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Ambiente Virtual de Aprendizagem Objetivos - Conceituar Ambientes Virtuais de Aprendizagem (AVAs); - Descrever as ferramentas disponíveis na maior parte dos AVAs; - Reconhecer alguns recursos interativos disponíveis no Moodle; - Compreender sobre aprendizagem e ensino online.

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Introdução: Olá! Agora você conhecerá o que é um ambiente virtual de aprendizagem, como ele pode contribuir para as atividades acadêmicas e, também, como interagir com sua turma para explorar efetivamente as ferramentas disponíveis. A cada dia das semanas de estudo, uma nova tarefa deverá ser cumprida. Nesta disciplina, teremos uma nova dinâmica! Além de estudar o conteúdo da disciplina, você deverá cumprir os prazos para a realização das atividades propostas. Fique antenado! Ao final da disciplina, você será avaliado quanto ao seu desempenho como tutor pela coordenação de Tutoria da EaD da UNISUAM ONLINE. Esperamos que você possa aproveitar ao máximo as informações contidas nesta disciplina para uma plena aprendizagem e também para conhecer novas possibilidades na sua prática pedagógica. Mãos à obra! Sucesso!

As diferentes plataformas de ensino É possível que ao longo desta ou de outras experiências com a Educação a Distância você já tenha se deparado com a sigla AVA. Mas, especificamente, o que essa sigla significa?

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Com base no conteúdo estudado nas aulas anteriores, percebemos como o modelo de educação aqui tratado tem características específicas. Não é? Sendo assim, para que efetivamente haja uma aprendizagem significativa, são necessários softwares que ofereçam recursos e ferramentas que apoiem a construção coletiva do conhecimento. Estes softwares são chamados Ambientes Virtuais de Aprendizagem (AVAs). De modo simples, podemos entender o AVA como um conjunto de recursos que permitem e facilitam a veiculação de conteúdo, a realização das atividades propostas, a interação entre os atores envolvidos no processo de ensino/aprendizagem e o acompanhamento da frequência e da participação. Os AVAs vêm sendo utilizados para atender a demanda educacional e, consequentemente, esse uso está possibilitando a oferta de cursos totalmente on-line. Como, atualmente, eles estão em constante aprimoramento, observamos que seus recursos estão favorecendo cada vez mais: • A construção coletiva do conhecimento; • A interatividade (com o conteúdo e entre todos os participantes); • A autonomia; • A navegação intuitiva; • A participação mais ativa de alunos; • O planejamento didático; • O acompanhamento e registro das atividades realizadas; • A flexibilidade; • A criatividade; • A utilização de materiais didáticos em formatos variados: texto, hipertexto, vídeo, áudio.

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hipertexto http://www.infoescola.com/informatica/hipertexto/

Hoje, existem vários AVAs disponíveis no ciberespaço, cada qual com uma conta com características específicas. Clique e conheça um pouco mais sobre alguns deles: Você já conhecia esses AVAs? Qual a sua primeira impressão sobre eles? Como vimos, são várias as opções para se oferecer um curso ou uma disciplina a distância tendo como suporte uma plataforma computacional. Contudo, a seguir, vamos um pouco mais além! Veremos se somente a perspectiva tecnológica é importante para fazer a adesão a um AVA.

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Características fundamentais de um AVA

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Moodle https://moodle.org/

Um AVA deve ser analisado apenas como um conjunto de ferramentas Tecnológicas?

Quantum http://www.latec.ufrj.br/revistas/index.php?journal=ed ucaonline&page=article&op=view&path%5B%5D=146

Caso tenha respondido não, você acertou!!

Teleduc http://www.teleduc.org.br/

Lembre-se: para alcançar os objetivos de qualidade de uma oferta de educação a distância, um bom AVA deve apresentar recursos que favoreçam o desenvolvimento de competências e habilidades relacionadas necessárias ao aluno virtual.

Aulanet Este Ambiente virtual de aprendizagem foi desenvolvido no Laboratório de Engenharia de Software (LES) do Departamento de Informática da PUC-Rio, especificamente para administração, criação, manutenção e participação em cursos a distância.

Dentro desta perspectiva, cabe ressaltar que a interação em um ambiente virtual de aprendizagem é fundamental para que os alunos possam organizar suas ideias e compartilhar seus conhecimentos, tornando-se sujeitos autônomos.

E-proinfo http://www.youtube.com/watch?v=rMspothdJ2E

Ambientes Instrucionistas

De acordo com as posturas pedagógicas assumidas, as plataformas de aprendizagem podem ser divididas em três grupos:

Ambientes Interativos

Ambientes Cooperativos

Ambientes Instrucionistas Os ambientes que são classificados como instrucionistas estão mais centrados no conteúdo. A interação é mínima e a participação on-line do aluno é praticamente individual. É considerado o tipo mais comum onde a informação é transmitida como em uma aula tradicional presencial.

Ambientes interativos Os ambientes interativos estão centrados na interação on-line, onde a participação é essencial para o curso.

Ambientes cooperativos Os AVAs cooperativos agregam interfaces que permitem a produção de conteúdos e canais variados de comunicação. Além disso, permitem o gerenciamento de banco de dados e controle total das informações que circulam pelo ambiente. Disponibilizar um ambiente de aprendizagem virtual que propicie a cooperação e a interatividade requer, fundamentalmente, algumas ferramentas que suportem tais interações, estimulando uma aprendizagem prazerosa. Vamos conhecer algumas delas?

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Principais Recursos e usabilidade

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De modo geral, os ambientes de educação a distância apresentam uma diversidade de ferramentas que podem promover tanto a comunicação síncrona como assíncrona.

