Dental Press Implantology - v. 6, n.4

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Number 4

October / November / December 2012

versão em português

© Nobel Biocare Services AG, 2012 Todos os direitos reservados. A Nobel Biocare, o logotipo da Nobel Biocare e todas as restantes marcas comerciais são, caso não exista nenhuma declaração adicional ou caso isso não seja evidente pelo contexto de determinados casos, marcas comerciais do grupo Nobel Biocare.

Volume 6

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Dental Press Implantology. 2012 Oct-Dec;6(4):1-136

ISSN 2237-650X


sumário

V. 6, N. 4 - October - November - December - 2012

10

Entrevista 10

Georg Watzek Com experiência de mais de 30 anos na área de osseointegração e mais de 200 artigos publicados, o Prof. Dr. Georg Watzek dividese — com notável habilidade — entre a vida universitária, cargos políticos e sua clínica particular, demonstrando transitar confortavelmente e com grande competência desde o conhecimento científico ao sucesso dos resultados clínicos.

Imagem e Ciência 54

Fase inicial da reparação Dario Augusto Oliveira Miranda

Explicações e Aplicações 22

Diagnóstico do trauma oclusal: extrapolações para a região óssea peri-implantar podem ser feitas Alberto Consolaro

Observatório 125

Pergunte ao Expert 38

Como conseguir longevidade na cimentação de estruturas em zircônia/alumina? Renato Savi de Carvalho

Resumos, em português, de artigos publicados em importantes revistas da área de Implantodontia, Prótese e Periodontia de todo o mundo Dario Augusto Oliveira Miranda

Europerio 129

Abstracts of Europerio 7 - Vienna, Austria 6-9 June 2012


56

Comportamento do tecido mole peri-implantar na interface com o titânio: uma revisão de literatura Gabriela Farias de Melo, Iris Durães, Emilena Maria Castor Xisto Lima

66

Carga imediata em região anterior com utilização da coroa clínica do dente natural perdido: relato de caso Fernando Vacilotto Gomes, Felipe Born Volkart, Luciano Mayer

76

Expansão cirúrgica da maxila ancorada em implantes dentários: relato de caso clínico Marcelo de Wallau, Carlos Fernando R. Cardoso, João Batista Burzlaff

86

Recobrimento radicular com deslize lateral do retalho Léo Guimarães Soares, Lisiane Castagna, Celso Renato de Souza Resende, Denise Gomes da Silva, Eduardo Muniz Barretto Tinoco, Márcio Eduardo Vieira Falabella

93

Plataforma switching em região estética: relato de caso Veronica Beltran Clavijo, Fernando Rodrigues Pinto, Guilherme da Gama Ramos, Danilo Lazzari Ciotti, Leonardo Buso

104

A saúde peri-implantar e sua associação com o fenótipo gengival Renata Barbosa Mello Paiva, José Alfredo Gomes de Mendonça, Elton Gonçalves Zenóbio

114

Implantes dentários em zircônia: uma alternativa para o presente ou para o futuro? (Parte II) Celso João Hochscheidt, Edson Durval Menezes Alves, Luiz Antônio Bastos Bernardes, Margareth Luz Hochscheidt, Regina Célia Hochscheidt


EDITORES Carlos Eduardo Francischone - FOB-USP/Bauru, São Leopoldo Mandic Alberto Consolaro - FOB-USP/Bauru, FORP-USP/Ribeirão Preto EDITOR EMÉRITO Maurício Guimarães Araújo - UEM/PR EDITORES ASSISTENTES Carina Gisele Costa Bispo - UEM/PR Cleverson de Oliveira e Silva - UEM/PR Dario Augusto Oliveira Miranda - UEFS/BA Flávia Sukekava - FO/USP Franklin Moreira Leahy - Clínica particular/BA Luis Rogério Duarte - UFBA/BA

Diretora Teresa R. D'Aurea Furquim - DiretorES EditoriaIS Bruno D’Aurea Furquim e Rachel Furquim Marson - Diretor DE MARKETING Fernando Marson - PRODUTOR EDITORIAL Júnior Bianco - Produção Gráfica e Eletrônica Bruno Boeing, Diego Pinaffo, Gildásio Oliveira Reis Júnior, Marcos Amaral, Tatiane Comochena - Internet Adriana Azevedo Vasconcelos, Fernando Truculo Evangelista - DEPARTAMENTO DE CURSOS E EVENTOS Ana Claudia da Silva DEPARTAMENTO COMERCIAL Roseneide Martins, Michelly Palma - Submissão de artigos Márcia Ferreira Dias - BIBLIOTECA / NORMALIZAÇÃO Simone Lima Lopes Rafael - Revisão Adna Miranda - Ronis Furquim Siqueira, Wesley Nazeazeno - DEPARTAMENTO FINANCEIRO Roseli Martins, Cléber Augusto Rafael, Lucyane Plonkóski Nogueira - estoque Diego Matheus Moraes dos Santos

PUBLISHER Laurindo Furquim - UEM/PR CONSULTORES EDITORIAIS André Pelegrine - SLMandic/SP Angelo Menuci Neto - ABO/RS Bruno Braga Benatti - UFM/MA Bruno Salles Sotto-Maior - USC/SP Carlos Eduardo Francischone Junior - Clínica particular/SP Carlos Nelson Elias, Instituto Militar de Engenharia/RJ César Augusto Magalhães Benfatti - UFSC/SC Clovis Mariano Faggion Jr. - Universidade de Heidelberg, Alemanha Cristiane Ap. de Oliveira - UPF/RS Eduardo Feres - UFRJ/RJ Elaine Cristina Escobar - FMU/SP Érica Del Peloso Ribeiro - FOUFBA/EBMSP/BA Fabio Valverde Rodrigues Bastos Neto - Universidade Cruzeiro do Sul/SP Fernanda Vieira Ribeiro - UNIP/SP Flávia Matarazzo - UEM/PR Francisco A. Mollo Jr. - UNESP/SP Giuseppe Alexandre Romito - FUNDECTO – USP/SP Gustavo Jacobucci Farah - UEM/PR Hugo Nary Filho - USC/SP Isabella Maria Porto de Araujo Britto - FO-USP/SP Jean-Paul Martinet - Universidade de Buenos Aires - Argentina Jessica Mie Ferreira Koyama Takahashi - USC/SP João Carlos Cerveira Paixão - Universidade de Pádua - Itália Jorge Luis Garcia - Clínica particular - Argentina José Cícero Dinato - UFRGS/RS José Valdívia - Clínica particular - Chile Juan Carlos Abarno - Universidade Católica do Uruguai - Uruguai Luciana Salles Branco de Almeida - UNICEUMA/MA Luciene Cristina de Figueiredo - UnG/SP Luis Lima - USP/SP Luiz Antonio Salata - FORP/USP Luiz Guilhermo Peredo Paz - Bolívia Luiz Meirelles - Universidade de Gotemburgo - Suécia Marcelo Faveri - UnG/SP Marcio Borges Rosa - Clínica particular/SP Marco Antonio Bottino - UNESP/SP Mario Groisman - UNIGRANRIO/RJ Marly Kimie Sonohara Gonzales - COR - Argentina Mauro Santamaria - FOP/UNICAMP Patrícia Furtado Gonçalves - UFVJM/ MG Paulo Maló - Clínica particular - Portugal Paulo Martins Ferreira - FOB/USP Paulo Sérgio Perri de Carvalho - FOB-USP e FOA-UNESP Rafael dos Santos Silva - UEM/PR Reinaldo Brito e Dias - FOUSP Renata Bianco Consolaro - FAI/SP Ricardo de Souza Magini - UFSC/SC Ricardo Fisher - UERJ/RJ Ronaldo de Barcelos Santana - UFF/RJ Sandro Bittencourt - Esc. Bahiana de Medicina e Saúde Pública/BA Sidney Kina – Clínica Particular - Maringá/PR Vanessa Tubero Euzebio Alves - FO-USP/SP Verônica Carvalho - UNINOVE/SP Waldemar Daudt Polido - Clínica particular - Porto Alegre/RS Wellington Bonachela - FOB/USP

O Dental Press Implantology (ISSN 2237-650X) é uma publicação trimestral (quatro edições por ano) da Dental Press Ensino e Pesquisa Ltda. - Av. Euclides da Cunha, 1.718 - Zona 5 - CEP 87.015-180 - Maringá/PR - Brasil. Todas as matérias publicadas são de exclusiva responsabilidade de seus autores. As opiniões nelas manifestadas não correspondem, necessariamente, às opiniões da Revista. Os serviços de propaganda são de responsabilidade dos anunciantes. Assinaturas: dental@dentalpress.com.br ou pelo fone/fax: (44) 3031-9818.

