Revista Dental Press Journal Of Ortodontics - PT

ISSN 2176-9451

Volume 17, Number 6, November / December 2012

VersĂŁo em portuguĂŞs Dental Press International

v. 17, no. 6

Dental Press J Orthod. 2012 November/December;17(6):1-174

November/December 2012

ISSN 2176-9451

Indexação:

desde 1999

BBO

desde 1998

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desde 2008

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desde 2005

desde 2002

desde 2008

desde 2008

desde 2009

Dental Press Journal of Orthodontics v. 1, n. 1 (set./out. 1996) - . -- Maringá : Dental Press International, 1996 Bimestral ISSN 2176-9451 1. Ortodontia - Periódico. I. Dental Press International.

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14/09/12 12

Sumário 1

Editorial

3

Orthodontics Highlights

Matheus Melo Pithon

5

Insight Ortodôntico

Trauma oclusal não pode ser comparado ao movimento ortodôntico

Alberto Consolaro

13

Entrevista / Carlos Flores-Mir

Artigos Online

20

Ação de corticosteroides sobre o movimento dentário ortodôntico: revisão de literatura

Luegya Amorim Henriques Knop, Ricardo Lima Shintcovsk, Luciana Borges Retamoso, Ana Maria Trindade Grégio, Orlando Tanaka

21

Citotoxicidade de alginatos de uso ortodôntico

Matheus Melo Pithon, Rogério Lacerda dos Santos, Fernanda Otaviano Martins, Maria Teresa Villela Romanos

22

Perfil do ortodontista que atua no estado de São Paulo – Parte 1

Fabio Brandalise Rampon, Celestino Nóbrega, José Luiz Gonçalves Bretos, Franco Arsati, Sérgio Jakob, Maria Cristina Jimenez-Pellegrin

23

Avaliação da plasticidade e radiopacidade dos separadores elásticos através de testes físicos de tração e radiográficos

Danielle Frota Mendes, José Euclides Nascimento, Adriano Francisco de Lucca Facholli, Maurício de Alencar Casa, Luciano da Silva Carvalho, Kikuo Sato

24 Corrosão in vitro de braquetes metálicos: influência da saliva artificial com e sem flúor

Mônica Pereira Saporeti, Enio Tonani Mazzieiro, Wisley Falcco Sales

25

Avaliação longitudinal do comportamento da mandíbula em indivíduos Classe I com crescimento vertical e horizontal

Dirceu Barnabé Raveli, Savana Maia, Luana Paz Sampaio, Denise Rocha Goes Landázuri, Taísa Boamorte Raveli

Artigos Inéditos

26

Liberação de força in vitro de fios de níquel-titânio superelásticos em deslocamento vertical

Aisha de Souza Gomes Stumpf, Karina dos Santos Mundstock, Daniel Mundstock, Carlos Alberto Mundstock

31

Efeitos cefalométricos do uso da Teoria de Força das 10 Horas no tratamento da má oclusão de Classe II

Marise de Castro Cabrera, Carlos Alberto Gregório Cabrera, Karina Maria Salvatore de Freitas, Marcos Roberto de Freitas, Guilherme Janson, Laura de Castro Cabrera

41

Estabilidade da cirurgia combinada de maxila e mandíbula para tratamento da má oclusão de Classe III

Fernando Antonio Gonçalves, Vânia Célia Vieira de Siqueira

52

Avaliação da estabilidade do tratamento de mordida aberta anterior utilizando aparelho removível com grade palatina associado a mentoneira

Fernando Pedrin Carvalho Ferreira, Renato Rodrigues de Almeida, Fernando César Torres, Renata Rodrigues de Almeida-Pedrin, Marcio Rodrigues de Almeida, Roberto Santana Filho

61

Avaliação de fatores oclusais em pacientes com disfunção temporomandibular

Max Dória Costa, Gontran da Rocha Torres Froes Junior, Carlos Neanes Santos

69

Influência do tratamento sem e com extrações no padrão de crescimento facial de indivíduos dolicofaciais

Vanessa Scherer Porto, José Fernando Castanha Henriques, Guilherme Janson, Marcos Roberto de Freitas, Arnaldo Pinzan

