Recantos da Terra - Janeiro/Fevereiro 2019

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JANEIRO - FEVEREIRO / 2019

RECANTOS DA TERRA

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UNIÃO

Força-tarefa regional é deflagrada para salvar a Salto Grande Primeira reunião acontece em março na qual estarão autoridades de 20 cidades da região; ideia é recuperar e revitalizar o reservatório

Paulínia recebe o I Animal Vegan Festival Risco nos oleodutos A tragédia de Brumadinho

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ALERTA

O explosivo risco nos oleodutos Ataque do crime organizado aos oleodutos criam uma perigosa rede que ameaça população e meio ambiente

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ilhares de quilômetros do território brasileiro, grande parte deles em comunicação direta com o polo petroquímico de Paulínia, repousam sobre uma perigosa carga que pode explodir ou provocar incêndios a qualquer momento, graças à ação do crime organizado que atua no desvio e roubo de combustíveis dos oleodutos. Esse alerta tem sido disparado há tempo pelo Sindipetro Unificado-SP (Sindicato Unificado dos Petroleiros do Estado de São Paulo), mas ganhou nova dimensão com o incêndio que matou mais de 100 pessoas no México, no dia 18 deste mês de janeiro. Lá, centenas de pessoas estavam retirando gasolina de um oleoduto que havia sido perfurado por ladrões de combustíveis, quando um incêndio gigantesco matou e feriu mais de uma centena de pessoas, desde adolescentes a idosos. Poucos dias antes da explosão no México, em 12 de janeiro, uma sofisticada operação de furto de combustível foi descoberta por guardas municipais de Araras, no oleoduto que liga a Refinaria de Paulínia (Replan) àquele município. Na fuga, os criminosos deixaram de fechar a válvula de retirada do combustível, causando um vazamento que poderia provocar um incêndio de grandes proporções, não fosse a intervenção imediata de trabalhadores acionados da Petrobrás. Em 29 de dezembro, na Zona Leste de São Paulo, um grande incêndio ocorreu durante uma operação de reparo em um oleoduto, que também havia sido perfurado pelos criminosos para furtar combustível. Acidente mais grave ocorreu próximo à Refinaria de Magé, no Rio de Janeiro, também em dezembro de 2018, quando uma ação de furto provocou o vazamento de 60 mil litros de óleo na Baía da Guanabara, mobilizando uma equipe especializada de 350 profissionais da Transpetro (Petrobras Transporte), seção da Petrobrás responsável pelos oleodutos e transporte de combustíveis da estatal. CRESCIMENTO “No Brasil, o furto de combustíveis dos oleodutos tem crescido de for-

ma assustadora nos últimos anos, e os nossos mecanismos de controle ainda são frágeis”, afirma Gustavo Marsaioli, dirigente do Sindipetro Regional Campinas. Marsaioli lembra que a Transpetro tem mais de 7,5 mil quilômetros de oleodutos no país, o que dificulta enormemente o controle permanente. Em 2016, foram registrados 72 casos de furtos e tentativas de furtos na rede. No ano seguinte, foram 228 casos e, em 2018, as ocorrências chegaram à marca de 261. Ou seja, em apenas dois anos os casos registrados pela Transpetro cresceram 262%. “Mas é bom lembrar que estes são só os casos descobertos e ainda não temos como quantificar quantos outros podem estar ocorrendo fora do controle”, avalia o sindicalista. Além dos riscos, o furto de combustível também provoca rombos ainda não quantificados nos cofres da Petrobrás. A título de exemplo: no México, onde o furto de combustível é altamente organizado e disseminado, as estimativas são de perdas de 3 bilhões de dólares (mais de 11 bilhões de reais) por ano para a estatal Pemex.

