Revista Clínica de Ortodontia - v. 12, n. 3 - Junho/Julho de 2013

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revista

CLĂ?NICA de

volume 12, nĂşmero 3, junho / julho 2013

Dental Press


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volume 12, nĂşmero 3, junho/julho 2013

Dental Press

Rev ClĂ­n Ortod Dental Press. 2013 jun-jul;12(3):1-136

ISSN 1676-6849


volume 12, número 3, junho/julho 2013

Dental Press

seções

5

Editorial É a economia, estúpido Weber Ursi

7 Eventos 8

Pergunte a um Expert Ancoragem esquelética em Ortodontia – Parte I: miniplacas SAO (sistema de apoio ósseo para mecânica ortodôntica) Maurício Tatsuei Sakima

25

Marketing Uma nova teoria sobre o marketing de relacionamento Henrique Nakama

Controvérsias

123 130

Fez a endodontia: E agora? Quando movimentar? Fundamentos biológicos

Have performed endodontic treatment: What now? When to move? Biological basis Alberto Consolaro, Renata Bianco Consolaro

Abstracts Resumos, em português, de artigos publicados em importantes revistas de Ortodontia de todo o mundo. Informação qualificada e oportuna para a melhoria de sua prática clínica

artigos

26 38 53 64 72

Dispositivo bucal de baixo custo para controle de ronco primário e de apneia obstrutiva do sono: desenvolvimento e resultados preliminares Low cost oral device for primary snore and obstructive sleep apnea control: Development and preliminary results Victor Manoel de Mendonça Abreu

Correção da mordida aberta anterior com a utilização do aparelho expansor removível com concha suspensa Celli-C

Anterior open bite correction with the removable expander appliance with suspended shell Celli-C Cristiane Celli, Paulo Roberto dos Santos-Pinto, Leopoldino Capelozza Filho, Yara Silva Sousa, Guilherme dos Santos-Pinto

Expansão rápida da maxila assistida cirurgicamente (ERMAC): revisão de literatura, indicações, técnicas cirúrgicas e controle de possíveis complicações

Surgically assisted rapid maxillary expansion (SARME): Literature review, surgical technique, indication and complication management Benevides José França, Marcos Salomão Moscardini

Corticotomia e osteotomia como coadjuvantes no tratamento ortodôntico Corticotomy and osteotomy as coadjuvant in orthodontic treatment Carla Salvi, Natasha Magro Érnica, Marcos Rogério de Mendonça

Influência da cor da máscara facial de Delaire na atratividade estética

The influence of Delaire’s facial mask color on esthetical attractiveness Matheus Melo Pithon, Caio Sousa Ferraz, Gabriel Couto de Oliveira, Adrielle Mangabeira Santos, Matheus Souza Campos Costa, Amir Felipe Souza dos Santos, Felipe Santos Couto, Raildo da Silva Coqueiro


38

53

114

78 88 95

72

Má oclusão de Classe II, subdivisão, tratada com extração unilateral e ancoragem temporária (mini-implante): relato de caso

Class II malocclusion, subdivision, treated by means of unilateral extraction and temporary anchorage (mini-implant): Case report Marcel Marchiori Farret, Milton Meri Benitez Farret

Prevalência e correlação entre padrão facial, mordida aberta anterior e mordida cruzada posterior Prevalence and correlation among facial pattern, anterior open bite and posterior crossbite Edmundo Souza Junior, Karina Maria Salvatore de Freitas, Fabricio Pinelli Valarelli, Rodrigo Hermont Cançado, Renata Cristina Gobbi de Oliveira

Impacto de um diagnóstico periodontal deficiente em pacientes com periodontite agressiva submetidos a tratamento ortodôntico: relato de uma série de casos Impact of a poor periodontal diagnosis in subjects with aggressive periodontitis under orthodontic treatment: A case series Carlos Eduardo Secco Mafra, João Batista César Neto, Ricardo Takyi Sekiguchi, Luciana Saraiva

102

Influência de diferentes cremes dentais na rugosidade e atrito dos braquetes ortodônticos

114

Taxa de sobrevivência clínica de dispositivos temporários de ancoragem (DTAs)

Influence of different toothpastes in roughness and friction of orthodontic brackets Matheus Melo Pithon, Dandara Andrade de Santana, Bernardo de Azevedo Bahia Mendes, Ricardo Alves de Souza, Dauro Douglas Oliveira

Clinical survival rate of temporary anchorage devices (TADs) João de Oliveira Junior, Wagner José Silva Ursi, Rodrigo Castellazzi Sella


EDITOR EMÉRITO Omar Gabriel da Silva Filho EDITORES ASSISTENTES José Valladares Neto Rosely Suguino Danilo Furquim Siqueira

Julio de Araújo Gurgel Julio Pedra e Cal-Neto Jurandir Antonio Barbosa Larry White Leopoldino Capelozza Filho Lorenzo Franchi Luciano da Silva Carvalho Marcelo de Castellucci e Barbosa Marcio Costa Sobral Marcio Rodrigues de Almeida Marden Bastos Matheus Melo Pithon Ravindra Nanda Ricardo Nakama Roberto Hideo Shimizu Roberto Justus Sebastião Interlandi Stenyo Tavares Vincent G. Kokich Wagner José Silva Ursi

FOSJC/UNESP-SP

HRAC-USP

UFG-GO CESUMAR-PR USC-SP

PUBLISHER Laurindo Furquim

UEM-PR

COORDENADOR DOS ABSTRACTS Mauricio de Almeida Cardoso

USC-SP

CONSELHO EDITORIAL CIENTÍFICO Adilson Luiz Ramos Hélio Hissashi Terada

UEM-PR UEM-PR

CONSULTORES CIENTÍFICOS

Ortodontia Ademir Roberto Brunetto Arno Locks Ary dos Santos-Pinto Björn U. Zachrisson Carlo Marassi Célia Regina Maio Pinzan Vercelino Cristiane Canavarro Cristina Feijó Ortolani Daltro Enéas Ritter Daniela Gamba Garib David Normando Eduardo Dainesi Fausto Silva Bramante Francisco Ajalmar Maia Gilberto Vilanova Queiroz Guilherme de Araújo Almeida Henrique Mascarenhas Villela Jeffrey P. Okeson Jesús Fernández Sánchez José Fernando C. Henriques José Nelson Mucha José Rino Neto Júlia Harfin

UFPR-PR UFSC-SC UNESP-SP Universidade de Oslo / Noruega CPO SLMANDIC-SP Uniceuma-MA UERJ-RJ UNIP-SP UFSC-SC HRAC-USP-SP UFPA/ABO-PA USC-SP Uniceuma-MA UFRN-RN ABENO-SP UFU-MG ABO-BA Universidade de Kentucky / EUA Universidade de Madrid / Espanha FOB-USP-SP UFF-RJ FOUSP-SP Universidade de Maimonides / Argentina

DIRETORA: Teresa Rodrigues D'Aurea Furquim - DIRETORES EDITORIAIS: Bruno D’Aurea Furquim - Rachel Furquim Marson - DIRETOR DE MARKETING: Fernando Marson - PRODUTOR EDITORIAL: Júnior Bianco - PRODUÇÃO GRÁFICA E ELETRÔNICA: Diego Ricardo Pinaffo Bruno Boeing de Souza - Gildásio Oliveira Reis Júnior - Renata Sguissardi - TRATAMENTO DE IMAGENS: Ivo Azevedo - SUBMISSÃO DE ARTIGOS: Simone Lima Lopes Rafael - Márcia Ferreira Dias - REVISÃO/COPYDESK: Adna Miranda - Ronis Furquim Siqueira - Wesley Nazeazeno BANCO DE DADOS: Cléber Augusto Rafael - INTERNET: Fernando Truculo Evangelista - Poliana Rocha dos Santos - CURSOS E EVENTOS: Ana Claudia da Silva - COMERCIAL: Roseneide Martins Garcia - BIBLIOTECA/NORMALIZAÇÃO: Simone Lima Lopes Rafael - EXPEDIÇÃO: José Luiz Rosa de Lima - FINANCEIRO: Cléber Augusto Rafael - Lucyane Plonkóski Nogueira - Roseli Martins - SECRETARIA: Rosane Albino

FOB-USP-SP UFF-RJ ACDC-SP AAO Dallas / EUA USC-SP Universidade de Florença / Itália APCD-SP UFBA-BA UFBA-BA UNOPAR-PR EAP-ABO-MG UESB-BA Universidade de Connecticut / EUA Clínica particular-PR UTP-PR Univ. Tecnológica do México / México USP-SP Unicamp Universidade de Washington / EUA UEL-PR

Cirurgia Ortognática Eduardo Sant’Ana

FOB-USP-SP

Oclusão Paulo Cesar Rodrigues Conti

FOB-USP-SP

Patologia Alberto Consolaro

FOB-USP-SP

Dentística Renata Pascotto

UEM-PR

Close-up portrait of attractive young model with bright make-up and manicure. Shutterstock, Inc. (ID da imagem: 87688336). Copyright: Leegudim.

EDITOR Weber José da Silva Ursi

A Revista Clínica de Ortodontia Dental Press (ISSN 1676-6849) é uma publicação bimestral (seis edições por ano), da Dental Press Ensino e Pesquisa Ltda. — Av. Dr. Luiz Teixeira Mendes, 2.712 - Zona 5 - CEP 87.015-001 - Maringá / Paraná - Brasil. Todas as matérias publicadas são de exclusiva responsabilidade de seus autores. As opiniões nelas manifestadas não correspondem, necessariamente, às opiniões da Revista. Os serviços de propaganda são de responsabilidade dos anunciantes. Assinaturas: revclinica@dentalpress.com.br ou pelo fone/fax: (44) 3031-9818.

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) Revista Clínica de Ortodontia Dental Press. – v. 1, n. 1 (fev./mar. 2002). – Maringá : Dental Press International, 2002-.

Indexada nas bases de dados: desde 2008

Bimestral. ISSN 1676-6849.

BBO

1. Ortodontia – Periódicos. I. Dental Press International. CDD 21.ed.

617.643005

desde 2003

desde 2009

desde 2003


editorial

É a economia, estúpido Weber Ursi Editor

Antes que os leitores se sintam ofendidos, vamos contextualizar a frase acima. Na campanha eleitoral norte-americana de 1992, o estrategista de Bill Clinton, James Carville, cunhou essa frase como emblemática sobre a administração de George Bush pai. Deu tão certo que a popularidade de Bush, em março de 1991, durante a invasão do Iraque, despencou dos 90% de aprovação para apenas 64%, em menos de 18 meses — agora os norte-americanos estavam descontentes com Bush. Mas, isso tem algo a ver com o atual momento que vivemos, como ortodontistas clínicos, prestadores de um serviço altamente especializado e suscetível às mudanças de humor da economia? Acontece que nossa disputa por espaço nos orçamentos familiares é contra itens totalmente díspares, como a prestação do carro e a parcela da viagem para a Disney. Quantos de nós não ouvem a frase definitiva e inconteste: “Doutor, não vai dar para começar o tratamento agora, estou pagando os móveis da casa nova”. A economia mundial atravessa crises, solavancos, soluços e marolas, e, num mundo globalizado em que o Brasil aspira ser um player importante, uma diminuição da taxa de crescimento do PIB da China afeta o número de braquetes que colamos... Nossa economia sofre, como diria Nelson Rodrigues, da síndrome do vira-latas. Trata-se de um velho termômetro que diz que algo ruim na economia brasileira vai acontecer, ou que uma crise se aproxima, quando os brasileiros se esbaldam de comprar em Orlando e Miami, comprando desde artigos de luxo a cotonetes. Parece que quando estamos nos “dando bem”, algo de ruim está prestes a acontecer. Nós, ortodontistas, nos sentimos acuados, medrosos e conservadores ao extremo para nos expormos a riscos e a investimentos em longo prazo. Mal percebemos que essa postura nos levará à bancarrota — para usar uma palavra do jargão “economês”. Confundimos gastos com investimentos. Gasto é todo dinheiro que sai do bolso e que não dá nenhum retorno — como a aquisição de um carro novo, celular, etc —, aquilo que, normalmente, gera somente satisfação. Investimento é todo “gasto” que, em prazo variável, apresen-

te algum retorno. Usemos como exemplo a opção de ir a um congresso. Muitos profissionais alegam que fica muito caro, que vão deixar de ganhar naqueles dias e não veem retorno. Provavelmente, o retorno que imaginam seja um aumento exponencial no número de pacientes, ou coisa parecida. Existem retornos intangíveis, imensuráveis ou imperceptíveis em curto prazo. Conforme disse Philip Kother, muitas vezes “dá-se muita atenção ao custo de se realizar algo. E nenhuma ao custo de não realizá-lo.” Nesse cenário, o que se verifica é que a saúde da economia brasileira pode ser avaliada, por exemplo, pelo número de ortodontistas que frequentam o congresso da Associação Americana de Ortodontia. Em tempos de vacas magras, poucos se aventuram a ir ao congresso; já na bonança, somos a maioria não norte-americana — talvez não nas conferências, mas na feira de materiais certamente somos a maioria. Cursos atrelados a compras ou a benefícios se tornaram uma combinação irresistível para impulsionar a frequência aos congressos no exterior. Outros, como simpósios ou cursos dentro de universidades, onde não há o apelo comercial, são menos procurados. O que nos diferencia, muitas vezes, não é o conhecimento aprofundado em um único aspecto, mas como integramos os conhecimentos obtidos de várias disciplinas e formatos — o que leva algum tempo para ser dominado. A pior coisa que podemos fazer, e que impacta diretamente nosso futuro profissional, é cortar investimentos de educação continuada. Outra opção igualmente deletéria é usar materiais de qualidade inferior para aumentar a rentabilidade. A máxima de John Ruskin permanece atualíssima: “Dificilmente existirá alguma coisa neste mundo que alguém não possa fazer um pouco pior e vender um pouco mais barato. E as pessoas que consideram somente o preço serão suas merecidas vítimas.” Em um cenário de desaceleração da economia mundial e da brasileira, minha recomendação é: cortem seus gastos, mas não diminuam seus investimentos; principalmente no bem mais valioso de seu consultório — você mesmo.

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5


errata Na edição anterior, abril-maio de 2013, na seção PERGUNTE A UM EXPERT, de autoria de Roberto Macoto Suguimoto, Gabriel Ramalho-Ferreira e Leonardo Perez Faverani, intitulada “Síndrome da apneia obstrutiva do sono (SAOS): considerações gerais sobre etiologia, diagnóstico e tratamento“ [Suguimoto RM, Ramalho-Ferreira G, Faverani LP.

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Rev Clín Ortod Dental Press. 2013 jun-jul;12(3):6-7

Síndrome da apneia obstrutiva do sono (SAOS): considerações gerais sobre etiologia, diagnóstico e tratamento. Rev Clín Ortod Dental Press. 2013 abr-maio;12(2):8-16], as duas imagens que ilustram a Figura 8 (pg. 14) foram inadvertidamente trocadas, devendo ser consideradas as que seguem abaixo.

Figura 8 A) Telerradiografia de perfil pré-operatória do paciente 2, evidenciando estreitamento das vias aéreas superiores (setas vermelhas), no nível da naso, oro e hipofaringe. B) Telerradiografia de perfil pós-operatória mostrando notável aumento das vias aéreas superiores (setas vermelhas), anteriormente estreitas.


