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Estudo das linhas de pesquisa e caracterização agronômica de Physalis angulata L

Maryelle Vanilla de Abreu Cerqueira1, Adriana Queiroz de Almeida2, Marilza Neves do Nascimento3 e Maria Clara de Figuerêdo Galiano4

Resumo

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Physalis angulata é uma Solanaceae de grande importância econômica, possuindo ampla distribuição no Brasil, país que possui os principais polos de produção de pesquisa científica relacionadas à espécie. Esse trabalho teve como objetivo a realização de levantamento bibliográfico dos aspectos gerais relacionados à cultura do camapú, abordando o seu potencial produtivo e econômico, linhas de estudos e formas de cultivo. As pesquisas foram baseadas em teses, dissertações, resumos, manuais técnicos, sítios eletrônicos e, principalmente, artigos científicos. Além disso, foi realizada uma bibliometria por meio da Plataforma Scopus. A partir dos dados obtidos observou-se que Physalis angulata recebe atenção nacional, com destaque científico para o Instituto Oswaldo Cruz e para o Horto Florestal da UEFS, os quais realizam pesquisas relacionadas, principalmente, ao seu potencial fitoterápico, associado a compostos secundários. Do ponto de vista agronômico, observou-se que o cultivo da espécie é considerado simples, onde a principal forma de propagação é a sexuada. Os frutos são caracterizados como bagas globosas protegidos pelo cálice inflado. Além disso, estudos revelaram que essa espécie apresenta tolerância a ambientes em condições de estresse hídrico, mas necessita de investimentos na nutrição do ambiente de cultivo para que a planta expresse boa produtividade. Palavras-Chave: Camapú; pesquisa científica; produção; bibliometria; fitoterapia.

Abstract

(Study of the research lines and agronomic characterization of Physalis angulata L.) Physalis angulata is a Solanaceae of great economic importance, with wide distribution in Brazil, a country that has the main centers of scientific research production related to the species. This study aimed to carry out a bibliographic survey of the general aspects related to the culture of camapú, addressing its productive and economic potential, lines of study and forms of cultivation. The research was based on theses, dissertations, abstracts, technical manuals, websites and, mainly, scientific articles. In addition, a bibliometric was performed using the Scopus Platform. From the data obtained, it was observed that Physalis angulata receives national attention, with scientific emphasis on the Oswaldo Cruz Institute and the UEFS Forest Garden, which carry out research related mainly to its phytotherapeutic potential, associated with secondary compounds. From the agronomic point of view, it was observed that the cultivation of the species is considered simple, where the main form of propagation is sexed. The fruits are characterized as globose berries protected by the inflated chalice. In addition, studies have shown that this species has tolerance to environments under conditions of water stress, but requires investments in the nutrition of the cultivation environment so that the plant expresses good productivity. Keywords: Camapú; scientific research; production; bibliometrics; phytotherapy.

1 Universidade Estadual de Feira de Santana, Avenida Transnordestina S/N, Feira de Santana –BA, Brasil. E-mail: maryellevanilla@gmail.com 2 Universidade Estadual de Feira de Santana, Avenida Transnordestina S/N, Feira de Santana –BA, Brasil. E-mail: aqalmeida@uefs.com.br 3 Universidade Estadual de Feira de Santana, Avenida Transnordestina S/N, Feira de Santana –BA, Brasil. E-mail: mnnascimento@uefs.br 4 Universidade Estadual de Feira de Santana, Avenida Transnordestina S/N, Feira de Santana –BA, Brasil. E-mail: mclarafigueredog@gmail.com

Introdução

Solanaceae A. L. Jussieu é uma das famílias economicamente mais importantes entre os Angiospermas, possuindo cerca de 92 gêneros e 2.300 espécies (HUNZIKER, 2001) amplamente distribuídas nas regiões tropicais e subtropicais do mundo (SOARES et al., 2003). Nesse sentido, a América do Sul destaca-se como centro de diversidade dessa família, onde existem 34 gêneros aceitos (FLORA DO BRASIL, 2020). Entre os diversos gêneros de Solanaceae, Physalis destaca-se por apresentar potencialidades comerciais relacionadas à culinária e farmacologia, onde os frutos são consumidos in natura na composição de saladas, uma vez que a sua acidez adocicada é apreciada por grandes chefes, que também a utilizam para a decoração de pratos refinados (TANAN, 2015). Além disso, existem muitos trabalhos associando alguns compostos presentes nas plantas com a ação medicinal, como flavonoides, alcaloides e fitoesteroides, especialmente as fisalinas (TOMASSINI, et al., 2000). Nesse sentido, Physalis angulata L. recebe destaque nacional, além de ser uma planta nativa da América do Sul (MOSCHETTO, 2005).

