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Março 2018 / www.facebook.com/remoepesca
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TESTAMOS CONCEPT C
FINAL DA LIGA VALE KAYAK FISHING Projeto e Desenvolvimento - Anderson Deoli | Revisão - Cláudio Leyria
vocĂŞ na capa
Caro Leitor Essa revista se destina a todos os amantes da pesca, especialmente os amantes de pesca com caiaque, a mais nova modalidade. Aqui você encontrará dicas para sua pescaria, incluindo segurança, histórias de nossos amigos pescadores e uma variedade de novidades do mercado de pesca. Prepare seu remo, aperte seu colete e venha navegar nesta fantastica revista. A Remo & Pesca te deseja uma otima pescaria de informações e conhecimentos. Todo material aqui criado visa ampliar e trocar conhecimentos entre os pescadores. Você também pode fazer parte da nossa equipe. Seja bem vindo e divirta-se!
TESTAMOS CONCEPT C Tivemos o prazer em testar as carretilhas da linha , uma nova marca que vem prometendo arremessos incríveis e qualidade inimaginável. Começamos a falar do seus incríveis 173 gramas, isso mesmo, a Concept C é uma das mais leves e potentes de sua categoria, e conta com tecnologias que só a pensou para sua pescaria.
Drag de 22lb (Freio)
Ela conta com 6 discos feitos de carbono que vão segurar aquele seu troféu. O sistema chamado Bulldog Drag é suave e oferece uma excelente tração. Os discos de carbono aumentam sua durabilidade e não vão te deixar na mão.
Freio centrífugo com 6 regulagens
Sistema desenvolvido e de fácil ajuste, da maneira que você necessita. Cada número significa quantos pesos de freio estão ativados na hora do arremesso. Quanto menor o número, mais rápido o carretel girará, e quando dizemos rápido é algo que vai além das suas expectativas. E um detalhe interessante é que, quando for necessário regulá-la você não vai correr o risco de perder a tampa lateral, pois ela fica acoplada por um guia, evitando assim sua perda.
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Proteção contra água salgada
A tecnologia Ocean Armor Coating é um processo químico exclusivo da para aumentar consideravelmente a durabilidade dos componentes da Concept C quando utilizada em água salgada. Isso se deve a uma camada de proteção consistente que irá inibir a corrosão e a eletrólise.
Anti-reverso com sistema NTN – Japanese Dead Stop
Esse sistema japonês oferece alta precisão e foi projetado para entregar confiança e durabilidade incomparáveis. Em conjunto com o drag, vai aguentar a arrancada dos peixes mais fortes!
Arrowhead Line Guide
Para um arremesso preciso e mais longo, a pensou em cada detalhe, e não poderia ser diferente em seu guia de linha. Por isso, ela desenvolveu um formato diferenciado que ajuda a reduzir o atrito no momento do arremesso. A Concept C tem um grande potencial, ficando lado a lado com as marcas encontradas hoje no mercado. Mas ela veio com esse diferencial para ficar e está trazendo mais uma super carretilha, a Concept Z, que não possui rolamento algum e promete mexer com o mercado de pesca. Em breve traremos muitas novidades da linha .
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No domingo, 25 de fevereiro, na represa de Paraibuna, no restaurante e pesqueiro Bem Bolado, ocorreu o encerramento da Liga Vale Kayak Fishing 2017, que recebeu esse nome por ter como áreas de pesca válidas as represas de Paraibuna e do Jaguari. A competição transcorreu de abril de 2017 a fevereiro de 2018, num modelo que foi pensado visando dois objetivos. O primeiro foi propiciar aos pescadores esportivos a participação em uma competição, assíncrona, sem data e hora específicas, com a oferta de períodos de um mês inteiro, para que o competidor pudesse escolher o(s) dia(s) e o(s) horário(s) nos quais teria a disponibilidade de tempo necessária. O segundo foi incentivar a prática do pesque, fotografe e solte, evitando que o evento se tornasse mais um motivador ao ato de matar peixe ou de fazer com que os exemplares capturados fossem retirados da água pelos períodos longos e nocivos que são necessários para a realização das pesagens. A competição colocou à prova não só as habilidades dos competidores na pescaria, mas também a capacidade de cada um agir de forma lícita ao apresentar para a organização as capturas obtidas em cada etapa.
