Projeto Serena

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RÁDIO, TV E INTERNET

Bruna Penha Farias

Gabriel Ferreira Barboza Glória Maria Barbosa Rodrigues Kelly Maria De França Sidney D´alberto Liberal Júnior Whintney Christina Zordan Polato

PROJETO 53R3N4 Série de TV SÃO PAULO 2022

UNIVERSIDADE CRUZEIRO DO SUL

UNIVERSIDADE CRUZEIRO DO SUL

RÁDIO, TV E INTERNET

Bruna Penha Farias

RGM: 2081797 5

Gabriel Ferreira Barboza RGM: 1939557-4

Glória Maria Barbosa Rodrigues RGM: 2088887-2

Kelly Maria De França RGM: 2126979 3

Sidney D´alberto Liberal Júnior RGM: 2219080 5 Whintney Christina Zordan Polato RGM: 2804873 3

PROJETO 53R3N4

Série de TV

Trabalho de Conclusão De curso apresentado à Universidade Cruzeiro do Sul, do curso de Rádio, TV e Internet

Orientado por Prof Me. Luís Carlos Soares corporacaoaaah@gmail.com

SÃO PAULO 2022

FOLHA DE APROVAÇÃO

Projeto aprovado em __/__/_____ no trabalho de conclusão do curso de Rádio, TV e Internet.

Banca Examinadora do Projeto:

Prof. Me. Luís Carlos Soares

AGRADECIMENTOS

Agradecer é uma parte importante da jornada, e para um projeto que por várias vezes foi chamado de ousado, seja por questões técnicas ou criativas, nada seria possível sem os amigos, parceiros, profissionais, técnicos e artistas que dispuseram de tempo, energia, paciência e crença nesse trabalho que temos o prazer de entregar. Alguns trabalharam de graça, outros por uma ajuda de custo simbólica, mesmo estando numa fase de carreira em que isso já não era aceitável. Uma lista de nomes que merecem ser citados, e que mais uma vez, sem cada um deles, nada seria possível.

Sendo assim, e não poderiam ser diferentes, gostaríamos de agradecer primeiramente a Deus por termos chegado até aqui. Ainda que com muitos percalços, alcançamos o final de mais esta jornada de nossas vidas. Somos gratos também às nossas famílias pelo apoio que sempre nos deram durante todo caminho, seja aquele cafezinho reconfortante na hora do estudo, ou quando precisamos “inteirar” o dinheiro da mensalidade daquele mês apertado.

Aos nossos mestres orientadores ao longo do projeto, Alexandre Henrique (Grego) e Luiz Carlos Silva Soares, obrigado por toda ajuda em forma de dicas, broncas e revisões, mas principalmente a todo o tempo que dispuseram ao nosso projeto. Agradecemos também ao professor Bruno Tavares, nosso coordenador, que personifica nosso agradecimento à Universidade Cruzeiro do Sul pelos recursos, orientações e ajuda em não somente a este trabalho, mas durante todo o nosso percurso na universidade até aqui.

Queremos agradecer a todos que nos ajudaram especificamente na feitura deste Trabalho de Conclusão de Curso. Fica aqui nosso agradecimento à Casa Locomotiva, ao Magia & Bruxaria, locais que cederam o espaço para usarmos como locações. Emilyn Alves que abriu espaço para nós no núcleo de enfermagem da Cruzeiro do Sul. Evelyn Simões, que compôs a trilha sonora e trouxe originalidade musical ao projeto. Nathan Daniel que traduziu em elementos gráficos o Projeto 53R3N4 no design. Aline Massarente, maquiadora, que nos auxiliou no set em muitas diárias, e locações diferentes. Thays Heleno, consultora de moda, que nos auxiliou

com a composição do figurino. Alessandro Ramos, que além de nos contemplar com seu talento, nos auxiliou na produção de casting, abraçando com carinho esse projeto, mesmo que universitário. Marcus Anoli, ator, que por duas diárias fez um bate e volta do Rio de Janeiro apenas para gravar conosco. A todos os amigos, pessoais e da classe, que se dispuseram a atuar, figurar ou segurar uma vara de boom.

A todos, fica aqui o nosso muito obrigado!

Ninguém ignora tudo. Ninguém sabe tudo. Todos nós sabemos alguma coisa. Todos nós ignoramos alguma coisa. Por isso aprendemos sempre.

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 10

1. CORPORAÇÃO AAAH! 12

1.1. LOGO & CONCEITO 12

1.2. MISSÃO, VISÃO E VALORES 15

1.3. FICHA CRIMINAL 16 1.3.1. BRUNA PENHA FARIAS 16 1.3.2. GABRIEL FERREIRA BARBOZA 17 1.3.3. GLÓRIA MARIA BARBOSA RODRIGUES 18

1.3.4. KELLY MARIA DE FRANÇA 19 1.3.5. SIDNEY D’ALBERTO LIBERAL JÚNIOR 20 1.3.6. WHINTNEY CHRISTINA ZORDAN POLATO 21 1.4 ORGANOGRAMA 22

2. FUNDAMENTAÇÃO

TEÓRICA

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2.1. A JORNADA DO HERÓI 23 2.1.1. A JORNADA DA HEROÍNA 27 2.2. A JORNADA DOS SUPER HERÓIS 35 2.2.1. OS QUADRINHOS 37 2.2.2. SUPER HEROÍNAS 39 2.2.3. DOS QUADRINHOS PARA AS TELAS___________________________41 2.2.4 A NARRATIVA HERÓICA SERIALIZADA 42 2.3 NOIR 52 2.3.1. DA ORIGEM AO NOVO NOIR 52 2.3.2. FOTOGRAFIA NOIR ENTRE A LUZ E SOMBRA 54 2.3.3. ARQUÉTIPOS DO NOIR 56 2.4 A MEMÓRIA 58 2.4.1. O QUE É A MEMÓRIA E COMO ELA FUNCIONA 58 2.4.2. PERDA DE MEMÓRIA E PERDA DE MEMÓRIA POR TRAUMAS 60 2.4 3 MEMÓRIA INDIVIDUAL E COLETIVA DE ACORDO COM JUNG 62

3 DA SÉRIE 63

3.1 DA HISTÓRIA_____________________________________________ 64 3.1.1. STORYLINE DA SÉRIE 64 3.1.2. STORYLINE DA TEMPORADA 64 3.1.3. ARCO DA TEMPORADA________________________________ 64 3.1.4. SINOPSE DA TEMPORADA 65 3.1.5. PERFIL DOS PERSONAGENS 65 3.1.6. SINOPSE DOS EPISÓDIOS 89 3.1.7. ARGUMENTO DO EPISÓDIO PILOTO REPETIÇÃO 94 3.2. OBJETIVOS_____________________________________________ 101 3.3 JUSTIFICATIVA 101 3.4. PÚBLICO-ALVO 104 3.5 PLATAFORMAS DE VEICULAÇÃO/ DISTRIBUIÇÃO 105 3.6. CLASSIFICAÇÃO INDICATIVA 106 3.7. DA ARTE__________________________________________________ 106 3.7.1. CONCEITO VISUAL DO PILOTO 106 3.7.2. REFERÊNCIAS: CENÁRIOS, FIGURINOS E MAQUIAGENS 107 3.7.3 CASTING 113 3.7.4. ABERTURA DA SÉRIE 116 3.7.5 SINCRONIZAÇÃO SONORA 117 3.8. DA FOTOGRAFIA 120 3.8.1. REFERÊNCIAS_____________________________________________ 120 3.9 CRONOGRAMA DO PROJETO 125 4 CONSIDERAÇÕES FINAIS 127 4.1. DA PRODUTORA 127 4.2. INDIVIDUAIS 127 5. REFERÊNCIAS _____________________________________________ 132 5.1. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 132

6. APÊNDICES 135 6.1. SUPER HERÓIS (HISTÓRIA) 135 6.2. PARTITURA MÚSICA SERENA 148 7. ANEXOS 149 7.1 ROTEIRO___________________________ 7.3. STORYBOARD____________________ 7 3 LOGOS 7 4 FICHA CLASSIFICAÇÃO INDICATIVA 7 5 AUTORIZAÇÕES DE IMAGENS 7.6. ORÇAMENTO PREVISTO 7 7 ORÇAMENTO REAL_________________ 7 8 ORDENS DO DIA (DIÁRIAS)

INTRODUÇÃO

Fazendo um resumo do nosso aprendizado até aqui, podemos dizer que talvez, ou provavelmente, as histórias que mais cativam as pessoas, sejam em livros, filmes ou séries, geralmente, não são provenientes das melhores ideias, ou digamos das mais originais. Mas sim das histórias que são mais bem contadas, descritas, vistas e que por consequência geram uma maior identificação. Dessa maneira, a formação da produtora também acontece pela atração dos integrantes ao tema que será apresentado, unidos pela intenção de contar uma boa e cativante história ao público.

Logo, todos os itens deste projeto são os que julgamos necessários para que essa história possa ser contada de maneira a atingir os objetivos supracitados.

Primeiramente temos uma definição da produtora, seus conceitos e valores são apresentados de forma que reflitam uma sintonia de todos os integrantes. Ratificando que a Corporação AAAH! trata se de uma nova produtora, e por isso, os integrantes também se apresentam aqui da forma que se veem como parte da engrenagem da nova produtora, e depois no organograma e na “ficha criminal” temos suas responsabilidades para com o Projeto 53R3N4.

Depois da apresentação temos aqui a fundamentação teórica, onde são apresentados todos os conceitos os quais julgamos necessários para que a série tenha estrutura e base técnica para produção. Temos início com a jornada do herói e da heroína, evidenciando a protagonista feminina, trazendo os conceitos, as características e as diferenças entre as duas jornadas. Seguida pela jornada dos super heróis, trazendo uma linha do tempo da criação dos super heróis até suas aparições nas telas em todo mundo, e a intenção aqui é caracterizar a protagonista feminina como uma super heroína com poderes especiais.

Com o item narrativa heroica serializada, mostramos que nossa história é uma série de investigação criminal com uma super heroína com poderes especiais, mostrando conceitos das séries, suas categorias e um pouco do mercado específico das séries dos super heróis. Logo em seguida, a série é ambientada em características do Noir, o jogo de luz e sombra. E por fim, o item sobre memória sinaliza o conflito principal da protagonista e o plot da história.

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Dessa maneira, temos uma história de origem de uma super heroína, num ambiente Noir, com poderes especiais e que perdeu a memória. Sendo contada através de uma série de investigação criminal.

Todos estes conceitos são utilizados na sequência do projeto, o item “Da Série” é responsável por contar a história criada da melhor maneira que pensamos, trazendo à luz os personagens, seus conflitos e seu mundo comum. Buscando sempre, como já mencionamos, cativar e gerar identificação no público. Inclusive, nesta seção também temos as definições de público alvo, objetivos, justificativas e todas as características artísticas que serão aplicadas à produção. Após a descrição, temos o item de abertura da série, descrevendo como ela será feita buscando sintetizar o tema e o tom da história. A seguir temos a fotografia, e é importante evidenciar aqui que ela é conceituada no Noir, trazendo elementos nacionais em sua ambientação. O item da trilha sonora trata composições originais, em misturas de rock com brasilidades. Não fugindo do tom soturno da série.

Orçamentos e Cronogramas encerram a demonstração do projeto, evidenciando os custos e os prazos que a produtora seguiu. Item importante tanto ao pitching, quanto a evidenciar a organização, planejamento e execução do projeto por parte da Corporação AAAH!

O encerramento deste documento dar se á com as considerações feitas pela produtora e seus integrantes, bem como todas as referências utilizadas para a criação do projeto. Salientando aqui, que objetivo da produtora é que todo o trabalho pontuado a seguir seja bem estruturado o suficiente para que a série tenha a qualidade técnica, referencial e artística a qual estamos buscando. Além de cativar o público contando a história do melhor jeito possível.

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1. CORPORAÇÃO AAAH!

Idealizada há quase 10 anos por Whintney Polato, teve passos tímidos que logo foram engavetados para ser resgatada no ambiente propício para, não apenas nascer, mas ganhar vida. Polato, sendo uma artista plural, sentia falta de um lugar em que pudesse empregar a sua visão e agregar outros artistas e técnicos que compartilhassem e contribuíssem com ela.

Vinda de outra universidade, a turma já tinha seus grupos/produtoras e afinidades já construídas. Com a necessidade da realização do Trabalho de Conclusão de Curso, Gabriel Barbosa se alia a Polato, ponto de partida para finalmente dar à luz a produtora para abrigar o projeto que ali nasceria. A produtora e a proposta de produto foram apresentadas então para os demais quatro integrantes, peças fundamentais para o desenrolar de todo o projeto. A Corporação enfim poderia gritar.

1.1. LOGO & CONCEITO CORPORAÇÃO (s.m.)

Pessoas que se associam por possuírem alguma afinidade profissional, geralmente, organizam se através de um regulamento e/ou estatuto.

[Por Extensão] Reunião ou conjunto de pessoas que se juntam por compartilharem as mesmas causas, objetivos, profissões etc.

Administração. Empresa ou reunião de várias empresas provenientes de um ou mais setores de atividade econômica.

AAAH! (Onomatopeia de grito)

Figura de linguagem que é utilizada para transcrever sons, dando mais expressividade ao texto.

Interjeição. Palavra invariável que exprime emoções, sensações, estados de espírito.

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A escolha da palavra “Corporação” passa uma ideia de grandeza, ambiente corporativo, profissionalismo. Permite que ela de fato cresça e abrace diferentes vertentes que necessite para se expressar, não se limitando apenas ao audiovisual. Um lugar que busca o equilíbrio entre arte e entretenimento, que quer refletir, transformar, emocionar. Tanto quer se expressar, que é preciso gritar.

O grito é o outro lado da balança da Corporação. São as coisas que ela tem a dizer. São os artistas e técnicos que a compõe. É fazer barulho, é chamar a atenção, é não passar despercebida. Porque afinal, tudo o que emociona te faz gritar.

Figura 1 logo da produtora

Elaborada pelos autores

O logo utiliza as cores amarelo e preto, já que são as cores utilizadas em elementos que demandam atenção e cuidado, como por exemplo, faixas delimitantes de cenas de crimes, linha de segurança, ou placas de indicação de radioatividade.

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Fonte

Na espiritualidade, o amarelo manifesta o poder das divindades do além e está relacionada ao aspecto masculino Yang, luz e vida. Tem uma tendência natural de ir ao encontro do claro, da luz. É considerada como um veículo para obtenção da sabedoria e inteligência. Além disso, propicia vigor e a proteção dos céus. Amarelo é a cor da eternidade.

A lâmpada partida remete às ideias que não podem mais ser contidas, rompendo de dentro para fora, a mesma trajetória de um grito, que vem de dentro.

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Figura 2 Fita amarela da cena do crime Fonte Site dreamstime Figura 3 Símbolo radioatividade. Fonte Site quimica.seed.pr.gov

2.0 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Nesta seção apresentamos todos os conceitos teóricos que se fazem necessários para a construção da série. Do ponto de vista dos elementos que compõem a história.

2.1. A JORNADA DO HERÓI

Para qualquer pessoa que se atreva a contar histórias, em algum momento irá se deparar com o recurso da chamada Jornada do Herói. Hoje em dia, praticamente todos os manuais de roteiro e escrita criativa a utilizam como base, seja utilizando como ponto de partida, seja para subvertê-la, mas é ela a referência. Não se trata de um molde para encaixar uma história, mas sim de aspectos que se repetem nas histórias, que são envolventes, que nos comovem e que acabam por atravessar as barreiras do tempo e espaço.

As narrativas refletem o seu entorno, a época em que se vive, como a humanidade enxerga o mundo e como leva a vida. Porém algo faz com que algumas histórias sigam vivas, mesmo depois de muitos anos da morte de seus autores.

Não importa onde um filme é feito Hollywood, Paris, Hong Kong, se tiver uma qualidade arquetípica, ele engatilha uma reação em cadeia de prazer perpétua e global, levada ao cinema de geração a geração. Histórias são sobre arquétipos, e não estereótipos. (MCKEE, 2006, p. 18)

Não é possível falar de narrativa sem falar da complexidade humana e da grande incógnita que é a vida. Com o advento da psicanálise, os personagens se tornaram cada vez mais profundos e complexos, como todos nós somos. O conceito de arquétipos surgiu em 1919 com o discípulo de Freud, Carl Gustav Jung. Para ele os arquétipos são conjuntos de ‘imagens primordiais’ originadas de uma repetição progressiva de uma mesma experiência durante muitas gerações, armazenadas no inconsciente coletivo.”

Essa camada mais profunda da psique é constituída de materiais que foram herdados, e é nele que residem os traços funcionais, tais como imagens virtuais que seriam comuns a todos os seres humanos. Isso vem servir às estruturas narrativas para se entender como histórias vencem as fronteiras do tempo e do espaço, como uma mesma história pode se conectar com culturas tão diferentes, ou tanto tempo

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depois de ser contada? Então entender a fórmula, mas não a forma se tornou o mais importante, seguindo uma regra hoje muito conhecida e difundida no marketing: pessoas se conectam com pessoas

O que faz a gente voltar a ver um capítulo de uma série de TV na semana seguinte ou emendar um episódio no outro no streaming? Quem a gente vê na tela. São pessoas que provocam alguma coisa dentro da gente, algum sentimento, alguma emoção. Ou seja, a base de tudo é o personagem. Os grandes personagens da televisão são complexos, fazem com que o espectador queira mais deles, seja porque simpatiza com ela/ele (eu gosto dela/dele), seja porque empatiza com ela/ele (eu sinto o que ela /ele sente). Mesmo com o controle remoto na mão, as pessoas ficam presas a um programa, pensando: ela/ele é igual a mim (pessoa comum)? É melhor do que eu (herói)? É pior do que eu (underdog)? É o meu oposto (anti herói)? Se eu não sentir nada com uma história, ela vai passar em branco. Preciso sentir alguma coisa quando entro naquele universo. Seja medo nas histórias de terror, adrenalina nas história de ação, empatia nos melodramas, graça nas comédias. A emoção é a ponte que liga a história e o espectador. É o que conecta tudo, no fim das contas não importa o formato. (CANTORE e PAIVA, 2021, p.19 20).

Ao estudar durante anos os mitos e religiões de diversas civilizações, Joseph Campbell chegou ao chamado Monomito, encontrando um padrão nas narrativas heroicas a partir de um olhar da psicanálise. É importante essa junção para compreender que todas as histórias que contamos contém uma bagagem ancestral.

Pois os símbolos da mitologia não são fabricados; não podem ser ordenados, inventados ou permanentemente suprimidos. Esses símbolos são produções espontâneas da psiquê e cada um deles traz em si, intacto, o poder de sua fonte. (CAMPBELL, 2007, p. 15 16)

Campbell desenvolve a jornada do herói em 1949 e em 1992 Christopher Vogler torna o conceito mais acessível e palpável. Então, unindo conceitos conhecidos da psicologia de Carl G. Jung e dos estudos míticos de Joseph Campbell, Vogler procura criar um guia para o escritor, relacionando essas ideias à arte contemporânea da narrativa. Em seu livro A Jornada do Escritor (2015), ao introduzir suas ideias sobre a jornada do herói:

Saí a procura dos princípios formadores da narrativa, mas no meio do caminho me deparei com algo mais: um conjunto de princípios para a vida. Acabei descobrindo que a Jornada do Herói não é nada menos que uma compilação de instruções para a vida, um manual completo da arte de ser humano. (VOGLER, 2015, p. 15 16)

A partir do jargão popular: A vida imita a arte ou a arte imita a vida? a Jornada do Herói vem ser uma análise de nossas provações na realidade, nos auxiliando a

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entender as etapas necessárias para que se possa contar uma boa e envolvente história.

Figura 4 A jornada do herói Fonte expertdigital

A Jornada do Herói normalmente é dividida em 12 etapas distintas. Cada fase conecta uma com a outra e leva a história adiante, conectando o público não apenas com o herói, mas também com as mensagens principais do seu discurso ou apresentação.

Sintetizando Vogler as 12 fases são:

1. MUNDO COMUM: este é o começo da história, serve para contextualizar e mostrar o cenário. É aqui que a história do herói é revelada para o público, como: quais são os tipos de problemas que ele enfrenta, quais são seus objetivos, o que ele está procurando;

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2. CHAMADA PARA AVENTURA: nesta fase, algo acontece ao herói e a aventura começa. Este é um momento crucial da história, pois um alarme dispara tanto para o herói quanto para o público. Se esse alarme não for interessante suficiente, ninguém vai querer continuar lendo ou assistindo a história até o final;

3. RECUSA DO CHAMADO: este é um estágio temporário na Jornada do herói que invoca medo e relutância do personagem. Algumas histórias trabalham com isso, outras partem direto para o encontro do mentor;

4. ENCONTRO DO MENTOR: a quarta etapa é quando o herói é apresentado a um mentor, que é a prova viva de que o problema mostrado na chamada para a aventura pode ser resolvido. Ele será o empurrãozinho que o herói precisa para seguir na jornada;

5. O CRUZAMENTO DO PRIMEIRO LIMIAR: depois de conhecer seu mentor, o herói parte para a aventura e cruza o limite – seus primeiros desafios. Este ponto marca uma importante virada na psicologia do herói, e pode ser exemplificado com diferentes travessias, como a descoberta de um segredo, a aquisição de uma nova habilidade, ou até mesmo uma mudança de lugar propriamente dita;

6. TESTES, ALIADOS E INIMIGOS: ao longo de sua aventura o herói encontra forças positivas e negativas, como aliados e inimigos para enfrentar. Eles servem como testes que vão preparar o herói para o combate final;

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APROXIMAÇÃO DA CAVERNA SECRETA:

aqui é o momento antes do confronto final que o herói retorna aos seus medos e questionamentos iniciais, em uma espécie de conflito interior. Mesmo quando não há conflito interior, ainda assim essa pausa é necessária para mostrar ao público a magnitude do desafio que está por vir. Essa pausa serve para preparar o herói ainda mais para o final;

8. PROVAÇÃO: na oitava etapa o herói é desafiado por um obstáculo de grande magnitude. É um desafio que ele precisa cumprir para seguir seu destino. Isso marca outro momento crucial na história, onde ocorre uma transformação sobretudo psicológica do personagem;

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9. RECOMPENSA: depois de superar o obstáculo, o herói atinge seu objetivo e por isso recebe uma recompensa. Nesta etapa o público se comove com a vitória do herói e fica com aquele sentimento de merecimento;

10. ESTRADA DE VOLTA: nesta fase, o herói inicia o caminho de volta ao mundo comum, porém agora com uma grande transformação adquirida no processo. Aqui ele pode ser testado novamente para ver se realmente aprendeu a lição;

11. RESSURREIÇÃO: é neste momento que o inimigo do herói ressurge, para um novo combate ou conflito ainda maior e com mais coisas em jogo. O herói recebe uma oportunidade de testar e aplicar o que aprendeu, e enfrenta um desafio final antes de retornar totalmente à sua vida cotidiana;

12. RETORNO: o herói oficialmente retorna ao mundo comum. Isso permite que o público entenda o significado da jornada e traz uma sensação de conclusão à história.

A essa altura se nota que o uso da palavra herói se refere ao protagonismo que uma pessoa comum toma a respeito de sua própria história. Ela se distingue por suas ações extraordinárias e seus feitos brilhantes. Como essa estrutura tem como origem os mitos, que geralmente envolvem histórias com divindades, o herói é esse ser que após se provar, atos de coragem, se transforma em alguém excepcional.

2.1.1. A JORNADA DA HEROÍNA

Visto que as narrativas são reflexos do mundo e seus habitantes, que moldam gerações e mudam o curso da história, é importante frisar aqui que o masculino é a régua para o mundo. O ideal masculino em si não é o problema. O problema está no excesso de masculino e na despriorização ou quase ausência do ideal feminino no que criamos, desenvolvemos e participamos.

Na tradição chinesa milenar do Tao, a totalidade do universo e da natureza manifesta-se com o equilíbrio harmonioso e dinâmico entre energias de dois polos opostos: Yin e Yang, sendo Yin a energia do feminino e Yang a do masculino.

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Fonte claudiamelo.org

Maureen Murdock, discípula de Joseph Campbell, vem então questionar a jornada do herói do ponto de vista feminino, ou seja, qual seria a jornada da heroína.

Escrevi a jornada da heroína, há 30 anos, para descrever uma alternativa ao estereótipo egóico da jornada do herói masculino, tão admirado na cultura dominante. Até então, não havia um padrão arquetípico reconhecível que se adequasse à experiência das mulheres. (MURDOCK, 2022, p. 17)

Antes de fato entrar na jornada da heroína, é preciso compreender a questão da mulher. Simone de Beauvoir é uma filosofa, raramente reconhecida como tal, e autora do livro O Segundo Sexo (1949). Ela desmembra uma filosofia existencialista a fim de caracterizar questões de gênero, e descreve que há um caminho a se entender para enfim chegar ao cerne da questão.

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5
Yan
Figura
Yin e

No existencialismo não há preocupação com o além, o que veio antes do nascimento e o que virá após a morte. Você de fato existe e está vivo, e caso decida que quer viver, deve definir como quer viver. Não havendo nada pré determinado, somos nós que atribuímos sentidos à vida, baseados na liberdade e autenticidade. Entre o sujeito, o mundo e seus desejos existem obstáculos, lugares onde os valores do indivíduo são criados. São nesses obstáculos que a opressão surge, tornando as possibilidades pequenas ou mínimas. A figura do opressor faz suas ações se passarem por naturais, o que na verdade, não são.

Entende se aqui a diferença entre liberdade e livre arbítrio. A liberdade é a possibilidade de criar um caminho, trabalha para o coletivo e reforça a liberdade do outro. O livre arbítrio é escolher entre caminhos já prontos. O caminho para a liberdade é a desnaturalização da opressão, por isso entender a sociedade e por fim de que não se nasce mulher, mas torna se mulher.

Com o avanço dos movimentos sociais, essa tal questão da mulher ganhou força, e estereótipos femininos começaram a ser questionados. Pois a forma como o masculino é tido como o primeiro sexo, o referencial, o absoluto, refletem nas histórias que contamos, e ajudam a perpetuar essa visão de mundo. Por exemplo, na bíblia sagrada, no livro de gênesis “O Senhor Deus disse: Não é bom que o homem esteja só, vou dar lhe uma auxiliar que lhe seja adequada” . (BÍBLIA, Gênesis, 2:18). Mais à frente, continua: “Eis agora aqui disse o homem o osso de meus ossos e a carne de minha carne; ela se chamará mulher, porque foi tomada do homem”. (BÍBLIA, Gênesis, 2:23).

Voltando a Joseph Campbell, tal autor que nos apresenta a jornada do herói, ele dedicou toda a sua vida à compreensão dos mitos e de como eles ditam nossos imaginários, nossa sociedade, nossa humanidade. Dito isso, é relevante reforçar o que tal autor nos traz nessa construção do imaginário, em paralelo desse caminho para se entender a “questão da mulher”, algo que Campbell não se preocupa em buscar em suas pesquisas. No mito da criação do cristianismo a mulher é gerada como uma assistente, uma auxiliar; o segundo sexo desde a sua concepção.

Numa discrepância de sua própria gênese, quem gera a mulher é o homem, sendo que é o feminino quem gera a vida. Muitos anos mais tarde, Mary Shelley no

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século XIX cria uma das mais aclamadas obras de horror de todos os tempos: Frankenstein, a história de um estudante de ciências naturais que cria um monstro em seu laboratório. Um monstro, pois quem gera a vida é o feminino, não o masculino.

Em O Poder do Mito, livro que é uma transcrição de uma conversa/entrevista de Bill Moyers com Joseph Campbell, Campbell ressalta a importância dos ritos e as consequências da falta deles atualmente. Num determinado momento, ele descreve um ritual pelo qual passavam os meninos aborígenes na Austrália. “Era físico e doloroso. Isso o impactava psicologicamente e ao retornar esse menino sabia que era um homem”. Moyers então questiona sobre as fêmeas.

Moyers E quanto à fêmea? Quase todas as figuras nas cavernas templos são machos. Essa era uma espécie de sociedade secreta dos machos? Campbell Não era uma sociedade secreta, é que os meninos precisavam passar por isso. É claro que não sabemos exatamente o que acontecia às fêmeas nesse período, devido à escassez de informações a respeito, mas hoje, nas culturas primárias, a menina se torna mulher com a primeira menstruação. É algo que acontece a ela, a natureza faz isso a ela. E assim ela supera a transformação mas qual é a sua iniciação? Normalmente é sentar se no recesso de uma cabana, por alguns dias, e tomar consciência de quem é ela. (CAMPBELL, 2014, p. 87)

As falas de Campbell são dignas de algumas constatações, como, o feminino sempre foi negligenciado e por isso parece ser algo tão misterioso, porque é para dentro. A história sempre foi contada por parâmetros masculinos, então essa jornada interior pode não ter parecido tão interessante e passamos a aceitar explicações do tipo: é algo que acontece a ela, é raso e tira seu aspecto humano.

Colocando as sempre como místicas, musas e deusas, algo que pintores durante boa parte da história da arte o fazem, acabam por reforçar as mulheres dentro destes estereótipos. Dessa maneira, sentar e tomar consciência de quem é, não parece ser uma aventura com tons heroicos.

Moyers Como ela chega a isso?

Campbell Ela se senta lá. Agora é uma mulher. E o que é uma mulher? Uma mulher é um condutor de vida. A vida surpreendeu a. A mulher é tudo o que importa à vida: conceder o nascimento e a nutrição. Seus poderes a tornam idêntica à deusa terra, e tem de tomar consciência disso. O menino não vive nenhum acontecimento desse tipo, por isso precisa ser transformado em homem e voluntariamente tornar se um servidor de algo maior que ele. (CAMPBELL, 2014, p. 87)

É aqui que Campbell deveria ter se dado conta das divergências da jornada do herói e da heroína. Mas não é sua culpa viver o privilégio masculino de ser o primeiro

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sexo. Afinal, quando nos referimos ao ser humano, sempre usamos a expressão “O homem”. Quando queremos dizer que alguém é incrível, ele é “o cara”. Parafraseando uma frase do filme As Virgens Suicidas (Sofia Coppola,1999): “Você claramente nunca foi uma menina de 13 anos”.

Todos os autores de referência de manuais de roteiro e storytelling aqui citados são homens: Joseph Campbell, Christopher Vogler, Robert Mckee. E todos com acesso e condições para tornarem-se mestres e até mesmo gênios.

Virgínia Wolf no livro Um Teto Todo Seu (2014) exemplifica didaticamente o porquê de nossos mestres, na maioria das vezes, serem do sexo masculino. Tanto para escrever manuais ou histórias de ficção, homens e mulheres geralmente não possuem as mesmas alternativas e/ou oportunidades.

Tudo o que poderia fazer seria oferecer lhes uma opinião acerca de um aspecto insignificante: a mulher precisa ter dinheiro e um teto todo dela se pretende mesmo escrever ficção (WOOLF, 2014, p. 8).

Ela ainda adverte:

Sempre haverá interrupções. Isso quer dizer que a campainha irá tocar, o bebê vai chorar, a panela no fogo irá ferver. A liberdade intelectual depende de coisas materiais. A poesia depende da liberdade intelectual (WOOLF, 2014, p. 131).

Alguém precisa limpar a casa, fazer comida, levar as crianças para a escola. A mulher tem essas responsabilidades, enquanto o homem gênio pode se trancar em seu escritório sem ser incomodado. Mesmo hoje, com muito direitos conquistados e maior acesso à informação, a mulher ainda se vê sobrecarregada pela vida doméstica. Pois a busca pelo direito de igualdade não assegura dividir as responsabilidades do lar para o qual todos usufruem. Ela ainda é uma auxiliar. Woolf nesse mesmo livro ressalta sobre o professor X, personagem de sua história: Ele adverte as mulheres de que “Quando as crianças deixam de ser inteiramente desejáveis, as mulheres deixam de ser inteiramente necessárias. Espero que vocês tomem nota disso”. (WOOLF, 2014, p. 136)

Psicoterapeuta com orientação Junguiana, Murdock recorre a histórias extraídas de seu trabalho, assim o livro A Jornada da Heroína é narrado na primeira pessoa, onde a própria autora se incluí e reconhece sua própria jornada. Mesmo que

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não haja um padrão que se aplique a todas as mulheres, há uma compreensão da vida como mulher.

O modelo que apresento aqui não se aplica necessariamente à experiência de todas as mulheres de todas as idades e tampouco se limita a elas. Ele aborda a jornada de ambos os gêneros, descrevendo a experiência de muitas pessoas que se esforçam para se manter ativas e oferecer uma contribuição ao mundo, mas que temem o que nossa sociedade voltada para o progresso vem causando à psiquê humana e ao equilíbrio ecológico do planeta. (MURDOCK, 2002, p. 24).

Histórias com personagens femininas que vivem a jornada do herói plenamente e ignorando a jornada da heroína, tendem a ter mulheres muito masculinas, visto que seus valores ainda estão sistematizados no yang. São histórias pautadas na validação exterior, e na realidade, a mulher em algum momento se depara com esse vazio de ter caído numa propaganda enganosa. “Aprenderam a ser bem-sucedidas de acordo com o modelo masculino, porém esse modelo não consegue satisfazer a necessidade de ser uma pessoa inteira”. (MURDOCK, 2022, p. 27).

Visto que Vogler vê a jornada do herói como uma compilação de instruções para a vida, Murdock chama o seu livro de “a busca da mulher para se reconectar com o feminino”. Essa busca é algo constante, os movimentos ao longo das etapas da jornada da heroína são ciclos a pessoa pode estar em mais de uma etapa ao mesmo tempo. A jornada da heroína é um ciclo contínuo de desenvolvimento, crescimento e aprendizado. É também uma alternativa à jornada do herói.

Meu desejo de compreender como a jornada da mulher se relacionava com a jornada do herói me levou primeiro a conversar com Joseph Campbell em 1981. Eu sabia que as etapas da jornada da heroína incorporavam aspectos da jornada do herói, porém sentia que o foco do desenvolvimento espiritual feminino era sanar a divisão interna entre a mulher e a sua natureza feminina. Eu queria saber a opinião de Campbell a esse respeito. Fiquei surpresa quando ele me respondeu que as mulheres não precisavam realizar a jornada: Em toda a tradição mitológica, a mulher já está lá. Tudo o que ela tem que fazer é entender que ela já é o lugar que as pessoas estão tentando alcançar. Quando uma mulher entende qual é o seu caráter maravilhoso, ela não se deixa confundir com a ideia de ser um pseudo homem. (MURDOCK, 2022, p. 22).

Em síntese, são as etapas da jornada da heroína:

1. SEPARAÇÃO DO FEMININO: em que a heroína inicia sua jornada buscando reconhecimento e sucesso em uma cultura patriarcal, definida por aspectos masculinos exacerbados. Começa a se distanciar de tudo que é considerado feminino, podendo se afastar até da mãe, que será uma representação de tudo que a heroína odeia em sua feminilidade;

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2.

IDENTIFICAÇÃO COM O MASCULINO

: a heroína encontra seu mentor, alguém que ela admira e que irá ajudá la dando suporte, transmitindo valores, atitudes, conhecimento e encorajando a nos momentos difíceis. Pode ser qualquer homem ou uma mulher com aspectos masculinos bem definidos. Então, depois que se afastou do feminino, a mulher passa a se identificar com os valores masculinos. Portanto, ela pode se aproximar do pai, que será uma representação da liberdade da mãe;

3.

A ESTRADA DAS PROVAÇÕES:

Assim como na Jornada do Herói, a mulher enfrenta obstáculos que levam ao seu desenvolvimento. Por isso, essas tarefas estarão relacionadas a obter sucesso. Mas, diferentemente do modelo de Campbell, a heroína também luta com conflitos internos, como noções de dependência, amor e inferioridade;

4.

ENCONTRANDO O APOGEU DO SUCESSO:

nesta fase a heroína finalmente conquista tudo o que desejava (que pode ser fama, sucesso no meio acadêmico ou financeiro, roupas, bens materiais, popularidade ou até mesmo um par romântico, seu idealizado príncipe encantado). Apesar de ter tudo o que sempre quis, ela sente um profundo vazio. Ou seja, logo depois de superar os obstáculos e experimentar o sucesso, a heroína perceberá que traiu seus próprios valores para atingir o objetivo. Por isso, se sentirá em conflito e limitada na nova vida;

5. ARIDEZ ESPIRITUAL: ela não se reconhece mais, tem um sentimento constante de ter se perdido em sua luta pela conquista. A heroína perde sua vivacidade e se afunda na tristeza a cada instante;

6. INICIAÇÃO E DESCIDA PARA A DEUSA: a heroína passa por um período de introspecção, conhecido também como depressão, no qual ela começa a procurar pelas partes perdidas de si mesma. Posteriormente a crise de identidade, essa mulher deve se reconciliar com seu lado feminino. Ou seja, a heroína se encontra com uma figura de deusa, que representa todos os valores positivos que ela abandonou;

7. ANSEIO URGENTE DE RECONEXÃO COM O FEMININO: na busca de reconectar se com o poder feminino e sem instruções para alcançá lo numa sociedade patriarcal, a heroína deixa sua intuição guiá-la para práticas artísticas, meditativas, artesanais e/ou de religiões matriarcais. Então, neste estágio da jornada

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da heroína, a mulher busca recuperar uma conexão com o sagrado feminino para entender melhor sua própria psique. Ela pode tentar reacender um vínculo com a mãe e passa a ver seus valores antigos sob uma perspectiva diferente;

8.

CURANDO O ROMPIMENTO ENTRE MÃE E

FILHA: a heroína cura suas feridas anteriores, se dissipa do rancor, perdoa (ou busca perdão) e então recupera os laços femininos que possuía antes de iniciar a primeira etapa da jornada. Apesar do nome desta etapa, o laço não é necessariamente com a mãe, pode ser também com pai, avó (ô), tia(o), amiga(o) ou um responsável. O laço representa a comunidade que ela pertence;

9.

CURAR O MASCULINO FERIDO

: ela enxerga o machismo feminino e entende que o homem também vem sendo oprimido na sociedade patriarcal. Depois da primeira reconciliação, a heroína deve olhar para dentro e compreender a parte masculina de sua identidade. Ela vai reconhecer que existem pontos positivos e negativos deste aspecto;

10. INTEGRAÇÃO DO MASCULINO COM O FEMININO

: finalmente, na última fase da jornada, a mulher encontra o equilíbrio entre o seu masculino e feminino interior. É um momento de reconhecimento, uma lembrança daquilo que, no fundo, ela sempre conheceu: sua essência. A heroína aprende a integrar e equilibrar todos os aspectos de si mesma, tornando-se finalmente uma mulher plena, um ser humano em sua totalidade.

Figura 6 A jornada da heroína

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Fonte médium.com

Isto posto, nos últimos anos a palavra herói ganhou novas formas, dimensões e valores. O herói se tornou super, com personagens com poderes e habilidades sobre humanas. Até mesmo os “supers” acabaram se transformando com o tempo, aprofundando suas fragilidades humanas, e até vilões e anti heróis que passaram a ter sua psique explorada. A divisão grega de bem e mal é deixada de lado e passamos a entender que ninguém é totalmente bom ou totalmente mal. De qualquer forma, ainda não é à toa que o primeiro super-herói é justamente o Superman (SuperHomem).

2.2.

A JORNADA DOS SUPER-HERÓIS

Jerry Siegel e Joe Shuster criaram, em 1938, a história de um alienígena que é enviado ao planeta Terra quando bebê, criado entre os humanos, e descobre que tem superpoderes, em virtude do sol amarelo. Foi na revista Action Comics #1, com este enredo de fundo, que temos a criação do primeiro e mais famoso dos super-heróis, o Superman.

Pode se dizer, que a capa vermelha e o S no peito são dois dos símbolos mais reconhecidos nos quatro cantos do mundo. Haja vista que, Superman tem sua revista em quadrinhos sendo publicada desde o início até hoje de forma ininterrupta, além de

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São exemplos de filmes e séries que utilizam elementos da jornada da heroína:

ser protagonista de uma gama de séries de TV, filmes, programas de rádio e animações.

Baseado nos arquétipos de heróis, embalado pelas crenças religiosas que possuem a figura de um salvador, de um escolhido, somado ao contexto da iminente Segunda Guerra mundial, onde as pessoas precisavam de esperança. Superman é o responsável pelo início da era dos super heróis nos quadrinhos e seu posterior avanço em todas as outras mídias de comunicação em massa, trilhando o caminho para o sucesso que Batman, Homem Aranha, Homem de Ferro, Thor, Doutor Estranho, entre outros, faz nos dias de hoje nas telas de cinema de todo o mundo.

É importante diferenciarmos aqui o termo herói do super-herói. Segundo Lobo (2020),não podemos confundir os dois termos, tomando como base então que o termo super-herói nasce com o Superman. Enquanto os heróis já existiam, termo que inclusive pode abranger uma diversidade maior de personagens, inclusive históricos. Podemos dizer que o termo herói se refere ao arquétipo criado, baseados nos antigos heróis gregos e suas aventuras e triunfos em batalha, como modelos de comportamento, que guiam as massas. Enquanto o super herói surge da luta efetivamente do bem contra o mal, dos superpoderes e da coragem para proteger os fracos e indefesos

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Figura 7 Action Comics #1 Fonte Site Quadrinheiros Era de Ouro.

2.2.1. OS QUADRINHOS

Antigamente, acreditava-se que as fontes de inspiração para a criação dos super heróis apoiavam se somente nas diversas mitologias existentes, bem como nos arquétipos dos heróis. Mas segundo Viana (2020), os super heróis como os conhecemos, com suas características físicas, morais e intelectuais, são produtos da sociedade moderna. Isto quer dizer, que os super heróis são frutos da evolução histórica, da sociedade e dos meios de comunicação em massa.

Dito isso, temos que as criações, aparições e histórias dos super heróis nos quadrinhos foram divididas em eras (ouro, prata, bronze, ferro, pós moderna), pois as características de cada uma delas tinham influência dos aspectos e transformações que a sociedade passava ao longo do tempo.

Batman, Capitão América, Mulher-Maravilha, Flash e Cia não fogem das transformações a que a sociedade necessitava. Inclusive o próprio Superman tem, em sua longa história, o reflexo das mudanças e evolução da sociedade em sua biografia.

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Figura 8 Captain America Comics Fonte Site Quadrinheiros Era de Ouro.

E dessa maneira, os super heróis sofreram diversas transformações, sejam em suas histórias, seus alter egos, seus poderes, suas intenções, por fim, em suas jornadas. Mesmo criados há várias décadas, e por reflexos de suas épocas, sofrem até hoje a influência das constantes discussões e evoluções da sociedade. Porém, sempre mantendo seus ideais de super heróis, das aventuras e da luta do bem contra o mal.

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Figura 9 CCA e Flash de Barry Allen Fonte Site Quadrinheiros Era de Prata Figura 10 A era de prata com Liga da Justiça, Quarteto Fantástico e Vingadores Fonte Site Quadrinheiros Era de Prata.

