Revista Clínica de Ortodontia Dental Press v.12, n. 6 dezembro / janeiro 2014

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Revista ClĂ­nica de Ortodontia Dental Press | Volume 12 | nĂşmero 6 | dezembro 2013/janeiro 2014 | ISSN 16766849



ortodontia Rev ClĂ­n Ortod Dental Press. 2013 dez-2014 jan;12(6):1-112 | ISSN 16766849


Revista Clínica de Ortodontia Dental Press - Qualis / CAPES: B4 - Interdisciplinar B4 - Odontologia B5 - Engenharias III B5 - Medicina III C - Biotecnologia

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Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) Revista Clínica de Ortodontia Dental Press. – v. 1, n. 1 (fev./mar. 2002). – Maringá : Dental Press International, 2002-. Bimestral. ISSN 1676-6849. 1. Ortodontia – Periódicos. I. Dental Press International. CDD 21.ed. 617.643005

desde 2013

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Créditos fotografia da capa: Copyright Fotosearch Royalty-Free Image. Smiling woman leaning on hands.


Artigos 18 Método para mesializar segundos molares inferiores em casos de primeiros molares extraídos A method to move lower second molars to mesial in cases with first molar extractions Marden Bastos

39 Ortodontia em paciente periodontal: relato de caso clínico Orthodontics in periodontal patient: case report Luciana Artioli Costa, Letícia Venâncio, Benedito Viana Freitas, Alex Luiz Pozzobon Pereira

52

Influência da cor na atratividade estética de arcos ortodônticos extrabucais Influence of color in the aesthetic attractiveness of headgear orthodontic arches Matheus Melo Pithon, Caio Sousa Ferraz, Adrielle Mangabeira dos Santos, Gabriel Couto de Oliveira, Adriana Viriato Ribeiro, Felipe Carvalho Souza Baião, Letícia Iandeyara Dantas de Andrade Sant’Anna, Amir Felipe Souza Santos, Raildo Silva Coqueiro

62

Extração de primeiros molares permanentes no tratamento ortodôntico: relato de caso First permanent molars extraction in orthodontic treatment: A case report Fabrício Pinelli Valarelli, Mayara Paim Patel, Tatianne Silva de Sá Mendes, Cláudia Cristina da Silva, Daniela Olivia Ferrari Carvalho

75 Quais as informações disponíveis ao público leigo a respeito do tempo de tratamento com braquetes autoligáveis? What information is available to the general public regarding the duration of treatment with self-ligating brackets? Matheus Melo Pithon, Juciara França dos Santos, Onily Duarte Silva de Almeida, Vinicius Oliveira Matos

88

Fechamento ortodôntico de espaço como opção de tratamento para incisivo superior traumatizado: relato de caso clínico Orthodontic space closure as a treatment alternative for traumatized upper central incisor: A case report Letícia Spinelli Jacoby, Deborah Platcheck

Seções

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Editorial | Inovar ou morrer! | Carlo Marassi

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Pergunte a um Expert | Afinal, o que podemos esperar do sistema Invisalign? | Eduardo Kant Colunga Rothier

36 Acontecimentos 38 Eventos 50 Marketing | Autoconhecimento: uma das ferramentas mais poderosas de administração e marketing | Henrique Nakama 102 Controvérsias | Reabsorção interna não tem como ser induzida pelo tratamento ortodôntico: a causa é o traumatismo dentário! | Alberto Consolaro, Renata Bianco Consolaro 107 Abstracts | Resumos, em português, de artigos publicados em importantes revistas de Ortodontia de todo o mundo. Informação qualificada e oportuna para a melhoria de sua prática clínica


EDITOR Carlo Marassi

CPO SLMANDIC-SP

EDITORES EMÉRITOS

CONSULTORES CIENTÍFICOS Ortodontia

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Célia Regina Maio Pinzan Vercelino

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PUBLISHER Laurindo Furquim

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Coordenador dos Abstracts Mauricio de Almeida Cardoso

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CONSELHO EDITORIAL CIENTÍFICO Adilson Luiz Ramos

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Dentística Renata Pascotto

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E d i to r ia l

Inovar ou morrer! Carlo Marassi | Editor

Acompanho a evolução da Editora Dental Press desde seus primórdios, e sempre admirei a visão dos seus criadores, Laurindo Furquim e Teresa D’Aurea Furquim. O empenho desses empreendedores e de sua família, as ótimas parcerias e uma equipe excepcional fizeram da Dental Press uma empresa de muito sucesso. Suas revistas e livros ocupam, sempre, lugar de destaque, sendo a Revista Clínica de Ortodontia o periódico de maior circulação no Brasil, dentro de seu segmento. Senti-me, portanto, muito prestigiado ao receber o convite para fazer parte desse time e iniciar minha contribuição a partir da presente edição. Considero uma grande honra ser sucessor do editor Weber Ursi. Há quase vinte anos assisti uma palestra desse colega e fiquei tão impressionado com seu conhecimento e com sua apresentação que decidi me tornar professor. Com o passar do tempo, tive oportunidade de conhecê-lo melhor e perceber inúmeras qualidades profissionais e pessoais. Fico, então, muito contente em dar continuidade ao excelente trabalho desse ilustre amigo. Após assumir o desafio de ser o novo editor, fizemos reuniões para planejar os próximos passos da revista, e a palavra de ordem foi inovar. As primeiras mudanças já começaram a acontecer. O layout da revista foi renovado por seu ótimo produtor editorial, Júnior Bianco: a revista está mais clara e fácil de ler.

©DentalPress Publishing / Rev Clín Ortod Dental Press. 2013 dez-2014 jan;12(6):5

Novas ideias entrarão em prática nas próximas edições, visando tornar a Revista Clínica de Ortodontia mais interativa e ainda mais útil e interessante para seus leitores. Nesse processo de busca por inovações, me lembrei de uma matéria que li há algum tempo e que possuía o mesmo título desse editorial. O texto da matéria falava da importância da inovação para empresas e profissionais e trazia um parágrafo que vale a pena ler com atenção e refletir: “Aquele que não inova não está condenado à morte súbita, mas afunda diariamente no terreno movediço da irrelevância e do esquecimento.” Muito interessante esse texto, pois nos lembra de que, se não ficarmos atentos ao novo, podemos demorar muito tempo para perceber que estamos perdendo a vitalidade profissional. É com esse espírito inovador que eu os convido a se manterem vivos, nos acompanhando nessa e nas próximas edições da Revista Clínica de Ortodontia, adquirindo conhecimentos e se inteirando de novas tecnologias e novas formas de tratamento. Boa Leitura! Carlo Marassi.

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P e rg u n te a um ex pert

Afinal, o que podemos esperar do sistema Invisalign? Eduardo Kant Colunga Rothier Graduado em Odontologia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Especialista em Ortodontia e Ortopedia Facial, Mestre em Clínica Odontológica e em Ortodontia pela Universidade Federal Fluminense.

Introdução Em meados de 2003, ainda na especialização, fui apresentado a um novo sistema de alinhadores termoplásticos, denominado Invisalign. Na época, era uma novidade que prometia poucos resultados, basicamente o tratamento de pequenas recidivas, apinhamentos e diastemas muito sutis. Confesso que, na ocasião, os alinhadores não chamaram muito a minha atenção, mas também fui apresentado a um setup virtual denominado ClinCheck. Isso sim despertou meu interesse, como uma ferramenta muito interessante. Na época eu fazia setup de todos os casos, o que segui fazendo durante os anos que viriam mesmo após o término do curso de especialização na Universidade Federal Fluminense. Entendo essas simulações de modelo como um complemento para o bom planejamento do caso. Elas permitem ao profissional testar seus planos de tratamento e auxiliam na compreensão dos pacientes acerca da terapia proposta. Havia muita resistência ao Invisalign em 2003, um ceticismo saudável, mas sabia que esse era o caminho a ser seguido, e no ano seguinte fiz meu credenciamento nesse sistema. Depois de 12 anos da chegada desse sistema ao Brasil, muita coisa mudou; hoje existe um número grande de publicações, clubes de estudos promovidos pela Align Technology do Brasil e até mesmo grupos de estudo privados, como o Premier Smile. Entretanto, sendo algo ainda recente na Ortodontia, muitas dúvidas existem sobre qual a real possibilidade de inserção desse sistema como opção de tratamento de nossos pacientes.

Como citar este artigo: Rothier EKC. Afinal, o que podemos esperar do sistema Invisalign? Rev Clín Ortod Dental Press. 2013 dez-

O autor declara não ter interesses associativos, comerciais, de

2014 jan;12(6):6-14.

propriedade ou financeiros que representem conflito de interesse nos produtos e companhias descritos nesse artigo.

Enviado em: 05/11/2013 - Revisado e aceito: 12/11/2013 O(s) paciente(s) que aparece(m) no presente artigo Endereço de correspondência: Eduardo Kant Colunga Rothier – Rua Visconde de Pirajá, 414 – Sala 719 – Ipanema

autorizou(aram) previamente a publicação de suas fotografias

CEP: 22410-002 – Rio de Janeiro/RJ – E-mail: eduardorothier@yahoo.com.br

faciais e intrabucais, e/ou radiografias.

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Rothier EKC

Mesmo com o planejamento computadorizado, a previsibilidade do resultado é relativa e varia de acordo com o tipo de movimento a ser planejado. Além disso, ao se comparar casos tratados com o sistema Invisalign e com aparelhos fixos convencionais, contatou-se que o segundo obteve os melhores resultados, em especial em discrepâncias anteroposteriores, o que não invalida a técnica. O ortodontista deve tecer as seguintes considerações ao avaliar cada caso: » Qual é a queixa principal? O resultado desejado pelo paciente vai de encontro com uma oclusão ideal ou uma camuflagem estética? É muito importante o paciente ser esclarecido acerca das limitações do aparelho e da proposta de tratamento. » O paciente tem o padrão de comportamento para o uso de aparelhos removíveis? É um sistema que demanda colaboração do paciente. » O caso é passível de tratamento apenas com Invisalign? Ou há necessidade de uso de auxiliares? Muitos pacientes não aceitam iniciar o tratamento com

esse sistema se houver a necessidade de uso de elásticos, attachments em dentes anteriores ou mesmo a possibilidade de terminar o caso com aparelho fixo. O Invisalign utiliza tecnologia de computação que inclui tomografias, setups virtuais e prototipagem, o que confere ao sistema maior precisão e amplitude de possibilidades. A despeito desses avanços, a técnica não substitui o tratamento convencional. Grande parte dos autores não exclui a possibilidade de finalização do tratamento com aparelhagem fixa. Existem limitações, inerentes ao material, com respeito aos movimentos dentários que podem ser executados. Contudo, certos casos bem selecionados podem se beneficiar com a técnica. Entre as modalidades de tratamento para pacientes em que se deseja manter a intercuspidação posterior, mas possuem necessidade de correção de diastemas ou de apinhamentos de até 6mm, esse sistema é a melhor opção para esse paciente, trazendo, assim, vantagens, como facilidade de higiene, conforto e estética durante o tratamento.