Leia o artigo Ambientes de suporte para Educação a Distância: A mediação para aprendizagem cooperativa, refletindo sobre as informações apresentadas e os conhecimentos adquiridos até o momento.

Mas o que isso significa?

Síncrona

Nele, as autoras Querte Teresinha Conzi Mehlecke e Liane Margarida Rockenbach Tarouco, apresentam aspectos importantes sobre as ferramentas de comunicação utilizadas em ambientes virtuais de aprendizagem.

A forma síncrona permite a comunicação entre as pessoas em tempo real, ou seja, o emissor envia uma mensagem para o receptor e este a recebe quase que instantaneamente, como numa conversa por telefone.

http://penta2.ufrgs.br/edu/ciclopalestras/artigos/ querte_ambientes.pdf

Assíncrona A comunicação assíncrona dispensa a participação simultânea das pessoas, ou seja, o emissor envia uma mensagem ao receptor, o qual poderá ler e responder essa mensagem em outro momento.

As principais ferramentas são: Enquete Videoaula

FAQ

E-mail

Perfil

Chat / Bate-papo Fórum

Lista de discussão

Agenda / calendário

Mural

Chat / Bate papo O chat é um recurso que permite a comunicação síncrona e é utilizado, em geral, para a discussão de textos e para solucionar dúvidas com relação a trabalhos. Cada participante, ao entrar na sala, é anunciado pelo programa e as mensagens aparecem imediatamente nas telas dos computadores de todos os usuários que estiverem, naquele momento, conectados ao programa. Todos podem ler e escrever ao mesmo tempo. Por isso, exige agilidade. Durante a formulação de uma mensagem, outros interlocutores também estão formulando as suas mensagens. Isso, muitas vezes, favorece o rompimento da sequência lógica de pergunta/resposta.

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Videoaula Aula gravada e disponibilizada em formato de vídeo Agenda / calendário A agenda é um espaço onde os responsáveis pelo curso podem registrar os principais eventos relacionados ao curso. Ao acompanhar essa ferramenta, o aluno poderá se organizar de forma mais eficiente para a entrega das atividades e dias e horários para as atividades com horário marcado. Weblioteca Na Weblioteca poderão ser disponibilizados materiais complementares ou modelos, atividades ou outros documentos que precisarão ser compartilhados durante a oferta para que os alunos ampliem seu conhecimento e alcancem as metas com sucesso. E-mail: Esta é uma ferramenta indispensável, uma vez que, possibilita o armazenamento das mensagens recebidas e enviadas aos estudantes, tutores e professores. Em geral, existe uma lista dos participantes. Para mandar uma mensagem para um participante, basta selecioná-lo na lista. FAQ: Frequently Asked Questions (perguntas mais frequentes) Corresponde a uma lista de perguntas e respostas que estão disponíveis para consulta a qualquer momento. Essa lista ajuda a orientar os alunos, principalmente no início do curso. Fórum É um recurso de comunicação assíncrona para a realização de discussões e debates. Como há tempo para que os participantes leiam as contribuições e reflitam sobre elas, permite que tanto professores como alunos exponham suas ideias e opiniões acerca dos assuntos referentes ao curso. Informações Local para que recados e informações importantes sejam disponibilizados aos alunos. Esse espaço deverá ser de uso exclusivo dos tutores e dos coordenadores do curso. Assim como a Agenda, favorece uma melhor organização. Cada uma dessas ferramentas citadas apresenta utilidades específicas e, quando bem utilizadas, poderão contribuir para a interação dos participantes, para o acesso aos materiais veiculados, para estimular o senso crítico por meio do diálogo e, consequentemente, podem diminuir a sensação de isolamento que poderia ocorrer na educação a distância.

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Uma excelente forma de ampliar seus conhecimentos é a leitura do texto Por Autorias Livres, Plurais e Gratuitas, da professora Edméa Oliveira dos Santos. Nele, você encontrará importantes reflexões sobre as potencialidades e limites dos Ambientes Virtuais de Aprendizagem. Acesse o site: http://www.comunidadesvirtuais.pro.br/hipertexto/ home/ava.pdf e confira!!

Além disso, cabe ressaltar que: A qualidade do processo educativo dependerá não só apenas dos recursos disponíveis no AVA, mas também da proposta pedagógica, dos materiais que serão veiculados, do envolvimento dos tutores e da equipe multidisciplinar e da dedicação dos alunos. Dessa forma, o processo educativo terá qualidade. Tudo entendido até aqui? Então, vamos conhecer as especificidades do AVA que estamos utilizando!

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O Moodle enquanto ambiente virtual de aprendizagem Qual o diferencial do Moodle? Entre as plataformas disponíveis no ciberespaço, optamos em apresentar as especificidades do Moodle. Juntos, iremos descobrindo, aos poucos, os principais motivos para esta plataforma ter uma boa aceitação em instituições do mundo inteiro.

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pare e reflita

Esta plataforma foi criada pelo educador e cientista computacional Martin Dougianas. Um de seus grandes diferenciais é o fato de ter sido criada não só sob a perspectiva tecnológica como um sistema de administração de atividades, mas também teve sua estrutura pedagógica baseada na filosofia socioconstrutivista.

Você pode imaginar por quais motivos fizemos essa escolha?

