Dental Press Clínica de Ortodontia v. 12, n. 4 Agosto / Setembro 2013

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revista

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volume 12, nĂşmero 4, agosto / setembro 2013

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volume 12, nĂşmero 4, agosto/setembro 2013

Dental Press

Rev ClĂ­n Ortod Dental Press. 2013 ago-set;12(4):1-128

ISSN 1676-6849


volume 12, número 4, agosto/setembro 2013

Dental Press

seções

5

Editorial

9

Pergunte a um Expert

Aos ombros de gigantes Weber Ursi

Carga imediata em mini-implantes: momento de reflexão

Júlio de Araújo Gurgel, Fabricio Viana Pereira Lima, Rufino José Klug

14 Eventos 16

Marketing Marketing pessoal: como você gostaria de ser visto pelas pessoas? Henrique Nakama

Controvérsias

114 121

Clareação dentária e o tratamento ortodôntico: esclarecimentos e orientações

Dental bleaching and the orthodontic treatment: Explanations and guidances Alberto Consolaro, Renata Bianco Consolaro, Leda Francischone

Abstracts Resumos, em português, de artigos publicados em importantes revistas de Ortodontia de todo o mundo. Informação qualificada e oportuna para a melhoria de sua prática clínica

artigos

18 26 50 57

Ortodontia e Estética: a opção dos alinhadores para a prática clínica cotidiana Orthodontics and Aesthetics: The aligners as an option to the daily clinical practice Carla Maria Melleiro Gimenez, Júlio Brant

Má oclusão de Classe II com deficiência mandibular: protocolo de tratamento na dentição mista com o aparelho Bionator de Balters — considerações clínicas

Class II malocclusion associated to mandibular deficiency: Treatment protocol in the mixed dentition with the Balters’ Bionator appliance — clinical considerations Rodrigo Castellazzi Sella, Wagner José Silva Ursi

A importância do planejamento estético para a correção de deformidades dentofaciais The importance of esthetic planning when correcting dentofacial deformities João Luiz Carlini, Ivan Pedro Taffarel, Orlando Tanaka, Guilherme Strujak

Tratamento de fratura bilateral da cabeça da mandíbula com o uso de aparelho protrator mandibular: relato de caso Treatment of bilateral fracture of the condyle using a mandibular protraction appliance: A case report Mariana Wendler Cleto Travagin, Daniel Gheur Tocolini, Niels Salles Willo Wilhelmsen, Carlos Deantoni


18

26

50 7 3

7 5

67

57

102

76

91

67

Má oclusão de Classe II esquelética: tratamento em duas fases e estabilidade

76

Extração seriada: uma opção para tratamento interceptivo do Padrão Face Longa

91 102

Skeletal Class II malocclusion: A two-phase treatment and stability Danilo Pinelli Valarelli, Karen Cristine Leite Serafim, Mayara Paim Patel, Rodrigo Hermont Cançado, Fabrício Pinelli Valarelli

Serial extraction: An interceptive treatment option for Long Face Pattern Maurício de Almeida Cardoso, Isabella Simões Holz, Fabio Pinto Guedes, An Tien Li, Leopoldino Capelozza Filho

Tratamento ortodôntico da agenesia de incisivo lateral superior com envolvimento de fratura radicular de incisivo central superior

Orthodontic treatment of maxillary lateral incisor agenesis with involvement of central incisor root fracture Rachel Figliolli de Mendonça, Roberto Soares da Silva-Júnior, Lídia Parsekian Martins, Dirceu Barnabé Raveli, Ary dos Santos-Pinto

Protocolo de fotografia digital em Ortodontia

Protocol for digital photography in Orthodontics Rafiza Felix Marão Martins, Luciana Artioli Costa, Ana Caroline Coelho Bringel, Alex Luiz Pozzobon Pereira


EDITOR EMÉRITO Omar Gabriel da Silva Filho EDITORES ASSISTENTES José Valladares Neto Rosely Suguino Danilo Furquim Siqueira

Julio de Araújo Gurgel Julio Pedra e Cal-Neto Jurandir Antonio Barbosa Larry White Leopoldino Capelozza Filho Lorenzo Franchi Luciano da Silva Carvalho Marcelo de Castellucci e Barbosa Marcio Costa Sobral Marcio Rodrigues de Almeida Marden Bastos Matheus Melo Pithon Ravindra Nanda Ricardo Nakama Roberto Hideo Shimizu Roberto Justus Sebastião Interlandi Stenyo Tavares Vincent G. Kokich Wagner José Silva Ursi

FOSJC/UNESP-SP

HRAC-USP

UFG-GO CESUMAR-PR USC-SP

PUBLISHER Laurindo Furquim

UEM-PR

COORDENADOR DOS ABSTRACTS Mauricio de Almeida Cardoso

USC-SP

CONSELHO EDITORIAL CIENTÍFICO Adilson Luiz Ramos Hélio Hissashi Terada

UEM-PR UEM-PR

CONSULTORES CIENTÍFICOS

Ortodontia Ademir Roberto Brunetto Arno Locks Ary dos Santos-Pinto Björn U. Zachrisson Carlo Marassi Célia Regina Maio Pinzan Vercelino Cristiane Canavarro Cristina Feijó Ortolani Daltro Enéas Ritter Daniela Gamba Garib David Normando Eduardo Dainesi Fausto Silva Bramante Francisco Ajalmar Maia Gilberto Vilanova Queiroz Guilherme de Araújo Almeida Henrique Mascarenhas Villela Jeffrey P. Okeson Jesús Fernández Sánchez José Fernando C. Henriques José Nelson Mucha José Rino Neto Júlia Harfin

UFPR-PR UFSC-SC UNESP-SP Universidade de Oslo / Noruega CPO SLMANDIC-SP Uniceuma-MA UERJ-RJ UNIP-SP UFSC-SC HRAC-USP-SP UFPA/ABO-PA USC-SP Uniceuma-MA UFRN-RN ABENO-SP UFU-MG ABO-BA Universidade de Kentucky / EUA Universidade de Madrid / Espanha FOB-USP-SP UFF-RJ FOUSP-SP Universidade de Maimonides / Argentina

DIRETORA: Teresa Rodrigues D'Aurea Furquim - DIRETORES EDITORIAIS: Bruno D’Aurea Furquim - Rachel Furquim Marson - DIRETOR DE MARKETING: Fernando Marson - PRODUTOR EDITORIAL: Júnior Bianco - PRODUÇÃO GRÁFICA E ELETRÔNICA: Diego Ricardo Pinaffo Bruno Boeing de Souza - Gildásio Oliveira Reis Júnior - Renata Sguissardi - TRATAMENTO DE IMAGENS: Ivo Azevedo - SUBMISSÃO DE ARTIGOS: Simone Lima Lopes Rafael - Márcia Ferreira Dias - REVISÃO/COPYDESK: Adna Miranda - Ronis Furquim Siqueira - Wesley Nazeazeno BANCO DE DADOS: Cléber Augusto Rafael - INTERNET: Fernando Truculo Evangelista - Poliana Rocha dos Santos - CURSOS E EVENTOS: Ana Claudia da Silva - COMERCIAL: Roseneide Martins Garcia - BIBLIOTECA/NORMALIZAÇÃO: Simone Lima Lopes Rafael - EXPEDIÇÃO: José Luiz Rosa de Lima - FINANCEIRO: Cléber Augusto Rafael - Lucyane Plonkóski Nogueira - Roseli Martins - SECRETARIA: Rosane Albino

FOB-USP-SP UFF-RJ ACDC-SP AAO Dallas / EUA USC-SP Universidade de Florença / Itália APCD-SP UFBA-BA UFBA-BA UNOPAR-PR EAP-ABO-MG UESB-BA Universidade de Connecticut / EUA Clínica particular-PR UTP-PR Univ. Tecnológica do México / México USP-SP Unicamp Universidade de Washington / EUA UEL-PR

Cirurgia Ortognática Eduardo Sant’Ana

FOB-USP-SP

Oclusão Paulo Cesar Rodrigues Conti

FOB-USP-SP

Patologia Alberto Consolaro

FOB-USP-SP

Dentística Renata Pascotto

UEM-PR

Portrait of the beautiful girl Shutterstock, Inc. (ID da imagem: 53899807) Copyright: Nady

EDITOR Weber José da Silva Ursi

A Revista Clínica de Ortodontia Dental Press (ISSN 1676-6849) é uma publicação bimestral (seis edições por ano), da Dental Press Ensino e Pesquisa Ltda. — Av. Dr. Luiz Teixeira Mendes, 2.712 - Zona 5 - CEP 87.015-001 - Maringá / Paraná - Brasil. Todas as matérias publicadas são de exclusiva responsabilidade de seus autores. As opiniões nelas manifestadas não correspondem, necessariamente, às opiniões da Revista. Os serviços de propaganda são de responsabilidade dos anunciantes. Assinaturas: revclinica@dentalpress.com.br ou pelo fone/fax: (44) 3031-9818.

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) Revista Clínica de Ortodontia Dental Press. – v. 1, n. 1 (fev./mar. 2002). – Maringá : Dental Press International, 2002-.

Indexada nas bases de dados: desde 2008

Bimestral. ISSN 1676-6849. 1. Ortodontia – Periódicos. I. Dental Press International. CDD 21.ed.

617.643005

desde 2003

desde 2009

desde 2003

desde 2013


editorial

Aos ombros de gigantes Weber Ursi Editor

Atribui-se a Isaac Newton a expressão “Se consegui ver mais longe é porque estava aos ombros de gigantes”. Newton usou essa figura de linguagem para contextualizar a importância de sua obra e o impacto que outros pesquisadores — de uma geração anterior, como Galileu e Kepler — tiveram sobre ela. O conhecimento humano, de qualquer área, evolui dessa maneira, com uma geração contribuindo com seu esforço para permitir uma avanço ainda maior de seus sucessores. Para que algo de novo seja produzido, nosso pensamento parte de um pool de conhecimentos previamente adquiridos e os reordena, transforma e chega a algo até então desconhecido, com um novo olhar, uma nova perspectiva... mas sempre originária de conceitos primários e básicos. É necessário, portanto, que qualquer “inventor” ou “criador”, por mais revolucionário que seja seu pensamento, tenha um repertório extenso de referências. Esses conteúdos, quando vistos de uma perspectiva diferente e elaborados de maneira particular e inusitada, parecem algo que surgiu “do nada”. Na verdade, esses conhecimentos prévios, adquiridos durante os anos de estudo e dedicação a um assunto, se tornam tão arraigados e profundos que, muitas vezes, não podem mais ser identificados. Somos assaltados pelo assombro da descoberta de algo novo, uma vereda não explorada, uma nova maneira de fazer. Mas não é necessário que seja algo revolucionário para nos provocar essa sensação de assombro, ela pode nos atingir quando vemos, lemos ou ouvimos alguns mestres, da nossa especialidade, a discorrer sobre um assunto ou técnica. Esse deslumbramento quase infantil faz que nos deleitemos com um raciocínio diferente do nosso, uma visão mais abrangente do que a nossa. E nos perguntamos, como é que não pensei nisso antes? Esses mestres são dotados de predicados únicos, na medida em que se dedicam a compartilhar seus conhecimentos, e devem receber os louros e ser recompensados pelo seu esforço e tempo despendido. A escolha de um mestre ou mentor, sem confundi-los com gurus, nos ajuda a ter alguém como espelho, uma referência na nossa vida profissional. Todos nós, ortodontistas, dos mais afamados aos mais simples e acanhados, temos algo em comum: tivemos um ou mais mestres, ou mentores, que influenciaram decisivamente nossa vida profissional e, de certa maneira, a pessoal. Alguns de nós tiveram a oportunidade de conviver com pessoas incomuns, que se destacam na multidão, seja por seus predicados científicos, didáticos ou até mesmo por como interagem

com seus alunos e colegas. A figura de um mestre, há muitos anos atrás, remetia a alguém por quem se tinha respeito, algo misturado com medo, dentro de uma relação de poder desigual. Mesmo em uma situação como essa, muitos de nós viram que, atrás dessa distância e abrasividade, havia alguém que se comprazia com nosso sucesso, que vibrava com nossas conquistas e que esperava que déssemos 100% de nossa capacidade. E somos gratos a eles. Uma geração de ortodontistas foi contemporânea de grandes nomes da nossa especialidade, os quais, nos congressos atuais de Ortodontia, são difíceis de ser substituídos. Quer por idade avançada, aposentadoria, enfermidades ou acidentes, não vemos mais seus nomes na programação de congressos. Os futuros ortodontistas somente os conhecerão por seus escritos e relatos de ex-alunos, na memória de quem os viu e se inspirou. Com receio de omissão ou preferências pessoais, não vou nominar esses mestres, uma vez que cada um de nós elege seus favoritos, tanto em nível nacional quanto internacional. Nesses quase 30 anos de Ortodontia, aprendi que alguns mestres são para serem vistos e ouvidos, e outros para serem lidos. O que é que todos esses mestres que nos influenciaram e nos inspiram têm em comum? Certamente não somente um profundo conhecimento sobre o assunto que ministraram, mas, além disso e talvez até mais importante do que isso, eles amavam o que faziam, eles tinham um grande entusiasmo em ensinar. Mas somente o entusiasmo não basta para ser um mestre, existem, ainda, outras qualidades necessárias nessa receita, deve-se ser justo sem ser cruel, ter padrões altos de excelência, ser compreensivo com situações inesperadas, ter senso de humor, ser criativo, estar preparado adequadamente para uma aula e motivado. E, por fim, mas não por último, deve-se ser um bom contador de estórias. Uma audiência pode se desconectar facilmente se um ministrador simplesmente discorrer sobre um assunto, de maneira impessoal. Mas se, de alguma maneira, o conteúdo é apresentado no contexto de uma estória, a audiência sempre estará atenta. Faça uma reflexão dos contatos que se mantêm gravados em sua mente, de encontros memoráveis com seus mestres, e você verá que em todos eles existe uma estória a ser contada.

PS: esse editorial é dedicado a todos os mestres entusiasmados e motivados que ajudaram e ajudam a manter nossa especialidade, no Brasil e no mundo, como uma das mais apaixonantes da atividade humana.

Rev Clín Ortod Dental Press. 2013 ago-set;12(4):5

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24/07/2013 17:12:46


Pergunte a um eXPert

Carga imediata em mini-implantes: momento de reflexão

Júlio de Araújo GUrGel* Fabricio Viana Pereira lima** Rufino José klUG***

INtRODUÇÃO Para melhor entendimento do uso de carga imediata em mini-implantes ortodônticos, consideramos de importância analisar, inicialmente, os fatores relacionados à estabilidade do mini-implante (MI). O sucesso na sua instalação encontra-se em torno de 85%, pois depende de fatores distintos e relacionados ao MI, ao profissional e ao paciente1,2 (Fig. 1). As melhorias nas características relacionadas às suas dimensões e desenhos têm contribuído para facilitar a seleção dos MIs mais apropriados ao uso na Ortodontia3. Ao longo do tempo, a aquisição de maior habilidade quanto à técnica de inserção torna o profissional mais apto, aumentando a porcentagem de sucesso na sua instalação4,5,6. Porém, os fatores da estabilidade relacionados com o paciente não sofrem influência do processo evolutivo em habilidade técnica ou do dispositivo. Consideram-se como

como citar este artigo: Gurgel JA, Lima FVP, Klug RJ. Carga imediata em mini-implantes: momento de reflexão. Rev Clín Ortod Dental Press. 2013 ago-set;12(4):9-13.

» Os autores declaram não ter interesses associativos, comerciais, de propriedade ou financeiros, que representem conflito de interesse, nos produtos e companhias descritos nesse artigo.

Qualidade óssea

Técnica de instalação

Evento mecânico

Quantidade óssea

Geometria do mini-implante

Figura 1 Estabilidade primária do mini-implante.