Referências: 1. Ay ZY, Sayin MO, O´zat Y, Atilla AO, Bozkurt, FY. Appropriate oral Hygiene motivation method for patients with fixed appliances. Angle Orthod. 2007;77(6):1085-9. 2. Baldwin DK, King G, Ramsay DS. Activation time and material stiffness of sequential removable orthodontic appliances. Part 3: Premolar extraction appliances. Am J Orthod Dentofacial Orthop. 2008;133(6):837-45. 3. Boyd RL. Surgical-Orthodontic treatment of two skeletal class III patients with Invisalign and fixed appliances. J Clin Orthod. 2005;34(4):245-58. 4. Boyd R, Miller RJ, Vlaskalic V. The Invisalign System in adult orthodontics: mild crowding and space closure cases. J Clin Orthod. 2000;34(4):203-12. 5. Boyd RL. Complex orthodontic treatment using a new protocol for the Invisalign appliance. J Clin Orthod. 2007;41(9):525-47. 6. Boyd RL. Esthetic orthodontic treatment using the Invisalign appliance for moderate to complex malocclusions. J Dent Educ. 2008;72(8):948-67. 7. Chen M, Wang D, Wu L. Fixed orthodontic appliance therapy and its impact on oral health-related quality of life in Chinese patients. Angle Orthod. 2010;80(1):49-53. 8. Chenin DA, Trosien AH, Fong PF, Miller RA, Lee RS. Orthodontic treatment with a series of removable appliances. J Am Dent Assoc. 2003;134(9):1232-9. 9. Clements KM, Bollen A, Huang G, King G, Hujoel P, Ma T. Activation time and material stiffness of sequential removable orthodontic appliances. Part 2: Dental improvements. Am J Orthod Dentofacial Orthop. 2003;124(5):502-8. 10. Djeu G, Shelton C, Maganzini A. Outcome assessment of Invisalign and traditional orthodontic treatment compared with the American Board of Orthodontics Objective Grading System. Am J Orthod Dentofacial Orthop. 2005;128(3):292-8.

11. Eliades T, Bourauel C. Intraoral age in of orthodontic materials: the picture we miss and its clinical relevance. Am J Orthod Dentofacial Orthop. 2005;127(4):403-12. 12. Eliades T, Pratsinis H, Athanasiou AE, Eliades G, Kletsas D. Cytotoxity and estrogenicity of Invisalign appliances. Am J Orthod Dentofacial Orthop. 2009;136(1):100-3. 13. Faltin RM, Almeida MAA, Kessner CA, FaltinJúnior K. Efficiency, three-dimensional planning prediction of the orthodontic treatment with the Invisalign System: case report. Rev Clín Ortod Dental Press. 2003;2(2):61-71. 14. Gianccoti A, Ronchin M. Pre-restorative treatment with the Invisalign treatment. J Clin Orthod. 2006;40(11):679-82. 15. Gianccoti A, Girolamo RD, Treatment of severe maxillary crowding using Invisalign and fixed appliances. J Clin Orthod. 2009;43(9):583-9. 16. Guarneri M, Gracco A, Farina A, Schwarze J. Attachment of intermaxillary elastics to thermoformed aligners. J Clin Orthod. 2009;43(1):34-7. 17. Karkhanechi M, Chow D, Sipkin J, Sherman D, Boylan RJ, Norman RG, et al. Periodontal status of adult patients treated with fixed buccal appliances and removable aligners over one year of active orthodontic therapy. Angle Orthod. 2013;83(1):146-51. 18. Kravitz ND, Kusnoto B, BeGole E, Obrez A, Agran B. How well does Invisalign work? A prospective clinical study evaluating the efficacy of tooth movement with Invisalign. Am J Orthod Dentofacial Orthop. 2009;135(1):27-35. 19. Miller RJ, Duong TT, Derakhsan M. Lower incisor extraction treatment with the Invisalign System. J Clin Orthod. 2002;36(2):95-102. 20. Miller RJ, Derakshan M. The Invisalign System: case report of a patient with deep bite, upper incisor flaring and severe curve of Spee. Semin Orthod. 2002;8:43-50.

©DentalPress Publishing / Rev Clín Ortod Dental Press. 2013 dez-2014 jan;12(6):6-14

21. Norris RA, Brandt DJ, Crawford CH, Fallah M. Restorative and Invisalign: a new approach. J Esthet Restor Dent. 2002;14(4):217-24. 22. Rocke PA. A simple technique for placing attachments. J Clin Orthod. 2008;42(10):594. 23. Roswall MD, Fields HW, Ziunchkowski J, Rosenstiel SF, Johnston WM. Attractiveness, acceptability, and value of orthodontic appliances. Am J Orthod Dentofacial Orthop. 2009;135(3):276.e1-12. 24. Schott TC, Goz G. Color fading of the blue compliance indicator encapsulated in removable clear Invisalign Teen aligners. Angle Orthod. 2011;81(2):185-91. 25. Shupp W, Haubrich J, Neumann I. Class II Correction with the Invisalign System. J Clin Orthod. 2010;44(1):28-35. 26. Turatti G, Womack R, Bracco P. Incisor intrusion with Invisalign treatment of an adult periodontal patient. J Clin Orthod. 2006;40(3):171-4. 27. Vicent S. Evaluation of Invisalign treatment utilizing the American Board of Orthodontics Objective Grading System for dental casts. Am J Orthod Dentofacial Orthop. 2005;127(2):268-9. 28. Vlaskalic V, Boyd R. Orthodontic treatment of a mild crowded malocclusion using the Invisalign System. Aust Orthod J. 2001;17(1):41-6. 29. Womack WR, Ahn JH, Ammari Z, Castillo A. A new approach to correction of crowding. Am J Orthod Dentofacial Orthop. 2002;122(3):310-6. 30. Womack WR. Four-premolar extraction treatment with Invisalign. J Clin Orthod. 2006;40(8):493-500. 31. Womack WR, Day RH. Surgical-Orthodontic treatment using the Invisalign System. J Clin Orthod. 2008;42(4):237-45. 32. Ziuchkovski JP, Fields HW, Johnstons WM, Lindsey DT. Assessment of perceived orthodontic appliance attractiveness. Am J Orthod Dentofacial Orthop. 2008;133(4):S68-78.

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Brazil international forum São Paulo, 11-12 de abril de 2014

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D I CA cl Í N I CA

Método para mesializar segundos molares inferiores em casos de primeiros molares extraídos Marden Bastos Especialista em Ortodontia, ABO/MG. Mestre em Ortodontia, Faculdade São Leopoldo Mandic.

Introdução É comum a extração precoce de primeiros molares inferiores, o que leva a uma má oclusão característica, em que o segundo molar inferior se inclina mesialmente e o primeiro pré-molar superior extrui no espaço do primeiro molar inferior ausente. A pergunta mais frequente dos pacientes é se é possível fechar esse espaço. Assim, devemos analisar cada caso, levando em conta fatores de fechamento desse espaço e outros fatores, como a possibilidade de perda de ancoragem anterior, condição óssea na região do primeiro molar extraído e tipo de má oclusão. Descreveremos um dos métodos para a mesialização dos segundos molares inferiores com um arco com alças de Bull ativadas por dobras cadeado e um APM IV, do Dr. Carlos Martins Coelho Filho, para reforçar a ancoragem anteroinferior. Esse método é mais rápido e apresenta menos efeitos colaterais.

Como citar este artigo: Bastos M. Método para mesializar segundos molares inferiores em casos de primeiros molares extraídos.

O autor declara não ter interesses associativos, comerciais, de

Rev Clín Ortod Dental Press. 2013 dez-2014 jan;12(6):18-35.

propriedade ou financeiros que representem conflito de interesse nos produtos e companhias descritos nesse artigo.

Enviado em: 15/11/2013 - Revisado e aceito: 22/11/2013 Endereço de correspondência: Marden Bastos

O(s) paciente(s) que aparece(m) no presente artigo

Rua Francisco Cambraia Campos, 144 – Centro – Oliveira/MG – CEP: 35540-000.

autorizou(aram) previamente a publicação de suas fotografias

E-mail: marden@mardenbastos.com

faciais e intrabucais, e/ou radiografias.

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Método para mesializar segundos molares inferiores em casos de primeiros molares extraídos

Figura 1 e 2: Representação de caso onde primeiros molares inferiores foram extraídos após o alinhamento e nivelamento superior e inferior até segundos pré-molares.

Figura 3: Vista oclusal de uma situação clínica comum em casos de extração precoce dos primeiros molares inferiores.

Figura 4: Sobreponha o modelo com um arco 0,017" x 0,025" de aço.

Figura 5 e 6: Marque entre o canino e o primeiro pré-molar.

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Método para mesializar segundos molares inferiores em casos de primeiros molares extraídos

Figura 106: Verticalização final do segundo molar inferior com um arco de aço de 0,017" x 0,025" com ômegas, desvio e ângulo caudal e conjugado de molar a molar com amarrilho de 0,012", para evitar a abertura de espaços.

Figura 107: Finalização da mecânica.

Figura 108: Fotografia oclusal final dos espaços fechados.

Figura 109: Vista lateral final do caso terminado. É importante ressaltar que um protocolo de contenção rígido deve ser seguido, pois existe a tendência à recidiva.

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AC O N T ECI MENTOS

Dental Press no Congresso da OMD A Dental Press participou do XXII Congresso da Ordem do Médicos Dentistas de Portugal (OMD), realizado de 21 a 23 de novembro, com apresentação de inúmeros palestrantes e atividades científicas, diversos expositores e recorde de inscritos. 1

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(1) Dras. Ana Paula e Sílvia Lopes. (2) Dra. Karin Pellenz e Dr. Durval Gonçalves Santos. (3) Drs. Paulo Ribeiro de Melo, Orlando Monteiro da Silva, Teresa Furquim, Pedro Pires e Jaime Alberich Mota. (4) Dras. Vanda Domingos, Lucia Coutinho e Vera Terra. (5) Participantes do Congresso no stand da Nobel Biocare. (6) Haroldo Vieira, Dra. Teresa Furquim, Dr. João Cecchetto e Dr. Silvio Cecchetto.