76

Má oclusão Classe II com sobremordida exagerada: uma abordagem sequencial

Fernando Lima Martinelli, Chalana Sangalli Reale, Ana Maria Bolognese

83

Relação entre agenesia e anomalia de forma de incisivos laterais superiores e impacção de caninos

Anísio Bueno de Carvalho, Rogério Heladio Lopes Motta, Eliane Maria Duarte de Carvalho

89

Associação entre mordida aberta anterior e hábito de sucção de chupeta em escolares de um município do sul do Brasil

Claudiane Tibolla, Lilian Rigo, Lincoln Issamu Nojima, Anamaria Estacia, Eduardo Gianoni Frizzo, Leodinei Lodi

97

Estudo da prevalência da dilaceração radicular em incisivos permanentes

Beatriz Feitosa da Silva, Luciana Ellen Dantas Costa, Ricardo Vilar Beltrão, Tânia Lemos Rodrigues, Ricardo Lombardi de Farias, Rejane Targino Soares Beltrão

103

Avaliação da estabilidade das alterações oclusais obtidas pelo Regulador de Função Fränkel-2

Tânia Gnecchi Tanaka, Fernanda Angelieri, Lylian Kazumi Kanashiro, Silvana Bommarito

111

Relação da má oclusão de Classe II de Angle com hábitos bucais deletérios

José Tarcísio Lima Ferreira, Maria do Rosário Ferreira Lima, Luciana Zappeloni Pizzolato

118

Análise do padrão cefalométrico de indivíduos acondroplásicos brasileiros adultos

Renato Cardoso, Sergio Ajzen, Aline Ribeiro Andriolo, Jefferson Xavier de Oliveira, Adagmar Andriolo

130

Comparação entre dois métodos de remoção de resina após a descolagem de braquetes

Rodrigo De Marchi, Luciana Manzotti De Marchi, Raquel Sano Suga Terada, Hélio Hissashi Terada

137

Tratamento conservador compensatório da má oclusão de Classe III de Angle

Marcio Costa Sobral, Fernando Antônio de Lima Habib, Liz Matzenbacher

146

Considerações éticas e legais sobre a responsabilidade profissional do especialista em Ortodontia

Luiz Renato Paranhos, Eduardo De Novaes Benedicto, Mário Marques Fernandes, Dagmar De Paula Queluz, Eduardo Daruge, Fernando César Torres

154

Análise das propriedades mecânicas de cimentos de ionômero de vidro para cimentação ortodôntica

Marcel M. Farret, Eduardo Martinelli de Lima, Eduardo Gonçalves Mota, Hugo Mitsuo S. Oshima, Gabriela Maguilnik, Patrícia Alves Scheid

160

Caso Clínico BBO

Má oclusão Classe II, divisão 2 de Angle com sobremordida acentuada

Arno Locks

167

Tópico Especial

A toxina botulínica no tratamento das disfunções temporomandibulares musculares: uma revisão sistemática

Eduardo Machado, Lívia Zuchetto dos Santos, Lilian Gonçalves Custódio, Paulo Afonso Cunali

172

Normas para publicação

Editorial

Mordida cruzada: a expansão de autores em artigos científicos “A vaidade de muita ciência é prova de pouco saber.”

Marquês de Maricá

Nesses tempos de “cienciometria”, parece-nos prudente fazer uma reflexão sobre o número de autores que deveriam compor cada artigo científico. Mais profundamente, ainda, a reverberação, em cruzamento, sobre a neoformação moral e ética dos nossos jovens pesquisadores, consequente da expansão da autoria sem a efetiva participação no trabalho.

Faz pouco tempo, o Dental Press Journal of Orthodontics (DPJO) recebeu a submissão de um artigo com oito autores. A quantidade, por si, não permite qualquer conclusão apropriada: seria preconceito, na acepção exata do vocábulo. É comum em revistas como Nature e Science, dois dos mais importantes periódicos mundiais, a publicação de artigos com dezenas e dezenas de autores. Entretanto, seria ingênuo negar que a necessidade de publicação, decorrente da competição, tem tornado alguns cientistas menos sensíveis à ciência como esteio da verdade; menos ainda à ética como filosofia. Essa questão parece importante demais para ser mitigada e rija de menos para não ser mastigada.

