UNIVERSIDADE CRUZEIRO DO SUL JORNALISMO
A REPUTAÇÃO IMAGÉTICA NA TERCEIRA ONDA TECNOLÓGICA
Leonardo Macedo Barsi 1504766-1
SÃO PAULO 2018
8ºA
UNIVERSIDADE CRUZEIRO DO SUL JORNALISMO
A REPUTAÇÃO IMAGÉTICA NA TERCEIRA ONDA TECNOLÓGICA RELATÓRIO DE FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICO METODOLÓGICO
Leonardo Macedo Barsi 1504766-1
8ºA
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao curso de Jornalismo, Campus Liberdade como requisito parcial à obtenção do certificado de conclusão.
Orientadora: Profª. Dra. Regina Tavares de Menezes
SÃO PAULO 2018
DEDICATĂ“RIA
Aos meus pais, amigos e minha namorada pelos incentivos e todos os ensinamentos na minha vida.
AGRADECIMENTOS
Em especial a professora e coordenadora do curso, Regina Tavares, por acreditar em mim em muitos aspectos. E ao meu amigo Ygor Gabriel pela humildade e por tudo o que me ensinou desde que nos conhecemos.
RESUMO Este trabalho aborda uma investigação sobre a nova onda tecnológica disruptivas que está constantemente presente na vida da humanidade e seus efeitos sob as pessoas. Como a criação de paralelas identidades digitais, impulsionadas a partir dos novos meios midiáticos carregados pelos indivíduos, os aparelhos celulares e as aplicações que o acompanham, principalmente as redes sociais. O trabalho mostra como essas mudanças e essas sujeitas adaptações podem de alguma forma ser tão perigosa.
Palavras chaves: Tecnologia; Redes Sociais; Reputação; Realidade; Paralela.
Sumário A) OBJETIVOS........................................................................................................................................... 8 OBJETIVO GERAL ................................................................................................................................. 8 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ...................................................................................................................... 8 B) PROBLEMATIZAÇÃO E HIPÓTESES ...................................................................................................... 8 PROBLEMATIZAÇÃO ............................................................................................................................ 8 HIPÓTESES ........................................................................................................................................... 8 C) JUSTIFICATIVA ..................................................................................................................................... 9 D) PLANO ESTRATÉGICO........................................................................................................................ 10 F) REFERÊNCIAS ..................................................................................................................................... 25 G) CRONOGRAMA ................................................................................................................................. 27 H) ORÇAMENTO .................................................................................................................................... 28 I) APÊNDICES ......................................................................................................................................... 28 ANEXO I - FICHA DE INSCRIÇÃO DO TCC ............................................................................................... 82
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INTRODUÇÃO Esse relatório de fundamentação teórico e metodológico para a conclusão de curso de jornalismo mostra partes de um rápido processo de mudanças ao longo da evolução humana, que acarretou na chegada de novos avanços a tecnologia, conhecido como a Terceira Onda. E quais os efeitos desses novos meios, neste caso os aparelhos celulares, se podem causar de alguma forma uma drástica modificação na interação e relação entre as pessoas. Mais especificamente é mostrado como exemplo a maior rede social existente, o Facebook e dentre outros. E como as pessoas foram sujeitas a criarem diferentes faces ao utilizá-los, assim criando novas características para serem bem vistas aos olhos dessa grande massa digital. Retrata como as pessoas se tornam o que elas não são, fugindo de suas realidades e moldando uma imagem perfeitas de si mesmas que elas imaginam ser reais através desse ambiente online. Procurou-se uma semelhança de ideias entre os autores, pesquisadores e teóricos para entender se essas aplicações dos novos aparelhos digitais que trouxeram toda a simplicidade nas atividades das pessoas, principalmente no mundo digital, podem levar a uma desagradável nova realidade.
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A) OBJETIVOS OBJETIVO GERAL A partir deste estudo jornalístico investigou-se como a velocidade do avanço das novas tecnologias aplica e modifica a interação e o comportamento em uma sociedade. Mostrando como os aplicativos, principalmente os aparelhos móveis transformaram e/ou manipularam as pessoas a ansiarem por uma imagem ideal aos olhos da massa digital.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS Compreendemos se esta possível tratativa de uma futura realidade, modificou todo o comportamento humano. Identificamos por sua vez que existem os contras para toda uma tecnologia que trouxe simplicidade e rapidez para as atividades e formas de comunicação entre as pessoas. Verificamos a obsessão dos indivíduos em terem uma personalidade imagética perfeita através das redes sociais que influenciou a questão da avaliação, por exemplo, sempre está sujeito a esta nova extensão do homem. Uma incessante sede pelos “cliques” e as “cinco estrelas”. Conceituou-se este choque do futuro, a uma crítica a essas “bolhas” criadas pelos aparelhos celulares por meio do progresso tecnológico.
B) PROBLEMATIZAÇÃO E HIPÓTESES PROBLEMATIZAÇÃO Será que as pessoas estão utilizando de forma erronia esses novos recursos, se consistindo a um caminho sem retorno, em que as pessoas não possam ser elas mesmas em frente a grande massa virtual?
HIPÓTESES
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As pessoas criam gosto pela popularidade no território digital, em serem vistas como a perfeição de um ícone. Grande parte desta questão da interatividade se alterou pela ascensão virtual. Todas estas redes e aplicativos que acompanham frequentemente os aparelhos móveis, amplificaram enormemente a forma diferente como as pessoas se comportam nesse novo ambiente virtual. E o que as pessoas imaginam como uma fuga de sua verdadeira realidade de sua verdadeira imagem, estando imersa constantemente nesse novo ambiente através dessas redes, na verdade já seja a nossa atual realidade.
C) JUSTIFICATIVA As tecnologias vêm crescendo e se modificando gradualmente, deixando tudo mais simples, tornando o tema muito estudado em relação ao ser e a rede e como os efeitos dessas novas inovações da sociedade diante o relacionamento humano podem afetar o futuro. Em relação ao uso excessivo dos aparelhos celulares, já é algo notável, e pode-se dizer que também já se tornou uma atitude normal, mas o ponto que investigamos é um pouco diferente. Focando o comportamento das pessoas imersas nesses aplicativos criados para a plataforma mobile. Diante todas as criações do homem, nesta pesquisa, foquei especialmente as redes sociais, pois cada vez mais elas vêm fazendo parte da população, como uma extensão do indivíduo. Em 2017, um terço da população mundial fez login pelo menos uma vez por mês em alguma das redes sociais existentes. Isso significa que 2,46 bilhões de pessoas já contam com as redes sociais em sua rotina, de acordo com o levantamento mais recente do eMarketer. O número representa um crescimento de 8,2% em comparação com o estudo realizado em 2016, sendo que, para 2021, a previsão é de que 3,02 bilhões de pessoas em todo o mundo utilizem as redes sociais. Entre os motivos que colaboram para com o crescimento da adesão às redes sociais está a expansão do uso de smartphones e/ou celulares em todo o mundo. Em 2017, 81,8% dos
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usuários das redes sociais faziam o acesso por meio de smartphones, e, em 2021, esse percentual deve subir para 86,7%. Essa massa online está presente na vida e no cotidiano da sociedade a todo o momento. Mostrando cada vez mais, a força com que a evolução humana traz alterações no modo como as pessoas interagem uma com as outras. E esse trabalho mostrou se as pessoas estão utilizando da forma certa ou errada esses novos aplicativos. Do ponto de vista jornalístico, os profissionais podem acompanhar o processo de mudança e entender que todas essas melhorias da terceira onda podem vir infectadas de defeitos. E talvez seja possível até criar um novo método para interagir com o público de uma forma mais eficiente através da massa online. O trabalho também tem relevância no âmbito histórico, pois retrata o processo de mudança e as transformações da evolução humana ao longo do tempo. Retratando como a revolução muda completamente a vivencia das pessoas e a interação entre elas.
D) PLANO ESTRATÉGICO Descrição do Produto: A pesquisa científica desenvolvida no presente relatório final gerou um vídeo documentário como parte dos itens obrigatórios para a obtenção no título de bacharel em jornalismo. Estamos nos referindo ao vídeo documental intitulado “Realidades Paralelas”. Documentário é uma produção artística, via de regra um filme, não-ficcional, que se caracteriza principalmente pelo compromisso da exploração da realidade. Isto não significa que represente a realidade tal como ela é, mas o documentário, assim como o cinema de ficção, é uma representação parcial e subjetiva da realidade. Documentar como de costume um possível problema da realidade, deixando dois lados da questão entre abertos, para que o espectador possa decidir o que é certo ou não. Por isso dentre vários tipos e/ou modos de se fazer um documentário, segui o reflexivo, para que as pessoas reflitam sobre o tema exposto. De acordo com Nichols (2009) esses tipos de filmes tentam aumentar nossa consciência dos problemas apresentados, assim como tentam nos convencer da autenticidade ou da veracidade da própria representação. Os documentários reflexivos tratam do realismo.
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O documentário foi denominado “Realidades Paralelas”, pois o título nos remete a uma expressão amplamente mencionada pelos entrevistados em campo: “Realidade”. Segundo as fontes encontradas, aquilo que denominamos como mundo virtual já faz parte da realidade, dada nossa imersão nela. Porém, esta realidade tem particularidades, bem como a realidade tangível e material que conhecemos. Além disso, ambas caminham paralelamente. Daí a ideia de intitular o vídeo como sendo “Realidades Paralelas”. O arquivo tem 30 minutos de duração, foi renderizado no software de edição Adobe Premiere em alta resolução, exatamente em full hd 1080p x 29,97, também contém coloração RGB, e áudio estéreo. O presente produto foi desenvolvido na capital paulistana no Brasil no ano de 2018. O filme tem entrevistas com especialistas nas áreas da tecnologia e psicologia, além de personagens para impactar ainda mais a realidade. Onde cada fala se conecta a outra, deixando o filme de forma fluida. Alguns “sobe sons” foram inseridos para dar respiro ao vídeo, com inserts1 retratando as redes e esse novo meio midiático utilizado pelas pessoas, com algumas trilhas brancas impactando ainda mais essas cenas que surgem aproximadamente a cada 4 sonoras. Especialmente em certas entrevistas surgem legendas na coloração amarelada, para que seja facilitado o entendimento do público que estiver contemplando a obra, como por exemplo, na sonora de Peter Kronstrom, por ser dinamarquês ele tem um sotaque que impede o entendimento da frase. O DVD se inicia com um menu principal desenvolvido no software Adobe Encore CS6, com três botões (Iniciar, Trailer e Créditos), com a mesma trilha branca denominada “Ticker”, também escolhida para ser utilizada ao longo do Documentário. Nele também se encontra uma imagem de fundo retratando uma pessoa com um celular sendo refletido em seus óculos, e também uma arte vetorizada com artes geométricas no formato triangular e algumas ligações no intuito de retratar a conexão do mundo virtual e as redes. Os detalhes foram definidos na cor Azul, pois ao longo do tempo ela foi infundida na cabeça das pessoas como a coloração principal do que é digital. Além disso, ela costuma ser usada para transmitir harmonia, tranquilidade e serenidade, mas sendo uma cor fria, algumas vezes é associada à
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Imagens sobre o assunto que deve ser retratado.
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monotonia e depressão. Na Capa do DVD e do CD é utilizada a mesma imagem e arte vetorizada utilizadas no Menu, sendo que as fontes utilizadas foram, Bebas, Caviar Dreams, e Exo. O GC desenvolvido para o vídeo é dividido em duas etapas, primeiro uma animação retratando várias conexões na horizontal na cor padrão (Azul), bem diferente da arte criada para a Menu e Capa do DVD. Logo na sequência, após o surgimento da animação, inicia-se a segunda etapa, que é o GC em si, com uma animação simples dividindo o nome e função por um traço branco, sendo que seu fade out 2é a mesma movimentação do fade in3. Também é utilizado um GC para conceituar algumas palavras, porém esse não terá nenhuma animação. O público que pretendo atingir é da faixa etária de 10 anos para cima, pois este é o momento em que as crianças começam a criar apego aos aparelhos móveis e segundo pesquisa do IBGE, em 2016 o Brasil fechou o ano com 116 milhões de pessoas conectadas à internet, cerca de 64,7% da população a partir do décimo aniversário. Sendo que o celular continua a ser o principal aparelho para acessar o mundo virtual, no mesmo ano de 2016 eles tiverem o resultado de 94,6% dos internautas o utilizam para acessar principalmente as redes sociais. Mais especificamente, os indivíduos com idade entre 18 e 24 anos apresentavam a maior taxa de conexão: 85% deles estavam online. Já os brasileiros com mais de 60 anos apresentavam o menor índice, de 25%. Em relação ao uso das mídias sociais, segundo uma pesquisa realizada pelo We Are Social em parceria com o Hootsuite e publicada pela The Next Web em 2017, 3 bilhões de pessoas no mundo utilizam redes sociais ativamente pelo menos uma vez por mês. Isso equivale a 40% da população mundial. Contudo, tendo em vista todo esse novo ambiente digital que vivemos, com o vício e a imersão aos celulares, esses números devem ter se elevado e vão crescer cada vez mais nos próximos anos. Já em relação à parte técnica do produto experimental, definimos alguns padrões de filmagens e de captura de áudio, para evitar alguma distinção ao longo do filme. A captura da imagem dos entrevistados foi com duas câmeras, uma delas fixa com o plano americano e a segunda ficou livre para alternar entre primeiro plano e detalhe, buscando certas partes do corpo do personagem, como boca, olhos, mãos, entre outras partes. As câmeras utilizadas foram uma DSLR Canon T5i e uma GoPro Firefly 6S 4K.
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Desaparecimento. Entrada, aparecimento gradual.
