Canta Comigo - Aurora Estúdios

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Nossos agradecimentos aos orientadores Profa. Dra. Patricia Assuf Nechar, Prof. Me. Alexandre Henrique e Prof. Me. Luis Carlos Soares, por terem nos orientado durante essa jornada da idealização e execução deste documentário. Também nossos mais singelos agradecimentos ao Paulo Eduardo Lopes, mais conhecido como Chef Padu, dono do Gastrobar Melts, e a Mônica Uezono, dona do Restaurante e Karaokê Samurai, por nos fornecer a honra de gravar e separar seu precioso tempo para nos receber. Agradecemos a todos os integrantes do Núcleo de Comunicação, Familiares e Amigos. E por fim agradecemos a todos aqueles que cantaram nos Karaokês e permitiram o uso de sua imagem. Sem vocês nada disso seria possível.





A logomarca da Produtora Aurora Estúdios tem a intenção de ir além do nosso olhar, que é representado pelo olho da lente, na qual usamos para representar o melhor do audiovisual. Mostrar que sempre existirá um modo diferente de olhar o mundo e que um novo dia, cheio de novas possibilidades existirá quando acontecer uma Aurora.


Nossa paleta de cores representa tanto a Aurora do Alvorecer, com tons quentes como o amarelo, laranja e vermelho; quanto a Aurora Boreal, com tons mais frios como o azul e o verde, já que ambas precisam da luz para existir, cientificamente falando. O preto está incluído na nossa paleta de cores em homenagem à antiga Produtora Lumiére, que era a produtora na qual a maioria dos membros fez parte e agora se tornou a Produtora Aurora Estúdios.


Desenvolver profissionalmente cada um dos nossos integrantes e proporcionar experiências únicas a cada pessoa que se interessar em ter a sensação de viver uma Aurora.

Criar e produzir conteúdo audiovisual com qualidade, focando sempre em entreter, informar, emocionar pessoas, transmitir sensações através de boas narrativas, repletas de experiências e olhares diversos sobre o mundo.


Ter paixão pela comunicação, transmitindo-a de forma clara e objetiva, sempre prezando pela liberdade e o respeito à expressão artística. Defendemos um ambiente que compactua com o respeito às diversidades, sejam religiosas, sociais, de gênero ou éticas, sendo fiéis a quem somos e ao que fazemos, demonstrando sempre a verdade, pertinência e honestidade.








Para entender a trajetória do Karaokê no Brasil e em específico no bairro da liberdade é importante entender a história dos imigrantes japoneses e como foi o processo para que esse simples bairro da região central de São Paulo se tornasse o famoso “bairro japonês”. Durante o inicio do século XX, houve um aumento significativo referente a imigração dos japoneses no Brasil, tendo um começo oficialmente no ano de 1908. Já na cidade de São Paulo em 1912, os imigrantes japoneses passaram aos poucos a residir na Rua Conde de Sarzedas, e um dos motivos para escolher esse local era porque nesta rua quase todas as casas tinham porões, e os aluguéis dos quartos no subsolo eram incrivelmente baratos. Ao decorrer do tempo, mesmo com a perseguição a esse povo durante o período da Segunda Guerra Mundial, aos poucos começaram a surgir as atividades comerciais, hospedarias, restaurantes e bares tradicionais, escolas apenas para os japoneses e firmas agenciadoras de empregos, formando assim a “rua dos japoneses” e mais tarde se tornando um “bairro oriental".


Sendo assim, atualmente, o Brasil abriga a maior população de origem japonesa fora do Japão, com cerca de 1,5 milhão de nikkeis. Com essa difusão da cultura japonesa no território brasileiro, com ele veio a chegada do então famoso Karaokê, onde seu nome é uma composição das palavras “kara”, de “karappo” que quer dizer vazio, e “oke” de “okesutora” (orquestra), significando sem orquestra. Após os anos 70, com o lançamento de produtos diferenciados, o karaokê tornou-se um importante segmento dentro da indústria do entretenimento. Vídeo disc, videokê e outros estão cada vez mais presentes nas casas. No Japão, entretanto, com as casas muito próximas umas das outras, alguns vizinhos não gostavam do karaokê praticado do outro lado da parede. A solução foi a criação do karaokê box, estabelecimento com pequenas salas vedadas que são alugadas para pequenos grupos. O primeiro karaokê box apareceu em 1984 no Japão, e dez anos depois chegou ao Brasil.