O artigo em questão, submetido ao DPJO, apresentava dados sobre um ensaio laboratorial dos mais simples, entretanto, absolutamente nada justificava o número exagerado de autores. O conteúdo do artigo, por si, já o descredenciava para a publicação e o excessivo número de autores provocava a atresia na confiança sobre os propósitos do estudo.

O artigo foi submetido por um jovem pesquisador e parece lógico acreditar que ele pode ter sofrido pressão para expandir a lista dos nomes na autoria, incluindo alguns de seus tutores. “O exemplo é sempre mais eficaz do que o preceito”, escreveu o inglês Samuel Johnson. O jovem aproveitou e ativou um pouco mais a expansão, já em exagero, e acrescentou nomes dos seus colegas de (per)curso.

© 2012 Dental Press Journal of Orthodontics

Seria essa uma condição da nossa cultura somatizada à necessidade da produção científica? Para buscar alguma informação, analisei os artigos originais publicados nas duas revistas de maior impacto na ciência ortodôntica mundial no ano de 2012. Observei que os artigos publicados por brasileiros incluem, em média, um autor a mais do que os artigos publicados por autores de outros países (p<0,01).

Em média — em mediana, para ser mais exato —, os artigos publicados por brasileiros possuem cinco autores, enquanto entre os autores das demais nacionalidades a mediana é de quatro por artigo.

Por que, então, artigos publicados por ortodontistas brasileiros possuem, em mediana, um autor a mais? Uma justificativa plausível poderia ser sustentada pela dificuldade em escrever na língua inglesa. Assim, incluiríamos um autor com domínio do inglês. Essa explanação cai por terra se concordarmos que o nível de formação dos ortodontistas brasileiros que publicam nos periódicos com maior impacto científico é alto demais para se considerar a língua inglesa como uma barreira importante. Corrobora, ainda, o aumento no número de pesquisas, publicadas nesses periódicos, provenientes de países de língua não inglesa. Portanto, muitos pesquisadores da Turquia, Japão, China e de alguns países da Europa teriam, também, dificuldades para publicar na língua shakespeariana.

A inserção de autores sem o devido comprometimento com o estudo realizado constitui infração ética e é injusta no processo de competição com os profissionais que trabalham de forma virtuosa. Entretanto, é ingenuidade acreditar que essa prática seja exclusiva de alguns pesquisadores brasileiros. Na análise feita entre os dois principais periódicos da Ortodontia mundial, encontrei um artigo com nove autores.

1

Dental Press J Orthod. 2012 Nov-Dec;17(6):1-2

Orthodontics Highlights Matheus Melo Pithon1

Braquetes autoligáveis não tornam o tratamento ortodôntico mais rápido Nos dias atuais, uma pergunta mantém-se presente entre os ortodontistas: seriam os braquetes autoligáveis capazes de aumentar a eficiência do tratamento ortodôntico e torná-lo mais rápido? Apesar de parecer paradoxal pensar que o modo de amarração do braquete irá interferir na biologia do movimento dentário, as indústrias de materiais mantém acesa essa chama. Na busca por uma resposta a essa pergunta, pesquisadores chineses buscaram comparar o tempo de tratamento, os resultados alcançados e a perda de ancoragem em pacientes tratados com braquetes autoligáveis e convencionais1. Os resultados demonstraram que não há diferença, quanto ao tempo de tratamento e a perda de ancoragem, em pacientes tratados usando braquetes com diferentes sistemas de amarração.

enxaguante bucal com álcool pode interferir no tratamento ortodôntico O uso de aparelhos ortodônticos exige, de seus portadores, cuidados especiais, uma vez que a presença desse dispositivo na cavidade bucal proporciona maior acúmulo de placa bacteriana. Nessas condições, o ortodontista deve lançar mão de um modelo de programa educativo-preventivo individualizado a cada paciente, para controle mecânico dessa placa, por meio do uso de escovas e fios dentais, e químico, com a utilização de enxaguantes bucais. Porém, nesses casos surge a dúvida, qual seria a influência desses agentes químicos nas propriedades mecânicas dos elásticos ortodônticos. Objetivando elucidar esse questionamento, pesquisadores americanos avaliaram in vitro a influência de enxaguantes com álcool sobre a força de elásticos ortodônticos em cadeia3. Os resultados revelaram que a força dos elásticos diminui com o uso dessas substâncias. Assim, esse estudo ratifica uma importante informação clínica: quando da indicação do uso de enxaguantes aos pacientes, deve-se dar preferência aos sem álcool em sua formulação.

