revista
CLĂ?NICA de
volume 10, nĂşmero 3, junho/julho 2011
Dental Press
Dental Press International
volume 10, nĂşmero 3, junho/julho 2011
Dental Press
Rev ClĂn Ortod Dental Press. 2011 jun/jul;10(3):1-136
ISSN 1676-6849
volume 10, número 3, junho/julho 2011
Dental Press
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Proposta de um modelo de consentimento informado para a clínica ortodôntica
60
Distalização de molares com barra transpalatina ancorada em mini-implantes ortodônticos: caso clínico
66
Abordagem para o retratamento da Classe II com distalização intrabucal
76
Expansão maxilar rápida X Expansão maxilar lenta: considerações clínicas
81
Tratamento ortodôntico de oclusões mutiladas
90
Tratamento não cirúrgico da má oclusão de Classe III e mordida aberta esquelética em adultos
100
Proposal of an informed consent model for the orthodontic practice Fabiane Piva, Carla Dal Magro, Luciane Q. Closs, Maria Perpétua Mota Freitas, Eduardo Nakamura
Molars distalization with transpalatal arch anchored in orthodontic mini-implants: clinical case Adriano Dobranszki
7
An approach to Class II malocclusion retreatment with intraoral distalization Guilherme Thiesen
Rapid maxillary expansion X Slow maxillary expansion: clinical considerations Gerson Luiz Ulema Ribeiro, Juliana da Silva Pereira, Arno Locks, Carla D’Agostini Derech, Roberto Rocha, Orlando M. Tanaka
Orthodontic treatment of mutilated dentition Carlos Martins Coelho Filho, Fábio Oliveira Coelho, Bruno D’Aurea Furquim
Nonsurgical treatment of skeletal Class III open bite malocclusion in adults Milton Meri Benitez Farret, Marcel Marchiori Farret, Alessandro Marchiori Farret
Estudo cefalométrico computadorizado da projeção maxilar e seus efeitos sobre os tecidos moles sobrejacentes após a cirurgia ortognática
Computerized cephalometric study of the maxillary projection and its effects on the overlying soft tissues after orthognathic surgery Julierme Ferreira Rocha, Eduardo Dias Ribeiro, Renato Yassutaka Faria Yaedú, Eduardo Sant’Ana, Eduardo Sanches Gonçales
106
Ortodontia Lingual: evolução da técnica e os braquetes autoligados
Lingual orthodontics: Evolution of technique and self-ligating brackets Silvana Allegrini Kairalla, Vittorio Cacciafesta, Liliana Ávila Maltagliati, Luiz Renato Paranhos
43
66
81
130
Editorial ������������������������������������������������ 5
114 121
Avaliação de caninos superiores impactados por meio de tomografia computadorizada de feixe cônico
Evaluation of impacted maxillary canines using Cone Beam Computed Tomography Flávio Ricardo Manzi, Juliana Pelinsari Lana, Luciana Cardoso Fonseca, Simone Pereira das Posses, Márcia Gabriella Lino de Barros
Submersão múltipla na dentição decídua: relato de caso
Multiple submersion in the primary dentition: case report Liana Cristina Melo Carneiro Costa, Ítalo Márcio de Oliveira Consoli, Vilmar Camargos de Freitas, Aléida dos Santos Plasschaert e Freitas
Pergunte a um Expert ��������������������������� 7 Eventos ................................................ 22 Acontecimentos ���������������������������������� 26 Arquitetura ����������������������������������������� 30 Dica Clínica ����������������������������������������� 33 Domínio Conexo �������������������������������� 43 Abstracts ������������������������������������������� 127 Controvérsias ������������������������������������ 130 Instruções aos autores ���������������������� 134
EDITOR Omar Gabriel da Silva Filho HRAC-USP
EDITOR INTERINO Weber José da Silva Ursi
EDITORES ASSISTENTES José Valladares Neto UFG-GO Rosely Suguino CESUMAR-PR Danilo Furquim Siqueira UNICID-SP
PUBLISHER Laurindo Furquim UEM-PR
oordenador dos Abstracts C Maurício de Almeida Cardoso
FOSJC/UNESP-SP
USC-SP
ONSELHO EDITORIAL CIENTÍFICO C Adilson Luiz Ramos UEM-PR Hélio Hissashi Terada UEM-PR CONSULTORES CIENTÍFICOS
Ortodontia Ademir Roberto Brunetto Arno Locks Ary dos Santos-Pinto Björn U. Zachrisson Carlo Marassi Célia Regina Maio Pinzan Vercelino Cristiane Canavarro Cristina Feijó Ortolani Daltro Enéas Ritter Daniela Gamba Garib David Normando Eduardo Dainesi Fausto Silva Bramante Francisco Ajalmar Maia Gilberto Vilanova Queiroz
UFPR-PR UFSC-SC UNESP-SP Universidade de Oslo / Noruega CPO SLMANDIC-SP Uniceuma-SP UERJ-RJ UNIP-SP UFSC-SC HRAC-USP-SP UFPA/ABO-PA USC-SP Clínica particular-SP UFRN-RN ABENO-SP
Diretora: Teresa Rodrigues D'Aurea Furquim - Diretor Editorial: Bruno D’Aurea Furquim DIRETOR DE MARKETING: Fernando Marson - ANALISTA DA INFORMAÇÃO: Carlos Alexandre Venancio - Produtor editorial: Júnior Bianco - Produção Gráfica e Eletrônica: Gildásio Oliveira Reis Júnior - Tatiane Comochena - TRATAMENTO DE IMAGENS: Andrés Sebastián Pereira de Jesus - submissão de artigos: Roberta Baltazar de Oliveira - Revisão/ COPydesk: Ronis Furquim Siqueira - JORNALISMO: Beatriz Lemes Soares - BANCO DE DADOS: Adriana Azevedo Vasconcelos - WEBMASTER: Edmar Baladeli - Fernando Truculo Evangelista CURSOS E EVENTOS: Ana Claudia da Silva - Rachel Furquim Scattolin - COMERCIAL: Roseneide Martins Garcia - BIBLIOTECA/NORMALIZAÇÃO: Simone Lima Lopes Rafael - EXPEDIÇÃO: Diego Moraes - FINANCEIRO: Roseli Martins - Secretaria: Rosane A. Albino.
Guilherme de Araújo Almeida UFU-MG Henrique Mascarenhas Villela ABO-BA Jeffrey P. Okeson Universidade de Kentucky / EUA Jesús Fernández Sánchez Universidade de Madrid / Espanha José Fernando C. Henriques FOB-USP-SP José Nelson Mucha UFF-RJ José Rino Neto FOUSP-SP Júlia Harfin Universidade de Maimonides / Argentina Julio de Araújo Gurgel FOB-USP-SP Julio Pedra e Cal-Neto UFF-RJ Jurandir Antonio Barbosa ACDC-SP Larry White AAO Dallas / EUA Leopoldino Capelozza Filho HRAC-USP-SP Lorenzo Franchi Universidade de Florença / Itália Luciano da Silva Carvalho APCD-SP Marcelo de Castellucci e Barbosa UFBA-BA Marcio Costa Sobral UFBA-BA Marcio Rodrigues de Almeida UNOPAR-PR Marden Bastos EAP-ABO-MG Matheus Melo Pithon UESB-BA Ravindra Nanda Universidade de Connecticut / EUA Ricardo Nakama Clínica particular-PR Roberto Hideo Shimizu UTP-PR Roberto Justus Univ. Tecnológica do México / México Sebastião Interlandi USP-SP Tiziano Baccetti Universidade de Florença / Itália Vincent G. Kokich Universidade de Washington / EUA Cirurgia Ortognática Eduardo Sant’Ana FOB-USP-SP
Oclusão Paulo Cesar Rodrigues Conti FOB-USP-SP
Patologia Alberto Consolaro FOB-USP-SP Dentística Renata Pascotto
UEM-PR
A Revista Clínica de Ortodontia Dental Press (ISSN 1676-6849) é uma publicação bimestral (seis edições por ano), da Dental Press Ensino e Pesquisa Ltda. — Av. Euclides da Cunha, 1.718 - Zona 5 - CEP 87.015-180 - Maringá - Paraná - Brasil. Todas as matérias publicadas são de exclusiva responsabilidade de seus autores. As opiniões nelas manifestadas não correspondem, necessariamente, às opiniões da Revista. Os serviços de propaganda são de responsabilidade dos anunciantes. Assinaturas: revclinica@dentalpress.com.br ou pelo fone/fax: (44) 3031-9818.
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) Revista Clínica de Ortodontia Dental Press. – v. 1, n. 1 (fev./mar. 2002). – Maringá : Dental Press International, 2002-.
Indexada nas Bases de Dados:
Bimestral. ISSN 1676-6849. 1. Ortodontia – Periódicos. I. Dental Press International. desde 2003
CDD 21.ed. 617.643005
BBO
desde 2003
desde 2008
editorial
SUCESSO EM ORTODONTIA Weber Ursi Editor interino
A Ortodontia como negócio é caracterizada por apresentar-se, aos olhos do público leigo em geral, como sendo de pouca diferenciação de serviço, uma vez que, no imaginário popular, colocar o aparelho ortodôntico é sinônimo de estar sendo submetido ao tratamento ortodôntico. Em função da falta de informação ou mesmo por ignorância dos consumidores, todos os profissionais que “colocam aparelho” estão na mesma cesta, ou balcão de supermercado, prontos para serem “consumidos”. Para agravar ainda mais esse quadro, o número explosivo de cirurgiões-dentistas no Brasil — e, por conseguinte, de “colocadores de aparelho”, habilitados ou não — gera uma alta competitividade, pressionando para baixo os valores cobrados pelos tratamentos. Além disso, gera desvios de ética que deixariam envergonhados os fundadores de nossa especialidade, com anúncios de péssimo gosto e “presenteamento” com aparelhos e documentações ortodônticas. Some-se a isso os altos custos de formação do profissional, da montagem do consultório, dos equipamentos e materiais de consumo, gastos com educação continuada etc., e o resultado não é um quadro muito animador. Mesmo assim, muitos profissionais se destacam em suas comunidades e são bem-sucedidos, nas diversas interpretações que essa expressão permite, seja no aspecto financeiro ou pessoal. Como se poderia explicar esse fato, por que alguns “se dão bem” enquanto outros “patinam” e não atingem o lugar ao sol que mereceriam? Mesmo quando dois profissionais têm perfis familiares semelhantes, estudam nas mesmas escolas e têm a mesma formação, alguns estão fadados a um papel secundário, enquanto outros se destacam. Seria isso decorrente de traços de personalidade? Em um trabalho muito interessante1, foi investigado se, entre os ortodontistas mais bem-sucedidos financeiramente, existe alguma correlação entre o perfil dominante de perso-
nalidade e o sucesso em suas carreiras. Foram enviados 300 questionários, dos quais 42% foram respondidos. Os resultados revelaram que não existe uma forte correlação entre o grau de sofisticação financeira e os perfis de personalidade. Entretanto, mais que 2/3 desse grupo, de ortodontistas bem-sucedidos financeiramente, apresentaram perfis de personalidade do tipo Colérico (poderoso) ou Melancólico (perfeccionista). Pode-se especular que a maioria de nós se encaixaria nessa segunda categoria. Além disso, a pesquisa revelou alguns fatos em comum nesses ortodontistas bem-sucedidos: a) somente aumentam suas clínicas se houver aumento da rentabilidade líquida, b) mantêm controle rígido sobre os custos fixos e variáveis, c) valorizam o treinamento e educação continuada de seus funcionários, e d) acreditam e investem em marketing. Fica patente que não nascemos predestinados ao sucesso, mas que nossos resultados vêm da determinação que colocamos em nosso trabalho. Se por um lado é difícil — senão impossível — alterar nosso perfil de personalidade, por outro, qualquer que seja ele, necessitamos de muita dedicação e transpiração para atingir nossos objetivos. A manutenção de um espírito empreendedor e com metas palpáveis nos mantém na rota do sucesso que almejamos, seja ele qual for. Não desanimar nunca, apesar de todas as dificuldades, pois, como disse Fernando Sabino: “No fim tudo dá certo, e se não deu certo é porque ainda não chegou ao fim.”
1. Coats MJ, Straja SR, Wiser G, Heckman H, Saavedra W, Tuncay OC. Defining characteristics of financially successful orthodontists. Am J Orthod Dentofacial Orthop. 2000 Jul;118(1):18-23.
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A era digital 3D na Ortodontia e Ortopedia Facial (parte 2) Rolf M. Faltin
Complementando a Parte 1 desse artigo47, outras aplicações da era digital e tecnologia 3D serão abordadas. Tendo em vista a versatilidade e diversidade de uso desses recursos de imagem no diagnóstico e planejamento facial e dentário, essas indicações serão divididas em tópicos.
Simulações de Tratamento (VTO) Dentre os avanços tecnológicos e processamentos disponíveis com esse protocolo, reforçamos a possibilidade de, em cima das telerradiografias laterais e sobreposição das fotografias de perfil, simular nossos tratamentos e obter a visualização dos objetivos de tratamento (VTOs), sejam eles de tratamento ortodôntico e ortopédico-facial sobre o crescimento; ou, nos casos de pacientes que já finalizaram suas respectivas fases de crescimento, da visualização de imagens predictivas dos objetivos que temos de tratamento com as intervenções ortocirúrgicas ortognáticas, permitindo compartilhar com os pacientes nosso objetivo de tratamento.
Figura 1 Imagem com sobreposição de traçado cefalométrico computadorizado e fotografia facial de perfil, para simulações e visualização de objetivos de tratamento (VTO). A) Situação inicial. B) Fotografia e traçado predictivo de preparo ortodôntico pré-cirúrgico (VTO ortodôntico). C) Fotografia e traçado predictivo de preparo e cirurgia ortognática de avanço mandibular (VTO ortocirúrgico). D) Fotografia e traçado predictivo de tratamento ortodôntico com extração de pré-molares superiores/compensação dentária (VTO ortodôntico).
Avaliamos como muito interessante — do ponto de vista de diagnóstico e, principalmente, de planejamento de nossos casos — podermos, antes mesmo da apresentação para os pacientes, analisar as variáveis predictivas em imagens, as possibilidades, as simulações para cada conduta clínica e intervenções cirúrgicas associadas que permitirão os melhores resultados do ponto de vista de harmonia da face, assim como de relação dentária, para cada paciente. Como exemplo, observamos em caso clínico ilustrativo a simulação de planejamento ortodôntico de uma paciente que teria como possibilidades terapêuticas no caso de uma Classe II mandibular (hipótese de tratamento): preparo ortodôntico e cirurgia ortognática de avanço mandibular ou compensação dentária através da extração de dois pré-molares superiores. Isso pode ser simulado e visualizado conforme as Figuras 1 e 2, permitindo, antes mesmo da apresentação para o paciente, que visualizemos as modificações em termos de perfil, tecido mole e proporções da face, auxiliando na definição e compartilhamento de um planejamento comum ideal para nossos pacientes.