Assim, a partir da década de 90, temos o início da ascensão dos super heróis no cinema, com a atenção de Hollywood se voltando para as revistas em quadrinhos, para as HQs.

Todo esse universo, rico em mundos, histórias e aventuras, ou seja, um potencial enorme a ser explorado. Com uma incursão de sucesso, era um caminho sem volta.

2.2.2. SUPER-HEROÍNAS

É importante ressaltar que no início dos quadrinhos de heróis, as mulheres ficavam restritas apenas a papéis de vítimas de vilões e ajudantes, ou seja,

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Figura 11 Pantera Negra e os X Men, de diversos locais do mundo. Fonte Site: Quadrinheiros Era de Bronze. Figura 12 A morte do Superman e Bane quebrando a coluna do Batman. Fonte Site Quadrinhos Era de Ferro.

desempenhando apenas papéis secundários. Porém, como já dito aqui, os quadrinhos têm a característica de acompanharem as mudanças na sociedade, e dessa forma, em 1941, o ativista dos direitos humanos e do movimento feminista William Moulton Marston cria a Mulher-Maravilha.

Criada a partir da lenda das amazonas, a Mulher Maravilha tinha super força, super resistência, habilidades especiais de luta e agilidade que a faziam rivalizar com o Superman.

A partir daí, tivemos diversas super heroínas surgindo, com uma vasta diversidade de origens, poderes e sobretudo responsabilidades. Como por exemplo Sue Storm (Quarteto Fantástico), Jean Grey (X-Men), Capitã Marvel, She-Hulk, Tempestade (X Men) e etc. Criadas em épocas diferentes, todas possuem características únicas de personalidade e ideais, que vão muito além dos poderes que possuem. Todas protagonistas, ou de suma importância para os grupos os quais fazem parte.

Apesar de ter demorado algumas décadas, e com algumas exceções, esse protagonismo também tem sido transmitido atualmente para as telas do mundo, com sucessos de bilheteria como Mulher Maravilha (Patty Jenkins, 2017), Capitã Marvel (Anna Boden e Ryan Fleck, 2019) e Viúva Negra (Cate Shortland, 2021).

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Figura 13 Mulher Maravilha (Renascimento) e primeira capa da Mulher Maravilha. Fonte Sites Guia dos Quadrinhos e Omelete.

2.2.3. DOS QUADRINHOS PARA AS TELAS

Superman, como esperado, foi o primeiro a chegar às telas de cinema, ainda em 1978, com Superman O Filme, trazendo o então estreante, Christopher Reeve no papel do homem de aço. O filme foi um sucesso, e rendeu mais 3 sequências. Batman também teve sua primeira incursão em 1989, filme com Michael Keaton no papel do homem morcego. Sendo este também um grande sucesso, rendendo outras continuações nas décadas seguintes.

A evolução tecnológica constante ao longo das décadas, e algumas incursões dos quadrinhos para o cinema bem sucedidas, culminam no primeiro grande sucesso dos super-heróis, em 2002. Produzido pela Sony, Homem-Aranha chega às telas dos cinemas e bate o recorde de bilheteria da época para filmes de super heróis, arrecadando cerca de 825 milhões de dólares.

A partir daí, os super-heróis nunca mais saíram das telonas, sempre com grande apelo do público e faturando alto. Homem Aranha já teve três versões diferentes, toda uma saga dos X Men (iniciada em 2000), novas sagas de Batman e Superman, e na última década temos todo um universo cinematográfico da Marvel (MCU) trazendo as telonas os heróis da editora nas mais diversas aventuras, que culminaram no grande lançamento de 2019. Reunindo 10 anos de filmes na batalha final épica pela salvação do universo, em Vingadores: Ultimato. O filme se consolidou como a segunda maior bilheteria da história, com arrecadação total de 2,797 bilhões de dólares em todo o mundo.

Dessa maneira, podemos dizer que os super heróis estão vivendo a era de ouro nos cinemas, outros lançamentos feitos após 2019, como Batman (2022) e HomemAranha: Sem Volta Para Casa (2021) também foram sucessos de bilheteria e de críticas, chegando na casa do 1 bilhão de dólares.

Mas diante dos problemas da pandemia de COVID-19, que deixou os cinemas de todo o mundo fechados por cerca de dois anos. Os gigantes do entretenimento voltaram se para um mercado em ascensão, as plataformas de streamings. Dessa maneira, Netflix, Amazon Prime Video, HBO Max, entre outras passaram a ser destinos de muitos super heróis, sejam novos ou velhos conhecidos, em séries e

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lançamentos dos filmes. São os super heróis indo em direção às telinhas, ou qualquer tela que seja possível.

A diversificação e expansão dos super heróis possibilita que suas histórias, lutas, características sejam cada mais utilizadas como paralelos do mundo real. E como já foi dito aqui, desde as histórias em quadrinhos, os super heróis são influenciados e suas histórias contadas de forma a contar a evolução da sociedade, com seus valores, princípios e discussões sociais, éticas e culturais. Isto, desde que o Superman chegou à Terra, e se tornou o símbolo da esperança, em 1938.

2.2.4. A NARRATIVA HERÓICA SERIALIZADA

Com as narrativas de Super Heróis dominando as telas, grandes e pequenas, ditando tendências da cultura pop na última década, ao mesmo tempo, novas tecnologias surgiram e novos hábitos de consumo se criaram. Os quadrinhos se tornaram uma mina de ouro para explorar temas sociais, personagens e compartilhar universos. Com o streaming virando mainstream, o expectador virou uma criatura insaciável, precisando de cada vez mais conteúdo para consumir, numa velocidade cada vez mais rápida. Os filmes se tornaram serializados e as séries de TV cada vez mais cinematográficas.

O formato de série possibilitou essa expansão e exploração de universos, aprofundamentos de personagens e longevidade de narrativas. “Afinal as séries são a narrativa do século XXI. Elas são para o nosso século o que o romance foi para o século XIX e o cinema para o século XX”. (RODRIGUES, 2014, p.5)

Contamos histórias desde os homens das cavernas e através delas os mitos surgiram. Campbell afirma que foi quando nos demos conta da morte que nos tornamos humanos. De lá para cá a narrativa foi se adaptando aos seus diversos ambientes, com a tecnologia avançando e possibilitando diferentes formatos. A câmera para TV só foi inventada em 1927. Levou-se muito tempo para que esse novo eletrodoméstico de fato fizesse parte dos lares, e até mesmo por parte da indústria foi considerada de menor valor e quase nenhum prestígio.

Pensando que a ida ao cinema era um evento, o filme Cine Majestic (Frank Darabont, 2001) até brinca ao dizer que você não se arruma para assistir televisão,

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não põe as suas melhores roupas. E é justamente no cinema que a proposta de uma história contada de forma serializada surge e vai percorrer o caminho para ganhar a dimensão que tem hoje. Como as sessões entre os filmes eram em horas redondas, surgiu a necessidade de preencher esse espaço. Então em diferentes lugares do mundo, animações, esquetes, adaptações de folhetins e histórias de detetives ocupavam esse espaço.

A TV foi ganhando seu espaço e se reinvestigarão. Ganhou cores. Veio a tensão da guerra e o poder do audiovisual de ditar uma narrativa.

A TV aos poucos deixou de ser um aparelho doméstico da segunda onda da Revolução Industrial para se tornar o principal eletrodoméstico do lar, o maior meio de divulgação de notícias, alertas, ideias e produtos. (CANTORE e RUBENS PAIVA, 2021 p.26)

Até então, Jacqueline Cantore e Marcelo Rubens Paiva definem três eras de ouro da televisão, marcadas por uma guerra de domínio entre estúdios. Na primeira, iniciando nos anos 40, ABC, NBC e CBS dominam a TV aberta nos Estados Unidos, até o nascimento da Fox. As séries já dominavam horário nobre na época, pensando sempre num padrão publicitário como era no rádio, e alguns programas se destacando pela sua estranheza das tramas e pelos personagens complexos. Um exemplo é a aclamada The Twilight Zone, de Rod Serling, cujo piloto foi escrito por Alfred Hitchcock.

Na segunda Era de Ouro surge a TV a cabo e o público de nicho. A TV não está apenas na sala, se individualiza indo para os quartos. A mulher se emancipa. A TV paga tem uma censura mais branda quanto a nudez, por exemplo, do que a TV aberta. Quem não tinha TV a cabo poderia comprar ou alugar os DVD’s com todos os episódios, surgindo já um novo hábito. É dessa época Chumbo Grosso (1980) e Twin Peaks (1990).

A terceira onda é marcada por séries que revolucionaram o formato e pelo advento dos streams. Séries como Sopranos, Breaking Bad e Mad Man mudaram toda uma indústria com seus personagens complexos, contraditórios e moralmente duvidosos. A pioneira Netflix, responsável por mudar boa parte dos hábitos de consumo de toda uma geração, além da possibilidade de poder escolher o que quiser (produto), de onde quiser (plataforma TV, celular, Tablet) e quantas vezes quiser

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(consumidor), quebra o mercado ao lançar todos os episódios de uma temporada de uma só vez.

Então, como dito, com o avanço da tecnologia e o aumento da velocidade da internet surgiu a possibilidade do chamado serviço on demand, sob demanda. Possibilitando assim ao usuário não mais ter de baixar o conteúdo antes de assistir. As plataformas de streaming de vídeo começaram a operar nos Estados Unidos a partir de 2006. No entanto, é somente a partir da década de 2010 que elas ganharam estrutura e adoção dos clientes, e conseguiram assim redefinir a forma pela qual muita gente consome conteúdo hoje.

Segundo uma pesquisa liderada pela Finder, nosso país é o segundo maior consumidor de serviços digitais de transmissão do mundo. De acordo com os dados da pesquisa, cerca de 64,8% dos brasileiros afirmaram possuir ao menos uma assinatura de plataforma de streaming. A disputa entre essas plataformas está cada vez mais acirrada, e para um diferencial, algumas delas adquiriram os direitos de importantes títulos de super heróis.

Em 2009, a Marvel foi adquirida pela Walt Disney. Logo com o lançamento do serviço Disney+, dez anos depois, em 2019, todos os títulos dos super-heróis da Marvel estão disponíveis no catálogo da plataforma. Além disso, séries originais da Marvel que fazem parte do MCU foram lançadas no Disney+. Temos Wanda Vision, Falcão e o Soldado Invernal, Loki, Gavião Arqueiro e recentemente Cavaleiro da Lua, todas dentro do universo Marvel e que inclusive a maioria conta com super heróis, e seus intérpretes, saídos dos filmes. Com isso, a Disney é um ótimo atrativo para os fãs de super heróis e quadrinhos. Mesmo que você não saiba por onde começar, a plataforma tem nos filtros opções das fases dos filmes separadas, além também de uma ordem cronológica para ver na sequência.

A Netflix, como pioneira das plataformas de streaming, já teve em seu catálogo títulos da Marvel, com séries originais como Demolidor, Jessica Jones, Luke Cage, o Justiceiro, entre outras. Além de ter séries da DC, como Flash, Supergirl, Arrow, Legends of Tomorrow, tem também originais como Titãs e Gotham. Ainda possui séries de super heróis originais como The Umbrella Academy, que retrata temas importantes como racismo, brutalidade policial, religião, drogas e temas

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LGBTQIAPN+. Netflix recebeu também recentemente a trilogia Blade da Marvel para se juntar à sua biblioteca.

A HBO Max possui o acervo de filmes e desenhos animados da DC. Desde longas clássicos, como o primeiro Batman de 1989, até The Batman de 2022. Todos estão disponíveis na plataforma de streaming da Warner Média. Das séries atuais, podemos destacar Peacemaker, cujo personagem principal é derivado do filme O Esquadrão Suicida, de 2021. Com criação e direção de James Gunn, também diretor do filme, a trama conta com muita violência brutal, palavrões, sexo e nudez, num tom de humor crítico do anti-herói do lado B da DC.

No entanto, embora exista uma variedade considerável de nomes no mercado, apenas algumas se consolidaram entre as mais populares, e, hoje, lideram os rankings de transmissão, assinaturas e rentabilidade. O que podemos prever no futuro é o crescimento e a exploração desse universo cinematográfico.

Se com a jornada do herói possibilitamos entender a vida em si, que passamos por ela em diversos momentos, com o formato de séries podemos compreender melhor o ser humano e como as pessoas e suas relações mudam com o passar do tempo. Personagens que antes eram aliados, se tornam inimigos. Amadurecimento que surge e nos posicionamos de forma diferente diante de antigos dilemas, mas, como a vida é assim, novos dilemas são encontrados para amadurecermos novas partes de nós mesmos. Diferentes assuntos são possíveis de tratar numa série, ao contrário de um filme. Tendo um começo, meio e fim muito bem definidos, o personagem “resolve” as suas questões e se compara ao “felizes para sempre” dos contos de fada. Isso não acontece numa série. Além de adiar o encontro com o vilão, o amadurecer, até mesmo a morte, até um ponto crítico e inevitável para que a história continue, a promessa que é feita quando o personagem é apresentado, podem durar anos.

Outra possibilidade que uma série permite é a transição de protagonismo. Podemos inclusive matar um protagonista e seguir a história com outro. A ideia de que aquele personagem está seguro porque ele é o principal e vai sair dessa já não tranquiliza mais o espectador, algo que sériescomo House of Cards, Game of Thrones e Doctor Who trabalharam de diferentes maneiras. “Mata se um personagem de front

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e se introduzem outros, quando quiser - existe uma fonte inesgotável de atores, conflitos e tramas” (MCKEE, 2017, p.56)

Da mesma maneira, séries longínquas como Criminal Minds e Grey 's Anatomy tiveram recorrentes mudanças de cast por diversos motivos, desde confusão nos bastidores a desistência dos atores.

Quando as séries começaram a ganhar tamanho espaço e as grandes estrelas das telas grandes passaram a migrar para esse novo formato, houve certa resistência do cast, já que poderiam ficar anos presos a um papel, ou marcados por determinado personagem. Esse preconceito vinha da própria Hollywood que inclusive tinha o Emmy - premiação da televisão - como uma versão brega do Oscar.

O cenário mudou e as séries viraram uma companhia de longos anos, e com o avanço da tecnologia, em diferentes plataformas. Percebeu se então o poder de mais horas para contar uma história, do que as duas horas que poderiam durar um filme. Começou o intercâmbio de atores e aproveitamento de formatos. Filmes que poderiam virar séries (Missão Impossível, As Panteras) e séries que poderiam virar filmes (Breaking Bad, Sex and the City). Peças de teatro e livros que poderiam virar séries (Fleabag e Bridgerton).

No Brasil, há enraizado o hábito de assistir novelas. É importante ter bem claro a diferença de formatos entre novela, seriado e séries. Para tanto, uma novela é dividida em capítulos, e uma série em episódios. Um capítulo é um pedaço de um todo, como num romance, ainda podendo haver ganchos. Por outro lado, um episódio é algo “em si”, isto é, algo que tem começo, meio e fim, mesmo que possam ter causas que lhe antecedem e consequências posteriores.

Na novela, temos mais cenários e personagens para caracterizar os seus núcleos; na série construímos o que Sonia Rodrigues irá chamar de “Mundo Inconfundível”. Mantendo pontos recorrentes com o “Mundo Comum'' e “Mundo Especial” definidos na Jornada do Herói, esse ambiente é coeso com a narrativa, amarrando seus personagens para que não possam sair, assim como o espectador, no caso de um seriado, personagens e contexto não mudam, tendo cada episódio começo, meio e fim que não precisam ter continuidade entre si.

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Definição de séries de TV:

São histórias que repetem uma mesma estrutura narrativa em episódios autocontidos, seriados. Ou são episódios em que a narrativa prossegue e não se encerra em uma única exibição, muitas vezes no formato cliffhanger (a tradução seria algo como se segurar em um gancho à beira de um abismo), isto é, uma situação limite de perigo em que um herói salva outros personagens. (CANTORE e PAIVA, 2021, p.21)

Apenas estudar narrativas não é o suficiente para escrever séries. É preciso compreender suas particularidades. No cinema, temos a atenção do espectador por duas horas. Esse é o tempo necessário para que o protagonista enfrente suas falhas e saia dessa jornada transformado. Numa série isso levará anos. Para tanto, o que Robert Mckee vem chamar de “ideia governante” e Sonia Rodrigues de “pensata”, todos eles se baseiam em entender qual é o tema ou o princípio moral que irá guiar aquela narrativa. Não importa quantas temporadas venha a ter, a série pode até mudar de cenário, mas sua linha dorsal permanece. As convenções de beats, cenas e atos já conhecidas na dramaturgia para cinema, permanecem, mas elas são separadas em diferentes quadros, já que as séries contemplam temporadas. Novamente, o amadurecimento e/ou grande encontro são adiados ao máximo, e é aqui a grande oportunidade de explorar as diversas camadas do ser humano com o personagem. O que fascina nas séries são seus protagonistas, independente da trama.

Por que as séries fascinam? Porque na maioria das vezes elas contemplam as quatro camadas de conflito física, social, interior e de relações pessoais de forma equilibrada e com personagens complexos. E têm tempo para expandir suas camadas. Essa possibilidade foi explorada e se fortaleceu na virada do milênio, numa era da televisão. (CANTORE e PAIVA, 2021, p.35)

Uma série geralmente tem um caminho longo a percorrer, desde sua storyline, o que define sobre o que é a história em poucas linhas, até um roteiro propriamente dito. A prática do Showrunner e do writer 's room dão uma dinâmica de criação completamente única para as séries. Enquanto no cinema um roteiro é desenvolvido e escrito de forma solitária, depois vendido e desapegado de seu criador, é o diretor quem vem empregar a sua visão sobre ele; nas séries o Showrunner geralmente é o criador e chefe da sala de roteiro. Para além disso, ele participa de todas as etapas, influencia no casting, está presente para não perder o “tom” do projeto. O roteiro de uma série é geralmente resultado do trabalho de um grupo de roteiristas, com diferentes bagagens, estilos, e visões de mundo para dar mais substância e camadas para o produto. O ego fica de fora e tudo é pensado em favor do que seria melhor para

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a série. Tais práticas ainda não são tão utilizadas no Brasil, algo que o país não é exceção.

Poucos paísestêm legislação ousindicatos fortes pararepresentar interesses da categoria, além de não ter a tradição de um agente como intermediário na negociação e de um roteirista como o chefe artístico de toda a produção. (...) Essas diferenças, aliadas aos orçamentos cada vez maiores das séries americanas, causam cenários cada vez mais desiguais entre a qualidade das produções americanas enorestodo mundo.(CANTOREE PAIVA, 2021, p.112).

Voltando a estrutura de uma série, apesar de listar os “Gêneros do Cinema” em seu livro Story, vale lembrar novamente as diferenças entre os formatos, e Cantore e Rubens Paiva citam novas definições do mesmo autor, só que dessa vez específicas para série que ele compartilhou em seu seminário sobre Gêneros:

Podemos dividir as séries em seis tipos:

-Antologias: Episódios únicos e fechados ligados pelo tema através da temporada (como The Twilight Zone, Black Mirror, American Crime Story, American Horror Story);

-Minisséries: Episódios abertos levemente serializados em uma única temporada. Em geral são baseados em fatos reais, romances ou biografias (como Chernobyl, Sharp Objects, Band of Brothers, The Night Of, Manhunt: Unabomber e Unbelievable);

-Séries longas: possíveis de serem reprisadas: Episódios autocontidos, que se solvem dentro do próprio episódio, sem arcos de temporadas (como Law and Order, CSI, Bones, Elementary, House, Grey’s Anatomy e Two and a Half Men.

Séries com arcos de temporada: Episódios abertos ou fechados, levemente serializados e ligados por um arco maior ao longo de diferentes temporadas (como Sex and The City, Veep, The Americans, Catastrophe, Brooklyn Nine Nine, Blacklist e Stumptown);

-Séries que se encerram a cada temporada: Episódios serializados cuja história termina a cada temporada (como The Killing, Homeland, Stranger Things, Mindhunter, Homecoming e 24 horas);

-Séries longas que não se encerram a cada temporada: Episódios levemente serializados com várias temporadas (como Mad Men, The Sopranos, Game Of Thrones, Orange Is The New Black, O homem no castelo alto, The Deuce, Treme, This Is Us, The Boys, Breaking Bad e Boardwalk Empire). (CANTORE, Alfredo; PAIVA, Rubens 2021, p. 84 85)

Sendo uma história serializada ou um episódio autocontido, uma série precisa ter seu gênero bem definido. Tratando se aqui de gêneros narrativos, eles são ferramentas de antecipar, e consequentemente, concretizar expectativas do público.

Uma policial que apanha do marido, tem conflitos com os filhos, vem de uma família de comportamentos abusivos não será necessariamente uma boa protagonista de um drama policial. Essa personagem pode estar mais para um drama familiar. (RODRIGUES, 2019, p.214).

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No exemplo, não é porque a profissão da personagem é policial que a série será policial. “O que vai definir categoria da série é o problema que o protagonista enfrenta”. (CANTORE, Alfredo; PAIVA, Rubens 2021, p.14)

Esses padrões que foram observados desde Aristóteles e aprimorados com o passar do tempo, os quatro gêneros básicos (Trágico Simples, Trágico Complexo, Cômico Simples e Cômico Complexo) chegaram a 25 diferentes gêneros e subgêneros classificados por Mckee. histórias refletem sua sociedade e o indivíduo, e com o passar do tempo, além de sistemas que evoluíram com a prática, eles podem se fundir e mudar de acordo com diversidade de assuntos, ambientes, papeis, eventos e valores.

São esses:

Dentro de cada um deles é possível uma série de variações e combinações. De qualquer forma, o espectador de determinado gênero é um exímio conhecedor com extenso repertório. Fica a cargo do(s) roteirista(s) satisfazer a expectativa criada e ainda trazer elementos novos. Tais convenções mudam e evoluem junto com as mudanças da sociedade. “Pois os gêneros são meras janelas para a realidade, várias maneiras para o roteirista olhar a vida”. (MCKEE, 2017, p.98)

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Aqui vamos nos ater ao item 13

13. Crime. Subgêneros variam primordialmente de acordo com a resposta para a seguinte pergunta: de qual ponto de vista enxergamos o crime? Mistério de Assassinato (PV do detetive chefe); Caper (PV do chefão do crime); Detetive (PV do policial); Gângster (PV do mafioso); Thriller ou conto de vingança (PV da vítima); Tribunal (PV do advogado); Jornalístico (PV do reporter); Espionagem (PV do espião); Drama de Prisão (PV do prisioneiro); Filme Noir (PV de um protagonista que pode ser parte criminoso, parte detetive e parte vítima de uma femme fatale). (MCKEE,2017, p.89).

Categorizar uma série e lhe atribuir um gênero é um desafio. Como dito, é possível uma série ter diferentes variações e combinações. A série Hannibal (NBC 3 temporadas), por exemplo, é classificada como terror psicológico, thriller psicológico, drama policial e thriller criminal. De qualquer forma, o gênero crime gira em torno de um ou mais assassinatos, a busca pela verdade ou prêmio, e a força da lei para punir o(s) culpado(s). Para melhor compreensão, também podemos observar e combinar características estabelecendo as da seguinte maneira:

• PERÍCIA:

Peritos usando apenas elementos de cenas de crimes ou análise de corpos para pegar os culpados. NCIS, CSI;

PSIQUÊ CRIMINOSA:

Geralmente envolve a BAU (Behavioral Analysis Unit), ou Unidade de Análise Comportamental que é um departamento do Centro Nacional de Análise de Crimes Violentos do Federal Bureau of Investigation (FBI), que usa analistascomportamentais para auxiliar nas investigações criminais. Soluciona se crimes com base na psique dos criminosos. Criminal Minds, MindHunter;

• PSICOPATAS:

Seguindo a linha do anti herói, nessas histórias sabemos que os (as) protagonistas não são boas pessoas. Geralmente são muito carismáticos e o fato de matarem pessoas é compensado por algo que eles nos dão em troca. Dexter, que poderia ser uma série de perícia, é muito mais sobre ele fazer o favor de matar pessoas que ele sabe que são culpadas, mas saem impunes pela falha justiça. Dexter, Killing Eve;

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OS BANDIDOS SÃO OS HERÓIS:

Vemos os bandidos executando os crimes e torcemos fervorosamente por eles. A polícia não pode pegá los. Fazem jogos com a força da lei para mostrar que estão acima dela. La Casa de Papel, The Blacklist. Não policiais que ajudam a polícia. Personagens protagonistas que não são oficialmente policiais, mas se associam a um detetive ou algo semelhante e passam a ajudar a solucionar crimes. Castle, Lúcifer;

• DETETIVE:

O mais clássico e conhecido. Um cruel crime, geralmente envolvendo assassinatos, faz com que um atormentado detetive precise lidar com seus próprios demônios e encontrar o assassino. The Sinner, Mare of Easttown;

SUPER DETETIVES:

O poder de dedução e análise do detetive beira ao místico e sobrenatural. Sherlock, The Mentalis;

INTERROGATÓRIO:

Explora o jogo de fazer o suspeito confessar ou falar o que sabe. Seu foco não é a perseguição correndo nas ruas atrás do suspeito, ou troca de balas, mas técnicas de interrogatório, pressionar e persuadir. Lie To Me, Criminal

• CONSPIRAÇÃO:

Não entra necessariamente a polícia, ou um detetive que investiga algo, mas vítimas de uma conspiração que precisam investigar e combater perigosas instituições para salvar a própria vida. Geralmente possuem elementos de ficção científica. Sense8, Orphan Black

O noir, último subgênero citado na classificação do Mckee, segue sendo controverso onde alguns autores o terão enquanto gênero, e outros enquanto estilo que definem elementos estéticos. Mesmo sem uma definição concreta, de qualquer forma, a pluralidade de seus arquétipos serve às narrativas que cada vez mais possuem personagens complexos e de moral dúbia, ao lado sombria que a vida tem e que a reconhecemos quando vemos na tela.

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2.3. NOIR

Tendo em vista o suspense que envolve os personagens e seus acontecimentos passados em Projeto 53R3N4, buscamos referências no noir e neo noir para contar suas histórias visualmente o estilo se encaixa perfeitamente ao universo da série devido aos arquétipos presentes nesse subgênero e também devido ás possibilidades críticas que abrange. Tendo Personagens dos quais passaram por diversas formas de traumas, buscaremos explorar na fotografia e sons representações de seus estados emocionais, seja pela escolha de ângulos que causem desconforto e desorientação, seja pelo desenho de som e uso de cores contrastantes entre as sombras dos personagens.

2.3.1. DA ORIGEM AO NOVO NOIR

Neo noir é como são chamadas as obras mais recentes que referenciam o estilo noir do qual teve seu período clássico de 1941 a 1958. A palavra neo vem do grego néos, que significa novo e noir vem do francês e significa negro, devido a forma como histórias são sombrias, tanto nos temas em que aborda quanto como se apresenta na imagem e som.

O termo film noir tem origem nas escolas de cinema francesas, onde a cultura americana tinha forte expressão, sendo algo que deriva da literatura de ficção policial de autores como Dashiell Hammett, Raymond Chandler, James M. Cain, David Goodis e Comell Woolrich, da literatura naturalista de escritores como Émile Zola e Ernest Heminway em seus diálogos e na parte artística, do expressionismo alemão. Suas histórias geralmente giram em torno de suspense, crime e investigação devido à forte influência da literatura policial americana de sua origem, porém não se limitando a isso. (SILVER Alain/ URSINI James, 2012, p.10).

Tendo suas primeiras aparições em filmes como O Falcão Maltês (1941); Relíquia Macabra (1941); Casablanca (1942) e A Mulher Desconhecida (1944) é notório como o filme noir reflete o seu tempo. Se na década de 40 se popularizou em um período pós guerra e depressão econômica, ou seja, em um período histórico onde o pessimismo e desesperança pairavam, as suas histórias refletiam em personagens pessimistas e anti heróis, mostrando um mundo trágico, sombrio e melancólico.

Posteriormente, na década de 50 explorando temas como espionagem e desconfiança devido à guerra fria e ameaça comunista. Na década de 60 há discussões sobre ter sido o fim do filme noir, entretanto após seu período clássico

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marcado pelo preto e branco, obras com tais características visuais e narrativas continuaram a ser produzidas com maior definição e cores como Taxi Driver (1976); Blade Runner (1982); Seven (1995); Sin City (2005); O Abutre (2014) e na década atual com The Batman (2022). Com a popularização dos filmes noir há entretanto o questionamento do que foi mais determinante para sua origem, o período histórico ou razões econômicas, tendo em vista que o uso de pouca luz favorecia uma produção de menor custo.

O termo Noir não era utilizado pela grande imprensa até a década de 80, contudo após o surgimento de estudos aprofundados sobre o tema como Film Noir, An Encyclopedic Reference to the American Style (1979) e desenvolvimento de um cenário neo noir, termo este criado por Todd Erickson, onde a palavra noir passa a ser encontrada até em blockbusters como em O Exterminador do Futuro (1984), o noir passa a ser reconhecido e citado também como um gênero pela imprensa, sendo as obras noir a partir da década de 80 chamadas de neo noir.

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Figura 14 O exterminador do futuro (James Cameron, 1984) Fonte The Film Experience “Technoir” Figura 15 Blade Runner 2049 (Denis Villeneuve, 2017) Fonte Cinéfilos para sempre Uma continuação digna de ser vista no cinema

2.3.2. FOTOGRAFIA NOIR ENTRE A LUZ E SOMBRA

Não há consenso entre os especialistas se noir se trata de um gênero ou somente um estilo, contudo, alguns elementos se mostram recorrentes nesse tipo de histórias. Os temas do filme noir são acentuados na fotografia com uma atmosfera sombria, onde é explorado o alto contraste de luz e sombra ao estilo chiaroscuro, o desenho das sombras incidindo sobre os personagens e objetos, silhuetas e luz dura, onde muito é escondido, subentendido e apresentado com maior dramaticidade, tendo então grande influência do expressionismo alemão.

Além disso, outra característica presente no noir é contar sua narrativa utilizando de enquadramentos incomuns, propositalmente tortos, vistos de cima plongée ou de baixo contra plongée, causando desconforto, sensação de superioridade de determinado personagem sobre outro ou, em determinados momentos utilizando de estratégias visuais em sua composição para criar imagens quase oníricas como em A Dama de Shanghai de Orson Welles

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Figura 16 The Lady from Shanghai (Orson Well, 1948) Fonte Deleuze Cinema Project 1 Bad Luck, Orson Welles. Lady From Shanghai Figura 17 Seven (David Fincher, 1995) Fonte The Metaplex Se7en Movie Review and Analysis

Fonte blog Blizzarradas

Figura 19 Unsuspected (Michael Curtiz, 1950)

Fonte Film School Rejects

Figura 20 The Third Man (Carol Reed, 1949)

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Figura 18 Sin City (Frank Miller e Robert Rodriguez, 2005) Fonte Film School Rejects The Dark Beauty of Film of Film Noir in 50 Shots

Esse contraste de luz e sombra marca a ambiguidade dos personagens, pautada nos dramas e conflitos com seus passados e decisões conforme descrevem Alain Silver e James Ursini Paul Duncan no livro Film noir:

Os protagonistas dos filmes negros, raramente são criaturas da luz. Estão geralmente a tentar fugir de algum fardo do passado, às vezes um incidente traumático do passado (como em Desvio ou A Sede do Mal) outras vezes um crime que cometeram por paixão (como em O Arrependido, Dupla Traição e Pagos a Dobrar). De vez em quando estão simplesmente a fugir dos seus próprios demónios criados por eventos ambíguos enterrados no passado, como em Matar ou Não Matar. Qualquer que seja a origem do problema, estes personagens procuram esconder se nos becos escuros e em quartos mal iluminados que proliferam no mundo do noir. O passado para um protagonista deste gênero de filmes não é um fantasma inconsistente. É real, tangível e ameaçador. (SILVER Alain; URSINI James, 2012, p.15).

2.3.3. ARQUÉTIPOS DO NOIR

Entre os personagens tipo do noir, alguns são presentes na maioria das obras, tendo suas exceções de acordo com a história a ser contada. São estes:

O que procura a verdade. Este arquétipo não necessariamente precisa ser um detetive, do qual é constantemente associado no imaginário popular com um ícone noir, mas sim alguém que busque a verdade independente dos meios, criando assim margens para explorar a ambiguidade do ser humano e o peso de suas decisões. Este personagem tende a ser masculino e geralmente está a serviço público, mas podendo ser também jornalistas, secretárias ou até alguém com amnésia em busca de respostas pelo seu passado como em “Rua da Sorte” (1942) (SILVER Alain; URSINI James, 2012, p.15).

O perseguido, Personagem geralmente masculino do qual é perseguido do início ao fim, oriundo do existencialismo e fatalismo, este personagem tente a não aceitar a forma como seu propósito de vida é imposto, clamando por liberdade e muitas vezes se tornando um personagem rebelde, este acredita que pode criar sentido para sua própria existência e escapar do pesadelo que o persegue (SILVER Alain; URSINI James, 2012, p.16).

A Femme Fatale. Personagem feminina sedutora e misteriosa, da qual costuma fazer par com o protagonista. Esta surge como uma figura castradora que busca algo do qual leva o protagonista a uma situação fatal ou autodestrutiva, muitas vezes o

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seduzindo para isso, além de que para chegar a seus objetivos, costuma ter tanta capacidade para matar quanto os homens. (SILVER alain; URSINI James, 2012, p.15).

Figura 21 The killers (Robert Siodmark, 1946)

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Fonte Direito em Comprimidos Os Assassinos, The Killers (1946) Figura 22 The Lady From Shanghai (Orson Welles, 1947) Fonte Site Filmow The lady From Shanghai

2.4. A MEMÓRIA

Abaixo podemos ler sobre memoria, e entender como funcionam perdas frequentes de memória resultante de perdas por traumas que um indivíduo pode sofrer, algo extremamente comum em pessoas que foram expostas a fortes emoções, violências físicas e psíquicas extremas. No texto abaixo estão alguns detalhes e estudos que salientam como tais condições surgem e como funcionam.

2.4.1. O QUE É A MEMÓRIA - E COMO ELA FUNCIONA

Como aprendemos e formamos memórias? Quando lembramos de algo como uma viagem, podemos reviver detalhes que nos dão impressão de que temos um filme gravado em nosso cérebro, mas não temos um neurônio de memória ou uma célula que sirva para guardar tais informações. Aprendemos e criamos memórias através de ligações, quando assistimos um filme por exemplo o nosso cérebro cria conexões entre as informações que já temos, ou seja, nosso cérebro busca por referências. Nessa hora dois neurônios estão criando uma conexão: a sinapse, essa ligação é temporária e forma a memória de curto prazo que se não for usada reforçada de novo, será perdida, por isso lembramos com toda clareza um número de telefone depois de repetir ele várias vezes, mas podemos facilmente esquecê los minutos depois.

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Figura 23 The Big Sleep (Howard Hawks, 1946) Fonte Film Affinity Film Noir, Mystery

O nosso cérebro esqueceu de transformar essa memória de curto prazo em algo permanente, que a permanência da memória é chamada pelos cientistas de: Consolidação. É necessário que uma parte do cérebro chamada hipocampo seja utilizada para que tais memórias sejam constantemente lembradas e visitadas. Pessoas com danos no hipocampo podem sofrer de Amnésia Anterógrada, que basicamente pessoas com tais condições mantêm memórias antigas que já formaram, mas são incapazes de forma novas, como retratado no filme Amnésia (2000) e Como Se Fosse a Primeira Vez (2004). Os personagens ainda eram capazes de aprender coisas novas, mas não sabiam que tinha aprendido porque era apagado completamente tudo aquilo que tinha acontecido. A cada 30 minutos o que o hipocampo faz não é gravar uma cena como se fosse um HD de um computador, na verdade, ele liga as regiões da parte mais desenvolvida do nosso cérebro o Neocórtex que precisam ser associadas aquela memória, e grande parte desse processo acontece durante o sono.

Dormir é essencial para aprendermos algo e a falta de sono explica por que nós esquecemos a matéria que passamos a noite em claro decorando para uma prova.

O uso do álcool, quando se fala no hipocampo, dificulta a formação de memórias, daí a amnésia quando se bebe demais. A criação dessas novas sinapses é reforçada quando há uma recompensa ou uma forte emoção envolvida. Por exemplo: lembrar daquela viagem que fizemos, não significa que ela está gravada na memória. Na verdade, a lembrança é um conjunto de sensações que você desperta, sons e imagens que são recriados no cérebro. Dessa maneira, toda vez que lembramos de algo ou recontamos uma história, podemos acrescentar novas informações a memórias antigas. E também é possível que tais memórias sejam modificadas ou manipuladas por terceiros. É o que mostrou um estudo feito sobre as memórias associadas ao assassinato do primeiro ministro sueco Olof Palme.

Os voluntários foram entrevistados duas vezes, a primeira em 1986 e a segunda em 1987. Concluiu se que a perda de informação durante um ano contradiz a noção de que as memórias persistem em absoluta precisão ao longo do tempo, ao invés disso, elas parecem ser reconstruções baseadas em resíduos das circunstâncias concomitantes com o evento específico que aconteceu.

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Esquecer faz parte do processo de aprender é fundamental para mantermos apenas associações importantes que voltam a ser usadas, o que tem algum valor. Dito isso, falarei melhor sobre a perda de memória e como ela funciona.

2.4.2. PERDA DE MEMÓRIA E PERDA DE MEMÓRIA POR TRAUMAS

As quatro principais causas mais comuns de perda de memória são: Perda de memória associada ao envelhecimento, o comprometimento cognitivo leve, a depressão e a demência.

A perda de memória associada ao envelhecimento, costuma acontecer de forma gradual com a idade, o que é extremamente comum no ser humano, e não necessariamente está associada à demência, pois há um atrofiamento cerebral que acontece naturalmente com o passar dos anos. O que causa a perda de memória de pequenas causas, como esquecimento de nomes, endereços e onde foi guardado objeto X ou Y mas que pode ser relembrado com não muito esforço. Há uma certa dificuldade do indivíduo com tais condições em aprender coisas novas, a guardar novas memórias, devido ao já citado anteriormente, atrofiamento cerebral que vem com a idade.

O comprometimento cognitivo leve é uma condição que causa uma perda real de memória no indivíduo com tais condições, como a perda de memória recente. Esse estágio antecede o quadro inicial de demência, que pode ter acompanhamento médico para retardar os sintomas efetivos da demência. Que pode ter acompanhamento médico para retardar os sintomas efetivos da demência. Os sintomas efetivos da demência. Os sintomas de tal condição é o esquecimento de novas memórias, mas se mantém viva memórias antigas, e os indivíduos com este problema, podem viver de forma normal, pois apesar de suas dificuldades de aprendizados recentes, funções como linguagem, saber como andar, ou falar são, características que se mantêm mesmo com essa condição.

A depressão é um problema que também está associado a perdas de memórias, pois há uma descompensação cerebral onde o indivíduo tem um distúrbio de humor grave. E dentro do quadro de depressão ocorre o esquecimento de forma gradativa. Por fim a demência é a trofiação dos hipocampos do cérebro que é onde ocorrem as manifestações de memória no nosso cérebro. Ou seja, é onde nossas

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memórias são “armazenadas”. Tal condição faz com que o indivíduo que a tenha, sofra com perda de memória gradativa e progressiva, onde acontece também uma mudança de comportamento, onde o indivíduo já não sabe como se comportar ou viver em espaços em que antes ele sabia.

As implicações de perda de memória por trauma estão relacionadas a um distúrbio caracterizado pela dificuldade em se recuperar depois de vivenciar ou testemunhar um acontecimento assustador. A condição pode durar meses ou anos, com gatilhos que podem trazer de volta memórias do trauma acompanhadas por intensas reações emocionais e físicas. Entre os sintomas estão pesadelos ou lembranças repentinas (flashbacks), fuga de situações que relembrem o trauma, reações exageradas a estímulos, ansiedade e humor deprimido.

Estudos como o Trauma: o avesso da memória Maria Manuela Assunção Moreno e Nelson Ernesto Coelho Junior nos mostram como isso é possível.

Retomando a concepção de Freud, os autores frisam outra distinção fundamental: o ‘tornar se consciente’, no sentido de acesso à consciência dos ‘traços perceptivos’ desprovidos da qualidade de representação, se dá sob uma forma quase alucinatória próxima da dinâmica da neurose traumática, por meio do enlace da imagem e não da representação palavra. (ASSUNÇÃO MORENO, Maria Manuela. COELHO JUNIOR, Nelson Ernesto, 2012, p.47)

Sendo assim, é possível afirmar que as experiências traumáticas de um indivíduo são tão fortes que essasmemórias se escondem no nosso cérebro, tornando as dificuldades de acessá las. Mas que essas memórias suprimidas podem causar uma série de problemas psicológicos graves, desde ansiedade e depressão a desordens de estresse pós traumático ou dissociativas. Como explica a Jelena Radulovic, professora da Universidade Northwestern:

Segundo os pesquisadores, os caminhos para a formação de memórias em geral dependem da ação de dois aminoácidos específicos nos nossos cérebros, chamados glutamato e GABA, que conduzem nossas marés emocionais controlando as nossas células nervosas estão excitadas ou inibidas. Sob condições normais, este sistema está em equilíbrio, mas quando estamos vigilantes, a concentração de glutamato aumenta. Isto faz com que o aminoácido seja o principal composto que ajuda a guardar as memórias em circuitos cerebrais de forma que elas sejam facilmente lembradas. O GABA, por sua vez, nos acalma e ajuda a dormir, bloqueando a ação do glutamato. (Universidade Passo De Fundo, 2017)

Dito isso, podemos entender como funcionam as conexões cerebrais quando fatores externos nos trazem estímulos diversos e mudam nossos comportamentos.

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2.4.3.

MEMÓRIA INDIVIDUAL E COLETIVA DE ACORDO COM JUNG

A palavra “Memória” vem do grego Mnemosyne, que para os gregos era uma deusa que tinha a função memorialística. Para os gregos a memória seria uma entidade sobrenatural ou até divina: era a deusa chamada Mnemosyne, mãe das Musas, que protegiam as artes e a história. A deusa Memória dava aos poetas o poder de voltar ao passado e de relembrá los sobre a coletividade.

Pulando anos na história, o grande médico psiquiatra Carl Jung dissertou algumas ideias sobre o conceito de memória e suas subjetividades. Diferente dos gregos, o Jung era uma pessoa mais analítica e crítica com suas teorias, e ele as dissertava de acordo com suas vivências e observações como escrito em seu livro autobiográfico “Memórias, Sonhos, Reflexões. 1961”

Como mencionado acima, Jung era um médico psiquiatra, e em suas diversas consultas com seus pacientes ele pôde observar e constatar certos aspectos da consciência humana, Jung chegou à conclusão que o ser humano teria o inconsciente pessoal e o coletivo. Ele criou essa teoria a partir de diversos indicativos: muitos pacientes de Jung tinham visões ou sonhos (surreais) que não poderiam ser vivenciados ele comparou essas visões e sonhos com diversas sociedades tribais e não-tribais, que não tiveram contato entre si e ele constatou que os mitos e rituais eram idênticos ou muito parecidos. Então, ele concluiu que havia algo na mente do ser humano que não era somente individual e não poderia ser explicado só pelo grupo social em que viviam; logo, ele criou o termo inconsciente coletivo para designar uma camada mental relacionada com a totalidade, e até com o universo.

