ISABELLA ALBUQUERQUE - ESCRITO

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Meus tataravôs, avós do meu avô, tanto os pais da minha bisavó, como os do meu bisavô, nasceram na Itália e vieram do Brasil em 1895 como agricultores financiados pelo governo brasileiro para substituir os escravos libertados em 1885, se instalaram no brasil, no interior de São Paulo. Não sei ao todo quantos filhos tiveram. Meu bisavô Humberto nasceu em 07/09/1912 em limeira-sp e minha bisavó Leda em 03/09/1914 em taquaratinga, como ambos vieram da Itália quase ao mesmo tempo e foram morar também no interior de São Paulo, se conheceram e casaram em 1938 em Itajobi. Onde continuaram na área rural e futuramente mudaram se para Guaraci, onde construíram sua família de ao todo quatro filhos. Meus tataravós, pais da minha bisa chamavam-se Joaquim Batista e a mãe dela Rita Cristina. Nasceram, se conheceram e casaram em Alfenas, eram fazendeiros e a renda familiar era produção e venda de leite, tiveram ao todo 11 filhos. Meus tataravôs, os pais do meu bisavô Regis chamavam-se Manoel Pedro Rodrigues e Juvencina Cunha Rodrigues, era negociante de café para estrangeiros e minha trisavó Juvencina, professora. Casaram em Minas, onde tiveram 7 filhos. Meu bisavô Joaquim, nasceu em 02/01/1923 em Alfenas, era músico. Minha bisavó Maria também nasceu em Alfenas em 07/09/1927 e era enfermeira. Se conheceram e casaram também em Alfenas, onde tiveram 5 filhos. Meu bisavô Joaquim, ainda teve mais 5 filhos no seu próximo casamento. Entre os 4 filhos, um deles é o meu avô, Silvio Santandrea, nasceu dia 11 de novembro de 1947, em Guaraçaí , se formou como engenheiro civil e em física, onde começou a lecionar como professor, antes de abrir a firma de engenharia. Entre os 5 filhos, um deles é minha avó, Júlia Juncenina Rodrigues, nascida em 06/02/1948, em Alfenas. Se formou em letras e começou a lecionar na mesma escola que meu avô. Se conhecem em 1974 na Escola Estadual Fioravante Zampol na Vila Linda em Santo André, onde ambos lecionavam. Casaram em São Bernardo dia 11/11/1977, onde no mesmo dia se mudaram para Catanduva, interior de São Paulo, pois meu avô já havia começado a sua empresa e já estava trabalhando por lá. Dia 31/12/1978, nasce minha mãe, Juliana Rodrigues Santandrea e em 28/01/1982 minha tia, Luana Santandrea.


Em 1997, minha avó e minha tia vieram para São Paulo, pois meus avós haviam se separado e minha tia tinha passado no Concurso Na Agência de Modelo Mega, minha mãe continuou no interior e só se mudou para capital no final do ano de 2000, a procura de emprego, após se formar no Magistério. Minha mãe passou em concurso público e começou a trabalhar em São Paulo. Meus pais se conheceram no mesmo ano. Meu pai, Márcio Guilherme Da Silva Albuquerque, é nascido e criado em Recife, dia 19/11/1975, um dos 5 filhos de Luiz Gonzaga De Melo Albuquerque e Maria Vitória Da Silva, formado em Biologia, técnico em enfermagem e radiologia. O meu avô paterno morreu quando o meu pai ainda tinha 3 anos, minha avó criou seus filhos sozinha e meu pai sempre teve que conciliar estudo e trabalho. É tudo que eu sei sobre meu pai e sobre sua família, pois não tenho contato com ele. Em 2000, meu pai estava a trabalho em São Paulo, e em uma noite, num bar, meus pais se conheceram, logo menos em julho de 2001 minha mãe engravidou de mim, nesse meio tempo meu pai sempre viajava a trabalho e continuaram o relacionamento a distância e em 26/03/2002, eu nasci. Meses depois, quando eu ainda tinha meses de vida, nos mudamos para a cidade natal do meu pai, minha mas abandonou todas as suas conquistas profissionais pela família que estava a construir. Nos anos subsequentes, nós nos mudávamos muito, pois a dinâmica do trabalho do meu pai pedia, ele é da área da Saúde Exército Brasileiro e com decorrência, ele é transferido a fim de prestar serviços, e durante esses anos chegamos até a morar na divisa com a Bolívia, no Forte Príncipe Da Beira. No começo de 2004, minha mãe engravida do meu irmão, Pedro Guilherme e meu pai pede residência e posto fixo em Recife, sua cidade natal e onde também nos estabelecemos. Meu irmão nasceu no final do mesmo ano. Em 2005, quando meu irmão ainda era pequeno, meus pais se separaram e assim minha mãe volta para São Paulo, reiniciando sua vida e levando com ela, eu e meu irmão para moramos com a minha avó. Cinco anos depois, em 2010, nos mudamos para Catanduva-SP, pois a qualidade de vida era melhor e porque minha mãe queria ir voltar a morar com meu avô, morávamos então, minha mãe, meu irmão, meu avô e eu, isso até 2017, pois nesse mesmo ano minha mãe se casa e todos nos mudamos para Potirendaba-SP. Em 02/01/2019 meu irmão Arthur por parte de mãe nasce e em 17/04/2019, meu irmão João Guilherme por parte de pai nasce, pois nesse tempo, meu pai também se casou, atualmente ele mora em Alegrete, no Rio Grande Do Sul, cidade natal da sua atual esposa, onde ele vive com ela e seu filho. Minha mãe, irmãos e avô continuam até hoje em Potirendaba-SP, me mudei para São Paulo final de 2017, com apenas 15 anos, pois queria estudar e trabalhar e não teria a mesma oportunidade continuando no interior, estou aqui até hoje, desde então pelos mesmos motivos, cada vez mais perto de alcançar meus objetivos e sempre construindo o meu futuro com resiliência, força, amor e gratidão. Atualmente minha família é formada pelas meus avós ainda vivos, minha mãe com 3 filhos e minha tia com uma filha e está grávida do seu segundo filho. Ao todo somos em 9 integrantes.