A
B
C
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A era digital 3D na Ortodontia e Ortopedia Facial (parte 2)
Considerações finais A riqueza e a realidade da tridimensionalidade, alcançada através dos avanços tecnológicos de aquisição e processamento de dados volumétricos, permite com muita clareza afirmar que vivemos uma nova era no diagnóstico e planejamento. Temos disponível maior quantidade e qualidade de
informações porque o “todo” (a face completa em 3D) é presente. Ao termos o “todo”, pouco nos falta: ao termos o “todo”, isto é, ao termos mais que o de costume, em termos de imagens e informações, falta-nos mais tempo, mais estudo, novas pesquisas e sabedoria para compreender, interpretar e conhecer o “novo”. O “todo” é uma realidade, aquilo que nos falta passa a ser uma nova missão: explorar a era 3D.
Referências 1. Ackerman JL, Proffit WR, Sarver DM. The emerging soft tissue paradigm in orthodontic diagnosis and treatment planning. Clin Orthod Res. 1999;2:49-52. 2. Sarver DM, Proffit WR, Ackerman JL. Evaluation of facial soft tissues. In: Profitt WR, White RP, Sarver DM, editors. Contemporary treatment of dentofacial deformity. St. Louis: Mosby; 2003. p. 92-126. 3. Broadbent BH. A new technique and its application to orthodontics. Angle Orthod. 1931;1:45. 4. Hofrath H. Die bedeutung von röntgenfern: und abstandsaufnahme für die diagnostik von kieferanomalien. Fortschr Orthod. 1931;1:232-6. 5. Swennen GRJ, Schutyser F, Hausamen JE, editors. Three-dimensional cephalometry. A color atlas and manual. 1ª ed. Berlin: Heidelberg: Springer; 2005. 6. Suetens P. Fundamentals of medical imaging. Cambridge: University Press; 2002. 7. Schutyser F, Van Cleynenbreugel J. From 3-D volumetric computer tomography to 3-D cephalometry. In: Swennen GRJ, Schutyser F, Hausamen JE, editors. Three-dimensional cephalometry. A color atlas and manual. 1ª ed. Berlin: Heidelberg: Springer; 2005. p. 1-11. 8. Feldkamp LA, Davis LC, Kress JW. Practical cone-beam algorithm. J Opt Soc Am. 1984;1:612-9. 9. Baumrind S, Carlson S, Beers A, Curry S, Norri K, Boy RL. Using three-dimensional imaging to assess treatment outcomes in orthodontics: a progress report from the University of the Pacific. Orthod Craniofac Res. 2003;6 Suppl 1:132-42. 10. Danforth RA, Dus I, Mah J. 3D volume imaging for dentistry: a new dimension. J Calif Dent Assoc. 2003;31(11):817-23. 11. Danforth RA. Cone beam volume tomography: a new digital imaging option for dentistry. J Calif Dent Assoc. 2003;31:814-5. 12. Enciso R, Memon A, Mah J. Three-dimensional visualization of the craniofacial patient: volume segmentation, data integration and animation. Orthod Craniofac Res. 2003;6:66-71. 13. Mah J, Hatcher D. Current status and future needs in craniofacial imaging. Orthod Craniofac Res. 2003;6 Suppl 1:10-6. 14. Maki K, Inou N, Takanishi A, Miller AJ. Computer-assisted simulations in orthodontic diagnosis and the application of a new cone beam X-ray computed tomography. Orthod Craniofac Res. 2003;1:95-101. 15. Vannier MW. Craniofacial computed tomography scanning: technology, applications and future trends. Orthod Craniofac Res. 2003;6 Suppl 1:23-30. 16. Hatcher DC, Aboudara CL. Diagnosis goes digital. Am J Orthod Dentofacial Orthop. 2004;125(4):512-5. 17. Huang J, Bumann A, Mah J. The cutting edge. Three-dimensional radiographic analysis in orthodontics. J Clin Orthod. 2005;7:421-8.
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Faltin RM
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Rolf M. Faltin • Graduado em Odontologia pela Universidade Paulista (UNIP). • Mestre em Biologia Celular e Tecidual pela Universidade de São Paulo (ICB/USP). • Doutor em Ortodontia-Ortopedia Facial pela Universidade de Ulm, Alemanha. • Professor Convidado do Curso de Graduação e Pós-Graduação em OrtodontiaOrtopedia Facial, Departamento de Odontologia, UNIP. • Professor Convidado do Departamento de Ortodontia da Universidade de Ulm, Alemanha. • Pesquisador Associado do Laboratório de Biologia Oral (LBO), da Universidade de São Paulo (USP).
Endereço para correspondência Rolf M. Faltin Rua Frei Caneca, 1212 - 5º Andar – 01.307-907 – São Paulo / SP E-mail: rolf@faltin.odo.br
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eventos
Encontro nacional grupo straight wire Data: 29 e 30 de julho de 2011 Local: Associação dos Cirurgiões-Dentistas de Campinas Informações: www.gruposw.com.br
2º Congresso Internacional MBT Data: 25, 26 e 27 de agosto de 2011 Local: Abzil - São José do Rio Preto /SP Informações: (18) 3222-4285 - cursos@trevisi.com.br
15º Encontro AOA - “De Volta Para o Seu Futuro” Data: 26 e 27 de agosto de 2011 Local: Hotel Fazenda Salto Grande - Araraquara / SP Informações: (16) 3397-4924 - gestos@gestos.com.br
lançamento do livro sistemas ertty Data: 22, 23 e 24 de setembro de 2011 Local: São Paulo / SP Informações: (44) 3031-9818 - www.dentalpress.com.br
8º Congresso da Associação Brasileira de Ortodontia e Ortopedia Facial
Data: 12 a 15 de outubro de 2011 Local: Belo Horizonte / MG 11 | 12 | NOV | 2011 | CENTRO DE CONGRESSOS DE LISBOA | PORTUGAL Informações: www.congressoabor2011.com.br abor abormg
twitter.com/abormg
Grupo de Estudos Leopoldino Capelozza BH-MG Data: 28 de outubro de 2011 Local: Ouro Minas Palace Hotel - Belo Horizonte / MG Informações: (31) 3458-1118 - gelc@oi.com.br James McNamara Estados Unidos
Albino Triaca Alemanha
Patrocínio
Realização
Eustáquio Araújo Estados Unidos
[
Giuseppe Scuzzo Itália
Organização
Leena Palomo Estados Unidos
Inscreva
seu Trabalho
Agência Oficial
Marco Rosa Itália
Científico:
Martim Palomo Estados Unidos
Rolf Behrents Estados Unidos
[ Apoio
Stephen Yen Estados Unidos
Congresso Internacional de Ortodontia, Implantodontia e Cirurgia Ortognática Data: 4 e 5 de novembro de 2011 Local: Vale do Paraíba / SP Informações: (11) 4368-5678
XX Congresso OMD (Ordem dos Médicos Dentistas) Data: 10, 11 e 12 de novembro de 2011 Local: Centro de Congressos de Lisboa - Portugal Informações: www.omd.pt/congresso CONFERENCISTA CONVIDADO JORGE FABER | BR
ORTODONTIA
1º Congresso Internacional FASURGS - Cirurgia Bucomaxilofacial, Implantodontia e Ortodontia Data: 12, 13 e 14 de novembro de 2011 Local: FASURGS - Passo Fundo / RS Informações: (54) 3312-4121 - www.fasurgs.edu.br/congresso
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ACONTECIMENTOS
7º Encontro Abzil/3M de Ortodontia Individualizada Foi realizado em Belém (PA), entre os dias 26 e 28 de maio, o 7º Encontro de Ortodontia Individualizada, com a presença dos palestrantes Leopoldino Capelozza Filho, Laurindo Furquim, Jesus M. Pinheiro Jr., Silvia Augusta Braga Reis, Sérgio Luiz de Azevedo Silva, José Valladares Neto e David Normando. O Prof. Capelozza apresentou o livro “Metas Terapêuticas Individualizadas”, sua segunda publicação pela editora Dental Press.
Organizadores e professores do evento.
Raphaela Medeiros, Luana Pontes e Ana Camila Melo.
Dr. Leopoldino Capelozza e Rosa C. S. do Nascimento.
Diana Ap. Athayde Fernandes e Dr. Leopoldino Capelozza.
Eliane Oishi e Keliane B. Pereira.
Eduardo Solano e Jesus Maués P. Junior.
Diego Sinimbu e Robson Costa.
Glivia e Virna Silveira.
Dr. Leopoldino Capelozza autografando livro para Carolina Lima.
UFRJ nomeia nova Professora Titular Foi realizado no dia 01 de junho, na Faculdade de Odontologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro, o concurso para o cargo de Professor Titular da Disciplina de Ortodontia. A Dra. Margareth Maria Gomes de Souza, Professora Associada da disciplina, foi avaliada pela banca examinadora constituída pelos Professores Dr. Guilherme Janson (USP-Bauru), Dra. Telma Martins de Araújo (UFBa), Dr. José Nelson Mucha (UFF), Dra. Celuta Sales Alviano (UFRJ) e Dra. Ana Maria Bolognese (UFRJ). Após apreciados o mérito e o conhecimento da candidata, a banca conferiu-lhe aprovação. Dr. José Nelson Mucha, Dra. Telma Araújo, Dra. Margareth M. G. de Souza, Dra. Celuta Sales Alviano, Dr. Guilherme Janson e Dra. Ana Maria Bolognese.
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Quando o barulho é danoso
Maria Augusta Paes de mello*
No nosso dia a dia estamos sujeitos a diversos estímulos sonoros e seus efeitos podem variar de um simples desconforto a perdas auditivas. Nada melhor do que um espaço de trabalho eficiente e agradável, que promova o bem-estar tanto para aqueles que serão atendidos como para aqueles que ali trabalham. Esses são pontos que atuam positivamente na mente das pessoas que por ali circulam. O controle acústico é muito importante no ambiente do consultório odontológico, no qual existem dois tipos de ruídos: aqueles gerados dentro do consultório (canetas de alta rotação, compressores, sugadores e condicionadores de ar); e os gerados por fontes externas (ruas com trânsito, construção civil, entre outras), sendo essas as de mais difícil controle. O ruído emitido pelo motor do dentista, além de irritante ao ouvido, causa intimidação em algumas pessoas, já que para alguns ir ao dentista tem uma conotação psicológica negativa. Segundo o MANUAL DE BIOSSEGURANÇA NO ATENDIMENTO ODONTOLÓGICO3, pesquisas realizadas com cirurgiões-dentistas que trabalham com canetas de alta rotação demonstram perda moderada de audição. A agressão é considerada gradual, progressiva e indolor, não sendo percebida nos estágios iniciais do distúrbio. Segundo Barros2, para trabalhos que exigem concentração mental e precisão de movimentos, recomenda-se que um nível médio de ruído não ultrapasse 65dB. Com o aumento do tempo de exposição, estudos indicam o ruído como sendo um fator muitas vezes gerador de estresse. Conforme Naressi1, os níveis ideais de ruídos situam-se entre 60 e 70dB; entre 70 e 90dB, a sensação de desconforto aumenta; entre 90 e 140dB, existe um alto risco para a acuidade auditiva; aos 140dB situa-se o limite da dor, podendo ocorrer um sério risco de dano irreversível. Com isso, mostra-se necessário o bom desempenho acústico do ambiente, o qual é determinado no projeto da edificação. Para Rosa4, a questão de uma boa acústica está associada às formas arquitetônicas, à forma como as superfícies atuam
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na reflexão ou absorção sonora, à distribuição de maneira uniforme do som, através de uma boa difusão, e a um adequado isolamento — tendo todo esse conjunto de variáveis, o conforto acústico como objetivo final. Absorção sonora é uma característica que alguns materiais têm que faz com que eles convertam parte do som incidente sobre eles em calor, enquanto a outra parte é refletida de volta ao ambiente. Para que ocorra absorção, o som deve penetrar no material. Dessa forma, os materiais porosos, macios e fibrosos (lãs minerais, tecidos, fibras naturais) possuem melhor desempenho acústico quando comparados aos materiais duros e polidos, sendo os primeiros mais indicados para que haja uma melhor absorção. Para os forros, existem alguns modelos, chamados acústicos, que possuem alto desempenho de absorção sonora. Podem ser sistemas compostos de chapas especiais de gesso, com fibra de vidro na parte interna, e fibrosos, perfurados ou ranhurados, rígidos ou semirrígidos, ou de estrutura microcelular. O teto é considerado a principal área de reflexão dos sons gerados dentro de um ambiente.
Mello MAP
Ainda para Rosa4, o projeto acústico deve permitir a distribuição dos sons nos recintos e contribuir na adequação do tempo de reverberação, devendo ser analisado o comportamento dos materiais de construção quanto à absorção sonora. Esses, por sua vez, devem também contribuir para minimizar o ruído entre ambientes e do ambiente com o meio externo. Dessa forma, o desempenho dos materiais existentes e usados nas construções é de extrema importância, relacionando suas características acústicas, sua forma de aplicação e disponibilidade para o consumo, pois eles poderão alterar os níveis sonoros e a distribuição do som nos ambientes. Alguns materiais acústicos podem isolar o som, sendo essa a capacidade de formar uma barreira, impedindo que a onda sonora (ou ruído) passe de um recinto a outro. Nesses casos se deseja impedir que o ruído alcance o homem. Normalmente são utilizados materiais densos (pesados), que auxiliam na redução de parcela da energia sonora que passa para o outro ambiente — como concreto, vidro, chumbo, entre outros. Para o controle do ruído, devem-se localizar todas as fontes geradoras, internas e externas, avaliando com precisão os sons gerados por cada uma das fontes, utilizando métodos e técnicas na redução e controle sonoro. Segundo Rosa4, algumas atitudes podem ser tomadas para a diminuição de ruídos no consultório odontológico, como: eliminar campainhas, substituindo-as por sistemas de intercomunicação de sinais ópticos; abafar parcialmente as campainhas dos telefones; usar no piso materiais apropriados para
isolamento de impacto; recobrir com borracha os pés das cadeiras; etc. Conforme o MANUAL DE BIOSSEGURANÇA NO ATENDIMENTO ODONTOLÓGICO3, a instalação do compressor deve ser feita preferencialmente fora do consultório, em local próprio para tal fim, havendo ventilação (indicada pelo fabricante) e tratamento acústico na parte interna. O aparelho de ar condicionado é uma fonte que eleva muito o ruído de fundo, interferindo na comunicação. Dessa forma, quando for adquiri-lo, preste atenção em sua potência sonora e na sua localização dentro do ambiente. O consultório odontológico deve ficar mais afastado da rua, diminuindo a interferência externa, prevendo um tratamento acústico específico, para que esse tenha um ruído de fundo adequado. Aberturas devem existir, pois melhoram o aspecto psicológico, porém se mostram agravantes no isolamento. Isso deve ser corrigido com materiais específicos, quando houver necessidade, usando, por exemplo, esquadrias com desempenho acústico. Quando o isolamento é feito por paredes compostas, é importante que os materiais — tanto das paredes, quanto das portas ou janelas — tenham desempenho semelhante. Os equipamentos de alta rotação devem se mantidos em ótimas condições de uso, minimizando os perigos dos ruídos das turbinas. Dessa forma, conclui-se que medidas devem ser tomadas pelo profissional tanto durante a execução de suas atividades, como durante a elaboração do projeto, para minimizar os ruídos existentes no consultório odontológico.
