12º Edição Remo & Pesca

Page 1

12º

Histórias

Agosto 2018 / www.facebook.com/remoepesca

Dicas

Novidades

Edição

Fotos

AVENTURA NA SERRA DO TABULEIRO

QUANTOS ROLAMENTOS UMA

CARRETILHA PRECISA?

GUIA

ISCA ARTIFICIAL PARTE I – TEORIA

PESCANDO COM B A H I A

Days

MULHERES TAMBÉM

PESCAM! E MUITO BEM!

INCEPTION E MUSE BLACK

EM BUSCA DE UM SONHO NA

SUÉCIA

Projeto e Desenvolvimento - Anderson Deoli | Revisão - Cláudio Leyria


CARO LEITOR A Remo & Pesca se destina a todos os amantesda pesca, em especial aos da pesca com caiaque. Você tem acesso a toda hora diretamente pelo nosso site e não paga nada por isso. Você perdeu as outras edições? Basta acessar o site acessar todas elas. Nesta Revista, digital e gratuite, você encontrará dicas para que a sua pescaria seja cada vez mais produtiva, divertida e segura, além de relatos dos nossos demais amigos pescadores e novidades do mercado da pesca amadora. Prepare seu remo ou pedal, aperte seu colete e venha navegar nas nossas páginas. Ficamos a disposição para qualquer dúvida ou sugestões.

SEJA BEM VINDO!

12� Ediç�o Revista Remo & Pesca www.remoepesca.com


ENVIE SUA FOTO DEOLIART@HOTMAIL.COM


AVENTURA NA SERRA DO TABULEIRO

4


5


Por Charles, pescador esportivo, membro do Hobie Fishing Team Brasil Em um final de semana eu recebi em minha casa um amigo de longa data, Marcos Benjamin, de Curitiba, habilidoso pescador de caiaque. Na sexta feira à tarde o amigo Felipe Barros apareceu em minha casa com um sorriso estampado no rosto. Ele veio me mostrar sua mais nova aquisição, um caiaque Hobie Mirage Compass, zerado, estava empolgadíssimo para estreá-lo. E assim se desenhava a trip do final de semana. Sabíamos que as condições não eram das melhores: frio e maré muito baixa para uma pescaria de robalos, mas era o que tínhamos. Já que as chances de peixe eram remotas, optamos por escolher um lugar que, ao menos, nos rendesse um bom passeio.

6


LOCAL DA TRIP DE PESCA

O local escolhido foi o rio Maciambu, situado no Parque Estadual da Serra do Tabuleiro, no municio de Palhoça (SC). O rio é de uma beleza ímpar, uma mistura de mangue com mata atlântica cercado por belas montanhas.

A PESCARIA

O céu azul e sem vento, com a água cristalina e temperatura em torno de 15°C, deixava nosso passeio lindo para umas fotos, mas dificultava nosso encontro com os robalos. Depois de várias tentativas sem obter sucesso, decidimos pedalar rio a cima em busca de novos points. Mas antes não poderíamos deixar de bater em um poção com uma grande laje de pedras próximo à barra, onde as chances de fisgar um era real.

7


8


Foi aĂ­ que aparece o primeiro e Ăşnico robalinho do dia, neste momento Felipe era batizado, seu primeiro peixe fisgado a bordo de um caiaque... tinha que ser ele.

9


Subindo o Rio, a água ficava cada vez mais fria e cristalina. Conseguíamos avistar o leito a uma profundidade próxima a dois metros. A paisagem ficava ainda mais bela, o rio estreitava suas margens e as arvores cobriam o céu. Parecia uma expedição... cada metro à frente nos empolgava. Navegávamos em condições que só um caiaque pode oferecer. Os três caiaques tinham propulsão a pedal.

10


O sistema Mirage drive em ação facilitava bastante pois muitas vezes não teríamos nem espaço para manusear um remo, só com as mãos na manete do Leme seguimos em frente. Diversos poços fora identificados e registrados na memória para uma aventura futura e próxima. Ao final da pescaria, mesmo com pouco peixe, nos sentíamos realizados. Passeio top com bons amigos, não tem preço, vamos repetir certamente.

11




QUANTOS ROLAMENTOS UMA

CARRETILHA PRECISA?

14


15


16


O MERCADO OFERECE INÚMERAS OPÇÕES DE CONFIGURAÇÕES, MAS SUA VISÃO SOBRE UMA CARRETILHA PARA PESCA NUNCA MAIS SERÁ MESMA DEPOIS DA DESSA NOVIDADE! Seis, oito, doze, quarenta e sete? A 13 Fishing tem uma resposta diferente: ZERO! O mundo conheceu em março de 2018 a Concept Z, a primeira carretilha de pesca do mundo sem rolamentos de esfera e que ao invés disso emprega tecnologia espacial como a própria marca diz em seu material.

COMO PODE UMA CARRETILHA DE PESCA COM ZERO ROLAMENTOS?

Vamos entender a lógica por trás desse projeto que causa euforia no mercado internacional e que vai equipar sua vara de pesca, com certeza! A maioria de nós sabemos que os itens mais trocados em uma carretilha para pesca são os rolamentos, especialmente se o uso for em água salgada. Quase nada passa ileso ao poder corrosivo da combinação do H2O com metal. Adicione ainda o sal, e pronto: é corrosão na certa. Pensando nisso e em outros aspectos como performance, distância de arremessos e controle de saída de linha, a 13 Fishing criou um polímero único, capaz de substituir os rolamentos de esferas das carretilhas de pesca e ainda entregar um rendimento superior ao já conhecido pelos pescadores esportivos.

17


E agora você deve estar se perguntando…

MAS COMO FUNCIONA EXATAMENTE ESSA CARRETILHA? Vamos lá!