Asma e tratamento ortodôntico, existe uma relação?

A asma é uma doença comum na fase da infância e da adolescência. Por se tratar de uma doença inflamatória, poderá interferir no movimento ortodôntico, uma vez que esse se processa, igualmente, por um mecanismo de inflamação. Na tentativa de elucidar essa relação, pesquisadores brasileiros da UFRJ e da Fiocruz decidiram avaliar a real influência dessa doença, realizando tratamentos ortodônticos experimentais em ratos2. Os resultados encontrados demonstraram que a asma parece potencializar o movimento ortodôntico em ratos. Esses resultados agora precisam ser avaliados clinicamente, para maior confirmação, antes de serem extrapolados para a clínica ortodôntica. Apesar dos achados serem iniciais, enfatizam a importância de uma conduta multidisciplinar na realização do tratamento ortodôntico.

1

A radiografia Panorâmica ainda parece ser um bom recurso para prever a impacção de caninos Estamos vivendo na era das tomografias computadorizadas, com todas as suas aplicações e possibilidades. Todos sabemos que as tomografias apresentam-se, na atualidade, como o método mais confiável para avaliar o posicionamento dos dentes ainda não irrompidos. No entanto, seria esse o único e infalível método de prever a impacção dos dentes não irrompidos, em especial os caninos? Na busca por uma resposta a essa pergunta, pesquisadores indianos e chineses verificaram se a impacção de caninos poderia ser prevista com

Como citar essa seção: Pithon MM. Orthodontics highlights. Dental Press J Orthod.

2012 Nov-Dec;17(6):3-4.

Professor de Ortodontia da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia. Mestre e Doutor em Ortodontia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Diplomado pelo Board Brasileiro de Ortodontia e Ortopedia Facial.

Enviado em: 5 de outubro de 2012 - Revisado e aceito: 20 de outubro de 2012

Endereço para correspondência: Matheus Melo Pithon E-mail: matheuspithon@gmail.com

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3

Dental Press J Orthod. 2012 Nov-Dec;17(6):3-4

insight ortodôntico

Trauma oclusal não pode ser comparado ao movimento ortodôntico ou Sobre o trauma oclusal na prática ortodôntica e a recessão em forma de V Alberto Consolaro1

Os mecanismos das alterações teciduais induzidas pelo trauma oclusal não são minimamente comparáveis aos do movimento ortodôntico. Embora ambos os eventos tenham uma causa primária de natureza física, essas forças aplicadas sobre os tecidos dentários têm características completamente distintas na intensidade, tempo, direção, distribuição, frequência e forma de absorção pelos tecidos periodontais. Por consequência, os efeitos teciduais induzidos no trauma oclusal são diferentes do movimento ortodôntico. Pode-se afirmar que o trauma oclusal gera uma lesão tecidual de natureza patológica, na tentativa de se adaptar a novas demandas funcionais excessivas. Por sua vez, o movimento ortodôntico utiliza-se da remodelação óssea periodontal fisiológica para mudar o dente de posição, de forma planejada e com posterior restabelecimento da normalidade.

Palavras-chave: Trauma oclusal. Oclusão. Recessão gengival. Gengiva. Abfração. Ortodontia.

O trauma oclusal como quadro clínico ou entidade clínica O quadro, ou entidade clínica, conhecido como trauma oclusal tem vários sinônimos: trauma de oclusão, oclusão traumática, oclusão traumatogênica, traumatismo periodontal, sobrecarga oclusal e outros.

O nome de um determinado quadro clínico procura identificar o tipo de lesão ou conjunto de alterações que a sua causa provoca nos tecidos afetados. A precisão terminológica e a padronização facilitam o

resgaste mais amplo de informações em serviços de busca nos bancos de dados, assim como facilitam a comunicação entre os estudiosos e pesquisadores.

