24 minute read

Conservação e domesticação de Hyptidinae (Lamiaceae): a contribuição da Universidade Estadual de Feira de Santana

Maria Clara de Almeida Lima Rocha1, Lenaldo Muniz de Oliveira2 e Ianna Kamyla Freitas Lima3

Resumo

Advertisement

Hyptidinae (Lamiaceae) é majoritariamente neotropical, com cerca de 400 espécies e 19 gêneros. Esta família botânica é bem estudada, em virtude do vasto uso na medicina popular. Estudos nas áreas de conservação e domesticação favorecem a preservação do germoplasma e utilização sustentável dessas espécies. O trabalho objetivou realizar um levantamento bibliográfico dos estudos com a subtribo Hyptidinae, nestas áreas, destacando a contribuição da Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS). O levantamento ocorreu nas plataformas digitais SciELO, Plataforma de periódicos CAPES, Science Direct e Biblioteca Digital de Teses e Dissertações, utilizando palavras chaves relacionadas às áreas de estudo, considerando-se artigos publicados nos últimos 20 anos. Também foram levantados os registros no Herbário, teses e dissertações produzidas na UEFS. Identificou-se 121 artigos, em maioria envolvendo o gênero Hyptis. Foram realizados 4405 registros no herbário da instituição (HUEFS) e publicadas 17 dissertações e teses. Os dados indicam interesse crescente sobre espécies da subtribo Hyptidinae, o que decorre da grande importância econômica e etnofarmacológica das mesmas, cuja eficácia e segurança já foram comprovados para várias espécies. Palavras-Chave: Hyptis; Recursos Genéticos Vegetais; plantas medicinais; germoplasma; cultivo.

Abstract (Conservation and domestication of Hyptidinae (Lamiaceae): the contribution of the State University of Feira de

Santana). Hyptidinae (Lamiaceae) is mostly neotropical, with about 400 species and 19 genus. This botanical family is well studied, due to its wide use in folk medicine. Studies in the areas of conservation and domestication favor the preservation of germplasm and the sustainable use of these species. The objective of this work was to carry out a bibliographic survey of studies with the Hyptidinae subtribe, in these areas, highlighting the contribution of the State University of Feira de Santana (UEFS). The survey took place on the digital platforms SciELO, CAPES Journal Platform, Science Direct and Digital Library of Theses and Dissertations, using keywords related to the areas of study, considering articles published in the last 20 years. Records at the Herbarium, theses and dissertations produced at UEFS were also surveyed. 121 articles were identified, most involving the Hyptis genus. 4405 records were made in the institution's herbarium (HUEFS) and 17 dissertations and theses were published. The data indicate a growing interest in species of the Hyptidinae subtribe, which stems from their great economic and ethnopharmacological importance, whose efficacy and safety have already been proven for several species. Keywords: Hyptis; Plant Genetic Resources; medicinal plant; germplasm; cultivation.

1 Universidade Estadual de Feira de Santana, Avenida Transnordestina, s/n, CEP 44036-900, Feira de Santana, BA, Brasil. E-mail: mclaragro@gmail.com 2 Universidade Estadual de Feira de Santana, Avenida Transnordestina, s/n, CEP 44036-900, Feira de Santana, BA, Brasil. E-mail: lenaldo.uefs@gmail.com 3 Universidade Estadual de Feira de Santana, Avenida Transnordestina, s/n, CEP 44036-900, Feira de Santana, BA, Brasil. E-mail:ianna_freitas@hotmail.com

Introdução

O Brasil, entre todos os países do mundo, é considerado o que detém a maior diversidade de espécies vegetais, com cerca de 35.500espécies de espermatófitas nativas, das quais mais de 50% são endêmicas do país ( FLORA E FUNGA DO BRASIL, 2020). Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE, 2022) o país abrange cerca de 8.515.759 quilômetros quadrados e uma diversidade de clima, solo e geomorfologia, que acabam compondo as variadas paisagens e biomas e contribuindo com a diversidade genética nos mesmos. Fazendo parte dessa biodiversidade há os Recursos Genéticos Vegetais (RGVs), que compreendem todo o material genético vegetal existente com potencial para usos, sejam atuais ou futuros, servindo de precursores para programas de melhoramento genético (SALOMÃO et al., 2019).

