Recantos da terra janeiro 2017

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Mais Água

Americana terá novo ponto de captação com investimento de R$ 11,7 milhões Nova captação de água bruta será no Piracicaba e aumentará o volume de 1050 l/s para 1500 l/s; montante é proveniente de convênio com o Ministério das Cidades

O tijolo ecológico de fezes humana Projeto quer regulamentar a caça no Brasil

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OPINIÃO

Paira sobre 2017 uma ameaça sobre o acordo climático Reinaldo Dias *Artigo publicado originalmente no portal Pensamento Verde

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inegável que num período de um ano houve avanços significativos em relação ao aquecimento global. Em dezembro de 2015 foi assinado o Acordo de Paris que passou a vigorar em tempo recorde, em novembro de 2016. No mês de outubro passado foi assinado o Acordo de Kigali para eliminação do uso dos hidrofluorocarbonos (HFC) em aparelhos de refrigeração, considerado o maior passo dado até agora na diminuição do aquecimento global, pois os HFCs são um dos mais nocivos gases para o efeito estufa. Porém, esses avanços foram superados no noticiário com a eleição de Donald Trump à presidência dos Estados Unidos, o que apontava para um retrocesso em toda luta contra as mudanças climáticas. E não é para menos. Durante a campanha eleitoral Trump afirmou que o conceito de mudanças climáticas havia sido criado pelos chineses com o objetivo de prejudicar a economia norte-americana. Ridicularizou o trabalho dos cientistas ao perguntar onde estava o aquecimento global se as cidades de Nova York e Los Angeles apresentavam baixas temperaturas. Afirmou, ainda, que tinha planos de cancelar o Acordo de Paris, de parar de apoiar os programas da ONU sobre o aquecimento global e defendeu a

reativação da indústria carbonífera nos Estados Unidos como forma de diminuir o desemprego. Quando muitos pensavam que essas declarações tinham cunho populista e decorriam do ambiente eleitoral, eis que, após as eleições, além de reafirmar, através de seus assessores, que sua política continuará sendo de negação das mudanças climáticas, surgem os nomes da nova administração pública norte-americana, caindo por terra qualquer ilusão de que foram somente declarações inconsequentes. Ficando apenas em dois nomes expressivos já escolhidos dá para se ter uma ideia do que está por vir. Para a Secretaria de Estado, Trump escolheu Rex Tillerson, atual CEO da Exxon Mobil, empresa criticada pelos efeitos de seus negócios sobre o meio ambiente, desde o derramamento do navio Exxon Valdez nas costa do Alaska, em 1989, e, além disso, por financiar grupos que questionam os efeitos humanos nas mudanças climáticas. Para a Agência de Proteção Ambiental (EPA) foi indicado o procurador-geral de Oklahoma, Scott Pruit, conhecido por negar as mudanças climáticas e que, provavelmente, diminuirá a capacidade regulatória ambiental nos Estados Unidos, além de liberar completamente o fracking, método de exploração do petróleo e gás altamente contaminante, mas que para Trump dará mais autonomia aos Estados Unidos diante dos países árabes e outros distribuidores globais de petróleo. Há muitas outras medidas já to-

madas que poderiam ser relacionadas, mas, de modo geral, não são boas notícias para o meio ambiente. Resta esperar que, além de resistência às mediadas pela sociedade norte-americana, Trump, como homem de negócios, perceba que, diminuindo a participação norte-americana na geração de energia limpa, poderá deixar o país a reboque de outras economias que apostam na via de baixo carbono para

aumentar sua competitividade. Nesse caso, o efeito seria o contrário do esperado por Trump. Ao invés melhorar a economia norte-americana, esta perderia sua competitividade por apostar em formas de energia insustentável e poderia ser superada pelos chineses, pois estes já anunciaram sua predisposição em ingressar com ímpeto na economia verde. *www.pensamentoverde.com.br