Não são apenas os super polímeros que trazem maior performance, mas um conjunto de tecnologias exclusivas que vamos explicar agora…

SISTEMA DE FREIO

Vamos começar pelo controle de linha. O sistema ponto a ponto do freio mecânico combinado com o freio centrífugo de seis regulagens atuam como nunca para que você consiga arremessar desde pesadas cranckbaits até as mais leves iscas ultralight. Além disso, toda a série de carretilhas de pesca Concept da 13 Fishing se demonstra muito eficaz em arremessos altamente técnicos.

DRAG DE 22LB

Você não leu errado, é isso mesmo! Uma carretilha de perfil baixo, com aproximadamente 180 gramas e 22lb em seu sistema chamado Bulldog Drag, que aliás, nome mais representativo não há! Leveza e força combinados, para que você consiga utilizá-la em diversas pescarias, desde os tucunarés amarelos na região sudeste aos gigantes da Amazônia.

18


ENGRENAGENS JAPONESAS HAMAI CUT

Nem precisamos aqui falar de qualidade em tecnologia japonesa, certo? É exatamente essa precisão que torna a Concept Z e suas irmãs de série carretilhas muito ajustadas, sem folgas aparentes e muito confortáveis para trabalhar o dia todo.

PROTEÇÃO CONTRA O SAL OCEAN ARMOR

Além de não conter rolamentos de esferas a Concept Z ainda conta com o tratamento superficial anti-corrosão Ocean Armor 2, exclusivo da 13 Fishing. Dessa forma, sua carretilha consegue manter a performance superior por muito mais tempo, mesmo com uso em água salgada.

19


CZB – CONCEPT ZERO A cereja do bolo fica por conta do conjunto de buchas de polímeros com tecnologia exclusiva 13 Fishing e que, obviamente, substituem os antigos rolamentos de esferas. Zero rolamentos, zero dor de cabeça, zero limites!

20


QUER CONHECER EM PRIMEIRA MÃO TUDO ISSO?

A Concept Z será apresentada com exclusividade no torneio Hobie Fishing Brasil, em setembro de 2018. Lá você poderá conhecer não só essa obra prima como também todos os produtos da Hobie Brasil e seus parceiros internacionais. Mesmo não sendo um competidor, você pode comparecer ao local que nossa equipe de especialistas em pesca estará pronta para te atender. Quer saber mais informações sobre o Hobie Fishing Brasil?

HOBIEFISHING.COM.BR

WWW.

21




GAROUPA UM DOS GIGANTES DOS

MARES

24


25


Por Biólogo Murilo Pires - CRBio. 043281. A Garoupa é um peixe muito admirado pelo ser humano, principalmente, pelos pescadores. Com sua coloração variada e nadadeiras arredondadas, possui diversas espécies e são animais gigantes e pesados. Sua cabeça grande e boca enorme chamam a atenção que para que observa o peixe nem parece nadar e sim desfilar próximos a fundos coralinos ou rochosos, onde adoram se entocar. Em nosso país esse tipo de animal é visto em todo o litoral e a grande maioria das espécies possuem cores brilhantes e padrões de coloração especiais e vibrantes. Atingem aproximadamente um metro ou um pouco mais de comprimento. A espécime que mais conhecemos e tocamos raras as vezes (brincadeiras à parte) é a Epinephelus marginatus que é facilmente reconhecida ao se observar uma nota de R$ 100,00 reais. Sua coloração é avermelhada, manchada nos flancos de coloração esverdeada, com faixas verticais amareladas e pode atingir em média 60 kg. Uma curiosidade é que são peixes hermafroditas (tem órgãos masculinos e femininos) e se alimentam de outros peixes, lagostas, lulas, ouriços e moluscos.

26


Normalmente, uma boa época para pesca é de outubro a março, entretanto, em quantidades menores pode-se encontrar esses animais o ano todo. Para a pesca da garoupa, vai depender do tamanho e peso, o ideal utilizar equipamento médio/pesado, pois esses seres proporcionam incríveis arrancadas quando fisgados e procuram uma toca para se alojarem, mantenha a calma e tente puxa-lo o mais rápido possível. Recomenda-se o uso de linhas de 12 a 30 lbs e anzóis de de 6/0 a 10/0. Essa pescaria vai muito bem com camarões artificiais e jighead. Pratique o pesque e solte e torne uma atividade saudável e de grande divertimento.

27




B A H I A

FAÇA COMO OUTRAS GRANDES MARCAS QUE ANUNCIAM SEUS PRODUTOS PARA PESCA NA REVISTA REMO & PESCA! Days

B A H I A

F I S

Days B A Fasio H I ASport Wear F I S H I N G

T E A M

Days F I S H I N G

F I S H I N G

T E A M

T E A M

F I S H I N G

T E A M


/remoepesca

/remopesca

Anuncie

te no restauran Paraibuna, Vale Kayak represa de nto da Liga fevereiro, na me de as rra lid 25 ce vá o, a en ng sc o No domi áreas de pe o, ocorreu Bem Bolad por ter como rreu de abril e pesqueiro eu esse nome A competição transco eb is rec do e do qu , . an Fishing 2017 Paraibuna e do Jaguari pensado vis delo que foi de 18, num mo as represas 20 de iro fevere de 2017 a o em participaçã objetivos. portivos a com a oferta scadores es específicas, piciar aos pe ra lher pro ho co e foi es ta o e da dess O primeir crona, sem mpetidor pu e de tempo etição, assín ra que o co uma comp ponibilidad s inteiro, pa dis mê a ia um ter de s ais de período io(s) nos qu e o(s) horár o(s) dia(s) o lte, evitand necessária. ografe e so ixe ou pesque, fot de matar pe a prática do ato ar tiv ao en ua or inc ág foi s da motivad O segundo sem retirado sse mais um to se torna pturados fos os para a realização que o even emplares ca o necessári sã m que os ex e co qu er os faz de e nociv dos longos pelos perío dores ns. dos competi das pesage habilidades lícita ir de forma va não só as cada um ag colocou à pro pa. de o e eta çã ad eti da cid ca mp A co as em m a capa tid bé ob tam ras s ma captu na pescaria, anização as tar para a org ao apresen

12

www.remoepesca.com

CONTATO ANderson Felipe (12) 9 9181 5474 deoliart@hotmail.com




EQUIPAMENTOS ALTERNATIVOS PARA

TAMBACUS

34


Por Luis Henrique (É o Luis Que Ta Falando) Fisgar um belo peixe com um equipamento mais leve aumenta a qualidade da pescaria e a emoção do pescador: a briga é mais intensa, mas requer cuidados com o equipamento.

