Projeto Sentidos - Agência Artium

Universidade Cruzeiro do Sul - Campus Anália Franco

Bruno Gabriel – 2081202-7 Janne Laura – 2125818-0 Leonardo Carvalho – 2154326-7 Letícia Pereira – 2070431-3 Paloma Santos – 2101869-3 Thaynan Vezenhassi – 2085073-5

Artigo - A imagem da mulher na comunicação publicitária: uma linha histórica Projeto sentidos

SÃO PAULO 30 de abril de 2019.

Bruno Gabriel – 2081202-7 Janne Laura – 2125818-0 Leonardo Carvalho – 2154326-7 Letícia Pereira – 2070431-3 Paloma Santos – 2101869-3 Thaynan Vezenhassi – 2085073-5

Projeto sentidos A virtude da mulher durante os séculos

Artigo

apresentado

ao

curso

de

Publicidade e Propaganda referente ao

projeto

interdisciplinar

obtenção de nota.

SÃO PAULO 30 de abril de 2019.

para

Sumário

A virtude da mulher durante os séculos 1.0

Resumo 1.1.......................................................................................4 Introdução 1.2...................................................................................5 A influência da igreja sobre a mulher 1.3.......................................5,6 O começo dos tempos 1.4.................................................................6 Unidas jamais serão vencidas 1.5...............................................6,7,8 Objetificação e imagem da mulher na comunicação publicitária 1.6...................................................................................................8,9 Conclusão 1.7..................................................................................10 Referências......................................................................................11

Resumo 1.1 Com ênfase nos prélios afrontados pelas mulheres notamos que a guerra ainda está longe de acabar, no entanto muitas batalhas já vencidas constituíram em um enorme batalhão, isto é, as mulheres unem virtudes para conquistarem outros patamares que antigamente era impossível, porém o que realmente ainda abala essa estrutura é que socialmente não é bem assim, a mulher querendo ou não é considerada como um produto para vender outras marcas e também consideradas um sexo frágil incapaz de ter sua intelectualidade totalmente venerada. São diversos esteriótipos e a falta de respeito é precária, e desde que o mundo é mundo a desigualdade já se propagava por todos os continentes, isso desde o início dos séculos quando sabemos que a primeira mulher criada por Deus não foi Eva, e sim Lilith que se rebelou porque não queria ser submissa a Adão.

Introdução 1.2 Com base em estudos foi possível ponderar e discernir que é inaudível ver a conquista de uma mulher em pleno século XX e apenas dar os parabéns sendo que foram muitos prélios travados durante séculos – para auferirem de boas consequências – embora ainda seja escasso todo reconhecimento social, político e econômico que merecem. Todavia, de alguma forma notamos claramente que os estereótipos acompanham desde sempre as mulheres e atuam drasticamente contra elas. Predomina-se então o uso da mulher “GOSTOSA”, a mulher idônea que sempre está disponível e que se adapta a qualquer coisa para agradar os homens enquanto sua liberdade de expressão é violentamente silenciada.

A influência da igreja sobre a mulher 1.3

Em meados de 325 d.C foi realizado o primeiro Concílio de Nicéia e o primeiro Concílio Ecumênico (Universal) que participavam bispos de todas as regiões que possuíam cristãos. Um dos assuntos dessa “reunião” falava sobre textos gnósticos encontrados na bíblia, pois acreditavam que não foram escritos com “inspiração divina”.

Foram retirados vários textos da bíblia, um desses textos referia-se à Lilith – a primeira mulher de Adão. Sim, a primeira mulher criada por Deus foi gerada da mesma forma que Adão, advinda do pó, entretanto, não aceitava ser submissa a ele, até porque eram feitos da mesma matéria. Então saiu do Jardim do Éden por vontade própria, recusou-se a retornar e então foi denominada como um “demônio”. Após Lilith ter se retirado do Jardim do Éden, Adão suplicou para Deus uma segunda mulher onde concedeu seu pedido, mas dessa vez a mulher seria feita de sua costela para que ela não se rebelasse assim como Lilith.

O fato de que biblicamente a mulher sempre foi diminuída ou culta a sentir medo e que a igreja sempre teve um poder aquisitivo, político e sempre encaixada socialmente dentro das casas, é uma forma de mostrar essa luta constante, uma guerra que envolve civilizações de milhares de anos.

Até hoje a influência da igreja afeta muitas vidas, de um lado, a publicidade traz a mulher sensual como um produto, do outro, a igreja alega que a mulher deve ser reservada apenas ao marido. São divergências que estão sempre em atrito, a publicidade busca vender, a igreja busca doutrinar. O feminismo vem como forma de desmistificar ideias inseridas em cima da mulher contemporânea, criando um olhar mais aberto, dando a chance das mulheres se conhecerem sem serem julgadas e partilharem suas virtudes.