EXPEDIENTE Edição e Texto: Paulo José San Martin e Anderson Barbosa | Diagramação: Skanner Projetos Gráficos | Redação: paulo.san@jornalrecantosdaterra.com.br - anderson@jornalrecantosdaterra.com.br Gestor de Anúncios: Geraldo Martins - (19) 9.8268.9110 - ge@jornalrecantosdaterra.com.br | Rua Indaiá, 411, Jd. Ipiranga Americana-SP - Fone: (19) 3601.8996

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100% ecológico

Tijolo produzido com fezes humanas diminui a emissão de gases poluentes Tecnologia para a produção das peças ainda despolui os rios, além de desassorear os mananciais

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lodo produzido pelas UTRs (Unidades de Tratamento de Rios) – composto de material orgânico – transforma-se em um tijolo ecológico de alta durabilidade após processado e misturado a outros componentes. O processo, além de evitar a emissão de gases do efeito estufa, já que a matéria orgânica é responsável pela emissão de CO2 e CH4 (gases poluentes), remove também areia e siltes provenientes de erosões provocadas pelo homem e que vem sendo carreadas pelo fundo dos rios e se depositam nos mananciais. O sistema promove também a retirada do lixo do rio, com a utilização do sistema de flotação. O TIJOLO “O tijolo é composto de duas partes do lodo flotado, seis partes de areia e siltes, uma parte de cimento e uma parte de cal. A cal elimina as patologias contidas na matéria orgânica. O tijolo fica livre de contaminantes e sem odor”, explica o diretor da DT Engenharia, João Carlos Gomes de Oliveira, empresa detentora da tecnologia. Segun-

do ele, o material pode ser usado em qualquer empreendimento da construção civil inclusive, explica ele, com alvenaria aparente. “É possível construir um prédio de nove andares com o tijolo, sem a utilização de pilares de sustentação. Além disso, o custo fica bem abaixo dos tijolos convencionais, os quais causam danos ao meio ambiente durante a sua produção”, explica Oliveira. Outra alternativa, diz ele, é utilizar entulho recolhido pelo município nos Ecopontos na produção dos tijolos. “O entulho também pode integrar a mistura de componentes na produção das peças”. PISOS Os materiais retirados dos rios por meio das UTRs podem ser utilizados ainda na produção de pisos intertravados. Neste, explica o diretor, o sistema é semelhante ao usado na fabricação dos tijolos. “Tanto os tijolos quanto os pisos podem ser utilizados pelo próprio Executivo das cidades para a construção de escolas, creches, postos de saúde, entre outros”, diz Oliveira.

É possível construir um prédio de nove andares com o tijolo

Os materiais retirados dos rios podem ser utilizados ainda na produção de pisos


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Certificação

Produtora de óleo lubrificante de Paulínia é recertificada pela ISO 14.001 Norma ABNT NBR é requisito de um Sistema de Gestão Ambiental Núria de Oliveira

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m um ano abalado pela crise em todos os setores de desenvolvimento do país, como foi 2016, a Lubrificantes Fenix, indústria produtora de óleos de Paulínia foi recertificada pela ISSO 14.001. A norma leva em conta aspectos ambientais influenciados pela organização e outros passíveis de serem controlados por ela. Entre os dias 7 e 11 de março do ano passado, uma equipe de auditores da RINA Brasil foi até as dependências da indústria para iniciar o processo de avaliação do sistema de gestão ambiental. Atendendo a todos os requisitos, a empresa foi recertificada. O destaque dessa recertificação é a Fenix se mostrar uma empresa cada vez mais comprometida com um Sistema de Gestão Ambiental adequado, identificando, priorizando e

gerenciando seus riscos ambientais como praticas de seu dia a dia. Esse compromisso traz uma série de benefícios tanto para empresa quanto para o entorno, como aumento da qualidade do produto, redução no consumo de matéria prima, economia de água e energia, além da melhoria à imagem de seus produtos e serviços, perante o mercado e a comunidade onde esta inserida. A primeira certificação foi obtida em 2012 e anualmente a Lubrificantes Fenix se submeteu, com êxito, às auditorias de manutenção. Estas acontecem durante os três anos em que o certificado é válido e garantem que o processo de adequação seja contínuo. “A recertificação da ISO 14001 é a demonstração do nosso compromisso com o meio ambiente. Temos consciência que a atividade realizada por nossa empresa é um fator preponderante para o combate à poluição”, afirma Rodrigo Domene, gerente geral da Lubrificantes Fenix.