Instagram: @EoLuisQueTaFalando

Já pensou em fisgar belos exemplares de tambacus em pesqueiros com lagoas menores, mas com belos exemplares utilizando um material mais leve? Hoje iremos apresentar a você, uma pesca diferenciada, com belos peixes que chegam a quase 30 kg de uma forma muito interessante de pescá-los, utilizando como isca a “anteninha”.

CONHEÇA O TAMBACU

O tambacu é um peixe híbrido, sendo criado através do cruzamento entre o pacu macho e o tambaqui fêmea. Muito conhecido por frequentadores de pesqueiros, o tambacu pode ultrapassar os 30 kg -- em alguns locais já foram fisgados exemplares acima dos 35 kg. Diferentemente do tambaqui, o tambacu aceita temperaturas abaixo dos 20ºC e se adaptou muito bem ao clima da região Sudeste, sendo assim, o principal peixe em pesqueiros de São Paulo e Minas Gerais, afinal, mesmo com o clima mais frio, ele ainda costuma fazer a alegria do pescador, ocasiões em que tem sua atividade predominante na meia-água ou na pesca de fundo. Por outro lado, no verão quando as temperaturas chegam até 35ºC, é a hora em que eles ficam mais ativos, com explosões magníficas na superfície, trazendo a alta emoção para o pescador.

35


ALIMENTAÇÃO VARIADA

O tambacu é um peixe que tem uma alimentação bem diversificada, como por exemplo: rações, pão de sal (francês/pão de padaria), salsicha, queijos, pão de queijo, massas das mais diversificadas e até frutas. Certamente, como para toda espécie, podemos destacar iscas primordiais, principalmente no verão. Uma isca que não poderá ficar de fora é a “anteninha”. A “anteninha” nada mais é que uma montagem de E.V.A.S com Anzol Wide Gap e miçanga. Esse conjunto é uma imitação da ração de peixe que você usará para cevar o local de pesca, sendo criadas com as mais variadas cores. É necessário você ter modelos diferentes para a utilização, pois assim como também em pesca de artificiais, a pesca de “anteninha” depende muito de cores, pois haverá dias que uma cor de “anteninha” terá mais ação que outras.

Ração flutuante furada.

Anteninha de E.V.A.

COMO PESCAR COM A “ANTENINHA”

A Pesca de “anteninha” exige primeiramente um estudo do pesqueiro, para saber em qual cor e tamanho os peixes mais atacam, após levantada tal informação, você precisará de uma boia cevadeira ou boia torpedo (verificar qual montagem produz mais eficiência). A boia cevadeira nada mais é do que uma boia com um copo acoplado em sua extremidade inferior, o qual tem por finalidade carregar a ração de ceva até o ponto do arremesso. A boia torpedo é um pedaço de isopor com um chumbo de contrapeso para o arremesso. Após escolha da isca e o tipo de boia, vem finalmente a montagem do líder/chicote, que é onde você irá colocar a “anteninha”. Alguns pesqueiros exigem apenas um ou dois metros de líder/ chicote, pois em alguns pesqueiros os tambacus se alimentam próximo da boia, já em outros pesqueiros que os tambacus são mais ariscos e manhosos, é necessário você utilizar chicotes maiores, podendo chegar até 6 metros. Como a “anteninha” também é uma isca artificial, a atenção na pesca deverá ser redobrada, pois pode ocorrer do tambacu pegar a isca e perceber que não é um alimento, ocasião em que rapidamente ele irá cuspir a isca, ou seja, não é recomendado esta modalidade em vara de espera. Exigindo concentração, vara na mão e olho na “anteninha”. Por ser uma isca bem pequena, aconselha-se montar o chicote colocando uma boia “sinalizadora” (boia de tilápia) ou até E.V.A.S para auxiliar na visualização da isca.

36

Anteninha de E.V.A.

Chicote com boia sinalizadora.

Boia cevadeira.


CEVANDO COM MAIS QUALIDADE

Como as lagoas do pesqueiro não são grandes, resolvi então utilizar um material mais leve e realizar uma técnica diferente. Não utilizei a bóia cevadeira e sim criei uma forma diferenciada de cevar, utilizei um cabo de vassoura com uma garrafa pet de água mineral, e então prendi a boca da garrafa no cabo, enchendo a garrafa com ração de peixe fazendo assim uma ceva fixa em um local definido. Com isso, o recolhimento do equipamento com frequência não se torna necessário, logo, menos barulho na região da ceva, mantendo os peixes constantes no local escolhido.

MATERIAL UTILIZADO • • • • • •

Vara 5’6”(1.68m) – 6/17lbs; Molinete Modelo 500; Linha Mono filamento 0.33mm – 17lbs; Boia Torpedo de 30g; Líder 0.40mm – 29lbs; “Anteninha” (Isca). Cevadeira caseira.

VAMOS À NOSSA PESCARIA

Saímos de Belo Horizonte/MG, percorremos por volta 67 km até a cidade de Esmeraldas/MG, onde chegamos ao Pesqueiro Quatro Estações, um local com belos exemplares de tambacus.