EVENTOS

CUrSO INterNaCIONaL OrtODONtIa MIOFUNCIONaL DATA: 05/08/2013 (Porto Alegre/RS) – 06/08/2013 (Rio de Janeiro/RJ) 07/08/2013 (Salvador/BA) – 09/08/2013 (Belo Horizonte/BH) – 10/08/2013 (São Paulo/SP) INFORMAÇÕES: www.orthomundi.com.br atendimento@orthomundi.com.br

CIrUrGIa OrtOGNÁtICa SeM MIStÉrIOS Para O OrtODONtISta DATA: 16 de agosto de 2013 LOCAL: Av. Eng. Oscar Americano, 840 / Morumbi – São Paulo/SP INFORMAÇÕES: (11) 3884-5752 – Milena / www.gpco.com.br

MeCÂNICa aPLICaDa aOS DIaGNÓStICOS e PLaNeJaMeNtOS OrtODÔNtICOS (Dr. aNtÔNIO CarLOS De OLIVeIra rUeLLaS) DATA: 16 de agosto de 2013 LOCAL: ABO/PR - Rua Dias da Rocha, 625 – Alto da Rua XV – Curitiba/PR INFORMAÇÕES: (41) 9869-9758 / (41) 9734-9140 aepopucpr@gmail.com / www.orthodontics.com.br

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DATA: 22 e 23 de agosto de 2013 LOCAL: Hotel Luzeiros Fortaleza/CE INFORMAÇÕES: (85) 3257-8880 / 3257-8008 Neide (85) 3242-5252 / 3242-3036 Rafaelle

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CUrSO INterNaCIONaL De OrtODONtIa DATA: 7 e 8 de outubro de 2013 LOCAL: Funorte – Florianópolis/SC INFORMAÇÕES: (31) 3213-2815 – Dr. Marcelo / (11) 2977-8862 – Dr. Hideo / (49) 9919-4628 – Dr. Álvaro

eNCONtrO NaCIONaL GrUPO StraIGHt WIre DATA: 18 e 19 de outubro de 2013 LOCAL: Anfiteatro da ACDC – Campinas/SP INFORMAÇÕES: www.orthocamp.com.br 0800 771-7705 (Matão) 0800 770-1507 (Campinas)

MaSter eM PLaNeJaMeNtO OrtODÔNtICO

PROGRAMA

2º Grupo de Estudos de Ortodontia Avançada em Adultos com o Dr. Marcos Janson em BH

Dr. MarCOS JaNSON - 2° GrUPO De eStUDOS De OrtODONtIa eM aDULtO * As aulas teóricas são ministradas, exclusivamente, pelo Dr. Marcos Janson e interagidas com planejamento de casos clínicos dos alunos.

Dr. Marcos Janson é especialista e mestre em Ortodontia pela USP-Bauru e autor dos livros Ortodontia em Adultos – Tratamento Interdisciplinar e Ortodontia Objetiva.

20~22 > NOV | 2013

MÓDULO 1

Tratamento Ortodôntico em Adultos com Dentadura Hígida

29~31 > JAN | 2014

MÓDULO 2

Tratamento Interdisciplinar > Orto-perio-prótese-implantes

26~28 > MAR | 2014

MÓDULO 3

Tratamento OrtodônticoCirúrgico e Compensatório

23~25 > JUL | 2014

MÓDULO 4

Mecânica Ortodôntica

20~22 > OUT | 2014

MÓDULO 5

INFO RM AÇÕ E S

Dra. Ariane Tzelikis arianeemail@yahoo.com.br 61 8128-2071 e 3327-2711

Tratamento de Casos Atípicos e Finalização em Ortodontia

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pergunte a um expert

Ancoragem esquelética em Ortodontia — Parte I: miniplacas SAO (sistema de apoio ósseo para mecânica ortodôntica) Maurício Tatsuei Sakima*

Introdução A Odontologia sofreu uma verdadeira revolução com a introdução dos implantes osseointegráveis. Hoje, o planejamento em reabilitação bucal é totalmente diferente do que era há 10 ou 20 anos. Atualmente, praticamente não existem mais próteses extensas em perdas dentárias parciais, e as próteses totais são apoiadas em implantes. De forma semelhante, a utilização de ancoragem esquelética e o desenvolvimento de novas ligas metálicas que possibilitam a liberação de forças leves e constantes revolucionaram a maneira de tratar os mais variados tipos de más oclusões em Ortodontia. A popularização dos mini-implantes e dos fios e molas de níquel-titânio possibilitou a diminuição dos custos, tornando esses materiais presentes na maioria dos consultórios ortodônticos. Todavia, os mini-implantes não são a única possibilidade de ancoragem esquelética. O objetivo da primeira parte desse artigo é explorar os recursos e as indicações das miniplacas SAO (sistema de apoio ósseo para mecânica ortodôntica) na solução de casos clínicos complexos, principalmente em pacientes adultos. Na segunda parte, faremos uma abordagem

especial de pacientes mutilados, com várias perdas dentárias e problemas periodontais, onde implantes osseointegráveis fizeram parte do planejamento interdisciplinar e, também, serviram de ancoragem na movimentação ortodôntica. As miniplacas SAO (RAHOS Technology, Ribeirão Preto/SP) foram apresentadas em 2009 por Sakima et al.12, ilustrando sua utilização no tratamento da mordida aberta anterior esquelética. Desde então, foram introduzidas inovações no sistema, como os novos formatos utilizados nas regiões da abertura piriforme na maxila (em “C”), na sínfise mentoniana anterior ao forame (em “L”) e no ramo mandibular (em “J”). Nesses sítios anatômicos, eram utilizadas miniplacas em “Y” e em “T” cortadas, deixando as miniplacas apoiadas em apenas dois parafusos monocorticais. Com os novos formatos, todas as miniplacas devem ser fixadas por três parafusos monocorticais de 2mm de diâmetro. Apesar de, na maioria das vezes, não ser necessário o apoio da miniplaca em três parafusos, faz-se essa recomendação por precaução, para evitar que uma nova cirurgia de instalação tenha de ser realizada em caso de soltura de um parafuso. Esse tipo de soltura pode ocorrer devido a três motivos: 1) superaquecimento do

Como citar este artigo: Sakima MT. Ancoragem esquelética em ortodontia – Parte I: miniplacas SAO (sistema de apoio ósseo para mecânica ortodôntica). Rev Clín Ortod Dental Press. 2013 jun-jul;12(3):8-20.

» Os pacientes que aparecem no presente artigo autorizaram previamente a publicação de suas fotografias faciais e intrabucais. O autor declara que é sócio cotista da empresa Rahos, fabricante das miniplacas SAO.

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Rev Clín Ortod Dental Press. 2013 jun-jul;12(3):8-20

* Doutor em Ortodontia, FOAr-UNESP. Pós-doutor em Ortodontia, Royal Dental College, Universidade de Aarhus. Professor Assistente, Departamento de Clínica Infantil, FOAr-UNESP.


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Ancoragem esquelética em ortodontia — Parte I: miniplacas SAO (sistema de apoio ósseo para mecânica ortodôntica)

Figura 24 Fotografias intrabucais finais.

Conclusão Os casos apresentados ilustram situações clínicas bastante comuns em pacientes que tiveram perdas precoces de dentes permanentes. O tratamento de pacientes adultos é um desafio para o ortodontista, principalmente no que se refere ao sentido vertical, ou seja, a extrusão de dentes posteriores. As miniplacas SAO são um elemento de segurança nesse tipo de tratamento porque, a qualquer momento, forças intrusivas podem ser aplicadas aos dentes posteriores concomitantemente à mecânica principal sendo realizada. Isso faz com que os possíveis efeitos colaterais possam ser debelados antes mesmo que se expressem de maneira significativa. Além disso,

Referências 1. Creekmoore TD, Eklund MK. The possibility of Skeletal Anchorage. J Clin Orthod.1983;17(4):266-9. 2. Frost HM. Wolff`s Law and bone’s structural adaptations to mechanical usage: an overview for clinicians. Angle Orthod. 1994;64(3):175-88. 3. Frost HM. Perspectives: bone’s mechanical usage windows. Bone Miner. 1992;19(3):257-71. 4. Fukunaga T, Kuroda S, Kurosaka H, Yamamoto TT. Skeletal anchorage for orthodontic correction of maxillary protrusion adults periodontitis. Angle Orthod. 2006;76(1): 148-55. 5. Gainsforth BL, Higley BA. A study of orthodontic anchorage possibilities in basal bone. Am J Orthod Oral Surg.1945;31(8):406-17. 6. Jenner JD, Fitzpatrick BN. Skeletal anchorage utilizing bone plates. Aust Orthod J. 1985;9(2):231-3. 7. Melsen B, Verna C. Miniscrew implants: the Aarhus anchorage system. Semin Orthod. 2005;11(1):24-31. 8. Mendonça AA. SAO: Sistema de Apoio Ósseo. PI0506403-1. RPI:Rev Propr Ind. 2007 [2007 Jul 3). Disponível em: http://revista.inpi.gov.br/INPI_UPLOAD/Revistas/ PATENTES1904.pdf 9. Mendonça AA. Placa temporária de ancoragem (PTA) [dissertação]. Campinas (SP): Centro de Pesquisas Odontológicas São Leopoldo Mandic; 2012.

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Rev Clín Ortod Dental Press. 2013 jun-jul;12(3):8-20

movimentações no sentido mesial ou distal de todos os dentes de uma hemiarcada podem ser realizadas simultaneamente, ao invés de um a um, e, ainda, por a miniplaca estar fixada em osso basal, os dentes podem ser movidos até mesmo nas áreas onde ela se fizer presente. Sendo assim, conforme o exposto, podemos concluir que as miniplacas SAO representam um ótimo dispositivo para ancoragem esquelética, possibilitando movimentações eficazes, facilitando o controle de efeitos colaterais e permitindo a movimentação simultânea de dentes. Tudo isso representa um ganho de eficiência e, portanto, melhora do tempo total do tratamento ortodôntico — algo que pode ser bastante apreciado por pacientes adultos.

10. Natali AN, Pavan PG, Ruggero A. Analysis of bone-implant interaction phenomena using a numerical approach. Clin Oral Implants Res. 2006;17:67-74. 11. Ramos E. Análise das tensões na região de fixação de placas de ancoragem ortodôntica “Y”e “J”, na maxila, submetidas à força ântero-posterior, pelo método de elementos finitos tridimensional [dissertação]. Campinas (SP): Centro de Pesquisas Odontológicas São Leopoldo Mandic; 2012. 12. Sakima MT, Mendonça AA, Ocanha Júnior JM, Sakima T. Sistema de apoio ósseo para mecânica ortodôntica (SAO®): miniplacas para ancoragem ortodôntica. Parte I: tratamento da mordida aberta. Rev Dental Press Ortod Ortop Facial. 2009;14(1): 103-16. 13. Sugawara J, Nishimura M. Minibone Plates: the skeletal anchorage system. Semin Orthod. 2005;11(1):47-56. 14. Umemori M, Sugawara J, Mitani H, Nagasaka H, Kawamura H. Skeletal anchorage system for open bite correction. Am J Orthod Dentofacial Orthop. 1999;115(2):166-74.

Endereço para correspondência Maurício Tatsuei Sakima Rua Gonçalves Dias, 1767 – Centro – Araraquara/SP CEP: 14.801-290 – E-mail: ortodontiasakima@gmail.com



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Uma nova teoria sobre o marketing de relacionamento Henrique nakama* Em 2007, desenvolvi um estudo de casos de sucesso na Odontologia, entrevistando vários cirurgiões-dentistas de várias regiões do país, como da Bahia, Rio Grande do Sul, Paraná, Ceará, Rio de Janeiro, São Paulo, etc. Nesse estudo, verifiquei que, na prática, muitos desses profissionais de sucesso não seguiam a cartilha de marketing que era ensinada nos cursos de especialização, isso é, fazer o alinhamento dos 5 “Ps” do marketing: preço, praça, promoção, produto e pessoas. Essa constatação me deixou muito confuso, pois, se não tinham os 5 “Ps” alinhados, como poderiam ter tanto sucesso profissional? Como um cirurgião-dentista poderia atender presidentes de grandes empresas e pessoas da alta sociedade em bairros de classe média baixa, com um consultório também alinhado à classe média baixa, mas praticando preços de classe alta? Após procurar nos livros e nas revistas disponíveis e não encontrar as respostas para essas questões, comecei a desenvolver a minha própria teoria, que agora exponho pela primeira vez, por escrito. A teoria é baseada na seguinte equação: Sucesso profissional: atributos do serviço + imagem e reputação + relacionamento = valor percebido pelo cliente As pessoas percebem o valor de um consultório somando os três critérios a seguir: — Atributos do serviço = localização, se tem estacionamento ou não, fachada do prédio, decoração, limpeza, etc. — Imagem e reputação = Como você é conhecido no mercado? “Esse dentista é bom...!“; “Ele é baratinho...”; “Ele é enganador...”; “Ele é caro, mas resolve...”. — Relacionamento = Simpatia e empatia do dentista com as pessoas. Qual desses critérios você acredita que seja o mais importante? Vejamos. Aqueles dentistas que citei no começo do artigo conseguem, sem exceção, criar um excelente relacionamento com as pessoas. Todos eles também possuem, em maior ou em menor grau, uma boa imagem e reputação perante a sociedade. E, por fim, nem todos possuem bons atributos de serviço. Conclusão: quem respondeu relacionamento, acertou! O relacionamento é o mais importante, pois ninguém, absolutamente ninguém, quer fazer um tratamento ou entregar o seu dinheiro para uma pessoa arrogante ou inconveniente, por exemplo.

* Especialista em Radiologia, FOB/USP. Especialista em Gestão, Estratégia Empresarial e Marketing, UNIFIL. Professor e palestrante de marketing e vendas em Odontologia.

Como citar essa seção: Nakama H. Uma nova teoria sobre o marketing de relacionamento. Rev Clín Ortod Dental Press. 2013 jun-jul;12(3):25.

Como disse um de meus entrevistados: “As pessoas são emocionais e de relacionamento, elas gostam de fazer negócio com pessoas amigas. Por isso, eu sou um grande amigo de meus clientes.” Mas, atenção: esse relacionamento tem que ser espontâneo, deixando transparecer um sincero interesse pelo bem-estar do cliente. Nenhum relacionamento se mantém em bases falsas. A imagem e a reputação são construídas ao longo do tempo. O dentista pode ter acabado de se formar ou ter acabado de se mudar para aquele bairro, mas se for bom de relacionamento, vai ter clientes e, aos poucos, criará uma boa imagem e reputação. Todavia, as pessoas também descartarão os dentistas com uma má reputação. Quanto aos atributos do serviço, as pessoas podem não levá-los muito em consideração se o dentista tiver boa imagem e reputação, bem como um excelente relacionamento. É ainda melhor se o dentista for um “só ele que resolve” e for bom de relacionamento. Quero dizer, as pessoas se sujeitam a aceitar um menor atributo do serviço quando a imagem e reputação são boas e o relacionamento é alto. É claro que se o dentista tiver bons atributos de serviço, alinhados à imagem e à reputação, além de uma boa capacidade de relacionamento pessoal, como ensinam as cartilhas de marketing, esse terá muito mais sucesso. Sendo realistas, nem sempre conseguimos ter todos esses critérios alinhados logo de início; por essa razão, podemos trabalhar para isso da seguinte forma: — Primeiro: seja um dentista de relacionamento, e isso você pode ser desde acadêmico, recém-formado ou formado há muitos anos. Isso é um investimento de baixo custo (sim, relacionamento também exige investimento, pois pode ser desenvolvido) e em curto prazo. — Segundo: trabalhe para criar imagem e reputação excelentes. Esse critério tem custo moderado e é construído em médio ou em longo prazo. — Terceiro: tenha bons atributos de serviço. Exige alto custo e pode ser feito em curto prazo. Gostaria de reafirmar que essa é uma teoria que venho desenvolvendo a partir de observações e reflexões baseadas em contatos com pessoas reais que, além de grandes profissionais, são grandes seres humanos. Elas se dispuseram a compartilhar comigo suas experiências, para que eu pudesse disseminá-las em minhas palestras e cursos. É o que faço agora.