* Professor da Universidade Ceuma (São Luis/MA). Professor Assistente Doutor da FFC (Marília/UNESP). Coordenador do Curso de Especialização em Ortodontia da UNIMAR, Marília. ** Mestrando em Ortodontia, Universidade Ceuma (São Luis/MA). *** Professor da Especialização em CTBMF e Ortodontia da FACIT (Araguaína/TO). Mestrando em Ortodontia, Universidade Ceuma (São Luis/MA).

Rev Clín Ortod Dental Press. 2013 ago-set;12(4):9-13

9


Gurgel JA, Lima FVP, Klug RJ

Referências

1. Cho S, Kim SK, Chang Y, Baek S. In vitro and in vivo mechanical stability of orthodontic mini-implants: Effect of sandblasted, large-grit, and anodic-oxidation vs sandblasted, large-grit, and acid-etching. Angle Orthod. 2012;82(4):611-7. 2. Park HS, Jeong SH, Kwon OW. Factors affecting the clinical success of screw implants used as orthodontic anchorage. Am J Orthod Dentofacial Orthop. 2006;130(1):18-25. 3. Araújo TM, Nascimento MHA, Bezerra F, Sobral MC. Ancoragem esquelética em ortodontia com miniimplantes. Rev Dental Press Ortod Ortop Facial. 2006;11(4):126-56. 4. Wu TY, Kuang SH, Wu CH. Factors associated with the stability of mini-implants for orthodontic anchorage: a study of 414 samples in Taiwan. J Oral Maxillofac Surg. 2009;67(8):1595-9. 5. Dias LCS, Tavares RRJ, Gurgel JA. A estabilidade dos mini-implamtes ortodônticos. Ortodontia. 2010:42 (5):81-7. 6. Pan CY, Chou ST, Tseng YC, Yang YH, Wu CY, Lan TH, et al. Influence of different implant materials on primary stability of orthodontic mini-implants. Kaohsiung J Med Sci. 2012;28(12):673-8. 7. Motoyoshi M, Yoshida T, Ono A, Shimizu N. Effect of cortical bone thickness and implant placement torque on stability of orthodontic mini-implants. Int J Oral Maxillofac Implants. 2007;22(5):779-84. 8. Pithon MM, Nojima MG, Nojima LI. In vitro evaluation of insertion and removal torques of orthodontic mini-implants. Int J Oral Maxillofac Surg. 2011 Jan;40(1):80-5. 9. Deguchi T, Nasu M, Murakami K, Yabuuchi T, Kamioka H, Takano-Yamamoto T. Quantitative evaluation of cortical bone thickness with computed tomographic scanning for orthodontic implants. Am J Orthod Dentofacial Orthop. 2006;129(6):721.e7-12. 10. AlSamak S, Gkantidis N, Bitsanis E, Christou P. Assessment of potential orthodontic mini-implant insertion sites based on anatomical hard tissue parameters: a systematic review. Int J Oral Maxillofac Implants. 2012;27(4):875-87. 11. Ono A, Motoyoshi M, Shimizu N. Cortical bone thickness in the buccal posterior region for orthodontic mini-implants. Int J Oral Maxillofac Surg. 2008;37(4):334-40. 12. Motoyoshi M, Inaba M, Ono A, Ueno S, Shimizu N. The effect of cortical bone thickness on the stability of orthodontic mini-implants and on the stress distribution in surrounding bone. Int J Oral Maxillofac Surg. 2009;38(1):13-8. 13. Lee SJ, Ahn SJ, Lee JW, Kim SH, Kim TW. Survival analysis of orthodontic miniimplants. Am J Orthod Dentofacial Orthop. 2010;137(2):194-9. 14. Wilmes B, Drescher D. Impact of bone quality, implant type, and implantation site preparation on insertion torques of mini-implants used for orthodontic anchorage. Int J Oral Maxillofac Surg. 2011;40(7):697-703. 15. Uribe R, Peñarrocha M, Balaguer J, Fulgueiras N. Immediate loading in oral implants. Present situation. Med Oral Patol Oral Cir Bucal. 2005 Jul 1;10 Suppl 2:E143-53. 16. Massey CC, Kontogiorgos E, Taylor R, Opperman L, Dechow P, Buschang P. Effect of force on alveolar bone surrounding miniscrew implants: A 3-dimensional microcomputed tomography study. Am J Orthod Dentofacial Orthop. 2012;142(1):32-44. 17. Park J, Cho HJ. Three-dimensional evaluation of interradicular spaces and cortical bone thickness for the placement and initial stability of microimplants in adults. Am J Orthod Dentofacial Orthop. 2009;136(3):314.e1-12. 18. Baumgaertel S, Hans MG. Buccal cortical bone thickness for miniimplant placement. Am J Orthod Dentofacial Orthop. 2009;136(2):230-5. 19. Kuroda S, Yamada K, Deguchi T, Hashimoto T, Kyung HM, Takano-Yamamoto T. Root proximity is a major factor for screw failure in orthodontic anchorage. Am J Orthod Dentofacial Orthop. 2007;131(4 Suppl):S68-73. 20. Kim SH, Kang SM, Choi YS, Kook YA, Chung KR, Huang JC. Cone beam computed tomography evaluation of mini-implants after placement: is root proximity a major risk factor for failure? Am J Orthod Dentofacial Orthop. 2010;138(3):264-76. 21. Casaccia GR. Estabilidade de mini-implantes submetidos à carga imediata [tese]. Rio de Janeiro (RJ): Universidade Federal do Rio de Janeiro; 2009. 22. Al Maaitah EF, Safi AA, Abdelhafez RS. Alveolar bone density changes around miniscrews: a prospective clinical study. Am J Orthod Dentofacial Orthop. 2012;142(6):758-67.

23. El-Beialy AR, Abou-El-Ezz AM, Attia KH, El-Bialy AM, Mostafa YA. Loss of anchorage of miniscrews: a 3-dimensional assessment. Am J Orthod Dentofacial Orthop. 2009;136(5):700-7. 24. Morarend C, Qian F, Marshall SD, Southard KA, Grosland NM, Morgan TA, et al. Effect of screw diameter on orthodontic skeletal anchorage. Am J Orthod Dentofacial Orthop. 2009;136(2):224-9. 25. Motoyoshi M, Hirabayashi M, Uemura M, Shimizu N. Recommended placement torque when tightening an orthodontic miniimplant. Clin Oral Implants Res. 2006;17(1):109-14. 26. Meursinge Reynders RA, Ronchi L, Ladu L, van Etten-Jamaludin F, Bipat S. Insertion torque and success of orthodontic mini-implants: a systematic review. Am J Orthod Dentofacial Orthop. 2012;142(5):596-614.e5. 27. Poggio PM, Incorvati C, Velo S, Carano A. ‘‘Safe zones’’: a guide for miniscrew positioning in the maxillary and mandibular arch. Angle Orthod. 2006;76(2):191-7. 28. Wilmes B, Rademacher C, Olthoff G, Drescher D. Parameters affecting primary stability of orthodontic miniimplants. J Orofac Orthop. 2006;67(3):162-74. 29. Wilmes B, Su YY, Drescher D. Insertion angle impact on primary stability of orthodontic mini-implants. Angle Orthod. 2008;78(6):1065-70. 30. Zhao L, Xu Z, Wei X, Zhao Z, Yang Z, Zhang L, Li J, Tang T. Effect of placement angle on the stability of loaded titanium microscrews: a microcomputed tomographic and biomechanical analysis. Am J Orthod Dentofacial Orthop. 2011;139(5):628-35. 31. Petrey JS, Saunders MM, Kluemper GT, Cunningham LL, Beeman CS. Temporary anchorage device placement variables: effects on retention. Angle Orthod. 2010;80(4):446-53. 32. Maya RR. Avaliação da estabilidade primária de mini-implantes por meio do torque de inserção com e sem inclinação axial [dissertação]. São Luís (MA). UNICEUMA; 2012. 33. Lee NK, Baek SH. Effects of the diameter and shape of orthodontic miniimplants on microdamage to the cortical bone. Am J Orthod Dentofacial Orthop. 2010;138(1):8.e1-8. 34. Woodall N, Tadepalli SC, Qian F, Grosland NM, Marshall SD, Southard TE. Effect of miniscrew angulation on anchorage resistance. Am J Orthod Dentofacial Orthop. 2011;139(2):e147-52. 35. Wawrzinek C, Sommer T, Fischer-Brandies H. Microdamage in cortical bone due to the overtightening of orthodontic microscrews. J Orofac Orthop. 2008;69(2):121-34. 36. Zhang Q, Zhao L, Wu Y, Wang H, Zhao Z, Xu Z, et al. The effect of varying healing times on orthodontic mini-implant stability: a microscopic computerized tomographic and biomechanical analysis. Oral Surg Oral Med Oral Pathol Oral Radiol Endod. 2011;112(4):423-9. 37. Park HS, Kwon TG. Sliding mechanics with microscrew implant anchorage. Angle Orthod. 2004;74(5):703-10. 38. Freire JN, Silva NR, Gil JN, Magini RS, Coelho PG. Histomorphologic and histomophometric of immediately and early loaded mini-implants for orthodontic Anchorage. Am J Orthod Dentofacial Orthop. 2007;131(6):704.e1-9. 39. Serra G, Morais LS, Elias CN, Meyers MA, Andrade L, Muller CA, et al. Sequential bone healing of immediately loaded mini-implants: histomorphometric and fluorescence analysis. Am J Orthod Dentofacial Orthop. 2010;137(1):80-90. 40. Oltramari-Navarro PV, Navarro RL, Henriques JF, Cestari TM, Francischone CE, Taga R, et al. The impact of healing time before loading on orthodontic mini-implant stability: A histomorphometric study in minipigs. Arch Oral Biol. 2013;58(7):806-12. 41. Romanos G, Froum S, Hery C, Cho SC, Tarnow D. Survival rate of immediately vs delayed loaded implants: analysis of the current literature. J Oral Implantol. 2010;36(4):315-24. 42. Donati M, Botticelli D, La Scala V, Tomasi C, Berglundh T. Effect of immediate functional loading on osseointegration of implants used for single tooth replacement. A human histological study. Clin Oral Implants Res. 2013;24(7):738-45.

Endereço para correspondência Julio de Araujo Gurgel Rua Coronel José Brás, 480 – Boa Vista – Marília/SP – CEP: 17.501-570 E-mail: jagurgel@marilia.unesp.br

Rev Clín Ortod Dental Press. 2013 ago-set;12(4):9-13

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EVENTOS

ENCONTRO NACIONAL GRUPO STRAIGHT WIRE DATA: 18 e 19 de outubro de 2013 LOCAL: Anfiteatro da ACDC - Campinas/SP INFORMAÇÕES: www.orthocamp.com.br 0800 771-7705 (Matão) 0800 770-1507 (Campinas)

V ENCONTRO INTERNACIONAL DA TERAPIA BIOPROGRESSIVA DATA: 31 de outubro a 02 de novembro de 2013 LOCAL: Hotel Quality Resort e Convention Center - ITUPEVA/SP INFORMAÇÕES: 0800 7030-766

AUTO-LIGADOS COM O PROFESSOR WEBER URSI DATA: 07 e 08 de novembro de 2013 LOCAL: Barra Prime Offices - Barra da Tijuca - Rio de Janeiro/RJ INFORMAÇÕES: (24) 2244-9192 - (24) 9901-9192

ERTTY IN VITÓRIA - TRATAMENTO REABILITADOR ORAL DE CASOS COMPLEXOS DATA: 09 e 10 de novembro de 2013 LOCAL: Hotel Golden Tulip Porto Vitória - Vitória/ES INFORMAÇÕES: (27) 3325-0057 - 9826-0234 erttyinvitoria@gmail.com

MASTER EM PLANEJAMENTO ORTODÔNTICO

PROGRAMA

2º Grupo de Estudos de Ortodontia Avançada em Adultos com o Dr. Marcos Janson em BH

Dr. Marcos Janson é especialista e mestre em Ortodontia pela USP-Bauru e autor dos livros Ortodontia em Adultos – Tratamento Interdisciplinar e Ortodontia Objetiva.

20~22 > NOV | 2013

MÓDULO 1

Tratamento Ortodôntico em Adultos com Dentadura Hígida

29~31 > JAN | 2014

MÓDULO 2

Tratamento Interdisciplinar > Orto-perio-prótese-implantes

26~28 > MAR | 2014

MÓDULO 3

Tratamento OrtodônticoCirúrgico e Compensatório

23~25 > JUL | 2014

MÓDULO 4

Mecânica Ortodôntica

20~22 > OUT | 2014

MÓDULO 5

INFORMAÇÕES

Dra. Ariane Tzelikis arianeemail@yahoo.com.br 61 8128-2071 e 3327-2711

brAsíliA | 2013

DR. MARCOS JANSON - 2° GRUPO DE ESTUDOS DE ORTODONTIA EM ADULTO * As aulas teóricas são ministradas, exclusivamente, pelo Dr. Marcos Janson e interagidas com planejamento de casos clínicos dos alunos.

5º Grupo de Estudos de Ortodontia Avançada em Adultos com o Dr. Marcos Janson

DATA: 22 e 23 de novembro de 2013 LOCAL: Barra da Tijuca - Rio de Janeiro INFORMAÇÕES: www.marassitreinamentos.com.br

Quality Hotel Afonso Pena Av. Afonso Pena, 3.761 Bairro Serra, Belo Horizonte, MG

DR. MARCOS JANSON - 5º GRUPO DE ESTUDOS DE ORTODONTIA AVANÇADA EM ADULTOS * As aulas teóricas são ministradas, exclusivamente, pelo Dr. Marcos Janson e interagidas com planejamento de casos clínicos dos alunos.

ProgrAmA

27~29 > Nov | 2013

móDulo 1

Tratamento Ortodôntico em Adultos com Dentadura Hígida

12~14 > fEv | 2014

móDulo 2

Tratamento Interdisciplinar > Orto-perio-prótese-implantes

14~16 > mAi | 2014

móDulo 3

Tratamento Ortodôntico-Cirúrgico

14~16 > jul | 2014

móDulo 4

Mecânica Ortodôntica

03~05 > sEt | 2014

móDulo 5

Tratamento de Casos Atípicos e Finalização em Ortodontia

19~21 > Nov | 2014

móDulo 6

Elásticos, torque e ortodontia interceptiva.

6 móDulos > 3 DiAs CADA > 24h > Em iNtErvAlos bimEstrAis > vAgAs > 30

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DATA: 20 a 22 de novembro de 2013 (1° Módulo) LOCAL: Quality Hotel Afonso Pena, Belo Horizonte/MG INFORMAÇÕES: (61) 3327-2711 / (61) 8128-2071 arianeemail@yahoo.com.br

CURSO TEÓRICO-PRÁTICO DE MINI-IMPLANTES ORTODÔNTICOS

Tratamento de Casos Atípicos e Finalização em Ortodontia

LOCA L

Dr. Marcos Janson é especialista e mestre em Ortodontia pela USP-Bauru e autor dos livros Ortodontia em Adultos – Tratamento Interdisciplinar e Ortodontia Objetiva.

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5 MÓDULOS > 3 DIAS CADA > 24h > EM INTERVALOS BIMESTRAIS > VAGAS > 30

BELO HORIZONTE | 2013

DATA: 12 a 16 de novembro de 2013 LOCAL: Hotel Blue Tree Premium Paulista – São Paulo/SP INFORMAÇÕES: www.mjanson.com.br planejamentomjanson.blogspot.com.br (14) 9751-8324 / (14) 3011-2850

DATA: 27, 28 e 29 de novembro de 2013 LOCAL: Hotel Naoum Express, Brasília/DF INFORMAÇÕES: (61) 8182-6666 - Cibele Albergaria cibele@csodonto.com.br

r e A l I z A ç ã O

I nfO rM Aç õ e S

Dra. Cibele Albergaria cibele@csodonto.com.br 61 3328-0845

lO cA l

Hotel Naoum Express Setor Hoteleiro Sul Quadra 03, Bloco J, s/nº

Rev Clín Ortod Dental Press. 2013 ago-set;12(4):14



marketing

Marketing pessoal: como você gostaria de ser visto pelas pessoas? Henrique nakama*

Como vimos no artigo anterior, o relacionamento na percepção de valor do cliente é o item mais importante. Portanto, preciso dar continuidade falando sobre o Marketing Pessoal, o qual muitos colegas pensam ser apenas se vestir bem e ser apresentável. Mas ele é muito mais do que disso: o verdadeiro Marketing Pessoal é a arte de vender a si próprio.