37


Estrategicamente decidimos realizar uma ceva próximo à beirada do barranco, fazendo com que os peixes viessem mais perto e com isso, utilizei apenas 1,5 metro de líder com somente a “anteninha”, pois como estava totalmente visível, não foi necessário utilizar bóias guias ou E.V.A.S. Havia uma enorme concentração de tambacus, os quais ali permaneceram, oportunidade que fui apenas trocando as cores das “anteninhas” para chegar à cor ideal. Uma dica que deixo a vocês: quando for arremessar novamente e os peixes já estiverem na sua ceva, arremesse numa distância depois do local que sua ceva estiver e venha recolhendo bem devagar, até chegar ao local desejado. Dessa forma você irá manter os peixes no local sem assustá-los, mantendo-os ali pelo tempo necessário até conseguir fisgá-los.

A ISCA CERTA

Após alguns testes, descobri a “anteninha” correta, a de cor “café com leite” e a miçanga vermelha. Os tambacus estavam impossíveis, ação constante, explosões e brigas perfeitas, perdi a conta de quantos foram fisgados, sempre com a atenção redobrada e vara na mão. O primeiro exemplar foi um belo tambacu com aproximadamente 8 kg. Trabalhando dessa forma, percebemos que os maiores tambacus não explodem na superfície, os maiores sempre subiam até a superfície e comiam a ração de uma forma mais lenta, parecendo que estão sugando a ração. Foi então que trabalhamos com paciência e fisgamos um belo exemplar de exatos 27 kg, um belo peixe que me trouxe muita emoção, com uma briga muito boa e difícil. Lembro que com equipamento leve é necessário ter paciência, deixar a fricção do molinete um pouco aberta e trazer o peixe na paciência, isso sim é o legal de usar esse equipamento: muita emoção e divertimento para trazer o seu troféu de cada pescaria.

38


CUIDADOS COM O PEIXE

• Nunca utilize alicate de contenção para a pesca de tambacu, tambaqui, pirarara, surubim e etc. Peixes desse nível têm o risco muito grande de sofrer quebra da mandíbula ou até um corte, podendo vir até morrer devido a essa fratura. • Peixes na média de 8 até 18 Kg são muito ativos, normalmente os mais fortes, então seja qual for o tamanho, segure-o bem firme e se possível agachado, pois, se acontecer do mesmo cair, não haverá dano ao peixe, pense sempre no peixe, pois ele tem que ser devolvido saudável para água para que o pesque e solte continue. • A pesca esportiva é o ato de fisgar o peixe, fotografá-lo e soltá-lo novamente, mas vale ressaltar que a partir da hora que o peixe saiu da água, isso deverá ser feito rapidamente, não demore com o peixe fora d’água, pois em pouco tempo ele poderá morrer. • Utilize somente ração de peixe para cevar, a ração de peixe como o próprio nome já diz, é para eles, outros tipo de ração como a de cachorro, não são balanceadas para os tambacus e além disso com o tempo, poderá levar o peixe à morte.

39




PESCARIA DE

DOURADO NO RIO PARAÍBA Por Maycon Barbosa, pescador esportivo. Alguns pecadores dizem que os maiores Dourados são pegos nos dias nublados ou logo após uma forte chuva ocorrida no dia anterior, deixando os dourados mais ativos. Deve-se ao fato da água sofrer uma alteração na temperatura, e isso lhe trará belos exemplares. Se existe um lugar onde aqueles grandes dourados podem ser encontrados, é no Rio Paraíba do Sul e Rio Muriaé (Rio de Janeiro).

42


DOURADOS NA ISCA DE SUBSUPERFICIE

Não é de hoje que pesco dourado com isca Araçatubinha da marca Araçatuba, tamanho 7 cm e com 10 gramas, é uma isca sem ratlin, na cor LI03T. Uma dica simples que ajudaram em fisgar um belo troféu é trocar as garateias por uma numeração menor, mais fina e consequentemente mais afiada da Owner.

MATERIAL UTILIZADO • • • • • •

Varinha 25 lbs – Custom By Marcos. Black F3 – Ação rápida – 6 pés. Linha 0,35, 60 lbs YGK – 8 fios. Carretilha Shimano Curado XG 71. Leader Aqualine Plus 0.50. Azas Snaps 3x.

Utilizando está isca, é possível fazer belas capturas, por possuir um peso equilibrado conseguimos alcança longos arremessos, e fazer ótimo trabalho na subsuperfície com toques de ponta de vara, o dourado não aguenta e ataca com voracidade a isca, e a briga é intensa e inesquecível. Quando menos se espera o peixe salta e refuga a isca, por ser muito voraz, é um dos peixes mais esportivos de se pescar.

Arremessos próximos a pedras, estruturas e vegetações e nos remansos onde ficam localizadas suas presas, são sempre mais produtivas. O Dourado é esperto quando vai atrás da sua presa, eles vão em grupo e todos trabalham juntos para conseguirem sucesso na caçada. O Dourado habita águas rápidas, mas também gosta dos bancos de areia. Eles se alimentam de piaba, jacundá, pial, curimbatá e outros peixes pequenos. Quando os peixes menores sobem o rio para se alimentar ficam cansado e o Dourado aproveita para atacar. Por pequenas variações, sejam elas climáticas ou por comportamento dos alimentos, os Dourados param de atacar na isca de subsuperfície, é a hora de arriscar nas iscas com barbela longa, que atingem mais profundidade, uma isca muito utilizada é a Magnum Float 9 cm ou a Shad Rap 9 cm, com certeza teremos mais algumas ações no decorrer do dia. O maior prazer é ficar esperando o ataque e desfrutar de uma bela briga, um duelo em que na maioria dos casos o Dourado ganha, não é atoa que é chamado de Rei do rio. Pescar e soltar traz grandes emoções e belas imagens.