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Filosofia Socioconstrutuvista A filosofia socioconstrucionista baseia-se na ideia de que pessoas aprendem melhor quando engajadas em um processo social de construção do conhecimento. Dentro desta perspectiva, a interação torna-se particularmente eficaz quando possibilita a construção do conhecimento de forma colaborativa. Neste sentido, o Moodle inclui ferramentas que apoiam o compartilhamento de papéis dos participantes (nos quais eles podem ser tantos formadores quanto aprendizes) e a geração colaborativa de conhecimento, como wikis, e-livros, etc., assim como ambientes de diálogo, como diários, fóruns, batepapos, etc. Outro aspecto importante é o fato de ser um software livre e gratuito, com código aberto. Sua aparência pode ser modificada, ganhando temas, cores e recebendo novas adaptações de acordo com as características e necessidades de cada instituição para que as informações sejam exibidas de forma organizada. Sendo seu manuseio simplificado, observa-se que, tanto para os alunos, quanto para os demais atores envolvidos, a navegação se dá de forma intuitiva. Mesmo aquele que não possui grandes conhecimentos sobre informática é capaz de colaborar e participar.

Martin Douginas

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comunidade internacional de usuários https://moodle.org/community/

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O ambiente oferece integração de vários tipos distintos de mídias em uma única página. Também é compatível com quase todos os sistemas operacionais (o Linux, o Windows e o Mac, por exemplo) e vários navegadores. Permite suporte gratuito através da comunidade internacional de usuários e atualização gratuita. Nessa comunidade, os usuários trocam informações, auxiliando nos eventuais defeitos e modificações que sejam necessárias. Com certeza, agora, você já é capaz de responder quais são os diferenciais apresentados pelo Moodle e por quais motivos ele vem ganhando espaço. Não é? Então, vamos conhecer um pouco mais sobre as suas ferramentas? Siga em frente e continue aprendendo!

Acesse o documento Introdução ao Moodle, disponível em: http://aprender.unb.br/file.php/1/manuais/ Moodle1.6.5%2B.pdf e conheça mais sobre a plataforma Moodle.

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As ferramentas do Moodle Agora, você conhecerá alguns dos recursos para publicação, interação e avaliação disponibilizados no Moodle. Basicamente, seus recursos podem ser divididos em:

a) Atividades colaborativas • Fórum • Wiki • Chat • Glossário

b) Atividades individuais • Tarefa • Questionário

c) Ferramentas de inserção de documentos • Páginas simples de texto • Páginas em HTML • Acesso a arquivos em formatos variados (PDF, DOC, PPT, Flash, áudio, vídeo, etc.) ou a links externos (URLs).

Ao oferecer um curso, os coordenadores e professores/tutores podem considerar as características das diferentes ferramentas do Moodle para propor, de acordo com o objetivo pedagógico do curso, um conjunto de atividades de diferentes naturezas.

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O que você acha de conhecer mais sobre o Moodle, a sua filosofia e as suas possibilidades? Acesse o endereço: http://pt.slideshare.net/ marcelohenderson/moodle-10123774 e aprenda mais!!!

Algumas das possibilidades de atividades merecem destaque. Então, vamos conhecer também as suas potencialidades. Preparado?

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Tarefa Esta é uma atividade bastante utilizada e possibilita a criação de um enunciado que deverá ser desenvolvido pelo aluno. O texto com a resposta do aluno precisa ser enviado em arquivo eletrônico, salvo anteriormente, e ficará armazenado na plataforma. Quando o aluno enviar a sua tarefa, o professor/ tutor será avisado pelo próprio sistema e o aluno, por sua vez, será avisado de quando o professor efetuará a correção, atribuirá a nota e dará o feedback. O professor/tutor poderá explorar o campo de feedback para comentar os pontos positivos e negativos do trabalho enviado pelo aluno. Cabe ressaltar que um feedback claro e objetivo ajudará o aluno a refletir e melhorar, em determinados aspectos, seu desempenho em atividades futuras, além de ajudá-lo a orientar os seus estudos durante o curso.

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O que você acha de conhecer mais sobre ferramenta Tarefa? Acesse: http://moodlececap.com.br/mod/resource/view. php?id=4396&redirect=1 e descubra como ela pode ser melhor utilizada com os alunos.

Wiki Essa é outra ferramenta muito importante dentro deste contexto da aprendizagem colaborativa. Nela, qualquer participante poderá incluir sua contribuição, modificar ou, até mesmo, apagar trechos. Caberá ao tutor acompanhar a participação de cada estudante. Podem ser elaborados relatórios, resumos sobre os textos estudados, resultados de pesquisas realizadas ou anotações sobre as aulas. Uma outra forma de utilizar essa ferramenta é o tutor propor um trabalho em grupo ou, ainda, a elaboração de um projeto. Para iniciar o trabalho, o tutor deverá decidir se poderá utilizar a Wiki com toda a turma ou com pequenos grupos. Para tanto, deverá especificar os objetivos e o conteúdo a ser construído. Feitas as primeiras escolhas, será necessário que mais algumas orientações sejam passadas. Por exemplo, para que o controle e a identificação da participação sejam facilitados, o tutor poderá sugerir que cada participante utilize cores e fontes diferentes para criar os textos. Ao final da tarefa, o professor/ tutor poderá disponibilizar os textos para que todos os participantes vejam o resultado alcançado.

Glossário No glossário, os participantes podem criar e manter uma lista de definições, como um dicionário. Com essa ferramenta, o tutor pode disponibilizar termos que facilitem o entendimento de algum texto específico. Também pode ser sugerido que os alunos busquem termos relacionados aos temas abordados, fazendo com que a turma forme o seu próprio glossário.