Popularmente conhecida como camapú ou balão-rajado (STEHMANN; KNAPP, 2020), P. angulata é uma planta herbácea, de fácil cultivo, com técnicas de manejo realizadas de modo semelhante à cultura do tomate, devido à falta de recomendações agronômicas para a espécie (RUFATO et al., 2008), também sendo considerada como planta espontânea em diversas regiões. Além disso, é uma espécie multiuso e, dessa forma, constitui-se em uma excelente alternativa para o mercado nacional e internacional, uma vez que os seus frutos possuem elevado conteúdo nutracêutico (VELASQUEZ et al., 2007).

A partir do presente estudo observou-se que, de maneira geral, dentre as unidades de desenvolvimento de pesquisas relacionadas à espécie, a Fundação Oswaldo Cruz destaca-se a nível mundial. Em seguida, a Unidade Experimental Horto Florestal (UNEHF) da Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS), onde há a segunda maior produção de pesquisas com P. angulata desenvolvidas pela comunidade acadêmica e colaboradores, representando um grande aporte ao desenvolvimento de pesquisas para o conhecimento da espécie. a Unidade Experimental Horto Florestal (UNEHF) da Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS), onde há a segunda maior produção de pesquisas com P. angulata desenvolvidas pela comunidade acadêmica e colaboradores, representando um grande aporte ao desenvolvimento de pesquisas para o conhecimento da espécie. Apesar das potencialidades fitoterápicas reconhecidas em P. angulata, e do investimento financeiro de muitas empresas e instituições de ensino na prospecção de novos fármacos naturais, ainda são necessárias pesquisas objetivando a difusão de conhecimento e tecnologias para o desenvolvimento da espécie, de forma sistemática, englobando aspectos que vão desde o cultivo até exploração de seus recursos. Desta forma, torna-se necessário o investimento em estudos que visem esclarecer tais aspectos produtivos, de forma a contribuir para o desenvolvimento de saberes técnico-científicos sobre a cultura.

Diante do exposto, o objetivo deste trabalho foi realizar um estudo e levantamento bibliográfico dos aspectos gerais relacionados à cultura da Physalis angulata, abordando as suas potencialidades, especificações e linhas de pesquisa.

Material e Métodos

Foi realizada uma pesquisa teórica - bibliográfica, tomando como base teses, dissertações, resumos, manuais técnicos da Embrapa e, principalmente, artigos científicos, totalizando 65 documentos. Foram realizadas buscas em sítios eletrônicos diversos: Google Acadêmico, Portal de Periódicos da Capes e do RGV UEFS, Scielo, Elsevier (Scopus), Flora do Brasil 2020 e Discovery Life, no período compreendido entre janeiro a setembro de 2021. As palavras-chave utilizadas foram “Physalis angulata” e “Produção de camapú”. Foi utilizado o software livre QGIS versão 3.16.8 ‘Hannover’ para a tabulação de dados e produção de mapas, além do VOSviewer para análise bibliométrica.

Inicialmente, a revisão de literatura foi realizada com base no método de Bibliometria, proposto por ARAÚJO (2006), que consiste no uso de técnicas estatísticas para caracterizar informações literárias, representando uma análise quantitativa e qualitativa de dados científicos e tecnológicos. O levantamento de dados foi realizado na Plataforma Scopus, que é considerada uma das principais bases de dados, com reconhecimento internacional. As demais informações encontradas sobre a espécie, foram selecionadas e organizadas conforme os pontos descritos. A revisão bibliográfica apresenta a análise dos seguintes pontos: a bibliometria como ferramenta para a análise do perfil e caracterização das pesquisas já realizadas com Physalis angulata; descrição botânica da espécie; aspectos agronômicos e potencial fitoterápico. Para buscas na Plataforma Scopus, as palavras-chave utilizadas no levantamento bibliométrico foram: “Physalis angulata”. Foram apresentados 366 resultados de busca, majoritariamente individualizadas, havendo pouca relação entre instituições ou países.