O termo lesão significa: toda e qualquer alteração estrutural, independentemente de sua natureza, podendo ser transitória ou permanente. A lesão induzida nos tecidos periodontais que caracteriza o quadro clínico denominado trauma oclusal pode ser ocasionada (causas) por uma oclusão traumática ou uma sobrecarga de forças oclusais, em único ou em

Como citar este artigo: Consolaro A. Occlusal trauma can not be compared to orthodontic movement. Dental Press J Orthod. Dental Press J Orthod. 2012 NovDec;17(6):5-12.

1

Professor Titular da FOB-USP e da pós-graduação na FORP-USP. Enviado em: 11 de outubro de 2012 - Revisado e aceito: 17 de outubro de 2012

» O autor declara não ter interesses associativos, comerciais, de propriedade ou financeiros que representem conflito de interesse nos produtos e companhias descritos nesse artigo.

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Endereço para correspondência: Alberto Consolaro E-mail: consolaro@uol.com.br

5

Dental Press J Orthod. 2012 Nov-Dec;17(6):5-12

Trauma oclusal não pode ser comparado ao movimento ortodôntico

insight ortodôntico

Considerações Finais Os mecanismos envolvidos nas alterações teciduais que caracterizam a lesão induzida pelo trauma oclusal não devem ser comparados com os do movimento ortodôntico. Embora ambos os eventos sejam decorrentes de forças, as mesmas são de características totalmente distintas — na intensidade, tempo, frequência e forma de absorção pelos tecidos periodontais.

Em casos de recessão em V, procure identificar minuciosamente a existência de interferências ou sobrecargas oclusais e corrija-as, se possível com um especialista em oclusão. Ao mesmo tempo, investigue a presença de facetas de desgaste por atrição e abfração, para compor a tríade do diagnóstico clínico do trauma oclusal.

Em películas periapicais, e não em radiografias ortopantomográficas, a perda óssea cervical vertical

em forma de V, o espessamento da lâmina dura, o aumento irregular do espaço periodontal e o aumento da densidade ou esclerose óssea apical ou na crista óssea podem indicar o trauma oclusal. Essas imagens aparecem apenas nos casos mais avançados e com maior tempo de duração. Muito posteriormente, podem surgir áreas de reabsorção radicular inflamatória, mas apenas meses ou anos depois de iniciado o trauma oclusal.

Depois de corrigida a oclusão, elimina-se ou atenua-se os danos produzidos: regularização das superfícies com facetas de desgaste, correção restauradora da abfração e, quando acentuada a recessão gengival em V, os enxertos gengivais. Em alguns casos, a recessão gengival regride sem cirurgia após a eliminação do trauma oclusal pelo especialista.

Referências 1. Consolaro A. Reabsorções dentárias nas especialidades clínicas. 3ª ed. Maringá: Dental

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Dental Press J Orthod. 2012 Nov-Dec;17(6):5-12

entrevista

uma entrevista com

Carlos Flores-Mir • Cirurgião-dentista (1995).

• Especialista em Ortodontia (1998).

• Mestre em Estomatologia (1999).

• Doutor em Estomatologia (2002).

• Editor associado da revista The Angle Orthodontist.

• Chefe da divisão de Ortodontia e diretor do programa de graduação ortodôntica na Universidade de Alberta (desde abril de 2010).

• Autor de mais de 100 artigos científicos (46 revisões sistemáticas) e 2 capítulos de livro.

Apesar dos recentes avanços nos materiais (braquetes, fios, ancoragem esquelética) e nas mudanças de paradigma que a Ortodontia vem enfrentando, indubitavelmente muitos já se confrontaram com a terminologia chamada “evidence-based orthodontics”. Até o final do século XX, os modelos que fundamentavam o ensino e a prática clínica da Odontologia baseavam-se em informações advindas de livros-texto e de opiniões pessoais. Esse cenário perpetuou-se até a chegada das fontes de conhecimento da era digital. Hodiernamente, grande parte da bibliografia ortodôntica já encontra-se indexada nos meios online. Assim, ocupando o topo da pirâmide quanto ao nível de importância dentro da área da Saúde, a Ortodontia baseada em evidências científicas vem norteando e influenciando fortemente a vida do ortodontista. Durante a última década, angariou papel de destaque nos congressos e encontros científicos ao redor do mundo.

