Cervelli
ISSN 2176-9451
Volume 16, Number 6, November / December 2011
VersĂŁo em portuguĂŞs Dental Press International
v. 16, no. 6
Dental Press J Orthod. 2011 November/December;16(6):1-160
November/December 2011
ISSN 2176-9451
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Dental Press Journal of Orthodontics v. 1, n. 1 (set./out. 1996) - . -- Maringá : Dental Press International, 1996 Bimestral ISSN 2176-9451 1. Ortodontia - Periódico. I. Dental Press International.
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Sumário
6
Editorial
15
O que há de novo na Odontologia / What’s new in Dentistry
22
Insight Ortodôntico / Orthodontic Insight
28
Entrevista com Lysle E. Johnston Jr. / Interview
Artigos Online / Online Articles
33
Análise do emprego do cálculo amostral e do erro do método em pesquisas científicas publicadas na literatura ortodôntica nacional e internacional
The use of sample size calculation and error of method in researches published in Brazilian and international orthodontic journals David Normando, Marco Antonio de Oliveira Almeida, Cátia Cardoso Abdo Quintão
36 Avaliação in vitro da força liberada por elásticos em cadeia
In vitro evaluation of force delivered by elastic chains Andréa Fonseca Jardim da Motta, Adriana de Alcantara Cury-Saramago, Lincoln Issamu Nojima
38
Estudo cefalométrico prospectivo dos efeitos da terapia de tração reversa da maxila associada à mecânica intermaxilar
Prospective cephalometric study of the effects of maxillary protraction therapy associated with intermaxillary mechanics Juliana de Oliveira da Luz Fontes, Guilherme Thiesen
Artigos Inéditos / Original Articles
41
Estudo cefalométrico do posicionamento dentário em jovens brasileiros feodermas com “oclusão normal” Cephalometric study of tooth positioning in young Brazilian Afro-Caucasian individuals with “normal occlusion” Eduardo Jacomino Franco, Arnaldo Pinzan, Guilherme Janson, José Fernando Castanha Henriques, Célia Regina Maio Pinzan-Vercelino
52
Avaliação cefalométrica dos resultados do aparelho de protração mandibular (APM) associado ao aparelho fixo em relação às estruturas dentoalveolares e tegumentares em pacientes portadores de má oclusão de Classe II, 1ª divisão
Cephalometric evaluation of the effects of the joint use of a mandibular protraction appliance (MPA) and a fixed orthodontic appliance on the dentoalveolar and soft tissue structures of patients with Angle Class II, division 1 malocclusion Alexandre Magno de Negreiros Diógenes, Rildo Medeiros Matoso, Emmanuelle Medeiros de Araújo, Kenio Costa Lima, Raniere Luiz dos Santos Sousa
63
Resistência ao cisalhamento da colagem dos compósitos Concise e Transbond XT com e sem agente de união Shear bond strength of composites Concise and Transbond XT with and without bonding agent Alexandre Maêda Neves, Fábio Lourenço Romano, Américo Bortolazzo Correr
69 78
84
Análise de Bolton: uma proposta alternativa para a simplificação de seu uso Bolton analysis: An alternative proposal for simplification of its use Karina Eiras Dela Coleta Pizzol, João Roberto Gonçalves, Ary dos Santos-Pinto, Adriano Porto Peixoto Modificações no pogônio e no nariz de acordo com o modo respiratório Changes in pogonion and nose according to breathing patterns Orlando Tanaka, Suelem Tisiane Fabianski, Lílian Mary Karakida, Luégya Amorin Henriques Knop, Luciana Borges Retamoso Respiração bucal no contexto multidisciplinar: percepção de ortodontistas da cidade do Recife Mouth breathing within a multidisciplinary approach: Perception of orthodontists in the city of Recife, Brazil Valdenice Aparecida de Menezes, Luiza Laranjeira Cavalcanti, Tâmara Cavalcanti de Albuquerque, Ana Flávia Granville Garcia, Rossana Barbosa Leal
93
Avaliação das tensões liberadas por elásticos ortodônticos em cadeia: estudo in vitro
Assessment of force decay in orthodontic elastomeric chains: An in vitro study Claudia Kochenborger, Dayanne Lopes da Silva, Ernani Menezes Marchioro, Diogo Antunes Vargas, Luciane Hahn
100
Tratamento ortodôntico-cirúrgico da assimetria facial esquelética: relato de caso Orthodontic-surgical treatment of skeletal facial asymmetry: Case report Susiane Allgayer, Fernanda Santos Mezzomo, Waldemar Daudt Polido, Gabriella Rosenbach, Carlos Alberto Estevanell Tavares
111
Coleta e cultura de células-tronco obtidas da polpa de dentes decíduos: técnica e relato de caso clínico
Collection and culture of stem cells derived from dental pulp of deciduous teeth: Technique and clinical case report Alan Araujo de Jesus, Milena Botelho Pereira Soares, Ana Prates Soares, Renata Campos Nogueira, Elisalva Teixeira Guimarães, Telma Martins de Araujo, Ricardo Ribeiro dos Santos
119
Caso Clínico BBO / BBO Case Report
Má oclusão de Classe I com biprotrusão e ausência dos primeiros molares inferiores
Angle’s Class I malocclusion with bimaxillary dental protrusion and missing mandibular first molars Aldino Puppin Filho
130
Tópico Especial / Special Article
Extrações de molares na Ortodontia Molars extraction in orthodontics Marco Antônio Schroeder, Daniela Kimaid Schroeder, Diego Júnior Silva Santos, Michelle Machado Leser
158
Normas para publicação / Information for authors
Editorial
Precisamos de propostas – e concretas – para melhorar a qualidade do atendimento odontológico no Brasil “Vende-se o sonho, entrega-se o pesadelo”. Com essa frase o ministro do Supremo Tribunal Federal, Marco Aurélio Mello, resumiu o seu voto pela constitucionalidade do exame da Ordem dos Advogados do Brasil. Ele definiu, de certa forma, o processo acerca da formação do bacharel em direito no Brasil. O questionamento da constitucionalidade da prova foi apresentado na forma de um recurso, por um bacharel na área. Mais cedo, no mesmo dia da manifestação do ministro, o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, havia afirmado: “O exame de Ordem constitui, portanto, medida claramente adequada para garantir a qualificação do profissional e proteger os direitos de terceiro”.1 Esse importante fato, forçosamente, nos faz refletir sobre a possibilidade de uma prova para a Odontologia (e também outras áreas da saúde, como a Medicina): o Exame do Conselho Federal de Odontologia. Muitos países, como Inglaterra e EUA, veem na obrigatoriedade desses exames para a nossa profissão a única forma de garantir a qualificação do profissional e proteger a saúde de sua população. No Japão, os graduados em Odontologia prestam uma prova de habilitação após um curso de graduação de seis anos. É muito importante alertar que um profissional da saúde precisa ter certo conhecimento mínimo para poder ser um profissional da saúde, caso contrário, ele se torna um profissional da doença.
Dental Press J Orthod
Obviamente, essa não é a única medida necessária para melhorar a qualidade do atendimento ao nosso povo. A obrigatoriedade da educação continuada também é uma delas. Na Itália, essa apreensão é tão intensa que um dentista por lá precisa se ausentar do atendimento por quase duas semanas, todos os anos, para obter o número de créditos de educação continuada que o habilite a manter sua licença de trabalho válida. Talvez esse seja um número de horas exagerado. Alguns estados americanos, como o de Illinois, exigem 48 horas de educação continuada a cada três anos para renovar sua licença de trabalho.2 Os créditos de educação continuada podem ser obtidos tanto com aulas presenciais quanto com respostas a questionários elaborados a partir de artigos, como os presentes no DPJO. No Brasil, não há exigência legal de nenhuma natureza e é lugar-comum que muitos profissionais se formem e jamais busquem atualização. Entretanto, essa discussão não poderia eclipsar o principal astro desse tema, que é a educação superior na área odontológica. Muito se discute sobre a qualidade dessa educação. Seguramente ela não é perfeita, todavia, se julgarmos essa qualidade do ponto de vista objetivo da produção de conhecimento, ela está entre as melhores do mundo. Agora, é claro que as boas escolas dividem espaço com as fracas, sem contar o fato — de conhecimento de quase todos aqueles que são professores no Brasil — de que várias escolas
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Editorial
de nível superior pressionam os professores a aprovar alunos que não atingiram as notas necessárias para aprovação. E a controvérsia não termina por aí. Se no momento há tanta evasão da profissão, significa que muitas escolas são simplesmente desnecessárias. O aluno compra um canudo vazio, pois não exercerá a profissão. Assim, temos um problema calcado, principalmente, em um tripé. Temos várias escolas fracas — e que a população brasileira não precisa —, formando profissionais sem qualificação verificada e, para piorar, muitos deles não mantêm uma educação continuada. Esse cenário se contrapõe à realidade de termos uma das melhores Odontologias do mundo e significa que uma parcela da população brasileira é atendida com excelência e outra, possivelmente, é atendida por profissionais da doença.
Qual é o modelo ideal? Ações efetivas para fechar as desnecessárias faculdades fracas? A instituição de programas obrigatórios de educação continuada? A seleção daqueles comprovadamente aptos a serem profissionais da saúde, por meio de uma prova realizada pelo CFO e aplicada aos bacharéis? Ou adotar simultaneamente mais de uma dessas medidas? Qualquer nova proposição, desde que concreta e factível, é bem-vinda. Estou aberto a críticas, sugestões e discussões.*
Boa leitura. Jorge Faber Editor-chefe faber.jorge@gmail.com
Referências 1.
2.
PGR e Marco Aurélio se manifestam pela constitucionalidade do exame da OAB. 2011. [Acesso em: 2011 Jul 10]. Disponível em: http://extra.globo.com/noticias/brasil/pgr-marco-aureliose-manifestam-pela-constitucionalidade-do-exame-daoab-2885992.html. Illinois State Dental Society. Continuing education: Q & A. [2011]. [Cited 2011 Oct 10]. Available from: http://www.isds.org/ ContEd/QandA.asp.
Dental Press J Orthod
* Obviamente, tornar o tratamento acessível é uma das frentes necessárias, e isso tem sido feito pelo Governo Federal por meio do programa Brasil Sorridente. Possivelmente, essa é a única ação de impacto real que vimos surgir nas últimas décadas.
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Editorial Especial
Com a palavra, o Prof. Dr. David Normando
Ao longo dos últimos cinco anos, servi como editor-chefe da Revista Dental Press de Ortodontia e Ortopedia Facial que, em 2010, passou a ser editada em inglês e a se chamar Dental Press Journal of Orthodontics. Li, então, milhares de artigos e escrevi 30 editoriais. Esse é o 31º e último deles. O encerramento de todo ciclo nos move, naturalmente, à reflexão e elencamos fatos e pessoas importantes. Infelizmente, não conseguiria, no espaço desse editorial e com justiça, mencionar todas as pessoas que foram muito importantes para o jornal e para mim como seu editor. Para representar todo esse corpo de mentes fabulosas, comentarei brevemente sobre cinco pessoas. Cada uma representa um setor do jornal. A primeira delas é o Sr. Ronis Furquim, da equipe da Editora Dental Press. Ele é um indivíduo de conhecimento desniveladamente acima da média, possui português invejável e capacidade de leitura crítica tão aguçada que redefiniu meus padrões de qualidade para esse atributo. Ronis, você personifica os funcionários dessa empresa na busca da excelência e seu trabalho permeia cada artigo aqui publicado. Doutores Teresa e Laurindo Furquim, a sua paixão pela nossa profissão se materializou numa empresa que é símbolo de qualidade em Odontologia. A Odontologia brasileira tem uma dívida com vocês. Sou grato pela confiança que depositaram em minhas mãos ao me convidar para ser editor desse jornal.
Dental Press J Orthod
A Dra. Telma Martins de Araujo, uma profissional e uma pessoa sublime. A sua inexcedível perfeição está presente em tudo que edita nesse jornal, no Curso de Especialização do Centro de Ortodontia e Ortopedia Facial Professor José Édimo Soares Martins, bem como em suas outras atividades como importante liderança em nossa especialidade. Tenho orgulho de ser seu amigo e profunda admiração por você. Por fim, Dr. David Normando, quero dividir a minha alegria em vê-lo como o novo editor desse jornal. Você é, sem dúvida, um exemplo para a Odontologia brasileira. Somente uma palavra pode definir como um menino que estudou em diversas escolas públicas no interior da Região Norte do Brasil se torna o editor-chefe de uma das principais publicações da Ortodontia mundial: meritocracia. Diante da competência que demostrou como editor adjunto, nada mais justo do que o convidarmos para assumir o cargo do qual me despeço com essas palavras. Finalizo meu último editorial desejando-lhe não sorte, porque sua competência lhe alforria dessa necessidade, mas, sim, trabalho. Só esse pode dignificar ainda mais o ser humano. Com a palavra, o Prof. Dr. David Normando, editor-chefe do Dental Press Journal of Orthodontics.
Jorge Faber faber.jorge@gmail.com
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O
que há de novo na
Odontologia
Teleortodontia: ferramenta de auxílio à prática clínica e à educação continuada André Luciano Pasinato da Costa*, Alcion Alves Silva**, Cléber Bidegain Pereira***
Resumo Introdução: a Tecnologia da Informação (TI) está revolucionando os relacionamentos in-
terpessoais. Esse novo contexto tornou possível exercer à distância as profissões da área da saúde, um conceito denominado telessaúde. A essência dessa área é a oferta, à distância, de serviços e informação sobre saúde. Nesse contexto, a Ortodontia como especialidade não pode ficar alheia a esses avanços. Objetivo: esse artigo se propôs a investigar — através de revisão não sistemática da literatura — quais dentre as tecnologias disponíveis são passíveis de ser utilizadas no desenvolvimento de serviços de teleortodontia, como ferramentas de auxílio à prática clínica e à educação continuada. O uso de tecnologias já acessíveis no mercado pode viabilizar os serviços de teleortodontia no país. Apesar desse artigo ter analisado as condições técnicas e as tecnologias relacionadas ao objeto de estudo, concentra-se no campo das questões éticas/morais, legais e econômicas do processo. Palavras-chave: Telemedicina. Ortodontia. Computadores. Informática. Tecnologia. Sistemas de informação.
INTRODUÇÃO A Tecnologia da Informação (TI) tem provocado mudanças nas relações interpessoais. Numa sociedade globalizada, interconectada eletronicamente e sem fronteiras, o exercício à distância das profissões está entre as novas experiências. O desenvolvimento de programas de comunicação, associado à construção de computadores mais avançados, tem permitido a transmissão de informações de modo rápido e eficiente. Esse
novo contexto tornou possível exercer à distância as profissões da área da saúde1,2,3, um conceito denominado telessaúde. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), telessaúde (telemedicina, teleodontologia, etc.) é a provisão de serviços associados aos cuidados com a saúde, nos casos em que a distância é um fator crítico. Tais serviços podem ser providos por meio do uso de tecnologias de comunicação, com os objetivos de educação continuada
Como citar este artigo: Costa ALP, Silva AA, Pereira CB. Teleortodontia: ferramenta de auxílio à prática clínica e à educação continuada. Dental Press J Orthod. 2011 Nov-Dec;16(6):15-21.
