Revista de Dental Press Estética - v. 10, n. 2 - Abr./Maio./Jun 2013

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Revista DENTAL

PRESS de

Volume 10 Número 2 abr./maio/jun. 2013

Publicação oficial da Sociedade Brasileira de Odontologia Estética



Créditos da foto da capa Modelo: Jéssica Siciliano - Joy Models Management Foto e conceito: ClickDudu.com Make-up: Dudu Medeiros Com produtos: SENSORYALL.COM

Rev Dental Press Estét. 2013 abr-jun;10(2):1-136

ISSN 1807-2488

Tratamento de imagem: Daiane Domingues


Sumário Artigos 48

48 Avaliação da efetividade de diferentes concentrações e composições de géis empregados no clareamento dentário caseiro: relato de caso Tiago Veras Fernandes

56

Traumatismo dentário anterior: manejo clínico para reabilitação estética e funcional do paciente Núbia Pavesi Pini, Thiago Farias Rocha Lima, Henrique Heringer Vieira, Flávio Henrique Baggio Aguiar, Débora Alves Nunes Leite Lima, Francisco José Souza-Filho, Adriana de Jesus Soares

70

Interação entre cerâmica, preparo dentário e cimento resinoso: uma solução para escurecimento dentário Alessandra Reis Bastos de Oliveira, Maria Beatriz R. G. Oliveira

82

Associação da microabrasão do esmalte dentário com o clareamento dentinário para a recuperação estética dos dentes naturais Lucas Silveira Machado, Daniel Sundfeld Neto, Fernanda Garcia de Oliveira, Laura Molinar Franco, Rodolfo Bruniera Anchieta, Renato Herman Sundfeld

92

Laserterapia de baixa intensidade no tratamento da hipersensibilidade dentinária causada por lesões de abfração Alexandre Marques de Resende, Lara Gouvêa Almeida Martins, Mariele Ferraz de Oliveira

103

Análise espectrofotométrica da diferença de cor, sensibilidade dentária e grau de satisfação de dentes humanos vitais clareados clinicamente Walter Leonardo Siqueira Zaia, José Luiz Guimarães de Figueiredo, Danilo Mathias Zanello Guerisoli, Alessandra Satake, Juliana Alves

114

Desenvolvimento e apresentação de um novo protocolo anatomofuncional Gustavo Javier Vernazza

56

Volume 10 - Número 2 - abr./maio/jun. 2013


114

Seções Entrevista

12

Protocolo clínico

24

Gestão em Odontologia

40

Prof. Dr. Jose-Luis Ruiz

Restaurações cerâmicas em dentes anteriores: moldagem e comunicação laboratorial Rafael Calixto, Nelson Massing

Será que eu quero mudar? Celso Orth

Biologia da Estética

70

Amálgama dentário e mercúrio: o fim de uma era! Alberto Consolaro, Tiago Novaes Pinheiro

12

82

42


EDITORA CIENTÍFICA

José Roberto Moura Jr. - Clínica particular - Taubaté - SP

Renata Corrêa Pascotto - UEM - PR

Katia Regina Hostilio Cervantes Dias - UERJ / UFRJ - RJ Leonardo Muniz - EBMSP - BA

PUBLISHER

Luiz Antônio Gaieski Pires - Clínica particular - Porto Alegre - RS

Laurindo Zanco Furquim - UEM - PR

Luiz Fernando Pegoraro - FOB-USP - SP Luiz Narciso Baratieri - UFSC - SC Marcelo Balsamo - APCD - SP

CONSULTORES CIENTÍFICOS

Marcelo Fonseca Pereira - Clínica particular - Rio de Janeiro - RJ

Adair Luiz Stefanello Busato - ULBRA - RS

Márcio Grama Hoeppner - UEL - PR

Albert Heller - Clínica particular - Montevideo - Uruguai

Marco Antonio Bottino - FOSJC/UNESP - SP

Alberto Consolaro - FOB-USP - SP

Maria Fidela de Lima Navarro - USP - SP

Alberto Magno Gonçalves - UFGO - GO

Mário Fernando de Góes - FOP/UNICAMP - SP

Andréa Brito Conceição - UFRGS - RS

Mario Honorato da Silva e Souza Júnior - UFPA - PA

Antônio Salazar Fonseca - APCD - SP

Markus Lenhard - Clínica particular - Suíça

Anuar Antônio Xible - UFES - ES

Milko Vilarroel Cortez - Universidade de Valparaíso - Chile

August Bruguera - Laboratório Disseny Dental Bcn - Barcelona - Espanha

Neimar Sartori - University of Southern California (USC), Los Angeles, CA, EUA

Carlos Alexandre L. Peersen da Câmara - Clínica particular - Natal - RN

Oliver Brix - Clínica particular - Kelkheim - Alemanha

Carlos Eduardo Francci - USP - SP

Osmir Batista de Oliveira Júnior - UNESP - SP

Carlos Eduardo Francischone - FOB-USP - SP

Oswaldo Scopin de Andrade - CES/SENAC - SP

Cesar Augusto Arita - AORP - SP

Pablo Abate - Universidade de Buenos Aires - Argentina

Claudia Cia Worschech - Clínica particular - Americana - SP

Patrícia Nobrega Rodrigues Pereira - Univ. of North Carolina at Chapel Hill, EUA

Claudio Heliomar Vicente da Silva - UFPE - PE

Paulo Kano - APCD - SP

Claudio Pinho - Clínica particular - Brasília - DF

Raquel Sano Suga Terada - UEM - PR

Daniel Edelhoff - Universidade de Munique - Alemanha

Ricardo Mitrani - Clínica particular - México

David A. Garber - Medical College of Georgia School of Dentistry - Georgia, EUA

Rodolfo Candia Alba Júnior - Clínica particular - São Paulo - SP

Dickson Martins da Fonseca - Clínica particular - Natal - RN

Ronaldo Hirata - UFPR - PR

Didier Dietschi - Universidade de Geneva - Suíça

Sérgio Moraes de Souza - Clínica particular - Belém - PA

Dulce Simões - UFAL - AL

Sérgio Roberto Vieira - PUC - PR

Eduardo Batista Franco - USP - SP

Shigeo Kataoka - Osaka Ceramic Training Center - Osaka - Japão

Eduardo Galia Reston - ULBRA - RS

Sidney Kina - Clínica particular - Maringá - PR

Eduardo Passos Rocha - FOA/UNESP - SP

Sillas Luiz Lordelo Duarte Júnior - FOAr/UNESP - SP

Euripedes Vedovato - APCD - SP

Sylvio Monteiro Junior - UFSC - SC

Fabiano Marson - Faculdade Ingá - PR

Victor Hugo do Carmo - Hot Spot Design - Cugy - Suíça

Fabio Sene - UEL - PR

Waldemar Daudt Polido - Clínica particular - Porto Alegre - RS

Fátima Cristina de Sá - UEL - PR

Walter Gomes Miranda Jr. - USP - SP

Fernando Borba de Araújo - UFRGS - RS

Wanderley de Almeida Cesar Jr. - Clínica particular - Maringá - PR

Fernando Cauduro - PUC - RS Gerald Ubassy - International Dental Training Center - França

CONSULTORES EM PRÓTESE DENTÁRIA

Glauco Fioranelli Vieira - USP - SP

José Carlos Romanini - Laboratório Romanini - Londrina - PR

Guilherme Senna - PUC/MG - MG

Luiz Alves Ferreira - APDESP - São Paulo - SP

Isabel Tumenas - APCD - SP

Marcos Celestrino - Laboratório Aliança - São Paulo - SP

Jairo Pires de Oliveira - Clínica particular - Ribeirão Preto - SP

Murilo Calgaro - Studio Dental - Curitiba - PR

João Carlos Gomes - UEPG - PR

Rolf Ankli - Dental Atelier - Belo Horizonte - MG

João Pimenta - Clínica particular - Barcelos - Portugal José Arbex Filho - Clínica particular - Belo Horizonte - MG

CONSULTOR DE FOTOGRAFIA

José Carlos Garófalo - Clínica particular - São Paulo - SP

Dudu Medeiros - Fotógrafo - SP

Dados Internacionais de Catalogação-na-Publicação (CIP) Revista Dental Press de Estética / Dental Press International. -- v. 1, n. 1 (out./nov./dez.) (2004) – . -- Maringá : Dental Press International, 2004Trimestral. ISSN 1807-2488. 1. Estética (Odontologia) – Periódicos I. Dental Press International. II. Título. CDD. 617.643005

Indexada nas Bases de Dados:

desde 2005

BBO

desde 2005

DIRETORA: Teresa Rodrigues D’Aurea Furquim - DIRETORES EDITORIAIS: Bruno D’Aurea Furquim - Rachel Furquim Marson - DIRETOR DE MARKETING: Fernando Marson - PRODUTOR EDITORIAL: Júnior Bianco - PRODUÇÃO GRÁFICA E ELETRÔNICA: Diego Ricardo Pinaffo - Bruno Boeing de Souza - Gildásio Oliveira Reis Júnior - Renata Sguissardi - Tratamento de imagens: Ivo Azevedo - SUBMISSÃO DE ARTIGOS: Simone Lima Lopes Rafael - Márcia Ferreira Dias REVISÃO/COPYDESK: Adna Miranda - Ronis Furquim Siqueira - Wesley Nazeazeno - JORNALISMO: Yara Marchini - BANCO DE DADOS: Cléber Augusto Rafael - INTERNET: Fernando Truculo Evangelista - Poliana Rocha dos Santos - CURSOS E EVENTOS: Ana Claudia da Silva - COMERCIAL: Roseneide Martins Garcia - BIBLIOTECA/NORMALIZAÇÃO: Simone Lima Lopes Rafael - EXPEDIÇÃO: Diego Matheus Moraes dos Santos - FINANCEIRO: Cléber Augusto Rafael - Lucyane Plonkóski Nogueira - Roseli Martins - SECRETARIA: Rosane Albino. A Revista Dental Press de Estética (ISSN 1807-2488) é uma publicação trimestral (quatro edições por ano) da Dental Press Ensino e Pesquisa Ltda. - Av. Dr. Luiz Teixeira Mendes, 2.712 - Zona 5 - CEP 87.015-001 - Maringá/PR - Brasil. Todas as matérias publicadas são de exclusiva responsabilidade de seus autores. As opiniões nelas manifestadas não correspondem, necessariamente, às opiniões da Revista. Os serviços de propaganda são de responsabilidade dos anunciantes. Assinaturas: www.dentalcompras.com.br ou pelo fone/fax: (44) 3031-9818.


