v04n03

Page 1

Revista Dental Press de

Periodontia e Implantologia

Rev Dental Press Periodontia Implantol. 2010 jul-set;4(3):1-112

ISSN 1980-2269


Sumário

volume 4, número 3, jul./ago./set. 2010

ExplicaçõES E aplicaçõES Anquilose e Reabsorção Dentária por Substituição não atrapalham a osseointegração dos implantes Alberto Consolaro, Alexandre Vieira Fernandes, Renata Bianco Consolaro

29

EntrEviSta

pErguntE a um ExpErt

Waldemar Daudt Polido

Qual a melhor maneira de remover um bloco

12

ósseo para enxerto? Gojko Cvijic

38


caSO clínicO Tratamento interdisciplinar auxiliado pela proporção dourada Weider de Oliveira Silva, Vitório Costa

45 rEviSÃO DE litEratura Fatores que influenciam no sucesso ou falha de implantes dentários Geraldo Roberto Martins Matos

63

artigO inéDitO Protocolo inferior com carga imediata: procedimentos previsíveis sem complexidade Glauco Rangel Zanetti, Liliane Scheidegger da Silva Zanetti, Marcelo Massaroni Peçanha, Fausto Frizzera Borges Filho, Gabriela Cassaro de Castro, Natália Marreco Weigert

80 artigO inéDitO Impacto da terapia mecânica não cirúrgica

caSO SElEciOnaDO

na atividade de elastase e volume do fluido

Tomografia computadorizada volumétrica

gengival em indivíduos com periodontites

de feixe cônico como método imaginológico

crônica e agressiva generalizadas

auxiliar no diagnóstico de anquilose dentá-

Karina Bezerra Lomba Schittine, Bruno Rescala,

ria: relato de caso clínico

Wilson Rosalem, Ricardo Guimarães Fischer,

Kelly Regina Micheletti, Gustavo Faria Cerqueira,

Carlos Marcelo da Silva Figueredo, Anders

Laurindo Zanco Furquim, Liogi Iwaki Filho,

Gustafsson, Ricardo Teles

Lilian Cristina Vessoni Iwaki

54

71

rEviSÃO DE litEratura Doença periodontal, seus sinais e sequelas: limitações para o tratamento com implantes osseointegrados? Virna Luci Cangussú, Viviane Rabelo, André Carlos de Freitas, Robson G. Mendonça, Sérgio Wendell, Luis Rogério Duarte

93


EDITORES Carlos Eduardo Francischone - FOB-USP/Bauru, USC/Bauru Maurício Guimarães Araújo - UEM/PR

Diretora Teresa R. D'Aurea Furquim aNaLiSta Da iNForMaÇÃo Carlos Alexandre Venancio

EDITORAS ASSISTENTES Carina Gisele Costa Bispo - UEM/PR Flávia Matarazzo - UEM/PR Flávia Sukekava - FO/USP

ProDUtor eDitoriaL Júnior Bianchi ProDUÇÃo GráFica e eLetrôNica Andrés Sebastián Diego Ricardo Pinaffo Fernando Truculo Evangelista Gildásio Oliveira Reis Júnior Tatiane Comochena

PUBLISHER Laurindo Z. Furquim - UEM/PR CONSULTORES INTERNACIONAIS Jean-Paul Martinet - Universidade de Buenos Aires Jorge Luis Garcia - Argentina José Valdívia - Chile Juan Carlos Abarno - Uruguai Luiz Meirelles - Universidade de GBG (Göteborg) Paulo Maló - Portugal

iNterNet Carlos Eduardo de Lima Saugo BaNco De DaDoS Adriana Azevedo Vasconcelos Soraia Pelloi DePartaMeNto De cUrSoS e eVeNtoS Ana Claudia da Silva Rachel Furquim Scattolin

CONSULTORES NACIONAIS Angelo Menuci Neto - ABO/RS César Augusto Magalhães Benfatti - UFSC/SC Eduardo Feres - UFRJ/RJ Elaine Cristina Escobar Gebara - FMU/SP Francisco A. Mollo Jr. - UNESP-Araraquara/SP Giuseppe Alexandre Romito - FUNDECTO - USP/SP Hugo Nary Filho - USC/SP João Garcez Filho - Clínica particular - Aracaju/SE José Cícero Dinato - UFRGS/RS Luis Antonio Salata - FORP - USP/SP Luis Lima - USP/SP Marco Antonio Bottino - UNESP-São José dos Campos/SP Mario Groisman - UNIGRANRIO/RJ Marly Kimie Sonohara Gonzales - UEM/PR Paulo Martins Ferreira - USP - Bauru/SP Ricardo de Souza Magini - UFSC/SC Ricardo Fisher - UERJ/RJ Ronaldo de Barcelos Santana - UFF/RJ Sidney Kina - Clínica particular - Maringá/PR

DePartaMeNto coMerciaL Roseneide Martins SUBMiSSÃo De artiGoS Roberta Baltazar de Oliveira BiBLioteca Marisa Helena Brito NorMaLiZaÇÃo Marlene G. Curty reViSÃo Ronis Furquim Siqueira DePartaMeNto FiNaNceiro Roseli Martins Márcia Cristina Plonkóski Maranha Secretaria Ana Claudia Reis Limonta

A revista Dental Press de Periodontia e implantologia (ISSN 19802269) é uma publicação trimestral (quatro edições por ano) da Dental Press Ensino e Pesquisa Ltda. - Av. Euclides da Cunha, 1.718 - Zona 5 CEP 87.015-180 - Maringá/PR - Brasil. Todas as matérias publicadas são de exclusiva responsabilidade de seus autores. As opiniões nelas manifestadas não correspondem, necessariamente, às opiniões da Revista. Os serviços de propaganda são de responsabilidade dos anunciantes. Assinaturas: dental@dentalpress.com.br ou pelo fone/fax: (44) 3031-9818.

Dados Internacionais de Catalogação-na-Publicação (CIP) Revista Dental Press de Periodontia e Implantologia / Dental Press International. -v. 1, n. 1 (jan./fev./mar.) (2007) – . -- Maringá : Dental Press International, 2007-

INDEXAÇÃO:

Trimestral.

Revista Dental Press de Periodontia e Implantologia

ISSN 1980-2269. 1. Periodontia. Implantologia (Odontologia) – Periódicos I. Dental Press International. II. Título. CDD. 617.643005

é indexada pela BIREME, na base BBO - 2007.


Editorial Editores

Prof. Dr. Carlos Eduardo Francischone

Prof. Dr. Maurício Guimarães Araújo

InSPIRAção

Este ano, entre os dias 23 e 25 de setembro, o Brasil sediará o ITI Brasil Congress, em Campinas/SP. As atividades serão regidas por ministradores estrangeiros e brasileiros que discutirão, de forma consistente, os tópicos mais relevantes questionados na Implantodontia contemporânea. Muitos dos inspiradores palestrantes já publicaram artigos ou foram entrevistados nas páginas desta Revista, entre eles, Niklaus Lang e Lisa Mayfield. Nesta edição, Dr. Waldemar Daudt Polido é o nosso entrevistado, e os Drs. Alberto Consolaro, Alexandre Fernandes e Renata Bianco avaliam se a “Anquilose e a Reabsorção Dentária por Substituição” atrapalham ou não a osseointegração dos implantes. Gojko Cvijic, na seção Pergunte a um Expert, nos indica “Qual a melhor maneira de remover um bloco ósseo para enxerto”, tendo como prerrogativas o tratamento menos traumático possível e a obtenção de resultados estéticos aperfeiçoados. Temos um relato de caso clínico que empregou a chamada “Proporção Dourada”, dos autores Weider O. Silva e Vitório Costa. Um artigo de destaque é o “Tomografia computadorizada volumétrica de feixe cônico como método imaginológico auxiliar no diagnóstico de anquilose dentária: relato de caso clínico”, de Kelly Michelletti e colaboradores, que apresentam as inovações da CBCT para diagnósticos ou mesmo na confirmação de processos. O sucesso e o fracasso de implantes dentários foi abordado por Geraldo Matos, a partir de uma revisão de literatura. Karina Lomba Schittine e colaboradores avaliam o impacto do tratamento periodontal não cirúrgico sobre a atividade de elastase e o volume de fluido gengival nos pacientes portadores de periodontites crônica e agressiva generalizadas. O tema “Protocolo inferior com carga imediata: procedimentos previsíveis sem complexidade” nos é apresentado por Glauco Rangel Zanetti e colaboradores. A nossa especialidade e os nossos amigos nos inspiram para que não nos contentemos com pouco e procuremos ir mais longe – como esta revista. Boa leitura e nos vemos em breve.

Rev Dental Press Periodontia Implantol. 2010 jul-set;4(3):5

5


3o ITI Brazil Congress

Palestrantes internacionais Participe do concurso

Fórum Clínico e Científico

Informações sobre: Inscrição e programação - www.itibrazilcongress2010.com.br Inscrição e promoção - tel.:

(11) 5504-6613 (seg. à sex. das 10h às 16h)

Reservas e hospedagem - tels.:

(19) 2117-8002 / 0800 727 6925

Local: Hotel Royal Palm Plaza Resort Campinas, um dos maiores e mais completos resorts do Brasil!


a r a

agregar

p

crescer






Entrevista

Entrevista

Waldemar Daudt Polido

Dr. Waldemar Daudt Polido, nascido em Porto Alegre (RS), é formado em Odontologia pela PUCRS (1981-1984), com Mestrado em Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial pela PUCRS (1985-1987). De 1988 a 1991 realizou residência em Cirurgia Bucomaxilofacial na Universidade do Texas, Southwestern Medical Center at Dallas (EUA). É Doutor em Odontologia, na Área de Cirurgia Bucomaxilofacial pela PUCRS (1995-1997). É Fellow do ITI, Membro Titular do Colégio Brasileiro de Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-Facial, Fellow da IAOMS, Membro da AAOMS, AO e EAO. Coautor do livro Implantes Osseointegrados, Cirurgia e Prótese, tem publicações nacionais e internacionais relacionadas à Cirurgia Ortognática e à Implantodontia, além de ministrar inúmeros cursos e conferências no Brasil e em outros países. Seus interesses são a reconstrução óssea dos maxilares, a reabilitação de casos complexos na área estética, e as cirurgias ortognáticas. Atualmente, é coordenador do Curso de Especialização em Implantodontia da ABORSPorto Alegre (desde 1997) e tem clínica particular em Porto Alegre (RS).

12

Rev Dental Press Periodontia Implantol. 2010 jul-set;4(3):12-28


Polido WD

Rev Dental Press Periodontia Implantol. 2010 jul-set;4(3):12-28

13


Entrevista

sua especialidade e outra geral. E que busquem, sempre, contato com suas entidades no sentido de que elas melhorem. Vemos colegas que se associam, não participam, e deixam de ser membros. É uma atitude pior do que deixar de torcer pelo seu time se ele não ganhar o campeonato todos os anos. Nossa profissão depende de duas coisas fundamentais: atualização constante e uma boa rede de contatos. Acredito que as entidades de classe podem nos proporcionar isso de forma muito eficiente, e que investiremos bem nosso tempo e dinheiro participando ativamente.

Waldemar Daudt Polido - Graduado em Odontologia pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (1984). - Mestrado em Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (1987). - Residência em Cirurgia Bucomaxilofacial na Universidade do Texas, Southwestern Medical Center at Dallas, EUA. - Doutorado em Odontologia, área de Cirurgia Bucomaxilofacial, pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (1997). - Coordenador do curso de Especialização em Implantodontia da ABORS Porto Alegre desde 1997. - Fellow do ITI. - Membro Titular do Colégio Brasileiro de Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-Facial. - Fellow da IAOMS. - Membro da AAOMS, AO e EAO. - Email: cirurgia.implantes@polido.com.br

28

ENTREVISTADOR Angelo Menuci - Mestre em Implantodontia pela USC-Bauru. - Especialista em CTBMF pela PUCRS. - Membro Titular do Colégio Brasileiro de CTBMF. - IAOMS Fellow, EAO Member, ITI Member. - Email: menuci@terra.com.br.

Rev Dental Press Periodontia Implantol. 2010 jul-set;4(3):12-28


Explicações e aplicações

anquilose e reabsorção Dentária por Substituição não atrapalham a osseointegração dos implantes Alberto Consolaro, Alexandre Vieira Fernandes, Renata Bianco Consolaro

Existem duas situações, formas ou mecanis-

e os mediadores químicos trazidos por ela

mos para uma reabsorção se instalar em um

não se acumulam mais na área. O estímulo

dente humano1:

inflamatório para manter a reabsorção dentária desaparece e dá lugar à reparação da

1ª SITuAçãO: REABSORçãO DENTáRIA

camada cementoblástica, reinserção de fi-

INfLAMATóRIA

bras colágenas concomitantemente com a

Ocorre quando alguma causa de natureza

neoformação de cemento.

física, química e/ou biológica atua sobre a su-

O prognóstico da reabsorção dentária infla-

perfície radicular e destrói, focal ou difusamen-

matória é bom, desde que identificada a causa

te, a camada de cementoblastos que recobre a

e o processo diagnosticado o mais cedo pos-

raiz por entre as fibras colágenas que se inse-

sível, pois perdas substanciais de estruturas

rem diretamente no cemento.

podem fragilizar irreversivelmente o dente.

Essa mesma causa induz um processo in-

Em muitos casos, a reabsorção dentária in-

flamatório no ligamento periodontal sem que

flamatória está associada à contaminação mi-

ocorra a morte dos fibroblastos, osteoblastos

crobiana da estrutura dentária e tecidos circun-

e clastos, e sem o desaparecimento dos vasos,

jacentes, como ocorre nas lesões periapicais

nervos e outros componentes teciduais, como

crônicas e dentes traumatizados infectados

os restos epiteliais de Malassez. Em outras

secundariamente via periodontal ou pelo ca-

palavras, teremos uma inflamação local do

nal radicular. Nesses casos, o controle da con-

ligamento periodontal com morte quase ex-

taminação pode ser difícil e o processo pode

clusivamente dos cementoblastos da região.

levar à perda do dente. Nessa região, após a

Esse processo patológico passa a ser identifi-

exodontia, talvez permaneçam remanescentes

cado como Reabsorção Dentária Inflamatória.

microbianos que podem, eventualmente, con-

Uma vez identificada a causa e removi-

tribuir para lesões peri-implantares inflamató-

da ou controlada, a inflamação desaparece

rias, inclusive a Lesão Periapical Implantar.

Rev Dental Press Periodontia Implantol. 2010 jul-set;4(3):29-37

29


Consolaro A, Fernandes AV, Consolaro RB

mas células que reabsorvem cemento e dentina.

te chamados simplesmente de clastos.

Em 1873, Kolliker descreveu essas células pela

O nome original “osteoclastos” derivou do

primeira vez e as denominou de “osteoclastos”,

grego Οστό = osso e κλαστός = quebra-

não imaginou que no cemento e na dentina elas

do ou desmontado. Rudolf Albert von Kolliker

atuariam da mesma forma. Em função dessa sua

(1817-1905) foi um grande anatomista, histo-

propriedade, esses macrófagos ósseos, mono ou

logista e fisiologista suíço que contribuiu muito

multinucleados, podem ser mais apropriadamen-

para o conhecimento do corpo humano.

Alberto Consolaro • Professor Titular da FOB-USP (Bauru) e da Pósgraduação da FORP-USP (Ribeirão Preto).

REfERêNCIAS

Alexandre Vieira fernandes • Mestre em Estomatologia e Doutor em Cirurgia Bucomaxilofacial – Clínica Privada em Uberlândia/MG. Renata Bianco Consolaro • Doutoranda em Patologia da FOB-USP e Professora de Patologia da FOA-Unesp Araçatuba.

1. Consolaro, A. Reabsorções dentárias nas especialidades clínicas. 2ª ed. Maringá: Dental Press; 2005.

Endereço para correspondência Alberto Consolaro E-mail: consolaro@uol.com.br

Rev Dental Press Periodontia Implantol. 2010 jul-set;4(3):29-37

37


pergunte a um Expert

Qual a melhor maneira de remover um bloco ósseo para enxerto? Gojko Cvijic

intrODuçÃO

do rebordo (7,66mm) e foram instalados os implantes.

No começo dos anos 70 do século passado, a des-

O valor médio da reabsorção óssea foi de 0,36mm, que

coberta revolucionária do fenômeno conhecido como

correspondeu a 7,2% da espessura óssea, logo após a

osseointegração, por Branemark et al. , deu início à

fixação dos blocos no rebordo. Os pesquisadores conclu-

época dos implantes odontológicos. A osseointegração

íram que a colocação do enxerto ósseo em bloco, junto

foi definida como o contato direto entre a superfície

com osso inorgânico, cobertos com membrana de colá-

de titânio do implante e o osso. Um dos pré-requisitos

geno, é uma técnica cirúrgica previsível para aumentar

da osseointegração seria uma adequada quantidade de

horizontalmente o rebordo alveolar.

1

osso . Porém, após a perda dos dentes, ocorre a redu-

Embora, atualmente, existam vários tipos de enxerto

ção da espessura e da altura óssea, que pode afetar o

ósseo, o enxerto autógeno ainda é considerado como

tratamento com implantes3.

gold standard. No caso de se escolher essa opção, a área doadora basicamente depende das necessidades da área receptora e da anatomia local. Como existem muitas variáveis que podem influenciar nessa questão, nesse artigo nós focaremos nas duas principais áreas doadoras intrabucais, comparando o enxerto ósseo em bloco removido da região do ramo mandibular com o enxerto removido do mento.

2

Quando necessário, o enxerto ósseo em bloco autógeno constitui-se em uma técnica cirúrgica cientificamente comprovada, frequentemente utilizada para adequar rebordos alveolares atróficos4,5. Von Arx e Buser6 avaliaram a reabsorção de enxertos ósseos em bloco, cirurgicamente colocados em rebordos alveolares atróficos, em conjunto com um substituto ósseo inorgânico, de origem bovina, cobertos com membrana de colágeno. Nesse estudo, foram tratados

mEtODOlOgia

42 pacientes com enxertos ósseos retirados da região

Enxerto ósseo do ramo mandibular

retromolar ou da sínfise do mento. Antes de fixar os blo-

O bloco de osso removido do ramo mandibular é ba-

cos com parafusos, a espessura do rebordo atrófico foi

sicamente cortical7. Devido à anatomia da região, o bloco

medida com um paquímetro. Após a colocação de cada

pode ter até 30mm de comprimento, 7mm de largura e

enxerto, nova medida da espessura óssea foi realizada.

4mm de espessura. Uma vantagem que o profissional

Os pacientes foram avaliados depois de 3 e 5 meses. O

tem no caso de reconstruções maiores seria a possibili-

valor médio da espessura do rebordo antes do enxerto foi

dade de remover o mesmo volume dos dois lados. Assim,

de 3,06mm e, depois do enxerto, de 8,02mm. Aproxima-

a quantidade óssea removida corresponderia a uma área

damente 5,8 meses após, foi medida a espessura óssea

suficiente para a colocação de até quatro implantes.

38

Rev Dental Press Periodontia Implantol. 2010 jul-set;4(3):38-44


Qual a melhor maneira de remover um bloco ósseo para enxerto?

rEFErênciaS 1. Albrektsson T, Branemark PI, Hansson HA, Lindstrom J.

9. McCarthy C, Patel RR, Wragg PF, Brook IM. Dental implants

Osseointegrated titanium implants. Requirements for ensuring

and onlay bone grafts in the anterior maxilla: analysis of

a long lasting direct bone to-implant anchorage in man. Acta

clinical outcome. Int J Oral Maxillofac Implants. 2003 MarApr;18(2):238-41.

Orthop Scand. 1981;52:155-70. 2. Schenk KR, Buser D. Osseointegration: a reality. Periodontology

10. Mazzonetto R. Técnica cirúrgica para remoção de enxertos autógenos intrabucais. In: Mazzonetto R. Reconstruções em

2000. 1998;17:22-35. 3. Araujo M, Wennstrom JL, Lindhe J. Modeling of buccal and lingual bone walls of fresh extraction sites following implant installation. Clin Oral Impl Res. 2006;17:606-14. 4. Yerit KC, Posch M, Hainich S, Turhani D, Klug C, Wanschitz F, et al. Long term implant survival in the grafted maxilla: results of a 12-year retrospective study. Clin Oral Implants Res. 2004

implantodontia. Protocolo clínico para sucesso e previsibilidade. 1ª ed. Bela Vista: Napoleão Editora; 2009. p. 126-72. 11. Chen ST, Beagle J, Jensen SS, Chiapasco M, Darby I. Consensus. Statements and recommended clinical. Procedures regarding surgical techniques. Int J Oral Maxillofac Implants. 2009;24 Suppl:272-8. 12. Nkenke E, Radespiel-Tröger M, Wiltfang J, Schultze-Mosgau S,

Dec;15(6):693-9. 5. Levin L, Nitzan D, Schwartz-Arad D. Success of dental implants placed in intraoral block bone grafts. J Periodontol. 2007

Winkler G, Neukam FW. Morbidity of harvesting of retromolar bone grafts: a prospective study. Clin Oral Implants Res. 2002 Oct;13(5):514-21.

Jan;78(1):18-21. 6. von Arx T, Buser D. Horizontal ridge augmentation using autogenous block grafts and the guided bone regeneration technique with collagen membranes: a clinical study with 42 patients. Clin Oral Implants Res. 2006 Aug;17(4):359-66. 7. Garg AK. Bone harvesting. In: Garg AK. Bone biology, harvesting, grafting for dental implants. rational and clinical applications. Chicago: Quintessence; 2004. p. 120-68. 8. Fukuda M, Takahashi T, Yamaguchi T, Kochi S. Placement of

13. Chiapasco M, Casentini P, Zaniboni M. Bone augmentation procedures in implant dentistry. Int J Oral Maxillofac Implants. 2009;24 Suppl:237-59. 14. Jensen SS, Terheyden H. Bone augmentation procedures in localized defects in the alveolar ridge: clinical results with different bone grafts and bone-substitute materials. Int J Oral Maxillofac Implants. 2009;24 Suppl:218-36. 15. Teughels W, Merheb J, Quirynen M. Critical horizontal

endosteal implant combined with chin bone onlay graft for

dimensions of interproximal and buccal bone around implants

dental reconstruction in patients with grafted alveolar clefts. Int

for optimal aesthetic outcomes: a systematic review. Clin Oral

J Oral Maxillofac Surg. 1998 Dec;27(6):440-4.

Implants Res. 2009 Sep;20 Suppl 4:134-45.

GOjKO CVIjIC - Graduado na Faculdade de Odontologia, Belgrado, Sérvia. - Mestre em Cirurgia Oral, Sérvia. - Mestre em Prótese, Unicamp. - Doutorando em Prótese, UNICAMP. - ITI fellow. - Coordenador de Residência e Credenciamento em Implantodontia com Sistema Straumann, APCD Jundiaí.

44

Endereço para correspondência Gojko Cvijic E-mail: gojko.cvijic@gmail.com

Rev Dental Press Periodontia Implantol. 2010 jul-set;4(3):38-44


caso clínico

Tratamento interdisciplinar auxiliado pela proporção dourada Weider de Oliveira SILVA*, Vitório COSTA**

Palavras-chave

Resumo

Proporção dourada. Estética dentária.

Atualmente, os implantes bucais são parte importante na reabilitação oral, sendo que cada vez mais pacientes e profissionais optam por essa modalidade de tratamento. A interdisciplinaridade permite que as diversas áreas da Odontologia, dentro de uma mesma filosofia, trabalhem e alcancem os objetivos desejados. O presente trabalho relata um caso clínico no qual, por meio de um planejamento detalhado e integrado das áreas da Dentística, Prótese e Implantodontia, foi possível reabilitar o paciente, devolvendo função e estética, seguindo a grade de proporção dourada.

Planejamento. Sorriso. Implantes. Enxerto ósseo.

* Especialista em Dentística pela Faculdade de Odontologia do Planalto Central, Brasília/DF. Especialista em Implantodontia pela Associação Brasileira de Odontologia, Brasília/DF. ** Especialista em Prótese pela UFU-MG. Especialista em Implantodontia pela ABO-DF.

Rev Dental Press Periodontia Implantol. 2010 jul-set;4(3):45-53

45


Silva WO, Costa V

Interdisciplinary treatment guided by the golden proportion ABSTRACT Currently, oral implants are an important part on oral rehabilitation. Nowadays, more and more patients and professionals opt for this kind of treatment. Interdisciplinarity, guided by the use of a common philosophy, facilitates the achievement of the goals set by the professionals from many areas in dentistry. This article describes a clinical case in which it was possible to rehabilitate the patient and restore function and aesthetics by means of a detailed treatment plan that involved dentistry, prosthesis and implantology, and that followed the golden proportion scale. KEYWORDS: Golden proportion. Dental esthetics. Planning. Smile. Implants. Bone graft.

rEFErênciaS 1. Francischone AC. Prevalência das proporções áurea e estética dos dentes ântero-superiores e respectivos segmentos dentários relacionadas com a largura do sorriso

8. Rufenacht C. Fundamentos de estética. São Paulo: Ed. Santos; 1998. 9. Soares GP, Silva FAP, Lima DANL, Paulillo LAMS, Lovadino JR.

em indivíduos com oclusão normal. [dissertação]. São Paulo

Prevalência da proporção áurea em indivíduos adultos-jovens.

(SP): Universidade de São Paulo; 2005.

Revista Odonto Ciência. 2006 out-dez;21(54). [acesso

2. Levin EI. Dental esthetics and the golden proportion. J Prosthet Dent. 1978 Sep;40(3):244-52. 3. Lombardi RE. The principle of visual perception and their clinical application to denture esthetics. J Prosthet Dent.

em: 2009 set 15]. Disponível em: http://revistaseletronicas. pucrs.br/ojs/index.php/fo/article/viewFile/1201/959. 10. Turano JC, Turano LM. Fundamentos de prótese total. São Paulo: Quintessence; 1998.

1973 Apr;29(4):358-82. 4. Marson FC, Silva RJ. Avaliação da estética dentária relacionada com a proporção áurea na dentição permanente anterior. Rev Dentística on line. 2009 jan-mar;8(18). [acesso em: 2009 out 13]. Disponível em: http://www.gbpd. com.br/Arquivos/revista18/0812.pdf. 5. Misch CE. Prótese sobre implantes. São Paulo: Ed. Santos;

Endereço para correspondência

2006. 6. Melo GFB. Proporção áurea e sua relevância para odontologia estética. Int J Dent. 2008 out-dez;7(4):234-8. 7. Mondelli J. Estética e cosmética em clínica integrada

Weider de Oliveira Silva 710/910 Sul, Ed. Clínico Via Brasil sala 213 CEP: 70.390-108 – Brasília / DF E-mail: weidersilva@hotmail.com

restauradora. São Paulo: Ed. Santos; 2003.

Rev Dental Press Periodontia Implantol. 2010 jul-set;4(3):45-53

53


Caso Selecionado

Tomografia computadorizada volumétrica de feixe cônico como método imaginológico auxiliar no diagnóstico de anquilose dentária: relato de caso clínico Kelly Regina Micheletti, Gustavo Faria Cerqueira, Laurindo Zanco Furquim, Liogi Iwaki Filho, Lilian Cristina Vessoni Iwaki

INTRODuçãO Atualmente, a Odontologia vem se beneficiando com a modernização dos exames imaginológicos, principalmente com o advento da tomografia computadorizada de feixe cônico (Cone Bean Computed Tomography, CBCT)5. Em 1999, Arai et al.3 foram os pioneiros no aprimoramento dessa técnica em Odontologia. Inovações desse exame aumentaram a confibialidade nos diagnósticos e planos de tratamentos odontológicos6,7,16. A CBCT é uma nova técnica de obtenção de imagem da região dentomaxilofacial que proporciona uma visão tridimensional com maior qualidade, menor custo e redução da dose de radiação para o paciente, quando comparada à tomografia computadorizada tradicional3,6,8,12. Existem inúmeras indicações para a utilização da CBCT, por exemplo no diagnóstico dos traumatismos dentoalveolares, patologias dentomaxilofaciais, reabsorções dentárias, anquiloses dentárias e dentes impactados6,15. As tecnologias revolucionárias dos aparelhos de CBCT geram imagens mais claras e precisas, as quais anteriormente eram prejudicadas pela sobreposição de estruturas nas imagens obtidas

54

pelas técnicas radiográficas convencionais2. Assim, melhoram significativamente o acesso às informações necessárias para o diagnóstico. Diversas situações clínicas podem ser detectadas com maior precisão nas imagens tridimensionais, possibilitando avaliar o posicionamento de dentes retidos, o grau de reabsorção radicular de dentes em íntimo contato com caninos retidos, posicionamento das tábuas ósseas vestibular e lingual, mensurar a região de osso atrésico ou com expansão do seio maxilar, avaliar os defeitos e enxertos ósseos, análise quantitativa e qualitativa do osso alveolar para indicação de colocação de mini-implantes 1,4,8,9,13. Em Implantodontia, o diagnóstico por imagem é utilizado na avaliação pré-cirúrgica, no intuito de localizar estruturas anatômicas e identificar processos patológicos nas proximidades do sítio receptor do implante, além de qualificar e quantificar o tecido ósseo regional; e na simulação cirúrgica para instalação de implantes2,10,14. O propósito desse trabalho é apresentar um caso clínico de diagnóstico de anquilose alveolodentária com auxílio da tomografia computadorizada de feixe cônico.

Rev Dental Press Periodontia Implantol. 2010 jul-set;4(3):54-62


Micheletti KR, Cerqueira GF, Furquim LZ, Iwaki L Filho, Iwaki LCV

das tomografias convencionais. Sendo assim, as imagens fornecidas pela CBCT permitem avaliar processos de reabsorção e anquilose dentária. No caso clínico apresentado, a CBCT permitiu avaliar com precisão em que condição se encontrava a superfície radicular do dente em questão. Essa fidelidade das imagens fornecidas pela CBCT foi confirmada após a extração do dente. Ao comparar clinicamente a aparência radicular com as imagens obtidas pela CBCT, ficou comprovado o processo de anquilose, que impossibilitava um possível tracionamento ortodôntico.

CONCLuSãO - A CBCT surgiu para inovar os métodos diagnósticos de imagem, sendo indicada em casos onde não é possível estabelecer o diagnóstico através dos exames convencionais de imagem. - A CBCT, junto ao exame clínico, é necessária para a confirmação de processos patológicos como a anquilose. - Devido à grande sobreposição de imagens na região dos caninos superiores, a CBCT pode ser usada como método auxiliar no diagnóstico, prognóstico e plano de tratamento de patologias radiculares.

Kelly Regina Micheletti • Mestranda em Odontologia Integrada pelo Programa de Mestrado da Universidade Estadual de Maringá.

Liogi Iwaki filho • Professor Doutor do Departamento de Odontologia da Universidade Estadual de Maringá.

Gustavo faria Cerqueira • Residente em Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial pelo Programa de Residência do Hospital Universitário Regional Norte do Paraná-UEL.

Lilian Cristina Vessoni Iwaki • Professora Doutora do Departamento de Odontologia da Universidade Estadual de Maringá.

Laurindo Zanco furquim • Professor Doutor do Departamento de Odontologia da Universidade Estadual de Maringá.

Rev Dental Press Periodontia Implantol. 2010 jul-set;4(3):54-62

61


Tomografia computadorizada volumétrica de feixe cônico como método imaginológico auxiliar no diagnóstico de anquilose dentária: relato de caso clínico

rEFErênciaS 1. Aboudara CA, Hatcher D, Nielsen IL, Miller A. A three-dimensional

10. Ritter L, Mischkowski RA, Neugebauer J, Dreiseidler T, Scheer M,

evaluation of the upper airway in adolescents. Orthod Craniofac

Keeve E, et al. The influence of bony mass index, age, implants,

Res. 2003;6 Suppl 1:173-5.

and dental restorations on images quality of cone beam computed

2. Angelopoulos C, Thomas SL, Hechler S, Parissis N, Hlavacek M. Comparison between digital panoramic radiograph and cone-beam computed tomograph for the identification of the mandibular canal as part of presurgical dental implant assessment. J Oral Maxillofac Surg. 2008 Oct;66(10):2130-5. 3. Arai Y, Tammisalo E, Iwai K, Hashimoto K, Shinoda K.

tomography. Oral Surg Oral Med Oral Pathol Oral Radiol Endod. 2009 Sep;108(3):e108-16. 11. Holberg C, Steinhäuser S, Geis P, Rudzki-Janson I. Cone-bean computed tomograph in orthodontics: benefits and limitations. J Orofac Orthop. 2005 Nov;66(6):434-44. 12. Kobayashi K, Shimoda S, Nakagawa Y, Yamamoto A. Accuracy in

Development of a compacted computed tomographic apparatus

measurement of distance using limited cone-bean computerized

for dental use. Dentomaxillofac Radiol. 1999 Jul;28(4):245-8.

tomography. Int J Oral Maxillofac Implants. 2004 Mar-

4. Baumrind S, Carlson S, Beers A, Curry S, Norris K, Boyd RL. Using three-dimensional imaging to assess treatment outcomes in

Apr;19(2):228-31. 13. Maki K, Inou N, Takanishi A, Miller AJ. Computer-assisted

orthodontics: a progress report from the University of the Pacific.

simulations in orthodontic diagnosis and the application of a new

Orthod Craniofac Res. 2003;6 Suppl 1:132-42.

cone beam x-ray computed tomograph. Orthod Craniofac Res.

5. Brown AA, Scarfe WC, Scheetz JP, Silveira AM, Farman AG. Linear accuracy of cone bean CT derived 3D images. Angle Orthod. 2008 Jan;79(1):150-7.

2003;6 Suppl 1:95-101. 14. Uchida Y, Noguchi N, Goto M, Yamashita Y, Hanihara T, Takamori H, et al. Measurement of anterior loop length for the mandibular

6. Cohenca N, Simon JH, Mathur A, Malfaz JM. Clinical indications for

canal and diameter of the mandibular incisive canal to avoid nerve

digital imaging in dento-alveolar trauma. Part 2: root resorption.

damage when installing endosseous implants in the interforaminal

Dent Traumatol. 2007 Apr;23(2):105-13.

region: a second attempt introducing cone beam computed

7. Cohenca N, Simon JH, Roges R, Morag Y, Malfaz JM. Clinical indications for digital imaging in dento-alveolar trauma. Part 1:

tomograph. J Oral Maxillofac Surg. 2009 Apr;67(4):744-50. 15. Nakagawa Y, Kobayashi K, Ishii H, Mishima A, Ishii H, Asada K,

traumatic injuries. Dent Traumatol. 2007 Apr;23(2):95-104.

et al. Preoperative application of limited cone bean computerized

8. Garib, DG, Raymundo R Jr, Raymundo MV, Raymundo DV, Ferreira

tomography as an assessment tool before minor oral surgery. Int J

SN. Tomografia computadorizada de feixe cônico (cone beam):

Oral Maxillofac Surg. 2002 Jun;31(3):322-6.

entendendo este novo método de diagnóstico por imagem com

16. Sukovic P. Cone bean computed tomography in craniofacial

promissora aplicabilidade na Ortodontia. Rev Dental Press Ortod

imaging. Orthod Craniofac Res. 2003;6 Suppl 1:31-6.

Ortop Facial. 2007 mar-abr;12(2):139-56. 9. Hamada Y, Kondoh T, Noguchi K, Iino M, Isono H, Ishii H, et al. Application of limited cone beam computed tomography to clinical assessment of alveolar bone grafting: a preliminary report. Cleft Palate Craniofac J. 2005 Mar;42(2):128-37.

Endereço para correspondência Kelly Regina Micheletti Avenida Mandacarú, 1550 CEP: 87.053-240 - Maringá/PR E-mail: kellymicheletti@hotmail.com

62

Rev Dental Press Periodontia Implantol. 2010 jul-set;4(3):54-62


revisão de literatura

Fatores que influenciam no sucesso ou falha de implantes dentários Geraldo Roberto Martins MATOS*

Palavras-chave

Resumo

Osseointegração. Implante dentário.

O desenvolvimento de implantes dentários osseointegrados para reabilitação bucal revolucionou as possibilidades para pacientes parcial ou totalmente desdentados, elevando a autoestima dos mesmos por meio da melhora na estética do sorriso. Apesar do sucesso dos implantes, o objetivo deste trabalho foi estudar fatores que influenciam no sucesso ou na falha de implantes dentários, a partir de uma revisão de literatura. O acompanhamento clínico e radiográfico em longo prazo de pacientes submetidos a implantes dentários é necessário, incluindo o retorno periódico para avaliação da higiene bucal e das condições de saúde, pois, assim, a possibilidade de falha pode ser minimizada.

Fatores de risco.

* Especialista em Implantodontia pelo Centro Universitário do Norte Paulista (UNORP), São José do Rio Preto/SP.

Rev Dental Press Periodontia Implantol. 2010 jul-set;4(3):63-70

63


Matos GRM

Factors influencing dental implant success-failure ABSTRACT The development of osseointegrated dental implants for oral rehabilitation has revolutionized the possibilities for partially and completely edentulous patients, rising the self-esteem of these patients by means of the improvement in the aesthetics of the smile. Despite the success of dental implants, the purpose of this work was, by means of a literature review, to study the factors influencing dental implant success-failure. The long-term clinical and radiographic follow-up of patients submitted to dental implant is necessary, including periodic recall for assessment of oral hygiene and patient medical condition, because the possibility of failure can be minimized. KEYWORDS: Osseointegration. Dental implantation. Risk factors.

rEFErênciaS 1. Albrektsson T, Lekholm U. Osseointegration: current state of the art. Dent Clin North Am. 1989 Oct;33(4):537-54. 2. Albrektsson T, Zarb G, Worthington P, Eriksson AR. The longterm efficacy of currently used dental implants: a review and proposed criteria of success. Int J Oral Maxillofac Implants.

7. Brånemark PI, Zarb GA, Albrektsson T. Tissue integrated prosthesis: osseointegration in clinical dentistry. Chicago: Quintessence; 1985. 8. Degidi M, Piattelli A. 7-year follow-up of 93 immediately loaded titanium dental implants. J Oral Implantol. 2005;31(1):25-31.

1986 Summer;1(1):11-25. 3. Ashley ET, Covington LL, Bishop BG, Breault LG. Ailing and failing endosseous dental implants: a literature review. J Contemp Dent Pract. 2003 May 15;4(2):35-50. 4. Bass SL, Triplett RG. The effects of preoperative resorption and jaw anatomy on implant success: a report of 303 cases. Clin Oral Implants Res. 1991 Oct-Dec;2(4):193-8. 5. Becker W, Becker BE, Alsuwyed A, Al-Mubarak S. Long-term evaluation of 282 implants in maxillary and mandibular molar positions: a prospective study. J Periodontol. 1999

9. Drago CJ. Rates of osseointegration of dental implants with regard to anatomical location. J Prosthodont. 1992 Sep;1(1):29-31. 10. el Askary AS, Meffert RM, Griffin T. Why do dental implants fail? Part I. Implant Dent. 1999;8(2):173-85. 11. el Askary AS, Meffert RM, Griffin T. Why do dental implants fail? Part II. Implant Dent. 1999;8(3):265-77. 12. Elias CN, Lima JHC, Santos MV. Modificações da superfície dos implantes dentais: da pesquisa básica à aplicação clínica. Implant News. 2008;5(5):467-76.

Aug;70(8):896-901. 6. Blanes RJ, Bernard JP, Blanes ZM, Belser UC. A 10-year

13. Elias CN, Oshida Y, Lima JH, Muller CA. Relationship between

prospective study of ITI dental implants placed in the

surface properties, (roughness, wettability and morphology)

posterior region. I: clinical and radiographic results. Clin Oral

of titanium and dental implant removal torque. J Mech Behav

Implants Res. 2007 Dec;18(6):699-706.

Biomed Mater. 2008 Jul;1(3):234-42.

Rev Dental Press Periodontia Implantol. 2010 jul-set;4(3):63-70

69


Fatores que influenciam no sucesso ou falha de implantes dentários

14. Esposito M, Thomsen P, Ericson LE, Sennerby L, Lekholm U. Histopathologic observations on late oral implant failures. Clin Implant Dent Relat Res. 2000;2(1):18-32. 15. Iezzi G, Degidi M, Scarano A, Perrotti V, Piattelli A. Bone

22. Moy PK, Medina D, Shetty V, Aghaloo TL. Dental implant failure rates and associated risk factors. Int J Oral Maxillofac Implants. 2005 Jul-Aug;20(4):569-77. 23. Rosenberg ES, Cho SC, Elian N, Jalbout ZN, Froum S, Evian

response to submerged, unloaded implants inserted in poor

CI. A comparison of characteristics of implant failure and

bone sites: a histological and histomorphometrical study

survival in periodontally compromised and periodontally

of 8 titanium implants retrieved from man. J Oral Implantol.

healthy patients: a clinical report. Int J Oral Maxillofac Implants. 2004 Nov-Dec;19(6):873-9.

2005;31(5):225-33. 16. Johansson C, Albrektsson T. Integration of screw

24. Ruggiero SL, Mehrotra B, Rosenberg TJ, Engroff SL.

implants in the rabbit: a 1-year follow-up of removal of

Osteonecrosis of the jaws associated with the use of

titanium implants. Int J Oral Maxillofac Implants. 1987

bisphosphonates: a review of 63 cases. J Oral Maxillofac Surg. 2004 May;62(5):527-34.

Spring;2(2):69-75. 17. Kitamura E, Stegaroiu R, Nomura S, Miyakawa O.

25. Santos MD, Pfeifer AB, Silva MR, Sendyk CL, Sendyk WR.

Biomechanical aspects of marginal bone resorption around

Fracture of abutment screw supporting a cemented implant-

osseointegrated implants: considerations based on a three-

retained prosthesis with external hexagon connection: a

dimensional finite element analysis. Clin Oral Implants Res.

case report with SEM evaluation. J Appl Oral Sci. 2007 Apr;15(2):148-51.

2004 Aug;15(4):401-12. 18. Kourtis SG, Sotiriadou S, Voliotis S, Challas A. Private practice results of dental implants. Part I: survival and evaluation of risk factors-Part II: surgical and prosthetic complications. Implant Dent. 2004 Dec;13(4):373-85. 19. Lemmerman KJ, Lemmerman NE. Osseointegrated dental implants in private practice: a long-term case series study. J Periodontol. 2005 Feb;76(2):310-9. 20. Lindhe J, Berglundh T, Ericsson I, Liljenberg B, Marinello C. Experimental breakdown of peri-implant and periodontal tissues: a study in the beagle dog. Clin Oral Implants Res.

26. Sennerby L, Miyamoto I. Insertion torque and RFA analysis of Tiunite and SLA implants. A study in the rabbit. Appl Osseointegration Res. 2000;1(1):31-3. 27. Sennerby L, Roos J. Surgical determinants of clinical success of osseointegrated oral implants: a review of the literature. Int J Prosthodont. 1998 Sep-Oct;11(5):408-20. 28. Steigenga JT, al-Shammari KF, Nociti FH, Misch CE, Wang HL. Dental implant design and its relationship to long-term implant success. Implant Dent. 2003;12(4):306-17. 29. Tolstunov L. Implant zones of the jaws: implant location and related success rate. J Oral Implantol. 2007;33(4):211-20.

1992 Mar;3(1):9-16. 21. Matos GRM. Tratamento de superfície de implantes

30. Tonetti MS. Determination of the success and failure of root-

dentários e osseointegração. Rev Dental Press Periodontia

form osseointegrated dental implants. Adv Dent Res. 1999

Implantol. 2008 out-dez;2(4):40-50.

Jun;13:173-80.

Endereço para correspondência Geraldo Roberto Martins Matos Rua Fritz Jacobs 1862 CEP: 15.025-500 – São José do Rio Preto/SP E-mail: geraldo.roberto@terra.com.br

70

Rev Dental Press Periodontia Implantol. 2010 jul-set;4(3):63-70


artigo inédito

Impacto da terapia mecânica não cirúrgica na atividade de elastase e volume do fluido gengival em indivíduos com periodontites crônica e agressiva generalizadas Karina Bezerra Lomba SChITTINE*, Bruno RESCALA**, Wilson ROSALEM**, Ricardo Guimarães fISChER***, Carlos Marcelo da Silva fIGuEREDO****, Anders GuSTAfSSON*****, Ricardo TELES******

Palavras-chave

Resumo

Periodontite crônica. Periodontite

O objetivo deste estudo foi avaliar o impacto do tratamento periodontal não cirúrgico sobre a atividade de elastase e o volume de fluido gengival nos pacientes portadores de periodontites crônica e agressiva generalizadas. Foram avaliados 18 pacientes com periodontite crônica e 11 com periodontite agressiva. Foram utilizados os parâmetros clínicos de avaliação da profundidade de bolsa à sondagem, nível de inserção e sangramento à sondagem. As amostras foram colhidas em cinco sítios mais profundos e em cinco sítios rasos com gengivite de cada paciente, antes e 90 dias após o término do tratamento. A amostra analisada antes e após o tratamento não apresentou diferenças significativas entre os grupos, exceto para a profundidade de bolsa à sondagem nos sítios rasos com gengivite (p = 0,039) e para o sangramento à sondagem (p = 0,021) nos sítios profundos após o tratamento. Após o tratamento, a elastase apresentou uma redução significativa nos sítios profundos, para as periodontites crônica (p = 0,012) e agressiva (p = 0,02). Houve significativa redução do volume de fluido gengival nos pacientes com periodontite crônica e agressiva, nos sítios rasos (p = 0,03 e p = 0,03) e profundos (p < 0,001 e p = 0,003), respectivamente, após o tratamento. Concluindo, os grupos com periodontites crônica e agressiva generalizadas comportaram-se de maneira semelhante frente à terapia mecânica não cirúrgica. Houve uma redução significativa do volume de fluido gengival e da atividade neutrofílica nos sítios profundos, associada a reduções significativas dos indicadores clínicos após o tratamento.

agressiva. Fluido gengival. Elastase neutrofílica.

* Mestre em Periodontia, Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ). ** Doutor em Periodontia, Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ). *** Professor doutor titular na Disciplina de Periodontia da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ) e pós-graduação na Lund University, Suécia. **** Professor livre-docente na Disciplina de Periodontia da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ) e pós-graduação no Karolinska Institutet, Suécia. ***** Professor livre-docente na Disciplina de Periodontia do Karolinska Institutet/Suécia e pós-graduação no Karolinska Institutet/Suécia. ****** Professor livre-docente na Disciplina de Periodontia, Forsyth Institute, Boston/EUA; pós-graduação na Harvard School of Dental Medicine, Boston/EUA.

Rev Dental Press Periodontia Implantol. 2010 jul-set;4(3):71-79

71


Impacto da terapia mecânica não cirúrgica na atividade de elastase e volume do fluido gengival em indivíduos com periodontites crônica e agressiva generalizadas

Concluindo, os grupos com periodontites

cativa do volume de fluido gengival em todos os

crônica e agressiva generalizadas comportaram-

sítios analisados, e da atividade neutrofílica nos

se de maneira semelhante frente à terapia me-

sítios profundos, associada a reduções significa-

cânica não cirúrgica. Houve uma redução signifi-

tivas dos indicadores clínicos após o tratamento.

The impact of non surgical therapy on elastase activity and gingival crevicular fluid’s volume in patients with chronic and aggressive generalized periodontitis ABSTRACT The aim of this study was to investigate the impact of non-surgical mechanical treatment on elastase activity and gingival crevicular fluid’s (GCF) volume of patients with untreated generalized chronic and aggressive periodontitis. Eighteen patients with generalized chronic periodontitis and eleven with generalized aggressive periodontitis were evaluated. The clinical parameters adopted were pocket probing depth, attachment level and bleeding on probing. Samples were collected from the 5 deepest sites (P) and from 5 shallow sites with gingivitis (G) from each patient of each group, before and 90 days after non-surgical periodontal treatment. There were no significant differences on the hole clinical parameters analyzed before and after treatment, except for pocket probing depth on shallow sites (p = 0.039) and for bleeding on probing (p = 0.021) on deep sites, after treatment. There was a significant reduction of GCF’s volume on both chronic and aggressive periodontitis, in shallow (p = 0.03 and p = 0.03) and in deep pockets (p < 0.001 and p = 0.003), respectively, after treatment. The elastase’s activity showed, after treatment, a significant reduction on deep sites for chronic (p = 0.012) and aggressive (p = 0.02) periodontitis. In conclusion, both groups responded similarly to the mechanical non-surgical treatment. There were significant reductions on GCF’s volume and neutrophilic’s activity on deep sites followed by the significant reduction on clinical indicators after treatment. KEYWORDS: Chronic periodontitis. Aggressive periodontitis. Gingival crevicular fluid. Leukocyte elastase.

rEFErênciaS 1. American Academy of Periodontology. International workshop for a classification of periodontal diseases and conditions. Ann Periodontol. 1999;4:1-112.

3. Lamster IB, Ahlo JK. Analysis of gingival crevicular fluid as applied to the diagnosis of oral and systemic diseases. Ann N Y Acad Sci. 2007 Mar;1098:216-29.

2. Meng H, Xu L, Li Q, Han J, Zhao Y. Determinants of host

4. Savage A, Eaton KA, Moles DR, Needleman I. A systematic review

susceptibility in aggressive periodontitis. Periodontol 2000.

of definitions of periodontitis and methods that have been used

2007;43:133-59.

to identify this disease. J Clin Periodontol. 2009;36(6):458-67.

78

Rev Dental Press Periodontia Implantol. 2010 jul-set;4(3):71-79


Schittine KBL, Rescala B, Rosalem W, Fischer RG, Figueredo CMS, Gustafsson A, Teles R

5. Kinney JS, Ramseier CA, Giannobile WV. Oral fluid-based biomarkers of alveolar bone loss in periodontitis. Ann N Y Acad Sci. 2007 Mar;1098:230-51. 6. Golub LM, Kleinberg I. Gingival crevicular fluid: a new

17. Sbordone L, Ramaglia L, Gulletta E, Iacono V. Recolonization of the subgingival microflora after scaling and root planing in human periodontitis. J Periodontol. 1990 Sep;61(9):579-84. 18. Giannopoulou C, Kamma JJ, Mombelli A. Effect

diagnostic aid in managing the periodontal patient. Oral Sci

of inflammation, smoking and stress on gingival

Rev. 1976;(8):49-61.

crevicular fluid cytokine level. J Clin Periodontol. 2003

7. Figueredo CM, Fischer RG, Gustafsson A. Aberrant neutrophil reactions in periodontitis. J Periodontol. 2005

Feb;30(2):145-53. 19. Suzuki M, Ishihara Y, Kamiya Y, Koide M, Fuma D, Fujita S, et al. Soluble interleukin-1 receptor type II levels

Jun;76(6):951-5. 8. Stoller NH, Karras DC, Johnson LR. Reliability of crevicular fluid measurements taken in the presence of supragingival plaque. J Periodontol. 1990 Nov;61(11):670-3. 9. Ozkavaf A, Aras H, Huri CB, Mottaghian-Dini F, Tözüm TF, Etikan I, et al. Relationship between the quantity of gingival crevicular fluid and clinical periodontal status. J Oral Sci.

in gingival crevicular fluid in aggressive and chronic periodontitis. J Periodontol. 2008 Mar;79(3):495-500. 20. Eley BM, Cox SW. A 2-year longitudinal study of elastase in human gingival crevicular fluid and periodontal attachment loss. J Clin Periodontol. 1996 Jul;23(7):681-92. 21. Gustafsson A, Ito H, Asman B, Bergström K. Hyperreactive mononuclear cells and neutrophils in chronic periodontitis.

2000 Dec;42(4):231-8. 10. Ujiie Y, Oida S, Gomi K, Arai T, Fukae M. Neutrophil elastase is involved in the initial destruction of human periodontal ligament. J Periodontal Res. 2007 Aug;42(4):325-30.

J Clin Periodontol. 2006 Feb;33(2):126-9. 22. Johnstone AM, Koh A, Goldberg MB, Glogauer M. A hyperactive neutrophil phenotype in patients with refractory

11. Ujiie Y, Shimada A, Komatsu K, Gomi K, Oida S, Arai T,

periodontitis. J Periodontol. 2007 Sep;78(9):1788-94.

et al. Degradation of noncollagenous components by

23. Nicu EA, Van der Velden U, Everts V, Van Winkelhoff AJ,

neutrophil elastase reduces the mechanical strength

Roos D, Loos BG. Hyperreactive PMNs in FcgRIIa 131 H/H

of rat periodontal ligament. J Periodontal Res. 2008

genotype periodontitis patients. J Clin Periodontol. 2007 Nov;34(11):938-45.

Feb;43(1):22-31. 12. Bader HI, Boyd RL. Long-term monitoring of adult

24. Kowolik MJ, Dowsett SA, Rodriguez J, De La Rosa RM,

periodontitis patients in supportive periodontal therapy:

Eckert GJ. Systemic neutrophils response resulting

correlation of gingival crevicular fluid proteases with

from dental plaque accumulation. J Periodontol. 2001

probing attachment loss. J Clin Periodontol. 1999

Feb;72(2):146-51. 25. Jin L, Yu C, Corbet EF. Granulocyte elastase activity in static

Feb;26(2):99-105. 13. Figueredo CM, Areas A, Miranda LA, Fischer RG, Gustafsson A. The short-term effectiveness of non-surgical treatment in reducing protease activity in gingival crevicular fluid from chronic periodontitis patients. J Clin Periodontol. 2004

and flow gingival crevicular fluid. J Periodontal Res. 2003 Jun;38(3):303-10. 26. Darany DG, Beck FM, Walters JD. The relationship of gingival fluid leukocyte elastase activity to gingival fluid flow rate. J Periodontol. 1992 Sep;63(9):743-7.

Aug;31(8):615-9. 14. Buchmann R, Hasilik A, Nunn ME, Van Dyke TE, Lange DE.

27. Hasturk H, Kantarci A, Ohira T, Arita M, Ebrahimi N,

PMN responses in chronic periodontal disease: evaluation

Chiang N, et al. RvE1 protects from local inflammation and

by gingival crevicular fluid enzymes and elastase-alpha-

osteoclast-mediated bone destruction in periodontitis. FASEB

1-proteinase inhibitor complex. J Clin Periodontol. 2002

J. 2006 Feb;20(2):401-3.

Jun;29(6):563-72. 15. Buchmann R, Hasilik A, Van Dyke TE, Lange DE. Resolution of crevicular fluid leukocyte activity in patients treated for aggressive periodontal disease. J Periodontol. 2002

Endereço para correspondência

Sep;73(9):995-1002. 16. Kurtis B, Tüter G, Serdar M, Akdemir P, Uygur C, Firatli E, et al. Gingival crevicular fluid levels of monocyte chemoattractant protein-1 and tumor necrosis factor-alpha in patients with chronic and aggressive periodontitis. J Periodontol. 2005

Karina Schittine Bezerra Lomba Av. Boulevard 28 de Setembro 157 – Pavilhão de Pesquisa CEP: 20.551-030 – Vila Isabel – Rio de Janeiro / RJ E-mail: karinaschittine@hotmail.com

Nov;76(11):1849-55.

Rev Dental Press Periodontia Implantol. 2010 jul-set;4(3):71-79

79


artigo inédito

Protocolo inferior com carga imediata: procedimentos previsíveis sem complexidade Glauco Rangel ZANETTI*, Liliane Scheidegger da Silva ZANETTI**, Marcelo Massaroni PEçANhA***, Fausto Frizzera BORGES fILhO****, Gabriela Cassaro de CASTRO*****, Natália Marreco WEIGERT******

Palavras-chave

Resumo

Prótese dentária implantossuportada.

Os implantes dentários têm apresentado uma alta taxa de sucesso, permitindo que diversos tipos de terapias reabilitadoras, em pacientes parcialmente ou totalmente edêntulos, sejam adotadas com segurança e previsibilidade. O uso de implantes na mandíbula com o intuito de se realizar posteriormente uma prótese fixa sobre eles foi amplamente relatado na literatura, assim como a aplicação de cargas oclusais imediatas após sua instalação. Embora as técnicas de confecção de próteses fixas implantossuportadas sejam bem estabelecidas, a imprecisão e/ou a complexidade das etapas podem inviabilizar a instalação da prótese no prazo desejado ou mesmo interferir na qualidade final do trabalho. Este artigo apresenta um protocolo clínico, cirúrgico e protético, que permite a confecção de próteses totais fixas implantossuportadas, instaladas em até 48 horas após a etapa cirúrgica, onde os procedimentos podem ser executados com relativa simplicidade e maior previsibilidade de resultados. A utilização de um guia multifuncional possibilita a resolução mais precisa e rápida do caso, promovendo maior conforto e satisfação para o paciente. Mesmo com a utilização desse guia, é fundamental que as equipes responsáveis pela realização das etapas cirúrgicas e protéticas estejam sintonizadas, já que essa modalidade de tratamento exige a interação dessas duas áreas concomitantemente.

Carga imediata. Implantes dentários. Mandíbula.

* Professor Doutor Adjunto I do Departamento de Prótese Dentária da Universidade Federal do Espírito Santo/UFES. ** Professora Doutora da Disciplina de Cirurgia Bucomaxilofacial II do Departamento de Clínica Odontológica da Universidade Federal do Espírito Santo/UFES. *** Especialista em Prótese Dentária e Mestre em Clínica Odontológica pela Universidade Federal do Espírito Santo/UFES. **** Mestrando e especializando em Periodontia pela Faculdade de Odontologia de Araraquara - UNESP. ***** Mestranda em Clínica Odontológica - Área de Prótese Dental pela FOP/Unicamp/SP. ****** Cirurgiã-dentista, graduada pela Universidade Federal do Espírito Santo.

80

Rev Dental Press Periodontia Implantol. 2010 jul-set;4(3):80-92


Zanetti GR, Zanetti LSS, Peçanha MM, Borges FF Filho, Castro GC, Weigert NM

Immediate loading of implants in edentulous mandibles: Predictable procedures without complexity ABSTRACT Dental implants have shown a high success rate allowing several types of rehabilitative therapies in partially or totally edentulous patients, these procedures are adopted with safety and predictability. Mandibular rehabilitation with dental implants and a fixed prosthesis is widely reported in scientific literature, application of immediate loading is also described as well. Techniques to produce fixed implant-supported prostheses are well established. Lack of precision and/or procedure complexity may prevent prosthesis installation in time or even interfere with its quality. This paper presents a clinical protocol, surgical and prosthetic, which allows manufacture of fixed implant-supported dentures installed within 48 hours after surgical stage, where procedures can be performed with relative simplicity and greater predictability. Multifunctional guide use allows more accuracy and faster case resolution, promoting patient´s comfort and satisfaction. Even using this guide it is essential that the staff responsible for carrying out surgical and prosthetic stages is tuned, as this treatment involves interaction of these two areas simultaneously. KEYWORDS: Implant-supported dental prosthesis. Immediate load. Dental implants. Mandible.

rEFErênciaS 1. Gift HC, Redford M. Oral health and the quality of life. Clinics in Geriatric Medicine. 1992;8:673-83. 2. Romanos GE. Treatment of advanced periodontal destruction with immediately loaded implants and simultaneous

5. Branemark PI, Zarb G, Albrektsson T. Tissue integrated prostheses: osseointegration in clinical dentistry. Chicago: Quintessence; 1985. 6. Ganeles J, Zöllner A, Jackowski J, ten Bruggenkate C,

bone augmentation: a case report. J Periodontol. 2003

Beagle J, Guerra F. Immediate and early loading of

Feb;74(2):255-61.

Straumann implants with a chemically modified surface

3. Berretin-Felix G, Nary H Filho, Padovani CR, Machado WM. A longitudinal study of quality of life of elderly with mandibular implant-supported fixed prostheses. Clin Oral Implants Res. 2008 Jul;19(7):704-8.

(SLActive) in the posterior mandible and maxilla: 1-year results from a prospective multicenter study. Clin Oral Implants Res. 2008 Nov;19(11):1119-28. 7. Brånemark PI, Hansson BO, Adell R, Breine U, Lindström J,

4. Allen PF, Thomason JM, Jepson NJ, Nohl F, Smith DG, Ellis J.

Hallén O, et al. Osseointegrated implants in the treatment

A randomized controlled trial of implant-retained mandibular

of the edentulous jaw. Experience from a 10-year period.

overdentures. J Dent Res. 2006 Jun;85(6):547-51.

Scand J Plast Reconstr Surg Suppl. 1977;16:1-132.

Rev Dental Press Periodontia Implantol. 2010 jul-set;4(3):80-92

91


Protocolo inferior com carga imediata: procedimentos previsíveis sem complexidade

8. Szmukler-Moncler S, Salama H, Reingewirtz Y, Dubruille JH. Timing of loading and effect of micromotion on bone-dental implant interface: review of experimental literature. J Biomed Mater Res. 1998 Summer;43(2):192-203. 9. Attard NJ, Zarb GA. Immediate and early implant loading protocols: a literature review of clinical studies. J Prosthet

21. Hassem A Neto, Tavares CAM, Mathias MA. Carregamento precoce de implantes: abordagem em protocolos mandibulares. Innov Implant J. 2007;2:15-20. 22. Freitas R, Oliveira JLG, Almeida AA Jr, Martins LM, Resende DRB, Santos TS. Carga imediata com utilização de barra de titânio soldada a laser: relato de caso. Rev Cir Traumatol Buco-Maxilo-Fac. 2008 out-dez;8(4):27-34.

Dent. 2005 Sep;94(3):242-58. 10. Randow K, Ericsson I, Nilner K, Petersson A, Glantz P.

23. Degidi M, Piattelli A. Immediate functional and non-functional

Immediate functional loading of Branemark dental implants.

loading of dental implants: a 2- to 60-month follow-up

Clin Oral Impl Res. 1999.

study of 646 titanium implants. J Periodontol. 2003

11. Chiapasco M. Early and immediate restoration and loading of implants in completely edentulous patients. Int J Oral Maxillofac Implants. 2004;19 Suppl:76-91. 12. Ibañez JC, Tahhan MJ, Zamar JA, Menendez AB, Juaneda AM, Zamar NJ, et al. Immediate occlusal loading of double acid-etched surface titanium implants in 41 consecutive

Feb;74(2):225-41. 24. Nkenke E, Hahn M, Weinzierl K, Radespiel-Tröger M, Neukam FW, Engelke K. Implant stability and histomorphometry: a correlation study in human cadavers using stepped cylinders implants. Clin Oral Implants Res. 2003 Oct;14(5):601-9. 25. Brånemark PI, Engstrand P, Ohrnell LO, Gröndahl K, Nilsson

full-arch cases in the mandible and maxilla: 6- to 74-month

P, Hagberg K, et al. Branemark Novums: a new treatment

results. J Periodontol. 2005 Nov;76(11):1972-81.

concept for rehabilitation of the edentulous mandible.

13. Hatano N, Yamaguchi M, Suwa T, Watanabe K. A modified method of immediate loading using Brånemark implants in edentulous mandibles. Odontology. 2003 Sep;91(1):37-42. 14. Van de Velde T, Collaert B, De Bruyn H. Immediate loading in

Preliminary results from a prospective clinical follow-up study. Clin Implant Dent Relat Res. 1999;1(1):2-16. 26. Komiyama A, Klinge B, Hultin M. Treatment outcome of immediately loaded implants installed in edentulous jaws

the completely edentulous mandible: technical procedure and

following computer-assisted virtual treatment planning

clinical results up to 3 years of functional loading. Clin Oral

and flapless surgery. Clin Oral Implants Res. 2008

Implants Res. 2007 Jun;18(3):295-303. 15. De Bruyn H, Van de Velde T, Collaert B. Immediate functional loading of TiOblast dental implants in full-arch edentulous mandibles: a 3-year prospective study. Clin Oral Implants

Jul;19(7):677-85. 27. Silva CMF, Maia FAS, Dias RB, Rossa R. Estudo comparativo entre silicona e silicona revestida com hidroxiapatita com fins de inclusão. Rev Odontol Univ São Paulo. 1998;12:293-7. 28. Heckmann SM, Karl M, Wichmann MG, Winter W, Graef F,

Res. 2008 Jul;19(7):717-23. 16. Cochran DL, Morton D, Weber HP. Consensus statements

Taylor TD. Cement fixation and screw retention: parameters

and recommended clinical procedures regarding loading

of passive fit. An in vitro study of three-unit implant-

protocols for endosseous dental implants. Int J Oral

supported fixed partial dentures. Clin Oral Implants Res.

Maxillofac Implants. 2004;19 Suppl:109-13. 17. Jaffin RA, Kumar A, Berman CL. Immediate loading of

2004 Aug;15(4):466-73. 29. Salvi GE, Lang NP. Diagnostic parameters for monitoring peri-

implants in partially and fully edentulous jaws: a series of 27

implant conditions. Int J Oral Maxillofac Implants. 2004;19

case reports. J Periodontol. 2000 May;71(5):833-8.

Suppl:116-27.

18. Castellon P, Block MS, Smith MB, Finger IM. Immediate loading of the edentulous mandible: delivery of the final restoration or a provisional restoration—which method to use? J Oral Maxillofac Surg. 2004 Sep;62(9 Suppl 2):30-40. 19. Lazzara RJ. Immediate implant placement into extraction sites: surgical and restorative advantages. Int J Periodontics Restorative Dent. 1989;9:332-43. 20. Misch CM. Immediate loading of definitive implants in the edentulous mandible using a fixed provisional prosthesis: the denture conversion technique. J Oral Maxillofac Surg. 2004 Sep;62(9 Suppl 2):106-15.

92

Endereço para correspondência Glauco Rangel Zanetti Av. Marechal Campos, 1468 Departamento de Prótese Dentária do Curso de Odontologia/UFES CEP: 29.040-090 – Vitória/ES E-mail: glaucozanetti@yahoo.com.br

Rev Dental Press Periodontia Implantol. 2010 jul-set;4(3):80-92


revisão de literatura

Doença periodontal, seus sinais e sequelas: limitações para o tratamento com implantes osseointegrados? Virna Luci CANGuSSú*, Viviane RABELO**, André Carlos de fREITAS***, Robson G. MENDONçA****, Sérgio WENDELL*****, Luis Rogério DuARTE******

Palavras-chave

Resumo

Doença periodontal. Implantes

Introdução: o sucesso do tratamento com implantes osseointegrados em pacientes periodontalmente saudáveis tem sido bem documentado em numerosos estudos longitudinais nos últimos anos. Entretanto, a possibilidade de aplicar esses resultados positivos aos pacientes com doenças ou alterações periodontais permanece desconhecida. Objetivo: o objetivo desta revisão de literatura foi discutir, baseado em evidências científicas, sobre cinco sinais ou sequelas da doença periodontal que possam afetar o prognóstico dos implantes osseointegrados, com o objetivo de verificar se a doença periodontal é um fator de risco para a osseointegração, após longos períodos de observação. Métodos: os cinco sinais ou sequelas da doença periodontal discutidos nessa revisão são: (1) Presença de bolsa periodontal em unidades dentárias próximas a sítios com implantes; (2) Periodontite agressiva; (3) Implantes imediatos em sítios periodontalmente infectados; (4) Defeitos em rebordo ósseo; (5) Ausência de mucosa queratinizada. Conclusão: o conhecimento de sinais e sequelas da doença periodontal conduz o implantodontista a planejar de forma cautelosa a reabilitação com implantes osseointegrados.

osseointegrados. Fatores de risco. Osseointegração.

* Especialista em Periodontia – ABO-BA. Especialista em Implantodontia – FOUFBA. ** Especialista em Periodontia – UFES. Especialista em Odontogeriatria – UNIGRANRIO. Mestre em Implantologia – USC/Bauru. *** Mestre e Doutor em Cirurgia Bucomaxilofacial - RS. Professor adjunto da FOUFBA. Coordenador do Curso de Especialização em Implantodontia da FOUFBA. **** Especialista em Implantodontia – ABO-BA. Mestre em Odontologia – FOUFBA. Professor de Cirurgia do Curso de Odontologia da UEFS. ***** Especialista em Implantodontia – ABO-BA. Mestre em Odontologia – FOUFBA. Professor do Curso de Especialização em Implantodontia da FOUFBA. ****** Especialista em Implantodontia – ABO-BA. Mestre em Implantologia – USC/Bauru. Doutor em Implantodontia – SL Mandic/Campinas – SP. Professor do Curso de Especialização em Implantodontia da FOUFBA.

Rev Dental Press Periodontia Implantol. 2010 jul-set;4(3):93-110

93


Cangussú VL, Rabelo V, Freitas AC, Mendonça RG, Wendell S, Duarte LR

Periodontal disease, its signs and sequels: Limitations on treatment with osseointegrated implants? ABSTRACT Introduction: The success of treatment with osseointegrated implants in periodontally healthy patients has been well documented in numerous longitudinal studies in recent years. However, the possibility of applying those positive results to patients with periodontal diseases or alterations remains unknown. Aim: The objective of this literature review is to discuss, on the basis of scientific evidence, five of the signs or sequels of periodontal disease which may effect the prognosis in treatment with osseointegrated implants, and to prove whether periodontal disease is a long term risk factor for osseointegration, or not. Methods: The five signs or sequels of periodontal disease discussed in this review are: (1) The presence of periodontal pockets bordering teeth adjacent to implant sites; (2) Aggressive periodontitis; (3) Immediately loaded implants in periodontically infected sites; (4) Defects in the bone crest and (5) Absence of keratinized mucosa. Conclusion: Awareness of the signs and sequels of periodontal disease lead implantologists to plan rehabilitation with osseointegrated implants cautiously. KEYWORDS: Periodontal disease. Osseointegrated implants Risk factors. Osseointegration.

rEFErênciaS 1. Kinane DF, Lindhe J. Patogênese da periodontite. In: Lindhe J. Tratado de periodontia clínica e implantologia oral. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 1997. p. 127-52. 2. Nevins M. Will implants survive well in patients with a history of inflammatory periodontal disease? J Periodontol. 2001 Jan;72(1):113-7. 3. Ellegaard B, Baelum V, Karring T. Implant therapy in

implant failure. Int J Oral Maxillofac Implants. 1990 Spring;5(1):31-8. 6. Mombelli A, Marxer M, Gaberthüel T, Grunder U, Lang NP. The microbiota of osseointegrated implants in patients with a history of periodontal disease. J Clin Periodontol. 1995 Feb;22(2):124-30. 7. Karoussis IK, Kotsovilis S, Fourmousis I. A comprehensive

periodontally compromised patients. Clin Oral Implants

and critical review of dental implant prognosis in

Res. 1997 Jun;8(3):180-8.

periodontally compromised partially edentulous patients.

4. Devides SL, Franco AT. Evaluation of peri-implant microbiota using the polymerase chain reaction in

Clin Oral Implants Res. 2007 Dec;18(6):669-79. 8. Renvert S, Roos-Jansåker AM, Lindahl C, Renvert H,

completely edentulous patients before and after

Rutger Persson G. Infection at titanium implants with or

placement of implant-supported prostheses submitted to

without a clinical diagnosis of inflammation. Clin Oral

immediate load. Int J Oral Maxillofac Implants. 2006 MarApr;21(2):262-9.

Implants Res. 2007 Aug;18(4):509-16. 9. Listgarten MA, Lai CH. Comparative microbiological

5. Becker W, Becker BE, Newman MG, Nyman S. Clinical and microbiologic findings that may contribute to dental

characteristics of failing implants and periodontally diseased teeth. J Periodontol. 1999 Apr;70(4):431-7.

Rev Dental Press Periodontia Implantol. 2010 jul-set;4(3):93-110

109


Doença periodontal, seus sinais e sequelas: limitações para o tratamento com implantes osseointegrados?

10. Matos DAD. Diferentes sistemas de implantes podem influenciar a qualidade da microbiota periimplantar? In: Francischone CE, Nary H Filho, Matos DAD, Lira HG, Neves JB, Vasconcelos LW, et al. Osseointegração e o tratamento multidisciplinar. 1ª ed. São Paulo:

22. Schwartz-Arad D, Chaushu G. The ways and wherefores of immediate placement of implants into fresh extraction sites: a literature review. J Periodontol. 1997 Oct;68(10):915-23. 23. Werbitt MJ, Goldberg PV. The immediate implant: bone preservation and bone regeneration. Int J Periodontics Restorative Dent. 1992;12(3):206-17.

Quintessence; 2006. p. 35-53. 11. Lee KH, Maiden MF, Tanner AC, Weber HP. Microbiota of successful osseointegrated dental implants. J Periodontol.

24. Lekholm U. Immediate/early loading of oral implants in compromised patients. Periodontol 2000. 2003;33:194-203. 25. Marcaccini AM, Novaes AB Jr, Souza SL, Taba M Jr, Grisi MF.

1999 Feb;70(2):131-8. 12. Sbordone L, Barone A, Ciaglia RN, Ramaglia L, Iacono VJ. Longitudinal study of dental implants in a periodontally compromised population. J Periodontol. 1999

Immediate placement of implants into periodontally infected sites in dogs. Part 2: a fluorescence microscopy study. Int J Oral Maxillofac Implants. 2003 Nov-Dec;18(6):812-9. 26. Nevins M, Langer B. The successful application of

Nov;70(11):1322-9. 13. Yalçin S, Yalçin F, Günay Y, Bellaz B, Onal S, Firatli E. Treatment of aggressive periodontitis by osseointegrated dental implants. A case report. J Periodontol. 2001

osseointegrated implants to the posterior jaw: a longterm retrospective study. Int J Oral Maxillofac Implants. 1993;8(4):428-32. 27. Tarnow DP, Eskow RN, Zamzok J. Aesthetics and implant

Mar;72(3):411-6. 14. Nevins M, Langer B. The successful use of osseointegrated

dentistry. Periodontol 2000. 1996 Jun;11:85-94.

implants for the treatment of the recalcitrant periodontal

28. Louise F, Borghetti A. Cirurgia plástica periimplantar. In:

patient. J Periodontol. 1995 Feb;66(2):150-7. 15. Karoussis IK, Salvi GE, Heitz-Mayfield LJ, Brägger U, Hämmerle CH, Lang NP. Long-term implant prognosis

Borghetti A, Monnet-Corti V. Cirurgia plástica periodontal. Porto Alegre: Artmed; 2002. p. 418-35. 29. Warrer K, Buser D, Lang NP, Karring T. Plaque-induced peri-

in patients with and without a history of chronic

implantitis in the presence or absence of keratinized mucosa.

periodontitis: a 10-year prospective cohort study of the

An experimental study in monkeys. Clin Oral Implants Res.

ITI® Dental Implant System. Clin Oral Implants Res. 2003

1995 Sep;6(3):131-8. 30. Strub JR, Gaberthüel TW, Grunder U. The role of attached

Jun;14(3):329-39. 16. Novaes AB Jr, Marcaccini AM, Souza SL, Taba M Jr, Grisi

gingiva in the health of peri-implant tissue in dogs. Part I.

MF. Immediate placement of implants into periodontally

Clinical findings. Int J Periodontics Restorative Dent. 1991;

infected sites in dogs: a histomorphometric study of bone-

11:316-33.

implant contact. Int J Oral Maxillofac Implants. 2003 MayJun;18(3):391-8. 17. Wilson TG Jr. Guided tissue regeneration around dental implants in immediate and recent extraction sites: initial observations. Int J Periodontics Restorative Dent. 1992;12(3):185-93. 18. Villa R, Rangert B. Early loading of interforaminal implants immediately installed after extraction of teeth presenting endodontic and periodontal lesions. Clin Implant Dent Relat Res. 2005;7 Suppl 1:S28-35. 19. Balshi TJ, Wolfinger GJ. Immediate placement and implant loading for expedited patient care: a patient report. Int J Oral Maxillofac Implants. 2002 Jul-Aug;17(4):587-92. 20. Thomé G, Borges AFS, Melo ACM, Bassi APF, Sartori IAM, Faot F. Implante imediato em local cronicamente infectado: avaliação após 12 meses. RGO. 2007 out-dez; 55(4):417-21. 21. Sennerby L. Dental implants: matters of course and controversies. Periodontol 2000. 2008;47:9-14.

110

Endereço para correspondência Virna Luci Cangussú Av. ACM, 585 Complexo Odonto-Médico Ed. Pierre Fauchard, Sl. 101/104 CEP: 41.825-000 – Itaigara – Salvador / BA E-Mail: vicangussu@pop.com.br

Rev Dental Press Periodontia Implantol. 2010 jul-set;4(3):93-110


11 | 12 | 13 NOV | 2010 EUROPARQUE PORTO | PORTUGAL

ÁREAS

BIOMATERIAIS ENDODONTIA ESTÉTICA REABILITAÇÃO ORAL PRÓTESE PARCIAL REMOVÍVEL ESTÉTICA | DENTISTERIA PRÓTESE FIXA ENDODONTIA ESTÉTICA | PERIDONTOLOGIA MEDICINA ORAL | PATOLOGIA ORAL ORTODONTIA IMPLANTOLOGIA BIOMATERIAIS IMPLANTOLOGIA OCLUSÃO ESTÉTICA | CIRURGIA ORAL ODONTOPEDIATRIA FÓRUM IBÉRICO TRATAMENTO DE CASOS INTERDISCIPLINARES

CURSO DE FOTOGRAFIA E VÍDEO DIGITAL

CONFERENCISTAS

ARON GONSHOR | CAN CARLOS BÓVEDA | VNZ CLÁUDIO PINHO | BR FRANCESCA VAILATI | IT FRANK KAISER | BR FEDERICO FERRARIS | IT GEORGE PRIEST | USA GILBERTO DEBELIAN | BR GIULIO RASPERINI | IT GIUSEPPE FICARRA | IT MARCO ROSA | IT MARIANO HERRERO CLIMENT | SP MARIANO SANZ | SP NITZAN BICHACHO | ISR PETER SVENSSON | DEN ROGÉRIO ZAMBONATO | BR SORAYA LEAL | BR

LIVIO YOSHINAGA | BR

INSCRIÇÃO OBRIGATÓRIA NO CONGRESSO E LIMITADA A 250 PARTICIPANTES

GOLD SPONSORS

PATROCINADORES OFICIAIS


normas de apresentação de originais — A REVISTA DENTAL PRESS DE PERIODONTIA E IMPLANTOLO-

6. Tabelas

GIA, dirigida à classe odontológica, destina-se à publicação de relatos de

— devem ser autoexplicativas e complementar, e não duplicar, o texto.

casos clínicos e de técnicas, artigos de interesse da classe ortodôntica,

— devem ser numeradas com algarismos arábicos, na ordem em que são

comunicações breves e atualidades.

mencionadas no texto.

— Os artigos serão submetidos ao parecer do Corpo Editorial da Revista, que

— forneça um breve título para cada uma.

decidirá sobre a conveniência ou não da publicação, avaliando como favorável,

— se uma tabela tiver sido publicada anteriormente, inclua uma nota de

indicando correções e/ou sugerindo modificações. A REVISTA, ao receber os

rodapé dando crédito à fonte original.

artigos, não assume o compromisso de publicá-los.

— apresente as tabelas como arquivo de texto (Word ou Excel, por exemplo) e não como elemento gráfico (imagem não editável).

ENDEREçO PARA SuBMISSãO DE ARTIGOS 7. Referências

— Submeta os artigos para o endereço abaixo: Av. Euclides da Cunha 1718, Zona 5

— todos os artigos citados no texto devem ser referenciados.

CEP: 87.015-180, Maringá/PR

— todas as referências listadas devem ser citadas no texto.

Tel. (44) 3031-9818

— com o objetivo de facilitar a leitura, as referências serão citadas no texto

E-mail: artigos@dentalpress.com.br

apenas indicando a sua numeração. — as referências devem ser identificadas no texto por números arábicos so-

COMO ORGANIZAR OS ORIGINAIS PARA SuBMISSãO

brescritos e numeradas na ordem em que são citadas no texto.

1. Página de título

— as abreviações dos títulos dos periódicos devem ser normalizadas de acor-

— deve conter título em português e inglês, resumo e abstract, palavras-

do com as publicações “Index Medicus” e “Index to Dental Literature”.

chave e keywords.

— a exatidão das referências é de responsabilidade dos autores; as mesmas

— coloque todas as informações relativas aos autores em uma página

devem conter todos os dados necessários à sua identificação.

separada, incluindo: nomes completos dos autores, títulos acadêmicos, afi-

— as referências devem ser apresentadas no final do texto e obedecer às

liações institucionais e cargos administrativos. Ainda, deve-se identificar o

Normas Vancouver (http://www.nlm.nih.gov/bsd/uniform_requirements.html).

autor correspondente e incluir seu endereço, números de telefone e e-mail.

— não devem ultrapassar o limite de 30.

Essa informação não estará disponível para os revisores.

— utilize os exemplos a seguir:

2. Resumo/Abstract

• Artigos com até seis autores

— os resumos estruturados, em português e inglês, de 250 palavras ou

Sterrett JD, Oliver T, Robinson F, Fortson W, Knaak B, Russell CM. Width/

menos são os preferidos.

length ratios of normal clinical crowns of the maxillary anterior dentition in

— os resumos devem ser acompanhados de 3 a 5 palavras-chave, ou des-

man. J Clin Periodontol. 1999 Mar;26(3):153-7.

critores, também em português e em inglês, as quais devem ser adequadas • Artigos com mais de seis autores

conforme o MeSH/DeCS.

De Munck J, Van Landuyt K, Peumans M, Poitevin A, Lambrechts P, Braem 3. Texto

M, et al. A critical review of the durability of adhesion to tooth tissue:

— os textos devem ter o número máximo de 4.000 palavras, incluindo

methods and results. J Dent Res. 2005 Feb;84(2):118-32.

legendas das figuras, resumo, abstract e referências. — envie figuras e tabelas em arquivos separados (ver abaixo).

• Capítulo de livro

— também insira as legendas das figuras no corpo do texto, para orientar

Kina S. Preparos dentários com finalidade protética. In: Kina S, Brugnera A.

a montagem final do artigo.

Invisível: restaurações estéticas cerâmicas. Maringá: Dental Press; 2007. cap. 6, p. 223-301.

4. figuras — as imagens digitais devem ser no formato JPG ou TIF, em CMYK ou tons

• Capítulo de livro com editor

de cinza, com pelo menos 7 cm de largura e 300 dpis de resolução.

Breedlove GK, Schorfheide AM. Adolescent pregnancy. 2ª ed. Wieczorek RR,

— as imagens devem ser enviadas em arquivos independentes.

editor. White Plains (NY): March of Dimes Education Services; 2001.

— se uma figura já foi publicada anteriormente, sua legenda deve dar todo o crédito à fonte original.

• Dissertação, tese e trabalho de conclusão de curso

— confirme se todas as figuras foram citadas no texto.

Beltrami LER. Braquetes com sulcos retentivos na base, colados clinicamente e removidos em laboratórios por testes de tração, cisalhamento e torção.

5. Gráficos e ilustrações

[dissertação]. Bauru: Universidade de São Paulo; 1990.

— devem ser enviados os arquivos contendo as versões originais dos gráficos e traçados, nos programas que foram utilizados para sua confecção.

• formato eletrônico

— não é recomendado o envio dos mesmos apenas em formato de ima-

Câmara CALP. Estética em Ortodontia: Diagramas de Referências Estéticas

gem bitmap (não editável).

Dentárias (DRED) e Faciais (DREF). Rev Dental Press Ortod Ortop Facial.

— os desenhos enviados podem ser melhorados ou redesenhados pela

2006 nov-dez;11(6):130-56. [Acesso 12 jun 2008]. Disponível em:

produção da revista, a critério do Corpo Editorial.

www.scielo.br/pdf/dpress/v11n6/a15v11n6.pdf.

112

Rev Dental Press Periodontia Implantol. 2010 jul-set;4(3):112


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.