» Os autores declaram não ter interesses associativos, comerciais, de propriedade ou financeiros que representem conflito de interesse, nos produtos e companhias descritos nesse artigo.
* Mestre em Biologia Celular e Molecular pela PUCRS. Especialista em Ortodontia pela Universidade Cruzeiro do Sul. ** Doutor em Odontologia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Mestre em Ortodontia pela Universidade Camilo Castelo Branco. *** Especialista em Ortodontia pelo Conselho Federal de Odontologia.
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Teleortodontia: ferramenta de auxílio à prática clínica e à educação continuada
Validação da teleortodontia Experiências realizadas por várias instituições demonstram as oportunidades para o campo da teleortodontia2,3,5,6,7,11-14,23. Os resultados do estudo comparativo desenvolvido entre as clínicas Yakima Valley Farm Workers Clinic e Odessa Brown Children’s Clinic (Washington) não demonstraram diferenças significativas entre os grupos após o tratamento clínico e o uso da teleortodontia2. Segundo esse estudo, os desfechos dos casos tratados à distância sugerem a validade clínica da técnica. O atual nível das tecnologias existentes viabiliza o desenvolvimento da teleortodontia, pois essas são acessíveis e de baixo custo. Do ponto de vista científico, identificar as limitações desses serviços, além das implicações legais e o impacto na relação profissional/paciente, representa o primeiro passo
para o aproveitamento das possibilidades geradas por esse novo conceito6,7,9,23. O desenvolvimento de ferramentas que possibilitem agendar, diagnosticar, planejar, transferir dados, fazer teleconferências e facilitar o processo de educação continuada é a ação para tornar realidade esses serviços. Entretanto, a digitalização dos dados clínicos e sua transmissão por meio da rede mundial de computadores ainda geram discussões com relação à segurança. Por esse motivo, ênfase tem sido dada à investigação dos recursos de certificação e assinatura digital. Por fim, cabe observar que não é somente o desenvolvimento da tecnologia computacional (hardware e software) que fará a consolidação da teleortodontia. Essa nova realidade também altera o contexto das relações sociais, abrindo um vasto campo de questões éticas, morais, legais e econômicas.
Teleorthodontics: Auxiliary tool for the clinical practice and continuing education Abstract Introduction: The Information Technology (IT) is revolutionizing the interpersonal relationships. This new context has made it possible to exercise the health professions at distance, a concept called telehealth. The essence of this area is to provide services and health information for individuals in their own communities. In this context, the orthodontics, a dentistry specialty, can not remain oblivious to the progress. Objective: This non systematic review aims to investigate which of the technologies are likely to be utilized to develop the teleorthodontics like a tool for helping the clinical practice and the continuing education. The use of the technologies that exist on the market, associated with the use of freeware computer programs and the internet can facilitate the services of teleorthodontics. Although this review had analyzed the available technologies, it should be noted that other questions are important to be stressed, like: Ethical, moral, legal and economics. Keywords: Telemedicine. Orthodontics. Software. Computer. Informatics. Technology. Information systems.
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Costa ALP, Silva AA, Pereira CB
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Enviado em: 19 de agosto de 2011 Revisado e aceito: 11 de outubro de 2011
Endereço para correspondência André Luciano Pasinato da Costa Rua Rui Barbosa 242, Centro CEP: 95.180-000 – Farroupilha/RS E-mail: andre@aliagestao.com.br
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Insight Ortodôntico
O movimento ortodôntico não induz reabsorção cervical externa OU
O movimento ortodôntico não altera cor, volume e nem induz inflamação gengival Alberto Consolaro*, Renata B. Consolaro**
Resumo
Nesse trabalho, procurou-se explicar — anatômica e funcionalmente — como se estrutura e se organiza a região cervical dos dentes, para fundamentar os seguintes questionamentos: 1) Por que ocorre Reabsorção Cervical Externa na dentição humana?; 2) Por que na gengivite e na periodontite não se tem Reabsorção Cervical Externa?; 3) Por que depois do traumatismo dentário e da clareação interna pode ocorrer a Reabsorção Cervical Externa?; 4) Por que o movimento ortodôntico não altera a cor e o volume gengival durante o tratamento?; 5) Por que o movimento ortodôntico não induz Reabsorção Cervical Externa, mesmo sabendo-se que a região cervical pode ser muito exigida? A existência de antígenos sequestrados na dentina, a presença de janelas de dentina na região cervical de todos os dentes, a reação do epitélio juncional e a distribuição dos vasos sanguíneos gengivais podem justificar por que a Reabsorção Cervical Externa não ocorre e nem a cor e o volume gengival são alterados no movimento ortodôntico. Palavras-chave: Reabsorção dentária. Reabsorção cervical externa. Movimento ortodôntico. Gengiva.
Como se estrutura e SE organiza a região cervical dos dentes Na superfície da região cervical dos dentes, o término do esmalte e o início do cemento criam uma linha reconhecida como junção amelocementária (Fig. 1). Na circunferência do colo de todos os dentes humanos, essa linha alterna três tipos de relação
entre o esmalte e o cemento3,7. Em algumas áreas da junção amelocementária, o cemento recobre o esmalte (Fig. 4); em outras, o esmalte e o cemento se encontram topo a topo; mas em outras regiões, o esmalte e o cemento ficam distantes e promovem microexposições de dentina, em gaps ou janelas voltadas para o tecido conjuntivo gengival.
Como citar este artigo: Consolaro A, Consolaro RB. O movimento ortodôntico não induz reabsorção cervical externa. Dental Press J Orthod. 2011 Nov-Dec;16(6):22-7.
» Os autores declaram não ter interesses associativos, comerciais, de propriedade ou financeiros que representem conflito de interesse, nos produtos e companhias descritos nesse artigo.
* Professor Titular de Patologia da FOB-USP e da Pós-graduação da FORP-USP. ** Professora Doutora Substituta da FOA-Unesp e da Faculdades Adamantinenses Integradas (FAI).
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Consolaro A, Consolaro RB
promove hiperplasia epitelial juncional e a exposição direta da dentina permite o reconhecimento antigênico por parte dos macrófagos. 5) A gengiva recebe vasos de origem periodontal, óssea, periosteal e mucosa, de tal forma que sua nutrição e drenagem não são afetadas, mesmo quando os vasos do ligamento periodontal ficam comprimidos durante o movimento ortodôntico. Por tudo isso, não ocorre inflamação na inserção conjuntiva e nem morte celular na gengiva durante o movimento ortodôntico, não se alterando a cor nem o volume, nem se expondo a dentina nas janelas da junção amelocementária, o que seria necessário para se iniciar uma reabsorção cervical externa.
Considerações Finais 1) A dentina tem proteínas consideradas antígenos sequestrados e, quando exposta aos tecidos conjuntivos, tende a ser reabsorvida, como uma forma de eliminação por parte do organismo. 2) Na junção amelocementária, as janelas de dentina presentes em todos os dentes permanentes podem expô-la quando ocorrer uma inflamação induzida na inserção conjuntiva. 3) Antes que ocorra a exposição de dentina na junção, a gengivite e a periodontite revelam uma hiperplasia do epitélio juncional que recobre as janelas e coloca a dentina no meio bucal. 4) No traumatismo dentário e na clareação interna, a inflamação do conjuntivo gengival não
The orthodontic movement does not induce external cervical resorption OR
The orthodontic movement does not change the color, the volume neither induce gingival inflammation Abstract In this paper we tried to anatomically and functionally explain how it is structured and organized the cervical region of the teeth to substantiate the following questions: 1) Why External Cervical Resorption occurs in human dentition?; 2) Why in gingivitis and periodontitis there is no external cervical resorption?; 3) Why External Cervical Resorption can occur after the dental trauma and internal bleaching?; 4) Why orthodontic movement does not change the color and the gingival volume during treatment?; 5) Why orthodontic movement does not induce external cervical resorption, even being known that the cervical region can be much required? The existence of sequestered antigens in the dentin, the presence of windows of dentin in the cervical region of all teeth, the reaction of the junctional epithelium and the distribution of gingival blood vessels may explain why the external cervical resorption does not occur and neither the color and gingival volume are changed in the orthodontic movement. Keywords: Tooth resorption. External cervical resorption. Orthodontic movement. Gingiva.
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Enviado em: 7 de outubro de 2011 Revisado e aceito: 11 de outubro de 2011
Endereço para correspondência Alberto Consolaro E-mail: consolaro@uol.com.br
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2011 Nov-Dec;16(6):22-7
Entrevista
Uma entrevista com
Lysle E. Johnston Jr. • Graduado em Odontologia pela Michigan School of Dentistry e em Ortodontia pela Michigan’s Horace H. Rackham School of Graduate Studies. • Especialista em Anatomia pela Queen’s University, Belfast. • Doutor em Anatomia pela Case Western Reserve University. • Ex-chefe do Departament of Orthodontics and Pediatric Dentistry da University of Michigan. • Diretor dos programas de Ortodontia da Case Western Reserve University (1971-76) e da Saint Louis University (1976-91). • Professor da University of Michigan, Saint Louis University e Case Western Reserve University. • Membro do American College of Dentistry, do International College of Dentistry e do Royal College of Surgeons, Inglaterra. • Ex-diretor da Edward H. Angle Society of Orthodontists. • Editor de vários periódicos, entre eles o American Journal of Orthodontics and Dentofacial Orthopedics e o Journal of Orthodontics (britânico).
Lysle E. Johnston Jr. é Professor Emérito de Odontologia na University of Michigan e de Ortodontia na Saint Louis University. Formou-se em Odontologia pela Michigan School of Dentistry, em 1961, e em Ortodontia pela Michigan’s Horace H. Rackham School of Graduate Studies, em 1964. Especializou-se em Anatomia na Queen’s University de Belfast (Irlanda do Norte, 1961-62) e recebeu seu PhD também em Anatomia na Case Western Reserve University, em 1970. Antes de retornar à University of Michigan, onde foi chefe do Department of Orthodontics and Pediatric Dentistry, dirigiu os Departamentos de Ortodontia da Case Western Reserve University (1971-76) e da Saint Louis University (1976-91). Atualmente, leciona Estatística, Cefalometria, Crescimento Facial, Desenvolvimento Oclusal e História da Ortodontia nessas três escolas. Ao longo de sua carreira acadêmica, Dr. Johnston orientou mais de 100 teses de mestrado e participou da formação de mais de 500 especialistas em Ortodontia. Tem feito inúmeras palestras e recebido diversos prêmios e títulos, entre os quais o prêmio Albert H. Ketcham do American Board of Orthodontics, o prêmio Jarabak da American Association of Orthodontists Foundation, o prêmio Dewey da American Association of Orthodontics e o 5º Prêmio Internacional da Sociedade Italiana. Proferiu diversas palestras magnas: a Mershon e a Salzmann, da American Association of Orthodontics, a Angle Memorial Lecture, da E.H. Angle Society of Orthodontists (por duas vezes), a Northcroft, da British Society for the Study of Orthodontics e a Arthur Taylor Memorial, da Australian Society of Orthodontics. Membro do American e do International College of Dentistry e membro-eleito da Royal College of Surgeons (Inglaterra), Dr. Johnston foi Diretor da Edward H. Angle of Orthodontists e integrou o quadro editorial de vários periódicos, incluindo o American Journal of Orthodontics and Dentofacial Orthopedics e The (British) Journal of Orthodontics. Atualmente, reside em Torch Lake, uma pequena cidade no norte do Michigan. Cristiana (Kika) Vieira de Araújo
Como citar esta seção: Johnston Jr. LE. Entrevista. Dental Press J Orthod. 2011 Nov-Dec;16(6):28-32.
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Entrevista
a interagir com Robert Moyers e Jimmy (James) Scott (Belfast) e, talvez por osmose, me interessei pela academia. Daí, quase que completamente por acidente, tornei-me diretor do programa da Case Western Reserve apenas seis meses após terminar meu PhD. Desde então, minha carreira transcorreu de maneira ordenada. Se minha versão de Ortodontia ainda tem apelo para mim? Visto ter tido uma carreira bem-sucedida, a resposta seria “sim” — porque, afinal, ainda é uma “especialidade do homem pensante”.
era muito dinheiro. Para um jovem de uma numa zona rural isolada, aquilo pareceu uma coisa assustadoramente rentável. Com o passar dos anos, meus objetivos foram se distanciando do fator dinheiro, mas bem que começaram muito semelhantes aos de 99% dos que buscam a especialidade. Como nunca tirei uma nota B no colégio nem na universidade, tinha a opção de seguir a carreira que quisesse. A parte menos complicada foi entrar na Odontologia e, depois, na Ortodontia. Com o passar do tempo, comecei
Cristiana (Kika) Vieira de Araújo » Mestre e Especialista em Ortodontia pela Saint Louis Universty. » Professora da Especialização em Ortodontia e Diretora do Programa de Fellowship em Ortodontia e Pesquisa Clínica da Jacksonville University School of Orthodontics.
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Enviado em: 19 de setembro de 2011 Revisado e aceito: 26 de outubro de 2011
Endereço para correspondência Lysle E. Johnston Jr. E-mail: lejjr@umich.edu
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Artigo Online*
Análise do emprego do cálculo amostral e do erro do método em pesquisas científicas publicadas na literatura ortodôntica nacional e internacional David Normando**, Marco Antonio de Oliveira Almeida***, Cátia Cardoso Abdo Quintão****
Resumo Introdução: o dimensionamento adequado da amostra estudada e a análise apropriada do
erro do método são passos importantes na validação dos dados obtidos em determinado estudo científico, além das questões éticas e econômicas. Objetivo: esta investigação tem o objetivo de avaliar, quantitativamente, com que frequência os pesquisadores da ciência ortodôntica têm empregado o cálculo amostral e a análise do erro do método em pesquisas publicadas no Brasil e nos Estados Unidos. Métodos: dois importantes periódicos, de acordo com a Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior), foram analisados, a Revista Dental Press de Ortodontia e Ortopedia Facial (Dental Press) e o American Journal of Orthodontics and Dentofacial Orthopedics (AJO-DO). Apenas artigos publicados entre os anos de 2005 e 2008 foram analisados. Resultados: a maioria das pesquisas publicadas em ambas as revistas emprega alguma forma de análise do erro do método, quando essa metodologia pode ser aplicada. Porém, apenas um número muito pequeno dos artigos publicados nesses periódicos apresenta qualquer descrição de como foram dimensionadas as amostras estudadas. Essa proporção, já pequena (21,1%) na revista editada nos Estados Unidos (AJO-DO), é significativamente menor (p=0,008) na revista editada no Brasil (Dental Press) (3,9%). Conclusão: os pesquisadores e o corpo editorial, de ambas as revistas, deveriam dedicar uma maior atenção ao exame dos erros inerentes à ausência de tais análises na pesquisa científica, em especial aos erros inerentes a um dimensionamento inadequado das amostras. Palavras-chave: Bioestatística. Cálculo amostral. Erro do método.