Endereço para correspondência Henrique Nakama E-mail: hhnakama@hotmail.com

Rev Clín Ortod Dental Press. 2013 jun-jul;12(3):25

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DICA CLÍNICA

Dispositivo bucal de baixo custo para controle de ronco primário e de apneia obstrutiva do sono: desenvolvimento e resultados preliminares Low cost oral device for primary snore and obstructive sleep apnea control: Development and preliminary results

Victor Manoel de Mendonça Abreu*

Abstract

Resumo Introdução: dispositivos intrabucais (ou aparelhos intrabucais) têm sido propostos para o avanço mandibular, apoio e retenção lingual em posição anterior, evitando o ronco primário e a apneia obstrutiva do sono, reduzindo ou eliminando os riscos à saúde relacionados à apneia. Esses dispositivos precisam interferir o mínimo possível na capacidade de movimentação mandibular — interferência que pode ser danosa ao sistema musculoarticular. Dispositivos com essa característica têm um custo relativamente alto. Assim, foi elaborado um dispositivo simples, de baixo custo, manufaturado com materiais de uso corriqueiro em qualquer ambulatório de Odontologia. Objetivo: o objetivo principal do

presente projeto é apresentar um dispositivo bucal de baixo custo e de fácil confecção para o controle do ronco simples e da apneia obstrutiva do sono, possibilitando seu uso na saúde publica. Métodos: visando testar sua efetividade, foram realizados exames clínicos e de polissonografia para fins de diagnóstico. Depois houve uma fase laboratorial e outra de utilização clínica monitorada do aparato por até três meses. Nesse período, seis pacientes foram avaliados clinicamente e por meio de um novo exame polissonográfico. Conclusão: concluímos que os níveis de apneia e de ronco, com o uso do presente aparelho, atingem padrões de normalidade em um curto período de tempo.

apnea, making it available for public health. Methods: Aiming to test its effectiveness, it was realized clinical exams and polysomnography for diagnosis purposes. After that there was a laboratory stage and other of clinical monitoring of the device for up to three months. At this stage, six patients where clinically evaluated and by means of polysomnographic examination. Conclusion: We can conclude that the levels of apnea and snoring can reach normality standards with the use of this appliance within a short time.

Palavras-chave: Apneia obstrutiva do sono. Síndromes da apneia do sono. Distúrbios do sono por sonolência excessiva. Transtornos do sono. Hipertensão. Pressão arterial.

Keywords: Obstructive sleep apnea. Syndromes of sleep apnea. Sleep disturbance for excessive somnolence. Sleep troubles. Hypertension. Blood pressure.

Como citar este artigo: Abreu VMM. Dispositivo bucal de baixo custo para controle de ronco primário e de apneia obstrutiva do sono: desenvolvimento e resultados preliminares. Rev Clín Ortod Dental Press. 2013 jun-jul;12(3):26-36.

» O autor declara não ter interesses associativos, comerciais, de propriedade ou financeiros que representem conflito de interesse nos produtos e companhias descritos nesse artigo.

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Introduction: Oral devices have been proposed for mandibular advancement and support tongue in a forward position, thus preventing primary snoring and obstructive sleep apnea and the health risk related. However, as these devices need to interfere as little as possible with the handling capacity of the mandible, interference which can be damaging to the musclejoint, it’s turn expensive this devices. To change this reality was developed an inexpensive manufactured with materials of common use in any dental clinic. Objective: The main objective of this paper is to present a low-cost oral appliance of easy-making for control of simple snore and obstructive sleep

Rev Clín Ortod Dental Press. 2013 jun-jul;12(3):26-36

* Mestre em Periodontia Médica, UVA/RJ. Especialista em DTM e Dor Orofacial e Especialista em Ortopedia Funcional dos Maxilares, CFO.


DICA CLÍNICA

Dispositivo bucal de baixo custo para controle de ronco primário e de apneia obstrutiva do sono: desenvolvimento e resultados preliminares

quando necessárias, e obter a posição mandibular ótima e final. Recomenda-se, também, a avaliação e o acompanhamento do paciente a cada seis meses nos primeiros anos (a critério do C.D.), e anualmente após esse período, além da verificação clínica da eficácia preservada (sinais e sintomas ligados à SAHOS)12. Resultados Após a consulta bibliográfica pertinente e a observação dos resultados do presente trabalho, pode-se afirmar que o uso do proposto dispositivo de baixo custo para promoção do avanço mandibular reduziu a sonolência diurna, bem como a frequência horária dos episódios de apneia e hipopneia, tendo sido, também, observadas a elevação da concentração do oxigênio arterial e a redução na frequência e

intensidade do ronco primário. Observou-se, igualmente, a melhora na qualidade do sono dos portadores de ronco primário e de SAHOS, bem como a boa tolerabilidade ao aparelho, em virtude, principalmente, da redução dos sintomas. Mais estudos são necessários para confirmar esses resultados, incluindo uma amostra maior, o que viabilizaria a análise estatística, e outros desenhos experimentais, como estudos longitudinais e/ou de caso-controle.

CONCLUSÃO Os resultados do presente trabalho mostram que os níveis de apneia e ronco com o uso do aparelho desenvolvido atingem os padrões de normalidade em um curto período de tempo.

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Endereço para correspondência Victor Manoel de Mendonça Abreu Rua Nóbrega, 243 – Apto. 2103 – Niterói/RJ CEP: 24220-320 – E-mail: vicabreu@globo.com

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CASO CLÍNICO

Correção da mordida aberta anterior com a utilização do aparelho expansor removível com concha suspensa Celli-C Anterior open bite correction with the removable expander appliance with suspended shell Celli-C

Cristiane Celli* Paulo Roberto dos Santos-Pinto** Leopoldino Capelozza Filho*** Yara Silva Sousa**** Guilherme dos Santos-Pinto*****

Abstract

Resumo Introdução: quando a mordida aberta anterior é corrigida em idade precoce, promove-se a remodelação do processo dentoalveolar anterior, o reequilíbrio miofuncional e a reorganização do processo de crescimento e desenvolvimento facial inerentes ao indivíduo. Objetivo: apresentar o tratamento de uma paciente de 9 anos e 5 meses de idade, realizado com o aparelho Celli-C, utilizado para a correção da mordida aberta dentoalveolar anterior. Resultados: os resultados obtidos após

10 meses de tratamento mostraram que a mordida aberta anterior foi corrigida com adequado reposicionamento das estruturas dentoalveolares, favorável reorganização do equilíbrio maxilomandibular e com a obtenção de um adequado selamento labial — fator importante para a reorganização do processo de crescimento e desenvolvimento dentofacial. Conclusão: o aparelho Celli-C consiste em um recurso eficaz para correção da mordida aberta anterior, de forma rápida e satisfatória.

there was an appropriate repositioning of the alveolar structures, restoring the maxillomandibular balance and improving the lip sealing, so important to the reorganization of the facial growth and development process. Conclusion: The Celli-C appliance showed to be an efficient device to correct the anterior open bite malocclusion in a quick and satisfactory way.

Palavras-chave: Mordida aberta. Má oclusão. Ortodontia interceptora.

Keywords: Open bite. Malocclusion. Interceptive orthodontics.

Como citar este artigo: Celli C, Santos-Pinto PR, Capelozza Filho L, Souza YS, Santos-Pinto G. Correção da mordida aberta anterior com a utilização do aparelho expansor removível com concha suspensa Celli-C. Rev Clín Ortod Dental Press. 2013 jun-jul;12(3):38-50.

» A primeira autora, Dra. Cristiane Celli, é idealizadora do aparelho Celli-C, apresentado nesse artigo. » Os pacientes que aparecem no presente artigo autorizaram previamente a publicação de suas fotografias faciais e intrabucais.

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Introduction: The early correction of anterior open bite promotes the remodeling of the alveolar process, functional muscle rebalancing and the rearrangement of the individual’s face growth and inherent pattern. Objective: To present a treatment of anterior open bite malocclusion of a patient aging 9 years and 5 months, using the Celli-C removable expander appliance with suspended shell. Results: The results after 10 months of treatment showed that the anterior open bite was solved and

Rev Clín Ortod Dental Press. 2013 jun-jul;12(3):38-50

* Mestre em Ortodontia, FOB-USP. Professora de Ortodontia e Ortopedia, curso de Graduação e Pós-graduação, Universidade de Ribeirão Preto e Fundação Educacional de Barretos. ** Doutor em Ortodontia, UNESP-Araraquara. Professora de Ortodontia e Ortopedia, curso de Graduação e Pós-graduação, Universidade de Ribeirão Preto e Fundação Educacional de Barretos. *** Doutor em Ortodontia, FOB-USP. Professor, Programa de Graduação e Pós-graduação em nível de Especialização e Mestrado em Ortodontia, Universidade do Sagrado Coração. **** Doutora em Odontopediatria, USP. Professora da disciplina de Odontopediatria, Universidade de Ribeirão Preto. ***** Graduando em Odontologia, Faculdade de Odontologia da UNICAMP.


Caso Clínico

Correção da mordida aberta anterior com a utilização do aparelho expansor removível com concha suspensa Celli-C

mostrou-se eficaz na correção da mordida aberta dentoalveolar anterior, diferindo dos demais apenas por possuir um escudo em acrílico, ao invés de um escudo em metal, para o controle da interposição lingual atípica.

Conclusão Com base nos resultados obtidos, pudemos concluir que o aparelho expansor removível com concha suspensa Celli-C possibilitou a correção da mordida aberta anterior de modo rápido e satisfatório. Devido à transparência da concha suspensa, o aparelho Celli-C apresentou uma estética agradável durante o controle da interposição língual atípica, especialmente no início do tratamento, quando o escudo utilizado para o controle da interposição lingual se torna mais evidente. A colaboração da paciente com o uso do aparelho foi um

fator de suma importância para o excelente resultado obtido durante o tratamento ortodôntico interceptor. A correção da mordida aberta anterior com o aparelho Celli-C possibilitou o restabelecimento do equilíbrio maxilomandibular e o reposicionamento das estruturas dentoalveolares, com consequente melhora do selamento labial — fatores de suma importância para a reorganização do processo de crescimento e desenvolvimento dentofacial. Essa readequação das estruturas dentoalveolares resultou em uma melhora significativa da inclinação do plano oclusal em relação à base do crânio e em uma suave redução da tendência de crescimento vertical mandibular, provavelmente devido à reorganização funcional obtida após a correção da mordida aberta anterior e ao controle vertical promovido pelo plano oclusal de acrílico posterior presente no aparelho Celli-C. Sendo assim, é possível concluir que o aparelho expansor removível com concha suspensa Celli-C mostrou-se eficaz na correção da mordida aberta dentoalveolar anterior.

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Endereço para correspondência Cristiane Celli Rua Américo Brasiliense, 1702 – Sala 5 – Ribeirão Preto/SP CEP: 14.015-050 – E-mail: cristianecelli@hotmail.com


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REVISÃO DE LITERATURA

Expansão rápida da maxila assistida cirurgicamente (ERMAC): revisão de literatura, indicações, técnicas cirúrgicas e controle de possíveis complicações Surgically assisted rapid maxillary expansion (SARME): Literature review, surgical technique, indication and complication management

Benevides José França* Marcos Salomão Moscardini**

Abstract

Resumo O presente artigo é uma revisão da literatura sobre a expansão rápida da maxila assistida cirurgicamente (ERMAC) para o tratamento de pacientes que apresentam deficiência

maxilar transversa. A técnica usada aqui é a mesma descrita por Glassman et al. em 1984, que foi modificada por alguns autores, podendo ser realizada com anestesia local e sedação.

This article is a literature review of rapid maxillary expansion surgically assisted for adults patients with transverse maxillary deficiency. The original technique was described by

Glassman et al in 1984, being modified by some authors, and being adequate for local anesthesia and sedation.

Palavras-chave: Maxila. Ortodontia. Expansão cirúrgica.

Keywords: Maxillary. Ortodontics. Surgical expansion.

Como citar este artigo: França BJ, Moscardini MS. Expansão rápida da maxila assistida cirurgicamente (ERMAC): revisão de literatura, indicações, técnicas cirúrgicas e controle de possíveis complicações. Rev Clín Ortod Dental Press. 2013 jun-jul;12(3):53-62.

» Os autores declaram não ter interesses associativos, comerciais, de propriedade ou financeiros que representem conflito de interesse, nos produtos e companhias descritos nesse artigo.

* Mestrando em Implantodontia, São Leopoldo Mandic. Professor convidado, curso de Medicina, Universidade Estadual de Santa Cruz. ** Mestre em Ortodontia, São Leopoldo Mandic.

» Os pacientes que aparecem no presente artigo autorizaram previamente a publicação de suas fotografias faciais e intrabucais.

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REVISÃO DE LITERATURA

Expansão rápida da maxila assistida cirurgicamente (ERMAC): revisão de literatura, indicações, técnicas cirúrgicas e controle de possíveis complicações

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Endereço para correspondência Benevides José França Avenida Aziz Maron, 1117 – Centro Médico Artumiro Fontes – Centro CEP: 45.605-4145 – Itabuna/BA e-mail: drbenevidesfranca@hotmail.com



revisão de literatura

Corticotomia e osteotomia como coadjuvantes no tratamento ortodôntico Corticotomy and osteotomy as coadjuvant in orthodontic treatment

Carla Salvi* Natasha Magro Érnica** Marcos Rogério de Mendonça***

Abstract

Resumo Introdução: muitas vezes, as limitações em técnicas ortodônticas tradicionais e o fator tempo criam barreiras para a realização de determinados tratamentos ortodônticos. Com o uso associado de novas técnicas cirúrgicas, esses tratamentos podem ser realizados de forma mais previsível, acessível e rápida, buscando maior eficiência, pois podem expandir significativamente as limitações da Ortodontia. Dois tipos principais de terapia ortodôntica cirurgicamente facilitada, cada uma

com suas indicações próprias e protocolos, estão tornando-se habituais: corticotomia e osteotomia, as quais envolvem secções cirúrgicas do osso alveolar associadas à aplicação de forças. Objetivo: o presente trabalho objetivou a realização de uma revisão de literatura acerca dessas técnicas, haja vista que são alternativas eficazes, porém pouco difundidas, necessitando de maiores evidências clínicas e técnicas aprimoradas para que se tornem mais frequentes e opções reais de tratamento.

Palavras-chave: Movimentação dentária. Procedimentos cirúrgicos bucais. Osteotomia.

Como citar este artigo: Salvi C, Érnica NM, Mendonça MR. Corticotomia e osteotomia como coadjuvantes no tratamento ortodôntico. Rev Clín Ortod Dental Press. 2013 jun-jul;12(3):64-70. » Os autores declaram não ter interesses associativos, comerciais, de propriedade ou financeiros que representem conflito de interesse nos produtos e companhias descritos nesse artigo.

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Rev Clín Ortod Dental Press. 2013 jun-jul;12(3):64-70

Introduction: Limitations to traditional orthodontic techniques and time requirements frequently create barriers to perform certain orthodontic treatments. With the associated use of new surgical techniques, these treatments may be performed in a more predictable, accessible and rapid way when seeking greater efficiency, as they may significantly expand the limitations in orthodontics. Two main types of surgically facilitated orthodontic therapy have being regularly used, each with their

own indications and protocols: Corticotomy and osteotomy, which involve surgical sections of the alveolar bone associated with the application of forces. Objective: This study was conducted with the purpose of performing a literature review concerning these techniques, considering that they are efficient, but not widely divulged alternatives that still require more clinical evidence, with improved techniques, in order to become more frequently used and real treatment options.

Keywords: Tooth movement. Oral surgical procedures. Osteotomy.

* Graduada em Odontologia, UNIOESTE. ** Doutora em Odontologia, UNESP. Professora Adjunta de Odontologia, UNIOESTE. *** Livre-docente e Professor Adjunto de Odontologia, UNESP.


REVISÃO DE LITERATURA

Corticotomia e osteotomia como coadjuvantes no tratamento ortodôntico

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Endereço para correspondência Carla Salvi Rua Visconde do Rio Branco, 1655 – Bairro Neva CEP: 858.021-90 – Cascavel/PR – E-mail: salvicarla@hotmail.com

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ARTIGO INÉDITO

Influência da cor da máscara facial de Delaire na atratividade estética The influence of Delaire’s facial mask color on esthetical attractiveness Matheus Melo PITHON* Caio Sousa FERRAZ** Gabriel Couto de OLIVEIRA** Adrielle Mangabeira SANTOS** Matheus Souza Campos COSTA** Amir Felipe Souza dos SANTOS** Felipe Santos COUTO*** Raildo da Silva COQUEIRO****

Abstract

Resumo Objetivo: avaliar a atratividade estética de máscaras faciais do tipo Delaire de diferentes cores. Métodos: oito cores de máscaras faciais ortopédicas do tipo Delaire foram avaliadas. As imagens foram obtidas de um mesmo paciente e padronizadas por meio do editor de imagens Adobe Photoshop CS. As cores avaliadas foram: branca, cinza, verde, amarela, azul, rosa, marrom e preta. Após a aquisição das imagens, essas foram impressas em papel fotográfico e incorporadas a um questionário específico e personalizado. O questionário foi distribuído para crianças de ambos os sexos, nas faixas etárias de 7 a 8 e de 9 a 10 anos, em escolas públicas e privadas (n = 200). O teste de Mann-Whitney foi usado para análise das notas atribuídas

a cada imagem, e, para a análise entre os grupos, usou-se a correlação de Spearman. O nível de significância adotado foi de 5%. Resultados: apenas as notas dadas à cor azul apresentaram diferenças estatisticamente significativas entre os estudantes de escolas públicas e privadas. Na comparação entre sexos, os meninos pontuaram melhor as cores cinza e preta, enquanto as meninas pontuaram melhor a cor rosa. Comparando as faixas etárias examinadas, não houve diferença estatística. Conclusão: a cor da máscara facial do tipo Delaire influencia na atratividade estética para crianças de 7 a 10 anos, e a preferência por determinadas cores sofre influencia também do sexo e do tipo de escola (pública ou privada).

