Recantos da Terra - maio 2016

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Herança ‘Dieguista’

Dívida milionária barra nova captação e põe abastecimento de água em risco Sem verba, Barco Escola paralisa atividades Corte de árvores do Parque Ecológico gera revolta

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OPINIÃO

O problema não é meu ? Odair Dias*

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ssa é uma frase comum, mas que não nos remete à realidade, pois todos os acontecimentos, dentro de nossa sociedade, são problemas nossos. Não me refiro às particularidades, mas a tudo aquilo que é de relevância social, pois seremos impactados pelos ônus e bônus, com ou sem a nossa participação. As leis são criadas para normatizar situações, organizar uma sociedade, promover o bem comum, fazer valer o direito do cidadão, mas principalmente para estabelecer direitos, deveres e regras de forma que haja organização. Mas se todos tivéssemos uma maior relação de cumplicidade social, não necessitaríamos de tantas leis. Para justificar tal afirmação, recorro ao exemplo da redução de veículos em alta velocidade nas rodovias. Condutores passaram a dirigir dentro dos limites em decorrência das multas mais severas, além do risco de suspensão da carteira de habilitação, e não por terem – graças às leis – despertado a consciência de que poderiam provocar graves acidentes, colocando vidas em risco (podendo ser as nossas, as de desconhecidos e até mesmo de entes queridos). Infelizmente, para muitos as regras só valem se houver prejuízo financeiro. Afinal, as pessoas que já dirigiam com prudência e comprometimento de causa não tiveram que mudar em nada o seu comportamento de motorista, e sim passaram a ser mais respeitadas! O mesmo acontece com o uso do cinto de segurança, com a lei antifumo em recintos fechados e diversas outras que foram criadas para garantir ao cidadão um justo direito que não fora concedido apenas com

conscientização e bom senso. Enquanto existir a síndrome de “o problema não é meu”, teremos que criar leis para que sejam cumpridas as leis. Cuidar do nosso planeta O efeito estufa, o desmatamento, o aumento da criminalidade, a falta de cidadania, a corrupção, o desenvolvimento social... são sim problemas nossos. Temos que nos envolver com as causas sociais, temos que fiscalizar, temos que ser cidadãos atuantes e mobilizadores. Isso não é fazer favor a alguém, é cuidar do que é nosso, é dar uma constante parcela de contribuição para o nosso habitat. O meio ambiente tem emitido sinais de nossa falta de comprometimento através das intempéries, dos acidentes naturais que ocorrem aproximadamente 300 vezes por ano no planeta (segundo a ONU) causando centenas de milhares de mortes. Precisamos urgentemente tomar atitudes sustentáveis, deixando de ter apenas a preocupação individual para pensar no coletivo. Cuidando bem de nosso planeta, estaremos cuidando de nós mesmos e de todos aqueles que queremos bem. Estaremos garantindo a prosperidade da nossa e das próximas gerações. Isso começa dentro de casa, com detalhes, com o entendimento de que as mudanças na sociedade necessitam de nossa interferência. Podemos ficar assistindo ou participando. Se você considerar que o que está acontecendo é problema seu, saiba que tem muita pensando e agindo assim. Faça como eles, faça parte da corrente do bem. Mas se quiser ficar apenas observando, eu lhe desejo boa sorte, pois é só com ela que você vai poder contar. * Odair Dias é vereador pelo PV de Americana e pedagogo

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DENÚNCIA

Romero questiona poda ‘precoce’ de árvores no Parque Ecológico Requerimento foi aprovado pela Câmara e o Executivo afirma que a madeira é utilizada no próprio parque