Se vestir bem e ser apresentável faz parte do Marketing Pessoal, é muito importante e é o mais fácil de se fazer, mas não é o mais importante.

3. Faça a diferença – as pessoas se preocupam muito com os problemas; então, faça a diferença, sendo uma pessoa que se preocupa em resolver os problemas, isso é um diferencial que vale ouro. Outro grande diferencial é saber a arte de se relacionar com as pessoas.

Volto a dizer que as técnicas de Marketing Pessoal são tão sérias e estudadas quanto as especialidades Ortodontia, Endodontia, Implantodontia, etc.; pois também é uma especialidade da Administração de Empresas. Quando o dentista tenta aplicar o marketing sem nenhum conhecimento prévio, é o mesmo que um colega tentar fazer Ortodontia sem nenhum estudo, acreditando que é só colar os braquetes e tudo se resolve como passe de mágica. Qual é o resultado disso? No mínimo desastroso! Então, vamos aos cinco passos para se fazer um bom Marketing Pessoal: 1. Logomarca – desenvolva sua logomarca com designer profissional, pois é ele que estuda e sabe como fazer uma marca que se fixe na memória das pessoas. » Você pode fazê-la com foco no seu nome ou no nome da sua empresa, cada qual com suas com vantagens e desvantagens: • Foco no nome: fortalece VOCÊ, individualmente (mais individual, mais intangível, mais valor agregado, mais clínica particular e mais dependente). • Foco no nome da empresa: fortalece a empresa (menos individual, menos intangível, menos valor agregado, mais plano ou convênio e menos dependente). 2. Entusiasmo e automotivação – entusiasmo vem do grego “IN” (dentro) e “THEOS” (Deus). Então, o entusiasta é todo aquele que tem Deus dentro dele, pessoa que acredita em alguma coisa, que acredita nele mesmo. Lembre-se: o dinheiro é que compra, mas o entusiasmo é o que vende.

* Especialista em Radiologia, FOB/USP. Especialista em Gestão, Estratégia Empresarial e Marketing, UNIFIL. Professor e palestrante de marketing e vendas em Odontologia.

Como citar essa seção: Nakama H. Marketing pessoal: como você gostaria de ser visto pelas pessoas? Rev Clín Ortod Dental Press. 2013 ago-set;12(4):16.

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Rev Clín Ortod Dental Press. 2013 ago-set;12(4):16

Motivação – aquilo que faz a pessoa agir: você precisa achar a sua “cenourinha” (Sabe a história da “cenourinha” à frente do cavalo, para mantê-lo sempre andando para a frente?). Pense em qual é a sua “cenourinha”: pode ser um carro novo, uma casa na praia, ser a referência em sua área, etc. Tenha paixão pelo que faz!

4. O sucesso profissional é advindo de apenas 15% pela capacidade técnica e 85% pela habilidade de se relacionar com as pessoas. Pense comigo: quantos funcionários você demitiu por falta de técnica? E quantos funcionários você demitiu por problemas de conduta? Portanto, desenvolva a arte do relacionamento: seja ético, faça cursos para o autoconhecimento, desenvolva técnicas de Programação Neurolinguística, aprenda etiqueta corporativa, aprenda a servir as pessoas. 5. Estamos vendendo o nosso conteúdo ou nossa embalagem? É claro que o conteúdo é o mais importante, mas, para você criar interesse nas pessoas de conhecerem o seu conteúdo, primeiro você precisa de uma boa embalagem. Pense em um dentista para atender sua mãe ou seu filho... Pensou? Ele seria um homem com barba por fazer, descabelado, de bermuda, chinelo e camiseta, acertei? É claro que não. Aposto que você pensou em um homem vestindo roupa esporte-fino ou social, com um jaleco limpo, cabelo bem cortado, etc. Primeiro avaliamos a embalagem e temos uma primeira percepção de valor, para depois darmos a chance de mostrar o seu conteúdo, se você não gostar da embalagem, não dará chance para aquela pessoa mostrar o conteúdo.

Se conseguir desenvolver um pouco de cada um desses 5 passos, tenho certeza de que terá um resultado melhor nos negócios, na vida social e familiar também.

Endereço para correspondência Henrique Nakama E-mail: hhnakama@hotmail.com


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dica Clínica

Ortodontia e Estética: a opção dos alinhadores para a prática clínica cotidiana Orthodontics and Aesthetics: The aligners as an option to the daily clinical practice

Carla Maria Melleiro Gimenez* Júlio Brant**

Abstract

Resumo O presente artigo tem a proposição de descrever o sistema Essix Clear Aligner, que representa uma opção para o tratamento ortodôntico das más oclusões leves a moderadas, com a utilização de placas termoplásticas removíveis ativadas por termoalicates aquecidos, para a indução da movimentação dentária. A principal vantagem em relação aos demais sistemas de alinhadores refere-se à praticidade e diminuição de custos, além da

redução do tempo de cadeira e do período de tratamento ativo. É uma excelente alternativa estética, assegurando eficiência para casos bem indicados e que possam contar com empenho e colaboração por parte do paciente. Existem limitações que impossibilitam a indicação para todos os tipos de más oclusões, muito embora represente uma opção que, pela discrição, pode ser um diferencial decisivo na aceitação da terapia ortodôntica.

This paper has the proposition to describe the Essix Clear Aligner system, which is an orthodontic treatment option for mild to moderated malocclusions, by means of removable thermoplastics aligners activated by warmed Thermo-pliers to promote dental induced movement. The main advantage in relation to the others aligner systems is related to the practicability and cost reduction, overall chair time and active treatment time abbreviation. It is an excellent esthetical

Palavras-chave: Ortodontia. Movimentação dentária. Estética.

Keywords: Orthodontics. Tooth movement. Esthetics.

Como citar este artigo: Gimenez CMM, Brant J. Ortodontia e Estética: a opção dos alinhadores para a prática clínica cotidiana. Rev Clín Ortod Dental Press. 2013 ago-set;12(4):18-23.

» Os autores declaram não ter interesses associativos, comerciais, de propriedade ou financeiros que representem conflito de interesse nos produtos e companhias descritos nesse artigo.

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alternative, efficient for selected cases and when is possible to count on patients’ compliance. There are limitations which do not permit its use for all malocclusion types, although represent an option that — by its description — can be an important differential in orthodontic therapy acceptance.

Rev Clín Ortod Dental Press. 2013 ago-set;12(4):18-23

* Mestre e Doutora em Ortodontia pela FOA-UNESP. Professora convidada nos cursos de especialização em Ortodontia da UNIARARAS e UNIVILLE. ** Especialista e Mestre em Ortodontia, Especialista em Radiologia Oral pela PUC-Minas. Professor do Curso de Mestrado em Ortodontia da PUC-Minas.


Gimenez CMM, Brant J

A

B

Figura 16 Vista oclusal do modelo (A), evidenciando características clínicas de necessidade de alinhamento. Vista oclusal intrabucal, evidenciando resultado clínico satisfatório (B).

Referências 1. Armbruster P, Sheridan JJ, Nguyen P. An Essix intrusion appliance. J Clin Orthod. 2003;37(8):412-6. 2. Becker G, Becker A. Incisor position control in lingual orthodontics. Int Orthod. 2009;7(1):71-95. 3. Birdsall J, Robinson S. A case of severe caries and demineralization in a patient wearing an Essix-type retainer. Prim Dent Care. 2008;15(2):59-61. 4. Boyd RL, Oh H, Fallah M, Vlaskalic V. An update on present and future considerations of aligners. J Calif Dent Assoc. 2006;34(10):793-805. 5. Boyd RTJ, Miller RJ, Vlaskalic V. The Invisalign System in adult orthodontics: mild crowding and space closure cases. J Clin Orthod. 2000;34(4):203-12. 6. Brooks SA, Polk M. Esthetics orthodontic considerations for adult patients: a general dentist perspective. J Esthet Dent. 1998;10(6):305-8. 7. Giancotti A, Mozzicato P, Mampieri G. An alternative technique in the treatment of anterior cross bite in a case of nickel allergy: a case report. Eur J Paediatr Dent. 2011;12(1):60-2. 8. Hiliard K. The Hiliard smile aligner manual. Metairie, LA: Raintree Essix; 2004. 9. Kesling HD. The philosophy of the tooth positioning appliance. Am J Orthod. 1945;31(6):297-304. 10. Kumar AG, Bansal A. Effectiveness and acceptability of Essix and Begg retainers: a prospective study. Aust Orthod J. 2011;27(1):52-6. 11. Margolis MJ. Esthetic considerations in orthodontic treatment of adults. Dent Clin North Am. 1997;41(1):29-48. 12. McNamara JA, Kramer KL, Juenker JP. Invisible retainers. J Clin Orthod. 1985;19(8):570-8. 13. McNamara JA Jr, Brudon WL. Invisible retainers and aligners. In: McNamara JA Jr, Brudon WL, editors. Orthodontics and Dentofacial Orthopedics. Ann Arbor: MI Needham; 2001. p. 475-86.

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Endereço para correspondência Carla Maria Melleiro Gimenez Rua Carlos Gomes 2181 - Centro - Araraquara/SP - CEP: 14801-340 E-mail: carlamg@yahoo.com

Rev Clín Ortod Dental Press. 2013 ago-set;12(4):18-23

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artigo inédito

Má oclusão de Classe II com deficiência mandibular: protocolo de tratamento na dentição mista com o aparelho Bionator de Balters — considerações clínicas Class II malocclusion associated to mandibular deficiency: Treatment protocol in the mixed dentition with the Balters’ Bionator appliance — clinical considerations

Rodrigo Castellazzi Sella* Wagner José Silva Ursi**

Abstract

Resumo Introdução: a má oclusão de Classe II afeta boa parte dos pacientes que procuram o consultório de profissionais clínicos. Determinadas situações requerem a correção dessa má oclusão por meio do avanço mandibular. Considerando os pacientes em fase de dentição mista, pode-se realizar essa terapia por meio de aparelhos ortopédicos funcionais fixos ou removíveis. Objetivo: discutir as vantagens de se iniciar o tratamento da Classe II

com deficiência mandibular na dentição mista, salientando a importância do diagnóstico adequado, explicando a necessidade da descompensação dentoalveolar em ambas as arcadas e/ou a correção ortopédica descompensatória da base óssea maxilar antes do avanço mandibular, bem como apresentando o porquê da presença de tais compensações, além de destacar o protocolo de tratamento com o aparelho Bionator de Balters.

Introduction: The Class II malocclusion is present in most of the patients of every professional’s clinical practice. There are certain situations that require correction through mandibular advancement and the consideration of mixed dentition patients, being that this therapy can be accomplished with fixed or removable functional appliances. Objective: This paper discusses the advantages of starting a treatment of Class II malocclusion

Palavras-chave: Má oclusão de Classe II de Angle. Aparelhos ativadores. Crescimento e desenvolvimento.

Keywords: Angle’s Class II malocclusion. Activator appliances. Growth and development.

Como citar este artigo: Sella RC, Ursi WJS. Má oclusão de Classe II com deficiência mandibular: protocolo de tratamento na dentição mista com o aparelho Bionator de Balters — considerações clínicas. Rev Clín Ortod Dental Press. 2013 ago-set;12(4):26-48.

» Os autores declaram não ter interesses associativos, comerciais, de propriedade ou financeiros que representem conflito de interesse nos produtos e companhias descritos nesse artigo. » Os pacientes que aparecem no presente artigo autorizaram previamente a publicação de suas fotografias faciais e intrabucais.

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with mandibular deficiency in the mixed dentition, detach the importance of proper diagnosis, to explain the need for dentoalveolar decompensation in both arches and/or maxillary jaw orthopedic correction before mandible advancing, as well to explain the presence of such compensation, besides highlighting the treatment protocol with Balters’ Bionator appliance.

Rev Clín Ortod Dental Press. 2013 ago-set;12(4):26-48

* Doutor em Ortodontia, UNESP. Professor, Departamento de Anatomia do Centro de Ciências Biológicas, disciplinas de Anatomia Humana e Anatomia Dentária, UEL. ** Professor, Departamento de Odontologia Restauradora, Disciplina de Dentística, UEL.


ARTIGO INÉDITO

Má oclusão de Classe II com deficiência mandibular: protocolo de tratamento na dentição mista com o aparelho Bionator de Balters — considerações clínicas

Referências 1. Adkins MD, Nanda RS, Currier GF. Arch perimeter changes on rapid palatal expansion. Am J Orthod Dentofacial Orthop. 1990;97(3):194-9. 2. Alarashi M, Franchi L, Marinelli A, Defraia E. Morphometric analysis of the transverse dentoskeletal features of Class II malocclusion in the mixed dentition. Angle Orthod. 2003;73(1):21-5. 3. Almeida MR, Henriques JFC, Freitas MR, Pinzan A. Avaliação cefalométrica comparativa da interceptação da má oclusão de Classe II, 1ª divisão utilizando os aparelhos de Fränkel e Bionator de Balters. Rev Dental Press Ortod Ortop Facial. 2001;6(6):11-27. 4. Almeida MR. Pergunte a um expert – Márcio Rodrigues de Almeida responde: Os aparelhos ortopédicos funcionais para a correção da Classe II, por deficiência mandibular, como o Bionator de Balters ou o Regulador de Função de Fränkel, têm a capacidade de produzir alterações esqueléticas na maxila, como a restrição no seu crescimento, ou só provocam alterações dentoalveolares nos dentes superiores? Rev Clín Ortod Dental Press. 2002;1(5):9-15. 5. Almeida-Pedrin RR, Pinzan A, Almeida RR, Almeida MR, Henriques JFC. Efeitos do AEB conjugado e do Bionator no tratamento da Classe II, 1ª divisão. Rev Dental Press Ortod Ortop Facial. 2005;10(5):37-54. 6. Andrews LF, Andrews WA. Syllabus of Andrews philosophy and techniques. 5a ed. San Diego: Lawrence F. Andrews Foundation; 1995. 7. Andrews LF, Andrews WA. The six elements of orofacial harmony. Andrews J. 2000;1(1):33-9. 8. Balters W. Guia de la técnica del Bionator. Buenos Aires: Círculo Argentino de Odontologia; 1969. 9. Capelozza Filho L. Padrão II. In: Capelozza Filho L. Diagnóstico em Ortodontia. Maringá: Dental Press; 2004. cap. 4, p. 147-234. 10. Capelozza Filho L. Tratamento das más oclusões do Padrão II. In: Capelozza Filho L. Metas terapêuticas individualizadas. Maringá: Dental Press; 2011. v. 1, cap. 3, p. 257-463. 11. Consolaro A. Tracionamento ortodôntico: possíveis consequências nos caninos superiores e dentes adjacentes. Dental Press J Orthod. 2010;15(4):15-23. 12. Faltin KJ, Faltin RM, Baccetti T, Franchi L, Ghiozzi B, McNamara JA Jr. Longterm effectiveness and treatment timing for Bionator therapy. Angle Orthod. 2003;73(3):221-30. 13. Haas AJ. Long-term posttreatment evaluation of rapid palatal expansion. Angle Orthod. 1980;50(3):189-217.

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Endereço para correspondência Rodrigo Castellazzi Sella Rua Benjamin Constant, 1879 – Londrina – PR CEP: 86020-320 – E-mail: rodrigosella@hotmail.com

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Rev Clín Ortod Dental Press. 2013 ago-set;12(4):26-48


No último mês, a Orthometric reuniu, no resort Salinas de Maragogi, professores renomados no país para o lançamento oficial do Grupo P&D (Pesquisa e Desenvolvimento) Orthometric.