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Para a gravação do áudio foi utilizado o microfone lapela ligado ao gravador de áudio externo, para que o retorno do som pudesse ser supervisionado a fim de garantir a melhor qualidade. O microfone de lapela foi escolhido por possuir um padrão que rejeita o som ambiente e foca na voz do entrevistado, evitando ruídos desnecessários. Para a gravação de inserts, foi usada apenas uma câmera no tripé para capturas em que foi necessário ficar parado e para takes4 em movimento foi plugado à câmera um steadicam5 para de que a melhor estabilidade na imagem. Essas gravações foram feitas apenas com a câmera DSLR. Utilizou-se também como referência as técnicas de filmagens de Eduardo Coutinho6, considerado um dos maiores documentaristas do Brasil. E também, claro, filmes reflexivos como, por exemplo, “Eu Maior”, “Criança: A Alma do Negócio”, “Não Há Amanhã”, “Minimalism: Um documentário sobre as coisas importantes” e entre outros.
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São trechos de um determinado vídeo; sinônimo de inserts. Estabilizador para movimento de câmera. 6 Eduardo Coutinho, um dos mais importantes nomes do documentário brasileiro, teve uma formação que passou pelo cinema, teatro e jornalismo, tendo inclusive cursado a faculdade de Direito em SP. Seu trabalho é caracterizado pela profundidade e sensibilidade com que aborda problemas e aspirações da grande maioria marginalizada, seja em favelas, no sertão ou na boca do lixo. Político, sem ser panfletário, traz a emoção humana sem sentimentalismo nem truques. Apenas expõe a realidade com um olhar atento e compreensivo, dando a voz (ao invés de manipular) e concedendo, na montagem, o tempo necessário em cada plano para que a verdade das "personagens" possa se desvelar para a lente. 5
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Fotos: Figura 1 Capa do DVD
Figura 2 Adesivo CD
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Figura 3 Insert
Figura 4 Insert
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Figura 5 Enquadramento Médio (Influenciador)
Figura 6 Animação Pré GC
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Figura 7 Animação GC
Figura 8 Legenda (Peter Kronstrom)
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Figura 9 Enquadramento (Valter Wolf)
E) REFERENCIAL TEÓRICO Para firmar teoricamente o objetivo de pesquisa deste trabalho, faz-se necessário entender primeiramente a “terceira onda” ou a “terceira revolução”, trazendo consigo a tecnologia, que envolve o conhecimento técnico e científico e a aplicação deste conhecimento através de uma transformação no uso de ferramentas, processos e materiais criados e utilizados a partir de tal conhecimento. É neste cenário que: A humanidade enfrenta um salto de um quantum7 para a frente. Enfrenta a sublevação social e a reestruturação criativa mais profundas de todos os tempos. Sem o reconhecermos claramente, estamos empenhados na construção de uma notável civilização nova desde os alicerces. Este é o significado da Terceira Onda. (TOFFLER, 1997, p.24)
Cada mudança da história de certa forma altera alguns aspectos em uma sociedade, ou seja, todas essas ondas desde a agrícola até agora trouxeram prós e contras a civilização.
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A maior proporção; quantidade.
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Sendo assim, é quase impossível evitá-las, pois a velocidade com que a humanidade evolui é muito grande, mas ao menos conseguimos entendê-las. Segundo o escritor norte-americano Toffler (1997a), uma nova civilização está emergindo em nossas vidas e por toda a parte há cegos tentando suprimi-la. Esta nova civilização traz consigo novos estilos de família, modos de trabalhar, amar e viver. E claramente, o tempo é algo que não pode ser evitado, a cada minuto, dia, ano, século que se passa, uma mudança é aparente, a evolução sempre estará presente na vida humana, a todo momento nascendo o “novo”, nas palavras de Toffler (1997a), o tempo linear tornou a evolução e o processo, pois se o tempo fosse um ciclo em vez de linear, se os eventos retornassem ao invés de se moverem numa única direção, justificaria a uma repetição na história e que o progresso e o avanço seriam apenas ilusões. Ou seja, de fato é fácil dizer que o futuro começa no nosso presente: A maioria das pessoas – inclusive futuristas – concebem o amanhã como uma mera extensão de hoje, esquecendo que as tendências, por mais poderosas que pareçam, não continuam simplesmente numa moda linear. (TOFFLER, 1997, p.137)
E cabe a nós tentar compreender todas essas mudanças, que apesar de aparentarem boas transformações nas vidas das pessoas eles podem acarretar também certos malefícios, por mais que a sociedade não consiga enxergar essas ondas a olho nu, neste sentido: Olhar para aquelas correntes de mudanças que estão abalando nossas vidas, revelar as conexões subterrâneas entre elas, não simplesmente porque cada uma destas é importante em si, mas por causa da maneira como estas correntes de mudança correm juntas para formar rios de mudança ainda maiores, mais fundos, mais rápidos, que, por sua vez, correm para algo ainda maior: a Terceira Onda. (TOFFLER, 1997, p.138)
A razão desta questão é que todas as novas tecnologias se alimentam de si mesmas, o avanço gera mais inovações às pessoas: O ritmo acelerado da invenção, da exploração e da difusão, por sua vez, acelera ainda mais todo o sistema. E tudo isso porque as novas máquinas ou as novas técnicas não são meramente um produto, mas uma fonte, de novas ideias criadoras. (TOFFLER, 1973, p.20)
As transições que moldaram a sociedade como ela é hoje realmente trouxeram muito mais rapidez e qualidade às atividades da humanidade, tornando tudo mais fácil, tanto na comunicação, quanto como na interação. No passado, esses aspectos poderiam ter levado semanas ou meses, atualmente pode ser resolvido em dias e completamente de forma muito mais eficaz.
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O termo “tecno-rebelião” ou “tecno-rebelde” é definido por Toffler (1997a), como os agentes da Terceira Onda – mesmo sem saberem – eles partem de uma premissa de que a biosfera da Terra é muito frágil, e que quanto mais poderosas se tornam as nossas tecnologias, mais alto é o risco de causarem um dano irreversível ao mundo. Os próprios ainda alegam que ou a sociedade controla a tecnologia ou a própria tecnologia criada pelo homem irá eventualmente nos controlar. Neste momento: Nos deslocamos para uma esfera ainda mais abstrata, onde a tecnologia é o meio. O crítico Guy Debord chama isso ‘a sociedade do espetáculo’, e Jean Baudrillard a denomina ‘hiper-realidade’. Será que as lindas ilusões propagadas nas telas de televisão e de cinema, a gora através dos computadores pessoais, são simplesmente uma forma de transformar a vida humana em uma commodity que pode ser controlada, comprada e vendida mais facilmente? Os computadores contribuem para, o grau de alienação que encontramos nas sociedades modernas. (RHEINGOLD, 2001, p.125-126)
Essas máquinas denominadas computadores são vistas com muita força o principal meio quando falamos sobre a tecnologia e a sociedade. Se a junção dos dois meios – pessoa e maquina – veio para realmente transformar a vida das pessoas a uma melhora ou regredir em alguns aspectos, para os autores a primordial preocupação era os impactos não imediatos e não óbvios, mas sim os que viriam pela frente. Toffler (1973b) diz que o consolidador caráter do progresso tecnológico e cada passo à frente facilitam a vinculação íntima entre a tecnologia e as configurações sócias, criando uma poluição psicológica e uma aceleração impossível de deter o ritmo da vida. Posteriormente em sua segunda obra Toffler (1997a) simboliza o futuro, representado rotineiramente pelo computador como um cérebro todo poderoso, mas ainda assim com algumas dúvidas, pois ao longo das páginas o futurista também afirma que eles não são sobre humanos, eles cometem erros e em alguns casos erros perigosos. Hoje em dia, os computadores estão presentes em nossa vida de uma forma nunca vista anteriormente. Seja em casa, na escola, na faculdade, na empresa ou em qualquer outro lugar. Ao contrário do que parece, os computadores já estão em um processo de evolução há muito tempo, desde o primeiro computador com características digitais, o ENIAC (Electrical Numerical Integrator and Calculator), desenvolvido pelos cientistas norte-americanos John Eckert e John Mauchly em 1946, até hoje com os famosos “computadores de bolso” ou como são mais conhecidos entre as pessoas: os aparelhos celulares. E todas essas previsões dos autores já estão em processo em nossa sociedade nos dias atuais, especificamente através dos aparelhos móveis ou aparelhos celulares. Cada vez mais
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são incrementadas as funções dos computadores neles, essas “minis maquinas” mudaram completamente o modo de viver e se relacionar das pessoas, tornando tudo mais simples. Assim como o escritor previu que: A nova tecnologia de comunicação terá um impacto maior no sentido de aumentar a produtividade e poupar tempo [...] ao longo dos próximos 12 ou mais anos que a introdução original do computador. Juntamente com a crescente produtividade, a nova tecnologia também pode ajudar a montar equipes, melhorar a qualidade dos relacionamentos humanos e criar um senso aplicado de comunidade. (L. BARKSDALE, 2001, p.100)
A sociedade realiza praticamente todo o tipo de atividade ou funcionalidade em um único aparelho, como, por exemplo, comunicar-se instantaneamente com pessoas, independentemente da distância entre elas, tirar fotografias, realizar filmagens, acessar os sites na internet, jogar jogos interativos, escrever textos, e muitas outras aplicações. Grande parte da humanidade do século XXI porta esses “computadores de bolso” como se fossem parte do corpo delas, se tornado assim uma extensão do homem, fundindo o corpo real com o virtual em um só, como definido pelo teórico da comunicação Marshall McLuhan: Numa cultura como a nossa, há muito acostumada a dividir e estilhaçar todas as coisas como meio de controlá-las, não deixa, às vezes, de ser um tanto chocante lembrar que, para efeitos práticos e operacionais, o meio é a mensagem. Isto apenas significa que as consequências sociais e pessoais de qualquer meio — ou seja, de qualquer uma das extensões de nós mesmos — constituem o resultado do novo estalão introduzido em nossas vidas por uma nova tecnologia ou extensão de nós mesmos. (MCLUHAN, 2000, p.21) E o que torna todas essas facilidades e simplicidades, que o novo meio trouxe a sociedade, uma preocupação ao futuro são as redes sociais, essencial ponto desta pesquisa. No mundo virtual, essas redes são sites e aplicativos que operam em níveis diversos – como profissional, de relacionamento, transporte, dentre outros – mas sempre permitindo o compartilhamento de informações entre pessoas e/ou empresas. Redes sociais, quando falamos do ambiente online, são plataformas facilitadoras para a conexão social entre as pessoas. Através delas, relacionamo-nos com outros indivíduos baseado em nossos interesses e visões de mundo. Basicamente significa um grupo de pessoas se relacionando entre si virtualmente. Dentre tantos aplicativos existentes, iremos apenas ressaltar dois, primeiramente o Facebook, criado pelo estudante de Harvard, Mark Zuckerberg que foi lançado em 2004 e é considerado como a principal rede social do mundo. Pois nela é reunida em um único lugar
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tudo o que o usuário precisa, as pessoas podem compartilhar qualquer tipo de opinião, foto, vídeo, notícia, propaganda, e muitas outras infinitas funcionalidades. E ao partilhar qualquer tipo de informação, outras pessoas podem avaliar de acordo com o que elas acham certo ou errado. Conhecido atualmente como “curtir” ou “descurtir”, ou seja, simplificando, gostar ou não gostar. Em segundo, o aplicativo Uber, este no caso não é considerado uma rede social, ou forma de as pessoas poderem se relacionar, mas exemplifica muito bem o que quero mostrar nesta pesquisa. Nascido no coração de Silicon Valley, São Francisco, a ideia é fornecer aos usuários veículos com condutores a preços acessíveis. Para simplificar, a reserva é feita diretamente no celular usando a geolocalização e/ou GPS (Global Positioning System, “Sistema de Posicionamento Global). Como muitos serviços online, o Uber depende muito do sentimento de pertencimento a uma comunidade. Para atingir seus objetivos, o aplicativo oferece aos clientes um serviço de ótima qualidade. Como por exemplo, que seja disponibilizada água em todos os carros, dependendo do serviço selecionado, os motoristas podem também fornecer bebidas energéticas, doces, etc. Tratar a comunidade como uma rainha, chega até a ser necessário, pois o mesmo aplicativo tem um sistema de notas ao final de cada viagem, tanto para o motorista, quanto para o cliente. Apesar dos aplicativos terem objetivos e funções diferentes, têm um aspecto em que eles se relacionam. A avaliação, a nota, essa questão está construindo nas pessoas um tipo de máscara, onde elas podem moldar qualquer tipo de característica, mesmo que essas particularidades fujam completamente do que realmente seja verdade. Assim: É fácil enganar as pessoas on-line: pessoas desagradáveis vestirem uma máscara educada e pessoas gentis fingirem ser desagradáveis. Todos usamos máscaras em nossas vidas. Todos desempenhamos vários papéis em casa, no trabalho e em público. Mas o discurso on-line é apenas máscaras. Nunca poderemos ter certeza quanto ao que sabemos sobre outra pessoa quando esse conhecimento é baseado somente em palavras em uma tela de computador. (RHEINGOLD, 2001, p.124)
As pessoas parecem chegar a um estado em que elas se importam apenas com a sua própria imagem, sobre que ícone elas querem parecer para o resto da massa virtual, se polindo e se modificando para tornar sua imagem perfeita aos olhos da sociedade, mas sempre de acordo com o que a humanidade define como o que é bonito ou certo. Segundo Toffler (1997a), essas imagens não nascem do nada, elas são formadas, de maneira que não conseguimos compreender, de sinais ou informações vindas de um ambiente, e enquanto este ambiente sofre mudanças, as informações que nos rodeiam também mudam.