Referências 1. Naressi WG. Ergonomia em Odontologia: o consultório. 3ª ed. São Paulo: Gnatus; 2001. 2. Barros OB. Ergonomia 1: a eficiência ou rendimento e a filosofia correta de trabalho em odontologia. São Paulo: Pancast; 1991. 3. Pernambuco. Secretaria Estadual de Saúde. Manual de biossegurança no atendimento odontológico. Recife: Divisão Estadual de Saúde Bucal de Pernambuco; 2001. 127 p. 4. Rosa AAC. Avaliação do conforto acústico de consultórios odontológicos [tese]. Campinas: Universidade de Campinas; 2003.
* Graduada em Arquitetura com especialização em Arquitetura de Interiores – Projeto de Ambiente e Qualidade de Vida pela Unifil - Londrina/PR. Desenvolve projetos para clínicas e consultórios.
Endereço para correspondência Maria Augusta Paes de Mello E-mail: gutamel@gmail.com
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DICA CLÍNICA
Barra transpalatina modificada Modified transpalatal bar
Fernando Stefanato Buranello* Rui David Paro Cambaúva** Cláudio de Góis Nery***
Abstract
Resumo Um tratamento ortodôntico objetivo se desenvolve atrelado a metas de controle dos molares superiores. Muitos são os aparelhos que objetivam sua manipulação e, dentre eles, se destaca a Barra Transpalatina (BTP), desenvolvida por Goshgarian. A partir da sua criação, foram inúmeras as
modificações sofridas. A necessidade de expansão transversal, associada ao controle tridimensional dos molares superiores, foi o ponto de partida para o desenvolvimento desta Barra Transpalatina Modificada (BTM), um aparelho versátil de simples confecção e ativação.
Palavras-chave: Expansão maxilar. Controle vertical. Giro molar. Barra transpalatina modificada.
An objective orthodontic treatment has clear goals to the upper first molars. Many appliances are used to control it, among them the transpalatal arch (TPA) developed by Goshgarian draws attention. Since its creation many changes in the TPA were presented. The need for expansion
and three-dimensional molar control inspired the development of a modified TPA, a versatile appliance of easy confection and simple activation.
Keywords: Maxillary expansion. Vertical control. Molar rotation. Modified transpalatal arch.
* Especialista em Ortodontia e Mestre em Ortodontia pela São Leopoldo Mandic. Doutorando em Ciências na FMUSP. Professor do Curso de Especialização em Ortodontia da FUNORTE – Anápolis/GO. ** Especialista em Ortodontia, Mestre em Ortodontia, Mestre em Radiologia e Doutorando em Ortodontia pela São Leopoldo Mandic. Professor do Curso de Ortodontia da UNIFEB-SP. Coordenador do Curso de Ortodontia FUNORTE – Anápolis/GO. *** Especialista em Ortodontia pela UNICID. Especialista em Dor Orofacial, Mestre em Dor Orofacial pela University of Kentucky. Doutor em Ciências pela FMUSP. Professor do Curso de Ortodontia da FO-UFG. Professor do Curso de Especialização em Ortodontia da FUNORTE – Anápolis/GO.
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DICA CLÍNICA
Barra transpalatina modificada
CONSIDERAÇÕES FINAIS A BTM é um aparelho de expansão maxilar e controle molar de baixo custo, simples confecção e instalação, sendo mais uma opção para o tratamento das deficiências transversais associadas a componentes verticais.
Referências 1. Andrews LF. The six keys to normal occlusion. Am J Orthod. 1972;62(3):296-309. 2. Angle EH. Classification of malocclusion. Dent Cosmos. 1899;41(3):248-64. 3. Baccetti T, Franchi L, McNamara JA Jr, Tollaro I. Early dentofacial features of Class II malocclusion: a longitudinal study from the deciduous through the mixed dentition. Am J Orthod Dentofacial Orthop. 1997;111(5):502-9. 4. Barbosa JA, Caram CSB, Suzuki H. Uso da barra transpalatina no controle da rotação da mandíbula. Rev Dental Press Ortod Ortop Facial. 2005;10(5):55-71. 5. Braun S, Kusnoto B, Evans CA. The effect of maxillary first molar derotation on arch length. Am J Orthod Dentofacial Orthop. 1997;112(5):538-44. 6. Cetlin NM, Ten Hoev A. Nonextraction treatment. J Clin Orthod. 1983;17(6):396-413. 7. Chiba Y, Motoyoshi M, Namura S. Tongue pressure on loop of transpalatal arch during deglutition. Am J Orthod Dentofacial Orthop. 2003;123(1):29-34. 8. Deberardini M, Stretesky T, Sinha P, Nanda RS. Evaluation of the vertical holding appliance in treatment of high-angle patients. Am J Orthod Dentofacial Orthop. 2000;117(6):700-5. 9. Goshgarian RA. Orthodontic palatal arch wires. Washington (DC): United States Government Patent Office; 1972. 10. Gündüz E, Zachrisson BU, Hönigh KD, Crismani AG, Bantleon HP. An improved transpalatal bar design. Part I. Comparison of moments and forces delivered by two bar designs for symmetrical molar derotation. Angle Orthod. 2003;73(3):239-43. 11. Gündüz E, Crismani AG, Bantleon HP, Hönigh KD, Zachrisson BU. An improved transpalatal bar design. Part II. Clinical upper molar derotation—case report. Angle Orthod. 2003;73(3):244-8. 12. Ingervall B, Göllner P, Gebauer U, Frölich K. A clinical investigation of the correction of unilateral first molar crossbite with transpalatal arch. Am J Orthod Dentofacial Orthop. 1995;107(4):418-25. 13. Karaman AI. The effects of nitanium maxillary expander appliances on dentofacial structures. Angle Orthod. 2002;72(4):344-54.
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Endereço para correspondência Fernando Stefanato Buranello Praça Presidente Kennedy 90, – 09.041-040 – Santo André/SP E-mail: buranellofs@gmail.com
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Uma programação científica voltada para a prática avançada da Ortodontia e da Ortopedia Funcional dos Maxilares. A SPO – Sociedade Paulista de Ortodontia, para facilitar o acesso de seus sócios e colegas a novos temas e tendências da Ortodontia e, assim, continuar a contribuir com a evolução da especialidade, promoverá um importante encontro: o OrtoNews 2011– O Encontro Mais de Ortodontia e Ortopedia Funcional dos Maxilares.
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Carla Nahás, Flávio Vellini Ferreira, Weber Ursi e Flavio Cotrim-Ferreira
Módulo 2: Tratamento ortodôntico de más-oclusões assimétricas Ministradores: Arno
Locks, Marcos Janson, Maurício Sakima e Guilherme Janson
Módulo 3: O estado da arte na Ortodontia – filosofia de tratamento ortodôntico MBT – uma Ortodontia ao alcance de todos Ministradores: Ricardo
Moresca, Reginaldo Zanelato Trevisi, Cristina Domingues e Hugo Trevisi
Módulo 4: Disgenesias: visão contemporânea do diagnóstico; bases biológicas para compreensão, orientação e tratamento Ministradores: Alberto
Consolaro, Daniela Garib, Maurício Cardoso e Leopoldino Capelozza Filho
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DOMÍNIO CONEXO
Tratamento da agenesia de incisivos laterais superiores: só Ortodontia basta? Treatment of congenitally missing lateral incisors: Orthodontics is enough?
Eduardo Jacomino Franco* Eduardo Batista Franco** Juan Rommel Medina-Valdivia*** Sérgio Kiyoshi Ishikiriama****
Resumo A ausência congênita de um ou mais dentes constitui uma anomalia de desenvolvimento nos humanos, com influência de fatores filogenéticos, sendo frequente nos incisivos laterais superiores, não obstante a agenesia dos terceiros molares apresentar a mais alta prevalência. Entretanto, do ponto de vista clínico, a ocorrência da falta de elementos dentários na região anterior implica em alteração morfofuncional, com comprometimento estético e, consequentemente, da harmonia do sorriso. A literatura odontológica tem evidenciado algumas opções de tratamento, destacando a contribuição da movimentação ortodôntica para o Palavras-chave: Agenesia. Ortodontia. Estética.
Abstract redimensionamento do espaço e adequação restauradora estética. Na grande maioria dos casos, a recomposição ou realinhamento dos dentes anteriores merece uma abordagem interdisciplinar, com associação de procedimento cirúrgico-restaurador. Para referenciar tal situação clínica, o presente trabalho tem por objetivo apresentar o tratamento de agenesia bilateral de incisivos laterais superiores, adotando-se uma abordagem ortodôntica inicial para promover fechamento de espaço na área edêntula, com concomitante abordagem periodontal e finalização do contexto estético e cosmético, por meio da reanatomização dos caninos e incisivos centrais.
The congenital absence of one or more teeth is a developmental anomaly in humans, influenced by phylogenetic factors, being frequent in upper lateral incisors, despite the agenesis of third molars have the highest prevalence. However, from a clinical standpoint, the occurrence of missing teeth in the anterior region involves morphological and functional changes, compromising aesthetic and therefore the harmony of the smile. The dental literature has presented few treatment options, highlighting the contribution of orthodontic movement for relocating space and restorative aesthetic adequation. In most cases the reconstruction or realignment of
the anterior teeth deserves an interdisciplinary approach, with a combination of surgical-restorative procedures. To refer to this clinical situation, this paper aims to present the treatment of bilateral agenesis of lateral incisors, adopting an approach to promote early orthodontic space closure in the edentulous area, with concomitant periodontal approach and completion of cosmetic and aesthetic context through the reanatomization of canines and central incisors.
Keywords: Dental agenesis. Orthodontic. Esthetic restorative treatment.
* Mestre e Especialista em Ortodontia - FOB-USP. Professor do curso de especialização em Ortodontia - IBPG-DF. Responsável pela Especialidade de Ortodontia na Qualis Odontologia - DF. ** Professor Titular e Chefe do Departamento de Dentística, Endodontia e Materiais Dentários da FOB/USP. *** Mestre em Dentística pela FOB/USP. Doutorando do Curso de Pós-Graduação em Dentística da FOB/USP. **** Professor Doutor do Departamento de Dentística, Endodontia e Materiais Dentários da FOB/USP.
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domínio conexo
Tratamento da agenesia de incisivos laterais superiores: só Ortodontia basta?
CONSIDERAÇÕES FINAIS As opções de tratamento de agenesias de incisivos laterais superiores inferem em abordagens distintas, evidenciando que a movimentação ortodôntica dos caninos, per se, não permite a finalização adequada em termos de resultados estéticos. A reanatomização dos caninos, pós-movimentação, constitui em estratégia conservadora e com resultados altamente favoráveis, não obstante a necessidade de se considerar que a melhor opção, para situações de agenesias dentárias, deve compreender a
análise do conjunto das características bucofaciais (morfologia e tamanho dentário, características gengivais, altura do sorriso, espessura de lábio e perfil facial). Evidencia-se, portanto, que a abordagem interdisciplinar deve ser consignada, principalmente durante o planejamento da proposta terapêutica, no sentido de viabilizar uma sequência clínica criteriosa, onde a congruência das especialidades deve culminar com resultados estéticos e funcionais que atendam à expectativa do paciente.
Referências 1. Baidas L, Hashim H. An anterior tooth size comparison in unilateral and bilateral congenitally absent maxillary lateral incisors. J Contemp Dent Pract. 2005;6(1):56-63. 2. Bergstrom K. Orthopantomographic study of hypodontia, supernumeraries and other anomalies in school children between the ages of 8-9 years. Swed Dent J. 1997;1(4):145-57. 3. Caudill R, Chiche G. Esthétique et gencive. In: Chiche A, Pinault C. Esthétique et restaurations des dentes antérieures: Paris: Cdp - Centre de Protheses; 1995. 4. Claman L, Alfaro MA. An interdisciplinary approach for improved esthetic results in the anterior maxilla. J Prothet Dent. 2003;87(1):1-5. 5. Furuse AY, Franco EJ, Mondelli J. Esthetic and functional restoration for an anterior open occlusal relationship with multiple diastemata: a multidisciplinary approach. J Prosthet Dent. 2008;99(2):91-4. 6. Goldman HM. Gengivectomy. Oral Surg Oral Med Oral Pathol. 1951;4:1136-57. 7. Ishikiriama SK. Estética em Periodontia. In: Miyashita E. Odontologia Estética: planejamento e técnica. São Paulo: Artes Médicas; 2006. 8. Kinzer GA, Kokich VG. Managing congenitally missing lateral incisors. Part I. J Esthet Restor Dent. 2005;17(1 Pt 1):5-10. 9. Kinzer GA, Kokich VG. Managing congenitally missing lateral incisors. Part II. J Esthet Restor Dent. 2005;17(2 Pt 2):76-84. 10. Kinzer GA, Kokich VG. Managing congenitally missing lateral incisors. Part III. J Esthet Restor Dent. 2005;17(4 Pt 3):202-10. 11. Kokich VG. Maxillary lateral incisor implants: planning with the aid of orthodontics. J Oral Maxillofac Surg. 2004;62(9):48-56. 12. Locht S. Panoramic radiographic examination of 704 Danish children aged 9-10 years. Community Dent Oral Epidemiol. 1980;8(7):375-80. 13. Louw JD, Smith BJ, McDonald F, Palmer RM. The management of developmentally absent maxillary lateral incisors - a survey of orthodontists in the UK. Br Dent J. 2007;203(11):654-5.
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Endereço para correspondência Eduardo Jacomino Franco Av. Araucárias, Lt. 1835 - 71.936-250 - Brasília / DF E-mail: orthofranco@yahoo.com.br
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Artigo Inédito
Proposta de um modelo de consentimento informado para a clínica ortodôntica Proposal of an informed consent model for the orthodontic practice
Fabiane Piva* Carla DAL Magro** Luciane Q. Closs*** Maria Perpétua Mota Freitas**** Eduardo Nakamura*****
Abstract
Resumo A boa relação paciente-profissional na Ortodontia é de extrema importância e deve ser preservada, pois a complexidade dos casos e a duração dos tratamentos podem abalar essa relação, causando desgaste e desconforto para ambas as partes. Com o aumento dos processos civis contra cirurgiões-dentistas, em particular os especialistas em Ortodontia,
surge a necessidade da padronização de um consentimento informado voltado aos pacientes. Com essa proposta, o presente artigo sugere um modelo de termo de consentimento, explicando todos os riscos, responsabilidades e limitações do tratamento ortodôntico de forma a amparar (legalmente) o especialista nas suas abordagens terapêuticas.
