Nยบ 3 / Novembro 2017 / www.facebook.com/remoepesca
Histรณrias
Dicas Novidades Fotos
Designer - Anderson Deoli
Revisรฃo - Clรกudio Leyria
vocĂŞ na capa
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Caro Leitor Essa revista se destina a todos os amantes da pesca, especialmente os amantes de pesca com caiaque, a mais nova modalidade. Aqui você encontrará dicas para sua pescaria, incluindo segurança, histórias de nossos amigos pescadores e uma variedade de novidades do mercado de pesca. Prepare seu remo, aperte seu colete e venha navegar nesta fantastica revista. A Remo & Pesca te deseja uma otima pescaria de informações e conhecimentos. Todo material aqui criado visa ampliar e trocar conhecimentos entre os pescadores. Você também pode fazer parte da nossa equipe. Seja bem vindo e divirta-se!
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Traíra
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HOBIE Novidade
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Isca meia água
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BRUDDEN Novidade
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Violência contra pescadores
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Desvirando caiaque Dicas de segurança
Fixação caiaque no RACK
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Pesca de robalo
Tudo bem, pescadores? Me chamo Maicon, sou guia de pesca esportiva de robalo e fabricante da Flex Iscas Artificiais. Sou atual detentor do Recorde Mundial no IGFA capturando o maior robalo-flecha do mundo homologado. Passo agora a a vocês algumas dicas para se pescar robalo, tanto embarcado (incluindo caiaque) quanto no modo desembarcado. Para uma pescaria em píers (ou desembarcado), o uso de material leve é fundamental para pesca de peixes médios e de pequeno porte. Eu utilizo uma vara 10 lb customizada RBA Rods, com o tamanho de 1,90 m, com molinete pequeno e linha multifilamento (máximo 15 lb) e um líder de flúor carbono de 15 a 20 lb com os camarões flex tamanho 5,5 cm e o anzol com cabeça de chumbo, conhecido como jig head, pesando de 3.5 até 8.5 g. Dependendo local e da profundidade, pode-se pescar deixando a isca tocar o fundo, dar dois toques e vir repetindo o trabalho com a vara em um ângulo de 45 graus, até despertar a ação do peixe. Atualmente onde pesco, em Paraty (RJ), o local não passa de 2 metros. Então eu arremesso a isca com peso de jig head 3,5 g e venho dando toques contínuos, trabalhando a isca na meia água, onde tenho excelente resultado. Qualquer pescador pode realizar essa pescaria com um custo muito baixo. No modo embarcado, utilizo vários equipamentos e conjuntos: varas e carretilhas Venator Marine Sports e também as customizadas RBA RODS de 10 até 14 lb com carretilha perfil baixo, Venator Lite SW abastecidas com linhas de 20 a 30 lb e o líder de 20 até 50 lb.
Como pescamos em diferentes profundidades, podendo passar de 10 m, o peso do jig head muda em cada caso. Podemos utilizar até 21 g. É fundamental sentir a isca tocar o fundo e ir acertando o peso. Não é adequado tocar rápido demais porque isso resultaria em um trabalho de isca menor. Os pesos mais utilizados são de 10 a 17 gr para os Camarões Flex de 8 cm e para as iscas maiores, de 10 e 12,5 cm, utilizamos pesos de 14 até 21 g, sempre com o trabalho de dois toques.
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Na pesca com caiaque, procuro ter uma esportividade maior. Uso varas 12 e 14 lb para capturar robalo-flecha com camarão flex 10 cm e peso de jig head 14 g, pescando em uma profundidade média de 4 a 6 metros. O trabalho é sempre o mesmo: vara em um ângulo de 45 graus, dois toques tirando a folga da linha e repetindo o trabalho até ter a ação do peixe. O material balanceado vai fazer a diferença na pescaria, pois esta uma pesca de sensibilidade. Quanto maior a libragem, menos sensível fica. E uma linha grossa pega mais arrasto na água, o que dificulta sentir a batida do peixe. Espero que gostem. Vejam fotos de capturas realizadas por mim. Um dos segredos para o sucesso é a isca Camarão Flex.