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A sociedade virtual parece ter uma sede pela reputação, por status, sempre buscando atingir o máximo da “nota”, a todo momento cada imagem criada dos atributos de cada indivíduo, é devorada, ora elas nos devoram, definido por Baitello (2005), como Iconofagia, assim: Há tempo as imagens procedem de outras imagens, se originam da devoração de outras imagens. Teríamos aí o primeiro degrau da iconofagia. As imagens que povoam nossos meios imagéticos se constituem, em grande parte, de ecos, repetições e reproduções de outras imagens, a partir do consumo das imagens presentes no grande repositório. (BAITELLO, 2005, p.54)
A sociedade parece não ligar ou até mesmo não perceber que alteram completamente sua imagem para se tornar o que a humanidade quer que elas sejam, e não medem esforços para tal, por mais que esse novo status construído por eles não se reflitam em suas devidas realidades. Neste cenário que: Os críticos sociais, como Mark Slouka8, condenam a desumanização das relações sociais que nos trouxeram os computadores, pois a vida on-line parece ser uma maneira fácil de fugir da vida real. (CASTELLS, 2005, p.443)
Imagine que todas as suas atividades e comportamentos são monitorados e pontuados em uma grande base de dados, desde sua informação fiscal ou o que você compra na internet, até mesmo o tempo que você passa jogando videogame. Isso parece algo impossível e podemos pensar que todas essas afirmações e suposições pesquisadas neste projeto irão de certa forma demorar para atingir a sociedade como uma problemática ou até nunca existir e realmente é muito difícil prever o futuro de uma comunidade, mas isso se tornou uma política de Estado na China. No primeiro semestre de 2018, foi elaborado um sistema de Créditos Sociais (Credit Score) através do qual o comportamento de cada um dos seus 1,3 bilhão de cidadãos será pontuado em uma espécie de ranking de confiança. A base desses dados concentrará uma ampla variedade de informações sobre cada cidadão. Será possível saber se uma pessoa paga seus impostos e multas em dia, se seus títulos acadêmicos são legítimos, etc. Li Yingyun, diretor de Tecnologia de Sesame à revista chinesa Caixn, (2015) disse, "Alguém que joga videogame durante dez horas por dia, por exemplo, seria considerado uma
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Mark Slouka é um romancista e ensaísta americano. O assunto de seu livro de 1996, A Guerra dos Mundos: Ciberespaço e o Assalto à Realidade, engloba até que ponto a realidade virtual e a indefinição da vida real com a fantasia corporativa se tornaram um "genuíno fenômeno cultural".
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pessoa ociosa. Alguém que compra fraldas com frequência, por outro lado, deve ser pai (ou mãe) e seria considerado uma pessoa com um sentido de responsabilidade". Além disso, caso alguém faça algo de errado como publicar algo nas redes sociais contra o governo ou infringir alguma lei, quem estiver relacionado ou interagindo a ela também sofrerá perca de pontos. Realmente, o critério de cálculo da pontuação das pessoas será um “algoritmo bem complexo”. Pontuar bem nesse programa dará acesso a uma série de benefícios, desde descontos em hotéis ou aluguel de carros até acesso a apólices de seguro ou a obtenção mais célere de vistos. Isso, claro, ainda é apenas um projeto e está só em fase de testes, mas até o ano de 2020, todos os chineses estarão obrigatoriamente inclusos nesta enorme base de dados, e receberão pontuação de acordo com sua conduta. Ou seja, elas moldariam suas imagens e até mesmo selecionariam com quem se relacionar. Em resumo, enquanto construirmos uma civilização nessa onda tecnológica, há muitas coisas que podemos fazer para enriquecer ou destruir a comunidade.
Ninguém sabe
detalhadamente o que o futuro reserva ou o que funcionará melhor numa sociedade: Mas seja, quais forem os termos que usemos, alguma coisa está acontecendo. Estamos participando não apenas do nascimento de novas formas, mas do nascimento de uma nova civilização. Um novo código toma forma – um conjunto de princípios da Terceira Onda, novas regras fundamentais para a sobrevivência social. (TOFFLER, 1997, p.265)
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F) REFERÊNCIAS
BAITELLO, Norval. A era da Iconofagia. São Paulo: Hacker, 2005. BRASSART, Baptiste. Uber, o que é isso? Conheça o concorrente dos táxis. Disponível em https://www.softonic.com.br/artigos/uber-app-o-que-e-taxi. Acesso em: 01 de maio. 2018. BBC. O plano chinês para monitorar – e premiar – o comportamento de seus cidadãos. Disponível em:< http://www.bbc.com/portuguese/internacional-42033007>. Acesso em: 03 de abril. 2018. CASTELLS, Manuel. A sociedade em Rede: 8. ed. São Paulo: Editora Paz e Terra S/A, 2005. COSTA, Luiz. Teoria da Cultura de Massa: 4. ed. São Paulo: Editora Paz e Terra S/A, 1990. Digai. 3 bilhões de pessoas no mundo usam redes sociais ativamente. Disponível em:< https://www.digai.com.br/2017/08/3-bilhoes-pessoas-mundo-usam-redes-sociais/>.
Acesso
em: 15 de novembro. 2018. G1. Brasil tem 116 milhões de pessoas conectadas à internet, diz IBGE. Disponível em:< https://g1.globo.com/economia/tecnologia/noticia/brasil-tem-116-milhoes-de-pessoasconectadas-a-internet-diz-ibge.ghtml>. Acesso em: 15 de novembro. 2018. HESSELBEIN, Frances. Et al. A comunidade do futuro. 2. ed. São Paulo: Editora Futura, 2001. MCLUHAN, Marshall. Os Meios de comunicação como extensão do homem (Understanding Media): 17. ed. São Paulo: Editora Cultrix, 2005. NICHOLS, Bill. Introdução ao documentário: 4. ed. Campinas: Papirus, 2009. Psicoativo. Nomofobia (Vício em celular): Sintomas, Causas, Tratamento. Disponível em:< https://psicoativo.com/2015/12/nomofobia-sintomas-causas-e-tratamento.html>. Acesso em: 15 de novembro. 2018. SULZ, Paulino. As redes sociais são amplamente usadas em todo o mundo e também são um recurso importante de marketing. Entenda tudo sobre elas, suas particularidades,
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benefícios e como usá-las em sua estratégia nas mídias sociais. Disponível em < https://marketingdeconteudo.com/tudo-sobre-redes-sociais/>. Acesso em: 25 de abril. 2018. TOFFLER, Alvim. A terceira onda: A morte do industrialismo e o nascimento de uma nova civilização. 22. ed. Rio de Janeiro: Record, 1997. TOFFLER, Alvim. O choque do futuro. Brasil: Artenova, 1973.
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G) CRONOGRAMA 1º Semestre de 2018 – Projeto de Pesquisa Fevereiro Levantamento bibliográfico
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Realização do item “E” e “G”
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Março
Abril
Maio
Junho
X
Realização de leitura e fichamento
X
Realização dos itens B, C , D , E , H
X
X
Finalização do projeto de Pesquisa
X
Entrega
X 2º Semestre de 2018 – Relatório de fundamentação metodológica
Levantamento de documentos utilizados Realização dos itens A, B, C, D, E, F Realização dos itens G H, I, J, O, M Realização dos itens K, L, N Finalização e entrega Banca Final
Agosto
Setembro
X
X
Outubro
Novembro
Dezembro
X
X X
X X X
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Cronograma geral: ETAPAS
Ago-Set
Coleta das Fontes
X
Analise das Fontes
X
Set-Out
Gravações
Out-Nov
Dez
X
Edição
X
Revisão Final/Entrega
X
H) ORÇAMENTO ITENS
VALOR
Transporte
R$150
Impressão
R$130
Alimentação
R$200
CD Virgem
R$20
Capa DVD
R$18
TOTAL:
R$518
I) APÊNDICES Pautas: FORMATO Documentário
PAUTA EDITORIA Tecnologia
TEMA/ASSUNTO TCC
HISTÓRICO
É um executivo experiente com mais de quinze anos de história em desenvolvimento de negócios, serviços digitais e implementação de tecnologia. Especialista em traduzir recursos de tecnologia em benefícios comerciais convincentes, trabalhei com sucesso com equipes de vendas e marketing na geração de oportunidades por meio de
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envolvimento executivo e argumentação baseada em valor. Caracterizado por um forte histórico de estratégia, sou reconhecido como um líder com uma atitude de alta energia e analítica, com um histórico de construção, desenvolvimento e liderança de equipes de alto desempenho. Sinto-me à vontade liderando projetos cross-funcionais e interorganizacionais graças a habilidades de comunicação superiores e um alto nível de adaptabilidade às variadas expectativas culturais em um ambiente de negócios global. FONTES -Valter Wolf, Diretor de Desenvolvimento de Negócios (11 98401 – 9697) ALINHAMENTO EDITORIAL - ENFOQUE/ANGULAÇÃO Seguir a entrevista mais para o âmbito tecnológico. PERGUNTAS
1- Você sendo um cara que frequentemente se atualiza e busca conhecimento nessa área tecnológica. Você acredita que este acesso à tecnologia, como os aparelhos celulares e suas aplicações pode democratizar o conhecimento entre as pessoas e ser benéfico? 2- Também temos aspectos complicados, como pessoas mascarando suas personalidades para se adequarem a um perfil que é o bem quisto nas redes sociais, o que você acha desse ponto crítico e em sua opinião porque as pessoas fazem isso? 3- Em relação as redes sociais, constantemente a sociedade sofre uma evolução, e em todos os momentos as pessoas são sujeitas a se adequarem com o novo ambiente, você acredita que a população se adequou a esse novo mundo digital, de uma forma que o retorno seja benéfico? Ou de alguma maneira os prejudicou? 4- Aplicativos como o Uber e entre outros estão influenciando a questão da avaliação. Sendo que não é apenas a avaliação do cliente sobre o produto ou serviço, mas também a avaliação do serviço sobre o cliente. Chega a ser algo impensado até pouco tempo, até porque nós vivemos num país onde o cliente é “rei”, como que o produto da uma nota ao cliente. Será que este tipo de situação não gera uma limitação do mercado, mas parece que não, as pessoas gostam deste tipo de avaliação deste ranking, como você visualiza tudo isso? 5- Você já ouviu falar do sistema de crédito social desenvolvido na china? (Explicar caso não saiba) Você acha que isso se assemelha com o sistema de avaliação nas redes sociais e aplicativos, como as “curtidas” e as “5 estrelas do Uber”? E se você acredita que esse tipo de sistema possa chegar no Brasil? 6- Hoje em dia porque é tão fácil enganar as pessoas nesse mundo virtual? 7- No livro sociedade em rede por Manuel Castells, ele diz que a vida on-line é uma maneira fácil de fugir da vida real. Você concorda com essa citação? PAUTEIRA (O)
Leonardo Macedo
REPÓRTER
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Leonardo Macedo
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FORMATO Documentário
PAUTA EDITORIA Tecnologia
TEMA/ASSUNTO TCC
HISTÓRICO
Doutora em Comunicação e Semiótica pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, (2001), e pós-doutora pela Universidade de Viena (2002) e pela UFRJ (2010). Professora titular da Universidade Paulista, Brasil. Seus interesses de pesquisa são Teoria da Comunicação, Culturas Arcaicas, Cultura Contemporânea, Mídia Eletrônica (televisão em especial), Mitologia e Psicologia Junguiana. FONTES
-Malena Contrera, Terapeuta Junguiana/Professora da Pós-Graduação da Unip (malenacontrera@uol.com.br) ALINHAMENTO EDITORIAL - ENFOQUE/ANGULAÇÃO Seguir a entrevista mais para o âmbito psicológico. PERGUNTAS
1- Na sua opinião, por que as pessoas se tornaram tão dependentes dos aparelhos celulares e os aplicativos que o acompanham? 2- Nós percebemos aspectos complicados, como pessoas mascarando suas personalidades para se adequarem a um perfil que é o bem quisto nas redes sociais, o que você acha desse ponto crítico e em sua opinião porque as pessoas fazem isso? 3- Aplicativos como o Uber, entre outros, estão influenciando a questão da avaliação do consumidor ou até do próprio indivíduo na sociedade. Sendo que estamos falando não apenas da minha avaliação do cliente sobre o produto ou serviço, mas também a avaliação do serviço sobre o cliente. Chega a ser algo impensado até pouco tempo, até porque nós vivemos num país onde o cliente é “rei”. Será que este tipo de situação não gera uma limitação do mercado, mas parece que não, as pessoas gostam deste tipo de avaliação deste ranking, ou seja, as pessoas gostam de construir uma determinada imagem delas mesmas, como você visualiza tudo isso? 4- Você já ouviu falar do sistema de crédito social desenvolvido na china? (Explicar caso não saiba) Você acha que isso se assemelha com o sistema de avaliação nas redes sociais e aplicativos, como as “curtidas” e as “5 estrelas do Uber”? E se você acredita que esse tipo de sistema possa chegar no Brasil?