Palavras-chave: Má oclusão Classe III de Angle. Má Oclusão. Aparelhos de tração extrabucal. Ortodontia interceptora. Ortopedia.

Como citar este artigo: Pithon MM, Ferraz CS, Oliveira GC, Santos AM, Costa MSC, Santos AFS, Couto FS, Coqueiro RS. Influência da cor da máscara facial de Delaire na atratividade estética. Rev Clín Ortod Dental Press. 2013 jun-jul;12(3):72-6. » Os autores declaram não ter interesses associativos, comerciais, de propriedade ou financeiros que representem conflito de interesse nos produtos e companhias descritos nesse artigo. » O pacientes que aparece no presente artigo autorizou previamente a publicação de suas fotografias faciais e intrabucais.

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Objective: To evaluate the esthetical attractiveness of Delaire facial masks with different colors. Methods: Eight colors of Delaire facial masks were evaluated. The images were obtained in the same patient and standardized with images editor Adobe Photoshop CS. The colors evaluated were: white, gray, green, yellow, blue, pink, brown and black. After obtaining the images, they were printed on photographic paper and incorporated to a specific and personalized questionnaire. The questionnaire was distributed to children of both genders at ages of 7 to 8 and 9 to 10 years, in public and private schools (n = 200). The Mann-Whitney test was used to grade scores attributed to each image, and for the analysis

between groups, it was used the Spearman’s correlation. The level of significance was set at 5%. Results: Only for the blue groups were found significant difference between students of public and private school. In a comparison between genders, boys better scored the gray and black colors, while girls better scored the pink color. After the comparison of groups by age, no statistical differences were found. Conclusion: The color of Delaire facial masks has influence over the esthetic attractiveness for children aging from 7 to 10 years, and the preference for specific colors also suffers influences of gender and type of school (public or private).

Keywords: Angle’s Class III malocclusion. Malocclusion. Interceptive orthodontics. Orthodontic appliances. Orthopedics.

* Professor de Ortodontia, UESB. ** Graduando em Odontologia, UESB. *** Graduando em Sistemas da Informação, UESB. **** Professor de Bioestatística, UESB.


artigo inédito

Influência da cor da máscara facial de Delaire na atratividade estética

Logo, se o uso de elásticos ortodônticos com cores diferentes facilita o envolvimento do paciente no processo de tratamento15,16,17, deduz-se que o mesmo pode ser alcançando pela utilização de cores diferentes nas máscaras faciais, já que as cores podem exercer influência positiva sobre a cooperação do paciente durante o tratamento11.

Conclusão Com a realização do presente trabalho, conclui-se que a cor influencia na atratividade da máscara facial do tipo Delaire; respeitando, de forma coerente, os dados demográficos, como sexo, faixa etária e níveis socioeconômicos.

Referências 1. Ellis E, McNamara J Jr. Components of adult Class III open-bite malocclusion. Am J Orthod. 1984;86(4):277-90. 2. Guyer EC, Ellis EE 3rd, McNamara JA Jr., Behrents RG. Components of class III malocclusion in juveniles and adolescents. Angle Orthod. 1986;56(1):7-30. 3. Sar C, Arman-Ozcirpici A, Uckan S, Yazici AC. Comparative evaluation of maxillary protraction with or without skeletal anchorage. Am J Orthod Dentofacial Orthop. 2011;139(5):636-49. 4. El H, Ciger S. Effects of 2 types of facemasks on condylar position. Am J Orthod Dentofacial Orthop. 2010;137(6):801-8. 5. Macdonald KE, Kapust AJ, Turley PK. Cephalometric changes after the correction of class III malocclusion with maxillary expansion/facemask therapy. Am J Orthod Dentofacial Orthop. 1999;116(1):13-24. 6. Koodaryan R, Rafighi A, Hafezeqoran A. Components of Adult Class III Malocclusion in an Iranian Population. J Dent Res Dent Clin Dent Prospects. 2009;3(1):20-3. 7. Enacar A, Demirhanoglu M. Practical method of fabrication and application of Delaire-Verdon type orthopedic face-mask. Turk Ortodonti Derg. 1989;2(1):183-8. 8. Kilicoglu H, Kirlic Y. Profile changes in patients with class III malocclusions after Delaire mask therapy. Am J Orthod Dentofacial Orthop. 1998;113(4):453-62. 9. Baik HS. Clinical results of the maxillary protraction in Korean children. Am J Orthod Dentofacial Orthop. 1995;108(6):583-92. 10. Westwood PV, McNamara JA Jr., Baccetti T, Franchi L, Sarver DM. Long-term effects of Class III treatment with rapid maxillary expansion and facemask therapy followed by fixed appliances. Am J Orthod Dentofacial Orthop. 2003;123(3):306-20. 11. Elekdag-Turk S, Ozkalayci N, Isci D, Turk T. Color preferences of patients receiving elastic ligatures. Eur J Dent. 2010;4(2):171-4. 12. Cozza P, Baccetti T, Mucedero M, Pavoni C, Franchi L. Treatment and posttreatment effects of a facial mask combined with a bite-block appliance in Class III malocclusion. Am J Orthod Dentofacial Orthop. 2010;138(3):300-10. 13. Baccetti T, Franchi L, McNamara JA Jr. Cephalometric variables predicting the long-term success or failure of combined rapid maxillary expansion and facial mask therapy. Am J Orthod Dentofacial Orthop 2004;126(1):16-22. 14. Souza MM, Menezes LM, Rizzatto SMD, Vieira GL, Meneguzzi RD. Análise morfológica do arco superior de portadores de fissura labiopalatal submetidos a diferentes protocolos de expansão rápida maxilar: avaliação das alterações maxilares. Rev Dental Press Ortod Ortop Facial 2009;14(5):82-91. 15. Berto PM, Lima CS, Lenza MA, Faber J. Esthetic effect of orthodontic appliances on a smiling face with and without a missing maxillary first premolar. Am J Orthod Dentofacial Orthop. 2009;135(4 Suppl):S55-60. 16. Burriss RP. Esthetic effect of orthodontic appliances. Am J Orthod Dentofacial Orthop 2009;136(3):305-306. 17. Rosvall MD, Fields HW, Ziuchkovski J, Rosenstiel SF, Johnston WM. Attractiveness, acceptability, and value of orthodontic appliances. Am J Orthod Dentofacial Orthop. 2009;135(3):276.e1-12.

Endereço para correspondência Matheus Melo Pithon Av. Otávio Santos, 395 – Sala 705 – Centro Odontomédico Dr. Altamirando da Costa Lima – Recreio CEP 45020-750 – Vitória da Conquista/BA E-mail: matheuspithon@gmail.com

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caso clínico

Má oclusão de Classe II, subdivisão, tratada com extração unilateral e ancoragem temporária (mini-implante): relato de caso Class II malocclusion, subdivision, treated by means of unilateral extraction and temporary anchorage (mini-implant): Case report Marcel Marchiori Farret* Milton Meri Benitez Farret**

Abstract

Resumo Introdução: uma das opções de tratamento nos casos das má oclusão de Classe II com subdivisão é a extração unilateral de um pré-molar superior, no lado onde se encontra a alteração da relação molar. Nesse contexto, o presente artigo descreve o caso clínico de um paciente com 59 anos de idade, apresentando má oclusão de Classe II, divisão 1, subdivisão direita, com desvio da linha média de 3mm para o lado esquerdo e apinhamento na região anterior das arcadas superior e inferior. Métodos: o plano de tratamento estabelecido

consistiu na extração do primeiro pré-molar superior direito, associada à utilização de um mini-implante durante a mecânica ortodôntica corretiva para fechamento de espaço. Resultados: ao final do tratamento, a relação dos molares foi preservada (Classe II, no lado direito; e Classe I, no lado esquerdo), foi obtida a condição oclusal de normalidade para os caninos e a coincidência das linhas médias. Conclusão: a avaliação clínica 30 meses pós-tratamento revelou a estabilidade dos resultados obtidos neste caso clínico.

Palavras-chave: Procedimentos de ancoragem ortodôntica. Má oclusão de Classe II de Angle. Extração dentária. Ortodontia corretiva.

Como citar este artigo: Farret MM, Farret MMB. Má oclusão de Classe II, subdivisão, tratada com extração unilateral e ancoragem temporária (mini-implante): relato de caso. Rev Clín Ortod Dental Press. 2013 jun-jul;12(3):78-85. » Os autores declaram não ter interesses associativos, comerciais, de propriedade ou financeiros que representem conflito de interesse nos produtos e companhias descritos nesse artigo. » O paciente que aparece no presente artigo autorizou previamente a publicação de suas fotografias faciais e intrabucais.

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Rev Clín Ortod Dental Press. 2013 jun-jul;12(3):78-85

Introduction: One of the treatment options in cases of Class II, subdivision, malocclusion is the unilateral extraction of an upper pre-premolar on the side where is the molar relationship deviation. In this context, this paper presents a case of a 59-year old patient, showing a Class II malocclusion, division 1, right subdivision, with midline 3 mm deviated to the left side and with crowding in the anterior region of upper and lower arches. Methods: The established treatment plan consisted in the extraction of the upper right first

premolar, associated to the use of a mini-implant during the orthodontic mechanics for space closure. Results: At the end of the treatment, the molar relationship was preserved (Class II in the right side and Class I in left side), it was obtained a good occlusal pattern for the canines and the midlines were matched. Conclusion: The clinical analysis 30 months after treatment showed excellent stability of the obtained results.

Keywords: Orthodontic anchorage procedures. Angle’s Class II malocclusion. Tooth extraction. Orthodontics corrective.

* Doutor em Ortodontia, PUC-RS. Professor, CEOM e UNIFRA. ** Especialista e Mestre em Ortodontia, FOP/Unicamp. Doutor em Ortodontia, PUC-RS. Professor Titular, disciplina de Ortodontia, UFSM.


Farret MM, Farret MMB

Discussão No caso apresentado, optou-se pela extração do primeiro pré-molar superior direito devido à presença de relação de molar em Classe II nesse lado, além de desvio da linha média superior para o lado esquerdo. Uma alternativa mais conservadora seria a distalização dos dentes do lado direito para se obter relação de molar de Classe I e obter espaço para correção da linha média. No entanto, essa segunda opção demandaria maior tempo de tratamento devido à presença de Classe II completa no lado direito; portanto, o paciente optou pelo tratamento com extração. Ao invés do segundo pré-molar, o primeiro pré-molar foi o dente escolhido, devido ao grande desvio da linha média, apinhamento anterior e relação molar de Classe II completa no lado esquerdo10. Quando comparada à mecânica de extrações bilaterais, a extração unilateral torna a mecânica assimétrica no fechamento dos espaços, tornando o tratamento mais complexo no sentido de controlar os efeitos indesejáveis, como a inclinação do plano oclusal, o desvio da linha média para o lado da extração, as inclinações dentárias incorretas e a intercuspidação irregular1,6,8,9. O fechamento do espaço da extração unilateral pode ser realizado por movimentação individual de dentes, o que evita maior perda de ancoragem e permite maior controle da mecânica, mas também pode ser fechado por movimentação em massa, acelerando o tratamento — no entanto, podendo promover maior perda de ancoragem e maiores efeitos indesejáveis8,9. Com o objetivo de evitar maior perda de ancoragem e, consequentemente, maior retração para fechamento do espaço (como o planejado

para o caso apresentado), é importante a utilização de recursos como o aparelho extrabucal assimétrico, botão de Nance, barra transpalatina, elásticos intermaxilares ou outros aparelhos auxiliares, como os distalizadores intrabucais1,10. Normalmente, o aparelho extrabucal é recusado pelo paciente adulto; os elásticos intermaxilares dependem da colaboração do paciente e os aparelhos auxiliares geram certo incômodo na alimentação e fala. Como alternativa a esses recursos, foram introduzidos os dispositivos de ancoragem esquelética (mini-implantes e mini-placas), os quais permitem ancoragem absoluta sem necessidade de colaboração dos pacientes11,12. Esses dispositivos permitem a realização da movimentação de maiores grupos de dentes, com maior confiabilidade e em menor tempo. No caso apresentado foi proposta a instalação de uma mini-placa na região do pilar zigomático no lado direito, ou de um mini-implante entre o segundo pré-molar e o primeiro molar superior direito. O paciente optou pelo mini-implante devido aos procedimentos cirúrgicos envolvidos na instalação e remoção do dispositivo serem mais simples. Os resultados obtidos foram satisfatórios, tanto no sentido funcional, com o estabelecimento de relação de caninos em Classe I em ambos os lados, redução da sobressaliência e obtenção de boa intercuspidação; quanto no sentido estético, pela eliminação do apinhamento anterior em ambas as arcadas e correção da linha média superior. A análise dois anos após o tratamento demonstrou que houve estabilidade nos resultados alcançados. Portanto, esse tipo de tratamento é eficiente e efetivo na resolução de problemas como a má oclusão de Classe II com subdivisão.

Referências 1. Chung KR, Kim SH, Chaffee MP, Nelson G. Molar distalization with a partially integrated mini-implant to correct unilateral Class II malocclusion. Am J Orthod Dentofacial Orthop. 2010;138(6):810-9. 2. Janson G, Dainesi EA, Henriques JF, Freitas MR, de Lima KJ. Class II subdivision treatment success rate with symmetric and asymmetric extraction protocols. Am J Orthod Dentofacial Orthop. 2003;124(3):257-64; quiz 339. 3. Shroff B, Siegel SM. Treatment of patients with asymmetries using asymmetric mechanics. Semin Orthod. 1998;4(3):165-79. 4. Feitosa HO, Rodrigues GT. Tratamento da Classe II subdivisão em paciente com crescimento: relato de caso — parte I. Rev Clín Ortod Dental Press. 2012;11(2):118-24. 5. Janson G, Cruz KS, Woodside DG, Metaxas A, Freitas MR, Henriques JF. Dentoskeletal treatment changes in Class II subdivision malocclusions in submentovertex and posteroanterior radiographs. Am J Orthod Dentofacial Orthop. 2004;126(4):451-63. 6. Munoz A. Correction of a Class II deep overbite skeletal and dental asymmetric malocclusion in an adult patient. Am J Orthod Dentofacial Orthop. 2005;127(5):611-7. 7. Wertz RA. Diagnosis and treatment planning of unilateral Class II malocclusions. Angle Orthod. 1975;45(2):85-94. 8. Burstone CJ. Diagnosis and treatment planning of patients with asymmetries. Semin Orthod. 1998;4(3):153-64 9. Nanda R, Margolis MJ. Treatment strategies for midline discrepancies. Semin Orthod. 1996;2(2):84-9. 10. Rebellato J. Asymmetric extractions used in the treatment of patients with asymmetries. Semin Orthod. 1998;4(3):180-8.