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vereador Moacir Romero (PT) questiona a Prefeitura em relação a cortes precoces de árvores e galhos no Parque Ecológico “Engenheiro Cid Almeida Franco”. Segundo o parlamentar, a denúncia partiu de moradores do Jardim Ipiranga que procuraram o suplente de vereador Pedro Salvador, que também reside próximo ao local. Consta na denúncia que a madeira cortada supostamente seria comercializada. O requerimento foi aprovado pela Câmara e o Executivo afirma que a madeira é utilizada no próprio parque. “Fui informado pelo Pedro (Salvador) sobre supostas podas precoces e de árvores sadias no interior do Parque Ecológico. As podas foram flagradas por moradores e, cumprindo nossa função fiscalizadora de vereador, resolvi elaborar um requerimento”, explica Romero. O parlamentar informou que existe denúncia de que a madeira extraída seria comercializada, fato considerado irregular pelo parlamentar. “Caso esteja acontecendo comercialização, essa prática é irregular. Precisamos saber”, disse. Salvador, que mora em frente ao parque, afirma que os moradores do bairro ficaram revoltados com a prática. “São árvores sadias que estão sendo cortadas pela administração do Parque Ecológico. Isso é um completo absurdo”, disparou. De acordo com ele, a prática deixa dúvidas sobre o destino da madeira extraída e a Admi-

Romero questiona Prefeitura de Americana sobre suposta venda de madeira extraída das árvores; Executivo nega e afirma que madeira é usada no próprio parque

nistração deve uma explicação à população. “É preciso saber o que está acontecendo. São árvores aparentemente saudáveis”, questiona. OUTRO LADO Em resposta, o Executivo informou que a autorização para supressão de vegetação no interior do Parque Ecológico foi autorizada pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente, conforme parecer do engenheiro agrô-

nomo responsável pelo parque, João Carlos Tancredi. Segundo a Administração, as madeiras, sempre que possível, são utilizadas no próprio parque para servir como poleiros ou para o enriquecimento ambiental, e que nunca foram comercializadas. “Foi localizado em área do Parque Ecológico próximo praça de alimentação, em frente ao recinto dos micos, árvores secas de falso Angico com cerca de oito metros de altura. Por estarem

muito secas e apresentarem sérios riscos aos visitantes e aos recintos vizinhos, optou-se pela erradicação das mesmas. Por estarmos dentro de uma área onde se preserva o meio ambiente acima de tudo, a compensação será efetuada através do plantio de outras árvores dentro da área do parque. Aliás, estes plantios vêm sendo constantemente executados uma vez que temos tido problemas de quedas de árvores em algumas ocasiões”, afirma Tancredi.

ECONOMIA

Prefeitura monitora consumo de água As secretarias de Meio Ambiente e de Obras e Serviços Urbanos (Sosu) da Prefeitura de Americana iniciaram o projeto de monitoramento do consumo de água no prédio da Secretaria de Obras e Serviços Urbanos. A ação visa a economia de água e prevê o monitoramento do consumo nos meses anteriores e posteriores ao início do projeto. Foram instalados redutores de

pressão/vazão, doados pelo Senai (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial), nas torneiras do prédio da Sosu, localizada à rua dos Antúrios, 301, Jardim São Pedro. TAMBÉM EM ESCOLAS A Secretaria de Meio Ambiente realizou um trabalho educativo com os funcionários da pasta e entregou ma-

terial informativo referente aos redutores. Foram afixados selos educativos em todos os sanitários, cozinha e torneiras. Os selos educativos foram doados pelo Consórcio Intermunicipal das Bacias dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (PCJ). O monitoramento será realizado por meio das contas de água, a partir do início do projeto e até o mês de setem-

bro. Os resultados serão acompanhados pela Secretaria de Meio Ambiente e disponibilizados aos funcionários. Outras secretarias vão receber os projetos para a redução de custo e economia de água. O projeto será realizado também nas escolas EMEI Boré, na Vila Lourecilda, Casa da Criança Aracy, no São Jerônimo, e CAIC Jardim da Paz.


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ÁGUA

‘Herança maldita’de 29 mi impede co

A saída, segundo o DAE, é a aprovação do “Plano de Saneamen Anderson Barbosa

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ma dívida milionária – avaliada em R$ 29 milhões – fruto da “herança maldita” deixada pelo prefeito cassado, Diego De Nadai (PTB), no DAE (Departamento de Água e Esgoto) de Americana impede que a atual Administração instale um segundo ponto de captação de água bruta no Rio Piracicaba, considerado de fundamental importância frente às intempéries climáticas, a exemplo da seca esperada entre o inverno deste ano e o verão de 2017. Hoje, Americana possui apenas um ponto captação. A saída, segundo a direção da autarquia, é a aprovação do “Plano de Saneamento Básico do Sistema de Abastecimento de Água de Americana”, que atualmente tramita para aprovação na Câmara. O rombo, consequente de financiamentos efetivados ainda na administração De Nadai, como explica o atual diretor do DAE, Leandro Zanini, e não pagos e sequer investidos na autarquia, seria suficiente para bancar, além de um novo ponto de captação, novos maquinários e estrutura operacional de qualidade. “Sabemos