O começo dos tempos 1.4

A partir do contexto bíblico, temos a ordem cronológica histórica científica, que através de alguns séculos pode construir outra parte da história, nos trazendo uma revelação que poucos esperavam, a partir de estudos, no continente Africano, foi descoberto que os primeiros vestígios de “supostamente humanos” teve resultados referentes aos traços da feminilidade, ou seja, uma mulher, a parte que ninguém nos conta é que a mulher sempre esteve presente, porém querendo ou não ninguém daria o crédito a ela. Desde crianças aprendemos que o “Homem” descobriu isso, o “Homem” descobriu aquilo, o HOMEM, nunca uma mulher. Crescemos em uma sociedade desequilibrada onde em lugar nenhum nos explicam o motivo de inferiorizarem as mulheres dessa forma, não há comprovações de fatos que as mulheres não podem fazer o mesmo que os homens, de certa forma uma complexidade justificar para as gerações passadas como as coisas poderiam ter sido diferentes, e não o homem, mas sim os humanos terem evoluído como um todo.

Unidas jamais serão vencidas 1.5 O Feminismo é um conjunto de movimentos sociais, políticos, ideologias e filosofias que buscam direitos iguais independente de ser homem ou mulher. De acordo com historiadores, surgiu após a Revolução Francesa e ganhou força na Inglaterra por volta do século XIX e depois nos Estados Unido em meados do século XX. Muitas pessoas confundem a ideia de feminismo com femismo que é basicamente onde as mulheres se tornariam superiores fazendo

do sexo masculino o oprimido. Pode-se destacar Olímpia de Gouges, que lutou pelo direito das mulheres para ter envolvimento direto na política, além disso, criticou as atitudes de revolucionários que defendiam liberdade e igualdade, porém, não se aprofundavam-se quando o assunto se tratava da liberdade e igualdade da mulher. Em 1971, publicou a Declaração dos Direitos da Mulher e da Cidadã, uma crítica à Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão.

Olímpia foi presa, julgada e sentenciada à morte por defender suas ideias de igualdade de gênero. Olímpia foi guilhotinada no dia 3 de novembro de 1793 e há relatos que dizem que, antes de sua execução falou: “A mulher tem o direito de subir ao cadafalso, ela deve ter igualmente o direito de subir à tribuna”.

O movimento feminista além de ser uma união é essa paixão por querer ser tratada como igual, não deixar o envolvimento machista tomar posse.

Saber que toda mulher é capaz de fazer qualquer coisa e que não é preciso ter medo do movimento, pois só tem medo do feminismo a pessoa que ainda não explorou sobre ou a pessoa que vai perder privilégios que o machismo lhe acarreta.

Aqui estão alguns dados para provar que o feminismo é realmente necessário nos dias de hoje: • 13 mulheres são assassinadas por dia no Brasil (Fonte: MS/SVS/CGIAE – Sistema de Informações sobre Mortalidade – SIM); • A cada cinco minutos uma mulher é agredida no Brasil (Mapa da Violência 2012 – Homicídio de Mulheres); • A cada 2 horas uma mulher é vítima de homicídio, 372 por mês.

(Instituto Avante Brasil – IAB a partir de dados do DataSUS, do Ministério da Saúde – Mapa da violência 2012); • Os homens ganham aproximadamente 30% a mais do que as mulheres com mesmo nível de instrução e idade. (Relatório escrito pelos economistas Hugo Ñopo, Juan Pablo Atal e Natalia Winder – DIB) .

Existem tantos movimentos que mesmo pequenos mostram o medo que os homens sentem se as mulheres se estabelecerem plenamente na sociedade, tais como inquisição, anti-sufragismo, a mulher que era artista ser chamada de prostituta, salários desiguais, ter um envolvimento menor na política

até hoje, ser inserida de forma sexista nas publicidades, ser tratada como “louca” e afins, são essas e milhares de outras coisas que envolvem a luta do feminismo.

Aqui estão dois pôsteres feitos pelos anti-sufragistas, homens contra a luta da mulher pelo direito ao voto. Era imprescindível ofender a mulher e trazer junto um humor machista para as publicidades. Essas são apenas duas das várias séries postadas para diminuir o movimento.

No primeiro pôster vemos um homem criticando uma mulher perguntando se a mesma gostaria de se tornar homem, na segunda uma mulher “encaixotada” sendo levada à “Ilha do Demônio”. As mulheres sempre retratadas de forma que não trouxessem a estética “preferível” da época. É preciso entender que para a mulher ter chegado onde ela está ela precisou lutar, demonstrar que essa ideia de frágil não passa de uma construção social cultural.