De acordo com Jung, o inconsciente coletivo é formado por arquétipos, que são surgimentos de símbolos com os quais nos deparamos na nossa experiência humana. Para Jung arquétipo é um modelo original, um protótipo, mas não são entidades fechadas, pois segundo ele existem tantos arquétipos quanto às situações típicas da vida (1964: 69):

O arquétipo é, na realidade, uma tendência instintiva, tão marcada como o impulso das aves para fazer seu ninho ou o das formigas para se organizarem em colônias/.../ Chamamos instinto aos impulsos fisiológicos percebidos pelos sentidos. Mas, ao mesmo tempo, estes instintos podem também manifestar se como fantasias e revelar, muitas vezes, a sua presença apenas através de imagens simbólicas. São a estas manifestações que chamo arquétipos. A sua origem não é conhecida; e eles se repetem em qualquer

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época e em qualquer lugar do mundo mesmo quando não é possível explicar a sua transmissão por descendência direta ou por fecundações cruzadas resultantes da migração.

Por fim, podemos concluir que a teoria junguiana da existência de um inconsciente coletivo diz que somos seres rigorosamente sociais e que as nossas lembranças são sempre coletivas, universais. Jung percebeu que há um conjunto entre as nossas lembranças e as mesmas não se restringem a uma vivência pessoal, nem de um grupo, mas da espécie humana.

3. DA SÉRIE

É uma história sobre o feminino ferido e sua jornada de transformação, baseada na Jornada da Heroína, de Maureen Murdock. Serena, a protagonista da série que será apresentada nos próximos tópicos, e o seu mundo comum, são construídos tendo como força de repressão o patriarcado, a misoginia e o machismo.

As primeiras etapas definidas por Murdock são: A separação do feminino e a identificação com o masculino. Dessa maneira, teremos na série rupturas com figuras maternas, num mundo comum previamente identificado como masculino. Com a protagonista tendo de lidar com situações e obstáculos que lhe são impostos.

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Tratando-se de uma série, as etapas da jornada poderão ser exploradas e refletidas nas decisões e atitudes da personagem no decorrer dos episódios e possíveis temporadas. A figura masculina tem presença na série de maneira a exercer figura de influência na jornada da protagonista, trazendo complexidade psicológica à trama e ajudando Serena a se tornar a super heroína que está destinada a ser.

Em suma, o Projeto 53R3N4 é sobre uma mulher que teve seu corpo usado sem seu consentimento e como ele é considerado propriedade de outro. É sobre conhecer o poder da sua força, e nem por isso precisar testá la. É sobre cura, e a cura leva tempo.

3.1. DA HISTÓRIA

3.1.1. STORYLINE DA SÉRIE:

Em São Paulo, uma jovem ganha poderes especiais, mas perde a memória. Agora ela investiga o seu passado enquanto vai descobrindo quem são seus inimigos, e porque a perseguem. Desafios que ajudam a forjar o tipo de heroína em que ela se transformará.

3.1.2. STORYLINE DA TEMPORADA:

Em São Paulo, uma jovem toma um tiro fatal, e, ao invés da morte, ela se regenera e acorda sem memória. Com os possíveis culpados à sua procura, e ajuda de alguns amigos pelo caminho, começa a investigar o seu passado a fim de entender quem é, e de onde vem seus poderes.

3.1.3. ARCO DA TEMPORADA:

A protagonista Serena tem uma jornada de descobrimento durante toda a série, sobretudo na primeira temporada, haja vista que ela inicia a série sem memória. Suas relações com outros personagens, vão lhe dando um vislumbre de sua história e lhe ajudam a descobrir seu passado, bem como suas virtudes e defeitos. Dessa maneira, o arco dessa temporada é finalizado com uma nova descoberta muito importante, e uma evolução dos superpoderes. Para os coadjuvantes da série, temos um arco de

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redenção do policial federal Batista, mesmo que isso seja forçado pela trama. A médica legista, doutora Elisa é apresentada com seus traumas e medos, numa jornada de enfrentamento. Luciano, tem um arco de antagonismo crescente, impulsionado pela impotência, a fraqueza e a invisibilidade social. Márcio é um personagem de única camada, inescrupuloso e ambicioso, que visa somente seus objetivos, quase sempre dinheiro e poder. Seguido pela Dra. Andréa Murphy, que tem uma jornada aqui de ambição e enfrentamento com a figura masculina, buscando superar a tudo e a todos. Seja como for.

3.1.4. SINOPSE DA TEMPORADA:

Numa instalação, na cidade de São Paulo, uma jovem invade o lugar e acaba tomando um tiro na cabeça. Ao contrário do destino óbvio, ela se recupera com seus poderes especiais de regeneração Mas, quando volta a si, está sem memória. Um policial federal que a cerca, bem como uma médica legista, e um jovem aspirante a hacker a acompanham nessa jornada. A jovem terá de descobrir desde o básico do seu passado até como ganhou os poderes e o porquê. Tudo isso, enquanto os inimigos que lhe deram o tiro fatal ainda estão à sua procura.

3.1.5. PERFIL DOS PERSONAGENS

CORPORAÇÃO HEALER (Antagonista Principal)

Empresa multinacional da área farmacêutica fundada no período da guerra fria, em Nova Iorque nos Estados Unidos, tendo seu desenvolvimento alavancado por décadas, através de uma equipe de pesquisas da mais alta capacidade e tecnologia de ponta. Com muitas filiais e empresas subsidiárias ao redor do mundo, inclusive no Brasil.

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HISTÓRIA PREGRESSA:

Com o final da 2ª Guerra Mundial, em 1945, EUA (Estados Unidos da América) e URSS (União das Repúblicas Socialistas Soviéticas) surgem como as duas superpotências mundiais. Sendo estes os países símbolos da nova divisão mundial, tendo os EUA como representante do ocidente e do capitalismo, e a URSS como representante do oriente e dos ideais socialistas/comunistas. Duas ideologias políticas numa disputa velada de poder, num período que ficou conhecido como Guerra Fria. Tivemos aqui grande desenvolvimento das redes de espionagem e contraespionagem, a corrida armamentista, a corrida espacial, além de muita disputa de influência dos dois países ao redor do globo terrestre.

Com este pano de fundo, a Corporação Healer é fundada nos Estados Unidos, em meados da década de 60, aqui como uma empresa farmacêutica que investe principalmente em pesquisas de novos medicamentos na área de regeneração celular na pele (epiderme, derme e hipoderme) principalmente, e que logo se torna multinacional, expandindo seu mercado à medida que os EUA aumentam sua influência aos países capitalistas, sobretudo os considerados subdesenvolvidos naquela época. A partir da década de 70, com a intensificação das disputas entre EUA e URSS em vários setores, a possibilidade de uma nova guerra mundial aumentava cada vez mais.

Dessa maneira, a Corporação Healer, já tida como um importante parceiro do governo norte americano em projetos públicos e privados, surge com o projeto para criação de um soro que fosse capaz de cicatrizar as feridas quase instantaneamente a quem o utilizasse, além disso alguns resultados diziam que ele poderia ser capaz de fornecer ao indivíduo uma força sobre humana. Isso, aos ouvidos dos militares, surgiu como nada menos do que a ideia do super soldado. Porém, não seria fácil implementar este projeto em solo norte americano, sobretudo com as amarras legais existentes.

É aí que o Brasil entra em cena. Mergulhado na ditadura militar (1964-1985), ele era o cenário perfeito para que a Corporação Healer pudesse realizar suas pesquisas, desenvolvimento e os testes que julgasse necessários. Com o acordo costurado pelo governo norte-americano junto ao governo brasileiro, a multinacional

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em expansão tem as portas abertas e inaugura sua filial em terras tupiniquins em 1973.

Tendo a “cura de todas as doenças” como missão em seu branding de marca, neste momento, já temos esse objetivo alçado a proporções megalomaníacas. A Corporação Healer já abandonou por completo seus valores de ética e moral, e leva seus projetos ao modo mais maquiavélico possível. A ideia do sacrifício de poucos pela possibilidade da salvação de muitos é completamente plausível. A cura do câncer, doenças degenerativas, autoimunes, tudo isso podia ser alcançado com a pesquisa do soro, além do contrato multimilionário para a criação dos super soldados.

Em 1974, durante a copa do mundo de futebol, desembarca no Brasil a doutora Rebecca Murphy, então com 20 anos, considerada um gênio prodígio em genética e especialista na área de vírus e suas mutações. Ela chega para liderar a equipe de pesquisas do soro. O Brasil é um solo fértil, pois com os devidos acordos feitos, não havia incômodos aos trabalhos da Corporação Healer. Assim, os indivíduos selecionados para os testes da Dra. Murphy eram pessoas atraídas pelo desespero da falta de dinheiro e esperança, na miséria, muitas das quais não tinham ninguém que se importasse; descartáveis e que não chamariam atenção caso desaparecessem.

Com o passar dos anos, a Dra. Murphy consegue desenvolver várias drogas que são utilizadas no tratamento de diversas doenças existentes; mas não consegue chegar ao objetivo principal da criação de um composto funcional para o soro. Porém, os remédios desenvolvidos tornam a Corporação Healer uma empresa milionária, conhecida agora mundialmente, mesmo que, internamente, com ainda menos valores morais. E mesmo com o final da ditadura militar no Brasil e o fim da Guerra Fria, a busca pelo soro não tem um fim, afinal de contas, conflitos entre países continuaram surgindo em vários lugares do mundo.

As pessoas que se submetem aos testes, se tornam cobaias verdadeiramente e passam a ser identificadas apenas por códigos que são tatuados em seus corpos, perdendo sua individualidade e tendo suas possíveis mortes ainda menos sentidas.

Com o passar das décadas, novos acordos feitos e o sistema se tornando mais estruturado e robusto, toda a operação ilegal da corporação passa a exigir um

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esquema de diferentes fases. Desde a identificação de possíveis cobaias, os recrutadores, a triagem, a equipe de limpeza de vida social, instalações de hospedagem, monitoramento, além é claro das equipes de descarte. Todo esse processo passa a ser muito bem gerido, e para que ocorra com discrição, elementos chave se tornam muito importantes, bem como empresas de fachada, com prestação de diferentes tipos de serviço.

A partir de 2010, Alexandre Vieira que trabalha na superintendência da polícia federal, torna se um facilitador da Corporação Healer. Ele entra na folha de pagamentos de Márcio Caldeira, que assume como CEO da corporação no Brasil e responsável pela gestão da empresa e suas subsidiárias, sejam de projetos dentro ou fora da lei.

Aqui, já com 56 anos de idade, casada com um brasileiro e com uma filha adulta, Dra. Murphy ainda comanda a equipe na busca pelo soro, mas não com a mesma ambição de seus 20 anos, pois mais madura, busca se redimir dos seus erros e valorizar mais o que a vida lhe oferece. Em contrapartida, sua filha Andréa Murphy, de 35 anos, também cientista brilhante formada nos EUA e de volta ao Brasil a convite de Márcio, tem ambição suficiente pelas duas. Uma vez trabalhando junto à mãe, a ambição e sentimentos antigos que Andréa tem, fazem com que ela entre numa espiral de rivalidade e ganância pelo cargo de liderança de Rebecca.

Por outro lado, a Dra. Murphy vendo a ambição de ascensão de Andréa, e por já não focar na descoberta do soro, mas sim nas suas relações pessoais que foram deixadas de lado ao longo da vida, principalmente com a filha, começa a sofrer desgastes junto a Corporação, e aos poucos vai tendo seu prestígio e poder diminuídos. Ela percebe inclusive que a personalidade da filha é um reflexo de seus atos para com a garota no passado, e tenta se redimir, se deixando inclusive ser tirada da chefia da equipe, posto que Andréa assume nomeada por Márcio. Inclusive, é neste período que Andréa e Márcio têm um relacionamento amoroso, que terminará por Márcio deixá-la pela atual esposa.

Nesse período conturbado, a Dra. Murphy começa a acompanhar de perto uma das cobaias que estão sendo tratadas com o soro em uma das instalações da corporação, uma clínica de fachada. Ela mantém conversas com a cobaia, criando um

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laço afetivo e escutando histórias quando é possível. Isso faz com que a doutora perceba que este indivíduo apresenta uma melhora significativa em seu estado clínico sempre após ela passar um tempo com a filha, uma garotinha. Baseada nessa observação, a doutora tem então uma ideia ousada e moralmente muito questionável. Decide adicionar à fórmula do soro um elemento do DNA da mãe e injetar na filha, ao passo que misturar o DNA da filha e injetar na mãe.

A filha, próxima dos seus 12 anos, é a pessoa mais jovem a receber uma dose do soro, caracterizando um grande risco e um dos motivos pelo quala doutora mantém esse teste fora do sistema. O outro motivo, e talvez em sua mente o principal, é que pela primeira vez em anos Dra. Murphy sente o alívio do trabalho independente, ainda que em segredo, sem se submeter a ninguém, movida apenas pela curiosidade e pela ousadia que lhe motivaram nos primeiros anos de trabalho.

As doses do novo soro fazem com que a mãe da menina tenha cada vez mais acessos de raiva, crises de dores insuportáveis, e nem mesmo a presença da filha causa alguma melhora. Ao passo que a menina sobrevive às injeções e a Dra. Rebecca Murphy então decide continuar ministrando as doses experimentais em segredo na criança. Porém, a mãe durante uma crise não resiste e morre.

Desse modo, a menina cresce sendo acompanhada de perto pela doutora, ela apresenta diversos episódios de reação ao composto, dores excruciantes, febre, acessos de raiva, mas sempre resiste. A menina desenvolve um carinho pela figura da doutora, ao passo que a doutora também desenvolve afeição pela criança, vendo a jovem não como simplesmente mais uma cobaia, mas sim como uma criança crescendo.

Nesse intervalo de tempo, a rivalidade entre Andréa e Rebecca Murphy só cresce, por culpa da primeira. Enquanto Rebecca só busca uma forma de recuperar o tempo perdido com a filha, sem obter muito sucesso.

Os anos passam, e em 2019, a agora chamada de apenas doutora Rebecca começa a manifestar sinais de Alzheimer quando está prestes a completar 65 anos. E desse modo, ela não vê uma alternativa a não ser dividir com a filha, a agora chamada Dra. Andréa Murphy ou somente Dra. Murphy, a existência da jovem que fora tratada com uma variante do soro e que foi mantida fora dos livros de registros. A nova Dra

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Murphy então, que tem até ciúme da jovem pelo tratamento carinhoso que a mãe dava a ela, decide proibir a doutora Rebecca de encontrar a jovem. E mais tarde interna a mãe numa clínica de repouso por conta do avanço do Alzheimer.

Ao descobrir que a doutora Rebecca não a visitaria mais, a jovem é tomada pela raiva, uma das reações do soro, e foge numa ação impulsiva. A Dra. Andréa Murphy tem de tomar então uma decisão difícil, pois não pode informar a fuga da jovem à equipe e nem a Márcio, haja vista que a variante do soro dada à jovem é desconhecida e não documentada. Dessa maneira, ela forma uma equipe de resgate de agentes da Corporação Healer por conta própria.

A equipe encontra a garota, mas na luta pela captura a jovem é ferida mortalmente, e seu corpo cai de uma ponte no rio. Seguindo o procedimento padrão de descarte da Corporação, os agentes da Dra. Murphy acionam os colaboradores de dentro da Polícia Federal que recuperam o corpo da jovem, e o incluem como parte de uma investigação fantasma da polícia, deixando o corpo no necrotério.

Com a mãe internada, Dra. Andréa Murphy já é a toda poderosa líder de pesquisas da Corporação Healer no Brasil, e trabalha agora para descobrir um remédio que possa regredir o grau de evolução da doença da mãe, ao passo que procura obter informações para descobrir os segredos do soro da jovem, conhecida como indivíduo 53R3N4.

Pouco tempo depois, Dra. Murphy tem uma notícia intrigante e perigosa, pois descobre que o corpo da jovem identificada como 53R3N4 sumiu do necrotério onde se encontrava. A partir daí, ela não vai medir esforços para descobrir o paradeiro do corpo, e descobrir mais tarde que a jovem estava de volta a vida, deixando a doutora ainda mais focada em recuperar a garota. É aqui que ela aciona um dos recursos da Corporação para localizar a jovem 53R3N4, o policial federal que recebe doses de um remédio baseado no soro, Deodato Batista

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DOUTORA REBECCA MURPHY:

PERFIL FÍSICO E SOCIAL:

68 anos, branca, cabelos brancos, na altura do ombro. Usa óculos para leitura e quando está em frente ao computador. Nascida em Nova Iorque, no bairro do Queens, chega ao Brasil em 1974, com apenas 20 anos de idade. E já vem com a missão de liderar o recém inaugurado departamento de pesquisas da Corporação Healer, empresa do qual Rebecca era funcionária desde que fora recrutada pela multinacional farmacêutica, ainda na faculdade. Casou-se com o brasileiro Alcides Cruz, cerca de um ano após chegar ao Brasil. Não queria ter filhos por conta da carreira, mas por um descuido acabam tendo Andréa, a única filha do casal. Rebecca é focada apenas no trabalho, e por conta disso deixa a família em segundo plano.

Trata a filha com indiferença e o marido como funcionário, subalterno. Assim que possível, envia a filha para estudar nos EUA, usando o argumento de que ela deveria ter o melhor estudo desde sempre.

Líder da equipe de pesquisas da Corporação Healer no Brasil, começa cedo a cruzar limites éticos, morais e legais. Décadas depois, procura se reconciliar com a família e redimir os erros do passado. Ao passo que começa a sofrer com o Alzheimer em estágios avançados, e por conta disso tem grandes lapsos de memória. Sendo que o marido é quem nunca lhe largou as mãos.

PERFIL PSICOLÓGICO:

Prodígio em ciências biológicas, é recrutada diretamente da faculdade pela Corporação Healer, à época com 18 anos recém completos. Dessa maneira, é extremamente inteligente ao mesmo passo que é ingênua e imatura. Porém, a ambição e curiosidade pelas descobertas são seus guias e, portanto, se sobrepõem aos valores éticos, morais e até mesmo humanos em alguns momentos. O amadurecimento, a experiência e a idade trazem arrependimentos pelos erros cometidos e limites cruzados no passado.

Rebecca torna se uma senhora arrependida, amargurada, com único desejo de recuperar o relacionamento com a filha e o marido. O Alzheimer vai lhe trazer episódios de mudanças repentinas de humor, esquecimento e alguns episódios de humilhações

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DOUTORA ANDRÉA MURPHY:

PERFIL FÍSICO E SOCIAL:

Tem 47 anos, branca, cabelo liso, solteira e sem filhos. Cientista formada com louvor em Harvard nos Estados Unidos, tendo obtido seu doutorado em Biociências. Fez diversos cursos na Europa, com foco em especializações na área de engenharia genética. Filha da cientista norte-americana Rebecca Murphy com o brasileiro Alcides Cruz, Andréa é nascida no Brasil, mas possui dupla nacionalidade. Quando criança, era tratada com muita indiferença pela mãe, que priorizava o trabalho, ao invés da filha e o marido. Andréa parte para estudar nos EUA ainda muito jovem, e desde então pouco vem ao Brasil visitar os pais.

Devido ao alto poder aquisitivo da família, sempre teve uma vida de conforto, com acesso a moda e cultura. Embora saiba fazê lo, por priorizar suas ambições e o trabalho, não tem cuidado com sua aparência, tratamento dos cabelos, unhas pintadas ou roupas em perfeito alinho. Mora sozinha, num amplo apartamento nos Jardins. Teve um relacionamento amoroso com Márcio Caldeira, que conhece desde a época da faculdade, mas ele a largou para ficar com a atual esposa

PERFIL PSICOLÓGICO:

Por ter sido criada com muita indiferença pela mãe, e seu pai possuir uma personalidade muito fraca e submissa, tornou se uma pessoa muito fria e de personalidade muito forte. Sem irmãos, Andréa é muito individualista, ambiciosa,

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explosiva e muito focada. Extremamente inteligente, odeia ser tão parecida com a mãe, ao passo que segue a mesma carreira com o único intuito de superá la. Tem um senso de humor irônico, apesar de só deixar transparecer para sua equipe esse lado menos imponente. Também se mostrava interessante e engraçada nos relacionamentos, mas se tornou fria e indiferente nessa área, após uma desilusão amorosa com Márcio Caldeira. Se tornou bissexual, e desde então mantém casos de apenas uma noite.

MÁRCIO CALDEIRA:

48 anos, branco, bonito, de queixo largo, porte atlético, cabelos muito bem penteados, elegante, sempre com roupas sociais. Rico e galanteador, tem fraco por mulheres e dinheiro. Filho de embaixadores dos EUA no Brasil, é brasileiro nascido e criado. Frequentou as melhores escolas particulares de São Paulo, e se formou em administração em Harvard, nos EUA, tornou se um dos mais jovens presidentes nacionais da Corporação Healer pelo mundo.

Casado e com uma filha ainda criança, mantém a típica relação de aparências, com a esposa submissa e a filha praticamente criada pelos empregados. Mantém casos extraconjugais, inclusive antes de se casar teve um caso com a Dra. Andréa Murphy, a quem conhece desde a época da faculdade.

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PERFIL PSICOLÓGICO:

Soberbo e egoísta, acredita que tudo deve ser do jeito que ele quer, haja vista que é filho único de uma família rica e poderosa, cresce sem limites e com poucas responsabilidades. Extremamente esperto e de traquejo social, tendo facilidade na comunicação, sejam quais forem seus interlocutores. Sempre muito preocupado com aparência, portanto está sempre muito bem vestido e asseado. Herança de seu pai, o embaixador, tem a necessidade de estar no controle das situações, sendo bastante manipulador e planejador.

HISTÓRIA PREGRESSA:

Filho de um embaixador norte-americano, Márcio nasceu nos anos 70 e teve uma infância muito abastada. Filho único, cresceu tendo tudo o que o dinheiro podia comprar. Passou pela adolescência com bastante uso de drogas e bebidas alcoólicas, embora tenha sido parado pela polícia algumas vezes, nunca teve problemas graças a influência de seu pai.

Sempre esperto, e como o pai trabalhava muito e não prestava muito atenção, Márcio sempre conseguia tudo que queria, carros do ano, roupas e viagens. Gastava toda a mesada com mulheres e festas. Entrou na faculdade de administração de empresas por determinação do pai, e apesar de formar se em Harvard, não teve muitos méritos, sempre no limite das notas e faltas. Em grande parte, com ajuda dos amigos e agregados, frutos da sua grande capacidade social e manipuladora. Trabalhou em algumas empresas de amigos de seu pai, até entrar para Corporação Healer, e assumir como presidente em 2010.

Márcio não se importa com valores, somente com o lucro da empresa e o seu próprio, por isso a ascensão meteórica na empresa. Márcio é o responsável por trazer a filha da Dra. Rebecca Murphy de volta ao Brasil. Ele conhece a Dra. Andréa Murphy da época de Harvard, e sabe que a filha tem problemas não resolvidos com a mãe. Dessa maneira, se aproveita desse fato e oferece justamente o emprego da mãe, atiçando a ambição e rivalidade de Andréa. Tudo feito com o intuito de minar o poder e influência que a Dra. Rebecca Murphy tem na Corporação Healer, deixando o com o poder da empresa. Nesse período, Márcio acaba tendo um caso com Andréa, que

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não acaba bem. Márcio nomeia Dra. Andréa Murphy como líder de pesquisas, no lugar da mãe.

SERENA (53R3N4)

24 anos, alta, branca, magra, cabelos castanhos ondulados. Fuma, mas não se sabe exatamente quando adquiriu este hábito. Filha de Lilian, mãe solteira sem nenhuma instrução. Nascida com o nome de Maria, mora numa favela da periferia da cidade de São Paulo, até que a mãe recebe uma proposta de mudança. Aos 9 anos, passa a morar numa espécie de clínica, uma instalação em que ela e a mãe não tinham mais problemas com relação a casa e comida, embora não pudessem estar o tempo todo juntas. Passa a ler bastante, e a ouvir muito mais do que falar. Os poucos encontros com a mãe são os únicos momentos de sorriso da garota, e a medida que cresce estes se tornam quase inexistentes.

Serena adquire poderes de super força e regeneração, mas não possui qualquer habilidade de luta, ou mesmo capacidades atléticas apuradas. Não é vaidosa, e pouco se importa com estilo ou moda. Mora com Elisa, que praticamente lhe sustenta, pois não se mantém nos bicos que arruma. Desorganizada, se comporta

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como uma criança sempre pedindo e reclamando das coisas de casa. Prefere ficar sozinha, e passar tempo assistindo a desenhos animados e sair para beber, sempre em demasia, em bares. É uma ótima desenhista.

PERFIL PSICOLÓGICO:

Todas as experiências traumáticas pelas quais passa, a tornam uma pessoa introspectiva, assombrada pela própria mente. É impulsiva e inconsequente, características que lhe fazem arrumar muitas brigas. Vive com dores de cabeça, e isso lhe traz uma irritação constante, o que reflete no seu senso de humor. É sempre direta nas conversas, e sempre de poucas palavras. Tem pouco ou quase nenhum trato social. Sofre com a falta de memória do seu passado, e por conta disso não confia nas pessoas. Por conta disso, desenhar é um passatempo corriqueiro e melancólico

HISTÓRIA PREGRESSA:

Assim como o mito de Atena, a deusa grega da sabedoria, da técnica e da guerra, Serena já nasce adulta, sendo privada de uma mãe e de uma infância. Isso porque o nome Serena é na verdade apenas a leitura em leet de um código tatuado em seu corpo: 53R3N4. É como um nascer de novo, já que quando recebe um ferimento fatal ela perde a memória, esquecendo seu passado e quem é. A grande ironia aqui, é a de que calma e tranquila Serena não tem nada. Pois, é irritada por natureza, e por consequência do soro tem ataques de raiva, dores de cabeça corriqueiras, tontura e às vezes náuseas. Além de sofrer pelo remorso, culpa e vergonha quando volta dos ataques e vê os estragos e humilhações que causou.

Seu verdadeiro nome é Maria, filha de Lilian, uma mulher que em nenhum momento pôde contar com a sorte. Mãe solteira, morava numa favela da periferia da cidade de São Paulo, e para conseguir sustentar a filha, vivia de bicos, pois era difícil conseguir um emprego em tempo integral, além de não ter com quem deixar a criança.

Quando Maria completou 9 anos, Lilian passava pelo seu pior momento financeiro e foi quando um homem ofereceu uma oportunidade a ela de participar de um experimento de um novo remédio, que lhe possibilitaria ter casa e comida pelo tempo que levassem os testes. Diante das circunstâncias, Lilian (30 anos) aceita a proposta e a filha e ela vão para uma das instalações da Corporação Healer, um laboratório, sendo que ficam em setores diferentes. Lilian começa a receber as doses

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do soro em teste, e também a sofrer com as reações. Nos primeiros anos, quando se encontrava com Maria, as reações diminuíam e ela tinha seu estado clínico mais estável.

Isso começou a mudar quando a Dra. Rebecca Murphy cria uma fórmula para o soro, adicionando o DNA da filha no soro para a mãe e adicionando o DNA da mãe numa variante do soro criada exclusivamente para a filha. Maria então passa a fazer parte dos experimentos. Lilian (33 anos) passa a não se estabilizar mais na presença da filha, e começa a ter acessos de raiva muito fortes, assim como dores insuportáveis, sucumbindo ao soro pouco tempo depois. Entretanto Maria tem episódios de dor e febre, mas se recupera e passa a ser tratada pela doutora.

Com o passar dos anos, diversos exames eram feitos em Maria, bem como testes de força física e raciocínio lógico. A cada dose aplicada do soro, Maria sofria com alternância dos sintomas dolorosos de febre, taquicardia, dores de cabeça, dores no corpo, tremores e os acessos de raiva. Ela implorava para que parassem com aquelas injeções. Conforme envelhecia, sua força aumentava de maneira exponencial, ficando cada vez mais difícil conter seus ataques de raiva ou forçá la a colaborar com algum teste. Mas, quando Maria tinha 21 anos, ao saber que não veria mais a Dra. Rebecca Murphy, ela tem um acesso de raiva, encontra uma brecha e consegue escapar.

Sem ter para onde ir e sem qualquer conhecimento do mundo, Maria vaga pelas ruas por algum tempo. Consegue se defender de possíveis agressores devido à sua força, e com isso também consegue invadir alguns lugares para conseguir comida. A Corporação havia enviado seus agentes de campo para rastrear o indivíduo. Porém, sem dimensão da força de Maria, o encontro é violento e apesar de super forte, ela não é indestrutível, assim a jovem padece ao levar um tiro na nuca, e cai de uma ponte no rio.

Seguindo o procedimento padrão de descarte da Corporação, os colaboradores de dentro da Polícia Federal são acionados, resgatam o corpo de Maria do rio e levam para o necrotério, incluindo como parte de uma investigação fantasma da polícia, mas dessa vez, como os agentes são de uma equipe especial da Dra. Andréa Murphy, eles

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não têm o cuidado de remover o código de identificação tatuado no antebraço de Maria.

Dada como morta e indigente, a jovem acorda numa mesa do necrotério, quase matando de susto a médica legista do local, Dra. Elisa Barros. Com apenas uma tatuagem no braço, contendo uma sequência de números e letras que não fazem sentido, a jovem passa por um doloroso processo de regeneração, que é auxiliado pela incrédula, mas curiosa Dra. Elisa.

Elisa esconde a indigente em sua própria casa. Somente quando a jovem enfim está estável fisicamente, é que se percebe que ela não possui memória alguma do que aconteceu com ela ou de quem seja. Por conta da tatuagem, e para ter como chamar a garota, Elisa batiza a moça de Serena.

Serena passa a morar com Elisa, e juntas começam a investigar o que poderia ter acontecido. A doutora faz uma série de testes com a jovem, ou pelo menos aqueles que ela permite, haja vista que Serena é instável emocionalmente e não suporta agulhas. Entretanto, perceber que a moça é fruto de algum experimento não foi difícil, mas o que isso teria a ver com a Polícia Federal é o que intrigava Elisa. Serena tem flashes que invadem seus pensamentos. No início ela achava que eram apenas devaneios, mas na verdade são recortes de memórias de seu passado, guardadas na mente e que seu inconsciente quer lhe mostrar. Ela usa o que consegue absorver desses lampejos, sejam palavras ou lugares, e vai montando as peças de um quebra cabeças, do que vai se revelando ser um grande enredo conspiracional.

Serena em sua energia caótica, frequenta bares, bebê e fuma muito, arrumando muita confusão. Em uma dessas confusões, faz amizade com o jovem Luciano, que passa a ser o seu companheiro de transgressões e aquele que sempre a leva de volta para casa.

Nesse meio tempo, as investigações começam a levar a algum lugar. A Corporação ganha notoriedade e instiga Serena e Elisa quando apresenta ao mercado o revolucionário remédio para pequenos ferimentos. A Healexina, que além de fechar o ferimento em tempo recorde, sem cicatrizes.

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Elisa começa a ter medo, ao perceber o tamanho do esquema que elas estão descobrindo, e passa a aconselhar Serena a ir mais devagar, ser mais cautelosa e não se expor tanto. Em virtude disso, quando Serena descobre um endereço o qual poderia haver algumas respostas, ao invés de investigar melhor e contar para Elisa, ela prefere planejar uma invasão junto com seu melhor amigo Luciano.

DEODATO BATISTA

PERFIL FÍSICO E SOCIAL:

49 anos, alto, postura ereta, careca e de porte atlético. Batista se formou com louvor na faculdade de direito, passando no concurso de agente da polícia federal aos 25 anos de idade. Bom de briga, pratica exercícios físicos e já fez algumas lutas, embora já não esteja mais no ápice da sua força física. Em todos os seus anos como agente, sempre evitou ao máximo o uso de arma de fogo e é um exímio motorista. Divorciado, tem como missão de vida cuidar de sua filha Clara, de 9 anos, que possui uma rara doença degenerativa. Excelente cozinheiro, gosta do passatempo. Tem ajuda da vizinha quando precisa de alguém para olhar a filha.

PERFIL PSICOLÓGICO:

O abandono da esposa e a doença da filha, tornam Batista uma pessoa solitária, reservada e de poucos amigos, isso lhe traz a tendência de querer resolver

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as coisas sozinho. Porém, ele é uma pessoa muito educada com todos ao seu redor, além de passar a sensação de calma e tranquilidade a todo momento. Acredita na justiça e nas leis, apesar de quebrá las para conseguir os medicamentos para a filha. Ótimo investigador e estrategista.

HISTÓRIA PREGRESSA:

Batista teve uma infância boa, mas sem muitas regalias. Se esforçou na faculdade e foi um dos melhores alunos da sua classe, conseguindo passar no concurso e se tornando policial federal em 1998, então com 25 anos de idade. Ao longo de seu primeiro ano, já teve de lidar com casos de tráfico de drogas, contrabando, crime organizado e até mesmo com um caso de tráfico de pessoas. Esses casos trouxeram a ele toda uma carga emocional, que fizeram com que ele perdesse rapidamente a ingenuidade, além de aumentar sua capacidade de não se horrorizar com a perversidade das coisas que o ser humano é capaz de fazer. Porém, quando conhece Bárbara, volta a se sentir humano novamente.

Em 2007, aos 34 anos e completamente apaixonado, se casa e sente enfim o lado bom da vida. Bárbara passa a ser sua conexão com o mundo e o ponto de luz da sua vida. Mas, em dado momento, Bárbara começa a se encolher, se retrair e a depressão a alcança. Batista passa a acreditar que um filho renovaria o vigor da esposa e colocaria o relacionamento deles de volta nos trilhos. Ele insiste por muito tempo na ideia de terem uma criança, mesmo ela dizendo que não sentia vontade de ser mãe.

Em 2013, Bárbara então engravida e dá à luz uma menina. Porém as coisas não saem como Batista imaginava, e Bárbara não desperta a maternidade, abandonando o marido e a filha um ano após o nascimento da criança. Batista então, de coração partido, se vê com a missão de criar sozinho a pequenina Clara.

Solitário e mais fechado do que nunca, Batista divide seu tempo entre o trabalho e a filha, que se torna seu mundo. Clara passa então a apresentar alguns problemas em seu desenvolvimento, que mais tarde seriam diagnosticados como uma doença degenerativa sem cura. O prognóstico dos médicos era de que a criança não chegaria à adolescência.

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Entre um médico e outro, Batista descobre uma droga experimental que talvez possa ajudar sua filha, porém, o remédio não tem autorização para comercialização por ter sido reprovado em algumas fases de testes, e uma série de dados técnicos não comprovados. Num misto de esperança e desespero, ele busca seus contatos dentro da polícia federal e faz um acordo com misteriosos contrabandistas, que lhe forneceriam lotes da droga a cada 6 meses em troca de pequenos favores.

Dessa maneira, ele começa a fazer vistas grossas para alguns crimes ou investigações que ocorrem na cidade, desaparece com evidências fazendo com que pessoas sejam enterradas como indigentes em operações fantasmas, além de atrapalhar muitas investigações da inteligência da polícia federal em São Paulo. Batista se sente mal por tudo aquilo que faz, pensa muitas vezes em acabar com tudo, mas não vê saída na situação. Além do que, quando chega em casa e vê sua filha crescendo e apresentando melhoras com o remédio experimental, tudo parece fazer sentido mesmo que de uma forma egoísta e egocêntrica. O tempo vai passando e a criança já tem 9 anos de idade.

Batista segue a vida dupla, até que um dia lhe entregam uma misteriosa pasta amarela com uma série de prints de vídeos evidenciando uma jovem mulher que aparece neles. Descrições de datas e locais em que os vídeos foram gravados, além dos acontecimentos neles, é claro. Sua missão era encontrar essa jovem, colher o máximo de informações que pudesse a seu respeito, e dessa vez, levá-los até ela. Batista não gosta nada de como isso soa, mesmo o documento advertindo "indivíduo perigoso”. Contrariado, usa os recursos da polícia que tem à disposição e visita locais, faz perguntas, rastreia a jovem e a encontra num dos bares que ela frequenta. Começa a segui la.

Muitas perguntas pairam sobre a cabeça de Batista, como por exemplo: entender por que aquela mulher seria perigosa? já que na descrição dos vídeos ela era apenas alguém que arruma muita confusão e batia num monte de gente. Por que a queriam e para que? O que aconteceria a ela quando eles a tivessem? Teria algo a ver com os “dados não comprovados” do remédio da filha? E qual seria o limite para as coisas que ela estava fazendo? Ao pé de uma das páginas dos papéis contidos na pasta, uma sequência de números e letras sem sentido: 53R3N4.

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Já de noite, Batista segue a jovem até a zona oeste de São Paulo. Ele a observa de longe, a garota fuma encostada no muro. Então, de forma determinada, entra por um portão de um local do outro lado da rua, aparentemente abandonado. Ele pode jurar que o portão estava trancado, mas a viu abrindo com um leve tranco. Hesita por alguns instantes, mas precisa de respostas e sobretudo da garota, e assim entra no lugar atrás dela.

DOUTORA ELISA BARROS

PERFIL FÍSICO E SOCIAL:

37 anos, negra, atraente, entre 1,6 e 1,7m de altura. Já teve cabelo black power, já teve tranças, ou seja, gosta de mudança. Filha de pais muito tradicionalistas e de alto poder aquisitivo, Elisa foi pressionada desde cedo a corresponder aos padrões da elite brasileira. Formada em Medicina, tornou se médica legista da polícia federal. Separada, tem um poderoso sexy appeal, um charme que costuma encantar os homens. Fumante, é dona de uma voz rouca muito original. Não gosta de cozinhar, por isso quase sempre pede comida, e é extremamente limpa e organizada. Gosta de dançar, apesar de não fazê lo a bastante tempo.

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PERFIL PSICOLÓGICO:

É muito culta, focada e independente. Quando nervosa, costuma falar alguns palavrões. Tendo em comparação seu relacionamento abusivo anterior, e também sua vocação profissional, vê em Serena alguém que precisa muito de ajuda. Dessa maneira se torna sua protetora, no mais puro sentido de irmã mais velha responsável.

É insegura, mas tenta não demonstrar. Uma pessoa sociável, de fácil convivência, mas é cautelosa em confiar nas pessoas e às vezes até medrosa.

HISTÓRIA PREGRESSA:

Vinda de uma família abastada e com pais narcisistas, Elisa sempre foi criticada e teve seus defeitos apontados. Suas conquistas nunca foram boas o suficiente, mesmo sendo aprovada entre os primeiros candidatos no curso de medicina na USP, saindo diretamente do ensino médio. Dedicou se aos estudos arduamente, e conforme os anos foram passando, seus pais, principalmente sua mãe, lhe cobrava do início de uma família.

Perto de terminar a faculdade, Elisa conhece Pedro, filho de um importante cliente do pai, que é arquiteto. Para sua surpresa, ela se apaixona pelo jeito rebelde sem causa do rapaz, que a faz vislumbrar uma vida sincera e autêntica, algo que ela nunca teve. Os dois se casam logo após a formatura de Elisa, e para surpresa de todos, ela engata imediatamente um mestrado, contrariando os anseios da família e do marido, de se tornar uma dona de casa e mãe.

Pedro assume os negócios do pai, e na visão deturpada de chefe de família, passa a cobrar uma posição antiquada e machista, de esposa submissa de Elisa. Mimado e acostumado a ter tudo que quer, Pedro sufoca cada vez mais a esposa, e as brigas passam a culminar em episódios de agressão. Elisa recorre aos pais, mas eles não lhe oferecem refúgio e a acusam de ser a culpada dos acontecimentos.

Para Elisa, a vida está desmoronando, pois já não consegue levar seu mestrado adiante, tem de faltar ao trabalho por conta de machucados que não consegue esconder e seus pais parecem lhe odiar. Pedro é o único que a ama, mas esse amor dói. Mas não querendo admitir o fracasso como filha, esposa e profissional, suporta tudo com gloriosa cabeça erguida na esperança de que tudo vai se acertar.

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É no olho desse furacão que ela conhece Laura, uma amiga e confidente, alguém que finalmente a acolhe. Laura também já havia passado por um relacionamento abusivo e se mostra disposta a ajudar Elisa, quando ela estivesse preparada para isso. Pedro percebe que a amizade de Laura afasta Elisa dele e passa a implicar com a relação das duas.

Elisa decide mudar um pouco as coisas em sua vida e presta concurso para médica legista na Polícia Federal, causando um verdadeiro horror em sua mãe. Ao ser aprovada, Elisa se sente poderosa e confiante, assim, o próximo passo seria com certeza o fim de seu casamento. Pedro percebe a emancipação de Elisa e passa a segui la o tempo todo, obcecado com o medo dela o deixar. Certo dia, ele passa a seguir Laura com o carro e a mulher percebe que está sendo seguida, Pedro avança o carro para intimidá-la. Assustada, Laura ultrapassa o sinal vermelho e é atropelada morrendo imediatamente.

Pedro nunca teve seu nome ligado ao acidente, e acreditava que o luto pela morte da amiga faria Elisa encontrar consolo nele. Mas pelo contrário, o luto foi o estopim para que Elisa saísse de casa e desse início a uma nova vida. Pedro não aceita, e passa a persegui la. Elisa faz um boletim de ocorrência, mas este é apenas um pedaço de papel que não a protege de fato. E na verdade acaba catalisando o corte final da sua relação com os pais, haja vista que Pedro se vinga do boletim rompendo as relações comerciais com a empresa do pai de Elisa.

Em relação ao novo trabalho, vez ou outra era instruída a apenas assinar laudos já preenchidos por seus supervisores, ou que já haviam sido avaliados. Elisa não gostava, mas tinha seus próprios problemas para lidar, e afinal era trabalho a menos.

Já em 2019, durante um plantão na madrugada, o corpo de uma jovem que estava numa mesa do lado começa a se mexer, Elisa toma um susto e a jovem abre os olhos e grita de dor. Elisa reza pela primeira vez na vida, e solta uns palavrões que nem sabia que conhecia. A jovem não parecia um zumbi, mas parecia doente. Febril, tremia e parecia zonza. Vendo que a moça não tentava mordê la nem comer seu cérebro; e movida por um misto de medo, curiosidade e vocação para cuidar de quem

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precisa, Elisa ajuda a jovem a sair do necrotério escondida. Visto que a moça não conhecia lugar algum, a leva para sua própria casa.