INDEXAÇÃO: Dental Press Implantology é indexado pela BIREME, na base BBO - 2007.

Capa Face interna de um “coping” Procera por sinterização de óxidos metálicos na qual os grânulos foram compactados em alta pressão e temperatura, sem a fase vítrea (da tese de doutorado de Renato Savi de Carvalho Pergunte ao expert).

Dados Internacionais de Catalogação-na-Publicação (CIP) Dental Press Implantology. -v. 5, n. 4 (Oct./Nov./Dec.) (2011) – . -- Maringá : Dental Press International, 2011Trimestral Continuação de: Revista Dental Press de Periodontia e Implantologia (v. 1, n. 1 – 2007-2011 – ISSN 1980-2269) ISSN 2237-650X 1. Periodontia. Implantologia (Odontologia) – Periódicos I. Dental Press International. II. Título. CDD. 617.643005


editorial

César Arita in memoriam Em linhas gerais, é tecnicamente rotineiro e recomendável que o editorial de uma revista, jornal ou periódico traga em seu bojo opiniões relevantes da equipe de redação ou de sua diretoria, alusivas a um assunto do interesse geral de seus leitores. Também poderá dar enfoque específico à arrumação sequenciada das matérias ou artigos eleitos para compor a publicação de um determinado número. Excepcionalmente, neste exemplar, a revista Dental Press Implantology, por intermédio de seus editores-chefes, Prof. Dr. Carlos Eduardo Francischone e Prof. Dr. Alberto Consolaro, franqueou espaço para que pudéssemos manifestar toda a tristeza e pesar pela súbita e inesperada perda de um emérito expoente da Odontologia brasileira (14/09/2012). Com apenas 45 anos de idade, 24 de profissão, no apogeu da sua carreira e da sua vida, nos deixa prematuramente o Prof. Dr. César Augusto Arita. Se elencássemos considerável número de destacados professores ou colegas dentistas que tiveram o privilégio do contato mínimo ou da oportunidade de conhecer César Arita, seguramente observaríamos uma natural e previsível convergência de considerações dirigidas para os mesmos aspectos: era um diplomata da Odontologia! Um habilidoso incentivador e difusor do conhecimento científico. Um talentoso orador. Um sensível e mordaz crítico dos arranjos e improvisos da profissão. Um atualizado, pragmático e irrequieto pensador. Possuidor de diferenciada educação. Capacitado de reconhecida cultura e incontestável inteligência, sempre emolduradas por um sutil e refinadíssimo senso de humor. Incontáveis amigos, de convívio muito próximo, seriam muito mais capazes e recomendados para fornecer detalhados e ricos testemunhos de tudo aquilo que se construiu sob a influência e batuta do professor César Arita e, ainda, o que isso efetivamente influenciou para a evolução da Odontologia como ciência, arte e profissão. Efetivamente, influenciou para a evolução da Odontologia como ciência e arte; e, a bem da verdade, seria muito fácil e, até mesmo, burocraticamente simples discorrer sobre o seu exemplar e admirável currículo profissional. Aliás, fartamente acessível na internet ou nas redes sociais. Mas o objetivo desse nosso editorial é restringir-se apenas ao uso de duas características marcantes no

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editorial

perfil de César Arita — a humildade e a simplicidade — para relatar um fato passado há pouquíssimo tempo, ocorrido em sua última aula, no dia 10 de setembro deste ano, na Faculdade São Leopoldo Mandic, Campinas / SP, na qual havia sido recentemente incorporado ao quadro docente do mestrado e do doutorado em Implantologia: sem, absolutamente, pressentir o que viria a lhe acontecer quatro dias depois, intuitivamente resolveu mudar o rumo de sua aula sobre conceitos de Oclusão, Prótese Dentária e Reabilitação Oral, dos quais era profundo conhecedor, derivando as atenções para a importância do convívio e da riqueza de alguns valores humanos, unicamente sob a óptica da vivência e livre observação, deixando definitivamente marcado, nas memórias de todos os alunos ali presentes, mais um reflexivo e grande ensinamento. Nesse dado momento, em meio às suas tecnológicas e cibernéticas exposições didáticas, o inato professor fez uma abrupta interrupção e, após silencioso hiato de segundos, pôs-se a filosofar com veemência sobre a intensa, verdadeira e legítima essência da relação humana que brotava ali mesmo na sala de aula, do encontro casual de colegas das mais variadas procedências, onde o que realmente importava era a reunião de multifacetadas correntes de pensamentos, responsáveis pelos desmedidos benefícios da soma e da multiplicação, sempre por meio da troca, da partilha, das dádivas construtivas do intercâmbio pessoal, humano, social e científico que, inquestionavelmente, sedimentam positivos conhecimentos e sólidas amizades. Nesse dia, em determinada passagem, o Prof. Arita profetizou: “… estamos discutindo conceitos básicos de oclusão em uma aula de doutorado... então, vocês podem pensar: o que isso tem a ver com o meu curso? O que estou fazendo aqui? E a resposta é simples: em uma visão ampla, qualquer conceito, qualquer fundamento faz parte de qualquer caminhada. Quando vocês estiverem ministrando suas aulas, estarão diante de um grande desafio: o de encontrar a conexão exata com os seus alunos. Como fica essa conexão, se não voltarmos o nosso olhar ao que é simples, ao que é básico? Essa é a chave, e também o desafio! O mundo de hoje e, sobretudo, a juventude desejam algo especial para terem a sua atenção, para que se conectem com algum assunto. Vocês precisam encontrar isso, caso contrário, não serão ouvidos…”. Por obra do acaso e do destino, esse lúdico rompante foi casualmente registrado pelo celular da doutoranda Ariádene Cristina Pértile Rosa, ao perceber o conteúdo didático-filosófico daquela mensagem, e ter tido a sensibilidade suficiente para gravar aquele momento. Imediatamente, no módulo seguinte ao falecimento do professor, Ariádene ministrou elaborada aula magistral com fragmentos extraídos desses insights, trazendo, à recordação e consciência de todos da turma, justa e emocionada homenagem.

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Editorial – César Arita – in memoriam

Quantas vezes durante as nossas vidas testamos, involuntariamente, a nossa real capacidade de suportar reveses ou grandes perdas, não importando a idade ou experiência pessoal? Quanto mais conseguimos assimilar esses duros, inesperados e indesejáveis golpes que, de vez em quando, a vida costuma nos aplicar, muito ao contrário do que possamos imaginar, mais adquirimos compulsória resistência para sobreviver a eles, para superá-los... Para isso, é importante que nos agarremos firmemente aos bons exemplos deixados por todos aqueles que nos são extremamente significativos. Isso certamente nos ajudará a, melhor e mais rapidamente, recuperar o ânimo diante de qualquer eventual adversidade. O ser humano César Augusto Arita era especial. Independentemente da sua ascendência oriental e da sua contagiante alegria, aonde quer que fosse também conseguia a proeza de “sorrir” expressivamente com os olhos... Tinha nome de imperador. Porte físico e estatura moral de um “grande” homem. Quem sabe até, para justificar o abrigo cativo de um enorme coração repleto de bondade, com força e espaço suficientes para conquistar e acolher uma infinidade de novos amigos e novas descobertas. Não houve mais tempo... Porém, nos reconforta saber que ele ainda continuará entre nós por muitos anos. Não mais fisicamente, infelizmente. Mas sob a viva forma germinativa de todas as ideias que semeou; nas sementes do conhecimento e ensinamentos que plantou; na postura ética, no exemplo e nas lembranças que deixou... Para essa insigne figura do cenário acadêmico, científico e profissional da Odontologia brasileira, dedicamos essas palavras e esse número da revista Dental Press Implantology, juntamente com especial e carinhosa referência à sua esposa, Camila Arita, e seu único filho, Augusto Arita, fundamentais células igualmente importantes e vivas de seu legado.

Franklin Moreira Leahy Ariádene Cristina Pértile Rosa (Doutorandos em Implantodontia - Faculdade São Leopoldo Mandic / Campinas)

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comunicado

Comunicado à classe odontológica Comunico, à classe odontológica brasileira, que não mais mantenho vínculos profissionais com a conceituada empresa EXOPRO Ind. Com. Imp. Exp. Ltda (PI Branemark Philosophy), na qual encerrei minha participação na qualidade de acionista, afastando-me em definitivo das funções de speaker, consultor científico e responsável técnico (principalmente no desenvolvimento e aplicação de componentes protéticos).