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Questionário O questionário pode ser definido como um conjunto de questões objetivas. Entre elas o tutor poderá optar por: • Verdadeiro-falso; • Múltipla escolha; • Associação. Ao final da resolução, aparecerá uma revisão, mostrando ao aluno as respostas corretas e, também, onde houve erro. O questionário pode ser utilizado durante vários momentos de um curso para que o tutor possa verificar como a aprendizagem está ocorrendo e investigar os aspectos pontuais que ainda precisam ser aprofundados. Além disso, essa ferramenta pode servir para o aluno como estratégia de auto avaliação.

Fórum Em ambientes colaborativos de aprendizagem, o fórum é o recurso mais utilizado para a discussão sobre textos ou, ainda, para exibir resultados de pesquisas, elaborar trabalhos em grupo ou tirar dúvidas. Cada participante tem acesso às mensagens de outros participantes e, a partir daí, elabora a sua reflexão e assume seu turno, gerando um texto semelhante ao diálogo oral. Com a finalidade de complementar uma informação, se poderá lançar mão de arquivos anexos e links para outros textos. As mensagens ficam retidas no ambiente virtual de aprendizagem. Elas podem ser lidas de acordo com a ordem cronológica em que foram armazenadas ou por qualquer outra sequência escolhida pelo leitor. Com relação à leitura, caberá ao leitor optar pelo caminho a ser seguido, unificando os espaços entre as mensagens. O texto forma-se a partir dos elos criados entre as mensagens, uma vez que sua elaboração se apoia no contexto gerado pelas mensagens enviadas anteriormente. Por ser uma ferramenta assíncrona, normalmente, existe uma defasagem de tempo. Uma resposta poderá levar segundos, dias ou semanas. Nesse espaço, existem ferramentas de edição de texto e, na parte superior, aparece o texto que serve de base para um futuro comentário. Trata-se de um recurso que ajuda a situar o leitor, apresentando, guiando e preparando para não se perder o foco principal do debate. Uma sugestão para melhorar o trabalho da tutoria nessa ferramenta de comunicação virtual será a criação de questões que levem o aluno a refletir sobre o tema geral do debate. Os questionamentos levantados pelo tutor podem fazer com que os participantes verifiquem outras referências, consultem conhecimentos previamente adquiridos ou venham a refletir para fazer as correções quando necessárias. Assim, os docentes virtuais precisam adaptar sua prática a esses espaços pedagógicos para que ela possa abranger os conteúdos abordados durante um curso, mediando o processo de leitura e produção de texto de maneira flexível, amigável e afetiva. Cabe ressaltar que o tutor deve utilizar uma linguagem clara e objetiva, buscando a utilização desta ferramenta de forma eficiente. Dentro desta perspectiva, o professor/ tutor terá a responsabilidade de interferir (quando necessário), questionar, refletir sobre estratégias para

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criar situações de aprendizagem e levar o aluno a ter condições de construir seu conhecimento.

Chat / Bate-papo O Chat permite aos participantes uma comunicação síncrona. É uma maneira útil de promover a troca de ideias, a elaboração de trabalhos, a divisão de tarefas, as discussões sobre os assuntos apresentados no curso ou, ainda, pode servir como um tira-dúvidas. Cada participante, ao entrar na sala, é anunciado pelo programa e as mensagens aparecem imediatamente nas telas dos computadores de todos os usuários que estiverem conectados ao programa naquele momento. A interação pode ocorrer entre dois usuários ou com várias pessoas ao mesmo tempo. Entretanto, é fundamental salientar que, em um chat com fins pedagógicos, não há mensagens confidenciais, ou seja, mesmo que a mensagem seja direcionada a uma pessoa especifica, essa mensagem aparecerá na tela de todos os participantes. Assim, as conversas se estabelecem criando uma rede de ligações na qual as mensagens são recebidas e podem ser respondidas numa alternância ininterrupta de enunciados. Todos podem ler e escrever ao mesmo tempo. Por isso, o chat exige agilidade. Durante a formulação de uma mensagem, outros interlocutores também estão formulando as suas mensagens. Isso, muitas vezes, favorece o rompimento da sequência lógica de pergunta/ resposta. A agilidade determina a escolha das contribuições, em geral, curtas. Caso haja necessidade, o tutor poderá dividir a turma em grupos pequenos para que a interação possa apresentar melhor rendimento. É muito importante que o professor/tutor estabeleça, antes de iniciar o chat, questões que nortearão as discussões e, ao final da reunião, elabore um documento (histórico do Chat) contendo um resumo dos assuntos discutidos, disponibilizando-o aos alunos para que eles possam fazer a leitura do conteúdo do chat de forma sistematizada.

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aprofundando

Leia com atenção o texto João Mattar: Interações em Ambientes Virtuais de Aprendizagem. Recomendamos essa leitura para que você compreenda um pouco mais sobre a aplicação dos recursos de comunicação e a interação em AVA’s e melhore sua prática pedagógica na utilização dessas ferramentas na EaD. Acesse: http://www4.pucsp.br/pos/tidd/teccogs/artigos/2014/ edicao_9/4-interacoes_ambientes_virtuais_ aprendizagem-joao_mattar.pdf

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Aprendizagem e ensino Online Como o aluno da educação a distância aprende? O aluno virtual é motivado a aprender quando possui necessidades e interesses que a aprendizagem satisfará; logo, esses são os pontos de partida apropriados para organizar as atividades de aprendizagem online em um curso a distância. Embora muitas instituições ofereçam cursos a distância para crianças em idade escolar como suplemento ou para o enriquecimento do currículo em sala de aula, a maioria desse cursos é composta por adultos, geralmente com idade de 25 a 50 anos. A teoria de educação de adultos, de Knowlwe, denominada Andragogia, pode ser reduzida às seguintes premissas expressas como diferenças entre adultos e crianças:

Crianças | adultos

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Crianças | adultos Crianças aceitam ser dependentes dos professores

Adultos apreciam sentir que tem a ter responsabilidade pessoal

Crianças aceitam a indicação de professores sobre aquilo que deve ser aprendido

Adultos preferem eles mesmos definir o que é relevante às suas necessidades

Crianças precisam adquirir um conjunto de informações para o futuro

Adultos supõem que possuem as informações básicas e precisam adquirir o que é relevante e imediato.