Palavras-chave: Ortodontia. Responsabilidade civil. Consentimento esclarecido.
A good patient-professional relationship in orthodontics is extremely important and must be preserved, since the complexity of the cases and duration of treatments may affect this relationship, causing wear and discomfort for both parts. With the increase in civil lawsuits against dentists, particularly specialists in orthodontics, it urges the need of a standardized informed consent
directed to patients. With this proposal, this article suggests a model of informed consent term explaining all the risks, responsibilities and limitations of orthodontic treatment in order to protect (legally) the specialist in their therapeutic approaches.
Keywords: Orthodontics. Civil liability. Informed consent.
* Especialista em Odontopediatria pela PUC/RS. Mestre em Odontopediatria pela Universidade Luterana do Brasil/Canoas-RS. Especialista em Ortodontia pela Universidade Luterana do Brasil/Canoas-RS. Professora Adjunta das Clínicas Infantis e Bases em Ortodontia da Universidade Luterana do Brasil/Cachoeira do Sul-RS. ** Especialista em Ortodontia pela Universidade Luterana do Brasil/Canoas-RS. *** Doutora em Ortodontia pela UNESP-Araraquara. Professora Adjunta e Coordenadora da área de Ortodontia do Programa de Pós-Graduação da Universidade Luterana do Brasil/Canoas-RS. **** Doutora em Odontologia pela PUC/RS. Professora Adjunta das Clínicas Infantis, Bases em Ortodontia e Especialização em Ortodontia da Universidade Luterana do Brasil/Canoas-RS. ***** Mestrando em Ortodontia pela Universidade Luterana do Brasil/Canoas-RS. Professor da Universidade Luterana do Brasil/Canoas-RS
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Caso Clínico
Proposta de um modelo de consentimento informado para a clínica ortodôntica
Nesse mesmo sentido, no Art. 186 do novo Código Civil consta que “Aquele que por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direitos e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito”. No Art. 951 refere que “Os médicos, cirurgiões, farmacêuticos, parteiras e dentistas são obrigados a satisfazer o dano, sempre que da imprudência, negligência, ou imperícia em atos profissionais, resultar morte, inabilitação de servir ou ferimento”4. Em relação ao caráter patrimonial do profissional, o Código Civil, Art. 942 afirma que “Os bens do responsável pela ofensa ou violação dos direitos de outrem ficam sujeitos à reparação do dano causado, e, se tiver mais de um autor a ofensa, todos responderão solidariamente pela reparação”4. Frente a esses direitos do consumidor, Minervino e Souza8 relatam que os profissionais da área da saúde convivem com uma constante pressão e vigília da sociedade. Ao mesmo tempo em que devem se preocupar em proteger o paciente do erro nos procedimentos odontológicos, devem atentar também para o lado humano, pois uma condenação por má prática pode deteriorar a sua imagem perante a sociedade e, algumas vezes, condenar vários anos de dedicação exclusiva à profissão. Koubik e Feres6 avaliaram os aspectos éticos e legais do ortodontista e destacaram as principais causas de litígios, sendo elas: reabsorções radiculares, problemas periodontais, caninos retidos ou impactados, articulação temporomandibular, doenças infecciosas no consultório odontológico, tratamento ortodôntico e aparência facial, utilização de braquetes cerâmicos e cuidados na fase pré-conclusão. Em 1998, Rosa12 avaliou o número de processos judiciais registrados nos Conselhos Regionais de Odontologia (CROs) do país, nas décadas de 70 e 80, e no período de 1990-1997. Dos 27 CROs questionados, 19 responderam aos questionamentos. 4
Os resultados obtidos demonstraram que nas décadas de 70 e 80 não houve processos contra ortodontistas registrados nos diferentes conselhos avaliados. No entanto, na década de 90 houve um aumento considerável, especialmente nos conselhos das regiões Sudeste e Sul do país. Dados mais recentes não estão disponíveis, mas, em consulta atual aos conselhos regionais de Odontologia, novas informações a respeito do tema estão sendo providenciadas para divulgação. Outros fatores que também geram ações contra ortodontistas incluem: falta de registros com informações consistentes e sistemáticas, erros de diagnóstico, erro na condução do tratamento, falta de cuidados durante e após o tratamento, e problemas de relacionamento entre profissional e paciente7. Assim, a Ortodontia deve ser definida como uma obrigação de meio, onde o profissional tem o dever de utilizar todos os meios possíveis para atingir as expectativas do paciente, sem ter a obrigação de atingir o resultado idealizado7.
CONSIDERAÇÕES FINAIS A padronização de um termo de consentimento informado direcionado aos pacientes ortodônticos é de extrema importância tanto para o paciente quanto para o especialista, uma vez que informa melhor os pacientes sobre os riscos e limitações do tratamento, ao mesmo tempo em que ampara o ortodontista contra possíveis processos civis. Sabe-se que os processos não são previsíveis, mas existem maneiras de tentar minimizá-los ou evitá-los, tais como: fazer um bom diagnóstico e um plano de tratamento individualizado, manter os prontuários em dia e bem documentados, manter um bom relacionamento com os pacientes, priorizando uma comunicação franca e honesta com ele e/ou seu responsável.
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Endereço para correspondência Fabiane Piva Rua Líbero Badaró, 641, apto 1001 – 91.340-230 – Porto Alegre / RS E-mail: fabi.piva@ig.com.br
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caso clínico
Distalização de molares com barra transpalatina ancorada em mini-implantes ortodônticos: caso clínico Molars distalization with transpalatal arch anchored in orthodontic mini-implants: Clinical case
Adriano Dobranszki*
Abstract
Resumo A má oclusão de Classe II dentária é um problema muito comum na clínica ortodôntica diária. Vários autores propuseram métodos de tratamento, mas nenhum é adequado para todos os pacientes. O profissional deve informar o paciente a respeito das vantagens e desvantagens de cada método para, juntos, decidirem qual a melhor forma de tratamento. Os aparelhos extrabucais necessitam da cooperação do paciente e, geralmente, têm pouca aceitação, por serem pouco estéticos. Já os intrabucais produzem muitos efeitos colaterais, protruindo a unidade de ancoragem, o que quase sempre resulta em aumento do tempo de tratamento. Os microparafusos ortodônticos (MPOs) são intrabucais e não produzem efeitos colaterais, em compensação, geralmente têm amplitude de movimentação limitada, por interferirem no caminho a ser percorrido pelas raízes dos dentes,
ou necessitam de procedimento laboratorial, com várias etapas de tratamento e aparelhos volumosos. Este estudo se propôs a apresentar uma sugestão mecânica para distalização molar superior com MPOs associados à barra transpalatina, e a avaliar o comportamento biomecânico dos primeiros molares, segundos pré-molares e incisivos na arcada superior, comparando os resultados com os de outros métodos tradicionais já demonstrados na literatura. A técnica apresentada é efetiva na distalização dos molares superiores, sem efeitos indesejados em outros dentes e tem como maiores vantagens a simplicidade do método, a possibilidade de efetuar a distalização simultaneamente com o alinhamento e nivelamento, ser razoavelmente rápida, com um aparelho relativamente pequeno, discreto, fácil de higienizar e que não precisa de cooperação do paciente.
Palavras-chave: Procedimentos de ancoragem ortodôntica. Desenho de aparelho ortodôntico. Movimento dentário. Biomecânica.
The Class II malocclusion is a common problem in the daily orthodontic practice. Many authors have proposed treatment methods, but none is adequate for all the patients. The professional must inform the patient about the advantages and disadvantages of each method and, together, decide the best treatment plan. The extraoral appliances need patient cooperation and often have low acceptance because of the poor esthetics. The intraoral appliances have collateral effects, protruding the anchorage unit, what often mean increased treatment time. The orthodontic microscrews are intraoral and do not produce collateral effects, although have a limited movement amplitude, because the dental roots can be in the way of the desired movement, or need laboratorial procedures, with many treatment phases and bulky appliances. This study proposed to present a mechanical suggestion
for the distalization of the upper first molar with orthodontic microscrews associated to the transpalatal arch and evaluate the biomechanical behavior of the first molars, second premolars and incisors of the upper arch, and compare the results with other traditional distalization methods. The presented technique is effective in the upper molars distalization, without undesired effects in other teeth and have as major advantages the simplicity of the method, the possibility to distalize, level and align simultaneously, to be relatively fast, with a relatively small appliance, discreet, easy to clean and does not need the cooperation of the patient.
Keywords: Orthodontic anchorage procedures. Orthodontic appliance design. Tooth movement. Biomechanics.
* Especialista em Disfunção Temporomandibular e Dor Orofacial, Mestre em Ortodontia e Ortopedia Facial, Doutorando em Ciências da Saúde - UnB - Brasília/DF. Coordenador do curso de Especialização em Ortodontia na ABO-DF.
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Dobranszki A
imobilizando a barra transpalatina e; (10) os dentes anteriores podem ser retraídos em massa, sem necessidade de alteração na mecânica ou de aparelhos adicionais. Da mesma forma, torna-se importante: (1) calcular a posição de instalação do mini-implante com margem para distalização — para distalizações maiores, a instalação pode ser feita alinhada à distal ao segundo molar; (2) dentro do possível, evitar a instalação do mini-implante muito para distal, próximo ao palato mole, pois há risco de se atingir o nervo palatino maior e a qualidade óssea diminui, o que pode aumentar a chance de insucesso; (3) como a arcada tem um formato parabólico, no movimento distal do molar há necessidade de expandir a barra transpalatina, inicialmente (para desengrenar a oclusão) ou à medida que o molar distaliza, caso contrário a mordida poderá cruzar; (4) é recomendado ativar imediatamente ou precocemente o mini-implante; (5) a força de ativação deve ser progressiva, iniciando com aproximadamente 50cN (50g) por lado; (6) se o paciente desenvolver hábito de pressão intermitente com a língua ou relatar grande incômodo provocado pela cabeça do parafuso, pode-se optar por cortá-la, usando o orifício do mini-implante como local de ativação do amarrilho; (7) deve-se verificar a estabilidade do parafuso em todas as consultas, a perda de estabilidade pode requerer um “aperto” adicional no parafuso
ou mudança do sítio de instalação; e (8) a BTP não deve ser adaptada muito próxima ao palato porque, na distalização, poderá pressionar a mucosa palatina, que é anatomicamente mais baixa no sentido posterior. Se isso acontecer, podem ser feitas duas dobras em “V” para encurtar seu comprimento e afastá-la do palato; (9) a maior queixa dos pacientes é em relação ao incômodo gerado pelas pontas dos amarrilhos, que devem ser dobradas e escondidas embaixo da BTP. É importante ponderar que ainda são necessários mais estudos sobre a eficiência dessa modalidade de distalização, que está sujeita ao insucessos inerentes ao uso de mini-implantes, além de mais comparações com os outros métodos tradicionais de distalização.
CONCLUSÃO A técnica apresentada é efetiva na distalização dos molares superiores, sem efeitos indesejados em outros dentes e tem como maiores vantagens a simplicidade do método, a possibilidade de efetuar a distalização simultaneamente com o alinhamento e nivelamento, ser razoavelmente rápida, com um aparelho relativamente pequeno, discreto, fácil de higienizar e que não precisa de cooperação do paciente.
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Endereço para correspondência Adriano Dobranszki SRTVS, 701 – bloco A, sala 308 – 70.340-907 – Brasília / DF E-mail: dobranszki@uol.com.br
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caso clínico
Abordagem para o retratamento da Classe II com distalização intrabucal An approach to Class II malocclusion retreatment with intraoral distalization
Guilherme Thiesen*
Resumo
Abstract
O tratamento da má oclusão de Classe II pode ser realizado por uma infinidade de abordagens terapêuticas. Uma delas consiste em converter a relação molar de Classe II em Classe I, por meio da movimentação distal dos molares numa etapa inicial, seguida da retração dos pré-molares e posteriormente
do segmento anterior. O objetivo deste artigo é apresentar um caso clínico de retratamento ortodôntico, demonstrando a distalização intra-arcada de molares superiores para a correção da Classe II, mesmo nos casos onde a utilização da ancoragem esquelética não possa ser empregada.
Palavras-chave: Má oclusão de Angle Classe II. Ortodontia. Desenho de aparelho Ortodôntico.
Nonextraction treatment of Class II malocclusions can be accomplished by many treatment modalities. One is to convert the Class II molar relationship to a Class I by moving maxillary molars distally in the initial stages of treatment, followed by the sequential retraction of the premolars, and then the anterior segment. The
aim of this article is to present a case report of an orthodontic retreatment that demonstrates how this can be done, even when the use of skeletal anchorage is not possible to be used.
Keywords: Malocclusion. Angle Class II. Orthodontics. Orthodontic appliance design.
* Mestre em Ortodontia e Ortopedia Facial, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, PUCRS. Professor titular da Universidade do Sul de Santa Catarina UNISUL.
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Caso Clínico
Abordagem para o retratamento da Classe II com distalização intrabucal
DISCUSSÃO E CONCLUSÃO
Figura 8 Sobreposição cefalométrica total sobre a linha SN com registro em S, comparando as telerradiografias inicial, final e controle 4 anos pós-tratamento.
A distalização intrabucal de molares em paciente com Classe II, conforme descrita no presente artigo, pode ser considerada um eficiente método para o tratamento de casos onde as extrações dentárias superiores não podem ser realizadas ou onde a ancoragem esquelética temporária não pode ser empregada. Sendo assim, apesar do grande apelo atual ao uso da ancoragem esquelética, o ortodontista deve possuir conhecimento sobre as várias terapêuticas disponíveis para as diferentes situações clínicas, não ficando limitado a apenas uma alternativa mecânica. A mecanoterapia empregada nesse caso de retratamento ortodôntico apresenta indicação ideal quando a etiologia da Classe II é dentoalveolar, bem como em casos unilaterais ou de pequenas magnitudes. E principalmente quando realizada com aparelhos que possibilitem um bom controle de ancoragem, essa abordagem apresenta ótimos resultados. Conclui-se, assim, que uma análise biomecânica precisa dos sistemas de forças empregados, bem como da escolha e desenho do dispositivo, é primordial para o sucesso no tratamento ortodôntico desses casos.