Com um corpo a menos no necrotério, e como ainda não tinha entregado a papelada assinada, ela pensa numa série de histórias que poderia inventar a fim de justificar o sumiço do corpo, mas estranhamente ninguém lhe cobra ou pede satisfações sobre. Apenas um agente lhe perguntou, de forma casual, se ela havia feito plantão durante aquela semana e se tinha visto algo estranho por lá.

A pasta amarela com as informações do corpo não lhe dava muitas respostas sobre a estranha que havia levado pra casa, apenas descrevia o corpo como de uma indigente que havia sido morta com um tiro na nuca, e o corpo caído no rio. Acontece que depois de um bom banho, a moça não apresentava qualquer ferimento ou sequer tinha alguma cicatriz, havia apenas uma tatuagem no antebraço com uma sequência sem sentido de letras e números: 53R3N4. Na cabeça de Elisa a história tinha ficado muito interessante e um tanto quanto macabra.

Como tinha que chamá la por algum nome, brinca com o leet que o código faz e a chama de Serena. Serena passa a viver sob os cuidados de Elisa e sob seu teto. Curiosa, Elisa faz uma bateria de testes com a jovem a fim de ajudá-la a descobrir como ela havia sobrevivido, como havia parado no necrotério e qual era afinal o seu passado. Ela passa a seguir os rastros da pasta amarela, descobrindo nomes de agentes que se repetem em laudos falsos.

Ela e Serena constroem uma relação de irmandade, relação essa que tem altos e muitos baixos, haja vista que o temperamento da jovem não é muito sociável. De qualquer forma, a presença da jovem a faz sentir segura. Além de que, a investigação se tornou uma aventura, e a fez sentir importante, quase heróica, sentimento este que nunca havia tido na vida. Mas conforme vão descobrindo pedaços do quebra-cabeça, tudo parece se tornar mais perigoso.

Pedro também volta a cercar Elisa, amedrontando a. Temendo pelo que significava ter Serena ao lado e pela constante ameaça de Pedro, elas se mudam para um novo endereço, a contragosto de Serena que não lida bem com mudanças.

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Serena arruma brigas sempre que pode, deixando Elisa enlouquecida toda vez que chega em casa suja de sangue, mas sempre com os ferimentosse curando depois de algum tempo, e agradecida por ter Luciano que sempre a traz de volta para casa.

Elisa pede para Serena agir com mais calma e cautela, em virtude das coisas que estão descobrindo, mas percebe que com isso a amiga passa a esconder as coisas dela. Até que, para sua angústia, Serena passa um dia e uma noite fora de casa, sem avisar aonde ia e retornar, pela primeira vez desde o episódio do necrotério, sem memória novamente.

LUCIANO DE ARRUDA MORAES

PERFIL FÍSICO E SOCIAL:

18 anos, magricela, cerca de 1,7m, usa óculos com alto grau de miopia. Como um verdadeiro Geek, adora videogames e super-heróis. Autodidata, aprende desde pequeno tudo sobre computadores, se tornando um expert em programação. Não tem amigos, fora os virtuais, e vive dentro de casa, mais precisamente dentro de seu quarto. Na adolescência, passa a ter o hobby de observar as pessoas na escola, e investigar suas vidas na internet, descobrindo até mesmo seus segredos. Trabalha como técnico numa empresa de telecomunicações.

PERFIL PSICOLÓGICO:

Tímido, tem dificuldades na interação social, e acaba sofrendo bullying na escola. Se tornando solitário por este motivo e também pelo fato de não ter atenção em casa. Luciano possui um QI elevado, por isso tem facilidade de aprendizado do que se presta a estudar, sobretudo tecnologia. Desenvolve uma morbidez ao longo da adolescência por conta do hobby de investigar a vida das pessoas online, entretanto, é justamente essa característica que o faz se interessar por Serena. Curioso sobre a jovem que não tem vida na internet, acaba desenvolvendo um amor platônico pela garota.

HISTÓRIA PREGRESSA:

Filho de pais extremamente conservadores, seu vício na internet é visto com maus olhos. Recluso, encontra companhia na comunidade online, onde passa horas

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jogando videogame, jogos de computador e debatendo sobre quadrinhos e heróis. Autodidata, aprende sozinho programação e com o vingar da adolescência, já sabe tudo sobre criptografia, como quebrar códigos e invadir sistemas. Começa a fazer isso apenas pela sensação de poder e a emoção da aventura. Na escola, usa seu talento para descobrir segredos das pessoas que o importunavam.

Tem uma irmã três anos mais velha. Na infância até tinham uma bonita cumplicidade, mas à medida que foram crescendo, Ana passa a ikim lo de lado e Luciano se sente sozinho. Sente que a família põe toda a atenção em Ana e que quando o notam, é somente para criticar o tempo gasto no computador. Importante frisar aqui, que Ana se sente pressionada por ser o centro das atenções dos pais, e se torna rebelde.

Luciano gosta de ir a lugares com bastante pessoas, apenas para observá las. Passou a ter o hobby de analisar o comportamento de certo grupo, e depois encontrar essas pessoas online, suas redes sociais, coisas que são postadas e até mesmo dados pessoais divulgados. Não fazia nada com essas informações, mas isso se tornou um divertido passatempo, quase como assistir a um filme com intensas reviravoltas. Transformou se na sua forma de conhecer as pessoas, sem nunca conversar com elas.

Aos 17 anos, o garoto consegue seu primeiro emprego como instalador e reparador de internet de uma operadora de telecomunicações. O salário é um dinheiro que pode usar como quiser, e assim sendo, economiza para comprar um carro usado. É nessa época que sua irmã Ana passa a usar drogas como recreação.

Cerca de 1 ano depois de começar a trabalhar, para ikim lo a sair do quarto, a mãe de Luciano troca a senha do wi fi e confisca seu celular, apesar do garoto já ter 18 anos. Luciano então pega o notebook e sai a procura de algum lugar com internet disponível.

O jovem entra em um bar que tem wi fi grátis e começa seu exercício de observação das pessoas. O trabalho de ikimedi las no mundo virtual se torna mais fácil, uma vez que as pessoas estão conectadas no mesmo wi-fi, isto é, na mesma rede local. Ele então nota a moça que bebe sozinha em um canto do bar. Ela parece se entreter com dois canudos e passa um bom tempo nisso. Ele vê a lista de pessoas

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conectadas na rede e ela não está lá, pensa que talvez ela possa estar utilizando dados móveis.

Alguém chega para falar com a moça e ela responde algo que Luciano não consegue ouvir, mas ele observa que o rapaz sai emburrado. Luciano se levanta para pedir uma bebida diretamente no bar, já que o garçom não aparece. Na volta, com o copo na mão e distraído, ele esbarra sem querer no mesmo sujeito que tinha abordado a moça que ele observava. O rapaz o confronta, mesmo ele tendo pedido desculpas. O homem parte para cima de Luciano, e ele nem vê de onde, mas um braço arremessa o homem para longe rapidamente; e quando consegue focar no que está acontecendo, vê a moça batendo no homem que foi atingido e em mais dois outros homens que compraram a briga. Eles a acertam de vez em quando porque ela está um pouco bêbada, mas é ela quem dá o nocaute. Todos são expulsos do bar. Luciano quase não consegue pegar seu notebook e sai aos tropeços. Os homens que apanharam saem na mesma direção sem olhar para atrás.

Luciano vai até a jovem que aparenta ter um nariz quebrado por uma cadeirada. Ele agradece e ela diz que só queria uma desculpa para arrebentar a cara dele, então não precisava agradecer. Ele pergunta se quer que ele ligue para alguém para ir ikim la, ela diz que não porque não tem celular e não sabe de cor os números, Luciano fica estarrecido com a informação, afinal quem não teria celular hoje em dia. Ele oferece carona à jovem e ela aceita. Ela diz que lhe chamam de Serena, e quando chegam no destino, Luciano conhece também Elisa, com quem Serena mora. Desse dia em diante, Luciano passa a acompanhar a garota em seus “passeios” e ser quem sempre a leva para casa. Inclusive divide com Serena os problemas que está tendo em casa referente ao vício em drogas de sua irmã Ana, e que não raras vezes tinha de sair procurando a garota pela cidade.

Deste convívio, o rapaz acaba desenvolvendo um amor platônico pela jovem de cabeça quente e forte, literalmente. Para ele, ela parecia um personagem de suas revistinhas em quadrinhos ou dos jogos que jogava. Serena não lhe contava muita coisa, mas parecia se divertir com ele, e ele gostava disso. Para Luciano, era novo o sentimento de ter alguém que ele não poderia conhecer através do computador, com códigos e dados online. E para impressionar Serena, é justamente este lado hacker que Luciano mostra para ela, dando provas do que ele era capaz de fazer.

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Serena então passa a lhe pedir pequenos favores. Apesar de inteligente e um tanto quanto ambicioso, falta malícia a Luciano. Então ele aceita as poucas, ou quase nenhuma, explicações do porquê Serena precisava disso ou daquilo. Um destes pedidos é um grampo telefônico, que Luciano atende com sucesso. É quando eles conseguem interceptar uma conversa em que as vozes grampeadas dizem que colocaram Deodato para cuidar do caso. Serena parece feliz ao ouvir o nome, e Luciano, por consequência, se sente radiante.

No entanto, Luciano passa a ter noção do perigo das coisas que Serena vem pedindo a ele, quando ela pede que ele invada o sistema de câmeras de segurança de um local que parece ser uma instalação clínica, mas percebe que pode se tratar de mais do que isso ao ver que o lugar possui um sistema de última geração. Mesmo reticente, mostra a Serena imagens do local e diz que poderia camuflar uma pane por um período máximo de 20 minutos, depois disso as câmeras religariam automaticamente. No carro de Luciano indo até o local, o jovem indaga Serena pela primeira vez do porquê dela querer invadir o lugar, que aquilo é muito perigoso, além de ser um crime propriamente dito, e não as transgressões virtuais a que ele estava acostumado. Serena ignora Luciano completamente, além de lhe tratar com falta de educação.

No meio da conversa, Luciano recebe a ligação de seu pai informando que sua irmã Ana havia sumido novamente, pedindo para que ele fosse para casa para ajudar na procura. Luciano pergunta se Serena poderia cancelar a tarefa, é ikim lo na busca pela irmã. Serena dá de ombros, e desfaz de Ana chamando a de drogada. Luciano fica muito irritado, retruca Serena, para o carro e manda que ela desça. O garoto dá meia volta e vai embora para casa. Serena segue a pé para a instalação, que não está longe.

3.1.6. SINOPSE DOS EPISÓDIOS

EPISÓDIO PILOTO: REPETIÇÃO

São Paulo é uma cidade de vida noturna, agitada, soturna e perigosa. Mas Serena não se importa com nenhuma dessas características, e depois de descer do carro, caminhar e parar em frente a instalação cujo endereço acabara de descobrir,

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encosta na parede e fuma, como se os cigarros fossem amenizar sua raiva constante. A mensagem no celular a tira do transe, e ela invade o local. Após muita brutalidade, Serena se descuida e toma um tiro fatal. Ela acorda dentro de um porta malas, e seu processo de regeneração é muito doloroso. Sua super força a ajuda a sair do porta malas do carro, mas sai do estacionamento e vaga pela cidade passando mal até desmaiar. Numa loja de conveniências ela acha sua identificação, ao passo que uma sacola de maçãs de uma senhora na rua a leva para a casa de Elisa. Enquanto isso, o local mostra-se uma instalação da Corporação Healer, famosa multinacional farmacêutica, gerenciada pelo elegante presidente nacional Márcio Caldeira, e com uma brilhante equipe de pesquisas chefiada pela renomada Doutora Andréa Murphy.

Serena não se lembra de nada e nem de ninguém. Elisa se depara novamente com a garota sem memória, como há anos. A médica apresenta a Serena uma verdade a qual a garota não quer acreditar, enquanto Márcio e a Doutora Andréa discutem o passado e o futuro da Corporação, além de seus próprios. Serena encara as primeiras facetas da sua verdade, e tenta fugir. Porém, tudo que tem um início tem que ter um fim, e Batista, o dono do porta-malas, bate à porta de Elisa.

SEGUNDO EPISÓDIO: REDESCOBRIMENTO

Batista se apresenta como policial federal, e diz que encontrou o celular de Serena num carro que estava envolvido numa investigação, que havia sido encontrado sem ninguém. Elisa desconfia da história, mas as perguntas de Batista a cerca da noite anterior ajudam a desanuviar as dúvidas. Serena diz que não se lembra de nada ao policial, que se voluntaria a ikim la, com a desculpa de que essa solução poderia ikim lo a encontrar o dono do carro. Dessa maneira, Elisa atualiza Serena e Batista sobre as descobertas feitas até o momento. Batista é muito educado e simpático, o que gera um flerte entre ele e Elisa. Enquanto isso, Dra. Andréa Murphy recebe o novo colaborador da Corporação, e lhe apresenta o lugar. Luciano aparece à noite na casa de Elisa.

TERCEIRO EPISÓDIO: REINVESTIGAÇÃO

Luciano toma uma bronca de Elisa por ter deixado Serena sozinha, mas também informa que ainda não encontrou a irmã desaparecida. Batista tem um

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encontro com os agentes da Corporação sobre sua busca por Serena, ele mente dizendo ainda não ter encontrado a garota. E inicia uma investigação, a fim de descobrir qual a conexão de Serena com a Corporação, e os poderes que a garota possuía. Afinal, ela havia ressurgido dos mortos. Elisa cobra Serena das tarefas domésticas e de ir ao seu trabalho. Serena acompanha as notícias sobre os avanços médicos de uma subsidiária da Corporação Healer que já está na fase 3 de testes para remédios que regeneram células mortas de pequenos ferimentos mais rapidamente. A Dra. Andréa Murphy investe seus esforços na pesquisa por compostos que possam ajudar na regressão do Alzheimer da mãe, enquanto enfrenta problemas de liderança com o doutor Miller, recém chegado. Serena tem flashes noturnos com lugares e tenta ikimedi-los na internet. Elisa analisa o sangue de Serena, e isola os componentes e seus respectivos fabricantes.

QUARTO EPISÓDIO: REMEDIAÇÃO

Batista cobra a filha Clara para tomar o remédio. Serena visita Batista e ele compartilha as informações que descobriu, explicando a ela a complexidade do organograma da Corporação Healer e o laboratório de pesquisas do soro. Excluindo a parte em que ela foi uma das cobaias e ele era o responsável por ikimedi-la. Serena conhece Clara e toma conhecimento do acidente e suas necessidades especiais. Durante o almoço dos três num restaurante, Serena bate num homem que maltratava a namorada na mesa ao lado. No necrotério, Elisa se depara com um padrão de corpos de mesma causa mortis que Serena quando apareceu ali, ela então investiga e isola os mesmos compostos de Serena nos corpos. A Dra. Andréa visita a mãe na clínica e encontra o pai, também visitando a doutora Rebecca, mas não conversa muito com ele. Em seguida, Márcio a visita em seu apartamento, onde os dois têm uma recaída e passam a noite juntos. Batista deixa Serena na casa de Elisa, e ela e Batista trocam mais flertes. Elisa conhece Clara.

QUINTO EPISÓDIO: REGENERAÇÃO

Seguindo um dos flashes, Serena acaba parando na frente da casa que morava com sua mãe e acaba descobrindo por uma vizinha que várias mulheres aceitaram uma proposta de lugar melhor para viver com casa e comida, e nunca mais foram vistas. Elisa recebe ligações, que quando atende, a linha fica muda e depois cai.

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Luciano continua a procura da irmã cada vez mais desesperado. Serena vai com o garoto até um ponto de tráfico de drogas, onde eles entram numa briga com drogados e traficantes, Serena sai machucada e com uma facada nas costas protegendo Luciano, mas as feridas da garota se regeneram cada vez mais rápido. Luciano foge sem pensar do lugar, e deixa Serena sozinha. Batista descobre a intenção da Corporação Healer em criar o soro do super soldado e como ele estava, sem saber, ajudando nesse propósito. A Corporação Healer ameaça parar de fornecer o remédio a Clara, caso Batista não encontre Serena. Batista e Elisa marcam um jantar, incentivados por Clara e Serena. A Dra. Andréa sofre de remorso pela noite passada com Márcio, além de ter de enfrentar a ameaça do doutor Miller, a busca pela 53R3N4 e a tentativa de regressão do Alzheimer da mãe, para provar ser a melhor das doutoras Murphy.

SEXTO EPISÓDIO: REVIVENDO

No trabalho, Elisa acaba por encontrar o padrão de causa mortis em outros corpos que chegam, até que um deles chega com identificação do nome de um lugar que Serena já havia visto em seus flashbacks. Serena invade o local, e lá dentro descobre uma pasta com o nome Deodato que contém fotos e nomes de pessoas mortas dadas como indigentes no necrotério. Serena anota todas as novas informações e monta o quebra cabeças das informações que tem até o momento. O ex-marido de Elisa aparece e, mesmo apanhando de Serena, traz de volta toda a sensação de medo e insegurança a ela, fazendo a viver novamente o terror psicológico de seu passado. A pedido de Serena e Batista, Elisa compara os compostos no corpo de Serena com o remédio da Corporação Healer, a Healexina, e descobre similaridades. Na casa de Batista, ele e Elisa têm um jantar romântico, e se beijam. Luciano procura Serena para se desculpar e os dois vão para um bar, o mesmo que frequentavam antes de Serena perder a memória. Bebem o máximo que podem, e no auge da bebedeira, o garoto confessa que tem uma queda por Serena, e lamenta que ela o veja apenas como um ajudante. Enquanto Batista lava a louça, Elisa conversa e brinca com Clara até a menina dormir. Elisa repara no remédio da menina, o nome e a composição lhe chamam atenção. Elisa então pega o frasco do remédio escondido, se despede de Batista e vai embora de maneira apressada. Márcio cobra a Dra. Andréa de resultados na frente de toda a equipe, ela fica possessa

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e sai do laboratório, indo parar na clínica em que a mãe está internada. Elisa compara o remédio de Clara com as outras amostras da Healexina e de Serena e conclui que tratam se de variações da mesma fórmula.

SÉTIMO EPISÓDIO: RECOMEÇO

Pela manhã, Elisa liga para Serena, que está saindo do bar de ressaca, pela bebedeira com Luciano e pede para ela ir direto para a casa de Batista. No local, Elisa confronta Batista, sob os olhares incrédulos de Serena. Tudo isso enquanto Clara está na escola. Batista consente as informações de Elisa, e conta tudo para as duas desde o início. Conta que recebe os remédios para a filha, de seis em seis meses e que como pagamento, faz alguns trabalhos para quem lhe dá a droga. E que só recentemente descobriu quem é que estava por trás desse remédio. Faz um flashback desde que recebeu a pasta com as fotos de Serena, de segui la até o laboratório 101, das lutas de Serena na invasão, até o tiro e ikime la no porta malas de seu carro. A doutora Andréa conversa com a doutora Rebecca na clínica, que entre delírios diz à filha que cuidasse da pequena Maria, que a Maria tinha sido a chance que ela havia tido de se redimir dos erros do passado com sua própria filha. A doutora Andréa fica com raiva pelos delírios da mãe, e a pressiona com relação aos dados da fórmula do soro que ela não tinha registrado, que era a chance dela ajudar a filha verdadeira. A Doutora Rebecca repete que Andréa deve cuidar da Maria. Nesse meio tempo, Batista explica que quando percebeu que Serena havia voltado à vida, foi tomado por uma esperança, e que quanto mais descobria sobre os poderes de Serena, mais achava que eles poderiam realmente curar sua filha. Ao passo que sabia, que se contasse a verdade, perderia suas chances. Luciano recebe uma ligação ao sair do bar, é uma pista de onde sua irmã pode estar. Serena fica furiosa com Batista e lhe dá um soco, Batista bate na parede pela super força da garota, e antes de apanhar mais, o telefone de Batista toca dizendo que Clara foi sequestrada, dizendo para Batista levar Serena para uma instalação da Corporação.

OITAVO EPISÓDIO: RENASCIMENTO

Batista implora pela ajuda de Serena, e diz que a filha não tem culpa de suas ações. Serena continua com fúria nos olhos, mas decide ir até o local com Batista e Elisa. Chegando no local, descobrem que Luciano havia os traído em troca de sua

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irmã, que também estava no laboratório, sendo utilizada como cobaia para o soro, pois havia sido captada como usuária de drogas num ponto de tráfico. Serena tem flashes do local, e consegue descobrir quem era sua mãe e as experiências a que as duas foram submetidas naquele lugar. Batista acerta um tiro em Luciano para salvar Elisa. Serena fica frente a frente com quem lhe deu o tiro no primeiro episódio. Márcio fica sabendo da missão particular da Dra. Andréa atrás do indivíduo 53R3N4, e vai tirar a história a limpo. Serena e Batista entram em confronto com os agentes da corporação, e Batista acaba levando um tiro destinado a Serena, morrendo nos braços da garota. Antes do último suspiro, ele diz a Serena que a intenção do soro era fazer super soldados, e que ela é a chave.

Luciano procura a irmã pela instalação, e a encontra morta devido ao excesso do uso das drogas, combinadas com o soro. A Dra. Andréa confessa a Márcio que o indivíduo 53R3N4 realmente desapareceu do necrotério, e que possivelmente teria as respostas para a fórmula ideal para o soro. Márcio então usa o telefone, e ouve do outro lado da linha o plano de usar a criança como forma de atrair o indivíduo e o policial federal. Ele pede que reforcem a segurança da instalação, pois o indivíduo vale muito dinheiro para a Corporação Healer. Elisa consegue resgatar Clara, mas ambas choram ao ver Batista morto nos braços de Serena. Luciano reaparece e atira em Serena, acertando-a na testa, como vingança pela morte da irmã, e foge correndo.

3.1.7. ARGUMENTO DO EPISÓDIO PILOTO REPETIÇÃO

Um lettering na tela de fundo preto mostra um texto sobre a criação da deusa grega Atena. O relógio, no canteiro central da Marginal Pinheiros, marca que já passam das dez da noite. Numa rua quase deserta e de pouca iluminação um carro estaciona, uma pessoa desce pelo banco do passageiro e bate a porta com força, o carro dá meia volta e sai pelo mesmo caminho de onde veio. A silhueta de Serena vem pela calçada da rua e para, de frente, olhando para o outro lado da rua, observando um local. Apoia as costas na parede e fuma enquanto observa. Sua face ainda fica escondida entre as sombras da má iluminação. Outro carro passa pelo local, iluminando a garota por alguns instantes. O cigarro acaba, ela joga a bituca no chão e acende outro.

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O celular no bolso vibra com uma mensagem que chega, a garota pega o celular, lê a mensagem e guarda o novamente. Dá uma longa tragada no novo cigarro e repete a ação anterior, jogando a bituca no chão e pisoteando a. Dessa vez tira um pirulito do bolso, desembrulha, joga o papel no chão e coloca o doce na boca. Olha para os dois lados da rua, e atravessa rapidamente em direção ao portão principal do prédio. Observa uma corrente grossa presa por um cadeado, a garota segura o cadeado e puxa, arrebentando o com facilidade. Abre o portão bem devagar, coloca só a cabeça do lado de dentro observando o interior, e depois entra. Trata-se do Laboratório 101, da Corporação Healer.

Na mesma calçada do prédio do laboratório, vindo do lado oposto ao de Serena, surge Batista, andando vagarosamente entre as sombras da má iluminação da rua. Ele segue olhando para os lados a todo momento, até parar em frente ao portão por onde Serena entrou. Ele percebe que o portão está entreaberto, observa o cadeado e a corrente no chão, saca sua arma, empurra o portão e entra.

Batista caminha devagar pelo lugar, sempre perto das paredes e esquadrinhando o local com os olhos. Se depara com um homem deitado no chão inconsciente, caminha mais um pouco para a frente e se depara com outro homem deitado no chão inconsciente, o indivíduo está com um palito de pirulito fincado em um dos olhos. Batista olha a cena rapidamente, desvia o olhar e continua em frente. Ele caminha pelo local com cuidado, observando tudo ao redor, até que uma porta lhe chama atenção, pois ela emite uma luz bruxuleante amarelo dourada. Batista abre a porta devagar, e fica paralisado ao ver o que tem atrás da porta, ele tenta gritar, mas o grito não sai. Ele dá um passo para trás por repulsa espontânea, mas sem conseguir parar de olhar para dentro ou piscar. Até que um barulho perto dali chama sua atenção. Ele encosta a porta e segue em direção a origem do som. Enquanto anda, passa por uma cadeira de madeira quebrada e acelera o passo. Quando alcança Serena, consegue observá la atrás de um homem armado. Ela tem um pedaço de pau nas mãos, que erguido, está prestes a acertar o homem armado. Nesse momento, Batista avança sorrateiramente, a fim de ver a cena mais de perto, mas esbarra num recipiente de vidro derrubando-o no chão. O barulho do vidro quebrando chama a atenção de Serena e do homem, e os dois viram o olhar para trás na direção de

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Batista. Quando Serena volta o olhar para a frente é atingida por um tiro na testa do homem e cai para trás.

Batista coloca o corpo de Serena no porta malas de seu carro e entra pela porta do motorista. Sentado no banco do motorista, ele suspira profundamente, e olha para o banco do passageiro, vendo a pasta dourada com o código de identificação 53R3N4, que contém algumas fotos de Serena. Ele pega a pasta, e começa a ler por alguns instantes, sendo interrompido pelo toque do celular. Ele atende, discute com a pessoa do outro lado da linha e desliga. Em seguida dá partida no carro e sai.

Com o dia já amanhecendo, Serena desperta dentro do porta malas. Desorientada e desesperada, chuta a porta e consegue se libertar. Ela sente a claridade atrapalhar a visão, mas caminha trêmula e cambaleando até a saída do estacionamento. Ela anda pela rua se apoiando onde consegue, para num poste e vomita, anda mais um pouco até que não se aguenta e desmaia na rua, sem chamar qualquer atenção dos transeuntes.

Com o relógio da Marginal marcando por volta das dez da manhã, dentro do Laboratório 101, Márcio e a Dra. Andréa estão em frente a uma porta. Márcio questiona a doutora sobre a visita que ela fez à mãe. A doutora então percebe que a porta foi arrombada e Márcio lhe diz que o lugar teve visitantes não autorizados na noite anterior. Ela pergunta o que levaram, Márcio pede que a própria doutora verifique se falta alguma coisa, Doutora Andréa entra na sala e Márcio a espera do lado de fora. A luz bruxuleante amarelo dourada emana novamente de dentro da sala.

Serena desperta no mesmo lugar que desmaiou, a rua possui menos movimento, mas as pessoas continuam passando por ela sem qualquer atenção. Ela ainda sente dores, mas se levanta com melhor equilíbrio e sai andando.

Serena entra numa loja de conveniências de um posto de gasolina, não há ninguém no lugar. Ela pega um pacote de salgadinho na mão, nesse momento um rapaz com uniforme do posto entra apressado perguntando no que poderia ikim la. Serena coloca o pacote de volta na gôndola e pergunta sobre o banheiro. O frentista se assusta com vestígios de sangue no rosto de Serena, mas não fala nada sobre ele apenas diz que onde é o banheiro e vai buscar a chave. No banheiro, enquanto se lava, percebe uma tatuagem em seu antebraço que diz 53R3N4, além de visitar os

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bolsos e encontrar, entre outras coisas, um chaveiro com um endereço escrito: Rua Akangatu, 608. Intrigada, Serena fuma numa praça enquanto olha mais uma vez para o endereço.

Caminhando pela calçada, Serena cruza com uma senhora carregando com dificuldade algumas sacolas, mas não se importa. Até que uma das sacolas arrebenta deixando cair algumas maçãs na rua, Serena para e começa a ajudar a pegar as maçãs pelo chão, e guarda escondida uma no bolso da jaqueta. A senhora agradece a ajuda, e Serena pega todas as sacolas da mão da velhinha, percebendo que para ela as sacolas são muito leves. A senhora mora ali perto, e Serena se oferece para carregar as sacolas até a casa dela. Serena não sabe seu nome para dizer a senhora. Quando chegam na frente da casa, a senhora oferece o celular a Serena para que possa descobrir como fazer para chegar ao endereço do chaveiro. Nesse momento, um assaltante passa correndo e leva o celular da mão da velhinha, Serena corre atrás do meliante.

De volta ao Laboratório 101, Dra. Andréa observa o lado de dentro de uma das salas do laboratório pela janela da porta, depois Márcio toma seu lugar, quando algo bate na porta com violência pelo lado de dentro, Márcio se assusta. A doutora Andréa informa que nada foi levado, e Márcio informa a ela sobre o novo colaborador que chegará à Corporação Healer para ajudar nas pesquisas, além da entrevista que a doutora Andréa terá de dar para uma revista eletrônica sobre o novo remédio da Corporação, a Healexina. Andréa não gosta da primeira notícia, tão pouco da segunda. Mas Márcio a adverte que são ordens e papéis a serem cumpridos. Toda essa conversa é acompanhada pelo elemento que emite sons atrás da porta.

Enquanto isso, Serena está furiosa correndo atrás da trombadinha. Ela o alcança e o derruba, apesar disso o assaltante acerta um soco em Serena, que evita o próximo soco com facilidade, demonstrando um pouco da sua super força, ainda desconhecida. O trombadinha se assusta, e devolve o celular. Serena vai embora com o aparelho e o maço de cigarros do assaltante. Ela devolve o celular para a senhora, já com a informação do caminho até a rua do chaveiro. Mas antes de ir embora, a senhora lhe dá um dinheiro para uma condução, e lhe agradece mostrando a Serena o seu verdadeiro caminho.

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Serena pega um ônibus até a casa de Elisa, uma das chaves do chaveiro abre a porta de entrada da casa, e Serena entra. A casa é um sobrado com poucos móveis e caixas de mudanças espalhadas pela sala. Elisa surge descendo as escadas vindo do andar de cima, e reclama do sumiço da garota. Ao se aproximar, Elisa percebe que Serena está machucada e presume que a garota se meteu novamente em brigas, mas não se preocupa, afinal os machucados devem sumir logo. Elisa profere o nome Serena para a própria pela primeira vez na conversa, e a garota fica surpresa ao ouvir seu nome. Elisa percebe a expressão no rosto de Serena, mas acha que é deboche da garota e começa um sermão sobre segurança e preocupação. Porém, no meio da conversa percebe que Serena perdeu mais uma vez a memória, como havia acontecido há tempos, e chora por um breve momento, mas entende rapidamente o que deve fazer e começa se apresentando a Serena.

Elisa estica o braço de Serena e lhe mostra a tatuagem novamente, dizendo que o nome Serena saiu dali. Antes de falar mais alguma coisa, tenta fazer com que Serena não desperte a curiosidade do que elas mesmas já haviam descoberto sobre a história da garota, mas sem sucesso. Serena vai até o seu quarto e vê, além da bagunça, o rastro da investigação que estava fazendo sobre seu passado. O quarto possui apenas uma cama e está muito bagunçado, roupas reviradas, papéis avulsos e jornais estão espalhados pelo lugar. Notícias sobre a Corporação Healer, sobre o seu mais novo remédio, a Healexina. Uma escrivaninha com um computador, um maço de cigarros fechado e um cinzeiro cheio de bitucas. Serena fita o quarto devagar, enquanto Elisa vem atrás.

Enquanto isso, um comercial da Corporação Healer passa na TV, fazendo propaganda da Healexina. Após o comercial, Marta, a apresentadora da revista eletrônica, começa a entrevistar a Dra. Andréa Murphy. A entrevista também gira em torno do novo medicamento, mas a entrevistadora também cita a Dra. Rebecca Murphy, mãe de Andréa, tecendo elogios e fazendo comparações entre as duas. Após a entrevista, já no camarim dos estúdios da emissora, a Dra. Andréa confronta Márcio irritada com as perguntas e comparações que foram feitas sobre sua mãe durante a entrevista. Márcio responde que não foi nada demais e que ela deve, acima de tudo, cumprir seu papel para a corporação. Os dois são interrompidos por Marta, que

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convida Márcio para um happy hour e ele prontamente aceita, deixando a doutora sozinha no camarim.

De volta ao quarto de Serena, Elisa então pergunta a Serena do que ela se lembra, Serena confessa que não lembra de nada sobre a noite anterior, principalmente. Serena retruca as perguntas de Elisa, querendo também obter respostas de Elisa sobre a relação das duas, como se conhecem e onde moram. Elisa vai divagando, e Serena vai se irritando, até que numa reação impulsiva quebra uma cadeira que estava no quarto. Elisa pede que a jovem se acalme, e então explica a Serena as circunstâncias em que se conheceram, que ela é uma médica legista da polícia federal, e que trabalha no necrotério e foi lá que conheceu Serena, como um cadáver que voltou à vida. Serena começa a delirar com as informações, e Elisa continua mostrando os papéis pelo quarto tentando evidenciar que a investigação estava ficando perigosa Serena se retrai e para de prestar atenção, e sai correndo. Elisa tenta segurar a garota, mas é arremessada com força contra a parede, bate a cabeça e cai desacordada no chão. Serena sai correndo da casa de Elisa.

Ela segue pela rua sentindo fortes dores de cabeça e com a respiração pesada. Para e acende um cigarro. Serena fica com a visão turva, a fumaça mergulha a garota em flashes de memória. Primeiro uma mulher branca, de cabelos ondulados, usando avental de hospital, se contorce e grita amarrada numa maca. Depois, uma outra mulher de cabelos loiros e olhos claros, usando jaleco branco, segura uma agulha na mão vindo na direção de Serena. O próximo flash é de Serena tomando um tiro na nuca, e em seguida com a nuca suja de sangue que escorreu pelos seus ombros, abre os olhos numa mesa de metal.

A próxima cena é de Serena levando o tiro no galpão do laboratório 101, seguida pela imagem de Serena abrindo os olhos no porta malas.

Mais um flash mostra dois homens que seguram uma menina pelos braços, a criança tenta se soltar sem sucesso. A menina grita e chora, pedindo que a soltem. Serena puxa um dos homens pelo braço e dá um soco que o faz cair para trás. O outro homem solta a menina e avança na direção de Serena, ela o segura pelo peito e o faz girar pelo ar em torno dela. Quando o segundo homem bate no chão, o lugar ganha cenário e o homem com quem Serena está lutando ganha um rosto.

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O cenário mostra um homem no chão com o nariz quebrado, se movendo com dificuldade, e outro, o qual Serena está segurando pelo pescoço, também muito machucado. Serena prepara o soco com muita raiva, mas ao olhar para o rosto do homem volta a si e para o movimento. Ela fica parada por um tempo na mesma posição, a fúria diminui e lentamente relaxa o corpo. Ao olhar para os lados percebe, além dos dois homens feridos, uma bolsa caída no chão e algumas coisas jogadas que devem pertencer a bolsa. Não muito longe, uma jovem com um pedaço da roupa rasgada e os cabelos desgrenhados. Apesar de estar no chão, a jovem segura um celular filmando apontado na direção de Serena. A moça com o celular se assusta ao perceber que Serena olha para ela, então recolhe rapidamente sua bolsa, seus pertences e sai correndo. Serena olha mais uma vez para os dois homens feridos e sai correndo na direção contrária a moça.

Um último flash mostra um ambiente todo escuro, e nele, uma Serena de cerca de 12 anos corre para o fundo da tela, sua figura de costas diminui enquanto se afasta. Serena aparece correndo vindo para frente, sua figura agora vai aumentando enquanto se aproxima da tela. Cansada, ela para em frente a uma vitrine de loja, onde pode observar seu reflexo. Ali, pondera tudo o que ouviu naquele dia, de todos os encontros que teve desde o momento que saiu daquele porta malas. Ela puxa a manga da jaqueta e olha para o antebraço que contém a tatuagem, olha novamente para o espelho e sai andando normalmente.

Na casa de Elisa, a própria desce as escadas vinda do quarto de Serena com os restos da cadeira que foi quebrada. Ela joga o objeto em uma das caixas da mudança que ainda não foram desfeitas. A caixa tomba, e fica entreaberta, Elisa se aproxima da caixa e tira de dentro uma caixinha antiga que contém cartas e cartões, um dos cartões contém uma mensagem de amor que Elisa lê e depois guarda o de volta com os outros. Elisa deixa a caixinha sob a mesa e vai para a cozinha. Serena volta a casa de Elisa e respira na porta, antes de entrar.

Serena entra novamente na casa de Elisa, e dessa vez encontra-a sentada no sofá com uma bolsa de gelo e uma xícara de chá. Elisa não olha para Serena, e quando a garota se aproxima para ver a ferida, Elisa a repele. Serena ratifica o fato de que as coisas mudaram mais uma vez, principalmente para Elisa, já que para Serena é um começo.

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Serena pede ajuda de Elisa, que relutante aceita e ambas chegam à conclusão de que devem começar pelo que de fato aconteceu na noite anterior. Neste momento da conversa, a campainha toca. Serena se move para atender, mas Elisa não deixa e vai atender ela mesma. Quando abre a porta, é Batista quem está do outro lado. Fim do episódio.

3.2. OBJETIVOS

OBJETIVO PROTAGONISTA:

• Criação e desenvolvimento de uma série de TV e produção do episódio piloto.

OBJETIVOS COADJUVANTES:

• Fazer parte das narrativas que contribuem para o detrimento do patriarcado e da sociedade androcêntrica que vivemos;

• Criar uma heroína brasileira;

• Valorizar o produto nacional e pôr em evidência a cidade de São Paulo como cenário.

3.3. JUSTIFICATIVA:

Nos últimos vinte anos aproximadamente, o cinema e a cultura pop reinventaram e redefiniram as histórias de heróis, sejam eles deuses, mutantes, magos ou super soldados. Alimentando se principalmente das histórias em quadrinhos, os temas sociais se alinham às tramas, resultando em poderosos roteiros nas telas de cinema, criando pautas, por exemplo, para discussões de questões raciais e de gênero. É neste período também que as personagens femininas começam a ganharam novas esferas, como Viúva Negra, personagem vivida por Scarlett Johansson que tem sua primeira aparição em Homem de Ferro 2 (Jon Favreau, 2010), dentro do Universo Cinematográfico da Marvel (MCU). A personagem Natasha Romanoff, alter ego de Viúva, vai ganhando camadas ao longo dos filmes do MCU, tornando se menos sexualizada, até ganhar seu próprio filme em 2021: Viúva Negra (Cate Shortland, 2021).

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Quando temos um tipo de narrativa em que geralmente o protagonista é do sexo masculino, apenas mudar o gênero desse personagem para atender à uma demanda social não é o suficiente. Todo esse caminho de compreender a “questão da mulher” é necessário, pois não importará se ela é uma alienígena, mutante, chefe de máfia, delegada, detetive ou CEO. O fato dela ser mulher implica numa série de questões com ela mesma e o ambiente que a cerca, pois “não se nasce mulher, torna se mulher”. Cinco mil anos de história, sendo trinta e dois de humanidade, pautada nos valores masculinos, sendo essa a régua do mundo onde o feminino não se reconhece e não tem seu espaço.

Nos últimos 5 mil anos, a cultura tem sido definida em grande parte por homens que têm uma abordagem da vida orientada para a produção, o poder e a dominação. O respeito pela vida, pelos limites, pelos ciclos e pelos filhos da natureza não é uma prioridade. (MURDOCK,2022,p.102 103).

Um grande exemplo de mudança de paradigmas ao se colocar uma personagem feminina à luz de personagens que geralmente são masculinos é Mare of Easttown (Brad Ingelsby, 2021), minissérie da HBO protagonizada por Kate Winslet. Mare é uma detetive de um pequena cidade que investiga um assassinato local enquanto sua vida desmorona. Já vimos esse detetive várias vezes, como por exemplo, o Detetive Harry Ambrose da série The Sinner.(Derek Simonds, 2017 2021). Investigar o crime e lidar com seus próprios demônios. Porém Mare é feminina, e não uma ikim fatale. Seus problemas são domésticos, sua relação com a mãe, a filha, seu ex-marido, e até com a fuga da dor do luto. Em situações extremas ela age com generosa empatia, como quando arremessam um tijolo é arremessado em sua janela, quebrando a. Mare não se revolta ou vai tirar alguma satisfação. “O que é isso?”, perguntam a ela segurando o tijolo na mão. “É alguém com medo”, responde. Até mesmo no desfecho, quando ela soluciona o crime e vai prender o assassino, não existe a violência gloriosa que o gênero costuma ter, ela simplesmente conhece a pessoa e entra sozinha no local. Esse acolhimento e empatia, sem perder o senso de justiça, é algo que só o feminino pode oferecer. Personagens assim são geralmente chamadas pela crítica de mulheres fortes, mas são apenas personagens femininas bem desenvolvidas. Kate Winslet levou o Emmy em 2021 de melhor atriz principal em minissérie, e seus colegas Evan Peters e Julianne Nicholson por melhor ator e atriz coadjuvantes, respectivamente por suas atuações nesta série.

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Jessica Jones (Melissa Rosenberg, 2015-2019), da Netflix e agora no Disney plus, é uma super heroína dos quadrinhos da Marvel que ganhou sua própria série em 2015, sua força sobre humana de alguma forma metaforiza a carga feminina na sociedade em que vivemos.

Buscando outra referência, mas num gênero e formato completamente diferente, o filme Encanto (Byron Howard e Jared Bush, 2021) da Disney, conta a história da mágica família Madrigal. Cada integrante da família recebe um dom, e o de Luísa Madrigal, irmã mais velha da protagonista, é a super força. Porém, mais uma vez, e dessa vez de forma mais didática, a super força é usada para retratar a sobrecarga feminina. A pressão de ter de ser forte o tempo todo faz com que as pessoas acreditem que você aguenta qualquer coisa. E se deixar de ser forte em algum momento, se o peso disso. As mulheres são incentivadas a não ter limites. “Não questiono se é pesado, o meu corpo suporta o fardo”, Luisa canta. Na trama, a fonte do poder da família Madrigal está misteriosamente se esvaindo e os membros da família estão a perder seus poderes. Luísa sente que não há lugar no mundo para ela sem o seu poder, e como há outros que dependem dela, mesmo que ela se canse ou não esteja motivada, não irá dizer não.

Trazendo esse contexto para o produto desenvolvido, Serena, a protagonista, possui super força, mas ainda é capaz de se machucar. E quando se machuca, dói da mesma maneira. Seu corpo é capaz de se regenerar sem deixar nenhuma cicatriz. Não é porque ela aguenta muito peso e é capaz de se reconstruir que ela não sinta. Seu superpoder não a isenta da dor. Aqui a metáfora é construída de forma a simbolizar, novamente, o fardo da mulher que precisa ser uma super-heroína num mundo onde ela nunca é o suficiente, esteja sempre a auxiliar.