43




GUIA

ISCA ARTIFICIAL

PARTE I – TEORIA

Pescar com isca artificial tem a vantagem de não precisar utilizar iscas naturais, sejam elas vivas ou não. Antes da criação das artificiais, para se pescar, exigia-se dedicação e muito preparo: havia a necessidade de buscar sua isca antes das pescarias. É bom ressaltar que, com o surgimento da isca artificial, não é mais necessário substituir a isca toda vez que o peixe a rouba do anzol, exceto em casos em que a isca enrosca em alguma estrutura e não é possível removê-la. As iscas artificiais têm mais produtividade com peixes predadores, ou seja, aqueles que se alimentam de outras espécies menores. Mas para isso, é preciso simular vida em suas iscas, fazendo um trabalho seja ele com recolhimento contínuo ou com toques de ponta de vara, para que essa apresentação seja bem sedutora à espécie alvo, seja por despertar a curiosidade e o seu instinto de defesa territorial ou comportamento predatório.

46


Após o surgimento das artificiais se criou um novo conceito, mais eficiente que o tradicional, mas agora com uma necessidade de aprender novas técnicas específicas, para o pescador se sair bem na escolha do equipamento ideal e dominar a variedade de iscas, que se diferem em tamanho, peso e trabalhos. Com a criação desse novo mercado da pesca, estimulou-se a evolução e sofisticação das iscas artificiais, baseando-se em estudos de comportamento das espécies e interferência de fatores externos causados pelo ser humano. Assim, é preciso entender os fatores externos, bem como temperatura e variação climática, pressão atmosférica e interferências humanas em construções que afetam cursos de rio e o habitat natural dos peixes. Esse conhecimento influencia muito as pescarias. Por esse motivo, as escolhas do peixe alvo, do local, do horário e iscas a serem utilizadas, devem ser levadas em consideração junto com os fatores citados anteriormente para um melhor aproveitamento na pescaria.

47


Os hábitos alimentares e as diversas formas de ataque a suas presas deram origem a diversos tipos de iscas que encontramos hoje. É de se esperar que o comportamento do peixe mude com as influências externas. O tucunaré, por exemplo, permanece a maior parte do tempo em águas rasas, onde busca seus alimentos, mas quando a água esta com uma temperatura elevada, ele se abriga em águas mais profundas. Também sabemos que quando está no período de reprodução, eles são encontrados em casais, onde um certo período ele se alimenta com mais frequência e outro onde se dedica à proteção de sua ninhada. Nesse momento, alguns ataques a iscas artificiais acontecem, não por extinto predatório, mas sim territorialista, como forma de proteger seus filhotes. As iscas continuam evoluindo cada dia mais, buscando suprir a necessidade de pescar independente dos fatores que atrapalham. A ideia proposta é simular sua presa e obter bons resultados em qualquer tipo de pescaria. Assim, concluímos que entender as diversas formas de aplicação das iscas é essencial para uma boa pescaria. Existem iscas que são trabalhadas na superfície, meia água, na profundidade e até mesmo iscas que simulam peixes caçando, estimulando a disputa pelo alimento. Por isso é bom ter esse conhecimento prévio. Na próxima edição falaremos com mais detalhes sobre as iscas e formas de trabalhá-las para que seu dia seja mais produtivo e que você consiga fazer belas capturas.

48



PESCANDO COM INCEPTION E MUSE BLACK

50

F I S H I N G

T E A M


PESCARIA DE CAIAQUE, EQUIPAMENTO NOVO E AMIZADE NA LAGOA DA CONCEIÇÃO!

Por Felipe Barros, fundador da página Fishing_Brothers_Brazil no instagram Sexta-feira, dia 20 de julho, 6:45 da manhã, saímos eu, com meu caiaque Compass da Hobie, e meu amigo Eduardo, com seu caiaque da Brudden Náutica. Essa foi a primeira vez do meu Compass nas águas de Floripa e, para melhorar, pescando e deslumbrando a natureza abençoada da Lagoa da Conceição até a Barra da Lagoa! A pescaria começou produtiva, logo entrou uma garoupa que brigou bem gostoso até o final, porém quando ela subiu à flor d’água percebi que o anzol estava numa pelinha pronta para escapar! E foi o que aconteceu, na hora de embarcar, ela se debateu e o jighead saiu da boca. Para mim já tinha valido a pena, pois a tomada de linha dela foi muito divertida.

51


Para melhorar ainda mais meu dia, inaugurei um conjunto novo da 13Fishing que em breve estará nas melhores lojas do Brasil! A vara Muse Black e a carretilha Inception que montei na Hobiebrasil para pescar os robalos com Jig Head foi um sucesso! O robalo saiu do meio de um canal próximo a uma pedra e mordeu o camarão artificial na cor vermelha com jighead de 7g! Gostaria de aproveitar e passar para vocês as seguintes características que me surpreenderam nesse conjunto, observadas nessa pescaria:

52


VARA MUSE BLACK

Para completar o conjunto utilizei uma Vara Muse Black, que casou perfeitamente com a Inception por se tratar de uma vara extremamente leve e confortável para um dia inteiro de pescaria. Comprimento: 6.3 (1,90m) Linha: 10 a 17 libras Iscas: 1/4 - 5/8 oz (7,1 - 17,7 g) Ação: Fast (Rápida) Power: Medium

• A Muse Black tem em seu diferencial um Blank construído em Poly-Vector Grafite Toray de 36 toneladas (PVG35T. É uma vara para carretilha com muita sensibilidade de ponta de vara, sendo ideal também para a pesca de robalos com Jig Head. • Ela vem equipada com nove guias de passadores ALPS em Zirconia preta mais uma ponteira em SIC. Dessa maneira, a linha sai da carretilha passando pelos passadores com o mínimo de atrito e com arremessos mais longos e precisos. • Seu Reel Seat (assento da carretilha) em carbono transmite toda a energia e sensibilidade na captura do peixe, aumentando o conforto para a palma da mão • Cabo com curvas ergonômicas foram perfeitamente desenhadas em EVA japonês de alta densidade e perfeita para aqueles que pescam por horas seguidas.