Como citar este artigo: Normando D, Almeida MAO, Quintão CCA. Análise do emprego do cálculo amostral e do erro do método em pesquisas científicas publicadas na literatura ortodôntica nacional e internacional. Dental Press J Orthod. 2011 Nov-Dec;16(6):33-5.
» Os autores declaram não ter interesses associativos, comerciais, de propriedade ou financeiros que representem conflito de interesse, nos produtos e companhias descritos nesse artigo.
* Acesse www.dentalpress.com.br/revistas para ler o artigo na íntegra.
** Professor da Disciplina de Ortodontia da Faculdade de Odontologia da UFPA. Doutor em Ortodontia pela UERJ. Mestre em Clínica Integrada pela FOUSP. Especialista em Ortodontia pela PROFIS-USP. *** Mestre e Doutor em Ortodontia pela UFRJ. Professor Titular de Ortodontia, UERJ. **** Mestra e Doutora em Ortodontia pela UFRJ. Professor Adjunto da Disciplina de Ortodontia, UERJ.
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Análise do emprego do cálculo amostral e do erro do método em pesquisas científicas publicadas na literatura ortodôntica nacional e internacional
Journal of Orthodontics and Dentofacial Orthopedics (AJO-DO). Foram avaliados 92 artigos originais publicados na Dental Press (2005-2007) e 94 artigos originais publicados no AJO-DO (2007-2008). Os resultados demonstraram que, no período avaliado, o cálculo amostral foi utilizado em somente 3,9% dos artigos publicados na Dental Press, ao passo que foi utilizado em pouco mais de 21% dos artigos publicados no AJO-DO, com diferença estatisticamente significativa entre os periódicos. Já o estudo do erro do método foi reportado em 60,9% dos artigos da Dental Press e em 76,6% dos artigos do AJO-DO. Os autores da presente pesquisa concluíram que, apesar do estudo do erro ser comumente empregado, houve um número bastante restrito de artigos em que foi realizado o cálculo amostral em ambos os periódicos, com uma redução ainda mais acentuada, de forma estatisticamente significativa, na Dental Press. Devido a isso, maior atenção deveria ser dispensada — por revisores, pesquisadores e editores — ao dimensionamento adequado das amostras em estudos ortodônticos, com vistas a obter resultados científicos mais confiáveis.
Resumo do editor A evolução da ciência depende, de modo fundamental, de estudos metodologicamente bem delineados. Recentemente, dois aspectos metodológicos têm ganhado destaque: o erro do método e o cálculo do tamanho da amostra. O erro do método, em geral, é obtido por meio da duplicação de parte das mensurações realizadas em um intervalo de tempo, de forma a determinar se os dados analisados são reproduzíveis, o que atestará a confiabilidade da metodologia empregada na pesquisa. Por outro lado, as amostras analisadas devem possuir um tamanho adequado para que possam demonstrar diferenças clínicas importantes em termos estatísticos, quando essas existirem. Em decorrência da importância científica desses cálculos, o presente estudo objetivou analisar a frequência de uso, na literatura ortodôntica nacional e internacional, do dimensionamento amostral e do erro do método. Foram selecionados dois periódicos científicos da literatura ortodôntica com o maior fator de impacto no Brasil e no exterior, segundo a Capes: respectivamente, a Revista Dental Press de Ortodontia e Ortopedia Facial (Dental Press) e o American
Questões aos autores 1) Quais aspectos devem ser considerados, em um estudo clínico prospectivo, para a definição do tamanho da amostra? O dimensionamento adequado da amostra a ser estudada, assim como a análise apropriada do erro do método, são passos importantes na validação dos dados obtidos em um determinado estudo científico, além das questões éticas e econômicas. Um estudo utilizando amostra pequena pode não produzir resultados úteis, expondo os seus participantes (amostra) a riscos desnecessários, enquanto uma amostra de tamanho excessivo usa mais recursos do que o necessário, além de expor um excessivo número de indivíduos aos riscos que possam existir. Para entendermos a importância do cálculo amos-
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tral, precisamos compreender o que significa “poder” em estatística. O poder expressa a probabilidade de detectar um efeito verdadeiro. Amostras pequenas reduzem o poder de um estudo, contudo, amostras demasiadamente grandes proporcionam, geralmente, significância estatística entre os grupos3 estudados, mesmo quando a diferença é muito pequena e considerada clinicamente sem importância. Além do nível de certeza desejado, expresso pelo valor p e pelo poder, outros fatores fazem parte da receita que define o tamanho amostral1,2,4, sendo eles: a) O efeito clínico mínimo que o pesquisador deseja constatar na variável principal (primária) do estudo desenvolvido.
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Normando D, Almeida MAO, Quintão CCA
tabela 1 - Frequência absoluta e relativa (%), diferença relativa, valor p e poder para os artigos com análise estatística (A) e com descrição do cálculo amostral (B), publicados na Revista Dental Press de Ortodontia e Ortopedia Facial e no American Journal of Orthodontics and Dentofacial Orthopedics. Descrição
Dental Press 2006-2007
AJO-DO 2007-2008
Diferença (%)
Artigos originais com análise estatística (A)
51 (100%)
57 (100%)
----
Artigos com descrição do cálculo amostral (B)
2 (3,9%)
12 (21,1%)
-17,2
Valor p
Poder
0,008**
0,78
**p<0,01.
quem se preocupar com essa questão ganhará pontos na avaliação dos revisores e editores. Em uma entrevista recente publicada nesse periódico5, o então editor do AJO-DO, David Turpin, enfatizou que fica “...espantado com a quantidade de autores que conduzem estudos bastante criativos, mas submetem um manuscrito sem ter mesmo se dado ao trabalho de calcular o número de sujeitos necessários para que as conclusões sejam estatisticamente significativas...”. A Ortodontia brasileira já é a que mais publica no mundo. E conseguirá lograr maior êxito aquele pesquisador que dedicar maior atenção ao planejamento e execução dos métodos estatísticos. Em outras palavras, a inspiração ainda é importante, mas a expiração tornou-se o diferencial.
b) Como os dados obtidos vão ser mensurados (escala contínua, ordinal ou nominal). c) O tipo de teste estatístico a ser usado e se é unicaudal ou bicaudal. d) A variabilidade dos dados obtidos. 2) Qual a importância da realização de estudos como o presente? Os resultados da presente investigação revelaram que apenas 3,9% dos artigos publicados na Revista Dental Press nos anos de 2006-2007 apresentavam dados sobre o cálculo amostral, percentual significativamente menor (P=0,008) em comparação ao American Journal of Orthodontics and Dentofacial Orthopedics (AJO-DO), que apresentava pouco mais de 21% dos seus artigos com a descrição dos métodos utilizados para o cálculo amostral (Tab. 1). Esses dados refletem uma desatenção preocupante dos pesquisadores e revisores quanto a esse importante fator de introdução de erros na avaliação estatística dos dados obtidos em publicações nesses dois importantes periódicos.
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3) Como os autores veem a pesquisa científica ortodôntica brasileira no cenário mundial? A Ortodontia como ciência tem evoluído constantemente, o que inclui o emprego de métodos estatísticos em nossa especialidade. No Brasil, esse crescimento é visivelmente mais rápido. Nas décadas anteriores, conseguíamos publicar estudos que hoje provavelmente não seriam aceitos, devido a questões metodológicas. Isso inclui o emprego do cálculo amostral e do erro do método. A competitividade exige padrões mais acurados e, portanto,
Dental Press J Orthod
Enviado em: 7 de agosto de 2008 Revisado e aceito: 31 de agosto de 2008
Endereço para correspondência David Normando Rua Boaventura da Silva, 567-1201 CEP: 66.055-090 – Belém/PA E-mail: davidnor@amazon.com.br
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Artigo Online*
Avaliação in vitro da força liberada por elásticos em cadeia Andréa Fonseca Jardim da Motta**, Adriana de Alcantara Cury-Saramago**, Lincoln Issamu Nojima***
Resumo Objetivo: avaliar in vitro e comparar a redução de intensidade das forças liberadas por três grupos de elásticos em cadeia, com diferentes configurações, de um mesmo fabricante, medidas em intervalos de tempo preestabelecidos. Métodos: os segmentos de elásticos em cadeia foram alongados e mantidos ativados durante o experimento com o auxílio de um dispositivo desenvolvido especialmente para esse fim e para possibilitar a leitura das forças. A avaliação da degradação da força foi realizada medindo-se a intensidade da força ao longo do tempo, e calculando-se o percentual de força perdida em relação à força inicial, em cada intervalo de tempo e para cada amostra testada. Resultados e Conclusões: os dados coletados foram submetidos a análises estatísticas e os resultados demonstraram que, nos momentos seguintes ao inicial, a intensidade da força variou, dentro dos grupos e entre os grupos, nos diferentes momentos. A leitura dos valores das forças remanescentes em cada momento, comparada à referência da força inicial, resultou em valores diferentes, com significância estatística, em todas as comparações efetuadas dentro de cada grupo de elásticos (curto, médio, longo). Após a análise dos resultados das comparações entre os grupos de elásticos em cadeia, conclui-se que, apesar de verificados alguns resultados estatisticamente significativos para a comparação das magnitudes das forças liberadas em cada momento, essas diferenças parecem não ter expressão clínica, demonstrando que, aparentemente, o espaçamento entre os elos não representa uma característica clinicamente significativa na degradação da força ao longo do tempo. Palavras-chave: Aparelhos ortodônticos. Materiais dentários. Elastômeros.
Resumo do editor A utilização dos elásticos em cadeia na Ortodontia data dos idos de 1960 e cresce com o passar do tempo devido às muitas vantagens que apresentam, como: economia, conforto, facilidade em sua inserção e remoção, além de não requererem cooperação do paciente. Apesar dessas vantagens, os elásticos em cadeia apresentam como desvantagem a incapacidade de manter, ao longo do tempo, a intensidade de força contínua. Suas propriedades
mecânicas modificam-se com o tempo, pois sofrem alteração em função da quantidade de distensão a que são submetidos, absorvem água e saliva, sofrem deformação permanente e, ainda, são sensíveis ao pH salivar e à variação de temperatura no meio bucal. A dimensão das cadeias elásticas, assim como a sua configuração, descritas como curta, média ou longa, também parecem influenciar em seu comportamento. Dessa forma, a proposta dos autores do presente trabalho foi avaliar in vitro e comparar
Como citar este artigo: Motta AFJ, Cury-Saramago AA, Nojima LI. Avaliação in vitro da força liberada por elásticos em cadeia. Dental Press J Orthod. 2011 Nov-Dec;16(6):36-7.
» Os autores declaram não ter interesses associativos, comerciais, de propriedade ou financeiros que representem conflito de interesse, nos produtos e companhias descritos nesse artigo.
* Acesse www.dentalpress.com.br/revistas para ler o artigo na íntegra. ** Doutora em Ortodontia pela UFRJ. Professora Adjunta da Universidade Federal Fluminense. *** Professor Adjunto de Ortodontia da Universidade Federal do Rio de Janeiro.
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Motta AFJ, Cury-Saramago AA, Nojima LI
a redução da força inicialmente liberada por três grupos de elásticos em cadeia, com diferentes espaçamentos entre os elos. Para a realização dessa pesquisa, foram selecionados elásticos em cadeia da cor cinza, marca Morelli, com três diferentes espaçamentos entre os elos: curto, médio e longo (n=20). No intuito de simular a situação clínica, confeccionou-se um dispositivo com uma base fixa e outra móvel, com ganchos nas extremidades, que serviu para manter os elásticos ativados durante o experimento e permitir a leitura da magnitude das forças liberadas. Os segmentos de elástico em cadeia foram colocados no dispositivo e alongados buscando-se uma liberação de força inicial com magnitude aproximada de 200gf. Foram realizadas mensurações nos seguintes intervalos de tempo: inicial; 1h; 24h; 1, 2, 3 e 4 semanas.
Os resultados obtidos demonstraram que, nos períodos inicial, 1h e 24h, os elásticos com espaçamento curto apresentaram valores estatisticamente maiores que os grupos médio e longo (p<0,05). Os grupos médio e longo, por sua vez, não apresentaram diferenças entre si (p>0,05). Não houve diferenças estatisticamente significativas entre os grupos de elásticos quanto à força remanescente, na primeira e segunda semanas após o início do processo (p>0,05). Na terceira semana, os elásticos curtos apresentaram valores estatisticamente menores que os demais. Na quarta semana, todos os grupos foram diferentes entre si, com o grupo longo apresentando maiores médias, seguido dos grupos curto e médio. Concluiu-se que o espaçamento entre os elos não parece representar uma característica clinicamente significativa na degradação da força ao longo do tempo.
Questões aos autores
longo, os elásticos ortodônticos ainda são objeto de pesquisas com resultados algumas vezes divergentes. A contínua realização de trabalhos clínicos e laboratoriais, com metodologias bem delineadas e abordagens que incluam biocompatibilidade, características cromáticas e morfológicas, além das propriedades mecânicas do material, é fundamental para a evolução tecnológica dos elásticos ortodônticos.
1) De acordo com a afirmação dos autores de que a força dissipada inicialmente nos elásticos testados é de aproximadamente 20%, questiona-se: seria clinicamente aceitável adicionar 20% a mais de força no momento da instalação dos elásticos em cadeia? A aplicação de forças superiores à considerada ótima para uma determinada movimentação ortodôntica parece não influenciar significativamente no resultado clínico final do movimento dentário esperado. Além disso, a força de maior intensidade poderia causar complicações, como o desconforto ao paciente e a reabsorção óssea solapante. Outra questão a ser discutida envolve a observação de que forças maiores levam a perdas também maiores nas primeiras 24 horas. Assim, não se justificaria o acréscimo de força além da indicada como força ótima em Ortodontia.