A conspiração na qual Serena tem origem, é formada por uma aliança de uma poderosa multinacional farmacêutica com a Polícia Federal. Instituições que deveriam cuidar e proteger são a ameaça. Serena é fruto do projeto mais ousado da Corporação Healer, que nos seus primeiros anos viu que os espécimes do sexo masculino sucumbiam ao soro, ou aos seus efeitos colaterais, enquanto os espécimes do sexo feminino resistiam apesar deles. Um paralelo ao uso de anticoncepcionais, os quais as mulheres que precisam lidar com seus efeitos colaterais: sejam acnes, depressão, alterações de humor, riscos de trombose, entre outros.

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A proposta da Jornada da Heroína de Maureen Murdock não é uma negação do masculino. É a compreensão do feminino ferido, a cura dele, para então andar em equilíbrio ao masculino. Contar histórias é a nossa forma tão humana de transmitir valores de uma sociedade de geração para geração, de metaforizar os desafios da vida e nos dar a força e o incentivo necessários para vencer nossas batalhas pessoais. Quanto mais o feminino puder se mostrar, ser compreendido e debatido, o mundo pode se tornar um lugar menos hostil e mais acolhedor, principalmente para com as mulheres.

3.4. PÚBLICO-ALVO

A série é voltada para o público adulto na faixa dos 25 aos 35 anos, que gostem de séries e filmes de investigação criminal, detetivescas, com uma pitada do fantástico, por tratar se de uma história de origem de uma super heroína.

A faixa etária escolhida se dá pelas características da série, que pode gerar identificação maior num público com maiores experiências de vida, além desse público já ter maturidade e saber do que gosta de assistir. Além disso, a trama pode conter alguns temas que podem ser sensíveis aos mais jovens.

Em suma, a série é voltada para aqueles que gostam de sentar se em frente a tela com um balde de pipoca e ajudar o protagonista a investigar uma boa armação, desvendar um bom mistério, ver uma boa briga aqui e ali, além de se identificar com alguns personagens e detestar outros, tudo isso, num tom bastante soturno e realista

Em termos de referências, tendo Marvel e DC, as duas grandes editoras/produtoras de super heróis dos dias de hoje, podemos afirmar que a série se aproxima mais da Marvel, pois os super heróis desse universo são mais próximos das pessoas comuns, ou seja, tem problemas pessoais, sociais e morais. Os ambientes em que vivem são lugares que realmente existem, como Nova Iorque e São Francisco, ambas cidades nos EUA. Podemos destacar aqui alguns exemplos: o Homem Aranha, Jessica Jones, Luke Cage e o Demolidor são todos super-heróis que lidam com problemas civis, além de terem os seus próprios, morando em diferentes bairros da cidade de Nova Iorque.

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Em relação às séries de investigação, temos: NCIS e CSI, que são de perícia criminal; Dexter, que traz a visão do próprio psicopata; Bom dia Verônica, série brasileira cujo detetive é o protagonista; The BlackList, cujo ladrão acaba virando o herói. Todos estes exemplos abordam investigações criminais com suas peculiaridades e visões próprias. E que também exigem do público uma certa maturidade intelectual para acompanhar as pistas e seguir as deduções dos protagonistas. Com o clima mais soturno poderíamos citar o famoso seriado dos anos 90, Arquivo X, além de Sherlock, série categorizada como de super detetive, protagonizada por Benedict Cumberbatch, no papel do detetive maisfamoso dos livros de Sir Arthur Conan Doyle.

3.5. PLATAFORMAS DE VEICULAÇÃO/ DISTRIBUIÇÃO:

A série foi projetada para sua veiculação nas plataformas de streaming, embora existam alguns canais de TV por assinatura, como AXN e Universal Channel, em que ela poderia ser veiculada devido ao seu gênero de investigação criminal.

Dentro do universo em expansão do streaming temos a HBO Max e a Netflix, duas das maiores plataformas de hoje em dia. Elas possuem dentro dos seus catálogos tanto séries de super heróis quanto séries de investigação criminal, além disso possuem conteúdos originais e nacionais. A Netflix por sua vez, possui conteúdos de diversos gêneros e formatos, enquanto a HBO possui séries e filmes mais densos, carregados de significados, que podem exigir mais do espectador.

Essas características, somadas ao Projeto 53R3N4 possui 8 episódios de 40 minutos idealizados para a primeira temporada, o que também se encaixa dentro das plataformas supracitadas, sãos principais motivos pelos quais a veiculação da série seria voltada a estas plataformas. Como por exemplo temos: The Sinner (Netflix) e Mare of Easttown (HBO Max)

Ainda poderíamos citar aqui o Disney Plus, streaming mais recente, com conteúdo exclusivos e originais dos super-heróis do universo Marvel, o que corrobora ainda mais a justificativa de produção da série e sua viabilidade de veiculação. Aqui temos séries como Cavaleiro da Lua e Falcão e Soldado Invernal.

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Com diversas plataformas disponíveis, podemos fazer aqui uma conexão com o fato do público alvo escolhido ser adulto, pois mais uma vez ele é ratificado, haja vista que há necessidade dele possuir um nível de poder aquisitivo que possibilite adquirir um, ou mais, serviço de assinatura dessas plataformas de streaming.

3.6. CLASSIFICAÇÃO INDICATIVA

De acordo com o Guia de classificação indicativa do audiovisual, elaborado pela Secretaria Nacional de Justiça (4° edição, 2021), supõe se que a série terá classificação de 14 anos.

Pois, conforme classificações e regras de conteúdo deste guia, obras que contenham violências com morte intencional, presença de sangue, linguagem chula, drogas lícitas e ilícitas se enquadram nessa faixa etária.

3.7. DA ARTE

A direção de arte tem a missão de criar todo o conceito de clima e atmosfera do projeto. Isso envolve muita pesquisa, defesa conceitual, escolha de paleta de cores, entre outras definições. E a partir daí, trabalhar na construção de cenários, objetos, figurinos e maquiagem. Acompanhando a produção, gravação e até mesmo a desprodução das diárias. Dessa maneira, a direção de arte abrange toda a parte estética do produto, desenvolvendo uma unidade visual à narrativa e atuando em parceria com a equipe de direção de fotografia, pois, tudo o que está no enquadramento é arte e é pensada através do olhar desse profissional.

3.7.1. CONCEITO VISUAL DO PILOTO

O conceito visual da série foi pensado de maneira que entrássemos na realidade de Serena. A história se passa na cidade de São Paulo, e é nesta selva de pedra que Serena terá de encarar seus desafios. Ela é uma jovem que desconhece sua própria história, não tem estrutura familiar ou financeira, portanto, sua vida é pobre

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no sentido material e emocional. Por este motivo, a ideia foi mostrar uma realidade mais crua, onde ela vive em um quarto que mais parece uma despensa. As cores escolhidas para serem utilizadas ao longo da série são as cores triádicas pois permitem um trabalho mais arrojado e sua composição seguem as vértices do triângulo no círculo cromático. A série possui um forte contraste visual, também nos permitindo brincar com os tons e humores através das cores, como neste episódio piloto.

Figura 24 círculo cromático

3.7.2 REFERÊNCIAS: CENÁRIOS, FIGURINOS E MAQUIAGEN

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Fonte blog Brigitte Caleg

3.7.3. CASTING

O figurino dos personagens, em especial o de Serena, não são como as fantasias dos super heróis. Pois, apesar de ter poderes, Serena não os quer e tão pouco ao longo da primeira temporada da série é reconhecida como heroína. Portanto as vestimentas dos personagens são comuns, obedecendo a critérios de faixa etária, poder aquisitivo e personalidade de cada um deles.

PERSONAGEM: SERENA

NOME: Whintney Polato

IDADE: 29 anos ALTURA: 1,80

MANEQUIM: 36 SAPATO: 39

PERSONAGEM: SERENA JOVEM

NOME: Glória Barbosa

IDADE: 21 anos ALTURA: 1,54

MANEQUIM: 36 SAPATO: 35

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PERSONAGEM: ELISA

NOME: Jamile Guedes

IDADE: 36 anos

ALTURA: 1,76

MANEQUIM: 38

SAPATO: 36

PERSONAGEM: MÁRCIO

NOME: Alessandro Ramos

IDADE: 46 anos

ALTURA: 1,79

MANEQUIM: 42 SAPATO: 42

PERSONAGEM: MARTA

NOME: Jennifer Santos

IDADE: 33 anos

ALTURA: 1,77

MANEQUIM: 38

SAPATO: 39

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PERSONAGEM: DRA. ANDRÉA

NOME: Gisele Nallini

IDADE: 42 anos ALTURA: 1,65 MANEQUIM: 36

SAPATO: 36

PERSONAGEM: MÃE DA SERENA

NOME: Talita Prado

IDADE: 36 anos ALTURA: 1,71 MANEQUIM: 50 SAPATO: 39

PERSONAGEM: BATISTA

NOME: Marcus Anoli

IDADE:51 anos ALTURA: 1,83 MANEQUIM: 44 SAPATO: 44

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PERSONAGEM: IVONE

NOME: Nadir Cherubini

IDADE: 64 anos

ALTURA: 1,61

MANEQUIM: 42

SAPATO: 37

3.7.4. ABERTURA DA SÉRIE

As aberturas das séries, bem como os títulos, são como poltronas colocadas de forma aconchegante, para que o espectador se sinta confortável em frente ao que começará a assistir. Elas são a síntese do universo e dos temas da narrativa, podem ter 30 segundos, como as de Breaking Bad e Lúcifer por exemplo, e quase 2 minutos, casos de The Sopranos e Game Of Thrones.

Séries detetivescas como Marcella, Shining Girls e Jessica Jones utilizam a cidade como cenário e pedaços de cenas, além de recortes de elementos chaves para a trama. Por outro lado, a abertura de Dexter trabalha analogias visuais da temática da série, apresentando aquele universo ao espectador da mesma maneira que as outras aberturas.

Para o Projeto 53R3N4, pretendemos utilizar palavras-chave como cura, regeneração, fragmentos, investigação, abraçando a construção onírica criada para as cenas de devaneios da protagonista. Além de usar do contraste entre claro e escuro, da fumaça e do recorte de silhuetas, característicos do noir e pensados para toda a série.

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3.7.5. SINCRONIZAÇÃO SONORA

Em relação à construção sonora da série, buscamos inserir elementos que remetam ao suspense, porém que também tragam algo que se relacione ao Brasil, sendo mais específico a cidade de São Paulo.

Para alcançarmos esse objetivo consultamos a musicista Evelyn e buscamos referência na série de suspense Shining Girls. Analisando alguns elementos da série foi possível perceber o uso de notas crescentes que constroem o clima de suspense e sintetizadores como a versão DX7, muito presente na década de 80. Pretendemos utilizar esse tipo de sintetizador e distorções com o intuído de criar uma atmosfera de confusão mental e suspense que a série trás, somados a utilização de trilhas das quais tenham instrumentos comumente presentes na música brasileira como a viola clássica e o violoncelo.

Já em relação aos efeitos sonoros, traremos uma poluição sonora comum de grandes centros urbanos como a cidade de São Paulo, onde são poucos os momentos de silêncio absoluto, de forma que quando chegarem esses momentos haver um contraste.

TRILHAS:

MÚSICA: Alguém se aproxima

INTÉRPRETE: N/A

ARTISTA: Evva

GRAVADORA: N/A

ANO: 2022

TRECHO: 01’06

MÚSICA: Tema 53R3N4

INTÉRPRETE: N/A

ARTISTA: Evva

GRAVADORA: N/A ANO: 2022

TRECHO: 01’06

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MÚSICA: Shadowlands Breath

INTÉRPRETE: N/A

ARTISTA: Kevin MacLeod

GRAVADORA: Incompetech ANO: 2017

TRECHO: 03’16

MÚSICA: Antechamber

INTÉRPRETE: N/A

ARTISTA: Kevin MacLeod GRAVADORA: Incompetech ANO: 2017 TRECHO: 02’11

MÚSICA: Phobia

INTÉRPRETE: N/A

ARTISTA: Soundridemusic

GRAVADORA: N/A ANO: 2022 TRECHO: 00’43

MÚSICA: A Beginning

INTÉRPRETE: N/A

ARTISTA: Kevin MacLeod

GRAVADORA: Incompetech ANO: 2015

TRECHO: 01’04

MÚSICA: Come Play With Me

INTÉRPRETE: N/A

ARTISTA: Kevin MacLeod

GRAVADORA: Incompetech ANO: 2014

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MÚSICA: Thunderbird

INTÉRPRETE: N/A

ARTISTA: Kevin MacLeod

GRAVADORA: Incompetech

ANO: 2016

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3.8. DA FOTOGRAFIA

3.8.1. REFERÊNCIAS

Como principais referências na fotografia serão utilizados os filmes I Saw The Devil (2010), Locke (2013), 12 Angry Men (1957), Cidade de Deus (2002), A Divis’ao (2020), Dois Coelhos (2012), la Haiene (1995) e a série Shiining Girls (2022).

Tendo em vista que o projeto terá cenas de ação, onde a protagonista terá poderes, ou seja, algo além do real, buscamos referência em uma obra da qual ainda que pautada em um mundo real, possibilita certos exageros como em I Saw The Devil.

O filme sul coreano se trata de um thriller policial com elementos de terror e ação e trabalha o alto contraste de sombras em vários momentos, criando desde ambientes íntimos até imagens perturbadoras, além de que faz diversos jogos de luzes, onde as mesmas piscam ou acendem em momentos oportunos, com o intuído de criar desconforto ou revelar ambientes e personagens de maneira estilosa, sendo algo que referência o estilo noir e, portanto, pertinente ao universo da série.

Já em relação à ação, I Saw The Devil tem cenas de luta e fuga, onde há a utilização de takes longos que preparam um ambiente de tensão até se desencadear uma ação desenfreada, sendo pertinente a uma história onde teremos elementos de suspense e investigação, além de dar a possibilidade rítmica na montagem.

Os filmes Cidade de Deus (2002) e A Divisão (2020) trabalham com o alto contraste em suas cenas, criando silhuetas e reforçando o suspense criado. Algo que buscaremos para contar a história de Serena.

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Figura 24 I Saw The Devil (Jee Woon Kim, 2010) Fonte Site Bluscreens I Saw The Devil

Pensando nos momentos em que diálogos mais longos serão necessários, a ideia é trazer variedade de ângulos e movimentos de câmera que acompanhem o momento de cada personagem, mesmo em ambientes limitados com o intuito de evitar um cansaço visual do telespectador, assim como nos filmes Locke (2013) e 12 Angry Men (1957), dos quais as histórias quase inteiras se passam dentro de um único ambiente.

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Figura 25 Cidade de Deus (Fernando Meirelles e kátia Lund, 2002) Fonte site alchetron city of God (2002 film) Figura 26 A Divisão (Vicente Amorim, 2020) Fonte site Globo Filmes A Divisão
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Figura 27 Locke (Steven knight, 2013) Fonte Site Mubi Locke Figura 28 Angry Men (Sidney Lumet, 1957) Fonte Site ikimedia Commons 12 Andry Men scene Figura 29 12 Angry Men (Sidney Lumet, 1957) Fonte Site Prime Vídeo Doze Homens e uma sentença

Para as cenas em que ocorrem os delírios, a ideia é marcar visualmente esse momento, de forma a diferenciá lo do que ocorre no “mundo real” da série. Para isso, buscaremos algo semelhante ao filme Dois Coelhos (2012), do qual em alguns momentos se utiliza uma vinheta e desfoque do que se está em primeiro e segundo plano. Esse efeito poderá ocorrer nos momentos em que Serena vê somente uma distorção de sua memória, dando apenas pistas do que ela lembra ao telespectador.

Figura 30 Dois Coelhos (Afonso Poyart, 2012)

Figura 31 Dois Coelhos (Afonso Poyart, 2012)

Em relação ao movimento de câmera, outro elemento do qual utilizaremos de Dois Coelhos é o uso de câmera na mão. O filme utiliza desse elemento em diversos momentos para criar a sensação de urgência e ansiedade, como nas cenas de ataques de pânico da personagem Júlia e cenas de tiro.

Para o esquema das cores geral, buscamos referência na série de TV Shining Girls (2022), onde em momentos pontuais é utilizado o Teal and Orange, esquema de cores onde ressaltamos o tom de pele com cores mais alaranjadas e o ciano para os tons mais escuros, de forma a buscar um contraste agradável visualmente e em outros

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Fonte Site Bol Videos Fonte Site club de Cinema Metropolis

momentos utilizamos um tom específico de cor para reforçar o sentimento da cena. Tal como o vermelho intenso visto a constante raiva da protagonista ou o azul marinho em momentos mais sóbrios ou melancólicos dos personagens.

Figura 32 Shining Girls (Silka Luisa, 2002)

Para a cena de abertura buscamos algo que causasse impacto. Como referência utilizaremos este plano do filme La Haine (1995), aonde vamos de um plano aberto para um fechado concluindo no tiro e mostrando então a abertura da série.

Figura 34 La Haine (Mathieu Kassovitz, 1995)

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Fonte Site Omelete Figura 33 Shining Girls (Silka Luisa, 2022) Fonte Site Rolling Stone Fonte Site Letterbox D La Haine

3.8. CRONOGRAMA PROJETO 53R3N4

CRONOGRAMA PROJETO 53R3N4

PERÍODO

Proposta de parceria e análise de opção do projeto

Definição do produto

Convites para integrar a produtora

Definição de equipe e distribuição de funções

Levantamento de referências e linha do tempo

Leitura do livro “Story”, de Robert Mckee

Acordo de mensalidade para ajudar a custear o projeto

Rifa: definição de datas e premiação

Entrega da ficha de inscrição

Roteiro: brainstorm

Leitura coletiva “Como escrever séries e roteiros” Divisão dos itens da fundamentação teórica

Roteiro: brainstorm

Início do desenvolvimento da fundamentação teórica

Roteiro: storyline, argumento e sinopse

Sorteio da Rifa

Tópicos da bíblia sobre a produtora e sobre o produto

Roteiro: 1ª versão

Reunião com Orientador

Revisão e correção dos itens da bíblia Cronograma

Orçamento

Reunião com Orientador

Levantamento das locações

Reunião com Orientador

Fechamento do cronograma

Produção do conteúdo da bíblia

Definição da abertura da série

Entrega das cópias para a Banca de Qualificação

Finalização da bíblia para a banca de Qualificação Bancas de Qualificação

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MARÇO ABRIL MAIO JUNHO

CRONOGRAMA PROJETO 53R3N4

PERÍODO JULHO AGOSTO SETEMBRO

Correção dos erros e reformulação da proposta

Entrega do Roteiro Retorno das aulas Abertura do casting Produção de figurino Contratação de parceiros Compra de objetos de cena Fechamento do casting Entrega das cópias para a Banca da Versão Preliminar

Início da Gravação Bancas Versão Preliminar do Produto ou Texto

Finalização das gravações Edição do projeto Pagamento dos custos Entrega dos exemplares para a distribuição à banca 08/11

Bancas Públicas 21/11 a 05/12

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OUTUBRO NOVEMB RO

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS

4.1. DA PRODUTORA

Levando em conta o desafio de formar um novo grupo já no sétimo semestre da faculdade, a pontualidade e a busca pelo diálogo direto e transparente renderam uma melhor dinâmica de trabalho, algo que todos procuravam ao entrar no grupo. O objetivo em comum de buscar o melhor resultado possível dentro das possibilidades reais de execução fizeram com que nossos limites pudessem se tornar mais claros e lapidar as expectativas dentro do projeto a ser desenvolvido no decorrer do ano.

A comunicação ainda precisa ser alinhada entre os membros do grupo para obter melhores resultados e decisões. Porém, de qualquer forma, a diplomacia ainda é mantida e conflitos resolvidos.

A entrega é o resultado do melhor que pôde ser feito com o tempo que tivemos, novamente reduzindo expectativas, do que o projeto poderia ser para o que é possível fazer no tempo que se tem. A preocupação que paira é principalmente no quesito financeiro, já projetando os custos reais de produção e terminada essa primeira etapa, serão prioridade novas estratégias para levantamento de fundos e assim execução do projeto. Percebe se que é possível e alcançável, porém requer manter a disciplina e compromisso que o grupo manteve até agora.

Todo o desenvolvimento teórico apresentado reflete tal empenho que o grupo teve de reunir referências que pudessem enriquecer a pesquisa e contribuir para fundamentar os caminhos que escolhemos seguir. Para nós o resultado é satisfatório e esperamos estar no caminho certo para as próximas etapas.

4.2. INDIVIDUAIS

4.2.1. BRUNA PENHA FARIAS

Que desafio enorme esse projeto, logo no último semestre aceitar um convite de um grupo que estava começando a se formar com pessoas totalmente distinta foi um passo ambicioso

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Ficar na função de produtora executiva foi uma grande responsabilidade, administrar o dinheiro e a qualidade do produto final é uma tarefa desafiadora em um grupo onde temos apenas seis integrantes, várias vezes as ideias era ambiciosa de mais, somente a venda de um rim poderia nos ajudar “rsrsrs” .

Fui responsável pela parte de diagramação da bíblia de produção e deixo aqui meu muito obrigado ao meu amigo Sidney “Sidones” por ter me ajudado em relação as normas ABNT, Aproveito para agradecer as minhas colegas de trabalho Suzana Valfogo e Prisciliana Rodrigues pela compreensão Aos meus amigos que abraçaram o projeto de forma totalmente gratuita Gislaine Martins e Juliana pela locução, André Oikawa por ter disponibilizado o estacionamento e meus familiares principalmente minha mãe Paula Farias, por ter lutado durante quatro anos comigo, abraçando todos os projetos interdisciplinares. Finalizo esse trabalho com a sensação de dever cumprido

4.2.2. GABRIEL FERREIRA BARBOZA

Neste projeto sou diretor de fotografia, montador, técnico de áudio e logger. Considero que foi um dos projetos não só do período na universidade, mas também no audiovisual que mais pude experimentar. Isso tendo em vista que trabalhei com um gênero/estética que gosto, mas que não conhecia tão a fundo como agora que é o noir e podendo participar de tantas etapas criativas do processo. Nesse quesito noto o quanto boas referências foram importantes nos momentos de tomada de decisão durante as gravações. Sem isso, sem dúvidas teríamos uma lentidão quanto a como procederíamos, devido a já comuns imprevistos que podem ocorrer durante uma produção audiovisual. Dito isso considero que aprendi muito com as referências que busquei de filmes e livros pesquisados, sem eles o projeto seria muito diferente.

Entretanto, olhando para trás é perceptível desde a construção de planos até a finalização como o projeto mudou para se adaptar, porém acredito que o mesmo tenha uma unidade de acordo com o que foi sua intenção inicial, que é o mais importante. Isso somente foi possível pois desde o começo a diretora teve muito claro o que gostaria com Projeto Serena.

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E por fim gostaria de agradecer a toda a equipe que participou, seja da nossa produtora universitária, seja os amigos e todos os outros que puderam contribuir de alguma forma para que nosso episódio piloto tivesse êxito.

4.2.3. GLÓRIA MARIA BARBOSA RODRIGUES

A fase da conclusão para mim é a mais prazerosa, pois, pensar que chegamos a reta final e que finalmente temos o nosso trabalho realizado é de uma alegria imensa, lembrar de todas as fases que passei para colaborar com o desenvolvimento do projeto é inexplicável, principalmente ao lembrar dos perrengues que passei junto com os meus colegas de grupo para conseguir entregar o melhor.

No início a ideia de retratar uma super heroína me parecia um pouco mirabolante demais para um projeto acadêmico de baixo orçamento, mas depois vi que não poderia abrir mão de uma oportunidade como essa, sabia das dificuldades que iria enfrentar, mas também sabia que no final valeria a pena.

Ficar com as funções de assistente de direção e produtora de elenco me trouxeram muitos aprendizados, não só acadêmicos e profissionais, mas para minha vida pessoal. Como assistente de direção desenvolvi meu lado paciência, pois é uma função que realmente precisa, principalmente quando os imprevistos acontecem e precisa ser ágil para que isso não atrapalhe tudo aquilo que já foi feito. Na parte de produção de elenco, que pra mim é a mais delicada, uma vez que, lidamos com pessoas e com a profissão delas, deve ser feita com muita atenção.

Na pré produção fizemos muitas reuniões para o grupo se alinhar e estar em sincronia durante todo o processo, definimos etapas, discutimos ideias, fizemos a fundamentação teórica e planejamos como seria a realização da parte de produção. No entanto, apesar de todo esse planejamento feito, houve alguns contratempos que fizeram a gente mudar alguns planos.

Durante as gravações tivemos muita colaboração uns com os outros, o elenco colaborou de forma excepcional, entregaram mais do que o esperado, pude conhecer pessoas incríveis graças a esse projeto, pude trocar conhecimento com cada apoiador e integrante desse grupo. Apesar do extremo cansaço no decorrer das diárias e gravações foi uma experiência gratificante.

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Por fim gostaria de agradecer primeiramente a Deus por me dar sustentação e força para continuar essa caminhada, o apoio da minha família que acompanhou todos os meus estágios durante esse trabalho, aos meus amigos e aos meus colegas de equipe. Sou grata por fazer parte da produção dessa série e de inclusive atuar nela, e finalmente de dizer que apesar de algumas tribulações, valeu a pena.

4.2.4. KELLY MARIA DE FRANÇA

Enquanto estudante ao longo desses 4 anos pude aprender a cada dia novas possibilidades, me apaixonei pelo processo e pude ver o que eu realmente queria para a minha vida. Com a realização deste trabalho, posso afirmar que a existência de diferentes produtos no audiovisual e plataformas foi um dos principais desafios que nós enfrentamos, pois somos pessoas diferentes umas das outras, permitindo que pudéssemos produzir diversos tipos de conteúdo. Este projeto tem o objetivo de trazer uma nova visão sobre o que entendemos como heroína, trazendo nuances e profundidade à personagem. Apesar de diversas ideias que tivemos no início do projeto, no fim entramos em consenso e aos poucos nossas ideias foram sendo moldadas até o produto final. Me empenhei muito nesse projeto e fico feliz por mim e pela equipe pelo o que pudemos fazer e alcançar. Posso afirmar inclusive que a função na qual escolhi para o projeto me despertou ainda mais vontade de viver tal função na vida real, posso afirmar que gostaria de levar pra vida tal função. Por fim, eu gostaria de agradecer aos professores e mestres que lecionaram durante esse período em que estive na faculdade, aprendi muito com todos vocês e fico muito feliz pela recém realização.

4.2.5. SIDNEY D’ALBERTO LIBERAL JÚNIOR

Quando um projeto é finalizado, segundo os manuais e metodologias de gestão espalhadas por aí, é sempre necessário que se faça uma avaliação com todos os stakeholders (interessados no projeto) e membros do time. Essa avaliação tem a intenção de levantar pontos positivos e negativos, isto é, o que deu certo e o que deu errado no percurso do início do projeto até a entrega final, isso na intenção de encontrar melhorias que possam ser feitas, sejam em pessoas, processos ou tecnologia (estrutura). Esse ciclo se repete a cada novo projeto, sendo que o próximo já se inicia com o background do anterior. Essa metodologia sem dúvida foi aplicada

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aqui no nosso projeto de TCC, mas sem usar esse nome, ou qualquer outra nomenclatura de gestão de projetos que assustasse os membros da produtora. As lições aprendidas vieram por meio de todos os projetos interdisciplinares que fizemos até o TCC, e uma gama de pontos negativos e positivos que trouxemos para nossa “base de conhecimento” .

Dessa maneira, acredito que o projeto de TCC tenha sido o de melhor planejamento, preparo e execução que fizemos na faculdade. Com cronograma, orçamento e definição de funções e atividades bem estabelecidas, tendo assim a visão dos pilares de gestão (escopo x tempo x dinheiro) durante todo o projeto. Ainda que tenhamos tido discussões, discordâncias, atrasos, obstáculos e impedimentos, também tivemos maturidade para chegarmos a acordos, definições, resoluções e improvisações para que juntos pudéssemos concluir o projeto com a certeza de que demos o nosso melhor.

Também cumpri funções técnicas, como roteirista na pré produção e assistente de produção e operador de áudio em quase todas as diárias de gravação. Sem dúvida, o roteiro é minha predileção, mas acredito que meu papel do “chato” na Corporação, o que organiza e cobra todo mundo, talvez tenha sido o mais importante para o Projeto 53R3N4. Talvez, ou com certeza, gerei umas raivas e irritações, o que não é um problema, afinal sou velho demais pra me preocupar com isso, e acho que meus jovens entenderam que o objetivo era mais importante.

Quanto à qualidade da obra, me reservo o direito de não tecer comentários, deixo para os avaliadores. Mas com certeza não está perfeita, nem a técnica audiovisual e nem a bíblia de produção, afinal de contas ainda somos alunos e sinônimo de aluno é erro. Só posso garantir que se a gente olhar para trás, vamos perceber que todos nós da Corporação AAAH! Nos transformamos, uns mais outros menos, mas ao melhor estilo jornada do herói.

4.2.6. WHITNEY CHRISTINA ZORDAN POLATO

Eu sinto o verdadeiro privilégio de trabalhar com a equipe que foi formada para criar e desenvolver esse projeto. A ideia inicial de Serena em nada se parece com o que ela se tornou ou ainda se tornará e a cada novo caminho, eu fico feliz com o que ela está se transformando. São temas que vibram em mim, que refletem minha

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história, minha relação comigo mesma, com os meus pais, com as mulheres ao meu redor. Encontrei e ainda estou trabalhando na dificuldade que é tirar algo de sua cabeça e explicar para as pessoas ao seu redor. Aos poucos vai se percebendo quais são os códigos, e quase num exercício de metalinguagem, meu parceiro de desenvolvimento de roteiro é meu completo oposto. Eu sou yin e yang e aprendermos a trabalhar juntos foi um desafio que só contribuiu para o meu crescimento. Perceber que apesar de estarmos em lados opostos não éramos inimigos, usar nossas polaridades diferentes como complementos e não como campo de guerra. Tomar decisões que fossem melhores para o projeto, deixando de fora o ego e o apego.

Sinto também que esse projeto é um “fazer as pazes” com o curso. Finalmente pensar na televisão e sentir que isso é algo que eu me vejo fazendo e posso até um dia ser muito boa nisso. Ainda não é tão orgânico para mim pensar ficção com as particularidades de uma série de TV, visto que venho de uma formação em cinema fora da faculdade, mas as possibilidades, o nível de aprofundamentos que uma série pode alcançar me encanta. Espero que 53R3N4 seja um abrir caminhos de uma carreira que eu possa ter.

5. REFERÊNCIAS

5.1. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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6. APENDICES E ANEXOS

6.1. SUPER-HERÓIS (HISTÓRIA)

Criado por Jerry Siegel e Joe Shuster em 1938, Superman surge na revista Action Comics #1. Um alienígena que é enviado ao planeta Terra quando bebê, criado entre os humanos, descobre que tem superpoderes, em virtude do sol amarelo. Com esse enredo de fundo, temos a criação do primeiro e mais famoso dos super heróis. Podemos dizer que a capa vermelha e o S no peito são reconhecidos nos quatro cantos do mundo. Com sua revista em quadrinhos sendo publicada desde o início até hoje de forma ininterrupta, além de ser protagonista de uma gama de séries de TV, filmes, programas de rádio e animações.

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Baseado nos arquétipos de heróis, embalado pelas crenças religiosas que possuem a figura do salvador, de um escolhido, mas o contexto da iminente Segunda Guerra mundial, que as pessoas precisam de esperança. Superman é o responsável pelo início da era dos super-heróis nos quadrinhos e seu posterior avanço em todas as outras mídias de comunicação em massa, culminando no sucesso que Batman, Homem-Aranha, Homem de Ferro, Thor, Doutor Estranho, entre outros, faz nos dias de hoje nas telas de cinema de todo o mundo.

Figura 35 Action Comics #1

É importante diferenciarmos aqui o termo herói do super-herói. Segundo Lobo (2020), não podemos confundir os dois termos, tomando como base então que termo super herói nasce com o Superman. Enquanto os heróis já existiam, termo que inclusive pode abranger uma diversidade maior de personagens, até mesmo históricos. Podemos dizer que o termo herói se refere ao arquétipo criado, baseados nos antigos heróis gregos e suas aventuras e triunfos em batalha, como modelos de comportamento, que guiam as massas. Enquanto o super herói surge da luta efetivamente do bem contra o mal, dos superpoderes e da coragem para proteger os fracos e indefesos.

OS SUPER-HERÓIS NOS QUADRINHOS

Antigamente, acreditava se que as fontes de inspiração para a criação dos super-heróis apoiavam-se somente nas diversas mitologias existentes, bem como nos arquétipos dos heróis. Mas segundo Viana (2020), os super heróis como os

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Fonte Site Quadrinheiros Era de Ouro.

conhecemos, com suas características físicas, morais e intelectuais, são produtos da sociedade moderna. Isto quer dizer, que os super heróis são frutos da evolução histórica, da sociedade e dos meios de comunicação em massa

A medida em que são evoluções dos heróis em quadrinhos já existentes como Dick Tracy, Flash Gordon e Tarzan, que abrem caminho para o fantástico, também são reflexos dos desejos dos homens se tornarem mais poderosos, de fatos históricos como guerras mundiais, até avanços tecnológicos que trazem toda uma gama de possibilidades e preocupações relacionadas a limites e regras. Como exemplo desses produtos podemos citar aqui, além da criação do Superman, o Capitão América, que tem sua origem ligada a Segunda Guerra Mundial, Homem de Ferro e Batman com inteligências acima do normal e tecnologias de ponta. Mitologias na criação de Thor, Namor e Mulher Maravilha, além das experiências e acidentes científicos que podemos ver em Hulk e Homem Aranha.

Dito isso, temos que as criações, aparições e histórias dos super heróis nos quadrinhos foram divididas em eras, pois as características de cada uma delas tinham influência dos aspectos e transformações que a sociedade passava ao longo do tempo.

A era de ouro, que vai desde 1938 até 1956, traz consigo a criação do gênero da superaventura com os super heróis clássicos. Vale ressaltar aqui que as revistas traziam mais violência e as histórias mais brutais. Nesse período também temos o surgimento das principais editoras de quadrinhos dos EUA, DC e Marvel, não ainda com estes nomes. Com o sucesso de Superman, temos aqui as criações de Batman, Mulher Maravilha, Flash, Lanterna Verde e o primeiro super herói da Marvel Capitão América, que já surge dando um soco na cara de Hitler na capa

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Em 1956, em virtude da criação da CCA (Comics Code Authority), uma entidade de censura aos quadrinhos e as quedas nas vendas, a DC Comics decide fazer uma reformulação do personagem Flash, passando a identidade secreta do herói de Jay Garrick para Barry Allen. Esse novo alter ego do super-herói era um policial científico e havia ganhado os poderes ao ser atingido por um raio, trazendo assim um tom mais tecnológico e de ficção científica a história, despertando novamente o interesse do público e sem problemas com a CCA. Era o início da era de prata dos quadrinhos.

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Fonte Site Quadrinheiros Era de Ouro.

A era de prata foi marcada pelo CCA em vigência, dessa maneira, ela pode ser chamada da era em que os super heróis não matam, da inocência, e tem as histórias mais surrealistas; e da já mencionada ficção científica. Outros heróis são reformulados como Lanterna Verde, onde o novo alter ego do herói Hal Jordan agora é um piloto que ganha seus poderes graças a um anel. Aqui temos a criação da Liga da Justiça, também reformulados da então Sociedade da Justiça.

Nesse período, a Marvel cria o Quarteto Fantástico, Hulk, Thor, Homem de Ferro, e aquele que viria a se tornar o herói mais popular da editora nas palavras de seu criador Stan Lee, o Homem Aranha, um herói que ganha seus poderes quando é picado por uma aranha radioativa. Apoiando assim, a maioria das origens destes super heróis na ficção científica.

Figura 38 A era de prata com Liga da Justiça, Quarteto Fantástico e Vingadores

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Figura 37 CCA e Flash de Barry Allen Fonte Site Quadrinheiros Era de Prata Fonte Site Quadrinheiros Era de Prata.

Mas no final da década de 60, as simples Histórias de bem contra o mal, de fácil identificação de quem é o Vilão, já não refletiam os problemas que o mundo e a sociedade passavam, os problemas eram muito mais complexos e não tinham facilmente identificáveis. Dessa maneira, como sempre, os quadrinhos começaram a debater temas como drogas e preconceitos.

Temos aqui o início da era de bronze, a era realista. E o marco inicial dessa era é a série de quadrinhos em que o Arqueiro Verde e o Lanterna Verde, iniciadas em 1970, enfrentam problemas políticos e sociaisem suas aventuras pelos EUA. Alinhado a isso, em 1971, uma revista do Homem-Aranha que também debatia o uso de drogas, é proibida pela CCA de ser veiculada, porém Stan Lee e Martin Freeman decidem publicar mesmo assim, sendo um sucesso e gerando uma série de críticas ao Code Comics Authority, que acaba sofrendo uma revisão e tendo um afrouxamento das regras de censura. O que abre caminho para mais histórias realistas, além de voltar a permitir personagens sobrenaturais, por exemplo. Surgem aqui o Motoqueiro Fantasma, da Marvel e Monstro do Pântano, da DC.

É durante a era de bronze que vemos que as coisas podiam dar errado para os super heróis, e que eles podiam falhar. Também temos aqui o Capitão América largando o uniforme, por desacreditar no governo dos EUA. Temos o surgimento de Luke Cage, dos guetos de Nova Iorque e Pantera Negra, de um país fictício na África, ambos inspirados através dos movimentos negros que eclodiam principalmente nos EUA na época. Todas as histórias debatiam temas complexos, além das editoras se preocuparem em investir na diversidade para criação de novos heróis.

Figura 39 Lanterna e Arqueiro Verde, Homem Aranha sem o selo da CCA, e Luke Cage.

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Fonte Site: Quadrinheiros Era de Bronze.

Dessas Histórias, cada vez mais próximas dos temas da realidade, mais complexas e violentas, além da sociedade estar vivendo o mundo próximo do fim da guerra fria. Os super heróis começaram a olhar cada vez mais para si mesmos, seus problemas e conflitos, alguns sucumbindo à violência gratuita, alguns maníacos, outros até mesmo se tornando anti-heróis. Tudo isso apoiado na qualidade gráfica de novos Quadrinistas que surgiam. Iniciando assim a era de ferro, que vai de 1986 até 1994, ou a chamada era moderna dos quadrinhos.

Temos aqui a Crise nas Infinitas Terras, da DC, que reorganiza o universo dos super-heróis, matando diversos personagens, sendo o mais icônico deles Barry Allen, o Flash que havia dado início a era de prata. O Cavaleiro das Trevas, de Frank Miller, que traz um Batman de meia idade maduro, com todo o peso de perdas e arrependimentos, sua brutalidade em face aos vilões, os diálogos adultos e realidade dos temas tratados na história. Todas são características que ratificam o que foi a era de ferro dos quadrinhos. Outros exemplos são vilões mais agressivos surgindo, sobretudo nos traços físicos, com braços largos e veias saltadas.

Nessa escalada, já na década de 90, podemos ainda destacar duas sagas da DC: A Morte do Superman, que sucumbe numa luta contra o vilão Apocalipse, mostrando as consequências de um mundo sem o herói; e em A queda do Morcego, que mostra o vilão Bane quebrando a coluna do Batman. Curiosamente ambas as sagas foram retratadas no cinema. Podemos ver a morte e ressurreição do Superman em Batman vs Superman: A Origem da Justiça, de 2016 e A Liga da Justiça, em sua

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Figura 40 Pantera Negra e os X Men, de diversos locais do mundo. Fonte Site: Quadrinheiros Era de Bronze.

primeira versão, em 2017. Bem como a derrota do homem morcego é vista em Batman: O Cavaleiro das Trevas Ressurge, de 2012.

Figura 41 A morte do Superman e Bane quebrando a coluna do Batman.

A partir de 1994, temos a chamada era da renascença, ou pós moderna, dos quadrinhos de super heróis, e que perdura até os dias de hoje. Ela é marcada pela nostalgia, e traz de volta o conceito dos Super-Heróis como modelos de esperança, com tons de inocência e do clima fantástico, mas construídos numa narrativa madura e sem brutalidade. Além da reconstrução de alguns conceitos estabelecidos em outras eras. Tendo como referência principal a era de prata, os editores buscam uma releitura das histórias.

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Fonte Site Quadrinhos Era de Ferro. Figura 42 Revistas em Quadrinhos Superman Reino do Amanhã e Marvel vs DC #4 Fonte Site Quadrinhos Era de Ferroi

Nessas eras, podemos perceber que os super heróis sofreram diversas transformações, sejam em suas histórias, seus alter egos, seus poderes, suas intenções, por fim, em suas jornadas. Mesmo criados há várias décadas, e por reflexos de suas épocas, sofrem até hoje a influência das constantes discussões e evoluções da sociedade. Porém, sempre mantendo seus ideais de super heróis, das aventuras e da luta do bem contra o mal.

E assim, a partir da década de 90, temos o início da ascensão dos super-heróis no cinema, com a atenção de Hollywood se voltando para revistas em quadrinhos, ou histórias em quadrinhos ou ainda simplesmente HQs. Ricas em mundos, histórias, cheias de aventura e cores. Com a incursão de sucesso, a inversão das prioridades se tornaria inevitável, inclusive pelo retorno financeiro.

OS SUPER-HERÓIS NAS TELAS

Na década de 40, o Superman, como esperado, foi o primeiro super-herói a ter incursões fora dos quadrinhos, como um programa de rádio e animações que eram exibidas no cinema, inclusive onde ele ganharia o poder de voar. Já em 1952, As Aventuras de Superman, uma série em Live Action que contava com George Reeves no papel de Clark Kent/Superman, tem início e vai até 1959. Em 1966 é a vez de Adam West e Burt Ward estrelarem As Aventuras de Batman e Robin, uma série exibida pela ABC americana e que fez muito sucesso também aqui no Brasil.

Até que em 1978, estreia Superman O Filme, e o pulo para as telonas foi dado com grande orçamento e estrelas como Gene Hackman e Marlon Brando no elenco. Coube ao então estreante Christopher Reeve o papel de protagonista, o filme foi sucesso absoluto de crítica e do público. Ainda teríamos Superman II, III e IV, em 80, 83 e 87, respectivamente. Sendo que o único que faz relativo sucesso é o segundo filme da franquia. Ainda em 1984, Supergirl tenta expandir a franquia e traz como protagonista a prima de Kal El (Clark Kent/Superman) como protagonista.

Já em 1989, chega aos cinemas Batman, com Michael Keaton no papel de Bruce Wayne e o astro Jack Nicholson no papel de Coringa. Com a direção de Tim Burton e um tom bem diferente dos filmes do Superman, é uma nova aura para os filmes de super heróis. Em 1990, a tentativa fracassada da Marvel de um filme do Capitão América, que tentava reproduzir os sucessos da DC. Em 1992 temos Batman

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O Retorno, trazendo o vilão Pinguim, na pele de Danny DeVito, e ainda Michelle Pfeiffer como Mulher Gato.