ainda não misturada com álcool, que serve também como matéria-prima para a indústria plástica. O Ministério Público, que investiga o caso, estima que em um mês de operação foram desviados bem mais de 20 mil litros do combustível. GRANDES RISCOS A maior parte dos casos descobertos até hoje ocorreram dentro de cidades e em regiões povoadas. E isso implica em sérios riscos. “Obviamente, os responsáveis pelos furtos não seguem os padrões de segurança. Então já temos registros de ocorrências de espalhamento de combustível, com risco de contaminação do solo e do

lençol freático. E isso sem contar os incêndios, que ameaçam seriamente moradores da vizinhança”, diz Marsaioli. O sindicalista alerta que a participação da população é importante para ajudar a detectar possíveis casos de furtos na região onde vivem. Isso porque, em quase todos os casos, as operações deixam exalar um forte cheiro de combustível no ar. “Quando isso ocorre, é muito importante que os moradores alertem as autoridades ou falem com a gente, no Sindipetro, para que as providências sejam tomadas com a maior urgência”, afirma. Os alertas podem ser feitos pelo telefone 186. A ligação é grátis.

CRIME ORGANIZADO O furto de combustíveis não é uma operação simples. Exige a participação de técnicos e especialistas e, na maioria dos casos detectados, as ações foram realizadas por facções poderosas ligadas ao crime organizado no país. Numa descoberta em São Bernardo do Campo, no final do ano passado, os criminosos alugaram um grande galpão ao lado de uma área de armazenamento de reciclagem e organizaram uma megaoperação para chegar a um oleoduto da Refinaria de Capuava (Recap). Para atingir a tubulação, perfuraram um poço de cinco metros de profundidade, do qual saiu um túnel de quase 20 metros de extensão. Os caminhões com os reservatórios do combustível furtado saíam do galpão encobertos por produtos recicláveis, para não despertar suspeitas. O oleoduto transportava nafta, que é a gasolina em estado puro,

EXPEDIENTE Edição e Texto: Paulo José San Martin e Anderson Barbosa | Diagramação: Skanner Projetos Gráficos | Redação: paulo.san@jornalrecantosdaterra.com.br - anderson@jornalrecantosdaterra.com.br Gestor de Anúncios: Geraldo Martins - (19) 9.8268.9110 - ge@jornalrecantosdaterra.com.br | Rua Indaiá, 411, Jd. Ipiranga Americana-SP - Fone: (19) 3601.8996

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DELÍCIAS E BELEZAS

Festival inédito na regiã

I Paulínia Animal Vegan Fest será realizado dia 16 de fevereiro

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aulínia vai sediar, neste mês de fevereiro, um evento inédito na região, voltado para apresentar uma proposta gastronômica e cultural que tem conquistado um número crescente de adeptos no Brasil e no mundo. Trata-se do I Paulínia Animal Vegan Fest, que acontece no dia 16, das 10h às 19h, na sede do STSPMP (Sindicado dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal de Paulínia), que fica na Rua dos Imigrantes, 885, Parque das Figueiras, próximo ao Portal Medieval. Voltado para a divulgação da cultura vegana, o evento em Paulínia será realizado em conjunto com o núcleo Igualdade Animal – entidade sediada na cidade e que se dedica à proteção de animais e ao resgate de animais em situação de risco. “Vamos levar delícias e o melhor da culinária vegana para o pessoal conhecer e provar. Para isso realizaremos uma feira vegana que ficará exposta ao longo de todo o evento. Queremos que seja uma festa, uma grande festa, para refletir e divertir. Por isso, o Vegan Fest vai trazer também apresentações musicais de altíssima qualidade”, diz um dos organizadores do evento, Cabeto Rocker, diretor da Cabeto Rocker Produções-Assessoria e Consultoria, com sede em Barão Geraldo, uma das organizadoras do evento. As apresentações musicais serão