Em meio a esses recursos encontram-se as plantas medicinais e aromáticas que, por possuírem compostos bioativos, têm elevado potencial para utilização em indústrias de cosméticos, alimentos, fármacos, entre outros (DE SÁ FILHO et al., 2021). No entanto, apesar da grande importância, ainda são poucos os estudos direcionados à maioria das espécies medicinais, sendo estes concentrados em espécies que já estão inseridas no mercado comercial (ZAGO; MOURA, 2018). Desta forma, tendo em vista a grande importância e uso popular desses recursos para fins terapêuticos, a utilização destas plantas ocorre, em grande maioria, de forma extrativista, ou seja, o recurso genético é retirado da natureza sem um controle adequado e não há a sua reposição, sendo possível favorecer a erosão genética e o desaparecimento das espécies, colocando a biodiversidade em risco (COSTA et al., 2012). Entre as espécies medicinais que têm sofrido com o extrativismo descontrolado, encontram-se as da família Lamiaceae, que têm elevado potencial medicinal e importância econômica, ocorrendo em grande parte do semiárido brasileiro (HARLEY et al., 2015). A família Lamiaceae abrange cerca de 300 gêneros e 7200 espécies (BEKUT et al., 2018). Para plantas dessa família botânica têm sido relatado diversas propriedades medicinais, abrangendo propriedades antimicrobianas, antiinflamatórias, antifúngicas, citotóxicas, anti-HIV, inseticida, analgésica, entre outros (MAMADALIEVA et al., 2017).

A subtribo Hyptidinae apresenta cerca de 400 espécies, que podem ser encontradas em diversos ambientes, principalmente na região neotropical (HARLEY; PASTORE, 2012). Essa subtribo passou por revisão taxonômica recente, por meio de marcadores moleculares, na qual apenas o gênero Hyptis foi considerado parafilético, enquanto todos os outros gêneros parecem ser derivados do mesmo ancestral. Com isso, elevou-se para 19 o número de gêneros incluídos na subtribo, sendo estes Eriope Bonpl. ex Benth, Asterohyptis Epling, Physominthe Harley & J.F.B.Pastore, Hypenia (Mart. ex Benth.) Harley, Eriopidion Harley, Marsypianthes Mart. ex Benth., Leptohyptis Harley & J.F.B.Pastore, Oocephalus (Benth.) Harley & J.F.B.Pastore, Hyptis Jacq., Eplingiella Harley & J.F.B.Pastore, Rhaphiodon Schauer, Cyanocephalus (Pohl & Benth.) Harley & J.F.B.Pastore, Medusantha Harley & J.F.B.Pastore, Martianthus Harley & J.F.B.Pastore, Condea Harley & J.F.B.Pastore, Gymneia (Benth.) Harley & J.F.B.Pastore, Cantinoa Harley & J.F.B.Pastore, Mesosphaerum P.Browne, Hyptidendron Harley (PASTORE et al., 2011; HARLEY; PASTORE, 2012; ANTAR; SANO, 2021).

Assim, considerando que as plantas medicinais, enquanto recursos genéticos vegetais é a matéria prima para novos medicamentos e demais usos (CASTRO; FIGUEREDO, 2019), tornam-se necessários programas de conservação e domesticação das espécies silvestres. Estudos nessa área favorecem o conhecimento sobre a diversidade e variabilidade genética, assim como a manutenção de parentes silvestres de espécies já domesticadas e a descoberta de novas utilidades e potenciais (COSTA et al., 2012). Nesse contexto, é possível encontrar na literatura diversos trabalhos voltados para estas áreas, com gêneros da subtribo Hyptidinae, incluindo os realizados pela Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS), que realiza desde 2003 estudos com espécies medicinais pertencentes a essa subtribo, envolvendo aspectos da conservação, caracterização de germoplasma, domesticação e atividade biológica.

O objetivo desse estudo foi realizar um levantamento bibliográfico dos estudos realizados com a subtribo Hyptidinae (Lamiaceae), na área de conservação e domesticação, com destaque para a contribuição da UEFS, a fim de auxiliar, como material base e de fácil acesso, estudos atuais e futuros.

Material e Métodos

Levantamento bibliográfico

O levantamento foi realizado através de consultas nas plataformas digitais Scientific Eletronic Library Online (SciELO) (https://scielo.org/), Plataforma de periódicos CAPES (https://www.periodicos.capes.gov.br/), ScienceDirect (https://www.sciencedirect.com/) e Biblioteca Digital de Teses e Dissertações (https://bdtd.ibict.br/vufind/Content/whatIs). Foram definidas as palavras chave: Hyptidinae, Conservation, Cultivation, Propagation, Morphology, Biomass, Agronomic, Growth, Ecogeografic, Characterization, Domestication Hyptis, Eriope, Asterohyptis, Physominthe, Hypenia, Eriopidion, Marsypianthes, Leptohyptis, Oocephalus, Eplingiella, Rhaphiodon, Cyanocephalus, Medusantha, Martianthus, Condea, Gymneia, Cantinoa, Mesosphaerum e Hyptidendron, de forma individualizada e cruzadas entre si.

Seleção dos trabalhos e organização dos dados

Os trabalhos foram selecionados, com relação ao tema e ano, identificando os artigos publicados nos últimos 20 anos (entre 2002 e 2022). Adicionalmente, foi realizado o levantamento dos estudos já realizados pela UEFS com espécies da subtribo, sendo estes, artigos, dissertações de mestrados e teses de doutorado. Dados de registro de coleta do herbário da instituição (HUEFS) também foram levantados, de acordo com o acesso aos dados de entrada no herbário, através da plataforma speciesLink (https://specieslink.net/). Os dados obtidos foram organizados e sistematizados com a confecção de gráficos e tabelas utilizando o Microsoft Excel.