Objetificação e imagem da mulher na comunicação publicitária 1.6

É infactível assistir uma peça publicitária e não notar referências machistas que estão escancaradas e muitas vezes também ocultas. O problema é que do início do século XXI adiante a sociedade desdobrava a mulher como dependente do homem de todos os feitios como econômico, social, político, religioso e também como um simples passatempo – onde a mulher se submete

apenas a cuidar dos deveres domésticos, dos filhos e ser um brinquedo sexual para seu companheiro e líder carismático.

A objetificação da mulher ainda está em alta e presente em diversas classes sociais, inclusive em propagandas de cerveja aonde são estereotipadas e usadas como objeto sexual, isto é, em um sentido mais acentuado, a mulher é tratada como mercadoria enquanto sua personalidade e dignidade não são poupadas.

Em 2012 a Nova Schin lançou um comercial intitulado “Homem Invisível”, centrado indiretamente ao assédio e invasão de privacidade da mulher, a mesma coisa a Skol em 2015 espalhando outdoors com slogan banal de duplo sentido; “Esqueci o não em casa” – repercutindo socialmente até o CONAR (Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária) ser acionado.

“Não existem muitos casos de propagandas machistas no Brasil porque a publicidade brasileira é madura para perceber que a pior coisa que pode fazer é irritar o consumidor, seja ele mulher, homem ou criança. De qualquer forma, nós não temos uma declaração oficial a respeito desse assunto” – Essa foi a resposta transmitida pela assessoria do CONAR quando ele deveria estar fiscalizando publicidades abusivas até mesmo em casos mais evidentes, como o machismo e a violação da intimidade da mulher.

Conclusão 1.7

Por fim, podemos concluir que desde o início dos séculos o papel da mulher sempre foi servir o homem, procriar, tomar a frente dos afazeres domésticos e cuidar dos filhos, isto é, não tinham direito de nada, a não ser agradar. Ainda representadas em padrão, nunca tiveram oportunidade de se sobressaírem e quando perceberam que não teriam essa oportunidade elas foram à luta para conquistar seus direitos – isso depois de anos sendo retraídas – por exemplo, direito na política, no trabalho, na saúde, nas roupas que usavam, entre outros.

A mulher como um todo tem um papel muito importante na sociedade, atuando hoje em cargos que somente homens ocupavam antes de extrema importância como na política, na ciência, na matemática, na história e entre diversas áreas. Subestimadas, consideradas incapazes de realizar algo usufruindo da sua intelectualidade, momentos históricos ainda hoje nos mostram tamanha capacidade de lutar pelo seu espaço, como o movimento Sufrágio feminino no século XVIII, onde muitas mulheres foram criticadas e agredidas porque lutavam pelo direito de voto, o movimento pelo direito a vida, que teve uma importante repercussão com a criação da Lei Maria da Penha (nº 11.340/2006), que tem como função proteger as mulheres da violência doméstica, contudo isso funciona mais na teoria do que na prática, e como princípio o movimento pelos direitos reprodutivos, onde a mulher poderia escolher os métodos anticoncepcionais e escolher se queria se tornar mãe.

O que acontece é que diante de tantas batalhas ainda haverá muitas guerras, isso percebemos porque desde que Lilith foi criada biblicamente notamos que o homem (Adão) já se sentia superior a ela, o que não é diferente nos dias atuais pela maioria da sociedade, ou seja, a mulher ainda é considerada um “demônio”.

Referências

Propagandas década de 10 https://www.propagandashistoricas.com.br/search/label/anos%2010?&maxresults=7 Propagandas década de 20 https://www.propagandashistoricas.com.br/search/label/anos%2020?&maxresults=7 Propagandas década de 30 https://www.propagandashistoricas.com.br/search/label/anos%2030?&maxresults=7 Machismo nas propagandas da década de 20 https://www.nexojornal.com.br/expresso/2016/10/28/Como-era-o-humormachista-do-in%C3%ADcio-do-s%C3%A9culo-20 O retrato da mulher na publicidade https://repositorio.pgsskroton.com.br/bitstream/123456789/870/1/artigo%2035.p df Movimento Feminista https://www.politize.com.br/movimento-feminista-historia-nobrasil/?gclid=EAIaIQobChMIxdnU3tzz4QIVw4GRCh3aWwDXEAAYASAAEgKK zfD_BwE

A imagem da mulher na propaganda https://agenciapatriciagalvao.org.br/concurso1minuto/pesquisa-mulher-epropaganda.html https://apublica.org/2015/03/machismo-e-a-regra-da-casa/