Crianças possuem pouca experiência pessoal

Adultos tem muita vivencia e gostam de utilizá-la como recurso da aprendizagem.

Crianças aceitam a decisão do professor relativas a como aprender

Adultos preferem tomar tal decisão sozinhos.

Vale ressaltar que esse conceito clássico sobre a distinção entre alunos adultos e crianças pode estar sendo rompido devido à influência das tecnologias e da Mídia. Prensky (2010) argumenta que “nativos digitais“ querem muito mais autocontrole e menos direcionamento em suas atividades de aprendizagem. Outros autores como Kelly, et al (2008) apresentam argumentos semelhantes, o que confirma que as características descritas anteriormente para adultos podem ser cada vez mais verdadeiras para alunos a distância de todas as idades. (MOORE. M. 2013.p 212) Um outro aspecto muito pouco explorado no processo ensino-aprendizagem de adultos é a ansiedade. Geralmente, os alunos adultos sentem muita ansiedade quanto ao estudo a distância e especialmente quando iniciam um novo curso online.

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Segundo Moore (2013), a ansiedade, quando revelada, geralmente será direcionada à pessoa que é o representante mais próximo da instituição de ensino - o professor tutor. O professor tutor não é realmente a fonte da ansiedade, mas o que se encontra subjacente é a preocupação do aluno quanto a ser capaz de atender as expectativas da instituição e, igualmente, as suas próprias expectativas. (P 215). Para tanto, caberá então ao professor tutor a sensibilidade de perceber a ansiedade do aluno e desenvolver nele a familiaridade com os procedimentos necessários ao aprendizado virtual, para que as expectativas sejam bem compreendidas. Podemos dizer ainda que os alunos com pouca experiência em cursos a distância revelam um grau elevado de ansiedade no início do curso que fica concentrada no momento da entrega da tarefa, ou de apresentar suas contribuições através do fórum ou no chat. Até que essa ansiedade termine, os alunos podem desistir do curso, podem não gostar do curso ou podem não desempenhar suas melhores habilidades devido ao nervosismo. À medida que acostumam com o ambiente online e conseguem um feedback satisfatório, a confiança cresce e a ansiedade passa a ficar sobre controle. (Idem 215) Ao criar um ambiente propício para o aprendizado, o professor tutor deve explicar que os erros representam uma parte natural desse aprendizado, não havendo razão para temer cometê-los, já que ele aprova quando o aluno assume riscos. O professor tutor admira e aprova o esforço e o comprometimento, preocupando-se com o fato de que o aluno deve ser bem sucedido e se empenhar para atingir os objetivos.

Características do aluno da educação a distância

ter acesso a um computador e a um modem ou conexão de alta velocidade, além de saber utiliza-los Dedicação em qauntidade significativa de seu tempo semanal e seus estudos e não ver o curso como maneira mais leve e fácil de obter créditos ou um diploma (Azevedo, 2009, p27)

Utilizar pensamento sistêmico e compartilhar detalhes sobre sua vivência, trabalho e outras experiências educacionais. Com isso, ele colabroa para a interatividade do grupo

Características

Precisa ter automotivação e autodisciplina: "Com a liberdade e a flexibilidade do ambiente online, vem a responsabilidade. Para acompanhar o processo online exige-se um compromisso real e disciplina"

Não deve ter sensação de prejuíso pela ausência de sinais auditivos ou visuais no processo de comunicação

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Uma característica especial da educação a distância é talvez aquilo que a maioria das pessoas considera quando pensa nela: a capacidade de uma instituição proporcionar acesso à educação a alguns alunos que de outra forma não poderiam obtê-la. No entanto, o acesso é até mesmo mais importante para certos tipos de alunos: deficientes, idosos ou aqueles que moram em áreas rurais ou remotas. Na maioria dos cursos e disciplinas a distância, pelo fato da participação geralmente ser voluntária, parte dos alunos que iniciam os cursos não concluem. Segundo Moore (2013), alguns estudos identificaram determinados fatores prognósticos de conclusão provável de um curso de educação a distância: - Intenção de concluir Alunos que expressam determinação em completar o curso geralmente o fazem. Entretanto, os alunos inseguros a respeito da sua capacidade para concluir apresentam grande probabilidade de desistência. - Entrega antecipada Os alunos que entregam a primeira atividade antecipada ou pontualmente têm maior probabilidade de concluir o curso de modo satisfatório. - Conclusão de outros cursos Os alunos que terminam com sucesso um curso de Educação a Distância têm maior probabilidade de concluir os cursos subsequentes. (p. 223) É importante o conhecimento desses fatores e como eles podem ajudar os coordenadores e o professor tutor a identificarem alunos em situação de risco, quando estes podem precisar de uma orientação adicional afim de concluir um curso. Na EaD, dois dos principais modelos formais para prever a permanência dos estudantes no curso foram os desenvolvidos por David Kember (1995) e Diane Billings (1988) (MOORE; KEARSLEY, 2007). Esses modelos, assim como o de Vincent Tinto (1975), consideram a integração dos estudantes com professores, tutores, colegas e demais funcionários da instituição como um dos fatores determinantes do sucesso dos estudantes. O modelo de Kember (1995) foca principalmente a integração do estudante com os tutores, professores e colegas e a conciliação das atividades diárias do estudante com o meio acadêmico, como mostra o a figura a seguir:

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Característica ao ingressar

Atribuição externa

Integração Social

Incompatibilidade acadêmica

Integração acadêmica

Notas Obtidas

Curso beneficio

RESULTADO

Modelo de Conclusão de Curso de Kember. Fonte: Kember (1995) apud Moore e Kearsley (2013, p.224)

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O modelo de Kember indica que as características que o aluno tem ao ingressar num curso o direcionam para um dos dois caminhos possíveis em um curso online. Aqueles alunos com situação favorável tendem a prosseguir em um percurso positivo e são capazes de se integrar na perspectiva social e acadêmica. Os outros optam por um percurso negativo quando têm dificuldade para alcançar integração social e acadêmica, o que afeta o resultado do curso. Vale ressaltar que esse modelo se baseia em um grande conjunto de pesquisas e na teoria sobre a desistência dos alunos de cursos tradicionais e de educação a distância (p 224).

Interação, participação e preferências de aprendizagem Para início de conversa, elaborar ambientes de aprendizagem que atendam melhor às necessidades dos alunos virtuais é a grande questão. Entender como os alunos aprendem e o lugar que ocupam no processo poderia ser o ponto de partida para o professor tutor. Ensinar tendo como base o modelo expositivo não dá conta de todas as preferências de aprendizagem, pois o aluno que estuda online é diferenciado. Nesse caso, oferecermos diferentes tipos de atividade na sala de aula online, que certamente contribuirão para uma melhor aprendizagem. É importante que o professor tutor perceba que uma mesma abordagem para todos os alunos não funcionará. É preciso considerar algumas diferenças como o gênero, a cultura e ainda a presença de algumas dificuldades.

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É necessário incorporar à sala de aula virtual: a) atividades individuais estruturadas para um mínimo de interação com os outros; b) atividades em pares, feitas pessoalmente pela dupla ou por meio de e-mail; c) atividades professor/aluno; d) atividades em grupos com uso de vídeo conferências. Enfim, se o professor optar por incorporar essas atividades na elaboração de seu curso, as preferências da maioria dos alunos serão atendidas (Pratt & Palloff, 2004, p 54-55). Pratt & Palloff (2004) citam alguns exemplos de atividades:

Atividades Individuais

Atividades de pesquisa na internet, incluindo o uso de bases de dados online e de periódicos, assim como a participação de listas de discussão relacionadas ao material de estudo; receber informações por e-mail; produzir informações relacionadas ao material de estudo e aplicar o conhecimento prévio.

Atividades em pares

Incluem a realização de estudos independentes, cursos especiais, cursos por correspondência e contratos de aprendizagem assumidos pelo aluno.

Atividades professor/ aluno

Incluem palestras online, sessões de Whiteboard. (Whiteboard é uma ferramenta de comunicação que permite que duas ou mais pessoas distantes desenhem em uma mesma área da tela. Geralmente é acompanhada por teleconferência de texto ou voz. (p.54))

Atividades em grupo

São as atividades mais comuns, incluem grupos de discussão, listas; debates preparados pelo professor ou incentivados quando as questões surgem espontaneamente nos fóruns ou painéis de discussão; alunos que podem trabalhar em pequenos grupos; estudos de caso; projetos colaborativos, em pequenos grupos entre outras.

É claro que os professores não precisam criar atividades múltiplas para a apresentação de cada conceito ou abordagem teórica de um curso online. Em vez disso, a utilização dos recursos de comunicação e interação para atingir os mesmos propósitos fortalecerá os alunos, à medida que estes descobrem o seu potencial e desenvolvem mais amplamente múltiplos caminhos para a aprendizagem. Incluir a atividade colaborativa em um curso online, ainda que por meio de um projeto feito por pequenos grupos, seria a melhor maneira de atender a todas as preferências de aprendizagem do grupo. Os alunos trabalham seus pontos fortes, integrando materiais e, além disso, promovendo o desenvolvimento do pensamento crítico, a cocriação do conhecimento e do significado, a reflexão e a aprendizagem transformadora, isto é, permitir que os alunos pensem e experimentem a aprendizagem de uma nova forma. (Idem p. 59) A maioria dos alunos gosta da interação com seu professor e seus colegas, não somente por estar relacionada ao estudo, mas também pelo apoio emocional que surge desse contato social. Muitas instituições estão promovendo, além dos recursos oferecidos por meio das plataformas de ensino (LMS), tecnologias de rede como, por exemplo, Facebook, Twiter, Skype, como meios de socialização. Para muitos alunos, esses recursos diminuem a sensação de isolamento.

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Vale lembrar que existem outros elementos que criam a diversidade encontrada em um curso online: gênero, cultura, expectativa de vida, estilo de vida e geografia. O professor tutor precisa prestar atenção a essas questões se pretende integrar todos os participantes do curso, formar uma comunidade de aprendizagem de sucesso e atingir os objetivos propostos. A aprendizagem online atrai homens e mulheres, pessoas de todas as idades, de culturas diferentes e de todos os lugares do mundo. Em nossos cursos, trabalhamos com pessoas de diferentes espaços geográficos e, embora estejamos em um mesmo ambiente online, tendo a possibilidade de nivelar o conhecimento de todos, esse ambiente não transforma todos os alunos em um único tipo. Caberá ao professor tutor, nesse momento, responder aos diferentes ritmos de aprendizagem, quebrar as barreiras do tempo espaço e dar acesso aos alunos de culturas e estilo de vida diferentes. Criar tarefas flexíveis e estruturas para a execução das tarefas pode ajudar nesse processo. O espaço geográfico também precisa ser considerado pelo professor tutor. A capacidade de acessar um curso online a qualquer momento e de qualquer lugar pode, na verdade não acontecer quando o aluno depende de um serviço de internet não confiável. Devemos oferecer alternativas aos alunos para que eles não se sintam frustrados ao estudar com um acesso à internet de baixa velocidade. Precisamos ter em mente que nem todos os alunos possuem tecnologia de ponta e estão em lugares geograficamente privilegiados com acesso à internet de alta velocidade. Precisamos pensar sobre isso quando projetamos um curso online. (Pratt & Palloff. 2004 p 67)