Canta Comigo é um documentário que apresenta dois karaokês do bairro da Liberdade, em São Paulo, cujo seus estilos se diferem mas mostrando que mesmo assim, seus objetivos se baseiam no mesmo. O Restaurante Karaokê Samurai e o Melts vão mostrar o quanto tudo isso pode ser mágico e com melodia!


O objetivo do Canta Comigo é apresentar e popularizar a prática do karaokê, usando um dos lugares mais originais e populares da cidade de São Paulo, a Liberdade. Buscando mostrar mais o lado tradicional com o Karaokê Samurai, e algo mais descontraído e contemporâneo com o Melts e mostrar que a prática do canto como puro entretenimento e não algo profissional, pode te proporcionar não só experiências muito bonitas, como te ajudar a quebrar gatilhos de introspecção e explorar a arte dentro de você. Além de tudo, é algo acessível e palpável, sendo que encontramos karaokês com facilidade e na grande maioria das vezes, sendo de graça para cantar. Então, caso qualquer um vá a um estabelecimento que tenha karaokê, irá não só aproveitar o restaurante / bar mas também a experiência de cantar com seus amigos e família.


O tema karaokê pode ser algo considerado raso ou fútil, mas tenhamos em mente que o karaokê é uma das únicas práticas envolvendo arte que não tem como objetivo um retorno ou finalização visando qualidade ou perfeição. É algo que faz com que as pessoas se aproximem da arte involuntariamente, sem perceberem que estão eternizando e preservando a arte em geral, cantando músicas de pessoas, passando mensagens, encorajando outras pessoas. E tudo isso ainda é conhecido por poucas pessoas. A maioria delas, sabe o que é um karaokê, mas nunca participou de um. O documentário serve para literalmente apresentar e tentar plantar na mente das pessoas, que o karaokê é um acesso a cultura, a arte e que existem vários benefícios com a prática dele. Na maioria das vezes, documentários tendem a ir pro lado mais monótono ou problemático dos temas, mas porquê não tender ao lado benéfico e entretivo? Pois, no documentário conseguimos passar e apresentar aos que virem, o sentimento do karaokê.


Chefe de cozinha, Padu estudou gastronomia no Canadá, trabalhou em restaurantes e casas renomadas e retornou pro Brasil para dar continuidade a seu projeto, Melts. Padu sempre se aventurou a cantar e isso fez com que escolhesse também ter um karaoke em seu restaurante.


Dona de um dos restaurantes mais tradicionais da Liberdade, o Restaurante e Karaokê Samurai, Monica Uezono fez história no bairro recebendo diversos artistas e celebridades no seu estabelecimento. Sempre cultivando e preservando a cultura japonesa. O Karaokê segue uma linha diferente dos demais conhecidos no bairro da Liberdade.


De acordo com a proposta de um tema tão abrangente, quanto a música, em qualquer grupo social, mas com um público alvo inicial de 18 a 28 anos, achamos interessante sua Veiculação ao serviço de streaming Netflix. Devido a sua popularidade e aceitação nessa faixa etária, acreditamos que sua exposição seria de maior alcance e relevância.


Público alvo: 18 a 28 anos Este projeto visa abranger jovens, adultos e porquê não, idosos. Afinal, os sons, e consequentemente, a música, está presente nas nossas vidas desde o nascimento. Por tanto, a ideia é atingir uma ampla gama de pessoas de diversas idades, raças e classe social. Porém, a experiência será mais significativa ao público jovem, sejam eles desinibidos ou tímidos. Aliás, a experiência prática e os efeitos psicológico positivos da música em nossas vidas é comprovado, e se a música é um remédio pra alma, o karaokê seria uma "clínica" de tratamento.


