca de 300 pessoas à Avenida Brasil. A ação, que contou com parceria da Unimed, Suzano Papel e Celulose e Rádio Notícia FM, começou na Praça “Prefeito Jairo Azevedo”, com diversas atividades lúdicas realizadas pela Unidade de Educação Ambiental, distribuição de folders, oficinas, exposições ambientais, etc. “Fico contente em realizar mais uma atividade que faz parte do Junho Verde e agradeço o apoio dos parceiros, que se dedicaram e se doaram, mostrando responsabilidade e apoio com projetos voltados ao meio ambiente. A conscientização e cuidado com nosso planeta é compartilhada e depende de todos nós”, disse o secretário de Meio Ambiente, Odair Dias. Em parceria com a empresa Rafers Limpeza, a Secretaria disponibilizou aos participan-
tes o Basquete Ambiental, que através das cores da reciclagem trabalha a separação e destinação correta de resíduos. Também realizaram atividades educativas e aferição de pressão arterial no local a FAM e o DAE. As camisetas da caminhada foram trocadas por um frasco de álcool em gel ou sabonete líquido, que serão doados ao Fundo Social de Solidariedade. A Caminhada contou também com as presenças do palhaço Pipoquinha, que fez brincadeiras com as crianças, e do professor e palestrante Joseph Fattal, responsável pelo aquecimento e alongamento das pessoas. A Caminhada contou ainda com o apoio da GAMA (Guarda Municipal de Americana), do GPA (Grupo de Proteção Ambiental) e de uma ambulância, cedida pela Unimed. Participaram do evento o Grupo de Escoteiros Nambikwara, vereadores municipais e o Deputado Estadual, Chico Sardelli.
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Petrobrás
Frente parlamentar reforça luta dos petroleiros contra privatização O modelo de privatização das refinarias da estatal foi desenhado para entregar ao setor privado
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ma das categorias mais combativas do país, os petroleiros têm travado uma luta de resistência contra a privatização da Petrobrás, processo que está em curso e vem sendo acelerado pelo governo de Michel Temer (MDB). A trincheira dos trabalhadores da estatal brasileira ganhou, no dia 20 de junho, o reforço de mais de 200 parlamentares de diversos partidos e estados do país, com o lançamento da Frente Parlamentar em Defesa das Refinarias da Petrobrás. Na cerimônia de criação da Frente, o economista do Departamento Intersindical de Estatísticas de Estudos Econômicos (Dieese) Cloviomar Cararine, explicou a relação da proposta da Petrobrás de venda das refinarias, dutos e terminais com a política do governo Temer de escancarar para as empresas estrangeiras o mercado brasileiro de combustíveis, que é um dos mais importantes no mundo. O modelo de privatização das refinarias da estatal, segundo Cararine, foi desenhado para entregar ao setor privado, inicialmente, o controle acionário das refinarias do Nordeste e do Sul do país. A estratégia foi criar dois grandes pacotes de ativos, que incluem duas refinarias em cada região, além de todo o sistema de logística da Transpetro, subsidiária da Petrobrás, para distribuição e escoamento dos derivados de petróleo produzidos pelas unidades de refino. O ativo Sul inclui uma refinaria no Rio Grande do Sul e outra no Paraná, sete terminais e 736 quilômetros de oleodutos. O ativo Nordeste oferece ao mercado refinarias na Bahia e em Pernambuco, além de cinco terminais e 770 quilômetros de oleodutos. Juntas, as quatro refinarias representam 36% da capacidade de refino do país e são responsáveis por abastecer as regiões Sul, Norte e Nordeste e os estados das Minas Gerais e do Mato Grosso do Sul. Desmonte das refinarias Para viabilizar a privatização, a gestão da Petrobrás reduziu as cargas das refinarias, que estão produzindo hoje menos de 70% da capacidade. Em algumas unidades, o volume processado é de somente 50%, como é o caso da refinaria na Bahia. Por outro lado, o país está sendo inundado por combustíveis importados, vindos principalmente dos Estados Unidos. “Ficou evidenciado aqui que essa lógica perversa da Petrobrás internacionalizar os preços dos combustíveis e termos que comprar lá fora o que poderíamos produzir no país é para enfraquecer a Petrobrás e as refinarias”, afirmou o deputado Bohn Gass (PT-RS), presidente da Frente Parlamentar. “Isso tudo é planejado para