Resultados e Discussão

O levantamento bibliográfico detectou 112 artigos científicos, publicados no período de 2002 e 2022, sendo 39 destes, nos últimos cinco anos. O gênero Hyptis foi o mais pesquisado (Gráfico 1), o que pode ser explicado, pois, a subtribo Hyptidinae, que era originalmente descrita com quatro gêneros, incluindo Hyptis, sofreu modificações genéricas, baseadas em análises morfológicas e moleculares, sendo reclassificada em 19 gêneros. Assim, diversas espécies que eram descritas como Hyptis passaram para outros táxons genéricos (PASTORE et al., 2011) embora, nessa nova classificação, o gênero Hyptis ainda seja o que contém a maior quantidade de espécies (HARLEY et al., 2015). O gênero Hyptis é amplamente estudado, levando em consideração o seu potencial medicinal, antibacteriano, antioxidante, antiviral, citotóxico, entre outros (MARTÍNEZ-FRUCTUOSO et al., 2019; MAGALHÃES et al., 2020; MISHRA; SOHRAB; MISHRA, 2021; BONILLA-LANDA et al 2022).

A área de estudo “caracterização de germoplasma” foi à predominante, representando 55% das publicações (Gráfico 1). Estudos de caracterização são essenciais para os programas de conservação e melhoramento genético (COSTA et al., 2012), pois faz-se necessário conhecer o germoplasma e seus caracteres, para identificá-lo, preservá-lo e domesticá-lo (LIMA et al., 2018). Ademais, pela subtribo ter um alto potencial medicinal, a maior parte dos trabalhos de caracterização foi voltada para a composição química das espécies. A Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS) vem desenvolvendo pesquisas na área de recursos genéticos de plantas medicinais desde 2003, apresentando maior impulso a partir de 2007, com a criação do Programa de PósGraduação em Recursos Genéticos Vegetais (PPGRGV).

Gráfico 1. Quantidade de artigos publicados por gênero e por área de estudo, para as espécies da subtribo Hyptidinae (Lamiaceae), no período de 2002 a 2022.

Fonte: Elaborado pelos autores

Com base no levantamento realizado no HUEFS foram constatados 4405 registros de espécies pertencentes aos gêneros da subtribo Hyptidinae (Gráfico 2), sendo 36,6% do gênero Hyptis. Apenas para o gênero Aterohyptis não foi identificado registro. A subtribo é composta por gêneros nativos no país, variando entre endêmicos e não endêmicos, com espécies distribuídas, majoritariamente, entre os biomas Caatinga, Cerrado e Mata Atlântica (FLORA E FUNGA DO BRASIL, 2020).

O elevado grau de endemismo de muitas espécies da subtribo tem despertado o interesse crescente por estudos na área de conservação e domesticação. A ocorrência restrita dessas espécies as torna mais susceptíveis à perda de variabilidade e, consequentemente, risco de extinção. As espécies Eplingiella cuniloides (Epling) Harley & J.F.B.Pastore e Eplingiella brightoniae Harley, por exemplo, têm ocorrência limitada a campos rupestres do município de Morro do Chapéu, Bahia e solos rochosos localizados entre os municípios de Umburanas e Sento Sé, também na Bahia, respectivamente, ambas as espécies habitam locais sujeitos a queimadas freqüentes e mineração, apresentando elevado risco de extinção (HARLEY; PASTORE, 2012; HARLEY, 2014).

Gráfico 2. Quantidade de registros de coletas de genótipos da subtribo Hyptidinae (Lamiaceae), no HUEFS.