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Mesmo bastando enviar foto de cada exemplar capturado sobre uma régua, com a exibição de uma senha ao lado de cada peixe, não foi observada (pelos meios de detecção bem funcionais que foram utilizados nas análises) nenhuma tentativa de fraudar as regras. Apesar estarmos em um país cuja ética está a cada dia mais desacreditada, ficou evidente que há pescadores esportivos com valores morais, em quantidade suficiente, que tornaram possível a realização de uma competição moderna, de alto nível e que gerou muita amizade entre os competidores. Nessa primeira edição, que contou com 50 inscritos, sangrou-se campeão o Fabrízio Begliomini, do Hobie Fishing Team Brasil, que ainda conquistou os prêmios de captura do maior tucunuré (com 49cm), da maior tilápia (com 48cm), da maior traíra (com 46cm) e o Jone ganhou o trofeu de maior jacundá (38 cm). Estão de parabéns os organizadores, por enxergarem esse modelo prático e inteligente de competição, e também os competidores que abraçaram a proposta que abriu um novo horizonte para a pesca esportiva competitiva
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com caiaque. A nova edição terá início em setembro 2018 e transcorrerá até abril 2019, sendo mais abrangente, tendo como áreas válidas para pesca as represas Atibainha, Billings, Broa, Funil, Guarapiranga, Itupararanga, Jaguari, Juquitiba, Mairiporã, Paraibuna e Santa Branca.
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Fabrízio Begliomini Campeão com 2.146 pontos, recebendo trofeu de primeiro lugar e trofeu dos maiores peixes.
2º Lugar - Rodolfo Carvalho
3º Lugar - Jone Pablo
4º Lugar - Daniel Pascon
5º Lugar - Edinho Rúbio
6º Lugar - Leandro Noritomi
7º Lugar - Filipe Pires
8º Lugar - Diego Mendes
9º Lugar - Bruno Salles
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Temos uma ótima estrutura para barcos e caiaques. àrea Área para Camping camping Temos chalé para alugar Restaurante com almoço e porções Venha conferir!
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Duvidas na hora de
PESCAR? Por Sergio Motta, pescador esportivo, membro do Hobie Fishing Team Brasil
RESPONDENDO AS PERGUNTAS FREQUENTES PARA USO DO CAIAQUE DE PESCA Tendo em vista as dúvidas, sobre segurança e legalidade, mais frequentes daqueles que utilizam caiaque há pouco tempo ou que pretendem usar, vale esclarecer:
1: É obrigatório usar colete salva-vidas em caiaque de pesca?
A norma não fala em obrigação de uso, mas fala em dotação (manter a bordo). Portanto, é obrigatório o caiaque conter um colete salva-vidas, para cada ocupante, de acordo com a ocupação prevista pelo fabricante. E, embora isso não esteja assim descrito, a ocupação prevista para um caiaque estará definida pela quantidade de assentos que o caiaque dispuser. Caiaque com um banco estará destinado ao uso de uma única pessoa por vez, assim como estará destinado ao uso de duas pessoas por vez, o caiaque de dois lugares, também conhecido por “duplo”. Observação: Apesar da norma não falar em uso, somente em porte, estar vestido com um colete salva-vidas será muito mais seguro que tê-lo fora do corpo, apenas a bordo do caiaque. As emergências não costumam anunciar quando ocorrerão e devemos estar o tempo todo preparados para elas.
2: O colete precisa ser homologado pela Marinha?
De acordo com a norma, um caiaque de pesca deve ser dotado de colete salva-vidas Classe V. No colete deverão constar o número do Certificado de Homologação, o nome do fabricante, o modelo, a classe, o número de série e a data em que foi fabricado. Portanto, o colete deverá ser homologado sim! Observação: Você poderá fazer uso de um colete de sua preferência, que não seja homologado, mas - para agir de forma legal - deverá dotar o seu caiaque de um colete que disponha de homologação.
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3: Para pescar com caiaque, qual a documentação necessária?
Para pescar com caiaque com propulsão humana (movido a remo ou a pedal) o caiqueiro deverá dispor da Licença da Pesca Amadora, B – embarcada.