Ainda no embalo, em 1995, temos Batman Forever, agora com Val Kilmer no papel de Batman, com Jim Carrey e Tommy Lee Jones no elenco. Temos também a primeira adaptação do Robin, na pele de Chris O’Donnell, nas telonas. Já em 1997, Batman teria uma última aparição no cinema na década de 90. Com George Clooney no papel do homem morcego, enfrentando Mr. Freeze e Hera Venenosa, nas peles dos astros Arnold Schwarzenegger e Uma Thurman, o filme é um fracasso em todas as esferas.

Ainda na década de 90, vale ressaltar que temos produção de séries de TV do Superboy, e do Flash, que teve exibição no Brasil pela rede Globo, mas sem muito sucesso. Porém, em 1993, a rede de TV americana ABC exibe o primeiro episódio da série Lois & Clark As novas aventuras do Superman, que tem sucesso e dura quatro temporadas, sendo exibida também no Brasil pela Globo com grande sucesso de audiência.

Em 1998, temos Blade: O Caçador de Vampiros, herói do lado B da Marvel que muitos não sabiam ser proveniente do universo das revistas em quadrinhos. Wesley Snipes dá vida ao Vampiro que “anda de dia”, e caça os vampiros maus. Na tela grande, Blade foi crucial para a gênese do cinema de super heróis como o conhecemos hoje. Sendo que o caçador de vampiros foi o primeiro sucesso significativo da Marvel nos cinemas. Já em 1999 chega aos cinemas Matrix, dirigido pelas irmãs Lilly e Lana Wachowski. Um marco no cinema por suas técnicas inovadoras, como o uso da câmera lenta. Além de trazer uma história intrigante, falando do recém chegado mundo digital, com superpoderes ganhos por meio do computador, e que o herói, o “escolhido” voava no final. Ainda que não seja um filme de super herói, tem todos os elementos necessários para.

Em suma, Matrix e Blade mostraram que as técnicas, o tom, enredo e super heróis dos quadrinhos podiam realmente dar certo nos cinemas. Além de Superman e Batman, que reinavam pela DC.

Assim, em 14 de julho de 2000, chega aos cinemas X Men, filme dirigido por Bryan Singer adaptando a história da equipe de mutantes de Charles Xavier. Lançado

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pela Fox Century, que havia adquirido os direitos da Marvel em 1994, o filme trazia um tom bem menos colorido dos super heróis, mas foi um sucesso de crítica e público, que pôde ver Wolverine e Cia salvando os líderes das Nações Unidas de Magneto.

Em 2002, produzido pela Sony, Homem Aranha chega às telas dos cinemas e bate recorde de bilheteria da época para filmes de super-heróis, arrecadando cerca de 825 milhões de dólares. Além de ser um presente aos fãs de um dos mais conhecidos super heróis, que teve sua fama aumentada pelo filme. Pois a essência e a história seguiam fielmente nos quadrinhos, inclusive no uniforme do herói, que era colorido. Já em 2003, temos as estreias de Demolidor, que traz Ben Affleck no papel de Matt Murdock, um advogado cego, mas que tem habilidades especiais e combate ao crime a noite. Temos Hulk, lançado pela Universal Pictures, focado no drama de Bruce Banner até se tornar o gigante esmeralda e X-Men 2, que tem uma estreia com enorme sucesso. Homem Aranha 2 e 3 foram lançados em 2004 e 2007, e são sucesso de bilheteria. Enquanto X Men 3: O confronto final é lançado em 2006 e não tem tanto sucesso, encerrando por hora, a saga dos mutantes e do aracnídeo no cinema.

Vale ressaltar aqui, que é em Homem Aranha que Stan Lee, agora todo poderoso da Marvel, começa a dar as caras em participações especiais em todos os filmes, e isso se mantém até o seu falecimento em 2018.

De 2005 a 2012, temos a trilogia do Cavaleiro das Trevas, dirigida por Christopher Nolan, trazendo ao cinema uma nova versão do Batman, mais forte e realista. Tendo Batman: O Cavaleiro das Trevas, de 2008, como o melhor deles e que é considerado até hoje um dos melhores filmes do gênero, consagrado com indicações ao Oscar. Ainda em 2006, Superman - O Retorno, de Bryan Singer, recémsaído dos filmes de X Men, não agradou a crítica nem o público.

Apesar do público para os filmes de super heróis serem majoritariamente jovens, adaptações adultas também são feitas. Dessa maneira, em 2009, é lançado Watchmen O Filme. Dirigido por Zack Snyder, a obra da era de ferro dos quadrinhos de Alan Moore e Dave Gibbons recebe classificação indicativa de 18 anos, pois traz a violência, vícios, traições e todas as falhas de caráter dos super heróis dos quadrinhos para as telonas. Com o universo dos quadrinhos de super heróis fazendo sucesso

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também nos cinemas, DC e Marvel começaram a disputar também este espaço. Dessa maneira, em 2008, a Marvel inicia seu plano audacioso de universo compartilhado, com o lançamento de Homem de Ferro, e que 4 anos depois, culminaria na reunião dos super heróis no filme dos Os Vingadores, de 2012. Dando uma prova clara que o projeto havia dado certo, e alçando os filmes da Marvel a enormes sucessos de bilheteria, pois todos os filmes tinham histórias próprias, mas também davam mais pistas e rumos do que seria o auge dos super heróis no cinema até hoje. Reunindo 10 anos de filmes na batalha final épica pela salvação do universo em Vingadores: Ultimato, de 2019. O filme se consolidou como a segunda maior bilheteria da história, com arrecadação total de 2,797 bilhões de dólares em todo o mundo.

Enquanto isso na DC, seguindo a linha mais realista do universo do Batman de Nolan, o diretor Zack Snyder constrói também uma versão mais sombria e realista para o Superman em Homem de Aço, de 2013. Mostrando a destruição da cidade enquanto dois seres extraterrestres batalham, culminando na morte do vilão pelas mãos do herói no final. Como na época, o universo Marvel já estava em execução com Os Vingadores, Homem de Ferro 3 e Thor: Mundo Sombrio, ficavam claras as diferenças de linhas de narrativas, tons, fotografia e ambientes as quais DC e Marvel estavam seguindo. Seguindo a linha da DC, em 2016, Snyder coloca frente a frente Batman e Superman, no bastante criticado Batman vs Superman: A Origem da Justiça. O filme, sobretudo no final, tinha problemas de motivação dos personagens. Diante das críticas e influenciados pelo sucesso que a Marvel fazia com seu MCU (Universo Cinematográfico Marvel, traduzido), a DC tenta deixar seus filmes menos sombrios e realistas, afetando principalmente a produção da Liga da Justiça, de 2017, que sofreu regravações e novas edições, além da troca de diretor de Zack Snyder por Joss Whedon, que teve a missão de mudar o tom do filme, mas que não teve sucesso da mesma forma. Apesar do sucesso de uns e dos erros de outros, a indústria do cinema dos super heróis não para.

Depois dos filmes supracitados, tivemos muitos outros lançamentos, como exemplos temos Homem-Aranha: Longe de Casa e Sem Volta para Casa, de 2019 e 2021 respectivamente, Viúva Negra também em 2021 e agora, recentemente uma nova versão do homem morcego em The Batman. E tudo isso tende a continuar, vem

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aí o multiverso do MCU, assim como novos filmes de Aquaman, Shazam e outros heróis da DC.

Mas diante dos problemas da pandemia de COVID 19, que deixou os cinemas de todo o mundo fechados por cerca de dois anos. Os gigantes do entretenimento voltaram-se para um mercado em ascensão, as plataformas de streamings. Dessa maneira, Netflix, Amazon Prime Video, HBO Max, entre outras passaram a ser destinos de muitos super heróis, sejam novos ou velhos conhecidos, em séries e lançamentos dos filmes.

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PROJETO 53R3N4

Série de TV Episódio Piloto

Por Whintney Polato Criado por Whintney Polato Desenvolvido por Sidney Liberal e Whintney Polato

V.9 São Paulo - SP Setembro/2022

corporacaoaaah@gmail.com Todos os direitos reservados

LETREIRO:

TELA PRETA

ATENA é a deusa grega da sabedoria. Filha de Zeus, o mais forte dentre os mitos, comandante do Olimpo, o regente dos deuses.

Segundo a mitologia, a fim de evitar o cumprimento da profecia que dizia que um filho nasceria mais forte do que ele, Zeus engoliu sua amante, Métis, grávida. Tempos depois, sentindo fortes dores de cabeça, pediu ao seu filho Hefesto que lhe abrisse a cabeça com um golpe de machado.

Obediente, Hefesto desferiu o golpe na cabeça do pai. Eis que da abertura surge Atena, crescida, armada e lançando um grito de guerra. A deusa da sabedoria também é a deusa dos heróis.

1 EXT. LABORATÓRIO 101/FRENTE. NOITE

O RELÓGIO DA MARGINAL PINHEIROS MARCA QUE JÁ PASSA DAS 22H

Na esquina de uma rua quase deserta e pouco iluminada estaciona um CARRO, alguém desce pelo lado do passageiro e fecha a porta batendo-a com força. O carro dá meia volta e vai embora pela mesma direção de onde veio.

É possível ver apenas a silhueta desse alguém, que sai do carro e caminha pela calçada, até que para e observa um local do outro lado da rua.

Coloca a mão no bolso da jaqueta e tira um MAÇO DE CIGARROS e um ISQUEIRO. Acende um. Encosta as costas no muro atrás de si, balançando rapidamente uma das pernas em ansiedade.

Outro carro passa pelo local e ilumina o alguém por alguns instantes.

É uma jovem, roupas amassadas que parecem estarem sendo usadas há dias. O cigarro acaba, ela joga a bituca no chão e

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pisa com o pé direito apagando-a. Na sequência, repete os movimentos, tira novamente o maço de cigarro do bolso e acende outro.

Um som de NOTIFICAÇÃO DE MENSAGEM NO CELULAR faz com que ela tire o aparelho do bolso da jaqueta, leia a mensagem e guarde-o novamente. A jovem então dá uma longa tragada no cigarro, joga a bituca no chão e pisa em cima. Tira do bolso um PIRULITO, desembrulha, joga o papel no chão e coloca o doce na boca. Olha de um lado para o outro, atravessa rapidamente a rua em direção ao local que observa. A entrada tem um portão de madeira comum, que não chama a atenção.

Quando o alcança, observa uma CORRENTE e um CADEADO que envolve o portão. Olha mais uma vez para os lados, envolve a mão direita no cadeado e puxa, arrebentando-o com facilidade. Abre o portão bem devagar, observa com atenção o lado de dentro do local, colocando primeiro a cabeça, e depois entra.

Na mesma calçada do portão, vindo do sentido contrário ao que a jovem veio, aproximando-se do portão, BATISTA (49, alto, careca, num traje social e ). Ele anda vagarosamente blazer entre as sombras da calçada e olha com curiosidade para todos os lados até alcançar a altura do portão.

De frente para o portão, percebe que este está entreaberto. Olha ao redor e vê o cadeado quebrado no chão, saca sua ARMA da cintura com uma das mãos, com a outra empurra o portão e entra.

2 INT. LABORATÓRIO 101/CORREDOR. NOITE

BATISTA caminha devagar com a arma em punho, perto das paredes e com os olhos a esquadrinhar todo o local. Depara-se com uma forma que parece estranha no chão por conta da distância. Ao se aproximar, percebe ser um HOMEM (1) no chão, ele se abaixa e vê que homem ainda respira, mas que está NOCAUTEADO.

Um pouco mais a frente, BATISTA se depara com outro HOMEM (2) no chão gemendo e rolando de um lado para outro de dor, pois ele está com um PALITO DE PIRULITO ENFIADO EM UM DOS OLHOS. BATISTA olha para o homem rapidamente, mas não para.

BATISTA caminha devagar pelo local, com muito cuidado, observando tudo ao redor, até que encontra uma porta que chama sua atenção, pois de dentro dela emana uma LUZ bruxuleante AMARELO-DOURADA.

2.
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BATISTA abre a porta devagar, e o conteúdo o deixa paralisado, com um grito que não sai da garganta. Ele dá um passo para trás por repulsa espontânea, mas sem conseguir tirar os olhos do que via e nem mesmo piscar.

Um SOM DE MADEIRA QUEBRANDO longe dali o tira de seu transe. Ele encosta a porta, dessa vez sem olhar para dentro e segue na direção do som. Mais a frente, BATISTA passa por uma CADEIRA DE MADEIRA QUEBRADA e acelera o passo.

3 INT. LABORATÓRIO 101/GALPÃO. NOITE

BATISTA chega a entrada de um grande galpão, com caixas e objetos de estoque. Identifica a jovem no meio do galpão, de costas para ele.

BATISTA observa a jovem a distância, ela está com um PÉ DA CADEIRA DE MADEIRA nas mãos, e está atrás de um SEGURANÇA ARMADO que está olhando para frente e não a vê chegando. Ela ergue o pedaço de pau para desferir o golpe.

BATISTA, sorrateiramente, aproxima-se, mas esbarra em uma PILHA DE LIVROS que caem no chão causando um ESTARDALHAÇO.

SERENA (24, cabelos longos e pretos não penteados, calça preta, camiseta e blusa de moletom amarela com bolsos) e o SEGURANÇA ARMADO viram-se, por impulso para trás, na direção do som que BATISTA gerou.

Ao olhar novamente para frente, SERENA é atingida por um TIRO NA TESTA do SEGURANÇA ARMADO e cai para trás.

VINHETA DE ABERTURA

4 EXT. LABORATÓRIO 101/ESQUINA/CARRO DE BATISTA. NOITE

BATISTA fecha o porta-malas de seu CARRO (Fiesta Sedan, cinza chumbo). Segue para a porta do banco do motorista, olha para os dois lados da rua, e entra.

5 INT. LABORATÓRIO 101/ESQUINA/CARRO DE BATISTA. NOITE

BATISTA está debruçado sobre o volante, seu peito sobe e desce numa respiração irregular. Ele guarda a ARMA que estava na cintura dentro do porta-luvas. No banco do carona há uma

3. Created
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PASTA DOURADA que BATISTA abre e folheia, ela contém vários PRINTS DE VÍDEOS que mostram SERENA em diversas brigas diferentes.

O CELULAR TOCA. BATISTA o encara por um tempo antes de atender.

BATISTA (no celular) Pronto.

BATISTA encara as fotos enquanto ouve a outra pessoa na linha.

BATISTA

Eu estou com alguns problemas aqui em casa, não dá pra chamar alguém pra me cobrir?... Eu sei, mas só hoje... Poxa, não dá pra fazer essa pra mim um dia? Porra, um dia? (Suspiro)... Eu sei...

BATISTA joga a pasta de volta ao banco do carona.

BATISTA Ok, tô a caminho. BATISTA dá partida no carro e sai.

6 EXT. CIDADE DE SÃO PAULO AMANHECENDO. DIA

SOM de Trânsito, Trens andando nos trilhos. MONTAGEM - CIDADE ACORDANDO

6A - Vista aérea dos prédios da cidade de São Paulo.

6B - Trânsito engarrafado.

6C - Trilhos do trem.

6D - O sol que nasceu por detrás dos prédios. FIM DA MONTAGEM.

4.
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7 INT. ESTACIONAMENTO/CARRO DE BATISTA/PORTA-MALAS. DIA

Dentro do porta-malas SERENA desperta. Puxa o ar com força, tosse, engasga. Ela tenta esticar os braços e as pernas, mas o espaço não permite. Tateia ao seu redor, do jeito que pode, em busca de uma saída.

O tatear se transforma num se debater desesperado, junto de uma respiração irregular. Chuta o porta-malas com os dois pés ao mesmo tempo para tentar abri-lo. A porta começa a ceder, e com um segundo chute duplo SERENA foca suas investidas.

Finalmente a tranca sede. Serena respira aliviada, abre de vez o porta-malas, sai devagar e cambaleando.

8 INT. ESTACIONAMENTO. DIA

A luz do dia cega SERENA por alguns instantes. Ela cambaleia ao tentar ficar de pé. O sangue seco que vai da sua testa e desce pelo rosto lhe dá um ar macabro. Tosse ao puxar o ar.

Trêmula, se esgueira até uma parede e cospe sangue. Apoiandose nas paredes, com grande esforço tenta se movimentar com velocidade, e sai do estacionamento.

9 EXT. RUAS DA CIDADE DE SÃO PAULO. DIA

SERENA anda cambaleando pelas ruas, se apoiando no que pode.

MONTAGEM - CAMINHADA DE SERENA

9A - Numa rua com poucos carros passando, SERENA anda se apoiando nas paredes.

9B - SERENA apoiada num poste enquanto vomita.

9C - SERENA caminha, quase desmaiando, por uma rua em que transeuntes passam sem lhe prestar atenção.

9D - SERENA desmaia.

FIM DA MONTAGEM.

5.
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INT. LABORATÓRIO 101/PORTA DO CORREDOR. DIA

O RELÓGIO DA MARGINAL PINHEIROS MARCA QUE JÁ PASSA DAS 10H

MÁRCIO (48, branco, asseado, sobretudo, cachecol e sapato de couro) está em pé ao lado da porta de uma das salas. DRA. ANDRÉA (47, cabelos loiros, olhos claros, jaleco branco e crocs) se aproxima dele.

MÁRCIO

Foi vê-la de novo?

DRA. ANDRÉA acena positivamente com a cabeça, enquanto pega as CHAVES no bolso para abrir a porta. Mas ao olhar, percebe que a porta está aberta e a maçaneta está quebrada no chão.

DRA. ANDRÉA O que aconteceu aqui?

MÁRCIO

Tivemos uma visita ontem a noite. Provavelmente alguns vagabundos sem ter o que fazer... E como ela está?

DRA. ANDRÉA

Ela nem sabe mais quem sou eu... E levaram alguma coisa?

MÁRCIO

É isso que eu preciso que a doutora confirme pra mim.

DRA. ANDRÉA Algo nas câmeras?

MÁRCIO

O sistema está com problemas há dias.

DRA. ANDRÉA Elas servem pra que então?

MÁRCIO apenas a encara.

DRA. ANDRÉA E seus capachos?

MÁRCIO

Todos no hospital inconscientes.

DRA. ANDRÉA sorri com malícia. Ela passa pela porta, mas percebe que MÁRCIO não a segue e volta para falar com ele.

6. Created
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DRA. ANDRÉA Você não vai entrar?

MÁRCIO (expressão de nojo) Prefiro esperar aqui mesmo. DRA. ANDRÉA entra, e a LUZ bruxuleante AMARELO-DOURADA começa a emanar.

11 EXT. RUA DA CIDADE DE SÃO PAULO. DIA

SERENA desperta. Faz uma careta de dor e esfrega com uma das mãos o meio da testa. A rua já não possui tanto movimento.

Levanta devagar, se equilibrando. Consegue ficar de pé com firmeza. Segue andando.

12 INT. POSTO DE GASOLINA/LOJA DE CONVENIÊNCIA. DIA

SERENA entra na loja e anda pelas gôndolas. Não há ninguém na loja. Ela segura um pacote de amendoim e o encara por um instante. Um rapaz entra apressado na loja. VITOR (50 anos, usando uniforme do posto) vem para atender SERENA.

VITOR Oi, posso ajudar?

Ao fitar SERENA, o rapaz se assusta com vestígios de sangue no rosto dela. SERENA solta o pacote de amendoim, colocando-o de volta no lugar.

VITOR

Tá tudo bem, moça?

SERENA

Tem banheiro aqui?

VITOR

Tem sim, é lá fora. Perae que eu vou pegar a chave.

VITOR entra por uma porta próxima para pegar a chave. SERENA segura novamente o amendoim, olhando com atenção para a porta que VITOR acabou de entrar. Por fim, coloca o pacote de volta no lugar. VITOR finalmente volta trazendo uma CHAVE COM UM PEDAÇO DE MADEIRA DE CHAVEIRO.

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7.

VITOR

Saindo aqui, à direita. SERENA pega a chave e sai.

13 INT. POSTO DE GASOLINA/BANHEIRO. DIA

SOM DE BARULHO DE DESCARGA e SERENA sai do box do banheiro.

Na pia, de frente para o espelho, SERENA lava as mãos, mas logo deixa apenas a água cair enquanto encara seu próprio rosto. Ela passa a mão esfregando o meio da testa. Puxa as mangas da blusa para cima para poder lavar o rosto. Com as mãos em conchas, enche d'água e as esfrega na face. O sangue seco mancha a água de vermelho que contrasta ao escorrer na pia branca. SERENA repete o gesto até ver o rosto limpo.

Quando ergue o braço para fechar a torneira, nota no seu antebraço direito, próximo à dobra do cotovelo, uma TATUAGEM com letras e números: 53R3N4. Fecha a torneira e encara a tatuagem por alguns instantes. Volta seu olhar ao espelho para olhar para si. Enfia as mãos nos bolsos procurando ver o que tem. Encontra um ISQUEIRO, um MAÇO DE CIGARROS com apenas 1 palito, DOIS PIRULITOS e um CHAVEIRO com DUAS CHAVES e uma TAG onde lê-se Rua Akangatu, 608. Põe de volta os itens no bolso, menos o chaveiro. Leva-o na mão quando sai do banheiro.

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EXT. PRAÇA. DIA

SERENA está sentada numa praça fumando. Termina o cigarro, joga a bituca no LIXO por perto, desembrulha e começa a chupar um dos PIRULITOS que tinha no bolso.

Pega no bolso o chaveiro com a tag onde se lê: Rua Akangatu, 608. Segura-o com as duas mãos, lendo o endereço repetidas vezes, mentalmente.

15 EXT. CASA DE IVONE/RUA DA FRENTE. DIA

Caminhando pela calçada, SERENA passa por IVONE (73, cabelos grisalhos, magra, corcunda) que leva várias SACOLAS DE MERCADO, e uma BOLSA NO OMBRO. O peso faz com que IVONE ande devagar e um pouco torta.

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8.

SERENA cruza na calçada com a senhora, indo na direção oposta, indiferente. Uma das sacolas arrebenta a alça, fazendo rolar algumas MAÇÃS que estavam dentro.

Vendo a confusão da mulher, SERENA volta e a ajuda a pegar as frutas que rolaram pelo chão, enquanto furtivamente coloca uma maçã em um dos seus bolsos.

IVONE

Brigada, fia. Essa sacolas não valem nada nos dias de hoje.

SERENA pega as sacolas da mão da mulher, deixando-a com apenas uma. SERENA segura metade das sacolas em cada mão, levanta e abaixa as mãos rapidamente, vendo que as sacolas não lhe são nada pesadas.

IVONE Precisa não, fia. Tá chegando já. SERENA continua segurando as sacolas.

SERENA

É pra lá?

É sim.

IVONE

IVONE caminha devagar, mesmo sem o peso das sacolas. SERENA a acompanha.

IVONE Qual o seu nome, fia?

SERENA

Se eu dissesse a senhora não acreditaria.

IVONE

É por que ele é difícil, é?

SERENA

É porque eu não lembro.

IVONE

Ihh.. Mas nessa idade, já tá ruim da memória? Tá indo pra casa?

SERENA

Eu não sei.

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9.

IVONE

Tá perdida, é fia?

SERENA

Eu tenho um endereço, só não sei como chegar.

IVONE

Então cê já sabe pra onde ir, ué. Se preocupa não, fia. Um nome a gente inventa. Tem hora que a gente precisa se perder pra pudê se acha. E se cê num sabe quem é, é melhor ainda, purque agora cê pode escolhe ser o que cê quiser, num é não?

IVONE para em frente a um portão.

IVONE

É aqui. SERENA lhe entrega as sacolas.

SERENA

A senhora sabe onde fica a rua Akangatu?

IVONE Conheço não, mas cê sabe vê aqui?

IVONE coloca as sacolas no chão e mexe na BOLSA. Tira de dentro um CELULAR. SERENA estende a mão para pegar, mas um TROMBADINHA passa correndo e leva o celular da mão de IVONE. SERENA sai correndo atrás dele.

16 INT. LABORATÓRIO 101/ALA SECRETA. DIA

DRA. ANDRÉA observa o lado de dentro de uma das salas do laboratório pela janela da porta. Ela se afasta e MÁRCIO toma o seu lugar. Algo bate na porta com violência fazendo MÁRCIO se afastar com o susto.

DRA. ANDRÉA

Pelo visto não levaram nada, e com certeza nem chegaram até aqui. Provavelmente nem sabiam o que procurar. A sede pode ficar tranquila.

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10.

MÁRCIO

Se nada foi levado e se está tudo sob controle, então não tem porquê a sede se preocupar realmente.

DRA. ANDRÉA o encara, enquanto coloca as duas mãos, uma em cada bolso do jaleco pegando um CIGARRO e um ISQUEIRO. Acende.

MÁRCIO (abanando a fumaça) Andréa, por favor, você sabe que eu odeio isso.

DRA. ANDRÉA Você perdeu o direto de me pedir isso quando casou com ela.

MÁRCIO E você pode fumar aqui dentro?

DRA. ANDRÉA Meu laboratório, minhas regras.

UM ELEMENTO bem agitado emite SONS PARECIDOS COM GRUNHIDOS e bate na porta pelo lado de dentro. MÁRCIO, que está entre a porta e DRA. ANDRÉA fumando, procura manter distância, segurando o ar brevemente ao se assustar com os sons do lado de dentro do cômodo.

MÁRCIO

O seu novo colega chega amanhã.

DRA. ANDRÉA Já disse que eu não preciso de nenhum "colega".

MÁRCIO

Isso não depende de mim. Ao contrário da sua mãe, você não nos deu outra Doutora Murphy.

DRA. ANDRÉA aponta para a porta atrás de MÁRCIO.

DRA. ANDRÉA Caralho, Márcio, olha o que eu consegui e ela não.

Do outro lado o ELEMENTO parece responder ao soltar quase um uivo riscando a porta com as unhas.

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11.

MÁRCIO

Você vai gostar dele, é jovem que nem a sua mãe era quando começou. Só terá que ajudá-lo com o português agora no início.

DRA. ANDRÉA tem a fúria nos olhos arregalados. Sua respiração entrecortada faz as palavras saírem mastigadas. Ela se aproxima de MÁRCIO que fica mais rente a porta.

DRA. ANDRÉA

E o que você acha que eu fiz a minha vida inteira?

DRA. ANDRÉA, sem tirar os olhos de MÁRCIO, ergue o braço até a maçaneta da porta destravando-a. O ELEMENTO do outro lado faz barulho e bate na porta querendo sair.

MÁRCIO

Andréa, o que você tá fazendo? ...Tá doida? O que você está fazendo?

MÁRCIO puxa o braço dela de volta e tranca a porta novamente. DRA. ANDRÉA dá uma longa tragada no cigarro, baforando a fumaça na cara dele. MÁRCIO suspira enquanto ajeita a roupa.

MÁRCIO

É por essas coisas que a sede está mandando gente nova.

DRA. ANDRÉA

Eles só vão saber se você contar. E se está tudo sob controle, por que a sede precisa se preocupar não é mesmo?

MÁRCIO (gritando)

Chega! Está bem, Andréa? Chega!

MÁRCIO novamente suspira se ajeitando, dessa vez alinhando até o cabelo.

MÁRCIO

Não esquece da sua entrevista mais tarde. E amanhã a tarde vão mandar um carro pra te buscar. Vão te levar para se arrumar e depois para coletiva de imprensa, onde você dará as boasvindas ao Doutor Miller.

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DRA. ANDRÉA

Pera, como assim me arrumar?

MÁRCIO mede a DRA. ANDRÉA com os olhos de cima a baixo.

MÁRCIO

Todos nós temos papeis aqui dentro, é só cumprir o seu.

MÁRCIO sai andando. DRA. ANDRÉA bate na porta urrando o mais alto que pode. Quando ela sai caminhando no sentido contrário ao de MÁRCIO, vemos OLHOS VERMELHOS que encaram a pequena janela transparente atrás da porta.

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EXT. RUA SEM SAÍDA. DIA

SERENA tem a fúria nos olhos enquanto corre atrás do TROMBADINHA. Ela o alcança e puxa pelo ombro para trás, fazendo-o cair no chão. Os dois se encarando de frente e arfando pela corrida.

SERENA

Me dá o celular. Ele se levanta com cautela.

TROMBADINHA

Vem pegar.

Sem pestanejar, o TROMBADINHA desfere um soco no olho de SERENA que a faz vir para trás e se apoiar com um joelho no chão. O TROMBADINHA dá outro soco, porém, num reflexo corporal, SERENA segura o soco com a mão esquerda. Ele não consegue mover o braço enquanto ela o segura. SERENA observa a própria mão que envolve o punho do rapaz.

SERENA o puxa pelo braço, ficando de costas para ele e girando-o por cima dela pelo ar, fazendo-o cair com força no chão.

SERENA o levanta do chão pelas roupas, e desfere um soco no rosto que o faz cair novamente. Ela prepara um chute na barriga do TROMBADINHA.

TROMBADINHA

Toma o celular! Toma o celular!

SERENA para o movimento. O TROMBADINHA pega o aparelho do bolso e entrega para ela. SERENA guarda o celular no bolso.

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13.

SERENA dá mais um chute no rapaz que agoniza no chão de dor. Ela percebe na cintura dele, no cós da calça, um MAÇO DE CIGARROS. Pega, acende um e sai andando.

18 EXT. CASA DE IVONE/RUA DA FRENTE. DIA

IVONE ainda está na porta de sua casa. SERENA se aproxima, a jovem está com alguns ARRANHÕES e um OLHO ROXO. Ivone se assusta ao olhar pra ela.

IVONE Ô fia, pelo amor de Deus, cê tá bem?

SERENA entrega o celular para IVONE.

IVONE Brigada, viu? Cê conseguiu olhá o que cê precisava?

SERENA faz que sim com a cabeça. IVONE mexe na bolsa, tira uma nota de cinco reais e entrega para SERENA.

IVONE

Tó, fia. Não é muito, mas é pra te ajudar a chegar em casa.

SERENA pega a nota e a guarda no bolso onde sente a maçã que tinha furtado mais cedo. Tira a fruta do bolso e devolve para IVONE. IVONE empurra a mão de SERENA de volta.

IVONE Fica. E brigada de novo, viu?

SERENA vira as costas para seguir o seu caminho.

IVONE Fia!

SERENA para e volta-se para a mulher.

IVONE Talvez seja isso que cê seja, ó? Alguém que tá aqui pra ajudar as pessoas...do que jeito que cê me ajudou hoje...

IVONE entra e fecha o portão. SERENA ainda encara por um tempo o portão fechado. Morde a maçã e segue seu caminho.

14.
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19 EXT. CASA DA ELISA/RUA DA FRENTE. DIA

SERENA atravessa a rua vindo do ponto de ônibus. Os machucados em seu rosto já quase não existem. Ela caminha por alguns metros e para em frente a casa de número 608, trata-se de um sobrado. Pega o chaveiro no bolso e insere na fechadura. Fecha os olhos e dá um longo suspiro.

Gira a chave, abre a porta e entra.

20 INT. CASA DA ELISA/SALA. DIA

Da porta de entrada até a sala SERENA tem de subir 8 degraus. A casa possui um pé direito alto, maior do que os 2,8 metros padrão.

SERENA chega até a sala e pode ver a cozinha dali, além de uma escada que dá acesso ao andar de cima. Uma grande janela, fechada com grades, permite a iluminação da luz do dia, assim como possibilita a vista para a rua.

SERENA caminha até o meio da sala, dando uma volta em torno de si mesma examinando o lugar. Vê poucos móveis, muitas caixas de papelão e objetos aleatórios espalhados.

SERENA pega um objeto ou outro, examina de perto e coloca de volta no local, sem esboçar qualquer expressão.

ELISA (37 anos, negra, cabelo usando um vestido black power, simples e caseiro) surge descendo as escadas. Ela para no último degrau encarando SERENA.

ELISA

Já tava na hora, né?

SERENA

Eu me perdi.

ELISA

E por que o Luciano não te trouxe como sempre?

SERENA

Eu... Eu não tava com ele.

ELISA desce o último degrau e se aproxima. Ela foca o olhar no rosto de SERENA e percebe os machucados.

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ELISA Arrumou briga de novo?

SERENA faz que sim com a cabeça desviando o olhar de ELISA. ELISA suspira.

ELISA Mais uma horinha e já deve tá normal.

SERENA olha confusa para ELISA. Uma fisgada por conta da dor de cabeça a faz tensionar o rosto.

ELISA

Eu sei que você tá brava comigo, mas a gente pode começar de novo?

SERENA

Eu vou fingir que eu não lembro de nada.

ELISA Não tem graça, Serena.

SERENA arregala os olhos e a encara admirada por ouvir seu nome pela primeira vez.

ELISA

O que foi?

SERENA desvia o olhar dando um leve sorriso de canto de boca.

ELISA Vai debochar da minha cara agora?

SERENA Não... eu não... Não é nada.

SERENA vai em direção a cozinha, e fica de costas para ELISA.

ELISA

Você faz ideia do quão preocupada eu fiquei hoje de manhã quando vi que você não tinha chegado? Imaginando o que podia ter acontecido, se teriam te encontrado...

SERENA para na porta da cozinha. Ainda de costas para ELISA.

SERENA Quem "teriam" me encontrado?

16. Created
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ELISA

Já disse que não tem graça.

SERENA

O que você quer que eu fale?

ELISA

Qualquer coisa, Serena. Pode começar olhando pra mim! O mínimo que eu mereço é que você converse comigo.

SERENA vira de frente para ELISA.

SERENA

Eu não sei o que te falar, não sei o que você quer saber.

ELISA

Eu quero saber a verdade, por tudo que é mais sagrado. Se você não se preocupa consigo mesma, eu me preocupo, cacete.

SERENA

Eu tô morrendo de fome, tem algo pra comer?

ELISA

Vai pro inferno, Serena! Eu não mereço isso!

SERENA

Você quer ouvir o que, hein? A verdade? Você tem ideia do que é acordar e não lembrar de nada? Olhar no espelho e não saber o próprio nome?

ELISA

Sabe por quê eu sei? Porque eu tava lá! Eu que te ajudei! Eu que cuidei de você e te dei um teto.

SERENA tensiona o rosto como reflexo por não entender o que ELISA está dizendo.

ELISA ...Fui eu quem te ajudou a encaixar as primeiras peças desse quebra-cabeça. E quando começou a ficar perigoso, eu te falei que não valia a pena.

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17.

SERENA

Quebra-cabeça? Do que você tá falando?

ELISA

Só que ao invés de você seguir a sua vida, você prefere continuar com essa história e FODA-SE quem se importar com você.

SERENA Para! Para! Do que você tá falando?

ELISA fica quieta, e encara SERENA como se a visse pela primeira vez.

ELISA Serena, qual é o meu nome?

SERENA Quem que pode ter me encontrado? Que que ficou perigoso?

ELISA Serena, qual é o meu nome?

SERENA Como assim você tava lá?...Você não tava lá!

ELISA (pausadamente e em voz alta) Serena, qual é o meu nome?

SERENA (gritando) Eu não sei!

ELISA cai no choro tampando a boca com a mão para abafar o soluço. SERENA se senta no sofá.

SERENA Eu não sei o que te dizer.

ELISA senta ao lado de SERENA no sofá. Enxuga as lágrimas passando a roupa nos olhos, e estende a mão direita para SERENA em sinal de cumprimento.

ELISA Oi, meu nome é Elisa. SERENA aperta a mão de ELISA. ELISA segura a mão de SERENA e

18.
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puxa devagar esticando o braço da jovem. ELISA então estende a manga da blusa de SERENA até a altura do antebraço direito, deixando a mostra a tatuagem com as letras e números: 53R3N4.

ELISA Nós nunca descobrimos o seu nome. Eu passei a te chamar de Serena por conta disso aqui.

SERENA observa a tatuagem. ELISA ainda segura o seu braço.

SERENA

O que que...

ELISA ...Ela significa? Ainda não sabemos.

SERENA

O que aconteceu? Você disse que tava lá quando eu acordei.

ELISA solta o braço de SERENA sem olhá-la.

ELISA Por que você não aproveita essa oportunidade, Serena? Você tem a chance de deixar tudo isso para trás, mais uma vez. A gente pode recomeçar daqui. Eu faço tudo de novo, eu vou estar do seu lado. Eu arranco tudo aquilo da parede do seu quarto e vamos...

Quando a frase "parede do seu quarto" é mencionada SERENA para de prestar atenção em ELISA, e começa a olhar em volta, até sua visão alcançar as escadas que dão acesso ao andar de cima.

ELISA acompanha o olhar de SERENA e corta sua fala, percebendo o erro que cometeu. SERENA se levanta e sobe as escadas rapidamente.

ELISA (corta fala no meio) Serena, espera. Você ouviu o que eu falei?

ELISA corre atrás de SERENA.

19.
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21 INT. CASA DE ELISA/QUARTO DE SERENA. DIA

O quarto possui uma CAMA e muita ROUPA REVIRADA. JORNAIS, PAPÉIS avulsos e REVISTAS estão espalhados. Uma ESCRIVANINHA com um COMPUTADOR DE MESA ( ), um MAÇO DE CIGARROS DESKTOP FECHADO, um ISQUEIRO, um CINZEIRO cheio de bitucas e mais papéis espalhados.

Vários desenhos de pessoas e lugares, feitos a caneta e com traços lineares. Alguns também estão espalhados. post-its

Pela porta aberta SERENA alcança o corredor e entra, ELISA vem logo atrás.

ELISA Serena, por favor, me ouve.

SERENA está absorta observando os vários papéis. Nas PAREDES uma série de RECORTES DE JORNAIS E PAPÉIS IMPRESSOS DE NOTICIAS DA INTERNET SOBRE A CORPORAÇÃO HEALER. Nomes e datas que são ligados por fitas. Em destaque o novo produto "HEALEXINA".

22 INT. COMERCIAL CORPORAÇÃO HEALER. DIA

Uma VOZ FEMININA narra o texto enquanto imagens de pessoas de JALECO BRANCO, LABORATÓRIOS vazios e limpos; e pessoas sorrindo são mostradas. Imagens inspiradoras, motivacionais.

NARRADORA (V.O.)

A Corporação Healer atua no Brasil há 68 anos. São quase 7 décadas melhorando a vida dos brasileiros, tornando acessível o que há de mais revolucionário na medicina moderna. Pioneira em levar ao mercado medicamentos que possibilitam a qualidade e longevidade da vida. "HEALEXINA" é um composto inédito capaz de cicatrizar os ferimentos em tempo recorde, isso sem deixar marcas. Seja um joelho ralado ou um acidente doméstico, "HEALEXINA" não é apenas um cicatrizante ou um antibiótico comum. É a ciência de ponta, disponível no armário da sua casa e nas prateleiras dos centros cirúrgicos espalhados pelo Brasil. Sem dor, sem marcas. É a

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Corporação Healer trabalhando para curar o mundo. Corporação Healer, a cura é um propósito.

23 INT. EMISSORA DE TV/ESTÚDIO. DIA

VINHETA DA REVISTA ELETRÔNICA.

No estúdio estão DRA. ANDRÉA e a apresentadora MARTA (35 anos, em trajes sociais) sentadas em cadeiras lado a lado, mas ligeiramente viradas de frente uma para outra.

MARTA

A cura é um propósito! Que inspirador, Doutora! Estamos aqui hoje com a doutora Andréa Murphy, a mente genial por trás da Corporação Healer, que recentemente lançou esse composto digamos...milagroso e revolucionário. Obrigada pela presença, doutora. Imagino que seja muito ocupada.

DRA. ANDRÉA

Eu é quem agradeço pela oportunidade, Marta. Realmente eu posso dizer que a Healexina é um composto revolucionário, e quanto mais pessoas souberem que acima de tudo ele é acessível, melhor. Imagina o quanto uma cicatriz pode acabar com a autoestima de uma pessoa? Ou quanto o tempo de recuperação de uma ferida pode ser significativamente reduzido? As possibilidades que um produto como esse representa são verdadeiramente um marco da medicina moderna, e é emocionante poder fazer parte disso.

MARTA

É realmente incrível, doutora. Vale lembrar que a Doutora Andréa não é a primeira Doutora Murphy a chefiar os laboratórios da Corporação Healer. Ela é filha da brilhante Rebecca Murphy que também esteve a frente de inovações significativas na área da saúde. Sendo algo tão simbólico e importante, como você mesma acabou de dizer, doutora, a senhora acredita que

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essa conquista também faz parte do legado da sua mãe?

DRA. ANDRÉA (desconfortável)

Claro que a Dra. Rebecca é, sem dúvida nenhuma, de uma grande relevância na história da Corporação Healer no Brasil. Mas Marta, eu acredito que seguir por caminhos que já foram trilhados apenas nos levem para os mesmos destinos.

MARTA

Sua mãe teve realmente um longo caminho, não é mesmo? Imagine vir ao Brasil com apenas vinte anos e chefiar uma equipe de pesquisas inteira. Assim como você faz hoje. Isso é genial!

DRA. ANDRÉA

Eu cresci fazendo o que eu faço hoje, Marta. Comecei antes dos vinte, com certeza.

MARTA

Pois então, ela ainda deixa de presente para a Corporação uma cientista tão brilhante quanto ela para perpetuar o seu legado. Você não tem filhos, não é, doutora? Como você vê o futuro dos laboratórios da Corporação Healer?

DRA. ANDRÉA

Eu acredito que ainda tenho muito a contribuir, e a Healexina é a prova disso.

MARTA (constrangida)

É isso então, muito obrigada a doutora Andréa Murphy pela presença. Daqui a pouco a gente volta!

24 INT. EMISSORA DE TV/ESTÚDIO/PORTA DE SAÍDA. DIA

Assim que MARTA finaliza a entrevista, DRA. ANDRÉA levanta da poltrona e vai em direção a porta de saída. MÁRCIO a

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interpela e a pega pelo braço e a puxa para um canto do estúdio, já perto da porta.

AMBOS SUSSURRAM.

MÁRCIO

O que foi aquilo?

DRA. ANDRÉA Eu vim promover o meu produto.

MÁRCIO

Você veio cumprir o seu papel. Veio promover a empresa em que trabalha. As vésperas de um novo cientista chegar. O que é que você quer ?

DRA. ANDRÉA

Pra que que ela tinha que falar da Rebecca?

MÁRCIO

E o que é que tem? Não é você a chefe do departamento agora? E pelo amor de Deus, você não usa as pesquisas dela? você não continua o trabalho dela?

DRA. ANDRÉA (irritada) Eu não sou ela, Márcio.

MÁRCIO

Ninguém disse que é.

DRA. ANDRÉA Aquilo foi o que, então? Tão brilhante quanto? Fazer o que você faz hoje com "apenas" vinte anos? Ah, vá pra puta que o pariu!

MÁRCIO

Olha aqui, doutora, já faz tempo que você não tem mais idade para se comportar assim. E outra, o que você acha que vai acontecer? Um dia sua mãe largou o posto, e um dia será sua vez. Não precisa ser agora, mas se você continuar com este comportamento, talvez tenhamos de rever isso. Portanto, amanhã, na hora de apresentar o Doutor Miller, você dirá

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que se sente honrada em tê-lo como colaborador e parceiro, que está ansiosa pelas descobertas que poderão fazer juntos, e que sente que vocês terão um futuro brilhante a frente da Corporação Healer. Tudo isso com um sorriso estampado nesse seu rosto lindo. Fui claro?