Cordialmente, Prof. Dr. Carlos Eduardo Francischone

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entrevista

Georg Watzek Com experiência de mais de 30 anos na área de osseointegração e mais de 200 artigos publicados, o Prof. Dr. Georg Watzek divide-se — com notável habilidade — entre a vida universitária, cargos políticos e sua clínica particular, demonstrando transitar confortavelmente e com grande competência desde o conhecimento científico ao sucesso dos resultados clínicos, como aponta a sequência dessa entrevista à revista Dental Press Implantology. Interessado pesquisador e profissional atuante desde o começo da década de 1980, a carreira do professor Georg Watzek se confunde com a própria história da Implantologia europeia. Apresenta uma ampla e experiente visão de todo o universo que envolve a osseointegração como ciência. Chefe do Departamento de Cirurgia Oral da Universidade de Viena, o conceituado docente dedica-se a múltiplas atividades que mantêm estreita relação com o estudo profundo da osseointegração e suas aplicações práticas. Atualmente, é membro do comitê de pesquisa científica da Fundação de Osteologia da Suíça, coeditor do International Journal of Oral & Maxillofacial Implants, membro da mesa de diretores da Nobel Biocare (Suécia), além de também atuar, em parte do seu tempo, em sua clínica odontológica particular, em Viena. Convidado para palestrar no III International Congress of Implantology, demonstrou toda essa vasta experiência adquirida ao longo de décadas como implantodontista, onde pode discutir e debater variados assuntos referentes à sua apresentação, assim como outros interessantes assuntos que serviram de rica fonte de informação para compor essa entrevista.

Enviado: 07/11/2012 Revisado e aceito: 11/11/2012 Como citar esta seção: Watzek G. Interview. Georg Watzek. Dental Press Implantol. 2012 Oct-Dec;6(4):10-20.

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explicações e aplicações

Diagnóstico do trauma oclusal: extrapolações para a região óssea peri-implantar podem ser feitas Alberto Consolaro*

Resumo As imagens oferecem uma linguagem que revela o dinamismo tecidual ósseo. A densidade óssea e a configuração espacial variam em suas estruturas e indicam uma menor ou maior reação e capacidade de adaptação às demandas funcionais, como cargas mastigatórias nos dentes naturais ou nos implantes osseointegrados. No planejamento de um tratamento reabilitador, é fundamental planejar a distribuição de carga e avaliar as condições dos dentes remanescentes e sua relação com o osso vizinho. Detectar a resposta óssea ao trauma oclusal preexistente pode favorecer uma avaliação mais precisa das condições mastigatórias e dos vícios parafuncionais: uma verdadeira história prévia funcional dos dentes remanescentes. Ressalta-se que as interferências e sobrecargas oclusais demoram meses, ou anos, para induzir os sinais e sintomas clássicos do trauma oclusal enquanto entidade clínica. Quando o dente apresenta-se com necrose pulpar e com sinais de trauma oclusal, o ideal será direcionar a anamnese e exames para um diagnóstico de traumatismo dentário superposto, mesmo em dentes posteriores. Não há fundamentação científica segura para afirmar-se que interferências ou sobrecargas oclusais provocam necrose pulpar. Um questionamento muito comum: até que ponto as forças ortodônticas de ancoragem podem ser aplicadas nos implantes osseointegrados? As forças ortodônticas não superam, em qualquer situação, a intensidade, amplitude e variabilidade das forças oclusais. Se um implante pode receber cargas mastigatórias, o mesmo pode se aplicar às forças ortodônticas de ancoragem. Palavras-chave: Trauma oclusal. Oclusão. Recessão gengival. Traumatismo dentário. Abfração.

Como citar este artigo: Consolaro A. Diagnosis of occlusal trauma: Extrapolations for peri-implant bone region can be done. Dental Press Implantol. 2012 Oct-Dec;6(4):22-37.

Enviado em: 05/11/2012 Revisado e aceito: 30/11/2012

» O autor declara não ter interesses associativos, comerciais, de propriedade ou financeiros que representem conflito de interesse nos produtos e companhias descritos nesse artigo.

* Professor Titular da FOB e da Pós-graduação da FORP, Universidade de São Paulo.

Endereço para correspondência Alberto Consolaro consolaro@uol.com.br

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Consolaro A

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Press Estét. 2006;3(3):122-31.

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e planejamento ortodôntico. O que significa? Rev Clín Ortod

Rev Dental Press Periodontia Implantol. 2009;3(1):30-2.

Dental Press. 2009;8(1):104-9.

3. Consolaro A. Abrasão dentária: importância do seu diagnóstico

12. Consolaro A, Consolaro MFMO, Francischone L. Atrição e suas

diferencial com outras lesões cervicais. Rev Dental Press Estét.

implicações clínicas. Rev Dental Press Estét. 2007;4(1):124-32.

2007;4(2):124-32.

13. Consolaro A, Francischone L, Consolaro MFMO. Atrição dentária:

4. Consolaro A. Trauma oclusal antes, durante e depois do tratamento ortodôntico: aspectos morfológicos de sua manifestação.

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tário: o apinhamento ou a atrição? Rev Clín Ortod Dental Press,. 2009;7(6):102-9.

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15. Lindhe J, Karring T, Lang NP. Tratado de Periodontia clínica e Im-

6. Consolaro A. Clinical and imaginologic diagnosis of occlusal

plantodologia oral. 3a ed. Rio de Jáneiro: Guanabara Koogan; 1999.

trauma. Dental Press Endod. 2012 July-Sept;2(3):10-20.

16. Solnit A, Curnutte D. Occlusal correction principles and practice.

7. Consolaro A. Occlusal trauma can not be compared to orthodon-

Chicago: Quintessence; 1988.

tic movement. Dental Press J Orthod. 2012;17(6):4-11

17. Stillman PR. The management of pyorrhea. Dent Cosmos.

8. Consolaro A. Significado da recessão em forma de V: a tríade.

1917;59:405-14.

Rev Dental Press Estét. 2012;9(4):126-35. 9. Consolaro A. Reabsorções dentárias nas especialidades clínicas. 3a ed. Maringá: Dental Press; 2012.

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pergunte ao expert

Como conseguir longevidade na cimentação de estruturas em zircônia/alumina? Renato Savi de Carvalho*

Nada parece ser mais frustrante para um cirurgião–

e técnicas adesivas que possam garantir melhor perfor-

dentista do que o desalojamento, por vezes reincidente,

mance às restaurações em resina composta, ou a especial

de uma restauração indireta de sua autoria. Tal percal-

atenção que tem sido dada ao tecido gengival circundante

ço clínico induz a autocrítica sobre sua real capacida-

de coroas protéticas — implantossuportadas ou não. Esse

de profissional, reflexão que também poderá estar, de

último ganhou até mesmo o status de estética rósea e,

maneira preocupante, ocorrendo simultaneamente nos

atualmente, ocupa merecido lugar de destaque.

questionamentos silenciosos de seu paciente. Por isso, dúvidas acerca de quais técnicas e agentes cimentantes

Em consonância com a procura por melhores resultados

apresentam-se como os mais adequados para cada si-

estéticos, está o crescente — e irreversível — uso de es-

tuação clínica em particular sempre estiveram presen-

truturas à base de óxidos densamente sinterizados (em

tes durante a etapa de cimentação de coroas e próte-

especial alumina e zircônia) como substitutas dos copings

ses. O desejo de eternizar o trabalho, sob o ponto de

metálicos nas coroas metalocerâmicas tradicionais. Tal

vista de retenção e manutenção sobre os elementos pi-

conduta realmente traduz-se em sensível ganho estético,

lares, tem motivado inúmeros pesquisadores e clínicos

de maneira que tem sido opção de primeira escolha quan-

a buscar condutas e materiais cada vez mais confiáveis

do se objetiva coroas/restaurações com apelo estético.

e adequados a esse intento.

Isso é um fato! Entretanto, no momento derradeiro da instalação dessas coroas, paira, sobre a maioria daqueles que

Tanto profissionais quanto a indústria buscam, sistema-

se utilizam de tal tecnologia, a dúvida quanto à maneira

ticamente, alternativas para otimizar a estética nos tra-

ideal de cimentá-las. A relevância dessa questão reivindi-

tamentos odontológicos. Vide o interesse por sistemas

ca um aprofundamento nesse assunto.

Como citar este artigo: Carvalho RS. How to achieve long-term stability on bonding zirconia/alumina structures? Dental Press Implantol. 2012 Oct-Dec;6(4):38-52.

Enviado em: 8/11/2012 Revisado e aceito: 25/11/2012

» O autor declara não ter interesses associativos, comerciais, de propriedade ou financeiros que representem conflito de interesse nos produtos e companhias descritos nesse artigo.

* Mestre em Implantologia pela USC (Bauru/SP). Doutor em Dentística pela FOB-USP.