Observação: a licença pode ser obtida no site http://pndpa.mdic.gov.br/pndpa/web/pesca_amadora.php ao preço de R$ 60,00 por ano.
4: Para pescar com caiaque movido a motor, o que é preciso, em termos de documentação?
Para pescar com caiaque movimentado por meio de máquinas ou motores, o caiaqueiro deverá ser habilitado na categoria arrais amador, e o caiaque deverá ser registrado na Marinha, na chamada Inscrição Simplificada. Observação: dependendo do sistema de escapamento e da posição em que seja instalado num caiaque, um motor a combustão poderá emitir ruídos em níveis que certamente agredirão a audição do caiaqueiro.
Colete Salva-vidas.
Arrais amador.
Licença de Pesca.
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De acordo com dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), o limite de decibéis que o ouvido humano pode suportar, sem ser sofrer algum tipo de agressão, é 65. E o risco de comprometimento da audição aumenta consideravelmente, quando o ruído supera a marca de 85 db. O tempo de exposição ao ruído também é determinante para a geração de malefícios. Além de perda da capacidade auditiva e surdez, a exposição a ruídos acima de 85 decibéis poderá causar ao caiaqueiro distúrbio do sono, estresse, dor de cabeça, falta de concentração, aumento do batimento cardíaco e até distúrbios digestivos. Os aplicativos próprios para smartphones, que atuam como decibelímetros, são bastante funcionais e poderão informar ao caiaqueiro exatamente a quantidade decibéis produzidos pelo motor que ele use ou pretenda usar no caiaque. Para medir, o ideal será manter o motor na mesma distância que ele estará do ouvido do caiaqueiro, quando em uso, e posicionar o smartphone na altura do ouvido, do lado que ficará menos distante do motor. Se o a quantidade de decibéis medida dessa forma ultrapassar a marca de 85, o uso de proteção auditiva será indispensável. Para fazer uso de motores que emitam ruídos entre 85 e 100 decibéis, o caiaqueiro deverá fazer uso de proteção intra-auricular, com plugs de silicone e acima disso o ideal será não fazer uso do motor. Fazendo uso de um protetor auricular, o caiaqueiro terá os impactos dos ruídos atenuados, mas não perderá a percepção auditiva para os sons que estarão em produção no ambiente em que ele estiver navegando, como a buzina de uma outra embarcação ou um chamado por voz ou apito. Fontes: NORMAM DPC-3 Capítulo 2 – Seção I - 0205 – Observações - C Capítulo 4 – Seção III – 0411
Apito Storm para emergencias.
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Protetor auricular
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UMA
AVENTURA
no CARNAVAL Por Thiago Lucio Bortolato Carvalho (pescador esportivo, membro do Hobie Fishing Team BR).
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Enfim, o Carnaval!!! O Brasil inteiro envolvido em festas e desfiles. Mas... para os amantes da pesca, este período é excelente pela disponibilidade de tempo. Neste Carnaval decidi realizar uma pescaria de aventura, com acampamento e com o mínimo possível de estrutura. O local escolhido foi o Rio Guaporé, no estado do Mato Grosso, distante 600 km da capital Cuiabá, onde a pesca já se encontra liberada. Este rio é conhecido por abrigar diversas espécies esportivas de peixes, mas nesta ocasião os alvos escolhidos foram os tucunarés e trairões. Equipamentos preparados, saímos bem cedo de Cuiabá com destino à Usina Hidroelétrica do rio Guaporé, numa área alagada de tamanho razoável, localizada em propriedade particular, onde se faz necessária autorização para pescar. Após 545 km de asfalto e 45 de chão, chegamos ao nosso ponto de pesca. O clima estava chuvoso, por isso o acampamento teve que ser montado às pressas e nosso almoço improvisado, pois a ansiedade de ir para a água era enorme. Estávamos há 4 meses sem pescar. Caiaques na água, agora era só remar e ir em busca de nossos troféus. Nesta pescaria, meu parceiro Paulo Hiroshi estava estreando sua nova aquisição, um caiaque da marca Hobie, modelo Outback na cor camuflada. Portanto sua ansiedade era ainda maior. Já nos primeiros pontos de pesca, as ações se iniciaram, com capturas de tucunarés e pequenos trairões, mas nada ainda de tamanho expressivo.