Nesse contexto, as revisões sistemáticas e as meta-análises tornaram-se conteúdo imprescindível para aqueles que buscam informações relevantes e de qualidade na literatura mundial. Assim, tenho a imensa honra e satisfação de apresentar, àqueles que ainda não o conhecem, Carlos Flores-Mir, um profissional criterioso, sistemático, dinâmico, que busca a perfeição em tudo que faz e que vem se destacando como um dos principais pesquisadores da atualidade quando o assunto é Ortodontia baseada em evidências. Além de exímio pesquisador e clínico, Flores-Mir é casado com Alexa e é pai de duas lindas meninas, Tamara e Tatiana. Atualmente, mora na cidade de Edmonton, Alberta, no Canadá, onde chefia o Departamento de Ortodontia da Universidade de Alberta e mantém consultório privado.

Assumiu recentemente o cargo de editor associado da revista The Angle Orthodontist e foi considerado um dos melhores revisores em 2011 do American Journal of Orthodontics and Dentofacial Orthopedics. Nos últimos anos, Flores-Mir tem se dedicado à publicação de revisões sistemáticas sobre os mais variados assuntos dentro da Ortodontia, por exemplo: tratamento da má oclusão de Classe II, expansão maxilar, estética facial, intrusão dentária, índices de maturação esquelética, crescimento craniofacial, aparelhos autoligáveis e muitos outros temas. Espero que os amigos e leitores possam apreciar a entrevista que Flores-Mir concedeu a essa nobre revista.

Marcio Rodrigues de Almeida

Como citar esta seção: Flores-Mir C. Interview. Dental Press J Orthod. 2012 Nov-Dec;17(6):13-9.

Enviado em: 2 de julho de 2012 - Revisado e aceito: 7 de agosto de 2012 » Os pacientes que aparecem na presente seção autorizaram previamente a publicação de suas fotografias e radiografias.

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Dental Press J Orthod. 2012 Nov-Dec;17(6):13-9

Flores-Mir C

Alexandre Moro » Doutor em Ortodontia e Odontologia em Saúde Coletiva pela Faculdade de Odontologia de Bauru. » Professor Adjunto da Universidade Federal do Paraná, UFPR. » Professor titular do Centro Universitário Positivo. » Editor da revista Ortho Science.

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artigo online*

Ação de corticosteroides sobre o movimento dentário ortodôntico: revisão de literatura Luegya Amorim Henriques Knop1, Ricardo Lima Shintcovsk1, Luciana Borges Retamoso2, Ana Maria Trindade Grégio2, Orlando Tanaka3

Resumo do editor A movimentação ortodôntica ocorre devido à incidência de forças biomecânicas que desencadeiam uma reação inflamatória no tecido ósseo e ligamento periodontal. Agentes farmacológicos que agem nos mediadores inflamatórios, como os corticosteroides, podem ser capazes de interferir na movimentação ortodôntica. Em decorrência do uso significativo de corticosteroides para o tratamento de algumas doenças sistêmicas crônicas, torna-se importante conhecer o papel dessas substâncias na movimentação ortodôntica. Dessa forma, o objetivo do presente estudo consistiu em investigar a ação dos corticosteroides na movimentação ortodôntica, por meio de revisão de literatura. Os corticosteroides causam redução na atividade dos neutrófilos, macrófagos, fibroblastos e osteoblastos; e inibição da transcrição dos genes da cicloxigenase-2 (COX-2), levando

a uma menor liberação das prostraglandinas e leucotrienos. Seguindo esse raciocínio, parece sensato supor uma ação supressora desse fármaco na movimentação ortodôntica, fato observado por alguns autores, com uma menor atividade clástica. Contudo, por outro lado, outros autores verificaram maior movimentação ortodôntica com administração de metilprednisolona, acompanhada de maior reabsorção óssea e diminuição da neoformação óssea. Portanto, verifica-se uma falta de consenso na literatura com relação à influência dos corticosteroides na movimentação ortodôntica. Diante disso, os autores indicam intervalos maiores entre consultas ortodônticas para pacientes usuários crônicos dos corticosteroides, além de acompanhamento radiográfico periódico, com vistas ao diagnóstico precoce de possíveis reabsorções radiculares.