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Endereço para correspondência Guilherme Thiesen Av. Madre Benvenuta, 1285 – 88.035-001 – Florianópolis / SC E-mail: guilhermethiesen@yahoo.com.br
caso clínico
Expansão maxilar rápida X Expansão maxilar lenta: considerações clínicas Rapid maxillary expansion X Slow maxillary expansion: clinical considerations
Gerson Luiz Ulema Ribeiro* Juliana da Silva Pereira** Arno Locks*** Carla D’Agostini Derech**** Roberto Rocha**** Orlando M. Tanaka*****
Resumo
Abstract
A recuperação da discrepância transversal da maxila mostra-se indispensável para o tratamento adequado de diversos tipos de má oclusão. Diferentes aparelhos expansores têm sido descritos na literatura com a finalidade de expandir a maxila, sendo que esses podem resultar em expansão maxilar lenta (EML) ou rápida (EMR). O objetivo deste trabalho é dis-
cutir as considerações clínicas da EML e da EMR. Os dois pacientes avaliados utilizaram expansor fixo como preconizado por Haas, porém, foram submetidos a diferentes protocolos de ativação. Apesar das diferenças clínicas apresentadas, tanto a EMR quanto a EML mostraram-se eficientes na correção da mordida cruzada posterior na dentição mista.
Palavras-chave: Técnica de expansão palatina. Dentição mista. Má oclusão.
Recovery of transverse maxillary discrepancy appears to be essential for the proper treatment of various types of malocclusion. Different expander devices have been described in literature with the aim of maxillary expansion, and these can result in slow (SME) or rapid maxillary expansion (RME). The aim of this study is to discuss the clinical considerations of the SME and
RME. The two patients evaluated used fixed expander as recommended by Haas, but submitted to different activation protocols. Despite the clinical differences presented, both the RME and SME were effective in the correction of posterior crossbite in mixed dentition.
Keywords: Palatal expansion technique. Mixed dentition. Malocclusion.
* Professor da Disciplina de Ortodontia - UFSC. Coordenador do Curso de Mestrado em Ortodontia - UFSC. ** Mestranda em Ortodontia - UFSC. *** Coordenador do Curso de Especialização em Ortodontia - UFSC. **** Professores da Disciplina de Ortodontia - UFSC. ***** Professor de Ortodontia da PUCPR.
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Caso Clínico
Expansão maxilar rápida X Expansão maxilar lenta: considerações clínicas
Conclusão Os dois protocolos de expansão apresentados se mostram eficientes, em pacientes no período de dentição mista, para a correção da mordida cruzada posterior. Porém, a principal diferença entre eles está no tempo de ativação do parafuso expansor. A expansão rápida (1-4 semanas)
resulta em maior deslocamento esquelético e maior período de contenção, enquanto a expansão lenta (2 a 6 meses) produz menor resistência tecidual nas estruturas circum-maxilares e, portanto, o período de contenção é reduzido. O importante é levar em consideração a idade e a severidade da má oclusão para escolha do protocolo a ser utilizado em cada paciente.
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Endereço para correspondência Gerson Luiz Ulema Ribeiro Rua Max Colin, 1356 – 89.204-041 – Joinville/SC E-mail: gersonlr@expresso.com.br
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Rev Clín Ortod Dental Press. 2011 jun-jul;10(3):76-80
caso clínico
Tratamento ortodôntico de oclusões mutiladas Orthodontic treatment of mutilated dentition
Carlos Martins Coelho Filho* Fábio Oliveira Coelho** Bruno D’Aurea Furquim***
Abstract
Resumo O presente artigo relata o tratamento ortodôntico de duas pacientes adultas portadoras de más oclusões com ausência múltipla de elementos dentários.
Esses casos, em sua maior parte, demandam o concurso de outras especialidades, onde a reabilitação protética desempenha um papel essencial.
Palavras-chave: APM. Ausências dentárias. Dentadura parcial. Oclusão mutilada. Adulto.
This article reports the orthodontic treatment of two adult patients presenting mutilated dentition represented by the absence of multiple dental elements. These cases often
require the assistance of other specialties, where the prosthetic rehabilitation plays a key role.
Keywords: MPA. Missing teeth. Partial denture. Mutilated dentition. Adult.
* Mestre em Ortodontia pela UNICAMP. Professor aposentado da Universidade Federal do Maranhão. ** Mestre em Ortodontia pela UNIARARAS. *** Mestre em Ortodontia pela Faculdade de Odontologia de Bauru – USP.
Rev Clín Ortod Dental Press. 2011 jun-jul;10(3):81-9
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Coelho Filho CM, Coelho FO, Furquim BD
A
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Figura 11 Radiografias iniciais e finais.
Referências 1. Harris EF, Vaden JL, Dunn KL, Behrents RG. Effects of patient age on postorthodontic stability in Class II, division 1 malocclusions. Am J Orthod Dentofacial Orthop. 1994;105(1):25-34. 2. Kokich V, Mathews D. Managing treatment for the orthodontic patient with periodontal problems. Semin Orthod. 1997;3(1):21-38. 3. Bilodeau JE. Multidiciplinary treatment of a mutilated dentition. Am J Orthod Dentofacial Orthop. 2009;135(4 Suppl):S96-102. 4. LaSota EP. Orthodontic considerations in prosthetic and restorative dentistry. Dent Clin North Am. 1988;32(3):447-56.
Endereço para correspondência Bruno D’Aurea Furquim Av. 15 de Novembro, 880 Apt. 1202 – 87.013-230 – Maringá / PR E-mail: brunofurquim@hotmail.com
Rev Clín Ortod Dental Press. 2011 jun-jul;10(3):81-9
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caso clínico
Tratamento não cirúrgico da má oclusão de Classe III e mordida aberta esquelética em adultos Nonsurgical treatment of skeletal Class III open-bite malocclusion in adults
Milton Meri Benitez Farret* Marcel Marchiori Farret** Alessandro Marchiori Farret***
Abstract
Resumo O objetivo deste artigo é discutir fatores relacionados ao diagnóstico e tratamento compensatório da má oclusão de Classe III e mordida aberta esquelética em paciente adulto. Nesse contexto, será apresentado o caso clínico de um paciente portador de face longa, mordida aberta anterior de origem esquelética, mordida cruzada posterior e má oclusão de Classe III. O paciente optou pelo tratamento compensatório, usando aparelho fixo, mentoneira e aparelhos auxiliares. Houve controle da extrusão dos
molares superiores e inferiores e leve extrusão dos incisivos. Houve rotação anti-horária da mandíbula e certa melhora no padrão facial. Ao término do tratamento, foi estabelecida relação de molares e de caninos em Classe I e a mordida aberta foi corrigida. Objetivando a estabilidade do tratamento, o paciente foi encaminhado para tratamento fonoaudiológico e utilizou duas contenções modificadas superiores. Três anos após o término do tratamento, observou-se a preservação dos resultados obtidos.
Palavras-chave: Má oclusão Classe III. Mordida aberta. Tratamento compensatório. Estabilidade oclusal.
The aim of this paper is to discuss factors related to the diagnosis and compensatory treatment of a Class III malocclusion with skeletal open bite in an adult patient. In this context will be presented the clinical case of a patient with long face, anterior open bite of skeletal origin, posterior crossbite and Class III malocclusion. The patient opted for compensatory treatment using fixed appliances, chin cup and auxiliary appliances. There was controlled extrusion of upper and lower molars and light incisor extrusion. There was a counterclockwise rotation
of the mandible and some improvement in facial pattern. At the end of treatment a Class I relationship was established for the canine and molar and the open bite was corrected. Aiming at the stability of the treatment, the patient was referred for speech therapy and used two modified upper retainers. Three years after the treatment we observed the preservation of the results.
Keywords: Class III malocclusion. Open bite. Compensatory treatment. Occlusal stableness.
* Especialista e Mestre em Ortodontia - FOP/Unicamp. Doutorando em Ortodontia PUCRS. Professor titular da Disciplina de Ortodontia - UFSM. ** Especialista, Mestre e Doutora em Ortodontia - PUCRS. Professor da especialização em Ortodontia - CEOM Passo Fundo, RS e UNIFRA Santa Maria, RS. *** Especialista e Mestre em CTBMF - PUCRS.
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Rev Clín Ortod Dental Press. 2011 jun-jul;10(3):90-8
Farret MMB, Farret MM, Farret AM
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C
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Figura 12 Fotografias intrabucais finais três anos pós-tratamento.
Considerações finais A análise das características morfológicas de pacientes portadores de mordida aberta esquelética revela divergência acentuada entre planos de Frankfurt, mandibular e palatino; altura facial anterior aumentada e altura facial posterior normal ou reduzida; selamento labial ausente ou forçado; perfil convexo e excessivo crescimento alveolar vertical na região posterior dos arcos alveolares2,8,9,12,16. Portanto, nesses pacientes, o grande desafio para o ortodontista é evitar a extrusão posterior, comum durante os procedimentos de alinhamento e nivelamento, buscando certa intrusão posterior para rotação anti-horária mandibular e extrusão anterior
para fechamento da mordida4,11,18. Para o caso apresentado nesse artigo, obteve-se o controle da extrusão dos molares durante o processo de alinhamento e nivelamento e considerável extrusão anterior, devida ao uso de elásticos verticais. Obteve-se, ainda, pequena rotação mandibular no sentido anti-horário, promovendo maior volume na região do mento e dos lábios, reduzindo a convexidade do perfil e a altura facial anterior. Com o intuito de se evitar a recidiva, imediatamente após a remoção do aparelho, o paciente foi encaminhado para tratamento fonoaudiológico para a reeducação postural da língua. Além disso, foram desenvolvidas duas contenções modificadas, evitando movimentos de recidiva das extrusões anteriores.
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Caso Clínico
Tratamento não cirúrgico da má oclusão de Classe III e mordida aberta esquelética em adultos
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Endereço para correspondência Marcel Marchiori Farret Rua Floriano Peixoto 1000/112 e 113 – 97.015-370 – Santa Maria/RS E-mail: marcelfarret@yahoo.com.br
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Rev Clín Ortod Dental Press. 2011 jun-jul;10(3):90-8
artigo inédito
Estudo cefalométrico computadorizado da projeção maxilar e seus efeitos sobre os tecidos moles sobrejacentes após a cirurgia ortognática Computerized cephalometric study of the maxillary projection and its effects on the overlying soft tissues after orthognathic surgery Julierme Ferreira Rocha* Eduardo Dias Ribeiro* Renato Yassutaka Faria Yaedú** Eduardo Sant’Ana*** Eduardo Sanches Gonçales**** Abstract
Resumo O objetivo do presente estudo consistiu em realizar a análise cefalométrica computadorizada retrospectiva da projeção maxilar e de seus efeitos sobre os tecidos moles da região anterior da maxila de 15 pacientes portadores de deformidade dentofacial esquelética caracterizada por prognatismo mandibular (Padrão III). Seis indivíduos eram do gênero masculino e 9 do gênero feminino, com idade média de 26,06 anos (desvio-padrão de 7,34). Esses pacientes foram submetidos à cirurgia ortognática para avanço de maxila, por meio da osteotomia Le Fort I, e recuo de mandíbula, por meio da osteotomia sagital bilateral da mandíbula. As radiografias cefalométricas pré e pós-operatórias, com intervalo médio de 30,13 meses (desvio-padrão de 15,76), foram analisadas com base na comparação de medidas lineares e angulares por meio da
utilização do programa Dolphin Imaging® 10.0 (Dolphin/3M EUA) e os dados obtidos foram submetidos à análise estatística pelo teste não paramétrico de Wilcoxon. Ocorreu redução significativa da projeção nasal e aumento não significativo da base nasal e do ângulo nasolabial. Os valores do SNA confirmam o avanço da maxila e os valores do SNB o recuo de mandíbula, enquanto que o ANB e o trespasse horizontal tornaram-se positivos. Pode-se concluir que o avanço maxilar produz efeitos na projeção maxilar e nos tecidos moles sobrejacentes. Tais efeitos, na maioria dos casos, mostram uma tendência ao aumento das medidas lineares e angulares envolvidas, porém essa tendência pode variar de acordo com o montante e direção do movimento, além de características relacionadas aos indivíduos e aos procedimentos.
Palavras-chave: Perfil facial. Maxila/cirurgia. Le Fort I. Alterações tecidos moles.
The aim of this study was to perform a retrospective computerized cephalometric analysis of maxillary projection and its effects on the soft tissues of the anterior maxilla in 15 patients with dentofacial deformity characterized by skeletal mandibular prognathism (Pattern III). Six patients were male and 9 female, mean age was 26.06 years (standard deviation 7.34). These patients underwent orthognathic surgery for maxillary advancement via Le Fort I osteotomy and mandibular setback by means of bilateral sagittal split osteotomy of the mandible. The cephalometric radiographs before and after surgery, with an average interval of 30.13 months (SD 15.76), were analyzed based on the comparison of linear and angular measurements by using the software Dolphin Imaging® 10.0 (Dolphin / 3M - USA) and the data were
subjected to statistical analysis by Wilcoxon nonparametric test. There was a significant reduction of nasal projection and non-significant increase of the nasal base and the nasolabial angle. The SNA values confirm the advancement of the maxilla and the SNB values confirm the mandibular setback, while the ANB and overjet became positive. It can be concluded that the maxillary advancement affects the maxillary projection and the overlying soft tissues. Such effects, in most cases, show an upward trend of linear and angular measures involved, but this trend may vary with the amount and direction of movement, and characteristics related to individuals and procedures.
Keywords: Facial profile. Maxilla/surgery. Le Fort I. Soft tissue changes.
* Professor Assistente do curso de Odontologia da Universidade Federal de Campina Grande. ** Doutor em Estomatologia pela Faculdade de Odontologia de Bauru-Universidade de São Paulo (FOB-USP). *** Professor Livre Docente da Disciplina de Cirurgia do Departamento de Estomatologia da Faculdade de Odontologia de Bauru-Universidade de São Paulo (FOB-USP). **** Professor Doutor da Disciplina de Cirurgia do Departamento de Estomatologia da Faculdade de Odontologia de Bauru-Universidade de São Paulo (FOB-USP).
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Rev Clín Ortod Dental Press. 2011 jun-jul;10(3):100-5
Rocha JF, Ribeiro ED, Yaedú RYF, Sant’Ana E, Gonçales ES
detectar as respostas dos tecidos moles associadas com as mudanças das bases ósseas após cirurgia ortognática. Os autores concluíram que a adição de erros pode ter implicações clínicas, principalmente na região de lábio inferior. Assim, acredita-se que os sistemas digitais de análise cefalométrica e VTO são ferramentas úteis e podem auxiliar os profissionais envolvidos no tratamento dos pacientes com deformidade facial esquelética.
Em face ao apresentado nesse estudo e considerando a amostra estudada, pode-se concluir que o avanço maxilar produz efeitos na projeção maxilar e nos tecidos moles sobrejacentes. Tais efeitos, na maioria dos casos, mostram uma tendência a aumento das medidas lineares e angulares envolvidas, porém essa tendência pode variar de acordo com o montante e direção do movimento, além de características relacionadas aos indivíduos e aos procedimentos.