Resultados e Discussão

Bibliometria

Os primeiros registros de trabalhos relacionados à P. angulata foram no ano de 1948. As principais áreas de estudo apresentadas sobre a espécie são: agricultura e biologia, potencial farmacológico, bioquímica, desde engenharias, veterinária, ciências sociais e da computação. Esse resultado evidencia a grande diversidade de interesses sobre a espécie. Quanto ao volume de produção por afiliações (Figura 1), a instituição com destaque de publicações é a Fundação Oswaldo Cruz, seguida da Unidade Experimental Horto Florestal da UEFS, contribuindo para que o Brasil seja o país de maior produção científica relacionada à Physalis angulata, com 106 documentos registrados. Isso pode ser explicado pelo fato de a espécie ser nativa da América do Sul (MOSCHETTO, 2005), o que impulsiona o interesse nacional. A China é o segundo território com maior volume de publicações registradas (40), seguido da Indonésia e Estados Unidos (34 ambos).

Documentos por instituição

Fundação Oswaldo Cruz Universidade Estadual de Feira de… United States Department of Agriculture Ministry of Education China Universidade de São Paulo

Shenyang Pharmaceutical University Universidade Federal do Pará China Pharmaceutical University

Universidade Federal do Recôncavo… Universidade Federal do Rio de Janeiro

0 5 10 15 20 25 30

Figura 1. Publicações sobre Physalis angulata registrados por afiliações. Fonte: Adaptado de Scopus, 2021.

Produção institucional

Como apresentado anteriormente, a instituição com maior número de publicações sobre P. angulata é a Fundação Oswaldo Cruz, com estudos direcionados, principalmente, para o potencial medicinal da espécie. O segundo maior polo desenvolvedor de pesquisas, científicas do mundo, relacionadas à P. angulata, é a Unidade Experimental Horto Florestal (UNEHF), localizada em Feira de Santana – BA (Figura 2).

Figura 2. Localização da UNEHF (Unidade Experimental Horto Florestal). Fonte: IBGE, 2019.

A UNEHF consiste em um centro de Ensino, Pesquisa e Extensão universitária vinculado ao Departamento de Ciências Biológicas da UEFS, realizando atividades nas áreas de Fisiologia Vegetal, Educação Ambiental, Botânica Econômica e Preservação de Recursos Genéticos Vegetais, com atenção a culturas presentes no Semiárido Nordestino. No Horto Florestal da UEFS já foram realizadas várias pesquisas científicas sobre a espécie aqui relatada (Tabela 1), que vão desde o seu cultivo até o potencial medicinal (destaque de inúmeras pesquisas publicadas em revistas internacionais). Os estudos verificados nessa unidade experimental são realizados pela comunidade acadêmica, mais especificamente um grupo de pesquisa que envolve estudantes de graduação, pós-graduação, docentes e colaboradores.

Tabela 1. Trabalhos realizados com Physalis angulata no Horto Florestal (UNEHF).

Área temática Referências

Aspectos agronômicos e climáticos

Abreu et al., 2017; Barroso, 2019; Carvalho et al., 2011; Chaves, 2017; Cruz et al., 2015; Fonseca et al., 2018; Leite et al., 2017; Leite et al., 2018; Tanan et al. 2015; Tanan et al., 2018; Tanan et al., 2019, Silva et al., 2018. Propagação Barroso, 2019; Neto et al., 2019; Oliveira et al., 2013; Pereira, 2011; Souza, 2009; Souza et al., 2011; Souza et al., 2014; Souza et al., 2017; Ramos, 2019.

Estresse ambiental

Cruz et al., 2017; Fonseca et al., 2015; Leite et al., 2018; Leite et al., 2019; Leite et al., 2021; Marques, 2012; Silva et al., 2017; Silva et al., 2021; Souza et al., 2007; Souza et al., 2011.

Estudo genético Aspectos medicinais

Araújo et al., 2015; Chaves 2017; Marques, 2012; Silva, 2018. Abreu et al., 2017; Pereira, 2011; Tanan et al., 2019.

Outros*

Tanan et al., 2017 *Protocolos de extração e quantificação de pigmentos fotossintéticos. Fonte: autores.