Empresa está cada vez mais comprometida com um Sistema de Gestão Ambiental

Sobre a Empresa Lubrificantes Fenix Ltda: referência no segmento há mais de 27 anos, a empresa desenvolve, com alta tecnologia e precisão, óleos lubrificantes que oferecem soluções para diversos sistemas e equipamentos industriais, atendendo as especificações técnicas do mercado e as necessidades particulares de cada cliente. Prestação de serviços: especialistas credenciados e equipamentos modernos realizam periodicamente a análise laboratorial, o acompanhamento e o gerenciamento da utilização do óleo lubrificante. Caso exista a necessidade de intervenção no sistema, é feito o processamento in loco através de uma unidade móvel, que não interrompe o processo produtivo do cliente. Assistência técnica pós-venda ágil e flexível para suprir com excelência a demanda do mercado. Ecofenix: com frota de caminhões autorizada pela ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) e ANP (Agência Nacional do Petróleo), a marca possui sistema de gestão ambiental certificado pela norma ISO 14.001 e realiza a coleta, o transporte e o rerrefino do óleo lubrificante usado. A Ecofenix é a única autorizada a coletar resíduos sólidos e líquidos, e essa coleta e destinação final é realizada através de um veículo híbrido patenteado pela empresa.

Sobre a ISO 14.001 A ISO 14000 é o nome dado a uma família de normas, que especificam os requisitos de um Sistema de Gestão Ambiental e permitem a uma organização desenvolver e praticar políticas e metas ambientalmente sustentáveis. A ISO 14001 pertence a esse grupo e dispõe as diretrizes básicas de um sistema de gestão ambiental. Para a maior parte das empresas, obter a certificação da ISO 14001 é suficiente para demonstrar o comprometimento com práticas sustentáveis e mesmo exportar para o exterior. Hoje a preocupação com o desenvolvimento sustentável é mundial. Em termos práticos, isso significa que o certificado ISO 14001 é exigido por diversos países para que bens possam ser importados. Para obter esta certificação, a organização deve aplicar algumas medidas com vistas a atender os requisitos da norma, e o processo é um pouco mais complicado do que para obter o certificado ISO 9001. A legislação pertinente ao Direito Ambiental no Brasil é bastante complexa e é necessário fazer um levantamento minucioso da situação da empresa. Com informações de www.abntcatalogo. com.br e www.certificacaoiso.com.br


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Abastecimento

Americana terá 2º ponto de captação de água bruta no Rio Piracicaba Com investimento de R$ 11,7 milhões provenientes do Ministério das Cidades, captação passará de 1050 l/s por segundo para 1500 l/s

de ser bombeado para a Estação de Tratamento de Água, mecanismo que melhora a qualidade da água bruta. “É importante ressaltar que o novo projeto foi desenvolvido pela equipe da Divisão de Projetos do DAE, sob a chefia do engenheiro José Tadeu e comando do diretor técnico Leandro Tresoldi, que obtivemos a homologação do Ministério das Cidades, repactuando a o valor total da obra”.

Anderson Barbosa

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DAE (Departamento de Água e Esgoto de Americana) anunciou a construção de um novo ponto de captação de água bruta no Rio Piracicaba. Com o novo empreendimento, cujo investimento será R$ 11,7 milhões, montante que será destinado pelo Ministério das Cidades à autarquia, o município aumentará a capacidade de captação de 1050 litros por segundo para 1500 litros por segundo. Segundo o diretor geral do DAE, Leandro Zanini, o convênio já foi aprovado pelo ministério e ficará disponível à autarquia já nos próximos meses. “Na verdade o governo anterior havia requerido uma verba para a construção do novo ponto de captação, porém, com um valor muito acima deste que conseguimos. Retomamos as conversas, refizemos o projeto, abaixamos o valor e fomos atendidos”, explica Zanini. Ele diz que o atual ponto de captação continuará em funcionamento e, somado ao novo, a autarquia poderá garantir um melhor abastecimento ao município. “Teremos um aumento considerável na captação de água bruta que com certeza vai nos ajudar em problemas pontuais de falta de abastecimento no município”, diz Zanini. Além disso, de acordo com o diretor, no projeto consta a utilização uma unidade de desarenação, processo que decanta a areia do rio antes