53


CARRETILHA INCEPTION

• Carretilha de Perfil Baixo com estrutura em alumínio e design supermoderno ideal para encaixe das mãos e pesca com iscas artificias. • A velocidade 8.1:1 garante um rápido recolhimento do excesso da linha no trabalho do Jig Head e uma rápida fisgada quando o robalo suga a isca. • Peso de em torno de 195,6 g o que lhe traz maior conforto e menos fadiga para a sua pescaria. • O sistema de freio centrífugo de 6 vias necessita de abertura da tampa lateral de grafite para ajuste, porém garante arremessos longos até com iscas leves. • O sistema de 8 rolamentos tem 2 rolamentos japoneses de esfera de alta rotação resistentes a corrosão, 5 rolamentos inoxidáveis e 1 antirreverso para operação suave e confiável. • A manopla de giro em EVA é de alta qualidade e antiderrapante com um tamanho um pouco maior que os tradicionais, garantindo uma conforto e firmeza na sua pegada. • Drag de 18lbs (8kg) é superforte, evitando que segure com o dedo no carretel quando um peixe forte tomar sua linha. • A capacidade é de 123 metros de linha 0,33. • Guia da linha tem sistema em formato de ponta de uma flecha com maior abertura para arremessos mais longos e suaves

54


Fiquei muito impressionado com a vara Muse Black 17 lbs e a Carretilha Inception 8.1:1 da 13Fishing pois me trouxeram alta performance com conforto, sensibilidade, leveza, produtividade, design lindo e super moderno. Vale a pena conhecê-las no site www.hobiebrasil.com.br e em breve nas melhores lojas do brasil. A pescaria foi muito produtiva e completa com inauguração em Floripa do caiaque Compass, do conjunto 13Fishing, dos peixes fisgados, do passeio até a barra e principalmente das grandes amizades que conquistamos durante a vida. Eu sou o Felipe Barros, pescador apaixonado desde os 2 anos de idade pela pesca esportiva e pela natureza. Sou fundador da página Fishing_Brothers_Brazil no instagram. Em breve, vocês poderão acompanhar minhas pescarias e dicas de pesca também no YouTube. Grande abraço a todos!

55



Temos uma ótima estrutura para barcos e caiaques. àrea Área para Camping camping Temos chalé para alugar Restaurante com almoço e porções Venha conferir!

Contato: 12 99792-9035

Rod. Tamoios, 1º saída após Fazenda da Comadre, S E va sentido Represa.


EM BUSCA DE UM SONHO NA

SUÉCIA

58


59


Por Thiago Lucio Carvalho, membro do Hobie Fishing Team BR e sócio proprietário da loja Cachara Pesca e Camping. Tudo se iniciou em 2017 , quando a Hobie Brasil resolveu realizar o primeiro campeonato brasileiro de pesca esportiva em caiaque da marca. O Hobie Fishing Brasil aconteceu no mês de outubro, na famosa represa de Capivari-PR. O campeão receberia como prêmio a oportunidade de disputar o torneio mundial de pesca com caiaque Hobie Fishing Words, marcado para o mês de maio de 2018, em Amal Suécia. Ao tomar conhecimento que as inscrições para o Campeonato Brasileiro já estavam abertas, rapidamente efetivei minha inscrição e a de minha esposa Jacy. Este torneio tinha como objetivo reunir os melhores pescadores de caiaque do Brasil e seus familiares para vivenciarem juntos o estilo de vida Hobie. Inscrições realizadas, agora era me preparar para o torneio, que tinha como espécies alvo três peixes: a voraz traíra, o manhoso black bass e a simpática e esportiva tilápia. Dessas três espécies eu somente tinha experiência com a traíra, pois resido em Cuiabá/MT e os outros dois peixes não estão presentes na bacia hidrográfica da região. Minha estratégia foi de investir na traíra e posteriormente tentar o black bass e a tilápia...

60

nessa ordem. Separei varas de até 12 lbs e muitas iscas de fundo, meia água e superfície, como também as softs, que pouco utilizo. Para chegar ao Plaza Ecoresort Capivari, onde seria realizado o torneio, rodei quase 2.000 km. No mesmo dia houve uma inversão climática, com queda brusca de temperatura e muita chuva, preocupando bastante todos os competidores. O primeiro dia de pesca serviu como aprendizado e assim pude observar o comportamento dos peixes com essa inversão climática. Eles estavam muito inativos dificultando bastante as capturas e, após o termino do primeiro dia, poucos competidores pontuaram, com destaque para o Edson Santos e Milton Hoffman. Já no dia seguinte optei por pescar com softs volumosas no fundo com trabalho bem lento. Essa estratégia funcionou e consegui capturar uma grande traíra de 41 cm. Outros escaparam. Assim que finalizou o segundo dia de competição eu estava um pouco apreensivo, pois não sabia como os outros competidores tinham se saído. Mas, conversando com os demais competidores, percebi que o dia havia se mostrado muito fraco para todos, ampliando minhas chances de obter uma boa classificação.


E assim aconteceu! Consegui me classificar em terceiro lugar e ainda obtive o troféu da maior traíra capturada no evento. O campeonato encerrou com o Edson Santos se mantendo em primeiro lugar e garantindo sua vaga para o Mundial. Marcelo Hoffman em segundo e eu em terceiro. Fiquei extremamente contente com esse resultado. Considerando as condições adversas de clima e as espécies diferentes que enfrentei, valeu a pena! Conheci grandes pescadores que muito contribuíram para a minha evolução e pelo maravilhoso fim de semana em família.

61


Após alguns meses, recebi uma ligação do grande amigo Alan Freeman informando que além do primeiro lugar, que já estava garantido, seriam disponibilizadas mais três vagas para o Brasil no torneio Mundial, destinadas ao segundo e terceiro lugares do Hobie Fishing Brasil e mais uma quarta vaga para um convidado, que foi confirmada para Fabrizio Sniper completando, assim, a nossa equipe. Como fui classificado em terceiro lugar, ao receber esta notícia meu coração disparou, pois eu estava sendo selecionado para participar do maior e mais importante evento de pesca com caiaque, o famoso Hobie Fishing World! Conscientizei-me neste momento da grande responsabilidade que recairia sobre mim, pois estaria representando meu país e teria pela frente os 50 melhores pescadores de caiaque do mundo. O evento seria em maio de 2018, o que me dava tempo para me preparar com aquisição de equipamentos e estudar as espécies alvos, o pike e o perch, peixes nativos do lago Vern, onde seria realizado o torneio.