Prof. Dr. Daniel Gheur Tocolini (ABO Curitiba/ IMED-THUM Joinville), Prof. Dr. Ary dos Santos Pinto (UNESP Araraquara), Prof. Dr. Alexandre Moro (Universidade Federal do Paraná), Dr. Roque Mérida (Orthometric), Prof. Dr. Adriano Castro (Universidade Católica de Brasília), Prof. Dr. Janderson Figueiredo (Centro de pós-graduação HD/Unievangélica), Prof. Dr. Marcelo Martins (Autor do livro Braquetes Autoligados), Dr. Silvio Zilio (Orthometric)e Ausênte na fotoProf. Dr. Alael de Paiva Lino (SPO São Paulo).

Ao longo dos quatro dias de encontro, os profissionais apresentaram trabalhos clínicos e laboratoriais desenvolvidos com a utilização de produtos Orthometric. Muito pôde ser debatido nas mesas redondas e as sugestões já foram aplicadas aos produtos, otimizando o desempenho com auxilio de alta tecnologia e muita inovação a fim de oferecer soluções cada vez melhores ao mercado. A ideia para o evento surgiu como parte do processo de MELHORIA CONTÍNUA da Orthometric, das reuniões periódicas que a marca realiza há 2 anos com os profissionais e cujo objetivo é avaliar os resultados obtidos com os produtos. Nessas reuniões, são discutidos, aberta e profissionalmente, diferentes pontos e práticas do dia a dia, com o intuito de promover o aprimoramento das atividades ortodônticas. A Semana de P&D é mais uma iniciativa pioneira da Orthometric que, reunindo lazer, família e trabalho, cria um ambiente extremamente produtivo, onde alguns profissionais podem buscar em conjunto os melhores caminhos para todos os demais profissionais de ortodontia.


caso clínico

A importância do planejamento estético para a correção de deformidades dentofaciais The importance of esthetic planning when correcting dentofacial deformities

João Luiz Carlini* Ivan Pedro Taffarel** Orlando Tanaka*** Guilherme Strujak****

Abstract

Resumo A cirurgia ortognática tem como objetivos estabelecer a função mastigatória e melhorar a estética facial, dando harmonia e proporcionalidade à face. A estética, sem dúvida, é a questão mais importante para o paciente, pois geralmente é a queixa principal para o tratamento. No presente trabalho, será apresentado um caso de uma paciente que se apresentou insatisfeita com o resultado da cirurgia ortognática, pois o planejamento foi feito priorizando apenas a correção

da má oclusão de Classe III, sem atentar-se à repercussão estética. Apesar da oclusão tratada, a paciente foi submetida a nova cirurgia, para dar-lhe o resultado que esperava no primeiro procedimento. Com isso, percebemos que, em pacientes ortodôntico-cirúrgicos, devemos observar com atenção a queixa principal e os problemas faciais, e não ater-se somente à oclusão, pois o paciente está mais preocupado com a aparência da face do que com a posição dos dentes.

from the first procedure. For this reason, in orthodontic-surgical patients, we should carefully observe their main complaint and facial problems, and do not pay attention only to the occlusion, because the patient is more concerned with the face appearance than the teeth position

Palavras-chave: Cirurgia bucal. Retratamento. Ortodontia.

Keywords: Orthognathic surgery. Retreatment. Orthodontics.

Como citar este artigo: Carlini JL, Taffarel IP, Tanaka O, Strujak G. A importância do planejamento estético para a correção de deformidades dentofaciais. Rev Clín Ortod Dental Press. 2013 ago-set;12(4):50-6.

» Os autores declaram não ter interesses associativos, comerciais, de propriedade ou financeiros, que representem conflito de interesse, nos produtos e companhias descritos nesse artigo. » A paciente que aparece no presente artigo autorizou previamente a publicação de suas fotografias faciais e intrabucais.

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Orthognathic surgery aims at establishing masticatory function and improving facial esthetics. Esthetics certainly is the most important issue for the patient because it is usually the chief complaint. This paper will present a case of a patient unsatisfied with orthognathic surgery outcome, as treatment plan focussed only at correcting the Class III malocclusion with no attention to the esthetic side-effects. Despite the occlusion was treated, the patient had to be reoperated to give her what she expected

Rev Clín Ortod Dental Press. 2013 ago-set;12(4):50-6

* Mestre em Cirurgia de Cabeça e Pescoço pelo Hospital Heliópolis (USP). Doutor em Cirurgia Bucomaxilofacial pela UFRJ. Professor Adjunto de Cirurgia I da UFPR. Chefe do Serviço de Cirurgia Maxilofacial do CAIF (Centro de Atendimento Integral ao Fissurado Lábio-Palatal). ** Especialista em Ortodontia pela ABO-PR. Professor de Ortodontia Clínica pela EAP ABO-PR. *** Pós-doutorado, Saint Louis University. Pós-doutorado, UFJF. Mestre e Doutor em Ortodontia pela UFRJ. Professor Titular de Ortodontia na PUCPR. **** Especialista, Residente em Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial, UERJ. Membro do Serviço de Cirurgia Maxilofacial do CAIF (Centro de Atendimento Integral ao Fissurado Lábio-Palatal, Curitiba/PR). Aluno do mestrado em Odontologia da UFPR.


Caso Clínico

A importância do planejamento estético para a correção de deformidades dentofaciais

o tratamento, têm tendência à maior insatisfação com o resultado do tratamento, e os pacientes que têm expectativas realistas são mais satisfeitos em longo prazo13. Em geral, metade dos pacientes é influenciada, na decisão pela cirurgia ortognática, pela família ou pelo ortodontista, em busca de melhoria na função e na estética facial14. No presente caso clínico, observamos que a paciente, mesmo tendo corrigido a sua má oclusão de Classe III, estava insatisfeita com o resultado estético. Com base na queixa apresentada pela paciente, exames radiográficos e fotografias, pudemos propor um novo tratamento, que alcançou os objetivos iniciais da paciente e a deixou satisfeita.

CONCLUSÃO Na apresentação do presente caso, notamos que, nos pacientes ortodôntico-cirúrgicos, devemos observar com atenção redobrada a sua queixa principal e os problemas faciais, e não nos ater somente à oclusão do paciente, pois esse está mais preocupado com a aparência da face do que com a posição dos dentes. O ortodontista e o cirurgião bucomaxilofacial devem se preocupar com a harmonia da face e com a estabilidade da oclusão; e a interação desses profissionais é imperativa para o sucesso do tratamento ortodôntico-cirúrgico.

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Endereço para correspondência Guilherme Strujak Av. 7 de Setembro, 4698 – Curitiba/PR – CEP: 80.240-000 E-mail: gstrujak@gmail.com

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Rev Clín Ortod Dental Press. 2013 ago-set;12(4):50-6


caso clínico

Tratamento de fratura bilateral da cabeça da mandíbula com o uso de aparelho protrator mandibular: relato de caso Treatment of bilateral fracture of the condyle using a mandibular protraction appliance: A case report

Mariana Wendler Cleto Travagin* Daniel Gheur Tocolini** Niels Salles Willo Wilhelmsen*** Carlos Deantoni****

Abstract

Resumo Introdução: as fraturas de côndilo mandibular são extremamente comuns, e seus tratamentos são bastante controversos. Durante o tratamento ortodôntico, podem surgir alguns imprevistos, e é importante que o cirurgião-dentista esteja atento a sinais clínicos e aos relatos do paciente. Relatamos o caso de uma paciente portadora de aparelho ortodôntico, em que, em um de seus retornos mensais ao consultório, observou-se desvio de linha média, diminuição da dimensão vertical de oclusão (DVO), dificuldade nos movimentos de lateralidade e abertura bucal, sem sintomatologia dolorosa. Métodos: imediatamente, foi solicitada radiografia panorâmica, e, assim que constatada fratura bicondilar, foi instalado um dispositivo interoclusal associado a elástico Classe II do lado direito e Classe III do lado esquerdo,

para estabilização da mandíbula na linha média. Foram solicitadas tomografias da região condilar para verificar a extensão da fratura. Considerando a idade da paciente (10 anos) e o fato do diagnóstico ter sido realizado tardiamente, descartou-se a opção do tratamento cirúrgico. Optou-se por um tratamento conservador, com o uso de dispositivo interoclusal (placa de acrílico posterior para levantamento de mordida) associado a elásticos e a aparelho protrator de mandíbula (APM). Resultados: após 10 meses, os fragmentos condilares resultantes da fratura foram reabsorvidos e a cabeça da mandíbula sofreu remodelação. Conclusão: ao se optar pelo tratamento conservador, obteve-se sucesso, o que nos leva a crer que, em casos semelhantes, o tratamento conservador deve ser priorizado.

Palavras-chave: Ortodontia. Fraturas mandibulares. Côndilo mandibular.

Como citar este artigo: Travagin MWC, Tocolini DG, Wilhelmsen NSW, Deantoni C. Tratamento de fratura bilateral da cabeça da mandíbula com o uso de aparelho protrator mandibular: relato de caso. Rev Clín Ortod Dental Press. 2013 ago-set;12(4):57-64. » Os autores declaram não ter interesses associativos, comerciais, de propriedade ou financeiros que representem conflito de interesse nos produtos e companhias descritos nesse artigo.

Introduction: The mandibular condyle fractures are extremely common, and their treatments are quite controversial. During orthodontic treatment can occur some problems, and it is important the dentist be aware of both clinical signs and patient reports. It is presented a case of a patient wearing orthodontic appliance, whose in one of her monthly returns to the office was found a deviation from midline, decreased occlusal vertical dimension (OVD), difficulty in lateral movements and mouth opening, without painful symptoms. Method: After the clinical diagnosis of mandibular deviation was requested panoramic radiograph, and once verified the bicondylar fracture, it was installed an acrylic plate associated to Class II interocclusal elastic on the right side and

Class III on the left side to stabilize the mandible. Tomographies from the condylar region were requested. Considering the age of the patient (10 years) and the fact that the diagnosis was late, it was rejected the option for surgical treatment. It was opted for a conservative treatment using interocclusal appliance (acrylic plate with bite lifting) associated to elastic and PMA. Results: After 10 months, the fragments resulting from condylar fracture were reabsorbed and suffered condylar remodeling. Conclusion: It was opted for a conservative treatment, and the success obtained leaded us to believe that similar cases should prioritize the conservative treatment.

Keywords: Orthodontics. Mandibular fractures. Mandibular condyle.

* Especialista em Ortodontia, Universidade Cruzeiro do Sul. ** Mestre em Ortodontia, UNIARARAS. *** Doutor em Ciências da Saúde, área de concentração Otorrinolaringologia, USP. **** Especialista em Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial, huec-abo-pr. Especialista em Implantodontia, ABO-PR.

» Os pacientes que aparecem no presente artigo autorizaram previamente a publicação de suas fotografias faciais e intrabucais.

Rev Clín Ortod Dental Press. 2013 ago-set;12(4):57-64

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Caso Clínico

Tratamento de fratura bilateral da cabeça da mandíbula com o uso de aparelho protrator mandibular: relato de caso

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Endereço para correspondência Mariana Wendler Cleto Travagin Av. Getúlio Vargas, 90 / sala 01, Centro – Piraquara/PR – CEP 83.301-010 E-mail: mariwdc@hotmail.com

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Rev Clín Ortod Dental Press. 2013 ago-set;12(4):57-64


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caso clínico

Má oclusão de Classe II esquelética: tratamento em duas fases e estabilidade Skeletal Class II malocclusion: A two-phase treatment and stability

Danilo Pinelli Valarelli* Karen Cristine Leite Serafim** Mayara Paim Patel*** Rodrigo Hermont Cançado**** Fabrício Pinelli Valarelli*****

Abstract

Resumo Será apresentado o tratamento em duas fases de uma má oclusão de Classe II esquelética com trespasses horizontal e vertical aumentados. Na primeira fase do tratamento, foi utilizado o Ativador para correção da discrepância esquelética e normalização das relações oclusais do paciente. Na segunda fase do tratamento, foi instalado aparelho fixo nas arcadas superior e inferior para refinamento da oclusão.

Quatro anos após o término do tratamento, observa-se estabilidade dos resultados oclusais e manutenção dos resultados ortopédicos e ortodônticos obtidos. Um correto diagnóstico para o estabelecimento de um plano de tratamento individualizado e a colaboração do paciente são variáveis de grande importância para o sucesso do tratamento da Classe II esquelética em duas fases.

It will be presented the two-phase treatment of a skeletal Class II malocclusion with increased overjet and overbite. In the first phase of treatment, the Activator was used for correction of the skeletal discrepancy and the patient’s occlusal relationships. In the second phase of treatment, a multibracket appliance was installed on maxillary and mandibular arches for finishing and detailing of the occlusion. Four years after the end of treatment,

there was stability of the occlusal outcomes and maintenance of the orthopedic and orthodontic results obtained with treatment. A correct diagnosis for establishing an individualized treatment plan and patient cooperation are variables of great importance for the treatment success of a skeletal Class II malocclusion with two phases.

Palavras-chave: Má oclusão de Angle Classe II. Aparelhos ortodônticos. Resultado de tratamento.

Keywords: Angle’s Class II malocclusion. Orthodontic appliances. Treatment outcome.

Como citar este artigo: Valarelli DP, Serafim KCL, Patel MP, Cançado RH, Valarelli FP. Má oclusão de Classe II esquelética: tratamento em duas fases e estabilidade. Rev Clín Ortod Dental Press. 2013 ago-set;12(4):67-75.

» Os autores declaram não ter interesses associativos, comerciais, de propriedade ou financeiros que representem conflito de interesse nos produtos e companhias descritos nesse artigo.

» Os pacientes que aparecem no presente artigo autorizaram previamente a publicação de suas fotografias faciais e intrabucais.

* Mestre e Doutor em Ortodontia, FOB/USP. Professor de Pós-graduação em Odontologia, USC. ** Especialista em Ortodontia, Ciodonto. *** Mestre e Doutor em Ortodontia, FOB/USP. Professora, do curso de Especialização em Ortodontia, Ciodonto. **** Pós-doutor em Ortodontia, Universidade de Toronto. Professor Adjunto, Programa de Mestrado Profissionalizante em Ortodontia, Faculdade Ingá. ***** Mestre e Doutor em Ortodontia, FOB/USP. Professor Adjunto, Programa de Mestrado Profissionalizante em Ortodontia, Faculdade Ingá.

Rev Clín Ortod Dental Press. 2013 ago-set;12(4):67-75

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Valarelli DP, Serafim KCL, Patel MP, Cançado RH, Valarelli FP

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Endereço para correspondência Rodrigo Hermont Cançado Rua do Amparo, 100 – Diamantina/MG – CEP: 39.100-000 E-mail: rohercan@uol.com.br

Rev Clín Ortod Dental Press. 2013 ago-set;12(4):67-75

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caso clínico

Extração seriada: uma opção para tratamento interceptivo do Padrão Face Longa Serial extraction: An interceptive treatment option for Long Face Pattern

Maurício de Almeida Cardoso* Isabella Simões Holz** Fabio Pinto Guedes*** An Tien Li**** Leopoldino Capelozza Filho*****

Abstract

Resumo O programa de extrações seriadas (PES) é baseado na extração de dentes, inicialmente decíduos, e, então, permanentes, em pacientes com relação oclusal de Classe I que apresentam discrepância de modelo negativa grave. O tratamento tem início na dentição mista, com a extração de molares ou, até mesmo, de caninos decíduos, e, posteriormente, a extração dos primeiros pré-molares, na dentição permanente. A sequência das

extrações pode sofrer algumas variações e demanda um longo período de acompanhamento entre as fases do tratamento, até que o programa de extrações seja finalizado e o paciente esteja apto para a fase corretiva. O presente artigo tem como objetivo apresentar, por meio de um caso clínico, o tratamento de uma paciente Padrão Face Longa subtipo médio, que foi submetida ao PES e, em seguida, ao tratamento ortodôntico compensatório.

treatment phases, until extraction program is finished and the patient is able for the corrective phase. This article aims to present, by means of a clinical case, the treatment of a patient with Long Face Pattern, subtype medium, which was submitted to the SEP and then the compensatory orthodontic treatment.