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5- Porque que as pessoas criam essas novas identidades digitais? Você acredita que seja devido a ferramenta (celular) ou das próprias pessoas? 6- Você acha que esses ícones, como um youtuber por exemplo, é controlado pela opinião de seus seguidores. Principalmente na criação de conteúdo? 7- Hoje em dia porque é tão fácil enganar as pessoas nesse mundo virtual? Por que elas se tornaram tão frágeis nesse novo ambiente? 8- No livro sociedade em rede por Manuel Castells, ele diz que a vida on-line é uma maneira fácil de fugir da vida real. Você concorda com essa citação? 9- Frequentemente as pessoas são sujeitas a se adaptarem a uma mudança de sua vida. Como por exemplo uma mudança no trabalho, no relacionamento... Você acha que as pessoas estão se adaptando bem nessa nova era que estamos vivendo, onde tudo é conectado? PAUTEIRA (O)
Leonardo Macedo
REPÓRTER
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FORMATO Documentário
PAUTA EDITORIA Tecnologia
Leonardo Macedo
TEMA/ASSUNTO TCC
HISTÓRICO
Norval Baitello Junior concluiu o doutorado em comunicação na freie universität Berlin em 1987. Atualmente é professor titular na pós-graduação em comunicação e semiótica da pontifícia universidade católica de São Paulo. Foi diretor da faculdade de comunicação e filosofia da puc-sp, tendo criado os cursos de comunicação e artes do corpo e comunicação em multimeios. Foi professor convidado das universidades de Viena, Sevilha, s. Petersburg, autónoma de Barcelona e Évora. FONTES
-Prof. Dr. Norval Baitello Junior, Professor da Pós-Graduação PUC/SP (norvalbaitello@pucsp.br) ALINHAMENTO EDITORIAL - ENFOQUE/ANGULAÇÃO
Seguir a entrevista de forma em ele comente um pouco mais sobre a questão da imagem, ícones que as pessoas se tornaram. Tentando sempre a ligação de respostas dos entrevistados. PERGUNTAS
1- O que são imagens? 2- Como as pessoas se tornam imagens? 3- Às vezes, temos a impressão de que as pessoas parecem chegar a um estado em que elas se importam apenas com a sua própria imagem. Sendo assim, como
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elas querem parecer para o resto da massa virtual, se polindo e se modificando para obter a imagem perfeita? 4- Você acredita que as redes sociais influenciam a criação desses ícones e imagens a serem seguidos? 5- Na sua opinião por qual motivo as pessoas se tornam esses ícones nas redes sociais? Seria em troca de uma “curtida”, seria em busca status de “imagem” na internet? 6- Você acredita que essas mudanças comportamentais das pessoas, em razão de uma imagem na internet, podem prejudicar a sociedade? 7- Você acha que essas pessoas notam essas mudanças que são causadas no âmbito virtual? 8- Em seu livro você diz que há tempos as imagens procedem de outras imagens. Você diz que elas se originam da devoração de outras imagens. Esta citação se enquadra nesse novo momento em que estamos vivendo, com todos esses novos meios como as redes sociais e os diversos aplicativos? Estamos realmente vivendo o fenômeno da iconofagia? 9- Aplicativos como o Uber, entre outros, estão influenciando a questão da avaliação do consumidor ou até do próprio indivíduo na sociedade. Sendo que estamos falando não apenas da minha avaliação do cliente sobre o produto ou serviço, mas também a avaliação do serviço sobre o cliente. Chega a ser algo impensado até pouco tempo, até porque nós vivemos num país onde o cliente é “rei”. Será que este tipo de situação não gera uma limitação do mercado, mas parece que não, as pessoas gostam deste tipo de avaliação deste ranking, ou seja, as pessoas gostam de construir uma determinada imagem delas mesmas, como você visualiza tudo isso? 10- Você já ouviu falar do sistema de crédito social desenvolvido na china? Você acha que isso se assemelha com o sistema de avaliação nas redes sociais e aplicativos como as “curtidas” e as “5 estrelas do Uber”? 11- No livro sociedade em rede por Manuel Castells, ele diz que a vida online é uma maneira fácil de fugir da vida real. Você concorda com essa citação? 12- Em relação as redes sociais, constantemente, a sociedade sofre mudanças, e em todos os momentos as pessoas são sujeitas a se adequarem com o novo ambiente proposto, você acredita que a população se adaptou a esse novo mundo digital? PAUTEIRA (O)
Leonardo Macedo
REPÓRTER
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FORMATO Documentário
PAUTA EDITORIA Tecnologia
Leonardo Macedo
TEMA/ASSUNTO TCC
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HISTÓRICO
Graduado em direito pela Universidade de São Paulo, mestre em direito pela Universidade de Harvard, doutor em direito pela Universidade de São Paulo. Pesquisador visitante do MIT Media Lab. Professor visitante da Faculdade de Direito da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Diretor do Instituto de Tecnologia e Sociedade, conveniado à UERJ. Foi Professor visitante da Universidade de Princeton, afiliado ao Center for Information Technology Policy. Foi Professor visitante da Universidade de Oxford (Michaelmans term, 2005). Diretor do projeto Creative Commons no Brasil. Co-fundador do projeto Overmundo. FONTES
-Ronaldo Lemos, Especialista em Tecnologia/ Professor/ Advogado (ronaldolemos01@gmail.com) ALINHAMENTO EDITORIAL - ENFOQUE/ANGULAÇÃO
Seguir a entrevista mais para o âmbito tecnológico. PERGUNTAS
1- Você sendo um cara que frequentemente se atualiza e busca conhecimento nessa área tecnológica. Você acredita que este acesso à tecnologia, como os aparelhos celulares e suas aplicações pode democratizar o conhecimento entre as pessoas e ser benéfico? 2- Também temos aspectos complicados, como pessoas mascarando suas personalidades para se adequarem a um perfil que é o bem quisto nas redes sociais, o que você acha desse ponto crítico e em sua opinião porque as pessoas fazem isso? 3- Porque as redes sociais se tornaram tão grandes e tão utilizadas pela população? 4- Aplicativos como o Uber, entre outros, estão influenciando a questão da avaliação do consumidor ou até do próprio indivíduo na sociedade. Sendo que estamos falando não apenas da minha avaliação do cliente sobre o produto ou serviço, mas também a avaliação do serviço sobre o cliente. Chega a ser algo impensado até pouco tempo, até porque nós vivemos num país onde o cliente é “rei”. Será que este tipo de situação não gera uma limitação do mercado, mas parece que não, as pessoas gostam deste tipo de avaliação deste ranking, ou seja, as pessoas gostam de construir uma determinada imagem delas mesmas, como você visualiza tudo isso? 5- Você já ouviu falar do sistema de crédito social desenvolvido na china? (Explicar caso não saiba) Você acha que isso se assemelha com o sistema de avaliação nas redes sociais e aplicativos, como as “curtidas” e as “5 estrelas do Uber”? E se você acredita que esse tipo de sistema possa chegar no Brasil? 6- Porque que as pessoas criam essas novas identidades digitais? Você acredita que seja uma devido a ferramenta ou das próprias pessoas? 7- Você acha que esses ícones, como um youtuber por exemplo, é controlado pela
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opinião de seus seguidores. Tanto no momento da criação de conteúdo quanto a obrigação deles divulgarem o seu cotidiano? Isso ocorre devido a questão econômica, a ambição por status, ou isso é uma nova cultura criada pelos aplicativos? 8- Hoje em dia porque é tão fácil enganar as pessoas nesse mundo virtual? 9- No livro sociedade em rede por Manuel Castells, ele diz que a vida on-line é uma maneira fácil de fugir da vida real. Você concorda com essa citação? 10- Em relação as redes sociais, constantemente, a sociedade sofre mudanças, e em todos os momentos as pessoas são sujeitas a se adequarem com o novo ambiente proposto, você acredita que a população se adaptou a esse novo mundo digital? PAUTEIRA (O)
Leonardo Macedo
REPÓRTER
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FORMATO Documentário
PAUTA EDITORIA Tecnologia
Leonardo Macedo
TEMA/ASSUNTO TCC
HISTÓRICO É chefe do Instituto de Copenhague para Futuros Estudos da América Latina e fundador do Future Lounge ™. Ele segura um MBA Internacional e é um membro do conselho consultivo no Consulado Geral Dinamarquês e Centro de Inovação da Dinamarca em São Paulo. Tendo trabalhado profissionalmente na Europa, Estados Unidos, Sul América e Austrália, Peter tem uma vasta experiência em transição gestão, cultura organizacional, comportamento do consumidor, desenvolvimento e estudos de futuros aplicados. FONTES - Peter Kronstrøm, Diretor do Copenhagen Institute for Future Studies – Latin America (11966602020) ALINHAMENTO EDITORIAL - ENFOQUE/ANGULAÇÃO Seguir a entrevista mais para o âmbito tecnológico. PERGUNTAS 1- Você sendo um cara que frequentemente se atualiza e busca conhecimento nessa área tecnológica. Você acredita que este acesso à tecnologia, como os aparelhos celulares e suas aplicações pode democratizar o conhecimento entre as pessoas e ser benéfico? 2- Também temos aspectos complicados, como pessoas mascarando suas personalidades para se adequarem a um perfil que é o bem quisto nas redes
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sociais, o que você acha desse ponto crítico e em sua opinião porque as pessoas fazem isso? 3- Porque as redes sociais se tornaram tão grandes e tão utilizadas pela população? 4- Aplicativos como o Uber, entre outros, estão influenciando a questão da avaliação do consumidor ou até do próprio indivíduo na sociedade. Sendo que estamos falando não apenas da minha avaliação do cliente sobre o produto ou serviço, mas também a avaliação do serviço sobre o cliente. Chega a ser algo impensado até pouco tempo, até porque nós vivemos num país onde o cliente é “rei”. Será que este tipo de situação não gera uma limitação do mercado, mas parece que não, as pessoas gostam deste tipo de avaliação deste ranking, ou seja, as pessoas gostam de construir uma determinada imagem delas mesmas, como você visualiza tudo isso? 5- Você já ouviu falar do sistema de crédito social desenvolvido na china? (Explicar caso não saiba) Você acha que isso se assemelha com o sistema de avaliação nas redes sociais e aplicativos, como as “curtidas” e as “5 estrelas do Uber”? E se você acredita que esse tipo de sistema possa chegar no Brasil? 6- Porque que as pessoas criam essas novas identidades digitais? Você acredita que seja devido a ferramenta ou das próprias pessoas? 7- Você acha que esses ícones, como um youtuber por exemplo, é controlado pela opinião de seus seguidores. Tanto no momento da criação de conteúdo quanto a obrigação deles divulgarem o seu cotidiano? Isso ocorre devido a questão econômica, a ambição por status, ou isso é uma nova cultura criada pelos aplicativos? 8- Hoje em dia porque é tão fácil enganar as pessoas nesse mundo virtual? 9- No livro sociedade em rede por Manuel Castells, ele diz que a vida on-line é uma maneira fácil de fugir da vida real. Você concorda com essa citação? 10- Em relação as redes sociais, constantemente, a sociedade sofre mudanças, e em todos os momentos as pessoas são sujeitas a se adequarem com o novo ambiente proposto, você acredita que a população se adaptou a esse novo mundo digital? PAUTEIRA (O) Leonardo Macedo
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FORMATO Documentário
PAUTA EDITORIA Tecnologia HISTÓRICO
REPÓRTER Leonardo Macedo
TEMA/ASSUNTO TCC
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Influenciadores digitais, são pessoas, personagens ou grupos que se popularizam em redes sociais como Facebook, Twitter, Youtube, Instagram e outras, gerando conteúdo, gerando um público massivo que acompanha cada uma de suas publicações e eventualmente compartilham com outras pessoas. FONTES
-Fred, 3,2 milhões de seguidores, Youtuber/ Canal Desimpedidos, 6,800,000 inscritos (fred@nwb.com.br) -Raquel Benetti, 613 mil seguidores, Youtuber/ Canal Raquel Freestyle, 900,000 inscritos (mkt@raquelembaixadinhas.com) -Jonny de Lucca (Eleven), 73,5 mil seguidores, Youtuber, Apresentador/ Canal Futebol nas 4 Linhas, 122,000 inscritos (contato@canaloeleven,com,br) - Rafa Souto, 5,500 seguidores, Youtuber, Apresentador/ Canal Futebol nas 4 Linhas, 122,000 inscritos (rafael@futebolnas4linhas.com.br) ALINHAMENTO EDITORIAL - ENFOQUE/ANGULAÇÃO
Mudanças, comportamento, contato com o público, frequência, opinião do público. PERGUNTAS
1- Qual rede social você mais utiliza? 2- Porque você decidiu se tornar um youtuber? E hoje se tornou um dos grandes influenciadores digitais? Como é viver tudo isso? 3- Como é o contato com o público? 4- Como foi a sua adaptação neste novo ambiente virtual? 5- Você se preocupa com a opinião do público quando está desenvolvendo seu conteúdo? 6- Quando você demora para postar conteúdo nas redes sociais, há uma irritação por parte de seus seguidores? 7- Porque você acha que o público é tão dependente, na questão de ver a sua imagem e saber o sobre dia a dia? 8- Você acha que criou uma nova identidade de si mesmo nas redes sociais e nos aplicativos para se adequar às expectativas do público? 9- O que te motivou e o que vem te incentivando a ser um ícone na internet: Se tornou algo lucrativo ou você gosta de ser uma referência para os outros? 10- Sabemos que na internet a privacidade é restrita. Algum dia ser um referencial na internet ou ser sua vida exposta lhe incomodou? PAUTEIRA (O)
Leonardo Macedo
REPÓRTER
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Leonardo Macedo
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Decupagens: Gravação: Entrevista Valter Realização da gravação: 24/08/2018 Vídeos: MVI_5143/MVI_5144/MVI_5145/MVI_5146 Obs.: Procure apontar o time code de 10’’ em 10’’ para inserts e de 1’ em 1’ minuto para sonora Time code in
01’:00” 01’:58”
03’:09”
04’:16” 05’:17”
07’:03”
08’:04”
Descrição da tomada e/ou transcrição da sonora Eu acredito que sim, o celular é uma das grandes ferramentas…se democratiza muito o acesso da população ao serviço, a informação e uma geração de conteúdo em geral. É extremamente benéfico, podia ser mais…quase 100% da população hoje tem celulares e isso facilitou muito o acesso a informação. Na verdade, isso é uma questão mais de comportamento…isso gera um certo risco que antes você não tinha, então agora você tem que gerenciar a sua reputação pensando nessa ferramenta, mas não muda o fato que você tinha uma reputação antes Por que você tem uma reputação…então o gerenciamento dessa reputação que você tem on-line é bem mais complicada por que você tem uma ferramenta bem mais ponderosa.
Time code out
01’:55” 02’: 23”
04’:15”
05’:16”
Mas não que você não tenha que gerenciar sua própria reputação, eu não acho que as pessoas mascaram o que elas são, eu acho que elas têm mais cuidado com o gerenciamento da sua identidade digital… eu acho que elas querem mostrar o melhor de si, claro você tem que ter um balanço, algumas pessoas exageram, isso é notório, mas é do ser humano, não necessariamente da tecnologia.
06’:04”
Você já avaliou o Uber? Você avalia o serviço do Uber… se você já teve que alguma vez ligar para cancelar o seu serviço de celular ou seu cartão de crédito, você entende o que eu quero dizer.