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A chuva apertou e antes do escurecer voltamos ao nosso acampamento. Neste momento foi que conseguimos curtir um dos bons momentos da viagem, pois tudo dependia de nós e do que tínhamos de disponível em nossas tralhas. A conversa muito boa e muito divertida. Os ruídos e sons da natureza eram pura magia. No outro dia decidimos explorar a represa a uma distância maior e nesse deslocamento nossos Mirage Drives foram fundamentais para cobrir a grande distância e para pescar com o vento que não parava. Muitos peixes foram capturados, com destaque a um lindo trairão que Paulo fisgou com tamanho acima de 80 cm. Também eu tive a oportunidade de capturar o meu exemplar, mas como a represa possui muita estrutura, não consegui embarcar.
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Exploramos bastante a represa e tivemos muita ação de peixes, inclusive um pacu-borracha que resolveu aparecer atacando uma isca de superfície. Infelizmente por mais uma vez as estruturas presentes me fizeram perder este lindo exemplar, mas isso faz parte do jogo. Então.. seguimos em frente continuando com nossos arremessos. Nas margens, com a presença das vegetações aquáticas, a pescaria se mostrou mais produtiva, sobretudo nos pontos mais rasos. O segundo dia de pesca foi excelente. Embarcamos muito peixes e próximo ao escurecer retornamos ao nosso acampamento, pois as distâncias percorridas estavam entre 12 a 15 km, e não podíamos nos atrasar, correndo o risco de navegar à noite. Mais uma vez no acampamento discutimos as estratégias para o próximo dia que seria tambem o último. Conversamos bastante sobre as ações que tivemos, as iscas utilizadas e nos divertimos com as histórias de peixes que escaparam. Amanheceu mais um dia no Guaporé. Após o café da manhã partimos para mais uma incursão atrás dos grandes peixes. Decidimos pescar o mais longe possível e vir se aproximando do acampamento para que ao meio dia carregássemos tudo e retornássemos a Cuiabá. Nesta manhã os trairões não mostraram a cara, mas em compensação os tucunarés apareceram, o que nos renderam muitas fotos.
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Já próximo de encerrar a pescaria, um grande tucunaré entrou em uma isca de superfície tipo zara e não quis nem mostrar a cara... levou tudo de uma vez. É neste momento que a gente se pergunta porque não fiz o uso de um equipamento mais robusto? O importante para nós, que somos adeptos da pesca esportiva, são as fotos e as histórias e é isso o que realmente nos motivou a percorrer mais de 1.200 km. O Carnaval chegou ao fim. Cansados e molhados, mas muito felizes por explorar um lugar tão magnifico como o rio Guaporé! Muitos peixes fisgados, embarcados, escapados, fotografados e filmados. Missão cumprida!! Nessa pescaria fizemos o uso de varas de 17lb, com carretilhas de perfil baixo, abastecidas com linha equilibrada ao conjunto. As iscas foram diversas de superfície, zaras, poppers, hélices, e também sticks. As melhores ações ocorreram com as poppers. Com relação aos equipamentos que utilizamos em nosso acampamento, podemos em uma outra ocasião falar mais a respeito. Enfim a temporada de pesca 2018 se iniciou!!! Até a próxima aventura!!!
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PESCAR E SOLTAR
SEMAGREDIR SEM
MACHUCAR Procurando pescar e soltar o quanto antes.