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Endereço para correspondência Marcel Marchiori Farret Rua Floriano Peixoto, 1000/113 – Santa Maria/RS CEP: 97015-370 – E-mail: marcelfarret@yahoo.com.br

Rev Clín Ortod Dental Press. 2013 jun-jul;12(3):78-85

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ARTIGO INÉDITO

Prevalência e correlação entre padrão facial, mordida aberta anterior e mordida cruzada posterior Prevalence and correlation among facial pattern, anterior open bite and posterior crossbite Edmundo Souza Junior* Karina Maria Salvatore de Freitas** Fabricio Pinelli Valarelli*** Rodrigo Hermont Cançado**** Renata Cristina Gobbi de Oliveira*****

Abstract

Resumo Objetivo: o presente estudo objetivou analisar, por meio de uma amostra de escolares, a correlação entre o padrão facial, a mordida aberta anterior e a mordida cruzada posterior. Métodos: a amostra utilizada no estudo foi composta por 1.006 crianças brasileiras, entre 9 e 13 anos de idade. A média de idade foi de 10,85 ± 1,04 anos. As crianças selecionadas encontravam-se em fase de dentição mista tardia ou permanente jovem, tendo como critério para exclusão a presença de mordida topo a topo, dentes supranumerários, ou qualquer tratamento ortodôntico prévio. O material do estudo consistiu de fotografias extrabucais e de avaliação clínica da presença de mordida

aberta anterior e mordida cruzada posterior. As prevalências foram determinadas em porcentagens; o dimorfismo sexual e a relação entre mordida aberta, mordida cruzada e os padrões faciais, foram avaliados pelo teste qui-quadrado. Resultados: a prevalência de mordida aberta anterior foi de 20,97%, a de mordida cruzada posterior foi de 25,05%. Os padrões faciais foram: 25,15% de dolicofaciais, 63,72% de mesofaciais e 11,13% de braquifaciais. Não houve dimorfismo entre os sexos para as prevalências dessas más oclusões. Conclusão: o padrão dolicofacial está relacionado a uma maior prevalência de mordida aberta anterior e de mordida cruzada posterior.

dimorphism and the relation between the open bite, crossbite and the facial patterns were evaluated by chi-square tests. Results: It can be concluded that the prevalence of anterior open bite was 20.97%, posterior crossbite was 25.05%, and the values for facial patterns were: 25.15% for dolichofacial, 63.72% for mesofacial and 11.13% for brachyfacial. There was not sexual dimorphism for the prevalence of these malocclusions. Conclusion: The dolichofacial pattern is related to a greater prevalence of anterior open bite and posterior crossbite.

Palavras-chave: Mordida aberta. Má oclusão. Prevalência.

Keywords: Open bite. Malocclusion. Prevalence.

Como citar este artigo: Souza Junior E, Freitas KMS, Valarelli FP, Cançado RH, Oliveira RCG. Prevalência e correlação entre padrão facial, mordida aberta anterior e mordida cruzada posterior. Rev Clín Ortod Dental Press. 2013 jun-jul;12(3):88-94.

» Os autores declaram não ter interesses associativos, comerciais, de propriedade ou financeiros que representem conflito de interesse nos produtos e companhias descritos nesse artigo.

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Objective: This study has the objective to analyze in a scholarship sample the correlation among the facial pattern, anterior open bite and posterior crossbite. Methods: The sample used in this study was composed by 1,006 Brazilian children between 9 and 13 years of age. The mean age was 10.85 ± 1.04 years. The selected children were in mixed or young permanent dentition stage, and the exclusion criteria were the presence of tip-to-tip anterior bite, supernumerary teeth and any previous orthodontic treatment. The material in this study consisted of extraoral photographs and of clinical evaluation of the anterior open bite and posterior crossbite. The prevalence was determined by percentage, and the sexual

Rev Clín Ortod Dental Press. 2013 jun-jul;12(3):88-94

* Mestre em Ortodontia, Faculdade Ingá. ** Doutora em Ortodontia e Odontologia em Saúde Coletiva, USP. Pós-doutora em Ortodontia, University of Toronto. *** Doutor em Ortodontia, FOB-USP. Pós-doutor em Ortodontia, University of Toronto. Professor, curso de Mestrado em Ortodontia, Faculdade Ingá. **** Doutor em Ortodontia, FOB-USP. Pós-doutor em Ortodontia, University of Toronto. Professor, curso de Mestrado em Ortodontia, Faculdade Ingá. ***** Doutora em Ortodontia, FOB-USP. Professora, curso de Mestrado em Ortodontia, Faculdade Ingá.


artigo inédito

Prevalência e correlação entre padrão facial, mordida aberta anterior e mordida cruzada posterior

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Endereço para correspondência Karina Maria Salvatore de Freitas Rua Jamil Gebara, 1-25 – Apto 111 CEP: 17017-150 – E-mail: kmsf@uol.com.br

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caso clínico

Impacto de um diagnóstico periodontal deficiente em pacientes com periodontite agressiva submetidos a tratamento ortodôntico: relato de uma série de casos Impact of a poor periodontal diagnosis in subjects with aggressive periodontitis under orthodontic treatment: A case series Carlos Eduardo Secco Mafra* João Batista César Neto** Ricardo Takyi Sekiguchi*** Luciana Saraiva****

Abstract

Resumo Objetivo: apresentar uma série de casos clínicos em que pacientes em tratamento ortodôntico foram diagnosticados como portadores de periodontite agressiva. Métodos: foram encontrados quatro casos em um grupo de 46 indivíduos, participantes de um estudo na Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo (FOUSP). Todos os pacientes estavam sob tratamento ortodôntico, embora tivessem doença periodontal não controlada. Clinicamente,

apresentavam extensa perda de inserção clínica, bolsas profundas, abscessos e sangramento à sondagem. Ao serem questionados sobre o exame inicial, os pacientes relataram não ter recebido sondagem clínica periodontal antes da instalação do aparelho ortodôntico. Conclusão: podemos concluir que um exame clínico periodontal inicial é essencial para a prevenção de problemas clínicos irreversíveis, que são agravados pelo tratamento ortodôntico.

Palavras-chave: Periodontite agressiva. Ortodontia. Reabsorção óssea.

Como citar este artigo: Mafra CES, César Neto JB, Sekiguchi RT, Saraiva L. Impacto de um diagnóstico periodontal deficiente em pacientes com periodontite agressiva submetidos a tratamento ortodôntico: relato de uma série de casos. Rev Clín Ortod Dental Press. 2013 jun-jul;12(3):95-101.

Objective: The aim of this paper is to present a case series of patients that were under orthodontic treatment at the moment of aggressive periodontitis diagnosis. Methods: Four subjects were selected out from a sample of 46 patients that had been included in a previous research in Dental School of University of São Paulo. It was observed that these patients were in orthodontic treatment in spite of untreated and not diagnosed aggressive periodontitis. Clinically these subjects showed

wide attachment loss, bleeding on probing, deep pockets and localized abscesses. Conclusion: Therefore, we can conclude that the orthodontic treatment negatively affected the prognosis of periodontal treatment in aggressive periodontitis patients.

Keywords: Aggressive periodontitis. Orthodontics. Bone resorption.

* Mestrando em Periodontia. ** Doutor em Periodontia, UNICAMP. Professor, Faculdade de Odontologia, USP. *** Doutor em Periodontia, USP. **** Doutora em Periodontia, USP. Professora, Faculdade de Odontologia, USP.

» Os autores declaram não ter interesses associativos, comerciais, de propriedade ou financeiros que representem conflito de interesse nos produtos e companhias descritos nesse artigo. » Os pacientes que aparecem no presente artigo autorizaram previamente a publicação de suas fotografias faciais e intrabucais.

Rev Clín Ortod Dental Press. 2013 jun-jul;12(3):95-101

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Mafra CES, César Neto JB, Sekiguchi RT, Saraiva L

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Endereço para correspondência Carlos Eduardo S. Mafra R. Major Ricardo Kronne, 366 – Centro – Iguape/SP CEP: 11.920-000 – E-mail: eduayumi@yahoo.com

Rev Clín Ortod Dental Press. 2013 jun-jul;12(3):95-101

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artigo inédito

Influência de diferentes cremes dentais na rugosidade e atrito dos braquetes ortodônticos Influence of different toothpastes in roughness and friction of orthodontic brackets Matheus Melo Pithon* Dandara Andrade de Santana** Bernardo de Azevedo Bahia Mendes*** Ricardo Alves de Souza* Dauro Douglas Oliveira**** Abstract

Resumo Introdução: avaliar, in vitro, a rugosidade, a morfologia e os níveis de atrito oferecidos pelos braquetes antes e após a escovação com diferentes cremes dentais. Métodos: cento e dez braquetes metálicos foram aleatoriamente distribuídos em 11 grupos: 1 grupo controle (saliva artificial) e 10 grupos experimentais (n = 10). Após colagem dos braquetes em dispositivo específico, esses foram submetidos a três escovações diárias com diferentes tipos de cremes dentais durante um período de 28 dias. Os cremes dentais avaliados foram: Close Up Ação Profunda, Close Up Triple, Colgate Luminous White, Colgate Tripla Ação, Oral B Pró Saúde, Oral B Pró-Saúde Whiteness, Sensodine Fresh, Sensodine Original, Sorriso Fresh Plus e Sorriso Original. Entre as escovações, os braquetes foram lavados em água corrente e acondicionados em recipiente contendo saliva

artificial e mantidos em estufa à temperatura de 37ºC. Para a avaliação da rugosidade foi utilizada microscopia eletrônica de varredura. As imagens obtidas foram avaliadas quantitativamente por meio de análise de imagem em histogramas. Os níveis de atrito foram medidos por uma máquina de dobramento. Os dados foram comparados estatisticamente por meio da ANOVA, utilizando o teste t de Student. Resultados: observou-se presença de ranhuras, sobretudo no grupo Colgate Luminous White. Houve diferenças estatísticas nos níveis de atrito entre os grupos Close Up Ação Profunda, Close Up Triple e Colgate Luminous White. Conclusão: o creme dental Colgate Luminous White apresentou maior rugosidade de superfície e maior nível de atrito; a menor rugosidade foi observada nos grupos Close Up Ação Profunda e Sorriso Fresh Plus.

Palavras-chave: Braquetes ortodônticos. Cremes dentais. Fricção.

Como citar este artigo: Pithon MM, Santana DA, Mendes BAB, Souza RA, Oliveira DD. Influência de diferentes cremes dentais na rugosidade e atrito dos braquetes ortodônticos. Rev Clín Ortod Dental Press. 2013 jun-jul;12(3):102-11. » Os autores declaram não ter interesses associativos, comerciais, de propriedade ou financeiros que representem conflito de interesse nos produtos e companhias descritos nesse artigo.

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Rev Clín Ortod Dental Press. 2013 jun-jul;12(3):102-11

Introduction: To evaluate in vitro the roughness, morphology and levels of friction offered by brackets before and after brushing with different toothpastes. Methods: A total of 110 metallic brackets were randomly divided into 11 groups: one control group (artificial saliva) and 10 experimental groups (n = 10). After gluing the brackets in the same specific device, they underwent three daily brushings with different types of toothpaste for 28 days. The toothpastes evaluated were Close Up Ação Profunda, Close Up Triple, Colgate Luminous White, Colgate Tripla Ação, Oral B Pró Saúde, Oral B Pró-Saúde Whiteness, Sensodine Fresh, Sensodine Original, Sorriso Fresh Plus e Sorriso Original. Between brushings the brackets were washed in tap water, placed in artificial saliva and kept in an oven at 37º C.

To evaluate the roughness, it was used scanning electron microscopy. The images obtained were quantitatively evaluated by means of image analysis on histograms. The friction levels were measured by a folding machine. Data were compared statistically by analysis of variance (ANOVA) using the Student’s t test. Results: There was a presence of slots in groups, especially Colgate Luminous White. There were statistical differences in the levels of friction between groups: Close Up Ação Profunda, Close Up Triple and Colgate Luminous White. Conclusion: Colgate Luminous White showed higher surface roughness and higher friction level, the lowest roughness was observed in the groups Close Up Ação Profunda and Sorriso Fresh Plus.

Keywords: Orthodontic brackets. Toothpastes. Friction.

* Professor de Ortodontia, UESB. ** Graduada em Odontologia, UESB. *** Mestre em Ortodontia, PUC-MG. **** Doutor em Ortodontia, UFRJ.


Pithon MM, Santana DA, Mendes BAB, Souza RA, Oliveira DD

Esse resultado corrobora o do presente estudo, uma vez que a atuação de partículas abrasivas sobre a superfície do dispositivo ortodôntico altera sua característica de rugosidade de superfície e seus níveis de atrito. Al-Khatib et al.16 pesquisaram in vitro o coeficiente de atrito das combinações arco-braquete de aço inoxidável sob diferentes condições de ar e soluções aquosas — como a solução Ringer pura, Ringer com adição de um buffer para obter um valor estável de pH e Ringer com adição de glicose e Coca-Cola. O efeito do tamanho da arcada, a aspereza e o meio ambiente foram investigados. O estudo demonstrou que as soluções aquosas, comparadas ao ar, agiram como lubrificantes. O atrito foi afetado pela largura da arcada, enquanto a aspereza encontrada teve efeito limitado. Para todas as soluções aquosas — quando comparadas a testes realizados em ar ambiente —, um baixo coeficiente de atrito foi encontrado. Assim, diferentemente dos cremes dentais abrasivos, soluções aquosas desempenham baixo coeficiente de atrito. A escolha de um creme dental deve adotar uma avaliação básica das necessidades individuais de cada paciente. A escovação com dentifrícios mais abrasivos pode ser mais vantajosa, pois controla melhor o manchamento dentário e promove uma limpeza mais rápida. Entretanto, o risco de lesão aos tecidos duros, assim como o risco de alterações na morfologia dos acessórios ortodônticos, são muito grandes

Referências 1. Bortoly TG, Guerrero AP, Rached RN, Tanaka O, Guariza-Filho O, Rosa EA. Sliding resistance with esthetic ligatures: an in-vitro study. Am J Orthod Dentofacial Orthop. 2008;133(3):341-7. 2. Nishio C, Motta AF, Elias CN, Mucha JN. In vitro evaluation of frictional forces between archwires and ceramic brackets. Am J Orthod Dentofacial Orthop. 2004;125(1):56-64. 3. Park JH, Lee YK, Lim BS, Kim CW. Frictional forces between lingual brackets and archwires measured by a friction tester. Angle Orthod. 2004;74(6):816-24. 4. Burrow SJ. Friction and resistance to sliding in orthodontics: a critical review. Am J Orthod Dentofacial Orthop. 2009;135(4):442-7. 5. Ehsani S, Mandich MA, El-Bialy TH, Flores-Mir C. Frictional resistance in self-ligating orthodontic brackets and conventionally ligated brackets. Angle Orthod. 2009;79(3):592-601. 6. Lundströn F, Hamp SE. Effect of oral hygiene education on children with and without subsequent orthodontic treatment. Scand J Dental Res. 1980;88(1):53-9. 7. Svinnseth PN, Gjerdet NR, Lie T. Abrasivity of toothpastes. An in vitro study of toothpastes marked in Norway. Acta Odontol Scand. 1987;45(3):195-202. 8. Newbrun E. Cariologia. 2a ed. São Paulo: Ed. Santos; 1988. p. 274-290. 9. Karamouzos A, Athanasiou AE, Papadopoulos MA. Clinical characteristics and properties of ceramic brackets: a comprehensive review. Am J Orthod Dentofacial Orthop. 1997;112(1):34-40. 10. Redlich M, Mayer Y, Harari D, Lewinstein I. In vitro study of frictional forces during sliding mechanics of “reducedfriction” brackets. Am J Orthod Dentofacial Orthop. 2003;124(1):69-73.

com o uso de dentifrícios altamente abrasivos. Nesse caso, é oportuno que sejam indicados cremes dentais menos abrasivos durante o tratamento ortodôntico, o que evitaria o aumento da resistência de atrito do movimento dentário. As limitações que envolvem estudos in vitro devem ser levadas em consideração ao se tentar aplicar de forma definitiva os presentes resultados à realidade clínica. Ainda assim, o presente estudo fornece evidências dos efeitos causados pelo uso clínico de braquetes metálicos e suas implicações nos níveis de atrito clássico gerados na abrasividade de superfície. No entanto, futuros estudos utilizando as mesmas amostras desse estudo são importantes para afirmarmos qual conjunto apresentaria menor força de atrito em longo prazo — sendo esse o ideal para uma movimentação ortodôntica.

CONCLUSÕES Pode-se concluir com a realização do presente estudo que: • O creme dental Colgate Luminous White apresentou maior rugosidade de superfície. • A menor rugosidade de superfície foi observada nos grupos Close Up Ação Profunda e Sorriso Fresh Plus. • Cremes dentais mais abrasivos apresentam menores níveis de atrito.