5

Editorial

Renata Corrêa Pascotto*

A cada nova edição da Revista Dental Press de Estética, me surpreendo com as possibilidades de diagramação e recursos visuais utilizados pela equipe da Editora, a fim de torná-la mais atraente para você, leitor, que é a principal razão da revista existir. Isso sem falar nas inovações proporcionadas pelos artigos originais e protocolos estéticos e funcionais que vêm sendo publicados. Da mesma forma, toda nova proposta é sempre muito bem-vinda no sentido de atender às expectativas de atualização continuada de um público cada vez mais exigente. Nesse contexto, quando olhamos para trás, e para o trabalho desenvolvido nesses 3 últimos anos em parceria com o Dr. Ewerton Nocchi, nos sentimos com a sensação de dever cumprido, pois em cada edição publicada pudemos transmitir um pouco daquilo que acreditamos e consideramos importante para a atualização profissional. Nesse momento de transição, gostaria de expressar os meus sinceros agradecimentos pela confiança em nosso trabalho, especialmente ao Laurindo e à Teresa Furquim e a todos que colaboraram para que esse projeto fosse possível. Toda sucessão é muito salutar, pois * Professora Associada do Curso de Odontologia da Universidade Estadual de Maringá (UEM). Mestre e Doutora em Dentística pela Faculdade de Odontologia de Bauru – USP. Coordenadora Adjunta do Programa de Pós-graduação em Odontologia Integrada (mestrado) da UEM. E-mail: rpascotto@dentalpress.com.br.

permite a expressão de novas ideias e uma contribuição adicional ao trabalho já realizado. Desejo à nova equipe que assumirá a editoria da revista muito sucesso nessa empreitada, brindando, aqueles que são apaixonados pela Odontologia Estética, com uma revista com qualidade cada vez melhor. Um grande abraço,

Renata Pascotto

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Seguindo em frente






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Entrevista com

Prof. Dr.

Jose-Luis Ruiz

A primeira vez que ouvi falar do Dr. Jose-Luiz Ruiz foi por causa de sua associação com o Dr. Gordon Christensen e das muitas palestras que faziam juntos. Ele foi diretor de curso no Programa de Educação Continuada em Odontologia Estética na Universidade do Sul da Califórnia (USC) entre 2004 e 2009, e tive várias oportunidades de vê-lo palestrar aqui no sul da Califórnia. Fui imediatamente atraído por sua abordagem porque enfatizava técnicas que podem ser usadas pelos dentistas duas vezes ao dia, e não apenas duas vezes ao ano. Uma das críticas a muitos clínicos que ensinam Odontologia Estética é que tendem a ignorar a oclusão, mas isso não se aplica ao Jose-Luiz, já que oclusão é uma parte integral de todo curso que dá, seja sobre Odontologia Estética, restaurações adesivas ou implantes. Ele também ministra um curso de múltiplos níveis, sobre oclusão, que inclui a formação da equipe odontológica — uma parte essencial se o objetivo é incorporar,

com eficiência, um novo procedimento ao seu consultório. Se desejar maiores informações sobre seus cursos, consulte www.drruizonline.com.

Para começar, conte-me um pouco sobre o Instituto de Odontologia Estética de Los Angeles e sobre seu envolvimento com ele. Muito obrigado. Bem, na verdade, é uma satisfação para mim poder partilhar meus pontos de vista quanto à Odontologia e minha experiência nessa área, que eu amo e que é nossa profissão. O Instituto de Odontologia Estética de Los Angeles é um local onde oferecemos vários cursos e workshops. Nossa proposta é oferecer workshops a um preço razoável e com aplicação prática. Os colegas que os fazem aprendem coisas que podem realmente ser colocadas em prática;

ENTREVISTA com Jose-Luis Ruiz, DDS POR Michael C. DiTolla, DDS, FAGD Originalmente publicado como: Interview with Dr. Jose-Luis Ruiz. Chairside magazine. Summer 2011;6(3):34-46. Republicado sob permissão do Glidewell Laboratories©. 2011. Fotografias cedidas por Sharon Dowd, Glidewell Laboratories, Newport Beach, Califórnia.

Como citar esta seção: Ruiz JL. Entrevista com Prof. Dr. Jose-Luis Ruiz. Rev Dental Press Estét. 2013 abr-jun;10(2):12-23.


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Rev Dental Press Estét. 2013 abr-jun;10(2):12-23

O Dr. Jose-Luis Ruiz atua em seu consultório particular em Burbank, Califórnia. Desde 2006, tem sido reconhecido, pela Dentistry Today, como um líder na área da educação continuada. Contatos pelo fone 818-558-4332 (EUA) ou pelo e-mail ruiz@drruiz.com.


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Ruiz JL

Pessoalmente, uso implantes de diâmetro reduzido, já há muitos anos e com muito sucesso. Uso implantes delgados para não ter que usar enxertos e, ainda, fico com osso suficiente ao redor do implante e, quando necessário, uso um mini-implante se a crista óssea demandar. Acho que têm ótima previsibilidade. Se forem de boa qualidade e tratados adequadamente, os mini-implantes se integram, e você consegue instalar uma boa restauração, que vai ser muito útil ao paciente. Ou pode também usá-los para próteses totais, sem problema algum. Nos meus cursos, ensino uma abordagem mais voltada para o mundo real, onde, se possível, tentamos colocar implantes sem ter que usar enxertos ósseos, desde que tenhamos osso suficiente ao redor do implante. As pesquisas, hoje, mostram muito claramente que uma angulação do implante não é um fator de falha. Há muitas pesquisas sobre isso, e os resultados mostram que uma leve angulação, devido à posição do osso, não encurtará a vida do implante.

Sim, certo. Bem, para concluirmos, tenho que lhe dizer que você citou, algumas vezes, conceitos pelos quais sou absolutamente apaixonado, como “praticidade” e “simplicidade”. O que tento fazer, e agora sei que também é parte do que você tenta fazer, é considerar essas situações utópicas e imaginar uma forma para que o dentista típico (e me considero um dentista típico) possa integrar esses princípios àquilo que faz todos os dias. Porque a realidade é que, como você

mencionou, muitos dos ensinamentos utópicos que vemos por aí soam maravilhosos e parecem maravilhosos; mas, ao voltar para o consultório, é realmente difícil fazer a mesma coisa em pacientes reais, que não são independentes financeiramente, não têm todo o tempo do mundo e precisam voltar ao trabalho. E você tem que conseguir implementar essas coisas. Quando se trata de praticidade e simplicidade, os dentistas clientes aqui do laboratório Glidewell basicamente exigem isso. E posso dizer que somos almas gêmeas em relação a parte dessa filosofia. Sim. Também acho isso.

Por fim, quero incentivar nossos leitores a visitarem www.drruizonline.com se quiserem conferir alguns dos cursos que você ministrará. Vou participar de um dos cursos sobre dentística supragengival porque sei que, provavelmente, deveria estar trabalhando mais com restaurações supragengivais do que tenho feito atualmente. Obrigado, Mike. Fico honrado com isso.

Rev Dental Press Estét. 2013 abr-jun;10(2):12-23

discutindo sobre as facetas, o pêndulo da Dentística moveu-se exageradamente para o lado do uso de enxertos ósseos. Todos os cursos que você vê por aí são sobre enxertos. Todo mundo está falando que devíamos usar enxertos em quase todos os casos. E isso é simplesmente tratar além do necessário. Apenas os ricos e famosos podem pagar por isso, e simplesmente não faz sentido algum para mim.


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Rev Dental Press Estét. 2013 abr-jun;10(2):24-37

Protocolo clínico

Restaurações cerâmicas em dentes anteriores:

Laboratorial moldagem e comunicação

Rafael Calixto*, Nelson Massing**

*Especialista, Mestre e Doutor em Dentística Restauradora, UNESP-Araraquara. **Especialista e Mestre em Dentística Restauradora, ULBRA.

Como citar este artigo: Calixto R, Massing N. Restaurações cerâmicas em dentes anteriores: moldagem e comunicação laboratorial. Rev Dental Press Estét. 2013 abr-jun;10(2):24-37. » Os autores declaram não ter interesses associativos, comerciais, de propriedade ou financeiros, que representem conflito de interesse, nos produtos e companhias descritos nesse artigo. » Os pacientes que aparecem no presente artigo autorizaram previamente a publicação de suas fotografias faciais e intrabucais.


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Calixto R, Massing N

Rev Dental Press Estét. 2013 abr-jun;10(2):24-37

Nessa edição, abordaremos técnicas de moldagem e de comunicação laboratorial de cor em casos estéticos indiretos anteriores.

Introdução A moldagem definitiva das preparações anteriores é essencial para obtenção de um modelo de trabalho adequado e fiel, facilitando o trabalho do ceramista e reduzindo a possibilidade de falhas de adaptação das peças definitivas. Além disso, uma correta comunicação de cor evita problemas de repetição de trabalhos insatisfatórios.