Mais sobre a Família da Minha Avó Materna: No ano de 1888, ano da Abolição da Escravatura no Brasil, nasceu em Brumadinho, na Bahia, meu trisavô Manuel Pedro Rodrigues, filho de uma escrava negra e de um português branco de olhos azuis. Não tenho informações sobre o restante da família mas meu trisavô Manuel Pedro Rodrigues chegou em Alfenas-MG aos vinte anos acompanhado de uma irmã chamada Maria Elisa, outra irmã chamada Mariquinha e uma ex escrava chamada Bembem. Meu trisavô sabia apenas “ desenhar” o nome, porém, por iniciativa dele mesmo tornouse negociante de café vendendo no Porto do Rio de Janeiro a produção cafeeira do Sul de Minas para os estrangeiros, principalmente ingleses. Enriqueceu e casou-se com minha trisavó Juvencina, professora e de muita cultura. Minha avó, mãe da minha mãe conta que quando tinha dez anos já lia a coleção do escritor Monteiro Lobato “O Sítio do Pica-pau Amarelo” desde Reinações de Narinho até Os Doze Trabalho de Hércules porque sua avó possuía a coleção completa. Tiveram sete filhos. Tornou-se cidadão ativo no progresso da cidade de Alfenas e até hoje tem seu nome numa rua – Rua Manoel Pedro Rodrigues e no Parque Municipal de Alfenas. O carisma do meu trisavô não se deve apenas ao seu sucesso nos negócios com café, o que caracteriza a personalidade do meu trisavô era sua visão universal do mundo, sem preconceitos de tipo algum e seu dom de diplomata sem nunca ter frequentado escola. Minha avó Juvencina, que tem o mesmo nome da minha trisavó também chamada Juvencina mãe da minha mãe, conta uma história interessante que define bem a personalidade do meu trisavô. Uma sobrinha dele apelidada de “Cininha” , fugiu aos 15 anos da cidade de Alfenas MG onde moravam com um caixeiro viajante, o correspondente naquela época a um representante comercial. O homem era casado e largou a menina em alguma casa de prostituicão desconhecida e ninguém sabia onde ela estava Foi o assunto da cidade e um escândalo para a época . Meu trisavô se empenhou apenas em encontrar a sobrinha pois nunca foi machista nem preconceituoso, encontrou-a e a trouxe de volta para Alfenas, mas não conseguiu dar a ela uma vida normal novamente. As mães ameaçavam tirar as filhas da escola católica de Alfenas o “Colégio Coração de Jesus” devido a presença da sobrinha dele na mesma escola. Ninguém podia ser amiga dela e até na Igreja ela não podia sentar-se no banco da frente junto com a família. Então meu trisavô levou-a para o Rio de Janeiro onde ele conhecia muitas pessoas pois era onde ele vendia o café e colocou-a num semi-internato. Final da história: sua sobrinha Cininha estudou e depois de formada casou-se com o dono da Real Aviação, futura Varig, companhia de aviação. Como era previsível, depois que ela ficou rica, quando visitava Alfenas novamente era recebida com aplausos.


A curiosidade sobre o nome da minha familia Santandrea: Ao chegarem no Brasil, meu tataravôs tiveram seu sobrenome abrasileirado, criando várias versões, e os novos integrantes eram registrados cada um de um jeito. Por hora não fazia muita diferenças pelas questões burocráticas da época, mas a geração da minha mãe, começou a ir atrás da cidadania e por conta dessas divergências de informações causadas pelas diferentes versões do mesmo sobrenome, dificultou a comprovação de descendência. Mas depois de muito esforço da minha avó Juvencina ( que nem é portadora do sobrenome, mas é uma mulher determinada) foi atrás de todos os papéis, certidões, que comprovavam a origem do nome, finalmente ela regularizou tudo e fez com que minha tia fosse a primeira da família a ter a cidadania na família, a partir disso todos conseguiram os netos e bisnetos conseguiram tirar. A curiosidade do nome Vitória como nome composto nas meninas da família do meu pai: Minha avó paterna chama-se Maria Vitória, e todas as suas netas e bisnetas possuem “ Vitória“ como segundo nome, por exemplo os nomes de duas minhas primas: Raquel Vitória e Carolina Vitória. E por coincidência o meu é Isabella Vitória, segundo minha mãe, ela não colocou esse nome por conta da tradição da família e sim porque ela me considera uma vitória diante do que ela passou na gestação e no parto. Mas eu bato na tecla de que ela foi influenciada pelo meu pai e pela família dele em colocar meu nome composto igual a de todas e ela se defende até a última vírgula.


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