da necessidade de um novo ponto de captação de água bruta em Americana principalmente quando se fala em crise hídrica em função da seca. No entanto, assumimos o DAE com uma dívida milionária que impede novos investimentos”, dispara Zanini. Segundo ele, além de não cumprir com os pagamentos, a antiga administração cassada não destinou o montante adquirido por meio de financiamentos no DAE. “O dinheiro foi para o caixa da Prefeitura. Não houve nenhuma melhora estrutural no DAE. Pelo contrário. Encontramos uma autarquia sucateada e com profissionais desmotivados”, explica o diretor. DAE BLOQUEADO Zanini diz ainda que apesar da diminuição da inadimplência referente à conta de água e esgoto (era 36,5% em 2015 e hoje é de 11%) o dinheiro é destinado ao pagamento dos financiamentos do passado. “Tudo que entra vai para o pagamento das dívidas. Trata-se de bloqueio judicial. Não há o que fazer, Além disso, apesar da diminuição da inadimplência o consumo também baixou bastante, o que traz queda na arrecadação”, ressalta Zanini.

Captação de água bruta de Americana fica a 5,8 metros de profundidade no Rio Piracicaba e es

Ele entende que o novo ponto de captação deve ser instalado no Piracicaba, manancial que comporta o único ponto do município, em um local com profundidade maior. Atualmente, a captação fica a 5,8 metros de profundidade, fato que complica o trabalho em caso de estiagem, como a ocorrida em 2014. Mesmo com os problemas financeiros, o diretor garante que a atual Administração busca viabilizar a instalação de um novo ponto de capta-

ção. De acordo com ele, a autarquia não possui orçamentos em relação ao custo da obra, contudo, até o final deste ano, diversas empresas serão procuradas para realizar um estudo. “Estamos empenhados nesta questão e creio que até o final de 2016 vamos ter um projeto traçado”, diz. PLANO DE PERDAS O “Plano de Saneamento Básico do Sistema de Abastecimento de Água de Americana” tem como obje-


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onstrução de novo ponto de captação

nto Básico do Sistema de Abastecimento de Água de Americana” Prefeitura faz fiscalização para preservar o Rio Piracicaba A Secretaria de Meio Ambiente de Americana, por meio da Unidade de Fiscalização e Licenciamento, realizou vistoria às margens do rio Piracicaba. O trabalho teve a finalidade de orientar e notificar motoristas e pescadores quanto à preservação da área. Os motoristas foram orientados sobre a proibição de estacionar às margens do rio, em áreas de preservação ambiental, sob pena de multa. E os pescadores foram alertados para a remoção dos resíduos da atividade de pesca no local. A ação foi acompanhada por guardas

municipais do Grupo de Proteção Ambiental (GPA). O Rio Piracicaba forma-se no município de Americana na foz dos rios Jaguari e Atibaia e é de extrema importância para o município de Americana, sendo a única fonte de captação para o abastecimento público dos habitantes da cidade. A população pode ajudar na preservação do rio, denunciando descartes irregulares e queimadas, pelos telefones 3471-7770 (Secretaria de Meio Ambiente), 3408-8220 (Guarda Municipal), 153 e 3475-9024 (SAC).

Zanini: “Sabemos da necessidade de um novo ponto de captação”

stiagem pode acarretar em problemas no abastecimento da cidade

tivo traçar metas de investimentos e ações para os próximos 30 anos. Segundo Zanini, o projeto contempla vários setores do abastecimento de água, incluindo a capacidade de cada reservatório da cidade, além de suas qualidades e deficiências. O objetivo principal do plano, em médio prazo, de acordo com o diretor, é diminuir o volume de perdas na rede de distribuição que hoje chega a 49% do total de água distribuída no município.