Aspectos botânicos

A Physalis angulata, popularmente conhecida como camapú, balão-rajado, balãozinho ou joá-de-capote, é uma espécie pertencente à família Solanaceae e nativa da América do Sul (STEHMANN; KNAPP, 2020). É uma planta de porte herbáceo, atingindo até 70 cm de altura (TANAN, 2015). Possui caule ereto, anguloso, glabro ou com tricomas esparsos. As folhas apresentam-se de forma alternada e suas lâminas são ovaladas-lanceoladas e assimétricas, com margem inteira ou dentada (RUFATO et al., 2008). As flores são pequenas e simples, com lobos triangulares, sépalas lanceoladas e corola de tonalidade esverdeada/amarela (Figura 4) (STEHMANN; KNAPP, 2020). Estudos realizados em condições de campo por CHAVES et al. (2017) constataram que a abertura dos botões florais de P. angulata inicia-se por volta de 6 da manhã, estando todos abertos às 8 horas e fecham-se em torno das 17 horas, evidenciando, desta forma, o fechamento noturno - provavelmente como mecanismo de defesa para a proteção dos elementos reprodutivos (Figura 3).

Figura 3. Physalis angulata. A: Planta. B: Folha. C: Flor. D: Fruto. Fonte: Romeu Leite.

Um órgão de grande destaque no camapú são os seus frutos, que consistem em bagas globosas envolvidas pelo cálice inflado, assemelhando-se a um balão (Figura 3), que possui finalidade de proteção às adversidades ambientais e herbivoria. Os frutos são caracterizados como climatéricos, endocarpo e mesocarpo carnosos, são comestíveis e com sabor doce e insípido, de coloração amarela a esverdeada quando maduros (OLIVEIRA, 2018). As sementes de P. angulata são numerosas e pequenas, sendo necessária a ajuda de um microscópio para visualização das suas estruturas. Cada fruto apresenta uma média de 197 sementes (SOUZA et al., 2017), e, de acordo SOUZA et al. (2010), o seu peso médio é de 0, 025 g (50 sementes), com teor de água em torno de 7%, onde a turgidez é alcançada após uma hora em contato com o líquido. O caule de P. angulata apresenta o tecido do colênquima constituído por duas camadas de células angulares, e o córtex possui três camadas celulares. Já na raiz, o seu córtex possui 3 a 4 camadas de células e a medula é contemplada por parênquima (FERREIRA, 2018).

Aspectos agronômicos

A maior parte dos frutos de Physalis encontrados nos supermercados brasileiros advém da Colômbia, visto que a produção comercial no Brasil ainda não recebe muita atenção (CRUZ et al., 2014). Os frutos de P. angulata são utilizados na culinária e, principalmente, na medicina popular, devido à sua diversidade de ação fitoterápica. Camapú é uma planta de grande valor nutricional e econômico, estando enquadrada na categoria das pequenas frutas (RUFATO et al., 2013).

Geralmente, a P. angulata cresce espontaneamente em solos agriculturáveis, onde são consideradas como plantas daninhas, podendo ser nocivas a diversas culturas, tais como arroz, algodão e soja (OZASLAN et al., 2016). Isso aponta que a espécie não apresenta grandes exigências para ser cultivada de forma esporádica. Mesmo mostrando-se uma cultura de fácil adaptação, as informações sobre a produção e manejo ainda são consideradas escassas, o que pode ser visto como um fator limitante ao seu cultivo (OLIVEIRA, 2018). Muitas das recomendações são baseadas na produção de Physalis peruviana, espécie de maior importância comercial do gênero. FISCHER (2000) afirma que temperaturas muito altas podem prejudicar a floração e frutificação do gênero Physalis. Para P. angulata, os melhores índices produtivos ocorrem entre 23 a 26°C, durante os meses de abril a junho, para a região do Recôncavo Baiano (ABREU et al., 2017). Estudos comparativos entre espécies de Physalis em Feira de Santana-BA, realizados em campo por TANAN (2015), constataram que P. angulata apresentou-se como a mais tolerante às condições edafoclimáticas da região, mas não tolerando temperaturas maiores que 30ºC. Segundo FISCHER (2000), o regime de chuvas ideal para o gênero é entre 1.000 a 2.000 mm bem distribuídos durante o ano, e umidade relativa do ar entre 70 a 80%. O autor salienta que o abastecimento irregular de umidade pode levar a rachaduras nos frutos. Além disso, ABREU et al. (2017) demonstraram em seus estudos que o período de melhor resposta produtiva do camapú foi entre abril a junho, para a região do Recôncavo Baiano, com precipitações entre 70 a 150 mm.