3) As cadeias elásticas nacionais e importadas apresentam eficiência semelhante? A eficiência do material em questão independe da nacionalidade. Existem vários fatores que influenciam nas propriedades mecânicas dos elásticos, como a composição do material, o fabricante e métodos de esterilização. Além disso, existem também variáveis ambientais, como saliva, dieta, temperatura e pH, capazes de influenciar na eficiência clínica das cadeias elásticas. Enviado em: 22 de agosto de 2008 Revisado e aceito: 26 de novembro de 2008
2) Os autores vislumbram evoluções tecnológicas na área de materiais dentários, para os elásticos ortodônticos? Apesar de utilizados há um tempo relativamente
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Endereço para correspondência Andréa Fonseca Jardim da Motta (Ortodontia/UFF) Rua Mario Santos Braga, nº 30, 2º andar, Campus Valonguinho CEP: 24.020-140 – Centro, Niterói/RJ E-mail: afjmotta@gmail.com
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Artigo Online*
Estudo cefalométrico prospectivo dos efeitos da terapia de tração reversa da maxila associada à mecânica intermaxilar Juliana de Oliveira da Luz Fontes**, Guilherme Thiesen***
Resumo Objetivo: o diagnóstico e o tratamento precoce do Padrão III são temas ainda muito discutidos
na literatura ortodôntica. A tração reversa associada à expansão rápida da maxila constitui a abordagem mais popular e estudada, produzindo os melhores resultados no menor período de tempo. O foco deste estudo foi avaliar as mudanças gradativas ocorridas no complexo dentofacial em crianças com Padrão III de crescimento tratadas com tração reversa da maxila associada à mecânica intermaxilar. Métodos: a amostra foi constituída por 10 pacientes Padrão III, com média de idade de 8 anos e 2 meses ao início do tratamento, tratados consecutivamente com aparelho expansor de Haas modificado, arco lingual modificado, elásticos intermaxilares e máscara de Petit para tração reversa da maxila por 9 meses. Foram realizadas 4 telerradiografias em norma lateral de cada paciente, uma correspondente ao início do tratamento e as demais em intervalos regulares de 3 meses (T1, T2, T3 e T4). As grandezas cefalométricas foram comparadas entre os tempos através de Análise de Variância de Medidas Repetidas, complementada pelo Teste de Comparações Múltiplas de Tukey. Resultados: pôde-se observar que as alterações esqueléticas mais significativas ocorreram nos primeiros 3 meses de tratamento, sendo que, após esse período, elas se mantiveram constantes até o final do tratamento. Ocorreram poucas compensações dentárias e as alterações verticais ocorridas apresentaram significado clínico reduzido. Conclusão: a terapia empregada obteve não só uma correção do trespasse horizontal entre as arcadas, mas também uma melhora no relacionamento sagital entre as bases ósseas e na estética tegumentar. Palavras-chave: Prognatismo. Técnica de expansão palatina. Aparelhos de tração extrabucal. Má oclusão.
Resumo do editor Apesar da baixa prevalência da má oclusão de Classe III quando comparada às demais más oclusões, suas marcantes características faciais conduzem à necessidade de abordagens terapêuticas
precoces. O tratamento dessa má oclusão representa um dos principais desafios para o ortodontista na sua prática clínica, devido ao seu complexo controle e dificuldade de predição do padrão morfogenético de crescimento do paciente até a fase adulta.
Como citar este artigo: Fontes JOL, Thiesen G. Estudo cefalométrico prospectivo dos efeitos da terapia de tração reversa da maxila associada à mecânica intermaxilar. Dental Press J Orthod. 2011 Nov-Dec;16(6):38-40.
» Os autores declaram não ter interesses associativos, comerciais, de propriedade ou financeiros que representem conflito de interesse, nos produtos e companhias descritos nesse artigo.
* Acesse www.dentalpress.com.br/revistas para ler o artigo na íntegra. ** Especialista em Ortodontia pela UNISUL. *** Mestre em Ortodontia e Ortopedia Facial PUC/RS. Professor de Ortodontia da UNISUL.
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Fontes JOL, Thiesen G
Dentre as modalidades de tratamento precoce da má oclusão de Classe III, a tração reversa da maxila constitui o protocolo mais difundido e estudado na literatura ortodôntica. A proposta dos autores do presente trabalho foi avaliar o efeito da tração reversa da maxila associada ao uso de mecânica intermaxilar mediante elásticos sagitais de Classe III. Para isso, realizou-se um estudo cefalométrico com uma amostra de 10 pacientes, sendo 6 do sexo feminino e 4 do sexo masculino, tratados consecutivamente com o aparelho expansor de Haas modificado, seguido do uso da máscara facial de Petit para tração reversa da maxila por um período de 9 meses. Ao uso da máscara foram associados elásticos com orientação de Classe III ancorados no aparelho expansor e em um arco lingual de Nance modificado (Fig. 1). As alterações dentárias, esqueléticas e tegumentares foram avaliadas por meio de
telerradiografias em norma lateral obtidas em quatro tempos distintos: T1, início do tratamento, antes da instalação dos aparelhos; T2, após 3 meses de tratamento; T3, após 6 meses de tratamento; e T4, após 9 meses de tratamento, imediatamente antes da remoção dos aparelhos. Após a coleta dos dados, realizou-se a aplicação de testes estatísticos. Os resultados demonstraram que as alterações esqueléticas mais significativas ocorreram nos primeiros 3 meses de tratamento, sendo que, após esse período, elas se mantiveram constantes até o final do tratamento. Ocorreram poucas compensações dentárias e as alterações verticais ocorridas apresentaram significado clínico reduzido. Dessa forma, os autores concluem que a terapia empregada obteve não só uma correção do trespasse horizontal, mas também uma melhora no relacionamento sagital entre as bases ósseas e na estética facial.
Figura 1 - Dispositivos ortodônticos utilizados no presente trabalho.
Questões aos autores aumenta-se o deslocamento anterior da maxila. Assim, buscamos, em pacientes em crescimento, tentar potencializar esse efeito ortopédico sem a necessidade de recursos de ancoragem esquelética ou anquilose de caninos decíduos. Usamos para isso um arco lingual reforçado com ganchos por vestibular, além de ganchos na distal do disjuntor de Haas, para utilização de elásticos com orientação de Classe III, que aplicavam de 200 a 350 gramas, 24 horas por dia. Entretanto, pela comparação dos nossos achados com os resultados descritos na
1) Quais foram os ganhos reais ao adicionar os elásticos com orientação de Classe III à terapêutica com máscara facial? Nossa ideia era avaliar os efeitos de forças intermaxilares incorporadas à terapia de protração maxilar por meio da ERM e máscara facial de Petit, visto que alguns autores relataram na literatura o uso de dispositivos intermaxilares visando potencializar os efeitos esqueléticos da tração reversa da maxila1-4. Tais autores alegam que, ao aumentar a força aplicada na protração maxilar,
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literatura, observa-se que essa terapia empregada não conseguiu aumentar drasticamente o efeito ortopédico almejado no tratamento interceptativo do Padrão III. Entretanto, em alguns pacientes bastante colaboradores, essa potencialização dos efeitos esqueléticos foi obtida5. Isso comprova que a colaboração do paciente é essencial para a obtenção de bons resultados com a protração maxilar6 e que o uso de maiores níveis de força para esses pacientes pode ser bastante benéfico.
no presente trabalho, não maximiza a participação dentoalveolar no tratamento; porém, também não foi possível potencializar significativamente os efeitos esqueléticos da terapia. Entretanto, nosso maior achado foi constatar que, dentre os efeitos gradativos ocorridos durante o tratamento, praticamente todas as alterações esqueléticas significativas ocorreram nos primeiros 3 meses de tratamento — sendo que, após esse período, elas se mantiveram praticamente constantes até o seu término.
2) A utilização dos elásticos intermaxilares não poderia potencializar o efeito ortodôntico dessa terapia? Essa era uma de nossas indagações iniciais quando planejamos essa pesquisa, além, é claro, de avaliar os efeitos dentários e esqueléticos induzidos pela terapia de protração maxilar ao longo desse tratamento (com avaliações cefalométricas de 3 em 3 meses). Assim, os resultados apresentados deixam claro que o emprego concomitante da máscara facial e terapia intermaxilar, conforme proposto
3) Vocês pretendem continuar com essa linha de pesquisa? Quais os trabalhos futuros? Sim, nossa intenção é continuar estudando formas de tratamento para o Padrão III em crescimento. Infelizmente, como não possuímos grupo controle longitudinal de pacientes Padrão III, temos a intenção de aumentar a amostra apresentada, além de compará-la com outros diferentes métodos de protração maxilar, como o uso de máscara facial isolada, mentoneira com ganchos (Skyhook), dentre outros.
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Enviado em: 18 de outubro de 2008 Revisado e aceito: 14 de maio de 2009
Endereço para correspondência Juliana de Oliveira da Luz Fontes Rua Hermínio Millis, 66 – Bom Abrigo CEP: 88.085-320 – Florianópolis/SC E-mail: juliana.fontes@gmail.com
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Original Article
Cephalometric study of tooth position in young Afro-Caucasian Brazilian individuals with normal occlusion Eduardo Jacomino Franco*, Arnaldo Pinzan**, Guilherme Janson***, José Fernando Castanha Henriques****, Célia Regina Maio Pinzan-Vercelino*****
Abstract Objective: the purpose of this study was to achieve a specific cephalometric pattern for young
Afro-Caucasian Brazilian individuals and verify the presence of dimorphism between genders. Methods: the sample was composed of 40 lateral cephalograms of young Afro-Caucasian Brazilian individuals (mulattos), 20 males (mean age 13.25 years) and 20 females (mean age 13.10 years), with normal occlusion and no previous orthodontic treatment. The cephalometric variables were determined according to the analyses of DOWNS, STEINER, RIEDEL, TWEED, McNAMARA, RICKETTS and INTERLANDI. Independent t test was applied to compare the variables between genders. Results: the maxillary and mandibular incisors were protruded and buccally tipped. There was no statistically significant difference between genders in all variables. Conclusions: it was observed that young Afro-Caucasian individuals without skeletal alterations and normal occlusion showed specific tooth position and facial features in relation to the other Brazilian ethnic groups. Keywords: Ethnic groups. Cephalometrics. Incisors.
Como citar este artigo: Franco EJ, Pinzan A, Janson G, Henriques JFC, Pinzan-Vercelino CRM. Cephalometric study of tooth position in young Afro-Caucasian Brazilian individuals with normal occlusion
» Os autores declaram não ter interesses associativos, comerciais, de propriedade ou financeiros, que representem conflito de interesse, nos produtos e companhias descritos nesse artigo.
* MSc and Specialist in Orthodontics by FOB-USP. Professor of the Specialization in Orthodontics, Rio de Janeiro and Brasilia. ** Associate Professor of Orthodontics at Bauru Dental School - USP. *** Head Professor of Orthodontics at Bauru Dental School, University of São Paulo. Coordinator of the Post Graduation Course in Orthodontics (Msc degree) at FOB-USP. **** Head Professor of Orthodontics at Bauru Dental School, University of São Paulo. Coordinator of the Post Graduation Course in Orthodontics (PhD degree) and Specialization at FOB-USP. ***** Ph.D. in Orthodontics, FOB/USP. Assistant Professor, Masters Program in Dentistry (Area of Concentration: Orthodontics), UNICEUMA (São Luís, MA).
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groups showed in the literature, indicating the need for a specific or differentiated analysis for diagnosis and orthodontic treatment planning; » there was no dimorphism between genders; » Further studies should be conducted in Afro-Caucasian individuals with skeletal discrepancy (Pattern II, Pattern III, short face and long face).
CONCLUSIONS The results showed the mean values of dental cephalometric variables in young AfroCaucasian Brazilian individuals (Pattern I) with “normal occlusion”, which leads to the following conclusions: » the distinct characteristic observed in cephalometric patterns of Afro-Caucasian individuals differs from values of other ethnic
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Enviado em: xxxx Revisado e aceito: xxxx
Contact address Eduardo Jacomino Franco Av. Araucárias- Lote 1835-qualis Odontologia- Sala 412 CEP: 71.936-250 - Brasília-DF E-mail: orthofranco@yahoo.com.br
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Artigo Inédito
Avaliação cefalométrica dos resultados do aparelho de protração mandibular (APM) associado ao aparelho fixo em relação às estruturas dentoalveolares e tegumentares em pacientes portadores de má oclusão de Classe II, 1ª divisão Alexandre Magno de Negreiros Diógenes*, Rildo Medeiros Matoso**, Emmanuelle Medeiros de Araújo***, Kenio Costa Lima****, Raniere Luiz dos Santos Sousa*****
Resumo Objetivo: avaliar cefalometricamente as alterações tegumentares e dentoalveolares em jovens brasileiros portadores de má oclusão de Classe II, 1ª divisão, tratados com APM associado à Ortodontia corretiva fixa. Métodos: a amostra consistiu-se de 28 pacientes (16 do sexo feminino e 12 do sexo masculino), com idade média de 13,06 anos, tratados por um período médio de 14,43 meses. As alterações foram medidas em 56 cefalogramas específicos, obtidos das telerradiografias laterais feitas antes e após o tratamento, por dois examinadores calibrados para identificar as alterações tegumentares e dentoalveolares, utilizando-se grandezas cefalométricas lineares e angulares. As variáveis independentes (sexo, idade, padrão facial, tipo de APM, arco, técnica e tempo de tratamento) foram consideradas e analisadas com as grandezas cefalométricas lineares e angulares. As respostas ao tratamento foram analisadas e comparadas pelos testes Wilcoxon Signed Ranks e Mann-Whitney para um nível de significância de 5%. Resultados: os resultados mostraram mudanças dentoalveolares de grande magnitude, provocando, assim, mudanças favoráveis no tecido mole. Observou-se, ainda, que as variáveis idade, tipo de APM e técnica utilizada influenciaram no tratamento. Conclusões: o APM mostrou-se uma alternativa eficaz para o tratamento da má oclusão de Classe II, 1ª divisão, propiciando alterações dentoalveolares e tegumentares com resultados clínicos satisfatórios. Palavras-chave: Cefalometria. Aparelho de Protração Mandibular. Má oclusão de Classe II, 1ª divisão. Alterações dentoalveolares e tegumentares.
Como citar este artigo: Diógenes AMN, Matoso RM, Araújo EM, Lima KC, Sousa RLS. Avaliação cefalométrica dos resultados do aparelho de protração mandibular (APM) associado ao aparelho fixo em relação às estruturas dentoalveolares e tegumentares em pacientes portadores de má oclusão de Classe II, 1ª divisão. Dental Press J Orthod. 2011 Nov-Dec;16(6):52-62.
» Os autores declaram não ter interesses associativos, comerciais, de propriedade ou financeiros, que representem conflito de interesse, nos produtos e companhias descritos nesse artigo.
* Especialista em Ortodontia pela ABO-EAP/RN. ** Mestre em Ortodontia pela USP. Professor e Coordenador da Disciplina de Ortodontia do Departamento de Odontologia da UFRN. Professor do Curso de Especialização em Ortodontia da ABO-EAP/RN. *** Especialista em Ortodontia pela ABO-EAP/RN. **** Doutor em Ciências (Microbiologia Médica) pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Professor Adjunto da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e do Programa de Pós-Graduação em Odontologia da UFRN. ***** Especialista em Ortodontia pela ABO-EAP/RN.
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po com uso dos APMs 3 e 4, devido à sua maior efetividade. 3. Técnica: verificou-se maior inclinação vestibular dos incisivos inferiores e maior extrusão nos molares superiores no grupo que utilizou braquetes da técnica Edgewise.