feitas por gente de peso, entre elas o duo Izabel Padovani & Ronaldo Saggiorato e Ana Cavalcanti (leia nesta página). O I Paulínia Animal Vegan Fest também vai receber o escritor Djalma Nery, que vai fazer o lançamento de seu livro “Uma Alternativa para a Sociedade - Caminhos e Perspectivas da Permacultura no Brasil”. O jornal Recantos da Terra também fará, no evento, o lançamento de sua nova fase – agora fortemente focada também no município de Paulínia. OPORTUNIDADE “Num momento como este que vivemos, que exige uma reflexão cada vez maior sobre nossos destinos, sobre a vida, sobre o pensamento e sobre a arte, creio que o Vegan Fest será uma oportunidade única para encontros, diversão, arte, delícias e reflexão”, comenta a responsável pelo núcleo Igualdade Animal e também organizadora do evento, Rose Abreu. Parte da renda do evento será destinada para castrações e ajuda veterinária aos animais resgatados pelo Igualdade Animal. O evento também terá uma feira de alimentos orgânicos, com verduras e frutas sem agrotóxicos e a apresentação de produtos de limpeza especialmente produzidos para não agredir o meio ambiente.

Ana Cavalcanti, cantora e pesquisadora

Ana Cavalcanti: cantora e pesquisadora

Ana Cavalcanti, natural de Valinhos, teve suas primeiras aulas de inicialização musical aos cinco anos e desde então frequentou aulas de piano, voz e coral, violino, violão e foi aluna do Curso de Canto Popular (MPB/Jazz) do Conservatório Dramático e Musical “Dr. Carlos de Campos” de Tatuí. Com um histórico profissional diversificado, integrou importantes corais e grupos musicais e atuou como atriz em peças teatrais em importantes teatros paulistas. Atualmente, dedica-se à pesquisa do samba e outros gêneros como baião, choro, seresta e modinha, levando uma sonoridade cheia de “brasilidade” aos mais diversos públicos com seu trabalho solo.

Uma alternativa para a sociedade Djalma Nery é cientista social, professor da rede pública estadual de ensino em São Carlos (SP), mestre pelo programa de ecologia aplicada da USP, praticante de permacultura desde 2008 e um dos fundadores da Associação Veracidade. Ele se define como ativista ambiental, ecossocialista e edu-

cador popular. E ministra cursos, oficinas, vivências e palestras em diversas regiões do país. Seu livro “Uma alternativa para a sociedade”, que será lançado no evento, propõe os caminhos da permacultura para a superação dos graves problemas ambientais que a humanidade enfrenta hoje.

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ão acontece em Paulínia

o, com comida e feira vegana e música de primeira qualidade Izabel Padovani & Ronaldo Saggiorato Carlos Kipnis

A bela história do

Recantos da Terra Recantos da Terra já é bem conhecido em segmentos importanRECANTOS tes da comunidade de Paulínia. DA TERRA Criado em 2001, na vizinha cidade de Americana, o jornal nasceu Usina da Repres para defender ações de defesa e Salto Grande consa de ta recuperação da Represa do Salto relatório de risco em Grande. A represa abriga tamO estudo é realizad o anu com a barragem de almente após o acidente Mariana (MG), em 2015 bém o minipantanal de Paulínia, Comendador Mül portanto Paulínia sempre esteve ler Tragédia de Mariana será reformada continua sem con denados no foco e na pauta das reportagens de Recantos da Terra. Além disso, nos últimos anos, o jornal manteve forte relação com setores dedicados à questão ambiental de Paulínia. Mas o lançamento, para Paulínia, de Recantos da Terra no I Paulínia Animal Vegan Fest tem um significado especial. A partir deste início de 2019, o jornal passará a atuar e ser distribuído amplamente em Paulínia, dedicando cada vez mais o seu conteúdo a questões importantes para a população do município. lo g

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A cantora Izabel Padovani e o baixista Ronaldo Saggiorato