Pratique o Pesque e Solte Robalo-Flecha cota 0.
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Iscas soft
As iscas soft normalmente são feitas de silicone ou plastsol. São uma carta na manga para a captura de robalos, tucunarés, traíras e outros peixes mais agressivos. Há uma diversidade de iscas soft. Conheça alguns exemplos: - Camarão: considerada a isca mais eficiente, imita um camarão. A montagem pode ser feita com jig head ou anzol off set ou até mesmo sistemas como carolina rig, texas rig, entre outros. - Shads: peixe de borracha que imita um peixe nadando, também traz muito resultado nas pescarias de agua doce, utilizando a montagem antienrosco, você consegue alcançar locais de estruturas diversas sem a preocupação de enroscar em algum galho e, consequentemente, indo atrás dos predadores que se escondem nessas áreas.
- Grub ou Worm: imita uma minhoca, sendo muito atrativo para o robalo, black bass e tucunarés, desde que trabalhadas de forma adequada para cada espécie.
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- Shad Shape: Foi desenvolvida para o black bass, mas com sua notória atratividade, vem dando muito resultado na pesca de robalo e tucunaré.
- Frog ou Sapinho: Tem um formato de um sapo e com montagens que possibilitam arremesso dentro de estruturas. É uma isca versátil na pesca de traíras e tucunarés em água doce, com muita produtividade na flor da água, por trabalhar na superfície.
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Pesca esportiva
A ideia principal da pesca esportiva é fisgar o peixe e soltá-lo, e não capturá-lo para consumi-lo ou comercializá-lo. É mesmo só pelo prazer de pescar. Na maioria dos casos, os pescadores medem, pesam e fotografam o peixe antes de devolvê-lo a água. O objetivo é deixar o peixe crescer mais e desovar mais vezes, aumentando assim a quantidade de peixes de determinadas espécies. Na água doce, o peixe tem maiores chances de sobrevivência após ser solto do que na água salgada. Porém, são necessários inúmeros cuidados para que o peixe não se desgaste demais, pois sem alguns cuidados, normalmente ele morre.
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Para isso existe uma série de equipamentos e acessórios diferenciados para a pesca esportiva. Anzóis, iscas, entre outros, são projetados para não causar ferimentos graves. Além disso, o pescador pode utilizar algumas técnicas para preservar a integridade do peixe:
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- Manusear o peixe dentro da água o maior tempo possível. - Fora d'água, ao manusear o peixe, é preciso manter as mãos molhadas (a mão seca retira o muco que protege o animal). - Usar somente anzóis sem farpa ou com a farpa amassada. - Ao pescar em profundidades maiores do que 30 pés, puxar o peixe devagar, para que haja tempo para a descompressão (adequação do peixe quanto à pressão da água). - Retirar o anzol com alicate de bico (somente quando não estiver muito profundo). - Quando o anzol estiver muito profundo, cortar a linha e deixá-lo dentro do peixe (o organismo irá expeli-lo sem prejudicar o peixe). - Se valer de rapidez e cuidados ao tirá-lo da água para pesar, medir e fotografar. Caso você repare que o peixe foi fisgado por outras partes do corpo e visivelmente não vai sobreviver, recomenda-se então levar o peixe, desde que dentro das leis é claro. Um exemplo de peixe condenado é quando o anzol fura um olho ou atinge uma guelra. Entre os peixes mais cobiçados do Brasil, e que são também considerados os mais esportivos, estão o tucunaré e a traíra, que são de agua doce, e o robalo e o tarpon, que são de agua salgada.