O embasamento desse projeto, passa pela história japonesa e consequentemente a brasileira. Concentrando no Estado de São Paulo, no bairro da Liberdade, sua maior colônia e reduto de seus descendentes, os nikkeis. A escolha deste tema não foi, de modo algum, aleatória. A ligação que todos nós possuímos com a música, foi o principal ponto de conversão para tratar canções, mesmo que, amadora em um ambiente de descontração. A ideia foi demonstrar que esta pode ser uma excelente ferramenta psicológica, de autoconhecimento e coletividade, sobretudo um elo de ligação entre amigos, colegas, conhecidos e porque não desconhecidos. A música em si, tem a linguagem universal, seu ritmo. Essa arte, é com certeza um artifício onde criamos memórias e deixamos florescer sentimentos, do qual consumimos e interpretamos de acordo com nossas subjetividades. Poucas das invenções humanas têm tamanha capacidade de aderência universal, seja quem for ou de onde for, tem relação com a música. Por falta de uma literatura específica e material acadêmico voltado ao tema, e principalmente com ênfase ao fragmento regional do Bairro da liberdade com nicho nesse foco cultural, o karaokê, nossas fontes de pesquisa se basearam em entrevista, matérias jornalísticas, blog e sites, buscados na rede, mesmo assim, procuramos extrair o máximo possível das informações que nos conduziram concepção desta obra. Tendo consciência de que a gama que permeia esse assunto, poderia ser ampliada e mais abrangente. No entanto, preferimos afunilar na investigação do tema sobre ótica local do bairro da zona sul da capital.


Perto de completar 114 anos, em que desembarcavam aqui, no Brasil, os japoneses e, com eles, suas tradições, culinária, habilidades e histórias, mas, trouxeram muitas outras coisas, que com o tempo, os brasileiros aprenderam a admirar, usar e cultuar também. Desde os primeiros imigrantes da terra do sol nascente, a capital da garoa, foi a cidade que mais recebeu os orientais , tanto que tornou -se o lugar com mais japoneses fora do Japão. Dessa concentração amistosa, nasceu o Bairro da liberdade, onde ao visitar nos sentimos no oriente, com letreiros, anagramas, cores, sabores, línguas e arquitetura heterogêneas entre oriente e ocidente, entre Japão, China, Coréia e Brasil. Na bagagem japonesa, veio uma novidade, com um nome estranho, mas de fácil utilização e com diversão garantida, o "Karaokê", que tem seu significado formado pela junção das palavras japonesas "kara", que significa vazio, e do fragmento "oke", da palavra okesutora, que significa orquestra, que pode levar à tradução literal de "orquestra vazia". Segundo a nossa pesquisa, seu criador foi exatamente um dos nossos irmãos asiáticos, um japonês, formado em engenharia e cantor amado:


"O caraoquê foi inventado por Daisuke Inoue (nascido em 10 de maio de 1940 em Osaka), que, em 1971, montou e alugou os primeiros 11 aparelhos para bares em Kobe...."

Com a chegada da invenção nipônica que, nos anos 80, tornou-se uma febre nas capitais do país e principalmente em São Paulo, mas o fenômeno atingiu o mundo todo uma década depois, como afirma o chef Fernando Kuroda, do Kimboshi Karaokê, em uma entrevista dada ao site ao Grupo Bandeirantes de Rádio e televisão: "No início, as pessoas usavam cadernos para acompanhar a letra da canção, mas o sucesso foi tanto que com o tempo o karaokê se transformou em videokê, para facilitar o passatempo. Nos anos 90, o aparelho virou febre, ficou tão conhecido quanto a pizza, e conquistou o mundo todo..."