11. Andrade Júnior ACC, Andrade MRTC, Machado WAS, Fischer RG. In vitro study of dentifrice abrasivity. Rev Odontol Univ São Paulo. 1998;12(3):231-6. 12. Parmagnani EA, Basting RT. Effect of sodium bicarbonate air abrasive polishing on attrition and surface micromorphology of ceramic and stainless steel brackets. Angle Orthod. 2012;82(2):351-62. 13. Davis WB, Winter PJ. Measurement in vitro of enamel abrasion by dentifrice. J Dent Res. 1976;55(6):970-5. 14. MacDonald E, North A, Maggio B, Sufi F, Mason S, Moore C, et al. Clinical study investigating abrasive effects of three toothpastes and water in an in situ model. J Dent. 2010;38(6):509-16. 15. Fidalgo TK, Pithon MM, Maciel JV, Bolognese AM. Friction between different wire bracket combinations in artificial saliva--an in vitro evaluation. J Appl Oral Sci. 2011;19(1):57-62. 16. Al-Khatib S, Berradja A, Celis JP, Willems G. In vitro friction of stainless steel arch wire-bracket combinations in airand different aqueous solutions. Orthod Craniofac Res. 2005;8(2):96-105.

Endereço para correspondência Matheus Melo Pithon Av. Otávio Santos, 395 – Sala 705 – Centro Odontomédico CEP: 45020-750 – Vitória da Conquista/BA E-mail: matheuspithon@gmail.com

Rev Clín Ortod Dental Press. 2013 jun-jul;12(3):102-11

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ARTIGO INÉDITO

Taxa de sobrevivência clínica de dispositivos temporários de ancoragem (DTAs) Clinical survival rate of temporary anchorage devices (TADs) João de Oliveira Junior* Wagner José Silva Ursi** Rodrigo Castellazzi Sella*** Abstract

Resumo Introdução: uma das maiores preocupações em relação aos tratamentos ortodônticos refere-se ao tipo de ancoragem a ser utilizada. Na busca por um dispositivo temporário de ancoragem que seja eficiente e versátil para o tratamento ortodôntico, descobriu-se que os parafusos para fixação cirúrgica — embora pequenos — possuíam boa resistência para suportar a maioria das forças ortodônticas. Assim, os dispositivos de ancoragem temporária (DTAs) ganharam espaço e credibilidade no campo ortodôntico graças às inúmeras vantagens apresentadas. Objetivo: verificar a taxa de sobrevivência dos DTAs. Métodos: foram analisados 26 pacientes, com idade entre 8 e 42 anos, submetidos a tratamento ortodôntico, nos quais foram implantados 39 dispositivos com diferentes finalidades.

Resultados: dos dispositivos inseridos, 32 obtiveram sucesso e 7 fracassaram, resultando em 82% de eficácia. Nossos resultados estão de acordo com a literatura consultada, mostrando sobrevivência satisfatória desses dispositivos, independentemente do profissional que o instalou, da técnica cirúrgica usada e do propósito para o qual foi instalado. Conclusão: eventuais perdas ou insucessos podem estar relacionados a inúmeros fatores, como os procedimentos cirúrgicos de implantação, os cuidados tomados pelo cirurgião-dentista na colocação correta e na aplicação de força ortodôntica, a escolha correta do dispositivo a ser utilizado e o local adequado de inserção; devendo-se considerar que para o bom resultado do tratamento, é necessária a boa higienização bucal e o acompanhamento profissional.

Our results are in accordance to the pertinent literature, showing a good survival rate, even though the devices were inserted by different professionals with different techniques, and also for various purposes, which in our opinion represents a routine clinical situation. According to the literature, we can correlate the failures to surgical procedures, such as the care taken by the dentist in the proper placement and application of orthodontic force, as well as the correct choice of device to be used and the site of insertion. It should also be considered that, for good treatment outcome, it is mandatory that patients follow good buccal hygiene and regular professional assistance.

Palavras-chave: Ortodontia. Procedimentos de ancoragem ortodôntica. Taxa de sobrevida. Implantes dentários.

Keywords: Orthodontics. Orthodontic anchorage procedures. Survival rate. Dental implants.

Como citar este artigo: Oliveira Junior J, Ursi WJS, Sella RC. Taxa de sobrevivência clínica de dispositivos temporários de ancoragem (DTAs). Rev Clín Ortod Dental Press. 2013 jun-jul;12(3):114-20.

» Os autores declaram não ter interesses associativos, comerciais, de propriedade ou financeiros que representem conflito de interesse nos produtos e companhias descritos nesse artigo. » Os pacientes que aparecem no presente artigo autorizaram previamente a publicação de suas fotografias faciais e intrabucais.

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Introduction: One of the major concerns regarding orthodontic treatment refers to anchorage loss inhibition. While searching for a temporary anchoring device that could make the orthodontic treatment more versatile and efficient, it was found that the screws for surgical fixation, although small, have good resistance to withstand the majority of orthodontic forces. Thus, temporary anchorage devices (TADs) gained ground and credibility in the orthodontic field. Objective: To check the survival rate of TADs. Methods: Twenty six patients aging between 8 and 42 years undergoing orthodontic treatment were followed, in which 39 devices were implanted with different purposes. Results: Of the devices inserted, 32 were successful while 7 failed, resulting in a positive effectiveness.

Rev Clín Ortod Dental Press. 2013 jun-jul;12(3):114-20

* Especialista em Ortodontia, UNICSUL. ** Professor do Departamento de Odontologia Restauradora, Disciplina de Dentística, UEL, e do curso de Especialização em Ortodontia, UNICSUL. *** Doutor em Ortodontia, UNESP. Professor do Departamento de Anatomia, Centro de Ciências Biológicas, disciplina de Anatomia Dentária, UEL, e do curso de especialização em Ortodontia, UNICSUL.


ARTIGO INÉDITO

Taxa de sobrevivência clínica de dispositivos temporários de ancoragem (DTAs)

CONCLUSÃO Diante dos resultados obtidos, é possível afirmar que esses se encontram em consonância com a literatura consultada, denotando desempenho satisfatório desses dispositivos quando aplicados em várias situações clínicas, e que a taxa de sobrevivência dos DTAs está intimamente relacionada com os procedimentos cirúrgicos de implantação — como os cuidados tomados pelo cirurgião-dentista na colocação correta e na aplicação de força

ortodôntica, bem como na escolha correta do micro-implante a ser utilizado e do correto local de inserção. Para tanto, é necessário realizar exames radiográficos e elaborar um planejamento biomecânico individualizado para cada paciente, elegendo assim, as melhores condições para o sucesso do dispositivo. Outro fator que deve ser considerado para a eficácia do tratamento é a boa higienização bucal realizada pelo paciente, sendo dever do dentista fornecer orientações corretas e realizar um acompanhamento criterioso do caso.

Referências 1. Araújo TM, Nascimento MHA, Franco FCM, Bittencourt MAV. Intrusão dentária utilizando mini-implante. Rev Dental Press Ortod Ortop Facial. 2008;13(5):36-48. 2. Araujo TM, Nascimento MHA, Bezerra F, Sobral MC. Ancoragem esquelética em ortodontia com miniimplantes. Rev Dental Press Ortod Ortop Facial. 2006;11(4):126-56. 3. Augusto L. Mini-implantes. 2009 [ Acesso em 2010 Jan 13]. Disponível em: http:// docs.google.com/present/view?id=df88766c_16cnjjwv. 4. Bezerra F, Villela H, Laboissiére M, Dias L. Ancoragem ortodôntica absoluta utilizando microparafusos de titânio. Planejamento e protocolo cirúrgico. Trilogia - Parte I. Implant News. 2004;1(6):33-9. 5. Cho HJ. Clinical applications of mini-implants as orthodontic anchorage and the periimplant tissue reaction upon loading. J Calif Dent Assoc. 2006;34(10):813-20. 6. Ciuccio RL, Oliveira R. Comparação de resultados obtidos por testes práticos de torção com método de elementos finitos em micro parafusos ortodônticos. Anais do 5º Congresso Internacional de Iniciação Científica; 2007 Nov. Disponível em: www. semesp.org.br/md/CONIC2007/7CONIC_Dez_PrimeirosConcluido/Trabalhos/ ET/1000003426.pdf 7. Cruz SMA. Ancoragem absoluta: Em foco mini-implantes [monografia]. Rio de janeiro(RJ): Academia de Odontologia do Estado do Rio de Janeiro; 2007. 8. Esteves ES. Uso dos mini-implantes em ortodontia: histórico, indicações e complicações [dissertação]. Contagem(MG): Faculdades Unidas do Norte de Minas; 2010. 9. Josgrilbert LFV, Tirloni P, Henriques JFC, Henriques RP, Kayatt FE, Godoy HT. Aplicação clínica de microparafusos ortodônticos. Rev Clín Ortod Dental Press. 2008;7(4):68-82.

120

Rev Clín Ortod Dental Press. 2013 jun-jul;12(3):114-20

10. Kravitz ND, Kusnoto B. Risks and complications of orthodontic miniscrews. Am J Orthod Dentofacial Orthop. 2006;131(4):43-51. 11. Morais HHA, Caubi AF, Rego DM, Gouveia DS, Nélson NS. Emprego de miniparafusos na sutura palatina mediana como ancoragem ortodôntica: relato de caso Rev Cir Traumatol Buco-Maxilo-Fac. 2006;6(4):29-32. 12. Pithon MM, Nojima LI, Nojima MG, Ruellas ACO. Avaliação da resistência à flexão e fratura de mini-implantes ortodônticos. Rev Dental Press Ortod Ortop Facial. 2008;13(5):128-33. 13. Zucoloto CS, Carvalho AS. Protocolo para ancoragem absoluta em ortodontia: miniparafuso. Rev Gaúch Odontol. 2008;56(2):201-5. 14. Villela H, Bezerra F, Menezes P, Villela F, Laboissiére Júnior M. Microparafusos ortodônticos de titânio auto-perfurantes: mudando os paradigmas da ancoragem esquelética em Ortodontia. Implant News. 2006;3(4):45-51.

Endereço para correspondência João de Oliveira Junior Rua Cesare Colacite, 132 – Guaraci/PR CEP: 86620-000 – E-mail: joaodentist@hotmail.com


Orthológica

primeira reimpressão Carlos Alberto G. Cabrera Marise de Castro Cabrera Laura de Castro Cabrera

DICAS PARA OTIMIZAR A ORTODONTIA

ORTODONTIA: TRATAMENTO EM ADULTOS

ORTODONTIA OBJETIVA

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controvérsias

Fez a endodontia: E agora? Quando movimentar? Fundamentos biológicos Have performed endodontic treatment: What now? When to move? Biological basis

Alberto Consolaro* Renata Bianco Consolaro**

Abstract

Resumo Para colaborar com a compreensão e fundamentação do porquê dos dentes endodonticamente tratados poderem ser movimentados ortodonticamente, discorremos sobre o assunto dividindo-o em três tópicos: 1) dentes endodonticamente tratados sem lesão periapical; 2) dentes endodonticamente tratados com lesão periapical inflamatória; e 3) dentes endodonticamente tratados com necrose pulpar asséptica por traumatismo dentário. Ressalta-se que todos os dentes endodonticamente tratados a serem movimentados

ortodonticamente devem ser submetidos a uma avaliação criteriosa sobre as condições adequadas ou inadequadas do tratamento endodôntico por parte do endodontista. Nos casos de insucesso, deve-se considerar que as forças ortodônticas não modificaram a composição e a virulência da microbiota envolvida. Os insucessos endodônticos nesses casos devem ser atribuídos às mesmas causas dos insucessos que envolvam dentes com tratamento endodônticos e que nunca foram movimentados ortodonticamente.

Palavras-chave: Ortodontia. Endodontia. Tratamento endodôntico. Tratamento ortodôntico. Periapicopatias. Traumatismo dentário.

Como citar este artigo: Consolaro A, Consolaro RB. Fez a endodontia: E agora? Quando movimentar? Fundamentos biológicos. Rev Clín Ortod Dental Press. 2013 jun-jul;12(3):123-8.

In order to collaborate with the understanding and embasement of why teeth endodontically treated can be orthodontically moved, we worked on the subject by dividing it into three topics: 1) endodontically treated teeth without periapical lesion; 2) endodontically treated teeth with inflammatory periapical lesion; and 3) endodontically treated teeth with aseptic pulp necrosis by dental trauma. It is emphasized that all endodontically treated teeth to be moved orthodontically should undergo a careful evaluation of

appropriate conditions or inadequate endodontic treatment by the endodontist. In failure cases, it must be considered that the orthodontic forces did not change the composition and virulence of the microbiota involved. Endodontic failures, in these cases, must be attributed to the same causes of failures involving teeth with endodontic treatment that were never orthodontically moved.

Keywords: Orthodontics. Endodontics. Endodontic treatment. Orthodontic Treatment. Periapical diseases. Dental trauma.

* Professor Titular, FOB-USP, e de Pós-graduação, FORP-USP. ** Professora, Faculdades Adamantinenses Integradas. Doutora em Patologia, FOB-USP.

» Os autores declaram não ter interesses associativos, comerciais, de propriedade ou financeiros, que representem conflito de interesse nos produtos e companhias descritos nesse artigo.

Rev Clín Ortod Dental Press. 2013 jun-jul;12(3):123-8

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controvérsias

Fez a endodontia: E agora? Quando movimentar? Fundamentos biológicos

esperar um ano. Se novas radiografias periapicais e/ou tomografias depois desse período revelarem normalidade estrutural e organizacional, ausência de anquilose alveolodentária, reabsorção por substituição e/ou reabsorção inflamatória, o dente pode ser movimentado ortodonticamente. Nos casos mais severos, como de avulsão total seguida de reimplantação após até 30 a 60 minutos fora do alvéolo, e em casos de fraturas radiculares, deve-se aguardar dois anos. Após esse período, se novas radiografias periapicais e/ou tomografia revelarem normalidade estrutural e organizacional, sem anquilose alveolodentária, sem reabsorção por substituição e sem reabsorção inflamatória, o dente pode ser movimentado ortodonticamente. É importante sempre relembrar a seguinte regra: poderão ocorrer maiores reabsorções radiculares ao final do tratamento ortodôntico, devido o trauma prévio ao tratamento.

Referências 1. Consolaro A. Alterações pulpares induzidas pelo tratamento ortodôntico: dogmas e falta de informações. Rev Dental Press Ortod Ortop Facial. 2007;12(1):15-7. 2. Consolaro A. Reabsorções dentárias nas especialidades clínicas. 3a ed. Maringá: DentalPress; 2012. 3. Consolaro RB. Análise do complexo dentinopulpar em dentes submetidos à movimentação dentária induzida em ratos [dissertação]. Bauru (SP): Universidade de São Paulo; 2005. 4. Spurrier SW, Hall SH, Joondeph DR, Shapiro PA, Riedel RA. A comparison of apical root resorption during orthodontic treatment in endodontically treated and vital teeth. Am J Orthod Dentofacial Orthop. 1990;97(2):130-4.

Considerações finais Os dentes endodonticamente tratados podem ser movimentados ortodonticamente; mas, nos casos de insucesso, deve-se considerar que as forças ortodônticas não modificaram a composição e a virulência da microbiota envolvida. Nesses casos, os insucessos endodônticos devem ser atribuídos às mesmas causas de insucessos endodônticos de dentes que nunca foram movimentados ortodonticamente. Se o dente for movimentado ortodonticamente, a história de traumatismo prévio ao tratamento aumenta a probabilidade de reabsorções radiculares mais severas — e isso não deve ser atribuído ao fato do dente ter sido endodonticamente tratado de necrose pulpar asséptica.