Conselho aprova reajuste nas tarifas e serviços do DAE O DAE (Departamento de Água e Esgoto de Americana), o Conselho de Regulação e Controle Social dos Serviços de Saneamento Básico do Município de Americana aprovou a proposta da ARES-PCJ para reajustar em 7,18% as tarifas de água e esgoto em todas as faixas de consumo e categorias. Também foi aprovada a proposta de 7,87% na tabela de serviços prestados pelo DAE para 2017. Os novos índices entram em vigor dentro de 30 dias. Presidida pelo diretor geral do DAE, Leandro Zanini, que também é presidente do Conselho de Regulação, a reunião teve como objetivo a apresentação dos novos índices de reajustes na tarifa de água e esgoto e serviços prestados pelo DAE de Americana. A apresentação desses índices foi feita pela ARES-PCJ após análises e estudos do desenvolvimento e ações realizadas pelo DAE de Americana em 2016. As análises foram feitas com base em relatórios apresentados pela autarquia. O Conselho, criado pelo decreto de nº 11.207 de 15/10/2015, tem como objetivo apresentar e discutir assuntos relacionados aos serviços de saneamento básico da cidade, em conjunto com a Agência Reguladora dos Serviços de Saneamento das Bacias dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (ARES-PCJ) .

Leandro Zanini diz que nova captação vai melhorar o abastecimento da cidade


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NOVIDADES

Produtos ecologicamente corretos

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Paris Hidroluz e Aqualux está com um conjunto de produtos ecologicamente corretos disponíveis para sua residência. A empresa tem condições facilitadas de pagamento, produtos a pronta entrega e profissionais capacitados.

Biodigestor O Biodigestor Acqualimp é uma miniestação de tratamento de esgoto residencial, fabricado em polietileno de alta densidade (PEAD), 100% impermeável, que possui um exclusivo sistema de extração do lodo, dispensando definitivamente o uso do caminhão limpa fossa. Ótimo para tratamento de efluentes sanitários em residências, chácaras, sítios, fazendas e escritórios. Além de garantir de forma eficiente o tratamento do esgoto doméstico, o sistema não polui o meio ambiente, cuida da higiene, da saúde e é econômico.

Placas Fotovoltaicas Energia Limpa: sistema ecologicamente correto, 100% energia limpa, sem poluentes. Economia: economize na sua conta de energia elétrica, o sistema se paga em curto período. Instalação: profissionais altamente qualificados e especializados na instalação e manutenção.

Luminária A Mobyia é uma luminária multioso da Schneider com lâmpada de LED, movida a luz solar e com entrada USB para carregar celulares. Resistente à agua, essa luminária pode ser usada na chuva ou submersa por até uma hora em um metro e meio de profundidade. Por ser prática, pode ser usada manualmente ou fixada em qualquer lugar e é ideal para camping, pescarias e mais atividades ao ar livre. Contém um painel solar próprio que se captar 12h de luz solar, pode manter a luminária acesa por até 48 horas.

Cisterna A Cisterna Acqualimp é um excelente sistema para tratamento e armazenamento de água de chuva, que acompanha todos os acessórios necessários para a instalação, captação e tratamento da água que pode ser utilizada para uso secundário, como a lavagem de áreas externas, irrigação de jardins e hortas e abastecimento de vasos sanitários.