A engenhoca "encantada", nasceu de um pedido especial, vindo de um cliente de Daisuke, que muito desafinado, fez um pedido ao engenheiro elétrico para que reunisse músicos para ajudá-lo em uma reunião de negócios, como o próprio inventor contou à BBC em uma entrevista: "Um de meus clientes, que era péssimo em cantar, me disse que ia dar uma festa com os acionistas de sua empresa e que queria impressioná-los. E me pediu para reunir alguns músicos para que pudéssemos tocar para ele, mas mudando as músicas para que estivessem em seu próprio tom e ritmo para que não soassem tão ruins."


Tal invento não foi patenteado, enquanto a versão filipina, o sistema de karaokê Sing Along, foi finalmente patenteado por Roberto del Rosario em 1975. No entanto, talvez por essa razão, propagou-se rapidamente pelos países do globo. Mas Inoue, teve reconhecimento sobre sua história até hoje, chegando a ganhar prêmios. “Série "Witness History", da BBC (2021)” "...Anos depois, ele seria considerado um dos asiáticos mais influentes do século 20 pela revista Time e ganharia da Universidade de Harvard em 2004 o Prêmio Ig Nobel, um prêmio bem-humorado concedido a pessoas que fizeram uma contribuição para a ciência. No caso do karaokê, por ter inventado uma maneira de ensinar as pessoas a tolerarem umas às outras.

No entanto, mesmo sendo tão "pop", há personagens que se destacam e ou estão nesse meio por muito tempo e por diversas razões, dinheiro, negócios, profissionalismo, empreendedorismo e o lazer, por exemplo. No entanto, não foi possível constatar a lucratividade direta com karaokê, já que normalmente ela funciona como chamariz, como atração principal e gratuita na maioria dos locais com essa opção. Como afirma Silvia Kawanami repórter do site "Japão em foco" (2012): "Em outras palavras, no início, o karaoke pelo ponto de vista comercial, não era a atração principal. Era simplesmente um truque para incentivar as pessoas a gastarem mais com bebidas nos bares e hotéis..." Uma coisa é certa, o karaokê é uma excelente invenção, nos transforma, nos une, nos alivia e diverte. Tentamos trazer um registro documental, deste fenômeno, um fragmento desse universo de diversão, culturalmente globalizado. Dando um recorte ao Bairro mais tradicionalmente oriental, que se localiza, dentro da terceira maior metrópole do mundo, que concentra a maior população japonesa fora do Japão. No Bairro da Liberdade, há muitas histórias para serem contadas, e nós fomos atrás de algumas.



Lidando com o desafio de um documentário, a Produtora Aurora Estúdios escolheu um tema mais encorpado ao lado artístico e recreativo das práticas populares. Tivemos grandes contratempos relacionados à agenda e adaptação ao que era prioridade, resultando numa grande readaptação a todas pré idealizações e estruturações das ideias pensadas. Apesar dos contratempos e problemas, o projeto foi realizado de maneira que suprisse o melhor das projeções e desejos do grupo. Fazendo assim, do desafio, algo que implica numa desconstrução do assunto, para que se torne algo palpável e explicável audiovisualmente, construindo a base de dinâmica e qualidade de persuasão para quem o assiste. Não é algo fácil, mas menos fácil é construir e finalizar. Na teoria, sempre elaboramos e construímos algo que a princípio seja palpável, mas o desafio é concretizar tudo isso.


A cada semestre eu tento me aventurar por novas áreas, novas responsabilidades e me desenvolver cada vez mais. Eu particularmente, tenho como zona de conforto a parte sonora e a escrita de roteiros, porém, para me desafiar, peguei as funções de câmera e edição, em um primeiro momento. Cheguei a cogitar a direção, mas ainda não me senti pronta o suficiente. Quando as gravações começaram, o que demorou muito por falta de planejamento e organização do grupo todo, percebi uma certa resistência da parte masculina do grupo em ter a paciência necessária para ensinar, tanto a mim quanto às outras meninas, em como tudo funciona na prática, provavelmente por já serem mais experientes. Sinto que isso dificultou em partes a minha aventura, mas em alguns momentos, consegui exercer a minha função nas câmeras. Acabei abraçando a função de claquetista, e apesar de ser algo bem simples, percebi a importância deste papel.