Fonte: Elaborado pelos autores

Entre as espécies registradas, 24 constam como ameaçadas, variando entre os seguintes níveis de perigo: Em perigo (EN); Criticamente em perigo (CR) e Vulnerável (VU) (Tabela 1). As espécies Eriope blanchetii (Benth.) Harley, Eriope luetzelburgii Harley, Hyptidendron leucophyllum (Benth.) Harley, Hyptis arenaria Benth, Hyptis frondosa S. Mooree Medusantha carvalhoi (Harley) Harley & J.F.B.Pastore, encontram-se em situação de vulnerabilidade. Segundo a União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais (IUCN, 2022), uma espécie está vulnerável quando a mesma se encontra em risco de extinção, sendo esta a sua condição, a não ser que a realidade seja modificada. A vulnerabilidade é causada, sobretudo, pela perda ou destruição de habitat. Espécies em perigo são aquelas que possivelmente serão extintas futuramente, sendo este o segundo estado mais alarmante. As espécies Cyanocephalus caprariifolius (Pohl ex Benth.) Harley & J.F.B.Pastore, Cyanocephalus tagetifolius (Harley) Harley & J.F.B.Pastore, Cyanocephalus viaticus (Harley) Harley & J.F.B.Pastore, Eriope anamariae Harley, Hypenia subrosea (Harley) Harley, Hyptidendron conspersum (Benth.) Harley, Hyptis alpestris A.St.-Hil. ex Benth., Hyptis bahiensis Harley, Hyptis colligata Epling & Játiva, Hyptis cruciformis Epling, Hyptis imbricatiformis Harley, Hyptis penaeoides Taub. ex Ule, Hyptis rhypidiophylla Briq. e Martianthus sancti-gabrielii (Harley) Harley & J.F.B.Pastoreestão categorizadas nesse nível. Por fim, as espécies Eriope cristalinae (Harley) Rizzini, Hypenia aristulata (Epling) Harley e Hyptidendron roseum Antar, Harley & J.F.B.Pastore, estão categorizadas como criticamente em perigo, sendo este o mais elevado grau de risco, tendo em vista que representa as espécies com grave risco de extinção. Estes dados mostram a importância dos trabalhos de conservação, caracterização e domesticação de espécies, para fortalecer os programas de conservação de espécies medicinais nativas, principalmente para as que sofrem algum risco, tendo em vista que é imprescindível a conservação das espécies silvestres ou parentes já domesticados, visando a realização de pesquisas e identificação de potenciais usos atuais e futuros, além da sustentabilidade e preservação do germoplasma (COSTA et al. 2012; CARVALHO, 2019). No período analisado, pesquisadores da UEFS publicaram nove artigos em revistas especializadas, sendo a maioria na área de cultivo, seguida por caracterização de germoplasma e domesticação (Tabela 2). Os estudos foram conduzidos com espécies de quatro gêneros: Hyptis, Eplingiella, Martianthus e Leptohyptis, sendo estes ocorrentes no semiárido (MEIRA et al., 2017; SANTOS BARROSO et al., 2018).

Tabela 1. Espécies da subtribo Hyptidinae ameaçadas registradas no HUEFS e o respectivo nível de perigo: em perigo (EN); criticamente em perigo (CR); vulnerável (VU).

Gênero Espécie Situação

Cyanocephalus Cyanocephalus Cyanocephalus C.caprariifolius C.tagetifolius C.viaticus EN EN EN

Eriope Eriope Eriope Eriope Hypenia Hypenia Hyptidendron Hyptidendron Hyptidendron Hyptis

E.anamariae E.blanchetii E.cristalinae E.luetzelburgii H.aristulata H.subrosea H. conspersum H.leucophyllum H.roseum H. alpestris EN VU CR VU CR EN EN VU CR EN

Hyptis Hyptis Hyptis Hyptis Hyptis Hyptis Hyptis Hyptis Martianthus Medusantha

H.arenaria H.bahiensis H.colligata H.cruciformis H.frondosa H. imbricatiformis H. penaeoides H. rhypidiophylla M. sancti-gabrielii M. carvalhoi VU EN EN EN VU EN EN EN EN VU

Oocephalus O.piranii Fonte: Elaborado pelos autores EN

Os quatro gêneros estudados têm potencial industrial, de acordo com pesquisas já realizadas. O gênero Hyptis, que foi predominantemente mais estudado, tem propriedades bioativas decorrentes da presença de monoterpenos, sesquiterpenos, ácido rosmarínico, favonoides e lignanas (SEDANO-PARTIDA et al., 2020). O gênero Eplingiella foi o segundo mais estudado, com propriedades antinociceptivas, antiinflamatórias e inseticida, devido à presença Ecariofileno, biciclogermacreno e α-pineno, podendo ser usado como formicida (SILVA et al., 2019), larvicida (SILVA et al., 2008), analgésico, antiinflamatório (BLANK et al., 2019), entre outros. Leptohyptis apresenta atividade espamolítica e antidiarreica (IARA et al., 2013; SOUZA et al., 2020). Já o gênero Martianthus tem propriedades antinociceptivas e antiinflamatória (GOÉS et al., 2015).

A espécie mais estudada foi Martianthus leucocephalus (Mart. ex Benth.) J.F.B.Pastore, anteriormente designada Hyptis leucocephala Mart. ex Benth. A espécie é nativa e endêmica do Brasil, ocorrendo predominantemente no Nordeste do país, em regiões de Caatinga, Cerrado e Campo de Várzea (SOARES, 2020). Estudos conduzidos têm demonstrado o elevado potencial para o cultivo e exploração sustentável de Martianthus leucocephalus. AZEVEDO et al. (2015) avaliaram o crescimento e a produção de óleo da espécie e identificaram que a espécie pode ser cultivada em condições irrigadas, com capacidade de produção de óleo essencial durante todo o ano, com picos de produção entre os meses de março e setembro. Além disso, identificaram que as condições edáficas e climáticas influenciam nos teores de óleo e de massa seca da espécie, sendo esta influência positiva no período de verão austral. JESUS et al. (2016) buscando determinar o efeito de Cádmium, Cobre e Zinco na produção de óleo e no crescimento da planta, em cultivo hidropô-

nico, com a mesma espécie, identificaram que os metais afetaram negativamente o crescimento, porém a produção de compostos voláteis aumentaram com a presença de Zinco, mostrando que os compostos voláteis estão presentes em situação de estresse, o que sugere a possibilidade de cultivo da espécie em áreas poluídas com metais pesados.