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Endereço para correspondência Eduardo Sanches Gonçales Al. Octávio Pinheiro Brisola, 9-75 – 17.012-901 Bauru / SP E-mail: eduardogoncales@usp.br
Rev Clín Ortod Dental Press. 2011 jun-jul;10(3):100-5
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artigo inédito
Ortodontia Lingual: evolução da técnica e os braquetes autoligados Lingual orthodontics: Evolution of technique and self-ligating brackets
Silvana Allegrini Kairalla* Vittorio Cacciafesta** Liliana Ávila Maltagliati*** Luiz Renato Paranhos****
Resumo
Abstract
A Ortodontia Lingual iniciou-se por meio do Dr. Craven Kurz utilizando braquetes da técnica Edgewise colados nas superfícies linguais dos dentes, com a intenção de se obter um tratamento estético e praticamente invisível. Como a estética é sempre um tema atual e a procura por ela é grande, a Ortodontia Lingual continuou evoluindo. Muitas empresas avançaram em pesquisas e de-
senvolveram diversos tipos de braquetes para serem utilizados na nova técnica. Este trabalho propõe discorrer sobre a história da Ortodontia Lingual e sua evolução nesses anos, como também sobre a introdução dos primeiros braquetes autoligados linguais, o seu desenvolvimento, surgimento e utilização, uma vez que esta é uma tendência na Ortodontia convencional por vestibular.
Palavras-chave: Ortodontia Lingual. Braquetes autoligados. Estética.
The lingual technique was first started by Dr. Craven Kurz, who used the Edgwise bracket technique (labial) bonded to the lingual surfaces of teeth, in order to obtain an aesthetic and practically invisible treatment. As aesthetics has always been a current issue, and an increasing demand, lingual orthodontics has been constantly evolving; many companies advanced in research and created several types
of brackets to be used with this new technique. This study aims to present an overall view of the history of lingual orthodontics and its evolution throughout the years, as well as the first treatments with lingual brackets, how they developed, and the creation and use of the self-ligating brackets, for the lingual technique, considering this is a trend already taking place within conventional labial orthodontics.
Keywords: Lingual orthodontics. Self-ligating brackets. Esthetic.
* Aluna do Programa de Pós-Graduação em Odontologia, área de concentração em Ortodontia da UMESP. ** Professor do Departamento de Ortodontia da Universidade de Pavia, Itália. *** Coordenadora do Curso de Especialização em Ortodontia da ABCD – SP. **** Professor Titular do Programa de Pós-Graduação em Odontologia, área de concentração em Ortodontia, da UMESP.
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Rev Clín Ortod Dental Press. 2011 jun-jul;10(3):106-12
Caso Clínico
Ortodontia Lingual: evolução da técnica e os braquetes autoligados
preocuparam em melhorar a biomecânica da técnica e o formato dos braquetes3,6, pois, por muito tempo, a Ortodontia Lingual ficou desacreditada, principalmente nos EUA, devido a insucessos e à falta de preparo dos profissionais que nela atuavam, mas, mesmo assim, em outras partes do mundo como no Japão e Europa, a técnica continuou sendo desenvolvida14. A Ortodontia Lingual é considerada tecnicamente mais difícil quando comparada com a Ortodontia convencional12,16, porém não há comprovação de que a técnica vestibular seja mais efetiva do que a técnica lingual14 e, por vezes, pode possuir vantagens ou ser equivalente à técnica vestibular7,15. Quanto ao desconforto, é inicial e perfeitamente contornável depois da adaptação do paciente, assim como na técnica por vestibular8. Desde o início já se pensava em formas de facilitar e simplificar a montagem do aparelho na Ortodontia Lingual visto ser uma técnica que demanda habilidade e tempo do profissional que a realiza. Surgiram pesquisas e trabalhos, como as máquinas específicas para realizar o trabalho na tentativa de facilitar a montagem dos braquetes sobre o modelo20, e, também, se desenvolveu a colagem direta na boca do paciente11. Com relação aos braquetes propriamente ditos, eles evoluíram13. As empresas se preocuparam com o conforto do paciente e em facilitar o trabalho do profissional, fazendo surgir muitos desenhos de braquetes no mercado ortodôntico.
Alguns braquetes passaram a ter aletas para a fixação do arco de forma a minimizar o atrito das ligaduras elásticas e dos amarrilhos de aço, aderindo, assim, ao sistema de braquetes autoligados. Esses permitem um maior deslize do fio e facilitam o contato e a manutenção deste com o braquete por meio da aleta ou clip de fechamento, contribuindo para a eficiência do tratamento ortodôntico lingual18.
Conclusões A técnica ortodôntica lingual é considerada uma técnica estética, que demanda tempo de trabalho e habilidade do profissional que a utiliza. É viável para muitos casos e para pacientes que não se tratariam com a técnica convencional por vestibular ou similar. Muitos trabalhos de pesquisa precisam ser feitos para melhorar a parte clínica e laboratorial, mas muito já se avançou. A ideia de se fazer um braquete que seja confortável e prático, sem ser muito oneroso, ainda persiste, devendo-se continuar os estudos para seu desenvolvimento. As empresas estão procurando, cada vez mais, desenvolver braquetes melhores para atender o mercado ortodôntico lingual. Não existem evidências concretas de que a técnica lingual seja menos efetiva do que a técnica convencional por vestibular.
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Rev Clín Ortod Dental Press. 2011 jun-jul;10(3):106-12
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Endereço para correspondência Silvana Allegrini Kairalla Rua Diogo Moreira, 132 cj. 201/202 – 05.423-010 – São Paulo/SP E-mail: sil_allegrini@hotmail.com
artigo inédito
Avaliação de caninos superiores impactados por meio de tomografia computadorizada de feixe cônico Evaluation of impacted maxillary canines using Cone Beam Computed Tomography
Flávio Ricardo Manzi* Juliana Pelinsari Lana** Luciana Cardoso Fonseca*** Simone Pereira das Posses**** Márcia Gabriella Lino de Barros*****
Abstract
Resumo Sessenta e quatro pacientes (45 mulheres e 19 homens) com um total de setenta e sete caninos superiores impactados (unilateral e bilateral) foram analisados por meio de tomografia computadorizada de feixe cônico usando imagens obtidas com o tomógrafo i-CAT. Foram avaliadas as variações de localização e inclinação desses caninos, bem como a reabsorção de dentes adjacentes e das corticais ósseas. Quanto à localização, 52 caninos apresentavam a coroa localizada por palatino em relação aos dentes adjacentes, 15 por vestibular e 10 com localização transalveolar. Quanto à
inclinação, 63 caninos estavam inclinados para mesial, 2 para distal, 6 em posição vertical e nenhum em posição invertida. Reabsorção radicular foi observada em 10 dentes, sendo 7 reabsorções do incisivo lateral e 3 do incisivo central. Cinquenta e seis casos apresentavam reabsorção das corticais ósseas, sendo 37 da cortical palatina, 15 da cortical vestibular e 4 de ambas as corticais. Conclui-se, no estudo realizado, que a impacção de caninos superiores é mais comum em mulheres, na posição mesial e palatina, e que as reabsorções acometem mais os incisivos laterais.
Palavras-chave: Dente canino. Dente impactado/complicações. Tomografia computadorizada de feixe cônico.
Sixty-four patients (45 female and 19 male) with a total of seventy-seven impacted maxillary canines (unilateral and bilateral) were analyzed using Cone Beam Computed Tomography images obtained with an i-CAT cone beam imaging system. The location and inclination of such canines were evaluated, as well as the resorption of adjacent teeth and cortical bone. Regarding location, 52 canines had the crown located on the palatal in relation to adjacent teeth, 15 vestibular and 10 with trans-alveolar location. For the inclination, 63 canines were found to be tipped mesially, 2 distally, 6 in a vertical
position and none in the inverted position. Root resorption was observed in 10 teeth, lateral incisor resorption in 7 teeth and central incisor resorption in 3 teeth. Resorption of cortical bone was observed in 56 cases, with 37 cases showing resorption of the cortical palate, 15 cases of resorption of the cortical vestibular and 4 cases of resorption of both cortices. From this study it is concluded that the maxillary canine impaction is more common in women, in the mesial and palatal position and that resorption has a greater affect on the lateral incisors.
Keywords: Canine tooth. Impacted tooth/complications. Cone Beam computed tomography.
* Professor Doutor Adjunto de Radiologia da PUC-Minas. Coordenador do Mestrado da PUC-Minas – ênfase em Radiologia Odontológica. ** Mestre em Clínicas Odontológicas com ênfase em Radiologia da Faculdade de Odontologia da PUC-Minas. *** Professora Doutora em Radiologia da PUC-Minas. Coordenadora do curso de Especialização em Radiologia e Imaginologia Odontológica da PUC-Minas. **** Especialista em Radiologia Odontológica e Imaginologia pela Faculdade de Odontologia da PUC-Minas. ***** Especialista em Radiologia Odontológica pela Universidade Cidade de São Paulo. Mestre em Saúde Pública pela Universidade de São Paulo.
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Caso Clínico
Avaliação de caninos superiores impactados por meio de tomografia computadorizada de feixe cônico
DISCUSSÃO A impacção de caninos superiores é mais comum em mulheres1,2, ocorrendo mais frequentemente, na população europeia, por palatino do que por vestibular1,4. Já na população asiática, a impacção é mais comum transalveolar e vestibular2,10. A impacção mesioangular é mais relatada em estudos, já os posicionamentos distal, horizontal ou invertido são raros2. Na nossa casuística, as mulheres foram as mais afetadas (70,31%) e o posicionamento para mesial do canino o mais comum (81,8%), estando de acordo com os dados encontrados na literatura. A impacção por palatino foi mais frequente (67,5%), coincidindo com os achados na população europeia. Os incisivos laterais são os dentes mais comumente reabsorvidos, ocorrendo em 38% dos casos, segundo Ericson e Kurol4; 66,7%, segundo Walker et al.1; e 27,2%, conforme Liu et al.2 Já as reabsorções dos incisivos centrais ocorrem em 9% dos casos, segundo Ericson e Kurol4; 11,1%, segundo Walker et al.1; e em 23,4%, conforme Liu et al.2 No presente estudo, houve reabsorção em 13% dos casos. Desses, os incisivos laterais foram os dentes mais reabsorvidos (9%), seguidos pelos incisivos centrais (4%), como relata a literatura. A tomografia computadorizada por feixe cônico tem sido uma opção para avaliação de caninos por possuir uma boa resolução, menor custo e uma menor dose de radiação, quando comparada à tomografia computadorizada convencional, sendo o método de escolha para localização desses dentes6.
O tratamento dos caninos superiores impactados requer diagnóstico preciso e localização exata do canino impactado e das estruturas ao redor. Um estudo recente, com casos de caninos superiores retidos, mostrou que o plano de tratamento inicialmente proposto com base na documentação ortodôntica convencional foi alterado em 43,7% dos pacientes após o exame com tomografia computadorizada 6. De acordo com alguns autores, a imagem volumétrica 3D providencia informações valiosas de caninos impactados, para melhor entender e tratar os casos cirúrgica e ortodonticamente, podendo mostrar: presença ou ausência do canino, tamanho do folículo, inclinação do longo eixo do dente, posição vestibular ou palatina, quantidade de osso cobrindo o dente, proximidade 3D e reabsorção radicular de dentes adjacentes, condição dos dentes adjacentes, considerações anatômicas locais, e todos os estágios de desenvolvimento dentário1.
CONCLUSÃO No presente estudo, a tomografia computadorizada permitiu a exata avaliação e localização do canino superior impactado, mostrando ser mais comum em mulheres, na posição mesial e palatina e que esses dentes reabsorvem mais comumente os incisivos laterais.
Referências 1. Walker L, Enciso R, Mah J. Three-dimensional localization of maxillary canines with cone-beam computed tomography. Am J Orthod Dentofacial Orthop. 2005;128:418-23. 2. Liu DG, Zhang WL, Zhang ZY, Wu YT, Ma XC. Localization of impacted maxillary canines and observation of adjacent incisor resorption with cone-beam computed tomography. Oral Surg Oral Med Oral Pathol Oral Radiol Endod. 2008 Jan;105(1):91-8. 3. Britto AM, Fraga CFF, Goursand D, Costa EM, Grossi E, Rocha JF Jr. Impactação de caninos superiores e suas conseqüências: relato de caso clínico. J Bras Ortodon Ortop Facial. 2003;8(48):453-9. 4. Ericson S, Kurol J. Resorption of incisors after ectopic eruption of maxillary canines: a CT study. Angle Orthod. 2000;70:415-23. 5. Maverna R, Gracco A. Different diagnostic tools for the localization of impacted maxillary canines: clinical considerations. Prog Orthod. 2007;8(1):28-44. 6. Garib DG, Raymundo R Jr, Raymundo MV, Raymundo DV, Ferreira SN. Tomografia computadorizada de feixe cônico (Cone beam): entendendo este novo método de diagnóstico por imagem com promissora aplicabilidade na Ortodontia. Rev Dental Press Ortod Ortop Facial. 2007;12(2):139-56.
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Endereço para correspondência Flávio Ricardo Manzi Av. Dom José Gaspar 500, Prédio 45 – 30.535-901 Belo – Horizonte / MG E-mail: manzi@pucminas.br
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caso clínico
Submersão múltipla na dentição decídua: relato de caso Multiple submersion in the primary dentition: case report
Liana Cristina Melo Carneiro Costa* Ítalo Márcio de Oliveira Consoli** Vilmar Camargos de Freitas*** Aléida dos Santos Plasschaert e Freitas****
Abstract
Resumo Submersão, infraoclusão e impacção são termos utilizados para definir quando um dente se encontra aquém do plano oclusal, o que pode ser observado em diferentes graus. Na dentição decídua, essa anomalia acomete com mais frequência os segundos molares e a anquilose dentoalveolar é a etiologia mais aceita. Os dentes submersos impactados são fatores locais desencadeantes de má oclusão e, portanto, torna-se importante o diagnóstico precoce a fim
de se evitarem danos no desenvolvimento normal da oclusão. A conduta clínica é definida de acordo com as características de cada caso e varia de um tratamento mais conservador ao mais radical, como as exodontias dos dentes envolvidos. Este trabalho tem como objetivo relatar o caso clínico de um paciente com submersão severa dos segundos molares decíduos, sendo que um dos molares em total submersão se encontrava com suspeita de lesão cariosa.
Palavras-chave: Anquilose dentária. Imersão. Dentição decídua.
Submersion, infra-occlusion and impaction are terms used to define when a tooth is below the occlusal plane, which can be observed in different degrees. This anomaly in the primary dentition affects more frequently the second molars and the dentoalveolar ankylosis is the most acceptable etiology. Impacted submerged teeth are local triggering factors of malocclusion and therefore the early diagnosis is important in order to avoid damage to the normal development of occlusion of
the child. The clinical approach is defined according to the characteristics of each case and varies from a more conservative treatment to a more radical one, such as extractions of teeth involved. This paper aims to report the case of a patient with severe submersion of the primary second molar and one of the molars in a total submersion with suspicion of carious lesions.
Keywords: Tooth ankylosis. Immersion. Primary dentition.