Para as condições edafoclimáticas do Semiárido baiano, TANAN (2015) e LEITE (2019) observaram que a produtividade de P. angulata pode alcançar 5 t ha-1 e 167 frutos por planta, com peso máximo de 2,5 g quando maduros, atingindo estágio de maturação entre o terceiro e o quarto mês após semeadura (em campo). De acordo com LEITE et al. (2017), o ciclo de cultivo pode ser em torno de 80 a 94 dias, com possibilidade de colheita aos 40 dias, após transplante em meio hidropônico. Quanto à propagação de Physalis, FISCHER (2000) defende que a forma mais simples e mais utilizada é por meio de sementes. As flores são polinizadas facilmente pelo vento ou por insetos, onde os polinizadores mais comuns são as abelhas Apis mellifera (CHAVES et al., 2017). De acordo com CARVALHO et al. (2014), cálices em estágio de maturação de coloração verde e teor de umidade próximo a 10% apresentam as melhores condições de germinação (90%), uma vez que a maturidade fisiológica das sementes de camapú normalmente ocorre com o início da mudança de coloração dos frutos, tornando-se fisiologicamente viáveis a partir de 21 dias após antese (21 DAA), mas com maior potencial fisiológico aos 35 DAA (SANTIAGO et al., 2016). Além disso, as sementes de camapú podem ser armazenadas em sacos de papel (embalagem porosa) ou recipiente de vidro (CARVALHO et al., 2014).

Para a semeadura, FISCHER (2000) afirma que o distanciamento é enquadrado nas medidas de 2 a 3 m entre plantas e 2 a 3 m entre linhas, porém, estudos realizados por LISSNER e VELA (2009) apresentaram avanços para o conhecimento da cultura de P. angulata, os quais recomendam um espaçamento ideal de 2,00 x 1,00 m para cultivos de base agroecológica. Para cultivo não-agroecológico, SILVA (2018) utilizou 1,0 m x 0,8 m. Apesar de popular, um problema apresentado pela semeadura direta é a desuniformidade, devido a fatores relacionados com a maturação e armazenamento dos frutos (FISCHER, 2000). Nesse contexto, a Physalis também pode ser reproduzida assexuadamente, por estacas, cultivos in vitro e enxertia (MUNIZ, 2011). Para a condução, manejo e estabelecimento da produtividade da cultura, além das práticas convencionais como capina, as podas são recomendadas (CAMPOS DE MELO et al., 2017). FISCHER (2000) ressalta a importância do tutoramento para que haja maior desempenho e facilidade de manutenção. A nutrição do solo é outro fator importante para o desenvolvimento das culturas. Estudos realizados por FONSECA (2018), apontam que a maior disponibilidade de N, P e K no solo auxiliaram para o crescimento de plantas de P. angulata, obtendo maiores alturas médias (49,15 cm) e diâmetro (10,49 mm). De acordo com LEITE et al. (2018a), a fertilização com Nitrogênio é capaz de induzir a concentração de compostos específicos relacionados aos grupos funcionais presentes nas raízes, caules e folhas de Physalis.

O Fósforo também é um nutriente de grande importância para o desenvolvimento das plantas. A adubação fosfatada pode proporcionar um acréscimo no número de folhas e na área foliar de P. angulata, enquanto a deficiência desse nutriente reduz a massa seca da planta e impede a floração e frutificação do camapú (CRUZ et al., 2015). Apesar do Potássio (K) ser um elemento imprescindível nos processos metabólicos que envolvem a fotossíntese, a respiração e a síntese proteica, não foram encontradas pesquisas que discorrem sobre a importância do uso isolado de K, bem como de micronutrientes, em plantas de P. angulata. A adubação orgânica também é uma opção muito relevante para a produção vegetal, além de atender um grande nicho de mercado. Segundo OLIVEIRA (2018), o uso combinado de NPK e estercos de ave curtidos em camapú proporcionam plantas maiores e mais produtivas, com frutos mais vistosos. Além disso, o esterco bovino curtido com NPK pode contribuir em médias em concentração de micronutrientes nas folhas. Em relação à colheita, TANAN (2015) salienta que os frutos da espécie devem ser retirados quando indicarem o último estágio de maturação, pois apresentam maior quantidade de açúcares. Em estudos realizados pela autora foi possível concluir que os teores de sacarose podem dobrar a cada nível de maturação do camapú, podendo atingir até 162,4 mg g-1 por fruto. Ainda segundo a autora, várias outras alterações ocorrem durante esse período, como produção de compostos voláteis, transformações bioquímicas, alteração na textura e taxa respiratória. Nesse sentido, a color ação do fruto e do cálice são fundamentais para o reconhecimento visual do ponto de colheita. Outro fator importante a ser considerado em qualquer cultivo é a incidência de pragas e doenças. No Brasil, ainda há poucos estudos relacionados à fitossanidade do camapú, mas, de maneira geral, as principais pragas que acometem as plantas de Physalis pertencem às ordens Hemíptera e Lepdóptera (MOSCHETTO, 2005). Em estudos realizados por PEIXOTO et al. (2010), utilizando diferentes fontes de adubação orgânica no camapú, em Ipameri - Goiás, foi constatada uma elevada incidência de ácaro branco na cultura, provocando perdas de botões florais. LISSNER et al. (2009) relata a presença de lagarta (Heliothis subflexa) em cultivo de base agroecológica na Região Central do Rio Grande do Sul, causando danos à integridade física dos frutos. No tocante às doenças que acometem as plantas do gênero, as de ocorrência mais comum na Colômbia, país com maior produção mundial, são: Cercospora sp., Phoma sp. (Requeima), Alternaria sp., Botrytis sp. e Xanthomonas sp. (RUFATO et al., 2013).