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“Aquelas Coisas Todas”, show que o duo vai apresentar no I Paulínia Animal Vegan Fest, é o nome do mais recente álbum da cantora Izabel Padovani e do baixista Ronaldo Saggiorato. O CD marca os 18 anos de parceria de Izabel e Ronaldo. Trata-se de um duo surpreendente, segundo análise do crítico Carlos Calado, que incluiu “Aquelas Coisas Todas” em uma relação de 40 discos recomendados. “São capazes

de deixar o ouvinte sem fôlego, em versões arrebatadoras de sambas, choros, baiões e outros ritmos brasileiros, assinados por Guinga, Jacó do Bandolim e Tom Jobim, entre outros”, comentou no seu blog Música de Alma Negra. Os músicos Izabel Padovani e Ronaldo Saggiorato viveram por uma década em Viena e em 2005 retornam ao Brasil. São dois músicos com uma larga trajetória musical e vários CDs gravados.

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SAÚDE

Americana ganha 1° Horta Orgânica Local passou por rigorosas análises antes de receber certificação da ANC

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Crianças tem aulas de educação ambiental na horta

pós meses em processo de certificação, Americana ganha sua primeira horta urbana orgânica. Localizada no bairro São Vito, os produtores passaram por uma série de etapas, antes de receberem o certificado da ANC (Associação de Agricultura Natural de Campinas e Região). Desde outubro do ano passado, a ANC realizou uma análise rigorosa de água, insumos, produtos biológicos e manejo. A “Nossa Horta Orgânica”, chega como pioneira na cidade. “São várias etapas de avaliação até conseguirmos o certificado. Existe, inclusive, visitas em grupo de outros produtores. É um processo difícil, mas necessário para conseguir a certificação”, explica Gabriel Calamari Xavier Cruz. Segundo ele, mesmo antes da certificação a horte já produzia produtos 100% orgânicos. “Sempre tivemos todos os cuidados que uma horta já certificada tem. Mas o selo é uma garantia importante”, afirma. COMPOSTAGEM Uma das grandes preocupações de uma horta orgânica é o tratamento do solo. Para isso, a compostagem é um item essencial no processo. Os clientes do local são orientados a levar restos de

lixo orgânico que, após o processo de compostagem, tornam-se adubos importantes para um solo saudável. “Esse processo, que inclui nossos clientes, cria uma consciência importante nas pessoas. Resto de alimento não é lixo. Pelo contrário, é a matéria prima da compostagem”, diz Jair Ferreira Alves, também proprietário da horta. No local, o cliente encontra folhas, abobrinha, cenoura, maxixe, tomate entre outros produtos 100% orgânicos. “É preciso nos consultar antes sobre quais produtos temos disponível já que o ciclo dos orgânicos é um pouco maior. Mas o sabor é muito diferente e a durabilidade maior”, ressalta o produtor. EDUCAÇÃO Além de oferecer produtos a orgânicos, a horta é frequentemente procurada por professores do bairro que levam as crianças ao local para educação ambiental. “Aqui as crianças podem colher as hortaliças, ter contato com a terra e aprender como funciona o processo na prática”, afirma Jair. Endereço: Rua Santa Clara, 243 Vila Belvedere - Americana. Telefone: 99140-7136


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MEIO AMBIENTE

Movimento regional quer limpar a Salto Grande Prefeitos e vereadores de 20 municípios, além de outras autoridades, vão buscar ações conjuntas fundar nas necessidades para resgatar a água”, disse o prefeito Omar. Receberão o convite representantes das seguintes cidades: Americana, Itatiba, Atibaia, Valinhos, Vinhedo, Piracaia, Nazaré Paulista, Paulínia, Jarinu, Campinas, Joanópolis, Bom Jesus dos Perdões, Morumgaba, Campo Limpo, Bragança Paulista, Jundiaí, Louveira, Jaguariúna, Cosmópolis e Nova Odessa. Autoridades do Ministério Público, representantes da CPFL Renováveis, conselhos, organizações, Cetesb, Agemcamp, PCJ e da Secretaria Estadual de Meio Ambiente também serão convidados. “A Represa de Salto Grande é um reservatório de água com potencial estratégico para o abastecimento de grandes contingentes populacionais, portanto, através da ação conjunta, em que todos se responsabilizam e se dispõem a ajudar, podemos fazer muitas melhorias. Todos deverão se voltar às responsabilidades ambientais e apresentar no encontro um plano emergencial”, concluiu o secretário Odair Dias.