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Sustentabilidade

Alemanha pretende banir carros movidos a combustão até 2030 Resolução solicita à Comissão Europeia que a proibição seja aplicada a toda União Europeia *Pensamento Verde

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Conselho Federal da Alemanha (Bundesrat) aprovou, recentemente, uma resolução que promete revolucionar a relação do país com os automóveis. Trata-se do projeto que pretende acabar com a circulação de veículos movidos a combustão até 2030 em toda Alemanha, proibindo a fabricação de novos motores deste tipo. De acordo com o legislador do Bundesrat, Oliver Krischer, encarregado pelas políticas de meio ambiente do partido verde, a resolução é mais uma das atitudes necessárias para que o país cumpra com as exigências acordadas entre os países signatários no Acordo de Paris, no ano passado.

“Se o Acordo de Paris para reduzir os avanços do aquecimento global deve ser levado a sério, novos carros com motor de combustão não devem ser permitidos nas estradas depois de 2030”, disse Spiegel durante o anuncio da resolução. Vale destacar, inclusive, que a resolução recebeu apoio interpartidário, mesmo que não incida na esfera legislativa, e solicita que a Comissão Europeia estenda a proibição dos veículos movidos a combustão para todas as nações da União Europeia. Em conjunto, o projeto exorta a Comissão Europeia a “rever suas atuais práticas de tributação e encargos, no que diz respeito ao estímulo à mobilidade sem emissões”. Caso a proibição venha a ser mesmo confirmada, os cidadãos

País quer cumprir as exigências acordadas no Acordo de Paris

alemães terão à disposição no mercado automóveis elétricos ou modelos de carro movido a hidrogênio. Desta forma, a expectativa é de que as grandes montadoras

germânicas, como os casos da Volkswagen e da Audi, desenvolvam novos modelos populares já adaptados aos novos padrões. *www.pensamentoverde.com.br


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No Brasil

PL quer regulamentar a caça aos animais silvestres Autor do Projeto de Lei fala da necessidade em controlar espécies invasoras para proteção ao ecossistema *Pensamento Verde

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stá em tramitação na Câmara dos Deputados um Projeto de Lei que prevê a regulamentação da atividade de caça aos animais silvestres no país. A proposta da nova PL (número 6268/16), criada pelo deputado Valdir Colatto (PMDB-SC), se apoia na Política Nacional da Fauna para definir suas diretrizes e traçar seus princípios, focando na conservação da fauna silvestre brasileira. De acordo com o deputado catarinense, o projeto se baseia na “preservação da integridade genética e da diversidade biológica do país, a soberania nacional sobre diversida-

de biológica e o desenvolvimento de planos de manejo da fauna silvestre”, como destacado na nota apresentada no portal da Câmara dos Deputados. O texto da PL pretende também anular a Lei de Proteção à Fauna (5197/67), que proíbe a caça profissional no Brasil. No atual modelo de legislação vigente, a caça apenas é permitida quando há uma regulamentação específica do Executivo Federal. Caso a PL seja aprovada, não só a caça, mas também o exercício de manejo e controle de animais silvestres serão regulamentados. Colatto (PMDB-SC) se apoia na Política Nacional da Fauna para definir suas diretrizes

É o fim da impunidade? A Lei de Crimes Ambientais (9605/98) também deixará de punir os infratores do crime de matar, perseguir, caçar, apanhar ou utilizar animais sem licença, se isso for feito durante caça profissional. Até então, a pena de detenção de seis meses a um ano e multa. Durante a apresentação, Colatto ainda frisou que existem espécies invasoras que oferecem risco ao ecossistema – caso do javali europeu – e que,

por isso, precisam ser contidas. No discurso, inclusive, o deputado fez menção à uma norma de 2013 do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), que autoriza a caça dessa espécie animal para controle de sua população. Para levar a proposta adiante, Colatto se apoiou em levantamentos feitos em 2011, nos quais África do Sul, Austrália, Estados Unidos, Reino Uni-

do e o próprio Brasil atestaram que as perdas econômicas anuais decorrentes das invasões biológicas ultrapassaram os 336 bilhões de dólares. A expectativa para os próximos dias é de que a proposta seja analisada pelas comissões de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, de Finanças e Tributação e de Constituição e Justiça e de Cidadania. *www.pensamentoverde.com.br


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