Tabela 2. Artigos publicados por pesquisadores da Universidade Estadual de Feira de Santana com espécies da subtribo Hyptidinae, no período de 2002 a 2022.

Título Ano Área de estudo Revista Referência Link

Propagação vegetativa de Hyptis leucocephala Mart. ex Benth. e Hyptis platanifolia Mart. ex Benth. (Lamiaceae)

Induction and morphological and biochemical characterization of Hyptis leucocephala (Lamiaceae) calluses 2011 Cultivo Revista Brasileira de Plantas Medicinais

2012 Caracterização de Germoplasma SITIENTIBUS série Ciências Biológicas OLIVEIRA et al. (2011)

PEREIRA et al (2012). https://doi.org/ 10.1590/S151 605722011000 100011

https://doi.org/ 10.13102/scb1 24

Germinação in vitro de Hyptis leucocephala Mart. ex Benth. e Hyptis platanifolia Mart. ex Benth 2014 Cultivo Revista Brasileira de Plantas Medicinais NEPOMUCENO et al. (2014) https://doi.org/ 10.1590/1983084X/12_093

Crescimento e produção de óleo essencial de Martianthus leucocephalus cultivada nas condições edafoclimáticas de Feira de Santana, Bahia, Brasil 2016 Cultivo Ciência Rural AZEVEDO et al (2016) https://doi.org/ 10.1590/01038478cr201501 49

Growth and volatile compounds of Martianthus leucocephalus exposed to heavy metal stress

Abiotic factors influencing podophyllotoxin and yatein overproduction in Leptohyptis macrostachys cultivated in vitro 2016 Cultivo Ciência Rural JESUS et al. (2016) https://doi.org/ 10.1590/01038478cr201505 76

2017 Cultivo Phytochemistry Letters MEIRA et al. (2017) http://dx.doi.o rg/10.1016/j.p hytol.2017.10. 016

Composição de substrato e ácido indolbutírico na estaquia de "alecrim de vaqueiro" 2017 Cultivo Ciência Rural

Morphometric characterization of the seeds and germination of the species endemic in northeastern brazil: Subtribe-hyptidinae – lamiaceae

Ecogeographic studies on Eplingiella fruticosa (Salzm. Ex Benth. Harley& J.F.B.Pastore: A medicinal species of the semiarid region of Brazil 2018 Caracterização de Germoplasma

2021 Domesticação BRAZILIAN JOURNAL OF AGRICULTURE

Research, Society and Development

Fonte: Elaborado pelos autores

SILVA; OLIVEIRA; SILVA (2017)

DOS SANTOS BARROSO et al. (2018).

DE OLIVEIRA et al. (2021) https://doi.org/ 10.1590/01038478cr201502 33

https://doi.org/ 10.37856/bja. v93i1.3265

https://doi.org/ 10.33448/rsdv10i4.13963

No período analisado, pesquisadores da UEFS orientaram diversos trabalhos de mestrado e doutorado envolvendo espécies da subtribo Hyptidinae (Tabela 3 e 4), vinculados à diversos Programa de Pós-Graduação existentes na institui-

ção, como o Programa de Pós-Graduação em Recursos Genéticos Vegetais (PPGRGV), Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia (PPGBiotec) e o Programa de Pós-Graduação em Botânica (PPGBOT). Foram concluídas nove dissertações de mestrado e sete teses de doutorado. A área de estudo mais ocorrente foi cultivo, com 27%, sendo seguido por atividade biológica (26%), caracterização de germoplasma (21%) e conservação (16%). Esses estudos abrangeram nove gêneros, sendo Eplingiella e Eplingiella fruticosa o gênero e a espécie mais estudados, respectivamente. Eplingiella fruticosa é uma espécie de hábito arbustivo, caule esbranquiçado, folhas verdes e inflorescência azulvioleta e endêmica do Brasil, com ocorrência predominante no nordeste do país, principalmente nos biomas Caatinga e Mata Atlântica (SILVA et al., 2015; HARLEY, 2020). Os estudos conduzidos na instituição têm contribuído para a inserção dessa espécie em sistemas de cultivo e exploração de forma sustentável. SILVA et al. (2015), caracterizando doze genótipos da espécie Eplingiella fruticosa, quanto a aspectos morfológicos, fitoquímicos e moleculares, concluíram que há diferença genética entre genótipos, identificando aqueles com potenciais usos para estudos de melhoramento da espécie, que envolvam hibridação, com vistas à exploração da heterose, visando a obtenção de bons materiais para produção de biomassa foliar e, consequentemente, maior rendimento de óleo essencial. SANTOS et al. (2016), avaliando o potencial antimicrobiano da espécie, identificaram os compostos 1,8-cineol, E-cariofileno, α-humuleno, biciclogermacreno, espatulenol, óxido de cariofileno e α-cadinol como compostos majoritários. Identificaram ainda o potencial antimicrobiano do óleo essencial da espécie contra Xanthomonas campestris pv. viticola e Ralstonia solanacearum, e antifúngico para os agentes que causam a podridão na pós-colheita de uva. Já OLIVEIRA et al. (2021) realizaram estudos ecogeográficos e de cultivo com a espécie e verificaram que os acessos estudados possuem aptidão para variados fatores ecogeográficos, o que favorece sua adaptação aos diferentes ecossistemas, com preferência para solos arenosos, ácidos, pouco férteis e com alta saturação de alumínio.