DRA. ANDRÉA escuta a tudo, e fica com os olhos marejados, numa mistura de ódio e impotência, mas não derrama uma lágrima. Encara MÁRCIO fixamente.

MARTA sai do switcher e vai em direção a MÁRCIO e DRA. ANDRÉA.

MARTA Márcio...

DRA. ANDRÉA vira o rosto na direção contrária a MARTA a fim de não deixá-la ver seus olhos marejados.

MARTA Ai, me desculpem, eu estou atrapalhando?

MÁRCIO

Nada... A gente que não resiste e discute trabalho em qualquer lugar.

MARTA

E aí, aquele convite para um happy ainda tá de pé? hour

MÁRCIO (sorri levemente) Claro que sim. Vamos.

MARTA Tchau doutora.

MARTA e MÁRCIO saem pela porta.

DRA. ANDRÉA não responde nada, e apenas acena com a cabeça enquanto observa os dois saindo.

25 INT. CASA DE ELISA/QUARTO DE SERENA. DIA SERENA está em transe fitando todos os papeis colados na parede. ELISA a encara.

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ELISA Serena... SERENA Eu... ELISA Do que você lembra?

SERENA prende a respiração, seus olhos se enchem de lágrimas. Ela os mantém olhando para os papéis na parede.

SERENA Eu não me lembro de nada do que aconteceu ontem a noite.

ELISA E de antes disso? Alguma coisa?

SERENA encara o chão retraindo os ombros.

SERENA Você disse que isso já aconteceu antes.

Dessa vez é ELISA quem desvia o olhar.

ELISA É complicado.

SERENA Isso não é uma resposta.

ELISA No momento, é a melhor que eu tenho.

SERENA Agora há pouco você tava me pedindo honestidade. Afinal, o que nós somos uma pra outra?

ELISA Amigas. Pelos menos eu acredito que sim.

SERENA Eu moro aqui?

ELISA Sim. Quer dizer, não aqui aqui, mas comigo. Há três anos.

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25.

SERENA

E antes disso?

ELISA Não sabemos.

SERENA

Por que?

ELISA

Porque deve ter te acontecido a mesma coisa que aconteceu nas últimas horas.

SERENA

Você sabe pra onde eu fui ontem a noite?

ELISA (pausa) Não.

SERENA Talvez não fossemos tão amigas assim.

ELISA

Não é porque você não lembra, que não seja verdade.

SERENA (estendendo os braços e olhando em volta)

Então você quer que eu dê as costas pra tudo isso, mas não pra você? De que maneira isso é justo?

ELISA

A vida não é justa.

ELISA pega o MAÇO DE CIGARRO e um ISQUEIRO que está em cima da escrivaninha, e acende um.

ELISA

Não é justa, mas talvez as coisas se repitam por um motivo. E vão continuar se repetindo até a gente tomar uma decisão diferente.

Mas ela é feita de escolhas, e as mesmas escolhas levam aos mesmos caminhos, é um ciclo. Os caminhos vão se repetir até que as escolhas sejam

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diferentes.

SERENA treme.

SERENA Nem fodendo!

SERENA pega uma cadeira de madeira que está por perto e com as duas mãos quebra o objeto no chão. ELISA se afasta assustada, e olha com medo para SERENA acuada num canto do quarto.

SERENA

Eu quero respostas, Elisa. E como você mesma disse, eu mereço isso.

ELISA

Eu posso te explicar o que aconteceu, mas não como aconteceu. Antes, eu preciso que você fique calma.

SERENA Por quê?

ELISA

O que eu vou te falar não é uma coisa fácil de ouvir. E a Serena que eu conhecia, sei que não me machucaria, mas você...

ELISA espera, mas SERENA apenas a observa.

ELISA (respira profundamente) Bom... eu sou médica legista na polícia federal. Você chegou num plantão meu numa madrugada.

Conforme ELISA fala, a voz dela vai ganhando um eco, como se sobreposta.

ELISA

Você... Você... Você era um corpo em que eu precisava fazer autópsia e em algum momento antes de eu começar você acordou.

ELISA passa a não ser apenas uma, mas três ELISAS que ocupam o quarto. Quanto mais fala, mais se multiplica o eco.

O ECO torna difícil a compreensão do que está sendo dito.

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ELISA

Eu quase morri de susto, obviamente. E você estava passando muito mal. Parecia febril. Quando tudo passou você não sabia explicar quem era, o que tinha acontecido, não se lembrava de nada.

SERENA dá pequenos passos para trás diante das várias ELISAS.

SERENA

Tá doida. Não tem cabimento isso.

ELISA

Começamos a investigar juntas pra tentar descobrir o que pode ter acontecido com você, como você reviveu, ou seja lá o que for isso.

SERENA Não. Não. Isso não é possível.

ELISA (mostrando tudo no quarto) O que nos levou a tudo isso aqui.

SERENA balança a cabeça em sinal de negação.

ELISA Percebe como ficou perigoso?

SERENA se retrai e olha para a porta do quarto, indo em direção a saída.

ELISA

Eu sei que é difícil, Serena, mas você precisa entender...

ELISA vai até SERENA e a segura pelo braço, para mantê-la no quarto.

ELISA Espera, por favor. Eu sei que é difícil, mas nós precisamos uma da outra...

SERENA

Me solta, eu quero sair daqui.

ELISA continua a tentar segurá-la com as duas mãos, SERENA a tentar se livrar das mãos dela. SERENA a joga para o lado

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para se soltar de uma vez. ELISA acaba batendo a cabeça com muita força na parede e cai no chão DESACORDADA.

SERENA sai correndo.

26 EXT. CASA DE ELISA/ARREDORES/BECO. DIA

SERENA caminha rápido, quase correndo. Ergue as mãos até a cabeça a pressionando. Para de andar, mas mantém as mãos na cabeça se contorcendo, e abaixando o dorso.

SERENA tem uma respiração pesada. Volta a erguer-se. Encosta numa parede qualquer na rua. Pega o MAÇO DE CIGARROS e o ISQUEIRO no bolso e acende um.

SERENA tem a visão turva. A fumaça do cigarro preenche a tela.

27 INT. DEVANEIO DE SERENA/MACA. DIA - (FLASHBACK)

Uma mulher branca, na faixa dos 30 anos, cabelo ondulado, usando avental de hospital, se contorce e grita amarrada numa maca.

28 INT. DEVANEIO DE SERENA/INJEÇÃO. DIA - (FLASHBACK)

Uma mulher, branca, cabelos loiros e olhos claros, usando jaleco branco, segura uma AGULHA na mão enquanto caminha num corredor vindo no que parece ser a sua direção.

29 INT. DEVANEIO DE SERENA/TIRO NA NUCA. DIA - (FLASHBACK)

SERENA toma um tiro na nuca.

30 INT. DEVANEIO DE SERENA/NECROTÉRIO. DIA - (FLASHBACK)

SERENA, com a nuca suja de sangue que escorreu pelos seus ombros, abrindo os olhos numa mesa de metal.

31 INT. DEVANEIO DE SERENA/TIRO NA TESTA. DIA - (FLASHBACK)

SERENA tomando o tiro na testa na CENA 3.

32 INT. DEVANEIO DE SERENA/PORTA-MALAS. DIA - (FLASHBACK)

SERENA abrindo os olhos no porta-malas do carro de Batista, da CENA 7.

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33 INT. DEVANEIO DE SERENA/LUTA. DIA - (FLASHBACK)

DOIS HOMENS em roupas brancas seguram uma menina pelos braços num canto de uma sala pequena. A menina, que é SERENA JOVEM (branca, na faixa dos 12 anos, cabelo ondulado, usando um avental de hospital) tenta se desvencilhar dos dois se debatendo. A MENINA começa a gritar pedindo para que a soltem. SERENA puxa pelo braço o HOMEM (1) que segura o braço esquerdo da menina, e lhe dá um soco que o faz cair para atrás. O HOMEM (2) que segura o braço direito solta a menina e avança na direção de SERENA. Ela o segura pelo colarinho e pelo braço, vira de costas jogando-o pelo ar por cima dela e fazendo com que ele caia no chão.

34 EXT. CASA DE ELISA/ARREDORES/BECO. DIA

Quando o HOMEM (2) atinge o solo, o lugar ganha um beco como cenário e o homem com quem SERENA luta ganha um rosto.

SERENA está segurando pelo braço o HOMEM (2) que acabara de atingir o chão e está agonizando pelo golpe.

Ela levanta o HOMEM (2) do chão, segurando-o pelo pescoço, e prepara um soco. Ao encarar os olhos do oponente, arregala os olhos num rompante de sobriedade e para o movimento.

Sustenta os braços no ar por um tempo ainda. Sacode a cabeça, relaxa os braços e solta o HOMEM (2). Ao olhar para os lados, além dos dois homens feridos, seu olhar segue uma BOLSA caída no chão, com uma CARTEIRA e outras coisas espalhadas pelo chão perto da bolsa.

Do lado direito, mais distante, SERENA observa uma JOVEM (faixa dos 20 anos) no chão, com um pedaço da roupa rasgada e os cabelos desgrenhados. Ela segura o celular, em posição horizontal, na direção de SERENA. A jovem se assusta ao perceber que SERENA olha pra ela. Então, ela levanta, recolhe seus pertences espalhados pelo chão e saí correndo.

SERENA olha mais uma vez para o homem a sua frente e sai correndo na direção oposta a moça.

35 INT. DEVANEIO DE SERENA/CORREDOR. DIA - (FLASHBACK)

O ambiente é todo escuro e mal se vê o que tem ao redor. Nele, SERENA JOVEM (branca, 12 anos, cabelo ondulado, usando um avental de hospital) corre para o fundo, sua figura de costas, vai diminuindo conforme se afasta.

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EXT. CASA DE ELISA/ARREDORES. DIA

SERENA corre, sua figura vai aumentando conforme se aproxima. Cansada, pára para recuperar o fôlego. Há uma vitrine a sua frente e SERENA observa o seu reflexo.

IVONE (V.O.)

Talvez seja isso que cê seja, ó? Alguém que tá aqui pra ajudar as pessoas...do que jeito que cê me ajudou hoje...

ELISA (V.O.)

Talvez as coisas se repitam por um motivo. E vão continuar se repetindo até a gente tomar uma decisão diferente.

Mas ela é feita de escolhas, e as mesmas escolhas levam aos mesmos caminhos, é um ciclo. Os caminhos vão se repetir até que as escolhas sejam diferentes.

IVONE (V.O.)

E se cê num sabe quem é, é melhor ainda, purque agora cê pode escolhe ser o que cê quiser, num é não?

ELISA (V.O.)

Nós nunca descobrimos o seu nome. Eu passei a te chamar de Serena por conta disso aqui.

SERENA puxa a manga da blusa e encara a tatuagem. Esfrega o meio da testa com uma careta de dor. Dando uma última olhada para si mesma, respira devagar e profundamente e sai andando.

37 INT. CASA DE ELISA/SALA. DIA

ELISA desce as escadas carregando o que restou da CADEIRA QUEBRADA. Chega na sala e joga a cadeira sobre uma das CAIXAS

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que estão no lugar, o peso do objeto tomba a caixa e a deixa entreaberta.

ELISA passa a mão atrás da cabeça e faz uma careta de dor pela pancada sofrida, e observa a caixa que tombou. Vai em direção a caixa, abre e vê uma CAIXINHA ANTIGA, que contém CARTAS E CARTÕES. Abre um dos cartões, nele é possível ler:

NOSSO AMOR É A PROVA DA ETERNIDADE, O NOSSO CICLO SEM FIM. NOSSO AMOR É PRA SEMPRE, MINHA ESCOLHA SEMPRE SERÁ VOCÊ.

COM AMOR, PEDRO.

ELISA, depois de ler, guarda o cartão de volta na caixinha e coloca a caixinha na mesa. ELISA vai em direção a cozinha.

38 EXT. CASA DA ELISA/FACHADA. DIA

SERENA se aproxima da casa de ELISA devagar, para na frente por alguns instantes, vai até a porta, respira fundo e entra.

39 INT. CASA DE ELISA/SALA. DIA

ELISA está sentada no sofá segurando uma BOLSA DE GELO na parte detrás da cabeça e uma XÍCARA DE CHÁ ao seu lado.

A porta se abre e SERENA entra. ELISA não olha para ela. SERENA então se aproxima por cima da cabeça de ELISA para olhar o machucado de perto.

ELISA Não encosta em mim, por favor.

SERENA se retrai, e senta ao lado de ELISA no sofá.

SERENA Foi mal.

ELISA toma um gole do chá.

SERENA Nós duas vamos ter que encarar o fato de que as coisas mudaram de ontem pra hoje.

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ELISA

Não é assim tão fácil, Serena...

SERENA

Não mesmo, mas eu vim aqui te falar que eu não vou desistir, seja lá o que for tudo isso. Eu preciso disso, Elisa. Eu mereço isso. E eu só queria saber se você pode me ajudar...de novo pelo visto.

ELISA coloca a bolsa de gelo do lado no sofá e levanta. Suspira.

ELISA

Eu não posso te perder... De novo.

SERENA

Ao que parece eu continuo voltando pra você.

ELISA (Pausa)

Você vai ter que me contar tudo. O que você descobrir, aonde você vai, eu quero saber tudo.

SERENA balança a cabeça afirmativamente.

ELISA

Então, a primeira coisa é descobrir o que aconteceu ontem a noite.

O SOM da CAMPAINHA invade o local. ELISA, de olhos arregalados pelo susto, encara SERENA aflita.

ELISA (Num tom de voz mais baixo) Você deu esse endereço pra alguém?

SERENA

O que? ...Não. Acho que não.

ELISA (sussurrando) Acha?

SERENA se levanta para atender a porta, ELISA a impede.

ELISA Fica aí.

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ELISA desce devagar os degraus até a porta da frente. Quando abre a porta, é BATISTA quem está do outro lado.

FIM DO EPISÓDIO.

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CORPORAÇÃO HEALER

MANUAL DA MARCA

1

Sumário

A MARCA

USOS DA MARCA 27

Usos Indevidos 24 Marca de Projetos de Extensão 26 Tipografia 12

Conceito 9 Cores Institucionais 11 Marca Prioritária 16

Variações da Marca 17 Malha de Construção 19 Margem de Segurança 20 Redução da Marca 21 Versões da Marca 22 Escala de Cinza 23

APRESENTAÇÃO

Seja bem-vindo ao Manual de Identidade Visual da HEALER CORPORAÇÃO. Neste manual, você encontrará informações impor tantes sobre a criação e construção da marca gráfica HEALER, além do modo como essa marca deve ser utilizada. É importante respeitar todas as diretrizes aqui apresentadas para garatir a integridade da marca e a unidade em todas as suas manifestações. A CORPORAÇÃO HEALER atua no mercado de medicina moderna há 68 anos de historia no Brasil melhorando a vida dos brasileiros.

5 | Manual de Identidade Visual

1. A MARCA

A MARCA HEALER

A marca é um projeto de sentido que se concretiza em diferentes manifestações : produtos, ser viços, peças de comunicação etc. É um conjunto de valores que perpassa a relação dos sujeitos com determinados bens, ser viços, empresas ou instituições. Esses valores são condensados numa representação visual única: a sua marca gráfica. A marca gráfica HEALER CORPORAÇÃO

8 | Manual de Identidade Visual

CONCEITO

O atual desenho da marca HEALER é o resultado de um projeto que teve varias pesquisas, etapas criativas foi desenvolvido um conceito, simbolo do infinito + a letra C de Corporação e mais gota de sangue. O conceito foi mostrar um logotipo criativo e único que transmita um respeito e admiração. Esta identidade visual busca modernizar a marca gráfica da instituição, prezando pelas pela transformação e pelo novo, e esses valores são manifestados atráves das suas curvas definidas e cores contrastantes.

9 | Manual de Identidade Visual
10 | Manual de Identidade Visual
C

CORES INSTITUCIONAIS

As cores institucionais são aquelas definidas para a veiculação da identidade visual

AMARELO

Pantone ® 380 C

C =12% M=8% Y=87% K= 1%

R= 222 G=220 B= 42

Hexa DEDC2A

• As porcentagens indicidas em CMYK são válidas para impressão offset quadricrômica em escala Brasil

• Para uso em mídia eletrônica usar referências RGB e Hexadecimal.

• Para todas as outras formas de veiculação utilizar escala Pantone ®,na referência Coated (C), para obter as cores por aproximação visual.

Pantone ® Black C

C =0% M=0% Y=0% K= 100%

R= 0 G=0 B=0

Hexa 000000

Pantone ® P 3-16 C

C =0% M=0% Y=100% K= 60%

R= 102 G=102 B=1

Hexa 666601

11 | Manual de Identidade Visual

TIPOGRAFIAS INSTITUCIONAIS Aa Aa

As tipografia institucionais identifica e uniformiza os texto de peças de comunicação institucionais e promocionais da empresa. Trata-se das fontes Die Nasty Regular e Futura Md BT, com todas as suas variações de peso. O uso combinado das fontes de famílias traz personalidade às peças.

12 | Manual de Identidade Visual
ABC DEFGHIJKLMNOPQR STUVWXYZ abcdefghijk lmnopqr stuvwx yz 0123456789 Die Nasty Regular ABCDEFGHIJKLMNOPQRSTUV WXYZ abcdefghijk lmnopqrstuv wx yz 0123456789 Futura Md BT Bold 13 | Manual de Identidade Visual

MARCA PRIORITÁRIA

A marca institucional identifica principal deve ser utilizada em qualquer veículo de comunicação, apresentação, divulgação ou peça gráfica que provém da HEALER CORPARAÇÃO e deve ser considerada como primeira opção nos usos dos seus materias institucionais. Nos materias externos de comunicação, também é a mais indicada.

A marca gráfica prioritária é a versão horizontal com assinatura.

horizontal

Logotipo
Símbolo 14 | Manual de Identidade Visual

VARIAÇÕES DA MARCA

Visando a pluralidade de aplicações da marca HEALER em diferentes supor tes, tanto digitais quanto impressos, são disponibilizadas variações da marca gráfica: vertical,horizontal e zelo.

Marca horizontal sem assinatura.

Marca zelo

15 | Manual de Identidade Visual
HEALER

Marca ver tical com assinatura.

Marca ver tical sem assinatura.

16 | Manual de Identidade Visual

MALHA DE CONSTRUÇÃO

como medida para os módulos da malha de construção.

CORPORAÇÃO HEALER

17 | Manual de Identidade Visual

MARGEM DE SEGURANÇA

A margem de segurança é utilizada para proteção da marca, impedindo que elementos não per tencentes a ela entrem no seu campo grá co.

A medida utilizada é a da porção superior do próprio símbolo.

HEALER

CORPORAÇÃO

18 | Manual de Identidade Visual

REDUÇÃO DA MARCA

Abaixo encontram-se as reduções máximas de cada uma das variações da marca. Elas não devem ser utilizadas em tamanhos menores do que os citados para não prejudicar a qualidade de visualização das marcas grá cas.

19 | Manual de Identidade Visual
6mm 6,5mm 17mm 14mm 8,3mm 8,5mm 10mm 2,7mm
HEALER
CORPORAÇÃO HEALER

VERSÃO POSITIVA

A versão positiva é utilizada em impressos e outras aplicações de fundo claro com a necessidade de monocromia da marca.

20 | Manual de Identidade Visual

VERSÃO NEGATIVA

A versão negativa é utilizada em impressos e outras aplicações de fundo escuro com a necessidade de monocromia da marca.

21 | Manual de Identidade Visual

ESCALA DE CINZA

A versão em escala de cinza deverá ser utilizada apenas para im pressões em preto e branco.

CMYK: 0 / 0 / 0 / 100 CMYK 0 / 0 / 0 / 80 CMYK 0 / 0 / 0 / 65 CMYK 0 / 0 / 0 / 50
22 | Manual de Identidade Visual

2. USOS DA MARCA

USOS INDEVIDOS

Sob nenhuma hipótese deve -se utilizar a marca nas seguintes maneiras:

1. Esticar ver ticalmente

2. Esticar horizontalmente

3. Mudar a cor da Tipografia

4. Distorcer a marca

5. Utilizar gradiente

6. Mudar a tipografia

7. Utilizar a marca sobre fundos poucos constrastantes

8.Utilizar a marca sobre imgans sem a faixa ou caixa branca

24 | Manual de Identidade Visual

CORPORAÇÃO HEALER

1 5 6 7 8 2 3 4
CORPORAÇÃO HEALER 25 | Manual de Identidade Visual

PROJETOS DE EXTENSÃO

Como orientação, marcas de projetos de ex tensão e grupos de pesquisa devem estar à esquerda da marca HEALER não ultrapassando a base ou o topo da mesma.

CORPORAÇÃO HEALER

26 | Manual de Identidade Visual
CORPORAÇÃO HEALER Altura máxima
x ntdstudios
x

REALIZAÇÃO ntdstudios

MINISTÉRIO DA JUSTIÇA SECRETARIA NACIONAL DE JUSTIÇA DEPARTAMENTO DE JUSTIÇA, CLASSIFICAÇÃO, TÍTULOS E QUALIFICAÇÃO

1. Natureza de Análise: marque apenas 1 opção:

X ANÁLISE COMUM

Marque esta opção caso seja a primeira classificação da obra. Versão editada de obra já classificada, seja com acréscimo ou supressão de cenas, também é considerada “nova obra”. Portanto, este campo deve ser marcado ☐ RECLASSIFICAÇÃO

Marque esta opção apenas caso a obra tenha classificação indicativa atribuída antes de julho de 2006 e agora é submetida a uma nova análise sob a luz dos novos critérios de classificação

FICHA TÉCNICA DE AUDIOVISUAL

2. Segmento de Mercado: marque o segmento no qual a obra será exibida inicialmente Uma vez que tenha recebido a classificação definitiva pelo Ministério da Justiça, desde que não tenha sofrido alterações, a obra audiovisual está apta para qualquer outro segmento de mercado, sem necessidade de novo pedido de classificação ou aviso prévio ao Ministério.

CINEMA COMERCIAL

X HOME VIDEO (DVD, Blu ray, streaming, etc)

MOSTRAS/FESTIVAIS

DE CINEMA

TELEVISÃO (veja texto abaixo)

Obras inéditas para televisão podem ser autoclassificadas pelo requerente OU classificadas por análise prévia pelo Ministério da Justiça. Contudo, você não tem esta escolha no caso obras editadas para televisão que já receberam classificação anterior igual ou superior a 12 anos: estas devem ser classificadas por análise prévia. Marque a forma de classificação desejada para televisão:

X
3.
X
☐ Conjunto de episódios de série ☐ Programa de TV ☐ Show Musical ☐ Outra_____________ 4. Identificação e conteúdo da obra 1. Título no Brasil: PROJETO 53R3N4 2. Título original: PROJETO 53R3N4 3. Título da série: PROJETO 53R3N4 4. Ano da temporada: 2022 5. Ano de produção: 2022 6. Número do(s) episódio(s): 1 PILOTO 7. País de origem: BRASIL 8. Distribuidor: 9. Produtor: CORPORAÇÃO AAAH! 10. Diretor: WHINTNEY POLATO 11. Elenco principal: 12. Cor: X Colorido ☐ Preto e branco 13. Tempo de duração: 40 MIN 14. Classificação pretendida: ☐ Livre ☐ 10 anos ☐ 12 anos X 14 anos ☐ 16 anos ☐ 18 anos 15. Mídia enviada para análise: 16. Gênero: ☐ DVD/Blu-ray ☐ Arquivo digital ☐ 35 mm ☐ Link de internet ☐ Cinema digital ☐ Outro________ ☐ Drama ☐ Romance ☐ Comédia ☐ Faroeste ☐ Aventura ☐ Documentário ☐ Suspense ☐ Infantil ☐ Terror ☐ Guerra ☐ Cultura ☐ Policial ☐ Ação ☐ Animação ☐ Erótico ☐ Musical ☐ Ficção científica X Outro: Crime/Herói 17. Data prevista de exibição: 18. Emissora (obras para TV): 19. Praça de Exibição (obras para TV): ☐ Rede Nacional ☐ Regional: 20. Violência: marque todos os itens que aparecem na obra X Armas ☐ Ato Violento ☐ Cenas que Assustam ☐ Crueldade X Dor ou Sofrimento ☐ Estupro ☐ Exposição de Cadáver X Ferimentos X Morte / Assassinato ☐ Mutilação X Sangue ☐ Suicídio ☐ Temas Angustiantes ☐ Tortura ☐ Violência de Forte Impacto ☐ Violência Fantasiosa 21. Conteúdo Sexual: marque todos os itens que aparecem na obra ☐ Nudez Velada ☐ Nudez X Linguagem Chula ☐ Linguagem de Conteúdo Sexual ☐ Insinuação Sexual ☐ Relação Sexual ☐ Relação Sexual Explícita ☐ Prostituição 22. Drogas: marque todos os itens que aparecem na obra X Consumo de Álcool ou Cigarro ☐ Consumo de Moderado de Álcool ou Cigarro ☐ Consumo de Drogas Ilícitas X Consumo Medicinal de Drogas Ilícitas ☐ Tráfico de Drogas ☐ Menção a Drogas 5. Interessado 1. Nome (pessoa ou empresa): CORPORAÇÃO AAAH! 2. CPF/CNPJ (ou equivalente estrangeiro): 5. Endereço: 6. Cidade: 7. Estado: 8. CEP: 9. Email: 10. Telefone/Fax: 11. Local e data: 12. Assinatura:
2.1.
ANÁLISE PRÉVIA
AUTOCLASSIFICAÇÃO
Categoria da obra: marque apenas 1 opção;
Longa-metragem (70’’ ou mais)
Média-metragem (31’’ a 69’’)
Curta-metragem (até 30’’)
Trailer ☐ Novela
Episódio de série

Campos de Justificativa deAutoclassificação

PreenchaorestanteapenassevocêmarcouaautoclassificaçãoparaTVnoitem2.1dapáginaanterior. Paraosdemaiscasos,nãoénecessárioenviaraoMinistérioestapáginanemapróxima.

1. Sinopse: caso este espaço seja insuficiente, apresente a sinopse em documento à parte:

Em São Paulo, uma jovem ganha poderes especiais, mas perde a memória. Agora ela investiga o seu passado enquanto vai descobrindo quem são seus inimigos, e porque a perseguem. Desafios que ajudam a forjar o tipo de heroína em que ela se transformará

2. Finalidades específicas: preencher apenas nos casos em que a obra apresente a finalidade. Deixe em branco se não apresentar

2.1. Educativas: 2.2. Artísticas: 2.3. Culturais: 2.4. Informativas: 2.5. Respeito aos valores éticos e sociais da pessoa e da família:

CONTEÚDO Assinale todos os itens presentes no conteúdo da obra Para mais informações e descrições específicas de cada item, consulte o Guia Prático de Classificação Indicativa, disponível em português e inglês no Portal Online da Classificação Indicativa

Violência Sexo Drogas

Violência Fantasiosa

Presença de Armas sem Violência

Mortes sem Violência

Ossadas e Esqueletos sem Violência

Presença de Armas com Violência

Medo/Tensão

Angústia

Ossadas e Esqueletos com Violência

Atos Criminosos sem Violência

Linguagem Depreciativa

Lesão Corporal

Descrição de Violência

Presença de Sangue

Sofrimento da Vítima

Morte Natural ou Acidental Violenta

Nudez não Erótica

Consumo Moderado ou Insinuado de Drogas Lícitas

Descrições Verbais do Consumo de Drogas Lícitas

Discussão sobre Tráfico de Drogas

Uso Medicinal de Drogas Ilícitas

Consumo de Drogas Lícitas

Indução ao Uso de Droga Lícitas

Consumo Irregular de Medicamento

Menção a Drogas Ilícitas

13.
Observações:
FAIXA
X
X
X
X
X
X
X
Conteúdos Educativos sobre Sexo
Ato Violento
Ato Violento contra Animais
Exposição ao Perigo
Exposição à Humilhação
Agressão Verbal
Obscenidade
Bullying
Exposição de Cadáver
Assédio Sexual
Supervalorização da Beleza Física
Supervalorização do Consumo
Nudez Velada
Insinuação Sexual
Carícias Sexuais
Masturbação
Linguagem Chula
Linguagem de Conteúdo Sexual
Simulações de Sexo
Apelo Sexual

Morte Intencional

Estigma/Preconceito

Nudez

Erotização

Vulgaridade

Relação Sexual

Prostituição

Insinuação do Consumo de Drogas Ilícitas

Descrições Verbais do Consumo e Tráfico de Drogas Ilícitas

Discussão sobre descriminalização de drogas ilícitas

FAIXA Violência Sexo Drogas

Estupro

Exploração Sexual

Coação Sexual

Tortura

Mutilação

Suicídio

Violência Gratuita

Aborto, Pena de Morte, Eutanásia

Violência de Forte Impacto

Elogio/Glamurização/Apologia à Violência

Crueldade

Crime de Ódio

Pedofilia

Composição de Cena Atenuante

Baixa Relevância

Pouca Frequência

Composição de Cena Agravante

Alta Relevância

Alta Frequência

Relação Sexual Intensa

Sexo Explícito

Situação Sexual Complexa / de forte impacto

ATENUANTES

Contexto Esportivo / Histórico / Artístico / Cultural ou Científico

Contexto Irônico ou Cômico / Caricato

Contexto Fantasioso

AGRAVANTES

Interação com o Expectador

Valorização de Conteúdo Negativo ☐ Motivação

Produção ou Tráfico de Qualquer Droga Ilícita

Consumo de Drogas Ilícitas

Indução ao Consumo de Drogas Ilícitas

Apologia ao Uso de Drogas Ilícitas

Insinuação / Simulação / Tentativa

Motivação Justificada

Contraponto

Conteúdos Positivos

☐ Conteúdo Inadequado com Criança ou Adolescente ☐ Contexto de Impacto

X
X

ORÇAMENTO PREVISTO

Série: Projeto 53R3N4

Ano: 2022

Itens

Descrição dos Itens Qtde item Unidade Sub total Total

1 Pré Produção

1.1 Equipe R$ 43,500,00

1.1.1 Diretor 1 semana R$ 7.000,00

1.1.2 Dir. de Produção 1 semana R$ 3.000,00

1.1.3 Prod. Executivo 1 semana R$ 3.500,00

1.1.4 Prod. de Locação 1 semana R$ 3.200,00

1.1.5 Prod. de Casting 1 diária R$ 2.500,00

1.1.6 Assist. de Produção 1 semana R$ 2.500,00

1.1.7 Dir. de Fotografia 1 diária R$ 3.000,00

1.1.8 Dir. de Arte 1 semana R$ 5.000,00

1.1.9 Figurinista 1 semana R$ 2.700,00

1.1.10 Aderecista 1 semana R$ 1.500,00

1.1.11 Cenotécnico 1 semana R$ 2.000,00

1.1.12 Cenógrafo 1 semana R$ 2.600,00

1.1.13 Atores 1 job R$ 1.000,00

1.1.14 Atores 1 job R$ 1.000,00

1.1.15 Atores 1 job R$ 1.000,00

R$ 45.500,00

1

1.1.16 Atores 1 job R$ 1.000,00

1.1.17 Figurantes 1 job R$ 1.000,00

1.2 Despesas de Produção 1 job R$ 2.000,00

2 Produção e Filmagem

2.1

Equipe R$ 73.130,00

2.1.1 Diretor 1 semana R$ 7.000,00

2.1.2 1º Assist. de Direção 1 semana R$ 4.500,00

2.1.3 2º Assist. de Direção 1 semana R$ 3.500,00

2.1.4 Continuista 1 semana R$ 3.200,00

2.1.5 Dir. de Produção 1 semana R$ 5.000,00

2.1.6 Prod. Executivo 1 semana R$ 3.200,00

2.1.7 Assist. de Produção 1 semana R$ 2.900,00

2.1.8 Prod. de Locação 1 semana R$ 2.900,00

2.1.9 Prod. de Set 1 semana R$ 2.900,00

2.1.10 Assist. de Set 1 semana R$ 1.500,00

2.1.11 Dir. de Fotografia 1 semana R$ 5.000,00

2.1.12

1º Assist. de Câmera 1 semana R$ 3.500,00

2.1.13 2º Assist. de Câmera 1 semana R$ 2.400,00

2.1.14 Chefe de Maquinária 1 semana R$ 3.000,00

2.1.15 Assist. de Elétrica 1 semana R$ 1.800,00

2.1.16 Logger 1 semana R$ 2.300,00

2.1.17 Dir. de Arte 1 semana R$ 3.800,00

2.1.18 Assist. de Arte 1 semana R$ 1.800,00

2.1.19 Figurinista 1 semana R$ 1.750,00

R$ 111.815,00

2
3
Segurança
Gerador
3 Pós-Produção R$
Equipe
4 Despesas Administrativas
Aluguel
produção
2.1.20 Assist. de Figurino 1 semana R$ 1.980,00 x 2.1.21 Aderecista 1 semana R$ 1.800,00 2.1.22 Contrarregra 1 semana R$ 2.000,00 2.1.23 Maquiador 1 semana R$ 1.500,00 2.1.24 Cabelereiro 1 semana R$ 1.500,00 x 2.1.25 Cenotécnico 1 semana R$ 1.500,00 x 2.1.26 Cenógrafo 1 semana R$ 1.500,00 2.1.27 Técnico de Som 1 semana R$ 2.300,00 2.1.28 Microfonista 1 semana R$ 1.700,00 2.5 Atores 7 job R$ 1.400,00 2.5.1 Figuração 3 job R$ 1.000,00 2.6 Equipamento 1 job R$ 30.734,00 2.7 Assinatura Google Drive 1 verba R$ 81,00 2.9 Transporte 1 job R$ 6.000,00 2.10 x Primeiros Socorros 1 diária R$ 400,00 2.11
1 semana R$ 670,00 2.12
1 diária R$ 800,00
11.700,00 3.1
R$ 11.700,00 3.1.1 Coord. de Pós Produção 1 job R$ 3.200,00 3.1.2 Editor 1 job R$ 4.000,00 3.1.3 Assist. de Edição 1 job R$ 2.000,00 3.1.4 Colorista 1 job R$ 2.500,00
R$ 8.350,00 4.1
de base
1 mês R$ 2.500,00
4 R$ 184.065,00
Proposto
Total Geral R$ 184.065,00
Orçamento
4.2 Cópias e Encadernação 1 verba R$ 700,00 4.3 Depto. Pessoal / Aux. Escrit. 1 verba R$ 700,00 4.5 Material de Escritório 1 verba R$ 700,00 4.6 Despesas (água/luz/higiene) 1 mês R$ 700,00 4.7 Seguros 4.7.1 Equipe e Elenco 1 pacote 750,00 4.7.2 Equipamentos 1 pacote 750,00 4.7.3 Veículo 1 pacote 750,00 4.8 Telefone 1 pacote 400,00 4.9 Internet 1 pacote 400,00 6 Comercialização R$ 6.700,00 6.1 x Equipe de Lançamento 1 semana R$ 1500,00 6.2 x Assessoria de imprensa 1 semana R$ 1500,00 6.3 Material de divulgação 1 cachê R$ 700,00 6.4 Mídia (rádio/tv/internet) 1 cachê ! 6.5 x Produção (trailer, teaser, etc) 1 cachê R$ 3000,00 6.6 x Tradução e legendagem 1 cachê !

1 PRÉ-PRODUÇÃO 1.427,11

1.1 DESPESAS DE PRODUÇÃO 927,20

1.1.1 camisola hospitalar 1 unidade 1 83,30 83,30 série de TV

1.1.2 pincel de maquiagem 1 unidade 1 26,50 26,50

1.1.3 cotonete 1 unidade 1 2,90 2,90

1.1.4 delineador 1 unidade 1 7,90 7,90

1.1.5 kit para efeitos especiais 1 unidade 1 33,90 33,90

1.1.6 discos de algodão 1 unidade 1 7,90 7,90

1.1.7 esponja 1 unidade 1 4,90 4,90

1.1.8 pó translucido 1 unidade 1 43,90 43,90

1.1.9 massa para caracterização 1 unidade 1 18,90 18,90

1.1.10 lenço demaquiante 1 unidade 1 5,90 5,90 1.1.11 latex liquido 1 unidade 1 18,90 18,90

1.1.12 sangue artificial 1 unidade 1 9,90 9,90

1.1.13 espatula 1 unidade 1 9,90 9,90

1.1.14 meia sapatilha 1 unidade 1 25,00 25,00

1.1.15 chave + chaveiro 1 unidade 1 6,00 6,00

1.1.16 corrente + cadeado 1 unidade 1 60,16 60,16

1.1.17 canva pro 1 unidade 2 35,05 70,10

1.1.18 atadura 2 unidade 1 5,29 10,58

1.1.19 tampão para olho 1 unidade 1 21,99 21,99

1.1.20 pote de vidro 1 unidade 1 15,00 15,00

1.1.21 cigarro 1 unidade 1 8,00 8,00 1.1.22 ovo de páscoa (RIFA) 1 unidade 1 75,00 75,00

1.1.23 bloco adesivo 1 unidade 1 7,90 7,90

1.1.24 fita adesiva 1 unidade 1 13,50 13,50

1.1.25 planta lirio da paz 1 unidade 1 20,49 20,49

1.1.26 caixa de presente 1 unidade 1 14,99 14,99

1.1.27 almofada 1 unidade 2 19,97 39,94

1.1.28 flor tulipa 1 unidade 1 11,99 11,99

1.1.29 flor 1 unidade 1 15,99 15,99

1.1.30 cigarro eletronico 1 unidade 1 25,00 25,00 1.1.31 pilha AA 1 unidade 1 11,99 11,99

1.1.32 fita adesiva 1 unidade 1 8,99 8,99 1.1.33 tecido para tapete 1 unidade 1 59,80 59,80

1.1.34 mesinha de centro 1 unidade 1 30,00 30,00

1.1.35 corante 1 unidade 1 5,30 5,30 1.1.36 agulha 1 unidade 1 7,39 7,39 1.1.37 pasta papel verge 1 unidade 1 17,40 17,40 1.1.38 caneca 1 unidade 2 35,00 70,00 1.2 FIGURINO 499,91

1.2.1 calça serena 1 unidade 1 161,91 161,91

1.2.2 locação de figurino 1 unidade 1 130,00 130,00 1.2.3 aluguel roupa do márcio 1 unidade 1 208,00 208,00 2 Produção e Filmagem 1.709,00 2.1

Descrição dos Itens Quantidade Unidade Quantidade Item Valor TOTAL
Alessandro ator (MARCIO) 1 diária 1
2.1.2 Gisele (DR. ANDREA) 1 diária 1
2.1.3
(ELISA) 1 diária 1
Jennifer
1 diária 1
1 diária 2
2.1.6 Nadir
1 diária 1 100,00
2.1.7 Whintney
1 diária 10
2.2 FIGURAÇÃO
2.2.1 Talita
DA SERENA) 1 diária 1 50,00
2.3
1 diária 3
524,40 2.4.1 água mineral 1 diária 14 2,75 38,45 2.4.2 almoço equipe (DIÁRIA 21/09) 1 diária 3 22,90 68,70 2.4.3 almoço equipe
25/09) 1 diária 2 34,00
2.4.4 almoço equipe
03/10) 1 diária 2 34,00
2.4.5
1 diária 1 3,50
2.4.6 mesa
04/10) 1 diária 5 20,00
Itens ORÇAMENTO REAL - PROJETO 53R3N4
ELENCO PRINCIPAL 700,00 2.1.1
100,00 100,00
100,00 100,00
Jamile
100,00 100,00 2.1.4
(MARTA)
100,00 100,00 2.1.5 Marcos (BATISTA)
100,00 200,00
(IVONE)
100,00
(SERENA)
0,00 0,00
50,00
(MÃE
50,00
MAQUIAGEM 100,00 2.3.1 Aline Massarente
33,33 100,00 2.4 ALIMENTAÇÃO
(DIÁRIA
68,00
(DIÁRIA
68,00
café preto (DIÁRIA 03/10)
3,50
café da manhã (DIÁRIA
100,00

2.4.7 lanche para equipe (DIÁRIA 10/10) 1 diária 1 50,00 50,00

2.4.8 almoço maquiadora 1 diária 1 25,00 25,00

2.4.9 lanche (CASA LOCOMOTIVA) 1 diária 1 102,75 102,75

2.5 TRANSPORTE 234,60

2.5.1 Alessandro (MARCIO) - ATOR 1 diária 1 17,60 17,60 2.5.2 Gisele (DR. ANDREA) 1 diária 1 10,00 10,00

2.5.3 Jamile (ELISA) 1 diária 1 25,00 25,00

2.5.4 Jennifer (MARTA) 1 diária 1 8,80 8,80 2.5.5 Marcos (BATISTA) 1 diária 2 17,00 34,00

2.5.6 Nadir (IVONE) 1 diária 1 10,00 10,00 2.5.7 Gabriel (FIGURANTE) 1 diária 1 10,00 10,00 2.5.8 Pedro (FIGURANTE) 1 diária 2 5,00 10,00

2.5.9 Roger (FIGURANTE) 1 diária 1 13,20 13,20 2.5.10 Sidney junior (FIGURANTE) 1 diária 1 8,80 8,80 2.5.11 Talita (FIGURANTE) 1 diária 1 20,00 20,00 2.5.12 Karen (FIGURANTE) 1 diária 1 10,00 10,00 2.5.13 Victor (FIGURANTE) 1 diária 1 8,80 8,80 2.5.14 Kelly (FIGURANTE) 1 diária 1 22,00 22,00 2.5.15 Aline Massarente (MAQUIADORA) 1 diária 3 8,80 26,40 2.6 DESPESAS DE PRODUÇÃO 100,00 2.6.1 vigilante 1 diária 1 100,00 100,00 3 Pós-Produção 420,10 3.1

4.1.1 logo da produtora 1 unidade 1 110,00 110,00 4.4.2 canva pro 1 unidade 1 35,05 70,10 4.4.3 estúdio de som / efeitos sonoros 1 diária 1 200,00 200,00 4.4.4 cópias e encadernações 1 diária 1 20,00 20,00 4.4.5 correção da biblia de produção 1 diária 1 20,00 20,00 R$ 3.556,21 Total Geral

ORDEM DO DIA - DIA 7 - 03/10

TÍTULO: Projeto 53R3N4 TEMPORADA: 1º EPISÓDIO: Piloto (REPETIÇÃO) DIRETOR: Whintney Polato PRODUTORA: Corporação AAAH PRODUÇÃO EXECUTIVA: Bruna Farias DATA: 03/10/2022 Segunda feira CLIMA: 14°/20° COM PREVISÃO DE FRIO E CHUVAS EM 50%

EQUIPE PROFISSIONAL CONTATO HORA

Locação 01:

Diretor Whintney Polato (11) 94152 7888 08:00 Piso Térreo Cruzeiro do Sul Liberdade

1 Ass. de direção Glória Barbosa (11) 98823 4155 08:00 Locação 02:

2 Ass. de direção Sidney Liberal (11) 98180 3755 08:00 3 andar, bloco B Estúdio de Fotografia Cruzeiro do Sul Liberdade

Direção de Fotografia Gabriel Barboza (11) 98637 4676 08:00 Locação 03:

Direção de Arte Kelly França (11) 98995 9376 08:00 5 andar, bloco B Lab. de Enfermagem Cruzeiro do Sul Lib. Cont: Emilyn

Produção Sidney Liberal (11) 98180 3755 08:00 Locação 04 Câmera Gabriel Barboza (11) 98637 4676 08:00

Maquiagem Aline Massarente 08:00 MARCAÇÃO DAS LOCAÇÕES

Figurino Kelly França (11) 98995 9376 08:00 LOCAÇÃO 01:

Captação / Técnica de Som Sidney Liberal (11) 98180 3755 08:00

03:

Produção de Elenco Glória Barbosa (11) 98823 4155 08:00 INTERVALO INTERVALO

Assist. de Produção Bruna Farias (11) 98381 6155 08:00

1
INT(X ) EXT ( ) LOCAÇÃO
INT( ) EXT ( )
LOCAÇÃO
INT(
EXT
LOCAÇÃO
PERSONAGEM: ELENCO: CONTATO CHEGADA NO SET:
HOSPITAL MAIS PRÓXIMO
02:
)
( )
04: INT( ) EXT ( )
Dra. Andréa Gisele da Silva 08:30 Márcio Alessandro dos Santos 08:30 Marta Jennifer dos Santos 08:30

● OSWALDO CRUZ - RUA JOAQUIM, 94 - (11) 3549-1999.