Palavras-chave: Diagnóstico. Extração seriada. Dentição mista. Dentição permanente.

Keywords: Diagnosis. Serial extraction. Mixed dentition. Permanent dentition.

Como citar este artigo: Cardoso MA, Holz IS, Guedes FP, Li AT, Capelozza Filho L. Extração seriada: uma opção para tratamento interceptivo do Padrão Face Longa. Rev Clín Ortod Dental Press. 2013 ago-set;12(4):76-87.

» Os autores declaram não ter interesses associativos, comerciais, de propriedade ou financeiros que representem conflito de interesse nos produtos e companhias descritos nesse artigo. » Os pacientes que aparecem no presente artigo autorizaram previamente a publicação de suas fotografias faciais e intrabucais.

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Serial extraction program (SEP) is based on extraction of teeth, first deciduous and then permanent, in patients with Class I occlusal relationship, which present severe negative discrepancy. The treatment begins in mixed dentition with extraction of deciduous molars or even deciduous canines and subsequently with the extraction of first premolars in permanent dentition. The sequence of extractions may undergo some changes and requires a long follow-up period between

Rev Clín Ortod Dental Press. 2013 ago-set;12(4):76-87

* Doutor em Ortodontia, FOA-UNESP. Professor, cursos de Especialização e Mestrado em Ortodontia, Universidade Sagrado Coração. ** Pós-graduanda em Ortodontia, Universidade Sagrado Coração. *** Mestrando em Ortodontia, Universidade Sagrado Coração. **** Doutor em Ortodontia, FOA-UNESP. Professor Adjunto, curso de Graduação em Ortodontia, Universidade de Brasília. ***** Doutor em Ortodontia, FOB-USP. Professor, cursos de Especialização e Mestrado em Ortodontia, Universidade Sagrado Coração.


Cardoso MA, Holz IS, Guedes FP, Li AT, Capelozza Filho L

Uma terceira variação da técnica é indicada nos casos onde a discrepância entre o tamanho dos dentes e o das bases ósseas é grave, o que provoca a perda prematura do canino decíduo e a impacção do canino permanente pela falta de espaço na arcada para sua erupção. Nesses casos, radiograficamente, podem ser observados os primeiros pré-molares à frente dos caninos na sequência de erupção, sendo indicada a extração dos primeiros molares decíduos, seguidos da extração dos primeiros pré-molares10. No caso clínico apresentado, a paciente foi classificada, inicialmente, como Padrão Face Longa, subtipo médio, com discrepância de modelo grave, considerando o caráter da biprotrusão e esfoliação precoce dos caninos decíduos inferiores. É sabido que, devido às deformidades apresentadas, o tratamento dos pacientes do Padrão Face Longa tem como meta terapêutica a redução do volume de massa dentária, a fim de permitir a melhora na relação labial e, por isso, extrações costumam fazer parte do protocolo do tratamento compensatório. O tratamento interceptivo, por meio de extrações sucessivas, no presente caso clínico, foi indicado da condição funcional (selamento labial passivo), e para criar condições favoráveis para que os incisivos ficassem onde fosse possível e, provavelmente, tornasse essa posição menos complicada para a movimentação com aparelho fixo. Essa perspectiva de tratamento é adotada, sempre que possível, para evitar que uma má oclusão seja instalada ou, pelo menos, minimizada3. Ao final da sequência das extrações, pôde-se notar uma melhora na conformação das arcadas, principalmente na região anterior, onde o apinhamento foi dissolvido e a protrusão dentária

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anterior diminuída. Isso pôde ser confirmado por meio da análise da radiografia lateral de face, onde foi observada diminuição da inclinação dos incisivos e uma melhora na relação labial. Sem aparelhos e sob a perspectiva de observar a evolução da paciente, o monitoramento de crescimento e a erupção assistida foram realizados até que os caninos permanentes iniciassem sua erupção. As ações terapêuticas durante o tratamento foram pontuais e estão relacionadas às discrepâncias exibidas na dentição, analisadas sempre junto ao padrão de crescimento da paciente, o que demandou um período maior de acompanhamento e orientação do que de tratamento propriamente dito5. Os pacientes ortodônticos mantidos em um monitoramento de crescimento, com possíveis orientações e ações justificadas, poderão ser submetidos a uma fase de mecânica ortodôntica, de curta duração, baixa complexidade e custos biológicos menores, acompanhados para a preservação dos resultados obtidos em um pós-tratamento5.

Considerações finais O programa de extrações sucessivas pode ser indicado para o tratamento interceptivo das más oclusões do Padrão Face Longa com relação oclusal de Classe I, que apresentam discrepância de modelo de magnitude média a grave, a fim de propiciar uma melhora nas relações oclusais e prevenir, ou minimizar, a instalação de más oclusões, além de possibilitar alguma melhora nas relações faciais.

11. Lara TS, Santos CCO, Silva Filho OG, Garib DG, Bertoz FA. Programa de extrações seriadas: variáveis relacionadas com a extração de pré-molares. Dental Press J Orthod. 2011;16(5):135-45. 12. Proffit WR, Fields H. Ortodontia contemporânea. 3a ed. Rio de janeiro: Guanabara Koogan; 2000. 13. Reis SAB, Capelozza Filho L, Claro CAA. Análise facial subjetiva. Rev Dental Press Ortod Ortop Facial. 2006;11(5):159-72. 14. Silva Filho OG. Prevalência de oclusão normal e má oclusão em escolares da cidade de Bauru (São Paulo). Parte I: relação sagital. Rev Odontol Univ São Paulo. 1990;4(2):130-7. 15. Silva Filho OG, Freitas SF, Cavassan AO. Prevalência de oclusão normal e má oclusão em escolares da cidade de Bauru (São Paulo). Parte II: influência da estratificação sócio-econômica. Rev Odontol USP. 1990;4(3):189-96. 16. Silva Filho OG, Ozawa TO, Almeida AM, Freitas PZ. Programa de Extrações Seriadas: uma visão ortodôntica contemporânea. Rev Dental Press Ortod Ortop Facial. 2001;6(2):91-108.

Endereço para correspondência Maurício de Almeida Cardoso Rua Irmã Arminda, 10-50 – Jardim Brasil – Bauru/SP – CEP: 17011-160 E-mail: maucardoso@uol.com.br

Rev Clín Ortod Dental Press. 2013 ago-set;12(4):76-87

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caso clínico

Tratamento ortodôntico da agenesia de incisivo lateral superior com envolvimento de fratura radicular de incisivo central superior Orthodontic treatment of maxillary lateral incisor agenesis with involvement of central incisor root fracture Rachel Figliolli de Mendonça* Roberto Soares da Silva-JÚNIOr* Lídia Parsekian Martins** Dirceu Barnabé Raveli*** Ary dos Santos-Pinto***

Abstract

Resumo Pacientes com agenesia de incisivo lateral superior devem ter em seu planejamento considerações estéticas e funcionais, importantes para o sucesso do tratamento, independentemente se escolha do tratamento for fechamento ou abertura e manutenção do espaço para uma reabilitação com prótese. Essa escolha vai depender de fatores como estrutura esquelética, dentária e perfil. Crianças e adolescentes são o grupo de indivíduos mais expostos ao traumas e fraturas dos incisivos centrais

superiores, devido às atividades que realizam. O diagnóstico adequado e uma boa terapêutica são essenciais para o sucesso do tratamento. Esse artigo teve como objetivo relatar um caso de agenesia de incisivo lateral superior juntamente com o envolvimento de uma fratura radicular do incisivo central superior. O tratamento ortodôntico foi realizado a contento, com prognóstico favorável para a permanência do incisivo fraturado em posição estética e funcional.

Patients with agenesis of maxillary lateral incisor must have in your planning functional and aesthetic considerations, important to the success of the treatment, regardless of whether the choice of treatment is closing or opening and maintenance of space for rehabilitation with prosthesis. This choice will depend on factors such as skeletal and tooth structure and profile. Children and adolescents are the group of individuals most exposed to trauma and fracture of the maxillary lateral incisor due to the activities they perform.

Proper diagnosis and good treatment are essential to the success of the treatment. This article aims to report a case of agenesis of the maxillary lateral incisor along with the involvement of a root fracture of the maxillary central incisor. The orthodontic treatment was successfully finished with a favorable prognosis for the fractured incisor to stay in a esthetic and functional position.

Palavras-chave: Anodontia. Ortodontia corretiva. Relações interprofissionais. Traumatismos dentários.

Keywords: Tooth abnormalities. Corrective orthodontics. Interprofessional relations. Tooth fractures.

Como citar este artigo: Mendonça RF, Silva-Júnior RS, Martins LP, Raveli DB, Santos-Pinto A. Tratamento ortodôntico da agenesia de incisivo lateral superior com envolvimento de fratura radicular de incisivo central superior. Rev Clín Ortod Dental Press. 2013 ago-set;12(4):91-100.

» Os autores declaram não ter interesses associativos, comerciais, de propriedade ou financeiros que representem conflito de interesse nos produtos e companhias descritos nesse artigo.

* Mestrando em Ortodontia, UNESP. ** Doutor em Ortodontia, UNESP. Professora, Departamento de Clínica Infantil – disciplina de Ortodontia, UNESP. *** Livre Docente em Ortodontia, UNESP. Professor Adjunto, Departamento de Clínica Infantil – disciplina de Ortodontia, UNESP.

» Os pacientes que aparecem no presente artigo autorizaram previamente a publicação de suas fotografias faciais e intrabucais.

Rev Clín Ortod Dental Press. 2013 ago-set;12(4):91-100

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Caso Clínico

Tratamento ortodôntico da agenesia de incisivo lateral superior com envolvimento de fratura radicular de incisivo central superior

Referências 1. Polder BJ, Van´t Hof MA, Van der Linden FPGM, Kuijpers-Jagtman AM. A meta-analysis of the prevalence of dental agenesis of permanent teeth. Community Dent Oral Epidemiol. 2004;32(3):217-26. 2. Woodworth DA, Sinclair PM, Alexander RG. Bilateral congenital absence of maxillary lateral incisors: a craniofacial and dental cast analysis. Am J Orthod. 1985;87(4):280-93. 3. Peck S, Peck L, Kataja M. Site-specificity of tooth agenesis in subjects with maxillary canine malpositions. Angle Orthod. 1996;66(6):473-6. 4. Alvesalo L, Portin P. The inheritance pattern of missing, peg-shaped, and strongly mesio-distally reduced upper lateral incisors. Acta Odontol Scand. 1969;27(6):563-75. 5. Peck S, Peck L, Kataja M. Prevalence of tooth agenesis and peg-shaped maxillary lateral incisor associated with palatally displaced canine (PDC) anomaly. Am J Orthod Dentofacial Orthop. 1996;110(4):441-3. 6. Peck S, Peck L, Kataja M. Concomitant occurrence of canine malposition and tooth agenesis: evidence oral of facial genetic fields. Am J Orthod Dentofacial Orthop. 2002;122(6):657-60. 7. Gassner R, Bosch R, Tarkan T, Emshoff R. Prevalence of dental trauma in 6,000 patients with facial injuries: implications for prevention. Oral Surg Oral Med Oral Pathol Oral Radiol Endod. 1999;87(1):27-33. 8. Wilson S, Smith GA, Preisch J, Cassimiro PS. Epidemiology of dental trauma treated in an urban pediatric emergency department. Pediatr Emerg Care. 1997;13(1):12-5. 9. Flores MT, Andresson L, Andreasen JO, Bakland LK, Malmgren B, Barnett F, et al. Guidelines for the management of traumatic dental injuries. I. Fractures and luxations of permanent teeth. Dent Traumatol. 2007;23(2):66-71. 10. Schuch HS, Goettems ML, Correa MB, Torriani DD, Demarco FF. Prevalence and treatment demand after traumatic dental injury in South Brazilian schoolchildren. Dent Traumatol. 2013;29(4):297-302. 11. Tuverson DL. Orthodontic treatment using canines in place of missing maxillary lateral incisors. Am J Orthod. 1970;58(2):109-27. 12. Thilander B. Spacing in the maxillary anterior region: alternative procedures for esthetic improvement. World J Orthod. 2000;1(2):134-41.

13. Santos-Pinto A, Raveli DB, Chiavini PCR, Paulin F, Jacob HB. Tratamento de ausência congênita de incisivo lateral superior por meio da recuperação de espaço para colocação de implante dentário ou fechamento de espaços: relato de casos. Rev Dental Press Ortod Ortop Facial. 2002;7(3):65-77. 14. Suguino R, Furquim LZ. Uma abordagem estética e funcional do tratamento ortodôntico em pacientes com agenesia de incisivos laterais superiores. Rev Dental Press Ortod Ortop Facial. 2003;8(6):119-57. 15. Zuccati G. Implant therapy in cases of agenesis. J Clin Orthod. 1993; 27(7):369-73. 16. Zachrisson BU. Improving orthodontic results in case with maxillary incisors missing. Am J Orthod. 1978;73(3):274-89. 17. Zachrisson BU, Mjor JA. Remodeling of teeth by griding. Am J Orthod. 1975;68(5):545-53. 18. Furquim LZ, Suguino R, Sabio SS. Integração Ortodontia-Dentística no tratamento da agenesia bilateral dos incisivos laterais superiores: relato de um caso clínico. Rev Dental Press Ortod Ortop Facial. 1997;2(5):10-33. 19. Nordquist GG, McNeill RW. Orthodontics vs. restorative treatment of congenitally missing lateral incisor: Long term periodontal and occlusal evaluation. J Periodontol. 1975;46(3):139-43. 20. Robertsson S, Mohlin B. The congenitally missing upper lateral incisor. A retrospective study of orthodontic space closure versus restorative treatment. Eur J Orthod. 2000;22(6):697-710. 21. Small BW. Esthetic management of congenitally missing lateral incisors with single-tooth implants: a case report. Quintessence Int. 1996;27(9):585-90. 22. Martins JCR, Melo ACM, Martins LP, Cirelli CC. Considerações sobre o tratamento conservador de um caso clínico com incisivo lateral superior conóide. Rev Dental Press Ortod Ortop Facial. 1997;2(3):18-22. 23. Andreasen JO, Ahrensburg SS, Tsilingaridis G. Root fractures: the influence of type of healing and location of fracture on tooth survival rates: an analysis of 492 cases. Dent Traumatol. 2012;28(5)404-09. 24. Heithersay GS, Kahler B. Healing responses following transverse root fracture: a historical review and case reports showing healing with (a) calcified tissue and (b) dense fibrous connective tissue. Dent Traumatol. 2013;9(4)253-65. 25. Erdemir A, Ungor M, Erdemir EO. Orthodontic movement of a horizontally fractured tooth: a case report. Dent Traumatol. 2005;21(3):160-64.

Endereço para correspondência Rachel Figliolli de Mendonça Av. João Pirissinotti, 308 – Jd. Ribeirãozinho – Taquaritinga/SP CEP: 15.900-000 – E-mail: mendonca_rachel@yahoo.com.br

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Rev Clín Ortod Dental Press. 2013 ago-set;12(4):91-100



artigo inédito

Protocolo de fotografia digital em Ortodontia Protocol for digital photography in Orthodontics

Rafiza Felix Marão Martins* Luciana Artioli Costa** Ana Caroline Coelho Bringel*** Alex Luiz Pozzobon Pereira****

Abstract

Resumo O uso de imagens fotográficas pode trazer inúmeros benefícios aos cirurgiões-dentistas. A fotografia vem tornando-se parte integrante da documentação de um paciente, e a especialidade da Ortodontia tem liderado o caminho desse modelo de registro de dados. O registro fotográfico com finalidade ortodôntica deve contemplar as fotografias intra e extrabucais, bem como o registro fotográfico dos modelos de gesso e das radiografias.