©DentalPress Publishing / Rev Clín Ortod Dental Press. 2013 dez-2014 jan;12(6):36

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Encontro de Ortodontia do Distrito Federal

2014

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Teatro Universa 8h 8h30

I N SC R I Ç ÕES

Guilherme Janson

MORDIDA ABERTA ANTERIOR – UM DESAFIO 9h30

Dauro Oliveira

CORTICOTOMIAS ALVEOLARES PARA ACELERAR O TRATAMENTO ORTODÔNTICO 10h30 11h

I N TER VALO

Nelson Mucha

COMO TRATAR CLASSE II SUBDIVISÃO EM ADULTOS SEM EXTRAÇÕES? MITOS, FATOS, EVIDÊNCIAS, ATUALIDADES. 14h

Cristiane Macedo

SETEMBRO DE 2014 | S E X TA

FUNDAÇÃO UNIVERSA | FUNIVERSA | L2 NORTE QUADRA 609

BRUXISMO DO SONO 15h

Marcos Janson

OCLUSÃO EM ORTODONTIA 16h

Jorge Faber

SÍNDROME DA APNÉIA OBSTRUTIVA DO SONO: VINTE ANOS DE EXPERIÊNCIA CLÍNICA

8h

B R I N DE > 20 ANOS DA ABOR DF

Daniela Garib

TRATAMENTO PRECOCE E ANOMALIAS DENTÁRIAS 9h

João Henrique Padula

10h

Flávio Ferrari

DTM E DOR OROFACIAL – A IMPORTÂNCIA DO DIAGNÓSTICO NA ESCOLHA DO TRATAMENTO

DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO DAS ALTERAÇÕES OCLUSAIS NA DENTADURA DECÍDUA 11h

I N TER VALO

11h30

Adilson Ramos

12h30

Carlo Marassi

CONTENSOR 3X3 CONVENCIONAL, MODIFICADO OU TRANÇADO? VANTAGENS E DESVANTAGENS CLÍNICAS E PERIODONTAIS

ESTRATÉGIAS PARA DISTALIZAÇÃO EM MASSA COM AUXÍLIO DE MINI-IMPLANTES ORTODÔNTICOS

INSCRIÇÃO

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C U R SO S & EVENTOS

INVISALIGN - BRAZIL INTERNATIONAL FORUM Data: 11 e 12 de abril de 2014

Brazil international forum São Paulo, 11-12 de abril de 2014

Local: São Paulo / SP Informações: www.invisalign.com.br - cursos@invisalign.com.br

4º CICLO DE EXCELÊNCIA EM ORTODONTIA DE JOINVILLE/SC Data: 25 e 26 de abril de 2014 Local: Joinville / SC Informações: (47) 3435-5953

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www.ciclodeexcelencia.com.br E-mail: inscricao@ciclodeexcelencia.com.br

10O ENCONTRO ORTODONTIA INDIVIDUALIZADA CAPELOZZA Data: 02 e 03 de maio de 2014 Local: MHS Eventos - Rio de Janeiro - RJ Informações: (14) 3214-5806 - 3018-6438 - encontrocapelozza@maggna.com.br

2O MEETING INTERNACIONAL DE ORTODONTIA DO IOM Data: 29, 30 e 31 de maio de 2014 Local: Centro Empresarial Mario Henrique Simonsen - Barra da Tijuca - Rio de Janeiro / RJ Informações: (21) 2568-1800

SBO - ORTO PREMIUM Data: 14 a 16 de agosto de 2014 Local: Windsor Atlântica, Copacabana - Rio de Janeiro / RJ Informações: (21) 2522-2613 - contato@sbo.org.br - www.sbo.org.br

6O ENCONTRO DE ORTODONTIA DO DISTRITO FEDERAL

Encontro de Ortodontia do Distrito Federal

2014

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Teatro Universa 8h 8h30

INSCRIÇÕ ES

Guilherme Janson

MORDIDA ABERTA ANTERIOR – UM DESAFIO 9h30

Dauro Oliveira

CORTICOTOMIAS ALVEOLARES PARA ACELERAR O TRATAMENTO ORTODÔNTICO 10h30 11h

INTERVALO

Nelson Mucha

COMO TRATAR CLASSE II SUBDIVISÃO EM ADULTOS SEM EXTRAÇÕES? MITOS, FATOS, EVIDÊNCIAS, ATUALIDADES. 14h

Cristiane Macedo

SETEMBRO DE 2014 | S E X TA

FUNDAÇÃO UNIVERSA | FUNIVERSA | L2 NORTE QUADRA 609

BRUXISMO DO SONO 15h

Data: 05 e 06 de setembro de 2014 Local: Teatro Universa - Distrito Federal Informações: www.abordf.com.br

Marcos Janson

OCLUSÃO EM ORTODONTIA 16h

Jorge Faber

SÍNDROME DA APNÉIA OBSTRUTIVA DO SONO: VINTE ANOS DE EXPERIÊNCIA CLÍNICA

BRIND E > 20 ANOS DA ABOR D F

Daniela Garib

TRATAMENTO PRECOCE E ANOMALIAS DENTÁRIAS 9h

10h

João Henrique Padula

DTM E DOR OROFACIAL – A IMPORTÂNCIA DO DIAGNÓSTICO NA ESCOLHA DO TRATAMENTO

Flávio Ferrari

DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO DAS ALTERAÇÕES OCLUSAIS NA DENTADURA DECÍDUA 11h

INTERVALO

11h30

Adilson Ramos

12h30

Carlo Marassi

inscrições online www.abordf.com.br

CONTENSOR 3X3 CONVENCIONAL, MODIFICADO OU TRANÇADO? VANTAGENS E DESVANTAGENS CLÍNICAS E PERIODONTAIS

6 SETEMBRO DE 2014 | S Á B A D O

FOTOS DE BRASÍLIA GENTILMENTE CEDIDAS PELO ARQUIVO PÚBLICO DO DF

17h30

8h

ESTRATÉGIAS PARA DISTALIZAÇÃO EM MASSA COM AUXÍLIO DE MINI-IMPLANTES ORTODÔNTICOS *ESTUDANTE DE CURSOS DE ESPECIALIZAÇÃO, MESTRADO OU DOUTORADO, FAVOR APRESENTAR COMPROVANTE DO CURSO.

19O CONGRESSO BRASILEIRO DE ORTODONTIA Data: 25 a 27 de setembro de 2014 Local: Expo Center Norte - São Paulo/SP Informações: (11) 2168-3400 - secretaria@orto2014.com.br

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CASO C LÍ NI CO

Ortodontia em paciente periodontal: relato de caso clínico Resumo / O objetivo desse trabalho é descrever um tratamento ortodôntico realizado em uma paciente com o periodonto comprometido, porém sem doença periodontal ativa. A paciente apresentava perfil facial reto e ausência de selamento labial passivo. Ao exame intrabucal, observou-se má oclusão de Classe I de Angle, com mordida aberta anterior e apinhamento das regiões anterossuperior e inferior. / Métodos / Optou-se pela exodontia dos primeiros pré-molares superiores e inferiores, instalação de aparelho fixo Straight Wire, prescrição Roth, com slot de 0,022” x 0,030”, instalação de dispositivos de ancoragem superior e inferior e substituição dos arcos a cada três meses. / Resultados / A mordida aberta anterior foi corrigida, os dentes tornaram-se bem alinhados com as linhas médias coincidentes e a sobremordida e sobressaliência foram corrigidas. Não houve prejuízo periodontal. Os resultados obtidos foram considerados satisfatórios. / Conclusão / O tratamento ortodôntico, quando bem indicado e planejado conforme limitações do paciente periodontal, pode trazer melhorias, tanto na oclusão quanto na estética, sem comprometimento periodontal significativo. / Palavras-chave / Ortodontia corretiva. Periodontia. Mordida aberta.

Luciana Artioli Costa Mestre em Odontologia, UFMA.

Letícia Venâncio Graduada em Odontologia, UFMA.

Benedito Viana Freitas Pós-doutor em Ortodontia, Seoul National University. Professor Associado III da Disciplina de Ortodontia, UFMA.

Alex Luiz Pozzobon Pereira Doutor em Ortodontia, UNESP. Professor Adjunto II da Disciplina de Ortodontia, UFMA.

Como citar este artigo: Costa LA, Venâncio L, Freitas BV, Pereira ALP. Ortodontia em paciente periodontal: relato de caso clínico.

Os autores declaram não ter interesses associativos, comerciais,

Rev Clín Ortod Dental Press. 2013 dez-2014 jan;12(6):39-48.

de propriedade ou financeiros que representem conflito de

Enviado em: 12/06/2013 - Revisado e aceito: 20/07/2013

interesse nos produtos e companhias descritos nesse artigo.

Endereço de correspondência: Alex Luiz Pozzobon Pereira

O(s) paciente(s) que aparece(m) no presente artigo

Avenida dos Portugueses, S/N – São Luís/MA – CEP: 65.085-580

autorizou(aram) previamente a publicação de suas fotografias

E-mail: pereiraalp@hotmail.com

faciais e intrabucais, e/ou radiografias.

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Costa LA, Venâncio L, Freitas BV, Pereira ALP

Introdução O aumento da demanda pelo tratamento ortodôntico por adultos trouxe ao consultório, como consequência, também o aumento de pacientes periodontalmente comprometidos, o que pode gerar certo receio por parte dos ortodontistas.

com um periodontista4, e só deve ser iniciado após a eliminação da inflamação. Dessa maneira, o tecido ósseo remanescente, embora reduzido, se regenera e volta às suas características de normalidade, respondendo normalmente às forças ortodônticas3.

O tratamento ortodôntico costuma ser associado à doença periodontal, devido à crença de que aparelhos ortodônticos podem inibir procedimentos de higiene bucal, resultando em aumento da agregação bacteriana1,2.

O objetivo é descrever um tratamento ortodôntico realizado em uma paciente com o periodonto comprometido, porém sem doença periodontal ativa.

Ainda, a aplicação de forças em dentes com doença periodontal inflamatória crônica ativa aumenta o acúmulo de mediadores da osteoclasia, bem como amplia a área de atuação desses. A aplicação de forças nessas situações irá acentuar a perda óssea, sendo, então, contraindicada3.

Diagnóstico Paciente do sexo feminino, 20 anos e 8 meses de idade, procurou tratamento ortodôntico por encaminhamento do periodontista. O tratamento foi iniciado após constatar-se a ausência de doença periodontal ativa e controle satisfatório do biofilme dentário.

Sendo assim, é importante salientar que é possível movimentar dentes com periodonto reduzido sem perda significativa da inserção conjuntiva. Para tanto, o tratamento ortodôntico deve ser executado em conjunto

A paciente apresentava perfil facial reto, ângulo nasolabial aberto, adequada proporção entre os terços faciais, simetria facial satisfatória e ausência de selamento labial passivo (Fig. 1A, 1B).

A

B

Figura 1: A, B) Fotografias extrabucais iniciais.

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Costa LA, Venâncio L, Freitas BV, Pereira ALP

Referências: 1. Sallum EJ, Nouer DF, Klein MI, Gonçalves RB, Machion L, Sallum AW, et al. Clinical and microbiologic changes after removal of orthodontic appliances. Am J Orthod Dentofacial Orthop. 2004;126(3):363-6. 2. van Gastel J, Quirynen M, Teughels W, Coucke W, Carels C. Longitudinal changes in microbiology and clinical periodontal variables after placement of fixed orthodontic appliances. J Periodontol. 2008;79(11):2078-86. 3. Melsen B. Limitations in adult orthodontics. Melsen B, editor. Chicago: Quintessence; 1991. 4. Re S, Corrente G, Abundo R, Cardaropoli D. Orthodontic treatment in periodontally compromised patients: 12-year report. Int J Periodontics Restorative Dent. 2000;20(1):31-9.

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ma r k et i n g

Autoconhecimento: uma das ferramentas mais poderosas de administração e marketing Henrique Nakama Especialista em Radiologia, FOB/USP. Especialista em Gestão, Estratégia Empresarial e Marketing, UNIFIL. Professor e palestrante de marketing e vendas em Odontologia.