As variáveis independentes estudadas que apresentaram-se estatisticamente significativas foram: 1. Idade: houve maior inclinação dos incisivos inferiores no grupo com idade menor que 13,06 anos. 2. Tipo de APM: constatou-se menor extrusão de incisivos e molares superiores no gru-
Cephalometric evaluation of the effects of the joint use of a mandibular protraction appliance (MPA) and a fixed orthodontic appliance on the dentoalveolar and soft tissue structures of patients with Angle Class II, division 1 malocclusion Abstract Objective: To evaluate soft tissues and dentoalveolar cephalometric alterations in Brazilian individuals with Class II, division 1 malocclusion treated with the mandibular protraction appliance (MPA) associated with fixed orthodontic appliance. Methods: The sample consisted of 28 patients (16 females and 12 males), with mean age of 13.06 years and mean treatment time of 14.43 months. The alterations were measured through 56 lateral cephalometric radiographs obtained at the beginning and at the end of the treatment and evaluated by two examiners trained to identify the dentoalveolar and soft tissues changes assessed by linear and angular cephalometric measurements. The independents variables (gender, age, facial pattern, MPA version, archwire, technique, usage time) were considered and analyzed with the linear and angular cephalometric measurements. The responses of the treatment were analyzed and compared using the Wilcoxon Signed Ranks and Mann-Whitney tests with a 5% level of significance. Results: Significant dentoalveolar changes occurred, resulting in an improvement in the soft tissue. In addition, it was observed that age, MPA model and used technique influenced on the treatment. Conclusions: The MPA was effective for Class II, division 1 treatment presenting changes in the dentoalveolar and soft tissue structures with satisfactory clinical results. Keywords: Cephalometrics. Mandibular Protraction Appliance. Class II, division 1. Dentoalveolar and soft tissues changes.
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Avaliação cefalométrica dos resultados do aparelho de protração mandibular (APM) associado ao aparelho fixo em relação às estruturas dentoalveolares e tegumentares em pacientes portadores de má oclusão de Classe II, 1ª divisão
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Enviado em: 26 de agosto de 2008 Revisado e aceito: 21 de abril de 2009
Endereço para correspondência Alexandre Magno de Negreiros Diógenes Rua Duodécimo Rosado, 322 – Nova Betânia CEP: 59.607-020 – Mossoró / RN E-mail: clinicaalexandrediogenes@bol.com.br
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Artigo Inédito
Resistência ao cisalhamento da colagem dos compósitos Concise e Transbond XT com e sem agente de união Alexandre Maêda Neves*, Fábio Lourenço Romano**, Américo Bortolazzo Correr***
Resumo Objetivo: avaliar a resistência ao cisalhamento da colagem de braquetes e o Índice de Rema-
nescente de Adesivo (IRA) dos compósitos Concise e Transbond XT com ou sem agente de união. Métodos: a amostra consistiu de 60 incisivos bovinos divididos em 4 grupos (n=15). Em todos os corpos de prova foram realizados profilaxia com pedra-pomes e condicionamento do esmalte com ácido fosfórico a 37%. Nos Grupos 1 e 2, foram colados braquetes com o compósito Concise, respectivamente, com e sem aplicação da resina fluida. Nos Grupos 3 e 4, utilizou-se o Transbond XT, respectivamente, com e sem aplicação do XT Primer. Nesses dois últimos grupos, as colagens foram fotopolimerizadas por 40 segundos. O ensaio de resistência ao cisalhamento da amostra foi realizado em máquina Instron à velocidade de 0,5mm/min e, em seguida, foi avaliado o IRA. Resultados: com relação à resistência ao cisalhamento, o Grupo 4 foi estatisticamente superior aos Grupos 1 e 2 (p<0,05) e sem diferença estatística significativa em relação ao Grupo 3 (p>0,05). Não foram encontradas diferenças estatísticas significativas entre os Grupos 1, 2 e 3 (p>0,05). Como resultados do IRA, o Grupo 3 foi estatisticamente superior ao Grupo 2 (p<0,05), porém sem diferenças estatísticas significativas em relação ao Grupos 1 e 4 (p>0,05). Não foram encontradas diferenças estatísticas significativas entre os grupos 1, 2 e 4 (p>0,05). Conclusão: os compósitos Concise e Transbond XT obtiveram valores de resistência adesiva adequados com ou sem a utilização de seus respectivos agentes de união. Palavras-chave: Resistência ao cisalhamento. Colagem dentária. Ortodontia.
INTRODUÇÃO Inicialmente, para realização do tratamento ortodôntico eram utilizados acessórios soldados a bandas cimentadas em todos os dentes, o que exigia que fossem previamente separados.
Essa montagem do aparelho comprometia a estética do paciente, causava infiltrações e doenças gengivais, além de ser extremamente traumática e consumir muitas horas de cadeira1,2. Com o desenvolvimento da técnica do condicionamento ácido6,
Como citar este artigo: Neves AM, Romano FL, Correr AB. Resistência ao cisalhamento da colagem dos compósitos Concise e Transbond XT com e sem agente de união. Dental Press J Orthod. 2011 Nov-Dec;16(6):63-8.
» Os autores declaram não ter interesses associativos, comerciais, de propriedade ou financeiros que representem conflito de interesse, nos produtos e companhias descritos nesse artigo.
* Especialista em Ortodontia pela Faculdade de Odontologia da Universidade Federal de Alfenas - UNIFAL/MG. ** Professor Doutor do Departamento de Clínica Infantil, Odontologia Preventiva e Social, área de Ortodontia da Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo. *** Doutor em Materiais Dentários pela Faculdade de Odontologia de Piracicaba da Universidade Estadual de Campinas.
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Neves AM, Romano FL, Correr AB
Conclusão 1. Os compósitos Concise e Transbond XT obtiveram valores de resistência adesiva adequados com ou sem a utilização de seus respectivos agentes de união. 2. A ausência do agente de união não interferiu na adesão dos compósitos Concise e Transbond XT ao esmalte bovino. 3. Na avaliação do IRA, a maioria das fraturas ocorreu na interface braquete/compósito, restando material aderido ao esmalte após a descolagem.
É importante avaliar o IRA após o procedimento de descolagem para verificar a quantidade de compósito aderido ao esmalte, sendo ideal que todo o material utilizado na colagem permaneça aderido à superfície dentária (escore 33). Nos grupos desse experimento, a maioria das fraturas ocorreu na interface braquete/compósito, restando alguma quantidade de compósito no esmalte, com predominância do escore 33. Esses achados são comumente encontrados em trabalhos que utilizaram compósitos como material de fixação de acessórios14,20,23.
Shear bond strength of composites Concise and Transbond XT with and without bonding agent Abstract Objective: The aim of this study was to evaluate the shear bond strength of brackets and the Adhesive Remnant Index (ARI) of composites Concise and Transbond XT with and without the use of a bonding agents. Methods: The sample consisted of 60 bovine incisors divided into four groups (n=15). All teeth were subjected to prophylaxis with pumice and enamel etching with phosphoric acid at 37%. In Groups 1 and 2 brackets were bonded with Concise composite with and without application of enamel bond resin, respectively. In Groups 3 and 4, Transbond XT was used with and without XT Primer application, respectively. In these latter two groups bonding was light-cured for 40 seconds. Specimen shear strength testing was performed on an Instron machine at 0.5 mm/min, and ARI was subsequently evaluated. Results: Shear strength in Group 4 was statistically different from Groups 1 and 2 (p<0.05) but not from Group 3 (p>0.05). There were no significant differences between Groups 1, 2 and 3 (p> 0.05). ARI in Group 3 was statistically higher than in Group 2 (p<0.05), but not significantly different from Groups 1 and 4 (p>0.05). There were no significant differences between Groups 1, 2 and 4 (p>0.05). Conclusion: The composites Concise and Transbond XT showed adequate bond strength with or without the use of their respective bonding agents. Keywords: Shear strength. Dental bonding. Orthodontics.
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Resistência ao cisalhamento da colagem dos compósitos Concise e Transbond XT com e sem agente de união
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Enviado em: 18 de setembro de 2008 Revisado e aceito: 26 de abril de 2009
Endereço para correspondência Fabio Lourenço Romano AV: Engenheiro José Herbert Faleiros, 600 - casa 78 CEP: 14.098-780 – Ribeirão Preto/SP E-mail: flromano@terra.com.br
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Artigo Inédito
Análise de Bolton: uma proposta alternativa para a simplificação de seu uso Karina Eiras Dela Coleta Pizzol*, joão roberto gonçalves**, ary dos santos-pinto**, adriano porto peixoto***
Resumo Introdução: as discrepâncias entre o tamanho mesiodistal dos dentes superiores e inferiores
e seus efeitos sobre a oclusão têm sido relatados há muito tempo. O método proposto por Bolton para o diagnóstico de discrepância de tamanho dentário é, inegavelmente, um dos mais difundidos no meio ortodôntico, devido à sua relativa simplicidade. Entretanto, a aplicação desse método requer cálculos matemáticos e o uso de tabelas que, muitas vezes, inviabilizam a sua utilização durante a avaliação clínica. Objetivo: avaliar o método proposto por Wolford, que não requer o uso de tabelas, como alternativa ao método tradicional de Bolton. Métodos: a amostra foi composta por 90 pares de modelos dentários iniciais de pacientes adultos, com diferentes más oclusões. A proporção entre os dentes inferiores e superiores foi calculada para cada paciente, resultando na obtenção de dois índices (a razão total e a razão anterior). Os índices foram obtidos por meio do método originalmente proposto por Bolton e por um método alternativo, composto por duas fórmulas (uma simplificada e a variação da mesma), que foram analisadas separadamente. Resultados: comparadas ao método de Bolton, as fórmulas simplificadas mostraram uma tendência de superestimar as discrepâncias dentárias inferiores (total e anterior), embora em pequena proporção. Conclusões: ambas as fórmulas do método alternativo podem ser utilizadas em substituição ao método tradicional, uma vez que mostraram diferenças médias menores que 0,58mm quando comparadas ao método de Bolton, não apresentando, portanto, significância clínica. Palavras-chave: Análise de Bolton. Discrepância de tamanho dentário. Diagnóstico. Tratamento ortodôntico.
INTRODUÇÃO Uma oclusão normal pode ser definida como aquela que apresenta 28 dentes corretamente ordenados na arcada e em harmonia com todas
as forças estáticas e dinâmicas que sobre eles atuam, ou seja: a oclusão normal é estável, sã e esteticamente atrativa19. Contudo, inúmeros fatores exercem influência no correto relacionamento
Como citar este artigo: Pizzol KEDC, Gonçalves JR, Santos-Pinto A, Peixoto AP. Análise de Bolton: uma proposta alternativa para a simplificação de seu uso. Dental Press J Orthod. 2011 Nov-Dec;16(6):69-77.
» Os autores declaram não ter interesses associativos, comerciais, de propriedade ou financeiros que representem conflito de interesse, nos produtos e companhias descritos nesse artigo.
* Doutora em Ortodontia pela Faculdade de Odontologia de Araraquara (UNESP). Professora da disciplina de Ortodontia dos cursos de graduação e pós-graduação do Centro Universitário de Araraquara (UNIARA). ** Professor do Departamento de Clínica Infantil da Faculdade de Odontologia de Araraquara (UNESP). *** Mestre em Ortodontia pela Faculdade de Odontologia de Araraquara (UNESP). Doutorando em Ciências Odontológicas, área de Ortodontia, Faculdade de Odontologia de Araraquara (UNESP).
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Pizzol KEDC, Gonçalves JR, Santos-Pinto A, Peixoto AP
Bolton analysis: An alternative proposal for simplification of its use Abstract Introduction: Mesiodistal size discrepancies between upper and lower teeth and its effects on occlusion have already been reported. The Bolton’s method for diagnosing tooth size discrepancies is, undeniably, one of the most spread out among orthodontists due to its simple usage. However, the application of this method requires mathematical calculations, which many times hinder its use during the clinical evaluation. Objective: Evaluate an alternative method (presented by Wolford) that does not require the use of tables, aiming at substituting the Bolton’s traditional method. Methods: The sample was composed by 90 pairs of initial dental models of adult patients, with different malocclusions. The ratio between inferior and superior teeth was calculated for each patient, resulting in the attainment of two indices: The total ratio and the anterior ratio. The indices had been obtained by Bolton’s method and an alternative method, composed by 2 formulas (one simplified and the other, the variation of this one), that had been separately analyzed. Results: Compared with Bolton’s method, the simplified formulas had shown a trend to overestimate inferior dental discrepancies (total and anterior), although in small proportion. Conclusion: Both formulas of the alternative method can be used in substitution to the traditional method, as they had shown mean differences smaller than 0.58 mm (not clinically significant), when compared with the Bolton’s method. Keywords: Bolton’s analysis. Tooth size discrepancy. Diagnosis. Orthodontic treatment planning.
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Enviado em: 19 de setembro de 2007 Revisado e aceito: 12 de dezembro de 2009
Endereço para correspondência Karina Eiras Dela Coleta Pizzol Av. Maria Antonia Camargo de Oliveira, 170, Vila Suconasa CEP: 14.807-120 – Araraquara/SP E-mail: nkpizzol@ig.com.br
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Artigo Inédito
Modificações no pogônio e no nariz de acordo com o modo respiratório Orlando Tanaka*, Suelem Tisiane Fabianski**, Lílian Mary Karakida**, Luégya Amorin Henriques Knop***, Luciana Borges Retamoso***
Resumo Introdução: o perfil mole do indivíduo é resultado de mudanças complexas que ocorrem nos tecidos duros e moles das estruturas faciais. O pogônio e o nariz são estruturas dominantes na face e influenciam no grau de convexidade do perfil. Assim, é fundamental a análise das estruturas do pogônio e a inclusão das estruturas nasais no plano de tratamento ortodôntico. Objetivo: avaliar longitudinalmente as modificações dimensionais no plano anteroposterior do pogônio e do nariz de indivíduos com má oclusão de Classe II, divisão 1 de Angle, em dois momentos distintos do desenvolvimento craniofacial. Métodos: foram realizados traçados cefalométricos sobre telerradiografias em norma lateral de 40 indivíduos, sendo 23 respiradores predominantemente nasais (RN) e 17 predominantemente bucais (RB). Resultados: foram obtidas as medidas lineares e angulares LS’-Pog’, LS’-B’, B’-Pog’, Pog’-PogTeg’, Linha NB, Pog-NB, N’-Prn, Prn-NPog, N-Prn-Sn e Prn-Sn-LS. O teste ANOVA a dois critérios com medidas repetidas foi aplicado para indicar diferenças entre os valores médios dessas variáveis segundo os momentos e/ou modo respiratório. Observou-se que as variáveis LS’-B’, Pog’-PogTeg’, Linha NB e Pog-NB, N’-Prn, Prn-NPog, N-Prn-Sn e Prn-Sn-LS apresentaram diferença significativa (p≤0,05) quando comparados os momentos final e inicial, embora não houvesse diferença significativa entre os modos respiratórios. Em nenhuma das variáveis se observou interação entre o modo respiratório e os momentos. Conclusão: há alteração estatisticamente significativa do pogônio e do nariz no plano anteroposterior no decorrer do crescimento, porém sem qualquer interferência do modo respiratório. Palavras-chave: Nariz. Pogônio. Respiração nasal. Respiração bucal.