Tabela 3. Dissertações orientadas por pesquisadores da Universidade Estadual de Feira de Santana com espécies da subtribo Hyptidinae, no período de 2002 a 2022.

Titulo Área de Estudo Programa Ano

Avaliação toxicológica, antinociceptiva, antiinflamatória e sobre o sistema nervoso central de Martianthus leucocephalus (Mart. ex Benth.) J.F.B.Pastore Atividade Biológica PPGRGV 2013

Alterações fisiológicas e metabólicas em Hyptis fruticosa Salzm. ex. Benth e Ocimum gratissimum L. sob diferentes regimes hídricos Cultivo PPGRGV 2014

Crescimento, produção e composição química do óleo essencial de

Martianthus leucocephalus (Mart. ex Benth.) J.F.B.Pastore em condições de Feira de Santana, Bahia, Brasil Caracterização de germoplasma e Cultivo PPGRGV 2014

Micropropagação de Hyptis ramosa Pohl ex Benth. (Lamiaceae) Cultivo PPGRGV 2015

Avaliação do potencial antimicrobiano de Eplingiella fruticosa, Gymneia platanifolia e Medusantha martiusii (Lamiaceae) contra micro-organismos de interesse agrícola Atividade Biológica PPGRGV 2016

Conservação in vitro de Hyptis ramosa Pohl ex Benth. (Lamiaceae) Conservação PPGRGV 2017

Estabelecimento e multiplicação in vitro de Eriope blanchetii (Benth.) Harley para quantificação da produção de podofilotoxina Estudos ecogeográficos e domesticação de Eplingiella fruticosa (Salzm. ex Benth) Harley & J.F.B.Pastore Atividade antinociceptiva de Oocephalus nubicola e Leptohyptis macrostachys

Fonte: Elaborado pelos autores Cultivo PPGRGV 2019

Domesticação PPGRGV 2020

Atividade Biológica PPGBIOTEC 2014

Tabela 4. Teses orientadas por pesquisadores da Universidade Estadual de Feira de Santana com espécies da subtribo Hyptidinae, no período de 2002 a 2022.

Titulo Área de Estudo Programa Ano

Caracterização agronômica, molecular e fitoquímica de Eplingiella Harley & J.F.B.Pastore Caracterização de germoplasma PPGRGV 2015

Conservação de sementes de espécies da subtribo Hyptidinae (Lamiaceae) nativas do semiárido baiano

Estresse de metais na produtividade de compostos oriundos do metabolismo secundário de Martianthus leucocephalus (Mart. Ex Benth.) J.F.B.Pastore

Atividade antimicrobiana de extratos de plantas pertencentes ao gênero Hyptis Jacq. coletadas no semi-árido baiano

Efeito do extrato das folhas de Eplingiella fruticosa na indução da proliferação e morte celular em indivíduos com infecção periodontal e sua atividade antimicrobiana Conservação PPGRGV 2016

Cultivo e Caracterização de Germoplasma

Atividade Biológica PPGRGV 2016

PPGBIOTEC 2008

Atividade Biológica PPGBIOTEC 2021

Filogenia Molecular da Subtribo Hyptidinae Endl. (Labiatae) e suas implicações taxonômicas Filogenia PPGBOT 2010

Propagação e conservação in vitro de Martianthus leucocephalus (Mart. ex Benth.) J.F.B.Pastore Cultivo e Conservação

Fonte: Elaborado pelos autores PPGBOT 2012

As pesquisas realizadas com espécies da subtribo Hyptidinae refletem o interesse crescente por seus representantes. A produção de metabólitos secundários com interesse industrial, sobretudo óleos voláteis, presentes nos tricomas das folhas dessas espécies, justificam esse interesse, pois estes podem vir a ser fonte de matéria prima para a indústria farmacêutica, de cosméticos e alimentos, o que confere a essas plantas, grande potencial para exploração econômica.

Conclusão

O elevado número de táxons ameaçados, aliado ao potencial farmacológico, justifica o crescente interesse da pesquisa com espécies da subtribo Hyptidinae. A predominância das pesquisas nas áreas de caracterização e cultivo aponta para um processo de domesticação crescente, o que poderá criar condições para a exploração sustentável desses recursos.