62

O tempo passou rápido e logo nos vimos embarcando em um voo de 10 horas, seguidas de mais 5 horas até Oslo, na Noruega, onde passamos um dia de compras antes de seguir caminho e assim abastecer as caixas de pesca com iscas de fabricação local e também colher informações com pescadores da região. Agora mais equipados seguimos para nosso destino final... Amal, Suécia, onde chegamos tarde da noite. Sofremos um pouco com o fuso horário. E além disso, o sol se põe neste período depois das 22 horas. No dia seguinte toda a equipe estava reunida e ansiosa para conhecer os outros competidores e é claro, para conhecer seus caiaques, que já se encontravam prontos e devidamente equipados com o que há de melhor e identificados com a bandeira brasileira e o nosso nome. Confesso que ao ver a bandeira do Brasil e meu nome estampado no caiaque, meu peito se encheu de orgulho, pois estava realizando um grande sonho de poder pescar com os melhores do mundo e representar meu país em uma atividade em que ainda poucos conhecem.


No HFW o torneio é realizado em duas etapas, sendo a primeira, dois dias de treino. Assim todos os competidores poderiam se ambientar com os equipamentos e condições de pesca. Os outros três dias seriam de competição efetiva, valendo pontuação. Em nosso primeiro dia de treino o clima estava sensacional, com temperatura acima de 26°C e pouco vento. Todos os competidores estavam animados e ansiosos para lançarem suas iscas em busca dos peixes alvos. Na noite anterior pesquisei bastante por imagens de satélite onde iria pescar e decidi não me afastar e me manter por perto explorando as margens onde existiam bastante vegetação. Não obtive sucesso nesse primeiro dia de treino, pois não consegui capturar nenhum peixe, me fazendo pensar bastante sobre a estratégia para o dia seguinte. Aproveitei então diversas dicas do Fabrizio Sniper, pois no primeiro dia de treino foi o melhor brasileiro e um dos melhores no geral. Já no segundo dia de treino houve uma inversão climática. A temperatura despencou para próximo de 10°C, inclusive com chuva. E os peixes diminuíram a atividade. Nesse dia fiz o uso de uma isca Spiner da Meps número 5 que havia comprado especialmente para o torneio e, trabalhando lentamente, consegui várias capturas com destaque para um pike acima de 65 cm. O local que escolhi para pescar foi nas partes mais rasas do lago, com profundidade de 50 cm a 1,20 m. Esse dia foi muito empolgante eliminando a frustração de não ter capturado nenhum peixe, deixando-me bastante confiante na estratégia e preparado para o primeiro dia de competição, valendo pontos. Assim que amanheceu no primeiro dia de competição, a direção de prova informou que teríamos um dia com bastante sol, porém com muito vento. Continuei com a mesma estratégia de pescar em lugares rasos com vegetação e segui para os pontos onde no dia anterior havia obtido bons resultados. No entanto, com a grande presença de pescadores e com muitos peixes capturados no dia anterior, o ponto de pesca se mostrou fraco. Os peixes estavam muito ariscos e não atacavam as iscas. Durante o dia todo consegui pontuar com apenas um pike de 58 cm, que não era grande, mas serviu para manter minha moral alta.

63


Também no segundo dia de competição, o clima seguiu do mesmo jeito, quente e com muito vento. Neste dia decidi explorar novos pontos de pesca no lago me afastando bastante e pescando em algumas baias que havia visualizado pelos mapas de satélite. Sucesso!!! Lá pelas 12 horas eu já tinha capturado e cumprido a meta de pescar dois pikes. Utilizei iscas Softs da Zman sendo o modelo diesel Minow a que mais deu resultado. Com esses dois peixes pontuados pude me dedicar na pescaria do perch, espécie que ainda não tinha conseguido nenhum exemplar. Segui para uma grande formação rochosa submersa e comecei a experimentar pequenas iscas até usar uma soft da Daiwa de 6 cm e assim capturei o meu primeiro perch, que infelizmente não tinha tamanho suficiente para pontuação, que era de 25 cm mínimo. Fiquei mais 35 minutos neste local e consegui capturar alguns peixes, mas que também não tinham tamanho mínimo. O tempo passou e fui obrigado a retornar para não ser penalizado. Ao término do segundo dia conversei com muitos pescadores e a competição estava se desenhando com a disputa pelas primeiras colocações entre Inglaterra, Canadá, China, Alemanha e Austrália. Ganhar seria uma tarefa muito difícil, porque os pescadores do Hemisfério Norte levavam grande vantagem sobre os outros, pois as espécies alvos são comuns em seus países de origem, salvo Austrália. Para o terceiro e último dia de torneio, decidi fazer o meu melhor e tentar alcançar uma ótima colocação. Para isso, a meta seria cumprir a cota de quatro peixes sendo dois pikes e dois perchs. O dia amanheceu com céu limpo indicando sol e muito vento, seguindo o padrão dos dois

64

dias anteriores. Antes de nossa largada o hino da Suécia foi cantado por crianças locais. Ouvimos com imenso respeito e admiração por esse povo que nos acolheu com muito carinho em uma pequena cidade às margens do lago Vern, como anfitrião do maior evento de pesca com caiaque e 50 competidores de 20 países. Nesse dia me afastei bastante do ponto de largada, indo pescar nas baías que no dia anterior havia obtido bons resultados. Após algumas horas de pesca capturei dois pikes sendo um acima de 70 cm. Consegui deixar uma janela de tempo para investir na pesca de um melhor exemplar do perch. Segui para a mesma formação rochosa submersa e comecei a ter diversas ações de peixes e logo consegui fisgar um perch de 28 cm. A emoção foi muito grande, pois faltava somente mais um peixe para cumprir a meta de 4 exemplares validados. Após insistir bastante e de algumas capturas de peixes menores, consegui embarcar um peixe de 25 cm, na medida exata para pontuação. Missão cumprida com pouco mais de 30 minutos para encerramento desse dia de pesca. Segui para o local da largada pedalando firme contra o vento e observando vários outros pescadores também retornando e dessa maneira se encerrava meu último dia de pesca na Suécia. Foi emocionante encontrar os outros brasileiros e ouvir as histórias de suas capturas, de suas dificuldades e de como esse tinha sido um excelente torneio.