Endereço para correspondência Renato Savi de Carvalho Av. Rio Branco, 19-45 – Bauru/SP – CEP: 17.014-037 E-mail: renatosavi@uol.com.br

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pergunte ao expert

Como conseguir longevidade na cimentação de estruturas em zircônia/alumina?

Nossa cultura adora explicações estanques baseadas em dois

ou camuflar aquilo que compreendemos mal. Isso faz parte de

opostos (Deus e o diabo, preto e branco, bom e mau, liso e

nossas contradições e coloca em xeque a coerência de nossa

rugoso, certo ou errado) para justificar nossos próprios erros

análise sobre a maneira ideal de se cimentar coroas protéticas.

Referências 1. Björkner B, Bruze M, Möller H. High frequency of contact allergy

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Dental Press Implantol. 2012 Oct-Dec;6(4):38-52



Imagem e Ciência

Fase inicial da reparação Dario Augusto Oliveira MIRANDA*

Rede de Fibrina (RF), hemácias (H) e plaquetas(P) em coágulo sanguíneo recém-formado, em um processo inicial de reparação, observado por microscopia eletrônica de varredura.

Como citar esta seção: Miranda DAO. Image and science: Initial phase of reparation. Dental Press Implantol. 2012 Oct-Dec;6(4):54. Enviado em: 23/11/2012 Revisado e aceito: 27/11/2012

Endereço para correspondência Dario Augusto Oliveira Miranda Rua Felipe Neri, 296/403, Auxiliadora CEP: 90.440-150 – Porto Alegre/RS E-mail: clinica_mayer@hotmail.com

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* Doutorando em Implantologia, São Leopoldo Mandic. Mestre em Periodontia/ Implante, Universidade de Illinois em Chicago. Professor da UEFS/BA.

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Dental Press Implantol. 2012 Oct-Dec;6(4):54


Miranda DAO

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A Dental Press apresenta seu novo Programa de Educação Continuada, o Excelência na Implantodontia. O Programa é composto por seis módulos, um a cada dois meses, de segunda a quinta-feira, no Hotel Bristol em Maringá.

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revisão de literatura

Comportamento do tecido mole peri-implantar na interface com o titânio: uma revisão de literatura Gabriela Farias de Melo* Iris Durães** Emilena Maria Castor Xisto Lima***

Resumo A adesão do tecido mole ao titânio, biologicamente capaz de preservar e proteger as estruturas peri-implantares, contribui para a estabilidade da mucosa peri-implantar e manutenção da estética rosa. Assim, o objetivo deste trabalho foi, por meio de uma revisão de literatura, descrever a interação entre o titânio utilizado nos componentes protéticos e implantes e o tecido mole, para a manutenção da estabilidade e saúde dos tecidos peri-implantares. Concluiu-se que a estabilidade dos tecidos moles peri-implantares é um dos critérios de sucesso para reabilitações com implantes, uma vez que o estabelecimento de uma íntima relação entre o tecido mole e o titânio do implante, bem como dos componentes protéticos, promove uma barreira protetora à penetração de bactérias e seus produtos metabólicos, favorecendo o desempenho do implante em longo prazo. Palavras-chave: Implante dentário. Titânio. Mucosa bucal.

Enviado em: 21/9/2011 Revisado e aceito: 31/10/2011

Como citar este artigo: Melo GF, Durães I, Lima EMCX. Behavior of peri-implant soft tissue in the interface with titanium: a literature review. Dental Press Implantol. 2012 Oct-Dec;6(4):56-64.

» Os autores declaram não ter interesses associativos, comerciais, de propriedade ou financeiros que representem conflito de interesse, nos produtos e companhias descritos nesse artigo.

* Especialista em Prótese Dentária pela Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública. ** Estudante do mestrado em Odontologia Clínica da Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública. *** Professora Adjunta da Faculdade de Odontologia da UFBA e da Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública.

Endereço para correspondência Iris Durães Costa Praça Marcone 59 – apto 502B, Pituba CEP: 41.680-360 - Salvador/BA E-mail: iris.duraes@hotmail.com

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Dental Press Implantol. 2012 Oct-Dec;6(4):56-64


Melo GF, Durães I, Lima EMCX

Do mesmo modo, quando o fenótipo da mucosa peri-

implantes, esse espaço localiza-se subcristalmente; en-

-implantar é fino (2mm ou menos), é constatada uma rea-

quanto entre dentes naturais, supracristalmente30.

bsorção óssea, sustentando a teoria de que um mínimo de espessura de tecido mole é requerido (aproximadamente

Na Implantodontia, as dificuldades aumentam ao se ten-

3mm), para o restabelecimento de uma distância biológica .

tar solucionar os problemas em tecidos moles, que ocor-

5

rem após o implante já estar inserido e em função. Não se Hermann et al. verificaram que o nível da crista óssea

têm as mesmas perspectivas, por exemplo, ao se fazer o

ao redor das roscas do implante localizava-se aproxima-

recobrimento da estrutura de titânio dos implantes, como

damente 1,5 a 2mm abaixo da junção implante-abutment

acontece nas diversas técnicas de recobrimento de reces-

(IAJ). Radiograficamente, pôde-se constatar que ge-

sões radiculares em dentes naturais.

17

ralmente essa reabsorção óssea alcança até a primeira rosca do implante. Uma das teorias desenvolvidas para

Conclusão

explicar esse fenômeno é que uma remodelação óssea

A estabilidade dos tecidos moles peri-implantares é um dos

ocorre como resultado de uma inflamação localizada no

critérios de sucesso para reabilitações com implantes, uma

tecido mole da interface implante-abutment, na tentativa

vez que o estabelecimento de uma íntima relação entre o te-

de obter espaço para o estabelecimento de uma barreira

cido mole e o titânio do implante, bem como dos componen-

mucosa ao redor da cabeça do implante.

tes protéticos, promove uma barreira protetora à penetração de bactérias e seus produtos metabólicos, influenciando no

Uma das dificuldades de se restaurar a papila entre dois

desempenho dos implantes em longo prazo. Além disso, essa

implantes adjacentes é que a largura biológica ao redor

interação entre os tecidos moles peri-implantares e o titânio

dos implantes é restabelecida apicalmente à conexão

depende de alguns fatores que devem ser levados em consi-

implante/abutment. Além disso, em áreas estéticas, o

deração, como: a composição química dos materiais, a topo-

implante é instalado a aproximadamente 4mm apical à

grafia da superfície e o fenótipo periodontal do paciente. Por

altura do tecido mole dos dentes adjacentes. Outro fator

essa razão, parece evidente e justificável a necessidade de se

que contribui para essa dificuldade é a diferença na loca-

intervir antecipadamente à colocação dos implantes, visando

lização do espaço biológico. Entre as plataformas de dois

a melhora na qualidade dos tecidos moles peri-implantares.

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revisão de literatura

Comportamento do tecido mole peri-implantar na interface com o titânio: uma revisão de literatura

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caso clínico

Carga imediata em região anterior com utilização da coroa clínica do dente natural perdido: relato de caso Fernando Vacilotto Gomes* Felipe Born Volkart** Luciano Mayer***

Resumo Atualmente, um dos grandes desafios da Odontologia está relacionado à reabilitação bucal de pacientes que sofreram perdas dentárias por trauma, em especial nos elementos anterossuperiores. Nessas situações, os resultados estéticos e funcionais, associados à manutenção da saúde periodontal, são primordiais para a obtenção do sucesso e para o estabelecimento de um prognóstico adequado. Para essas situações dispomos da Implantodontia, que possibilita restituições dentárias por meio da inserção de implantes osseointegráveis suportando próteses aparafusadas ou cimentadas em substituição aos elementos perdidos. Uma etapa de provisionalização bem executada possibilita a manutenção dos tecidos gengivais em uma arquitetura harmoniosa, favorecendo o resultado final do tratamento como um todo. O presente artigo visa apresentar um caso clínico de fratura radicular de incisivo central superior direito (11) por traumatismo dentário, no qual se realizou a exodontia desse elemento, a inserção de implante imediato e a provisionalização subsequente com a coroa clínica do dente natural fraturado. Assim, verifica-se que a utilização da coroa do dente fraturado na confecção do provisório é uma técnica plausível quando se necessita não apenas de um resultado estético adequado, mas função imediata e, principalmente, manutenção da harmonia gengival e dentária. Palavras-chave: Implantes. Carga imediata. Fratura dentária. Implante para um único dente.

caso ort Como citar este artigo: Gomes FV, Volkart FB, Mayer L. Immediate loading in anterior region using the clinical crown of the lost natural tooth: a case report. Dental Press Implantol. 2012 Oct-Dec;6(4):66-74.