Agradecimentos

Os autores agradecem à Universidade Estadual de Feira de Santana, à Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) e ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) pelo apoio financeiro às pesquisas realizadas.

Referências

ANTAR, G. M.; SANO, P. T. Sistemática de Hyptidinae (Lamiaceae) com ênfase em Hyptidendron Harley. 2021. Tese (Doutorado) – Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo, São Paulo, 2021. Disponível em: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/41/41132/tde-14042021-135458/. Acesso em: 16. setembro. 2022. AZEVEDO, B. O. de et al. Growth and essential oil production by Martianthus leucocephalus grown under the edaphoclimatic conditions of Feira de Santana, Bahia, Brazil. Ciência Rural, v. 46, p. 593-598, 2015. BEKUT, M. et al. Potential of selected Lamiaceae plants in anti (retro) viral therapy. Pharmacological research, v. 133, p. 301-314, 2018. BLANK, A. F. et al. Chemical Diversity and Insecticidal and Anti-tick Properties of Essential Oils of Plants from Northeast Brazil. In: Essential Oil Research. Springer, Cham, 2019. p. 235-258. BONILLA-LANDA, I. et al. Antibacterial activity and phenolic profile of the methanolic extract from the aerial parts of Hyptis suaveolens (Lamiaceae). Acta botánica mexicana, n. 129, 2022. CASTRO, M. R.; FIGUEIREDO, F. F. Saberes tradicionais, biodiversidade, práticas integrativas e complementares: o uso de plantas medicinais no SUS. Hygeia: Revista Brasileira de Geografia Médica e da Saúde, v. 15, n. 31, p. 56, 2019 CARVALHO, A. M. Biodiversidade e os novos desafios da conservação e valorização dos recursos genéticos vegetais. In: CANADÁ, N et al. Conferência 40 Anos do Banco Português de Germolasma Vegetal, Conservação de Recursos Genéticos: Livro de Atas. Associação de Desenvolvimento das Terras, Altasdo Homem Cávado e Ava, 2019. p. 70-78. COSTA, A. M. et al. Conservação de recursos genéticos no Brasil. 1. ed. Planaltina-DF: Embrapa cerrados, 2012. DE SÁ-FILHO, G. F. et al. Plantas medicinais utilizadas na caatinga brasileira e o potencial terapêutico dos metabólitos secundários: uma revisão. Research, society and development, v. 10, n. 13, p. e140101321096-e140101321096, 2021. FLORA E FUNGA DO BRASIL. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. 2022. Disponível em: http://floradobrasil.jbrj.gov.br/ . Acesso em: 21 set. 2022 GÓES, V. S. et al. Avaliação toxicológica, antinociceptiva, anti-inflamatória e sobre o sistema nervoso central de Martianthus Leucocephalus (Mart. Ex Benth.) JFB Pastore. 2015.Dissertação (Mestrado Acadêmico em Recursos Genéticos Vegetais) – Universidade Estadual de Feira de Santana, 2015. Disponível em: https://http://tede2.uefs.br:8080/handle/tede/399. Acesso em: 16. setembro. 2022. HARLEY, R. M. Eplingiella brightoniae, a new species of Hyptidinae (Lamiaceae: Ocimeae) from Northern Bahia, Brazil. Kew Bulletin, v. 69, n. 4, p. 1-5, 2014. HARLEY, R.M. Eplingiella. In: Flora e Funga do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro, 2020. Disponível em: https://floradobrasil.jbrj.gov.br/FB132602. Acesso em: 21 setembro. 2022. HARLEY, R. M. et al. Lamiaceae. in: Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro, 2015. Disponível em: http://floradobrasil.jbrj.gov.br/jabot/floradobrasil/FB142. Acesso em: 20. setembro. 2022. HARLEY, R. M.; PASTORE, J. F. B. A generic revision and new combinations in the Hyptidinae (Lamiaceae), based on molecular and morphological evidence. Phytotaxa, v. 58, n. 1, p. 1-55, 2012. IARA, L. et al. Spasmolytic activity of Hyptis macrostachys Benth.(Lamiaceae). Journal of Medicinal Plants Research, v. 7, n. 33, p. 2436-2443, 2013 IBGE – INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Brasil em síntese. IBGE, 2022. Disponível em: https://brasilemsintese.ibge.gov.br/territorio.html. Acesso em: 20. setembro. 2022. IUCN. The IUCN Red List of Threatened Species. Cambridge: https://www.iucnredlist.org. 2022. Disponível em: https://www.iucnredlist.org.Acesso em: 24. setembro. 2022. JESUS, D. da S. de et al. Crescimento e teor de compostos voláteis de Martianthus leucocephalus submetida ao estresse por metais. Ciência Rural, v. 46, n. 12, p. 2110-2117, 2016.