“Conhece-te a ti mesmo” (Sócrates, filósofo grego – 470 a.C.)

Dezembro, mês de festas e muitas promessas para o ano novo: emagrecer, casar, ser melhor filho ou marido ou amigo, comprar um apartamento, fazer cursos... Cursos... mas que tipo de cursos? Muitas vezes, os alunos me perguntam sobre que tipo de curso eu indicaria para melhorarem a sua performance e desempenho como dentista-empresário. E a minha resposta é: Faça cursos para o autoconhecimento, faça terapia, faça “coaching” (treinamento para executivos e empresários). Nós sempre juramos que nos conhecemos, mas (acredite!) quase sempre não passa de autoengano... Parece uma coisa muito simples, mas exige coragem e determinação, porque nunca é fácil encarar a si próprio sem máscara alguma. Quando eu assumi a diretoria comercial de uma empresa multinacional, fui orientado a fazer terapia e coaching. No começo, relutei um pouco, pois pensava: Será que tem alguma coisa de errado comigo? Mas acabei aceitando a sugestão.

O início foi muito difícil, pois eu chegava para a sessão e a psicoterapeuta perguntava como tinha sido meu dia; eu contava a minha rotina, e isso era muito chato! Com o tempo, comecei a perceber que não era apenas para eu contar a minha rotina, mas, sim, fazer uma avaliação mais profunda e racional das minhas atitudes do dia a dia. Por exemplo, porque eu tomei determinada decisão e quais foram as consequências. Muitas vezes, descobria que tomava decisões erradas pelo fato de não ter dormido direito e estar irritado. Assim, fui descobrindo o que tinha de errado comigo: a minha falta de autoconhecimento! Comecei a perceber que, quando eu não estava bem (triste ou irritado, por exemplo) e tomava decisões, em geral eram decisões equivocadas ou, no mínimo, não eram as melhores decisões. E o mais grave: certas decisões podiam trazer consequências irremediáveis para muitas pessoas... Quando você consegue entender as razões e emoções que o levam a tomar certas decisões, acaba até percebendo qual é o melhor dia para a tomada de decisões,

©DentalPress Publishing / Rev Clín Ortod Dental Press. 2013 dez-2014 jan;12(6):50-1

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A RT I G O I N É DI TO

Influência da cor na atratividade estética de arcos ortodônticos extrabucais Resumo / Objetivo / Avaliar a influência da cor na percepção estética de aparelhos extrabucais em crianças na faixa etária entre 10 a 14 anos de escolas públicas e privadas, de ambos os sexos. / Métodos / Um questionário específico foi confeccionado contendo anexas imagens de uma paciente utilizando aparelho ortodôntico extrabucal em diferentes cores, sendo posteriormente aplicado a 200 crianças. As frequências das respostas obtidas e as comparações entre tipo de escola e sexo foram feitas por meio do teste qui-quadrado. Os escores das notas para cada imagem foram comparados utilizando-se o teste U de Mann-Whitney. As médias das notas para cada imagem foram calculadas em cada grupo, a fim de determinar os coeficientes de correlação de Spearman para avaliar a similaridade entre as percepções dos estudantes por tipo de escola e sexo. O nível de significância adotado foi de 5%. / Resultados / A imagem do aparelho extrabucal na cor preta foi ranqueada como a mais atraente pelas crianças. As comparações entre pares mostraram que os estudantes de escola pública pontuaram melhor todas as imagens, comparados com os de escola particular. Com relação ao sexo, não foram encontradas diferenças significativas entre grupos nas imagens com aparelho extrabucal. / Conclusão / A cor apresentada pelo aparelho ortodôntico extrabucal influencia diretamente em sua aceitação e percepção estética, assim como o tipo de escola. / Palavras-chave / Ortodontia. Má oclusão de Angle Classe II. Má oclusão. Aparelhos de tração extrabucal.

Matheus Melo Pithon

Felipe Carvalho Souza Baião

Professor Doutor Ortodontia Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia - UESB.

Graduando em Odontologia, UESB.

Caio Sousa Ferraz

Letícia Iandeyara Dantas de Andrade Sant’Anna

Acadêmico de Odontologia Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia - UESB.

Graduanda em Odontologia, UESB.

Adrielle Mangabeira dos Santos

Amir Felipe Souza Santos

Acadêmico de Odontologia Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia - UESB.

Graduando em Odontologia, UESB.

Gabriel Couto de Oliveira

Raildo Silva Coqueiro

Acadêmico de Odontologia Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia - UESB.

Professor, UESB.

Adriana Viriato Ribeiro Acadêmico de Sistema de Informação Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia - UESB.

Como citar este artigo: Pithon MM, Ferraz CS, Santos AM, Oliveira GC, Ribeiro AV, Baião FCS, Sant’Anna LIDA, Santos AFS,

Os autores declaram não ter interesses associativos, comerciais,

Coqueiro RS. Influência da cor na atratividade estética de arcos ortodônticos extrabucais. Rev Clín Ortod Dental Press. 2013 dez-

de propriedade ou financeiros que representem conflito de

2014 jan;12(6):52-61.

interesse nos produtos e companhias descritos nesse artigo.

Enviado em: 15/08/2013 - Revisado e aceito: 28/11/2013

O(s) paciente(s) que aparece(m) no presente artigo

Endereço de correspondência: Fernando José Lopes de Campos Carvalho

autorizou(aram) previamente a publicação de suas fotografias

Rua Humaitá, 1680 – Araraquara/SP – CEP: 14801-903 – E-mail: fjlccarvalho@gmail.com

faciais e intrabucais, e/ou radiografias.

©DentalPress Publishing / Rev Clín Ortod Dental Press. 2013 dez-2014 jan;12(6):52-61

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Influência da cor na atratividade estética de arcos ortodônticos extrabucais

avaliada apenas a cor do arco extrabucal, sem avaliar a cor da tala cervical e dos casquetes para puxada alta e combinada. A avaliação da alteração da cor desses se faz importante para trabalhos futuros. O objetivo do presente estudo foi apenas avaliar a influência da cor do arco facial na percepção estética. Por meio dos resultados obtidos na presente pesquisa, pode-se inferir que ao tratar um paciente, o ortodontista deve dar uma atenção maior às suas preferências estéticas e deixá-lo livre para escolher o aparelho ortodôntico na coloração que mais o agrada. Isso pode melhorar a relação entre ortodontista e o paciente, estabelecendo um fator positivo para sua cooperação e motivação, levando ao sucesso no tratamento.

CONCLUSÃO Conclui-se com a realização desse estudo que: » Os indivíduos do sexo masculino e feminino escolheram o aparelho extrabucal com arco facial na cor preta como o mais atraente. » Os indivíduos do sexo masculino e feminino escolheram o aparelho extrabucal com arco facial na cor rosa como o menos atraente. » De modo geral, os aparelhos extrabucal na cor cinza e roxa foram apontados como os mais bem avaliados pelos participantes. A cor apresentada pelo aparelho ortodôntico extrabucal influencia diretamente em sua aceitação e percepção

Referências: 1. Evans CA. Mechanisms of facial growth. In: Shaw JH, Sweeney EA, Meller SA, Capuccino CC, editors. Textbook of Oral Biology. Philadelphia: WB Saunders; 1978. p. 55-141. 2. Evans CA. Anteroposterior skeletal change: growth modification. Semin Orthod. 2000;6(1):21-32. 3. Kloehn SJ. Guiding alveolar growth and eruption of teeth to reduce treatment time and produce a more balanced denture and face. Angle Orthod. 1947;17(1-2):10-33. 4. Poulton DR. The influence of extraoral traction. Am J Orthod. 1967;53(1):8-18. 5. Baumrind S, Molthen R, West EE, Miller DM. Distal displacement of the maxilla and the upper first molar. Am J Orthod. 1979;75(6):630-40. 6. Berg R. Post-retention analysis of treatment problems and failures in 264 consecutively treated cases. Eur J Orthod. 1979;1(1):55-68.

estética, assim como o sexo e o tipo de escola em que as crianças estudam.

ABSTRACT Influence of color in the aesthetic attractiveness of headgear orthodontic arches. / Objective / To evaluate the color influence on the aesthetic perception of extraoral appliances in children of both genders aging 10 to 14 years of public and private schools. / Methods / A specific questionnaire was made containing attached images of a patient using extraoral orthodontic appliance in different colors and subsequently applied to 200 children. The frequencies of responses and comparisons between school type and gender were made using the chi-square test. The scores of the notes for each image were compared using the U Mann-Whitney test. The average scores for each image were calculated in each group to determine the Spearman correlation coefficients to assess the similarity between the perceptions of students by school type and gender. The level of significance was set at 5%. / Results / The black extraoral appliance was ranked as the most attractive by children. Comparisons between pairs showed that public school students scored better all images, compared with the private school. With regard to gender, there were no significant differences between groups in the images with extraoral appliance. / Conclusion / The color displayed by extraoral orthodontic appliance directly influences their acceptance and aesthetic perception as well as the type of school.

7. Haas AJ. Palatal expansion: just the beginning of dentofacial orthopedics. Am J Orthod. 1970;57(3):219-55. 8. Armstrong MM. Controlling the magnitude, direction, and duration of extraoral force. Am J Orthod. 1971;59(3):217-43. 9. Gianelly AA. Bidimensional technique: theory and practice. New York: GAC International; 2000. 10. Dugoni SA, Lee JS, Varela J, Dugoni AA. Early mixed dentition treatment: post-retention evaluation of stability and relapse. Angle Orthod. 1995;65(5):311-20. 11. Bishara SE, Justus R, Graber TM. Proceedings of the workshop discussions on early treatment. Am J Orthod Dentofacial Orthop.1998;113(1):5-6. 12. Allan TK, Hodgson EW. The use of personality measurement as a determinant of patient cooperation in orthodontic practice. Am J Orthod. 1968;54(6):433-40.

©DentalPress Publishing / Rev Clín Ortod Dental Press. 2013 dez-2014 jan;12(6):52-61

13. Weiss J, Eiser HM. Psychological timing of orthodontic treatment. Am J Orthod. 1977;72(2):198-204. 14. Burns MH. Use of a personality rating scale identifying cooperative and noncooperative orthodontic patients. Am J Orthod. 1970;57(4):418. 15. McDonald FT. The influence of age on patient cooperation in orthodontic treatment. Dent Abstr. 1973;18:52. 16. Clemmer EJ, Hayes EW. Patient cooperation in wearing orthodontic headgear. Am J Orthod. 1979;75(5):517-24. 17. Ricketts RM. The influence of orthodontic treatment on facial growth and development. Angle Orthod. 1960;30(3):103-3. 18. Kirjavainen M, Kirjavainen T, Hurmerinta K, Haavikko K. Orthopedic cervical headgear with an expanded inner bow in Class II correction. Angle Orthod. 2000;70(4):317-25.