“Temos 930 quilômetros de rede de distribuição de água na cidade. Grande parte disso está deteriorada e com vazamentos. Não há alternativa a não ser aprovar o plano para haja investimentos da esfera estadual e federal na autarquia”, afirma Zanini. De acordo com ele, a esperança é que a Câmara aprove o plano ainda no primeiro semestre deste ano uma vez que o projeto dá credibilidade ao município no momento de pleitear verbas.


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CRISE

Barco Escola suspende atividades por falta de dinheiro Cerca de 10 mil crianças deixarão de ser atendidas pela entidade no decorrer do ano Anderson Barbosa

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Barco Escola da Natureza – entidade que trabalha com educação ambiental na Represa de Salto Grande – vai suspender as atividades programadas para o segundo trimestre deste ano em função de problemas financeiros causados, segundo a própria entidade, pela diminuição acentuada de verbas repassadas por empresas privadas e públicas nos últimos meses. Cerca de 10 mil crianças deixarão de ser atendidas pelo Barco Escola no decorrer do ano. Principal patrocinadora do projeto, a Petrobrás há 14 meses não destina nenhum centavo à entidade, como explica o presidente do Barco Escola, João Carlos Pinto. “Com essa crise política, na qual a Petrobrás é pivô, a empresa cortou muitos investimentos e nós fomos uma das entidades que deixaram de receber incentivos importantes, que mantinham os custos das atividades”, afirma. Segundo ele, a CPFL Energia e a Leão Alimentos, outras duas patrocinadoras, também reduziram os valores repassados ao projeto.

Barco Escola não consegue bancar custos das atividades ambientais proporcionadas às crianças da região

RECEITA Pinto diz que a queda nas receitas mensais da entidade chega a 80% e, parte das atividades realizadas em março e abril, foi bancada com recursos próprios. “Temos muitos custos com a embarcação, voluntários, alimentação, entre outros. Cada criança atendida pelo Barco Escola custa, em média, mais de R$ 30”, ressalta. Em fevereiro e março deste ano, período no qual aconteceram atividades na entidade, três mil crianças de escolas pú-

blicas e particulares foram atendidas pelo projeto de educação ambiental. O presidente do Barco Escola afirma ainda que procurou alguns deputados da região para que viabilizassem verbas à entidade, mas não houve interesse. “Não consegui ajuda nenhuma e por isso vamos ter que parar ou reduzir drasticamente o atendimento aos alunos de Americana e região”, esclarece Pinto. No dia 8 de junho, o Barco Escola vai realizar um evento para prestação de contas à população.

A Associação Barco Escola da Natureza foi concebida em 2000 com o objetivo de promover educação ambiental e colaborar na conservação do meio ambiente, em especial da Represa de Salto Grande. Seu trabalho é atuar como “fiscal ambiental”, investigando e denunciando práticas ilegais, além de auxiliar em diversos trabalhos de limpeza e despoluição da represa e seu entorno. A estimativa é que o Barco Escola tenha atendido aproximadamente 120 mil alunos nos 16 anos de funcionamento.

ATIVIDADES

Americana realiza Semana do Meio Ambiente A Secretaria de Meio Ambiente da Prefeitura de Americana vai promover, de 30 de maio a 5 de junho, a Semana do Meio Ambiente, com várias atrações programadas. A abertura do evento será realizada no dia 30 de maio, às 8 horas, no Núcleo de Educação Ambiente (NEA), no Parque Ecológico Municipal “Engenheiro Cid Almeida Franco”, na Avenida Brasil, 2525, Jardim Ipiranga. Após a solenidade de abertura, será promovido o Curso de Licenciamento Ambiental, ministrado pelos técnicos da Unidade de Fiscalização e Licenciamento da Secretaria de Meio Ambiente. O curso é gratuito e as inscrições podem ser feitas pelo telefone

3471-7770 ou pelo e-mail: publicidade.sma@americana.sp.gov.br. A Semana do Meio Ambiente terá atividades ambientais intermunicipais com ação entre as cidades de Americana e Cosmópolis. No dia 31 de maio, às 8h30, os municípios vão promover a limpeza da Estrada Ivo Macris, com a retirada de resíduos sólidos, combate a queimadas, plantio e ação educativa para manutenção das mudas no Assentamento Milton Santos, na região do Sobrado Velho. No dia 1º de junho, estão programadas atividades voltadas para a melhoria da qualidade do ar, com a realização de inspeção veicular na avenida Brasil, das 9h30 às 17 horas.