A arte da Bíblia foi um desafio a parte, tirando todos os outros que enfrentamos durante as gravações e etc, foi conseguir fazer com que tudo ornasse e ainda passasse as informações de maneira clara, mas sinto que fiz um bom trabalho fazendo o melhor que eu consegui fazer. A parte da produção é algo que todos os integrantes merecem fazer parte, já que todos trabalharam muito para que tudo saísse da forma como imaginamos lá no começo, quando ainda debatíamos a minha ideia maluca sobre karaokês que deu super certo. Acabamos brigando em alguns momentos, era muito estresse já que a grande maioria dos integrantes, tentava conciliar faculdade, trabalho e família, sem falar que tivemos a baixa de duas integrantes que com certeza ajudariam bastante em tudo. Uma delas saiu por problemas financeiros, enquanto a outra não deu nenhum sinal de vida e quis aparecer só no final, por isso a mesma não foi levada em consideração durante o trabalho. Com certeza os pontos que mais necessito melhorar é a organização com antecedência e ser mais rígida com determinadas situações.


A concepção do documentário teve muitos problemas, porém, com eles muitos aprendizados pra todo mundo. Mas o que mais me choca ainda, é a falta de comunicação em turmas que estão estudando exatamente essa função. Falta de planejamento e tudo pra última hora. Naturalmente tivemos problemas técnicos, de compreensão e orientação. Diante de tudo isso, foi muito válido, pois errando que se aprende, claro, desde que se tenha essa consciência. Se percebermos e tivermos a humilde e tão enriquecedora autocrítica, podemos sempre melhorar. A parte mais interessante até aqui pra mim seria a construção do documentário, esperava por isso, e talvez por essa razão, eu tenha sido tão crítico no parágrafo acima. Dirigir a fotografia é um prazer pra mim, eu amo está função. Por essa razão me senti confortável, mas também fui responsável por outras importantes missões, como parte da bíblia de produção, acompanhar e trazer ideias ao roteiro, produção e edição. Me senti muito ocupado, útil e em um misto de raiva e paixão a produção desse projeto.


Por fim, eu me senti acolhido pela turma, e o grupo. Percebi respeito mútuo, mesmo nos momentos mais tensos, que é normal. Até na horas de distrações e tranquilidade, que foram poucas. Gostei muito de ter participado apesar de tudo, sei que desempenhamos dentro do limite de cada um. Passamos fora de casa até tarde na rua, enfrentamos garoa, sol, distâncias e tempo longe de nossa família. Deixamos lazer, trabalho em segundo plano e ou imploramos por folgas. Tudo isso é mais que o suficiente para eu admirar e parabenizar meus novos colegas e amigos que participaram dessa labuta, pouco importando o resultado. Nós somos vencedores. We are champions, my friends!!!


O trabalho foi bem difícil para mim, foi um semestre com muitos trabalhos e a separação e organização para exercê-los foi muito estressante. Mas o documentário em si, foi desafiador, pois o lado de produção artística que seria fechar com os karaokês e personagens, exige tanto lábia quanto adaptação. Além da montagem e idealização/concretização da ideia. Foi um tema que exigiu pesquisa e cuidado ao lidar com as pessoas envolvidas, também não deixando com teor propagando o conteúdo. Exige grande responsabilidade, porém é angustiante dirigir um trabalho onde você espera sincronia e sintonia sendo que nem sempre é possível ou é fácil obter. É como ser DTV, nada adianta seu olhar finalizador, se os câmeras/engrenagem não estão em conjunto com seu ritmo e ideia. Dirigir um documentário me parece ser uma lapidação da ideia e construção técnica junto com outros pontos e funções importantes.