RODÍZIO DE CARROS

COMO CHEGAR LOCAÇÃO

Metrô São Joaquim Siga na direção sul na Av. Liberdade em direção a R. São Joaquim. Desça a R. São Joaquim, vire à direita na R. Galvão Bueno e vá até o número 868.

#16

CRONOGRAMA

INT. LABORATÓRIO 101/ALA SECRETA . DIA

● Márcio e Dra. Andréa conversam na frente de uma porta. Dra. Andréa acende um CIGARRO, enquanto conversam. Olhos vermelhos observam os dois por trás da porta.

● CENA GRANDE!!!

#23 INT. EMISSORA DE TV/ESTÚDIO. DIA

● Marta entrevista a Dra. Andréa.

● Estúdio somente disponível das 13h às 17h.

#24 INT. EMISSORA DE TV/ESTÚDIO/PORTA DE SAÍDA. DIA

2

● Márcio interpela a Dra. Andréa assim que a entrevista acaba, e conversam perto da porta de saída do estúdio.

● Estúdio somente disponível das 13h às 17h. #10 INT. LABORATÓRIO 101/PORTA DO CORREDOR. DIA

● Márcio e Dra. Andréa conversam na frente de uma das portas arrombadas na noite anterior. A maçaneta está quebrada, Dra. Andréa entra, mas Márcio não. A luz amarelo dourada começa a emanar.

● Lab. de Enfermagem disponível das 17h às 19h.

● Contato Lab: Emilyn (11) 3385 3011 Ramal: 3011 08:00 Início da Produção 08:30 Beleza dos atores 10:00 REC #16 11:30 Fim de REC #16 12:00 INTERVALO + Produção Estúdio 14:00 REC #23 15:30 Fim de REC #23 15:45 REC #24 16:45 Fim de REC #24 17:00 Produção Lab Enfermagem 17:45 REC #10 18:45 Fim de REC #10 19:00 Desprodução. CENÁRIO/OBJETOS

3
DE CENA/FIGURINOS ● AUTORIZAÇÃO DOS ATORES PARA ENTRAREM NA CRUZEIRO DO SUL; ● PARA DRA. ANDRÉA: JALECO, CIGARRO E ISQUEIRO; ● PARA MÁRCIO: ROUPA SOCIAL; ● CENA #16 OLHOS VERMELHOS; ● ESTÚDIO POLTRONAS, CANECAS, FICHAS;

OBSERVAÇÕES

● Todos os atores principais receberam ajuda de custo, no valor simbólico de R$ 100,00.

● Autorizações de Imagem para os atores e participações especiais.

4
CENA #10 LUZ AMARELO DOURADA, CHAVES NO BOLSO DA DRA. ANDRÉA E PORTA QUEBRADA COM MAÇANETA NO CHÃO.

ORDEM DO DIA - DIA 8 - 04/10

TÍTULO: Projeto 53R3N4 TEMPORADA: 1º EPISÓDIO: Piloto (REPETIÇÃO) DIRETOR: Whintney Polato PRODUTORA: Corporação AAAH PRODUÇÃO EXECUTIVA: Bruna Farias DATA: 04/10/2022 Terça feira CLIMA: 13°/19° COM PREVISÃO DE FRIO E PANCADAS DE CHUVA

EQUIPE PROFISSIONAL CONTATO HORA

Locação 01:

Diretor Whintney Polato (11) 94152 7888 08:30 Casa do Sidão Rua Araracanga, 306

1 Ass. de direção Glória Barbosa (11) 98823 4155 08:30 Locação 02:

2 Ass. de direção Sidney Liberal (11) 98180 3755 08:30 Casa do Sidão Garagem Direção de Fotografia Gabriel Barboza (11) 98637 4676 08:30 Locação 03:

Direção de Arte Kelly França (11) 98995 9376 08:30 Produção Sidney Liberal (11) 98180 3755 08:30 Locação 04

Câmera Gabriel Barboza (11) 98637 4676 08:30 Maquiagem Kelly França (11) 98995 9376 08:30 MARCAÇÃO DAS LOCAÇÕES

Figurino Kelly França (11) 98995 9376 08:30

Captação / Técnica de Som Sidney Liberal (11) 98180 3755 08:30

Produção de Elenco Glória Barbosa (11) 98823 4155 08:30 INTERVALO INTERVALO Assist. de Produção Bruna Farias (11) 98381 6155 08:30

1
INT(
EXT
LOCAÇÃO 01:
)
( X ) LOCAÇÃO 03: INT( ) EXT ( )
LOCAÇÃO 02: INT( X ) EXT ( ) LOCAÇÃO 04: INT( ) EXT ( ) PERSONAGEM: ELENCO: CONTATO CHEGADA NO SET: Serena Whintney Polato 08:30 Sra. Ivone Nadir 09:00 Trombadinha 08:30 HOSPITAL MAIS PRÓXIMO

RODÍZIO DE CARROS

COMO CHEGAR - LOCAÇÃO 01 e 02

Metrô Arthur Alvim – Sair pelo lado esquerdo da catraca, e no terminal de ônibus pegar qualquer um que suba a avenida Águia de Haia. Descer no ponto do supermercado Chama (7 parada), em seguida descer a rua Guaraxaim até o final, depois virar à direita na rua Araracanga,siga até o endereço 306.

2
● AMA 24h Jardim Nordeste - Rua Nicoló Tartáglia, 45 - Arthur Alvim.

CRONOGRAMA

#15 EXT. CASA DE IVONE/RUA DA FRENTE. DIA

● Dona Ivone e Serena estão conversando, e o trombadinha passa roubando o celular da senhora.

#17 EXT. RUA SEM SAÍDA. DIA

● Serena toma um soco no olho do trombadinha, mas bate nele, recupera o celular e ainda pega o maço de cigarros da calça dele.

#18 EXT. CASA DE IVONE/RUA DA FRENTE. DIA

● Serena devolve o celular para Dona Ivone e ganha 5 reais da senhora.

08:30

Beleza dos atores 09:30 REC #17 10:15

Fim de REC #17 10:30 REC #15 11:15

Fim de REC #15 11:30 REC #18 12:30

Fim de REC #18 13:00 Desprodução.

CENÁRIO/OBJETOS DE CENA/FIGURINOS

● SACOLAS DE MERCADO, BOLSA NO OMBRO, MAÇÃS QUE CAEM DA SACOLA, CELULAR DE IVONE.

● OLHO ROXO, CELULAR DEVOLVIDO E O MAÇO DE CIGARROS.

● CELULAR DEVOLVIDO PARA SENHORA, NOTA DE 5 REAIS, BOLSA DE IVONE E A MAÇA ROUBADA NO BOLSO.

OBSERVAÇÕES

● Todos os atores principais receberam ajuda de custo, no valor simbólico de R$ 100,00.

3

● Autorizações de Imagem para os atores e participações especiais.

4

ORDEM DO DIA - DIA 9 - 07/10

TÍTULO: Projeto 53R3N4 TEMPORADA: 1º EPISÓDIO: Piloto (REPETIÇÃO) DIRETOR: Whintney Polato PRODUTORA: Corporação AAAH PRODUÇÃO EXECUTIVA: Bruna Farias DATA: 07/10/2022 Sexta feira CLIMA: 15°/26° NUBLADO COM PANCADAS ESPARSAS DE CHUVA

EQUIPE PROFISSIONAL CONTATO HORA

Locação 01:

Diretor Whintney Polato (11) 94152 7888 12:30 5 andar, bloco B Lab. de Enfermagem Cruzeiro do Sul Lib. Cont: Emilyn

1 Ass. de direção Glória Barbosa (11) 98823 4155 12:30 Locação 02:

2 Ass. de direção Sidney Liberal (11) 98180 3755 12:30

Direção de Fotografia Gabriel Barboza (11) 98637 4676 12:30 Locação 03:

Direção de Arte Kelly França (11) 98995 9376 12:30 Produção Sidney Liberal (11) 98180 3755 12:30 Locação 04

Câmera Gabriel Barboza (11) 98637 4676 12:30

Maquiagem Aline Massarente 12:30 MARCAÇÃO DAS LOCAÇÕES

Figurino Kelly França (11) 98995 9376 12:30 LOCAÇÃO 01:

03:

)

( )

) EXT ( ) Captação / Técnica de Som Sidney Liberal (11) 98180 3755 12:30

Produção de Elenco Glória Barbosa (11) 98823 4155 12:30 INTERVALO INTERVALO Assist. de Produção Bruna Farias (11) 98381 6155 12:30

1
INT(X
EXT
LOCAÇÃO
INT(
LOCAÇÃO 02: INT( ) EXT ( ) LOCAÇÃO 04: INT( ) EXT ( ) PERSONAGEM: ELENCO: CONTATO CHEGADA NO SET: Dra. Rebecca Karen Cardoso 13:00 Serena Whintney Polato 13:00 Mãe de Serena Talita de Souza 13:00 HOSPITAL MAIS PRÓXIMO

● OSWALDO CRUZ RUA JOAQUIM, 94 (11) 3549 1999.

RODÍZIO DE CARROS

COMO CHEGAR - LOCAÇÃO

Metrô São Joaquim Siga na direção sul na Av. Liberdade em direção a R. São Joaquim. Desça a R. São Joaquim, vire à direita na R. Galvão Bueno e vá até o número 868.

CRONOGRAMA

● Lab. de Enfermagem disponível das 13h às 17h.

● Contato Lab: Emilyn (11) 3385 3011 Ramal: 3011.

#27 INT. DEVANEIO DE SERENA/MACA. DIA - (FLASHBACK)

● Mãe de Serena (com aproximadamente 30 anos) se debatendo na maca no laboratório.

#28 INT. DEVANEIO DE SERENA/INJEÇÃO. DIA (FLASHBACK)

● Dra. Rebecca, mãe de Dra. Andréa, segurando uma agulha na mão.

#30 INT. DEVANEIO DE SERENA/NECROTÉRIO. DIA (FLASHBACK)

2

● Serena acorda numa mesa de metal.

12:30

Início da Produção

13:00 Beleza dos atores

14:00 REC #27

15:00

Fim de REC #27

15:15 REC #28

15:45 Fim de REC #28

16:00 REC #30

16:30 Fim de REC #30

17:00 Desprodução.

CENÁRIO/OBJETOS DE CENA/FIGURINOS

● AUTORIZAÇÃO DOS ATORES PARA ENTRAREM NA CRUZEIRO DO SUL;

● INJEÇÃO, JALECO, LÍQUIDO AMARELO;

● AVENTAL, ATADURAS, MAQUIAGEM;

● LENÇOL.

OBSERVAÇÕES

● Todos os atores principais receberam ajuda de custo, no valor simbólico de R$ 100,00.

● Autorizações de Imagem para os atores e participações especiais.

3

ORDEM DO DIA - DIA 10 - 10/10

TÍTULO: Projeto 53R3N4 TEMPORADA: 1º EPISÓDIO: Piloto (REPETIÇÃO) DIRETOR: Whintney Polato PRODUTORA: Corporação AAAH PRODUÇÃO EXECUTIVA: Bruna Farias DATA: 10/10/2022 Segunda feira CLIMA: 17°/20° COM PREVISÃO DE CHUVA DE 80%

EQUIPE

Diretor

1 Ass. de direção

PROFISSIONAL CONTATO HORA

Locação 01:

Whintney Polato (11) 94152 7888 16:00 Casa da Whintney

Glória Barbosa (11) 98823 4155 18:00 Locação 02:

2 Ass. de direção Sidney Liberal (11) 98180 3755 18:00 Magia & Bruxaria

Direção de Fotografia

Gabriel Barboza (11) 98637 4676 16:00 Locação 03:

Direção de Arte Kelly França (11) 98995 9376 18:00

Produção Sidney Liberal (11) 98180 3755 18:00 Locação 04 Câmera Gabriel Barboza (11) 98637 4676 16:00

Maquiagem

Kelly França (11) 98995 9376 18:00

MARCAÇÃO DAS LOCAÇÕES

Figurino Kelly França (11) 98995 9376 18:00 LOCAÇÃO 01: INT( X ) EXT ( ) LOCAÇÃO 03: INT( ) EXT ( ) Captação / Técnica de Som Sidney Liberal (11) 98180 3755 18:00

Produção de Elenco

Glória Barbosa (11) 98823 4155 18:00 INTERVALO INTERVALO

LOCAÇÃO 02: INT(X) EXT ( X ) LOCAÇÃO 04: INT( ) EXT ( )

PERSONAGEM:

Serena

Batista

Whintney Polato 15:30

Marcus Anoli (21) 96934 9113 15:30

Homem (1) nocauteado Sidney Liberal 18:00

HOSPITAL MAIS PRÓXIMO

1
ELENCO: CONTATO CHEGADA NO SET:

● R. Barão do Rio Branco, 555 - Santo Amaro, São PauloSP, 04753-000 - (11) 2185-0500.

RODÍZIO DE CARROS

COMO CHEGAR - LOCAÇÃO 02

Trem Jurubatuba Siga na direção nordeste até a praça Camafeu. Na praça, pegue o ônibus Vila Guacuri (5127 10), desça na terceira parada e vá em direção ao número 853, da Av. Eng. Alberto de Zagottis.

CRONOGRAMA

#39 INT. CASA DE ELISA/SALA. DIA

● Final da CENA: BATISTA na porta.

#1 - EXT. LABORATÓRIO 101/FRENTE - NOITE

● Serena descendo do carro, fumando e entrando no Laboratório.

2
3
15:00 Produção + beleza dos
16:30 REC #39.b 17:00 Fim de REC #39.b 17:15 INTERVALO + TRASLADO 18:00 Produção Magia 18:30 REC #1.2 Externa Chegada do carro com Serena. 19:15 Fim de REC #1.2 19:30 REC #1.1 Serena e Batista entrando no Laboratório até o barulho e a luz amarela. 20:30 Fim de REC #1.1 20:45 REC #4 Serena no porta malas, dentro da garagem do Magia 21:15 Fim de REC #4 21:30 REC#5 Interna do Carro 22:00 Fim de REC #5 22:15 Desprodução. CENÁRIO/OBJETOS DE CENA/FIGURINOS ● CARRO DE LUCIANO + CARRO DE BATISTA;
● Batista seguindo a e se deparando com o portão aberto, e com o primeiro homem nocauteado, além da sala com a luz amarela dourada. #4 - EXT. LABORATÓRIO 101/ESQUINA/CARRO DE BATISTA NOITE ● Gravar no estacionamento do Magia. # 5 - INT. LABORATÓRIO 101/ESQUINA/CARRO DE BATISTA - NOITE ● Batista olha a pasta com as fotos e recebe um telefonema.
atores

● MAÇO DE CIGARROS, ISQUEIRO, PIRULITO, CELULAR (SMS), CORRENTE, CADEADO GRANDE, ARMA;

● PASTA DOURADA COM PRINTS DE VÍDEOS DE SERENA, CELULAR BATISTA.

OBSERVAÇÕES

● Produção atentar se para a LUZ AMARELA+DOURADA!

● Autorizações de Imagem para os atores;

● Todos os atores principais receberam ajuda de custo, no valor simbólico de R$ 100,00.

4

ORDEM DO DIA - DIA 1 - 13/09

TÍTULO: Projeto 53R3N4 TEMPORADA: 1º EPISÓDIO: Piloto (REPETIÇÃO) DIRETOR: Whintney Polato

PRODUTORA: Corporação AAAH PRODUÇÃO EXECUTIVA: Bruna Farias DATA:13/09/2022 Terça feira CLIMA: 16°/22° COM PREVISÃO DE CHUVA DE MADRUGADA

EQUIPE PROFISSIONAL HORA

Locação 01:

Diretor Whintney Polato 08:30 Universidade Cruzeiro do Sul Térreo

1 Ass. de direção Glória Barbosa 08:30 Locação 02: 2 Ass. de direção Sidney Liberal 08:30 Direção de Fotografia Gabriel Barboza 08:30 Locação 03: Direção de Arte Kelly França 08:30 Produção Sidney Liberal 08:30 Locação 04 Câmera Gabriel Barboza 08:30 Maquiagem Glória Barbosa 08:30

MARCAÇÃO DAS LOCAÇÕES Figurino Kelly França 08:30 LOCAÇÃO 01:

INT( X ) EXT ( )

LOCAÇÃO 03: INT( ) EXT ( ) Captação/Técnica de Som 08:30 Elenco Glória Barbosa 08:30 INTERVALO INTERVALO Ass. de Produção Bruna Farias 08:30

LOCAÇÃO 02: INT( ) EXT ( )

LOCAÇÃO 04: INT( ) EXT ( ) ELENCO: PERSONAGEM:

NO SET: CONTATOS DOS ATORES CONTATO PRODUÇÃO (11)98823 4155 Bruna (11) 98381 6155 Gabriel (11)98637 4676 Glória (11)98823 4155 Kelly (11)98995 9376 Sidney (11)98180 3755 Whintney (11)94152 7888

Glória Barbosa Serena (12 anos) 08:30 HOSPITAL MAIS PRÓXIMO

1
CHEGADA
● OSWALDO CRUZ - RUA JOAQUIM, 94 - (11) 3549-1999.
2
CARROS
Metrô São Joaquim – Siga na direção sul na Av. Liberdade em direção a R. São Joaquim. Desça a R. São Joaquim, vire à direita na R. Galvão Bueno e vá até o número 868. CRONOGRAMA #35 INT. DEVANEIO DE SERENA/CORREDOR. DIA (FLASHBACK) ● Jovem Serena (12 anos) corre no corredor escuro. 08:30 Beleza dos atores 09:00 REC 10:00 Fim de REC 10:15 Desprodução.
RODÍZIO DE
COMO CHEGAR - LOCAÇÃO 01

CENÁRIO/OBJETOS DE CENA/FIGURINOS

● Avental para Serena jovem (12 anos) OBSERVAÇÕES

● Autorizações de Imagem Glória

3

ORDEM DO DIA - DIA 2 - 15/09

TÍTULO: Projeto 53R3N4 TEMPORADA: 1º EPISÓDIO: Piloto (REPETIÇÃO) DIRETOR: Whintney Polato

PRODUTORA: Corporação AAAH PRODUÇÃO EXECUTIVA: Bruna Farias DATA:15/09/2022 Quinta feira CLIMA: 13°/16° COM PREVISÃO DE CHUVA DE 80%

EQUIPE PROFISSIONAL HORA

Locação 01:

Diretor Whintney Polato 08:30 Rua Galvão Bueno até metrô Liberdade

1 Ass. de direção Glória Barbosa 08:30 Locação 02:

2 Ass. de direção Sidney Liberal 08:30 Banheiro feminino 2 andar B Cruzeiro Liberdade

Direção de Fotografia Gabriel Barboza 08:30 Locação 03: Direção de Arte Kelly França 08:30

Produção Sidney Liberal 08:30 Locação 04 Câmera Gabriel Barboza 08:30

Maquiagem Glória Barbosa 08:30 MARCAÇÃO DAS LOCAÇÕES

Figurino Kelly França 08:30 LOCAÇÃO 01: INT( ) EXT ( X )

LOCAÇÃO 03: INT( ) EXT ( ) Captação/Técnica de Som Sidney Liberal 08:30

LOCAÇÃO 04: INT( ) EXT ( )

Bruna (11) 98381 6155

ELENCO: PERSONAGEM: CHEGADA NO SET: CONTATOS DOS ATORES CONTATO PRODUÇÃO
Elenco Glória Barbosa 08:30 INTERVALO INTERVALO Ass. de Produção 08:30 LOCAÇÃO 02: (14h às 16h) INT( X ) EXT ( ) (11)98180 3755
Gabriel (11)98637 4676 Glória (11)98823 4155
Whintney Polato Serena 09:00 Sidney Liberal Figurante 09:00 Nycolas D´alberto Figurante 09:00 Pedro Figurante 09:00

(11)98338 2974

Kelly (11)98995 9376

Sidney (11)98180 3755 Whintney (11)94152 7888

HOSPITAL MAIS PRÓXIMO

● OSWALDO CRUZ - RUA JOAQUIM, 94 - (11) 3549-1999.

RODÍZIO DE CARROS

COMO CHEGAR - LOCAÇÃO 01 e 02

Metrô São Joaquim – Siga na direção sul na Av. Liberdade em direção a R. São Joaquim. Desça a R. São Joaquim, vire à direita na R. Galvão Bueno e vá até o número 868.

CRONOGRAMA

#9 - EXT. RUAS DA CIDADE DE SÃO PAULO - DIA

● Serena agonizando, vomitando e desmaiando. #11 EXT. RUAS DA CIDADE DE SÃO PAULO DIA

● Serena acorda do desmaio e sai andando devagar.

#36 EXT. CASA DE ELISA/ARREDORES DIA

● Serena olha seu reflexo através de um vidro na rua. #13 INT. POSTO DE GASOLINA/BANHEIRO DIA ● Serena lava o rosto e encontra a tatuagem. 08:30 Maquiagem de Serena (sangue seco na testa e nuca) 09:30 REC #9 10:00 Fim de REC #9 10:15 REC #11 10:45 Fim de REC #11 11:00 REC #36 11:30 Fim de REC #36 11:35 INTERVALO 13:00 Maquiagem + Produção 14:00 REC #13 15:00 Fim de REC #13 16:00 Desprodução. CENÁRIO/OBJETOS DE

CENA/FIGURINOS ● Tatuagem no antebraço direito de Serena, rosto sujo de sangue: 53R3N4 ● ISQUEIRO, MAÇO DE CIGARROS com apenas 1 CIGARRO ● 2 PIRULITOS ● 1 CHAVEIRO com DUAS CHAVES e a TAG com: Akangatu, 608. OBSERVAÇÕES ● Ajuda de Custo Todos os figurantes tiveram uma ajuda de transporte.

ORDEM DO DIA - DIA 3 - 19/09

TÍTULO: Projeto 53R3N4 TEMPORADA: 1º EPISÓDIO: Piloto (REPETIÇÃO) DIRETOR: Whintney Polato PRODUTORA: Corporação AAAH PRODUÇÃO EXECUTIVA: Bruna Farias DATA: 19/09/2022 Segunda feira CLIMA: 15°/24° COM BAIXA PREVISÃO DE CHUVA

EQUIPE

PROFISSIONAL CONTATO HORA

Locação 01:

Diretor Whintney Polato (11) 94152 7888 14:00 Casa da Whintney Arredores

1 Ass. de direção Glória Barbosa (11) 98823 4155 14:00 Locação 02:

2 Ass. de direção Sidney Liberal (11) 98180 3755 14:00 Posto de Gasolina Vila Prudente

Direção de Fotografia Gabriel Barboza (11) 98637 4676 14:00 Locação 03:

Direção de Arte Kelly França (11) 98995 9376 14:00

Produção Sidney Liberal (11) 98180 3755 14:00 Locação 04 Câmera Gabriel Barboza (11) 98637 4676 14:00

Maquiagem

Kelly França (11) 98995 9376 14:00

MARCAÇÃO DAS LOCAÇÕES

Figurino Kelly França (11) 98995 9376 14:00 LOCAÇÃO 01: INT( ) EXT (X ) LOCAÇÃO 03: INT( ) EXT ( ) Captação / Técnica de Som Sidney Liberal (11) 98180 3755 14:00

Produção de Elenco Glória Barbosa (11) 98823 4155 14:00 INTERVALO INTERVALO LOCAÇÃO 02: INT(X ) EXT ( ) LOCAÇÃO 04: INT( ) EXT ( )

Serena Whintney Polato 14:00 Vitor (frentista) Wilson dos Santos 16:00

1
PERSONAGEM: ELENCO: CONTATO CHEGADA NO SET:
HOSPITAL MAIS PRÓXIMO

● Hospital Dia da Rede Hora Certa Vila Prudente - Praça do Centenário de Vila Prudente, 108.

RODÍZIO DE CARROS

COMO CHEGAR - LOCAÇÃO 01 e 02

Metrô Vila Prudente Siga na direção oeste na avenida Professor Luiz Ignácio Anhaia Mello em direção a rua Ibitirama, vire à esquerda na rua Ibitirama, siga até a Praça Dr. Heráclito Corrêa de Freitas Neto, o número 608 estará à direita da praça.

CRONOGRAMA

#12 INT. POSTO DE GASOLINA/LOJA DE CONVENIÊNCIA. DIA

● Serena entra no posto de gasolina e pede para ir ao banheiro, o frentista se assusta com o sangue no rosto da garota.

#14

EXT. PRAÇA. DIA

2

● Serena fuma na praça e olha para a TAG com o endereço, pensativa.

#19 EXT. CASA DA ELISA/RUA DA FRENTE. DIA

● Serena vem do ponto de ônibus e entra na casa de Elisa.

14:00

Início da Produção 14:30 Beleza dos atores 15:30 REC #12 16:30

Fim de REC #12 16:45 REC #14 17:20

Fim de REC #14 17:30 REC #19 18:00 Fim de REC #19

18:15 Produção de Fotos de Serena em luta 18:45 Desprodução.

CENÁRIO/OBJETOS DE CENA/FIGURINOS

● MAÇO DE CIGARROS, ISQUEIRO, PIRULITO, CHAVEIRO COM TAG;

● CHAVE DO BANHEIRO DO POSTO DE GASOLINA;

● MAQUIAGEM DE SANGUE NO ROSTO.

OBSERVAÇÕES

● Autorizações de Imagem para os atores e participações.

3

ORDEM DO DIA - DIA 4 - 21/09

TÍTULO: Projeto 53R3N4 TEMPORADA: 1º EPISÓDIO: Piloto (REPETIÇÃO) DIRETOR: Whintney Polato PRODUTORA: Corporação AAAH PRODUÇÃO EXECUTIVA: Bruna Farias DATA: 21/09/2022 Quarta feira CLIMA: 17°/21° COM CHUVA E VENTO 50%

EQUIPE PROFISSIONAL CONTATO HORA

Diretor

1 Ass. de direção

Locação 01:

Whintney Polato (11) 94152 7888 10:00 Casa Locomotiva

Glória Barbosa (11) 98823 4155 10:00 Locação 02:

2 Ass. de direção Sidney Liberal (11) 98180 3755 10:00

Direção de Fotografia Gabriel Barboza (11) 98637 4676 10:00 Locação 03:

Direção de Arte Kelly França (11) 98995 9376 10:00

Produção Sidney Liberal (11) 98180 3755 10:00 Locação 04

Câmera Gabriel Barboza (11) 98637 4676 10:00

Maquiagem 10:00 MARCAÇÃO DAS LOCAÇÕES

Figurino Kelly França (11) 98995 9376 10:00 LOCAÇÃO 01: INT( X ) EXT ( ) LOCAÇÃO 03: INT( ) EXT ( ) Captação / Técnica de Som 10:00

Produção de Elenco Glória Barbosa (11) 98823 4155 10:00 INTERVALO INTERVALO Ass. de Produção Bruna Farias (11) 98381 6155 10:00

LOCAÇÃO 02: INT( ) EXT ( ) LOCAÇÃO 04: INT( ) EXT ( )

PERSONAGEM:

ELENCO: CONTATO CHEGADA NO SET:

Batista

Marcus Anoli (21) 96934 9113 15:00

Homem (2) pirulito no olho Pedro de Moura 15:00

Serena Whintney Polato 15:00

Homem (3) com a arma na mão Sidney Liberal 15:00

Serena criança (12 anos) Glória Barbosa

1

HOSPITAL MAIS PRÓXIMO

● Hospital Anglo Brasileiro - R. Mundo Novo, 15 - Perdizes.

RODÍZIO DE CARROS

COMO CHEGAR - LOCAÇÃO

Metrô Vila Madalena – Saia pelo Terminal de ônibus e siga na direção da Rua Marinho Falcão, depois pela travessa Tim Maia e vire à esquerda na rua Girassol, siga até o número 973.

2
Enfermeiros da Cena de luta Kaian Brandão e

CRONOGRAMA

#2 INT. LABORATÓRIO 101/CORREDOR. NOITE

● Batista passa pelo homem (2) com o pirulito no olho após ouvir o barulho e chega até o galpão do laboratório.

#3 INT. LABORATÓRIO 101/GALPÃO. NOITE

● Batista quebra o recipiente de vidro e Serena toma o tiro na testa

#33 INT. DEVANEIO DE SERENA/LUTA. DIA (FLASHBACK)

● Luta de Serena contra os enfermeiros da Serena criança.

#29 INT. DEVANEIO DE SERENA/TIRO NA NUCA. DIA (FLASHBACK)

● Serena toma um tiro na nuca.

10:00

12:00

Início da Produção

INTERVALO

14:00 Beleza dos atores

3

15:00 REC #33

16:30

Fim de REC #33

17:00 REC #29

18:00

Fim de REC #29 19:00 REC #2

19:45

Fim de REC #2 20:00 REC#3 21:30 Fim de REC #3 22:00 Desprodução.

CENÁRIO/OBJETOS DE CENA/FIGURINOS

● MAQUIAGEM DO PIRULITO ENFIADO NOS OLHOS;

● OBJETO DE MADEIRA QUEBRADO (CADEIRA, MESA, PALETE);

● CAIXAS, OBJETOS DE ESTOQUE NO GALPÃO, COLCHÃO PARA DUBLÊS CAÍREM;

● ARMA DO HOMEM (3) QUE DISPARA, RECIPIENTE DE VIDRO QUE QUEBRA NO CHÃO.

● AVENTAL SERENA CRIANÇA, ROUPA ENFERMEIROS SEM ROSTO.

OBSERVAÇÕES

● Lugar para dublês caírem;

● Autorizações de Imagem para os atores;

● Todos os atores principais receberam ajuda de custo, no valor simbólico de R$ 100,00.

4

ORDEM DO DIA - DIA 5 - 24/09

TÍTULO: Projeto 53R3N4 TEMPORADA: 1º EPISÓDIO: Piloto (REPETIÇÃO) DIRETOR: Whintney Polato PRODUTORA: Corporação AAAH PRODUÇÃO EXECUTIVA: Bruna Farias DATA: 24/09/2022 Sábado CLIMA: 10°/20° ENSOLARADO COM ALGUMAS NUVENS

EQUIPE

Diretor

1 Ass. de direção

PROFISSIONAL CONTATO HORA

Locação 01:

Whintney Polato (11) 94152 7888 08:30 Igreja da Graça de Deus Itaquera

Glória Barbosa (11) 98823 4155 08:30 Locação 02:

2 Ass. de direção Sidney Liberal (11) 98180 3755 08:30 Casa da Whintney

Direção de Fotografia

Gabriel Barboza (11) 98637 4676 08:30 Locação 03:

Direção de Arte Kelly França (11) 98995 9376 08:30

Produção Sidney Liberal (11) 98180 3755 08:30 Locação 04

Câmera Gabriel Barboza (11) 98637 4676 08:30

Maquiagem

Kelly França (11) 98995 9376 08:30

MARCAÇÃO DAS LOCAÇÕES

Figurino Kelly França (11) 98995 9376 08:30 LOCAÇÃO 01: INT( X ) EXT ( ) LOCAÇÃO 03: INT( ) EXT ( ) Captação / Técnica de Som 08:30

Produção de Elenco

Glória Barbosa (11) 98823 4155 08:30 INTERVALO INTERVALO Ass. de Produção Bruna Farias (11) 98381 6155 08:30

LOCAÇÃO 02: INT( ) EXT (X ) LOCAÇÃO 04: INT( ) EXT ( ) PERSONAGEM: ELENCO:

Serena

Whintney Polato 08:30

Jovem assaltada Bruna Farias 08:30 Homem (1) 12:00 Homem (2) 12:00

1
CONTATO CHEGADA
NO SET:

RODÍZIO DE CARROS

HOSPITAL MAIS PRÓXIMO - LOCAÇÃO 01

● UPA 24h Itaquera - Av. Miguel Ignácio Curi, 44 - (11) 47805081.

COMO CHEGAR - LOCAÇÃO 01

Metrô Itaquera – Saia pelo Terminal Metrô Itaquera Sul e pegue o ônibus Jardim Santana (374V 10). Desça na primeira parada, a avenida José Pinheiro Borges e siga na direção da rua Gregório Ramalho, depois vire à esquerda na rua Gregório Ramalho, e depois à direita para a rua Victório Santim, siga até o número 57, na Igreja Internacional da Graça de Deus Itaquera.

HOSPITAL MAIS PRÓXIMO - LOCAÇÃO 02

2

● Hospital Dia da Rede Hora Certa Vila Prudente - Praça do Centenário de Vila Prudente, 108.

COMO CHEGAR - LOCAÇÃO 02

Metrô Vila Prudente Siga na direção oeste na avenida Professor Luiz Ignácio Anhaia Mello em direção a rua Ibitirama, vire à esquerda na rua Ibitirama, siga até a Praça Dr. Heráclito Corrêa de Freitas Neto, o número 608 estará à direita da praça.

CRONOGRAMA

#7 INT. ESTACIONAMENTO/CARRO DE BATISTA/PORTA MALAS. DIA

● Serena sai do porta malas do carro com dificuldade e desespero.

● Sangue na testa e rosto.

#8 - INT. ESTACIONAMENTO/CARRO DE BATISTA. DIA

● Serena se incomoda com a claridade, sangue seco da testa e desce o rosto, COSPE SANGUE cambaleando pelo estacionamento, até sair.

#26 EXT. CASA DE ELISA/ARREDORES/BECO. DIA

● Serena sai da casa de Elisa correndo atordoada e para pra fumar o cigarro que pegou do trombadinha.

● A fumaça vira o devaneio.

3

#34 EXT. CASA DE ELISA/ARREDORES/BECO. DIA

● Serena volta a si depois do devaneio e vê os homens no chão machucados, e a jovem com as roupas rasgadas filmando e sai correndo.

#38 EXT. CASA DA ELISA/FACHADA. DIA

frente da

fundo e

4
Serena para na
porta de Elisa, respira
entra. 08:30 Início da Produção 08:45 Beleza dos atores 09:00 REC #7 09:30 Fim de REC #7 09:45 REC #8 10:15 Fim de REC #8 10:30 Desprodução. 10:45 TRANSLADO PARA LOCAÇÃO 02 12:00 INTERVALO 12:30 Beleza dos atores + Maquiagem 13:00 REC#26 13:30 Fim de REC #26 13:45 REC#34 14:45 Fim de REC #34 15:00 REC#38 15:30 Fim de #38 16:00 Preparação Diária 25/09. 19:00 Desprodução. CENÁRIO/OBJETOS DE CENA/FIGURINOS

● ESTACIONAMENTO MAQUIAGEM DO SANGUE DO TIRO NA TESTA QUE ESCORRE PELO ROSTO; CARRO DE BATISTA.

● ESTACIONAMENTO SANGUE PARA SERENA CUSPIR;

● BECO CIGARRO, ISQUEIRO.

● BECO BOLSA, OBJETOS PESSOAIS ESPALHADOS, ROUPA RASGADA, CELULAR PARA FILMAR; MAQUIAGEM DOS HOMENS QUE APANHAM.

● PORTA CHAVEIRO COM A TAG.

OBSERVAÇÕES

● Autorizações de Imagem para os atores;

● Todos os atores principais receberam ajuda de custo, no valor simbólico de R$ 100,00.

5

ORDEM DO DIA - DIA 6 - 25/09

TÍTULO: Projeto 53R3N4 TEMPORADA: 1º EPISÓDIO: Piloto (REPETIÇÃO) DIRETOR: Whintney Polato PRODUTORA: Corporação AAAH PRODUÇÃO EXECUTIVA: Bruna Farias DATA: 25/09/2022 Domingo CLIMA: 15°/22° COM BAIXA PREVISÃO DE CHUVA E CÉU ENCOBERTO

EQUIPE

PROFISSIONAL

CONTATO HORA

Locação 01:

Diretor Whintney Polato (11) 94152 7888 08:30 Casa da Whintney

1 Ass. de direção Glória Barbosa (11) 98823 4155 08:30 Locação 02:

2 Ass. de direção Sidney Liberal (11) 98180 3755 08:30

Direção de Fotografia Gabriel Barboza (11) 98637 4676 08:30 Locação 03:

Direção de Arte Kelly França (11) 98995 9376 08:30

Produção Sidney Liberal (11) 98180 3755 08:30 Locação 04 Câmera Gabriel Barboza (11) 98637 4676 08:30

Maquiagem

Kelly França (11) 98995 9376 08:30

MARCAÇÃO DAS LOCAÇÕES

Figurino Kelly França (11) 98995 9376 08:30 LOCAÇÃO 01: INT(X ) EXT ( )

LOCAÇÃO 03: INT( ) EXT ( ) Captação / Técnica de Som Sidney Liberal (11) 98180 3755 08:30

Produção de Elenco Glória Barbosa (11) 98823 4155 08:30 INTERVALO INTERVALO

LOCAÇÃO 02: INT( ) EXT ( ) LOCAÇÃO 04: INT( ) EXT ( )

Serena

Elisa

Whintney Polato 09:00

Jamile Guedes (11) 95286 1479 09:00

Batista Marcus Anoli (21) 96934 9113 remota

HOSPITAL MAIS PRÓXIMO

1
PERSONAGEM: ELENCO: CONTATO CHEGADA NO SET:

● Hospital Dia da Rede Hora Certa Vila Prudente - Praça do Centenário de Vila Prudente, 108.

RODÍZIO DE CARROS

COMO CHEGAR - LOCAÇÃO

Metrô Vila Prudente Siga na direção oeste na avenida Professor Luiz Ignácio Anhaia Mello em direção a rua Ibitirama, vire à esquerda na rua Ibitirama, siga até a Praça Dr. Heráclito Corrêa de Freitas Neto, o número 608 estará à direita da praça.

CRONOGRAMA

#21 INT. CASA DE ELISA/QUARTO DE SERENA. DIA

● Serena sobe as escadas e entra no seu quarto, vê tudo bagunçado, roupas espalhadas, cinzeiro cheio de bitucas, além de vários papéis espalhados. Anotações sobre a Corporação Healer e Healexina.

● PRODUÇÃO DO QUARTO

#25 INT. CASA DE ELISA/QUARTO DE SERENA. DIA

2

● Elisa e Serena conversam. Elisa começa a fumar dentro do quarto.

● CENA GRANDE !!!

#20 INT. CASA DE ELISA/SALA. DIA

● Serena entra na casa de Elisa, não reconhece nada, e as duas conversam, até Serena subir para o quarto correndo.

● Serena tem o olho levemente roxo pela luta com o trombadinha.

● CENA GRANDE !!!

#37 INT. CASA DE ELISA/SALA. DIA

● Elisa sozinha contemplando as cartas antigas.

#39 INT. CASA DE ELISA/SALA. DIA

● Elisa está tomando chá e com uma bolsa de gelo na cabeça pela pancada de Serena. Serena entra na casa e as duas conversam até a campainha tocar.

● Tentar gravar o BATISTA do lado de fora da porta no dia 10/10.

da

3
08:30 Início
Produção 09:30 Beleza dos atores 10:00 REC #21 10:30 Fim de REC #21 10:45 REC #25 12:15 Fim de REC #25 12:30 INTERVALO 13:30 REC #20 15:00 Fim de REC #20 15:15 REC #37 16:45 Fim de REC #37 17:00 REC #39 18:30 Fim de REC #39 19:00 Desprodução. CENÁRIO/OBJETOS DE CENA/FIGURINOS ● TATUAGEM NO BRAÇO DE SERENA ANTEBRAÇO DIREITO;

● MAQUIAGEM LEVE DE OLHO ROXO PARA CENAS 20, 21 E 25 QUE VAI SUMINDO;

● CAIXAS DE PAPELÃO E OBJETOS ESPALHADOS PELA SALA;

● QUARTO POSSUI MUITA ROUPA REVIRADA NO CHÃO, JORNAIS, PAPÉIS AVULSOS E REVISTAS ESPALHADAS. UM COMPUTADOR NUMA ESCRIVANINHA;

● NA ESRIVANINHA DO QUARTO TEMOS UM CINZEIRO CHEIO DE BITUCAS, UM ISQUEIRO E UM MAÇO DE CIGARROS FECHADO. POST ITS COLADOS NAS PAREDES E AO REDOR DO LUGAR;

● NAS PAREDES DO QUARTO AINDA TEMOS REPORTAGENS E RECORTES DE JORNAIS QUE FALAM SOBRE A CORPORAÇÃO HEALER E O REMÉDIO HEALEXINA;

● CADEIRA DE MADEIRA PARA SER QUEBRADA NA CENA 25;

● CAIXINHA ANTIGA COM CARTÕES POSTAIS E CARTAS.

● CARTÃO DE AMOR COM A FRASE:

○ “NOSSO AMOR É A PROVA DA ETERNIDADE, O NOSSO CICLO SEM FIM. NOSSO AMOR É PRA SEMPRE, MINHA ESCOLHA SEMPRE SERÁ VOCÊ.

○ COM AMOR, PEDRO”.

● PARA CENA 39: BOLSA DE GELO, XÍCARA DE CHÁ.

OBSERVAÇÕES

● Todos os atores principais receberam ajuda de custo, no valor simbólico de R$ 100,00.

● Autorizações de Imagem para os atores e participações especiais.

4

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