Enviado em: 21/9/2011 Revisado e aceito: 31/10/2011

» Os autores declaram não ter interesses associativos, comerciais, de propriedade ou financeiros que representem conflito de interesse, nos produtos e companhias descritos nesse artigo.

* Estudante do mestrado em CTBMF da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. ** Estudante do mestrado em Implantodontia pela Universidade Luterana do Brasil. Professor do Curso de Especialização em Implantodontia da AGOR/RS. *** Estudante do doutorado em CTBMF da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul. Professor do curso de especialização em Implantodontia da AGOR/RS.

Endereço para correspondência Luciano Mayer Rua Felipe Neri, 296/403 - Auxiliadora CEP: 90.440-150 - Porto Alegre/RS E-mail: contato@clinicamayer.com.br

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Gomes FV, Volkart FB, Mayer L

de futuras recessões gengivais e a exposição do implante.

O uso de coroas provisórias parafusadas pode ser reali-

Um estudo coorte mostrou que a realização de um ap-

zado tanto na região anterior quanto na posterior; entre-

proach palatino associado a enxerto ósseo autógeno no espaço alveolar obteve sucesso em 94% dos casos realizados. No caso clínico apresentado, a técnica de approach palatino manteve o espaço alveolar vestibular preenchido apenas pelo coágulo, que foi mantido em posição pelo próprio contorno do provisório28.

tanto, dá-se preferência às coroas cimentadas na região anterossuperior — devido à inclinação da pré-maxila, que faria com que o parafuso de retenção emergisse na superfície vestibular do dente26,27,29,30. Dessa forma, realizou-se a provisionalização do implante com a coroa do dente natural recém-extraído cimentada sobre um pilar provisório. Observou-se, assim, um ganho estético importante, pela

As vantagens obtidas com a carga imediata incluem as

manutenção do contorno gengival natural. Além disso,

possibilidades de função e estética imediatamente após o

esse provisório serviu de base para a realização da coroa

procedimento cirúrgico. Além disso, ocorre a preservação

definitiva, após a consolidação da osseointegração.

das papilas gengivais adjacentes e a eliminação de um segundo estágio cirúrgico9. Também, um longo período de

Com base no caso clínico apresentado, pode-se verificar

uso de próteses removíveis provisórias pode ser conside-

que a utilização de um provisório realizado com a coroa

rado um inconveniente na espera da restituição dentária

natural de um dente fraturado em sua porção radicular

com próteses definitivas, situação que não ocorrerá com

é uma das diversas possibilidades de provisionalização.

a utilização dessa técnica, já que o provisório é instalado

Viu-se que a manutenção da estética, das características

e fixado imediatamente após a cirurgia . No caso clínico

dos dentes vizinhos e da harmonia do tecido gengival

apresentado, obteve-se um ganho psicológico muito im-

possibilita um adequado resultado imediato, facilitando a

portante, evitando-se o uso de próteses parciais removí-

confecção da prótese definitiva e mantendo as caracterís-

veis (que era uma das exigências da paciente).

ticas individuais do sorriso do paciente.

8

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Dental Press Implantol. 2012 Oct-Dec;6(4):66-74


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PROF. DR. JULIO CESAR JOLY » Mestre e Doutor em Clínica Odontológica na área de Periodontia - FOP/Unicamp - Piracicaba » Coordenador científico do Implanteperio - São Paulo » Autor do livro Reconstrução Tecidual Estética

PROF. DR. ROBERT CARVALHO DA SILVA » Mestre e Doutor em Clínica Odontológica na área de Periodontia - FOP/Unicamp - Piracicaba » Coordenador científico do Implanteperio - São Paulo » Autor do livro Reconstrução Tecidual Estética

PROF. PAULO FERNANDO M. DE CARVALHO » Mestre em Periodontia - CPO/SLM - Campinas » Coordenador científico do Implanteperio - São Paulo » Autor do livro Reconstrução Tecidual Estética

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29/08/12 11:50


caso clínico

Expansão cirúrgica da maxila ancorada em implantes dentários: relato de caso clínico Marcelo de Wallau* Carlos Fernando R. Cardoso** João Batista Burzlaff***

Resumo As deformidades transversais fazem parte das alterações dentofaciais mais encontradas. Entre elas, a mais comum é a deficiência maxilar transversal. O tratamento indicado nesses casos é a Expansão Rápida da Maxila (ERM). Em pacientes adultos parcialmente edêntulos, a dificuldade em obter-se ancoragem, muitas vezes, contraindica esse tipo de tratamento ortodôntico. O presente estudo faz uma breve revisão da literatura e apresenta um método para a expansão ortopédica da maxila, assistida cirurgicamente, utilizando implantes dentários como ancoragem. No caso clínico apresentado, foram colocados dois implantes de titânio na região dos dentes ausentes e, sobre suas respectivas coroas provisórias, foi cimentado um aparelho expansor tipo Hyrax, conforme protocolo estabelecido pela literatura. Conclui-se que os implantes de titânio podem ser considerados apropriados para realizar a ancoragem ortodôntica, fornecendo apoio para a expansão da maxila, pois, quando submetidos a diferentes níveis de forças, se mantiveram estáveis e osseointegrados. Palavras-chave: Ancoragem ortodôntica. Implantes dentários. Expansão rápida da maxila.

Como citar este artigo: Wallau M, Cardoso CFR, Burzlaff JB. Surgical maxillary expansion anchored on dental implants: case report. Dental Press Implantol. 2012 Oct-Dec;6(4):76-85.

Enviado em: 21/9/2011 Revisado e aceito: 31/10/2011

» Os autores declaram não ter interesses associativos, comerciais, de propriedade ou financeiros que representem conflito de interesse, nos produtos e companhias descritos nesse artigo.

Endereço para correspondência

Marcelo de Wallau Rua Joaquim Nabuco, 828 - sala 1801 - Centro CEP: 93.310-002 - Novo Hamburgo/RS E-mail: marcelow@terra.com.br

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* Especialista em Implantodontia pela Fatec Dental CEEO. Especialista em Ortodontia pela ABO-PR. ** Mestre em Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial pela PUC-RS. Coordenador do Curso de Especialização em Implantodontia da Fatec Dental CEEO. *** Doutor em Patologia Bucal pela UFRGS. Coordenador dos cursos de pós-graduação da Fatec Dental CEEO.

Dental Press Implantol. 2012 Oct-Dec;6(4):76-85


Wallau M, Cardoso CFR, Burzlaff JB

4) A técnica apresentada de expansão da maxila

5) Os implantes osseointegrados de titânio podem

ancorada nos implantes dentários possibilitou o

ser utilizados como suporte para reconstrução

tratamento idealizado, com a obtenção de ele-

protética, após terem sido usados para a movi-

vado grau de sucesso.

mentação ortodôntica.

Referências 11. Haanaes HR. The efficacy of two-stage titanium implants as

1. Araújo LHL, Zenebio EG, Vilaga FR, Pacheco W, Cosso MG. Evolução dos implantes na ancoragem ortodôntica. Arq Bras

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Dental Press Implantol. 2012 Oct-Dec;6(4):76-85


caso clínico

Recobrimento radicular com deslize lateral do retalho Léo Guimarães Soares* Lisiane Castagna* Celso Renato de Souza Resende* Denise Gomes da Silva** Eduardo Muniz Barretto Tinoco*** Márcio Eduardo Vieira Falabella****

Resumo A recessão gengival é uma condição clínica comum que traz incômodos estéticos, sensibilidade, entre outros problemas. Buscando um resultado satisfatório quanto à estética e à função, diversas técnicas têm sido propostas para se obter o recobrimento radicular, entre elas o deslize lateral do retalho. Uma técnica de enxerto pediculado que, apesar de poucas indicações e algumas limitações, pode se mostrar com bom resultado em alguns casos. Devido à falta de previsibilidade, tratar uma recessão gengival classe III é considerado um grande desafio para profissionais da Odontologia; em função disso, no caso relatado no presente artigo, objetivou-se o recobrimento radicular da classe III com deslize lateral do retalho. Palavras-chave: Retração gengival. Periodontia. Sensibilidade da dentina.

Como citar este artigo: Soares LG, Castagna L, Resende CRS, Silva DG, Tinoco EMB, Falabella MEV. Root coverage with laterally positioned flap. Dental Press Implantol. 2012 Oct-Dec;6(4):86-92.

Enviado em: 21/9/2011 Revisado e aceito: 31/10/2011

» Os autores declaram não ter interesses associativos, comerciais, de propriedade ou financeiros que representem conflito de interesse, nos produtos e companhias descritos nesse artigo.

Endereço para correspondência

Léo Guimarães Soares Praça Garcia 99 - Centro CEP: 25.850-000 - Paraíba do Sul/RJ E-mail: dr_leog@hotmail.com

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* Mestre em Periodontia (Unigranrio). Estudante de Doutorado em Periodontia (UERJ). ** Mestre em Periodontia (Unigranrio). Estudante de Doutorado em Ciência dos Materiais (IME). *** Doutor em Periodontia (UERJ). Professor Adjunto da Unigranrio, disciplina de Periodontia. **** PhD em Periodontia (Universidade de Oslo-Noruega). Professor Adjunto da Unigranrio/UERJ, disciplina de Periodontia. ***** Doutor em Periodontia (UERJ). Professor Adjunto da Unigranrio/UFJF, disciplina de Periodontia.

Dental Press Implantol. 2012 Oct-Dec;6(4):86-92


caso clínico

Recobrimento radicular com deslize lateral do retalho

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Dental Press Implantol. 2012 Oct-Dec;6(4):86-92


caso clínico

Plataforma switching em região estética: relato de caso Veronica Beltran Clavijo* Fernando Rodrigues Pinto** Guilherme da Gama Ramos*** Danilo Lazzari Ciotti**** Leonardo Buso*****

Resumo A remodelação óssea cervical ao redor de implantes com plataforma convencional, conhecida como saucerização, pode comprometer a manutenção dos tecidos duros e moles peri-implantares, gerando comprometimentos estéticos como recessões e/ou perda de papilas. O conceito de plataforma switching, com o posicionamento da união implante-abutment mais internamente, aumentando o distanciamento entre o osso e a plataforma protética, parece minimizar ou impedir essa reabsorção óssea. O presente trabalho tem o objetivo de apresentar um relato de caso clínico de reabilitação estética anterior, com a utilização de um implante plataforma switching associado a recursos plásticos e protéticos peri-implantares que maximizassem o resultado final. Os resultados clínicos e radiográficos demonstraram preservação dos picos ósseos proximais e das papilas, manutenção da espessura de tecido mole e adequado resultado estético final. A escolha do uso de implantes com essas características de plataforma switching pode ser favorável em áreas estéticas. Palavras-chave: Implante. Estética dentária. Prótese. Dente suporte. Reabsorção óssea.

Enviado em: 21/9/2011 Revisado e aceito: 31/10/2011

Como citar este artigo: Clavijo VB, Pinto FR, Ramos GG, Ciotti DL, Buso L. Switching platform on esthetic area: case report. Dental Press Implantol. 2012 Oct-Dec;6(4):93-103.

pela APCD-Piracicaba. ** Mestre e Doutor em Clínica Odontológica / Periodontia pela FOP UNICAMP. Professor da Especialização em Implantodontia na APCD - Piracicaba. *** Mestre e Doutor em Clínica Odontológica / Prótese pela FOP UNICAMP. Professor da Especialização em Implantodontia na APCD - Piracicaba. **** Mestre em Clínica Odontológica /Periodontia pela FOP UNICAMP. Professor e coordenador da especialização em Implantodontia na APCD - Piracicaba. ***** Livre Docente. Mestre e Doutor em Odontologia Restauradora pela UNESP. Professor da UNIP e Professor da Especialização em Implantodontia na APCD- Piracicaba.

» Os autores declaram não ter interesses associativos, comerciais, de propriedade ou financeiros que representem conflito de interesse, nos produtos e companhias descritos nesse artigo.

Endereço para correspondência Verônica Beltran Clavijo Rua Marechal Deodoro, 857 - Centro CEP: 80.060-100 - Curitiba/PR E-mail: veronica@clinicabeltran.com.br

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* Especialista em Periodontia pela FOP-UNICAMP. Especialista em Implantodontia

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Clavijo VB, Pinto FR, Ramos GG, Ciotti DL, Buso L

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Dental Press Implantol. 2012 Oct-Dec;6(4):93-103


revisão de literatura

A saúde peri-implantar e sua associação com o fenótipo gengival Renata Barbosa Mello Paiva* José Alfredo Gomes de Mendonça** Elton Gonçalves Zenóbio***

Resumo O tecido peri-implantar constitui uma adaptação da mucosa mastigatória aos diferentes sistemas de implante instalados na cavidade bucal. A falta do cemento radicular para ancoragem das fibras gengivais à superfície do implante resulta em uma orientação paralela das fibras ao seu redor. A ausência de uma inserção conjuntiva entre a mucosa e o implante pode sugerir uma deficiência da defesa estrutural na região e relacionar-se à progressão mais rápida das peri-implantites, quando comparadas às periodontites. Dessa forma, estudos abordam a importância da conexão epitelial para formação de um selamento adequado ao redor dos implantes. Outras discussões concentram-se em avaliar se uma situação de saúde gengival peri-implantar poderia estar correlacionada com a presença de uma quantidade específica (altura e espessura) da mucosa ceratinizada. Nesse contexto, a realização desse estudo teve como objetivo relacionar a importância estrutural do tecido mole e a influência do fenótipo gengival na manutenção da saúde peri-implantar. Os estudos revisados demonstram a importância de um bom selamento biológico em torno desse sistema, a função protetora que as estruturas desse tecido oferecem à interface osso-implante, e a discussão sobre a necessidade da presença de uma faixa de mucosa ceratinizada ao redor dos implantes dentários para um melhor prognóstico. Atualmente, as pesquisas apontam para a necessidade de mais estudos que avaliem a influência das características clínicas dos tecidos moles peri-implantares no estabelecimento e manutenção da saúde peri-implantar. Palavras-chave: Mucosite. Peri-implantite. Gengiva.

Enviado em: 21/9/2011 Revisado e aceito: 31/10/2011

Como citar este artigo: Paiva RBM, Mendonça JAG, Zenóbio EG. Peri-implant tissues health and its association to the gingival phenotype. Dental Press Implantol. 2012 Oct-Dec;6(4):104-13. » Os autores declaram não ter interesses associativos, comerciais, de propriedade ou financeiros que representem conflito de interesse, nos produtos e companhias descritos nesse artigo.

Endereço para correspondência

* Especialista em Periodontia pelo CEO-IPSEMG. Mestre em Implantodontia pela PUC/MG. ** Especialista em Prótese, Radiologia e Periodontia (FOB-USP). Mestre e Doutor em Periodontia (FOB-USP). Professor Adjunto III, Departamento de Odontologia PUC-Minas. *** Doutor e Mestre em Periodontia pela Unesp-Araraquara. Especialista em Prótese, Periodontia, Implantodontia; Coordenador do Mestrado em Implantodontia e Professor Adjunto III do Departamento de Odontologia da PUC-Minas.

Renata Barbosa Mello Paiva Av. Pasteur, 89 conj. 1110 - Santa Efigênia CEP: 30.150-290 - Belo Horizonte/MG E-mail: rbmpaiva@gmail.com

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Paiva RBM, Mendonça JAG, Zenóbio EG

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revisão de literatura

Implantes dentários em zircônia: uma alternativa para o presente ou para o futuro? (Parte II) Celso João Hochscheidt* Edson Durval Menezes Alves** Luiz Antônio Bastos Bernardes*** Margareth Luz Hochscheidt**** Regina Célia Hochscheidt*****

Resumo Introdução: pesquisas recentes sugerem que os implantes dentários de titânio (Ti) podem ter mais efeitos colaterais do que se acreditava anteriormente. Somando-se aos comprometimentos estéticos dos metais, novas tecnologias com cerâmicas de zircônia (Zr) foram recentemente introduzidas na Odontologia, mantendo as características de sucesso do Ti, porém em reabilitações metal-free. Os resultados clínicos/histológicos com a cerâmica (ZrO2), impulsionados pela conscientização dos pacientes, que buscam estética sem metais, incrementaram sua demanda. Objetivo: encontrar uma alternativa viável aos implantes Ti e identificar os sistemas cerâmicos para uso em humanos, levando-se em conta a biocompatibilidade e a longevidade, apontando as suas vantagens e desvantagens. Métodos: foi realizado um amplo e detalhado levantamento bibliográfico. Conclusões: embora as normas ISO precisem ser revistas, verificou-se que os implantes de zircônia (Y-TZP) têm boas perspectivas para o futuro. O material apresenta maior longevidade nas reabilitações, pela menor adesão bacteriana. Os sistemas de implantes de Zr encontrados nos estudos foram: CeraRoot, Sigma, Z-Systems, Ziterion Zit-Z, Easy-Kon, Zeramex, Whitte Sky, Denti Circon Implants, Zimplant-Biosyr, Omnis-Creamed, White Implants e Ziraldent. Como desvantagens, encontram-se os custos elevados de produção, a necessidade de protetores no período de cura e a possível degradação hidrotérmica do material. Com base nas publicações científicas internacionais, conclui-se que os implantes dentários em Zr (Y-TZP) já são uma alternativa viável para substituir os de Ti, porém não ainda como rotina clínica. Palavras-chave: Osseointegração. Alergia e imunologia. Materiais biocompatíveis. Teste de materiais. Implantes dentários. Implantes experimentais. Como citar este artigo: Hochscheidt CJ, Alves EDM, Bernardes LAB, Hochscheidt ML, Hochscheidt RC. Zirconia dental implants: An alternative for today or for the future? (Part II). Dental Press Implantol. 2012 Oct-Dec;6(4):114-24. » Os autores declaram não ter interesses associativos, comerciais, de propriedade ou financeiros que representem conflito de interesse nos produtos e companhias descritos nesse artigo. Endereço para correspondência Celso João Hochscheidt Rua Cel. Bittencourt, 618 – Centro CEP: 84.010-290 – Ponta Grossa/PR E-mail: topodontologia@hotmail.com