08’:03”
Poxa, esse serviço precisa melhorar…já aconteceu comigo, o débito automático não caiu e eu fiquei inadimplente na conta da vivo e eles ligaram e cancelaram o serviço, e aí eu liguei de volta e acertei, então foi um problema técnico, não meu, então der repente atrasou uma conta e sua reputação vai á em baixo. Então esses critérios, na maioria dos casos eles não levam em
09’:05”
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09’:05”
10’:07”
11’:04”
13’:30”
14’:29”
15’:33”
16’:32”
conta o contexto… então isso é um ponto a favor de que as pessoas devem avaliar mais, gerar mais reputação, se todos participassem você teria uma coisa mais justa, não que seja perfeito, mas ele fica mais justo na medida em que as pessoas voluntariamente contribuem para essa avaliação. Então eu vejo isso extremamente positive, sempre que possível eu deixo meu comentário…hoje você pode fazer isso on-line, alguém já usou esse serviço? Aí as pessoas dizem: já usei, daí metade gostou a outra não, então você toma o risco de usar ou não, mas baseado no que a sua comunidade sugere. Então você junto com a sua reputação, você tem mais um elemento que é confiança… claro que on-line você tem todo o tipo de pessoa, aí você pensa num comentário um adorou outro não gostou, então você tem que tomar uma decisão, você ver qual a sua experiência, mas se você puder contribuir de volta com a sua experiência o Sistema agradece.
10’:06”
11’:03”
11’:32”
Minha opinião como engenheiro elétrico, opinião técnica, isso já existe hoje, mas não é monitorado pelo governo…viraria um problema mais crítico se o governo obrigar as pessoas a se registrarem
14’:28”
Por que olha só, a minha experiência com a china, o reconhecimento facial da china…toda vez que o governo se envolve, você tem uma questão um pouco mais delicada que você tem que ver se é obrigatório ou voluntário.
15”:32”
Pelo o que eu entendi da china ele ainda é voluntário, mas vai ser obrigatório a partir de 2020. Então aí a gente vai ter uma discussão mais cultural…você tem um problema aqui de privacidade e de segurança, e eles tiveram que retirar o sistema agora, então uma coisa que pode funcionar muito bem na china, não pode funcionar muito bem aqui. Mas se em cima disso você leva em consideração o que eu falei antes, que você já tem esses sistemas te monitorando…mas isso tem que pensar antes, porque você está escondendo a sua opinião.
17’:31”
Evidentemente o seguinte, você tem uma opinião que é crítica…baseado nessa investigação que você fez das pessoas ali.
18’:33”
Mas se você coloca uma reputação, ele diz bom esse cara, aí nós vamos cair naquele episódio do Black Mirror…se o governo vem botar um ponto lá dizendo, esse cara falou um negócio chato, aí você fica com uma etiqueta de chato.
16’:31”
17’:30”
18’:32”
19’:32”
39
19’:33”
E depois para recuperar a sua recuperação…para daí a gente ver se é uma coisa que vai trazer mais benefício do que malefício.
21’:19”
Esse é um ponto muito bom, vou responder em duas etapas, primeiro a identidade digital e depois sobre a fake news…você faz fotos de que realmente está comendo, você não está inventando aquilo, você não está dizendo eu estou em Los Angeles e eu não estou.
23’:27”
Então você tem essa certeza que aquele evento está acontecendo…porque o Facebook testa que você é quem diz que é.
24’:35”
Então a grande preocupação é o seguinte, como é que é esse gerenciamento da sua identidade digital…então você é realmente quem diz que é, mas aquela opinião que você está colocando ali é essa mesmo…então você manda uma mensagem, uma comunicação que realmente não necessariamente corresponde 100% a realidade, então você é você mesmo, mas você se comporta mal.
20’:21”
23’:26”
24’:34”
26’:01”
26’:02”
Ai isso é ligado ao comportamento das pessoas… mas você como indivíduo tem que ter esse cuidado.
27’:02”
27’:03”
O que aconteceu no caso do Facebook é que eles adotaram agencias… mas aí nós vamos resolver isso com educação.
27’:44”
28’:14”
Eu não diria fugir da realidade, eu diria distorcer a realidade… se você exagera, você acaba distorcendo a seu favor.
29’:13”
29’:14”
Se você exagera muito, as pessoas estão mais espertas hoje em dia…de toda a maneira você tenta mandar a mensagem mais positive possível.
30’:16”
30’:17”
Só que alguns tem ânsia de fazer o melhor possível e acaba criando um factoide…você da likes na foto do seu amigo em troca de eles darem like na sua e é assim que o mundo funciona, tem um limite claro, mas não tem como escapar disso é coisa da natureza do seu humano. (Problema da pessoa não na ferramenta)
31’:19”
31’:54”
Excelente pergunta, a minha geração não…eles sabem lidar com as ferramentas muito melhor e vão saber mais no futuro essa geração, então eu acredito que o ser humano vai aprender sim.
33’:19”
40
Gravação: Entrevista Norval Baitello Realização da gravação: 06/09/2018 Vídeo: MVI_9743/MVI_9744/MVI_9745 Obs.: Procure apontar o time code de 10’’ em 10’’ para inserts e de 1’ em 1’ minuto para sonora Time code in
Descrição da tomada e/ou transcrição da sonora
27”
“Está sofrendo, passando por uma revolução hoje em dia, o conceito de imagem…acabou se tornando muito pobre”
Time code out 01’:30”
01’:31”
“Então nós começamos a nos perguntar sobre as relações que a gente tem, os impactos que essas imagens causam em nós…aí veio o prefeito, criou a lei cidade limpa e proibiu o excesso de imagens. ”
02’:28”
02’:29”
“E sobretudo a presença dela em qualquer lugar…com o bumbum arrebitado e assim por diante, então a imagem é uma negociação entre a cabeça da gente e o mundo que está lá fora”
03’:37”
03’:39”
“Com base nisso, a gente tem que considerar que a imagem não é só visual…seja em movimento, seja estática, né, seja animada, seja inanimada, está bem quietinha, mas na relação que nós temos com ela”
04’:40”
04’:51” 05’:48”
07’07”
08’:28” 10’:02”
“Então, como as imagens são muito sedutoras…e a gente se olha no espelho e fala sim, poxa eu não tenho mais 20 anos, 30 anos, no meu caso nem 40, nem 50”. “Mas, então a gente vai no medico e fala assim, olha…a imagem começa a interferir na minha vida” “Tem os casos leves e os pesados, nos casos leves a pessoa se maqueia um pouco melhor…com a cara que ela gostaria de ter, essa pessoa já foi devorada pela imagem” “Exatamente, que são personagens na verdade né, como você bem disse, são personagens construídas…nos casos mais extremos, mais pesados, quando as pessoas fazem cirurgia plástica, tiram aqui, colocam ali, preenchem ali, aí já estão entregando o próprio corpo também para a imagem”. “Os ícones ganham dinheiro com isso está, isso é meio de vida…elas são escolhidas e ganham dinheiro com isso” “Grandes ídolos, vamos chamar de ídolos aí no caso, que são ícones também, são icônicos, tem ídolos que ensinam coisas interessantes…você dá o seu tempo e o ídolo não dá nada em
05’:47” 06’:23”
07’:58”
09’:42” 10’:46”
41
11’:17”
12’:19” 15’:03”
troca, ele só dá a ilusão de que você está sendo visto. ” “Então pode ter problemas…pessoas que ficam no celular 20 horas por dia, no Japão, Coréia, nos E.U.A na Europa já estão sendo tratadas essas pessoas”. “É interessante esse fato, no fundo são as mesmas coisas, a única coisa que existe é a punição lá de um tipo e a punição aqui é de outro tipo…do Facebook, uma visão política. ”
12’:17”
12’:53”
16’:03”
16’:04”
“Você vai perder metade dos seus amigos…e a vigilância é feita pela própria comunidade, e lá é feita pelo estado”.
16’:30”
17’:56”
“É curioso né por que aquilo que existe hoje no Uber, já existia da escola, a gente tinha nota…ele vai ver a avaliação sua”
18’:56”
18’:57”
“E se você for um chato e tiver uma avaliação muito baixa…que imagem ele vai fazer de mim, então a gente acaba tendo uma relação mais civilizada, mas tudo isso faz parte do humano”
19’:39”
20’:03”
“É muito mais fácil você postar uma coisa no Facebook do que você…quando você ama uma pessoa é melhor você encontrar ela para ser beijado, do que mandar uma carta mandando um beijo, então são essas as diferenças”
21’:32”
22’:29”
23’:38”
24’:38”
25’:06”
“Elas estão se adaptando, tem pessoas que se adaptam mais fácil, os mais jovens se adaptam mais fácil…custo de atenção, de repente ter que atender na hora em que você não podia. ” “Ou você entra ou você entra, não tem como escapar, por que o mundo foi feito para a gente viver dentro dele…chama o seu neto de 5 anos que ele vai te ensinar” “E de fato, então as novas gerações vão ensinando…inverteu essa polaridade de quem ensina quem, para essas questões”. “Exatamente, a gente tem que usar a imagem a nosso favor e não contra nós…por isso é uma era muito perigosa, cada tempo, cada era teve os seus perigos e o de hoje é esse”.
23’:32”
24’:35” 25’:02”
25’:52”
Gravação: Ronaldo Lemos Realização da gravação: 19/10/2018 Vídeo: MVI_1354 Obs.: Procure apontar o time code de 10’’ em 10’’ para inserts e de 1’ em 1’ minuto para sonora
42
Time code in
00’:27”
02’:27”
03’:31”
04’:21”
05’:44”
Descrição da tomada e/ou transcrição da sonora “Olha, eu não tenho dúvida disso, eu acho que a ferramenta que a gente carrega no bolso hoje que é o nosso celular, ela hoje você pode aprender qualquer coisa por meio dela… o que falta é você ter motivação e você saber disso, que você tem a possibilidade de aprender o que você quiser através da internet hoje” “Olha, eu acho que hoje, muita gente que está online, acaba criando uma marca pessoal. A pessoa se transforma numa marca, ela quer representar algum tipo de imagem sobre ela mesma ou sobre os gostos dela… e um belíssimo jeito de fazer isso é criar uma marca pessoal em que a pessoa bate o olho e percebe os seus gostos, o que você pensa, o que você gosta de fazer, porque aquilo abre portas para a colaboração com desconhecidos” “Então isso é uma coisa que as pessoas estão fazendo hoje, não porque elas querem ou porque elas tiveram essa ideia, mas porque a forma como a mídia se organizou hoje, desse jeito descentralizado leva a isso. Então a pessoa acaba moldando a forma como ela se apresenta em sociedade para se adaptar a esse contexto de mídia que a gente vive hoje” “Olha, a gente vive num mundo hoje em que a um defit de confiança… muitas vezes você se baseia em dados subjetivos, o jeito que a pessoa aparenta, a forma como ela se veste e isso na verdade são critérios muito pobres, o que esses serviços criam, são formas de avaliação baseadas em dados em formas objetivas. Como é que você se comportou num determinado momento, como foi o seu desempenho num determinado tipo de serviço, seu desempenho acadêmico e assim por diante, então esses são elementos muito mais objetivos do que você simplesmente olhar para uma pessoa e decidir ali meio no filling se você vai confiar nela ou não, então por isso eu acho isso importante” “Eu discordo totalmente, muita gente acha as novas mídias são uma forma de você se relacionar com a realidade, e na verdade as novas mídias, elas são a realidade, então não tem essa distinção entre mídia e realidade, a mídia é a nossa realidade e quando as mídias se transformam a nossa realidade também se transforma, então eu acho que não, a pessoa que está na mídia e está na internet, ela não está fugindo da realidade, pelo contrário, ela está imersa num novo tipo de realidade que essa mídia está construindo”
Time code out
01’:28”
03’:30”
03’:52”
05’:31”
06’:26”
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06’:38”
07’:55”
“Olha eu acho que tem uma dificuldade de se adaptar, porque a mudança ela é muito veloz, então o que está acontecendo hoje é que se você olhar os seus hábitos de internet 5 anos atrás e comparar com os de hoje, o que você faz hoje é completamente diferente, os aplicativos que você usa, a forma como você se comunica, então essas mudanças são muito rápidas…tem uma dificuldade de adaptação sim, porque tudo muda muito rápido então tem um terreno assim estável, o que você usa hoje vai ser muito diferente do que você vai usar daqui um, dois, três anos’ “Eu acho que sim, é preocupante porque você precisa também proteger dados das pessoas, os dados pessoais das pessoas hoje é o que elas têm de mais valioso na relação delas com o mundo digital…então eu acho que tem avanços que são importantes, mas eu acho que você precisa ter atenção também para que as pessoas não possam ser exploradas a partir dos seus dados do seu comportamento e assim por diante”
07’:40”
08’:54”
Gravação: Peter Kronstrom Realização da gravação: 18/10/2018 Vídeo: MVI_1158 Obs.: Procure apontar o time code de 10’’ em 10’’ para inserts e de 1’ em 1’ minuto para sonora Time code in
01’:26”
Descrição da tomada e/ou transcrição da sonora “Sim, com certeza, em várias fronteiras a tecnologia é um grande facilitador dessa macrotendência que se chama democratização, mais acesso a informação, mais discriminação do conhecimento e estamos vendo isso acontecer…no início parece que vai ser democratização e também ser outra coisa, mas com certeza a grande perspectiva é os aplicativos e redes sociais sim, está fazendo o fluxo de informação e conhecimento mais ágil na sociedade e está permitindo que grupos que antigamente não tinha tanto acesso a informação, e hoje tem, isso é uma coisa para celebrar” “Eu acho que, infelizmente é uma condição do ser humano de usar máscaras para o bem ou para o ruim e isso está se refletindo nas redes sociais, e eu acredito que as redes sociais
Time code out
02’:45”
44
03’:24”
04’:03”
04’:27”
05’:23”