Parlamentares ingressaram na luta contra a política de privatização da Pretrobrás
privatizar a empresa”, destacou ele. “Reconhecemos que o tema com que vocês (petroleiros) trabalham, do ponto de vista dos combustíveis, é estratégico e determinante para o país. Não há economia a ser desenvolvida, não há projeto de desenvolvimento descasado da questão dos combustíveis. E nós comprarmos de petrolíferas privadas o que nós podemos produzir aqui através da Petrobrás é algo criminoso. A indignação com tudo isso é o que nos mobiliza”, declarou o deputado. FUP anuncia atos em defesa das refinarias O coordenador da Federação Única dos Petroleiros (FUP), Simão Zanardi Filho, esclareceu que a categoria tem uma greve geral aprovada, com data ainda a ser definida. “Faremos uma reunião no dia 18 de julho, para decidir os próximos passos na construção desse movimento histórico que os petroleiros estão organizando”, anunciou. Zanardi esclareceu aos parlamentares sobre o objetivo central dessa greve. “Não é para desabastecer o país, como está fazendo o governo Temer com essa política de desmonte, que reduziu a carga das refinarias e elevou os preços dos combustíveis e do gás de cozinha, obrigando milhões de brasileiros a voltarem a cozinhar com lenha e carvão. Nossa greve é para que as refinarias voltem a operar com carga máxima e a Petrobrás possa retomar sua missão, que é abastecer o povo brasileiro, de norte a sul do país”, declarou. (Com informações da FUP)
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Ecossistema
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das abelhas estão morrendo Elas são responsáveis pela polinização e são parte do equilíbrio natural
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om certeza você já ouviu que não podemos matar abelhas. Apesar de serem um pouco incômodas e com uma picada dolorosa, abelhas são extremamente importantes para o meio ambiente. Elas são guardiãs da cadeia alimentar. Elas estão aqui, no planeta, fazendo seu trabalho há milhões de anos. Justamente por prover alimentos a tantos seres vivos (desde
os pequenos até os maiores), que devemos preservar as abelhas. Não as mate, mesmo que tenha medo. Quando estiver com alguma por perto fique atento aos seus movimentos. Gestos bruscos podem irritá-las e aí sim que o negócio complica. Mantenha a calma: quando estamos com medo liberamos certos feromônios que indicam este medo e, de novo, complicações à vista.
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Números alarmantes Entre 2016 e 2017, 33% das colônias americanas desapareceram. Agora, de 2017 a 2018, já são 40%. O estudo contempla e observa a perda durante o inverno, que é mais rigoroso naquele hemisfério, sendo responsável por praticamente metade desta porcentagem. Porém, mudanças climáticas e frentes frias fora de estação também contribuem com a mortalidade de nossas amigas. As abelhas são responsáveis por 80% da polinização global. Uma única abelha tem capacidade para polinizar 300 milhões de flores por dia. É muita flor! 70% da alimentação humana (de 100 grupos alimentares) contam com cerca de 90% do trabalho das abelhas. Cocktail da morte Biólogos da Universidade da Califónia encontraram mais de 150 produtos químicos no pólen, um veneno para as abelhas, o que contribui para os 40% acima. Ainda, esclarecem que os habitats naturais das abelhas estão cada vez mais sendo invadidos pela indústria agrícola, que convertem pradarias em monoculturas e dispersam agrotóxicos e pesticidas. Para reverter este cenário pessimista e incentivar a proliferação das abelhas precisamos rever todo o sistema agricultor nocivo.