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Enviado em: 01/06/2012 Revisado e aceito: 15/06/2012

* Especialista e Estudante de Mestrando em Implantodontia (ILAPEO). Especialista em Ortodontia/Ortopedia Facial (AB0-PG) e Prótese Dentária (AB0-PR). ** Estudante de Doutorado em Implantodontia pela SLMandic. Coordenador do Curso de Especialização em Implantodontia da CESCAGE-PG. *** Doutor em Ciências, IFSCAR-USP. Professor Associado de Física na UEPG. **** Graduado em Odontologia pela UEPG. ***** Estudante do Curso de Odontologia da UEPG.

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Dental Press Implantol. 2012 Oct-Dec;6(4):114-24


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Dental Press Implantol. 2012 Oct-Dec;6(4):114-24


observatório

Resumos, em português, de artigos publicados em importantes revistas da área de Implantodontia, Prótese e Periodontia de todo o mundo Dario Augusto Oliveira Miranda*

Os níveis de osso marginal e a estabilidade/mo-

A estabilidade/mobilidade do implante foi determinada

bilidade do implante são afetados por implantes

pela análise da frequência de ressonância (RFA) e por me-

de um estágio com plataforma switching?

dição da mobilidade (MM). Os parâmetros peri-implanta-

Um estudo clínico comparativo

res foram avaliados com índices clínicos periodontais ava-

Dursun E, Tulunoglu I, Canpınar P, Uysal S, Akalın FA, Tözüm TF.

liados ao início, 1, 3 e 6 meses após a cirurgia. Resultados:

Are marginal bone levels and implant stability/mobility

após 6 meses, todos os implantes demonstraram reparo

affected by single-stage platform switched dental im-

sem complicações. A avaliação radiográfica mostrou uma

plants? A comparative clinical study.
Clin Oral Implants

perda óssea média de 0,72mm para os PS e de 0,56mm

Res. 2012 Oct;23(10):1161-7.

para os implantes com PP, sem diferenças significativas entre os tipos de implantes. Aos 6 meses, o quociente

Objetivo: o objetivo deste estudo foi avaliar em curto pra-

médio de estabilidade do implante (ISQ) foi de 73,38 e

zo o nível ósseo e as alterações na estabilidade/mobilida-

77 para os implantes com PS e com PP, respectivamente.

de de implantes com plataforma switching (PS) e plata-

Os valores médios de MM foram de -4,75 para implantes

forma padrão (PP), instalados em regiões de pré-molares

com PS e -6,38 para implantes com PP. Os valores mé-

inferiores/molares, utilizando um protocolo de estágio

dios de MM foram menores para os implantes com PP em

único. Material e Métodos: dezesseis implantes com PS e

comparação com implantes PS em todos os momentos.

dezesseis implantes com PP com prótese fixa foram ava-

Não foram detectadas diferenças significativas entre os ti-

liados. Implantes com dimensão padrão foram utilizados

pos de implantes, de acordo com parâmetros clínicos peri-

em ambos os sistemas de implantes. Após 3 meses de

-implantares. Conclusões: o microgap no nível cristal que

osseointegração, os implantes foram conectados a pilares

é imediatamente exposto à cavidade bucal em implantes

e restaurações finais foram realizadas. A perda óssea mar-

não submersos de duas partes parece ter um efeito nega-

ginal foi medida em radiografias periapicais padronizadas.

tivo sobre o nível do osso marginal.

© 2012 Dental Press Implantology

* Doutorando em Implantologia, São Leopoldo Mandic. Mestre em Periodontia/ Implante, Universidade de Illinois em Chicago. Professor da UEFS/BA.

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Dental Press Implantol. 2012 Oct-Dec;6(4):125-8


observatório

Plataforma switching e alterações no nível

entre o grau de incompatibilidade e a quantidade de

ósseo marginal: resultados de um estudo

perda óssea. Conclusão: esse estudo sugere que as al-

randomizado controlado

terações no nível do osso marginal podem estar relacio-

Canullo L, Fedele GR, Iannello G, Jepsen S. Platform switching and

nadas com a extensão da incompatibilidade entre o im-

marginal bone-level alterations: the results of a randomized-

plante e o abutment. Os níveis de osso marginal foram

controlled trial.
Clin Oral Implants Res. 2010 Jan;21(1):115-21.

melhor mantidos em implantes restaurados de acordo com o conceito de plataforma switching.

Objetivos: este ensaio clínico randomizado controlado teve como objetivo avaliar as alterações no nível ósseo marginal em implantes restaurados de acordo com o

Reabilitação imediata de mandíbula edêntula

conceito de plataforma switching, testando diferentes

com implantes: resultados após até 10 anos

incompatibilidades entre implante e abutment. Material

em função clínica

e Métodos: oitenta implantes foram divididos, de acor-

Heschl A, Payer M, Platzer S, Wegscheider W, Pertl C, Lorenzoni M.

do com o diâmetro da plataforma, em quatro grupos:

Immediate rehabilitation of the edentulous mandible with

3,8mm (controle), 4,3mm (grupo teste 1), 4,8mm (gru-

screw type implants: results after up to
10 years of clinical

po teste 2) e 5,5mm (grupo teste 3); e colocados aleato-

function. Oral Implants Res. 2012 Oct;23(10):1217-23.

riamente na região posterior da maxila em 31 pacientes. Após 3 meses, os implantes foram conectados a pilares

Objetivos: o objetivo desta série de casos prospectiva foi

de 3,8mm de diâmetro e restaurações finais foram rea-

avaliar os resultados de um conceito de carga imediata

lizadas. A altura óssea radiográfica foi medida por dois

utilizando quatro implantes Xi VE S plus em mandíbulas

examinadores independentes no momento da colocação

edêntulas, após um período de até 10 anos em função

do implante (baseline) e depois de 9, 15, 21 e 33 meses.

clínica. Material e Métodos: trinta pacientes foram trata-

Resultados: depois de 21 meses, todos os 80 implantes

dos com quatro implantes cada, colocados interforamens

foram clinicamente osseointegrados nos 31 pacientes

e provisoriamente restaurados em 1 semana. Níveis ós-

tratados. No total, 69 implantes estavam disponíveis

seos radiográficos, condição da mucosa peri-implantar,

para análise, pois 11 implantes tiveram que ser excluídos

sobrevivência e sucesso dos implantes foram registrados

do estudo devido à exposição acidental antecipada da

anualmente desde a inserção dos implantes (baseline)

cobertura do parafuso. A avaliação radiográfica mostrou

até 10 anos após a restauração final. Resultados: um total

perda óssea média de 0,99 ± 0,42mm para o grupo tes-

de 120 implantes Xi VE S plus foram colocados na região

te 1, 0,82 ± 0,36mm) para grupo teste 2 e 0,56 ± 0,31mm

interforaminal. Uma perda óssea coronal significativa de

para o grupo teste 3. Esses valores foram significati-

1,80±0,65mm foi registrada durante os primeiros 8 anos

vamente mais baixos estatisticamente (P<0,005), em

de função (P <0,001). Nos anos seguintes, nenhum au-

comparação com o controle (1,49 ± 0,54mm). Após 33

mento significativo da reabsorção óssea foi observado.

meses, 5 pacientes não continuaram o acompanhamen-

Os valores médios dos índices de placa, cálculo, san-

to. A avaliação dos 60 implantes restantes não mostrou

gramento e mucosas e da profundidade de sondagem

nenhuma diferença em comparação com os dados aos

mantiveram-se baixos durante todo esse período. Todos

21 meses, exceto para o grupo teste 2 (0,87mm) e o

os implantes foram inseridos com um torque de inserção

grupo teste 3 (0,64mm). Houve uma correlação inversa

de mais de 32N/cm. Duas perdas (1,7%) ocorreram antes

© 2012 Dental Press Implantology

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Dental Press Implantol. 2012 Oct-Dec;6(4):125-8


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2. Página de título — Deve conter título em português e em inglês, resumo e abstract, palavras-chave e keywords. — Não devem ser incluídas informações relativas à identificação dos autores (por exemplo: nomes completos dos autores, títulos acadêmicos, afiliações institucionais e/ou cargos administrativos). Elas deverão ser incluídas apenas nos campos específicos no site de submissão de artigos. Assim, essas informações não estarão disponíveis para os revisores.