Porém, essas fotografias não devem ser realizadas de forma aleatória; elas devem ser padronizadas, para possibilitar comparações de resultados e não gerar dúvidas que possam levar a um diagnóstico incorreto. O presente trabalho tem como objetivo auxiliar os ortodontistas na escolha do equipamento fotográfico adequado e propor um protocolo de registro por meio de fotografia digital com finalidade ortodôntica.

dardized to allow results comparisons and not raise questions that may lead to misdiagnosis. This study aims to establish a protocol that will assist the dentists in the choosing the appropriate photographic equipment and propose a protocol for the records by means of digital photography for orthodontic purpose.

Palavras-chave: Fotografia dentária. Ortodontia. Odontologia.

Keywords: Dental photography. Orthodontics. Dentistry.

Como citar este artigo: Martins RFM, Costa LA, Bringel ACC, Pereira ALP. Protocolo de fotografia digital em Ortodontia. Rev Clín Ortod Dental Press. 2013 ago-set;12(4):102-11.

» Os autores declaram não ter interesses associativos, comerciais, de propriedade ou financeiros que representem conflito de interesse nos produtos e companhias descritos nesse artigo. » A paciente que aparece no presente artigo autorizou previamente a publicação de suas fotografias faciais e intrabucais.

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The use of photographic images can provide many benefits to dentists. Photography is becoming part of the documentation of a patient and the orthodontics specialty has led this type of data registry. The photographic record for orthodontic use includes the intra- and extraoral photographs, besides the photographic registry of cast models and radiographs. However, these photographs can not be performed randomly. They should be stan-

Rev Clín Ortod Dental Press. 2013 ago-set;12(4):102-11

* Aluna do Mestrado no Programa de Pós-graduação em Saúde Coletiva da Universidade Federal do Maranhão (UFMA). ** Mestre em Odontologia pelo Programa de Pós-graduação em Odontologia da Universidade Federal do Maranhão (UFMA). *** Aluna do Curso de Especialização em Radiologia Odontológica e Estomatologia, SLMANDIC. **** Mestre e Doutor em Ortodontia pela Faculdade de Odontologia de Araçatuba-UNESP. Professor Adjunto II da Universidade Federal do Maranhão-UFMA.


Martins RFM, Costa LA, Bringel ACC, Pereira ALP

Referências 1. Galante DL. History and current use of clinical photography in orthodontics. J Calif Dent Assoc. 2009;37(3):173-4. 2. Masioli M. Fotografia odontológica. 2ª ed. Porto Alegre: Artmed; 2010. 3. Samawi SS. Short guide to clinical digital photography in Orthodontics. 2nd ed. Jordânia: SDOC; 2011. Available from: http://www.free-ebooks.net/ebook/A-ShortGuide-to-Clinical-Digital-Photography-in-Orthodontics-Second-Edition-2011/ pdf?dl&preview. 4. Trevisan F, Scavini MA, Maltagliati LA, Gonçalves RR. Adaptações em câmera digital compacta para obtenção de fotografias intrabucais. Rev Clín Ortod Dental Press. 2002 Dez-2003 Dez;1(6):81-6. 5. Machado AW, Leite EB, Souki BQ. Fotografia digital em Ortodontia: Parte I – Conceitos básicos. J Bras Ortodon Ortop Facial. 2004;9(49):11-6. 6. McKeown HF, Murray AM, Sandler PJ. How to avoid common errors in clinical photography. J Orthod. 2005;32(1):43-54.

7. Machado AW, Leite EB, Souki BQ. Fotografia digital em Ortodontia: Parte II – Sistema Digital X Sistema Analógico. J Bras Ortodon Ortop Facial. 2004;9(50):146-53. 8. Sandler J, Murray A. Digital photography in orthodontics. J Orthod. 2001 Sep;28(3):197-201. 9. Shorey R, Moore KE. Clinical digital photography today: integral to efficient dental communications. J Calif Dent Assoc. 2009;37(3):175-7. 10. Pereira ALP, Galvão LCC, Marques JAM. Fotografia em investigações de mordidas. In: Jeidson AMM, Galvão LCC, Silva M, organizadores. Marcas de mordidas. 1a ed. Feira de Santana: [s.n.]; 2007. v. 1, p. 21-329. 11. Machado AW, Leite EB, Souki BQ. Fotografia digital em Ortodontia: Parte III – O equipamento digital. J Bras Ortodon Ortop Facial. 2004;9(51): 219-24.

Endereço para correspondência Alex Luiz Pozzobon Pereira Avenida dos Portugueses, s/n, São Luís/MA - CEP: 65.085-580 E-mail: pereiraalp@hotmail.com

Rev Clín Ortod Dental Press. 2013 ago-set;12(4):102-11

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controvérsias

Clareação dentária e o tratamento ortodôntico: esclarecimentos e orientações Dental bleaching and the orthodontic treatment: Explanations and guidances

Alberto Consolaro* Renata Bianco Consolaro** Leda Francischone***

Abstract

Resumo O presente artigo trata sobre qual é o melhor momento para se aplicar ou recomendar a clareação dentária aos pacientes ortodônticos. Alguns esclarecimentos e orientações são explanados para responder questionamentos, como: 1) Por que depois do tratamento ortodôntico se constitui a melhor oportunidade para tal procedimento? 2) Por que não realizar a clareação dentária imediatamente antes do tratamento ortodôntico? 3) Se for possível realizar a clareação antes do tratamento

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ortodôntico em alguma condição especial, qual seria essa? 4) Por que não se deveria clarear os dentes durante o tratamento ortodôntico? 5) Se é possível realizar a clareação durante o tratamento ortodôntico em alguma situação especial, qual seria essa situação? Destacaremos aqui porque é fundamental sempre proteger a mucosa e a região cervical, independentemente do momento em que se fizer uma clareação dentária relacionada ou não ao tratamento ortodôntico.

This article aims at discussing the best moment to perform or recommend dental bleaching for orthodontic patients. Some explanations and orientations are expounded in order to answer the following questions: 1) Why is dental bleaching best performed after orthodontic treatment? 2) Why dental bleaching is not performed immediately prior to orthodontic treatment? 3) Should it be possible to perform dental bleaching prior to orthodontic treatment, which would that case be? 4) Why dental bleaching

should not be performed during orthodontic treatment? 5) Should it be possible to perform dental bleaching during orthodontic treatment, which would that case be? This article highlights why it is essential to protect both the mucosa and the cervical region, regardless of the moment when dental bleaching is performed, whether associated with orthodontic treatment or not.

Palavras-chave: Clareação dentária. Clareamento dentário. Tratamento ortodôntico.

Keywords: Dental bleaching. Dental whitening. Orthodontic treatment.

Como citar este artigo: Consolaro A, Consolaro RB, Francischone L. Clareação dentária e o tratamento ortodôntico: esclarecimentos e orientações. Rev Clín Ortod Dental Press. 2013 ago-set;12(4):114-9.

» Os autores declaram não ter interesses associativos, comerciais, de propriedade ou financeiros, que representem conflito de interesse nos produtos e companhias descritos nesse artigo.

Rev Clín Ortod Dental Press. 2013 ago-set;12(4):114-9

* Professor Titular da FOB-USP e da Pós-graduação da FORP-USP. ** Doutora em Patologia Bucal, FOB-USP. Professor, Faculdades Adamantinenses Integradas. *** Doutora em Patologia Bucal, FOB-USP.


Consolaro A, Consolaro RB, Francischone L

O sugador (Fig. 2) ou melhor, sua parte ativa descartável, que atua na saliva, não pode ser o mesmo para remover o agente clareador, pois estará “contaminado” pelo peróxido de hidrogênio, pois na volta do sugador à saliva, o colocará em contato com a mucosa bucal. Se isso não for realizado minuciosa e criteriosamente, de nada adiantou o uso da barreira resinosa cervical, a qual só deve ser removida depois de assegurar-se que foi eliminado todo o peróxido de hidrogênio possível. Se restos do peróxido de hidrogênio persistirem no local, ao jogar-se água na boca do paciente, ele o engolirá, e seu efeito se fará nas mucosas do trato gastrointestinal, com os mesmos efeitos co-carcinogênicos.

Considerações finais O melhor momento para se indicar a clareação dentária, em relação ao tratamento ortodôntico, coincide com a finalização do caso, pois todas as superfícies dentárias estarão uniformemente expostas, já que o que tinha de ser extruído, intruído e alinhado já foi feito. Algumas situações especiais, ao se considerar o estilo de vida contemporâneo, podem e

devem ser relevadas como excepcionalidade, não como regra geral. Algumas ressalvas e cuidados devem ser esclarecidos ao se associar, excepcionalmente, a clareação dentária com o tratamento ortodôntico antes de sua conclusão. Entre as consequências desses casos excepcionais, estão o desprendimento mais frequente de braquetes, a presença de manchas brancas e a perda da uniformidade de cor do esmalte depois de removido o aparelho ortodôntico, maior retenção placa dentobacteriana e a possibilidade de destaques de estruturas superficiais durante a remoção dos braquetes, haja vista que os clareadores dentários promovem um certo de grau de perda mineral no esmalte. Associar clareação dentária e tratamento ortodôntico é uma situação excepcional, e requer muito cuidado e ação fundamentada, além de ampla conscientização do paciente sobre o que pode ocorrer. Ressalta-se que, em qualquer situação, a clareação dentária deve ser feita por profissional treinado para atuar diretamente no paciente, e sempre protegendo a região cervical dos dentes e a mucosa bucal com barreiras mecânicas (entre as quais, a resinosa é a mais utilizada) para impedir o acesso do peróxido de hidrogênio na junção amelocementária e sua ação sobre a mucosa bucal.

Referências 1. Camargo WR. Análise do potencial carcinogênico de dentifrício com peróxido de hidrogênio e de agente clareador dentário. Avaliações clínico-macroscópica e microscópica em hamsters em modelo de carcinogênese bucal DMBA-induzida [tese]. Bauru (SP): Universidade de São Paulo; 1999. 2. Consolaro A. Reabsorções dentárias nas especialidades clínicas. 3a ed. Maringá: Dental Press; 2012. 3. Consolaro A. Há vida no esmalte: metabolismo e circulação própria. Rev Dental Press Estét. 2004;1(1):123-7. 4. Francischone LA, Consolaro A. Clareação dentária externa: importância e tipos de proteção da junção amelocementária. Rev Clín Ortod Dental Press. 2005;4(5):88-98. 5. Francischone LA, Consolaro A. Morphology of the cemento-enamel junction of primary teeth. J Dent Child. 2008;75(3):252-9. 6. Esberard R, Esberard R, Esberard RM, Consolaro A, Pameijer CH. Effect of bleaching on the cemento-enamel junction. Am J Dent. 2007;20(4):245-9.

7. Neuvald L, Consolaro A. Cemento-enamel junction: microscopic analysis and external cervical resorption. J Endod. 2000;26(9):503-8. 8. Pieroli DA. Avaliação do potencial carcinogênico dos agentes clareadores dentais [dissertação]. Bauru (SP): Universidade de São Paulo; 1997.

Endereço para correspondência Alberto Consolaro E-mail: consolaro@uol.com.br

Rev Clín Ortod Dental Press. 2013 ago-set;12(4):114-9

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Literatura ortodôntica mundial Resumos, em português, de artigos publicados em importantes revistas de Ortodontia de todo o mundo. Informação qualificada e oportuna para a melhoria de sua prática clínica. Morfologia craniofacial e das vias aéreas superiores em crianças com distúrbios respiratórios do sono: Revisão sistemática e metanálise Katyal V, Pamula Y, Martin AJ, Daynes CN, Kennedy JD, Sampson WJ. Craniofacial and upper airway morphology in pediatric sleepdisordered breathing: Systematic review and meta-analysis. Am J Orthod Dentofacial Orthop. 2013 Jan;143(1):20-30.e3.

direta entre a estrutura craniofacial e distúrbios respiratórios do sono em crianças não é suportada por essa meta-análise. Há um forte suporte para a largura das vias aéreas superiores reduzida em crianças com apneia obstrutiva do sono. Estudos bem controlados maiores são necessários para abordar a relação entre a morfologia craniofacial e das vias aéreas superiores aos distúrbios respiratórios do sono em crianças, em todas as 3 dimensões. Tradução: Fabio Pinto Guedes.

Introdução: distúrbios respiratórios do sono em crianças são um processo contínuo, com ronco primário em uma extremidade, e obstrução completa das vias aéreas superiores, hipoxemia e hipoventilação obstrutiva na outra extremidade. Essa última evolui para a apneia obstrutiva do sono. Um fator de predisposição importante para o desenvolvimento e progressão do distúrbio respiratório do sono em crianças pode ser a desarmonia craniofacial. O objetivo dessa revisão sistemática e meta-análise foi elucidar a associação entre a desarmonia craniofacial e o distúrbio respiratório do sono em crianças. Métodos: citações de estudos publicados potencialmente relevantes foram localizadas por meio de pesquisa no PubMed, Embase, Scopus, e Cochrane Central Register of Controlled Trials. O MetaRegister do banco de dados de ensaios controlados também foi pesquisado para identificar ensaios não publicados potencialmente relevantes. Além disso, pesquisas manuais, pesquisas no Google Acadêmico e contato com especialistas na área foram realizados para identificar estudos potencialmente relevantes, publicados e não publicados. Os critérios de inclusão foram: (1) ensaios randomizados controlados, ensaios de caso-controle ou estudos de coorte com controles; (2) estudos em crianças não sindrômicas, de 0 a 18 anos de idade, com distúrbio respiratório do sono ou apneia obstrutiva do sono diagnósticos por qualquer unidade de distúrbio do sono, questionário de triagem ou polissonografia; (3) principal resultado com medidas craniofaciais ou dimensões/proporções das vias aéreas superiores, com várias modalidades de imagem, para as regiões craniofaciais e de pescoço. A qualidade dos estudos selecionados foi avaliada por meio de avaliação de suas metodologias. Os efeitos do tratamento, por meio de meta-análise, foram combinados com o método de efeitos aleatórios. Resultados: crianças com apneia obstrutiva do sono e ronco primário apresentam aumento das diferenças de média ponderada no ângulo ANB de 1,64° (P < 0,0001) e 1,54° (P < 0,00001), respectivamente, em comparação com os controles. Um ângulo ANB elevado foi devido, principalmente, a um ângulo SNB diminuído em 1,4° (P = 0,02) em crianças com ronco primário. Crianças com apneia obstrutiva do sono tinham uma distância da espinha nasal posterior ao tecido adenoide mais próximo, medida ao longo da linha ENP-básio, reduzida em 4,17mm (diferença média ponderada) (P < 0,00001) e uma distância da ENP ao tecido adenoide mais próximo, medida ao longo da linha perpendicular à linha sela-básio, reduzida em 3,12mm (diferença média ponderada) (P < 0,0001) em comparação com os controles. Conclusões: existe suporte estatístico para uma associação entre desarmonia craniofacial e distúrbios respiratórios do sono em crianças. No entanto, um aumento do ângulo ANB inferior a 2°, em crianças com apneia obstrutiva do sono e ronco primário, em comparação com os controles, pode ser considerado como tendo significância clínica marginal. Portanto, a evidência para uma relação causal

Eficácia da Pasta MI Plus e do verniz fluoretado PreviDent para o tratamento de lesões de manchas brancas: Um ensaio randomizado controlado Huang GJ, Roloff-Chiang B, Mills BE, Shalchi S, Spiekerman C, Korpak AM, Starrett JL, Greenlee GM, Drangsholt RJ, Matunas JC. Effectiveness of MI Paste Plus and PreviDent fluoride varnish for treatment of white spot lesions: a randomized controlled trial. Am J Orthod Dentofacial Orthop. 2013 Jan;143(1):31-41. Introdução: lesões de manchas brancas são uma sequela comum da terapia ortodôntica. Nesse estudo de grupo paralelo randomizado, foi avaliada a eficácia de dois agentes comumente utilizados para melhorar as lesões de mancha branca, em comparação com um regime normal de cuidados domiciliar. Métodos: pacientes com idades entre 12 e 20 anos foram recrutados a partir dos consultórios de ortodontistas e dentistas que pertenciam a pesquisa colaborativa baseada na prática em rede odontológica com base em evidências. Os pacientes tiveram seus aparelhos ortodônticos removidos nos últimos dois meses e apresentavam pelo menos uma lesão de mancha branca afetando os seus incisivos superiores. Os indivíduos foram aleatoriamente divididos em três grupos: (1) um regime de 8 semanas de Pasta MI Plus (GC América, Alsip, Ill), (2) uma única aplicação de verniz fluoretado PreviDent (Colgate Oral Pharmaceuticals, New York, NY), e (3) cuidado domiciliar usual (controle). Fotografias foram tiradas no momento da seleção e após oito semanas. Dois painéis compostos por 5 profissionais de odontologia e 5 leigos avaliaram, com metodologia cega, o antes e o depois dos pares de fotografias. Avaliações objetivas e autoavaliações também foram realizadas. Resultados: cento e quinze indivíduos completaram o estudo; 34 foram designados para o grupo da Pasta MI Plus, 40 ao grupo do verniz fluoretado, e 41 para o grupo controle. A média da melhoria avaliada pelo painel profissional foi de 21%, 29% e 27%, na Pasta MI Plus, no verniz fluoretado e no grupo controle, respectivamente. Os resultados do painel de leigos foram 29%, 31% e 25%, respectivamente. As melhoras objetivas na superfície afetada foram de 16%, 25% e 17%, respectivamente; autoavaliações de melhoria foram de 37% em todos os três grupos. Nenhuma das avaliações indicou diferenças significativas entre os indivíduos nos braços ativos, em comparação com o grupo controle. Conclusões: a Pasta MI Plus e o verniz fluoretado PreviDent não parecem ser mais eficazes do que o cuidado domiciliar normal, para melhorar a aparência das lesões de mancha branca durante um período de 8 semanas. Tradução: Fernando Kleinübing Rhoden.