LIMA, L. F. et al. Manejo de recursos genéticos vegetais. Anais da Academia Pernambucana de Ciência Agronômica, v. 15, n. 1, p. 109-126, 2018. MAGALHÃES, V. et al. Comparative Study on the Inhibition of Acetylcholinesterase Activity by Hyptismarrubioides, Hyptispectinata, and Hyptissuaveolens Methanolic Extracts. Multidisciplinary Digital Publishing Institute Proceedings. 2020. p. 81. MAMADALIEVA, N. Z. et al. Aromatic medicinal plants of the Lamiaceae family from Uzbekistan: ethnopharmacology, essential oils composition, and biological activities. Medicines, v. 4, n. 1, p. 8, 2017. MARTÍNEZ-FRUCTUOSO, L. et al. Structure elucidation, conformation, and configuration of cytotoxic 6-heptyl-5, 6dihydro-2 H-pyran-2-ones from Hyptis species and their molecular docking to α-tubulin. Journal of natural products, v. 82, n. 3, p. 520-531, 2019. MEIRA, P. R. et al. Abiotic factors influencing podophyllotoxin and yatein overproduction in Leptohyptis macrostachys cultivated in vitro. Phytochemistry Letters, v. 22, p. 287-292, 2017. MISHRA, P.; SOHRAB, S.; MISHRA, S. K. A review on the phytochemical and pharmacological properties of Hyptissuaveolens (L.) Poit. Future Journal of Pharmaceutical Sciences, v. 7, n. 1, p. 1-11, 2021. OLIVEIRA, E. A. et al. Estudos ecogeográficos de Eplingiella fruticosa (Salzm. Ex Benth. Harley& JFB Pastore): Uma espécie medicinal do semiárido do Brasil. Research, Society and Development, v. 10, n. 4, p. e37610413963e37610413963, 2021. PASTORE, J. F. B. et al. Phylogeny of the subtribe Hyptidinae (Lamiaceae tribe Ocimeae) as inferred from nuclear and plastid DNA. Taxon, v. 60, n. 5, p. 1317-1329, 2011. SALOMÃO, A. N. et. al. Princípios e conceitos sobre recursos genéticos. In: PAIVA, S. R. et al. Recursos genéticos: o produtor pergunta, a Embrapa responde. Brasília, DF: Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, 2019. Disponível em: http://www. infoteca.cnptia.embrapa.br/infoteca/handle/doc/1113668. Acesso em 21 setetembro. 2022. SANTOS BARROSO, N. et al. Morphometric characterization of the seeds and germination of the species endemic in northeastern brazil: subtribe-hyptidinae–lamiaceae. Brazilian Journal of Agriculture-Revista de Agricultura, v. 93, n. 1, p. 69-79, 2018. SANTOS, U. S. Avaliação do potencial antimicrobiano de Eplingiella fruticosa, Gymneia platanifolia e Medusantha martiusii (Lamiaceae) contra micro-organismo de interesse agrícola. Dissertação (Mestrado Acadêmico em Recursos Genéticos Vegetais) - Universidade Estadual de Feira de Santana, Feira de Santana, 2016. Disponível em: http://tede2.uefs.br:8080/handle/tede/362. Acesso em: 28. Setembro. 2022. SEDANO-PARTIDA, M. D. et al. A review of the phytochemical profiling and biological activities of Hyptis Jacq.: aBrazilian native genus of Lamiaceae. Brazilian Journal of Botany, v. 43, n. 1, p. 213-228, 2020. SILVA, A. C. et al. Caracterização agronômica, molecular e fitoquímica de Eplingiella Harley & JFB PASTORE. 2015.Tese (Doutorado Acadêmico em Recursos Genéticos Vegetais)- Universidade Estadual de Feira de Santana, 2015. Disponível em: http://tede2.uefs.br:8080/handle/tede/293. Acesso em: 16. setembro. 2022. SILVA, D. C. et al. Toxicity and behavioral alterations of essential oils of Eplingiella fruticosa genotypes and their major compounds to Acromyrmex balzani. Crop Protection, v. 116, p. 181-187, 2019. SILVA, W. J. et al. Effects of essential oils on Aedes aegypti larvae: alternatives to environmentally safe insecticides. Bioresource technology, v. 99, n. 8, p. 3251-3255, 2008. SOARES, A.S. Martianthus in: Flora e Funga do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. 2020. Disponível em: https://floradobrasil.jbrj.gov.br/FB132618. Acesso em: 27. Setembro. 2022. SOUZA, I. L. L. et al. Toxicological and Pharmacological Activities of Leptohyptis macrostachys (Benth.) Harley and JFB Pastore (Lamiaceae) on Intestinal Smooth Muscle. Frontiers in Pharmacology, v. 11, p. 1042, 2020. ZAGO, L. M. S.; MOURA, M. E. P. Vinte e dois anos de pesquisa sobre plantas medicinais: uma análise cienciométrica. Tecnia, v. 3, n. 1, p. 157-173, 201.

This article is from: