ASSÉDIO SOFRIDO POR MULHERES NO JORNALISMO ESPORTIVO

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TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

São2021Paulo

UNIVERSIDADE

CRUZEIRO DO SUL CURSO DE JORNALISMO AMANDA CUNHA DE SOUSA

SOFRIDO POR MULHERES NO JORNALISMO

ASSÉDIO ESPORTIVO

ASSÉDIO SOFRIDO POR MULHERES NO JORNALISMO ESPORTIVO

UNIVERSIDADE CRUZEIRO DO SUL CURSO DE JORNALISMO AMANDA CUNHA DE SOUSA

Trabalho de Conclusão de Curso em Jornalismo. Ano 2021.

São2021Paulo

Relatório de Fundamentação Teórica e Metodológica (RFTM)/Paper, acompanhado de Produto Experimental, desenvolvido como etapa final de elaboração do Trabalho de Conclusão de Curso de graduação em Jornalismo da Universidade Cruzeiro do Sul, sob orientação do Prof. Dr. Nivaldo Ferraz.

AGRADECIMENTOS

Agradeço a Deus primeiramente e aos mestres que ao longo desse caminho me ajudaram, em especial ao Me. Antônio de Assiz, a Dra Mirian Meliani e o Dr. Nivaldo Ferraz, que com seu profissionalismo, conhecimento e empatia, me encorajaram para que eu pudesse galgar esse caminho muitas vezes árduo, mas que com a ajuda deles, se tornou possível.Não poderia de deixar de agradecer também à minha família, em especial ao meu marido e filho, que sempre me apoiaram e externaram seu amor e compreensão, principalmente nos dias mais difíceis.

Agradeço aos meus colegas de turma, alguns que nesse ciclo se tornaram amigos, se fazendo presentes nos momentos de alegria e de aflição. Os levarei da faculdade para a vida e ficarão eternizados em minha memória.

Trabalho de Conclusão de Curso em Jornalismo. Ano 2021.

Breve histórico do jornalismo esportivo no Brasil 6 3.2 A presença da mulher no jornalismo esportivo 7 3.3 Gênero, trabalho e assédio................................................................................... 8 4 RESULTADOS 9

Trabalho de Conclusão de Curso em Jornalismo. Ano 2021. Sumário 1 INTRODUÇÃO 5 2 APRESENTAÇÃO 6 3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA.............................................................................. 6

3.1

................................................................................................................... 13 2. Ficha técnica do Produto 13 3. Plano Estratégico 13 4. Descrição do Produto....................................................................................... 13 5. Estratégias para definição 14 6. Público a ser atingido 14 7. Função individual............................................................................................. 14 A) Cronograma: 14 B) Orçamento 14 8. Documentação............................................................................................. 15 A) Transcrições completas 15 B) Roteiros e decupagens 18 9. Diário de Campo......................................................................................... 82 10. Anexos 83 Assédio sofrido por mulheres no

1.Título jornalismo

O assédio sofrido no meio esportivo 9 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS.................................................................................... 10 REFERÊNCIAS 12 APÊNDICE 13

esportivo

4.1

Trabalho de Conclusão de Curso em Jornalismo. Ano 2021.

RESUMO

Este artigo versa mostrar o quanto a discriminação e a violência contra mulheres jornalistas estão fortemente presentes no ambiente do jornalismo esportivo. Mesmo considerando que há muito tempo as mulheres têm participado das coberturas esportivas e demonstrado ter as habilidades, aptidões e qualificações profissionais necessárias, o jornalismo ainda é um campo de discriminação de gênero em todo o mundo. Seja nas redações, ou em matérias de campo, o assédio vem tomando uma proporção enorme, seja qual for o segmento jornalístico em que as mulheresatuem,poismesmocomtantosavançosemfavordaigualdadedegêneros,aindaassim essa questão tem apresentado grande relevância, apesar de ainda ser quase desconhecida pela população. Por meio de pesquisa bibliográfica sobre o tema e entrevista, busca se demonstrar o que o jornalismo brasileiro tem feito para assegurar às mulheres jornalistas a segurança necessária ao passarem por tal situação, objeto de estudo desta pesquisa.

Amanda Cunha de SOUSA Universidade Cruzeiro do Sul, São Paulo, SP

PALAVRAS-CHAVE: assédio; mulheres; jornalistas; jornalismo esportivo.

A pesquisa realizada demonstra que ainda em pleno século XXI muitas mulheres sofrem assédio por conta de sua atuação no campo jornalístico. Apesar de isso ser uma constante para as jornalistas em suas vidas profissionais, o tema não é debatido com frequência ou não se dá a ele a devida importância. Dentre todos os espaços de atuação das mulheres no jornalismo, o que detém o maior número de profissionais assediadas é o da cobertura esportiva. Este campo ainda é predominantemente masculino. Embora não tenham sido obtidos dados precisos no estudo, pode se verificar que existem diferenças entre homens e mulheres que atuam na área esportiva no Brasil.

Este artigo faz parte do trabalho de produção do Podcast Mulheres no Jornalismo, com entrevistas por videoconferência e relatos de jornalistas que já sofreram assédio, e o depoimento daex presidente doSindicato dos Jornalistas PriscillaChandretti,que,apesar de nunca ter sofrido assédio, recebeu no período em que era presidente do Sindicato dos Jornalistas diversas denúncias do problema.

A representação feminina no jornalismo está longe de ser igualitária, principalmente na área esportiva. A pesquisa “O perfil do jornalista brasileiro em 2018” realizado pela Apex Conteúdo Estratégico, em colaboração com a Comunique se (APEX, 2018) trouxe dados de mais de 26 mil jornalistas de todo o país, e demonstra que os homens ainda são a maioria (58,2%) nas redações, enquanto as mulheres são apenas 41,8% doDetotal.acordo com Coelho (2004), quando jornalistas optam por atuar no jornalismo esportivo, optam por uma carreira instável, o que dificulta a obtenção de conhecimentos e não pode proporcionar altos salários. Os profissionais dessa área precisam entender as necessidades mais recentes do mercado. Mesmo assim, os jornalistas esportivos que têm oportunidade de atuar no futebol levam vantagem sobre os que atuam em outras modalidades. Nesse contexto, durante a pesquisa, a autora pôde conhecer casos como o de Victoria, do Resenha de Mulheres que apesar de nunca ter sofrido assédio quando atuando em seu podcast Resenha de Mulheres, sofreu o enquanto assessora de imprensa, em centros de treinamentos dos clubes.

Trabalho de Conclusão de Curso em Jornalismo. Ano 2021. 5 1 INTRODUÇÃO

Assim, o objetivo do presente trabalho é apresentar a realidade do trabalho femininonocampodojornalismoesportivoeoassédiosofridoporelas.Paraisso, buscou se compreender a relação da mulher com o jornalismo esportivo ao longo da história, por

No rádio, nessa época as notícias esportivas baseavam se apenas na leitura de algumas notas do jornal. De acordo com Soares (1995), a ligação entre futebol e o radiojornalismo só

3.1 Breve histórico do jornalismo esportivo no Brasil

2 APRESENTAÇÃO

3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

meio de pesquisa bibliográfica sobre o tema. Também procurou se coletar dados em entrevistas de profissionais da área que convivem com o problema do assédio no seu dia a dia.

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Trabalho de Conclusão de Curso em Jornalismo. Ano 2021.

Este trabalho tem como objetivo mostrar como é importante a sociedade entender que o assédio no jornalismo é caracterizado forte no gênero feminino principalmente na área esportiva, onde em sua grande maioria é predominante pelo gênero masculino, e que por conta disso essas profissionais sofrem diariamente. Precisamos tornar a cultura jornalística menos machista e que forneça mais segurança em seu ambiente de trabalho, evidenciando o verdadeiro e importante papel e valor da mulher no jornalismo e nos mais variados meios de Comunicação.

Apesar de muitas mulheres tornarem público o caso de assédio, muitas ainda não se sentem seguras por conta de inseguranças em seu meio de trabalho, e até mesmo de serem interpretadas de forma errada, passando de vítima a culpadas.

A pesquisa se justifica ao levarmos em conta a crescente participação da mulher na sociedade, nos mais diversos segmentos, ocupando espaços que antes eram exclusivamente masculinos e desempenhando papéis até então impossíveis de serem sequer imaginados.

Segundo Coelho (2011), o jornalismo esportivo teve início em 1910 no Jornal Fanfulla, de São Paulo. Na época, o jornal não era formador de opinião pública, mas alcançava uma parte cada vez maior da população da cidade. Segundo o autor, no Rio de Janeiro em 1931, nasceu o primeiro jornal inteiramente dedicado ao esporte: o Jornal dos Sports. “No início do século XX, o Rio de Janeiro pulsava e impulsava o Brasil. E no Rio os jornais dedicavam também cada dia mais espaço ao futebol” (COELHO, 2011, p. 9). Na época, o futebol era um esporte de elite. Segundo o autor, a adoção do futebol pelos negros por meio do time do Vasco da Gama, ajudou na popularização do esporte.

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De acordo com Coelho (2011), a televisão chegou ao Brasil na década de 1950 e foi um novo campo de atuação para a mídia esportiva. No dia 15 de outubro do mesmo ano, a TV Tupi exibiu pela primeira vez um programa de esportes. O Palmeiras venceu o jogo entre São Paulo e Palmeiras por 2x0. O sucesso dessa transmissão é fundamental para que outras rádios do país incluam programas esportivos em sua grade. "Mesa Redonda", na TV Record em 1954, foi o primeiroprogramatelevisivodeseutipo.OprimeirocampeonatomundialdefuteboldaSeleção Brasileira em 1958 foi um divisor de águas para o jornalismo esportivo finalmente se firmar (COELHO, 2011).

foi estabelecida após 1931, com a primeira transmissão de um jogo ao vivo em São Paulo, pela Rádio Sociedade Educadora Paulista. A partida reuniu times paulistas e paranaenses.

A partir daí, com o crescente aumento das receitas de transmissão, as emissoras de TV começam a competir pelos telespectadores de programas esportivos. “Os esforços da TV para focar a atenção do público nos esportes vendeu muito bem em termos de audiência.” (COELHO, 2011, p. 157). À medida que o público cresce, o jornalismo precisa então investir na qualificação dos profissionais da área.

Segundo Coelho (2011), somente em 1960 foi lançada no país uma revista inteiramente voltada ao esporte. O aventureiro e dono do negócio chama se João Saldanha e, segundo o autor, nem mesmo Saldanha acreditava que a Placar (nome da revista) passaria da primeira edição.

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3.2 A presença da mulher no jornalismo esportivo

Em comparação com os homens, as mulheres começaram bem tarde no jornalismo esportivo. A própria prática do noticiário esportivo brasileiro decorre da popularidade do futebol no país no início do Século XX Era considerada a "parte menos nobre" do jornalismo eatraíajornalistasnãotãoambiciosos,oumesmo nãotãotecnicamenteproficientes(STYCER, 2007).

Além disso, os salários pagos a esses jornalistas eram inferiores, por exemplo, aos jornalistas políticos de maior prestígio da época. Stycer (2007, p. 5) define bem essa situação. Ele resumiu a experiência dos jornalistas esportivos em 1927: “Não fosse pelo lanche que os clubes ofereciam nos dias de treino, alguns desses repórteres morreriam de fome”.

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No Brasil, a jornalista Regiani Ritter foi a primeira mulher a participar da cobertura de uma Copa do Mundo, o que ocorreu na Copa da Itália em 1990. Conforme Santos (2012), Regiani foi a primeira repórter esportiva de uma rádio brasileira e a primeira narradora âncora em uma Copa do Mundo.

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Uma das áreas em que o jornalismo é mais misógino, são os editoriais de esportes em revistas, jornais, portais de Internet, rádio, televisão ou outros canais online. Como, no esporte as notíciasmais lidas dopaís são relacionadas aofutebol, asituaçãoseagrava.Afinal, deacordo com o mantra internalizado em nossas mentes, “futebol não é coisa de mulher”.

Mesmo assim, quando os temas são salário de base, jornada de trabalho e funções desempenhadas por repórteres, a diferença é óbvia. Segundo Rocha (2007), a grande maioria dos cargos administrativos é ocupada por homens. Além disso, em comparação com os repórteresdosexomasculino,asmulheres continuamaexercerasmesmasfunçõesnasredações por mais tempo, sem promoções.

Para Mota (2013 apud RIBEIRO, 2017), os homens ainda dominam as redações dedicadas aos eventos esportivos, enquanto as mulheres ainda não estão totalmente integradas a esse campo profissional. Segundo a autora, isso se deve à influência do preconceito, pois os homens ainda consideram o trabalho das mulheres questionável e pouco crítico.

Em 1986, as mulheres que atuavam no jornalismo representavam 36% dos profissionais no país. De acordo com o relatório da Relação Anual de Informações Sociais do Ministério do Trabalho, dez anos depois os dados mostravam que, em cada 10 repórteres, quatro profissionais são mulheres. (ROCHA, 2007).

O assédio moral e o assédio sexual são considerados violências, e um acaba originando o outro. Embora a violência moral seja um fenômeno milenar, ela tem recebido maior atenção como desencadeador de sofrimento no trabalho, principalmente devido à flexibilização das relações trabalhistas e às mudanças no mundo do trabalho (NUNES, 2011).

3.3 Gênero, trabalho e assédio

De acordo com Santos (2012), as primeiras mulheres a se profissionalizarem no jornalismo esportivo não foram atletas, apesar da proximidade das mulheres com o mundo dos esportes advir da prática esportiva.

no meio esportivo

Deacordo com pesquisa realizadapelo Data Folha (2017),42% das mulheres brasileiras com 16 anos ou mais afirmam ser vítimas de assédio sexual, sendo mais comum relatar assédio sexual entre mulheres com maior instrução, (57%), o que pode estar relacionado à percepção. No local de trabalho, 15% das brasileiras relataram ter sofrido assédio físico (2%) e verbal (11%)

Na visão de Einarsen et al. (2005), o assédio moral pode ser definido como comportamentos hostis repetitivos, ações e práticas dirigidas a um ou mais trabalhadores, de forma consciente ou inconsciente. Além de afetar o desempenho, também prejudica a saúde física ou mental do indivíduo, seu desempenho e o próprio ambiente de trabalho.

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De acordo com a Procuradoria Geral do Trabalho (2019), o assédio moral no trabalho inclui a exposição repetida dos trabalhadores a situações humilhantes e vexatórias. Em relação ao assédio sexual, de acordo com o Artigo 216 A, é considerado crime e compreende constranger alguém para obter vantagem ou favorecimento sexual, utilizando se de condição superiorParahierárquica.aComissão para a Igualdade no Trabalho e no Emprego (CITE), mesmo que não sejam presumidos ou condenados, o assédio sexual e o assédio moral podem poluir o ambiente de trabalho e podem ter um efeito prejudicial para a vítima e para a própria entidade empregadora, pública ou privada. Além disso, tem impacto financeiro no serviço nacional de saúde e no sistema de segurança social. Para os empregadores, o aumento do absenteísmo, a queda repentina da produtividade e o aumento da rotatividade dos empregados têm causado prejuízos econômicos. Além disso, para o sistema previdenciário, isso significa um aumento nas baixas psiquiátricas pagas pela Previdência Social (CITE, 2019)

Em entrevista realizada com as jornalistas Natália Beatriz e Victória Monteiro, do podcast Resenha de Mulheres, pôde se perceber que a realidade do ambiente esportivo para as

Segundo Glina e Soboll (2012), o assédio moral no trabalho refere se ao padrão de relacionamento entre as pessoas no ambiente de trabalho. Existem muitas definições, cada uma das quais enfatiza determinados aspectos.

4 4.1RESULTADOSOassédiosofrido

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mulheres que atuam nele é bastante estressante, no que tange ao assédio e ao descaso de alguns homens. A entrevista foi realizada em formato de podcast pelas futuras jornalistas Amanda Cunha, Ana Beatriz e Kainara Lima, no podcast Mulheres no Jornalismo

O Resenha de Mulheres era, inicialmente um quadro dentro de um canal do YouTube que tratava de assuntos ligados ao futebol, principalmente dos clubes paulistas. Devido à pandemia por falta de jogos, o que impedia que o canal produzisse vídeos, foi criado o podcast. O primeiro episódio foi ao ar no mês de junho de 2020. Após dois meses, as criadoras do podcast receberam a proposta de uma agência para uma parceria

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Outra forma de violência relatada pelas entrevistadas diz respeito ao desprezo à opinião feminina neste meio. Muitos homens que fazem parte do ambiente do jornalismo esportivo, em especial no futebol, desprezam a opinião de repórteres mulheres apenas pelo fato de serem mulheres. Segundo Victória, ouvir que a repórter mulher está nessa posição apenas por ser bonita é algo bastante comum.

As entrevistadas acreditam que o público do futebol feminino é mais consciente que o do futebol masculino às questões de gênero, diversidade, entre outras. Não houve episódios de violência nos momentos em que atuaram diretamente com esse público, no entanto, a entrevistada Victória afirmou que quando era assessora já foi barrada em centros de treinamentos pelos seguranças, pelo fato de ser mulher.

Outroponto discutido pelasentrevistadas é apreferênciadada ao profissional masculino nesse meio. Muitas empresas de mídia preferem contratar homens ao invés de mulheres para uma vaga na área, apesar de que isso está mudando aos poucos.

Em outro episódio do podcast Mulheres no jornalismo, Amanda Cunha, Ana Beatriz e Kainara Lima entrevistaram Priscilla Chandretti, ex presidente do Sindicato dos Jornalistas Na entrevista, Priscilla afirma que nunca sofreu assédio no exercício da profissão, mas que recebia muitas denúncias de assédio sofrido por jornalistas mulheres. A entrevistada também afirmou que o Sindicato tem procurado ao longo dos anos implementar cláusulas, nas convenções coletivas da categoria, que garantam às mulheres o direito contra o assédio sexual. De acordo com Priscilla, ainda há resistência por parte das empresas em aceitarem esse tipo de proteção.

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Ao ingressar nesse ambiente, embora alguns avanços tenham ocorrido no campo das notícias esportivas, as mulheres ainda enfrentam o machismo, a desconfiança em relação às suas habilidades profissionais, o assédio e a objetificação de seus corpos.

Por muito tempo, as mulheres foram forçadas a assumir tarefas familiares e maternas, e tiveram que lutar por direitos básicos como trabalho e voto. Porém, ao obter o direito ao trabalho, elas se deparam com uma hierarquia de gênero, que lhes impõe papéis subordinados. O progresso da industrialização resultou em um aumento no número de mulheres profissionais desde a década de 1970.

Lutar por direitos iguais não é responsabilidade de um grupo social específico, mas de todos. Registrar aspectos importantes dessa luta é o primeiro passo para a transformação. Não é apenas uma mudança em um campo profissional, trata se de uma mudança na própria sociedade.

No entanto, ainda hoje enfrentam várias adversidades no mercado de trabalho: sofrem com dupla jornada, baixos salários (até as mesmas funções que os homens), discriminação de gênero e vários tipos de assédio. No jornalismo, essa supremacia não foge à regra, principalmente quando entramos no campo dos esportes.

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Foi somente no século XIX que as mulheres começaram a entrar nas redações profissionais em pequenos veículos. Mesmo que passem a assumir cargos de gestão, o trabalho ainda é considerado secundário. Nas grandes redações, a participação feminina no jornalismo só ocorreuum século depois Desdeentão,elas vêm aumentando suarepresentatividadenaárea. Embora haja poucas pesquisas sobre assédio moral e sexual contra jornalistas, tudo indica que isso ocorre com frequência nas redações de todo o Brasil.

Opresenteartigo, formadoporpesquisabibliográficaepelaentrevistacomprofissionais mulheres que atuam no meio esportivo tem a pretensão de lançar luz sobre o assunto, sem a pretensão de ser a última palavra sobre ele. A entrevista realizada com as jornalistas Natália Beatriz e Victória Monteiro apresenta apenas uma ponta do imenso iceberg que é a atuação das mulheres jornalistas em um ambiente ainda dominado pelos homens.

SANTOS, Vanessa de Araújo. As Bolas da Vez: A invasão das Jornalismo Esportivo Televisivo Brasileiro. 2012. Número de folhas 40. Monografia. Comunicação Social. Centro Universitário de Brasília. Brasília.

ROCHA, Paula Melani. Mulher Jornalista Relações Familiares e Profissionais. Comunicación e Cidadania. Nº 01. 2007.

STYCER, Maurício José. Jornalismo Esportivo: 110 anos sob pressão. Artigo acadêmico. apresentado no VII Encontro dos Núcleos de Pesquisa em Comunicação no XXX Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação Santos 29 de agosto a 2 de setembro de 2007. Disponível em: <http://www.intercom.org.br/papers/nacionais/2007/resumos/R2356 1.pdf> Acesso em: nov. 2021.

COELHO, Paulo Vinícius. Jornalismo esportivo. 4ª ed. São Paulo: Contexto, 2011.

SOARES, Edileuza. A bola no ar: o rádio esportivo em São Paulo. São Paulo, SP: Summus Editorial, 1995.

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Trabalho de Conclusão de Curso em Jornalismo. Ano 2021.

REFERÊNCIAS

APEX CONTEÚDO ESTRATÉGICO. O perfil do jornalista brasileiro em 2018. Curitiba, PR, 12 de setembro de 2018. Disponível em: < https://apexconteudo.com.br/o perfil do jornalista brasileiro em 2018/>. Acesso em: nov. 2021.

DATA FOLHA. Assédio sexual entre as mulheres. 29 e 30/11/2017. Disponível em: df<http://media.folha.uol.com.br/datafolha/2018/01/11/bfed1c72cc0eff5f76027203648546c5bbe9923c.p>.Acessoem:nov.2021.

COMISSÃO PARA IGUALDADE NO TRABALHO E NO EMPREGO CITE. Assédio no trabalho: algumas consequências do assédio, 2019. Disponível em: <https://assedio.cite.gov.pt/o assedio no trabalho/algumas consequencias do assedio/>. Acesso em: nov. 2021.

EINARSEN, S. The nature, causes and consequences of bullying at work: The Norwegian experience. Pistes, Australia, v. único, n. 1, p. 5 7, 2005. Disponível em: <https://journals.openedition.org/pistes/3156>. Acesso em: nov. 2021.

Procuradoria Geral do Trabalho. O ABC daviolência contra a mulher notrabalhono Brasil, 2019. Disponível em: <https://movimentomulher360.com.br/wp content/uploads/2019/01/cartilha_violenciagenero 11.pdf>. Acesso em: nov. 2021

1.Título

3. Plano Estratégico

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APÊNDICE

Primeira Fase: Nos reunimos em grupo para definir um tema geral para o trabalho e dividimos as funções de cada integrante do grupo, criamos o nosso logo e as artes para postagem.

2. Ficha técnica do Produto

Segunda Fase: Fizemos levantamentos e pesquisas para procurar as fontes específicas para o nosso trabalho, marcamos as entrevistas, produção de perguntas e roteiros para cada entrevistado.

O On Podcats é um arquivo digital com uma linguagem acessível que aborda em 3 episódios de 10 minutos cada e teve a participação de 6 entrevistadas da área enfatizando através de seus relatos e vivências a importância da mulher no jornalismo e principalmente as dificuldades e preconceitos enfrentados.

Terceira Fase: As apresentadoras do Podcast realizaram reuniões antes de cada entrevista, fizemos em conjunto as decupagens e a edição do produto final também foi marcada e realizada.

4. Descrição do Produto

Para a criação do produto, escolhemos o formato em Podcast, por se tratar de um conteúdo em áudio,rápidoefácildeserescutadoedisponibilizadoatravésdeumarquivooustreaming,oPodcast tem uma linguagem mais acessível a grande parte da população. A Linguagem do nosso produto traz dados evidenciando o papel da mulher no jornalismo e contando as dificuldades de ser mulher nessa profissão, fizemos um bate papo com as jornalistas de uma forma mais centralizada, realizamos as entrevistas pela plataforma Zoom, e gravamos o áudio pelo computador no programa Audacity. Por tanto neste trabalho utilizaremos nossas vozes “femininas” com o intuito de chamar a atenção para esse cenário de desigualdade, violência e assédio. No final de todo o processo os

On Podcats

Trabalho de Conclusão de Curso em Jornalismo. Ano 2021. ouvintes terão a oportunidade de baixar o áudio na memória do seu celular, com a opção de ouvir off line.

7. Função individual

6. Público a ser atingido

O público alvo do podcast na grande maioria são mulheres, mas conta com homens da profissão que abordamos.

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Nossas convidadas falam sobre assuntos similares e dentro do mesmo nicho a ser abordado. O áudio de cada vinheta é inserido para estimular o ouvinte para o próximo. A trilha sonora designada para o podcast foi inserida para descontração de um assunto tão sério.

Apresentadora / Repórter

5. Estratégias para definição

B) Orçamento

Como os empregos oferecidos pelo Jornalismo possuem uma “capacidade” de empregadas mulheres, definiu se por este grupo, ficando excluídas as mesmas.

A) Cronograma:

Logo

8. Documentação

A) Transcrições completas

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OHISTÓRICOobjetivoémostrar

Nossa questão é o que o jornalismo brasileiro tem feito para proteger as jornalistas contra esses ataques? Precisamos reforça que a sociedade e o meio jornalístico deve ser menos machista e proporcionar mais segurança para essas profissionais, permitindo assim que elas possam mostrar o verdadeiro papel da mulher no jornalismo.

o quanto a descriminação e a violência contra mulheres jornalistas está fortemente presente no ambiente jornalístico, tomando uma proporção enorme seja lá qual for o segmento jornalístico de escolha de cada jornalista mulher no mundo.

Trabalho de Conclusão de Curso em Jornalismo. Ano 2021. 16 Pré Pauta PAUTA NOME DO OnPodcatsVEÍCULO EDITORIARádio MulheresTEMA/ASSUNTOnoJornalismo EDIÇÃO 02_/__06__/__2021

NataliaFONTESeVictória

Priscilla Chandretti jornalista e ex presidente do Sindicato dos jornalistas

jornalistas e apresentadoras

Lillyane Nscimento repórter

GraceAbdou repórter

Diante da flexibilização da quarentena e se essa se manter, iremos tentar a realização das entrevistas presencialmente mantendo o distanciamento social e os protocolos de segurança, caso não seja possível a mesma será realizada via online.

Pesquisas iniciais sobre Mulheres no Jornalismo (02/06/2021), saber quais as discriminações de gênero e violência sofrida por essas mulheres em seu ambiente de trabalho. De que forma o Podcast pode auxiliar na visibilidade desse assunto e melhorias para elas, o que o Brasil tem feito para proporcionar proteção as jornalistas.

Elisângela Carrera apresentadora e repórter

Trabalho de Conclusão de Curso em Jornalismo. Ano 2021. 17

ALINHAMENTO EDITORIAL ENFOQUE/ANGULAÇÃO

Sinopse

On Podcast é um arquivo digital de cinco estudantes de jornalismo, em parceria com a Universidade Cruzeiro do Sul, cujas convidadas protagonistas são mulheres que atuam na área da comunicação. Suas histórias, muito distintas na forma, porém extremamente semelhantes

final será a produção de um podcast justamente por ter uma linguagem mais acessível a grande parte da população, iremos trazer dados evidenciando o verdadeiro papel da mulher no jornalismo e também nos diversos meios de comunicação, faremos a junção de informações e entretenimento. Utilizaremos nossas vozes “femininas” com o intuito de chamar a atençãoparaessecenáriodedesigualdades euniversoemsuagrandemaioriamasculino,quemuitas vezes, inibi e cala a voz da profissional feminina da área jornalística. No final de todo o processo os ouvintes terão a oportunidade de baixar o áudio na memória do seu celular, com a opção de ouvir off line, visto que nos dias de hoje o celular é quase que um acompanhante fiel do ser humano. Dessa forma também poderão compartilhar nosso trabalho alcançando muitas pessoas.

Marilene Freitas assessoria de comunicação

OOBSERVAÇÃO:nossoproduto

Trabalho de Conclusão de Curso em Jornalismo. Ano 2021.

no conteúdo, nos levam a refletir sobre a violência digital, assédio, o que o Brasil tem feito para proteger essas jornalistas e também sobre a escassez da mulher negra nas bancadas do telejornalismo. Um assunto descontraído, relevante e, ao mesmo tempo, impactante e revoltante.

LOCUTOR(ES)NAAPRESENTAÇÃOBEATRIZ:VOZDO(S)

B) Roteiros e decupagens

MÚSICAS E EFEITOS FUTURE BASS SUMMER NOME PROGRAMADO ONPODCAT’S

LOCUTOR(ES)NAAPRESENTAÇÃOAMANDA:VOZDO(S)

LILLIANY NASCIMENTO, SEJA BEM VINDA...

OLÁ OUVINTES, EU SOU A ANA BEATRIZ E É UMA HONRA TER VOCÊS NESSE MOMENTO PARA FALAR DE UM ASSUNTO TÃO DELICADO, PORÉM NECESSÁRIO, QUE DÁ UMA ESPERANÇA PARA MULHERES NESSA ESFERA DO MERCADO DE TRABALHO. E PARA DAR INÍCIO A ESSE PROJETO TEREMOS NOSSA PRIMEIRA CONVIDADA QUE QUEBROU ESSE ESTEREÓTIPO DA “FEMINIZAÇÃO” DA CULTURA JORNALÍSTICA, APAIXONADA PELA INVESTIGAÇÃO E UMA INCRÍVEL REPÓRTER INVESTIGATIVA NO PROGRAMA “CIDADE ALERTA”

TEMA: MULHERES NO JORNALISMO VIOLÊNCIA CONTRA MULHERES JORNALISTAS

ROTEIRO DE PODCAST 1° EPISÓDIO 1° ENTREVISTA R LILLIANY NASCIMENTO

(1”27 / 1”53)

DURAÇÃO: 5 MINUTOS

MUSICA DE ABERTURA FUTURE BASS SUMMER

LILLIANY, SEJA BEM VINDA, É UMA HONRA TER VOCÊ AQUI COM A GENTE NO NOSSO PRIMEIRO EPISÓDIO DO ONPODCATS O PODCAST DA UNIVERSIDADE CRUZEIRO DO SUL. QUE VAI FALAR SOBRE MULHERES NO JORNALISMO E A DISCRIMINAÇÃO DE GÊNERO QUE FORTEMENTEESTÁ PRESENTE NO AMBIENTE JORNALÍSTICO. EU SOU A AMANDA E CHEGO NESSA EDIÇÃO COM AS MINHAS COLEGAS ANA BEATRIZ E KAYNARA.

VINHETA: 0”01 / 0”14

1”00 / 1”25

18

OBRIGADA PELO CONVITE, ESTOU MUITO FELIZ DE PARTICIPAR DO PODCAST DE VOCÊS E ESTOU PRONTA PARA RESPONDER AI, OQUE VOCÊS TIVEREM DE DÚVIDAS, QUISEREM SABER SOBRE ESSE

19

(16”48 / 19”45)

DA PRA PERCEBER QUANDO UM ELOGIO SE TORNA UMA COISA DESAGRADÁVEL E NÓS MULHERES NÃO NOS SENTIMOS CONFORTÁVEIS COM ISSO, NA SUA OPINIÃO COMO AS MULHERES DEVEM REAGIR AO PASSAR POR ESSA SITUAÇÃO?

BOM EU ACHO QUE CADA MULHER REAGE DE UM JEITO, PORQUE, TEM MUITAS MULHERES QUE DIGAMOS ASSIM, FICAM DESCONCERTADAS E LEVAM AQUILO E AQUILO VIRA UM PROBLEMA É, VIRA ATÉ UM PROBLEMA ASSIM PSICOLÓGICO PRA PESSOA, ELA VAI MARTIRIZANDO ‘’ POXA, PORPASSEIAQUILO, PASSEI POR AQUILO’’ E VIRA UM TRAUMA, SÃO VARIAS POSSIBILIDADE DE LI DAR. EU POR EXEMPLO, QUANDO EU PERCEBO UMA SITUAÇÃO ASSIM É DESAGRADÁVEL DE ME EXPOR QUE EU NÃO GOSTEI DE ALGUM JEITO, EXEMPLO,POREU CHEGO EM UM GRUPO DE HOMENS...PRONTO, VOU DAR EXEMPLOO PERFEITO PARA VOCÊS, NA MINHA GRAVAÇÃO DE HOJE EU ENTREI EM UMA COMUNIDADE, UMA COMUNIDADE BEM PERIGOSA, DOMINADA PELO CRIME ORGANIZADO, PELO TRÁFICO DE DROGAS, EU QUETIVETER AUTORIZAÇÃO DO COMANDO PARA ENTRAR, ENTREI E GRAVEI. ERA UM CASO DE ASSASSINATO, NA HORA EM QUE EU ESTAVA INDO TINHAEMBORAUM GRUPO EM UMA ESQUINA DE UNS HOMENS ASSIM, QUEACREDITOTRAFICANTES NÉ? ELES ESTAVAM ARMADOS TAMBÉM, E NA QUHORAEEU VIM PASSANDO, MEU CINEGRAFISTA, MEU AUXILIAR, EU VIM E EU JÁ PERCEBI ELES ME OLHANDO DE LÁ, E COM UMAS CONVERSINHAS, UMAS RISADINHAS, EU PERCEBI QUE ERA UMA MALDADE, POR EU MULHER,SER E COMEÇARAM A OLHAR, E EU ANDANDO, INDO EM DIREÇÃO AO

RESPONDE:ENTREVISTADA(TEC)

16”35/ 16”47

RESPONDE:ENTREVISTADA(TEC)

(1”55 / 2”16)

MUNDO NÉ. ONDE AS MULHERES ATÉ POUCO TEMPO NÃO SERIAM BEM VINDAS OU TALVEZ VISTAS COM BONS OLHOS, MAIS QUE AGORA A GENTE ESTÁ DOMINANDO AÍ.

Trabalho de Conclusão de Curso em Jornalismo. Ano 2021.

LOCUTOR(ES)NAAPRESENTAÇÃOAMANDA:VOZDO(S)

CARRO CHEGANDO PRÓXIMO DELES, E ELES ME OLHANDO ME ,INTIMIDANDOELESQUERIAM ME INTIMIDAR, A MINHA FORMA DE REAGIR. AI ESSETINHAGRUPO DE HOMENS ACREDITO QUE TRAFICANTES, VI UM ARMADO, E ME OLHANDO, EU ESTAVA ATÉ ATRAVESSANDO O CÓRREGO E INDO DIREÇÃOEM

AMANDAENCERRAMENTO:

VINHETA 1”56 / 1”59 MUSICA DE ENCERRAMENTO FUTURE BASS SUMMER

ROTEIRO DE PODCAST 1° EPISÓDIO 2° ENTREVISTA PRISCILLA CHANDRETTI

Trabalho de Conclusão de Curso em Jornalismo. Ano 2021.

20

AO CARRO E ELES ESTAVAM ME OLHANDO DE UMA FORMA ASSIM, MALDOSA, UM CONVERSANDO COM O OUTRO, PIADINHA, TAL E SENTIEUQUE ELES ESTAVAM QUERENDO ME INTIMIDAR QUAL QUE É A MINHA FORMA DE REAGIR EM UMA SITUAÇÃO DESSA, E O QUE ME FAZ BEM, ENTÃO EU AGI DESSE JEITO E EU NÃO LEVO PRA PORQUECASA PARA MIM FIZ, ALI ESTÁ RESOLVIDO, RESOLVO DO MEU JEITO, NA HORA QUE EU ESTAVA PASSANDO PERTO DELES, EU OLHEI E FALEI ASSIM ‘’ BOM DIA TUDO BEM? ’’ OLHEI NOS OLHOS DE CADA UM, E ELES, DIA,BOMBOM DIA, MEIO QUE DERAM UMA RECUADA, ENTÃO ASSIM A MINHA FORMA DE REAGIR EM UMA SITUAÇÃO QUE EU PERCEBI QUE QUERIAMELES ME CONSTRANGER, DE ALGUM JEITO POR EU SER MULHER, OLHANDO,ESTAROLHANDO PRO MEU CORPO, ENTENDEU? E ACREDITO QUE, TALVEZ HOJE NÃO, PORQUE EU PROVEI QUE EU SEI TRABALHAR, QUE EU TRABALHO DIREITINHO, MAIS MUITAS VEZES EU ACREDITO QUE A PESSOA OLHA E VÊ... AH! É UMA MULHER NOSSA, CORPO BONITO, UMA MULHER BONITA E ESQUECE QUE POR DE TRÁS DESSA MULHER TEM LÁ A LEOA, UMA BAITA PROFISSIONAL, E QUE QUER RESPEITO. 27”57 / 28”14 CHEGAMOS AO TÉRMINO, QUE HONRA PODER CONVERSAR COM ESSA MULHER TÃO RENOMADA NA TV E SOBRE UM ASSUNTO IMPORTANTÍSSIMO QUE NÃO É ABORDADO FREQUENTEMENTE. LILLIANY QUEREMOS TE AGRADECER IMENSAMENTE! PELA ATENÇÃO E PELA PARTICIPAÇÃO, MUITO OBRIGADA E SUCESSO.

DURAÇÃO: 5 MINUTOS

RESPONDE:ENTREVISTADA(TEC)

PRISCILA PARA VOCÊ QUAIS AS PRINCIPAIS BARREIRAS PARA A ENTRADA DAS MULHERES NO MERCADO DE TRABALHO? E QUAIS AÇÕES PODERIAM MUDAR ESSE QUADRO DE DESIGUALDADES DE OPORTUNIDADES E SALÁRIOS?

VINHETA: 0”01 / 0”14

1”30 / 1”38

FUTURE BASS SUMMER NOME PROGRAMADO ONPODCAT’S

MUSICA DE ABERTURA FUTURE BASS SUMMER

MÚSICAS E EFEITOS

21

PRISCILLA: OI GENTE TUDO BOM? FALA DAS REPÓRTERES: TUDO SIM.

(26”40 / 29”32)

AMANDA: DESDE A REFORMA TRABALHISTA SOMOS UMA DAS CATEGORIAS MAIS ATACADAS COM DEMISSÕES EM MASSA, PERDAS DE DIREITOS, ASSÉDIO MORAL, INTIMIDAÇÃO E EXPOSIÇÃO A VIOLÊNCIA. O JORNALISTA PASSA POR SITUAÇÕES ONDE SOFRE SEJADIARIAMENTEMUITOBEM VINDA PRISCILLA!!!

PERGUNTA DIFÍCIL, EU ACHO QUE A GENTE TEM UMA SITUAÇÃO QUE ELA É, ELA É MUITO ENRAIZADA NO SISTEMA CAPITALISTA ASSIM SABE, EU ACHO QUE BOA PARTE DA SITUAÇÃO QUE A GENTE VIVE E PELO FATO DE QUE PARA OS EMPRESÁRIOS, PARA OS PATRÕES SEMPRE INTERESSA É PELO AQUELE CONJUNTO DE TRABALHO ALI QUE ELE TEM, ELE GASTAR O MÍNIMO POSSÍVEL COM A FOLHA DE PAGAMENTO DELE, ENTÃO ASSIM SEMPRE QUE ELE PODE ECONOMIZAR NA FOLHA DE PAGAMENTO DELE , ELE VAI ECONOMIZAR, E NA MINHA OPINIÃO ISSO SEMPRE FOI VERDADE AO LONGOS DOS ANOS QUE A GENTE TEM VISTO UMA CRISE DO FINANCIAMENTO DO JORNALISMO PERVERSA, TEM SIDO MAIS

LOCUTOR(ES)NAAPRESENTAÇÃOBEATRIZ:VOZDO(S)

Trabalho de Conclusão de Curso em Jornalismo. Ano 2021.

TEMA: MULHERES NO JORNALISMO VIOLÊNCIA CONTRA MULHERES JORNALISTAS

AMANDA: (26”26 / 26”38)

NOSSA CONVIDADA PRISCILLA CHANDRETTI VAI AJUDAR COM ALGUMAS QUESTÕES REPRESENTANDO O SINDICATO DOS JORNALISTAS NO DEPARTAMENTO DE MULHERES.

LOCUTOR(ES)NAAPRESENTAÇÃOAMANDA:VOZDO(S)

RESPONDE:ENTREVISTADA(TEC)

0”20 / 0”26

(1”40 / 1”43)

Trabalho de Conclusão de Curso em Jornalismo. Ano 2021.

KAINARA: VOCÊ ACHA QUE A GENTE ESTÁ EVOLUINDO PERANTE ESSAS QUESTÕES OU AINDA FALTA MUITO? 37”49

RESPONDE:ENTREVISTADA(TEC) 35”50 /

VERDADE AINDA , ENTÃO EU ACHO QUE NO CASO DAS MULHERES TEM VÁRIOS FATORES ASSIM , EU ACHO QUE O FATO DE QUE A GENTE É POTENCIALMENTE MÃE , QUE A GENTE EVENTUALMENTE UM DIA VAI SER MÃE ,QUE A GENTE EVENTUALMENTE UM DIA VAI FALAR CARA NÃO DÁ PRA FAZER 12 HORAS HOJE, EU NÃO POSSO HOJE ENTRAR ÀS 8HS DA MANHÃ E SAIR ÀS 8HS DA NOITE PORQUE EU TENHO QUE BUSCAR MEU FILHO NA ESCOLA. UMA SOCIEDADE QUE POR OUTRO LADO O PAI PODE FALAR ISSO COM MAIS TRANQUILIDADE E NESSAS SITUAÇÕES DE PANDEMIA O QUE A GENTE VIU FOI MUITO ISSO, EU ACHO QUE NA NOSSA CATEGORIA ATÉ TEM MAIS PAIS DEDICADOS A CUIDAR DA CASA, A CUIDAR DO FILHO, MAS SOCIALMENTE É INEGÁVEL QUE AS MULHERES DE UMA FORMA EM GERAL ASSUMEM ESSA CARGA QUASE NO TOTAL, ATÉ ANTES DA PANDEMIA PESQUISAS DO IBGE MOSTROU QUE AO LONGO DO ANO, DO CONTRÁRIO DO QUE A GENTE ACHA, NA MEDIDA QUE O TEMPO ESTÁ PASSANDO, ESTÁ AUMENTANDO A DIFERENÇA DE CARGA HORÁRIA DE MULHERES E HOMENS POR CONTA DO SERVIÇO DOMÉSTICO QUE AS MULHERES ESTÃO PASSANDO CADA VEZ MAIS TEMPO, ENTÃO É A MULHER QUE SE TEM UM PARENTE QUE FICA DOENTE, É A MULHER QUE SAI DO TRABALHO PARA PODER CUIDAR DO PARENTE, E A MULHER QUE QUANDO O FILHO NASCE OU DEPOIS ELA PRECISA SAIR DO EMPREGO OU A EMPRESA DEMITE PORQUE ELA ESTÁ COM O FILHO PEQUENO DOENTE, E NÃO CONSEGUE FAZER MAIS O QUE ELA FAZIA ANTES. E ASSIM VAI IMPEDINDO INCLUSIVE QUE A GENTE PROGRIDA NA CARREIRA, PORQUE SE TODA VEZ QUE A GENTE PRECISA SAIR DAQUELA CONTRATAÇÃO, VOCÊ TRABALHA NA EMPRESA ESTÁ SE DESENVOLVENDO AÍ O FILHO FICA DOENTE É A MULHER QUE CUIDA, QUANDO VOCÊ VOLTA, VOCÊ VAI VOLTAR PRA OUTRA EMPRESA E COMEÇAR TUDO DE NOVO.

KAYNARA: 43”35 / 43”47

22

PRISCILLA: EU ACHO QUE AS VEZES CONQUISTA ALGUMAS COISAS MAS OLHANDO DE UMA FORMA GERAL ,EU ACHO QUE A GENTE TEM REGREDIDO EM RELAÇÃO A SITUAÇÃO SOCIAL EM QUE A GENTE VIVE , NA SITUAÇÃO ECONÔMICA QUE A GENTE VIVE E AÍ ACABA QUE ISSO PUXA OS NOSSOS DIREITOS , ENTÃO FALEI ESSE NEGÓCIO DO IBGE QUE TÁ AUMENTANDO A DIFERENÇA DE CARGA DE TRABALHO , MAS TAMBÉM ESTÁ AUMENTANDO O NÚMERO DE MULHERES QUE NÃO TEM EMPREGO FORMAL QUE É EMPURRADA PRO DESEMPREGO E ESSA SITUAÇÃO ECONÔMICA ELA POTENCIALIZA A SITUAÇÃO DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA , A SITUAÇÃO EM QUE A MULHER NÃO TEM UMA INDEPENDÊNCIA FINANCEIRA PRA PODER SE FIRMAR E NÃO ACEITAR SITUAÇÕES , ENTÃO A GENTE TEM

AMANDA E

AMANDA E ANA BEATRIZ: BOA NOITE

FUTURE BASS SUMMER

VINHETA 1”56 / 1”59

LOCUTOR(ES)NAAPRESENTAÇÃOKAYNARA:VOZDO(S) 0”15 / 0”28

23

LOCUTOR(ES)NAAPRESENTAÇÃOBEATRIZ:VOZDO(S)

NOME PROGRAMADO ONPODCAT’S

CONQUISTAS, A GENTE CONQUISTOU VOU DAR UM EXEMPLO TÁ, A GENTE CONQUISTOU O PROGRAMA EMPRESA CIDADÃ QUE PERMITIU QUE VÁRIAS MULHERES TIVESSEM ACESSO A LICENÇA MATERNIDADE POR 6 MESES, A GENTE CONQUISTOU A LEI MARIA DA PENHA , MAS AÍ É UM PROBLEMA DE COMO EU VEJO A SOCIEDADE QUE A GENTE VIVE QUE EU ACHO QUE ELA PRESSIONA A CLASSE TRABALHADORA PRA GANHAR MENOS, PRA SOFRER MAIS PRA SER MAIS OPRIMIDA E A GENTE PRECISA DE UM MOVIMENTO QUE CONSIGA REAGIR A ISSO DE CONJUNTO NA MINHA OPINIÃO SABE.

MUSICA DE ENCERRAMENTO FUTURE BASS SUMMER

MUSICA DE ABERTURA FUTURE BASS SUMMER

DURAÇÃO: 5 MINUTOS

TEMA: MULHERES NO JORNALISMO VIOLÊNCIA CONTRA MULHERES JORNALISTAS

ENCERRAMENTO: NÃO TEM?

COMPANHEIRAS DE JORNALISMO AMANDA CUNHA E ANA BEATRIZ, BOA NOITE MENINAS.

ROTEIRO DE PODCAST 2° EPISÓDIO 1° ENTREVISTA ELISÂNGELA CARREIRA

MÚSICAS E EFEITOS

Trabalho de Conclusão de Curso em Jornalismo. Ano 2021.

OLÁ QUERIDOS OUVINTES, SEJAM BEM VINDOS A MAIS UM EPISÓDIO DO NOSSO PODCATS, AO MEU LADO AS MINHAS

VINHETA: 0”01 / 0”14

RESPONDE:ENTREVISTADA(TEC)

(9”22 / 9”59)

RESPONDE:ENTREVISTADA(TEC)

AS DUAS COISAS JÁ ACONTECERAM. JÁ ACONTECEU DE TER UMA PAUTA MUITO BOA, UMA MATÉRIA MUITO BOA E MANDAREM UM HOMEM, PORQUE HOMEM É HOMEM E ELE VAI CONSEGUIR, ISSO ACONTECE E AS VEZES ACONTECE TAMBÉM PELO PRÓPRIO EDITOR CHEFE, PELO PRÓPRIO DIRETOR DO PROGRAMA, QUE FALA “NÃO, MANDA UM HOMEM”. E AS VEZES NÃO TEM UMA JUSTIFICATIVA PARA ISSO, ISSO É MUITO ESTRANHO PORQUE EU JÁ VI. EU FICO PENSANDO “POXA, EU CONSIGO FAZER ISSO, POR QUE NÃO EU?”,

LOCUTOR(ES)NAAPRESENTAÇÃOBEATRIZ:VOZDO(S)

DO TELEJORNALISMO BRASILEIRO E QUE INFELIZMENTE SOFREU UMA AGRESSÃO MUITO RUIM DURANTE UMA REPORTAGEM QUE ESTAVA FAZENDO.

ELA é UM DOS PRINCIPAIS NOMES DO JORNALISMO INVESTIGATIVO, NÓS ESTAMOS FALANDO SOBRE A ELISANGELA CARREIRA, SEJA MUITO BEM VINDA AO NOSSO PODCAST E MUITO OBRIGADA POR TER ACEITADO O CONVITE.

LOCUTOR(ES)NAAPRESENTAÇÃOKAYNARA:VOZDO(S)

EU QUE AGRADEÇO O CARINHO E ESSA INTRODUÇÃO QUE VOCÊS FIZERAM. MUITO OBRIGADA MESMO, FIQUEI MUITO FELIZ COM O CONVITE E ESPERO COLABORAR COM VOCÊS E COM AS PERGUNTAS, COM AS HISTÓRIAS DA MINHA CARREIRA.

DENTRO DA REDAÇÃO JORNALÍSTICA, FALANDO AGORA DAS REDAÇÕES. JÁ SURGIU ALGUMA PAUTA QUE VOCÊ QUERIA MUITO COBRIR, MAS NÃO PODE, POR VOCÊ SER MULHER, NÃO SERIA QUALIFICADA PARA ESTAR COBRINDO AQUELA PAUTA? E TAMBÉM A MINHA OUTRA PERGUNTA SE AO CONTRARIO JÁ ACONTECEU, DE TER PAUTAS QUE FORAM DIRECIONADAS PARA VOCÊ, MAS POR ACASO NÃO QUERIA, MAS FOI DIRECIONADA PROPRIAMENTE PARA VOCÊ POR SER MULHER?

0”29 / 0”30

0”53 / 1”00

Trabalho de Conclusão de Curso em Jornalismo. Ano 2021.

0”33 / 0”52

24

LOCUTOR(ES)NAAPRESENTAÇÃOKAYNARA:VOZDO(S)

8”44/ 9”21

AMANDA: ELISÂNGELA VOCÊ PODERIA DEIXAR UMA MENSAGEM DE RESILIÊNCIA PARA AS FUTURAS JORNALISTAS QUE PRETENDEM INGRESSAR NESSA ÁREA, O QUE ELAS NÃO PODEM MAIS TOLERAR?

(1”07/ 1”21)

BOM GENTE, NESSE SEGUNDO EPISÓDIO TROUXEMOS UMA REPÓRTER E APRESENTADORA QUE É UM DOS PRINCIPAIS NOMES

LOCUTOR(ES)NAAPRESENTAÇÃOVOZDO(S)

25

AÍ EU TERIA TANTA COISA PARA FALAR. PORQUE ASSIM, PRIMEIRO NÃO TENHAM MEDO E FAÇAM POR AMOR. NÓS MULHERES

INFELIZMENTE A GENTE VAI SOFRER PRECONCEITO, A GENTE VAI SER APONTADA, ELA PODE, ELA NÃO PODE, ELA VAI CONSEGUIR, ELA NÃO VAI. MAS MEU, PASSA POR CIMA IGUAL UM TRATOR, PORQUE A GENTE CONSEGUE TUDO, A GENTE FAZ TUDO, E FAZEMOS MUITO BEM. O QUE EU FALO, PRIMEIRO FAÇA POR AMOR E LUTE PELO O QUE VOCÊ QUER E QUALQUER SINAL DE PRECONCEITO, DESRESPEITO, EU NEM SEI QUAL PALAVRA USAR, PASSA POR CIMA E FAÇA O SEU, FOI O QUE EU FIZ, EU FINGI QUE NÃO VIA E IA, “NÃO É PARA MIM ESSA MATÉRIA EU VOU FAZER OUTRA” E VOU FAZER BEM FEITA, AGORA PARA MIM ESSA QUE PODIA SER UM HOMEM, VOU FAZER ESSA TAMBÉM E BEM FEITA. ESSE É NOSSO PAPEL DA MELHOR MANEIRA POSSÍVEL, INDEPENDENTE DE SOFRER OU NÃO, OU ATÉ MESMO ASSEDIO QUE MUITAS MULHERES SOFREM NO AMBIENTE DE TRABALHO SABER CONDUZIR ISSO, SABER SE IMPOR O TEMPO TODO NESSE MEIO. AINDA MAIS EU QUE VIVO NESSE MEIO MASCULINO, É SE IMPOR, MOSTRAR DA ONDE VOCÊ VEIO, DA SUA IMPORTÂNCIA, É SE IMPOR, ACHO QUE ATITUDE É TUDO. ISSO QUE EU FALO PARA QUEM QUER FAZER JORNALISMO, QUEM GOSTA DE JORNALISMO, INDEPENDENTE DE QUEM FOR, VAI IGUAL UM TRATOR. NÃO SE DEIXA ABATER POR ISSO, PORQUE O QUE AS PESSOAS QUEREM É ISSO NÉ, TE DERRUBAR. FAZER COM QUE VOCÊ SE SINTA MAL E INFERIOR. MUITAS PESSOAS FIZERAM ISSO COMIGO, ATÉ MESMO LÁ ATRÁS EM PRUDENTE, EU FICAVA “MEU DEUS COMO ESSA PESSOA ESTÁ FAZENDO ISSO”, MULHER TÁ, MULHER FALANDO PARA MULHER, ME DEIXANDO PARA BAIXO, PASSANDO POR CIMA DE MIM, EU FALAVA “AO INVÉS DELA ESTAR COMIGO, PRA ME AJUDAR, ESTAMOS CRESCENDO JUNTAS” EU VIA AQUILO ALI MAS FALAVA “EU VOU, EU VOU” ERA UM CHORO ALI, UM CHORO AQUI MAS EU FUI E HOJE ESTOU ONDE ESTOU POR DETERMINAÇÃO, POR NÃO DEIXAR QUEM ME DESAPONTAVA, DE REPENTE ME HUMILHAVA, ME DESMERECIA PELO FATO DE SER MULHER. EU NÃO DEIXEI QUE ISSO TOMASSE CONTA DE MIM POR MAIS QUE DOESSE, ENTÃO EU FALEI “SE EU ESTUDEI PRA ISSO E GOSTO DE FAZER ISSO, ENTÃO ESTÁ BOM”. O QUE É MEU, É MEU. O MEU ESPAÇO É MEU ESPAÇO, CADA UM TEM O SEU. CADA UM BRILHA DE UM JEITO, CADA UM CRESCE DE UM JEITO, E PRONTO, CADA UM COM SEU ESPAÇO, CADA UMA DE NÓS. EU TENHO AMIGOS ÓTIMOS NO JORNALISMO, MARAVILHOSOS QUE ACABARAM NÃO AGUENTANDO.

20”43 / 20”52

RESPONDE:ENTREVISTADAENCERRAMENTO:

20”54 / 24”50

Trabalho de Conclusão de Curso em Jornalismo. Ano 2021.

Beatriz: Apresentação(off) na voz locutor(es)do(s)

Músicas e efeitos Future Bass Summer Nome programado OnPodcat’s

Olá Bia, Amanda, ouvintes, estou animada para o nosso segundo episódio!!!!

SOFRERAM MUITAS COISAS NO JORNALISMO, ENFIM E ACABARAM DESISTINDO. EU FALO PARA AS MENINAS TAMBÉM “NÃO DESISTAM, SE VOCÊS GOSTAM DESSA PROFISSÃO, DE TUDO ISSO, VAI NA FRENTE E NÃO PENSE QUE POR VOCÊ SER MULHER VAI SOFRER ALGUMA COISA. SE JÁ FOI COM ESSE PENSAMENTO, PRONTO, ACHO QUE NÃO TEM QUE TER ESSE PENSAMENTO. CADA UM TEM SEU ESPAÇO, TANTO HOMEM QUANTO A MULHER.

Beatriz: Apresentação(off) na voz locutor(es)do(s)

Tema: Mulheres no jornalismo violência contra mulheres jornalistas

VINHETA 1”56 / 1”59 MUSICA DE ENCERRAMENTO FUTURE BASS SUMMER

Então bora começar!

0”04 / 0”16

Olá meninas, ouvintes!! Tudo bem por aqui? Estou animada também para essa conversa.

Duração: 5 minutos

Música de abertura Future Bass Summer

0”20 / 0”25

Roteiro de podcast 1° episódio 2° entrevista Resenha de mulheres

Alguns estudos apontaram que as culturas organizacionais no jornalismo são campos dominados por valores machistas. Para continuar esse assunto convidamos duas de cinco jornalistas que são especialistas quando o assunto é futebol feminino. Bora chamar as

Amanda: Apresentação(off) na voz locutor(es)do(s)

Olá queridos ouvintes, sejam muito Bem vindos ao segundo episódio do nosso PODCAST. Eu sou a Ana Beatriz e ao meu lado estão as minhas companheiras Amanda e Kaynara, tudo bem com vocês?

Kaynara: Apresentação(off) na voz locutor(es)do(s)

26

Trabalho de Conclusão de Curso em Jornalismo. Ano 2021.

Vinheta: 0”01 / 0”14

0”27 / 0”35

27

Repórter (21”25 / 21”49)

Amanda: (off)

Trabalho de Conclusão de Curso em Jornalismo. Ano 2021.

(Amanda) assim, meninas vocês já sofreram algum tipo de violência, pelo fato de serem produtoras, serem mulheres produtoras de conteúdo para a internet? E também pelo fato do podcast de vocês ser voltado para o campo esportivo onde tem uma predominância masculina e diante desta questão também é saber se vocês já foram barradas de falar algum assunto?

(Vitória) Falando pessoalmente já cheguei a passar por algumas situações quando eu trabalhava com assessoria de imprensa várias vezes já cheguei em centro de treinamentos para cobri treino ou para fazer alguma ação com o meu cliente e os seguranças me barraram não deixando eu entrar precisar do cara, pô o atleta vir até a portaria do setor do centro de treinamento para liberar a minha entrada por que nem apresentando documento nem mesmo o atleta ter ligado na portaria deixando avisado que a assessora dele estava chegando no centro de treinamento , os seguranças não queriam liberar por que eles vem mulher eles acham que é maria chuteira, ou que está ficando com um jogador enfim então eles não conseguem comoenxergauma profissional que está ali só para fazer o trabalho dela, fora colegas que já vimos várias vezes acontecer de sofrer ameaça, sofrer tentativa de agressão em estádio ou nos arredores são coisas muito corriqueiras dentro do ambiente esportivo. No futebol feminino é menor mas eventualmente você dá uma opinião ou outra nas redes sociais e você sofre ataques, vem uma galera falar que você não sabe do que você está falando que você está falando besteira, que você só está porque você é mulher ou por que você é bonita, você tem que ficar o tempo todo se provando pelo fato de ser mulher.

(0”14 / 0”32) apresentadoras, do podcast esportivo, resenha de mulheres, Natália e Victoria.

KaynaraEncerramento:

35”25 / 35”57

Eu curti bastante a fala de vocês, o dizer de vocês só enriquece a gente que somos estudantes e estamos trilhando o nosso caminho no jornalismo cada uma na sua escolha de segmento, eu não tenho mesmo mas o que perguntar somente agradecer novamente por terem aceito o nosso convite, agradecer por essa conversa que vocês

2eAproximadamentresponde:Entrevistada(tec) 2”58 a 24”26

(0”39 / 1”31)

responde:Entrevistada(tec)

(Natalia) Olá meninas boa noite, estou muito feliz de estar participando aqui com vocês, desse podcast de um tcc que estão fazendo, para nós é um prazer imenso poder contribuir com a formação acadêmica de vocês, tendo em vista que todas nós já passamos por isso, sabemos quão difícil é poder conciliar esse período da faculdade com outras coisas do cotidiano em nomes das meninas estamos muito felizes de poder está aqui representando o resenha de mulheres e contar um pouquinho de como foi essa nossa trajetória de podcast, que já estamos a um ano falando sobre futebol feminino neste meio que antes não tinha espaço e como não estamos acostumados de ver nós estamos aqui para dar voz a quem antes não tinha.

Duração: 5 minutos

(1”22 / 1”26)

(2”01 / 2”0 4)

(1”39 / 1”59)

HOJE NÓS TEMOS A ILUSTRE PRESENÇA DA GRANDE REPÓRTER

INVESTIGATIVA QUE EM ENTREVISTA PARA O PROGRAMA DO PORCHAT RELATOU QUE SOFREU UMA DAS MAIORES AGRESSÕES NO TELEJORNALISMO BRASILEIRO, ELA ESTAVA COBRINDO PARA O CIDADE ALERTA A PRISÃO DE UM HOMEM ACUSADO DE MATAR MULHER E AO TENTAR ENTREVISTALO FOI AGREDIDA POR ELE COM UM EMPURRÃO, GRACE ABDOU

Tema: Mulheres no jornalismo violência contra mulheres jornalistas

KELLY (cortar o KELLY)

Olá meninas

Trabalho de Conclusão de Curso em Jornalismo. Ano 2021.

OnPodcat’s

ApresentaçãoBeatriz: na voz locutor(es)do(s)

OLA OUVINTES, CHEGAMOS AO NOSSO ÚLTIMO EPISÓDIO MAS NÃO MENOS IMPORTANTE

ApresentaçãoAmanda: na voz locutor(es)do(s)

Vem CONTAR UM POUCO DA SUA HISTÓRIA PARA GENTE responde:Entrevistada(tec)

tiveram com a gente, estou muito grata mesmo, muito obrigado mesmo!

Música de encerramento Future Bass Summer

Música de abertura Future Bass Summer

Kaynara: (off) VOCÊ ACREDITA QUE O BRASIL ALCANÇARÁ A IGUALDADE DE GÊNERO NO MERCADO DE TRABALHO E OUTRA PERGUNTA EM CIMA

Roteiro de podcast 3° episódio 1° entrevista Grace Abdou

Vinheta: 0”01 / 0”14

(2”05 / 2”05)

Nome programado

Músicas e efeitos Future Bass Summer

28

Vinheta 1”56 / 1”59

MENINAS TODAS NÓS EM ALGUMA SITUAÇÃO DA VIDA JÁ PASSAMOS POR ASSÉDIO E SE ALGUMA DISSER QUE NÃO É PORQUE NÃO PERCEBEU ENTÃO A GENTE DE FATO A GENTE SEMPRE VAI PASSAR POR SITUAÇÕES DE DISCRIMINAÇÃO E DE ASSÉDIO MORAL

A SUA RESPOSTA SEJA SIM E VOCÊ ASSIM É SE SINTA CONFORTÁVEL NÉ PARA FALAR SOBRE EU PEÇO ASSIM QUE VOCÊ COMENTE UM POUCO SOBRE ESSE ASSUNTO SE VOCÊ JÁ SOFREU ASSÉDIO NO TRABALHO?

Amanda: (31”12 / 31”34)

PRECISAMOS ESTAR SEMPRE ATENTAS E SE POSICIONAR REGIR FALAR DE ALGUMA FORMA NÃO PRECISA BRIGAR ESCANDALIZAR É BOTAR A BOCA NO TROMBONE, ENFIM NAO É ISSO DE ALGUMA FORMA MOSTRAR QUE VOCÊ NÃO GOSTOU DAQUILO QUE SE SENTINDO INCOMODADA OU ATÉ MESMO QUE VOCÊ NÃO

TAMBÉM O QUE SERÁ PRECISO PARA A GENTE PODER CHEGAR NESSE PATAMAR NESSA EVOLUÇÃO? responde:Entrevistada(tec) (29”16/ 31”07)

Amanda: GRACE ASSIM ESSA PERGUNTA CASO VOCÊ SE SINTA CASO

Trabalho de Conclusão de Curso em Jornalismo. Ano 2021. 29 (28”57 / 29”16)

responde:Entrevistada(tec) (31”55 / 34”25)

A GENTE PRECISA ALCANÇAR ESSE PATAMAR É URGENTE É NECESSÁRIO PORÉM É MUITO DIFÍCIL A GENTE PRECISA ENCARAR ESSA REALIDADE NOS UNIR PORQUE A SOCIEDADE NOS PREPAROU PARA SER TALVEZ PARTADAS UMAS CONTRA AS OUTRAS NÉ POR INVEJA, CIÚMES VAIDADE ENTÃO NA VERDADE NÃO NÓS PRECISAMOS DAR AS MÃOS SENTIR A DOR DO OUTRO COMO SE FOSSE A NOSSA A GENTE PRECISA FALAR QUANDO A GENTE TIVER EM UMA SITUAÇÃO DE DISCRIMINAÇÃO DE ABUSO DE ASSÉDIO DE QUALQUER TIPO DE PRECONCEITO A GENTE PRECISA SE COLOCAR A GENTE PRECISA REAGIR A GENTE PRECISA DENUNCIAR AJUDAR UMAS ÀS OUTRAS PARA QUE AOS POUCOS MUITO POUCO A GENTE CONSIGA DA UM PASSINHO PRA FRENTE A CADA DIA EU CREIO QUE TAMBÉM DIANTE DE PESQUISAS QUE APONTAM QUE A GENTE TA ATRASADO PELO MENOS UNS 100 ANOS 150 ANOS DE PAÍSES MAIS DESENVOLVIDOS SE NÃO ME ENGANO A SUÉCIA QUE TEM UM PATAMAR MAIS IGUALITÁRIO ENTRE SALÁRIOS E CARGOS ENTRE HOMENS E MULHERES ENTÃOA GENTE TA MUITO ATRÁS E A GENTE PRECISA CORRER CONTRA O TEMPO PARA QUE DAQUI TALVEZ CEM ANOS A GENTE CONSIGA ALGUMA EQUIPARIDADE DE IGUALDADE DE CARGO E DE SALÁRIO E DE ESPAÇO NO GERAL

OU SEXUAL TANTO NO AMBIENTE DE TRABALHO QUANTO NA RUA QUANTO ATE NA NOSSA PRATICA DIÁRIA DE JORNALISMO TENDO ACESSO A OUTRAS PESSOAS A OUTRAS COISA ENTÃO É COMO MULHER NÃO SÓ COMO PROFISSIONAL COMO JORNALISTA NÓS

ENTENDEU O QUE A PESSOA QUIS DIZER COM AQUILO COM AQUELA ATITUDE COM AQUELA REAÇÃO AQUELA FALA ÀS VEZES DEVOLVER

NOME PROGRAMADO

(1”26 / 1”55)

30

BOA NOITE AMANDA BEATRIZ KAYNARA QUE ESTÃO AÍ NA ENTREVISTA PARABÉNS A VOCÊS PELO TRABALHO PARABÉNS A UNICSUL VOCÊS ESTÃO NO OITAVO SEMESTRE ESTÃO CHEGANDO AÍ FIM ESTÃO CHEGANDO AÍ NO CAMPO DO JORNALISMO E DESEJO TUDO DE BOM A VOCÊS ESTOU AQUI PARA COLABORAR COM O QUE FOR NECESSÁRIO O QUE FOR PRECISO É UMA FERRAMENTA NOVA AQUI PRA GENTE TAMBÉM NÉ PARA QUEM TEM 34 ANOS DE CARREIRA E A GENTE TAMBÉM ESTÁ SEMPRE APRENDENDO TEM EXPERIÊNCIA, MAS TAMBÉM ESTÁ SEMPRE APRENDENDO

PRA PESSOA É UMA FORMA DE REAGIR SUTILMENTE PERGUNTAR EXPLICA NÃO ENTENDI O QUE VOCÊ QUIS DIZER COM ISSO FAZ A

Encerramento: Não tem?

VINHETA: 0”01 / 0”14

UM FREELANCER NA NOSSA UNIVERSIDADE CRUZEIRO DO SUL SÃO MAIS DE 34 ANOS DE PROFISSÃO E MUITA HISTÓRIA PARA CONTAR E ELA ATENDEU O NOSSO CONVITE E ESTÁ AQUI HOJE PRA CONTAR

RESPONDE:ENTREVISTADA(TEC)

MÚSICAS E EFEITOS

ONPODCAT’S

ROTEIRO DE PODCAST 3° EPISÓDIO 2° ENTREVISTA MARILENE FREITAS

UM POUCO MAIS SOBRE ELA SOBRE A SUA PROFISSÃO SOBRE A SUA EXPERIÊNCIA NO NOSSO RAMO QUE É O JORNALISMO

Música de encerramento Future Bass Summer

LOCUTOR(ES)NAAPRESENTAÇÃOKAYNARA:VOZDO(S)

FUTURE BASS SUMMER

PESSOA PARAR PARA PENSAR E AÍ SIM PENSA DUAS VEZES ANTES DE FALAR OU AGIR DAQUELA FORMA E COMPREENDER QUE NÃO FOI BEM VINDA AQUELA ATITUDE EU ACHO QUE EM QUALQUER

A NOSSA CONVIDADA DE HOJE ELA JÁ PRESTOU O VESTIBULAR EM 1983 EM UMA ÉPOCA QUE ERA PROIBIDO JORNALISTAS FAZER ESTÁGIO, JÁ FOI DO RÁDIO, DA ASSESSORIA DE IMPRENSA E FEZ ATÉ

DURAÇÃO: 5 MINUTOS

TEMA: MULHERES NO JORNALISMO VIOLÊNCIA CONTRA MULHERES JORNALISTAS

MUSICA DE ABERTURA FUTURE BASS SUMMER

Trabalho de Conclusão de Curso em Jornalismo. Ano 2021.

Vinheta 1”56 / 1”59

(0”31 / 1”06)

MARILENE O DESEQUILÍBRIO SALARIAL NÉ NÃO É EXCLUSIVO AO CAMPO DO JORNALISMO É A REALIDADE NO CENÁRIO NACIONAL DA INSERÇÃO DA MULHER NO MERCADO DE TRABALHO VOCÊ JÁ ESTEVE ASSIM EM ALGUMA SITUAÇÃO EM QUE SEU COLEGA RECEBIA UM SALÁRIO MAIOR QUE O SEU DESEMPENHANDO A MESMA FUNÇÃO APENAS POR SER HOMEM?

RESPONDE:ENTREVISTADA(TEC)

MARILENE UM ASPECTOS QUE GERA UMA DISCUSSÃO ENTRE MULHERES JORNALISTAS DO MUNDO INTEIRO É CONCILIAR A CARREIRA QUE ÀS VEZES ACABA INVADINDO O PERÍODO DE DESCANSO COM SEUS PROJETOS FAMILIARES COMO QUE FOI PARA VOCÊ ADEQUAR SUAS TAREFAS PROFISSIONAIS COM A JORNADA DE TRABALHO DOMÉSTICO?

A GENTE TEM ESSA CURIOSIDADE DE SABER SE VOCÊ JÁ SOFREU ASSÉDIO NO SEU AMBIENTE DE TRABALHO?

Trabalho de Conclusão de Curso em Jornalismo. Ano 2021.

RESPONDE:ENTREVISTADA(TEC) (4”39/ 5”03)

OLHA MUITAS VEZES A GENTE PERCEBE ALGUNS ASSÉDIOS VELADOS ISSO EU JÁ PERCEBI BASTANTE E É COMO EU FALEI A GENTE TEM UMA LEI QUE É DEBUTANTE ESTÁ FAZENDO 15 ANOS QUE É A LEI MARIA DA PENHA SANCIONADA EM 2006 ENTÃO A GENTE PODE CONSIDERAR ATÉ QUE É UMA LEI NOVA AINDA ENTÃO EU ACREDITO QUE A GENTE TENHA QUE EXPLORAR OUTRA LEI BUSCAR MAIS OS NOSSOS DIREITOS O NOSSO POSICIONAMENTO E NO CASO DO ASSÉDIO A GENTE VÊ EM TODOS OS LUGARES SEJA NA CONDUÇÃO ÔNIBUS NÉ METRÔ E ATÉ NA RUA RECENTEMENTE A GENTE VIU A MOÇA ANDANDO DE BICICLETA NA RUA E FOI ABORDADA COM UMA CERTA IGNORÂNCIA QUE ERA ATÉ PRA SER UM ATROPELAMENTO NÃO SÓ UM ASSÉDIO ESTÃO VENDO COMO ASSÉDIO MAS TAMBÉM FOI UM ATROPELAMENTO UMA AGRESSÃO AS MULHERES ESTÃO SENDO AGREDIDAS. VIOLÊNCIA, ENTÃO MUITAS VEZES ATÉ DENTRO DE CASA NA RUA NO TRANSPORTE ENTÃO A GENTE TEM QUE SE

EU NUNCA PASSEI POR ESSA SITUAÇÃO, MAS A GENTE VÊ UMA HISTÓRIA DO NOSSO PAÍS NA EVOLUÇÃO QUE A MULHER FICA SEMPRE EM SEGUNDO PLANO NESSAS QUESTÕES A GENTE TEM AÍ QUE CONTINUAR NA BATALHA E TENTAR MOSTRAR SEMPRE QUE NÓS SOMOS CAPAZES E PASSAR POR CIMA DESSAS BARREIRAS KAYNARA: (7”30/ 7”43)

BEATRIZ: (3”14 / 3”29)

(3”32 / 4”12)

AMANDA: (4”15 / 4”35)

31

EU PARTICULARMENTE ADIEI A MATERNIDADE JÁ FOI ASSIM UM POUCO MAIS TARDE POR QUE SABIA COMIGO MESMA QUE SERIA MAIS DIFÍCIL TENTAR ALGO COM UM FILHO COM FAMÍLIA E DA MINHA PARTE PROCUREI FAZER SEMPRE O MELHOR A PARTIR DO MOMENTO EM QUE EU FUI MÃE FICOU MAIS DIFÍCIL MAS EU JÁ TINHA UM POUCO MAIS DE EXPERIÊNCIA MAIS BAGAGEM PARA PODER CONCILIAR MOMENTOS JÁ TINHA MAIS A MINHA INDEPENDÊNCIA FINANCEIRA TAMBÉM QUE FACILITOU BASTANTE

RESPONDE:ENTREVISTADA(TEC)

(7”45 / 10”03)

TEM QUE SE POSICIONAR, SEJA A MULHER SEJA A TRANSEXUAL COMO HUMANA INDEPENDENTE DO QUE ELA FAÇA DA PROFISSÃO

Eu sou a Amanda e chego nessa edição com as minhas colegas Ana Beatriz e Kaynara.

DIREITOS A NOSSA POSIÇÃO, UMA VEZ JÁ ME PERGUNTARAM VC

QUE FUNCIONAR AS NOSSAS LEIS PRECISAM APARECER SEMPRE COM A NOSSA FORÇA E COBRANÇA INDEPENDENTE SEJA DENTRO

Trabalho de Conclusão de Curso em Jornalismo. Ano 2021.

01’’ 01’’25

Beatriz: Olá ouvintes, eu sou a Ana Beatriz e é uma honra ter vocês nesse momento para falar de um assunto tão delicado, porém necessário, que dá uma esperança para mulheres nessa esfera do mercado de trabalho.

Tempoin/out

32

Decupagem: Lilliany

ACREDITA QUE NUM PAÍS EXISTE PRECONCEITO? EXISTE E NÃO É SÓ

POSICIONAR NÃO ADIANTA SÓ PENSAR SERÁ QUE EU SOFRI A GENTE

VINHETA 1”56 / 1”59

28/09/Data

Conteúdo

Editoria: Violência Tema: Mulheres no Jornalismo Assunto:

TEM QUE SE POSICIONAR E COBRAR COBRAR SEMPRE OS NOSSOS

ONDE ESTEJA SEMPRE COLOCAR O SEU DIREITO A FRENTE

ENCERRAMENTO: NÃO TEM?

Folha de Decupagem 2021

Amanda: Boa tarde Lilliany, seja bem vinda, é uma honra ter você aqui com a gente no nosso primeiro episódio do onPodcats O podcast da universidade cruzeiro do sul. Que vai falar sobre mulheres no jornalismo e a discriminação de gênero que está fortemente presente no ambiente jornalístico.

COM A MULHER É O PRECONCEITO COM A CRIANÇA, É O PRECONCEITO COM O IDOSO É O PEDIDO QUE AS NOSSAS LEIS TEM

MUSICA DE ENCERRAMENTO FUTURE BASS SUMMER

DO TRABALHO NUMA RUA ONDE FOR ONDE ESTIVERMOS A MULHER

01’’27 11’’53

Minha vida profissional, começou assim como de muitas outras pessoas, decidi fazer jornalismo, é eu entrei na faculdade em 2010 e fiz 4 anos de jornalismo, foi em 2010, na verdade eu entrei em 20102009.eu

Ainda mais porque eu era muito nova, e as pessoas olhavam ‘’ ah, uma menina nova, será que consegue? ‘’ e eu fui mostrando aos poucos conquistando o meu espaço e consegui né. Então eu me formei em 2012, em 2013 eu trabalhei no SBT, fiquei 1 ano lá como produtora policial, indo pra rua...é... foi um grande primeiro desafio, assim ai nesse mundo, eu digo sendo mulher porque, ir pra rua atrás de câmeras de segurança, om um caso que marcou muito, foi um desabamento que teve na zona leste de São Paulo, então eu fui como, e encontrei vários produtores, da maioria homens e eu fui a única que conseguiu o circuito de segurança do prédio desabando, então, assim pra mim foi uma grande conquista eu tive um grande destaque lá na emissora, mais eu vi aquelas pessoas que, principalmente homens que, duvidavam né, meio que

04’’5002’’28

Trabalho de Conclusão de Curso em Jornalismo. Ano 2021. 33

02’’1601’’55

Amanda: Lillyane... para começar conta assim pra gente né, o que mais você poderia destacar em sua vida profissional

fiz estágio na Polícia Rodoviária Federal, no núcleo de comunicação, mais foi em 2011 que eu entrei na televisão mesmo né, na Record, como estagiária, então trabalhei dois anos como estagiária 2011 e 2012, desde do momento que eu entrei eu já trabalhava com matérias, no setor de apuração, então eu apurava né? E já era algo assim, vamos assim dizer, por ser um mundo policialesco, mesmo ainda estando dentro de uma redação, mesmo ainda, e sendo uma estagiária eu já enfrentava alguns desafios né? eu li dava muito com homens, tanto na redação também, quanto por telefone, que eu ligava na delegacias batalhões, para conseguir ocorrências e saber o que estava acontecendo, pra virar matéria para o repórter ir lá fazer, então eu já encarava o desafio desde ai né?

Lilliany: Obrigada pelo convite, estou muito feliz de participar do Podcast de vocês e estou pronta para responder ai, o que vocês tiverem de dúvidas, quiserem saber sobre esse mundo né. Onde as mulheres até pouco tempo não seriam bem vindas ou talvez vistas com bons olhos, mais que agora a gente está dominando aí.

02’’2602’’20

E para dar início a esse projeto teremos nossa primeira convidada que quebrou esse estereótipo da “feminização” da cultura jornalística, apaixonada pela investigação e uma incrível Repórter investigativa no programa “Cidade Alerta” Lilliany Nascimento, seja bem vinda...

Lilliany: Ó no ambiente de trabalho, e dentro de Tv, eu nunca sofri, nunca sofri graças a Deus, tem mulheres que devem passar por isso nos seus trabalhos, mas eu graças a Deus nunca passei. É, eu digo com colegas de trabalho, agora em gravações sim né? Certa vez fui fazer, um estuprador que foi preso, e estava atacando várias mulheres, fiz a chegada dele na delegacia, e na época quando o Marcelo Rezende... o Marcelo Rezende gostava, porque a gente abordava e queria que a gente fizesse algumas perguntas, e eu fui fazer uma pergunta, ele estava do lado do delegado, estava algemado, tudo e perguntei para ele né? Nunca se, se arrependeu, porque eu aprendi que o Marcelo Rezende falava ‘’ nunca pergunte isso para um criminoso, porque a gente não quer saber se ele se arrependeu ou não, porque ele já fez, ele pode usar isso para se defender. Mais eu perguntei do modo em que ele agia, porque ele atacava as vítimas assim, e ele falou que a próxima era eu, então assim do lado da polícia, algemado ali, ele me ameaçou né, ele é um estuprador e disse que eu seria a próxima, então ali eu senti assim uma violência verbal pelo lado dele né? Não me abalei, mais confesso que foi difícil ouvir isso de um criminoso ali algemado.

Bia: e com a sua experiência conta pra gente se você já sofreu violência física ou verbal no ambiente de trabalho? (Resposta)... E fora dele? (Engajamento) -Na sua trajetória além de sofrer, já presenciou alguma cena do tipo?

Depois em 2014 eu me tornei repórter no Cidade alerta e tô até hoje são oito anos como repórter, oito anos de desafios aí, cada dia um aprendizado novo.

Então esse tipo de violência eu já sofri. É ah! também outras de bandido que está preso e tentar me chutar algemado, e tentar ficar me chutando, eu não sei se talvez enxergar a mulher como frágil, pensava, Ah é uma mulher eu vou fazer, acredito que sim talvez faria isso com um homem, e esse tipo de violência eu já sofri sim.

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Trabalho de Conclusão de Curso em Jornalismo. Ano 2021.

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torcendo o olho assim ‘’ caramba ela conseguiu’’, então aos poucos eu fui conquistando o meu respeito, o meu lugar de respeito né?

Bia: Certo... além de sofrer, já presenciou alguma cena do tipo contra outra mulher?

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em

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Lilliany: Ah bom, teve no ambiente de trabalho eu já presenciei, nas gravações assim já, de a gente está gravando um caso de violência contra mulher e o cara bater na mulher na nossa frente assim, então já presenciei, já presenciei várias cenas assim. Agora eu como mulher no ambiente de trabalho não

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Bia: E quais barreiras você teve que enfrentar no jornalismo além dessas por ser mulher?

Bia: O desequilíbrio salarial não é exclusivo ao campo jornalístico, é a realidade no cenário nacional da inserção da mulher no mercado de trabalho. Você já esteve em alguma situação que seu colega recebia um salário maior que o seu, desempenhando a mesma função?

Lilliany: Já, lutei pra que isso mudasse, tomei chá de cadeira, lutei de novo, consegui mudar um pouco, uma constância, né?

E você se pergunta, porque? Se a gente faz a mesma coisa ou porque se até eu faço um pouco mais bom, vai saber né mais a gente sempre luta pra tentar mudar reverter isso, se eu falar pra vocês que eu vejo é no jornalismo, na Tv por exemplo, tem várias emissoras, colegas que eu tenho contato, sempre um homem ganha mais? Eu vou mentir, porque tem muitas vezes que eu vejo que a mulher desempenha o papel ali e ganha bem, mas eu já

Lilliany: Ah! Bom teve tantos casos, que eu cobri tantos casos de oito anos pra cá. Foi assim pra ser um combustível pra mim evoluir mais nesse repertório, mais sei que muitas mulheres não aguentam a pressão porque é um ser humano né? muitas mulheres as vezes que não aguentam a profissão, não aguentam, está ali disputando uma vaga que talvez perder de novo pra um homem de novo, quando que vai chegar a minha vez essa é a pergunta que a gente se faz sempre né? Eu tô num lugar que eu gosto muito hoje, e tô bem mais eu não tô acomodada eu digo assim é sempre bom a gente se incomodar né, a gente sempre querer algo mais, então assim, você sempre se questionar e tentar fazer o melhor e saber que você vai enfrentar dificuldade ainda mais por ser mulher, vamos assim dizer, vai, na hora da largada da corrida vamos imaginar uma corrida, eu acho que nós mulheres a gente tá um pouquinho atrás pra sair sabe? Para dar a largada, naquela posição lá na frente tem um homem aí a gente tem que, correr, correr, correr, correr, e tentar alcançar, porque muitas vezes tem em maratona alguém que entra lá atrás e passa, e cada vez mais a gente vai passar.

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Eu quando acontece coisas parecidas, eu gosto de dar uma resposta ,inclusive eu estava conversando hoje com a minha equipe ,a gente saiu pra gravar e a gente estava vendo uma mulher passando assim na rua e vários caras olhando e ela com uma roupa assim que o corpo ficava bem a mostra, ai eu falei ‘’ bom se isso acontece comigo digo até em situação de trabalho , eu chego tem um monte de homem e acaba chamando atenção e todo mundo olhando pra mulher , e eu percebo que talvez querem me intimidar , eu olho e falo ‘’ BOM DIA TUDO BEM? BOA TARDE TUDO BEM? ’’ Então acho que são várias formas de reagir essa é a minha.

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já enfrentei isso sim, e já tive que lutar por uma igualdade salarial

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Eu já passei por situações assim, que eu dei uma respostinha na hora entendeu? Sabe aquele tapa com luva de luta, se não ia fazer mal, não ia tirar meu sono. Agora tem mulher que talvez precise reagir de outra forma, tipo assim procurar algum superior pra contar, denunciar, eu acho que cada uma reage da forma assim que se sentir melhor.

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Amanda: Antes de tomar realmente a decisão de cursar jornalismo e manter um compromisso na profissão, passou pela sua cabeça em algum momento que é uma área onde as mulheres sofrem abuso psicológico?

Lilliany: Então é.… bom, quando eu decidi escolher, quando eu falei eu vou cursar jornalismo, eu não pensei nisso, porque como eu falei, eu acho que a gente quando é estudante pelo menos antes, eu fiquei muito deslumbrada de trabalhar em Tv de ir para o jornalismo investigativo. Ai! Fiquei muito feliz sabe pensando em mil coisas e isso não passou pela minha cabeça, eu descobri que existia na pratica, né? Passando por isso, mais antes não, talvez

Lilliany: Olha é bem complicado isso porque, eu acredito que cada mulher se sinta melhor reagindo de um jeito, como é que eu posso explicar, bom, eu vivo em um mundo de jornalismo investigativo, jornalismo policial tem muito homem né? Policiais em fim.... Eu nunca fui desrespeitada por um policial, muito pelo contrário é, eu chego sou respeitada, converso.

Trabalho de Conclusão de Curso em Jornalismo. Ano 2021.

14’’5014’’38

Maissei

passei por isso de estar desempenhando a mesma coisa que a pessoa e a pessoa está ganhando mais, e eu perguntava, mais porquê? Eu nunca tive uma resposta clara né? nunca me falou, Ah! Por causa disso, ou não porque você é mulher ele é homem, não

Amanda: Da pra perceber quando um elogio se torna uma coisa desagradável e nós mulheres não nos sentimos confortáveis com isso, na sua opinião como as mulheres devem reagir ao passar por essa situação?

Qual que é a minha forma de reagir em uma situação dessa, e o que me faz bem, então eu agi desse jeito e eu não levo para casa porque para mim fiz, ali está resolvido, resolvo do meu jeito, na hora que eu estava passando perto deles, eu olhei e falei assim ‘’ Bom Dia tudo bem? ’’ Olhei nos olhos de cada um, e eles, bom dia, bom dia, meio que deram uma recuada , então assim a minha forma de reagir em uma situação que eu percebi que eles queriam

16’’4716’’35

Amanda: Da pra perceber quando um elogio se torna uma coisa desagradável e nós mulheres não nos sentimos confortáveis com isso, na sua opinião como as mulheres devem reagir ao passar por essa situação?

Eu por exemplo, quando eu percebo uma situação assim é desagradável de me expor que eu não gostei de algum jeito, por exemplo, eu chego em um grupo de homens...pronto, vou dar o exemplo perfeito para vocês, na minha gravação de hoje eu entrei em uma comunidade, uma comunidade bem perigosa, dominada pelo crime organizado, pelo tráfico de drogas, eu tive que ter autorização do comando para entrar, entrei e gravei. Era um caso de assassinato, na hora em que eu estava indo embora tinha um grupo em uma esquina de uns homens assim, acredito que traficantes né? Eles estavam armados também, e na hora que eu vim passando, meu cinegrafista, meu auxiliar, eu vim e eu já percebi eles me olhando de lá, e com umas conversinhas, umas risadinhas, eu percebi que era uma maldade, por eu ser mulher, e começaram a olhar, e eu andando indo em direção ao carro chegando próximo deles, e eles me olhando me intimidando, eles queriam me intimidar, a minha forma de reagir. Aí tinha esse grupo de homens acredito que traficantes, vi um armado, e me olhando, eu estava até atravessando o córrego e indo em direção ao carro e eles estavam me olhando de uma forma assim, maldosa, um conversando com o outro, piadinha, tal, e eu senti que eles estavam querendo me intimidar

se antes eu tivesse pensado, eu descobri talvez da pior forma , na prática, porque , é...eu bem lembro quando eu era estagiária bem no começo, a minha como é que se diz, a minha capacidade foi colocada em jogo né, á duvido que uma estagiária assim uma menina dessa, vai conseguir, a não vai aguentar nem dois meses, á e não sei o que , então eu ouvi isso de homens né e então assim eu descobri na pratica que realmente isso existe, existe muito, hoje, hoje eu não passo mais por isso por enquanto não passei novamente , mais já passei muito por isso.

Trabalho de Conclusão de Curso em Jornalismo. Ano 2021.

Lilliany: Bom eu acho que cada mulher reage de um jeito, porque, tem muitas mulheres que digamos assim, ficam desconcertadas e levam aquilo e aquilo vira um problema é, vira até um problema assim psicológico para a pessoa, ela vai martirizando ‘’ poxa, passei por aquilo, passei por aquilo’’ e vira um trauma, são várias possibilidades de li dar.

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Bia: Decotes muito fundos e vestidos muito justos e curtos, falas que são usadas muitas vezes pelas pessoas para tentar achar uma justificativa para que ocorra a violência... conta para a gente a sua opinião sobre isso....

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Trabalho de Conclusão de Curso em Jornalismo. Ano 2021.

20’’2520’’12

Lilliany: Bom, é o seguinte, a minha opinião é um pouco polêmica sobre isso, eu por ser mulher e achar isso, posso ser julgada mais é a minha opinião então eu acredito que vivemos em uma democracia e cada um acha uma coisa, oque, que acontece. Não, nunca a culpa é da mulher, eu acredito nisso, isso é claro, nuca é culpa da mulher. Porém nós vivemos em uma sociedade, em um país, sem educação, então assim, o que tem de maníaco solto, e gente maldosa solta por aí, cara... vocês não têm ideia, e é muito, é muito.

A minha opinião é a seguinte, a mulher nunca tem culpa, não tem, não é a roupa, isso é claro, isso é obvio, vivemos em uma sociedade sem educação e mais do que isso, eu não gosto de falar assim, ah mais o povo não tem educação, não pode pôr a culpa só da educação, é que assim o assediador e estuprador não rasga dinheiro, ele sabe o que é certo e errado e ele não é louco , então é falta de vergonha na cara mesmo, então, qual que é a minha questão que é um pouco polêmica, as mulheres devem se vestir como elas querem, porém como tem tanto maníaco, tanto cara louco solto por ai, o meu pensamento é que assim, meu, toma cuidado , no lugar que você tiver de colocar aquele decote, de colocar não sei o que, porque para o criminoso, para o estuprador é um convite, quanto mais você chamar atenção, eu estou tentando falar de uma forma que vocês entendam, pra não passar como, sei lá machista ou enfim, que não é bem isso.

E acredito que, talvez hoje não, porque eu provei que eu sei trabalhar, que eu trabalho direitinho, mais muitas vezes eu acredito que a pessoa olha e vê... Ah! é uma mulher nossa, corpo bonito, uma mulher bonita e esquece que por de trás dessa mulher tem lá a leoa, uma baita profissional, e que quer respeito.

Mas eu quero dizer que, enquanto o lado de lá de criminosos de leis não mudar, a gente vai continuar sendo vítima, entendeu? Então infelizmente aquela mulher que quer por aquele vestidinho dela, aquele decote dela, vai virar um alvo, vai virar um alvo. É muito chato falar isso mais é a realidade e eu acredito que nós mulheres enquanto isso não se resolve, enquanto as leis são brandas, ridículas, as nossas leis são ridículas, a legislação brasileira é péssima e enquanto a educação também não melhorar a gente vai continuar sendo vítima, então acho que quando poder cuidar mais sabe? Não quero dizer para não usar a roupa, mais dependendo de o lugar tomar cuidado, é muito melhor, eu lembro

me constranger, de algum jeito por eu ser mulher, estar olhando, olhando para o meu corpo, entendeu?

Decupagem Marilene Folha de Decupagem Editoria Tema Tempoin/out Conteúdo

de

Trabalho Conclusão Curso

que uma certa vez eu recebi uma lista com dicas para fugir de um estuprador, olha o absurdo.

Hoje eu temo pela minha vida, acredito que vocês também

Primeiro, não usar cabelo preso, rabo de cavalo, porque é mais fácil para ele segurar e te puxar na rua né? Se você for correr, em fim, você entrar em um elevador ou em uma situação que você percebe que o cara está te assediando, você está achando que ele vai fazer alguma coisa com você, você olha nos olhos dele e pergunta ‘’ que horas são por favor’’ porque o maníaco, ele não gosta que olhe nos olhos dele. Qual que é a paixão do maníaco e do estuprador, é pegar uma mulher sem ela querer, ela se debater, aquela negação, porque se a mulher chegar para o estuprador e falar eu quero ele desiste, se você encarar ele nos olhos, ele desiste, porque ele é covarde, então ele quer pegar a mulher na parte frágil dela. Outro, você está na rua e um maníaco se aproxima de você, você nunca grite socorro, nunca grite, porque os vizinhos vão ficar com medo de sair se você gritar socorro, você grite, fogo!!! Fogo!!, aí alguém vai sair para ver e te ajudar. Então é triste ter que seguir umas dicas dessas, ter que ficar com isso na cabeça, é, mais é a realidade de hoje, é triste saber de que eu não posso ir para qualquer lugar com aquele meu decote, e aquela minha mini saia que eu gosto de usar, é, é triste, mais eu acho que é uma questão de segurança também para a mulher, por enquanto, quem sabe um dia nós mulheres, as outras gerações, poderão ficar seguras, andar a vontade sem temer pela própria vida.

28’’1427’’57

Lilliany queremos te agradecer imensamente! pela atenção e pela participação, muito obrigada e sucesso.

de

28’’3128’’15

Repórter: Amanda Cunha, Ana Beatriz Magalhães e Kaynara Lima.

em Jornalismo. Ano 2021. 39

Amanda: Chegamos ao término, que honra poder conversar com essa mulher tão renomada na TV e sobre um assunto importantíssimo que não é abordado frequentemente.

Lilliany: Obrigada, eu agradeço e acho bem legal vocês trazerem à tona um assunto como esse né tão importante. Então parabéns também aí, pela iniciativa de vocês, por abordarem um assunto tão polêmico e importante e necessário nos dias de hoje.

2”151”56 Kaynara: Exatamente, Marilene antes da gente começar A NOSSA CONVERSA Expor as NOSSAS PERGUNTAS E A NOSSAS DÚVIDAS VOCÊ PODE FAZER UMA Breve APRESENTAÇÃO De SOBRE A SUA PROFISSÃO CONTAR UM POUCO MAIS SOBRE VOCÊ para os ouvintes por gentileza

Beatriz: Sim com certeza, e MARILENE um ASPECTOS QUE GERA uma DISCUSSÃO ENTRE MULHERES JORNALISTAS do mundo INTEIRO É CONCILIAR A CARREIRA que ÀS VEZES ACABA Invadindo O PERÍODO DE DESCANSO Com SEUS PROJETOS FAMILIARES como QUE FOI PARA VOCÊ Adequar suas TAREFAS PROFISSIONAIS Com a jornada de TRABALHO DOMÉSTICO?

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Trabalho de Conclusão de Curso em Jornalismo. Ano 2021.

3”092”17 Marilene: Como vocês mesmas disseram uma trajetória longa e A GENTE sempre aí caminhando Buscando aperfeiçoamento procurando se aprimorar compreender cada vez mais que é o que a gente também está fazendo com vocês né fazendo uma troca que é muito importante vocês estão sempre trazendo novidades pra gente e agora com o podcast a gente vai poder Falar um pouquinho assim é uma carreira que está continuando eu vejo assim como sempre uma novidade cada dia e lendo e aprendendo a colocação a importância da nossa da nossa profissão e exercer sempre com dignidade com a verdade que acima de tudo é mais importante na nossa área

Kaynara: A NOSSA CONVIDADA DE HOJE ELA JÁ PRESTOU O VESTIBULAR EM 1983 EM UMA ÉPOCA QUE ERA PROIBIDO JORNALISTAS FAZER ESTÁGIO, JÁ FOI DO RÁDIO, DA ASSESSORIA DE IMPRENSA E FEZ ATÉ UM FREELANCER NA NOSSA UNIVERSIDADE CRUZEIRO DO SUL São Mais de 34 ANOS DE PROFISSÃO E MUITA HISTÓRIA PARA CONTAR E ELA atendeu o NOSSO CONVITE e está aqui hoje para contar UM POUCO MAIS SOBRE ELA sobre a sua profissão sobre a sua experiência no nosso ramo que é o JORNALISMO

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Amanda: SEJA MUITO BEM VINDA ao NOSSO PODCAST E DIZER é UMA honra Ter você aqui com a gente

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Kaynara: OLA MARILENE OLÁ A TODOS ESTAMOS COM MAIS UM PODCAST HOJE NÓS VAMOS CONVERSAR COM UMA JORNALISTA SUPER EXPERIENTE E NESSA CONVERSA ESTÁ HOJE AMANDA CUNHA E A ANA BEATRIZ

Marilene: Boa noite Amanda Beatriz Kaynara que estão aí na entrevista parabéns a vocês pelo trabalho parabéns a Unicsul vocês estão no oitavo semestre estão chegando aí fim estão chegando aí no campo do jornalismo e desejo tudo de bom a vocês estou aqui para colaborar com o que for necessário o que for preciso é uma ferramenta nova aqui pra gente também né para quem tem 34 anos de carreira e a gente também está sempre aprendendo tem Experiência mas também está sempre aprendendo

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Marilene: Não, eu nunca acreditei nisso sempre procurei ser eu mesma mostrar a minha profissão mostrar o que eu acredito e procurar mostrar o meu lado profissional e vencer por este lado e não por um lado sexual eu mesma já me coloco assim eu busco o meu respeito se eu achar que eu não sou respeitada então eu procuro os meus direitos tanto que agora temos uma lei que nos defende que é a lei Maria da Penha então hoje em dia a gente tem que buscar Por esse lado

Kaynara: Sim, é assim quais as principais barreiras para a entrada das mulheres no mercado de trabalho e quais as ações que poderiam mudar esse quadro de desigualdade e oportunidades de salários ao seu ver?

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Marilene: Eu acredito que seja sempre o nosso posicionamento a nossa luta mostrar que somos capazes e buscar os nossos direitos sempre acredito que assim a gente pode vencer cada vez mais nós já vencemos muitas categorias a gente já viu Mulheres em várias profissões exercendo cargos e posições que demonstram que nós somos capazes que podemos vencer e estarmos em pé de igualdade e apesar que eu acho assim meio chato falar igualdade um do outro eu acho que é mais sobre a capacidade de ser uma boa profissional independente de sexo se é homem de é mulher uma questão de igualdade.

Kaynara: Sim verdade, é Marilene a gente está fazendo algumas perguntas que faz parte do nosso tema né enfim, e fique à vontade se você quiser responder ou não tá mas a gente tem essa curiosidade de saber se você já sofreu Assédio no seu ambiente de trabalho?

Trabalho de Conclusão de Curso em Jornalismo. Ano 2021.

Marilene: Eu nunca passei por essa situação mas a gente vê uma história do nosso país na evolução que a mulher fica sempre em segundo plano nessas questões a gente tem aí que continuar na batalha e tentar mostrar sempre que nós somos capazes e passar por cima dessas barreiras

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Kaynara: Correto, Amanda você tem alguma coisa pra perguntar?

Marilene: Eu particularmente adiei a maternidade já foi assim um pouco mais tarde por que sabia comigo mesma que seria mais difícil tentar algo com um filho com família e da minha parte procurei fazer sempre o melhor a partir do momento em que eu fui mãe ficou mais difícil, mas eu já tinha um pouco mais de experiência mais bagagem para poder CONCILIAR momentos já tinha mais a minha independência financeira também que facilitou bastante

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Amanda: Tenho sim, é Marilene é a violência né e o assédio sofrido por comunicadoras interfere na forma como a mulher é vista algumas inclusive sentem a necessidade de incorporar um estilo masculino para evitar possíveis críticas sobre a sua feminilidade você acha que é preciso masculinizar a função para ser respeitada?

Amanda: Marilene o desequilíbrio SALARIAL NÉ NÃO É EXCLUSIVO ao campo do jornalismo é a REALIDADE no cenário nacional da inserção da mulher no mercado de trabalho você já esteve assim em alguma situação em que seu colega recebia um salário maior que o seu desempenhando a mesma função apenas por ser homem?

Marilene: Olha muitas vezes a gente percebe alguns assédios velados isso eu já percebi bastante e é como eu falei a gente tem uma lei que é debutante está fazendo 15 anos que é a lei Maria da Penha sancionada em 2006 então a gente pode considerar até que é uma lei nova ainda então eu acredito que a gente tenha que explorar outra lei buscar mais os nossos direitos o nosso posicionamento e no caso do Assédio a gente vê em todos os lugares Seja na condução ônibus né metrô e até na rua recentemente a gente viu a moça andando de bicicleta na rua e foi abordada com uma certa ignorância que era até pra ser um atropelamento não só um Assédio estão vendo como assédio mas também foi um atropelamento uma agressão as mulheres estão sendo agredidas. Violência, então muitas vezes até dentro de casa na rua no transporte então a gente tem que se posicionar. Não adianta só pensar será que eu sofri a gente tem que se posicionar e cobrar cobrar sempre os nossos direitos a nossa posição, uma vez já me perguntaram você acredita que não País existe preconceito? Existe e não é só com a mulher é o preconceito com a criança, é o preconceito com o idoso é o pedido que as nossas leis tem que funcionar as nossas leis precisam aparecer sempre com a nossa força e cobrança independente seja dentro do trabalho numa rua onde for onde estivermos a mulher tem que se posicionar, seja a mulher seja a transexual como humana independente do que ela faça da profissão onde esteja sempre colocar o seu direito a frente.

Marilene: acho meio assim delicado por que a gente passa por isso a todo momento as vezes numa conversa a gente percebe que a pessoa vai levando por um lado que você tem que trabalhar até psicologicamente seja com um amigo que tá ali conversando com você e pensa que por você estar sendo simpática está se colocando de outra maneira, outras vezes tem certeza de que você é solteira ou até casada também que está se oferecendo de alguma maneira é chato isso né chato a gente até pensar que a pessoa está pensando isso da gente então a gente tem que ter um pouco de psicologia buscar os direitos ser forte não deixar que isso passe a denegrir a imagem nem de mulher muito menos como profissional também

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Trabalho de Conclusão de Curso em Jornalismo. Ano 2021. 42

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Beatriz: Você com toda a sua experiência no mundo jornalístico o que você acredita que nós como sociedade podemos fazer para mudar isso?

Beatriz: Sim verdade, é importante e você poderia comentar com a gente como que foi como você recebeu esse esse ato de assédio no trabalho? Você poderia comentar?

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Marilene: Olha mudar é uma solução de mudar comportamento, a gente escreve todo dia as matérias no caso atualmente eu lido com a prefeitura de São Paulo e a gente vê é todos os dias é muito lixo na rua lixo nós córregos e ao mesmo tempo vem a chuva a enchente alaga tudo as pessoas ficam ilhadas mas não deixam de jogar o lixo na rua então eu acredito que o brasileiro tem muito a aprender muito a mudar comportamentos seja com limpeza higiene e até aí chegar aí comportamento de respeito também então é assim. Nós que somos Jornalistas fazemos parte disso temos a obrigação de cobrar isso todos os dias todo momento seja na nossa fala na nossa escrita e um trabalho de formiguinha mas a gente tem que lutar e falar sempre por que assim como não ter cuidado com o lixo é preciso aprender a tomar cuidado com o

Marilene: evolução sempre e ver o próximo como seu melhor amigo como temos as nossas regras para o bem geral o bem de todos conquistar a nossa constituição somos todos iguais perante a lei então vamos fazer valer as leis cada vez usar o estatuto para alguma coisa e pra outra é uma lei só no geral que todos somos iguais

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Kaynara: a gente queria te agradecer novamente por ter aceito o nosso convite e ter feito parte desse projeto

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Decupagem Priscilla Folha de Decupagem Data: 07/10/2021

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Repórter:

Trabalho de Conclusão de Curso em Jornalismo. Ano 2021.

Beatriz: além do comportamento o que o jornalismo pode contribuir?

Amanda: Só agradecer a participação é toda informação toda experiência que ela trouxe pra gente e eu acredito assim sem dúvidas que vai contribuir muito e foi bem gratificante, só gratidão mesmo só agradecer

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próximo e ter respeito com o próximo a partir do momento que não mudar isso a gente não vai conseguir mudar as leis nunca serão respeitadas todos os dias veremos esses casos na mídia de pessoas ser presas pessoas agredindo umas às outras seja crianças seja velho seja mulher seja transexual infelizmente né Infelizmente a gente vê isso no nosso país E acho que isso é um retrocesso infelizmente

Marilene: O jornalismo pode contribuir sim, aliás é o nosso dever contribuir com algo que seja através da fala dos meios que tivermos rádios podcast e falando sempre chamando para conscientização da pessoa como sem humano da pessoa que tenha consciência com o próximo e a gente tem que ter um olhar de uma forma ampla que o nosso país o Brasil precisa estar à frente e desenvolver mais esse lado, parar com a violência a gente vê todos os dias pessoas ficando mais em casa com medo de se relacionar com o próximo então a gente tá assim tendo que pensar em evoluir e não regredir no tempo

01 ’’ ConteúdoBoanoite

Editoria: Violência Tema: Mulheres no Jornalismo Assunto Tempoin/out

01” 40 01 ” 43 Priscilla: Oi gente tudo bom? Fala das repórteres: Tudo sim.

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de

Trabalho de Conclusão Curso em Jornalismo. Ano 2021.

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01” 30 01” 38 Bia: Nossa convidada Priscilla Chandretti vai ajudar com algumas questões representando o Sindicato dos Jornalistas no departamento de mulheres. Seja muito bem vinda Priscilla!!!

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Bia: Priscilla você poderia falar um pouco sobre você e a sua função no Sindicato? Priscilla: É... eu na verdade eu hoje sou ex diretora do Sindicato nesse momento, eu fui diretora do Sindicato até mês passado, eu fui diretora lá por 6 anos e nos últimos 3 anos eu fui secretária de comunicação na entidade, e a gente tem lá dentro da entidade , da direção uma comissão de acompanhamento a violência contra o jornalista , na qual participa alguns diretores, participam diretores da Federação Nacional dos Jornalistas, e eu continuo participando da Comissão, tanto no caso da Comissão de combate a violência, quanto a Comissão das mulheres, de mulheres jornalistas, mas agora eu participo como uma jornalista sindicalizada, mas ao longo dos últimos 6 anos eu tive não só na diretoria do Sindicato, mas eu pude tá liberada do trabalho Sindical e pra acompanhamento desses casos, a gestão terminou ai no mês passado , no caso eu estou saindo de São Paulo e por isso que eu sai da gestão, em breve eu vou estar em outro estado, e aí no caso a gente com essa comissão de violência foi uma coisa que a gente sentiu uma necessidade porque a diretoria de Sindicato sempre atuou em relação a essas questões de combate a violência , mas a gente sentiu que a situação estava se intensificando, a gente tem visto muito mais casos tanto de violência , pra falar a verdade nos últimos 2 anos o número de violência, os casos de violência física até diminuiu mas de ataques públicos e de assédio e esse tipo de coisa, inclusive o FENAJI mesmo, a Federação até começou a organizar um observatório , aí no caso da FENAJI em especifico com as violências que o presidente Bolsonaro comete contra o jornalista , então essa comissão é um quadro que funciona junto com a diretoria , como uma forma de ajudar a diretoria do Sindicato a tomar as ações de uma forma mais rápida e entrar em contato com os jornalistas e oferecer um apoio de uma forma mais rápida possível.

Amanda: Desde a reforma trabalhista somos uma das categorias mais atacadas com demissões em massa, perdas de direitos, assédio moral, intimidação e exposição a violência. O jornalista passa por situações onde sofre diariamente em redações e locais de trabalho.

Priscilla: Foi a partir de 2017, que a comissão de violência existe.

Trabalho de Conclusão de Curso em Jornalismo. Ano 2021. 45 03 ’’ 083”14 3” 3”303”2115 3 ”43 3” 44 6” 11

Priscilla: é, mas eu acho que é legal a gente é, o Sindicato ele tem uma série de atribuições digamos assim , ele é uma associação de jornalistas, a 1ª coisa que a gente gosta de explicar é que por exemplo, quando eu estava na diretoria do Sindicato , eu era uma jornalista que estava naquele momento na diretoria do Sindicato, mas o Sindicato em si não é só a diretoria dele, é um conjunto de jornalistas, associados, dos jornalistas que estão nos locais de trabalho e tudo mais, e o Sindicato ele tem uma função primordial básica que é lutar pelas condições de trabalho, então vai englobar ai salário, respeito a lei profissional, a jornada, luta pelo vale creche entendeu, várias questões , mas quando a gente fala do exercício profissional do jornalista , do trabalho do jornalista, e na nossa opinião também tá muito imbuída a questão do direito à livre expressão do jornalista , ou seja, não ter nenhum tipo de cerceamento, seja de censura, seja de tentativa de impedir o jornalista de fazer a cobertura de alguma coisa , então acaba que o Sindicato tem uma função trabalhista, prioritária, mas a gente entende que a categoria, em geral entende isso que ele também cumpre o papel de uma associação de jornalistas que se reúnem , decide conjuntamente , coletivamente e enfrenta os problemas que são coletivos, ele também , ele acaba se

Amanda: Priscilla você poderia explicar um pouco mais sobre a funcionalidade do Sindicato dos Jornalistas e da sua importância para o jornalismo? Acho que você já deu aí uma breve introdução né?

própria que isso aconteça né, porque não podemos passar por cima da vontade da pessoa que sofreu a violência, quando é um caso de violência física as providencias que a gente pode tomar são mais claras , em geral casos de violência física a gente percebe, já assim há bastante tempo , bem antes do Bolsonaro aparecer , pelo menos desde 2013 , é mas tem casos mais antigos, em geral os casos de violência física são cometidos por policias militares ou outros tipos de força de segurança contra os jornalistas, é... então a gente tem uma série de procedimentos que a gente já orienta os jornalistas , vai cobrir uma manifestação por exemplo, alguma coisa nesse sentido já vai sabendo que se acontecer alguma coisa, você precisa tomar providência pra fazer um B.O , e a orientação que a gente dá ,é nesse sentido de procurar o Ministério Público de Direitos Humanos que tem o setor especializado no acompanhamento de esterciamento a imprensa , infelizmente esses casos , a gente já teve anos em que tinha muito mais casos, nos últimos anos deu uma diminuída até mesmo porque a gente tá há 2 anos em pandemia, então acaba tendo um pouco menos, mas a gente percebe que são os casos piores assim , são os mais graves, inclusive em Maio desse ano o STF julgou, ainda não concluiu o julgamento , mas tá próximo de concluir o julgamento de um repórter fotográfico que foi ferido no ano 2000 , e o cara tá há 21 anos, é o caso do Alex Silveira foi julgado agora em Maio , mas ainda continua o julgamento , o que aconteceu, ele perdeu um olho por bala de borracha, enquanto ele cobria uma manifestação . O Sindicato tem uma posição que é a seguinte, que em qualquer manifestação quando o jornalista está sendo reprimido , ele está sendo reprimido

Kainara: Pelo que eu entendi a comissão passou a existir pouco tempo, pelo que eu entendi ou não?

Trabalho de Conclusão de Curso em Jornalismo. Ano 2021.

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porque a PM está reprimindo a manifestação e aí reprime os jornalistas pra não ter registros daquilo ali né... é, e o Alex ele fez o que né , ele fez ocorrência , ele trabalhava na Folha no jornal Agora, a empresa até deu uma orientação pra ele nesse sentido, mas vocês vejam que o Tribunal de Justiça de São Paulo tinha dado alguns anos atrás a decisão que a responsabilidade era dele , ou seja ele tava trabalhando, a manifestação que era legitima foi reprimida , e agora o Supremo Tribunal reverteu essa decisão né, o que ainda está em julgamento .Qual vai ser a indenização que ele vai receber do estado , como é que isso vai se dar, mas pra vocês terem uma ideia , com o aval do Tribunal de Justiça a gente viu ao longo das últimas 2 décadas, muitos jornalistas sendo abertamente agredidos pela PM né, inclusive com o segundo repórter fotográfico que é o Sérgio Silva alguns anos depois também perdendo um olho com uma outra bala de borracha, é então nesses casos, por mais difíceis que seja a gente tem uma orientação que é mais clara né, orientação assim , você foi agredido e precisa na medida do possível conseguir identificar quem foi o policial que te agrediu né, em casos que são de ataque verbal por exemplo o caso da jornalista que foi citada pelo Bolsonaro , aí já eventualmente tem uma dificuldade , a gente tem o caso da Bianca Santana, que foi uma jornalista, ela trabalha no Ecoa do UOL,o Bolsonaro afirmou que ela fez uma reportagem que ela não fez, ela processou o Bolsonaro e ganhou na justiça, o Bolsonaro vai ter que pagar uma indenização por danos morais cometidos contra ela, então são casos que a gente orienta, olha sempre que possível se você tiver disposição , porque a pessoa precisa também ter essa disposição , que é um desgaste pessoal, imagina você processar o presidente da república não é a coisa mais fácil do mundo de se fazer né...e aí justamente o Sindicato por conta disso, em Abril desse ano a gente entrou com uma ação

coletiva contra o Bolsonaro por danos morais coletivos , e a nossa alegação é que o Bolsonaro comete um assédio moral coletivo permanente contra a categoria , e que inclusive autoriza que pessoas que o seguem , pessoas que o admiram politicamente se sintam confortáveis pra atacar jornalistas né, então a gente tem casos de jornalista da Globo que tava na rua , a mulher começou a gritar o Bolsonaro tem razão vocês são um lixo, até o caso de um jornalista que é o José Arantes em Olímpia em São Paulo que fez uma série de reportagens sobre a questão do isolamento social na cidade e o jornal dele que é um jornal familiar e a porta da residência dele sofreu um atentado, de uma pessoa que botou fogo na porta da residência e do jornal, e tudo isso ai na nossa opinião tem a ver com o clima que o Bolsonaro criou. Mas o que a gente em geral orienta é que sempre que a gente sabe de algum caso , a gente busca ir atrás do jornalista, busca tentar conversar com ele ,oferecer o apoio do sindicato, se for um apoio político no sentido de denunciar o caso, se for o apoio de tomar alguma medida legal, o Sindicato está à disposição dependendo daquilo que é possível naquele caso, e o que o jornalista quer fazer, em vários casos se o jornalista atua em alguma empresa , as empresas em geral assumem a defesa, que é uma questão que nós temos na nossa convenção coletiva de trabalho, é um direito , mas o que a gente tem dito é o seguinte a gente precisa reagir coletivamente né, então cada jornalista que levanta a voz , denuncia o que o Bolsonaro tá fazendo , se choca com isso, enfrenta essa questão , vai fortalecendo os colegas pra que façam o mesmo.

Bia: Pode se dizer então que é uma perseguição?

Kainara: eu lembro até do episódio de uma repórter que tava numa manifestação, acho que ela levou uma guarda chuvada, foi uma coisa assim se eu não me engano, se eu não estou enganada, foi uma situação bem ruim, eu achei bem tenso, até por isso que eu te perguntei como seria esse posicionamento, como que faz pra correr atrás desses direitos né, que acredito que é uma falta de respeito com a profissão né, com a pessoa.

Priscilla: Eu vou te dar o exemplo de um caso que aconteceu aqui em Minas, eu tô em Minas agora, foi aqui numa cidade que é de Barbacena, mas ai não foi com uma jornalista, foi com um jornalista e um cinegrafista, que estavam fazendo uma matéria na rua, e um cara veio agrediu ,quebrou a câmera ai nesses casos é isso a própria empresa fez um boletim de ocorrência, por agressão e tudo mais... e o que eu ia completar é que tem um 3º caso de violência , que é o caso de violência eventualmente até interno dentro da empresa, que é a violência sexual né que ai é praticamente só contra as mulheres, assim , eu não conheço algum caso, algum exemplo que tenha acontecido com homens, é possível ne , não é uma coisa que dá pra gente dizer que não vai existir , mas no sentido do assédio sexual mesmo né, e ai nossa categoria ela tem uma situação muito complicada assim porque pela lei , a gente quando fala assédio sexual né , a gente ta falando de tudo, você ta na rua se o cara chega perto de você de uma forma assim, você se sente assediada e e´ assediada né, mas pela lei é uma coisa muito restrita, dentro de um ambiente de trabalho, um superior hierárquico seu que te pressiona ou que te promete alguma coisa em troca de favores sexuais que é o que a lei fala né , mas mesmo esse caso muito especifico, no caso da nossa categoria a ABRAJI fez uma pesquisa acho que em 2018 que um decimo , ou seja 10%, 1 em cada 10 jornalistas já passou por esse caso especifico, que é um caso que é crime , além de ser uma coisa horrível, ela ta dentro de um local de trabalho e sofre um crime de um superior , a categoria em si né toda vez que a gente ta lidando ou com uma fonte , fazendo uma entrevista em público, cobrindo alguma coisa a gente sempre acaba correndo o risco de naquele local de apuração você ser assediada de alguma forma, você se sentir violada , e uma coisa que é recorrente na nossa categoria, mas pior do que isso é o caso de que dentro das empresas a gente tem um nível , por mais que as empresas de jornalismo ou de comunicação muitas vezes faz uma campanha publica , tem um marketing muito bonito , o ambiente é no nível toxico suficiente para várias chefias é , pô se você colocar 1 em cada 10 jornalistas é um número muito alto, eu considero um número muito alto, então eu acho que é um problema crônico da nossa categoria,

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Priscilla: É isso e com objetivo político claro, e toda vez que a imprensa pergunta alguma coisa que ele não quer responder ele agride, é assim um comportamento típico.

Priscilla: Eu nunca sofri violência desde o movimento sindical a gente sente , porque não dá pra fingir , por mais que os companheiros dos movimentos sindical entenda, isso aí é imbuído nas pessoas , as pessoas podem até tentar mudar, mas pode acontecer de você estar em uma reunião discutindo , que você tá tentando falar mas que as pessoas não estão curtindo muito sua ideia ,ainda mais por que quando eu entrei na diretoria do Sindicato eu não era muito jovem, eu tinha 30 anos , então fica parecendo que é uma menina que tá falando. Em alguns casos tem isso de não dar a atenção devida, o companheiro do seu lado fala praticamente a mesma coisa que você falou e dão atenção sabe.

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Eventualmente um dia vai falar cara não dá pra fazer 12 horas hoje, eu não posso hoje entrar às 8hs da manhã e sair às 8hs da noite porque eu tenho que buscar meu filho na escola. Uma sociedade que por outro lado o pai pode falar isso com mais tranquilidade e nessas situações de pandemia o que a gente viu foi muito isso, eu acho que na nossa categoria até tem mais pais dedicados a cuidar da casa, a cuidar do filho , mas socialmente é inegável que as mulheres de uma forma em geral assumem essa carga quase no total , até antes da pandemia pesquisas do IBGE mostrou que ao longo do ano, do contrário do que a gente acha , na medida que o tempo tá passando , está aumentando a diferença de carga horária de mulheres e homens por conta do serviço doméstico que as mulheres estão passando cada vez mais tempo , então é a mulher que se tem um parente que fica doente, é a mulher que sai do trabalho pra poder cuidar do parente, e a mulher que quando o filho nasce ou depois ela precisa sair do emprego ou a empresa demite porque ela tá com o filho pequeno doente , e não consegue fazer mais o que ela fazia antes. E assim vai impedindo inclusive que a gente progrida na carreira, porque se toda vez que a gente precisa sair daquela contratação, você trabalha na empresa está se desenvolvendo aí o filho fica doente é a mulher que cuida, quando você volta, você vai voltar pra outra empresa e começar tudo de novo.

Trabalho

Bia: essa próxima pergunta Priscilla, se sinta à vontade pra poder responder ou não ...por ocupar um cargo de grande importância dentro de uma organização você já sentiu diferença de tratamento ou já sofreu alguma violência seja ela sexual, física ou verbal? Ou conhece alguém que já sofreu?

.Mas tem um fator na minha opinião maior que do ponto de vista, de que as empresas precisam pressionar os salários pra baixo, precisam fazer com que os salários não aumentem tanto , que você ter um setor da classe trabalhadora que são as mulheres que sejam socialmente aceitas, que elas tenham um salário mais baixo, que elas tenham que arcar praticamente sozinha com os custos e pesos das tarefas da maternidade e tenham que arcar praticamente sozinha com as tarefas domésticas, você consegue fazer com que o conjunto dos salários baixem inclusive o dos homens , porque os homens também vão competir com essa mulher que ganha mais baixo , apesar que a gente sabe que o homem progride mais facilmente, ganha mais do que a mulher e tudo mais de uma forma em geral , os salários da classe são achatados pelo fato de que , a mesma coisa com racismo quando você justifica que a pessoa ganha menos porque é negra, é parda. Você na verdade está fazendo todo mundo ganhar menos porque afinal de contas, olha o exército de reservas que nós temos, eu não posso aqui exigir muito da empresa, não posso querer muito que a empresa invista no meu salário, porque tem gente lá fora que quer o meu lugar, concorrência interna entre os trabalhadores, e aí como sindicalista eu digo que aí entra o Sindicato que ao invés da gente competir, ah! Eu vou puxar o saco do meu patrão porque tem alguém querendo o meu cargo, até mesmo a desigualdade salarial, ah! Mas você não faz exatamente o que ele faz, mas ele tem uma projeção de nome, porque ele não precisou sair do emprego para cuidar da mãe, não teve essa pausa que você teve para a maternidade.

Trabalho

Editoria

Folha de Decupagem 28/10/2021Data

0:29 / 0:30

Kainara: você acha que a gente está evoluindo perante essas questões ou ainda falta Priscillamuito?: eu acho que as vezes conquista algumas coisas mas olhando de uma forma geral ,eu acho que a gente tem regredido em relação a situação social em que a gente vive , na situação econômica que a gente vive e aí acaba que isso puxa os nossos direitos , então falei esse negócio do IBGE que tá aumentando a diferença de carga de trabalho , mas também está aumentando o número de mulheres que não tem emprego formal que é empurrada pro desemprego e essa situação econômica ela potencializa a situação de violência doméstica , a situação em que a mulher não tem uma independência financeira pra poder se firmar e não aceitar situações , então a gente tem conquistas, a gente conquistou vou dar um exemplo tá, a gente conquistou o programa empresa cidadã que permitiu que várias mulheres tivessem acesso a licença maternidade por 6 meses, a gente conquistou a lei Maria da Penha , mas aí é um problema de como eu vejo a sociedade que a gente vive que eu acho que ela pressiona a classe trabalhadora pra ganhar menos, pra sofrer mais pra ser mais oprimida e a gente precisa de um movimento que consiga reagir a isso de conjunto na minha opinião sabe.

MulheresTema Jornalismono

de Conclusão de Curso em Jornalismo. Ano 2021. 49

Tempoin/out Conteúdo

0:15 / 0:28

Kaynara: Olá queridos ouvintes, sejam bem vindos a mais um episódio do nosso podcats, ao meu lado as minhas companheiras de jornalismo Amanda Cunha e Ana Beatriz, boa noite meninas.

Amanda e Ana Beatriz: Boa noite

Decupagem Elisângela

Essa questão parte dos homens e das mulheres que isso é incontornável, não é incontornável no sentido de que a sociedade deva continuar sendo assim ,a gente tem que lutar pra que isso mude e aí mudar as relações sociais em todos os ângulos ,mas eu particularmente falo com muita tranquilidade pois eu já vi alguns casos de denúncias de assédio dentro do movimento sindical , e os casos que eu conheço teve uma tentativa ali de tentar acobertar, mas eu não conheço caso que teve acobertamento, acho que até mesmo por causa que as diretoras não permitem , a gente não permite que o movimento sindical reproduza isso que acontece nas empresas, tentamos não permitir , até onde eu consegui ver eu não conheço caso contrário disso.

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Assunto

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Kaynara: Bom gente, nesse segundo episódio trouxemos uma repórter e apresentadora que é um dos principais nomes do telejornalismo brasileiro e que infelizmente sofreu uma agressão muito ruim durante uma reportagem que estava fazendo.

Ana: Ela é um dos principais nomes do jornalismo investigativo, nós estamos falando sobre a Elisangela Carreira, seja muito bem vinda ao nosso podcast e muito obrigada por ter aceitado o convite.

Trabalho de Conclusão de Curso em Jornalismo. Ano 2021.

1:24 / 1:31

Kaynara: Elisangela, você poderia falar um pouco mais sobre você para aqueles que não te conhecem, sobre a sua trajetória no jornalismo?

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2:55 / 3:18

Elisangela: Claro, na verdade eu to na TV há mais de 14 anos. Comecei em presidente prudente, sou nascida e criada no interior paulista. Comecei na band, fiquei 2 anos na reportagem e os outros foram na apresentação. Fiquei durante uns 7 anos por aí só na apresentação do band cidade e outros programas. E aí depois me convidaram para vir para Band SP que foi um desafio muito grande para mim, pra ser repórter. Sai da bancada para ser repórter do Luís Bacci a princípio, fiquei 5 meses e depois fui convidada pela equipe e pelo Datena para fazer parte do time deles. Foi aí que começou toda a minha trajetória no investigativo, no policial e que até hoje eu continuo fazendo esse meio que eu aprendi a gostar e que me dá uma satisfação muito grande. Eu resumi bem minha trajetória gente, porque tem muita coisa, fiz esporte, fiz agronegócio, fiz muita coisa, entretenimento. E há 7 anos eu faço o investigativo, matéria policial.

1:07 / 1:21

Elisangela: eu que agradeço o carinho e essa introdução que vocês fizeram. Muito obrigada mesmo, fiquei muito feliz com o convite e espero colaborar com vocês e com as perguntas, com as histórias da minha carreira.

1:32 / 2:54

Ana Beatriz: Bacana, e Elisangela conversar com você infelizmente seria inevitável não abordar o assunto que ao nosso ver foi constrangedor para você mulher e profissional no jornalismo, que foi a cusparada que levou de um criminoso em uma reportagem. Você poderia falar um pouco sobre esse acontecido e se você já havia passado por algo parecido antes?

Trabalho de Conclusão de Curso em Jornalismo. Ano 2021. 51 03:20 / 09:56

Elisangela: Olha, algo parecido não, mas já levei chute de homem, de mulher, empurrões, porque trabalhar com isso é uma situação muito difícil. Você está ali diante de uma pessoa acusada de um crime. A respeito desse homem, não sei se posso chamar assim, esse criminoso chama Ironildo, ele é de uma cidade pertinho de Sorocaba. E a gente ficou muito tempo nessa história porque ele estuprou e depois matou Aline, uma menina de 19 anos. Eu fiquei nessa história durante todo o tempo, desde quando matou Aline, até descobrir quem era o assassino, que no caso era o Ironildo. E todos os dias praticamente eu estava na cidade, na casa de mãe de Aline, para descobrir primeiro onde estava o corpo, onde estava Aline. Depois para descobrir quem era o assassino e isso levou um tempo né, me aproximei mais ainda da polícia, todos os dias falava com o delegado, todos os dias informações. As vezes as pessoas passavam informação para mim, eu passava para o delegado para investigação, para os policiais. Até que um dia que encontraram o Ironildo no processo investigativo que eles não abrem para nós, mas abriram para mim, e aí o delegado falou “Elis, ta na mão”, eu entrei ao vivo aqui de casa mesmo com o Datena, a gente deu em primeira mão e eu dando todas as informações. Só que eu liguei para o delegado e ele falou “Elisandra, você vai agora pra Sorocaba”, e eu peguei e falei “ta bom”, tomei um banho rápido. Falei “Dr, por favor, segura o Ironildo para não fazer a transferência dele para a cadeia, eu quero ver quem é esse cara e ter a chance de ficar de frente com ele, porque eu fiquei durante muito tempo tentando descobrir quem era esse assassino que foi tão cruel com uma jovem tão querida na cidade, mãe de uma menininha, uma história muito triste gente. Eu lembro que sai de casa umas 17h30, até chegar no Morumbi e na Band e depois Sorocaba. O delegado muito querido ficou segurando lá o Ironildo, a imprensa local já estava lá aguardando e o delegado estava simplesmente me aguardando. Eu me senti privilegiada porque eles respeitaram meu trabalho por muito tempo de investigação. Só que na hora que eu cheguei na delegacia, eu já avisei “Dr, olha só, cheguei. ” Ele falou “ainda bem, vou sair com o Ironildo”, isso já era umas 19h30/20h, e foi o momento que eu pisei na delegacia que eu cheguei para fazer a pergunta para ele, ali não deu nem tempo. Eu percebi que ele encheu o peito para cuspir na minha cara, e acertou a minha testa. Na hora que ele acertou a minha testa, vou ser muito sincera, me passou tanta coisa na cabeça em uma fração de segundos que vocês não têm ideia. Eu não posso deixar um homem lixo desse, foi essa palavra que eu usei todo o momento, um lixo desse fazer isso comigo, de maneira nenhuma. Ele matou uma menina que tinha praticamente a idade da filha dele. Eu me vinguei da maneira que eu pude, a minha vontade era ter largado o microfone e ter ido com a mão. Falei para o Datena também. Naquele momento eu não podia me exceder mais, porque gente além de tudo, se eu vou além daquilo é capaz de eu responder por isso, por uma agressão. Ele cuspiu, eu bati e acabou ali. Eu estava extremamente nervosa, eu não enxerguei mais ninguém, mais nada. A única coisa que eu sabia falar depois

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Elisangela: Com certeza, ainda mais pelo fato que neste meio os homens dominam, mulher é a minoria.

Kaynara: Você recebeu algum apoio na época que aconteceu da emissora que você estava?

Elisangela: ah, com certeza, né? Porque se você não tem esse acolhimento, você fica se sentindo culpada, fiz errado, por mais que a minha atitude não tenha sido errada. Nem todo mundo tem esse

10:34 / 0:36

para o delegado “Traz ele de volta” porque eu não me conformava. Eu queria olhar de novo na cara dele. É uma situação de humilhação para a gente que é repórter, eu me senti extremamente revoltada. Se eu pudesse, sei que violência não leva a nada. Foi uma humilhação, você está ali fazendo o seu trabalho. Eu fiquei assim, foi difícil dormir, foi difícil esquecer a cara dele por um tempo e isso ficou guardado. Porque eu acho que por eu ser mulher ele fez isso, se fosse um homem não teria feito, só que ele achou que eu não fosse reagir. Porque se fosse um homem, uma câmera, já teria jogado a câmera e ido pra cima. Então ele pensou, é mulher e não vai fazer nada, foi o que ele fez. Já começa aí os problemas que nós mulheres enfrentamos diante da nossa profissão. Foi uma cena revoltante, eu não puder bater muito mais, ele está cumprindo a pena dele e acho que eu quero que fique lá por muito tempo. Mas é uma situação que eu não desejo para ninguém, de verdade, para nenhuma profissional.

Kaynara: Você acha que é necessário esse apoio, só fortalece quando acontece essas coisas com os jornalistas? Porque as vezes pode rolar de não acontecer esse apoio né, aconteceu com você e isso é muito necessário par seguir em frente?

Trabalho de Conclusão de Curso em Jornalismo. Ano 2021. 52

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Kaynara: Muito humilhante Elisangela o que aconteceu, é o que acontece principalmente com as mulheres que estão na linha de frente assim, no meio investigativo, ter que lidar com essas situações.

Elisangela: Recebi, eu fiquei até surpresa, depois que eu fiz aquilo, mandaram essa imagem para o Datena e ele me ligou, naquele momento eu falei “pronto, agora eu perdi o emprego”, mas não eu lembro o que ele falava exatamente, ele falava “mas você não tem tamanho pra isso, não acredito que você fez isso” ele falava “fica calma, ta tudo certo, ação reação, a gente está com você” e isso já foi acolhedor naquele momento e também dento da delegacia, todos os policiais vieram me abraçar, limparam o cuspe, me sentaram. O delegado me deu água, me sentou. Todos ficaram do meu lado naquele momento. E quando cheguei na tv aquele dia, eu estava transtornada porque já tinha passado em todas as emissoras, falei “meu deus, o que eu fiz”, mas quando eu cheguei na emissora foi muito legal, fui recebida com flores. Recebi um apoio tão legal, tão bacana, me senti feliz por não ter sido julgada pela minha atitude.

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Kaynara: a gente estava lendo uma matéria até para conhecer um pouco mais de você, eu fiz essa pergunta mesmo porque veio um questionamento. É muito bom conversar e saber a sua versão da história, porque eu tinha falado para as meninas, será que depois desse episódio, sabemos que foi contratada pela Jovem Pan, será que foi demitida por conta desse episódio. Vamos perguntar, e como você respondeu isso para a gente, fiquei muito feliz e confortável de verdade que você tenha recebido esse apoio. Agora queremos saber como está sendo a sua experiencia na Jovem Pan.

Elisangela: Quando sai da Band, muita gente achou que eu tinha sido demitida por causa desse episódio. É muito legal vocês me perguntarem isso porque não foi, não foi nada disso, muito pelo contrário. E o que acontece, as benditas Fake News elas acontecem, eu falei: “gente olha como a informação é disseminada de uma maneira que não tem nada a ver.” Mas depois da Band eu passei para uma casa maravilhosa que é o SBT, uma casa incrível de trabalhar, vocês não têm noção, uma energia muito boa. E depois do SBT eu fui para a Record, então tudo assim, Band, SBT, Record e agora estou na Jovem Pan. A Record é uma casa maravilhosa, uma estrutura linda, não tenho o que falar da Record, do sbt, da band. Eu sou uma privilegiada, posso dizer para vocês, graças a Deus eu tive a chance de passar por essas emissoras. E hoje tem sido um desafio para mim estar na Jovem Pan, muito grande, mas vocês não têm ideia. Sair da Record quando me chamaram para Jovem Pan foi uma decisão muito difícil, mas eu falei: “não, eu vou aceitar porque a jovem pan vai virar TV agora dia 27”, então uma rádio que vai virar TV e eu queria fazer parte dessa história, desse marco. A jovem pan como radio é líder em audiência, ela tem bilhões de visualizações no youtube. Não vou citar a emissora, mas ela tem mais audiência do que uma emissora de TV, no youtube. Então eu pensei, “por que não aceitar esse desafio? ” E esse der certo tudo bem, eu acho que a gente está aí para isso né, e se não der tudo bem também. Eu nunca fiz rádio para começar né, quando eu cheguei na Jovem Pan essa transformação ainda está acontecendo, eu to em uma rádio, mas essa rádio tem imagem para o youtube, só que tem coisas de TV que eu não posso fazer porque é rádio, toda confusa. Então imagina, mais de 14 anos de TV e de repente cai em uma rádio que vai virar TV. Então tem sido assim para mim uma experiência muito legal e que com certeza vai engrandecer toda a minha carreira. Tem sido uma experiência muito bacana a Jovem Pan. Eu achei que ia falar sobre política, economia. Falei “ah, vou sair um pouco do policial.”, mas não, eu acabei entrando em um programa investigativo que vai acontecer. Eu ainda não posso falar

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Trabalho de Conclusão de Curso em Jornalismo. Ano 2021. 53

acolhimento com algum tipo de atitude. Conheço repórter que chegaram a nem bater, só foi para cima e acabou sendo demitida por conta disso, de outra emissora, porque ela não foi acolhida. Foi agredida verbalmente, e ela foi para cima tirar uma satisfação, tem situações e situações, na minha me senti acolhida e abraçada.

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Elisangela: As duas coisas já aconteceram. Já aconteceu de ter uma pauta muito boa, uma matéria muito boa e mandarem um homem, porque homem é homem e ele vai conseguir, isso acontece e as vezes acontece também pelo próprio editor chefe, pelo próprio diretor do programa, que fala “não, manda um homem”. E as vezes não tem uma justificativa para isso, isso é muito estranho porque eu

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Amanda: Antes de seguir a carreira jornalística, você pensava em seguir outra profissão?

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Kaynara: Que bom, tivemos um spoilerzinho do que vai acontecer.

Elisangela: Eu sempre quis ser médica, como eu não sei. Mas desde criança eu queria ser médica, queria ser pediatra porque eu amo criança. Quando criança eu só brincava de ser apresentadora, de ser repórter. E esse meu gosto pelo jornalismo é por conta do meu pai. Meu pai é radialista e jornalista, então eu convivia com isso. Eu escutava meu pai que tem a voz linda e maravilhosa, sou suspeita para falar. Eu via meu pai entrando ao vivo de dentro do carro falando umas coisas, eu falava “gente, da onde ele está ouvindo/vendo isso”, mas rádio da isso né para a pessoa, essa espontaneidade, essa rapidez. Uma criatividade que eu falo meu Deus, eu pequenininha (ainda sou pequena né) eu ficava encantada com esse mundo. Mas eu sempre falava que queria ser médica. E quando eu estava mais ou menos no terceiro colegial, eu perdi dois priminhos, os dois tinham 2 anos. Um teve câncer e o outro uma infecção muito grave e os dois morreram. Eu acompanhei a história e coloquei na minha cabeça que não dava para ser médica, falei “gente, gostar de criança é uma coisa, agora eu querer cuidar de uma criança como médica não é para mim”, eu não tenho psicológico. E naquele dia eu falei “não, eu vou fazer jornalismo” tipo do nada né, aí meu pai ficou louco né, falou “você está louca, você não vai fazer jornalismo” e eu falei “não pai, eu vou fazer, eu gosto” foi do nada, e eu fiz, passei e foi amor à primeira vista. Já estava no sangue meu gosto por isso, eu não me vejo fazendo outra coisa gente, de verdade, hoje eu não me vejo.

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Kaynara: Dentro da redação jornalística, falando agora das redações. Já surgiu alguma pauta que você queria muito cobrir, mas não pode, por você ser mulher, não seria qualificada para estar cobrindo aquela pauta? E também a minha outra pergunta se ao contrario já aconteceu, de ter pautas que foram direcionadas para você, mas por acaso não queria, mas foi direcionada propriamente para você por ser mulher?

Trabalho de Conclusão de Curso em Jornalismo. Ano 2021. 54

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o nome, vai ser semanal, é um programa de uma hora. E acabei ficando nisso, não tem jeito, não tem jeito mesmo. Eu to em um meio que escuto política e economia e tem sido enriquecedor para mim e ao mesmo tempo fazendo o que eu gosto que é matéria policial e investigativo mais elaborado também.

Kaynara, Ana e Amanda: Está sim.

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Elisangela: Às vezes ele quer que esteja um homem lá e tem isso gente, e acho que de verdade a gente consegue conviver com isso, não que eu to sendo ok, não. Nesse nosso meio as vezes a gente aprender a conviver com isso mesmo. Tem situações que realmente são assim, por exemplo Brumadinho, eu não fiz essa cobertura, mas um repórter excepcional da Band fez, dois repórteres e fizeram brilhantemente. Às vezes uma mulher não teria tanto emocional, tanto físico para pisar na lama todo dia, vocês entendem mais ou menos o que eu quero dizer? Não que o homem não tenha sentimento, mas as vezes ele, enfim... Aconteceu em Brumadinho também de uma repórter de outra emissora que ela foi

já vi. Eu fico pensando “poxa, eu consigo fazer isso, por que não eu?”, mas isso nunca foi problema na minha cabeça, tudo bem mandou ele, mas na próxima oportunidade eu vou, mas acontece gente. “Ah, vamos mandar fulano porque é homem e ele vai dar conta do recado, mulher é mais frágil, mulher é mais não sei o que.” Às vezes não vai dar conta de subir um morro, vamos dizer assim em uma matéria especifica. Pelo jeito dela não vai aguentar, vai ser muito pauleira. Mas não a gente aguenta tudo e mais um pouco. Mas eu nunca me senti atingida com isso, as vezes eu pensava “poxa, eu podia ter ido” eu pensava, mas ok na próxima eu vou. E já aconteceu do contrário de ter que ser mulher porque vai conversar com uma mulher, tem que ser mulher porque tem mais sentimento uma com a outra, e as vezes não era esse tipo de matéria que eu queria fazer sabe. Poxa, podia mandar um homem. Mas homem não tem essa pegada para falar com mulher, não tem essa sensibilidade. Então esse tipo de matéria mulher conta melhor. Mas eu até entendo porque tem matérias, por exemplo, um feminicídio. Quando uma mulher conta, quando eu estou de frente com uma mulher, de uma família que perdeu alguém, o marido matou a esposa. A gente está conversando com a família, todo mundo tem essa sensibilidade, o homem também, mas a mulher ela consegue ter todo aquele sentimento, toda aquela narrativa mais envolvente, não que o homem não tenha, mas tem matérias que combinam mais com mulher e matérias que combinam mais com homem, isso eu compreendo, mas tem matéria que dá para os dois fazer. Por exemplo eu fui para o morro no Rio de Janeiro quando teve um desabamento, e aí olharam para mim e falaram “vai Elis”, vamos lá, subi esse morro. Até a coordenadora de link e uma das editoras chefes falaram “ainda bem que você faz academia, porque aguentar subir e descer esse morro ao vivo toda hora” e aí depois mandaram um homem para lá, eu tinha feito sete matérias já em dois dias, mandaram um repórter para lá e pediram para eu voltar, mas isso já é coisa de apresentador, apresentador quis falar “agora manda um homem porque eu quero dar impressão que tem vários repórteres meus lá no RJ”, então vai muito do apresentador. Não sei se eu estou conseguindo deixar bem claro para vocês.

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Kaynara: Sim, eu entendi.

Amanda: Sim, perfeitamente.

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14:41 / 14:52

Bia: E durante a apuração o jornalista investigativo utiliza algumas estratégias para obter as informações. Conta para a gente quais são essas estratégias para investigar e transmitir essas notícias?

Elisangela: Olha, cada repórter trabalha de um jeito né, e assim, a gente não costuma falar muito as estratégias que a gente usa porque é nossa ferramenta de trabalho, para fazer um trabalho investigativo. Mas são várias porque a gente aprende com a polícia inclusive, com o nosso contato direto com a polícia. Mas uma coisa que eu posso falar para vocês que eu uso é da fidelidade com quem é a minha fonte, isso que eu sempre usei. Delegado, policial, alguém da família, a minha fidelidade, a minha lealdade. Se a pessoa falar "isso você não pode falar", eu não vou falar gente, por mais que seja o furo do furo, eu só vou falar a hora que a pessoa falar "agora você pode falar". Por isso que no caso do Ironildo eu dei um furo de reportagem, porque eu fui leal e fiel com o delegado. Eu tive o furo, a gente deu a maior audiência na Band naquele dia, então eu uso de estar bem sincronizada, de sempre falar a verdade, porque senão eu atrapalho o trabalho da polícia, se eu for além do que ele me permite, eu vou atrapalhar. Não é isso que eu quero, muito pelo contrário eu quero ter aquela informação quente para eu passar, para dar o furo de reportagem. Cada repórter age de um jeito, tem repórter que chega, vai dar a informação e perde a fonte. Cada um usa as armas que tem. Eu vim lá do interior, sou da boa conversa, sou do preto no branco e está tudo certo, vai ser assim vai ser assado. E já sofri com isso, as vezes tinha informação e estava me segurando, falei "não, se eu dar a informação eu vou perder a fonte e talvez nunca mais eu vou ter outra matéria do tipo", então eu uso disso, de manter sempre o contato alinhado com essa minha fonte, de trocar figurinha mesmo e essa fonte acaba me ensinando a como chegar em uma pessoa. De repente eu tenho um endereço, aí será que esse endereço é nessa cidade, aí a minha fonte chega e fala "vou te dar uma dica, faz isso, isso e isso e você vai descobrir se

extremamente insensível com a mulher, durante a entrevista ela acabou sendo tirada da cobertura, de outra emissora. Então para a gente ver que não existe muito, né, de isso é para mulher e isso é para homens. Quem decide mesmo é a redação, não sei se consegui explicar mais ou menos para vocês. Já sofri com isso, eu poderia ter ido e não fui, aí colocaram um homem e quando é uma matéria sei lá, por exemplo, quando a matéria é uma bucha e você não sabe nem por onde começar aí me mandavam. Eu ficava “gente, não tem nada” aí eles falavam “você se vira”, você entendeu? “Mas eu não vou colocar o outro repórter porque ele não vai me trazer o material.” Então também vai muito do perfil né de cada repórter. Consegui mais ou menos gente, explicar?

Trabalho de Conclusão de Curso em Jornalismo. Ano 2021.

essa rua é nessa cidade", aí caramba, que legal, eu não imaginava. Então assim, você vai descobrindo o mundo muito surreal. Eu fiz uma coisa lá na Band quando eu estava no "tá na tela" com o Bacci que hoje eu não faria. Eu entrei, eu nem costumo contar isso né, mas enfim vou contar para vocês agora. Eu entrei no sírio libanês, eu burlei a segurança do sírio libanês para saber do Jô que estava internado na época, isso tem 7 anos. Eu fiz a maior loucura do mundo minha gente, vocês não têm ideia. O sírio libanês é cercado de seguranças, cercado de câmeras de segurança, eu consegui ficar das 15h até às 18h30 dentro do sírio libanês e consegui ter informações do Jô e ver o Jô, então assim, depois sai correndo para não ser presa, hoje eu não faria isso de maneira nenhuma. Eu usei das minhas estratégias para entrar, não fui notada, ninguém sabia que eu era jornalista e consegui entrar no sírio libanês, na hora que eu sai correndo eu pensei "meu deus, o que eu fiz". Depois disso o Bacci queria que eu entrasse em todos os hospitais, falei assim "não, não é assim que funciona, não é qualquer hora, qualquer jeito", mas hoje eu já não faria mais isso, não tem porque, no começo a gente quer fazer muita coisa. Eu vou para o sírio só pegar o boletim médico do Jô? Eu quero ver o Jô, eu quero ver como está o Jô, para poder contar como está, eu consegui falar com a fisioterapeuta do Jô, consegui ver o Jô. Consegui um monte de informações e no final eu falei "puta, que bacana", que legal gente, consegui, mas depois eu não faria de novo. Então a gente usa de várias artimanhas para conseguir, mas acho que o principal de tudo é fonte, eu escuto isso desde que eu me formei e desde que eu entrei na Band Prudente. O antigo diretor, ele fazia reuniões com a gente na band, com repórteres e apresentadores e falava “gente, vocês não têm fonte”. E realmente, em prudente ninguém tinha fonte. Com quem eu vou falar, um juiz da vara tal, quem vai ser minha fonte? É difícil você construir uma agenda de fontes no celular, sabe assim? Delegado, juiz, promotor. E ele batia na tecla, toda reunião ele falava “vocês não são jornalistas porque vocês não têm fonte” e hoje eu entendo a importância da fonte, olha só, ir para prudente para entender de fato a importância de fonte, eu de presidente prudente chegando aqui na primeira delegacia que eu fui não sabia nem como falar, como eu peço o telefone do delegado? Ele vai achar que eu estou querendo alguma coisa né, na minha cabeça, ainda mais uma mulher já tinha esse preconceito. Fazendo policial, mulher na delegacia, e eu fui construindo todas essasfontes e contatos, que não é fácil.

Amanda: Elisângela você poderia deixar uma mensagem de resiliência para as futuras jornalistas que pretendem ingressar nessa área, o que elas não podem mais tolerar?

Elisângela: Aí eu teria tanta coisa para falar. Porque assim, primeiro não tenham medo e façam por amor. Nós mulheres infelizmente a gente vai sofrer preconceito, a gente vai ser apontada, ela pode, ela não pode, ela vai conseguir, ela não vai. Mas meu, passa por cima

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igual um trator, porque a gente consegue tudo, a gente faz tudo, e fazemos muito bem. O que eu falo, primeiro faça por amor e lute pelo o que você quer e qualquer sinal de preconceito, desrespeito, eu nem sei qual palavra usar, passa por cima e faça o seu, foi o que eu fiz, eu fingi que não via e ia, “não é pra mim essa matéria eu vou fazer outra” e vou fazer bem-feita, agora pra mim essa que podia ser um homem, vou fazer essa também e bem feita. Esse é nosso papel da melhor maneira possível, independente de sofrer ou não, ou até mesmo assedio que muitas mulheres sofrem no ambiente de trabalho saber conduzir isso, saber se impor o tempo todo nesse meio. Ainda mais eu que vivo nesse meio masculino, é se impor, mostrar da onde você veio, da sua importância, é se impor, acho que atitude é tudo. Isso que eu falo para quem quer fazer jornalismo, quem gosta de jornalismo, independente de quem for, vai igual um trator. Não se deixa abater por isso, porque o que as pessoas querem é isso né, te derrubar. Fazer com que você se sinta mal e inferior. Muitas pessoas fizeram isso comigo, até mesmo lá atrás em Prudente, eu ficava “meu deus como essa pessoa está fazendo isso”, mulher tá, mulher falando para mulher, me deixando para baixo, passando por cima de mim, eu falava “ao invés dela estar comigo, pra me ajudar, estamos crescendo juntas” eu via aquilo ali mas falava “eu vou, eu vou” era um choro ali, um choro aqui mas eu fui e hoje estou onde estou por determinação, por não deixar quem me desapontava, de repente me humilhava, me desmerecia pelo fato de ser mulher. Eu não deixei que isso tomasse conta de mim por mais que doesse, então eu falei "se eu estudei pra isso e gosto de fazer isso, então está bom". O que é meu, é meu. O meu espaço é meu espaço, cada um tem o seu. Cada um brilha de um jeito, cada um cresce de um jeito, e pronto, cada um com seu espaço, cada uma de nós. Eu tenho amigos ótimos no jornalismo, maravilhosos que acabaram não aguentando. Sofreram muitas coisas no jornalismo, enfim e acabaram desistindo. Eu falo para as meninas também "não desistam, se vocês gostam dessa profissão, de tudo isso, vai na frente e não pense que por você ser mulher vai sofrer alguma coisa. Se já foi com esse pensamento, pronto, acho que não tem que ter esse pensamento. Cada um tem seu espaço, tanto homem quanto a mulher.

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Elisângela: Meninas, eu que agradeço, estou à disposição. Eu ainda tenho muito que aprender e gosto de conversar com quem

Amanda: Elisângela em nome dos nosso podcast nós gostaríamos de te agradecer, apesar da sua agenda cheia você arrumou um tempo, e encontrou uma disponibilidade para participar e trazer essa noite todo seu conhecimento. Deixamos aqui nosso muito obrigada por toda a experiência que nos passou essa noite.

Kaynara: é muito gratificante ouvir essas palavras suas, só fortalece a gente que está estudando e batalhando nessa carreira, a gente chegou ao fim né Amanda?

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Trabalho de Conclusão de Curso em Jornalismo. Ano 2021.

25:36 / 26:36

está estudando porque eu aprendo muito também com vocês. Vocês me fazendo essas perguntas me faz retomar quem eu sou e de onde eu vim. Então isso é muito legal, vão começar isso tudo e vão passar por muitas coisas legais e coisas não tão legais e isso enriquece nossa vida. Eu fico muito feliz de participar e me coloco mesmo a disposição, pra qualquer conversa, coisa, duvida e esclarecimentos. Sei que a agenda é corrida, mas eu paro e mandou um áudio. Eu fico muito feliz que as mulheres hoje já tomam conta de uma redação jornalista, já é maioria, eu fico cada vez mais contente e vendo vocês aqui lindas e maravilhosas. Eu agradeço de coração.

Decupagem

Repórter: Amanda, Kaynara e Bia Grace Tema Assunto

Amanda: OLA OUVINTES, CHEGAMOS AO NOSSO ÚLTIMO EPISÓDIO MAS NÃO MENOS IMPORTANTE VAMOS FALAR SOBRE A CULTURA PROFISSIONAL E AS SUAS VIVÊNCIAS IREMOS ABORDAR AS CRENÇAS E VALORES INTERNOS E EXTERNOS

25:09 / 25:35

Amanda, Kaynara e Bia: *agradecimentos*

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Folha de Decupagem 20/10/Data 2021 Editoria

Beatriz: HOJE NÓS TEMOS A ILUSTRE PRESENÇA DA GRANDE REPÓRTER INVESTIGATIVA QUE EM ENTREVISTA PARA O PROGRAMA DO PORCHAT RELATOU QUE SOFREU UMA DAS MAIORES AGRESSÕES NO TELEJORNALISMO BRASILEIRO, ELA ESTAVA COBRINDO PARA O CIDADE ALERTA A PRISÃO DE UM HOMEM ACUSADO DE MATAR MULHER E AO TENTAR ENTREVISTALO FOI AGREDIDA POR ELE COM UM EMPURRÃO, GRACE ABDOU KELLY VEM CONTAR UM POUCO DA SUA HISTÓRIA PARA GENTE

Tempoin/out Conteúdo 1”381”28

SOCIAL OS ASSUNTOS A SEREM TRATADOS AS IDEIAS DA SOCIEDADE EM RELAÇÃO À DETERMINADOS ASSUNTOS A GENTE TEM SEMPRE QUE LUTAR POR TEMAS TABUS EXPOR E DE ALGUMA FORMA SE POSICIONAR POR QUE DIZEM QUE O JORNALISTA TEM QUE SER INSENTO E NA VERDADE ISSO NÃO EXISTE NÉ, TODO MUNDO TEM UMA IDEIA SOBRE QUALQUER TEMA A SER ABORDADO, O QUE É IMPORTANTE É QUE VOCÊ OUÇA E DE A POSSIBILIDADE PARA AS PESSOAS TOMAREM AS SUAS CONCLUSÕES, NÃO SENDO TÃO TENDENCIOSO MAS É CLARO QUE A IDEIA TODOS NÓS TEMOS ENTÃO TRABALHAR NESSA LUTA, NESSA ÁREA DE DIREITOS HUMANOS, DA DEFESA DOS DIREITOS DAS MULHERES, DAS CRIANÇAS, DOS ADOLESCENTES, DAS MINORIAS, É MUITO IMPORTANTE E NECESSÁRIA E EU ME IDENTIFICO COM ELA PORQUE EU TIVE UMA INFÂNCIA DIFÍCIL E NEM EXISTIA A LEI MARIA DA PENHA, E EU VEJO O QUANTO A GENTE EVOLUIU ENQUANTO HOJE A GENTE PODE TRATAR DE TEMAS DE OUTRAS FORMAS E IMPORTANTE PARA MIM DE ALGUMA FORMA CONSEGUI AJUDAR ALGUMA PESSOA, ALGUMA FAMILIA MESMO QUE SEJA ALGO BEM PONTUAL , UMA SITUAÇÃO EXPECIFICA UM PROBLEMA FAMILIAR,UM CRIME, A GENTE CONSEGUIU AJUDAR DE ALGUMA FORMA FEZ A DIFERENÇA NO NOSSO DIA E NO NOSSO TRABALHO, EU ACREDITO MUITO QUE NOS CONSEGUIMOS FAZER A DIFERENÇA, MESMO QUE SEJA UM TRABALHO DIFICIL E MUITO PESADO NÉ, A GENTE NEM CONSEGUE ASSISTIR AINDA MAIS NÓS ENTRARMOS NESSA HISTÓRIA EU ACHO QUE É SENSIBILIDADE FEMININA É MUITO IMPORTANTE NESSA HORA E PODE ATE NOS DESTACAR POR NOS APROXIMAR DE ALGUNS TEMAS QUE A GENTE SABE LIDAR BEM.

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Grace Abdou: EU ME INTERESSEI PELO JORNALISMO DESDE CRIANÇA, EU ME RECORDO QUE TINHA SETE ANOS, MEUS PAIS NÃO TIVERAM ACESSO À UNIVERSIDADE, TIVERAM POUCO ACESSO A EDUCAÇÃO NÃO CONSEGUIRAM NEM CONCLUIR O ENSINO MEDIO, ENTÃO ERA MUITO IMPORTANTE QUE EU

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Amanda: GRACE MUITO OBRIGADA POR ACEITAR O NOSSO CONVITE NÉ EM NOME DO NOSSO PODCAST SEJA MUITO BEM VOCÊVINDA!PODERIA CONTAR ASSIM UM POUCO MAIS SOBRE A SUA LIGAÇÃO COM O JORNALISMO E TAMBÉM O QUE LEVOU VOCÊ A ESCOLHA DO SEGMENTO INVESIGATIVO

Trabalho de Conclusão de Curso em Jornalismo. Ano 2021.

Kaynara: NO CASO A GENTE GOSTARIA QUE VOCÊ SE APRESENTASSE PARA OS OUVINTES QUE NÃO TE CONHECEM AINDA, CONTAR UM POUCO MAIS SOBRE VOCÊ, SUA HISTORIA NO JORNALISMO SUAS VIVÊNCIAS E ALEGRIAS

Grace Abdou: OLA MENINAS, NA VERDADE MEU NOME É Grace Kelly Abdou O APRESENTADOR QUE ME CHAMA DE GRACE ABDOU KELLY, MAS O QUE EU USO ASSINANDO É GRACE ABDOU QUE EU ASSINO, E DESCULPA EU SÓ PRECISAVA CORRIGIR QUE É GRACE ABDOU. QUAL É A PERGUNTA PERDÃO?

Grace Abdou: É UMA ETERNA METAMORFOSE, TANTO A VIDA

CONSEGUISSE ESTUDAR E ME FORMAR, QUANDO EU ERA CRIANÇA EM UMA CONVERSA COM MEU PAI ELE DISSE QUE SE TIVESSE UMA OPORTUNIDADE DE TER ESTUDADO E CHEGADO A UMA FACULDADE ELE FARIA JORNALISMO PORQUE ELE SE IDENIFICAVA, ISSO ME CHAMOU ATENÇÃO E REALIZAR DE ALGUMA FORMA O SONHO DO MEU PAI DA MINHA FAMÍLIA EU TINHA UMA LIGAÇÃO MUITO FORTE COM ELE E AO MESMO TEMPO MUITO CONTURBADA, POR QUE ELE ERA ALCOATRA , ALCOLICO A GENTE USA HOJE EM DIA ESSE TERMO, E VIOLENTO ENTÃO EU A MINHA IRMÃ DOIS ANOS MAIS VELHO MINHA MÃE SOFREMOS VIOLENCIA DOMESTICA. EU ME IDENTIFICAVA LEMBRO BEM DO PROGRAMA QUE ERA APRESENTADO PELO MARCELO REZENDE QUE CHAMAVA LINHA DIREITA, EU ERA CRIANÇA EU GOSTAVA MUITO DE ASSISTIR ESSE PROGRAMA APESAR DE SER DE ASSUNTOS VIOLENTOS

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Trabalho de Conclusão de Curso em Jornalismo. Ano 2021.

Grace Abdou: EU GOSTAVA DE ASSISTIR AQUELE PROGRAMA ERA PESADO, NAO ERA PRA CRIANÇAS, POREM EU ME IDENTIFICVA COM OS TEMAS PORQUE ME REALIZAVA NA SEMANA SEGUINTE VER QUE DE ALGUMA FORMA AQUILO HAVIA SIDO RESOLVIDO, O CRIME DESVENDADO O FUGITIVO GERALMENTE UM HOMEM QUE PRATICOU UM CRIME CONTRA A MULHER, CONTRA A FAMILIA ERA LOCALIZADO, TINHA A FOTO EXPOSTA E ERA PRESO, NÃO EXISTIA LEI MARIA DA PENHA AINDA, ENTÃO AQUILO ERA UMA FORMA DE SOCORRO MESMO PARA ESSAS FAMILIAS E ESSAS MULHERES, ENTÃO EU QUANDO JA FORMADA COMO JORNALISTA ACABEI TRABALHANDO COM O MARCELO REZENDE NO CIDADE ALERTA, EU CONTEI ESSA HISTÓRIA PRA ELE E ELE FICOU MUITO EMOCIONADO POR QUE AQUELE TRABALHO TROUXE UMA GRANDE DIFERENÇA PRA MIM E NA MINHA ATUAÇAO POR QUE EU SABIA O QUE AQUELAS FAMÍLIAS ESTAVAM VIVENDO, MUITOS TEMAS ERAM PRÓXIMOS DAQUELE QUE EU A TINHA VIVIDO, ENTÃO PARA MIM ERA MUITO IMPORTANTE EU ACHO DESSAS FAMÍLIAS ALGO QUE EU NAO TIVE LA ATRAS, A GENTE NÃO TEVE, A DEZESSEIS ANOS CASAMENTO, MACHISMO TAMBÉM DIZIA QUE NÃO PODIA SE SEPARAR, QUE A MULHER PRECISAVA SALVAR O HOMEM, TUDO ISSO QUE A GENTE SABE QUE NA VERDADE É UMA FORMA DE DOMINAR E MANIPULAR A MULHER, ENTÃO HOJE AO LONGO DESSES DEZESETE ANOS EU TIVE INTIMIDADE COM ESSES TEMAS, TEMAS MAIS CRUEIS, CRIMES MAIS GRAVES MAS ESSA MINHA HISTORIA DE VIDA ME APROXIMA DESSAS PESSOAS E ME DÁ UMA SATISFAÇÃO DE PODER AJUDAR DE ALGUMA FORMA E ELAS ESTÃO ALI PARA GENTE E NÓS ENTRAMOS NA VIDA DELAS NO MOMENTO MAIS DIFICIL, ENTÃO É MUITO DELICADO TANTO PARA PESSOA QUANTO PRA NOS TAMBÉM, É PRECISO A GENTE PISAR EM OVOS, É MUITO DELICADO PODE SER PESADO TAMBÉM EMOCIONALMENTE PSICOLOGICAMENTE ENTÃO É O TRABALHO NECESSÁRIO, QUE MUITOS CRITICAM POR QUE ENVOLVE OUTRAS QUESTÕES , QUESTÕES DE ABORGENS SENSACIONALISTAS DE ACHAR QUE NA VERDADE É UMA

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Beatriz: DO MESMO MODO QUE É DIFÍCIL É GRATIFICANTE NÉ

Grace Abdou: EXATO, E EU ATÉ DIGO PRA VOCÊS ISSO MENINAS, É A PRIMEIRA VEZ QUE EU FALO SOBRE ISSO NÉ, EU CONTEI PARA O MARCELO REZENDE A MINHA IDENTICAÇAO O QUAL TAMANHA ERA A IMPORTANCIA DE ESTAR ALI TRABALHANDO COM ELE, EU COMECEI A SER REPORTER COM ELE ENTAO EU LUTEI MUITO PARA ATINGIR ESSE OBJETIVO, QUE ERA O MEU OBJETIVO. SER REPORTER DESDE OS MEUS SETE ANOS DE IDADE, E ACABEI ME TORNANDO REPORTER ESPECIALISTA EM POICIA INVESIGATIVA, DIREITOS HUMANOS, O QUE TEM UM POUCO A VER COM ESSA HISTORIA

15:12 Beatriz: SIM E NÓS SABEMOS QUE UM ASPECTO QUE GERA DISCUSSÃO ENTRE AS MULHERES JORNALISTAS DO MUNDO INTEIRO É CONCILIAR A CARREIRA QUE ÀS VEZES ACABA INVADINDO O PERÍODO DE DESCANSO COM SEUS PROJETOS FAMILIARES COMO FOI PARA VOCÊ ADEQUAR AS SUAS TAREFAS PROFISSIONAIS COM A JORNADA DE TRABALHO DOMÉSTICO?

Grace Abdou: OLHA MENINAS TRABALHO DOMESTICO NA VERDADE NAO É FAMININO, ISSO EU DEMOREI PRA APRENDER ENTÃO NO COMEÇO EU ACHAVA QUE EU TINHA QUE FAZER AS COISAS DENTRO DE CASA PORQUE EU GANHAVA MENOS E AJUDAVA MENOS AS CONTAS, ENTÃO ME SOBRECARREGAVA UM POUCO, FAZENDO AS COISAS EM CASA E É CLARO ME DEDICANDO AOS ESTUDOS, POR QUE EU AINDA ESTUDVA

EXPLORAÇAO DA DOR ALHEIA, MAS ASSIM O QUE VALE E O QUE EU POSSO DIZER E A MINHA INTENÇÃO MEU TRABALHO EU NÃO GANHO POR AUDIÊNCIA E EU SAIO DE CASA PARA AJUDAR AS PESSOAS, EU SOU JORNALISTA PARA AJUDAR AS PESSOAS E EU SINTO QUE EU FAÇO A DIFERENÇA A CADA DIA APESAR DE FAZER UM TRABALHO TÃO DIFÍCIL E QUESTIONAVEL ÀS VEZES MAS QUE AO AGRADECIMENTO DESSAS FAMÍLIAS A PRÓPRIA PARA ELAS SEREM ATENDIDAS PELA POLÍCIA PORQUE ESSA POPULAÇAO CARENTE, ELA NÃO TEM ATENÇÃO ELA NÃO TEM VOZ ENTÃO O MEU MICROFONE DA VOZ A ELALAS, E A CHANCE DELAS SEREM OUVIDAS, SEREM ATENDIDAS EISSO É MUITO ESPECIAL PORQUE ELAS SÃO TRATADAS DE OUTRA FORMA SE ELAS FOREM SOZINHAS A DELEGACIA, AO HOSPITAL, SEJA ONDE FOR. E ENTÃO É ISSO QUE FAZ VALER A PENA E QUERENDO NÃO EU ACHO QUE A UM IMA NÉ NA NOSSA ENERGIA NA NOSSA HISTÓRIA QUE ACABA NOS LEVANDO DE ALGUMA FORMA A VIDA ME LEVOU A ESSE CAMINHO E A FAZER A DIFERENÇA DESSE JEITO . NÃO QUE EU NÃO FALE DE FLORES QUE EU NÃO GOSTARIA DE FALAR DE COMPORTAMENTOS DE ECONOMIA DE OUTRAS COISAS ENTÃO A GENTE PODE SE ADAPTAR A QUALQUER ASSUNTO EU ACHO QUE NESSE ASSUNTO EU TAMBÉM JA FIZ A MINHA PARTE, SE ACABAR HOJE EU TÔ EU TÔ SATISFEITA EXPERIÊNCIA EU JÁ TIVE NESSA ÁREA.

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Grace Abdou: EU QUERO FAZER UMA PERGUNTA PARA VOCÊS QUANTOS HOMENS TEM NA SALA DE VOCÊS

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Grace Abdou: ENTÃO CONSILIANDO O TRABALHO, ESTÁGIO, FACULDADE, MAIS O TRABALHO DE CASA PORQUE EU CASEI JOVEM COM VINTE E DOIS ANOS NÉ ENTÃO EU FAZIA AS COISAS PORQUE EU ACHAVA QUE OS TRABALHOS DOMESTICOS ERAM MESMO MAIS FEMININOS E A PERTIR DO MOMENTO EM QUE VOCÊ VAI AMADURECENDO, VAI ENTENDENDO MELHOR AS COISAS, ENCONTRANDO O SEU LUGAR NO MUNDO, SEU LUGAR DE FALA AÍ VOCÊ PASSA A COBRAR TAMBÉM SEU PARCEIRO DO COMPANHEIRO, OU A SUA FAMILIA, SEU IRMÃO SEJA QUEM FOR E COLOCANDO TAMBÉM AS COISAS, NAO, HOE NA MINHA CASA A PALAVRA AJUDA É PROIBIDA, MEU MARIDO AS VEZES FALA BRINCANDO DANDO RISADA EU VOU TE AJUDAR LAVANDO ESSA LOUÇA, MAS NAÕ NÉ É A NOSSA LOUÇA A NOSSA CASA E SÃO OS NOSSOS AFAZERES ENTÃO ELE VAI PREPARAR O JANTAR AQUI PORQUE EU ESTOU EM UM COMPROMISSO COM VOCÊS ENTÃO É IMPORTANTE QUE A GENTE SAIBA SE COLOCAR, QUEBRAR O OUTRO E DIZER NÃO, EU TRABALHO O MESMO TEMPO QUE VOCÊ, SÃO OITO HORAS, ENTAO SÃO OITO HORAS DE TRABALHO, ENTÃO OS AFAZERES DOMESTICOS SE VOCÊ FAZ ISSO E EU FAÇO AQUILO NÃO FICA PESADO PRA NINGUÉM NAO É MESMO.

Evelyn: MAS TODOS OS HOMENS QUEREM JORNALISMO ESPORTIVO

Grace Abdou: TEM?

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Kaynara: GRACE ASSIM A GENTE SABE QUE AS ESTRUTURAS ORGANIZACIONAIS JORNALISMO SÃO CAMPOS DOMINADOS POR VALORES MACHISTAS. NOS QUAIS A GENTE SABE QUE FREQUENTEMENTE AS MULHERES SÃO TRATADAS PELO SEU CHEFE NÉ EM UM TOM INFERIOR E ISSO LEVA A NOSSAS COLEGAS DE TRABALHO E O GÊNERO MASCULINO E PEGAR PAUTAS DE MAIOR DESTAQUE PARTIHAREM CONTATOS E INFORMAÇOES EXCLUSIVAMENTE ENTRE ELES, NO CASO VOCE JÁ PRESENCIOU UM MOMENTO DE EXCLUSÃO E INJUSTIÇA NA DIVISÃO DE TAREFAS NO TRABALHO TEVE PAUTAS QUE VOCÊ QUERIA

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20”0019”59

Beatriz: VERDADE, É UM TRABALHO EM CONJUNTO NÉ

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Grace Abdou: EU DIGO ASSIM JUNTOU O QUE, COMUNICAÇÃO SOCIAL AINDA TEM ESSA

Trabalho de Conclusão de Curso em Jornalismo. Ano 2021.

20”27

QUANDO EU TRABALHAVA JA NA RECORD TV EU AINDA TINHA UM OUTRO BICO PARA COMPLEMENTAR A RENDA ENTÃO ASSIM EU ME SOBREARREGAVA

Beatriz: TEM MUITO

Kaynara: A GENTE FAZ PARTE DO CAMPOS DE SÃO MIGUEL E TEM O PESSOAL DO CAMPO LIBERDADE, E TODO MUNDO SE JUNTOS

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SÓ QUE HÁ MUITO MAIS HOMENS NAS NAS CHEFIAS NAS APRESENTAÇÕES ENTÃO É CURIOSO A GENTE TER MAIS MULHER COMO REPÓRTER E MAIS HOMEM COMO

APRESENTADOR NE? O NATURAL SERIA QUE DA REPORTAGEM AS MULHERES TAMBÉM TOMASSEM ESSEE ESPAÇO DE MAIS PODER AUTONOMIA E LUGAR DE FALA NÉ, A POSSIBILIDADE DE SER ANCORA, COMENTARISTA APESAR TAMBÉM DO PROGRAMA POLICIAL ABORDAR TEMAS DE VIOLÊNCIA CONTRA MULHER, CRIANÇAS, SEMPRE SÃO HOMENS QUE APRESENTAM ENTÃO É CURIOSO. A GENTE TEM POUCA MULHER NO CARGO DE CHEFIA, DE DITORIA CHEFE, DE COMANO MESMO NÉ CHEFE DE REDAÇÃO SAO POUQUISSIMAS, ISSO SE CHAMA ATENÇÃO EU NÃO SEI OUTRAS EMPRESAS COMO TA MUDANDO ISSO POR QUE NA MINHA ÉPOCA ERAM MAIS MULHERES ESTUDANDO JORNALISMO NA SALA DE VOCÊS JA TEM UM MEIO A MEIO TENDENDO MAIS PARA HOMENS, ENTÃO NO JORNALISMO EXISTISSEM SIM TEMAS QUE SÃO IDEAIS SEGUERIDOS PARA MULHER OU HOMEM DIGO UM EXEMPLO SE VOCÊ VAI ENTREVISTAR UMA CRIANÇA ABUSADA PELO HOMEM, UMA MENINA, UMA CRIANÇA O MENINO, VOCÊ MANDARIA QUEM PARA FAZER ESSA ENTREVISTA COM A FAMÍLIA OU ATÉ UMA MULHER ABUSADA, QUEM SERIA IDEAL PARA FAZER ESSA ENTREVISTA COM ESSA VITIMA? A MULHER, PRIMEIRO QUE ESSA VITIMA ESA ATERRORIZADA COM A PRESENÇA MASCULINA ENTÃO O IDEAL É QUE SEJA UMA PESSOA QUE ELA CONFIA MAIS QUE NAO VAI SE TRAUMATIZAR, QUE POSSA TER ACESSO A ELA, ENTÃO É NATURAL ISSO, QUE ESSES TEMAS SEJAM ENCAMINHADOS MAS A TAMBÉM DA NOSSA EXPERIÊNCIA DA NOSSA VONTADE DE TRATAR TEMAS DIFERENTES, A MUHERES QUE CURTEM FUTEBOL, A MULHERES QUE CURTEM CARROS, ENTÃO HOJE EM DIA É MAIS DIFÍCIL NÉ CLARO QUE TAMBÉM É UMA VIAGEM, UM SERVIÇO ARRISCADO TENDE A ACHAR QUE O HOMEM É MAIS FORTE OU CORAJOSO ENTÃO EU ACHO QUE MESMO QUE O MACHISMO ESTA IMPLISSITO NA NOSSA EDUAO, NA NOSSA SOCIEDADE TODOS TODAS NÓS PRECISAMOS PRESTAR ATENÇÃO NOS NOSSOS ATOS NOS NOSSOS PENSAMENTOS NAS NOSSAS CRENÇAS E PENSAR SERÁ QUE ISSO TÁ CERTO SERA QUE NÃO É MACHISMO, NOSSO

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Kaynara: SIM MUITO MAIS

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Grace Abdou: TEM MAIS HOMENS DO QUE MULHERES NA SALA DE VOCES?

Grace Abdou: MINHA ÉPOCA EU LEMBRO QUE DE 50 ALUNOS TINHAM QUATRO HOMENS A MAIORIA ERA MULHER, EU VEJO

QUE NO MERCADO NA GRANDE IMPRENSA ONDE EU TRABALHO TEM MUITO MAIS MULHER A MAIS MULHER NA REPORTAGEM

NO CAMPOS SAO MIGUEL NOTURNO. E TEM MAIS HOMENS DO QUE MULHERES

Trabalho de Conclusão de Curso em Jornalismo. Ano 2021.

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Trabalho de Conclusão de Curso em Jornalismo. Ano 2021.

IMPORTANTE A GENTE A GENTE DESTACR ESSA COM ESSA PARTE A GENTE TÁ SEMPRE ATENTO A ESSAS COISAS E REAGIR NÉ QUANDO NECESSÁRIO.

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JULGAMENTO A GENTE ENTÃO TÁ CONSTANTEMENTE PENSANDO E TAMBÉM PRESSIONANDO, ISSO ACONTECERIA

Beatriz; CERTO, E POR MUITOS ANOS A CULTURA PROFISSIONAL NO AMBIENTE JORNALÍSTICO MOSTROU QUE AS MULHERES ERAM RESPONSÁVEIS POR GERAR CONTEÚDOS ESTEREOTÍPICOS DA FEMINILIDADE COMO BELEZA MODA E ENTRETENIMENTO MATERNIDADE ECONOMIA DOMÉSTICA COMPORTAMENTO ENQUANTO OS HOMENS GERAVAM COM CONTEÚDO POLÍTICO ESPORTIVO AUTOMOTIVO E POLICIAL VOCÊ NOTOU ESSA DIVISÃO DURANTE O PERÍODO DA FACULDADE?

Grace Abdou: ENTÃO ISSO NA VERDADE VEM DE UMA IDEIA DA SOCIEDADE QUE TAIS TEMAS DEVEM SER ABORDADOS POR HOMENS E TAIS TEMAS POR MULHERES DE FATO EXISTE ESSA NECESSIDADE DE ASSUNTOS DELICADOS EU CITEI EM RELAÇÃO A UMA VÍTIMA DE ABUSO NÉ, ENTÃO CLARO TUDO PRECISA SER ANALISADO MAS DESDE A FACULDADE TAMBÉM A CURIOSIDADE DO JORNALISTA QUE É INTERESSANTE SE PROVOCAR NÃO PROCURAR FALAR TEMAS SÓ QUE VOCE DOMINA VOCÊ NÃO PODE SÓ ABRIR O JORNAL E LER AQUILU QUE TE INTERESSA VOCÊ TEM QUE SE INTERAR DE TUDO, ENTÃO VOCE VAI TER QUE LER SOBRE ESPORTE, LER SOBRE ECONOMIA, VAI TER QUE LER CADERNO DO CARRO, É ENTÃO É IMPORTANTE QUE GENTE ESTEJA PREPARADO PRA TRATAR DE QUALQUER TEMA TANTO NA FACULDADE, QUE EU ACHO QUE A EXPERIÊNCIA COLABORATORIA AÍ PRA SE TOCAR PRA PERCEBER E ÀS VEZES ATÉ PERCEBER UM CAMINHO QUE VOCÊ JAMAIS IMAGINARIA HOJE EU SOU ESPECIALISTA EM JORNALISMO INVESTIGATIVO POLICIAL CRIMINAL PORÉM EU ESTUDO ECONOMIA ENTÃO EU ME PREPARO PARA FALAR SOBRE ECONOMIA ALI NA FRENTE EU POSSO FALAR SOBRE QUALQUER ASSUNTO EU POSSO FAZER UMA REPORTAGEM SORRINDO DIVERTIDA E POSSO FALAR SERIAMENTE FAZER UMA DENUNCIA QUE PODE DERRUBAR PESSOAS MUITO FORTES NO PODER, ENTÃO A NOSSA FUNÇÃO É ESTÁ PREPARADO PARA FALAR SOBRE QUALQUER TEMA, TANTO O HOMEM QUANTO A MULHER

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COMIGO SE FOSSE UM HOMEM NO LUGAR? A GENTE TEM QUE ESTAR SEMPRE PRECISANDO QUESTIONAR E PRESTAR ATENÇÃO NISSO, ESSA PESSOA FALARIA COMIGO ASSIM SE EU FOSSE EU HOMEM? ESSE CHEFE OU ATÉ MESMO ESSE COLEGA DE TRABALHO REAGIRIA ASSIM COM A MINHA INDAGAÇÃO SE EU FOSSE UM HOMEM ENTENDEU, É PRECISO A GENTE ESTAR ATENTO E PRESTANDO ATENÇÃO NISSO ATÉ ENTRO NUM TEMA QUE VOCÊS QUEREM VOCÊS VÃO TOCAR EU ACHO QUE É

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Trabalho de Conclusão de Curso em Jornalismo. Ano 2021.

PRECISA ENCARAR ESSA REALIDADE NOS UNIR PORQUE A SOCIEDADE NOS PREPAROU PARA SER TALVEZ PARTADAS UMAS CONTRA AS OUTRAS NÉ POR INVEJA, CIÚMES VAIDADE ENTÃO NA VERDADE NÃO NÓS PRECISAMOS DAR AS MÃOS SENTIR A DOR DO OUTRO COMO SE FOSSE A NOSSA A GENTE PRECISA FALAR QUANDO A GENTE TIVER EM UMA SITUAÇÃO DE DISCRIMINAÇÃO DE ABUSO DE ASSÉDIO DE QUALQUER TIPO DE PRECONCEITO A GENTE PRECISA SE COLOCAR A GENTE PRECISA REAGIR A GENTE PRECISA DENUNCIAR AJUDAR UMAS ÀS OUTRAS PARA QUE AOS POUCOS MUITO POUCO A GENTE CONSIGA DA UM PASSINHO PRA FRENTE A CADA DIA EU CREIO QUE TAMBÉM DIANTE DE PESQUISAS QUE APONTAM QUE A GENTE TA ATRASADO PELO MENOS UNS 100 ANOS 150 ANOS DE PAÍSES MAIS DESENVOLVIDOS SE NÃO ME ENGANO A SUÉCIA QUE TEM UM PATAMAR MAIS IGUALITÁRIO ENTRE SALÁRIOS E CARGOS ENTRE HOMENS E MULHERES ENTÃOA GENTE TA MUITO ATRÁS E A GENTE PRECISA CORRER CONTRA O TEMPO PARA QUE DAQUI TALVEZ CEM ANOS A GENTE CONSIGA ALGUMA EQUIPARIDADE DE IGUALDADE DE CARGO E DE SALÁRIO E DE ESPAÇO NO GERAL

Grace Abdou: MENINAS TODAS NÓS EM ALGUMA SITUAÇÃO DA VIDA JÁ PASSAMOS POR ASSÉDIO E SE ALGUMA DISSER QUE NÃO É PORQUE NÃO PERCEBEU ENTÃO

Kaynara: VOCÊ ACREDITA QUE O BRASIL ALCANÇARÁ A IGUALDADE DE GÊNERO NO MERCADO DE TRABALHO E OUTRA PERGUNTA EM CIMA TAMBÉM O QUE SERÁ PRECISO PARA A GENTE PODER CHEGAR NESSE PATAMAR NESSA EVOLUÇÃO

Amanda: GRACE ASSIM ESSA PERGUNTA CASO VOCÊ SE SINTA CASO A SUA RESPOSTA SEJA SIM E VOCÊ ASSIM É SE SINTA CONFORTÁVEL NÉ PARA FALAR SOBRE EU PEÇO ASSIM QUE VOCÊ COMENTE UM POUCO SOBRE ESSE ASSUNTO SE VOCÊ JÁ SOFREU ASSÉDIO NO TRABALHO

Grace Abdou: A GENTE PRECISA ALCANÇAR ESSE PATAMAR É URGENTE É NECESSÁRIO PORÉM É MUITO DIFÍCIL A GENTE

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A GENTE DE FATO A GENTE SEMPRE VAI PASSAR POR SITUAÇÕES DE DISCRIMINAÇÃO E DE ASSÉDIO MORAL OU SEXUAL TANTO NO AMBIENTE DE TRABALHO QUANTO NA RUA QUANTO ATE NA NOSSA PRATICA DIÁRIA DE JORNALISMO TENDO ACESSO A OUTRAS PESSOAS A OUTRAS COISA ENTÃO É COMO MULHER NÃO SÓ COMO PROFISSIONAL COMO JORNALISTA NÓS PRECISAMOS ESTAR SEMPRE ATENTAS E SE POSICIONAR REGIR FALAR DE ALGUMA FORMA NÃO PRECISA BRIGAR ESCANDALIZAR É BOTAR A BOCA NO TROMBONE, ENFIM NAO É ISSO DE ALGUMA FORMA MOSTRAR QUE VOCÊ NÃO GOSTOU DAQUILO QUE SE SENTINDO INCOMODADA OU ATÉ MESMO QUE VOCÊ NÃO ENTENDEU O QUE A PESSOA QUIS DIZER COM AQUILO COM AQUELA ATITUDE COM AQUELA REAÇÃO AQUELA FALA ÀS VEZES DEVOLVER PRA PESSOA PESSOA É UMA FORMA DE REAGIR SUTILMENTE PERGUNTAR EXPLICA NÃO ENTENDI O

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Grace Abdou: O PRECONCEITO, A DISCRIMINAÇÃO A REAÇÃO ABUSIVA POR PARTE DE HOMENS É SEJAM ELES QUEM FOREM SER CHEFES OU SUBCHEFE OU SUBORDINADO ENTAO A GENTE

PRECISA REAGIR SE POSICIONAR E DIZER ISSO ACONTECERIA COMIGO SE FOSSE UM HOMEM? OU VOCE FALARIA ASSIM SE FOSSE COM UM HOMEM? É PRESTAR ATENÇÃO MUITO NA REAÇÃO DAS PESSOAS COMO ELAS AGEM COMO A MESMA PESSOA COM O MESMO HOMEM AGEM COM UMA MULHER REAGE COM O HOMEM E TUDO ISSO PRECISA SER DITO E PRECISA SER ESCANCARADO PRA QUE TODOS PASSEM A PERCEBER ENTENDEU E ESSA PESSOA QUE PRATICA ESSE TIPO DE ATITUDE DE PRECONCEITO DE DISCRIMINAÇÃO DE ASSÉDIO MORAL E SEXUAL PRA QUE ELA SEJA IMPEDIDA DE CONTINUAR E PRA GENTE NÃO TOLERAR EU NÃO TOLERO MAIS NENHUM DESRESPEITO NENHUM HOMEM VAI REAGIR A UMA SOLICITAÇÃO MINHA DE TRABALHO POR QUE EU TENHO A MINHA AUTONOMIA E NOSSO TRABALHO É COBRAR INFORMAÇÃO COBRAR UM TRABALHO BEM FEITO NOS NÃO POREMOS ERRAR E EU COMO REPÓRTER EU SOU LIDER DE UMA EQUIPE QUE GERALMENTE É FORMADA POR HOMENS QUE ENTAO A GENTE PRRCISA SE POSICIONAR SER FIRME E QUANDO

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Trabalho de Conclusão de Curso em Jornalismo. Ano 2021.

QUE VOCÊ QUIS DIZER COM ISSO FAZ A PESSOA PARAR PARA PENSAR E AÍ AÍ SIM PENSA DUAS VEZES ANTES DE FALAR OU AGIR DAQUELA FORMA E COMPREENDER QUE NÃO FOI BEM VINDA AQUELA ATITUDE EU ACHO QUE EM QUALQUER SITUAÇÃO EM FORMA DE OUTRA GENTE PRECISA MUDAR NOSSO COMPORTAMENTO POR QUE A SOCIEDADE NOS ENSINOU A FINGIR QUE NÃO ENTENDEU A SORRI COMO SE FOSSE UMA GRACINHA UMA PIADA MAS ASSIM UMA PIADA É UMA BRINCADEIRA É UMA BRINCADEIRA QUANDO OS DOIS LADOS SE DIVERTEM NÃO SÓ QUANDO UM LADO SORRI OU ACHA ENGRAÇADO ENTÃO SE APENAS UM LADO ESTA SE DIVERTINDO NÃO É UMA BRINCADEIRA É UMA ATITUDE IMPRÓPRIA QUE DEVE SER REPENSADA E REFERIDA Kaynara: É COMPLICADO NÉ, QUANDO A GENTE FALA SOBRE ESSA SITUAÇÃO POR QUE IGUAL VOCÊ FALOU QUANDO A GENTE FALA QUE A MULHER FALA QUE NUNCA SOFREU É POR QUE NÃO ENTENDE NÉ, POR QUE TEM VEZES QUE REALMENTE A MULHER EM SI NA MINHA OPINIÃO NÃO CONSEGUE COMPREENDER NÉ DOFERENCIAR O QUE SERIA UM ELOGIO E ALGO QUE TA TE MACHUCANDO NE NO CASO E FOI TUDO ISSO QUE VOCÊ FALOU MESMO E DIANTE TODO ESSE CENÁRIO QUE A GENTE ESTÁ PRODUZINDO ESSE PODCAST FALANDO SOBRE ASSÉDIO CONTRA A MULHER JORNALISTA A GENTE VE VARIOS RELATOS AI DE VARIAS JORNALISTAS QUE JÁ SOFRERAM ALGO DO TIPO QUE FOI CONSTRANGEDOR COMO JÁ ACONTECEU COM VOCE E COM OUTRAS FALANDO MAIS DA MULHER JORNALISTA MESMO NA SUA OPINIÃO O QUE VOCÊ ACHA QUE A MULHER JORNALISTA HOJE NÃO DEVE MAIS TOLERAR DENTRO DO AMBIENTE DE TRABALHO DELA

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Trabalho de Conclusão de Curso em Jornalismo. Ano 2021.

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ELES REAGIREM QUESTIONAREM OU ACHAREM QUE SABEM MAIS DO QUE VOCÊ PRECISA DIZER E FALAR POR QUE? POR QUE EU QUERO POR QUE É ASSIM QUE VAI SER ENTAO POR QUE SE FOSSE UM HOMEM ELES NÃO PERGUNTARIAM POR QUE SIMPLESMENTE FARIAM ENTAO EU NÃO ADMITO QUE ME

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Kaynara: UMA AULA NE GENTE

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TRATEM COMO UMA MENINA POR QUE EU SOU UMA MULHER E MEREÇO RESPEITO COMO QUALQUER HOMEM

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Beatriz: ENTÃO GRACE, PRA FINALIZAR AS PERGUNTAS COM VOCÊ, COMO JÁ FOI DITO EU GOSTO MUITO DE JORNALISMO INVESTIGATIVO E TENHO PRA MIM O MARCELO REZENDE COMO ÍDOLO NO JORNALISMO, SEMPRE ASSISTI ELE NO CIDADE

ALERTA E ALEM DISSO EU ACOMPANHO TODO DIA O CIDADE ALERTA, EU SOU FÃ DO LUIS BACCI E TAMBEM DO SEU TRABALHO O TRABALHO DE TODOS VOCES E COM ISSO EU GOSTARIA DE FAZER UMA CITAÇÃO DO MARCELO PRA

COMPLEMENTAR ESSA PERGUNTA: COMO JÁ DIZIA, O GRANDE MARCELO REZENDE, NO EXERCÍCIO DA PROFISSÃO DE JORNALISTA; ‘’ QUEM TEVE OPORTUNIDADE NA VIDA E COMETE UM CRIME DEVERIA TER A PENA EM DOBRO’’, VOCÊ ACHA QUE ESSA FALA SERVIRIA TAMBÉM PARA QUEM AGRIDE AS MULHERES? SEJA ELA FÍSICA OU VERBAL? COMENTA PRA GENTE Grace Abdou: NOSSA VOCÊ CITAR O MARCELO REZENDE AGORA ATE ME ARREPIOU POR QUE ME REMETE A MINHA INFÂNCIA A MINHA HISTÓRIA COMO EU ACOMPANHEI O TRABALHO DELE COMO EU TRABALHEI COM ELE E O QUANTO EU APRENDI COM ESSE JORNALISTA QUE ERA MUITO INCISIVO NO TRABALHO E MUITO CARINHOSO NO TRATO PESSOAL ELE ERA UM AMIGO, ELE JÁ VEIO AQUI NA MINHA CASA E EU TENHO MUITO ORGULHO DISSO E ELE FALAVA MUITO BEM SOBRE ISSO ELE FALAVA SOBRE PENA DE MORTE EU SOU CONTRA PENA DE MORTE MAS ELE ACHO QUE SIM ACHO QUE UM HOMEM QUE PRATICA OU QUE É RECIDENTE NA AGRESSÃO NA VIOLÊNCIA DOMÉSTICA CONTRA A SUA MULHER E SEUS FILHOS QUE ISSO É GRAVÍSSIMO MUITAS VIDAS ABALADAS POR UMA ATITUDE DE UM HOMEM QUE ACHA QUE TEM O PODER DE DECIDIR DE MAU TRATAR ESSA FAMÍLIA ENTAO ISSO É MUITO GRAVE É MUITO PESADO E TRAUMATIZA GERAÇÕES ENTAO DE FATO EU ACHO QUE ESSE É O MAIOR PIOR CRIME O MAIS PRATICADO E MAIS SILENCIOSO HOJE MESMO A GENTE TEM UM EXEMPLO DE UM ABUSADOR RICO QUE TRABALHA COM JOGADORES DE FUTEBOL QUE É EMPRESÁRIO DONO DE CASA NOTURNA E FOI

Kaynara: MUITOS ENSINAMENTOS TAMBÉM

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Amanda: GRACE CHEGAMOS NO FINAL DO NOSSO PODCAST FOI MUITO BOM MUITO PROVEITOSO E VOCE TROUXE MUITAS EXPERIÊNCIAS E EU TENHO CERTEZA QUE CADA UMA DE NÓS VAMOS LEVAR PARA O RESTO DAS NOSSAS VIDAS NA NOSSA CARREIRA

Trabalho de Conclusão de Curso em Jornalismo. Ano 2021.

REVISTO, REFEITO PRA GENTE TER ATE UMA SOCIEDADE MELHOR

Beatriz: VERDADE

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Repórter: Decupagem Resenha Folha de Decupagem Data 22/09/2021 Editoria Violência Tema Mulheres no Jornalismo Assunto Tempoin/out Conteúdo

Amanda: VERDADE, EM NOME DO NOSSO PODCAST AGRADECEMOS GOSTARIA DE TE AGRADECER TENHO CERTEZA QUE A SUA HISTÓRIA INSPIRA MUITAS MULHERES NO JORNALISMO BRASILEIRO E ISSO OBRIGADA MUITO OBRIGADA MESMO

ABSOLVIDO PELA SEGUNDA VEZ POR UNANIMIDADE POR QUE A JOVEM ABUSADA POR QUE ELE QUE FOI DOPADA, MANIPULADA É TRANCADA NO QUARTO COM ELE ABUSADA E NÃO TINHAM PROVAS O SUFICIENTE QUE ELE NÃO PORIA ALEGAR E SE LIVRAR DAQUELA SITUAÇÃO ENTAO É UM ABSURDO QUE ISSO ACONTEÇA ENTÃO REALMENTE É UM CRIME CONTRA A MULHER UM CRIME CONTRA CRIANÇA DEVERIA SER A PENA DOBRADA, TRIPLA, QUANTO MAIS PUDESSE SER POR QUE INFELIZMENTE A CADEIA É DOMINADA POR PEQUENOS DELITOS PESSOAS QUE SÃO AS MAIS POBRES PEGAS COM PEQUENAS QUANTIDADES DE DROGA E QUE VÃO PRA FACULDADE DO CRIME ENFIM O SISTEMA CARCERÁRIO PRECISAVA SER

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0:05 / 0:17 (Ana Beatriz Repórter) Olá queridos ouvintes, sejam muito bem vindos ao segundo episódio do nosso PODCAST. Eu sou a Ana Beatriz e ao meu lado estão as minhas companheiras Amanda e Kaynara, tudo bem com vocês?

(Kaynara Repórter) Olá Bia, Amanda, ouvintes, estou animada para o nosso segundo episódio!!!!

Trabalho de Conclusão de Curso em Jornalismo. Ano 2021.

0:14 / 0:36 (Ana Beatriz Repórter) Alguns estudos apontaram que as culturas organizacionais no jornalismo são campos dominados por valores machistas. Para continuar esse assunto convidamos duas de cinco jornalistas que são especialistas quando o assunto é futebol feminino. Bora chamar as apresentadoras, do podcast esportivo, resenha de mulheres, Natália e Victoria.

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(Natalia) Olá meninas boa noite, estou muito feliz de estar participando aqui com vocês, desse podcast de um tcc que estão fazendo, para nós é um prazer imenso poder contribuir com a formação acadêmica de vocês, tendo em vista que todas nós já passamos por isso, sabemos quão difícil é poder conciliar esse período da faculdade com outras coisas do cotidiano em nomes das meninas estamos muito felizes de poder está aqui representando o resenha de mulheres e contar um pouquinho de como foi essa nossa trajetória de podcast, que já estamos a um ano falando sobre futebol feminino neste meio que antes não tinha espaço e como não estamos acostumados de ver nós estamos aqui para dar voz a quem antes não tinha.

1:35 / 2:07 (Victoria) É isso aí, acho que a Nati falou bem, prazer meninas, é uma honrapodercontribuirparao trabalho de vocês, primeirodetudo desejar boa sorte que é sempre importante nessa fase e como a Nati falou a gente sempre gosta de estar em lugares onde outras mulheres estão fazendo trabalhos e sempre fortalecendo uma a outra, acho que é o principal uma semprepuxandoaoutra, valorizandootrabalhoda outra,nadamais justo de topar fazer parte disso.

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(Amanda Repórter) Olá meninas, ouvintes!! Tudo bem por aqui, estou animada também para essa conversa.

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(Ana Beatriz Repórter) Então bora começar!

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Trabalho de Conclusão de Curso em Jornalismo. Ano 2021.

mulheres na verdade antes era um quadro dentro de um canal que eu tinha no youtube que falava sobre tudo a gente fazia um resumo sobre o futebol em um todo, sobre os quatros grandes aqui de São Paulo. Corinthians, Palmeiras, Santos e São Paulo só que não falava do futebol feminino sempre, só de vez em quando fazíamos uma pincelada. Quando foi ano passado (2020) ano da pandemia, eu estava em casa sem fazer nada, virei para uma amiga minha que é a Ariadna que também faz parte do podcast que ela é são paulina, ela é setorista do São Paulo no resenha de mulheres e falei: Estou pensando em criar um podcast você viria? ela falou toparia. Falei com as meninas que já estão no resenha de mulheres comigo. A gente já não está fazendo nada por que na época eu não estava fazendo mais vídeo, por que o futebol já não estava mais acontecendo, não tinha como fazer vídeo para youtube, falei com a Victoria, com a Thaila e a Carla. A Carla é a santista, a Victoria a corinthiana e a Thaila palmeirense, falei com elas e toparam. Começamos o podcast cada uma na sua casa nosso primeiro episódio foi ao ar 20 e pouquinho de julho, eu praticamente gravava dentro do meu guarda roupas pra poder gravar porque o áudio era muito ruim gravava pelo celular mesmo e com dois meses que nós estávamos com podcast, uma agência aqui de Osasco, nós moramos quase todas aqui em Osasco, na verdade não mais, porque a Thaila mora agora na Barra Funda e a Ariadne mora em Guarulhos só que ela trabalha nessa agencia e eles viram os conteúdo que nós produzimos e resolveram fazer uma proposta para poder produzir o nosso podcast, nós fizemos uma parceria com eles que infelizmente acabou porque eles tiveram que entregar o estúdio deles de podcast e voltamos para estaca zero a produzir os conteúdos em casa só que eu falei para as meninas que não queria mais voltar eu mesma ter que editar, fazer tudo correndo às pressas, contratamos uma pessoa para editar nossos episódios para ficar algo mais profissional, enfim.

Hoje nós temos uma pessoa que edita e só nos preocupamos em gravar e mandar pra ele com doseie e ele e o amigo dele edita tudo para gente, achoqueé mais ou menos issode como começou oresenhademulheres.

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02:20 / 02:26 (Ana Beatriz Repórter) Vamos aproveitar então esse começo e conta mais um pouco sobre o podcast de vocês.

(Natalia) Eu vou começar depois á Victoria complementa um Opouquinho.resenhade

(Natalia) Nós tínhamos um quadro que chamava, como é o nome Vitória? ‘’SAC DO TORCEDOR’’ a gente fazia as perguntas pelo instagram e recebia os áudios pelo whatsapp, era mais ou menos por isso que a gente tinha esse contato direto, pelo direct as pessoas

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05:54 / 05:59 (Ana Beatriz Repórter) Certo, Bacana. E a interação dos ouvintes com vocês? Como funciona?

Trabalho de Conclusão de Curso em Jornalismo. Ano 2021.

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(Victoria) Então nós temos redes sociais, logo depois que criamos o podcast a gente entendeu a necessidade de criar também redes sociais para o podcast, ter esse contato mais próximo, por que o spotify e as plataformas de áudio, elas são meio frias assim, no sentido de você lança o seu conteúdo e você não tem o espaço de receber um feedback do seu do seu público, então surgiu essa necessidade de ter a rede social até por que os episódios são semanais, nessas janelas entre um episódio e outro vimos a necessidade também de fazer outros tipos de conteúdos que não só é o episódio ali no formato que temos no spotify. Criamos as redes sociais, começamos primeiro no instagram, depois criamos um twitter também mas aonde somos mais ativas é no instagram e por lá temos ter esse contato, conseguimos ter esse feedback do ouvinte, a galera comenta nos posts, conseguimos trazer notícias mais quentes por que os jogos estão acontecendo ali no período de 2 a cada 3 dias, então conseguimos trazer mais da nossa opinião, nosso ponto de vista o que vai acontecer para o nosso público sem ser naqueles blocos dos nossos episódios. As redes sociais ajudam muito nesse contato até para que possamos sentir se está fluindo, o que precisa melhorar, o que nosso público está querendo da gente, então é muito importante.

07:49 / 11:36 (Kaynara Repórter) E eles entram muito em contato com vocês assim através das plataformas que vocês usam?

Uma coisa que acho bacana também que a gente vê no futebol feminino que é um pouco de diferente do masculino é a proximidade com várias jogadoras porque elas estão sempre ali, principalmente quando se fala de mídia independente elas são muito aberta, esse retorno é bem legal por parte delas, algumas até seguem a gente, a Glaucia do São Paulo, tem algumas jogadoras do Corinthians, todas as vezes que a gente posta e marca o perfil delas, elas curtem, compartilham, comentam então isso é legal por conta desse retorno que a gente tem com as jogadoras que passam a ser também nossas ouvintes.

Umacoisabem legal que a gente fez foique no dia das mães nós fizemos um conteúdo com a Roberta que é uma zagueira e ela jogava no Grêmio e a gente tinha falado uma vez no podcast que ela estava grávida, do apoio que o Grêmio tinha dado para ela, quando foi no dia das mães, resolvemos ir atrás dela para saber o que está acontecendo por que ninguém mais ouviu falar dela. Estávamos cobrindo o brasileirão feminino pelo desimpedidos porque agora trabalho lá, fui atrás, a assessoria dela me disse que o contrato dela tinha acabado e que ela resolveu não dá prosseguimento na carreira dela para cuidar do filho, eu falei muito estranho por que ela estava super feliz de estar gravida e continuar a jogar bola.

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Eu fui atrás dela e estava tudo errado que a assessoria tinha me dito, na verdade, elas impuseram que ela encerrasse o contrato. Resumindo, nós fizemos um conteúdo específico sobre ela e bombou nas plataformas, soltamos os áudios inteiros da entrevista em todas as plataformas de streaming que nós estamos e colocamos uma parte no Instagram, teve mais de mil visualizações, hoje nós temos setecentos e pouco no Instagram, teve muito mais de mil visualizações, bastante compartilhamento e diversas jogadoras começaram a vir atrás da gente nesse período por conta do que a gente fez falando sobre ela porque ninguém sabia e nós fomos a primeira mídia a falar sobre o que aconteceu com ela.

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mandam coisas para a gente também, quando eles repostam nosso conteúdo conseguimos ver.

11:46 / 12:00 (Amanda Repórter) olá meninas novamente e assim qual é o diferencial do podcast de vocês? e explica para a gente o que é preciso para poder criar um e quais plataformas vocês utilizam mais para divulgação?

(Victoria) Euachoqueestátudomeiointegradohoje,omundo estácada dia mais dinâmico a comunicação está cada vez mais dinâmica então as pessoas querem se comunicar e principalmente consumir conteúdos que elas consigam ter acesso enquanto elas fazem outras coisas. Não existe mais aquela cultura ou existe de uma forma cada vez menor das pessoas sentarem na frente de uma televisão ou de um computador para ficar 2 horas assistindo um conteúdo pelo menos não de informação, de entretenimento com as plataformas de streaming como Netflix, Amazon etc. Mas para consumir informação as pessoas querem de forma mais rápida, então o podcast ele é uma ótima maneira das pessoas terem essa informação sem precisar parar ali para consumir, elas podem ter acesso à informação enquanto trabalha,

13:26 / 13:40 (Kaynara Repórter) E assim, meninas, de qual maneira vocês acreditam que o podcast ele pode dominar cada vez mais, ter mais visibilidade ao ver de vocês?

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Trabalho de Conclusão de Curso em Jornalismo. Ano 2021.

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(Natalia) Olha hoje eu gravo pelo computador, comprei um microfone simples de podcast, aqueles bons, a gente grava por ele e usa a plataforma do Anchor FM, que é de graça, você consegue subir os episódios direto e ele consegue distribuir para todas as plataformas de streaming como Spotify, Deezer, Google podcast, Apple podcast e Amazon. Inclusive nosso podcast foi o primeiro no Brasil de futebol femininoaentrarnoAmazon,foinaépocaquenósestamoscomparceria com a agência e eles conseguiram isso para nós, então o nosso podcast foi o primeiro do segmento a entrar no Amazon, hoje eu não sei se tem mais, deve ter, mas o nosso foi o primeiro a entrar na plataforma. Hoje nós estamos em todas essas plataformas de áudio e usamos o Anchor para subir ele na plataforma e automaticamente alguns minutos depois ele já faz a distribuição (13:19 barulho de whatsApp) para todas essas plataformas.

17:02 / 19:59 ( Natália) Então, a praticidade do podcast acho que é justamente aquilo que nós estávamos falando, por que você não precisa de muita coisa para poder produzir um, quando eu falei que nós éramos um canal de youtube e passamos a ser um podcast é por que no youtube você precisa usar sua imagem, você precisa estar arrumada, você não vai gravar o vídeo de qualquer jeito então você tem que se arrumar, tem que se produzir você tem que ter um conteúdo legal, tem que estar em um espaço legal para poder fazer a gravação daquilo usando a sua imagem. O áudio não, ele é diferente, você

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Fazem alguma atividade física, enquanto fazem algum trabalho de casa então essa facilidade eu acho que é o grande pulo do gato do podcast, as pessoas conseguem ter, ouvir de qualquer lugar que tiverem e é uma forma dinâmica por que a gente gosta muito de manter essa linguagem no nosso podcast até no nosso trabalho de um bate-papo gostamos de agir como se tivesse ali conversando entre a gente e inseri o nosso ouvinte nessa conversa. Então esse é o grande ponto do podcast que faz esse tipo de plataforma, esse tipo de meio de informação tá crescendo tanto, acredito que ainda vai crescer mais que agora tem esse ‘’naipe’’ dos podcasts em vídeo e áudio que você assiste a gravação enquanto as outras pessoas estão transmitindo ao vivo e depois fica disponível o áudio, porque quem está ali não fazendo nada e quer assistir alguma coisa, consegue assistir a entrevista ao vivo e quem não esta afim e não pode assistir na hora consegue depois ouvir, eu aposto muito nesse meio novodese comunicar justamentepor essa dinâmicade não precisar mais só estar focado naquilo, eu sou uma pessoa que consome muito podcast, além de produzir podcast eu consumo muito e é muito legal porque eu não me sinto sozinha estou aqui trabalhando fazendo as minhas coisas e to ouvindo um podcast, a gente consegue consumir a informação, saber o que está acontecendo no mundo ou as vezes só se divertir mesmo de ouvir alguém batendo um papo ou saber a opiniões diferentes sobre algum assunto que a gente goste seja de entretenimento, notícia do que for e é o jeito mais prático de hoje em dia de você conseguir fazer isso. Eu acredito muito mesmo que o futuro da comunicação seja o podcast.

16:43 / 16:58 (Ana Beatriz Repórter) Bora então! De acordo com site Terra, houve um crescimento de produção de podcast durante a pandemia, que é uma forma de publicação de ficheiros multimídias na internet, de acordo do que estávamos conversando aqui, conta pra gente qual a praticidade disso?

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(Natalia) Sim a gente pensa, inclusive a gente está trabalhando para tentar conseguir uma parceria pra fazer isso acontecer pra gente poder ter um estúdio com um espaço legal para que possamos gravar e fazer em forma de vídeo, também por que não dá para fazer cada uma na sua casa né, então fica chato, então tem que ter um espaço para poder gravar. Só que nesse período agora nós não conseguimos focar nisso por que eu estou com muito trabalho as meninas também, então não estamos conseguindo focar pra poder correr atrás disso, mas já demos uma conversada com algumas agências que pensam em produzir podcast e quem sabe em um futuro breve a gente consiga fazer isso.

podefazer em qualquer canto, deitadanasuacama eestar gravandovocê pode enfim fazer de qualquer forma por que a praticidade dele é diferente, outra coisa também é que por exemplo às vezes a gente não conseguebaterosnossos horáriosdetrabalho,estudosetudomais,então a gente fala assim: Vamos marcar a pauta, cada uma grava um off e manda aquilo que a gente tem que falar e pronto e acabou. Então é essa a praticidade que cada uma tem a liberdade de fazer as coisas no seu tempo e não necessariamente todas tem que estar online naquele horário e gravar, obvio que é mais legal a resenha flui mais e quando depende de um determinado assunto a gente preza muito para que aconteça o falso ao vivo, que a gente grava e depois sobe. Pensamos sempre em não ter muitos cortes, então nosso podcast hoje ele é ‘’praticamente’’ ao vivo só cortamos mesmo pausas de fala que às vezes entra alguém na casa, cachorro late, então nós cortamos só essas partes mas a resenha ela rola solta (19:08 barulho de whats) se você ouvir hoje o nosso podcast ele é praticamente um falso ao vivo, então eu acho que a praticidade de você poder gravar em qualquer lugar e não ter que fazer uma auto produção que leva muitas pessoas a fazerem podcast por ele ser mais fácil. Claro que agora também tem os vídeos e a gente tem pensado também em mais pra frente poder levar o nosso podcast ao vídeo que eu acho que prende mais a pessoa para ela estar ali presente e assistir, mas o áudio é algo fácil de você poder gravar, enfim eu acho que é basicamente isso.

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20:00 / 20:56 (Kaynara Repórter) Eu ia até perguntar para vocês, se vocês iriam caminhar nessa pegada do vídeo, que a gente vê que agora o podcast está além do áudio tem vídeo também, mas vocês já responderam que futuramente vocês pensam.

21:21 / 21:50 (Amanda Repórter) Assim, meninas vocês já sofreram algum tipo de violência, pelo fato de serem produtoras, serem mulheres produtoras de conteúdo para a internet? E também pelo fato do podcast de vocês ser voltado para o campo esportivo onde tem uma predominância masculina ediantedestaquestãotambémésaber sevocêsjáforambarradasdefalar algum assunto?

(Victoria) A gente especificamente não, com o resenha não, porque o público do futebol feminino, não vou dizer que é selecionado, mas é diferente do público do futebol masculino as pessoas elas têm muito mais consciência em questão de gênero, questão de sexualidade é um público mais aberto.

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21:53 / 24:22 (Natália) Pode começar Vic depois eu falo.

20:58 / 21:20 (Kaynara Repórter) Legal, muito bacana! Tirando agora o podcast em si e como o nosso tema é voltado para a violência à mulher, a Amanda vai fazer algumas perguntas para vocês, fiquem á vontade se quiserem responder ou não tá. Amanda, você pode começar a pergunta.

A maioria do público do futebol feminino ainda é mulher e são mulheres muito conscientes, essa é apalavra ideal. Elas são bem conscientes então elas entendem o papel de quem está ali tanto dentro de campo quanto fora passando as informações é um ambiente mais respeitoso do que o futebol masculino, no futebol masculino a gente vê isso acontecer muito mais por que é um meio cheio de estigmas, preconceito, machismo o machismo é muito forte nesse meio. Falando pessoalmente já cheguei a passar por algumas situações quando eu trabalhava com assessoria de imprensa várias vezes já cheguei em centro de treinamentos para cobri treino ou para fazer alguma ação com o meu cliente e os seguranças me barraram não deixando eu entrar precisar do cara, pô o atleta vir até a portaria do setor do centro de treinamento para liberar a minha entrada por que nem apresentando documento nem mesmo o atleta ter ligado na portaria deixando avisado que a assessora dele estava chegando no centro de treinamento , os seguranças não queriam liberar por que eles vem mulher eles acham que é maria chuteira, ou que está ficando com um jogador enfim então eles não conseguem enxerga como uma profissional que está ali só para fazer o trabalho dela, fora colegas que

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já vimos várias vezes acontecer de sofrer ameaça, sofrer tentativa de agressão em estádio ou nos arredores são coisas muito corriqueiras dentro do ambiente esportivo.

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No futebol feminino é menor, mas eventualmente você dá uma opinião ou outra nas redes sociais e você sofre ataques, vem uma galera falar que nãovocêsabe

do que você está falando que você está falando besteira, que você só está porque você é mulher ou por que você é bonita, você tem que ficar o tempo todo se provando pelo fato de ser mulher.

24:23 (Natália) sim é muito o que a Vi falou, nós dentro do resenha de mulheres felizmente nós nunca sofremos o nosso público ele é bem fiel e está ali mesmo por que quer informação do futebol feminino, eles não são pessoas que chegaram de paraquedas e estão ali para zoar como vemos em diversos outros meios. É um público que vem mesmo atrás de informação do que ele quer e gosta, tanto que no Instagram nós temos 700 seguidores, mas são seguidores que vieram por conta do conteúdo não por conta de outras coisas. Só que a gente vê muitas outras meninas que sofrem com isso, inclusive no ano passado a gente ajudou em uma campanha por conta de um assédio que uma das meninas de um blog de futebol feminino sofreu e a gente vê um monte de outras meninas que sofrem com isso tem homens que eles aproveitam do público feminino de ter muitas mulheres para poder e acabam de certa forma ou não assediando as meninas nós nunca sofremos com isso no resenha mas a gente conhece meninas que já sofreu, a única situação que eu tive mas não foi no resenha de mulheres foi quando eu era repórter de uma rádio segmentada e eu senti algum certo tipo de preconceito por eu ser a única mulher a estar cobrindo aquele jogo naquele dia no estádio mas fora isso eu acho que nunca tive profissionalmente falando claro que como torcedora sofremos todos dias e foi como a Vitória falou a gente posta opinião sempre tem aquele que vem fala que não entendemos de futebol que estamos ali apenas para ganhar seguidores para lacrar etc. É basicamente isso que a Vitória falou no resenha de mulheres a gente nunca sofreu nenhum tipo de preconceito graças a Deus, espero que a gente não sofra.

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27:02 / 28:01 (Kaynara Repórter) A gente torce também para que não, é complicado principalmente nesse mundo que vocês vivem que vocês produzem conteúdo por isso estamos perguntando sobre por que falar sobre futebol , eu até sei que tem pessoas que sofrem por conta disso por falar de futebol e o masculino acha que a mulher não tem a predominância de poder falar sobre só o masculino, foi por isso até que eu achei interessante o conteúdo de vocês por que vocês falam mesmo sobre o esporte dá essa abertura para as mulheres do mundo de futebol que é tão pouco visualizado e complementando nisso eu tenho uma pergunta bem na opinião de vocês mesmo, que ao ver de vocês quais são as desigualdades que as mulheres mais sofrem tanto no ofício da profissão e fora delas?

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28:10 / 30:47 (Victoria) Nossa! Pergunta interessante, acredito que o jornalismo especialmente o esportivo que é o nosso meio ele ainda é muito masculino, você vê mulheres conquistando espaço mas ainda é muito desigual não vou falar que não melhorou porque melhorou a gente tem visto cada vez mais principalmente em meios que eram totalmente masculinos como por exemplo a narração esportiva, dificilmente você via, sei lá a 2 anos atrás na TV uma narradora um jogo de futebol seja de futebol masculino ou futebol feminino hoje em dia tem na SportV tem narradora, ESPN, FOX Sports, Band todos os principais canais que produzem conteúdos esportivos tem narradoras na sua equipe, está melhorando mas ainda é muito complicado, ainda precisa se provar muito para conseguir um espaço, muitos veículos (barulho do whats 29:10) quando se deparam com uma candidata para uma vaga, uma mulher e um homem elesolham com mais carinhocom mais atenção pro homem por que é meio que subentendido que o homem naturalmente já entende de esporte de futebol, ele sabe mais a preferência é sempre mais para o homem, mas está melhorando acredito (barulho do whats 29:30) que nos próximos anos vai ter a coesa, eu não digo o jogo virar por que éalgo paraum longoprazomasestámelhorando, masenxergamos ainda muita dificuldades, preconceito, estranheza com uma mulher no jornalismo em geral não digo nem tanto no esportivo para ela ter credibilidade ela precisa estar muito mais tempo no ofício da profissão dela em geral, precisa estar a mais tempo se apresentando e acertando muito até que ela ganhe uma certa confiança, ao contrário de um homem que o que ele falou está falado fazendo com que as pessoas entendam que se ele está neste posto é por que ele sabe do que está falando e tudo certo.

A situação está mudando, ela vai a passos lentos mas aos poucos a gente vai conquistarum lugaralto eeuacho queestáchegandoedaqui apouco iremos conseguir alcançar.

32:16 / 32:30 (Kaynara Repórter) O que a gente pode fazer, o que a mulherada pode estar fazendo, eu sei que vocês já responderam basicamente, mas o que a gente pode continuar fazendo para continuar conquistando cada vez mais o nosso lugar?

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30:49 / 31:05

É preciso trabalhar e lutar muito para que isso seja mais igual tanto em oportunidades quanto em credibilidademesmo que éalgotãoimportante para a nossa carreira, o jornalismo sem credibilidade não é nada, portanto é esse o caminho, continuar a abrir portas, trazer outras mulheres junto pra gente para que cada vez mais possamos ocupar espaços para que podemos ver outras mulheres ao nosso lado que não seja sempre a única a mulher a ocupar um espaço.

32:07 / 32:14 (Ana Beatriz Repórter) É isso mesmo! E o que vocês propõem para os nossos ouvintes para o combate das desigualdades que as mulheres estão enfrentando hoje em dia?

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(Natália) Sim, só para complementar o que a Victoria falou rapidamente. A mulher hoje ela tem que saber 2 vezes mais do que o homem sabe, ela tem que estudar muito mais para poder alcançar um lugar no topo e hoje quando eu vejo mulheres como Ana Thais, Renata Fan, Bárbara Coelho tantas outras mulheres que tem lugar de fala no meio que é predominantemente masculino eu fico muito feliz de ver, e fico feliz também quando eu vejo que eu fui contratada em uma empresa que tem muito homens mas que hoje está dando espaço para uma mulher justamente pelo meu trabalho com o futebol feminino.

O papel geral de nós como sociedade, não só nós jornalistas, é entender o nosso papel como consumidores, a gente consumir conteúdos produzidos por mulheres, incentivar as mulheres a correrem atrás, dar feedbacks positivos não só colocar defeitos. É incentivar, colocar para cima fazer outras mulheres estarem ao nosso lado ocupando espaços a gente tem esse papel não só produzindo conteúdo como também de quem consome.

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35:10 / 35:15 (Ana Beatriz Repórter) Certo, muito bom! Alguém tem mais alguma pergunta para fazer para as meninas, Amanda, Kaynara

33:42 / 35:06 (Victoria) Só para complementar o que a Nati disse, acho que tão importantequantoésaberonossolugaresaberatéondepodemoschegar é entender o nosso papel no incentivo a outras pessoas, se queremos ver outras mulheres ocupando espaço temos que consumir conteúdos produzidos por mulheres, isso não só nas mulheres os homens também, não adianta falar poxa queria que o cenário fosse menos desigual mas se eu for assistir um conteúdo esportivo só assisto se tiver um homem falando ou se eu for procurar um vídeo no youtube não que seja só de futebol mas qualquer outro conteúdo que

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euquerosabermais sobre,setemum vídeodeum homemeumamulher, eu vou assistir o vídeo do homem.

32:31 / 33:41 (Natália) Eu acho que a palavra e não desistir, persistir sempre nunca abaixar a cabeça para quando um homem chegar e falar você não pode porque você não entende principalmente quando se trata de futebol que é o nosso meio, nós ouvimos isso de ser maria chuteira, que só está assistindo o jogo por que o homem é bonito, você só vai pro estádio porque o seu namoro falou para você ir junto e não, é por que simplesmente nós gostamos, de esporte, gostamos de futebol gostamos de acompanha. Isso vale para todas as áreas do jornalismo, não estamos ali somente por ser um rostinho bonito, mas para dar a informação de credibilidade. A palavra é não desistir nunca e quando receber um não pegaressanegativa etransformareleem um degrau parasubire alcançar o topo o mais rápido possível e depois você voltar e falar para aquela pessoa que te falou um não e falar olha onde eu estou o seu não me ajudou a chegar aqui hoje.

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9. Diário de Campo

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35:17 / 35:56 (Kaynara Repórter) Meninas as minhas perguntas já se encerraram mesmo, eu curti bastante a fala de vocês, o dizer de vocês só enriquece a gente que somos estudantes e estamos trilhando o nosso caminho no jornalismo cada uma na sua escolha de segmento, eu não tenho mesmo mas o que perguntar somente agradecer novamente por terem aceito o nosso convite, agradecer por essa conversa que vocês tiveram com a gente, estou muito grata mesmo, muito obrigado mesmo!

As minhas redes sociais e também do resenha de mulheres, no Instagram nós somos o @resenhademulheres_, Twitter somos o @resenhademulhere a gente não é muito aberta no Twitter mas no instagram somos mais ativa e as minhas redes sociais eu sou o @natibeattryz me sigam a gente está sempre postando bastante conteúdos de futebol e futebol feminino em geral, mas uma vez muito obrigado!

Pelo fato do nosso temaabrangermulheres nojornalismo, apesardecadaintegrante,seguiruma delimitação como por exemplo: assédio no jornalismo esportivo, discriminação e a violência

36:07 / 36:22 (Ana Beatriz Repórter) Bom meninas, queremos agradecer a participação de vocês e a gente gostaria que vocês falassem aqui na rede sociais de vocês com a galera que vai estar escutando o áudio para poder ir lá acompanhar, dar uma força e acompanhar o conteúdo bacana de vocês.

36:37 / 37:35 (Natalia) Meninas, eu primeiramente queria agradecer pela a oportunidade de vir aqui falar com vocês dividir um pouco do nosso trabalho do resenha de mulheres, ficamos muito feliz novamente como falei no início e poder contribuir com o trabalho de vocês, espero que vocês consigam alcançar a nota máxima eu sei o quanto a gente luta para isso, então a gente busca sempre o melhor , desejo sorte no fim do trabalho, sorteno futuro dacarreirade vocês quevocês possamconhecer e alcançar tudo aquilo que vocês tem buscado.

A escolha pelo produto (podcast) se originou por parte de cada uma das 5 integrantes do grupo, que a partir da orientação dos professores no semestre passado, com o interesse em comum em desenvolver um projeto com enfoque em mulheres no jornalismo. Passamos então a dar vida a esse projeto, a partir das orientações dos nossos mestres e orientandos.

Aideias.partir de então elaboramos um planejamento sobre cada etapa do produto, que englobou roteiro, pesquisa de campo, edição, onde nessa parte encontramos um pouco de dificuldade por causa da pandemia.

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Prints das entrevistas no zoom: Liliany Nascimento

Trabalho de Conclusão de Curso em Jornalismo. Ano 2021. de gênero contra a mulher no ambiente jornalístico, mas todas voltadas para o assédio " preconceito " enfrentado por essas mulheres, não encontramos dificuldades em juntar nossas

10. Anexos

Priscilla

ElisângelaChandrettiCarreira

Trabalho de Conclusão de Curso em Jornalismo. Ano

2021. 84

Trabalho de Conclusão de Curso em Jornalismo. Ano 2021.

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Resenha de mulheres Natalia e Amanda

Grace Abdou

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Marilene Freitas

Trabalho de Conclusão de Curso em Jornalismo. Ano

Prints das autorizações: Liliany Nascimento

Trabalho de Conclusão de Curso em Jornalismo. Ano 2021.

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Priscilla Chandretti

Elisângela Carreira

Trabalho de Conclusão de Curso em Jornalismo. Ano

2021. 88

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Resenha de mulheres Natalia e Amanda

Trabalho de Conclusão de Curso em Jornalismo. Ano 2021.

Grace Abdou

Trabalho de Conclusão de Curso em Jornalismo. Ano 2021.

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Marilene Freitas

Trabalho de Conclusão de Curso em Jornalismo.

Ano 2021. 91

Trabalho de Conclusão de Curso em Jornalismo.

Ano 2021. 92

Artes desenvolvidas no desenvolvimento do TCC prático:

Conclusão de Curso em Jornalismo. Ano 2021. 93

Trabalho de

Trabalho de Conclusão de Curso em Jornalismo. Ano 2021.

94

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