Informações sobre produção e manejo de P. angulata em condições brasileiras ainda são consideradas escassas, especialmente em regiões com características semiáridas, o que pode ser encarado como um entrave à expansão e investimentos dessa espécie no setor agrícola (LEITE, 2019), uma vez que muitos fatores ainda precisam ser estudados para melhorar a qualidade e produtividade das plantas (TANAN, 2019).

Potencial medicinal

P. angulata é alvo de muitos estudos químicos e farmacológicos (TANAN, 2019), onde tem sido sugerido que ela é imunomoduladora eficaz e citotóxica para diversos tipos de células cancerígenas, além de possuir propriedades antimicrobianas e anti-inflamatórias (CABRAL, 2005; FERREIRA, 2018). Nesse sentido, para vias de estudo, compostos químicos como os vitaesteróides - substâncias bioativas, caracterizadas como lactonas esteroidais (TOMASSINI et al., 2000). O camapú apresenta em sua composição uma variedade de compostos fitoquímicos, tais como: terpenoides, taninos, saponinas e cumarinas (FERREIRA, 2018). A folha do camapú se destaca como órgão que concentra maior quantidade e diversidade de metabólitos secundários (esteróides, terpenoides e taninos). Seus frutos também possuem concentrações relevantes de flavonoides, alcaloides e fitoesteróides, além de serem ricos em vitaminas A e C, fósforo e ferro (FERREIRA, 2018). Os esteróides são os compostos bioquímicos de maior distribuição e órgãos como raiz, caule e folhas apresentaram diversas fisalinas isoladas em extratos, que podem ser detectadas pelo método de espectroscopia infravermelha, devido às diferentes funções oxigenadas presentes no grupo (LEITE et al., 2018a). Segundo TOMASSINI et al. (2000), o principal grupo de esteróides

encontrado em P. angulata são as fisalinas, que recebem a nomenclatura de lactonas sesquiterpênicas esteroidais, destacadas pela complexidade da estrutura molecular, pois além da lactona, apresentam uma g lactona fundida ao anel D. As fisalinas podem ser utilizadas na prevenção de diversas doenças, tais como a malária, asma, hepatite, dermatite e reumatismo (ADAMS et al., 2009). De acordo com SHARMA et al. (2015), os alcalóides e fisalinas presentes na P. angulata são importantes produtos químicos responsáveis pelos vários medicamentos, mostram-se eficientes para atividades antitumorais (ISMAIL; ALAM, 2001), anti-leishmania (GUIMARÃES et al.,2010), imunomoduladora (SOARES et al., 2003) e anti-inflamatórias (CHECON, 2011). Os compostos medicinais presentes em P. angulata podem ser extraídos e utilizados por meio extratos das partes aéreas ou infusão das raízes (SOARES et al., 2003; COELHOFERREIRA, 2009).

Conclusão

O Brasil apresenta o maior polo de pesquisas de Physalis angulata, com destaque à Instituição Oswaldo Cruz e o Horto Florestal da UEFS, o que configura o potencial nacional de contribuição para o desenvolvimento da espécie estudada, especialmente no tocante à produção. O camapú possui algumas especificidades para o manejo dos sistemas de cultivo comerciais, apesar de se mostrar tolerante ao estresse ambiental devido à eficiência no uso de água. Sobre o potencial econômico, há destaque para a exploração medicinal, devido à concentração de metabólitos secundários, o que estimula investimentos em pesquisas relacionadas.

Referências

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