Por Sergio Motta, pescador esportivo, membro do Hobie Fishing Team Brasil
No artigo intitulado “É tempo de matar bem menos e de soltar muito mais”, publicado na edição de janeiro, eu mencionei a necessidade de abordarmos o assunto pescar e soltar de forma correta. Então, vamos a ele. Não existe uma maneira propriamente correta de pescar e soltar, mas podemos falar no que deve ser evitado, para que o chamado catch and release atinja o objetivo de devolver o peixe à água, com as maiores chances de sobrevivência possíveis. “Captura e devolução” ou “pesque solte”, são termos que somente farão sentido se não houver perda de tempo, para devolver ou soltar. É sabido que cada espécie de peixe tem resistências e fragilidades diferentes, e em pontos distintos, mas seria por demais complexo se pensar em definir e divulgar a melhor forma de liberar especificamente cada uma delas, em meio à enorme variedade de peixes ao nosso alcance. Sendo assim, vale pecar pelo excesso e praticar com todos o que pode haver de mais indicado para os peixes com maior sensibilidade. O que poderá ser considerado um bom manuseio (embora também cause, evidente e inevitavelmente, danos), para qualquer espécie, será o realizado com a maior brevidade possível. Como a segurança do pescador deve vir em primeiro lugar, os peixes com dentes que possam lesionar um dedo deverão ser contidos por alicates, mas, na minha opinião, jamais pelos do tipo boga. Devemos ter em mente que um peixe que acabe de brigar valentemente, até chegar nas proximidades do pescador (seja na borda de um caiaque ou de um barco, num barraco ou numa praia), estará exausto e precisando muito da água, para se recuperar. Retirar um peixe da água num momento desses, seria o mesmo que impedir o Usain Bolt de respirar tão logo ele tivesse acabado de cruzar a linha de chegada em uma prova.
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E como fazer, para que o peixe seja o menos sacrificado possível? Cada exemplar deverá ser aproximado do pescador apenas com o trabalho da vara, sem a utilização de passaguá, já que as redes desses implementos retiram a mucosa protetora dos peixes nos pontos que os tocam. Antes de ser retirado da água, o peixe precisará ser recuperado, como se estivesse no momento de ser solto. O ideal será que somente após se mostrar vívido e recuperado, o peixe seja embarcado. Para realizar o manuseio fora d’água, o pescador deverá estar com as mãos molhadas, também para a preservação da mucosa. Pelo mesmo motivo, as réguas utilizadas nas competições também precisarão estar molhadas ao receberem cada exemplar, para as medições, nas competições do tipo “pesque, meça e solte”. As competições do tipo “pesque, pese e solte”, pelo tempo que mantêm os exemplares fora d’água, ou reclusos, e pelos manuseios adicionais que geram, são prejudiciais aos peixes e o ideal será que não venham a ocorrer. Após medido e fotografado (que deverá ocorrer no menor espaço de tempo possível), o peixe deverá ser mais uma vez recuperado, antes de ser liberado.
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Mini
CURSO
COMO
ATAR
CAMARÃO Por Sebastião Rigues.
Material utilizado: Olhos feitos com resina, anzol 4/0 inox, fio sintético e pena de emu.
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Queime a ponta do fio de náilon, coloque resina e vá rodando até ficar arredondado igual a estes
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Enrole os fios sintéticos na curva do anzol, na parte de baixo.
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Coloque os olhos.
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Amarre a pena de emu.
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Amarre mais fios sintéticos por cima dos olhos.
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Agora, enrole a pena de emu e coloque um fio de lã laranja próximo ao olho do anzol, imitando a ova do camarão.
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Coloque uma tira de EVA do olho do anzol em direção à curva do anzol e prenda com a linha.
Isca finalizada e resinada
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Agora venha amarrando o EVA, com passadas largas passando a linha entra as penas, tomando cuidado para que elas não fiquem presas.
PIRARUCU O GIGANTE DA
AMAZÔNIA
A pesca sustentável de um grande gigante da Amazonia - O pirarucu (Arapaima gigas) Por Murilo Pires Fiorini, biólogo, CRBio – 043281, consultor em aquicultura e saneamento ambiental O Arapaima gigas é popularmente conhecido como pirarucu, que na língua indígena significa peixe vermelho (pira – peixe e urucum – vermelho), e é um dos maiores peixes de água doce do planeta. Possui um papel fundamental para o ecossistema e traz inúmeros benefícios às comunidades que vivem da pesca. É um animal que quando adulto pode medir de dois a três metros de comprimento e chegar a pesar de 100 a 200 kg. Normalmente, vive em lagos e rios afluentes e seu hábito alimentar é onívoro (alimenta-se de animais e vegetais).
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O pirarucu possui além da respiração branquial, modificações na bexiga natatória que funcionam como pulmão fazendo com que consiga ter respiração aérea. Como é um peixe de grande porte e sua carne é muito saborosa, no meio gastronômico é comparado ao bacalhau. É um alimento muito tradicional entre as populações ribeirinhas com um bom valor comercial. Isso vem chamando atenção nas últimas décadas, principalmente do mercado externo, e ligando o alerta sobre o risco de extinção dessa espécie devido à pesca predatória e sem controle.