INTRODUÇÃO O perfil mole do indivíduo é resultado de mudanças que ocorrem nos tecidos esqueléticos e tegumentares das estruturas da face, e a inter-relação entre os componentes dos tecidos moles
da face — como o nariz, os lábios e o pogônio — modifica-se durante o crescimento e no decorrer do tratamento ortodôntico. Sendo assim, é importante compreender as tendências normais do crescimento dessas estruturas18. Ao nascimento,
Como citar este artigo: Tanaka O, Fabianski ST, Karakida LM, Knop LAH, Retamoso LB. Modificações no pogônio e no nariz de acordo com o modo respiratório. Dental Press J Orthod. 2011 Nov-Dec;16(6):78-83.
» Os autores declaram não ter interesses associativos, comerciais, de propriedade ou financeiros que representem conflito de interesse, nos produtos e companhias descritos nesse artigo.
* Professor Titular do Curso de Odontologia da PUCPR. Diplomado pelo Board Brasileiro de Ortodontia. ** Estudante da graduação em Odontologia na PUCPR. *** Estudante do mestrado em Ortodontia na PUCPR.
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Tanaka O, Fabianski ST, Karakida LM, Knop LAH, Retamoso LB
Changes in pogonion and nose according to breathing patterns Abstract Introduction: The soft profile results from complex changes in the head and facial soft tissues. The pogonion and the nose are dominant facial structures that determine the degree of profile convexity and should, therefore, be analyzed and included in orthodontic treatment planning. Objective: To conduct a longitudinal evaluation of the anteroposterior dimensional changes of the pogonion and the nose of individuals with Angle Class II, division 1 malocclusion at two time points during craniofacial development. Methods: Cephalometric tracings of lateral radiographs were obtained for 40 individuals classified according to their predominant breathing pattern; 23 were nose breathers (NB), and 17, mouth breathers (MB). Results: Linear and angular measures were obtained: Ls-Pog, Ls-B, B-Pog, Pog-soft tissue Pog, NB Line, Pog-NB, N-Prn, Prn-NPog, N-Prn-Sn and Prn-SnLs. Two-way ANOVA was used to detect differences between mean values according to time points and breathing patterns. The Ls-B, Pog-soft tissue Pog, NB Line and Pog-NB, N-Prn, Prn-NPog, N-Prn-Sn and Prn-Sn-Ls variables had significant differences (p≤0.05) between the two time points, but there were no significant differences between breathing patterns. No interaction was found between breathing patterns and time points for any variable. Conclusion: The pogonion and the nose undergo significant changes in the anteroposterior plane along growth, but breathing patterns do not affect changes significantly. Keywords: Nose. Pogonion. Nose breathing. Mouth breathing.
Referências 1. 2. 3.
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Enviado em: 7 de novembro de 2007 Revisado e aceito: 25 de fevereiro de 2009
Endereço para correspondência Orlando Tanaka Rua Imaculada Conceição, 1155 – Centro CEP: 80.215-901 – Curitiba / PR E-mail: tanakaom@gmail.com
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Artigo Inédito
Respiração bucal no contexto multidisciplinar: percepção de ortodontistas da cidade do Recife Valdenice Aparecida de Menezes*, Luiza Laranjeira Cavalcanti**, Tâmara Cavalcanti de Albuquerque**, Ana Flávia Granville Garcia***, Rossana Barbosa Leal****
Resumo Objetivo: avaliar o conhecimento de cirurgiões-dentistas especialistas em Ortodontia da ci-
dade de Recife/PE, Brasil, sobre respiração bucal, bem como verificar os seus protocolos de atendimento. Métodos: estudo transversal mediante entrevista individual e estruturada com 90 profissionais inscritos na Sociedade Pernambucana de Ortodontia e Ortopedia Facial. O formulário contendo 14 perguntas foi testado pelo método de validação de “face”. Resultados: o sexo feminino foi prevalente (55,6%); para 78,9% dos pesquisados, a maior titulação foi a especialização; a maioria trabalhava apenas em clínica particular (67,8%) e 38,9% dos entrevistados eram docentes. Os critérios de diagnóstico mais utilizados foram: postura corporal (97,8), vedamento labial (96,7) e olheiras (86,7%), com percentuais semelhantes entre os grupos quanto ao tempo de graduado; o uso da placa metálica de Glatzel foi baixo (3,3%). Com relação às sequelas da respiração bucal, os maiores percentuais foram para as alterações craniofaciais 94,4% (más oclusões) e as corporais 37,8% (postura). O tempo de duração da respiração bucal (84,4%) foi o item mais citado pelos pesquisados como associado a sequelas. Para nenhum dos itens avaliados verificou-se associação significativa com o tempo de graduado, ao nível de significância de 5%. Para a maioria dos entrevistados, tanto do serviço público como privado, o protocolo de atendimento do respirador bucal deve ser realizado por uma equipe multidisciplinar. Conclusões: a maioria dos entrevistados, independentemente da experiência profissional, tem conhecimento da síndrome do respirador bucal e da necessidade de um tratamento diferenciado dentro de uma visão abrangente de multidisciplinaridade. Palavras-chave: Respiração bucal. Ortodontia. Percepção.
INTRODUÇÃO A respiração bucal é um distúrbio respiratório comum na infância e um dos problemas mais preocupantes de saúde pública5. A sua duração prolon-
gada pode ocasionar15,16,21 uma série de alterações estruturais e funcionais do sistema estomatognático, com repercussões nos contextos físico, psicológico e social. Os problemas advindos dessa síndrome e
Como citar este artigo: Menezes VA, Cavalcanti LL, Albuquerque TC, Garcia AFG, Leal RB. Respiração bucal no contexto multidisciplinar: percepção de ortodontistas da cidade do Recife. Dental Press J Orthod. 2011 Nov-Dec;16(6):84-92.
» Os autores declaram não ter interesses associativos, comerciais, de propriedade ou financeiros que representem conflito de interesse, nos produtos e companhias descritos nesse artigo.
* Doutora em Odontopediatria pela Faculdade de Odontologia da FOP/UPE. Professora da Faculdade ASCES e Universidade de Pernambuco (UPE). ** Aluna de Graduação em Odontologia, Faculdade ASCES. *** Doutora em Odontopediatria pela Faculdade de Odontologia da FOP/UPE. Professora do Departamento de Odontologia da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB). **** Professora Assistente da Faculdade ASCES.
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Menezes VA, Cavalcanti LL, Albuquerque TC, Garcia AFG, Leal RB
atendimento integrado para a melhoria da qualidade de vida do indivíduo16,21. Contudo, a dificuldade de acesso aos serviços públicos e o desconhecimento da população sobre as sequelas provocadas pela patologia em si podem interferir nesse contexto.
centração, agitação, ansiedade, medo, depressão, desconfiança, impulsividade6,19 e dificuldades de aprendizagem20,30. Esses dados confirmam a opinião dos entrevistados e de outros autores1,7, para os quais é fundamental a prevenção e o diagnóstico precoce da respiração bucal, objetivando reduzir o comprometimento do ajuste psicossocial. A maioria dos profissionais pesquisados reconhece o respirador bucal como um paciente especial, portador de uma série de afecções e sequelas, que necessita de um tratamento diferenciado e interdisciplinar, dentro de uma visão abrangente de multidisciplinaridade (Tab. 4, 5). Esse fato pode ser justificado pela ênfase dada ao problema nos últimos anos, reconhecendo-se a importância do
CONCLUSÕES » Um percentual elevado de profissionais tem conhecimento da síndrome da respiração bucal e de suas sequelas para o paciente. » O tratamento multidisciplinar é imprescindível para a reabilitação integral do indivíduo de acordo com a maioria dos ortodontistas/ortopedistas pesquisados.
Mouth breathing within a multidisciplinary approach: Perception of orthodontists in the city of Recife, Brazil Abstract Objectives: To assess the knowledge of orthodontists in the city of Recife, Brazil, about mouth breathing, and to examine their treatment protocols. Methods: In this cross-sectional study, members of the Orthodontics and Facial Orthopedics Association of Pernambuco responded individual structured interviews. A form with 14 questions, validated using the face value method, was used to collect data. The level of significance was set at 5%. Results: Of the 90 participants, 55.6% were women; the highest educational level was a specialization degree for 78.9%; most worked only in private practice (67.8%), and 38.9% were also professors. The most frequent diagnostic criteria were: body posture (97.8%), lip sealing (96.7%), and dark circles under the eyes (86.7%), and these percentages were similar for groups according to years since graduation. The use of the Glatzel mirror was infrequent (3.3%). The most frequently mentioned mouth breathing sequelae were craniofacial (94.4%) and body posture (37.8%) changes. According to interviewees, mouth breathing duration (84.4%) was the item most often associated with sequelae. There were no significant associations between years since graduation and any of the factors under analysis. Most respondents, whether working in private clinics or in the public healthcare system, believed that mouth breathers should be treated by a multidisciplinary team. Conclusions: Most orthodontists, regardless of experience, have knowledge of the mouth breathing syndrome and understand the need of specialized treatment within a multidisciplinary approach. Keywords: Mouth breathing. Orthodontics. Perception.
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Respiração bucal no contexto multidisciplinar: percepção de ortodontistas da cidade do Recife
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Enviado em: 13 de novembro de 2007 Revisado e aceito: 4 de dezembro de 2008
Endereço para correspondência Valdenice Aparecida de Menezes Rua Carlos Pereira Falcão 811/602 – Boa Viagem CEP: 51.021-350 – Recife/PE E-mail: valdmenezes@hotmail.com
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Artigo Inédito
Avaliação das tensões liberadas por elásticos ortodônticos em cadeia: estudo in vitro Claudia Kochenborger*, Dayanne Lopes da Silva**, Ernani Menezes Marchioro***, Diogo Antunes Vargas****, Luciane Hahn*****
Resumo Introdução: os materiais elastoméricos são considerados importantes fontes de força para a movimentação ortodôntica. Objetivo: avaliar a liberação de tensões de quatro marcas comerciais
de elásticos ortodônticos em cadeia (Morelli, Ormco, TP e Unitek), em função do tempo, quando mantidas tensionadas por uma força inicial de 150g e imersas em saliva artificial a 37ºC. Métodos: os elásticos em cadeia foram tensionados entre pinos de aço, fixados em uma placa de resina acrílica à distância de 15mm (Morelli e TP) e de 16mm (Unitek e Ormco), ambas medidas correspondendo a uma força de 150g. A leitura da quantidade de tensão liberada pelos elásticos foi realizada com um dinamômetro nos intervalos 30 minutos, 7, 14 e 21 dias. Os dados obtidos foram submetidos à análise de variância (ANOVA) (p≤0,05) e ao teste de Comparações Múltiplas de Tukey. Resultados: após 30 minutos de teste, verificou-se redução entre 19% e 26,67% na quantidade de tensão liberada pelos elásticos; e entre 36,67% e 57% após 21 dias de estiramento constante. Conclusões: os elásticos em cadeia que apresentaram comportamento mais estável foram os da marca TP, pois relataram menor perda de potencial elástico nos intervalos de tempo testados. Os da marca Unitek demonstraram maior redução de tensão liberada. As marcas Ormco e Morelli obtiveram resultados semelhantes entre si. Palavras-chave: Elastômeros. Materiais dentários. Saliva artificial. Elasticidade.
INTRODUÇÃO E REVISÃO DE LITERATURA A biomecânica ortodôntica utiliza sistemas de forças que têm como objetivo promover a movimentação dentária na arcada. Existem atualmente no mercado sistemas de braquetes autoligáveis7 que eliminam a necessidade da utilização de elásticos modulares durante o tra-
tamento. Entretanto, quando se fala de braquetes convencionais, os materiais elastoméricos são considerados importantes fontes de força para a movimentação de dentes. O termo elastômero refere-se a materiais que retornam à sua configuração inicial após sofrerem deformação5,12.
Como citar este artigo: Kochenborger C, Silva DL, Marchioro EM, Vargas DA, Hahn L. Avaliação das tensões liberadas por elásticos ortodônticos em cadeia: estudo in vitro. Dental Press J Orthod. 2011 Nov-Dec;16(6):93-9.
» Os autores declaram não ter interesses associativos, comerciais, de propriedade ou financeiros que representem conflito de interesse, nos produtos e companhias descritos nesse artigo.
* Aluna do curso de Especialização em Ortodontia na Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (FO-PUCRS). ** Mestranda em Ortodontia na Universidade Federal do Rio de Janeiro (FO-UFRJ). *** Doutor em Ortodontia pela UNESP-Araraquara. Mestre em Ortodontia pela FO-UFRJ. Professor Adjunto da disciplina de Ortodontia na FO-PUCRS. **** Especialista em Ortodontia pela FO-PUCRS. Mestrando em Ortodontia na FO-PUCRS. ***** Doutora em Ortodontia pela UNESP-Araraquara. Coordenadora do curso de Especialização em Ortodontia da Sobracursos.
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Kochenborger C, Silva DL, Marchioro EM, Vargas DA, Hahn L
Assessment of force decay in orthodontic elastomeric chains: An in vitro study Abstract Introduction: Elastomeric materials are considered important sources of orthodontic forces. Objectives: To assess force degradation of four commercially available orthodontic elastomeric chains (Morelli, Ormco, TP and 3M Unitek) over time, while kept continuously stretched by a force of 150 g and placed into synthetic saliva at 37 ºC. Methods: The synthetic elastics were stretched between stainless steel pins fixed to an acrylic resin plate at a distance equivalent to a force of 150 g (15 mm - Morelli and TP; 16 mm - Unitek and Ormco). Intensity of forces delivered was read by a dynamometer at different intervals: 30 minutes, 7 days, 14 days and 21 days. The results were subjected to statistical tests (ANOVA and Tukey). Results: There were reductions between 19% and 26.67% after 30 minutes, and between 36.67% and 57% after 21 days of activation in the amount of stress generated by the elastics during the tests. Conclusions: TP elastomeric chains exhibited a smaller percentage of force decay and showed greater stability at all intervals tested, while the 3M Unitek brand displayed a higher percentage of force degradation, even when compared to the Ormco and Morelli brands, which achieved similar results. Keywords: Elastomers. Dental materials. Synthetic saliva. Elasticity.