estão facilitando em algum sentido que fica mais difícil, cada vez mais difícil de sentir entre o que é fake e o que é verdade” “Sim, é uma maneira fácil de fugir da realidade claro que não lidar com o mundo real que ficar nas redes sociais, mas na mesma hora as redes sociais são cada vez mais o mundo real, hoje é difícil de dizer entre mundo real e redes sociais em contrapartida, as redes sociais já fazem parte do mundo real” “Uma observação interessante quando chegou a internet aqui, nós que temos um pouco mais de idade né, eu lembro que a internet foi vista como um lugar em que você teria Liberdade de ser quem você quiser, ninguém te conhecia, você podia jogar com outras personalidades e etc., aí chegou o Facebook e acabou com essa história, que tudo o que somos, não somos anônimos nas redes sociais né. É uma ferramenta para manipular sim e está sendo manipulado, mas depois de 6 anos com Facebook podemos dizer não é um espaço anônimo” “Não, ainda não, estamos se adaptando, eu acho que estamos nos adaptando e a gente fala na realidade junto com alguns parceiros que analisamos esse uso das novas tecnologias que quando as redes sociais, smartphones e internet, Facebook, todo esse, em realidade estamos tudo participando como pilotos de testes no maior experimento tecnológico da história da raça humana e ninguém sabe como vai sair né, tem muitas coisas boas, mas também traz coisas ruins, como o que a gente falou que, como o uso mal das redes sociais, a dependência e etc. Que na realidade sabemos que esses usos mexem com nosso celebro, com as nossas emoções e na realidade ninguém sabe o que explica que usamos tantas horas o mundo virtual misturando com a realidade etc., por isso nós somos pilotos de teste, e isso torna um jeito interessante de viver, por isso a gente acredita que precisamos de educação e saber como liderar, porque realmente é um novo mundo, ninguém é mais anônimo, o que você xinga de outra pessoa no Facebook pode ser sempre atraído para você, também se você usa perfis falsos né, e nesse mundo, muitos jovens e muitos velhos não está nem se dando conta que as vezes o mundo virtual é ainda mais inflexível porque fica cravado, tudo fica guardado ne algum sentido, então em questão jurídicos etc., estamos vivendo agora só o topo do iceberg”
03’:48”
04’:26”
05’:03”
07’:12”
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Gravação: Entrevista Sérgio Gama Realização da gravação: 18/10/2018 Vídeo: MVI_1189/MVI_1190/MVI_1191 Obs.: Procure apontar o time code de 10’’ em 10’’ para inserts e de 1’ em 1’ minuto para sonora Time code in
00’:00”
02’:53”
Descrição da tomada e/ou transcrição da sonora “Sim, as pessoas com redes sociais estão vivendo num mundo paralelo e lógico que lá neste mundo paralelo a pessoa quer ser aquilo que ela gostaria de ser, então eu vejo isso de forma negative, mas tem algum lado positivo que talvez faça com que as pessoas queiram ser melhores né, a gente lembra ai do filme Black Mirror que as pessoas realmente querem ser admiradas, queridas, bonitas né, na forma que elas acham que devem ser, então eu acho que é perigoso, realmente a gente está vivendo num mundo de ter duas personalidades, a personalidade desse mundo paralelo e a personalidade do mundo real né, que nunca é a mesma e a gente faz isso né, é natural. E você perguntou da ferramenta, eu acho que a ferramenta faz com que a gente seja assim né, a ferramenta nos permite, entrar nesse outro mundo paralelo e ser o que quiser, porque no fundo isso está acontecendo, eu posso entrar no Facebook e ser quem eu queira, então eu vou colocar um nome, um apelido, a melhor foto, e vou me comportar nessa rede social da forma que eu acho melhor que eu quero que as pessoas me vejam, então sim eu vejo muito mais como um lado negativo, porque tira um pouco a humanização, o lado humano o lado, a pessoa como ela é, mas tem algumas coisas boas que talvez façam com que as pessoas melhorem” “Quanto a imaginar que é uma fuga da realidade sim, eu acho que a rede social pra mim, minha opinião, funciona pra quem bebe, pra quem se droga para fugir da realidade, eu acho que sim, é uma forma de fuga, é uma forma de entrar pro outro mundo né, então eu acredito que é uma fuga, é aonde a gente realiza coisas que talvez a gente não consiga realizar na nossa vida real, aonde a gente pode ser querido, admirado, aonde a gente pode ser o que quiser, então realmente é uma fuga, eu até costume dizer que a impressão que dá é que as pessoas ficam muito mais ativas nas redes sociais quando estão com problema e eu acho que até quando as pessoas não tem problema elas até somem um pouco das redes sociais é o sentimento que eu tenho”
Time code out
01’:18”
03’:44”
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03’:49”
“A questão da reputação, se a questão for quanto “Como as pessoas estão me avaliando, como que as pessoas estão vivendo” é essa a questão, se for eu acho preocupante porque isso vicia e isso toda vez que dá a impressão que a reputação não está boa a gente realmente fica mal eu até tento me policiar, eu uso muito rede social, eu tento me policiar pra que isso não me aflija, não me atinja de forma nenhuma na forma de usar, então eu tento ver isso como, “ aquilo não vale a pena, isso é uma rede social é um mundo paralelo né”, mas eu acho que isso afeta muito, eu vejo pessoas com sérios problemas assim, porque de repente a avaliação que está tendo ou o engajamento a percepção das pessoas está ruim então eu acho que é perigoso”
04’:33”
Gravação: Insert Realização da gravação: 12/09/2018 Vídeo: Arquibancada 2 Obs.: Procure apontar o time code de 10’’ em 10’’ para inserts e de 1’ em 1’ minuto para sonora Time code in 00’:00”
Descrição da tomada e/ou transcrição da sonora “Homem mexendo no celular na arquibancada”
Time code out 00’:08”
Gravação: Insert Realização da gravação: 20/09/2018 Vídeo: Avenida Paulista (Pedro) 12 Obs.: Procure apontar o time code de 10’’ em 10’’ para inserts e de 1’ em 1’ minuto para sonora Time code in 00’:00”
Descrição da tomada e/ou transcrição da sonora
Time code out
“Homem na avenida paulista tomando café e mexendo no 00’:19” celular enquanto caminha”
47
Gravação: Insert Realização da gravação: 05/11/2018 Vídeo: Celular Academia Obs.: Procure apontar o time code de 10’’ em 10’’ para inserts e de 1’ em 1’ minuto para sonora Time code in 00’:00”
Descrição da tomada e/ou transcrição da sonora
Time code out
“Mulher se exercita numa esteira de academia e mexe em seu 00’:25” Apple Watch e seu celular”
Gravação: Insert Realização da gravação: 15/09/2018 Vídeo: Celular e PC 8 Obs.: Procure apontar o time code de 10’’ em 10’’ para inserts e de 1’ em 1’ minuto para sonora Time code in 00’:00”
Descrição da tomada e/ou transcrição da sonora
Time code out
“Menino mexe em seu celular enquanto ouve um vídeo no 00’:14” Youtube pelo Computador”
Gravação: Insert Realização da gravação: 25/09/2018 Vídeo: Digitando no parquinho 4 Obs.: Procure apontar o time code de 10’’ em 10’’ para inserts e de 1’ em 1’ minuto para sonora Time code in 00’:30”
Descrição da tomada e/ou transcrição da sonora
Time code out
“Mão feminina digita em seu celular e ao fundo à um 00’:48” desfoque num carrossel de um parque de diversão”
Gravação: Insert Realização da gravação: 03/10/2018
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Vídeo: Foto panorâmica Faria Lima 1 Obs.: Procure apontar o time code de 10’’ em 10’’ para inserts e de 1’ em 1’ minuto para sonora Time code in 00’:00”
Descrição da tomada e/ou transcrição da sonora “Mulher tira foto panorâmica a noite”
Time code out 00’:23”
Gravação: Insert Realização da gravação: 17/10/2018 Vídeo: Insert Celular 8 Obs.: Procure apontar o time code de 10’’ em 10’’ para inserts e de 1’ em 1’ minuto para sonora Time code in 00’:00”
Descrição da tomada e/ou transcrição da sonora
Time code out
“Diversas pessoas numa praça pública utilizam o celular ao 00’:45” mesmo tempo”
Gravação: Insert Realização da gravação: 17/10/2018 Vídeo: Insert Celular 10 Obs.: Procure apontar o time code de 10’’ em 10’’ para inserts e de 1’ em 1’ minuto para sonora Time code in 00’:00”
Descrição da tomada e/ou transcrição da sonora “Mulher utiliza celular no ponto de ônibus”
Time code out 00’:06”
Gravação: Insert Realização da gravação: 12/11/2018 Vídeo: Mexendo no Facebook PC 2 Obs.: Procure apontar o time code de 10’’ em 10’’ para inserts e de 1’ em 1’ minuto para sonora
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Time code in 00’:00”
Descrição da tomada e/ou transcrição da sonora “Homem acessando o Facebook pelo computador”
Time code out 00’:20”
Gravação: Insert Realização da gravação: 12/09/2018 Vídeo: Mexendo no Instagram no Celular 1 Obs.: Procure apontar o time code de 10’’ em 10’’ para inserts e de 1’ em 1’ minuto para sonora Time code in 00’:00”
Descrição da tomada e/ou transcrição da sonora “Homem imerso no Instagram”
Time code out 00’:24”
Gravação: Insert Realização da gravação: 07/09/2018 Vídeo: Mulher ao celular na praia Obs.: Procure apontar o time code de 10’’ em 10’’ para inserts e de 1’ em 1’ minuto para sonora Time code in 00’:42”
Descrição da tomada e/ou transcrição da sonora
Time code out
“Mulher sentada na areia de frente para o mar mexendo no 01’:04” celular”
Gravação: Insert Realização da gravação: 17/10/2018 Vídeo: Pedro arquibancada 10 Obs.: Procure apontar o time code de 10’’ em 10’’ para inserts e de 1’ em 1’ minuto para sonora Time code in 00’:00”
Descrição da tomada e/ou transcrição da sonora “Pessoa sentada digitando no WhatsApp”
Time code out 00’:09”
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Gravação: Insert Realização da gravação: 28/09/2018 Vídeo: Rapaz no celular no BK 2 Obs.: Procure apontar o time code de 10’’ em 10’’ para inserts e de 1’ em 1’ minuto para sonora Time code in 00’:00”
Descrição da tomada e/ou transcrição da sonora “Homem utilizando o celular num Fast Food”
Time code out 00’:09”
Gravação: Insert Realização da gravação: 19/09/2018 Vídeo: Reflexo Óculos (Ygor) 7 Obs.: Procure apontar o time code de 10’’ em 10’’ para inserts e de 1’ em 1’ minuto para sonora Time code in 00’:00”
Descrição da tomada e/ou transcrição da sonora
Time code out
“Reflexo de um celular num óculos de uma pessoa 00’:19” manuseando o celular”
Gravação: Insert Realização da gravação: 17/10/2018 Vídeo: Teclando 2 Obs.: Procure apontar o time code de 10’’ em 10’’ para inserts e de 1’ em 1’ minuto para sonora Time code in 00’:00”
Descrição da tomada e/ou transcrição da sonora “Mãos digitando num NoteBook”
Time code out 00’:11”
Gravação: Insert Realização da gravação: 13/10/2018 Vídeo: Tirando foto comida Obs.: Procure apontar o time code de 10’’ em 10’’ para inserts e de 1’ em 1’ minuto
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para sonora Time code in 00’:08”
Descrição da tomada e/ou transcrição da sonora “Casal tirando foto de seus hambúrgueres num restaurante”
Time code out 00’:24”
Gravação: Insert Realização da gravação: 14/09/2018 Vídeo: Utilizando o celular na chuva 2 Obs.: Procure apontar o time code de 10’’ em 10’’ para inserts e de 1’ em 1’ minuto para sonora Time code in 00’:00”
Descrição da tomada e/ou transcrição da sonora
Time code out
“Pessoa andando com um guarda-chuva, num dia chuvoso e 00’:17” mexendo no celular”
Gravação: Insert Realização da gravação: 14/09/2018 Vídeo: Utilizando o celular no metro (Amanda Encostada) Obs.: Procure apontar o time code de 10’’ em 10’’ para inserts e de 1’ em 1’ minuto para sonora Time code in 00’:00”
Descrição da tomada e/ou transcrição da sonora “Menina utiliza celular no metro”
Time code out 00’:35”
Roteiro para Televisão: Documentário Título Direção
Data base do roteiro: 10/10/2018
Realidades Paralelas
Data base da Edição: 13/11/2018
Leonardo Macedo Barsi
Data prevista para entrega do doc: 23/11/2018
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Sinopse:
Como será o futuro de nossa civilização com esta onda tecnológica? As pessoas vêm
vivendo e se moldando de acordo com o que é bem quisto na sociedade virtual, para ter uma boa reputação e uma imagem perfeita. Tudo isso impulsionado pela nova revolução, através dos celulares, internet, redes sociais e de informação.
Insert
Áudio sonora: Valter Wolf
Time-Lapse praça da Liberdade Reflexo Celular Metro Avenida Acelerada
Na verdade, o celular é uma das grandes ferramentas para o acesso da população em geral e informação, porque se você ver no
Rapaz no celular no BK
início, no começo o celular era muito caro, então muitas poucas pessoas tinham acesso, mas na medida que ele foi ganhando escala, ele foi chegando num valor que praticamente democratizou o acesso ao equipamento. Você tem que notar o seguinte, você tem um tipo de comportamento e agora você tem uma ferramenta extremamente poderosa que impacta diretamente nesse comportamento.
Sonora: Malena Contrera
A questão de sempre e qualquer coisa que nos gere ou a experiência ou a ilusão de estarmos conectados, estarmos vinculados exerce um fascínio excepcional, começa daí, exerce um enorme fascínio. Por outro lado também nos somos seres de apego, se você vê, a gente tem apego as coisas, a gente precisa também criar os vínculos com
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objetos de apegos, você pode pensar, os bichinhos de apego das crianças, o coberto de apego, o ursinho, a relação das pessoas com os animais domésticos, que é aquela Insert: Reflexo Óculos
coisa da companhia constante do apego da proximidade, então eu acho que tanto essa necessidade de estar vinculado, estar conectado, quanto essa propensão pro apego faz com que os celulares e os aparelhos portáteis exerça um fascínio absoluto sobe as pessoas.
Sonora: Peter Kronstrom Sim, é uma maneira fácil de fugir da realidade claro que não lidar com o mundo real que ficar nas redes sociais, mas na mesma hora as redes sociais são cada vez mais o mundo real, hoje é difícil de dizer entre mundo real e redes sociais em contrapartida.