Onde não há tempo de se preocupar com coisas pequenas como autorizações de imagem, aspectos básicos de produção, pois você é subtraído do que realmente precisa fazer. Eu melhoraria a comunicação, que é pra mim, a base de construção de qualquer projeto. Comunicação e depois organização. Não há como se organizar sem se comunicar. Gostei da liberdade de criação e direção, já que por idealizar as coisas, você já tem uma noção de como colocar para funcionar, mesmo sendo mais difícil do que parece fazer isso acontecer.


Foi um trabalho exaustivo e desafiador por uma série de fatores. Tínhamos um tempo consideravelmente bom para idealização e a pré-produção, mas, por conta da demora de uma resposta por parte dos Karaokês e também para sincronizar o horário de disponibilidade de cada membro da produtora, as gravações se iniciaram muito próxima a data limite de entrega. Mas no final deu tudo certo, conseguimos gravar todas as imagens necessárias e realizar a entrevista. As funções que executei foi a de câmera, técnico de som e produção, da qual acabou sendo a minha primeira experiência com uma produção "Grande", pois, por conta da pandemia não pude ter a experiência de mexer com a os equipamentos de som ou de filmagens e graça aos meu colegas aprendi bastante a parte teórica e a execução da prática. A única coisa que eu melhoraria seria a de tomar mais iniciativa para fazer as coisas, visto que por conta da timidez não pude fazer mais do que eu gostaria.


Escolhemos dois karaokês na Liberdade. O Melts e o Samurai. O Melts fomos em um sábado e estava bastante movimentado. Já o Samurai era um karaokê mais tradicional tinha mais japoneses frequentando. No começo fiquei um pouco nervosa em ser sonoplasta. Já na produção foi mais tranquilo. Eu melhoraria em ficar mais atenta na minha função. Eu preferi ficar mais na produção.


Bom, foi um privilégio poder colaborar nesse projeto, posso afirmar que aprendi muito, principalmente exercendo funções das quais não sou muito familiarizado, e outras também que não sabia que faria com tanto gosto. Neste projeto colaborei com produção executiva, trabalhando mais na captação de verbas e equipamentos, entrando em conta com os estabelecimentos e entrevistados, colaborei também na edição, onde nunca tinha atuado antes, foi uma ótima experiência. Num geral não foi nada fácil, com a volta da normalidade nesse semestre, saímos da zona de conforto, o que acabou gerando novos desafios, pude ter mais contato com meus companheiros de grupo, mais com contato com os participantes do nosso produto, e por mais difícil que tenha sido todo o trajeto até aqui, poder estar tendo essa convivência com as outras pessoas fez tudo valer a pena. A cada semestre, e projeto que realizo tenho uma visão diferente do áudio visual, sempre que assistia um filme ou novela, pensava como era difícil realizar, e hoje vejo realmente o quão complexo é, o quanto você tem que se dedicar, se entregar de verdade ao projeto, abrir mão do ego para poder trabalhar com outras pessoas que pensam diferente de você, o quanto a organização é importante, e poder fazer parte de tudo isso, me faz valorizar cada vez os profissionais da área, e sei de pouco a pouco estou me tornando um desses profissionais.


Quero agradecer primeiro a Deus e em todos aqueles que acreditam em quem eu posso me tornar, Agradeço a instituição UNICSUL, agradeço ao Professores e o núcleo de comunicação, agradeço também a produtora Aurora, me sinto privilegiado em poder trabalhar ao lado de pessoas tão capacitadas e promissoras, é uma honra poder crescermos todos juntos, obrigado na todos E por fim, acredito que as dificuldades só nos mostram o que realmente somos capazes de fazer, ela extrai o nosso melhor e o nosso pior, mas que sempre possamos mostrar ao mundo o nosso melhor. Como diria um sábio "não se mede coragem e tempo de paz".