Outros tipos de correspondência poderão ser enviados para: Dental Press International Av. Euclides da Cunha 1718, Zona 5 CEP: 87.015-180, Maringá/PR Tel.: (44) 3031-9818 E-mail: artigos@dentalpress.com.br

— As declarações e opiniões expressas pelo(s) autor(es) não necessariamente correspondem às do(s) editor(es) ou publisher, os quais não assumirão qualquer responsabilidade pelas mesmas. Nem o(s) editor(es) nem o publisher garantem ou endossam qualquer produto ou serviço anunciado nesta publicação ou alegação feita por seus respectivos fabricantes. Cada leitor deve determinar se deve agir conforme as informações contidas nesta publicação. A Revista ou as empresas patrocinadoras não serão responsáveis por qualquer dano advindo da publicação de informações errôneas. — Os trabalhos apresentados devem ser inéditos e não publicados ou submetidos para publicação em outra revista. Os manuscritos serão analisados pelo editor e consultores, e estão sujeitos a revisão editorial. Os autores devem seguir as orientações descritas adiante.

ORIENTAÇÕES PARA SUBMISSÃO Dos MANUSCRITOS — Os trabalhos devem ser submetidos em Inglês e Português. — Apesar de ser oficialmente publicado em inglês, o Dental Press Implantology conta ainda com uma versão em língua portuguesa. Por isso serão aceitas, também, submissões de artigos em português. — Nesse caso, os autores deverão também enviar a versão em inglês do artigo, com qualidade vernacular adequada e conteúdo idêntico ao da versão em português, para que o trabalho possa ser considerado aprovado.

formatação Dos MANUSCRITOS — Submeta os artigos através do site: www.dentalpressjournals.com.br — Organize sua apresentação como descrito ao lado.

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3. Resumo/Abstract — Os resumos estruturados, em português e inglês, de 250 palavras ou menos são os preferidos. — Os resumos estruturados devem conter as seções: INTRODUÇÃO, com a proposição do estudo; MÉTODOS, descrevendo como o mesmo foi realizado; RESULTADOS, descrevendo os resultados primários; e CONCLUSÕES, relatando, além das conclusões do estudo, as implicações clínicas dos resultados. — Os resumos devem ser acompanhados de 3 a 5 palavras-chave, também em português e em inglês, adequadas conforme orientações do DeCS (http://decs.bvs.br/) e do MeSH (www.nlm.nih.gov/mesh). 4. Texto — O texto deve ser organizado nas seguintes seções: Introdução, Material e Métodos, Resultados, Discussão, Conclusões, Referências, e Legendas das figuras. — Os textos devem ter no máximo 3.500 palavras, incluindo legendas das figuras e das tabelas (sem contar os dados das tabelas), resumo, abstract e referências. — As figuras devem ser enviadas em arquivos separados (leia mais abaixo). — Insira as legendas das figuras também no corpo do texto, para orientar a montagem final do artigo. 5. Figuras — As imagens digitais devem ser no formato JPG ou TIF, em CMYK ou tons de cinza, com pelo menos 7 cm de largura e 300 DPIs de resolução. — As imagens devem ser enviadas em arquivos independentes. — Se uma figura já foi publicada anteriormente, sua legenda deve dar todo o crédito à fonte original. — Todas as figuras devem ser citadas no texto. 6. Gráficos e traçados cefalométricos — Devem ser citados, no texto, como figuras. — Devem ser enviados os arquivos que contêm as versões originais dos gráficos e traçados, nos programas que foram utilizados para sua confecção.

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normas para apresentação de originais

— Não é recomendado o envio dos mesmos apenas em formato de imagem bitmap (não editável). — Os desenhos enviados podem ser melhorados ou redesenhados pela produção da revista, a critério do Corpo Editorial. 7. Tabelas — As tabelas devem ser autoexplicativas e devem complementar, e não duplicar, o texto. — Devem ser numeradas com algarismos arábicos, na ordem em que são mencionadas no texto. — Forneça um breve título para cada tabela. — Se uma tabela tiver sido publicada anteriormente, inclua uma nota de rodapé dando crédito à fonte original. — Apresente as tabelas como arquivo de texto (Word ou Excel, por exemplo), e não como elemento gráfico (imagem não editável). 8. Comitês de Ética — Os artigos devem, se aplicável, fazer referência ao parecer do Comitê de Ética da instituição. 9. Declarações exigidas Todos os manuscritos devem ser acompanhados das seguintes declarações, a serem preenchidas no momento da submissão do artigo: — Cessão de Direitos Autorais Transferindo os direitos autorais do manuscrito para a Dental Press, caso o trabalho seja publicado. — Conflito de Interesse Caso exista qualquer tipo de interesse dos autores para com o objeto de pesquisa do trabalho, esse deve ser explicitado. — Proteção aos Direitos Humanos e de Animais Caso se aplique, informar o cumprimento das recomendações dos organismos internacionais de proteção e da Declaração de Helsinki, acatando os padrões éticos do comitê responsável por experimentação humana/animal. — Permissão para uso de imagens protegidas por direitos autorais Ilustrações ou tabelas originais, ou modificadas, de material com direitos autorais devem vir acompanhadas da permissão de uso pelos proprietários desses direitos e pelo autor original (e a legenda deve dar corretamente o crédito à fonte). — Consentimento Informado Os pacientes têm direito à privacidade que não deve ser violada sem um consentimento informado. Fotografias de pessoas identificáveis devem vir acompanhadas por uma autorização assinada pela pessoa ou pelos pais ou responsáveis, no caso de menores de idade. Essas autorizações devem ser guardadas indefinidamente pelo autor responsável pelo artigo. Deve ser enviada folha de rosto atestando o fato de que todas as autorizações dos pacientes foram obtidas e estão em posse do autor correspondente.

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10. Referências — Todos os artigos citados no texto devem constar na lista de referências. — Todas as referências devem ser citadas no texto. — Para facilitar a leitura, as referências serão citadas no texto apenas indicando a sua numeração. — As referências devem ser identificadas no texto por números arábicos sobrescritos e numeradas na ordem em que são citadas. — As abreviações dos títulos dos periódicos devem ser normalizadas de acordo com as publicações “Index Medicus” e “Index to Dental Literature”. — A exatidão das referências é responsabilidade dos autores e elas devem conter todos os dados necessários para sua identificação. — As referências devem ser apresentadas no final do texto obedecendo às Normas Vancouver (http://www.nlm.nih.gov/bsd/uniform_requirements.html). — Utilize os exemplos a seguir:

Artigos com até seis autores Sterrett JD, Oliver T, Robinson F, Fortson W, Knaak B, Russell CM. Width/length ratios of normal clinical crowns of the maxillary anterior dentition in man. J Clin Periodontol. 1999 Mar;26(3):153-7. Artigos com mais de seis autores De Munck J, Van Landuyt K, Peumans M, Poitevin A, Lambrechts P, Braem M, et al. A critical review of the durability of adhesion to tooth tissue: methods and results. J Dent Res. 2005 Feb;84(2):118-32. Capítulo de livro Kina S. Preparos dentários com finalidade protética. In: Kina S, Brugnera A. Invisível: restaurações estéticas cerâmicas. Maringá: Dental Press; 2007. cap. 6, p. 223-301. Capítulo de livro com editor Breedlove GK, Schorfheide AM. Adolescent pregnancy. 2nd ed. Wieczorek RR, editor. White Plains (NY): March of Dimes Education Services; 2001. Dissertação, tese e trabalho de conclusão de curso Beltrami LER. Braquetes com sulcos retentivos na base, colados clinicamente e removidos em laboratórios por testes de tração, cisalhamento e torção [dissertação]. Bauru (SP): Universidade de São Paulo; 1990. Formato eletrônico Câmara CALP. Estética em Ortodontia: Diagramas de Referências Estéticas Dentárias (DRED) e Faciais (DREF). Rev Dental Press Ortod Ortop Facial. 2006 nov-dez;11(6):130-56. [Acesso 2008 Jun 12]. Disponível em: www.scielo.br/pdf/dpress/v11n6/a15v11n6.pdf.

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