* Mestranda em Clínicas Odontológicas - PUCMinas. ** Mestre em Radiologia pela São Leopoldo Mandic - SP. *** Cirurgião Bucomaxilofacial UNINCOR-Três Corações/MG. **** Odontopediatra e Mestre em Diagnóstico Bucal UNINCOR-Três Corações/MG.
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Costa LCMC, Consoli ÍMO, Freitas VC, Freitas ASP
Somente quando a reabsorção não está ocorrendo normalmente ou está havendo alterações na oclusão, é que deve-se pensar em outro tipo de tratamento14. Em relação ao caso descrito, mesmo a infraoclusão sendo severa, optou-se por um tratamento conservador e, portanto, a exodontia dos dentes 55, 65, 85 não foi realizada por causa
da proximidade das raízes dos decíduos submersos com o sucessor; das raízes dos permanentes ainda não estarem em formação e por não haver ancoragem inicial dos primeiros molares permanentes para colocação de um mantenedor ou recuperador de espaço. O tratamento deve ser definido em função das características clínicas e radiográficas de cada caso.
Referências 1. Antoniades K, Kavadia S, Milioti K, Antoniades V, Markovitsi E. Submerged teeth. J Clin Pediatr Dent. 2002;26(3):239-42. 2. Bjerklin K, Al-Najjar MA, Kårestedt H, Andrén A. Agenesis of mandibular second premolars with retained primary molars. A longitudinal radiographic study of 99 subjects from 12 years of age to adulthood. Eur J Orthod. 2008;30:254-61. 3. Ekim SL, Hatibovic-Kofman S. A treatment decision-making model for infraoccluded primary molars. Int J Paediatr Dent. 2001;11:340-6. 4. Frank CA. Treatment options for impacted teeth. J Am Dent Assoc. 2000;131:623-32. 5. Gunduz K, Muglali M, Inal S. Total impaction of deciduous maxillary molars: two case reports. J Contemp Dent Pract. 2007;8(6):1-6. 6. Jenkins FR, Nichol RE. Atypical retention of infraoccluded primary molars with permanent successor teeth. Eur Arch Paediatr Dent. 2008;9(1):51-5. 7. Karacay S, Guven G, Basak F. Treatment of space loss caused by submerged maxillary second primary molar. J Indian Soc Pedod Prev Dent. 2007;25(1):36-8. 8. Kurol J. Early treatment of tooth-eruption disturbances. Am J Orthod Dentofacial Orthop. 2002;121:588-91. 9. Kurol J. Impacted and ankylosed teeth: why, when, and how to intervene. Am J Orthod Dentofacial Orthop. 2006;129:S86-90. 10. Madeiro AT, Passos IA, Paiva FPF, Oliveira AFB. Anquilose dento-alveolar: etiologia, diagnóstico e possibilidades de tratamento. Rev Odontol Araçatuba. 2005;26(1):20-4. 11. Miyanaga M, Takei K, Maeda T. Observation of a child with multiple submerged primary teeth. ASDC J Dent Child. 1998;65(6):495-8.
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Endereço para correspondência Liana Cristina Melo Carneiro Costa Rua Paraíba, 587 – Centro – 35.500-016 – Divinópolis / MG E-mail: lianacmcosta@gmail.com
Rev Clín Ortod Dental Press. 2011 jun-jul;10(3):121-5
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Extração de pré-molares
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abstracts
Literatura ortodôntica mundial Resumos, em Português, de artigos publicados em importantes revistas de Ortodontia de todo o mundo. Informação qualificada e oportuna para a melhoria de sua prática clínica.
Força friccional estática e a rugosidade superficial de várias combinações de braquetes e arcos ortodônticos
Anticorpos antidentinários e a reabsorção radicular durante o tratamento ortodôntico
Static frictional force and surface roughness of various bracket and wire combinations
Anti-dentine antibodies with root resorption during orthodontic treatment
Doshi UH, Bhad-Patil WA. Am J Orthod Dentofacial Orthop. 2011 Jan;139(1):74-9 Introdução: durante a mecânica de deslize, a resistência friccional é uma importante força oponente à movimentação ortodôntica, que deve ser controlada para permitir a aplicação de forças leves e contínuas. Investigamos a resistência friccional estática entre 3 tipos de braquetes ortodônticos modernos — cerâmico com canaleta de ouro-paládio, cerâmico, e aço —; e 4 tipos de fios (0,019”x0,025”) — aço, níquel-titânio, titânio molibdênio (TMA), e TMA colorido de baixa taxa de fricção. Métodos: todos os testes foram conduzidos em estado seco numa máquina de ensaios universais. A topografia superficial das canaletas dos braquetes e dos arcos ortodônticos foi avaliada usando microscopia eletrônica de varredura e quantificada usando-se uma máquina de teste de rugosidade (perfilômetro). Resultados: nas mensurações da microscopia eletrônica de varredura, a superfície mais lisa foi o braquete cerâmico com canaleta de ouro-paládio combinado com o arco de aço. O perfilômetro quantificou a rugosidade superficial, a qual também foi menor para a combinação braquete cerâmico com canaleta de ouro-paládio e o arco de aço. O braquete cerâmico com a canaleta de ouro-paládio mostrou os menores valores friccionais em todas as combinações e poderia ser uma alternativa promissora para resolver o problema de fricção. Os valores friccionais dos arcos de TMA colorido foram comparáveis aos dos arcos de aço e poderiam ser boas alternativas durante o fechamento de espaço na mecânica de deslize. Conclusões: o braquete cerâmico com canaleta de ouro-paládio e o arco de TMA colorido parecem ser boas alternativas ao aço durante o fechamento de espaços na mecânica de deslize. Tradução: An Tien Li.
de Paula Ramos S, Ortolan GO, dos Santos LM, Tobouti PL, Hidalgo MM, Consolaro A, Itano EN. Eur J Orthod. 2011 Feb 7. [Epub ahead of print] O objetivo deste estudo foi analisar os níveis de IgG sorológico e os níveis de IgA salivar secretora (sIgA) no extrato de dentina humana (EDH) antes (T0) e 6 meses (T6) após o tratamento ortodôntico e correlacionar os auto anticorpos anti-EDH com a reabsorção radicular. Cinquenta pacientes ortodônticos foram selecionados, 19 homens (15,6±8,5 anos) e 31 mulheres (21,4±11,2 anos), 19 na dentadura mista (10,3±1,9 anos) e 31 na dentadura permanente (24,6±9,9 anos). Cinquenta indivíduos sem tratamento ortodôntico emparelhados quanto ao sexo e a idade foram selecionados como controles. Radiografias periapicais dos incisivos centrais superiores e amostras de saliva foram obtidas de todos os pacientes em T0 e T6. As amostras de soro foram coletadas dos pacientes com dentadura permanente (n=31). Os níveis de anticorpo foram determinados por meio de análise imuno-enzimático. Em T6, a reabsorção foi classificada como grau 0 (sem reabsorção), grau 1 (reabsorção suave), e grau 2 (reabsorção moderada a grave). Diferenças entre os níveis de anticorpo em T0 e T6 e entre os diferentes graus de reabsorção foram determinadas pelos testes t emparelhado e Kruskal-Wallis, respectivamente. O coeficiente de correlação de Spearman foi utilizado para detectar a correlação entre os níveis de sIgA e IgG, e a regressão logística, para determinar a associação entre o grau de reabsorção e as variáveis do estudo. Diferenças foram consideradas significativas ao nível de 5%. Os níveis IgG anti-EDH diminuíram (p<0,01) nos pacientes com reabsorção radicular grau 2 e não se correlacionaram com os níveis salivares de sIgA ou outras variáveis durante o tratamento. Pacientes que tiveram reabsorção grau 2 em T6 mostraram maiores níveis de sIgA anti-EDH (p<0,01). Os níveis sIgA anti-EDH em T0 e a morfologia radicular foram os principais fatores associados ao grau de reabsorção radicular. Os resultados sugerem que as variações da resposta imune humoral local e sistêmica aos antígenos dentinários podem ocorrer durante o tratamento ortodôntico. Altos níveis de sIgA salivar antes do tratamento foram associados às lesões mais avançadas depois de 6 meses de tratamento. Tradução: An Tien Li.
Conheça o acervo de Abstracts da Dental Press, acesse: www.dentalpress.com.br/abstracts
Rev Clín Ortod Dental Press. 2011 jun-jul;10(3):127-9
127
controvérsias
Lamarck e as quatro formas de hereditariedade na evolução humana: implicações na região bucomaxilofacial Alberto Consolaro*
Imperava entre nós a ditadura do gene, tudo era mérito ou culpa dele, do DNA que o compõe ou do cromossomo que o aloja. Felizmente, temos a hereditariedade não relacionada com o DNA. Isso mesmo, outros fatores podem modificar-se para melhorar nossas estruturas e funções, são os fatores adquiridos ao longo da vida que podem ser transmitidos, como os relacionados com o ambiente em que vivemos ou em que nossas células sobrevivem. Esses fatores são identificados como epigenéticos — a epigenética está cada vez mais valorizada em nossos dias. A nossa evolução, nossa melhora como espécie, não depende única e exclusivamente dos genes que herdamos. Era um tanto difícil acreditar que uma sequência de moléculas chamadas bases nitrogenadas (citosina, guanina, timina, uracila) determinasse e interpretasse nossas estruturas, limitações e habilidades. Seríamos frutos de um arranjo molecular apenas? Não! Hoje sabemos que há mais coisas na hereditariedade do que os genes. Na nossa origem existem variações hereditárias que achávamos serem aleatórias, mas que não o são. Algumas informações adquiridas podem ser transmitidas e herdadas pelos nossos filhos. Ainda assim, Darwin estava certo, porém a seleção natural representa uma das formas de evolução: a que se dá por variações genéticas aleatórias que promovem a adaptação das espécies. Mas os fatores epigenéticos decorrentes do meio ambiente onde nossas células e organismo vivem — temperatura, alimentação, exercícios, drogas, forças, migrações e muitos outros — podem modificar o que o conjunto de informações genéticas determinou primariamente. As mudanças evolutivas ainda podem acontecer de duas outras formas além da genética e da epigenética. Uma dessas formas se dá pela instrução, a qual levaria à transmissão de informação de um indivíduo para outro por meios
comportamentais — esse seria o terceiro sistema de hereditariedade humana, inclusive nos animais. A quarta forma seria exclusiva dos seres humanos, porque se baseia em símbolos como a linguagem e tem papel fundamental na evolução de nossa espécie. Em outras palavras, a seleção natural, a evolução da espécie, se daria por quatro tipos de hereditariedade: genética, epigenética, comportamental e simbólica. Compreender a hereditariedade em quatro dimensões permite elaborar uma teoria da evolução bem mais rica e sofisticada, na qual o gene não é o único foco da seleção natural. Essa nova forma de compreender a evolução humana foi descrita1 por Eva Jablonka, da Universidade de Tel Aviv, e Marion J. Lamb, da Universidade de Londres. Isso explicaria como as células do fígado se comportam diferentemente, por exemplo, das células musculares, que contêm exatamente os mesmos genes. Quando, em 1990, a cada dia descobria-se uma nova tecnologia para desvendar e decifrar o DNA, os geneticistas acreditavam que estavam próximos de ler o “livro da vida”, a pedra filosofal, ou de encontrar o Santo Graal. Acreditavam que o sequenciamento do genoma iria expor as fraquezas e as forças hereditárias de cada um, para que pudéssemos interferir de acordo com a necessidade e a intuição. Em 2001, todos acreditavam nisso e o sequenciamento do genoma humano levou jornais repletos de empolgados profetas a projetar um mundo novo, admirável e mais saudável. A biologia molecular que abriu essas possibilidades é a mesma que hoje, de forma mais humilde, afirma que as coisas não são tão simples assim: a hereditariedade não depende apenas dos genes. O entusiasmo gerado pela biologia molecular e genética parece o mesmo que foi gerado pela descoberta do microscópio e do telescópio. O gene não é culpado por tudo e nem mesmo responsável único pela mais simples função, ele divide méritos com outros atores moleculares.
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Rev Clín Ortod Dental Press. 2011 jun-jul;10(3):130-3
* Professor Titular da FOB-USP e Professor de Pós-Graduação na FORP-USP.
Consolaro A
DNA e genes: Analogias simples para uma compreensão geral Uma escada tem duas hastes paralelas e mais os degraus. Imagine uma fita plástica imitando uma escada, mas tem que ser uma fita muito longa. Pegue essa fita e retorça suas extremidades de tal forma que fique levemente “espiralada”. Os degraus dessa fita são formados por duas substâncias conhecidas como bases nitrogenadas, ligadas à haste lateral feita de fosfato e açúcar. Temos quatro bases nitrogenadas para formar os degraus — citosina, guanina, timina, uracila —, mas apenas duas formam um degrau. Se chama ácido desoxirribonucleico porque tem o açúcar desoxirribose como base molecular. O fosfato, o açúcar e a base formam uma molécula de nucleotídeo: o DNA é uma sequência linear de nucleotídeos na forma de escada retorcida. Imagine essas três moléculas como peças de um jogo de montar formando, juntas, um “L”.
Figura 3 Representação esquemática das estruturas envolvidas na transmissão genética.
Uma fita de DNA pode ter 2 metros de comprimento, e um conjunto de 23 dessas fitas está dentro do núcleo das células. O núcleo
completa recebe o nome de gene. Assim, podemos falar que a fita
é a sala da gerência, a semente da célula — que, por comparação,
de DNA tem muitos genes, pois tem vários segmentos com informa-
seria o caroço do abacate; e o abacate, a célula inteira. Temos 10
ções completas. Aliás, cada cromossomo tem mil genes, aproxima-
trilhões de células e o DNA de todas elas, emendado em fitas, per-
damente. Tudo que fazemos está registrado como genes no DNA. O
correria alguns quilômetros.
homem tem entre 25.000 e 30.000 genes em cada célula.
As fitas de DNA podem ser comparadas com as serpentinas de
As células são diferentes e executam funções diferentes, embo-
carnaval ou com tirinhas de Nosso Senhor do Bonfim. Essas 23 fitas
ra os genes sejam iguais, porque o DNA pode ser comparado ao
estão dentro do núcleo, mas toda fita de DNA no núcleo tem uma
painel de um avião cheio de botões, que seriam os genes. O orga-
cópia de segurança, ou “backup”; logo, são 23 pares enrolados
nismo liga ou desliga alguns botões, ou genes, em certas células. Se
em carretéis em forma de X ou de Y, todos no pequeno espaço do
ligarmos todos os botões, o avião não voa, nem anda, nem sobe e
núcleo. Em vez de madeira ou plástico, são carretéis de proteínas
nem desce. Se ligarmos todos os genes da célula, ela não funciona.
chamadas de histonas.