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Autoridades buscam soluções contra a poluição da Salto Grande

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prefeito Omar Najar (MDB) e o secretário de Meio Ambiente, Odair Dias, anunciaram uma força-tarefa emergencial para recuperar e revitalizar a Represa de Salto Grande. Um convite destinado a autoridades, grupos e organizações da região ligados ao reservatório para que participem de uma reunião agendada para março, em Americana. O objetivo, segundo a Administração, é que os grupos desenvolvam propostas pensando na recuperação e revitalização do espaço. De acordo com a secretaria, prefeitos e vereadores de 20 municípios, além de outras autoridades, receberão a carta convite. O encontro será no dia primeiro de março às 14 horas, no CCL (Centro de Cultura e Lazer), localizado na Avenida Brasil. “Vamos fazer uma ação com todos e tentar despoluir de vez a Represa. Não é justo que Americana tente resolver sozinha essa questão, sendo que outras cidades despejam poluentes há anos. Este convite tem como objetivo divulgar o caso de cada cidade com a Represa e se apro-

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08 ARTIGO

Por Chico Sardelli*

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s cenas são de destruição e desespero. Bom seria se o que o assistimos pela TV nos últimos dias fosse apenas um trailer de um filme hollywoodiano. Infelizmente a tragédia é real, com uma região totalmente devastada pelo rompimento da barragem Mina Córrego do Feijão, em Brumadinho, Minas Gerais. Três anos atrás o Brasil chorava por situação semelhante, com a morte de 19 pessoas e mais de 300 desabrigados em Mariana, também no Estado de Minas, com o rompimento de uma barragem. Agora os números são ainda piores, com muitas mortes e ainda centenas de desaparecidos. Não se trata de um acidente pontual, mas de um crime, uma tragédia anunciada, considerando que desde 2015 havia denúncias dos riscos de rompimento da barragem de Brumadinho. Foram atingidos principalmente funcionários da minera-

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Tragédia dora Vale e a população da região que estava instalada em pequenos sítios e pequenos condomínios. Falam em indenização às famílias, mas quanto vale cada uma dessas vidas perdidas? Chefes de família, mães ou jovens que ainda tinham uma vida toda pela frente. Por falta de fiscalização, por irresponsabilidade dos governos federal e estadual, o Brasil vive mais um triste momento, uma situação de vergonha perante o mundo. O primeiro crime ambiental em Minas Gerais foi insuficiente para que o governo e empresas evitassem sua repetição? A empresa Vale e os envolvidos devem responder criminalmente, sendo responsabilizados severamente, seja nas áreas cível, ambiental, criminal como trabalhista. Considerando ainda que a Vale é reincidente, lembrando o caso de Mariana. A mineradora agora diz ter um plano para um novo padrão de segurança nas barragens de rejeitos de mineração. Depois

de duas grandes tragédias. Chega a soar como chacota. Após três anos, ninguém foi condenado pelo desastre ambiental em Mariana e os processos na Justiça sequer têm data para julgamento. O Brasil precisa de legislações ambientais mais duras, com penas severas. Se há algum conforto em meio a toda essa tragédia são as mãos que salvam, a coragem de bombeiros e voluntários no resgate das pessoas e animais. São imagens que ainda nos fazem acreditar nos homens. Logo após o desastre, por todos os cantos do país já se levantavam campanhas para arrecadação de donativos. Diante de tamanha dor e sofrimento, a bondade, a compaixão e a solidariedade do povo brasileiro merecem destaque. Muitos enlutados e outros ainda sofrem por familiares desaparecidos. O momento é de chorar com os que choram e ajudar em tudo o que nos é possível. ** Chico Sardelli é deputado estadual pelo PV


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