Sonora: Ronaldo Lemos Muita gente acha as novas mídias são uma forma de você se relacionar com a realidade, e na verdade as novas mídias, elas são a realidade, então não tem essa distinção entre mídia e realidade, a mídia é a nossa realidade e quando as mídias se transformam a nossa realidade também se transforma, então eu acho que não, a pessoa que está na mídia e está na internet,
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ela não está fugindo da realidade, pelo Insert: Bar
contrário, ela está imersa num novo tipo de realidade que essa mídia está construindo.
Sonora: Malena Contrera
Eu não acho que é só uma questão de fugir do real, porque a vida online e a vida imaginária também é real, é uma maneira fácil de fugir do concreto, que é o espaço tempo, o corpo, as nossas limitações, sobretudo o corpo.
Sonora: Valter Wolf Eu até não diria fugir da realidade, diria distorcer a realidade, você pode distorcer a realidade a seu favor, você pode distorcer para um lado ou para o outro, fugir da Insert: Secound Life
realidade é difícil, só se a gente estivesse falando de realidade virtual mesmo, onde você não sai mais de casa, mas você cria um Secound Life, sabe aquele videogame dos anos 90, você tem uma vida lá que não é a sua, mas distorcer a realidade sim isso é possível, na verdade nós estamos falando de mídia, marketing, claro que quando você uma foto de um produto ele não é tão bonito como ele está na foto, mas isso também não é novidade, mesmo quando as fotos eram analógicas, você ia no estúdio dava uma colorida, recortava, o mesmo aqui, você
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cria luzes, para melhorar a mensagem que você quer passar, para melhorar a comunicação que você quer fazer.
Sobe Som: Avenida Paulista (Pedro)
Sonora: Malena Contrera Porque as pessoas parecem que estão criando uma espécie de uma midiopatia, são incapazes de namorar com ninguém só pela internet, sexo, conversar, encontrar os amigos, são incapazes de gostar do seu próprio corpo, confundem o corpo com aparência, com as imagens que a tecnologia gera, a imagem não é o corpo, é uma confusão disto.
Sonora: Norval Baitello Passamos a nos perguntar, “Onde está a imagem? ”, ela está lá ou está aqui na minha cabeça e nós passamos a pensar que a imagem não está nem lá nem aqui, ela está nessa relação, como as imagens são muito sedutoras e hoje existem técnicas para produzir imagens belíssimas, com
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grande definição, com cores, então elas nos seduzem muito e porque elas nos seduzem a gente passa a ter uma exigência com a gente mesmo muito maior, então a gente vê imagens de pessoas muito lindas, na televisão ou no cinema e a gente se olha no espelho e fala poxa eu não tenho mais 20 anos, então a gente vai no médico e fala assim, olha você tira essa ruga aqui, essa papada, essa mancha, a gente vai começando a se contaminar de imagem, e não querendo ser a gente mesmo do jeito que a gente é com a idade que a gente tem, mas querendo ser uma outra pessoa.
Sobe Som: Digitando no parquinho e Ipad - 2988
Sonora: Ronaldo Lemos Eu acho que hoje, muita gente que está online, acaba criando uma marca pessoal. A pessoa se transforma numa marca, ela quer representar algum tipo de imagem sobre ela mesma ou sobre os gostos dela, então ela vira uma espécie de curadora de si mesma e eu não acho que isso seja negativo, então isso que as pessoas estão
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fazendo hoje não porque elas querem ou porque elas tiveram essa ideia, mas porque a forma como a mídia se organizou hoje, leva a isso, então a pessoa acaba moldando a forma como ela se apresenta em sociedade, para se adaptar a esse contexto de mídia que a gente está vivendo hoje.
Sonora: Valter Wolf Porque olha só, principalmente o Facebook, eles tiveram uma ideia genial, por isso se chama Face Book a ideia deles é criar você como uma identidade digital, mas a sua pessoa é real, porque você quer ver uma coisa, 100% das pessoas que você conhece usa sua foto verdadeira no Facebook, porque você vive numa comunidade que seus amigos te reconhecem, sua família, então eles atestam que você é quem diz que você é.
Sonora: Sérgio Gama Sim, as pessoas com redes sociais estão vivendo num mundo paralelo e lógico que lá neste mundo paralelo a pessoa quer ser aquilo que ela gostaria de ser, então eu vejo isso de forma negative, mas tem algum lado positivo que talvez faça com que as pessoas queiram ser melhores né, a gente lembra ai do filme Black Mirror que as pessoas realmente querem ser admiradas, queridas,
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bonitas né, na forma que elas acham que devem ser, então eu acho que é perigoso, realmente a gente está vivendo num mundo de ter duas personalidades, a personalidade desse mundo paralelo e a personalidade do mundo real né, que nunca é a mesma e a gente faz isso né, é natural.
Sonora: Peter Kronstrom Infelizmente é uma condição do ser humano de usar máscaras para o bem ou para o ruim e isso está se refletindo nas redes sociais, e eu acredito que as redes sociais estão facilitando em algum sentido que fica mais difícil, cada vez mais difícil de sentir entre o que é fake e o que é verdade.
Sobe Som: iStock_000043004218_HD1080Video
Sonora: Malena Contrera Você começa brincando com papéis, com personas eu poderia dizer, mas e determinados momentos você fica tão preso nessa rede das personas que você acaba se Insert: Celular e PC
confundindo com elas, então a gente tem na teoria Junguiana essa questão que diz que você tem uma persona, que é uma personagem social que você cria, que não é mentira, mas faz parte de você, que você
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usa socialmente para interagir com os grupos, as pessoas ficam tão presas que elas se fragmentam de tal maneira que fique faltando alguma coisa que ligue esses fragmentos numa identidade própria, porque esses fragmentos eles só podem ser ligados e unidos a partir dessas experiências de formação de identidade básica e primarias que passam por essas experiências corporais, então se você não tem isso você tem alguém que se fragmenta e não se junta e se perde no jogo dos papeis e descolam um pouco de si mesmo, da sua própria consciência, então você vai ter tanta gente pirada hoje em dia, fazendo coisas louquíssimas, porque perderam a referência mesmo até da própria identidade e sobretudo perderam o que a gente chama da subjetivação do corpo é como se o corpo se tornasse objeto sem importância, então as pessoas fazem qualquer coisa com o próprio corpo e mostram pra todo mundo, como se aquilo não fosse ela.
Sonora: Norval Baitello Tem os casos leves e os pesados, nos casos leves a pessoa se maqueia um pouco melhor, coloca uma luz mais favorável para esconder os próprios defeitos, mas tem os Insert: Celular Deslizando
casos muito pesados, em que a pessoa acaba fazendo cirurgia plástica, para se parecer com uma determinada personagem,
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para aparecer nas redes sociais ou para ser fotografado e aparecer na mídia com a cara que ela gostaria de ter, essa pessoa já foi devorada pela imagem.
Sobe Som: Insert Celular 10
Sonora: Malena Contrera Mas não à emoção, á só exibição, a preocupação é som com a imagem, não é com a vivencia, com a experiência.
Sonora: Valter Wolf Eu sou da opinião que as pessoas são fáceis de enganar, porque as pessoas se deixam enganar, você conhece o Descartes, penso logo existo, então hoje você vive num novo sistema que é, eu concordo logo acredito, então se alguém fala algo que eu concordo, eu penso, poxa isso aqui deve ser verdade porque eu concordo com isso, então eu não vou pesquisar e eu me deixo enganar.
Sonora: Ronaldo Lemos É preocupante porque você precisa também Insert: iStock_000023030305HD1080
proteger dados das pessoas, os dados pessoais das pessoas hoje é o que elas têm de mais valioso, porque dados são pessoas, então quando você está online, os seus
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dados falam por você.
Sonora: Norval Baitello É muito mais fácil você postar uma coisa no Facebook do que você encontrar com os seus amigos e dizer certas coisas que de repente eles podem falar assim “Não, você é um pateta, isso não tem nada a ver “ e lá nas redes sociais tudo pode ser dito.
Sobe Som: Pedro Arquibancada e Insert Celular 2
Sonora: Fred Não, não mudei minha personalidade, óbvio que você tem um FeedBack agora de 3 milhões de pessoas, então tipo, quando meu vizinho falava mal de mim, quando alguém na escola falava mal de mim eu já ficava meio chocado, eu sempre fui meio competitivo, perfeccionista, então imagina 3 milhões de pessoas te dando FeedBack e muitas pessoas falando mal, as pessoas te seguem, mas mesmo assim falam mal de você, aí eu tive que filtrar, tive que ter uma maturidade um pouco maior do que era antes.
Sonora: Raquel
Eu sempre sou a Raquel, sou atrapalhada,
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sou besta, brincalhona, e eu gosto de ser a mesma pessoa que eu sou na rede social tanto no pessoal, então eu sou muito verdadeira com o que eu sou, é muito difícil você me encontrar na rua e eu não fazer a mesma piada ou não ser do mesmo jeito que eu pareço ser na rede social.
Sonora: Valter Wolf Então por exemplo você tem uma comunidade em que você vive, você vive num núcleo social você tenta de certa Insert: insert celular 11 e mexendo no
maneira parecer para sua comunidade a
Facebook PC
sua melhor persona, ser o melhor de si para sua comunidade só que agora a sua comunidade não é mais aquele limite geográfico, não é mas só aquelas pessoas que você conhece da sua família, do seu colégio agora você tem uma comunidade que na verdade ela é on-line então ferramenta no caso mídia social através do celular principalmente te dá um alcance que antes você não tinha, isso te dá uma exposição que você também não tinha, isso gera também um certo risco que antes você não tinha, então agora você tem que gerenciar a sua reputação pensando nesta ferramenta, mas não muda muito no fato de que você tinha que gerenciar a sua reputação antes.
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Sonora: Sérgio Gama A questão da reputação, se a questão for quanto como as pessoas estão me avaliando, como que as pessoas estão vivendo, é essa questão? Se for essa questão eu acho preocupante porque isso vicia, isso toda vez que dá a impressão de que a reputação não está boa a gente realmente fica mal, eu até tento me policiar, eu uso muito rede social eu tento me policiar para que isso não me atinja de maneira nenhuma na forma de eu ser.
Sonora: Fred Desde que eu entendi que eu não ia ser jogador de futebol, eu sempre entendi que eu tinha que me manter atualizado então na época do Orkut eu sempre queria estar antenado queria ler os sites, ler os principais Blogs, os principais portais, quando venho o Facebook a mesma coisa então tipo eu meio que mesmo não sendo famoso digamos assim eu já tinha uma postura de quem era eu tentava entender o que gerava mas Like, tentava entender o que gerava mais interesse das pessoas, queria entender o que gerava mas engajamento. Sobe som: Insert Celular 6
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Sonora: Raquel Isso é engraçado né, eu tenho seguidores meus que tem ciúmes de mim que demonstram que estão com ciúmes quando eu estou muito com alguém ou etc e tal, tenho seguidores que eles percebem quando eu fico em off, por exemplo às vezes eu estou num dia muito corrido trabalhando, em reunião eu não posto nada eles perguntam cadê você, você sumiu, aconteceu alguma coisa e isso é muito gratificante parece que eu tenho uma família enorme agora que está ali sempre comigo.
Sonora: Fred Então tipo eu entendo, porque quando você é muito fã, ainda mais no caso dos nossos fãs que a gente tem o engajamento muito bom, eu acho que a gente tem uma linguagem muito próximo do nosso público então gera quase uma relação de amizade mesmo.
Trecho série “Vai Anitta” Eu achei que ser famoso era uma coisa né, achei que tudo que a gente lia era verdade, eu achava que a, mas não, e aí eu comecei a lidar com a coisa do clique né todo
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mundo inventando um monte de coisa para ter um clique, inventando coisas que eu falava, a coisa da internet, todo mundo aprendendo a dar opinião a hora que quisesse, sobre o que quisesse, da maneira que quisesse. Você demora para construir uma imagem de quem você é para o público.
Sobe som: Foto Panorâmica Faria Lima
Sonora: Valter Wolf De certa maneira, em todos os momentos você tenta mandar a mensagem mais positiva possível, então só que alguns na ânsia de fazer o melhor possível acaba criando um factoide, algo que absolutamente não corresponde 100% a verdade e isso pra mim é um problema, mas de novo no meu ponto não é um problema da tecnologia não é o problema da ferramenta é um problema do comportamento que é amplificado pela ferramenta, como é que você resolve isso em educação é difícil o pior que pode acontecer é o governo vir até aqui e dizer como que as pessoas devem se comportar, mas veja você sorri para o cara do Uber em troca de ganhar um serviço melhor, quando você entra no Uber que você faz? Você
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comprimento o cara você diz: “oi tudo bem, como é que você está? ”. Porque você sabe que em troca você vai ganhar um serviço melhor, então a mesma coisa e na mídia social você se comporta melhor em troca de receber o melhor, você da Like na foto do seu amigo em troca de eles darem Like na sua e assim que o mundo funciona tem limite claro, mas não tem como escapar disso isso é da natureza do ser humano, do nosso comportamento.
Sonora: Malena Contrera Gerando ilusão que estão tendo em um enorme impacto, porque as pessoas só curtem então é um jogo narcísico também porque só ficam nos iguais, o Bauman vai falar que a gente vive na era da mídia, a cultura da mesma idade a gente só está confirmando as mesmas coisas uns aos outros o tempo todo, agora ficar avaliando todo o usuário, porque 100 usuários tem cinco que talvez causam algum problema, então não faz sentido ter uma ferramenta só pra isso exclusivamente, mas aí tem o prazer do controle o prazer de julgar os outros. Sobe som: iStock_000023667305HD720
Sonora: Ronaldo Lemos
Porque hoje para você confiar em alguém muitas vezes você se baseia em dados
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subjetivos, o jeito que a pessoa aparenta, a forma como ela se veste isso são na verdade critérios subjetivos. O que esses serviços criam são formas de avaliação baseados em dados, informações objetivas, como é que você se comportou num determinado momento, como é que foi o seu desempenho num determinado tipo de serviço, seu desempenho acadêmico e assim por diante.