Moldagem

Técnica do duplo fio e passo único Para se obter uma boa impressão em términos intrassulculares, é necessário um afastamento gengival, o qual é realizado tradicionalmente com fios afastadores. Na técnica conhecida como “duplo fio”, é utilizado um primeiro fio (interno) de espessura pequena (#000), o qual tem a função de manter o fluido sulcular e que também resulta em um leve deslocamento da margem gengival no sentido vertical (Fig. 1). Já o fio mais externo (segundo fio, geralmente #0) tem a função de um afastamento

gengival no sentido horizontal, dando condição ao material fluido de copiar adequadamente o término do preparo. Tem seu posicionamento metade dentro e metade fora do sulco gengival (Fig. 2). Deve ser removido aproximadamente 5 minutos depois de inserido, de forma lenta e cuidadosa, para não gerar sangramento. Uma moldagem de qualidade deve copiar adequadamente o término do preparo (a “saia” da moldagem) e estar livre de bolhas internas ou regiões “repuxadas” (Fig. 3 a 14). As siliconas de adição são os materiais tradicionalmente utilizados para a impressão dos preparos (Tab. 1). Têm uma estabilidade dimensional que pode variar entre 7 e 14 dias e que permite mais de um vazamento do modelo sem causar distorções, o que é importante para confeccionar o modelo de relacionamento, essencial para verificação adequada da relação de contato proximal e, também, da relação com a estrutura gengival, já que no modelo troquelado a gengiva é removida (Fig. 15, 16).

Tabela 1. Sugestões de siliconas de adição. SILICONA

FABRICANTE

Express XT

3M

Virtual

Ivoclar

Elite HD +

Zhermack

Aquasil

Dentsply

Flexitime

Heraeus Kulzer


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Restaurações cerâmicas em dentes anteriores: moldagem e comunicação laboratorial

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9, 10, 11, 12, 13, 14. Desenho esquemático mostrando a colocação do fio mais fino (azul), logo após, o mais grosso (amarelo), que é removido em seguida e aplicado o material fluido (roxo) e depois pasta pesada (amarela).

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Calixto R, Massing N

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23, 24. Laminados (12 a 22) realizados a partir do mesmo padrão de anatomia do enceramento, seguindo a filosofia de planejamento com previsibilidade.

Conclusão Os passos clínicos de moldagem e correta comunicação laboratorial são imprescindíveis para uma condição de trabalho ideal por parte do ceramista, reduzindo a possibilidade de insucessos, principalmente relacionados à cor e à adaptação das peças.

Endereço para correspondência: Rafael Calixto Av. Prof. João Fiusa, 1901 – Sl. 211 – Jd. Canadá – Ribeirão Preto/SP – CEP: 14.024-250 e-mail: lrcalixto@hotmail.com



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Gestão em Odontologia

Será que eu quero mudar? Celso Orth* *Graduado em Odontologia pela UFRGS. MBA em Gestão Empresarial pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Fundador da Clínica Orth. Clínico em tempo integral.

Estou vendo que preciso alterar várias coisas em minha clínica. Identifico a maioria das necessidades, mas, às vezes, os próprios clientes reportam algumas questões que podem ser melhoradas. Ouvi dizer que estão chamando isso, de ouvir clientes e fornecedores, de cocriação. Sei lá... Contratei um consultor. A ajuda externa de uma pessoa com experiência se tornou essencial, e as visitas e reuniões já tiveram início. A cada encontro, a cada conversa, consigo ver cada vez mais onde estão instalados os problemas. Sei, inclusive, o que preciso atualizar dos equipamentos, instrumentos e materiais. Olho mais acuradamente a decoração e a percebo prostrada, ultrapassada pelo tempo em que ela está ali. Já foi linda, já foi moderna, já foi clássica. Enfim, tem currículo, tem linhagem, mas... já foi.

Vejo as pessoas que estão comigo. Examino sua postura — mesmo a corporal —, seu entusiasmo e a sua dedicação. Tento acreditar que são flexíveis, o suficiente para encaminharem soluções aos clientes. Tento acreditar que possuem um vocabulário rico e articulado. Tento acreditar que são indispensáveis para qualquer clínica. Tento, tentativas vãs, vou fundo na análise e... frustração. Explico para o consultor que estou tendo dificuldades em fazer a negociação dos planejamentos que apresento aos clientes — acabo perdendo muitos. Sei, também, que peco muito na primeira consulta. Tenho o cliente, mas não fecho negócio para mantê-lo, então ele se vai. Vai para outro. Não quero crer!

Como citar esta seção: Orth C. Será que eu quero mudar? Rev Dental Press Estét. 2013 abr-jun;10(2):40-1.


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Rev Dental Press Estét. 2013 abr-jun;10(2):42-7

Biologia da Estética

Amálgama dentário e mercúrio: o fim de uma era! Alberto Consolaro*, Tiago Novaes Pinheiro** *Professor Titular da FOB-USP e da Pós-graduação da FORP-USP. ** Professor Adjunto na Universidade do Estado do Amazonas.

Resumo

O uso do mercúrio em produtos e serviços será abolido até o ano de 2020, de acordo com a Convenção de Minamata sobre o Mercúrio, estabelecida em janeiro, em Genebra, na Suíça, pelo Pnuma, ou “Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente”. Em outubro, o acordo vai ser solenemente assinado pelos países em Minamata, a cidade japonesa em que houve uma tragédia coletiva pela

intoxicação por mercúrio. A partir desse ano, praticamente acabou-se oficialmente a era do uso do amálgama de prata na Odontologia, mas a contaminação por mercúrio de rios e lagos pode continuar, pois a maior parte das restaurações de pacientes ainda a serem removidas tem alto teor tóxico e poderá contaminar os peixes, com possíveis efeitos sobre o homem!

Palavras-chave: Mercúrio. Amálgama. Odontologia.

Como citar esta seção: Consolaro A, Pinheiro TN. Amálgama dentário e mercúrio: o fim de uma era! Rev Dental Press Estét. 2013 abr-jun;10(2):42-7. » Os autores declaram não ter interesses associativos, comerciais, de propriedade ou financeiros, que representem conflito de interesse, nos produtos e companhias descritos nesse artigo.


45

Consolaro A, Pinheiro TN

Rev Dental Press EstĂŠt. 2013 abr-jun;10(2):42-7

2. MercĂşrio: o deus que, na mitologia grega, ĂŠ considerado o mensageiro dos demais deuses, por sua velocidade e fluidez.


47

Consolaro A, Pinheiro TN

O uso do mercúrio na fabricação e comercialização de produtos e serviços será abolido gradativamente até o ano de 2020, de acordo com a Convenção de Minamata sobre o Mercúrio estabelecida em janeiro, depois de quatro anos de negociação em Genebra, na Suíça, no contexto do Pnuma, ou Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente. Em outubro, o acordo vai ser solenemente assinado pelos países em Minamata, a cidade japonesa em que houve uma tragédia coletiva pela intoxicação pelo mercúrio que afetou quase 3.000 pessoas, com 900 mortos. A partir desse ano, praticamente acabou-se oficialmente a era do uso do amálgama de prata na Odontologia, mas a contaminação do mercúrio dos rios e lagos continua, pois a maior parte das restaurações ainda a ser removidas dos pacientes tem alto teor tóxico e poderá contaminar os peixes, em cujos tecidos esse metal líquido pode ser bioconcentrado e biomagnificado em seus efeitos sobre o homem!

Referências: 1. ADA Council on Scientific Affairs. Dental amalgam: update on safety concerns. J Am Dent Assoc. 1998;129(4):494-503. 2. Centro Tecnológico de Saneamento Brásico. Relatório de qualidade das águas interiores do Estado de São Paulo. São Paulo: CETESB; 2002. v. 2. 3. Conselho Nacional do Meio Ambiente. Resolução n° 20, de 18 de junho de 1996. [Acesso em: 2013 Mar 5]. Disponível em: http://www.mma.gov.br/port/conama/res/res86/res2086.html 4. Drummond JL, Cailas MD, Croke K. Mercury generation potencial from dental waste amalgam. J Dent. 2003;31(7):493-501. 5. Environmental Protection Agency. Sample preparation procedure for spectrochemical determination of total recoverable elements in biological tissues: Test Method 2003. Ohio: EPA; 1991. p. 23-9. 6. George TS. Minamata: Pollution and the Struggle for Democracy in Postwar Japan. Cambridge: Harvard University; 2002. Harvard East Asian Monographs – Book 194. 7. International Organization for Standardization. Dental equipment: amalgam separators. Reference number ISO 11143: 1999 (E). 8. Brasil. Ministério da Saúde. Manual de Segurança do ambiente hospitalar. Departamento de Normas Técnicas, 196p. Brasília, DF;1995. 9. Pinheiro TN, Consolaro A, Sakuma A, Buzzo ML, Carvalho MS, Duran MC. Mercury accumulation in fish: the potential effect of dental amalgam wastewater. Int J Exper Dent Sci. 2012;1(2):75-80. 10. Sussman M. Toxic waste and the dental assistant. Dent Assist. 1999;68(2):22-5. 11. Sörne L, Lagerkvist R. Sources of heavy metals in urban wastewater in Stockholm. Sci Total Environ. 2002;298:131-45. 12. Ylinen K, Löfroth G. Nordic dentists’ knowledge and attitudes on dental amalgam from health and environmental perspectives. Acta Odontol Scand. 2002;60(5):315-20.