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Enviado em: 2 de fevereiro de 2010 Revisado e aceito: 15 de agosto de 2011
Endereço para correspondência Cláudia Kochenborger Rua Felizardo Furtado, 279-501 CEP: 90.670-090 – Porto Alegre/RS E-mail: clauk83@hotmail.com
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Artigo Inédito
Tratamento ortodôntico-cirúrgico da assimetria facial esquelética: relato de caso Susiane Allgayer*, Fernanda Santos Mezzomo**, Waldemar Daudt Polido***, Gabriella Rosenbach****, Carlos Alberto Estevanell Tavares*****
Resumo Introdução: as assimetrias faciais representam um desequilíbrio entre as estruturas esque-
léticas homólogas da face. A maioria das pessoas apresenta algum grau de assimetria facial, pois é rara a condição de perfeita simetria. Todavia, somente quando é perceptível aos olhos do paciente, essa assimetria passa a ser relevante. Em tal condição, a correção ortocirúrgica ou o tratamento ortodôntico são possibilidades normalmente adotadas. Objetivo: o presente trabalho, baseado em uma revisão de literatura, é ilustrado por um caso clínico cujo tratamento consistiu em cirurgia ortognática Le Fort I para avanço e rotação da maxila e, na mandíbula, o tratamento foi conservador. Conclusão: o conhecimento da queixa principal e da expectativa do paciente e exames de diagnóstico bem realizados são itens importantes na decisão do plano de tratamento e no sucesso do resultado final. Palavras-chave: Assimetria facial. Ortodontia corretiva. Extração dentária. Estética.
INTRODUÇÃO A simetria facial se refere a um estado de equilíbrio em que os dois lados da face se relacionam perfeitamente bem e, portanto, apresentam o mesmo tamanho, mesma forma e mesma posição. Inversamente, o termo assimetria é utilizado quando existe um desequilíbrio quanto às partes homólogas componentes do complexo dentofacial, assim afetando a proporção entre as estruturas1.
Muitas vezes, a assimetria facial se apresenta de forma subclínica. Nessa condição, a desarmonia esquelética existe, porém está mascarada pelos tecidos moles que a recobrem2,3. Assim, os tecidos moles que se sobrepõem às estruturas ósseas, como o músculo masseter, podem minimizar ou até mesmo compensar uma deformidade esquelética presente. Portanto, quando existe uma discrepância entre as medidas esqueléticas e a aparência facial,
Como citar este artigo: Allgayer S, Mezzomo FS, Polido WD, Rosenbach G, Tavares CAE. Tratamento ortodôntico-cirúrgico da assimetria facial esquelética: relato de caso. Dental Press J Orthod. 2011 Nov-Dec;16(6):100-10.
» Os autores declaram não ter interesses associativos, comerciais, de propriedade ou financeiros que representem conflito de interesse, nos produtos e companhias descritos nesse artigo.
* Aluna do curso de Doutorado em Ortodontia da PUCRS. Mestre em Ortodontia e Ortopedia Facial pela PUC/RS. Especialista em Ortodontia pela ABO/RS e Especialista em Endodontia pela UPF. ** Especialista em Ortodontia pela ABO/RS. *** Doutor e Mestre em Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial pela PUC/RS. Coordenador do curso de especialização em implantodontia ABORS. **** Mestre e Especialista em Ortodontia pela UERJ. Professora do Curso de Especialização em Ortodontia da ABORS. ***** Doutor e Mestre em Ortodontia pela UFRJ. Professor do Curso de Especialização em Ortodontia da ABORS. Diplomado pelo Board Brasileiro de Ortodontia e Ortopedia Facial (BBO).
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Tratamento ortodôntico-cirúrgico da assimetria facial esquelética: relato de caso
Orthodontic-surgical treatment of skeletal facial asymmetry: Case report Abstract Introduction: Facial asymmetries consist of an imbalance between the homologous skeletal structures of the face. Most people present some degree of facial asymmetry, since a state of perfect balance is rare. The asymmetry is relevant only when it is perceivable by the patient. The orthodontic surgical correction or orthodontic treatment are normally adopted for this condition. Objective: This study, based on a literature review, has been illustrated by a case report comprising Le Fort I orthognathic surgery for maxillary advancement and rotation, with conservative treatment in the mandible. Conclusion: Knowledge on the patient’s chief complaint and expectations, as well as proper diagnostic examinations, are important factors to decide the treatment plan and for the final treatment outcome. Keywords: Facial asymmetry. Corrective orthodontics. Tooth extraction. Esthetics.
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Enviado em: 29 de agosto de 2010 Revisado e aceito: 20 de janeiro de 2011
Endereço para correspondência Susiane Allgayer Rua Furriel Luiz Antônio de Vargas, 134 – Mont’Serrat CEP: 90.470-130 – Porto Alegre/RS E-mail: susianeallgayer@gmail.com
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Artigo Inédito
Coleta e cultura de células-tronco obtidas da polpa de dentes decíduos: técnica e relato de caso clínico Alan Araujo de Jesus*, Milena Botelho Pereira Soares**, Ana Prates Soares***, Renata Campos Nogueira****, Elisalva Teixeira Guimarães*****, Telma Martins de Araujo******, Ricardo Ribeiro dos Santos*******
Resumo Introdução: as células-tronco (CT) possuem capacidade de induzir a regeneração tecidual
e, portanto, apresentam um potencial terapêutico. Assim como a medula óssea e o cordão umbilical, a polpa dentária é uma das fontes disponíveis de CT. O seu fácil acesso e o fato de os dentes decíduos não serem órgãos vitais, que normalmente são descartados após a esfoliação, provêm um atrativo para testes de segurança e viabilidade terapêutica dessas células. Objetivos: descrever a coleta, o isolamento e o cultivo de CT obtidas da polpa de dentes decíduos, assim como a sua caracterização por meio de citometria de fluxo e da indução da diferenciação em linhagens osteogênica e adipogênica. Métodos: as CT foram obtidas de forma relativamente simples e apresentaram boa capacidade proliferativa, mesmo a partir de pouca quantidade de tecido pulpar. Resultados: a análise por citometria de fluxo confirmou as características de CT mesenquimais, com baixos níveis de expressão dos antígenos CD34 e CD45, que são marcadores de células hematopoiéticas, e altos níveis de expressão dos antígenos CD105, CD166, CD90 e CD73, que são marcadores de CT mesenquimais. A plasticidade das células foi confirmada pela identificação de depósitos de cálcio nas culturas que receberam meio osteogênico, e de acúmulo lipídico intracelular nas culturas que receberam meio adipogênico. Conclusões: as CT de dentes decíduos têm um potencial promissor de aplicação em regeneração tecidual. Sendo assim, é importante difundir entre os cirurgiões-dentistas o conhecimento sobre a existência e as características dessa fonte de CT, discutindo a técnica utilizada, suas limitações e possíveis indicações. Palavras-chave: Células-tronco. Terapia tecidual. Técnicas de cultura de células. Dentes natais.
Como citar este artigo: Jesus AA, Soares MBP, Soares AP, Nogueira RC, Guimarães ET, Araujo TM, Santos RR. Coleta e cultura de células-tronco obtidas da polpa de dentes decíduos: técnica e relato de caso clínico. Dental Press J Orthod. 2011 Nov-Dec;16(6):111-8. * ** *** **** ***** ****** *******
» Os autores declaram não ter interesses associativos, comerciais, de propriedade ou financeiros que representem conflito de interesse, nos produtos e companhias descritos nesse artigo.
Doutor em Biotecnologia pela UEFS/Fiocruz. Pesquisadora Titular da Fundação Oswaldo Cruz/BA. Coordenadora do Laboratório de Engenharia Tecidual e Imunofarmacologia (LETI). Graduada em Odontologia pela UFB. Mestre em Biotecnologia pela UEFS/Fiocruz. Doutora em Patologia pela Fiocruz/BA. Professora Titular de Ortodontia na UFBA. Presidente do Board Brasileiro de Ortodontia e Ortopedia Facial. Pesquisador Titular do Centro de Pesquisas Gonçalo Moniz Fiocruz/BA. Coordenador de pesquisas básicas do Hospital São Rafael (HSR) – Monte Tabor, Centro Ítalo Brasileiro de Promoção Sanitária.
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Jesus AA, Soares MBP, Soares AP, Nogueira RC, Guimarães ET, Araujo TM, Santos RR
Collection and culture of stem cells derived from dental pulp of deciduous teeth: Technique and clinical case report Abstract Introduction: Stem cells (SC) are cells capable of inducing tissue regeneration, and therefore present a therapeutic potential. In addition to the bone marrow and the umbilical cord, the dental pulp is one of the available sources of SC. Furthermore, the facts that deciduous teeth are easily accessed and are not vital organs, usually discarded after exfoliation, make SC from the pulp of human exfoliated deciduous teeth attractive to be used for safety and viability tests. Objectives: To describe the collection, isolation and culture of SC obtained from the pulp of deciduous teeth, as well as their characterization by flow cytometry and the induction of these cells into osteogenic and adipogenic lineages. Methods: The SC were easily obtained and showed a good proliferation capacity, even coming from a small amount of pulp tissue. Results: The flow cytometry analysis confirmed the mesenchimal SC characteristics of the cells, with low level of expression of CD34 and CD45 antigens, which are markers for hematopoietic cells, and high levels of CD105, CD166, CD90 and CD73 antigens, which are mesenchymal SC markers. The plasticity of the cells was confirmed by the identification of calcium deposits in cultures that received osteogenic medium and intracellular lipid accumulation in the cultures that received the adipogenic medium. Conclusion: The application of SC obtained from deciduous teeth for tissue regeneration is promising and should be further investigated. This highlights the importance of spreading among dentists the knowledge about the existence and characteristics of this source of SC, discussing the technique, its limitations and possible applications. Keywords: Stem cells. Cell culture techniques. Deciduous teeth.
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Coleta e cultura de células-tronco obtidas da polpa de dentes decíduos: técnica e relato de caso clínico
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Enviado em: 21 de fevereiro de 2011 Revisado e aceito: 30 de junho de 2011
Endereço para correspondência Alan Araujo de Jesus Av. ACM, 585, bloco A, sala 806 CEP: 41.825-000 – Salvador / BA E-mail: araujoalan@yahoo.com.br
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Caso Clínico BBO
Má oclusão de Classe I com biprotrusão e ausência dos primeiros molares inferiores* Aldino Puppin Filho**
Resumo
O presente relato de caso descreve o tratamento ortodôntico de uma paciente de 24 anos de idade, portadora de má oclusão de Classe I de Angle, com protrusão dos incisivos superiores e inferiores, além de perda recente dos primeiros molares inferiores. O tratamento idealizado envolveu a exodontia dos primeiros pré-molares superiores, aliada ao fechamento dos espaços presentes na arcada inferior. O resultado obtido demonstra a necessidade de planos de tratamento individualizados e a importância dos conceitos biomecânicos para movimentar adequadamente os dentes. Esse caso clínico foi apresentado à Diretoria do Board Brasileiro de Ortodontia e Ortopedia Facial (BBO), representando a categoria livre escolha, como parte dos requisitos para obtenção do título de Diplomado pelo BBO. Palavras-chave: Má oclusão Classe I de Angle. Ortodontia Corretiva. Biomecânica. Fechamento de espaço ortodôntico.
História e etiologia Paciente do sexo feminino, leucoderma, com 24 anos de idade, apresentava bom estado geral de saúde, histórico moderado de doença cárie, restaurações satisfatórias, saúde periodontal e perda recente dos primeiros molares inferiores. Como queixa principal, questionou sobre a possibilidade de fechar os espaços dos dentes perdidos. Quando inquirida sobre sua aparência facial, relatou que se achava “dentuça”.
DIAGNÓSTICO Após análise e avaliação dos dados obtidos no exame clínico e por meio dos outros elementos de diagnóstico (fotografias extra e intrabucais; radiografias cefalométrica de perfil, panorâmica e periapicais; e modelos de gesso) pôde-se verificar que a paciente apresentava perfil convexo, sem selamento labial passivo, com protrusão dos lábios superior e inferior (Ls-Linha S=2mm e Li-Linha S=3mm). A altura facial anteroinferior se apresentava levemente
Como citar este artigo: Puppin Filho A. Má oclusão de Classe I com biprotrusão e ausência dos primeiros molares inferiores. Dental Press J Orthod. 2011 Nov-Dec;16(6):119-29.
» O autor declara não ter interesses associativos, comerciais, de propriedade ou financeiros que representem conflito de interesse, nos produtos e companhias descritos nesse artigo.
* Relato de caso clínico, categoria livre escolha, aprovado pelo Board Brasileiro de Ortodontia e Ortopedia Facial. ** Mestre em Odontologia, área de concentração Ortodontia (UERJ). Especialista em Ortodontia e Ortopedia Facial (UERJ). Diplomado pelo Board Brasileiro de Ortodontia e Ortopedia Facial (BBO).
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Puppin Filho A
Angle’s Class I malocclusion with bimaxillary dental protrusion and missing mandibular first molars Abstract This case report describes the orthodontic treatment of a 24-year-old woman presenting an Angle’s Class I malocclusion with bimaxillary dental protrusion and missing first mandibular molars. Treatment plan involved the extraction of maxillary first premolars and closing mandibular first molars spaces. Treatment outcomes demonstrate the need of customized treatment planning, and the importance of biomechanic concepts in achieving proper orthodontic tooth movement. This case was previously presented to the Directors of the Brazilian Board of Orthodontics and Facial Orthopedics (BBO), representing the free choice category, as part of the requirements to become a BBO Diplomate. Keywords: Angle Class I malocclusion. Corrective orthodontics. Biomechanics. Orthodontic space closure.
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Enviado em: 2 de agosto de 2011 Revisado e aceito: 26 de agosto de 2011
Endereço para correspondência Aldino Puppin Filho Av. Américo Buaiz, 501, sala 1002 Torre Norte, Enseada do Suá CEP: 29.050-911 – Vitória/ES E-mail: puppinf@gmail.com
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Tópico Especial
Extrações de molares na Ortodontia Marco Antônio Schroeder*, Daniela Kimaid Schroeder**, Diego Júnior Silva Santos***, Michelle Machado Leser****
Resumo
O tratamento ortodôntico com extração de molares em pacientes adultos é tecnicamente mais complexo, devido a inúmeros fatores. Em geral, o espaço a ser fechado é maior do que o espaço dos pré-molares e, por isso, a ancoragem é crítica e o tempo de tratamento mais longo. É comum esses casos apresentarem algum grau de comprometimento periodontal por causa da idade dos pacientes e, portanto, necessitam de maior controle da mecânica ortodôntica para reduzir os efeitos colaterais do fechamento do espaço. Por isso, bons resultados de finalização são mais difíceis de ser alcançados. Sendo assim, este artigo tem como objetivo apresentar as razões para a indicação de extração de molares nos tratamentos ortodônticos, as contraindicações, as diferentes fases da mecânica ortodôntica, esclarecer os fatores envolvidos nesse tipo de planejamento e tratamento e apresentar casos clínicos tratados com extração de molares. Palavras-chave: Má oclusão Classe I de Angle. Extração dentária. Ortodontia Corretiva.