Artigo: Karaokê no Brasil. Wikipédia, 2021. Disponível em: https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Karaok%C3%AA Acesso em: 23/04/2022 BYRNE, Ashley, site BBC/Brasil, 2021. Disponível em: https://www.google.com/amp/s/www.bbc.com/portug uese/internacional-58130375.amp Acesso em: 22/04/2022 KAWANAMI, Silvana. Site Japão em foco, 2012. Disponível em: https://www.japaoemfoco.com/karaoke-no-japao/ Acesso em: 22/04/2022 Minha Receita. Band, 2021. Disponível em: https://www.google.com/amp/s/receitas.band.uol.com .br/minha-receita/noticias/karaoke-conheca-ahistoria-por-tras-desse-fenomeno-16349276/amp Acesso em: 25/04/2022


Hélio Rodrigo - O Rei do Karaokê (2012) Direção: Fabio Oliveira

Sinopse: A música ganha uma nova importância na vida de Rodrigo, um cantor de karaokê que afirma ser mais do que isso porque está sempre tentando acrescentar algo novo às suas apresentações. Para ele, cantar é uma resposta à necessidade de se tornar outra coisa no contexto de sua vida dura e às vezes dramáticas. Sua carreira é assombrada por ciúmes, indignidade e falta de respeito por seu trabalho. Mas no final de cada performance acaba com um sorriso no rosto. Fonte: https://m.imdb.com/title/tt2706644/


Liberdade (2018) Direção: Pedro Nishi, Vinícius Silva

Sinopse: Sow, Abou e Satsuki se encontram em um bairro de São Paulo chamado Liberdade. Uma história sobre imigração, assombrações e resistência. Fonte: https://2018.kinoforum.org/filme/55819/liberdade


Metallica: Some Kind of Monster (2004)

Sinopse: Esta coletânea inclui o aclamado documentário sobre a banda Metallica, mais um filme que mostra o sucesso do grupo dez anos depois. Fonte: https://www.netflix.com/br/title/80174429? preventIntent=true


Ásia Alternativa: Petiscos, Segredos e Baladas (2022) Direção: Joe Evans

Sinopse: A noite cai e o chamado para a diversão em Tóquio tem cor neon para uma DJ de 85 anos, um barman nômade e os frequentadores de festas de fetiche. Fonte: https://www.netflix.com/br/title/81134160



Primeiramente precisávamos entender o projeto e a forma como seria todos os processos, dado ao período pandêmico que estamos vivendo em 2022, e que no início do nosso projeto estava em fase final da pandemia, cada passo teria que ser muito bem pensado, para que cada pessoa que participou do projeto não fosse prejudicada de alguma forma. Para a realização desse projeto a Produtora Aurora dividiu a produção em três etapas, Préprodução, Produção e Pós-Produção. Essa divisão foi muito importante para a nossa organização, pois entendemos melhor a importância de um bom planejamento do início do projeto e cada etapa com o antes, durante e após de todo o processo de nosso projeto, até o momento da exibição de nosso projeto, que será exibido em alguma mídia. Pré-produção: 1. Reuniões. Nesta etapa foi onde nossas ideias começaram a surgir, discussões de temas e conteúdo, divisão de Funções, estratégias para a produção, cronogramas e bastante pesquisas, dessa forma nosso projeto foi ganhado vida.


2. Pautas e Roteiros. Nesta etapa onde nossos roteiristas e pauteiros se reúnem para que as ideias saiam das mentes e comecem a ser escritas, detalhando como será cada processo do nosso documentário, desde a introdução, cada assunto a ser abordado, os entrevistados e o encerramento, de maneira que o nosso projeto que já tinha vida, agora tome forma. 3. Definição estética e artística. Agora com tema definido e roteiro pronto, nosso diretor refinava melhor suas ideias, definindo a estética do nosso documentário, trazendo o elenco mais seleto para nossa produção audiovisual. Produção: 1. E lá vamos nós... Com nossos entrevistados definidos e com Roteiros pronto, fomos até o estabelecimento de nossos entrevistados para conhecer melhor o ambiente, ter uma conexão maior com nossos participantes, sempre seguindo os protocolos adequados de saúde.