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CASO CL Í N I C O

Extração de primeiros molares permanentes no tratamento ortodôntico: relato de caso Resumo / Introdução / A literatura demonstra que, tradicionalmente, os pré-molares são os dentes de escolha para extração em casos de má oclusão de Classe I com severo apinhamento, devido à sua localização e tamanho compatíveis com a maioria das discrepâncias de espaço, além de uma fase de retração mais curta. Contudo, extrações alternativas podem ser realizadas, visando solucionar não apenas a falta de espaço, mas também o comprometimento dentário. Molares acometidos por cárie ou doença periodontal podem ser extraídos para a correção dessa má oclusão, ao invés de pré-molares saudáveis. / Objetivo / Sendo assim, o objetivo desse artigo é apresentar e discutir um caso clínico no qual um paciente do sexo masculino apresentando má oclusão de Classe I com severo apinhamento anterossuperior e inferior, que foi submetido ao tratamento com aparelho fixo corretivo. / Métodos / Com o tratamento, foram realizadas as extrações de primeiros molares comprometidos. / Resultados / Ao final do tratamento, observou-se resultados favoráveis e uma estabilidade do tratamento satisfatória após dois anos. / Conclusão / Extrações atípicas podem ser uma opção diante do diagnóstico inicial de cada paciente. / Palavras-chave / Extração dentária. Ortodontia corretiva. Dente molar.

Fabrício Pinelli Valarelli Doutor em Ortodontia, FOB-USP. Professor Associado, curso de Mestrado em Ortodontia, Faculdade Ingá.

Mayara Paim Patel Doutora em Ortodontia, FOB-USP. Professora, curso de Especialização em Ortodontia, ICOS-FACSETE .

Tatianne Silva de Sá Mendes Especialista em Ortodontia, Faculdade Ciodonto.

Cláudia Cristina da Silva Professora, curso de Especialização em Ortodontia, UNIES.

Daniela Olivia Ferrari Carvalho Especialista em Ortodontia, Faculdade Ciodonto.

Como citar este artigo: Valarelli FP, Patel MP, Mendes TSS, Silva CC, Carvalho DOF. Extração de primeiros molares permanentes

Os autores declaram não ter interesses associativos, comerciais,

no tratamento ortodôntico: relato de caso. Rev Clín Ortod Dental Press. 2013 dez-2014 jan;12(6):62-71.

de propriedade ou financeiros que representem conflito de interesse nos produtos e companhias descritos nesse artigo.

Enviado em: 16/05/2013 - Revisado e aceito: 28/11/2013 O(s) paciente(s) que aparece(m) no presente artigo Endereço de correspondência: Mayara Paim Patel

autorizou(aram) previamente a publicação de suas fotografias

Rua Francisco Leitão, 115 – Bairro Pinheiros – CEP: 05414-025 – São Paulo/SP – Email: mayarapaim@hotmail.com

faciais e intrabucais, e/ou radiografias.

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Extração de primeiros molares permanentes no tratamento ortodôntico: relato de caso

Referências: 1. Anderson BD. Multiple extraction patterns in severe discrepancy cases. Angle Orthod. 1975;45(4): 291-303. 2. Asai M, Tomochika A, Asai Y. Molar extraction: a perspective on a clinical study. Orthod Waves. 2007;66(2):41-51. 3. Ay S, Agar U, Biçakçi AA, Köşger HH. Changes in mandibular third molar angle and position after unilateral mandibular first molar extraction. Am J Orthod Dentofacial Orthop. 2006;129(1):36-41. 4. Basdra EK, Stellzig A, Komposch G. Extraction of maxillary second molars in the treatment of Class II malocclusion. Angle Orthod. 1996;66(4):287-92. 5. Battagel JM, Ryan A. Spontaneous lower arch changes with and without second molar extractions. Am J Orthod Dentofacial Orthop. 1998;113(2):133-43. 6. Bayram M, Ozer M, Arici S. Effects of first molar extraction on third molar angulation and eruption space. Oral Surg Oral Med Oral Pathol Oral Radiol Endod. 2009;107(2):e14-20. 7. Bishara SE, Ortho D, Burkey PS. Second molar extractions: a review. Am J Orthod. 1986;89(5):415-24. 8. Bosio JA, Justus R. Treatment and retreatment of a patient with a severe anterior open bite. Am J Orthod Dentofacial Orthop. 2013;144(4):594-606. 9. Cavanaugh JJ. Third molar changes following second molar extractions. Angle Orthod. 1985;55(1):70-6.

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A RT I G O I NÉDI TO

Quais as informações disponíveis ao público leigo a respeito do tempo de tratamento com braquetes autoligáveis? Resumo / Objetivo / Verificar a qualidade das informações disponibilizadas ao público leigo sobre o tempo de tratamento com o uso de braquetes autoligáveis / Métodos / Uma pesquisa on-line foi realizada em cinco portais de busca (Google, Yahoo!, Bing, Ask e AOL) utilizando os termos “tempo de tratamento” e “braquetes autoligáveis”, em inglês. Os primeiros 30 sites decorrentes de cada portal foram selecionados para análise do conteúdo. Os critérios de exclusão foram: sites de produtos promocionais, grupos de discussão, conteúdos irrelevantes e links para artigos científicos. As páginas incluídas na pesquisa foram examinadas quanto à precisão, baseada em artigos científicos; legibilidade, por meio do Índice FRES de facilidade de leitura; e a análise qualitativa adicional, utilizando-se o instrumento LIDA / Resultados / Dos 150 sites selecionados, 21 foram incluídos na amostra. De modo geral, a qualidade das informações disponíveis dos sites foi considerada como variante. O resultado da análise da precisão demonstra insuficiência da informação disponível sobre o tema de braquetes autoligáveis e duração de tratamento. A legibilidade dos sites obteve um valor médio de 50,39, sendo considerados como de edifício leitura. A média obtida por meio do instrumento LIDA (84,71) classificou os sites como de média qualidade / Conclusão / As informações disponíveis na internet sobre tempo de tratamento com braquetes autoligáveis ainda são muito variáveis. Dessa forma, propõe-se que os próprios profissionais norteiem seus pacientes a sites confiáveis para obtenção de informações confiáveis sobre os assuntos de interesse. / Palavras-chave / Ortodontia. Internet. Informação. Matheus Melo Pithon Doutor em Ortodontia, UFRJ. Professor, disciplina de Ortodontia, UESB.

Juciara França dos Santos Graduanda em Odontologia, UESB.

Onily Duarte Silva de Almeida Graduanda em Odontologia, UESB.

Vinicius Oliveira Matos Graduando em Odontologia, UESB.

Como citar este artigo: Pithon MM, Santos JF, Almeida ODS, Matos VO. Quais as informações disponíveis ao público leigo a respeito

Os autores declaram não ter interesses associativos, comerciais,

do tempo de tratamento com braquetes autoligáveis? Rev Clín Ortod Dental Press. 2013 dez-2014 jan;12(6):75-84.

de propriedade ou financeiros que representem conflito de

Enviado em: 29/10/2013 - Revisado e aceito: 28/11/2013

interesse nos produtos e companhias descritos nesse artigo.

Endereço de correspondência: Matheus Melo Pithon Av. Otávio Santos, 395, s. 705 – Centro Odontomédico Dr. Altamirando da Costa Lima Vitória da Conquista/BA – CEP: 45020-750 – Email: matheuspithon@gmail.com

©DentalPress Publishing / Rev Clín Ortod Dental Press. 2013 dez-2014 jan;12(6):75-84

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Pithon MM, Santos JF, Almeida ODS, Matos VO

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CASO CL Í N I C O

Fechamento ortodôntico de espaço como opção de tratamento para incisivo superior traumatizado: relato de caso clínico Resumo / Trauma na região de incisivos superiores é extremamente comum durante a infância. Essas injúrias ocorrem mais frequentemente nos meninos, e os incisivos centrais são os dentes mais acometidos. O trauma é uma das causas físicas de reabsorção dentária inflamatória que podem comprometer a longevidade de um elemento dentário. Existem diversas alternativas de tratamento para pacientes com ausência ou exodontia indicada de incisivo central superior, tais como: autotransplante de prémolar e manutenção do espaço para colocação de implantes e próteses, além de fechamento ortodôntico de espaço. O fechamento de espaço ou reposição biológica é uma opção adequada, especialmente para pacientes jovens que ainda não atingiram idade suficiente para a instalação de implantes osseointegráveis. Embora não seja frequente em Ortodontia, a extração de um incisivo central superior, em casos selecionados, pode ser uma boa conduta, possibilitando oclusão e estética satisfatórias com resultados permanentes. Esse estudo teve como proposição a abordagem, por meio de um caso clínico, do fechamento ortodôntico de espaço como alternativa de tratamento para pacientes com reabsorção radicular avançada em um incisivo central superior devido a traumatismo. / Palavras-chave / Traumatismos dentários. Extração dentária. Incisivo. Fechamento de espaço ortodôntico.

Letícia Spinelli Jacoby Especialista em Ortodontia, ABORS.

Deborah Platcheck Mestre em Ortodontia, UFRJ. Professora, curso de Especialização em Ortodontia, ABORS.

Como citar este artigo: Jacoby LS, Platcheck D. Fechamento ortodôntico de espaço como opção de tratamento para incisivo

Os autores declaram não ter interesses associativos, comerciais,

superior traumatizado: relato de caso clínico. Rev Clín Ortod Dental Press. 2013 dez-2014 jan;12(6):88-99.

de propriedade ou financeiros que representem conflito de interesse nos produtos e companhias descritos nesse artigo.

Enviado em: 05/11/2013 - Revisado e aceito: 10/11/2013 O(s) paciente(s) que aparece(m) no presente artigo Endereço de correspondência: Letícia Spinelli Jacoby – Av. Protásio Alves, 350/21 – Bairro Rio Branco – Porto Alegre/RS

autorizou(aram) previamente a publicação de suas fotografias

CEP: 90410-004 – E-Mail: leticiajacoby@hotmail.com

faciais e intrabucais, e/ou radiografias.

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Fechamento ortodôntico de espaço como opção de tratamento para incisivo superior traumatizado: relato de caso clínico

Introdução A ocorrência de trauma na região dos incisivos superiores é muito comum durante a infância. De acordo com Andreasen e Andreasen1, 28% das meninas e 32% dos meninos terão sofrido trauma na dentição decídua até os 7 anos de idade. Na dentição permanente, há um aumento da incidência de trauma dentário dos 9 aos 10 anos2, sendo essas injúrias duas vezes mais frequentes no sexo masculino do que no feminino1-5. Os incisivos superiores são mais acometidos que os inferiores, especialmente os incisivos centrais2,5. O trauma, que é uma das causas físicas de reabsorção dentária inflamatória6, pode levar à perda de um dente. Quando há ausência ou exodontia indicada de um incisivo central superior, baseado nas necessidades individuais de cada paciente e particularidades do caso, o ortodontista pode optar pela manutenção do espaço para a colocação de implantes dentários durante a vida adulta, confecção de prótese fixa, fechamento do espaço substituindo o incisivo central pelo lateral ou autotransplante de pré-molar7. Embora a extração de um dente anterior não seja frequentemente considerada nos planejamentos ortodônticos,

quando há má formação, ectopia, dilaceração, fratura ou presença de alguma patologia local, a extração de incisivo central superior pode ser o tratamento de eleição. Zachrisson8 propôs um protocolo de tratamento para reposição biológica nos casos de ausência de incisivo central superior, no qual o incisivo lateral assume a posição do incisivo central, o que é um desafio para os ortodontistas5,9,10. O presente artigo teve como objetivo abordar, por meio de um relato de caso clínico, o fechamento ortodôntico de espaço como uma alternativa de tratamento bem-sucedida para paciente com comprometimento de um incisivo central superior devido a traumatismo.

Diagnóstico e Etiologia Paciente com vinte e quatro anos de idade, do sexo masculino, buscou tratamento ortodôntico tendo como queixa principal a estética dentária insatisfatória. Relatou ter sofrido trauma na região do incisivo central superior esquerdo aos sete anos de idade. Em radiografia panorâmica realizada aos 11 anos e 5 meses, já era observada extensa reabsorção radicular no dente acometido pelo trauma (Fig. 1).

Figura 1: Radiografia panorâmica realizada aos 11 anos e 5 meses.

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Fechamento ortodôntico de espaço como opção de tratamento para incisivo superior traumatizado: relato de caso clínico

sejam atingidos em casos com comprometimento de um incisivo central superior. Apesar da extração desse elemento dentário não ser frequente em Ortodontia, é uma excelente alternativa para os dentes com comprometimento devido a traumatismo, como descrito no caso apresentado. O fechamento ortodôntico de espaço, quando há ausência ou exodontia indicada de incisivo central superior, apresenta como grande vantagem o caráter permanente dos resultados e a possibilidade de correção concomitante da má oclusão existente. Tem aplicabilidade particularmente interessante em pacientes jovens cujo crescimento esquelético não foi completado, possibilitando a finalização do tratamento em uma fase precoce. Ademais, o emprego dessa técnica dispensa a utilização de implantes e próteses fixas em uma região da arcada dentária onde a estética é imprescindível.

abstract Orthodontic space closure as a treatment alternative for traumatized upper central incisor: A case report. / Trauma in upper incisors region is extremely common during childhood. These injuries occur more often in boys and the central incisors are the most affected teeth. Trauma is one of the physical causes of inflammatory root resorption, which may compromise the tooth longevity. There are several treatment options for patients with absence or indication for upper central incisor extraction, such as premolar autotransplantation, space maintenance for prosthesis/implants placement, and orthodontic space closure. The latter is a suitable option, especially for younger patients who are not old enough for dental implants installation. Although not common in orthodontics, extraction of a maxillary central incisor, in selected cases, may be a good option, enabling satisfactory occlusion, esthetics, and permanent results. This case report describes orthodontic space closure as a treatment alternative for patients with a traumatized upper central incisor with advanced root resorption. / Keywords / Tooth extraction. Tooth injuries. Incisor. Orthodontic space closure.

Referências: 1. Andreasen JO, Andreasen FM. Textbook and color atlas of traumatic injuries to the teeth. 3rd ed. Copenhagen: Mosby; 1994. cap. 3, p. 172-3. 2. Andreasen JO, Ravn JJ. Epidemiology of traumatic dental injuries to primary and permanent teeth in a Danish population sample. Int J Oral Surg. 1972;1(5):235-9. 3. Kugel B, Zeh D, Müssig E. Incisor trauma and the planning of orthodontic treatment. J Orofac Orthop. 2006;67(1):48-57. 4. Steiner DR, West JD. Orthodontic-endodontic treatment planning of traumatized teeth. Semin Orthod. 1997;3(1):39-44. 5. Czochrowska EM, Skaare AB, Stenvik A, Zachrisson BU. Outcome of orthodontic space closure with a missing maxillary central incisor. Am J Orthod Dentofacial Orthop. 2003;123(6):597-603. 6. Consolaro A. Reabsorções dentárias nas especialidades clínicas. 2ª ed. Maringá: Dental Press; 2005. cap. 7, p. 191-3. 7. Stenvik A, Zachrisson BU. Orthodontic closure and transplantation in the treatment of missing anterior teeth. An overview. Endod Dent Traumatol. 1993;9(2):45-52. 8. Zachrisson BU. Improving orthodontic results in cases with maxillary incisors missing. Am J Orthod. 1978;73(3):274-89. 9. Jena AK, Singh SP, Utreja A. Orthodontic replacement of maxillary central incisors by lateral incisors: Issues to be considered. Hellenic Orthod Rev. 2010;13 (1-2):9-23. 10. Sayinsu K, Nalbantgil D. Orthodontic treatment of a patient with traumatic loss of maxillary incisors. World J Orthod. 2008;9(1):43-7. 11. Weisgold AS, Arnoux JP, Lu J. Single-tooth anterior implant: a word of caution, Part I. J Esthet Dent. 1997;9(5):225-33.

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©DentalPress Publishing / Rev Clín Ortod Dental Press. 2013 dez-2014 jan;12(6):88-99

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Co n t rov é r si as

Reabsorção interna não tem como ser induzida pelo tratamento ortodôntico: a causa é o traumatismo dentário! Resumo / Os odontoblastos “revestem” a parede interna da dentina, protegendo -a da ação dos clastos que a reabsorveriam por possuir proteínas antigênicas que “deveriam” ser eliminadas. Quando pequenas partes da camada odontoblástica são deslocadas para o interior da polpa por forças súbitas e abruptas do traumatismo dentário, as áreas de dentina exposta ao tecido conjuntivo pulpar que permaneceu vital podem induzir a reabsorção interna. As forças do movimento ortodôntico são muito menores e dissipantes, sem capacidade de induzir esse tipo de lesão na camada odontoblástica e, por consequência, esse não está relacionado entre as causas de reabsorção interna. As reabsorções internas antes, durante e após o tratamento ortodôntico devem ser encaminhadas para o endodontista e explicado ao paciente que a causa foi o traumatismo dentário — em geral do tipo concussão —, na maioria das vezes, esquecido por parte do paciente ao longo do tempo. / Palavras-chave / Reabsorção interna. Tratamento ortodôntico. Traumatismo dentário. Concussão dentária.

Alberto Consolaro Professor Titular da FOB/USP, e da Pós-graduação da FORP/USP.

Renata Bianco Consolaro Professora Doutora das Faculdades Adamantinenses Integradas (FAI/SP).

Como citar este artigo: Consolaro A, Consolaro RB. Reabsorção interna não tem como ser induzida pelo tratamento ortodôntico:

Os autores declaram não ter interesses associativos, comerciais,

a causa é o traumatismo dentário! Rev Clín Ortod Dental Press. 2013 dez-2014 jan;12(6):102-6.

de propriedade ou financeiros que representem conflito de interesse nos produtos e companhias descritos nesse artigo.

Enviado em: 5/12/2013 - Revisado e aceito: 15/12/2013 Endereço de correspondência: Alberto Consolaro E-mail: consolaro@uol.com.br

©DentalPress Publishing / Rev Clín Ortod Dental Press. 2013 dez-2014 jan;12(6):102-6

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Consolaro A, Consolaro RB

O ortodontista jamais deverá postergar o encaminhamento do paciente com reabsorção interna para o endodontista, visto que trata-se de uma pulpopatia inflamatória irreversível, que progride lenta e continuadamente. O diagnóstico e o tratamento do caso em suas fases iniciais proporcionam um bom prognóstico, sem perda dentária. A comunicação franca e ética entre o ortodontista e o endodontista deve ter como base a premissa e as evidências de que, na literatura, nenhum caso de reabsorção interna foi atribuído de forma comprovada ao tratamento ortodôntico. Em todos os casos bem documentados, a história de traumatismo dentário anterior está presente. Em geral, quando algum profissional clínico atribui como causa da reabsorção interna o tratamento ortodôntico, isso decorre do fato de que, no seu raciocínio, o movimento dentário, o traumatismo dentário e o trauma oclusal sejam induzidos pelo mesmo tipo de força — quanto à sua distribuição, intensidade e tempo de duração —, o que implica em um significativo erro de interpretação clínica.

Figura 4: Reabsorção dentária interna associada a traumatismo dentário do tipo concussão. A fragilização da estrutura radicular leva a questionamentos sobre a vantagem do tratamento endodôntico ou a substituição do dente por implante osseointegrável.

Consideração final As forças do movimento ortodôntico são dissipantes e muito menores do que as do menor traumatismo dentário (a concussão), e não têm capacidade de lesar a camada odontoblástica. No traumatismo dentário, as forças são abruptas e súbitas, deslocando pequenas partes da camada odontoblástica para o centro da polpa, expondo dentina e, em consequência, provocando reabsorção interna. As reabsorções internas antes, durante e após o tratamento ortodôntico devem ser encaminhadas para o endodontista, e o paciente orientado de que a causa foi o traumatismo dentário — em geral do tipo concussão — que, na maioria das vezes, é esquecido por parte do paciente ao longo do tempo.

Referência: 1. Consolaro A. Reabsorções dentárias nas especialidades clínicas. 3.ed. Maringá: Denta lPress, 2012.

©DentalPress Publishing / Rev Clín Ortod Dental Press. 2013 dez-2014 jan;12(6):102-6

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a b st r acts

Literatura ortodôntica mundial Resumos, em português, de artigos publicados em importantes revistas de Ortodontia de todo o mundo. Informação qualificada e oportuna para a melhoria de sua prática clínica.

Avaliação da precisão e confiabilidade de novos scanners tridimensionais Hayashi K, Sachdeva AU, Saitoh S, Lee SP, Kubota T, Mizoguchi I. Assessment of the accuracy and reliability of new 3-dimensional scanning devices. Am J Orthod Dentofacial Orthop. 2013 Oct;144(4):619-25. Introdução / O objetivo principal deste estudo foi avaliar a precisão e a confiabilidade do SureSmile OraScanner (Orametrix, Richardson, Tex), comparando-o com outros scanners de mesa tridimensionais: VIVID910 (Konica Minolta, Tóquio, Japão) e R700 (3Shape, Copenhagen, Dinamarca). Um scanner a laser, o SLP250 Laser Probe (Laser Design, Detroit, Mich), serviu como o padrão-ouro. Métodos / Foram utilizados cinco grupos de modelos de gesso. Em primeiro lugar, a precisão de cada scanner foi estudada comparando os modelos tridimensionais produzidos com o OraScanner, o VIVID910, R700 e com o padrão-ouro (modelos tridimensionais feitos com SLP250). Para avaliar a confiabilidade dos modelos tridimensionais, o shell/shell deviation de cada modelo foi calculado a partir dos mesmos registros baseados em superfície para todos os cinco grupos de modelos de gesso. Resultados / O OraScanner, o VIVID910 e o R700 foram suficientemente precisos quando comparados com o padrão-ouro. Na avaliação de confiabilidade, não houve diferenças significativas entre todas as comparações. Conclusões / Os resultados mostraram que o sistema OraScanner tem um sofisticado algoritmo de registo tridimensional de superfície e pode ser utilizado para gerar modelos digitais tridimensionais precisos e confiáveis ​​para uso clínico. Tradução: Fabio Pinto Guedes.

Novo princípio de diagnóstico da estética do terço médio da face para avaliação clínica da projeção malar anterior Frey ST. New diagnostic tenet of the esthetic midface for clinical assessment of anterior malar projection. Angle Orthod. 2013 Sep;83(5):790-4. Objetivo / Determinar se a classificação visual do suporte anterior do malar, usando relações vetoriais, é apoiada pela análise cefalométrica. Material e Métodos / Quarenta indivíduos brancos com 10 a 12 anos de idade, sem síndromes craniofaciais ou tratamento ortodôntico prévio, foram igualmente divididos em grupos com base na avaliação visual das relações vetoriais negativas e positivas. O grupo A foi composto por 20 indivíduos (10 homens, 10 mulheres) que apresentaram uma relação positiva do vetor. O grupo B foi composto por 20 indivíduos (10 homens, 10 mulheres) que indicaram uma relação negativa do vetor. As angulações Sela-Násio-Órbita (SNO) foram medidas para avaliar a posição anteroposterior da eminência malar dos indivíduos em relação à base do crânio. As diferenças de sexo e as diferenças significativas nas medidas SNO entre os grupos A e B foram avaliadas pelo teste de Mann-Whitney (U). Resultados / Não houve diferença estatisticamente significativa entre os sexos. As angulações SNO do grupo de vetor negativo foram menores do que os controles com vetor positivo, por uma média de 6,0 graus, sendo a diferença altamente significativa (P < 0,0001). Conclusão / Em comparação com os indivíduos que apresentavam uma relação positiva do vetor, os indivíduos exibindo uma relação negativa do vetor tinham o suporte malar significativamente reduzido. A projeção malar anterior pode ser efetivamente classificada através de avaliação visual das relações vetoriais. Tradução: Isabella Simões Holz

©DentalPress Publishing / Rev Clín Ortod Dental Press. 2013 dez-2014 jan;12(6):107-9

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a bst r acts

A influência da posição do lábio inferior sobre a atratividade percebida da proeminência do queixo

O papel da proporção áurea na avaliação da estética facial

Modarai F, Donaldson JC, Naini FB. The influence of lower lip position on the perceived attractiveness of chin prominence. Angle Orthod. 2013 Sep;83(5):795-800.

Rossetti A, De Menezes M, Rosati R, Ferrario VF, Sforza C. The role of the golden proportion in the evaluation of facial esthetics. Angle Orthod. 2013 Sep;83(5):801-8.

Objetivo / Avaliar a influência da proeminência do lábio inferior para diferentes graus de proeminência do queixo no plano sagital e determinar se o menor destaque do lábio afeta o desejo percebido para a cirurgia. Avaliar as diferenças na preferência entre ortodontistas e leigos, bem como o efeito da idade, sexo e etnia dos observadores sobre a percepção da atratividade e desejo para a cirurgia. Material e Métodos / Uma silhueta de uma imagem idealizada do perfil foi criada. A imagem foi manipulada para criar seis imagens demonstrando diferentes graus de retrognatismo e prognatismo, alterada em incrementos de 4mm (de -12mm a 12mm), e seis imagens demonstrando a proeminência do queixo e do lábio inferior em incrementos de 4 mm (de -12mm a 12mm). Uma centena de leigos e 30 ortodontistas classificaram as imagens do mais atraente para o menos atraente. A cópia de uma das imagens foi utilizada para avaliar a confiabilidade intraexaminador. Resultados / A quantidade e a direção da posição sagital do queixo e da proeminência do lábio inferior foram identificadas como tendo um efeito significativo na classificação da imagem. A protrusão do queixo foi menos atraente do que a retrusão e a cirurgia foi desejada com mais frequência para essas imagens. A direção geral das opiniões foi a mesma para leigos e ortodontistas. Conclusões / A proeminência do queixo observada em um paciente prognata é considerada menos atraente do que a proeminência do queixo e do lábio inferior combinadas, observada em um paciente com prognatismo mandibular. Em perfis com um queixo mais proeminente, foi preferida uma posição mais protruída do lábio inferior. Quando o queixo era retruído, a posição normal do lábio inferior foi preferida em relação a um lábio retruído.

Objetivo / Demonstrar se existe uma ou mais relações áureas entre diferentes medidas da face humana. Material e Métodos / Para fazer nossas medidas, usamos a estereofotogrametria tridimensional (3D), que provou ser o “padrão ouro’’ na área de antropometria facial. Obtivemos aquisições faciais estereofotograméticas 3D de 400 indivíduos adultos jovens e saudáveis​​e, depois, foram classificados por um júri de avaliação. Cada sujeito recebeu uma avaliação estética variando de 0 a 40. Indivíduos com uma pontuação maior que 28 foram considerados muito atraentes (MA), e os indivíduos com uma pontuação inferior a 12 foram considerados não atraentes (NA). Quinze indivíduos em cada grupo foram escolhidos por acaso, com um grupo total final de 60 indivíduos: 15 homens MA, 15 homens NA, 15 mulheres MA, e 15 mulheres NA. Para cada indivíduo, um conjunto de distâncias de face foi obtido a partir da reconstrução facial estereofotogramética e 10 proporções foram calculadas. Os efeitos do sexo e da atratividade foram testados pela análise de variância. Além disso, o teste T de Student verificou se as proporções foram estatisticamente diferentes da proporção áurea. Resultados / Em nove proporções, nenhum efeito significativo de sexo ou atratividade foi encontrado. Apenas a proporção distância olho-boca / altura da relação mandibular foi significativamente influenciada pelo sexo (P < 0,035) e atratividade (P < 0,032). Sete das dez proporções foram estatisticamente diferentes do valor hipotético de 1,618, e apenas três delas eram semelhantes à proporção áurea. Conclusões / As proporções entre as distâncias faciais tridimensionais não foram relacionadas com a atratividade. Em sua maior parte, as proporções faciais foram diferentes da proporção áurea. Tradução: Isabella Simões Holz

Tradução: Isabella Simões Holz

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a b st r acts

Alterações no tecido mole após recuo mandibular e cirurgia bimaxilar em pacientes Classe III Jokić D, Jokić D, Uglešić V, Macan D, Knežević P. Soft tissue changes after mandibular setback and bimaxillary surgery in Class III patients. Angle Orthod. 2013 Sep;83(5):817-23. Objetivo / Avaliar a relação entre tecidos moles e estrutura óssea dos pacientes Classe III antes e depois de osteotomia sagital do ramo mandibular (OSRM) e cirurgia ortognática bimaxilar; determinar o impacto de outros fatores na alteração do tecido mole; e avaliar correlações entre a espessura do tecido antes da cirurgia, os ângulos SNA, SNB e ANB, e as alterações no tecido mole. Material e Métodos / O estudo incluiu 78 pacientes Classe III tratados somente com OSRM ou com OSRM e osteotomia Le Fort I. Telerradiografias foram obtidas antes da cirurgia e após 3 meses a 1 ano. Depois que todos os pontos da análise de perfil Zagreb82 e de Legan e Burstone foram traçados, a proporção de cinco pontos de tecido mole, antes e depois da cirurgia, foi avaliada. Resultados / Os tecidos moles entre os pontos Sn e A e lábio superior mostraram alterações estatisticamente significativas para os pacientes tratados com cirurgia bimaxilar e OSRM. Somente o sexo teve influência na alteração dos tecidos moles. A correlação entre a espessura dos tecidos moles e alterações após a cirurgia foi significativa. Houve uma mudança no ângulo SNB correlacionado com a espessura do lábio superior para pacientes tratados com OSRM, mas não para pacientes tratados com OSRM e Le Fort I. Alterações no ângulo SNA correlacionaram-se com alterações dos tecidos moles entre os pontos Sn e A. Conclusão / Os resultados desse estudo mostram que há alterações dos tecidos moles após a OSRM e a OSRM e Le Fort I, eliminando as deficiências que foram indicadas em metanálise das alterações no tecido mole de um estudo anterior. Tradução: Tatiana Sanches Almeida de Oliveira

Avaliação da estabilidade mecânica e aplicabilidade clínica de um novo desenho de mini-implantes ortodônticos – Parte 3 Song HN, Hong C, Banh R, Ohebsion T, Asatrian G, Leung HY, Wu BM, Moon W. Mechanical stability and clinical applicability assessment of novel orthodontic mini-implant design Part 3. Angle Orthod. 2013;83:832-41 Objetivo / Comparar a estabilidade e a aplicabilidade clínica de um novo desenho de mini-implante ortodôntico (N2) com o desenho mais utilizado comercialmente disponível (CA). Material e Métodos / Dois grupos de mini-implantes foram testados: um com desenho CA (diâmetro de 1,5mm, comprimento de 6mm) e um N2 (diâmetro de 3mm, comprimento de 2mm, forma cônica). Os implantes foram inseridos em blocos ósseos simulando corticais ósseas de diferentes densidades (20 libras por pé cúbico [lpc], 30 lpc e 40 lpc). Um teste de torque foi usado para medir o torque máximo de inserção (TMI) e torque máximo de remoção (TMR). Compressão e vetores de força de tensão foram aplicados em ângulos de 10°, 20°, 30° e 40° utilizando pinos de carga personalizados para determinar a estabilidade primária. Resultados / As médias de TMI e TMR foram maiores para o desenho N2 do que para o CA em todos as três densidades de osso cortical, exceto o TMR em osso de 20 lpc (não significativa estatisticamente). A força de compressão média necessária para deslocar o N2 a todas as distâncias e angulações foi maior para o desenho N2 do que para o CA. Em todas as distâncias de deslocamento, a maior força de tensão média necessária para deslocamento de N2 foi na angulação de 10°; enquanto, em 30° e 40°, a força média de tensão necessária para deslocar o de desenho CA era maior. Conclusões / A estabilidade primária do N2 é superior à do CA, e é promissor para aplicabilidade clínica tanto ortodôntica quanto ortopédica, especialmente sob força de compressão. O curto comprimento do N2 reduz o risco de danos das estruturas anatômicas e proximidade das raízes durante a instalação e tratamento ortodôntico. A estabilidade do N2 pode ser comprometida em áreas de alta densidade óssea e força de tensão muito angulada. Tradução: Letícia Moraes de Aguiar

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i n st r u ç õ es aos autor es

— A Revista Clínica de Ortodontia Dental Press, dirigida à

rão ser incluídas apenas nos campos específicos no site de

classe odontológica, destina-se à publicação de relatos de

submissão de artigos. Assim, essas informações não esta-

casos clínicos e de técnicas, artigos de interesse aos profis-

rão disponíveis para os revisores.

sionais da área, comunicações breves e atualidades.

2. Resumo/Abstract — A Revista Clínica de Ortodontia Dental Press utiliza o Siste-

— os resumos estruturados, em português e inglês, de 250 palavras ou menos são os preferidos.

ma de Gestão de Publicação, um sistema on-line de submissão e avaliação de trabalhos. Para submeter novos tra-

— os resumos estruturados devem conter as seções: Introdução, com a proposição do estudo; Métodos, descrevendo

balhos visite o site:

como o mesmo foi realizado; Resultados, descrevendo os

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resultados primários; e Conclusões, relatando o que os auto— Outros tipos de correspondência poderão ser enviados para:

res concluíram dos resultados, além das implicações clínicas. — os resumos devem ser acompanhados de 3 a 5 palavras-

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chave, ou descritores, também em português e em inglês,

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as quais devem ser adequadas conforme o MeSH/DeCS.