Tipos de pesca
Uma das formas mais eficazes de pescar o pirarucu é visualmente. Vários são os processos empregados na captura do peixe. Todavia, o mais usual é o do arpão. O arpão é um aparelho de pesca constituído de um pedaço de ferro denominado bico, um cordão de grande resistência chamado arpoeira e de uma peça de madeira conhecida por haste. Esta, geralmente, é feita de madeira de lei, pau d’arco ou maçaranduba. A pesca a arpão é feita de pé, na embarcação típica. Às vezes, o pescador fica de cócoras na montaria. Da canoa empunha a haste roliça e pesada do arpão. Em geral, se orienta em sua pesca pelas bolhas de ar que se formam à superfície d’água quando o peixe procura alimentação à pequena profundidade. Além da pesca por meio do arpão, os pescadores costumam usar outros processos de captura como fisga, linha, espinhei e barragem.
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Pesque e solte – diversão e conhecimento O arremesso deve ser dado imediatamente à frente de onde o peixe sobe para tomar ar. São boas iscas naturais a traíra e o jacundá, bem como sardinhas. Com anzóis circulares, é possível fisgá-lo sem maiores danos, facilitando o pesque-e-solte. Capturas com iscas artificiais acontecem esporadicamente, desde que elas sejam bastante semelhantes ao alimento natural disponível no local.
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Conservar para preservar e conhecer
A importância de conservar e preservar o pirarucu é devido ao seu valor biológico e comercial. Como é uma espécie que se reproduz uma vez por ano e só depois de atingir 1,50 metro e quatro anos de vida, o plano de manejo é essencial e pode vir a garantir a perpetuação desse animal lindo e majestoso. A desova varia de 1 a 500 ovos e nesse período o macho protege de forma agressiva a sua prole. Portanto, controlar a pesca comercial e implementar um plano de manejo sustentável é muito importante para preservar os lagos onde vivem esses animais e promover a cultura de só capturar e comercializar espécies adultas. Este conceito fará com que as espécies imaturas, com menos de 1,50 metros, possam vir a se desenvolver e trazer aos diferentes tipos de pesca satisfação e rentabilidade, além da preservação do pirarucu. O pesque e solte para os amantes e entendedores da arte de pesca podem ser uma forma de incentivar a conhecer melhor essa espécie e auxiliar no turismo ecológico e sustentável, principalmente nas bacias Amazônica e Tocantis-Araguaia.
Curiosidades:
As escamas do pirarucu são utilizadas como lixa de unha ou na confecção de diversos tipos de ornamentos, como colares, pulseiras e outros. Sua língua grande, óssea e áspera é usada para ralar o guaraná em bastão. Sua pele vêm sendo objeto de estudo no ramo de bolsas, sapatos e roupas e seus ovos também podem vir a ser consumidos. • • • • •
Nome científico: Arapaima gigas Família: Arapaimatidae Nomes comuns: Bodego, pirosca e bacalhau brasileiro. Onde vive: Bacias amazônica e do Tocantins-Araguaia. Tamanho: Até 2,5 m e mais de 200 kg. Em 2013 foi capturado em terras indígenas (Lago Manissuã, Lago Paricá e Cuniuá, no estado do Amazonas) um pirarucu de 2,49 metros, pesando 180 kg. • O que come: Frutas, sementes e peixes. • Quando e onde pescar: Durante o dia e à noite, em lagos. • Status de conservação: Espécie protegida pela Instrução Normativa 05, de 2004, do Ministério do Meio Ambiente. Na bacia do Tocantins-Araguaia, é protegida segundo normas da Portaria n° 3, de 2003, da Agência Ambiental do Estado de Goiás, sendo sua captura proibida nesses locais.
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/remoepesca Equipe
ANDERSON FELIPE Responsável pela Revista Editor - Arte finalista
CLAUDIO LEYRIA Revisor de Texto e Editor
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Contato: (12) 9 8182 1216 ANderson Felipe email: deoliart@hotmail.com