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ABSTRACTS

Introdução: o sucesso da expansão maxilar não deveria ser avaliado exclusivamente pela eliminação da mordida cruzada dentária; ele também deveria ser definido como o restabelecimento do crescimento maxilar normal. O objetivo dessa pesquisa foi quantificar alterações palatinas longitudinais em crianças tratadas por constrição maxilar associada a uma mordida cruzada funcional. Métodos: os indivíduos incluídos foram 48 crianças brancas (idade média de 5,2 ± 0,6 anos), divididos em um grupo de tratamento (n = 23) e um grupo controle (n = 25). Crianças do grupo de tratamento tinham constrição maxilar associada a uma mordida cruzada funcional e foram tratadas com um expansor de acrílico cimentado. Moldes dentários foram coletados no início e após 6, 12, 18, 30, 42 e 54 meses. Os modelos foram escaneados em um scanner a laser, e as áreas e volumes da superfície palatina, e seus incrementos ao longo do tempo, foram calculados. Testes não-paramétricos foram utilizados para a análise de dados. A performance diagnóstica para avaliar o sucesso do tratamento da constrição palatina foi avaliada pela curva característica de operação do receptor. Resultados: incrementos significativos na área e volume da superfície palatina foram observados no grupo de tratamento até 30 meses (P<0,05, pelo menos). De acordo com a curva característica de operação do receptor, o melhor desempenho diagnóstico global em termos de precisão foi para o volume palatino em 18 meses, chegando a um valor de 0,85, usando um valor de corte de incrementos de 13,5%. Conclusões: um aumento no volume palatino de pelo menos 13,5 aos 18 meses após o tratamento é um bom indicador para avaliar o restabelecimento do crescimento normal em indivíduos tratados por constrição maxilar na dentição decídua.

de Greulich e Pyle, em diferentes idades, nos períodos pré-adolescente e adolescente, e determinar as diferenças relacionadas a qualquer idade e sexo, na concordância. Métodos: ao utilizar o método de Greulich e Pyle, determinações da idade óssea foram feitas a partir de 572 radiografias de mão e punho de 68 crianças leucodermas com crescimento facial normal, selecionadas a partir dos registros do Burlington Growth Centre, abrangendo o período de crescimento de 9 a 18 anos. As diferenças da idade óssea e da idade cronológica de cada sexo foram analisadas por meio do teste t pareado e Wilcoxon, em intervalos anuais. As diferenças sobre a duração longitudinal foram examinadas utilizando-se a abordagem de modelo misto. Os limites de concordância foram determinados usando-se o método de Bland-Altman. Em cada grupo de idade cronológica anual, as diferenças foram clinicamente classificadas com base na proximidade das idades óssea e cronológica. Resultados: em geral, uma proporção ligeiramente maior de determinações de idade óssea total feitas em meninas (41,9%) estava dentro de 0,5 ano da sua idade cronológica, em comparação com 38% em meninos. As maiores proporções de indivíduos com diferenças de idade cronológica e idade óssea dentro de 0,5 ano foram no grupo com idade de 10 anos em meninas (64,5%) e no grupo com idade de 13 anos em meninos (64,7%). Isso significa que as diferenças de idade cronológica e idade óssea foram significativamente maiores nos grupos com idades de 13 a 16 anos, em meninas, e nos grupos com idades de 16 e 17 anos em meninos, mas as diferenças não foram estatisticamente significativas em outras idades. Identificaram-se vários padrões de variação na direção das diferenças quando parcelas individuais foram examinadas. Conclusões: essa análise longitudinal das diferenças entre as idades cronológica e óssea mostrou grande amplitude e distribuição das diferenças em cada grupo de idade anual durante o período de crescimento de 9 a 18 anos, mesmo quando as diferenças médias eram pequenas. Variações em magnitude e direção das diferenças observadas em diferentes idades destacaram a variabilidade na maturação esquelética entre os jovens que crescem normalmente. Em geral, as diferenças na idade cronológica e óssea foram positivamente relacionadas à idade, com pouco efeito do sexo ou sua interação com a idade.

Tradução: Fernando Kleinübing Rhoden.

Tradução: Fernando Kleinübing Rhoden.

Comparação longitudinal da idade óssea determinada pelo método de Greulich e Pyle e pela idade cronológica, em crianças com crescimento normal, e interpretações clínicas para a Ortodontia

Tomografia de coerência óptica para avaliação da descolagem: um estudo qualitativo in-vitro

Performance diagnóstica da avaliação tridimensional das mudanças no palato, para analisar o sucesso no tratamento da constrição maxilar em indivíduos em crescimento Primožic J, Perinetti G, Contardo L, Ovsenik M. Diagnostic performance of 3-dimensional evaluation of palatal vault changes in assessing successful treatment of constricted maxilla in growing subjects. Am J Orthod Dentofacial Orthop. 2013 Jan;143(1):42-9.

Suri S, Prasad C, Tompson B, Lou W. Longitudinal comparison of skeletal age determined by the Greulich and Pyle method and chronologic age in normally growing children, and clinical interpretations for orthodontics. Am J Orthod Dentofacial Orthop. 2013 Jan;143(1):50-60. Introdução: coincidir o tratamento com períodos de crescimento e maturação óssea acelerada pode ser vantajoso na prática clínica. É necessária uma melhor compreensão da concordância entre as idades cronológica e óssea durante o período em que as crianças frequentemente recebem tratamento ortodôntico. A literatura com base na determinação da idade óssea a partir de radiografias de mão e punho carece de relatórios com base nos dados longitudinais, criando lacunas na compreensão das magnitudes e variações de diferenças entre a idade óssea e a cronológica. Os objetivos dessa pesquisa foram analisar exaustivamente a concordância entre as idades óssea e cronológica, determinadas utilizando-se o método

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Leão Filho JC, Braz AK, de Souza TR, de Araujo RE, Pithon MM, Tanaka OM. Optical coherence tomography for debonding evaluation: an in-vitro qualitative study. Am J Orthod Dentofacial Orthop. 2013 Jan;143(1):61-8. Introdução: o objetivo dessa pesquisa foi demonstrar o potencial da técnica de tomografia de coerência óptica na avaliação de alterações e danos na estrutura do esmalte causados por procedimentos de descolagem e de limpeza. Métodos: braquetes Twin de metal e cerâmica foram colados na superfície vestibular do esmalte de 120 incisivos; os braquetes foram descolados 24 horas depois. As superfícies dos dentes anteriores foram digitalizadas e imagens de tomografia de coerência óptica foram capturadas nos modos bidimensional e tridimensional antes e após a descolagem e limpeza. Foi utilizado um sistema comercial de tomografia de coerência óptica de domínio espectral, com resolução axial espacial de 5mm. O sistema baseia-se na configuração do interferômetro de Michelson. Ele é ligado a um computador pessoal pré-configurado, e as imagens são capturadas por uma sonda digitalizadora que controla


Abstracts

a posição do feixe de luz para a amostra. Foi avaliado um total de 960 imagens. Resultados: a análise das imagens bidimensionais e tridimensionais obtidas com a tomografia de coerência óptica permite a observação e avaliação de restos de adesivo, danos ao esmalte, e os aspectos superficiais do esmalte, em diferentes métodos de remoção do adesivo remanescente. A análise da tomografia de coerência óptica bidimensional permite a observação em profundidade da camada de adesivo remanescente. Conclusões: a tomografia de coerência óptica pode ser uma ferramenta poderosa, para aplicações acadêmicas e clínicas, para a avaliação dos procedimentos de descolagem.

Quantificação da reabsorção radicular externa por meio de radiografia periapical e tomografia computadorizada de feixe cônico com baixa vs alta-resolução: Uma análise volumétrica e linear Ponder SN, Benavides E, Kapila S, Hatch NE. Quantification of external root resorption by low- vs high-resolution cone-beam computed tomography and periapical radiography: A volumetric and linear analysis. Am J Orthod Dentofacial Orthop. 2013 Jan;143(1):77-91.

Introdução: os objetivos desse trabalho foram investigar as respostas em longo prazo da cartilagem do côndilo mandibular em oclusões desequilibradas induzidas experimentalmente e avaliar as mudanças na expressão do eixo SDF-1/CXCR4. Métodos: oclusões desequilibradas induzidas experimentalmente foram criadas em ratos fêmeas Sprague-Dawley com 8 semanas de idade, por meio de métodos ortodônticos. Após 24 semanas, a remodelação da cartilagem do côndilo mandibular foi avaliada por coloração de hematoxilina e eosina. A expressão da proteína e do RNAm de SDF-1, CXCR4, MMP9, IL6, OPG e RANKL foi investigada por meio de coloração imuno-histoquímica e reação em cadeia da polimerase em tempo real. Resultados: respostas óbvias de remodelação degenerativa da cartilagem foram observadas; elas apareceram como distribuições desiguais de disposição celular, perda da integridade da superfície da cartilagem, e áreas livres de células. Respostas regenerativas apresentando-se como espessamento das camadas do conjunto e da cartilagem calcificada no grupo experimental também foram observadas. Em comparação com os controles pareados por idade, os níveis de proteína e de RNAm de SDF-1, CXCR4, MMP9, IL6, e OPG, mas não RANKL, foram aumentados no grupo experimental (todos, P < 0,05). Além disso, o nível de RNAm do RANKL / OPG mostrou uma tendência decrescente no grupo experimental, em comparação com os controles pareados por idade (P = 0,052). Conclusões: esse estudo demonstrou que, em longo prazo, a oclusão desequilibrada induzida experimentalmente leva a uma resposta combinada de degeneração e regeneração da cartilagem mandibular, acompanhada pela interação ativa do eixo SDF-1/CXCR4 e regulação positiva local de MMP9, IL6 e OPG.

Introdução: o objetivo desse estudo foi determinar se imagens de tomografia computadorizada de feixe cônico (TCFC) com resoluções semelhantes às produzidas em consultórios ortodônticos apresentam nitidez suficiente para quantificar com precisão os defeitos de reabsorção radicular. Métodos: dentes contendo defeitos radiculares simulados foram digitalizados por meio de tomografia microcomputadorizada (microTC) e TCFC em resoluções de 0,2 e 0,4mm, e foram radiografados pela técnica periapical. O comprimento radicular foi medido com paquímetro digital. Comparações foram feitas para estabelecer a significância entre as modalidades de imagem e comparar defeitos na diferenciação da severidade e posição. Resultados: a diferença média absoluta em medidas volumétricas de defeitos laterais a partir de imagens de TCFC com resolução de 0,2mm em comparação com aquelas em imagens microTC foi significativamente menor do que naquelas feitas em imagens de TCFC com resolução de 0,4mm (0,20 ± 0,2 mm 3 vs 0,30 ± 0,3 mm3, P = 0,002). A análise de Bland-Altman mostrou que os limites de 95% da variação de concordância entre a TCFC de baixa resolução e medidas volumétricas da microTC foram 1,44 vez maiores em comparação às medidas com a TCFC de alta resolução e da microTC (-0,87–0,68 vs -0,49–0,59mm 3). A precisão das medidas volumétricas também foi significativamente influenciada pelo tamanho do defeito (P = 0,004 para a TCFC de alta resolução, P = 0,005 para a TCFC de baixa resolução) e, em imagens com baixa resolução, pela posição vertical do defeito (P = 0,012). Medidas lineares de defeitos apicais de ambas as imagens de TCFC, com resolução de 0,2 e 0,4mm, foram significativamente mais semelhantes às medidas feitas com paquímetros digitais, em comparação às medidas das radiografias periapicais (P <0,0001 e P <0,0001, respectivamente). Conclusões: nossos resultados demonstraram que, em comparação com as medidas em imagens de tomografia micro-TC, as imagens de TCFC de alta resolução levam a quantificações volumétricas mais precisas de defeitos de reabsorção lateral, em comparação a imagens de baixa resolução. Imagens de TCFC, tanto com alta como com baixa resolução, podem ser usadas para medir com mais precisão os defeitos de reabsorção radicular apical externa do que as radiografias periapicais. Como esses resultados são de exames tomográficos de imagens estáticas, as medidas de defeitos por reabsorção radicular em imagens dos pacientes provavelmente serão menos precisas, devido à movimentação do paciente.

Tradução: Isabella Simões Holz.

Tradução: Isabella Simões Holz.

Tradução: Isabella Simões Holz. Respostas combinadas de remodelação degenerativa e regenerativa do côndilo mandibular, em oclusões desequilibradas induzidas experimentalmente Kuang B, Dai J, Wang QY, Song R, Jiao K, Zhang J, Tian XG, Duan YZ, Wang MQ. Combined degenerative and regenerative remodeling responses of the mandibular condyle to experimentally induced disordered occlusion. Am J Orthod Dentofacial Orthop. 2013 Jan;143(1):69-76.