Endereço para correspondência Alberto Consolaro E-mail: consolaro@uol.com.br

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Rev Clín Ortod Dental Press. 2013 jun-jul;12(3):123-8


Marden Bastos

Dicas para otimizar a Ortodontia

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abstracts

Literatura ortodôntica mundial Resumos, em português, de artigos publicados em importantes revistas de Ortodontia de todo o mundo. Informação qualificada e oportuna para a melhoria de sua prática clínica. Comparação entre tomografia computadorizada de feixe cônico e radiografia periapical para detectar reabsorção radicular apical simulada Ren H, Chen J, Deng F, Zheng L, Liu X, Dong Y. Comparison of cone-beam computed tomography and periapical radiography for detecting simulated apical root resorption. Angle Orthod. 2013 Mar;83(2):189-95. Objetivo: comparar a precisão de diagnóstico entre tomografia computadorizada de feixe cônico (TCFC) e radiografia periapical para detectar reabsorção radicular apical externa (RRAE) simulada in vitro. Métodos: a amostra do estudo consistiu de 160 pré-molares unirradiculares para simular RRAE, de graus variados, de acordo com quatro configurações: nenhuma (dentes hígidos), leve (cavidade de 1,0mm de diâmetro e profundidade na superfície radicular), moderada (0,4mm, 0,8mm, 1,2mm e 1,6mm de encurtamento radicular) e grave (2,4mm, 2,8mm, 3,2mm, e 3,6mm de encurtamento radicular). Dois grupos de imagens radiográficas foram obtidos por meio de TCFC e radiografia periapical. A ausência ou a presença e gravidade de todas as lesões de reabsorção foram avaliadas aleatoriamente por dois examinadores calibrados. Resultados: com o método de TCFC, as taxas de classificação correta de nenhuma, leve, moderada e grave de RRAE foram de 96,3; 98,8; 41,3 e 87,5%, respectivamente; com o método de radiografia periapical, as taxas foram de 82,5; 41,3; 68,8 e 92,5%; respectivamente. Diferenças altamente significativas foram encontradas entre os dois métodos de imagem para a detecção de leve (p < 0,001), moderada (p < 0,001) e todas as RRAE (p < 0,001). Para a detecção de todas as RRAE, os valores de sensibilidade e especificidade foram de 75,8 e 96,3% para TCFC, em comparação com 67,5 e 82,5% para a radiografia periapical. Conclusão: a TCFC é uma ferramenta confiável de diagnóstico para detectar RRAE simulada, enquanto a radiografia periapical deixa a desejar. No entanto, se uma radiografia periapical já se encontra disponível para o diagnóstico da RRAE, a TCFC deve ser utilizada com cuidado extremo para evitar exposição adicional à radiação. Traduzido por Fabio Pinto Guedes Reabsorção radicular apical em decorrência do tratamento ortodôntico detectada pela tomografia computadorizada de feixe cônico Castro IO, Alencar AH, Valladares-Neto J, Estrela C. Apical root resorption due to orthodontic treatment detected by cone beam computed tomography. Angle Orthod. 2013 Mar;83(2):196-203. Objetivo: determinar a frequência de reabsorção radicular apical (RRA) decorrente de tratamento ortodôntico, utilizando a tomografia computadorizada de feixe cônico (TCFC) em uma amostra de 1.256 raízes de 30 pacientes. Métodos: todos os pacientes apresentavam má oclusão de Classe I com apinhamento. Dos 30 pacientes avaliados, 11 eram meninos e 19 eram meninas, com idade média de 13 anos (11 a 16 anos). O tratamento ortodôntico seguiu sem extrações. As imagens da TCFC foram obtidas antes e após o

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tratamento ortodôntico, e a RRA foi determinada utilizando a Navegação Axial Guiada das imagens da TCFC. Resultados: todos os pacientes apresentaram RRA. Nenhuma associação estatisticamente significativa foi encontrada entre a frequência da reabsorção, sexo e idade. A RRA foi detectada através da TCFC em 46% de todas as raízes que foram submetidas ao tratamento ortodôntico. Conclusões: a TCFC foi eficaz para a detecção in vivo, mesmo em graus mínimos, da RRA em decorrência do tratamento ortodôntico e permitiu uma avaliação tridimensional das raízes dentárias e visualização das raízes palatinas dos molares superiores. As frequências mais altas de RRA e a mais significativa ocorreu nos incisivos e nas raízes distais dos primeiros molares superiores e inferiores. Traduzido por Isabella Simões Holz Avaliação morfométrica de alterações no osso alveolar e nas raízes dos dentes anterossuperiores, antes e após a retração em massa, utilizando tomografia computadorizada de feixe cônico Ahn HW, Moon SC, Baek SH. Morphometric evaluation of changes in the alveolar bone and roots of the maxillary anterior teeth before and after en masse retraction using cone-beam computed tomography. Angle Orthod. 2013 Mar;83(2):212-21. Objetivo: avaliar as alterações morfométricas no osso alveolar e nas raízes dos dentes anterossuperiores (DAS) após uma retração em massa com ancoragem máxima (RM-AM). Métodos: a amostra foi composta de 37 pacientes adultos do sexo feminino que apresentavam Classe I e protrusão dentoalveolar (CI-PDA) e que foram tratados com extração dos primeiros pré-molares e RA-AM. Utilizando tomografia computadorizada de feixe cônico tridimensional, tomadas antes do tratamento e após o fechamento do espaço, os incisivos centrais superiores (ICS, n = 66), os incisivos laterais (ILS, n = 69) e os caninos (CS, n = 69) foram sobrepostos usando planos de referência individuais. Após a mensuração da área óssea alveolar (AOA), nível ósseo vertical (NOV), comprimento da raiz (CR), área radicular (AR), e prevalência de deiscência (PD) nos níveis cervical, médio e apical, as análises estatísticas foram realizadas. Resultados: no lado palatino, a AOA diminuiu significativamente em todos os níveis dos DAS (p < 0,001; nível médio do ICS, p < 0,01). Os ICS e ILS exibiram uma diminuição maior na relação de mudança da AOA palatina do que os CS (cervical, p < 0,01; médio e apical, p < 0,05; total, p < 0,001). As relações palatina/vestibular da AOA diminuíram nos ICS (cervical, médio, total, p < 0,001; apical, p < 0,05) e ILS (cervical, p < 0,001; apical, p < 0,05). Eles apresentaram maiores quantidades e relações de mudança do NOV no lado palatino em comparação ao lado vestibular (todos p < 0,001). O lado palatino mostrou uma maior PD na área cervical do que o lado vestibular (ICS e ILS, p < 0,001; CS, p < 0,01). Uma reabsorção radicular significativa ocorreu nos DAS (CR e AR, todos com p < 0,001). Conclusões: durante a RM-AM, em casos com CI-PDA, a AOA o e NOA no lado palatino e o CR e a AR do ICS e ILS diminuíram significativamente. Traduzido por Isabella Simões Holz


Abstracts

avaliação dos locais de inserção de mini-implantes: Um estudo de tomografia microcomputadorizada de material da autópsia humana Laursen MG, Melsen B, Cattaneo PM. An evaluation of insertion sites for mini-implants: a micro - CT study of human autopsy material. Angle Orthod. 2013 Mar;83(2):222-9. Objetivo: (1) descrever a espessura do osso cortical em locais de inserção comumente usados para mini-implantes ortodônticos, (2) avaliar o impacto de uma alteração no ângulo de inserção no contato primário do osso cortical/implante e, (3) avaliar o risco de perfuração do seio maxilar. Métodos: na autópsia, 27 amostras humanas contendo de três a cinco dentes adjacentes foram excisados e digitalizados utilizando um sistema de mesa de tomografia microcomputadorizada. Medições da espessura óssea foram feitas a 45° e 90° em relação ao longo eixo dos dentes adjacentes, simulando uma inserção de mini-implante ao nível médio da raiz. Resultados: na maxila, a espessura média total da cortical a 90° foi de 0,7mm por vestibular na região lateral; 1,0mm por vestibular na região anterior; e 1,3mm por palatino. Na mandíbula, a espessura cortical média foi de 0,7mm por vestibular e de 1,8mm por lingual na região anterior; 1,9mm por vestibular e 2,6mm por lingual na região lateral. Ao mudar o ângulo de inserção de 90° para 45°, houve um aumento no contato osso cortical/implante em uma média de 47%. A inserção perpendicular ao nível médio da raiz raramente interferiu com o seio, enquanto a inserção inclinada apicalmente aumentou o risco de perfuração do seio. Conclusões: por vestibular e palatino, na maxila; e por vestibular na região anterior da mandíbula, a espessura do osso cortical alveolar é frequentemente menor do que 1mm. Em contrapartida, o osso cortical alveolar é frequentemente mais espesso que 2mm na região lateral da mandíbula. Mudando o ângulo de inserção para 45°, geralmente se aumenta a estabilidade do implante, mas também se aumenta o risco de perfuração do seio maxilar. Traduzido por Isabella Simões Holz Análise tridimensional do movimento dentário após a intrusão de um molar extruído utilizando um mini-implante com aparelho ortodôntico fixo parcial Lee SJ, Jang SY, Chun YS, Lim WH. Three-dimensional analysis of tooth movement after intrusion of a supraerupted molar using a mini-implant with partial-fixed orthodontic appliances. Angle Orthod. 2013 Mar;83(2):274-9. Objetivo: avaliar tridimensionalmente (3D) as mudanças de posição de um dente intruído, um dente vizinho, e um dente ligado a um mini-implante após a intrusão de um único molar extruído, utilizando um mini-implante com aparelho ortodôntico fixo parcial. Métodos: o estudo consistiu em 14 pacientes adultos (dois homens e 12 mulheres, idade média 41,9 anos) com um molar extruído devido à perda de um antagonista. A intrusão foi realizada utilizando um mini-implante com um elástico corrente. O tempo médio de tratamento foi de 11,9 meses, e o tempo médio de contenção foi de 23,3 meses. Para quantificar as mudanças de posição dos dentes, um sistema de escaneamento dentário a laser e com modelos 3D, bem como um software 3D, no pré-tratamento, no pós-tratamento e na fase de contenção, foram orientados em um sistema de coordenadas e sobreposições, utilizando dentes não movimentados como referência. As alterações nos eixos x, y e z foram medidas na ponta de cada cúspide dos dentes envolvidos.

Resultados: um molar extruído foi intruído em uma quantidade média de 1,35 ± 0,48mm, sendo bem estabilizado durante o período de contenção. A alteração, no geral, no dente vizinho foi insignificante, embora com movimento oposto em comparação com o dente intruído, durante a intrusão. O dente ligado a um mini-implante exibiu uma ancoragem segura. Conclusão: a análise 3D mostrou detalhes das mudanças de posição de cada dente e os molares envolvidos foram bem estabilizados após a intrusão. Traduzido por Letícia Moraes de Aguiar Tempo de tratamento, resultado e perda de ancoragem comparando braquetes autoligáveis e braquetes convencionais Machibya FM, Bao X, Zhao L, Hu M. Treatment time, outcome, and anchorage loss comparisons of self-ligating and conventional brackets. Angle Orthod. 2013 Mar;83(2):280-5. Objetivo: comparar o tempo de tratamento, resultado e perda de ancoragem entre pacientes ortodônticos tratados com braquetes autoligáveis (BALs) e braquetes convencionais (BCs). Métodos: um estudo coorte retrospectivo comparou 34 pacientes (grupo BAL) tratados com braquetes SmartClip (3M/Unitek, Monrovia, Califórnia) e 35 pacientes (grupo BC) tratados com braquetes convencionais pre-ajustados Vitória (3M/Unitek) e ligaduras de fio de aço inoxidável. Radiografias laterais de face foram traçadas no pré-tratamento (T1) e pós-tratamento (T2), e analisadas utilizando a análise ocluso-sagital de Pancherz para obter as alterações dentárias e esqueléticas na maxila e na mandíbula. Os modelos de gesso foram avaliados pelo índice de classificação de avaliação por pares (CAP) para os resultados do tratamento. Resultados: o tempo médio de tratamento com BALs (19,19 meses) não apresentou diferença estatisticamente significativa dos BCs (21,25 meses); os escores CAP do tempo de tratamento e do pré-tratamento foram fortemente correlacionados. Não houve diferença na perda de ancoragem entre os grupos BAL e BC. Houve alterações dentárias e esqueléticas entre pacientes ortodônticos adolescentes, independentemente do aparelho utilizado. A inclinação lingual dos incisivos inferiores no grupo BC foi de 3,62º — maior que no grupo BAL (p < 0,01). Conclusões: o tempo de tratamento e a perda de ancoragem não são influenciados pelo tipo de braquete utilizado. Existem alterações dentárias e esqueléticas significativas entre pacientes ortodônticos adolescentes, independentemente do aparelho utilizado. Há um aumento significativo da inclinação lingual dos incisivos inferiores no grupo BC em relação ao grupo BAL. Padrão de distalização da arcada superior em função do número de mini-implantes ortodônticos Bechtold TE, Kim JW, Choi TH, Park YC, Lee KJ. Distalization pattern of the maxillary arch depending on the number of orthodontic miniscrews. Angle Orthod. 2013 Mar;83(2):266-73. Objetivo: determinar os efeitos dos vetores de força lineares de mini-implantes interradiculares sobre o padrão de distalização da arcada superior em pacientes adultos Classe II. Métodos: foram selecionados 25 pacientes adultos com uma Classe II dentária leve a moderada e apinhamento mínimo. Os mini-implantes foram inseridos na área interradicular posterior de forma individual (grupo A, n = 12) ou dupla (grupo B, n = 13) para fornecer uma força de distalização ao arco principal. Os padrões de deslocamento dos incisivos e molares superiores foram medidos e comparados. Resultados: uma distalização significativa dos molares e incisivos foi verificada em ambos os grupos. Uma distalização significativamente maior e a intrusão do primeiro molar,

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ABSTRACTS

e um deslocamento intrusivo do incisivo associado a uma redução significativa do plano mandibular, foram observados no grupo B, ao contrário da rotação do plano oclusal no grupo A. Conclusões: os mini-implantes interradiculares previsivelmente induziram uma distalização total da arcada, levando à correção da Classe II. Mini-implantes adicionais na área de pré-molares parecem facilitar a intrusão e distalização da arcada inteira de acordo com a posição dos vetores de força. Traduzido por Fernando Kleinübing Rhoden Comparação da largura da arcada, largura alveolar e inclinação vestibulolingual dos dentes entre a má oclusão de Classe II, divisão 1, e a oclusão de Classe I Shu R, Han X, Wang Y, Xu H, Ai D, Wang L, Wu Y, Bai D. Comparison of arch width, alveolar width and buccolingual inclination of teeth between Class II division 1 malocclusion and Class I occlusion. Angle Orthod. 2013 Mar;83(2):246-52. Objetivo: comparar — entre Classe II, divisão 1, e oclusão de Classe I — a largura da arcada, largura alveolar e inclinação vestibulolingual de dentes posterossuperiores e inferiores. Métodos: foram selecionados 45 indivíduos com oclusão de Classe I, e 45 com má oclusão de Classe II, divisão 1, para medir com paquímetro digital a largura da arcada superior e inferior e a largura alveolar de pré-molares e primeiros molares. A inclinação vestibulolingual dos pré-molares e primeiros molares, superiores e inferiores, foi medida com um transferidor de bisel universal modificado. Resultados: todos os dentes posteriores, em ambos os grupos, estavam inclinados para lingual. Os pré-molares e primeiros molares superiores estavam significativamente mais inclinados para lingual (p < 0,05) na má oclusão de Classe II, divisão 1, do que na oclusão de Classe I. Os primeiros pré-molares inferiores estavam significativamente menos inclinados para lingual na má oclusão de Classe II, divisão 1, do que na oclusão de Classe I. Nenhuma diferença significativa de inclinação vestibulolingual foi encontrada nos segundos pré-molares e primeiros molares entre os dois grupos. Nenhuma diferença significativa na largura da arcada superior e inferior e largura alveolar foi encontrada entre os dois grupos. Conclusões: a inclinação vestibulolingual, ao invés da largura da arcada e da largura alveolar, desempenha um papel importante na discrepância transversal da má oclusão de Classe II, divisão 1. Traduzido por Fernando Kleinübing Rhoden Parâmetros das arcadas dentárias nos lados de mAL posicionamento e nos normais em indivíduos com ectopia unilateral de canino por palatina Al-Khateeb S, Abu Alhaija ES, Rwaite A, Burqan BA. Dental arch parameters of the displacement and nondisplacement sides in subjects with unilateral palatal canine ectopia. Angle Orthod. 2013 Mar;83(2):259-65. Objetivo: comparar o perímetro da arcada, tamanho dos dentes, o número e forma entre dois lados da arcada (o lado do canino deslocado [LCD] e o lado normal [LN]) em indivíduos com canino