Endereço para correspondência: Alberto Consolaro consolaro@uol.com.br

Rev Dental Press Estét. 2013 abr-jun;10(2):42-7

Considerações finais



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caso clínico

Evaluation of the effectiveness of different concentrations and compositions of at-home tooth bleaching gels: A case report

Tiago Veras Fernandes* *Mestre e Doutorando em Dentística, UNOPAR.

Resumo

Abstract

Embora com resultados estéticos promissores, o emprego de agentes clareadores em dentes com vitalidade pulpar, pela técnica caseira, apresenta alguns efeitos indesejáveis. O objetivo desse artigo é avaliar a efetividade de dois agentes clareadores quanto às alterações de cor, sensibilidade dentária e grau de inflamação gengival durante e imediatamente após o clareamento, por meio da avaliação clínica e análise visual/descritiva de fotografias. Quanto ao fator “alteração de cor”, a observação das imagens durante o tratamento mostra que o peróxido de carbamida a 10% e o peróxido de hidrogênio a 7,5% foram semelhantes no clareamento dentário, em todos os períodos de avaliação. Por sua vez, para os fatores sensibilidade dentária e inflamação gengival, o peróxido de hidrogênio foi mais agressivo. Assim, para o caso relatado, o peróxido de carbamida mostrou-se mais efetivo.

Although with some promising esthetic results, the use of bleaching agents on teeth with pulp vitality by means of the at-home technique presents some undesirable effects. The objective of this report is to evaluate the effectiveness of two bleaching agents on color changes, degree of tooth sensitivity and gingival inflammation during and immediately after bleaching, through clinical evaluation and visual analysis/description of the photographs. In the color change factor, the observation of the images during the treatment shows that the 10% carbamide peroxide and the 7.5% hydrogen peroxide were similar on tooth whitening, in all periods. On the other hand, on the sensitive analysis of the teeth and gingiva inflammation, the hydrogen peroxide was more aggressive. Thus, the carbamide peroxide was more effective for the reported case.

Palavras-chave: Clareamento dentário. Peróxidos. Efetividade.

Keywords: Tooth bleaching. Peroxides. Effectiveness.

Como citar este artigo: Fernandes TV. Avaliação da efetividade de diferentes concentrações e composições de géis empregados no clareamento dentário caseiro: relato de caso. Rev Dental Press Estét. 2013 abr-jun;10(2):48-55. » O autor declara não ter interesses associativos, comerciais, de propriedade ou financeiros, que representem conflito de interesse, nos produtos e companhias descritos nesse artigo. » Os pacientes que aparecem no presente artigo autorizaram previamente a publicação de suas fotografias faciais e intrabucais.

Rev Dental Press Estét. 2013 abr-jun;10(2):48-55

Avaliação da efetividade de diferentes concentrações e composições de géis empregados no clareamento dentário caseiro: relato de caso


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Fernandes TV

No relato apresentado, a probabilidade de sucesso no clareamento dentário era grande, por se tratar de um paciente jovem em condições de normalidade dentobucal5. A difusão de fluxo e difusão máxima dos peróxidos no interior da dentina são maiores em pacientes abaixo dos 20 anos15. Esse fato não exclui os efeitos adversos causados pelos agentes clareadores e confronta a utilização de produtos superconcentrados no clareamento caseiro7,16. Os peróxidos alteraram o estado de normalidade gengival16. Assim como alguns autores relatam, o

peróxido de carbamida a 10% é o gel com menores efeitos colaterais e resultados satisfatórios 1-5,7,10,16. Além de promover um clareamento relativamente seguro, a concentração de 10% ainda mostra uma capacidade de clareamento adequada para o tratamento proposto3,4,5,16. Não houve avaliação entre o 10º e 15º dia de uso do gel, devido à ausência do paciente.

Conclusão O gel de peróxido de hidrogênio a 7,5%, apesar de ser quase três vezes mais concentrado, não teve a mesma efetividade clínica que o peróxido de carbamida a 10%. Na cor final obtida, ambos obtiveram resultado semelhante, mas foi observada uma maior sensibilidade dentária e inflamação gengival com o uso do peróxido de hidrogênio a 7,5%. Em nenhum momento foi observada diferença de cor entre os dois géis.

Referências: 1. Braun A, Jepsen S, Krause F. Spectrophotometric and visual evaluation of vital tooth bleaching employing different carbamide peroxide concentrations. Dent Mater. 2007;23(2):165-9. 2. Meireles SS, Santos IS, Della Bona A, Demarco FF. A double-blind randomized controlled clinical trial of 10 percent versus 16 percent carbamide peroxide tooth-bleaching agents: one-year follow-up. J Am Dent Assoc. 2009;140(9):1109-17. 3. Burrows S. A review of the efficacy of tooth bleaching. Dent Update. 2009;36(9):537-8, 541-4, 547-8. 4. Dietschi D, Rossier S, Krejci I. In vitro colorimetric evaluation of the efficacy of various bleaching methods and products. Quintessence Int. 2006;37(7):515-26. 5. Joiner A. The bleaching of teeth: a review of the literature. J Dent. 2006;34(7):412-9. 6. Collins LZ, Maggio B, Gallagher A, York M, Schäfer F. Safety evaluation of a novel whitening gel, containing 6% hydrogen peroxide and a commercially available whitening gel containing 18% carbamide peroxide in an exaggerated use clinical study. J Dent. 2004;32 Suppl 1:47-50. 7. Goldberg M, Grootveld M, Lynch E. Undesirable and adverse effects of tooth-whitening products: a review. Clin Oral investig. 2010;14(1):1-10. Epub 2009 Jun 20. 8. Alonso de la Peña V, Balboa Cabrita O. Comparison of the clinical efficacy and safety of carbamide peroxide and hydrogen peroxide in at-home bleaching gels. Quintessence Int. 2006;37(7):551-6. 9. Jarad FD, Russell MD, Moss BW. The use of digital imaging for colour matching and communication in restorative dentistry. Br Dent J. 2005;199(1):43-9. 10. Marson FC, Sensi LG, Araujo, FO, Júnior SM, Araújo E. Avaliação cínica do clareamento dental pela técnica caseira. Rev Dental Press Estét. 2005;2(4):84-90. 11. Zekonis R, Matis BA, Cochran MA, Al Shetri SE, Eckert GJ, Carlson TJ. Clinical evaluation of in-office and at-home bleaching treatments. Oper Dent. 2003;28(2):114-21. 12. Matis BA, Yousef M, Cochran MA, Eckert GJ. Degradation of bleaching gels in vivo as a function of tray design and carbamide peroxide concentration. Oper Dent. 2002;27(1):12-8. 13. Löe H, Silness J. Periodontal disease in pregnancy. Prevalence and severity. Acta Odont Scand. 1963;21(6):533-51. 14. Haywood VB. The “Bottom Line” on Bleaching. Inside Dent. 2008 Feb. 15. Camps J, de Franceschi H, Idir F, Roland C, About I. Time-course diffusion of hydrogen peroxide through human dentin: clinical significance for young tooth internal bleaching. J Endod. 2007;33(4):455-9. 16. Dahl JE, Pallesen U. Tooth bleaching: a critical review of the biological aspects. Crit Rev Oral Biol Med. 2003;14(4):292-304.

Enviado em: 06/10/2011 Revisado e aceito: 04/06/2012 Endereço para correspondência: Tiago Veras Fernandes Rua Prefeito Hugo Cabral, 1046 – Apto 1002 – Centro – Londrina/PR – CEP: 86.020-111 e-mail: tiagoveras@hotmail.com

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Outras variáveis como idade do paciente, grau de permeabilidade dentária, espessura do esmalte, presença de trincas, etiologia da pigmentação, hábitos de higiene, alimentação, entre outros, devem ser levadas em consideração quando é feita a análise de resultados de relatos ou estudos in vivo3,5,14. A difícil tarefa de controlar variáveis durante pesquisas com agentes clareadores pode ser responsável pela divergência de resultados encontrados na literatura3,5.



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caso clínico

Anterior dental trauma: Clinical approach for functional and esthetic rehabilitation of the patient

Núbia Pavesi Pini*, Thiago Farias Rocha Lima**, Henrique Heringer Vieira*, Flávio Henrique Baggio Aguiar***, Débora Alves Nunes Leite Lima***, Francisco José Souza-Filho****, Adriana de Jesus Soares**** *Mestranda em Clínica Odontológica, área de Dentística, FOP-Unicamp. **Mestrando em Clínica Odontológica, área de Endodontia, FOP-Unicamp. ***Livre Docente. Professor, Departamento de Odontologia Restauradora, Área de Dentística, FOP-Unicamp. ****Livre Docente. Professor, Departamento de Odontologia Restauradora, Área de Endodontia, FOP-Unicamp.

Resumo

Abstract

Introdução: as fraturas dos dentes anterossuperiores decorrentes do traumatismo dentário são uma situação frequente na prática clínica. Muitas vezes, o tratamento requer uma abordagem multidisciplinar desde a etapa diagnóstica até a execução do tratamento propriamente dito. A colagem do fragmento, quando possível, é uma alternativa de tratamento conservador. Objetivo: esse estudo tem como proposta apresentar e discutir um caso clínico com fratura coronária dos incisivos centrais e do incisivo lateral direito, com controle clínico de 12 meses. Conclusão: o presente caso foi reabilitado por meio de um tratamento integrado envolvendo a Dentística Restauradora e a Endodontia, em que o reposicionamento dos fragmentos dentários mostrou-se uma técnica eficiente para restabelecer a função e a estética do paciente.

Introduction: Anterior teeth fractures due to dental trauma are a frequent situation in clinical practice. Oftenly the treatment needs a multidisciplinary approach, from diagnostic through the treatment itself. The reattachment of dental fragments, when possible, is a conservative and effective treatment technique. Objective: This paper presents and discusses a case report of a patient with crown fracture of the central incisors the right lateral incisor, with clinical followup of 12 months. Conclusion: The treatment involved Restorative Dentistry and Endodontics, and the reattachment of the dental fragment provided long-lasting esthetic and improved function by means of a very conservative approach.