CEP: 87.015-001, Maringá/PR

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3. Texto

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— os textos devem ter o número máximo de 4.000 palavras, incluindo legendas das figuras, resumo, abstract e referências.

sher, os quais não assumirão qualquer responsabilidade pelas mesmas. Nem o(s) editor(es) nem o publisher garantem

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4. Figuras

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cados ou submetidos para publicação em outra revista. Os

— se uma figura já foi publicada anteriormente, sua legenda

300 dpis de resolução.

deve dar todo o crédito à fonte original.

manuscritos serão analisados pelo editor e consultores, e estão sujeitos a revisão editorial.

— todas as figuras devem ser citadas no texto.

5. Gráficos e traçados cefalométricos Orientações para submissão de manuscritos

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ginais dos gráficos e traçados, nos programas que foram

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utilizados para sua confecção.

— Organize sua apresentação como descrito a seguir:

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1. Página de título

— os desenhos enviados podem ser melhorados ou redesenha-

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dos pela produção da revista, a critério do Corpo Editorial.

palavras-chave e keywords. — não inclua informações relativas aos autores, por exemplo: nomes completos dos autores, títulos acadêmicos, afilia-

6. Tabelas — as tabelas devem ser autoexplicativas e devem complemen-

ções institucionais e/ou cargos administrativos. Elas deve-

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tar, e não duplicar o texto.

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Instruções aos autores

— devem ser numeradas com algarismos arábicos, na ordem

— as referências devem ser apresentadas no final do texto

em que são mencionadas no texto.

obedecendo às Normas Vancouver (http://www.nlm.nih.

— forneça um breve título para cada uma. — se uma tabela tiver sido publicada anteriormente, inclua

gov/bsd/uniform_requirements.html). — utilize os exemplos ao lado.

uma nota de rodapé dando crédito à fonte original. — apresente as tabelas como arquivo de texto (Word ou Excel, por exemplo), e não como elemento gráfico (imagem

Artigos com até seis autores

Sterrett JD, Oliver T, Robinson F, Fortson W, Knaak B, Russell CM. Width/length ratios of normal clinical crowns of the

não editável).

maxillary anterior dentition in man. J Clin Periodontol. 1999

7. Comitês de Ética

Mar;26(3):153-7.

— Os artigos devem, se aplicável, fazer referência a pareceres de Comitês de Ética.

Artigos com mais de seis autores De Munck J, Van Landuyt K, Peumans M, Poitevin A, Lam-

8. Declarações exigidas

brechts P, Braem M, et al. A critical review of the durability of

Todos os manuscritos devem ser acompanhados das se-

adhesion to tooth tissue: methods and results. J Dent Res.

guintes declarações, a serem preenchidas no momento da

2005 Feb;84(2):118-32.

submissão do artigo: — Cessão de Direitos Autorais

Capítulo de livro

Transferindo todos os direitos autorais do manuscrito para a

S, Brugnera A. Invisível: restaurações estéticas cerâmicas.

Dental Press International, caso o trabalho seja publicado.

Maringá: Dental Press; 2007. cap. 6, p. 223-301.

— Conflito de Interesse

Kina S. Preparos dentários com finalidade protética. In: Kina

Caso exista qualquer tipo de interesse dos autores para com o objeto de pesquisa do trabalho, esse deve ser explicitado.

— Proteção aos Direitos Humanos e de Animais

Capítulo de livro com editor

Breedlove GK, Schorfheide AM. Adolescent pregnancy. 2nd ed. Wieczorek RR, editor. White Plains (NY): March of Dimes

Caso se aplique, informar o cumprimento das recomenda-

Education Services; 2001.

ções dos organismos internacionais de proteção e da Declaração de Helsinki, acatando os padrões éticos do comitê responsável por experimentação humana/animal. — Consentimento Informado

Dissertação, tese e trabalho de conclusão de curso

Beltrami LER. Braquetes com sulcos retentivos na base, colados clinicamente e removidos em laboratórios por testes

Os pacientes têm direito à privacidade que não deve ser

de tração, cisalhamento e torção [dissertação]. Bauru (SP):

violada sem um consentimento informado.

Universidade de São Paulo; 1990.

9. Referências — todos os artigos citados no texto devem constar na lista de referências.

Formato eletrônico Câmara

CALP.

Estética

em

Ortodontia:

Diagramas

— todas as referências listadas devem ser citadas no texto.

de Referências Estéticas Dentárias (DRED) e Faciais

— com o objetivo de facilitar a leitura do texto, as referências

(DREF). Rev Dental Press Ortod Ortop Facial. 2006 no-

serão citadas no texto apenas indicando a sua numeração.

v-dez;11(6):130-56. [Acesso 12 jun 2008]. Disponível em:

— as referências devem ser identificadas no texto por números

www.scielo.br/pdf/dpress/v11n6/a15v11n6.pdf.

arábicos sobrescritos e numeradas na ordem em que são citadas no texto. — as abreviações dos títulos dos periódicos devem ser normalizadas de acordo com as publicações “Index Medicus” e “Index to Dental Literature”. — a exatidão das referências é de responsabilidade dos autores; as mesmas devem conter todos os dados necessários à sua identificação.

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r eg i st r o d e e nsai os clí ni cos

Os ensaios clínicos se encontram entre as melhores evidências para tomada de decisões clínicas. Considera-se ensaio clínico todo projeto de pesquisa com pacientes que seja prospectivo, nos quais exista intervenção clínica ou medicamentosa com objetivo de comparação de causa/efeito entre os grupos estudados e que, potencialmente, possa ter interferência sobre a saúde dos envolvidos. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), os ensaios clínicos controlados aleatórios e os ensaios clínicos devem ser notificados e registrados antes de serem iniciados. O registro desses ensaios tem sido proposto com o intuito de identificar todos os ensaios clínicos em execução e seus respectivos resultados, uma vez que nem todos são publicados em revistas científicas; preservar a saúde dos indivíduos que aderem ao estudo como pacientes; bem como impulsionar a comunicação e a cooperação de instituições de pesquisa entre si e com as parcelas da sociedade com interesse em um assunto específico. Adicionalmente, o registro permite reconhecer as lacunas no conhecimento existentes em diferentes áreas, observar tendências no campo dos estudos e identificar os especialistas nos assuntos. Reconhecendo a importância dessas iniciativas e para que as revistas da América Latina e Caribe sigam recomendações e padrões internacionais de qualidade, a BIREME recomendou aos editores de revistas científicas da área da Saúde indexadas na Scientific Library Electronic Online (SciELO) e na LILACS (Literatura Latino-americana e do Caribe de Informação em Ciências da Saúde) que tornem públicas estas exigências e seu contexto. Assim como na base MEDLINE, foram incluídos campos específicos na LILACS e SciELO para o número de registro de ensaios clínicos dos artigos publicados nas revistas da área da Saúde. Ao mesmo tempo, o International Committee of Medical Journal Editors (ICMJE) sugeriu aos editores de revistas científicas que exijam dos autores o número de registro no momento da submissão de trabalhos. O registro dos ensaios clínicos pode ser feito em um dos Registros de Ensaios Clínicos validados pela OMS e ICMJE, cujos endereços estão disponíveis no site do ICMJE. Para que sejam validados, os Registros de Ensaios Clínicos devem seguir um conjunto de critérios estabelecidos pela OMS.

Portal para divulgação e registro dos ensaios A OMS, com objetivo de fornecer maior visibilidade aos Registros de Ensaios Clínicos validados, lançou o portal WHO Clinical Trial Search Portal (http://www.who.int/ictrp/network/en/index. html), com interface que permite a busca simultânea em diversas bases. A pesquisa, nesse portal, pode ser feita por palavras, pelo título dos ensaios clínicos ou pelo número de identificação. O resultado mostra todos os ensaios existentes, em diferentes fases de execução, com enlaces para a descrição completa no Registro Primário de Ensaios Clínicos correspondente.

A qualidade da informação disponível nesse portal é garantida pelos produtores dos Registros de Ensaios Clínicos que integram a rede recém-criada pela OMS: WHO Network of Collaborating Clinical Trial Registers. Essa rede permitirá o intercâmbio entre os produtores dos Registros de Ensaios Clínicos para a definição de boas práticas e controles de qualidade. Os sites para que possam ser feitos os registros primários de ensaios clínicos são: www.actr.org.au (Australian Clinical Trials Registry), www.clinicaltrials.gov e http://isrctn.org (International Standard Randomised Controlled Trial Number Register (ISRCTN). Os registros nacionais estão sendo criados e, na medida do possível, os ensaios clínicos registrados nos mesmos serão direcionados para os recomendados pela OMS. A OMS propõe um conjunto mínimo de informações que devem ser registradas sobre cada ensaio, como: número único de identificação, data de registro do ensaio, identidades secundárias, fontes de financiamento e suporte material, principal patrocinador, outros patrocinadores, contato para dúvidas do público, contato para dúvidas científicas, título público do estudo, título científico, países de recrutamento, problemas de saúde estudados, intervenções, critérios de inclusão e exclusão, tipo de estudo, data de recrutamento do primeiro voluntário, tamanho da amostra pretendido, status do recrutamento e medidas de resultados primárias e secundárias. Atualmente, a Rede de Colaboradores está organizada em três categorias: - Registros Primários: cumprem com os requisitos mínimos e contribuem para o Portal; - Registros Parceiros: cumprem com os requisitos mínimos, mas enviam os dados para o Portal, somente através de parceria com um dos Registros Primários; - Registros Potenciais: em processo de validação pela Secretaria do Portal, ainda não contribuem para o Portal.

Posicionamento da Revista Clínica de Ortodontia Dental Press A REVISTA CLÍNICA DE ORTODONTIA DENTAL PRESS apoia as políticas para registro de ensaios clínicos da Organização Mundial da Saúde - OMS (http://www.who.int/ictrp/en/) e do International Committee of Medical Journal Editors – ICMJE (http://www.wame. org/wamestmt.htm#trialreg e http://www.icmje.org/clin_trialup. htm), reconhecendo a importância dessas iniciativas para o registro e divulgação internacional de informação sobre estudos clínicos, em acesso aberto. Sendo assim, seguindo as orientações da BIREME/OPAS/OMS para a indexação de periódicos na LILACS e SciELO, somente serão aceitos para publicação os artigos de pesquisas clínicas que tenham recebido um número de identificação em um dos Registros de Ensaios Clínicos, validados pelos critérios estabelecidos pela OMS e ICMJE, cujos endereços estão disponíveis no site do ICMJE: http://www.icmje.org/faq.pdf. O número de identificação deverá ser registrado ao final do resumo. Consequentemente, recomendamos aos autores que procedam o registro dos ensaios clínicos antes do início de sua execução.

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