Ligam-se alguns genes, outros desligam-se ao mesmo tempo. Por
Esses carretéis com o DNA organizado são conhecidos como
isso os 206 tipos de células humanas funcionam ao mesmo tempo,
cromossomos. Logo, temos 23 pares de cromossomos iguais em
mas de formas diferentes. Há botões para cada função que devem
todas as células, pois todas vieram de uma única célula resultante
ser ligados, e outros desligados. Se o piloto ligar ou desligar um
da fusão do espermatozoide com o óvulo. A partir de uma célula
botão, ou gene, errado, teremos as doenças que representam dis-
pode-se fazer uma cópia do indivíduo, pois todos os cromossomos
túrbios no funcionamento dos tecidos e órgãos, como o câncer e as
e genes estão contidos no interior do núcleo da célula.
doenças autoimunes. O avião pode cair; ou a pessoa, morrer.
Os cromossomos são iguais, mas as estruturas e o funcionamento
O interesse sobre o DNA vem da necessidade, porque, em qua-
das células são diferentes. As fitas de DNA representam uma central
se tudo que se lê, se fala em DNA. Nos rótulos de xampus, propa-
de informações que ensina a célula a trabalhar e executar funções
ganda de carros, shows, logomarcas, programas de televisão e na
como produzir osso, unhas, saliva, etc. Quando as células precisam
mídia em geral. Até em piadas se fala em DNA e poderemos não
fazer isso, leem a receita de como se faz — “escrita” no DNA — e
entendê-las, perdendo até alguns sorrisos e gargalhadas típicas da
executam a função. Cada segmento da fita que tem uma informação
alegria de viver, se não o compreendermos melhor em nossas vidas.
Referências Endereço para correspondência 1. 2.
Jablonka E, Lamb MJ. Evolução em quatro dimensões: DNA, comportamento e a história da vida. São Paulo: Companhia das Letras; 2010. Keller EF. O século do gene. Belo Horizonte: Crisálida; 2002.
Alberto Consolaro E-mail: consolaro@uol.com.br
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instruções aos autores
— A Revista Clínica de Ortodontia Dental Press, dirigida à classe odontológica, destina-se à publicação de relatos de casos clínicos e de técnicas, artigos de interesse aos profissionais da área, comunicações breves e atualidades. — A Revista Clínica de Ortodontia Dental Press utiliza o Sistema de Gestão de Publicação, um sistema on-line de submissão e avaliação de trabalhos. Para submeter novos trabalhos visite o site: www.dentalpressjournals.com — Outros tipos de correspondência poderão ser enviados para: Dental Press International Av. Euclides da Cunha 1718, Zona 5 CEP: 87.015-180, Maringá/PR Tel.: (44) 3031-9818 E-mail: artigos@dentalpress.com.br — As declarações e opiniões expressas pelo(s) autor(es) não necessariamente correspondem às do(s) editor(es) ou publisher, os quais não assumirão qualquer responsabilidade pelas mesmas. Nem o(s) editor(es) nem o publisher garantem ou endossam qualquer produto ou serviço anunciado nesta publicação ou alegação feita por seus respectivos fabricantes. Cada leitor deve determinar se deve agir conforme as informações contidas nesta publicação. A Revista ou as empresas patrocinadoras não serão responsáveis por qualquer dano advindo da publicação de informações errôneas. — Os trabalhos apresentados devem ser inéditos e não publicados ou submetidos para publicação em outra revista. Os manuscritos serão analisados pelo editor e consultores, e estão sujeitos a revisão editorial. ORIENTAÇÕES PARA SUBMISSÃO DE MANUSCRITOS — Submeta os artigos através do site: www.dentalpressjournals.com — Organize sua apresentação como descrito a seguir: 1. Página de título — deve conter título em português e inglês, resumo e abstract, palavras-chave e keywords. — não inclua informações relativas aos autores, por exemplo: nomes completos dos autores, títulos acadêmicos, afiliações institucionais e/ou cargos administrativos. Elas deverão ser incluídas apenas nos campos específicos no site de submissão de artigos. Assim, essas informações não estarão disponíveis para os revisores.
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2. Resumo/Abstract — os resumos estruturados, em português e inglês, de 250 palavras ou menos são os preferidos. — os resumos estruturados devem conter as seções: INTRODUÇÃO, com a proposição do estudo; MÉTODOS, descrevendo como o mesmo foi realizado; RESULTADOS, descrevendo os resultados primários; e CONCLUSÕES, relatando o que os autores concluíram dos resultados, além das implicações clínicas. — os resumos devem ser acompanhados de 3 a 5 palavraschave, ou descritores, também em português e em inglês, as quais devem ser adequadas conforme o MeSH/DeCS. 3. Texto — o texto deve ser organizado nas seguintes seções: Introdução, Material e Métodos, Resultados, Discussão, Conclusões, Referências, e Legendas das figuras. — os textos devem ter o número máximo de 4.000 palavras, incluindo legendas das figuras, resumo, abstract e referências. — envie as figuras em arquivos separados (ver logo abaixo). — também insira as legendas das figuras no corpo do texto, para orientar a montagem final do artigo. 4. Figuras — as imagens digitais devem ser no formato JPG ou TIF, em CMYK ou tons de cinza, com pelo menos 7 cm de largura e 300 dpis de resolução. — as imagens devem ser enviadas em arquivos independentes. — se uma figura já foi publicada anteriormente, sua legenda deve dar todo o crédito à fonte original. — todas as figuras devem ser citadas no texto. 5. Gráficos e traçados cefalométricos — devem ser enviados os arquivos contendo as versões originais dos gráficos e traçados, nos programas que foram utilizados para sua confecção. — não é recomendado o envio dos mesmos apenas em formato de imagem bitmap (não editável). — os desenhos enviados podem ser melhorados ou redesenhados pela produção da revista, a critério do Corpo Editorial. 6. Tabelas — as tabelas devem ser autoexplicativas e devem complementar, e não duplicar o texto. — devem ser numeradas com algarismos arábicos, na ordem em que são mencionadas no texto. — forneça um breve título para cada uma. — se uma tabela tiver sido publicada anteriormente, inclua uma nota de rodapé dando crédito à fonte original. — apresente as tabelas como arquivo de texto (Word ou Excel, por exemplo), e não como elemento gráfico (imagem não editável).
Instruções aos autores
7. Comitês de Ética — Os artigos devem, se aplicável, fazer referência a pareceres de Comitês de Ética. 8. Declarações exigidas Todos os manuscritos devem ser acompanhados das seguintes declarações, a serem preenchidas no momento da submissão do artigo: — Cessão de Direitos Autorais Transferindo todos os direitos autorais do manuscrito para a Dental Press International, caso o trabalho seja publicado. — Conflito de Interesse Caso exista qualquer tipo de interesse dos autores para com o objeto de pesquisa do trabalho, esse deve ser explicitado. — Proteção aos Direitos Humanos e de Animais Caso se aplique, informar o cumprimento das recomendações dos organismos internacionais de proteção e da Declaração de Helsinki, acatando os padrões éticos do comitê responsável por experimentação humana/animal. — Consentimento Informado Os pacientes têm direito à privacidade que não deve ser violada sem um consentimento informado. 9. Referências — todos os artigos citados no texto devem constar na lista de referências. — todas as referências listadas devem ser citadas no texto. — com o objetivo de facilitar a leitura do texto, as referências serão citadas no texto apenas indicando a sua numeração. — as referências devem ser identificadas no texto por números arábicos sobrescritos e numeradas na ordem em que são citadas no texto. — as abreviações dos títulos dos periódicos devem ser normalizadas de acordo com as publicações “Index Medicus” e “Index to Dental Literature”. — a exatidão das referências é de responsabilidade dos autores; as mesmas devem conter todos os dados necessários à sua identificação. — as referências devem ser apresentadas no final do texto obedecendo às Normas Vancouver (http://www.nlm.nih. gov/bsd/uniform_requirements.html). — utilize os exemplos ao lado
Artigos com até seis autores Sterrett JD, Oliver T, Robinson F, Fortson W, Knaak B, Russell CM. Width/length ratios of normal clinical crowns of the maxillary anterior dentition in man. J Clin Periodontol. 1999 Mar;26(3):153-7. Artigos com mais de seis autores De Munck J, Van Landuyt K, Peumans M, Poitevin A, Lambrechts P, Braem M, et al. A critical review of the durability of adhesion to tooth tissue: methods and results. J Dent Res. 2005 Feb;84(2):118-32. Capítulo de livro Kina S. Preparos dentários com finalidade protética. In: Kina S, Brugnera A. Invisível: restaurações estéticas cerâmicas. Maringá: Dental Press; 2007. cap. 6, p. 223-301. Capítulo de livro com editor Breedlove GK, Schorfheide AM. Adolescent pregnancy. 2nd ed. Wieczorek RR, editor. White Plains (NY): March of Dimes Education Services; 2001. Dissertação, tese e trabalho de conclusão de curso Beltrami LER. Braquetes com sulcos retentivos na base, colados clinicamente e removidos em laboratórios por testes de tração, cisalhamento e torção [dissertação]. Bauru (SP): Universidade de São Paulo; 1990. Formato eletrônico Câmara CALP. Estética em Ortodontia: Diagramas de Referências Estéticas Dentárias (DRED) e Faciais (DREF). Rev Dental Press Ortod Ortop Facial. 2006 nov-dez;11(6):130-56. [Acesso 12 jun 2008]. Disponível em: www.scielo.br/pdf/dpress/v11n6/ a15v11n6.pdf.
* Para submeter novos trabalhos acesse o site: www.dentalpressjournals.com
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registro de ensaios clínicos
Os ensaios clínicos se encontram entre as melhores evidências para tomada de decisões clínicas. Considera-se ensaio clínico todo projeto de pesquisa com pacientes que seja prospectivo, nos quais exista intervenção clínica ou medicamentosa com objetivo de comparação de causa/efeito entre os grupos estudados e que, potencialmente, possa ter interferência sobre a saúde dos envolvidos. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), os ensaios clínicos controlados aleatórios e os ensaios clínicos devem ser notificados e registrados antes de serem iniciados. O registro desses ensaios tem sido proposto com o intuito de identificar todos os ensaios clínicos em execução e seus respectivos resultados, uma vez que nem todos são publicados em revistas científicas; preservar a saúde dos indivíduos que aderem ao estudo como pacientes; bem como impulsionar a comunicação e a cooperação de instituições de pesquisa entre si e com as parcelas da sociedade com interesse em um assunto específico. Adicionalmente, o registro permite reconhecer as lacunas no conhecimento existentes em diferentes áreas, observar tendências no campo dos estudos e identificar os especialistas nos assuntos. Reconhecendo a importância dessas iniciativas e para que as revistas da América Latina e Caribe sigam recomendações e padrões internacionais de qualidade, a BIREME recomendou aos editores de revistas científicas da área da Saúde indexadas na Scientific Library Electronic Online (SciELO) e na LILACS (Literatura Latino-americana e do Caribe de Informação em Ciências da Saúde) que tornem públicas estas exigências e seu contexto. Assim como na base MEDLINE, foram incluídos campos específicos na LILACS e SciELO para o número de registro de ensaios clínicos dos artigos publicados nas revistas da área da Saúde. Ao mesmo tempo, o International Committee of Medical Journal Editors (ICMJE) sugeriu aos editores de revistas científicas que exijam dos autores o número de registro no momento da submissão de trabalhos. O registro dos ensaios clínicos pode ser feito em um dos Registros de Ensaios Clínicos validados pela OMS e ICMJE, cujos endereços estão disponíveis no site do ICMJE. Para que sejam validados, os Registros de Ensaios Clínicos devem seguir um conjunto de critérios estabelecidos pela OMS.
Portal para divulgação e registro dos ensaios A OMS, com objetivo de fornecer maior visibilidade aos Registros de Ensaios Clínicos validados, lançou o portal WHO Clinical Trial Search Portal (http://www.who.int/ictrp/network/en/index. html), com interface que permite a busca simultânea em diversas bases. A pesquisa, nesse portal, pode ser feita por palavras, pelo título dos ensaios clínicos ou pelo número de identificação. O resultado mostra todos os ensaios existentes, em diferentes fases de execução, com enlaces para a descrição completa no Registro Primário de Ensaios Clínicos correspondente. A qualidade da informação disponível nesse portal é garantida pelos produtores dos Registros de Ensaios Clínicos que
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integram a rede recém-criada pela OMS: WHO Network of Collaborating Clinical Trial Registers. Essa rede permitirá o intercâmbio entre os produtores dos Registros de Ensaios Clínicos para a definição de boas práticas e controles de qualidade. Os sites para que possam ser feitos os registros primários de ensaios clínicos são: www.actr.org.au (Australian Clinical Trials Registry), www.clinicaltrials.gov e http://isrctn.org (International Standard Randomised Controlled Trial Number Register (ISRCTN). Os registros nacionais estão sendo criados e, na medida do possível, os ensaios clínicos registrados nos mesmos serão direcionados para os recomendados pela OMS. A OMS propõe um conjunto mínimo de informações que devem ser registradas sobre cada ensaio, como: número único de identificação, data de registro do ensaio, identidades secundárias, fontes de financiamento e suporte material, principal patrocinador, outros patrocinadores, contato para dúvidas do público, contato para dúvidas científicas, título público do estudo, título científico, países de recrutamento, problemas de saúde estudados, intervenções, critérios de inclusão e exclusão, tipo de estudo, data de recrutamento do primeiro voluntário, tamanho da amostra pretendido, status do recrutamento e medidas de resultados primárias e secundárias. Atualmente, a Rede de Colaboradores está organizada em três categorias: - Registros Primários: cumprem com os requisitos mínimos e contribuem para o Portal; - Registros Parceiros: cumprem com os requisitos mínimos, mas enviam os dados para o Portal, somente através de parceria com um dos Registros Primários; - Registros Potenciais: em processo de validação pela Secretaria do Portal, ainda não contribuem para o Portal.
Posicionamento da Revista Clínica de Ortodontia Dental Press A REVISTA CLÍNICA DE ORTODONTIA DENTAL PRESS apoia as políticas para registro de ensaios clínicos da Organização Mundial da Saúde - OMS (http://www.who.int/ictrp/ en/) e do International Committee of Medical Journal Editors – ICMJE (http://www.wame.org/wamestmt.htm#trialreg e http:// www.icmje.org/clin_trialup.htm), reconhecendo a importância dessas iniciativas para o registro e divulgação internacional de informação sobre estudos clínicos, em acesso aberto. Sendo assim, seguindo as orientações da BIREME/OPAS/OMS para a indexação de periódicos na LILACS e SciELO, somente serão aceitos para publicação os artigos de pesquisas clínicas que tenham recebido um número de identificação em um dos Registros de Ensaios Clínicos, validados pelos critérios estabelecidos pela OMS e ICMJE, cujos endereços estão disponíveis no site do ICMJE: http://www.icmje.org/faq.pdf. O número de identificação deverá ser registrado ao final do resumo. Consequentemente, recomendamos aos autores que procedam o registro dos ensaios clínicos antes do início de sua execução.