INTRODUÇÃO O número de pacientes adultos que se submetem a tratamento ortodôntico representa uma parcela significativa nos consultórios dos ortodontistas. É comum encontrar nesses pacientes algum grau de comprometimento, ou mesmo a ausência, de um ou mais molares.
Em casos que apresentam falta de espaço para o alinhamento dos dentes, protrusão dentária ou assimetrias intra-arcadas, nos quais a exodontia de dentes permanentes está indicada, os molares comprometidos podem se tornar a primeira opção de extração quando os pré-molares estão em melhores condições.
Como citar este artigo: Schroeder MA, Schroeder DK, Santos DJS, Leser MM. Extrações de molares na Ortodontia. Dental Press J Orthod. 2011 Nov-Dec;16(6):130-57.
» O autor declara não ter interesses associativos, comerciais, de propriedade ou financeiros que representem conflito de interesse, nos produtos e companhias descritos nesse artigo.
* Mestre em Ortodontia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Professor de Ortodontia da Universidade Estácio de Sá. Diplomado pelo Board Brasileiro de Ortodontia e Ortopedia Facial (BBO). ** Mestre em Ortodontia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Diplomada pelo Board Brasileiro de Ortodontia e Ortopedia Facial (BBO). *** Especialista em Ortodontia pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro. **** Especialista em Ortodontia pela Universidade Gama Filho.
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Schroeder MA, Schroeder DK, Santos DJS, Leser MM
Molars extraction in orthodontics Abstract Orthodontic treatment with molar extractions in adult patients is technically more complex because of several factors. In general, the space to be closed is larger than premolar spaces, the anchorage is critical and treatment time is longer. It is common for these cases to present some sort of periodontal involvement due to patient’s age and, therefore, need of more orthodontic anchorage control to reduce space closure side effects. Because of all these factors good finishing results are harder to be achieved. So, the purpose of this article is to show the reasons for molar extraction indications and the different phases of orthodontic mechanics, to explain the aspects involved in this kind of planning and treatment, and describe some treatments with molar extractions. Keywords: Angle Class I malocclusion. Tooth extraction. Corrective orthodontics.
Referências 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7.
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Enviado em: 31 de maio de 2011 Revisado e aceito: 10 de novembro de 2011
Endereço para correspondência Marco Antonio Schroeder Rua Visconde de Pirajá, 444 sobreloja 205 – Ipanema CEP: 22.410-002 – Rio de Janeiro/RJ E-mail: drmarco@orthonet.com.br
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N ormas
de apresentação de originais
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3. Resumo/Abstract — os resumos estruturados, em português e inglês, de 250 palavras ou menos são os preferidos. — os resumos estruturados devem conter as seções: INTRODUÇÃO, com a proposição do estudo; MÉTODOS, descrevendo como o mesmo foi realizado; RESULTADOS, descrevendo os resultados primários; e CONCLUSÕES, relatando, além das conclusões do estudo, as implicações clínicas dos resultados. — os resumos devem ser acompanhados de 3 a 5 palavras-chave, também em português e em inglês, adequadas conforme orientações do DeCS (http://decs. bvs.br/) e do MeSH (www.nlm.nih.gov/mesh).
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ORIENTAÇÕES PARA SUBMISSÃO Dos MANUSCRITOS — Os trabalhos devem, preferencialmente, ser escritos em língua inglesa. — Apesar de ser oficialmente publicado em inglês, o Dental Press Journal of Orthodontics conta ainda com uma versão em língua portuguesa. Por isso serão aceitas, também, submissões de artigos em português.
5. Figuras — as imagens digitais devem ser no formato JPG ou TIF, em CMYK ou tons de cinza, com pelo menos 7 cm de largura e 300 DPIs de resolução. — as imagens devem ser enviadas em arquivos independentes. — se uma figura já foi publicada anteriormente, sua legenda deve dar todo o crédito à fonte original. — todas as figuras devem ser citadas no texto.
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N ormas
de apresentação de originais
Essas autorizações devem ser guardadas indefinidamente pelo autor responsável pelo artigo. Deve ser enviada folha de rosto atestando o fato de que todas as autorizações dos pacientes foram obtidas e estão em posse do autor correspondente.
6. Gráficos e traçados cefalométricos — devem ser citados, no texto, como figuras. — devem ser enviados os arquivos que contêm as versões originais dos gráficos e traçados, nos programas que foram utilizados para sua confecção. — não é recomendado o envio dos mesmos apenas em formato de imagem bitmap (não editável). — os desenhos enviados podem ser melhorados ou redesenhados pela produção da revista, a critério do Corpo Editorial.
10. Referências — todos os artigos citados no texto devem constar na lista de referências. — todas as referências devem ser citadas no texto. — para facilitar a leitura, as referências serão citadas no texto apenas indicando a sua numeração. — as referências devem ser identificadas no texto por números arábicos sobrescritos e numeradas na ordem em que são citadas. — as abreviações dos títulos dos periódicos devem ser normalizadas de acordo com as publicações “Index Medicus” e “Index to Dental Literature”. — a exatidão das referências é responsabilidade dos autores e elas devem conter todos os dados necessários para sua identificação. — as referências devem ser apresentadas no final do texto obedecendo às Normas Vancouver (http://www. nlm.nih.gov/bsd/uniform_requirements.html). — utilize os exemplos a seguir:
7. Tabelas — as tabelas devem ser autoexplicativas e devem complementar, e não duplicar, o texto. — devem ser numeradas com algarismos arábicos, na ordem em que são mencionadas no texto. — forneça um breve título para cada tabela. — se uma tabela tiver sido publicada anteriormente, inclua uma nota de rodapé dando crédito à fonte original. — apresente as tabelas como arquivo de texto (Word ou Excel, por exemplo), e não como elemento gráfico (imagem não editável). 8. Comitês de Ética — os artigos devem, se aplicável, fazer referência ao parecer do Comitê de Ética da instituição. 9. Declarações exigidas Todos os manuscritos devem ser acompanhados das seguintes declarações, a serem preenchidas no momento da submissão do artigo: — Cessão de Direitos Autorais Transferindo os direitos autorais do manuscrito para a Dental Press, caso o trabalho seja publicado. — Conflito de Interesse Caso exista qualquer tipo de interesse dos autores para com o objeto de pesquisa do trabalho, esse deve ser explicitado. — Proteção aos Direitos Humanos e de Animais Caso se aplique, informar o cumprimento das recomendações dos organismos internacionais de proteção e da Declaração de Helsinki, acatando os padrões éticos do comitê responsável por experimentação humana/animal. — Permissão para uso de imagens protegidas por direitos autorais Ilustrações ou tabelas originais, ou modificadas, de material com direitos autorais devem vir acompanhadas da permissão de uso pelos proprietários desses direitos e pelo autor original (e a legenda deve dar corretamente o crédito à fonte). — Consentimento Informado Os pacientes têm direito à privacidade que não deve ser violada sem um consentimento informado. Fotografias de pessoas identificáveis devem vir acompanhadas por uma autorização assinada pela pessoa ou pelos pais ou responsáveis, no caso de menores de idade.
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Artigos com até seis autores
Sterrett JD, Oliver T, Robinson F, Fortson W, Knaak B, Russell CM. Width/length ratios of normal clinical crowns of the maxillary anterior dentition in man. J Clin Periodontol. 1999 Mar;26(3):153-7.
Artigos com mais de seis autores
De Munck J, Van Landuyt K, Peumans M, Poitevin A, Lambrechts P, Braem M, et al. A critical review of the durability of adhesion to tooth tissue: methods and results. J Dent Res. 2005 Feb;84(2):118-32.
Capítulo de livro
Kina S. Preparos dentários com finalidade protética. In: Kina S, Brugnera A. Invisível: restaurações estéticas cerâmicas. Maringá: Dental Press; 2007. cap. 6, p. 223-301.
Capítulo de livro com editor
Breedlove GK, Schorfheide AM. Adolescent pregnancy. 2nd ed. Wieczorek RR, editor. White Plains (NY): March of Dimes Education Services; 2001.
Dissertação, tese e trabalho de conclusão de curso
Beltrami LER. Braquetes com sulcos retentivos na base, colados clinicamente e removidos em laboratórios por testes de tração, cisalhamento e torção [dissertação]. Bauru (SP): Universidade de São Paulo; 1990.
Formato eletrônico
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Câmara CALP. Estética em Ortodontia: Diagramas de Referências Estéticas Dentárias (DRED) e Faciais (DREF). Rev Dental Press Ortod Ortop Facial. 2006 nov-dez;11(6):130-56. [Acesso 2008 Jun 12]. Disponível em: www.scielo.br/pdf/ dpress/v11n6/a15v11n6.pdf.
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C omunicado
aos
A utores
e
C onsultores - R egistro
de
E nsaios C línicos
primários de ensaios clínicos são: www.actr.org.au (Australian Clinical
1. O registro de ensaios clínicos Os ensaios clínicos se encontram entre as melhores evidências
Trials Registry), www.clinicaltrials.gov e http://isrctn.org (Internatio-
para tomada de decisões clínicas. Considera-se ensaio clínico todo pro-
nal Standard Randomised Controlled Trial Number Register (ISRC-
jeto de pesquisa com pacientes que seja prospectivo, nos quais exista
TN). Os registros nacionais estão sendo criados e, na medida do possí-
intervenção clínica ou medicamentosa com objetivo de comparação de
vel, os ensaios clínicos registrados nos mesmos serão direcionados para
causa/efeito entre os grupos estudados e que, potencialmente, possa ter
os recomendados pela OMS. A OMS propõe um conjunto mínimo de informações que devem
interferência sobre a saúde dos envolvidos. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), os ensaios clí-
ser registradas sobre cada ensaio, como: número único de identificação,
nicos controlados aleatórios e os ensaios clínicos devem ser notificados
data de registro do ensaio, identidades secundárias, fontes de financia-
e registrados antes de serem iniciados.
mento e suporte material, principal patrocinador, outros patrocinado-
O registro desses ensaios tem sido proposto com o intuito de
res, contato para dúvidas do público, contato para dúvidas científicas,
identificar todos os ensaios clínicos em execução e seus respectivos
título público do estudo, título científico, países de recrutamento, pro-
resultados, uma vez que nem todos são publicados em revistas cien-
blemas de saúde estudados, intervenções, critérios de inclusão e ex-
tíficas; preservar a saúde dos indivíduos que aderem ao estudo como
clusão, tipo de estudo, data de recrutamento do primeiro voluntário,
pacientes; bem como impulsionar a comunicação e a cooperação de
tamanho pretendido da amostra, status do recrutamento e medidas de
instituições de pesquisa entre si e com as parcelas da sociedade com
resultados primárias e secundárias. Atualmente, a Rede de Colaboradores está organizada em três
interesse em um assunto específico. Adicionalmente, o registro permite
categorias:
reconhecer as lacunas no conhecimento existentes em diferentes áreas,
- Registros Primários: cumprem com os requisitos mínimos e
observar tendências no campo dos estudos e identificar os especialistas
contribuem para o Portal;
nos assuntos. Reconhecendo a importância dessas iniciativas e para que as revis-
- Registros Parceiros: cumprem com os requisitos mínimos, mas
tas da América Latina e Caribe sigam recomendações e padrões inter-
enviam os dados para o Portal somente através de parceria com um dos Registros Primários;
nacionais de qualidade, a BIREME recomendou aos editores de revistas
- Registros Potenciais: em processo de validação pela Secretaria
científicas da área da saúde indexadas na Scientific Library Electronic
do Portal, ainda não contribuem para o Portal.
Online (SciELO) e na LILACS (Literatura Latino-americana e do Caribe de Informação em Ciências da Saúde) que tornem públicas estas exigências e seu contexto. Assim como na base MEDLINE, foram in-
3. Posicionamento do Dental Press Journal of Orthodontics
cluídos campos específicos na LILACS e SciELO para o número de
O DENTAL PRESS JOURNAL OF ORTHODONTICS apoia
registro de ensaios clínicos dos artigos publicados nas revistas da área
as políticas para registro de ensaios clínicos da Organização Mundial
da saúde.
da Saúde - OMS (http://www.who.int/ictrp/en/) e do International
Ao mesmo tempo, o International Committee of Medical Jour-
Committee of Medical Journal Editors – ICMJE (http://www.wame.
nal Editors (ICMJE) sugeriu aos editores de revistas científicas que
org/wamestmt.htm#trialreg e http://www.icmje.org/clin_trialup.htm),
exijam dos autores o número de registro no momento da submissão
reconhecendo a importância dessas iniciativas para o registro e divul-
de trabalhos. O registro dos ensaios clínicos pode ser feito em um dos
gação internacional de informação sobre estudos clínicos, em acesso
Registros de Ensaios Clínicos validados pela OMS e ICMJE, cujos en-
aberto. Sendo assim, seguindo as orientações da BIREME/OPAS/OMS
dereços estão disponíveis no site do ICMJE. Para que sejam validados,
para a indexação de periódicos na LILACS e SciELO, somente serão
os Registros de Ensaios Clínicos devem seguir um conjunto de critérios
aceitos para publicação os artigos de pesquisas clínicas que tenham
estabelecidos pela OMS.
recebido um número de identificação em um dos Registros de Ensaios Clínicos, validados pelos critérios estabelecidos pela OMS e ICMJE, cujos endereços estão disponíveis no site do ICMJE: http://www.icmje.
2. Portal para divulgação e registro dos ensaios
org/faq.pdf. O número de identificação deverá ser registrado ao final
A OMS, com objetivo de fornecer maior visibilidade aos Registros
do resumo.
de Ensaios Clínicos validados, lançou o portal WHO Clinical Trial Se-
Consequentemente, recomendamos aos autores que procedam o
arch Portal (http://www.who.int/ictrp/network/en/index.html), com
registro dos ensaios clínicos antes do início de sua execução.
interface que permite busca simultânea em diversas bases. A pesquisa, nesse portal, pode ser feita por palavras, pelo título dos ensaios clínicos ou pelo número de identificação. O resultado mostra todos os ensaios existentes, em diferentes fases de execução, com enlaces para a descrição completa no Registro Primário de Ensaios Clínicos corres-
Atenciosamente,
pondente. A qualidade da informação disponível nesse portal é garantida pelos produtores dos Registros de Ensaios Clínicos que integram a rede recém-criada pela OMS: WHO Network of Collaborating Clinical
Jorge Faber, CD, MS, Dr
Trial Registers. Essa rede permitirá o intercâmbio entre os produtores
Editor do Dental Press Journal of Orthodontics
dos Registros de Ensaios Clínicos para a definição de boas práticas e
ISSN 2176-9451
controles de qualidade. Os sites para que possam ser feitos os registros
E-mail: faber@dentalpress.com.br
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