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Desenvolvendo uma aula online Metodologia e desenvolvimento Uma pergunta comum que é foco de análise pelos estudiosos da área, diz respeito a como os alunos consideram a educação a distância em relação à educação presencial em sala de aula. É comum, nas instituições, os alunos preferirem aulas presenciais, embora tenham gostado de seu curso ou disciplina na modalidade a distância. Os alunos muitas vezes supõem que os cursos ou disciplinas de educação a distância serão de qualidade inferior à dos oferecidos em sala de aula presencial. Muitos deles não compreendem que precisam assumir uma grande responsabilidade por seu aprendizado e não esperar que o professor o conduza.

Alguns estudos examinam as relações entre essas percepções dos alunos e as estratégias de ensino ou as metodologias adotadas para a elaboração de um programa. Na Unisuam, os cursos a distância, foram desenhados a partir das observações e, principalmente, do feedback dos alunos em relação a sua percepção sobre o curso online, sobre o desenvolvimento e realização das atividades durante os estudos, da mediação pedagógica realizada pelo professor tutor e das tecnologias disponíveis para a implementação das atividades.

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A metodologia inserida no desenho dos cursos oferecidos na instituição propõe uma proposta pedagógica ordenada, coerente, sistemática e sequencial de todos os fatores ou elementos que intervenham na ação educativa, com objetivos e propósitos definidos, com a finalidade de solucionar um problema ou atender a uma determinada necessidade de formação. Além disso, as estruturas pedagógicas e tecnológicas, assim como seus objetivos, conteúdos, estudos e reflexões, estão fundamentadas por meio de referenciais teórico-práticos que contribuem e respaldam o processo de aprendizagem e o desenvolvimento de aquisição de competências cognitivas, habilidades e atitudes pelos alunos para promover o seu pleno desenvolvimento como pessoa, o exercício da cidadania e a qualificação para o trabalho (ARGENTO, H [et al] 2014, p 21). Para desenvolver uma aula online, precisamos não somente aplicar uma mesma técnica para o alcance de um determinado objetivo, mas também uma intervenção pedagógica mais flexível, coerente com a conduta de entrada do indivíduo e das características do aluno, levando-se em conta as variáveis que interferem no grau de aprendizagem, buscando contínuo feedback, que possibilitará acomodar a ação em múltiplas e singulares situações durante as etapas do processo educativo. (Idem, 2014, p21).

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Além disso, a aquisição pelos alunos de habilidades, atitudes, interesses e valores lhes propiciarão mecanismos indispensáveis para se autodeterminarem, levando-os à conscientização da importância da aprendizagem permanente. A garantia da qualidade do ensino online estrutura-se no planejamento acurado do professor tutor e pela elaboração de recursos didáticos por especialistas de comprovada competência em cada assunto. A utilização predominante do Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) tem como propósito o registro e divulgação de materiais didáticos ligados às diferentes disciplinas de estudo. No conteúdo didático das disciplinas estarão disponíveis textos acadêmicos, elaborados pelo professor tutor, animações, videoaulas, trechos de filmes, ou seja, objetos de aprendizagem específicos para atividades interativas a distância e materiais de apoio às aulas presenciais, materiais para revisão e reforço, resumos e compilações. Esses materiais poderão ser consultados na tela pela maioria dos alunos ou se fará o download dos textos principais.

Integração das atividades online Podemos afirmar que um dos pontos chave para o desenvolvimento intelectual são os ambientes abertos, em que a capacidade de representação e integração é estimulada por técnicas provenientes da exposição ao ambiente especializado. Nessa abordagem, os professores tutores são os principais agentes do processo educacional e devem ser capazes de dominar o uso dos recursos com conhecimento e compreensão desse uso de acordo com o assunto, assumindo, ainda, atividades de comunicador e figura de identificação. Ambientes de aprendizagem, apoiados em computadores e tecnologias associadas, valorizam esse tipo de abordagem, criando um espaço de trabalho conjunto. A prática pedagógica com base na teoria construtivista e sociointeracionista requer a proposição de projetos desafiadores reunindo alunos, professores e especialistas numa comunidade de aprendizagem (SQUIRES e ACDOUGALL, 1998).