Na programação, também haverá atividade especial voltada para a Melhor Idade, no dia 2 de junho, ás 9 horas, no Centro Educacional do DAE (Departamento de Água e Esgoto). Os participantes irão realizar visita monitorada na Estação de Tratamento de Água - ETA e plantio de mudas. PRESERVAR E RECICLAR No dia 3 de junho, na Casa da Criança Baeti, no Parque das Nações, será realizada a explanação do “Projeto Preservando e Reciclando”. Após a ação educativa será feita a instalação de placas educativas com a participação dos alunos na Avenida Estados Unidos. Mais atividades ambientais serão

promovidas na área central e no Jardim Brasília, no dia 4 de junho. Haverá exposição de maquete, balão pula-pula e entrega de material educativo à população. A partir das 18 horas, está programada uma Festa Junina Ecológica, com venda de produtos típicos, explanação de maquete sustentável e feira de troca, na Praça Manoel Françoso, Jardim Brasília. No dia 5 de junho, das 9 às 12 horas, encerrando as atividades da Semana do Meio Ambiente de Americana, serão realizadas atividades no Parque Ecológico, com oficinas, exposição de maquetes sustentáveis e distribuição de material educativo.


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Manufatura Reversa

O descarte adequado de eletroeletrônicos Para promover a destinação final correta do lixo eletrônico, a Descarte Certo oferece soluções ambientalmente sustentáveis, com foco especial no atendimento a empresas e indústrias

Caio Santos: “Nosso foco é atender prioritariamente empresas e indústrias que estão interessadas em descartar corretamente seu lixo eletrônico”

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eferência no trabalho de manufatura reversa, a Descarte Certo, do Grupo Ambipar, atua em todo território nacional realizando a coleta, recebimento, segregação, descaracterização e destinação final do lixo eletrônico, com foco na prestação de serviços a empresas e indústrias. Hoje, a Descarte Certo apresenta capacidade operacional de 300 toneladas por mês e atende a mais de 200 clientes no Brasil. A companhia conta com bases operacionais em Nova Odessa, São Paulo, e em Novo Hamburgo, Rio Grande do Sul, com planos de expandir suas atividades para outras regiões do país. “Nosso foco é atender prioritariamente empresas e indústrias que estão

interessadas em descartar corretamente seu lixo eletrônico”, enfatiza o diretor da empresa, Caio Santos. Segundo o diretor, além de eletroeletrônicos, a Descarte Certo realiza a manufatura reversa de móveis, equipamentos de manutenção e veículos. Santos ainda esclarece que o trabalho empreendido pela Descarte Certo visa atender a Lei n° 12.305/10, que institui PNRS (Política Nacional de Resíduos Sólidos) e a norma NBR 16156:2013 da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas), que apresenta os requisitos para a manufatura reversa de resíduos eletroeletrônicos. “No serviço de manufatura reversa, o qual a Descarte Certo executa, os itens recicláveis voltam para a cadeia pro-

dutiva como matéria-prima reutilizável e o que não é reciclado segue para uma destinação segura e correta”, comenta o diretor. Vale ressaltar que todas as operações da Descarte Certo são desempenhadas em conformidade com a legislação ambiental vigente, prezando a saúde e segurança do meio ambiente e da vida humana. LIXO ELETRÔNICO Lixo Eletrônico é todo resíduo material produzido pelo descarte de equipamentos eletrônicos. Com o elevado uso de equipamentos eletrônicos no mundo moderno, este tipo de lixo tem se tornado um grande problema ambiental quando não descartado em

locais adequados, uma vez que são compostos por substâncias altamente poluentes, a exemplo de chumbo, mercúrio e cádmio. Monitores de computadores, telefones celulares e baterias, computadores, televisores, câmeras fotográficas e impressoras são exemplos de lixo eletrônico. GRUPO AMBIPAR O Grupo Ambipar é pioneiro em soluções ambientais e possui empresas que atuam em todos os segmentos da cadeia produtiva. Composto de capital 100% nacional, atende aos mais significativos setores da economia brasileira, participando de importantes empreendimentos, indispensáveis ao desenvolvimento socioeconômico do Brasil.