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Hortaliças
Horta de Americana cultua produtos orgânicos Com um forte trabalho de compostagem, as hortaliças são comercializadas sem uma única gota de agrotóxico
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a contramão da cultura do veneno tão disseminada no Brasil pela poderosa indústria do agronegócio, uma horta do bairro São Vito, em Americana, resolveu apostar na técnica oposta. Com um forte trabalho de compostagem, cujo processo natural enriquece o solo, as hortaliças são comercializadas sem uma única gota de agrotóxico. O resultado desse processo sustentável são alimentos mais saborosos, saudáveis e com um preço justo. O responsável pela horta, Jair Ferreira Alves, de 54 anos, sabe que a técnica não agrada aos mais de 300 horticultores espalhados por Americana, os quais, em grande parte, ainda preferem a utilização de veneno com o objetivo de ace-
lerar a produção. “Realmente não são muitas as hortas que escolhem a produção de orgânicos. Acredito que a técnica deveria ser mais divulgada, além de incentivada pelo poder público”, afirma Alves. Segundo ele, os horticultores, em sua maioria, preferem acelerar o tempo de produção das hortaliças. A compostagem é realizada na própria horta com restos de alimentos fornecidos por clientes e restaurantes da cidade. Casca de ovos e pó de café, explica Alves, são substâncias poderosas que deixam o solo saudável. “A compostagem na verdade cultua o solo. A fauna microbiana é amplamente expandida e é isso que traz qualidade aos alimentos produzidos na horta”, explica o horticultor. De acordo com
ele, a compostagem é o alimento completo que o solo necessita. INTERATIVIDADE Outro diferencial da horta orgânica é que o cliente pode interagir com o espaço. “Qualquer um pode vir aqui e colher as hortaliças, por exemplo. As crianças adoram”, diz. Alves inclusive recebe constantemente a visita dos alunos da Emei
(Escola Municipal de Ensino Infantil) Indaiá que utilizam o espaço para aulas práticas de interação com o espaço. Um lago improvisado na horta repleto de tilápias e um espaço destinado a galinhas chamam a atenção das crianças. “É muito importante essa interação. As crianças de hoje precisam ter esse contato com a terra e os animais”, argumenta Alves.
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poluição
FAO alerta para contaminação da água Contaminação da água por práticas agrícolas insustentáveis representa uma grave ameaça
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contaminação da água por práticas agrícolas insustentáveis representa uma grave ameaça para a saúde humana e os ecossistemas do planeta, um problema frequentemente subestimado tanto pelos responsáveis por políticas públicas como pelos agricultores, alertou um relatório divulgado este mês. Em muitos países, a maior fonte de contaminação da água é a agricultura — não as cidades ou a indústria —, enquanto, globalmente, o poluente químico mais comum nos aquíferos subterrâneos são os nitratos procedentes da atividade agrícola, advertiu relatório da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO). A contaminação da água por práticas agrícolas insustentáveis representa uma grave ameaça para a saúde humana e os ecossistemas do planeta, um problema frequentemente subestimado tanto pelos responsáveis por políticas públicas como pelos agricultores, alertou um relatório.
Em muitos países, a maior fonte de contaminação da água é a agricultura — não as cidades ou a indústria —, enquanto, globalmente, o poluente químico mais comum nos aquíferos subterrâneos são os nitratos procedentes da atividade agrícola, advertiu o relatório “Mais pessoas, mais alimentos, pior água?”, apresentado pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) e pelo Instituto Internacional para o Manejo da Água, em conferência no Tajiquistão. A agricultura moderna é responsável por lançar grandes quantidades de agroquímicos, matéria orgânica, sedimentos e sais nos corpos d’água, disse o relatório. Essa poluição afeta bilhões de pessoas e gera custos anuais que superam bilhões de dólares. “A agricultura é o maior produtor de águas residuais, por volume, e o gado gera muito mais excrementos que os humanos. À medida que se intensificou o uso da terra, os países aumentaram enormemente o uso de
pesticidas sintéticos, fertilizantes e outros insumos”, disseram Eduardo Mansur, diretor da divisão de terras e águas da FAO, e Claudia Sadoff, diretora-geral do instituto, em sua introdução para o relatório. “Apesar de esses insumos terem ajudado a impulsionar a produção de alimentos, também deram lugar a ameaças ambientais, assim como a possíveis problemas de saúde humana”. Os poluentes agrícolas mais preocupantes para a saúde humana são
os patógenos do gado, praguicidas, nitratos nas águas subterrâneas, oligoelementos metálicos e os poluentes emergentes, como os antibióticos e os genes resistentes aos antibióticos excretados pelo gado. O novo relatório representa a análise mais completa da dispersa literatura científica sobre o tema realizada até hoje, e tem como objetivo fechar lacunas de informação e desenhar soluções no nível de políticas e das exportações agrícolas em uma única referência consolidada.