Sonora: Valter Wolf Então eu vejo extremamente positivo, toda vez que eu posso eu dou meu comentário, se tem alguma possibilidade de fazer um comentário construtivo dizendo o que você acha que deve melhorar eu faço. Até o meu cabelereiro eu disse assim para ele, olha eu preferia assim ou assado você pode hoje graças as redes sociais comentar dizendo olha, eu achei bom ou achei ruim.
Sonora: Norval Baitello É curioso né, porque aquilo que existe hoje no Uber já existia na escola a gente tinha nota, só que a diferença é que a gente não dava nota para o professor, mas hoje o professor também recebi nota e a nota vai lá para reitoria e ela chama a gente professor e fala olha, o que está acontecendo, sua nota está baixa, então no fundo é só um aperfeiçoamento de alguma
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coisa que já existia e claro todo mundo quer ter boa nota mesmo que não haja cobrança em casa do estudante, mesmo que não haja cobrança ninguém está te cobrando de ser bem avaliado no Uber, mas aquilo fica lá, fica lá gravado e o próximo Uber que você vai pegar ele vai ver a sua avaliação e se você for um chato e tiver uma avaliação muito baixa você vai se sentir mal, então são coisas do humano, a gente gosta de ser gostado todos nós e por isso a gente também se polícia no sentido de oferecer uma boa imagem, mas é uma imagem natural.
Sobe som: Bruno arquibancada, Insert Celular
Sonora: Fred Cara, vem cá, é você vem aqui, dá um salve aqui ó, isso aqui não tem preço velho, ele está aqui todo sábado torcendo, fica feliz quando trocamos ideia juntos, já me chamou pra gravar os desafios, já me chamou pra jogar bola, mano isso aqui é a parte mais da hora de tudo, mano as vezes eu estou cansado, mas eu vejo um sorriso de alguém que me recebe, hoje por exemplo estava lá no evento que você estava tipo um monte de gente falando Fred você é foda, você é demais, você me dá muita alegria,
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isso é muito louco, óbvio que a parte financeira conta todo mundo trabalha pra ganhar dinheiro obviamente, então tipo óbvio que conta e sou muito feliz no momento em que eu atravesso na carreira, mas de verdade é isso mano e outra coisa eu sempre quis ser famoso, sempre tive isso na cabeça mano quero ser famoso, quero ser um cara legal, quero ser um cara referência naquilo que eu faço e eu gosto muito e espero que isso dure por muitos anos.
Sonora: Norval Baitello Um ícone ganha dinheiro com isso, isso é meio de vida deles então um YouTuber ganha muito dinheiro com isso quando ele tem 7 milhões de visualizações. A imagem na televisão também ganha muito dinheiro, as pessoas que produzem imagem da TV e claro não são elas que escolhem, mas elas são escolhidas por que é bonito, porque é talentoso, porque é expressivo.
Sonora: Malena Contrera Eu acho que existe uma perversidade econômica enorme por trás dessa máquina tecno-burocrática que são as redes e a mídia que as pessoas não percebem que a gente tem a tendência de romantizar e claro se pudesse ser assim só romântico, se
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dependesse só do que a gente criasse perfeito, mas tem um lado perverso.
Sobe som: Ultilizando o celular na chuva
Sonora: Malena Contrera Mas tem um outro lado que é essa pequena perversidade da alma humana que é um germe meio fascista que a gente tem na alma humana que adorar ficar policiando uns aos outros.
Sonora: Fred Porque a gente dá muita intimidade mesmo, mas ao mesmo tempo tem gente que confunde essa liberdade com libertinagem, então aí que é o ponto mais delicado, mas eu também me privo de muita coisa então quando eu faço Story eu não mostro por exemplo a frente da minha casa, o bairro que eu moro, não mostro uma série de coisas para me privar, então tipo se é uma pessoa normal ela pode fazer o Story sem preocupação nenhuma, todo Story que eu faço sempre tem uma preocupação, se não está aparecendo bebida, lugar onde eu moro, expondo nenhum amigo, expondo nenhuma marca então o tempo todo tenho que ficar me privando sim, mas eu já me
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acostumei já e não é um negócio que me incomoda a ponto de falar eu não aguento mais essa vida.
Sonora: Sérgio Gama Eu acho que a ferramenta faz com que a gente seja assim, a ferramenta nos permite entrar nesse outro mundo paralelo e ser o que quiser, porque no fundo no fundo isso está acontecendo eu posso entrar no Facebook e ser quem eu queira então eu vou colocar o nome, vou colocar um apelido, a melhor foto e vou me comportar nesta rede social da forma que eu acho melhor que eu quero que as pessoas me vejam, então sim eu vejo mais como um lado negativo por que perde um pouco a humanização, a pessoa como ela é, mas tem algumas coisas boas que talvez façam com que as pessoas melhorem.
Sonora: Malena Contrera Por isso que falar se é bom ou se é ruim é difícil porque tem caso a caso a gente tem que analisar cada caso, mas o que a gente pode perceber na grande maioria das pessoas é que elas fazem o uso bastante equivocado disso em vez de usar essa oportunidade para descobrir mas aspectos de si mesmos, elas se mascaram, elas se confundem com as máscaras, elas ficam
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preocupadas com a aparência e com o impacto que elas vão ter nos outros e mais nada, então eu não acho que a internet, tecnologias inventaram a miséria humana, inventar uma carência, loucura, tudo isso, mas elas amplificarão enormemente, elas deram a isso tudo o novo status, elas legitimaram algumas aspirações.
Sonora: Norval Baitello Então pode ter problema, pode prejudicar a família, relação, relação afetiva, até à saúde mental da pessoa, então são casos que hoje em dia são tratados por médicos, dependência, pessoas que ficam no celular 20 horas por dia.
Sobe som: Ultilizando o celular no metro (Amanda Encostada) e iStock_000023030305HD1080
Sonora: Ronaldo Lemos Olha, eu acho que tem uma dificuldade sim de se adaptar, porque a mudança ela é muito veloz então o que está acontecendo hoje é que se você olhar os seus hábitos de internet cinco anos atrás e comparar com os de hoje o que você faz hoje é completamente diferente, os aplicativos que você usa, a forma como você se comunica
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então essas mudanças são muito rápidas e cada vez elas trazem novos patamares de comunicação.
Sonora: Norval Baitello Elas estão se adaptando, tem pessoas que se adaptam mais fácil, os mais jovens se adaptam mais facilmente, os mais velhos já têm mais dificuldade então é inevitável ou a gente aprende a lidar com isso ou a gente não sobrevive e se isola socialmente então hoje é difícil você ter uma pessoa que não tem um celular.
Sonora: Valter Wolf A geração hoje “Z” para frente é que vai realmente saber como lidar com isso, por exemplo isso é um pensamento muito linear eu não consigo trabalhar em colaboração em comunidades, mas por exemplo minha filha ela estuda com FaceTime ligado e nele tem duas ou três pessoas on-line estão a todo tempo lá, elas conseguem colaborar on-line, elas conseguem falar on-line e eles não tem inibição on-line isso gerar um certo risco mais eles sabe lidar com as ferramentas muito melhor e vão saber lidar no futuro, mas essa geração, então eu acredito que o ser humano vai aprender sim.
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Sonora: Peter Kronstrom Ainda não, estamos se adaptando, eu acho que estamos nos adaptando eu falo na realidade junto com alguns parceiros que analisam esses usos das novas tecnologias, que com as redes sociais, smartfones, internet, Facebook e tudo isso, na realidade estamos todos participando como pilotos de teste no maior experimento tecnológico da história da raça humana e ninguém sabe como vai sair, tem muitas coisas boas, mas também traz coisas ruins como o que a gente falou, o uso mal das redes sociais, a dependência e etc.
Sonora: Malena Contrera O problema é que toda a adaptação implica também em perdas, a gente não se adaptar simplesmente, a gente se adapta mais a gente abre mão de alguma coisa para se Inserts: Time Lapse Ponte, Celular
adaptar e a questão que tem me parecido é
Academia, Tirando foto comida e Insert que a gente tem aberto mão de coisas preciosas demais para ser adaptar à nova Celular 7 ética contemporânea das redes sociais, eu acho que é o que a gente estava falando a gente viu crescer a intolerância, a gente abriu mão de alguma forma da tolerância, da convivência, da paz com o diferente, a gente está abrindo mão de muita coisa do próprio corpo, das vivências concretas, a
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gente está abrindo mão de muitas coisas importantes para se adaptar então a gente se adapta só que aqui custo.
Sobe Créditos
Logo Universidade Cruzeiro do Sul
Termos de autorização de imagem e som: Autorizações capturadas em vídeo: https://youtu.be/BoTX5NJp0Rs O link a cima segue um compilado das entrevistas com as autorizações adquiridas.
Autorizações capturadas por manuscrito:
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Figura 10 Autorização de Imagem e Som (Malena Contrera)
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Figura 11 Autorização de Imagem e Som (Peter Kronstrom)
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Figura 12 Autorização de Imagem e Som (Valter Wolf)
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Figura 13 Autorização de Imagem e Som (Norval Baitello)
Diário de campo: Mesmo antes de iniciar a minha graduação em jornalismo, eu sempre gostei e sempre estava antenado no mundo esportivo, e essa foi a principal razão em ter entrado no curso, para ter um futuro trabalhando na área esportiva independente do meio de veiculação, porém ao longo dos estudos, percebi que o mundo não era apenas futebol e que tinham muitos outros segmentos tão importantes quanto. Nesse momento o curso abrangeu a minha mente de uma forma excepcional, também me ensinou a ser uma pessoa imparcial e me mostrou que o espaço jornalístico é muito grande. Dentre todas as áreas, eu ainda tinha as que me interessavam, desde sempre eu estive conectado a tecnologia, seja na vida pessoal, como celulares e videogames, ou na vida acadêmica com cursos técnicos em informática. Desta forma quanto foi se necessário a escolha de um tema, logo me veio à mente algo que me deixava curioso quando observava a vida das pessoas, mas especificamente o modo como o comportamento delas mudou por causa da tecnologia e dos celulares que vieram junto ao avanço. E junto a um tema de meu interesse, decidir escolher o meio de veiculação para Televisão, pois ao longo do curso aperfeiçoei minhas técnicas de filmagem, áudio, fotografia, edição e entre outras, desta forma poderia finalizar um trabalho de conclusão de curso com maior perfeição.
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Ao longo deste trabalho eu procurei investigar o assunto com diversas opiniões, pois além de ser um tema sobre a tecnologia, se envolve também o comportamento das pessoas. Logo para entender se realmente as pessoas estavam criando essas diversas realidades de si mesmas, para se adequar a esse novo ambiente rodeado de redes sociais e de avaliação, para se adequar aos novos ideais das pessoas nessa grande massa virtual. Tive que entender todos os lados. Comecei procurando por fontes que poderiam falar com convicção sobre a parte tecnológica do assunto, sobre a ferramenta que amplificou o novo comportamento. Em seguida busquei fontes que falassem o porquê de as pessoas criarem essas imagens e de onde elas exatamente vêm e por fim alguém da área da psicologia para tentar entender a cabeça das pessoas e os motivos para a mudança de comportamento. Tentei também contato com muitos Influenciadores Digitais, pois eles passam a maior parte do seu dia conectados e ligado as redes sócias, busquei por e-mails, telefone, pelas próprias redes sociais, porém só consegui falar com alguns pessoalmente indo em eventos e entrando no local como equipe de reportagem. Uma fonte em especifico também teve uma certa dificuldade de contato, pois ele (Ronaldo Lemos) residia em outro estado (Rio de Janeiro), mas da mesma forma sempre atualizava suas páginas no Linkeln, Facebook, Instagram, Acessória do Instituto de Tecnologia e Sociedade do Rio de Janeiro pela qual ele é diretor, a espera de eventos, palestras ou debates que ele daria em São Paulo, e então finalmente em um evento na Universidade Cruzeiro do Sul realizei a sonora. O trabalho irá me incentivar cada vez mais a busca pela verdade, e com certeza ampliar meu conhecimento na área da tecnologia. E quem sabe me motivar a iniciar uma segunda graduação nesta área. Também pude cravar que o meio de veiculação a qual mais me identifico é no segmento audiovisual, mas principalmente no ambiente televisivo. Além claro, de aprimorar ainda mais as minhas técnicas de edição, enquadramento e principalmente de filmagem, pois em gravações como dos inserts era necessário muito treino de movimentação de câmera, o que eu poderia pôr como dificuldade na gravação dos takes, seria a variedade de pessoas, mas para a minha sorte tinhas muitos amigos. Por eu ser mais ligado a parte técnica do processo, esse documentário, pode fazer com que as minhas habilidades de entrevista de campo se refinassem muito mais.
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Ao finalizar este extenso trabalho de conclusão de curso, percebi que apesar das dificuldades encontradas, a minha paixão pela área televisiva, pelo jornalismo, pela vontade em buscar a verdade, pelo anseio de tentar passar a melhor mensagem possível, pela aspiração em ser um jornalista e informar, pode passar por cima de qualquer coisa.
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ANEXO I - FICHA DE INSCRIÇÃO DO TCC
Nome do(a) aluno(a): Leonardo Macedo Barsi Título provisório: Realidades Paralelas Modalidade: ( ) Monografia ou (X) Projeto Experimental No caso de Projeto Experimental, indicar: Área: •
Área Televisiva
Formato: •
Documentário
Sinopse (breve descrição da proposta de trabalho em três linhas): Como será o futuro de nossa civilização com esta onda tecnológica? As pessoas vêm vivendo e se moldando de acordo com o que é bem quisto na sociedade virtual, para ter uma boa reputação e uma imagem perfeita. Tudo isso impulsionado pela nova revolução, através dos celulares, internet, redes sociais e de informação. Sugestão de 3 possíveis orientadores, em ordem de preferência: 1. Profa. Dra. Regina Tavares 2. Profa. Me. Flávia Delgado 3. Prof. Ms. Fábio Ciquini