Opte você também pela pesca esportiva. Vamos ajuda nosso ecossistema fazendo nossa parte. 13
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Limpeza e Suporte Caiaque Iniciantes
A pescaria é sempre uma alegria. A tristeza começa na hora de chegar em casa e dar um talento no caiaque, mas a preguiça bate, a pescaria foi longa e você acha que tudo bem deixar assim mesmo. O ideal é chegar em casa e jogar uma boa água no caiaque depois de usar na água salgada, ou mesmo na água doce. Use sabão neutro, uma vassoura bem mole e faça uma limpeza geral. Retire o excesso de água que possa ter ficado nas reentrâncias do caiaque. Não deixe seu caiaque exposto ao sol, arrume uma capa ou uma lona simples que já será suficiente para protegê-lo. Vamos deixar aqui também algumas dicas de onde e como guardar seu caiaque. É muito importante ter fixações seguras para que o caiaque não se solte e acabe danificado em uma queda. Temos dois tipos de fixação: na parede e no teto (que serve tanto para telhado como para laje). Verifique qual local é mais prático para você e garanta que seu caiaque esteja seguro e que você possa manuseá-lo com facilidade entre uma pescaria e outra.
Suporte para parede.
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Suporte com roldanas para teto.
Suporte para fixação no teto com roldanas.
Suporte para fixação na parede.
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Limpeza Material de pesca
Porque devemos manter limpo nosso material de pesca? É sempre bom remover resíduos de areia e terra de nosso material depois das pescarias. E uma boa lubrificação, pelo menos uma vez por mês, também é recomendado. Vamos te ensinar a fazer um limpeza básica em sua carretilha e também seu molinete. É importante não deixar acumular sujeira e resíduos, pois eles vão diminuir a vida útil da sua carretilha.
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Você vai precisar de: - Lubrificante a base de silicone ou outro antiaderente; - Flanela ou um outro pano que não solte felpas; - Escova de dente velha; - Óleo mineral.
Como proceder: - Remova a tampa lateral, o carretel e tire também o botão de ajuste de peso da isca. Tome muito cuidado ao remover as peças, sempre as deixando em uma sequência estratégica para depois montar de novo, sem correr o risco de perder ou sobrar peças. Muitos amadores acham que dominam a carretilha, desmontam tudo e na, hora de montar, notam que sobraram peças para mais duas carretilhas, kkk! - Use água corrente para limpar a carretilha e as peças que você removeu. - Dê uma atenção especial ao distribuidor de linha. Use a escova de dente para remover uma sujeira mais pesada. Você pode usar um pouco de sabão neutro para a sujeira mais difícil de remover.
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- Depois de enxaguada com cuidado, retire o excesso de água chacoalhando-a e ponha para secar em um local com sombra, seco e arejado, durante o tempo que for necessário para secá-la completamente. - Após completamente seca, coloque o óleo nos rolamentos do carretel. Uma gota é o suficiente. Sempre procure verificar na sua carretilha quais são os rolamentos que estão apoiando o carretel. Coloque uma gota de óleo neles também. - É aconselhável colocar uma gota de óleo em todas as partes que se movimentam, como por exemplo a manopla que usamos para recolher. - Depois é só remontar a carretilha e verificar se está tudo funcionando perfeitamente. Aproveitando que estamos falando de cuidados com a carretilha, não se esqueça nunca de, no final de toda pescaria, passar uma água corrente na carretilha e nas varas. Não se esqueça também de fazer uma limpeza preliminar nas suas iscas, removendo sujeira e trocando as garateias enferrujadas. Cuidado é essencial para que seus equipamentos durem muito mais tempo e para que você não venha a ser surpreendido com algo que não esteja funcionando bem no momento em que você já está no local da pesca.
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Depois do sucesso da 1ª edição do Pesque Kayak Palmas, realizada há duas semanas na Praia da Graciosa, em Palmas, os organizadores já estão de olho no próximo ano e nos próximos eventos. De acordo com um dos organizadores da competição, Dirceu Nunes, o Border, esta primeira edição do Pesca Kayak Palmas foi um verdadeiro sucesso. “Já estamos com saudades do que aconteceu. Muita gente nos procurando para saber do próximo evento e agora vamos nos preparar para 2018, com certeza com a segunda edição e muitas outras atrações não lago de Palmas”, comemorou Border, já que a competição teve a marca de 102 inscritos.