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A partir de uma situação de aprendizagem, os alunos assumem a responsabilidade sobre o que estão aprendendo, desenvolvendo habilidades cognitivas para monitorar a sua aprendizagem e o seu desempenho. (CAMPOS.F, 2003 p. 35) Segundo Rosini (2013) Tudo está relacionado, recursivamente interconectado, em interação constante e em processo de transformação, no qual as leis da física referem-se às possibilidades de inovação e ás probabilidades de que eventos ocorram. Não podemos trabalhar em educação com conceitos exatos, teorias fechadas, disciplinas fragmentadas, processos estanques. É preciso exercer uma conectividade neural com maior densidade e qualidade, porém essa concepção deve ser mais humana (p 58). Os processos de interação e de comunicação são inerentes às situações de aprendizagem. Esses processos não terminam ou se deterioram à medida que integramos uma nova atividade. Pelo contrário, mesmo com tanta oferta de informações nas redes, com o aumento da velocidade das interações na web, ainda assim as pessoas estão aprendendo, trocando ideias e informações, principalmente ao fazer uso das tecnologias digitais. Pois bem, o aluno, em uma atividade cooperativa no ambiente de aprendizagem online, tem autonomia, tem tarefas a cumprir e se expõe mais facilmente, pois sempre haverá tempo e espaço para apresentação de suas opiniões. Buscas temáticas online, fóruns, chats e muitos outros trabalhos diferenciados podem ser feitos tendo como meta a integração e a comunicação entre todos os participantes. (KENSKI, 2012, p.127) A utilização cada vez mais frequente de trabalhos em grupos via sala de aula virtual tornou-se viável após o desenvolvimento de vários softwares de comunicação grupal, como o Skype ou Hangout e/ou Livestream1.

Recursos para interação aplicados para a integrar às atividades online Grupos de discussão, fórum e e-mail (interação assíncrona) mais adequados para atividades de discussão, reflexão e aprofundamento Chat, mensagens instantâneas (interação síncrona: para atividades que requerem feedback imediato Blogs, wikis: facilitam projetos de redação coletiva e de criação de outros produtos (que podem ser amplamente divulgados) Serviços de compartilhamento de documentos (Google docs, Youtube, Dropbox, On drive) para criação e divulgação de produtos pelo grupo e como fonte de recursos Redes sociais (Facebook, Symbaloo Edu, Twiter)

1 Livestream, conhecido originalmente como Mogulus é uma plataforma de streaming de vídeo que permite a seus usuários assistir e transmitir vídeos utilizando uma câmera e um computador através da internet.<<disponivel em http://original.livestream.com/office>> acesso em 11/02/2016.

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Em geral, motivadas pelas trocas, interações e comunicações realizadas permanentemente, esses grupos reforçam os vínculos emocionais e a motivação entre seus membros para que se mantenham aprendendo. O interesse em aprender juntos, por meios das mais diferentes atividades, com outras pessoas com as quais se têm afinidade os orienta para a formação de um novo homem, autônomo, crítico, consciente da sua responsabilidade individual e social. Um novo cidadão para uma nova sociedade. (Idem, p.129)

Conclusão Aqui, identificamos quais as potencialidades e os diferenciais que fazem do Moodle a solução que mais vem ganhando destaque nas instituições nacionais e internacionais. Como vimos, por sua criação ter sido orientada por uma filosofia educacional, esse AVA oferece grandes possibilidades de interação, de gerenciamento de informações e de disponibilização de conteúdo. Todas estas características permitem a colaboração e a comunicação entre o corpo docente e discente, desenvolvendo, assim, uma aprendizagem prazerosa e significativa. Nesta disciplina, com a dinâmica da “Vivência Virtual”, você poderá refletir e criar estratégias que explorem os recursos do Moodle e as suas possibilidades pedagógicas para atingir os objetivos educacionais nesta e em outras ofertas de cursos ou disciplinas on-line. Para finalizar, Harpassem L.(2005), em seu livro Rede de Aprendizagem comenta que um curso online é como um jardim: uma das semelhanças mais importantes entre os dois é o projeto. Em um jardim o projeto diz respeito à forma como as plantas serão distribuídas e combinadas, afim de produzir harmonia e contaste. Em um curso online, o projeto diz respeito às diferentes estruturas criadas para manter e dar forma a interação entre os participantes, bem como ao encadeamento das várias formas de interação. (P 187-188) E então, você está pronto para participar da Vivência Virtual?

Referências ARGENTO.H [et al.]. Projeto Pedagógico do Curso de Pedagogia online. Rio de Janeiro: SUAM, 2014. CAMPOS. Fernanda C.A, Flavia maria Santoro; Marcos R.S. Borges: Neide Santos. Cooperação e aprendizagem online. Rio de janeiro DP&A, 2003. FILATRO, Andréa. Design Instrucional Contextualizado: educação e tecnologia. São Paulo: Senac, 2004. 215p. Guia rápido para uso do ambiente Moodle. Disponível em: http://www.previsioni.com.br/jailsonjan/?p=315 Acesso em: 18/12/2013. HARASIM, L.; HILTZ, S. R.; TELES, L.; TUROFF, M. Redes de aprendizagem: Um guia para ensino e aprendizagem on-line. São Paulo: Editora Senac, 2005.

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KENSKI, Vani. Tecnologias e ensino presencial e a distância. 9ª Ed- Campinas, SP papiros, 2012. KEARELEY, Greg. Educação online: aprendendo e ensinando. Tradução Mauro de campos Silva: revisão técnica Renata Aquino Ribeiro. São Paulo: CENGAGE Learning, 2011. PALLOFF, Rena M. e PRATT, Keith. O aluno virtual: um guia para trabalhar com estudantes on-line. Trad. Vinicius Figueira. Porto Alegre: Artmed, 2004. PRETI, O. Autonomia do aprendiz na educação a distância: significados e dimensões. In. PRETI, O. (Org.) Educação a distância: construindo significados. Cuiabá: NEAD/IE-UFMT; Brasília: Plano, 2000. SALVADOR, D. F. Uma introdução aos Ambientes Virtuais de Aprendizagem (AVA). Capacitação de professores para uso da plataforma educacional Moodle, Aula 01, 2010. MOORE, Michael G. Educação a distância: sistema de aprendizagem online/ Michael G Moore, Grey Kearsley. 3ª ed. São Paulo Cengage Learning, 2013

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