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SAÚDE CANINA

Verme de moscas pode causar a morte de cães Doença causada pelo verme Dirofilaria immitis, transmitido por mosquitos comuns, pode ser fatal

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vidências recentes apontam que a dirofilariose canina (parasita do coração) está retornando em muitas áreas e de forma assintomática. O último grande estudo de abrangência nacional foi feito em 2001 e constatou uma frequência de infecção em 2% dos animais domésticos pesquisados. Mais recentemente, entre setembro de 2013 e março de 2014, foi conduzido um novo estudo, patrocinado pela Zoetis, com o objetivo de avaliar a frequência da infecção pelo verme Dirofilaria immitis em algumas áreas do Brasil. Foram colhidas 1.531 amostras de sangue de cães provenientes dos estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Pernambuco, Bahia, Paraná e Santa Catarina. Pesquisou-se a presença de antígenos de fêmeas adultas e a frequência média de infecção encontrada foi de 23,1%, com áreas demonstrando até 62,2%. A maioria dos animais não apresentava sintomas da doença, ou seja, eram transmissores silenciosos da dirofilariose. A doença é causa-

da pelo verme redondo Dirofilaria immitis, transmitido por mosquitos comuns pertencentes aos gêneros Culex, Aedes e Ochlerotatus. REGIÕES LITORÂNEAS As regiões litorâneas costumam apresentar condições mais favoráveis ao desenvolvimento dos mosquitos, mas a infecção também é detectada em outras regiões do país. Os cães infectados podem ser assintomáticos ou apresentar sintomas como tosse, intolerância ao exercício e dispneia. Em casos graves, podem ser observados sintomas como ascite, edema de membros e síncope. As microfilárias adquiridas pelo mosquito a partir de um animal infectado transformam-se em estágios infectantes. O tempo de muda depende de temperatura e umidade. Quando não tratada, a dirofilariose pode levar à morte dos animais infectados que apresentam sintomas. No Brasil, não existem produtos registrados para eliminar os parasitas adultos - a prevenção é a única forma de evitar a doença.

EDUCAÇÃO

Americana lança projeto ambiental ‘O amigo do Lixildo vem aí!’ A Secretaria de Meio Ambiente de Americana, em parceria com as secretarias de Obras e Serviços Urbanos e de Educação, lançou o projeto ambiental “O amigo do Lixildo vem aí!”. O objetivo é despertar a consciência ambiental, promovendo atividades interativas junto aos alunos da rede de ensino fundamental. Segundo o secretário de Meio Ambiente, Eraldo Camargo, o projeto pretende ampliar a participação da população no programa de coleta seletiva municipal, diminuindo os descartes irregulares de materiais no meio ambiente e as queimadas. “A ideia é formar uma consciência crítica, incentivando

uma participação mais assídua da população nas questões ambientais”. A gestão dos resíduos sólidos será abordada no projeto. A destinação adequada do óleo de cozinha será tema de concurso para escolha do mascote da reciclagem do óleo, o “amigo do Lixildo”, personagem da coleta seletiva. Os alunos vão eleger o nome do “amigo do Lixildo” e a “arte” que representa o boneco. A dinâmica aplicada nas escolas tem a finalidade de introduzir a cultura da destinação adequada e reciclagem do óleo usado nos participantes do projeto, evitando o descarte na rede de esgoto.

Administração tem como objetivo despertar consciência ambiental nas crianças

Cães devem estar regularmente vermifugados com medicamentos específicos

O Aedes aegypti também afeta o seu cão O Aedes aegypti é o mosquito transmissor de doenças como dengue, chikungunya e zika em humanos. Além de ser uma ameaça às pessoas, o mosquito também oferece risco aos cães por ser um dos transmissores da Dirofilariose canina (doença do verme do coração). A única maneira de proteger contra o verme do coração é a

prevenção.Os cães devem estar regularmente vermifugados com medicamentos específicos para Dirofilariose, onde o uso pode ser Oral ou Tópico. Existem no mercado coleiras repelentes, que impedem o contato do mosquito transmissor com o animal, também evitando a transmissão. Procure um veterinário e proteja seu melhor amigo.


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