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Tratamento de uma discrepância transversa severa de arcada dentária assistido por meio de planejamento tridimensional Chen S, Xu TM. Treatment of a severe transverse dental arch discrepancy assisted by 3-dimensional planning. Am J Orthod Dentofacial Orthop. 2013 Jan;143(1):105-15. Este estudo descreve o tratamento de uma menina de 16 anos de idade, com uma grave discrepância transversa de arcada dentária, resultante de uma arcada superior levemente constrita e uma arcada inferior expandida. A paciente apresentava uma relação esquelética de Classe I, um ângulo do plano mandibular aberto, uma relação molar de Classe III, mordida cruzada posterior bilateral e linhas médias desviadas. A configuração digital 3D foi usada para auxiliar o planejamento do tratamento. As configurações digitais permitiram avaliar múltiplas opções de tratamento antes de decidir sobre a mais adequada para a paciente. O protocolo de tratamento final consistiu de extração de segundos pré-molares superiores e primeiros molares inferiores, devido à hipoplasia de esmalte. No início, com a fase de nivelamento e alinhamento do tratamento, os fios superiores foram expandidos e os fios inferiores foram constritos para corrigir a discrepância transversal. Um arco de expansão auxiliar foi usado para atingir a sobrecorreção. O período de tratamento ativo foi de 24 meses. Oberbite e overjet adequados, equilíbrio facial e uma boa oclusão foram atingidos. Tradução: Letícia Moraes de Aguiar. Contenções linguais coladas sem resina líquida: Um estudo de 5 anos de acompanhamento Tang AT, Forsberg CM, Andlin-Sobocki A, Ekstrand J, Hägg U. Lingual retainers bonded without liquid resin: a 5-year follow-up study. Am J Orthod Dentofacial Orthop. 2013 Jan;143(1):101-4. Objetivo: o objetivo desse estudo in vivo foi avaliar o efeito de excluir o componente líquido da resina de um produto compósito de colagem, que é baseado em bisfenol A diglicidil metacrilato, na colagem de contenções linguais. Material e Métodos: a amostra foi composta por 40 contenções de metal coladas nas superfícies linguais dos dentes anteriores superiores e inferiores. As resinas composta e líquida Transbond LR (3M Unitek, Monróvia, Calif) foram usadas para colar as contenções no grupo controle (20 contenções). O mesmo material de colagem foi usado no grupo teste (20 contenções), mas o componente líquido da resina foi excluído. O tempo (em meses) de duração de contenção foi analisado usando o método produto-limite de Kaplan-Meier e o teste de log rank. Resultados: 50% das contenções do grupo controle e 60% do grupo teste não apresentaram falhas de adesão durante o período de observação de 5 anos; a diferença não foi estatisticamente significativa. Falhas de união foram registradas em 13,6% das superfícies dos dentes colados no grupo controle e em 14,9% no grupo teste; a diferença não foi estatisticamente significativa. Em média, as con-

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tenções permaneceram intactas, nos grupos controle e teste, após 36 e 32 meses, respectivamente. Os tempos médios de duração dos grupos controle e teste foram de 43 meses e mais de 47 meses, respectivamente. Nem a análise de sobrevida, nem os intervalos de confiança de 95% (24-49 meses no grupo controle, 24-40 meses no grupo teste) sugeriram alguma diferença estatisticamente significativa entre os grupos. Conclusões: contenções linguais metálicas podem ser coladas com sucesso sem resina líquida e igualmente servir clinicamente o paciente tão bem quanto as contenções coladas com a técnica convencional. Tradução: Letícia Moraes de Aguiar. Verticalização ortodôntica de segundos molares inferiores severamente impactados Lau CK, Whang CZ, Bister D. Orthodontic uprighting of severely impacted mandibular second molars. Am J Orthod Dentofacial Orthop. 2013 Jan;143(1):116-24. Objetivo: a prevalência de segundos molares impactados é baixa, variando de 0 a 2,3%. A etiologia da impacção pode envolver fatores sistêmicos, locais e periodontais, assim como uma perturbação no desenvolvimento do germe dentário. Diversas opções de tratamento cirúrgico e ortodôntico têm sido sugeridas na literatura, incluindo a manutenção do dente in situ, remoção do segundo molar impactado, verticalização ortodôntica e autotransplante. A remoção de terceiros molares tem sido sugerida como complemento para a criação de espaço. Material e Métodos: esse artigo apresenta o tratamento de uma menina com segundos molares severamente impactados, bilateralmente, assim como um canino superior esquerdo ectópico e apinhamento severo afetando tanto a arcada mandibular como a maxilar. O tratamento foi concluído com sucesso com aparelho fixo Edgewise pré-ajustado (tamanho do slot 0,022" X 0,028") e prescrição MBT (Braquetes Gemini com adesivo pré-incorporado pelo sistema APC; 3M Unitek, ST. Paul, EUA) juntamente com a extração dos 4 primeiros pré-molares. O canino superior esquerdo e os segundos molares inferiores foram expostos cirurgicamente. Resultados: a mecânica de tratamento mostrou que mesmo os segundos molares severamente impactados podem ser verticalizados por técnicas Straight-Wire convencionais, que são fáceis de aplicar. O centro de rotação do segundo molar encontra-se na bifurcação das raízes desse dente, e essa propriedade biomecânica foi aproveitada em toda sua extensão. A técnica aplicada compreendeu o reposicionamento de braquetes, bypass do braquete, conversão de tubos de molares em braquetes, arcos termoelásticos de cobre-níquel-titânio, e mola de secção aberta. Outras mecânicas de tratamento ortodôntico, que requerem técnicas complexas seccionais ou segmentares, auxiliares ou dobras artísticas no fio, que têm sido sugeridas na literatura não foram aqui utilizadas. Os terceiros molares não foram removidos. Tradução: Tatiana Sanches Almeida de Oliveira.


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2. Resumo/Abstract — os resumos estruturados, em português e inglês, de 250 palavras ou menos são os preferidos. — os resumos estruturados devem conter as seções: INTRODUÇÃO, com a proposição do estudo; MÉTODOS, descrevendo como o mesmo foi realizado; RESULTADOS, descrevendo os resultados primários; e CONCLUSÕES, relatando o que os autores concluíram dos resultados, além das implicações clínicas. — os resumos devem ser acompanhados de 3 a 5 palavraschave, ou descritores, também em português e em inglês, as quais devem ser adequadas conforme o MeSH/DeCS. 3. Texto — o texto deve ser organizado nas seguintes seções: Introdução, Material e Métodos, Resultados, Discussão, Conclusões, Referências, e Legendas das figuras. — os textos devem ter o número máximo de 4.000 palavras, incluindo legendas das figuras, resumo, abstract e referências. — envie as figuras em arquivos separados (ver logo abaixo). — também insira as legendas das figuras no corpo do texto, para orientar a montagem final do artigo. 4. Figuras — as imagens digitais devem ser no formato JPG ou TIF, em CMYK ou tons de cinza, com pelo menos 7 cm de largura e 300 dpis de resolução. — as imagens devem ser enviadas em arquivos independentes. — se uma figura já foi publicada anteriormente, sua legenda deve dar todo o crédito à fonte original. — todas as figuras devem ser citadas no texto. 5. Gráficos e traçados cefalométricos — devem ser enviados os arquivos contendo as versões originais dos gráficos e traçados, nos programas que foram utilizados para sua confecção. — não é recomendado o envio dos mesmos apenas em formato de imagem bitmap (não editável). — os desenhos enviados podem ser melhorados ou redesenhados pela produção da revista, a critério do Corpo Editorial. 6. Tabelas — as tabelas devem ser autoexplicativas e devem complementar, e não duplicar o texto. — devem ser numeradas com algarismos arábicos, na ordem em que são mencionadas no texto. — forneça um breve título para cada uma. — se uma tabela tiver sido publicada anteriormente, inclua uma nota de rodapé dando crédito à fonte original. — apresente as tabelas como arquivo de texto (Word ou Excel, por exemplo), e não como elemento gráfico (imagem não editável).

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Instruções aos autores

7. Comitês de Ética — Os artigos devem, se aplicável, fazer referência a pareceres de Comitês de Ética. 8. Declarações exigidas Todos os manuscritos devem ser acompanhados das seguintes declarações, a serem preenchidas no momento da submissão do artigo: — Cessão de Direitos Autorais Transferindo todos os direitos autorais do manuscrito para a Dental Press International, caso o trabalho seja publicado. — Conflito de Interesse Caso exista qualquer tipo de interesse dos autores para com o objeto de pesquisa do trabalho, esse deve ser explicitado. — Proteção aos Direitos Humanos e de Animais Caso se aplique, informar o cumprimento das recomendações dos organismos internacionais de proteção e da Declaração de Helsinki, acatando os padrões éticos do comitê responsável por experimentação humana/animal. — Consentimento Informado Os pacientes têm direito à privacidade que não deve ser violada sem um consentimento informado. 9. Referências — todos os artigos citados no texto devem constar na lista de referências. — todas as referências listadas devem ser citadas no texto. — com o objetivo de facilitar a leitura do texto, as referências serão citadas no texto apenas indicando a sua numeração. — as referências devem ser identificadas no texto por números arábicos sobrescritos e numeradas na ordem em que são citadas no texto. — as abreviações dos títulos dos periódicos devem ser normalizadas de acordo com as publicações “Index Medicus” e “Index to Dental Literature”. — a exatidão das referências é de responsabilidade dos autores; as mesmas devem conter todos os dados necessários à sua identificação. — as referências devem ser apresentadas no final do texto obedecendo às Normas Vancouver (http://www.nlm.nih. gov/bsd/uniform_requirements.html). — utilize os exemplos ao lado.

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Artigos com até seis autores Sterrett JD, Oliver T, Robinson F, Fortson W, Knaak B, Russell CM. Width/length ratios of normal clinical crowns of the maxillary anterior dentition in man. J Clin Periodontol. 1999 Mar;26(3):153-7. Artigos com mais de seis autores De Munck J, Van Landuyt K, Peumans M, Poitevin A, Lambrechts P, Braem M, et al. A critical review of the durability of adhesion to tooth tissue: methods and results. J Dent Res. 2005 Feb;84(2):118-32. Capítulo de livro Kina S. Preparos dentários com finalidade protética. In: Kina S, Brugnera A. Invisível: restaurações estéticas cerâmicas. Maringá: Dental Press; 2007. cap. 6, p. 223-301. Capítulo de livro com editor Breedlove GK, Schorfheide AM. Adolescent pregnancy. 2nd ed. Wieczorek RR, editor. White Plains (NY): March of Dimes Education Services; 2001. Dissertação, tese e trabalho de conclusão de curso Beltrami LER. Braquetes com sulcos retentivos na base, colados clinicamente e removidos em laboratórios por testes de tração, cisalhamento e torção [dissertação]. Bauru (SP): Universidade de São Paulo; 1990. Formato eletrônico Câmara CALP. Estética em Ortodontia: Diagramas de Referências Estéticas Dentárias (DRED) e Faciais (DREF). Rev Dental Press Ortod Ortop Facial. 2006 nov-dez;11(6):130-56. [Acesso 12 jun 2008]. Disponível em: www.scielo.br/pdf/dpress/v11n6/ a15v11n6.pdf.

* Para submeter novos trabalhos acesse o site:

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registro de ensaios clínicos

Os ensaios clínicos se encontram entre as melhores evidências para tomada de decisões clínicas. Considera-se ensaio clínico todo projeto de pesquisa com pacientes que seja prospectivo, nos quais exista intervenção clínica ou medicamentosa com objetivo de comparação de causa/efeito entre os grupos estudados e que, potencialmente, possa ter interferência sobre a saúde dos envolvidos. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), os ensaios clínicos controlados aleatórios e os ensaios clínicos devem ser notificados e registrados antes de serem iniciados. O registro desses ensaios tem sido proposto com o intuito de identificar todos os ensaios clínicos em execução e seus respectivos resultados, uma vez que nem todos são publicados em revistas científicas; preservar a saúde dos indivíduos que aderem ao estudo como pacientes; bem como impulsionar a comunicação e a cooperação de instituições de pesquisa entre si e com as parcelas da sociedade com interesse em um assunto específico. Adicionalmente, o registro permite reconhecer as lacunas no conhecimento existentes em diferentes áreas, observar tendências no campo dos estudos e identificar os especialistas nos assuntos. Reconhecendo a importância dessas iniciativas e para que as revistas da América Latina e Caribe sigam recomendações e padrões internacionais de qualidade, a BIREME recomendou aos editores de revistas científicas da área da Saúde indexadas na Scientific Library Electronic Online (SciELO) e na LILACS (Literatura Latino-americana e do Caribe de Informação em Ciências da Saúde) que tornem públicas estas exigências e seu contexto. Assim como na base MEDLINE, foram incluídos campos específicos na LILACS e SciELO para o número de registro de ensaios clínicos dos artigos publicados nas revistas da área da Saúde. Ao mesmo tempo, o International Committee of Medical Journal Editors (ICMJE) sugeriu aos editores de revistas científicas que exijam dos autores o número de registro no momento da submissão de trabalhos. O registro dos ensaios clínicos pode ser feito em um dos Registros de Ensaios Clínicos validados pela OMS e ICMJE, cujos endereços estão disponíveis no site do ICMJE. Para que sejam validados, os Registros de Ensaios Clínicos devem seguir um conjunto de critérios estabelecidos pela OMS.

Portal para divulgação e registro dos ensaios A OMS, com objetivo de fornecer maior visibilidade aos Registros de Ensaios Clínicos validados, lançou o portal WHO Clinical Trial Search Portal (http://www.who.int/ictrp/network/en/index. html), com interface que permite a busca simultânea em diversas bases. A pesquisa, nesse portal, pode ser feita por palavras, pelo título dos ensaios clínicos ou pelo número de identificação. O resultado mostra todos os ensaios existentes, em diferentes fases de execução, com enlaces para a descrição completa no Registro Primário de Ensaios Clínicos correspondente. A qualidade da informação disponível nesse portal é garantida pelos produtores dos Registros de Ensaios Clínicos que

integram a rede recém-criada pela OMS: WHO Network of Collaborating Clinical Trial Registers. Essa rede permitirá o intercâmbio entre os produtores dos Registros de Ensaios Clínicos para a definição de boas práticas e controles de qualidade. Os sites para que possam ser feitos os registros primários de ensaios clínicos são: www.actr.org.au (Australian Clinical Trials Registry), www.clinicaltrials.gov e http://isrctn.org (International Standard Randomised Controlled Trial Number Register (ISRCTN). Os registros nacionais estão sendo criados e, na medida do possível, os ensaios clínicos registrados nos mesmos serão direcionados para os recomendados pela OMS. A OMS propõe um conjunto mínimo de informações que devem ser registradas sobre cada ensaio, como: número único de identificação, data de registro do ensaio, identidades secundárias, fontes de financiamento e suporte material, principal patrocinador, outros patrocinadores, contato para dúvidas do público, contato para dúvidas científicas, título público do estudo, título científico, países de recrutamento, problemas de saúde estudados, intervenções, critérios de inclusão e exclusão, tipo de estudo, data de recrutamento do primeiro voluntário, tamanho da amostra pretendido, status do recrutamento e medidas de resultados primárias e secundárias. Atualmente, a Rede de Colaboradores está organizada em três categorias: - Registros Primários: cumprem com os requisitos mínimos e contribuem para o Portal; - Registros Parceiros: cumprem com os requisitos mínimos, mas enviam os dados para o Portal, somente através de parceria com um dos Registros Primários; - Registros Potenciais: em processo de validação pela Secretaria do Portal, ainda não contribuem para o Portal.

Posicionamento da Revista Clínica de Ortodontia Dental Press A REVISTA CLÍNICA DE ORTODONTIA DENTAL PRESS apoia as políticas para registro de ensaios clínicos da Organização Mundial da Saúde - OMS (http://www.who.int/ictrp/ en/) e do International Committee of Medical Journal Editors – ICMJE (http://www.wame.org/wamestmt.htm#trialreg e http:// www.icmje.org/clin_trialup.htm), reconhecendo a importância dessas iniciativas para o registro e divulgação internacional de informação sobre estudos clínicos, em acesso aberto. Sendo assim, seguindo as orientações da BIREME/OPAS/OMS para a indexação de periódicos na LILACS e SciELO, somente serão aceitos para publicação os artigos de pesquisas clínicas que tenham recebido um número de identificação em um dos Registros de Ensaios Clínicos, validados pelos critérios estabelecidos pela OMS e ICMJE, cujos endereços estão disponíveis no site do ICMJE: http://www.icmje.org/faq.pdf. O número de identificação deverá ser registrado ao final do resumo. Consequentemente, recomendamos aos autores que procedam o registro dos ensaios clínicos antes do início de sua execução.

Rev Clín Ortod Dental Press. 2013 ago-set;12(4):125-7

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