O campeonato foi encerrado oficialmente, após uma salva de tiros de canhões realizada por cidadãos suecos caracterizados de soldados do século 17. Emocionante! Nesse dia, devido aos bons resultados, fui classificado entre os 10 primeiros da competição. Fiquei muito feliz, pois senti que fui evoluindo durante a competição. Enfrentei grandes desafios, como clima, equipamentos não equilibrados com a realidade da pesca dos peixes alvos, iscas diferentes e fuso horário, mas que em nenhum momento me deixou perder a vontade de pescar. Sabia que no Brasil muitas pessoas estavam acompanhando e torcendo para nós e que tínhamos a obrigação de fazer o melhor possível. Finalizei o campeonato na 24ª colocação com 331 pontos, garantindo a melhor classificação entre os brasileiros e me deixando com sentimento de missão cumprida. A classificação geral ficou com Salah Eddibe da Alemanha em primeiro, Rob Baginski do Canadá em segundo e o chinês Jian Huang em terceiro. Nessa aventura fiz muitos amigos e evolui muito como pescador, e espero um dia rever todos esses participantes com quem convivi por seis dias. Ao final do campeonato, todos já se perguntavam, onde seria o próximo Hobie Fishing Word. Esta informação só saberemos mais adiante.

65


Uma certeza eu tenho. Vou me preparar para buscar a minha chance de ir novamente e, para isso, vou participar do Hobie Fishing Brasil 2 que será realizado nos dias 14 e 15 de Setembro de 2018 em Santa Clara do Oeste-SP, às margens do lago formado pelos rios Parnaíba e Rio Grande. Estarei mais preparado, pois fui adquirindo experiência em torneios e as espécies alvos serão as traíras e os grandes tucunarés, peixes que costumo pescar com frequência no Mato Grosso... Até lá... Abraço a todos!

66





MULHERES TAMBÉM

PESCAM E MUITO BEM!

70


71


Por João Carlos Moreira, pescador esportivo. Daysa Melo, 23 anos, desenvolveu o amor pela Pesca Esportiva ao acompanhar o marido, João Carlos Moreira em suas pescarias nos fins de semana. Ela foi a pioneira na prática do esporte no estado do Maranhão e tem se tornado exemplo na categoria, onde já conquistou vários seguidores. Daysa Melo, apesar da pouca idade, representa o grupo de pesca esportiva, SLZ Esporte Fishing e faz parte do time de Pro Staff de uma loja de artigos de pesca na capital Maranhense e também conquistou prêmios em campeonatos de pesca esportiva. Ela nos contou que sua trajetória na pratica da pesca esportiva não foi muito fácil, pois sofreu preconceitos de outros praticantes da pesca por ser mulher. Sempre incentivada pelo marido, deu a volta por cima e mostrou que lugar de mulher é onde ela quiser, e no caso da pescadora é na água.

72


Hoje observamos que artigos femininos de pesca estão tomando seu lugar nas lojas do ramo em todo o Brasil. Isso nos mostra que a pesca esportiva é um lazer para toda família, e que todos podem levar suas respectivas mulheres para se divertir e pescar juntos. O esporte cresce cada vez mais, e é gratificante ver que todos podem ter acesso, sem discriminação de qualquer tipo. Compartilhe essa ideia e vamos juntos conscientizar todos para Pesca Esportiva.

73


AMIGOS PESCADORES






Mini

CURSO

COMO

ATAR MY FLY Por SebastiĂŁo Rigues. Material usado: pena de faisĂŁo dourado, anzol 14, pluma, pena de galo.

1

2

Retire as cerdas de um lado da pena, lembrando sempre que uma da direita e outra da esquerda, deixando a parte melhor da pena virada para cima.

79


3

Puxe as cerdas para baixo e ate para que fique nesse formato

5

Amarre as asas na posição.

80

4

Amarre no anzol as plumas e as penas de galo para fazer o corpo.

6

Enrole a pena de galo, e puxe as plumas para frente das asas, fixando com a linha, depois volte com as plumas para trás, e arremate com o nó de acabamento..



21:00 AO VIVO



• Assistência técnica e gerencial em piscicultura; • Projetos técnicos e melhoria da eficiência; • Avaliações de áreas e perícias técnicas; • Capacitação técnica e gerencial, palestras e cursos; • Monitoramento ambiental da água (qualidade física e química e análise das comunidades fitoplâncton, zooplâncton e macrófitas); • Diagnóstico de doenças, nutrição e alimentação de peixes; • Projetos e assessoria técnica em cultivo de peixes de água doce e marinho em tanques rede. • Consultoria em Ecologia Aquática: • Levantamento, monitoramento, manejo e conservação da ictiofauna; • Prevenção e monitoramento de espécies exóticas; • Licenciamento e Gestão Ambiental; • Estudo físico e químico da qualidade da água e das comunidades do fitoplâncto, zooplâncton e macrófitas aquáticas. • Consultoria ambiental tratamento de efluentes. • Projetos de educação ambiental. • Projetos, avaliação e laudos de flora e paisagismo. • Projetos e laudos de fauna.


ANDERSON FELIPE Responsรกvel pela Revista Editor - Arte finalista

CLAUDIO LEYRIA Revisor de Texto e Editor

/REMOEPESCA @REMOPESCA WWW.

REMOEPESCA.COM


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.