Palavras-chave: Traumatismos dentários. Estética. Colagem dentária.

Keywords: Dental trauma. Esthetics. Dental reattachment.

Como citar este artigo: Pini NP, Lima TFR, Vieira HH, Aguiar FHB, Lima DANL, Souza-Filho FJ, Soares AJ. Traumatismo dentário anterior: manejo clínico para reabilitação estética e funcional do paciente. Rev Dental Press Estét. 2013 abr-jun;10(2):56-69. » Os autores declaram não ter interesses associativos, comerciais, de propriedade ou financeiros, que representem conflito de interesse, nos produtos e companhias descritos nesse artigo. » Os pacientes que aparecem no presente artigo autorizaram previamente a publicação de suas fotografias faciais e intrabucais.

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Traumatismo dentário anterior: manejo clínico para reabilitação estética e funcional do paciente


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Pini NP, Lima TFR, Vieira HH, Aguiar FHB, Lima DANL, Souza-Filho FJ, Soares AJ

abrasivos (Pop-On, 3M/ESPE) e escova de carbeto de silício (Ultradent Products) (Fig. 28). Finalizados os procedimentos, foi enfatizado ao paciente a importância do acompanhamento clínico e radiográfico dos dentes traumatizados. O paciente retornou à clínica para controles trimestrais, sendo que, no controle de 6 meses, verificou-se a estabilidade de cor do dente 11, desvitalizado, e optou-se por realizar a canaleta de desgaste nesse dente, conforme a técnica já descrita (Fig. 29). Após 12 meses, não foi observada presença de sinais ou sintomas e a pasta obturadora ainda pôde ser visualizada no canal do dente 11 (Fig. 30). Com relação ao aspecto do tratamento restaurador, o controle de 12 meses evidencia a colagem de fragmentos com realização de canaletas como um tratamento satisfatório (Fig. 31, 32).

21. Aspecto dos dentes 7 dias após a colagem dos fragmentos e após a remoção da contenção.

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Nessa etapa, foi realizada a seleção de cor e o isolamento absoluto de maneira convencional. O desgaste foi realizado com uma ponta diamantada 1014 (KG Sorensen) de maneira que somente o esmalte de ambas as estruturas — dente remanescente e fragmento — fosse envolvido (Fig. 22). Após o desgaste, realizou-se o isolamento do dente com auxílio de tira de teflon (Fig. 23) e a aplicação do ácido fosfórico a 37%, durante 30 segundos, em esmalte (Fig. 24), lavagem por 60 segundos (Fig. 25), secagem e aplicação do sistema adesivo (Fig. 26) com fotoativação por 20 segundos. Após o condicionamento ácido e adesivo, incrementos de resina composta na cor A3 de esmalte (Four Seasons, Ivoclar Vivadent) foram inseridos até que toda a canaleta fosse preenchida (Fig. 27). As restaurações foram polidas com auxílio de pontas abrasivas (Ultradent Products), discos


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Pini NP, Lima TFR, Vieira HH, Aguiar FHB, Lima DANL, Souza-Filho FJ, Soares AJ

Como todo tratamento restaurador, principalmente em casos de traumatismo dentário, a reposição de fragmentos dentários, associada à avulsão, como no caso clínico descrito, necessita de um rigoroso acompanhamento clínico, com exame clínico e radiográfico detalhado. Essa etapa é essencial para o controle das possíveis alterações que o tratamento restaurador e endodôntico podem sofrer. No caso clínico em discussão, o acompanhamento clínico foi determinante para as decisões quanto ao tratamento restaurador e para o monitoramento do dente avulsionado, que, no controle de 12 meses, demonstrou condições satisfatórias para ambos os tratamentos realizados.

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Conclusão Em casos de traumatismo dentário com envolvimento de fratura coronária e avulsão, como no caso clínico relatado, o paciente deve ser reabilitado de maneira conservadora, com restabelecimento de suas condições funcionais e estéticas. Quanto ao tratamento endodôntico, a medicação intracanal deve ser realizada para manutenção do dente em função pelo maior tempo possível, até que seja, caso necessário, viável a sua substituição. Em relação ao tratamento restaurador, a reposição dos fragmentos deve ser a opção de tratamento escolhida, sempre que possível, uma vez que ela se apresenta como uma técnica efetiva e previsível.

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Enviado em: 30/05/2012 Revisado e aceito: 06/08/2012 Endereço para correspondência: Núbia Pavesi Pini Av. Limeira, 901 – Bairro Areião – C.P. 52 – Piracicaba/SP – CEP: 13414-903 e-mail: nubiapini01@gmail.com

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clínico, optou-se por utilizá-la porque essa medicação atua como uma pasta obturadora, permanecendo no interior do canal por longos períodos de tempo. Além disso, seu uso reduz etapas do atendimento clínico e permite a manutenção dos dentes e estruturas de suporte até que o paciente esteja em idade e em condições de receber um implante ou uma reabilitação protética definitiva, nos casos em que o reimplante não obteve sucesso23,24.



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caso clínico

Interaction between ceramic, dental preparation and resin cement: A solution to tooth darkening

Alessandra Reis Bastos de Oliveira*, Maria Beatriz R. G. Oliveira** *Mestranda em Ciências da Saúde, Universidade de Brasilia, Professora de Dentística, UNIP. **Professora, curso de Especialização em Dentística, EAPGOIÁS-FUNORTE.

Resumo

Abstract

As facetas cerâmicas oferecem soluções restauradoras que equilibram as necessidades funcionais e estéticas da dentição anterior. O presente relato de caso clínico descreve a confecção de facetas cerâmicas em substrato escurecido, com enfoque na técnica de preparo mais invasivo, o uso de pasta de prova e cimento resinoso mais opaco. O resultado estético e funcional alcançado revela harmonia e equilíbrio, devolvendo beleza e naturalidade ao sorriso final.

Ceramic veneers offer restorative solution to balance functional and esthetics problems at anterior dentition. This case report describes the confection of ceramic veneers in darkened substrate with a more invasive technique, cemented with an opaque resin cement. The esthetics and functional results reveal harmony and natural balance to the final smile.

Palavras-chave: Cimentos de resina. Estética dentária. Facetas dentárias.

Keywords: Resin cements. Dental esthetics. Dental veneers

Como citar este artigo: Oliveira ARB, Oliveira MBRG. Interação entre cerâmica, preparo dentário e cimento resinoso: uma solução para escurecimento dentário. Rev Dental Press Estét. 2013 abr-jun;10(2):70-80. » Os autores declaram não ter interesses associativos, comerciais, de propriedade ou financeiros, que representem conflito de interesse, nos produtos e companhias descritos nesse artigo. » Os pacientes que aparecem no presente artigo autorizaram previamente a publicação de suas fotografias faciais e intrabucais.

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Interação entre cerâmica, preparo dentário e cimento resinoso: uma solução para escurecimento dentário


Oliveira ARB, Oliveira MBRG

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9. Cimentação com cimento resinoso mais opaco (Pasta base do Variolink + Monopaque, Ivoclar Vivadent). 10. Resultado estético alcançado pela neutralização do substrato por meio do preparo mais invasivo, cimento opaco e laminado cerâmico com maior opacidade, devido à maior espessura. 11. Naturalidade do sorriso. 12. Caracterizações incisais complementam a integração entre forma e cor.


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Interação entre cerâmica, preparo dentário e cimento resinoso: uma solução para escurecimento dentário

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Enviado em: 22/11/2012 Revisado e aceito: 07/02/2013 Endereço para correspondência: Alessandra Reis Bastos de Oliveira QSA 2 lote 04 – Taguatinga Sul – Brasília/DF – CEP: 72.015-020 e-mail: aleodontoestetica@gmail.com




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caso clínico

Association of enamel microabrasion and dental bleaching for recovering natural teeth esthetics Lucas Silveira Machado*, Daniel Sundfeld Neto**, Fernanda Garcia de Oliveira*, Laura Molinar Franco***, Rodolfo Bruniera Anchieta****, Renato Herman Sundfeld***** *Doutorando em Odontologia, UNESP. ** Mestrando em Materiais Dentários, UNICAMP. *** Mestranda em Odontologia, FOA/UNESP. ****Doutorando em Odontologia, UNESP. *****Livre Docente. Professor Titular, UNESP.

Resumo

Abstract

Objetivo: apresentar um protocolo clínico para a remoção de manchas brancas intrínsecas e de textura dura presentes no esmalte dos dentes anterossuperiores, seguida pela realização do clareamento dentário. Métodos: paciente do sexo feminino, 19 anos de idade, apresentou-se à clínica de Pós-graduação queixando-se de manchas brancas presentes em seus dentes anterossuperiores. Após o exame clínico, verificou-se a presença de manchas intrínsecas de coloração branca e textura sólida na região dos dentes anterossuperiores. A tentativa de remoção das manchas foi por meio da técnica de microabrasão do esmalte, iniciando-se os procedimentos com uma ponta diamantada de granulação extrafina para a macrorredução do esmalte dentário manchado, e, em seguida, complementou-se a correção do padrão de cor, assim como a uniformização da superfície do esmalte, com a aplicação do microabrasivo Opalustre (Ultradent). O produto microabrasivo foi aplicado sob isolamento absoluto e com o auxílio de uma taça de borracha abrasiva, montada em baixa rotação. Uma pequena quantidade da mistura foi firmemente aplicada na região correspondente à mancha, em intervalos de um minuto e com lavagens periódicas de jatos de água, entre cada intervalo. Um mês após, foi realizado o clareamento dentário com Opalescence 10% (Ultradent). Conclusão: a associação das técnicas de microabrasão e clareamento dentário se mostrou excelente alternativa quando da presença de manchas brancas intrínsecas na região anterossuperior, sendo esses procedimentos seguros e eficazes na recuperação estética dentária.

Objective: To present a clinical protocol for enamel stain removal followed by dental bleaching using carbamide peroxide. Methods: Female patient, 19 years old, visited the clinic of Post-graduation studies complaining of white spots present in her maxillary anterior teeth. After the clinical examination, it was verified the presence of intrinsic stains, with white color and solid texture in the region of the maxillary anterior teeth. The procedures began with microabrasion of enamel white stains using a fine-grained diamond bur. Immediately after correction of the color pattern, uniformization of dental enamel surface was performed using the Opalustre microabrasive product (Ultradent Products Inc, South Jordan, UT, USA). One month after enamel microabrasion, dental bleaching using 10% carbamide peroxide was performed (Opalescence, Ultradent). Conclusion: The association of microabrasion and dental bleaching presented itself as an excellent alternative when white spots are present in the maxillary anterior region. These procedures demonstrated a safe method and effective in the recovery of dental esthetics.

Palavras-chave: Esmalte dentário. Microabrasão do esmalte. Clareamento dentário.

Keywords: Dental enamel. Enamel microabrasion. Tooth bleaching.

Como citar este artigo: Machado LS, Sundfeld Neto D, Oliveira FG, Franco LM, Anchieta RB, Sundfeld RH. Associação da microabrasão do esmalte dentário com o clareamento dentinário para a recuperação estética dos dentes naturais. Rev Dental Press Estét. 2013 abr-jun;10(2):82-90. » Os autores declaram não ter interesses associativos, comerciais, de propriedade ou financeiros, que representem conflito de interesse, nos produtos e companhias descritos nesse artigo. » Os pacientes que aparecem no presente artigo autorizaram previamente a publicação de suas fotografias faciais e intrabucais.

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Associação da microabrasão do esmalte dentário com o clareamento dentinário para a recuperação estética dos dentes naturais


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Associação da microabrasão do esmalte dentário com o clareamento dentinário para a recuperação estética dos dentes naturais

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Após a macrorredução do esmalte dentário, foi feito o isolamento absoluto com o auxílio de lençol de borracha e grampos. Logo após, com o auxílio de uma taça de borracha abrasiva em baixa rotação, foi aplicada uma pequena quantidade do material microabrasivo (Opalustre, Ultradent Products Inc, South Jordan, EUA) na região correspondente às manchas, em intervalos de 1 minuto a cada três dentes e com lavagens periódicas de jatos de água, entre cada intervalo (Fig. 4). Foram necessárias 3 aplicações da pasta microabrasiva para que fosse obtido um resultado estético satisfatório. Após a última aplicação, as superfícies dentárias foram polidas com pasta profilática fluoretada Herjos F (Vigodent S/A Indústria e Comércio, Rio de Janeiro, RJ, Brazil). Em seguida, após lavagem e secagem, todos os dentes receberam fluoreto de sódio gel neutro a 2% pelo

4. Após isolamento absoluto do campo operatório e aplicação do material microabrasivo Opalustre (Ultradent Products Inc., South Jordan, EUA), com o auxílio de uma taça de borracha abrasiva. Foram necessárias três aplicações de um minuto cada para um resultado satisfatório.

5. Polimento com pasta profilática fluoretada Herjos F.

tempo de 4 minutos (Farmácia Quality Pharma, Araçatuba/SP) (Fig. 5). Após esse procedimento, o isolamento absoluto foi removido (Fig. 6, 7). Um mês após, optamos pela realização do clareamento dentinário empregando peróxido de carbamida a 10% Opalescence (Ultradent Products, Inc., South Jordan, EUA). Para tanto, após a moldagem das arcadas superior e inferior com alginato, foram confeccionadas moldeiras de acetato que, depois de recortadas, foram analisadas quanto à sua adaptação nos dentes e tecidos gengivais. Em seguida, a paciente foi orientada a aplicar uma gota do gel clareador na porção mais profunda da moldeira e na região correspondente a cada dente a ser clareado; o clareamento foi realizado pelo tempo de 4 horas diárias, durante 3 semanas (Fig. 8, 9, 10).


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Conclusão Diante do resultado clínico obtido após o tratamento proposto e realizado, pode-se concluir que a associação da microabrasão do esmalte dentário e do clareamento dentário foi eficiente para a recuperação estética dos dentes anteriores, melhorando, consideravelmente, o sorriso da paciente.

Referências: 1. Sundfeld RH, Komatsu J, Russo M, Holland Junior C, Castro MAM, Quintella LAS, et al. Remoção de manchas no esmalte dental: estudo clínico e microscópico. Rev Bras Odontol. 1990;47(3):29-34. 2. Sundfeld RH, Croll TP, Briso AL, Alexandre RS, Sundfeld Neto D. Considerations about enamel microabrasion after 18 years. Am J Dent. 2007;20(2):67-72. 3. Croll TP, Cavanaugh RR. Enamel color modification by controlled hydrochloric acid-pumice abrasion. I. Technique and examples. Quintessence Int. 1986;17(2):81-7. 4. Croll TP. Enamel microabrasion. Chicago: Quintessence; 1991. 5. Croll TP, Bullock GA. Enamel microabrasion for removal of smooth surface decalcification lesions.

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Enviado em: 19/07/2012 Revisado e aceito: 07/02/2013 Endereço para correspondência: Renato Herman Sundfeld Rua José Bonifácio, 1193 – Araçatuba/SP – CEP: 16.015-050 e-mail: sundfeld@foa.unesp.br




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artigo inédito

Low-level laser therapy in the treatment of dentine hypersensitivity caused by abfraction lesions Alexandre Marques de Resende*, Lara Gouvêa Almeida Martins**, Mariele Ferraz de Oliveira*** *Professor Adjunto I, UFJF. **Especialista em Prótese Dentária, ABO/MG. *** Mestranda em Clínica Odontológica, UFJF.

Resumo

Abstract

Introdução: esse estudo se propôs a avaliar a eficácia do laser de baixa intensidade em pacientes diagnosticados com hipersensibilidade dentinária causada por lesões não-cariosas de abfração, em comparação com o tratamento convencional com um agente dessensibilizante à base de nitrato de potássio e fluoreto de sódio e um grupo placebo. Métodos: foram selecionados 60 dentes, divididos aleatoriamente em três grupos. No grupo A, as lesões foram tratadas com laser infravermelho de baixa intensidade, ajustado com dose de 1,6J e potência de 100mW. Foram realizadas duas aplicações semanais, com intervalos de 48h entre elas, por duas semanas. O grupo B foi submetido a uma única aplicação semanal por três semanas com Desensibilize KF 2%. Já no grupo C (placebo), apenas uma bolinha de algodão foi colocada sobre a lesão de abfração por 30s, com uma aplicação semanal por três semanas. A sensibilidade foi mensurada adotando-se uma escala de dor variando de 0 a 3. Resultados: os resultados mostraram redução estatisticamente significativa da sensibilidade antes e após cada tratamento, porém, comparando-se os três tratamentos, não houve diferença significativa entre eles. Conclusão: não houve diferença estatisticamente significativa entre os três diferentes tratamentos testados. Quando comparados antes e depois, todos os tratamentos foram estatisticamente eficientes.

Introduction: The aim of this study was to evaluate the effectiveness of the low-level laser therapy in patients diagnosed with dentine hypersensitivity caused by non-carious cervical lesions as abfraction in comparison with conventional treatment with a desensitizer agent of potassium nitrate and sodium fluoride and a placebo group. Methods: For execution of the study, 60 teeth were selected, divided randomly in three groups. In the group A, the lesions were treated with low-level infrared laser, adjusted with dose of 1.6J of and power of 100 mW. Two weekly applications were carried through, with intervals of 48h between the applications, during two weeks. The Group B was submitted to an only weekly application during three weeks with Desensitize KF 2%. In group C (placebo), only one small ball of cotton was placed on the lesions of abfraction for 30s, with a weekly application during three weeks. The sensitivity was measured adopting a scale of pain varying between 0 and 3. Results: The results have shown that there was a statistically significant reduction of sensitivity before and after each treatment, however, comparing the three treatments, there was no significant difference between them. Conclusions: There was no statistically significant difference between the three different treatments. When compared before and after all treatments were statistically efficient.

Palavras-chave: Sensibilidade da dentina. Terapia a laser de baixa intensidade. Dessensibilizantes dentinários.

Keywords: Dentin sensitivity. Low-level laser therapy. Dentin desensitizing agents.

Como citar este artigo: Resende AM, Martins LGA, Oliveira MF. Laserterapia de baixa intensidade no tratamento da hipersensibilidade dentinária causada por lesões de abfração. Rev Dental Press Estét. 2013 abr-jun;10(2):92-100. » Os autores declaram não ter interesses associativos, comerciais, de propriedade ou financeiros, que representem conflito de interesse, nos produtos e companhias descritos nesse artigo.

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Laserterapia de baixa intensidade no tratamento da hipersensibilidade dentinária causada por lesões de abfração


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Resende AM, Martins LGA, Oliveira MF

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causada por lesões não-cariosas de abfração constatadas durante exame clínico. Foram aplicados estímulos tátil e térmico/evaporativo, para comprovar a sintomatologia dolorosa. Foram excluídos da pesquisa pacientes com má higiene bucal ou lesão de cárie associada, o que dificultaria o diagnóstico de hipersensibilidade; pacientes com doenças sistêmicas ou psicológicas, pois esses fazem uso de analgésico e anti-inflamatório; mulheres grávidas ou portadores de câncer. Os pacientes selecionados foram divididos em três grupos, cada um contendo 20 dentes. Antes de iniciar-se o tratamento, foram selecionados dois dentes de cada paciente: um com lesão não-cariosa de abfração e outro hígido. Os dois dentes foram estimulados por toque com uma colher de dentina, e com jatos de ar e água, para que os pacientes fossem capazes de comparar os níveis de sensibilidade de cada estímulo, entre um dente hígido e outro não. Para mensurar a sensibilidade aos estímulos aplicados, foi usada uma escala que variou de 0 a 3: 0 – indica ausência de dor; 1 – pequeno desconforto durante o estímulo; 2 – médio desconforto durante o estímulo; 3 – alto desconforto durante o estímulo. A escala adotada para avaliação da sensibilidade baseou-se na criada por Uchida22. Nos três grupos, o nível de sensibilidade foi avaliado antes e após a última aplicação dos respectivos métodos de tratamento adotados para cada grupo. O Grupo A continha os dentes que receberam tratamento com o laser Photo Laser III da DMC ( laser diodo). A aplicação do laser foi realizada no modo assistido, com laser de emissão infravermelho e contínuo, sendo que o semicondutor diodo estava ajustado com dose de 1,6J, comprimento de onda de 808nm, potência de 100mW, tempo de irradiação de 16s e área de atuação de 1cm2. O laser foi aplicado pelo modo de contato com a superfície do dente (Fig. 1).

1. Aparelho de laser de baixa intensidade.

Antes do início do tratamento, realizou-se uma profilaxia dos dentes com um rolete de algodão. O paciente, então, relatou o grau de sensibilidade de 0 a 3 para cada estímulo aplicado no dente e, em seguida, aplicou-se o laser em três pontos distintos (mesial, central e distal) da superfície dentária. Após a última aplicação do laser, avaliou-se o nível de sensibilidade final. O tratamento foi feito em quatro sessões, com intervalo de 48 horas entre as duas aplicações semanais realizadas (Fig. 2). No Grupo B, fez-se, também, uma profilaxia dos dentes da mesma forma descrita anteriormente. Em seguida, aplicou-se o agente dessensibilizante


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O objetivo do trabalho foi avaliar a redução imediata da sensibilidade dentinária. Entretanto, torna-se interessante uma avaliação da sensibilidade em longo prazo, uma vez que o laser poderia induzir a formação de dentina esclerótica, reduzindo consideravelmente a sintomatologia dolorosa, enquanto o outro agente dessensibilizante teria eficácia reduzida, pois tanto a saliva quanto a força da escovação poderiam remover o produto da superfície dentária24. Da mesma forma ocorreria com o grupo controle, pois o efeito placebo se dissiparia e o real efeito do laser e do outro agente dessensibilizante poderia ser verificado6.

Conclusão De acordo com o método utilizado e condições experimentais, bem como os dados submetidos à análise estatística, conclui-se que: 1. Todos os tratamentos reduziram a sensibilidade dentinária, quando comparados o antes e o depois. 2. Não houve diferença estatisticamente significativa entre o grupo tratado com laser e o grupo tratado com o agente dessensibilizante à base de nitrato de potássio e fluoreto de sódio.

Referências: 1. Pereira JC. Hiperestesia dentinária: aspectos clínicos e formas de tratamento. Bauru: Maxi-odonto; 1995. 24 p.

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Enviado em: 19/10/2011 Revisado e aceito: 17/11/2012 Endereço para correspondência: Alexandre M. de Resende Rua Dr. João Penido Filho, 51 – Juiz de Fora/MG – CEP: 36.021-600 e-mail: amresende@terra.com.br


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artigo inédito

Spectrophotometry analysis of tooth color change, tooth sensitivity and patient’s satisfaction degree after vital teeth clinical bleaching Walter Leonardo Siqueira Zaia*, José Luiz Guimarães de Figueiredo**, Danilo Mathias Zanello Guerisoli***, Alessandra Satake****, Juliana Alves***** * Doutorando e Mestre em Saúde e Desenvolvimento na Região Centro-Oeste, UFMS; Especialista em Dentística pela ABO-MS. **Doutor em Dentística, FO-USP. Professor Adjunto de Dentística, UFMS. ***Doutor em Endodontia, FO- USP. Professor Adjunto de Endodontia, UFMS. ****Mestre em Saúde e Desenvolvimento na Região Centro-Oeste, UFMS; Especialista em Dentística e Periodontia pela ABO-MS. *****Mestre em Saúde e Desenvolvimento na Região Centro-Oeste, UFMS; Especialista em Dentística pela ABO-MT.

Resumo

Abstract

Objetivo: avaliar a diferença de cor em dentes humanos clareados com e sem aplicação de LED, a sensibilidade dentária e o grau de satisfação pessoal dos pacientes. Métodos: foram clareadas as arcadas de 52 pacientes, divididos em 4 grupos: G1, recebeu o tratamento clareador com peróxido de hidrogênio a 35% Mix One; G2, peróxido de hidrogênio a 35% Whiteness HP; G3, peróxido de hidrogênio a 35% Mix One e fotoativado com LED Bright Max; e, G4, peróxido de hidrogênio a 35% Whiteness HP fotoativado com LED Bright Max. Para a realização das leituras de cor, foi utilizado espectrofotômetro. Para a sensibilidade dentária e satisfação pessoal, foram aplicadas questões aos pacientes. Resultados: os valores médios de ΔE foram submetidos à análise de variância (ANOVA), onde o grupo G1 apresentou p < 0,01, com maiores valores de ∆E obtidos para dentes onde foi utilizado o produto Mix One. Para a sensibilidade dentária, foi aplicado o teste de Kruskal-Wallis, que revelou diferenças significativas entre os escores obtidos (p = 0,0446). Para o grau de satisfação, realizou-se uma análise descritiva onde a percentagem não mostrou diferenças significativas. Conclusão: houve diferença com relação à mudança de cor dentária, observando-se um melhor clareamento para o grupo G1. Houve diferença na sensibilidade dentária entre os grupos G2 e G3 apenas na primeira sessão, e após um ano não houve diferença com relação ao grau de satisfação pessoal.

Objective: This study evaluated tooth color change with and without LED application, as well as tooth sensitivity and patients’ satisfaction degree after bleaching. Methods: Fifty-two patients were treated and divided into 4 groups: G1, tooth bleaching with 35% hydrogen peroxide Mix One; G2, 35% hydrogen peroxide Whiteness HP; G3, Mix One and light-activated by Bright Max LED; and G4, Whiteness HP light-activated by Bright Max LED. Color change readings were performed with a spectrophotometer. Tooth sensitivity and patients’ satisfaction degree were assessed through a questionnaire. Results: ΔE mean values were subjected to variance analysis (ANOVA). Tooth sensitivity was submitted to Kruskal-Wallis test. Patients’ satisfaction degree was evaluated by descriptive analysis. Tooth color change was different among the tested groups. G1 showed the highest ΔE values (p < 0.01). Conclusion: Tooth sensitivity after the first bleaching agent application showed statistically significant differences between G2 and G3, with the latter showing the best results. After 1 year, no differences were seen among groups regarding to patients’ satisfaction degree.

Palavras-chave: Clareamento dentário. Peróxido de hidrogênio. Cor. Satisfação do paciente.

Keywords: Tooth bleaching; Hydrogen peroxide. Color perception. Patient’s satisfaction.

Como citar este artigo: Zaia WLS, Figueiredo JLG, Guerisoli DMZ, Satake A, Alves J. Análise espectrofotométrica da diferença de cor, sensibilidade dentária e grau de satisfação de dentes humanos vitais clareados clinicamente. Rev Dental Press Estét. 2013 abr-jun;10(2):103-12. » Os autores declaram não ter interesses associativos, comerciais, de propriedade ou financeiros, que representem conflito de interesse, nos produtos e companhias descritos nesse artigo.

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Análise espectrofotométrica da diferença de cor, sensibilidade dentária e grau de satisfação de dentes humanos vitais clareados clinicamente


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variância com dois fatores de variação (two-way ANOVA). Os resultados obtidos pela análise estatística encontram-se na Tabela 4. A análise estatística revelou diferenças significativas entre os produtos utilizados, quando não era realizada a fotoativação, com maiores valores de ∆E obtidos para dentes em que foi utilizado o produto MixOne. Os diferentes períodos de leitura não influenciaram no resultado. Quando os produtos sofriam fotoativação, os resultados da análise estatística revelaram não haver diferenças entre os mesmos, independentemente do período de leitura.

Sim 100,0% 90,0% 80,0% 70,0% 60,0% 50,0% 40,0% 30,0% 20,0% 10,0% 0,0%

Não

92,3%

91,7%

100%

76,9%

23,1% 7,7% 8,3% MixOne sem Whiteness MixOne com Whiteness fotoativação HP sem fotoativação HP com fotoativação fotoativação

Gráfico 1. Gráfico ilustrando a porcentagem da questão 4.

Sim 100,0% 90,0% 80,0% 70,0% 60,0% 50,0% 40,0% 30,0% 20,0% 10,0% 0,0%

A análise estatística aplicada aos resultados obtidos para a sensibilidade dolorosa após o tratamento clareador (teste de Kruskal-Wallis, complementado pelo teste de Dunn) revelou diferenças significativas entre os escores obtidos (p = 0,0446). O teste complementar de Dunn revelou que os únicos grupos que apresentavam diferenças significativas entre si, após a primeira aplicação, foram o G2 e o G3. A análise estatística (teste de Kruskal-Wallis), aplicada aos resultados obtidos para escores de dor após a segunda sessão de clareamento dentário, revelou não haver diferenças significativas entre os grupos testados (p = 0,0715). O mesmo ocorreu para os resultados obtidos após uma semana do tratamento (p = 0,4509). O agente clareador Mix One não apresentou qualquer tipo de alteração na sensibilidade dolorosa com relação à primeira ou segunda sessão, tampouco pelo fato de estar sofrendo fotoativação (p > 0,05). Decorrida uma semana da última aplicação desse agente clareador, houve redução significativa da dor pós-operatória (p < 0,001), não importando se o agente recebia ou não fotoativação. Resultados semelhantes foram obtidos quando o agente clareador Whiteness HP foi utilizado. Para avaliar a satisfação pessoal, foi realizada uma análise descritiva das respostas obtidas. Na questão 1,

Não

92,3%

Ótimo

91,7%

100%

76,9%

7,7% 8,3% 23,1% MixOne sem Whiteness MixOne com Whiteness fotoativação HP sem fotoativação HP com fotoativação fotoativação

Gráfico 2. Gráfico ilustrando a porcentagem da questão 5.

100,0% 90,0% 80,0% 70,0% 60,0% 50,0% 40,0% 30,0% 20,0% 10,0% 0,0%

Bom

Regular 8,3%

23,1%

15,4%

15,4%

53,8%

53,8%

30,8%

30,8%

58,3% 53,8%

23,1%

33,3%

MixOne sem Whiteness MixOne com Whiteness fotoativação HP sem fotoativação HP com fotoativação fotoativação

Gráfico 3. Gráfico ilustrando a porcentagem da questão 6.


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Análise espectrofotométrica da diferença de cor, sensibilidade dentária e grau de satisfação de dentes humanos vitais clareados clinicamente

Rev Dental Press Estét. 2013 abr-jun;10(2):103-12

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Enviado em: 15/03/2012 Revisado e aceito: 30/04/2012 Endereço para correspondência: Walter Leonardo Siqueira Zaia Av. Mato Grosso, 1067 – Centro – Anaurilandia/MS – CEP: 79.770-000 E-mail: leonardozaia9@hotmail.com


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artigo inédito

Development and presentation of a new anatomical-functional protocol

Gustavo Javier Vernazza* *Graduado em Odontologia, Universidade de Buenos Aires.

Resumo

Abstract

Esse trabalho tem o objetivo de apresentar um novo protocolo para tratamentos de reabilitação bucal. Entre os critérios para sequenciamento da reabilitação, pode-se citar os critérios gnatológicos, ortodônticos e fisiológicos, os quais têm diferentes objetivos e princípios de sistematização. Desses, o critério fisiológico é o que utilizaremos para poder ordenar o tratamento aqui proposto.

This paper aims at presenting a new protocol for oral rehabilitation treatments. Among the criteria for ordering the rehabilitation, it can be mentioned the gnathologic, orthodontic and physiological criteria, which have different objectives and systematization principles. The physiological criterion is the one we will use for treatment sequencing.

Palavras-chave: Reabilitação bucal. Protocolo.

Keywords: Oral rehabilitation. Protocol.

» O autor declara não ter interesses associativos, comerciais, de propriedade ou financeiros, que representem conflito de interesse, nos produtos e companhias descritos nesse artigo. Como citar este artigo: Vernazza GJ. Desenvolvimento e apresentação de um novo protocolo anatomofuncional. Rev Dental Press Estét. 2013 abr-jun;10(2):114-34. » Os pacientes que aparecem no presente artigo autorizaram previamente a publicação de suas fotografias faciais e intrabucais.

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Quantas vezes, perante um caso complexo, perguntamos: como tratá-lo? Por onde começar? O que fazer? Adotando uma postura multidisciplinar, deveríamos abordar o paciente como sendo o ponto mais importante do tratamento, fazendo com que ele compreenda e esteja ciente de que tem tanto o direito a um exame integral quanto o de conhecer os motivos pelos quais precisará ser tratado. Os pacientes, muitas vezes, não reconhecem a necessidade de serem tratados, pois não têm consciência do seu problema, sendo que a maioria dos transtornos odontológicos têm a probabilidade de serem progressivos, se não detectados e solucionados na época adequada. Em todos os casos de reabilitações complexas (Fig. 1), é necessário que haja uma sequência terapêutica adequada para tratar o paciente. Quando se analisa a literatura pertinente, não há consenso quanto à priorização das questões relativas à oclusão, mas, por outro lado, observa-se uma prioridade das questões estéticas ou que atendem outras necessidades terapêuticas, como, por exemplo, tratar regiões comprometidas da arcada ou parcialmente edêntulas.

Entre os critérios para sequenciamento da reabilitação, podemos citar os gnatológicos, ortodônticos e fisiológicos1, os quais têm diferentes objetivos e princípios de sistematização. Desses, o critério fisiológico é o que utilizaremos para poder ordenar o tratamento. Tal critério tem como objetivo principal a obtenção de uma correta guia anterior. Segundo D’Amico2, as pesquisas relacionadas à fisiologia dos dentes anteriores — como os estudos experimentais e clínicos de Goldstein3, os eletromiográficos de Williamson4, os biomecânicos de Niles Guichet7, os fisiológicos de Gibbs e Lunden5, e os neurofisiológicos de Kawamura6 — foram conclusivas, confirmando que a melhor proteção para o sistema mastigatório nos movimentos excêntricos é uma guia anterior ou a desoclusão canina. Segundo Posselt8, o tratamento de reabilitação bucal pode ser dirigido a um ou mais componentes do sistema estomatognático — como os dentes, os músculos ou as articulações temporomandibulares —, e também pode produzir alguma influência sobre outros componentes desse sistema. A correção permanente dos transtornos funcionais pode ser realizada por meio de ajuste oclusal (subtração), com os

1. Fotografia intrabucal inicial de um caso clínico de reabilitação complexa.


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23. Restaurações cerâmicas em dissilicato de lítio: A, B) vistas das arcadas superior e inferior; C, D, E) vistas laterais e frontal da arcada superior.

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29. Vista final do setor anterossuperior.


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30. Avaliação extrabucal final, onde pode-se verificar o bom relacionamento com os lábios.

Referências: 1. Ferrer JL, Ferrer M. Filosofía y metodología en rehabilitación oral. Rev Oris. 1988;38(2).

Agradecimentos

2. D’Amico. Functional occlusion of the natural teeth of man. J Prosthetic Dent. 1961;11:899-915. 3. Goldstein GR. The relationship of canine protected occlusion to a periodontal index. J Prosthet Dent. 1979;41(3):277-83. 4. Williamson EH, Lundquist DO. Anterior guidance: Its effect on electromyographic activity of the temporal and masseter muscles. J Prosthet Dent. 1983;49(6):816-23.

Ao TPD Sr. Nestor Lui, por sua colaboração com o desenvolvimento do presente trabalho.

5. Lundeen H. Syllabus del curso de la XIV reunión europea de la academia de Gnatología. 6. Kawamura Y. Temporomandibular joint’s sensory mechanism controlling activities of the jaw muscles. J Dent Res. 1964;43(1):150. 7. Guichet NF. Biologic laws governing functions of muscles that move the mandible. Part I. Occlusal programming. J Prosthet Dent. 1977;37(6):648-56. 8. Posselt U. Study of the mobility of the human mandible. Acta Odontol Scand. 1952;(Suppl 10). 9. Dawson PE. Evaluación, diagnóstico y tratamiento de los problemas oclusales. Barcelona: Editorial Salvat; 1991. Cap. 26. p. 471. 10. Black GV. Descriptive anatomy of the human teeth. Philadelphia: S.S. White Dental; 1902. 11. Dawson PE. Evaluación, diagnóstico y tratamiento de los problemas oclusales. Barcelona: Editorial Salvat; 1991. cap. 20, p. 371. 12. Lauritzen AG. Atlas de análisis oclusal. Madrid: Ed. Martinez de Murguia; 1977.

Endereço para correspondência: Gustavo Javier Vernazza Av. Scalabrini Ortiz 2894 2 F. Cdad Autónoma de Bs As. Argentina E-mail: gustavovernazza@gmail.com


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— A Revista Dental Press de Estética, dirigida à classe odontológica, destina-se à publicação de artigos de investigação científica, relatos de casos clínicos e de técnicas, artigos de interesse solicitados pelo Corpo Editorial, revisões significativas, comunicações breves e atualidades. — A Revista Dental Press de Estética utiliza o Sistema de Gestão de Publicação, um sistema on-line de submissão e avaliação de trabalhos. Para submeter novos trabalhos visite o site: www.dentalpressjournals.com.br — Outros tipos de correspondência poderão ser enviados para: Dental Press International Av. Dr. Luiz Teixeira Mendes, 2.712 - Zona 5 CEP: 87.015-001 – Maringá/PR Tel.: (44) 3031-9818 E-mail: artigos@dentalpress.com.br — As declarações e opiniões expressas pelo(s) autor(es) não necessariamente correspondem às do(s) editor(es) ou publisher, os quais não assumirão qualquer responsabilidade pelas mesmas. Nem o(s) editor(es) nem o publisher garantem ou endossam qualquer produto ou serviço anunciado nesta publicação ou alegação feita por seus respectivos fabricantes. Cada leitor deve determinar se deve agir conforme as informações contidas nesta publicação. A Revista ou as empresas patrocinadoras não serão responsáveis por qualquer dano advindo da publicação de informações errôneas. — Os trabalhos apresentados devem ser inéditos e não publicados ou submetidos para publicação em outra revista. Os manuscritos serão analisados pelo editor e consultores, e estão sujeitos a revisão editorial. Os autores devem seguir as orientações descritas adiante.

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