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deslocado por palatino (CDP). Métodos: radiografias panorâmicas (RP) de 240 indivíduos com CDP unilateral e 240 RP de controles correspondentes foram utilizadas. Além disso, modelos de gesso de 100 indivíduos do estudo e 100 controles foram usados. A idade dos indivíduos variou entre 14 e 25 anos. Os modelos de gesso foram digitalizados e vários parâmetros foram registrados. Resultados: a largura transversal da linha média do palato ao segmento vestibular e a área palatina no LCD foi maior do que no LN (p < 0,05 a 0,001) e, não houve diferença no tamanho dentário entre os dois lados. Segundos pré-molares, caninos e incisivos laterais superiores, no grupo de CDP, eram menores que no grupo controle. Incisivos laterais conoides foram significativamente mais frequentes no grupo de estudo (p < 0,001). Conclusões: a largura transversal do LCD era maior do que a do LN. Ambos os lados eram, geralmente, menores do que os do grupo controle. O tamanho dentário no LCD foi comparável à do LN, porém menor do que o do grupo controle. Um incisivo lateral ausente ou conoide foi a anomalia mais comum relatada. Traduzido por Fernando Kleinübing Rhoden Tratamento de Classe II subdivisão com o aparelho de Herbst Bock NC, Reiser B, Ruf S. Class II subdivision treatment with the Herbst appliance. Angle Orthod. 2013 Mar;83(2):327-33. Objetivo: avaliar a eficácia do tratamento sem extração da Classe II subdivisão com aparelho de Herbst e sua estabilidade em curto prazo de forma retrospectiva. Métodos: vinte e dois pacientes Classe II subdivisão (SUB: diferença de ≥ 0,75 da largura da cúspide molar direito-esquerdo) e 22 pacientes Classe II simétrica (SIM: largura da cúspide bilateral ≥ 0,75) foram comparados de acordo com o sexo e radiografia de mão e punho pré-tratamento. A duração média do tratamento com Herbst e da fase subsequente com braquetes foi de 8 meses e 14 meses, respectivamente. O tempo médio de contenção foi de 36 meses. Modelos de gesso antes do tratamento (T1), após o tratamento com aparelho de Herbst (T2), após o tratamento com braquetes (T3) e após contenção (T4) foram avaliados. Resultados: uma relação molar bilateral de Classe I ou de "super Classe I" foi observada em 72,7% (SUB) e em 77,4% (SIM), em T3. Os valores correspondentes em T4 foram de 63,7% (SUB) e de 72,7% (SIM). Uma relação molar de Classe III unilateral ou bilateral foi mais frequente no grupo SUB (T3: +4,6%; T4: +13,6%). Para a sobressaliência, foram encontrados valores médios similares em ambos os grupos após o tratamento (T3: SUB, 2,7mm; SIM, 2,3mm) e após contenção (T4: SUB, 3,0mm; SIM, 3,4mm). Isso também foi verdade para o desvio de linha média (T3: SUB, 20,4mm; SIM, 0,0mm; T4: SUB, 20,3mm; SIM, 0,0mm). Conclusão: o tratamento da Classe II subdivisão com o aparelho de Herbst foi bem sucedido, de forma semelhante ao tratamento com aparelho de Herbst para Classe II simétrica. No entanto, uma leve sobrecompensação na relação molar (tendência à Classe III) foi mais frequente nos pacientes subdivisão (lado Classe I original). Traduzido por Tatiana Sanches Almeida de Oliveira


instruções aos autores

— A Revista Clínica de Ortodontia Dental Press, dirigida à classe odontológica, destina-se à publicação de relatos de casos clínicos e de técnicas, artigos de interesse aos profissionais da área, comunicações breves e atualidades. — A Revista Clínica de Ortodontia Dental Press utiliza o Sistema de Gestão de Publicação, um sistema on-line de submissão e avaliação de trabalhos. Para submeter novos trabalhos visite o site: www.dentalpressjournals.com.br — Outros tipos de correspondência poderão ser enviados para: Dental Press International Av. Dr. Luiz Teixeira Mendes, 2712 – Zona 5 CEP: 87.015-001, Maringá/PR Tel.: (44) 3031-9818 E-mail: artigos@dentalpress.com.br — As declarações e opiniões expressas pelo(s) autor(es) não necessariamente correspondem às do(s) editor(es) ou publisher, os quais não assumirão qualquer responsabilidade pelas mesmas. Nem o(s) editor(es) nem o publisher garantem ou endossam qualquer produto ou serviço anunciado nesta publicação ou alegação feita por seus respectivos fabricantes. Cada leitor deve determinar se deve agir conforme as informações contidas nesta publicação. A Revista ou as empresas patrocinadoras não serão responsáveis por qualquer dano advindo da publicação de informações errôneas. — Os trabalhos apresentados devem ser inéditos e não publicados ou submetidos para publicação em outra revista. Os manuscritos serão analisados pelo editor e consultores, e estão sujeitos a revisão editorial. ORIENTAÇÕES PARA SUBMISSÃO DE MANUSCRITOS — Submeta os artigos através do site: www.dentalpressjournals.com.br — Organize sua apresentação como descrito a seguir: 1. Página de título — deve conter título em português e inglês, resumo e abstract, palavras-chave e keywords. — não inclua informações relativas aos autores, por exemplo: nomes completos dos autores, títulos acadêmicos, afiliações institucionais e/ou cargos administrativos. Elas deverão ser incluídas apenas nos campos específicos no site de submissão de artigos. Assim, essas informações não estarão disponíveis para os revisores.

2. Resumo/Abstract — os resumos estruturados, em português e inglês, de 250 palavras ou menos são os preferidos. — os resumos estruturados devem conter as seções: INTRODUÇÃO, com a proposição do estudo; MÉTODOS, descrevendo como o mesmo foi realizado; RESULTADOS, descrevendo os resultados primários; e CONCLUSÕES, relatando o que os autores concluíram dos resultados, além das implicações clínicas. — os resumos devem ser acompanhados de 3 a 5 palavraschave, ou descritores, também em português e em inglês, as quais devem ser adequadas conforme o MeSH/DeCS. 3. Texto — o texto deve ser organizado nas seguintes seções: Introdução, Material e Métodos, Resultados, Discussão, Conclusões, Referências, e Legendas das figuras. — os textos devem ter o número máximo de 4.000 palavras, incluindo legendas das figuras, resumo, abstract e referências. — envie as figuras em arquivos separados (ver logo abaixo). — também insira as legendas das figuras no corpo do texto, para orientar a montagem final do artigo. 4. Figuras — as imagens digitais devem ser no formato JPG ou TIF, em CMYK ou tons de cinza, com pelo menos 7 cm de largura e 300 dpis de resolução. — as imagens devem ser enviadas em arquivos independentes. — se uma figura já foi publicada anteriormente, sua legenda deve dar todo o crédito à fonte original. — todas as figuras devem ser citadas no texto. 5. Gráficos e traçados cefalométricos — devem ser enviados os arquivos contendo as versões originais dos gráficos e traçados, nos programas que foram utilizados para sua confecção. — não é recomendado o envio dos mesmos apenas em formato de imagem bitmap (não editável). — os desenhos enviados podem ser melhorados ou redesenhados pela produção da revista, a critério do Corpo Editorial. 6. Tabelas — as tabelas devem ser autoexplicativas e devem complementar, e não duplicar o texto. — devem ser numeradas com algarismos arábicos, na ordem em que são mencionadas no texto. — forneça um breve título para cada uma. — se uma tabela tiver sido publicada anteriormente, inclua uma nota de rodapé dando crédito à fonte original. — apresente as tabelas como arquivo de texto (Word ou Excel, por exemplo), e não como elemento gráfico (imagem não editável).

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Instruções aos autores

7. Comitês de Ética — Os artigos devem, se aplicável, fazer referência a pareceres de Comitês de Ética. 8. Declarações exigidas Todos os manuscritos devem ser acompanhados das seguintes declarações, a serem preenchidas no momento da submissão do artigo: — Cessão de Direitos Autorais Transferindo todos os direitos autorais do manuscrito para a Dental Press International, caso o trabalho seja publicado. — Conflito de Interesse Caso exista qualquer tipo de interesse dos autores para com o objeto de pesquisa do trabalho, esse deve ser explicitado. — Proteção aos Direitos Humanos e de Animais Caso se aplique, informar o cumprimento das recomendações dos organismos internacionais de proteção e da Declaração de Helsinki, acatando os padrões éticos do comitê responsável por experimentação humana/animal. — Consentimento Informado Os pacientes têm direito à privacidade que não deve ser violada sem um consentimento informado. 9. Referências — todos os artigos citados no texto devem constar na lista de referências. — todas as referências listadas devem ser citadas no texto. — com o objetivo de facilitar a leitura do texto, as referências serão citadas no texto apenas indicando a sua numeração. — as referências devem ser identificadas no texto por números arábicos sobrescritos e numeradas na ordem em que são citadas no texto. — as abreviações dos títulos dos periódicos devem ser normalizadas de acordo com as publicações “Index Medicus” e “Index to Dental Literature”. — a exatidão das referências é de responsabilidade dos autores; as mesmas devem conter todos os dados necessários à sua identificação. — as referências devem ser apresentadas no final do texto obedecendo às Normas Vancouver (http://www.nlm.nih. gov/bsd/uniform_requirements.html). — utilize os exemplos ao lado.

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Artigos com até seis autores Sterrett JD, Oliver T, Robinson F, Fortson W, Knaak B, Russell CM. Width/length ratios of normal clinical crowns of the maxillary anterior dentition in man. J Clin Periodontol. 1999 Mar;26(3):153-7. Artigos com mais de seis autores De Munck J, Van Landuyt K, Peumans M, Poitevin A, Lambrechts P, Braem M, et al. A critical review of the durability of adhesion to tooth tissue: methods and results. J Dent Res. 2005 Feb;84(2):118-32. Capítulo de livro Kina S. Preparos dentários com finalidade protética. In: Kina S, Brugnera A. Invisível: restaurações estéticas cerâmicas. Maringá: Dental Press; 2007. cap. 6, p. 223-301. Capítulo de livro com editor Breedlove GK, Schorfheide AM. Adolescent pregnancy. 2nd ed. Wieczorek RR, editor. White Plains (NY): March of Dimes Education Services; 2001. Dissertação, tese e trabalho de conclusão de curso Beltrami LER. Braquetes com sulcos retentivos na base, colados clinicamente e removidos em laboratórios por testes de tração, cisalhamento e torção [dissertação]. Bauru (SP): Universidade de São Paulo; 1990. Formato eletrônico Câmara CALP. Estética em Ortodontia: Diagramas de Referências Estéticas Dentárias (DRED) e Faciais (DREF). Rev Dental Press Ortod Ortop Facial. 2006 nov-dez;11(6):130-56. [Acesso 12 jun 2008]. Disponível em: www.scielo.br/pdf/dpress/v11n6/ a15v11n6.pdf.

* Para submeter novos trabalhos acesse o site:

www.dentalpressjournals.com.br


registro de ensaios clínicos

Os ensaios clínicos se encontram entre as melhores evidências para tomada de decisões clínicas. Considera-se ensaio clínico todo projeto de pesquisa com pacientes que seja prospectivo, nos quais exista intervenção clínica ou medicamentosa com objetivo de comparação de causa/efeito entre os grupos estudados e que, potencialmente, possa ter interferência sobre a saúde dos envolvidos. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), os ensaios clínicos controlados aleatórios e os ensaios clínicos devem ser notificados e registrados antes de serem iniciados. O registro desses ensaios tem sido proposto com o intuito de identificar todos os ensaios clínicos em execução e seus respectivos resultados, uma vez que nem todos são publicados em revistas científicas; preservar a saúde dos indivíduos que aderem ao estudo como pacientes; bem como impulsionar a comunicação e a cooperação de instituições de pesquisa entre si e com as parcelas da sociedade com interesse em um assunto específico. Adicionalmente, o registro permite reconhecer as lacunas no conhecimento existentes em diferentes áreas, observar tendências no campo dos estudos e identificar os especialistas nos assuntos. Reconhecendo a importância dessas iniciativas e para que as revistas da América Latina e Caribe sigam recomendações e padrões internacionais de qualidade, a BIREME recomendou aos editores de revistas científicas da área da Saúde indexadas na Scientific Library Electronic Online (SciELO) e na LILACS (Literatura Latino-americana e do Caribe de Informação em Ciências da Saúde) que tornem públicas estas exigências e seu contexto. Assim como na base MEDLINE, foram incluídos campos específicos na LILACS e SciELO para o número de registro de ensaios clínicos dos artigos publicados nas revistas da área da Saúde. Ao mesmo tempo, o International Committee of Medical Journal Editors (ICMJE) sugeriu aos editores de revistas científicas que exijam dos autores o número de registro no momento da submissão de trabalhos. O registro dos ensaios clínicos pode ser feito em um dos Registros de Ensaios Clínicos validados pela OMS e ICMJE, cujos endereços estão disponíveis no site do ICMJE. Para que sejam validados, os Registros de Ensaios Clínicos devem seguir um conjunto de critérios estabelecidos pela OMS.

Portal para divulgação e registro dos ensaios A OMS, com objetivo de fornecer maior visibilidade aos Registros de Ensaios Clínicos validados, lançou o portal WHO Clinical Trial Search Portal (http://www.who.int/ictrp/network/en/index. html), com interface que permite a busca simultânea em diversas bases. A pesquisa, nesse portal, pode ser feita por palavras, pelo título dos ensaios clínicos ou pelo número de identificação. O resultado mostra todos os ensaios existentes, em diferentes fases de execução, com enlaces para a descrição completa no Registro Primário de Ensaios Clínicos correspondente. A qualidade da informação disponível nesse portal é garantida pelos produtores dos Registros de Ensaios Clínicos que

integram a rede recém-criada pela OMS: WHO Network of Collaborating Clinical Trial Registers. Essa rede permitirá o intercâmbio entre os produtores dos Registros de Ensaios Clínicos para a definição de boas práticas e controles de qualidade. Os sites para que possam ser feitos os registros primários de ensaios clínicos são: www.actr.org.au (Australian Clinical Trials Registry), www.clinicaltrials.gov e http://isrctn.org (International Standard Randomised Controlled Trial Number Register (ISRCTN). Os registros nacionais estão sendo criados e, na medida do possível, os ensaios clínicos registrados nos mesmos serão direcionados para os recomendados pela OMS. A OMS propõe um conjunto mínimo de informações que devem ser registradas sobre cada ensaio, como: número único de identificação, data de registro do ensaio, identidades secundárias, fontes de financiamento e suporte material, principal patrocinador, outros patrocinadores, contato para dúvidas do público, contato para dúvidas científicas, título público do estudo, título científico, países de recrutamento, problemas de saúde estudados, intervenções, critérios de inclusão e exclusão, tipo de estudo, data de recrutamento do primeiro voluntário, tamanho da amostra pretendido, status do recrutamento e medidas de resultados primárias e secundárias. Atualmente, a Rede de Colaboradores está organizada em três categorias: - Registros Primários: cumprem com os requisitos mínimos e contribuem para o Portal; - Registros Parceiros: cumprem com os requisitos mínimos, mas enviam os dados para o Portal, somente através de parceria com um dos Registros Primários; - Registros Potenciais: em processo de validação pela Secretaria do Portal, ainda não contribuem para o Portal.

Posicionamento da Revista Clínica de Ortodontia Dental Press A REVISTA CLÍNICA DE ORTODONTIA DENTAL PRESS apoia as políticas para registro de ensaios clínicos da Organização Mundial da Saúde - OMS (http://www.who.int/ictrp/ en/) e do International Committee of Medical Journal Editors – ICMJE (http://www.wame.org/wamestmt.htm#trialreg e http:// www.icmje.org/clin_trialup.htm), reconhecendo a importância dessas iniciativas para o registro e divulgação internacional de informação sobre estudos clínicos, em acesso aberto. Sendo assim, seguindo as orientações da BIREME/OPAS/OMS para a indexação de periódicos na LILACS e SciELO, somente serão aceitos para publicação os artigos de pesquisas clínicas que tenham recebido um número de identificação em um dos Registros de Ensaios Clínicos, validados pelos critérios estabelecidos pela OMS e ICMJE, cujos endereços estão disponíveis no site do ICMJE: http://www.icmje.org/faq.pdf. O número de identificação deverá ser registrado ao final do resumo. Consequentemente, recomendamos aos autores que procedam o registro dos ensaios clínicos antes do início de sua execução.

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+ Segurança Site certificado com sistema de segurança criptografado antifraude.

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