2. 1...2...3...Claquete! Em seguida fomos para as gravações de externas de cada entrevistado e seus estabelecimentos, gravamos incerts, abertura, imagens do bairro, para ambientar cada vez mais o nosso documentário. Pós-produção: 1. Hora da edição. Nesta etapa nossos editores põe a mão na massa, cuidando de cada detalhe, tanto na estética visual, quanto no design de som, nesta etapa cada segundo e todas os detalhes valem ouro. 2. Agora vai (Finalização). Esse é momento onde o diretor, produtores e editores, revisam o produto, revendo o que precisa ser cortado ou adicionado, para que o projeto seja tudo o que foi planejado, desde o concebimento até o Produto Final. 3. Saindo do Forno. Agora com o Projeto editado e revisado, todos felizes e contentes com o Produto Final, hora de mandar para o veículo de media, para ser exibido e degustado pelos expectadores.














Nas gravações utilizamos duas câmeras; modelo SL2 e 5D Mark II ambas da CANON com uma variedade de lentes, tanto nas captações de interna quanto externas, além de um Drone modelo Mavic PRO da DJI. Para a captação de áudio foi utilizado o microfone de lapela nas entrevistas e direcional duplo para ambientação, e claro contamos, também, com os áudios das próprias câmeras, para ambientação geral. Reforçamos a ideia de utilizar equipamentos com relevância no mercado, pensando em um resultado de extrema qualidade audiovisual, a profundidade de campo possível que câmeras DSLR proporcionam com a lente certa, e podem facilitar no enquadramento e a utilização de qualquer cenário, dando uma textura agradável aos olhos e uma beleza nos desfoques e blur. Nas entrevistas optamos por utilizar as variáveis entre primeiro plano e plano médio com o auxílio de dois tripés. Por uma questão de amplitude de gama e qualidade de claridade, usamos lentes 50mm, para ambas as câmeras e uma Full frame (5D) e outra Cropada (SL2). Esse fator de crop, daria uma perspectiva diferente, fazendo parecer que estávamos com uma 70mm no enquadramento. Já nas imagens de apoio em ângulos mais complexos e como por exemplo: plano geral, contraplongée, pans e muito trevelins, e pouco over shoulder ou câmera de mão, pois utilizamos um gimbal modelo ak2000s da Feyiu. Para iluminação, foram utilizados três pontos de luz nas entrevistas, uma luz principal, uma de preenchimento ou rebatida e uma como contra-luz. Adaptamos as temperaturas de acordo com o ambiente, mas preferimos trabalhar entre 4000 a 4900, por se tratar de uma ambientação de transição tarde para noite, isso, em ambientes internos. As luzes de preenchimento ou de fundo, procuramos aproveitar ao máximo as dos ambientes que utilizamos, tendo por essa razão, muito cuidado com a escolha do cenário em relação a luminosidade.










Nosso documentário foi pensando em passar a ambientação do bairro da liberdade, tendo alguns inserts do bairro que já é bem característico por si só, cada imagem foi pensando e elaborada para dar essa sensação a quem a assiste

Já nos ambientes internos queríamos passar a essa sensação de estar em um karaokê, ao fundo da primeira entrevista é possível ver na televisão a letra de uma música passando, e pessoas cantando ao fundo.


O áudio também foi essencial já que estamos falando de karaokês onde pessoas cantam músicas com um playback, a edição das trilhas sonoras também foram pensadas da mesma forma.

E a última entrevista também foi idealizada para com uma estética mais de show, já que o primeiro karaokê, era em uma sala fechada.


Cada corte de câmera, incerts, trilhas e áudios, ou imagens do drone foram pra dar essa sensação de leveza e tranquilidade, no mesmo num lugar movimentado como o próprio bairro da liberdade, e é essa mesma sensação que se sente quando está lá em cima do palco cantando.









Ana Maria Yasuda Pode sim, eu autorizo, estou ciente que vocês podem fazer isso e agradeço pela oportunidade, obrigada.


Mayumi Oshida Eu agradeço pela oportunidade, eu permito e vocês podem postar




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