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Pantanal: em cada pescaria, uma surpresa Marcelo Ferrazoli Se você acha que pescar no Pantanal mato-grossense é sempre a mesma coisa, está enganado. Essa foi a principal lição que aprendi ao participar de minha segunda pescaria lá. Na primeira, um ano antes, em plena cheia do rio Paraguai, lembro-me que os fatos que mais me surpreenderam no Pantanal foram o calor insuportável, a belíssima diversidade da fauna e flora, a ausência de pernilongos e, é claro, a meia dúzia de peixes que consegui fisgar. Tal cenário era o que eu esperava encontrar na edição do ano seguinte da pescaria, marcada para o período de água baixa do rio. Já me achava um “pantaneiro” após minha “avant-premiére” na arte, um engano que me custaria muito caro e me castigaria mais tarde. Conforme combinado com meu companheiro de pescaria, Cláudio Leyria, de São José dos Campos (SP), acordamos às 7h, pegamos as tralhas (varas, anzóis, linha e chumbadas reserva, protetor solar, chapéu, repelente e, principalmente, a licença de pesca) e saímos em busca dos peixes em um pequeno bote, comandado pelo piloteiro.
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Mas, ao chegar no primeiro ponto de pesca, ao pararmos o bote em um aguapé, uma “nuvem” de pernilongos começou a nos atacar e, por isso, descobri que havia cometido meu maior erro, do qual me arrependeria amargamente: com a lembrança da ausência de mosquitos do ano passado, fui pescar de bermuda e chinelo. Rapidamente, lambuzei sem dó meus pés e pernas com um repelente cremoso na esperança de afugentá-los. Mas a “fome” por sangue dos pernilongos, que em razão das águas estarem mais baixas proliferaram-se aos montes, era maior que o odor proporcionado pela loção. Por isso, apesar de não se afastarem do bote, continuei pescando normalmente, pois acreditava que estaria protegido. Uma doce ilusão, que à noite me revelou o tamanho da besteira que havia cometido: somente nas pernas e pés calculo ter recebido cerca de 200 picadas, que na manhã seguinte incharam-se e provocaram uma coceira terrível, com a qual tive de conviver por cerca de 15 dias e gastar mais de R$ 50,00 em pomadas e medicamentos antialérgicos para curá-la. Por isso, se você quiser aventurar-se nas águas pantaneiras, lembre-se desta regra: mesmo se estiver quente, cubra seu corpo com uma camisa de manga longa, boné, calça de moletom, meia e tênis. Tenha certeza que é melhor sofrer um pouco com o calor do que ser alvo dos famintos pernilongos. E nunca confie apenas no repelente, pois apesar de ser útil, não faz milagres. Em compensação, voltei para casa com uma quantidade e variedade bem maior de peixes fisgados em relação ao ano passado. Foram 11 quilos distribuídos em uma piraputanga, vários peixes-palmito, uma jiripoca - que eu pensava ser nome de pássaro -, e, como não podia faltar, três piranhas. O Pantanal é um local único no mundo, com uma magia e beleza natural indescritíveis. Por isso, preserve-o, respeite-o e nunca o subestime quando for dar um “banho na minhoca” por lá. Marcelo Ferrazoli, Bauru (SP)
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Temos uma ótima estrutura para barcos e caiaques. Temos chalé para alugar Restaurante com almoço e porções Venha conferir!
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Rod. Tamoios, 1º saída após Fazenda da Comadre, S E va sentido Represa.
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REservado! Anuncie aqui O intuito da revista é poder divulgar nosso esporte, trazer dicas, novidades e conscientizar as pessoas em relação a pesca esportiva.
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