* Acesse www.dentalpress.com.br/revistas para ler o artigo na íntegra.

Mestranda em Odontologia, área de concentração Ortodontia, PUC/PR.

Como citar este artigo: Knop LAH, Shintcovsk RL, Retamoso LB, Grégio AMT, Tanaka O. The action of corticosteroids on orthodontic tooth movement: A literature review. Dental Press J Orthod. 2012 Nov-Dec;17(6):20.

Professora Titular de Odontologia, PUC/PR.

Enviado em: 23 de outubro de 2008 - Revisado e aceito: 20 de agosto de 2012

Professor Titular de Odontologia, CCBS - PUC/PR.

» Os autores declaram não ter interesses associativos, comerciais, de propriedade ou financeiros, que representem conflito de interesse nos produtos e companhias descritos nesse artigo.

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Endereço para correspondência: Luegya Amorim Henriques Knop Rua Brigadeiro Franco, 2515 Apto 901 - Centro - CEP: 80250-030 - Curitiba/PR E-mail: luegya@hotmail.com

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artigo online*

Citotoxicidade de alginatos de uso ortodôntico Matheus Melo Pithon1, Rogério Lacerda dos Santos2, Fernanda Otaviano Martins3, Maria Teresa Villela Romanos4

Resumo do editor O alginato, ou hidrocoloide irreversível, é o material de moldagem mais aceito e utilizado na Ortodontia. Os fabricantes, com o objetivo de manufaturar alginatos com características importantes para o ortodontista, produzem o pó de alginato ortodôntico com modificações em seus componentes. Muitas substâncias são adicionadas a esses materiais com o objetivo de melhorar suas propriedades físicas, químicas e mecânicas, causando preocupação no que se refere à toxicidade desses materiais. Dessa forma, faz-se necessário avaliar a citotoxicidade desses materiais. Baseados nessa premissa, os autores do presente artigo tiveram como objetivo avaliar a citotoxicidade de três diferentes alginatos de uso ortodôntico em cultura de célula.

Foram avaliados três diferentes alginatos divididos em 3 grupos, assim denominados grupo JCO (Jeltrate Chromatic Ortho), OP (Orthoprint) e CO (Carrex Orthotrace). Três grupos controle também participaram: Controle positivo (C+), constituído pelo detergente celular Tween 80; Controle negativo (C-), PBS; e controle de célula (CC), onde as células não foram expostas a nenhum material. Após manipulação dos materiais, seguindo as orientações dos fabricantes, foram confeccionados corpos de prova utilizando-se

anéis de silicone. Em seguida, os corpos de provas foram imersos em meio mínimo essencial de Eagle (MEM) por 2 min, onde então procedeu-se a remoção do sobrenadante e a colocação em contato com fibroblastos L929. Após contato com o meio, as células foram incubadas por mais 24h, onde então foram adicionados 100μl do corante vermelho neutro a 0,01%.

Novamente as células foram incubadas por 3hrs para que incorporassem o corante. Passado esse período, as células foram fixadas e realizada a contagem de células viáveis em espectrofotômetro (BioTek, Winooski, Vermont, EUA) em um comprimento de onda de 492nm. Os resultados encontrados demonstraram diferenças estatísticas entre o grupo C+ com todos os outros, e entre os grupos C- e CC com os grupos experimentais JCO, OP e CO (p<0,05). Ausência de significância estatística foi observada entre os grupos JCO, OP e CO e entre os grupos C- e CC (p>0,05). Com relação à viabilidade celular, o grupo C+ apresentou-se com menor viabilidade, seguido pelos grupos experimentais CO, OP e JCO. Os autores concluíram, com a realização desse trabalho, que todos os alginatos avaliados demonstraram citotoxicidade celular, não apresentando diferença estatística entre si.

* Acesse www.dentalpress.com.br/revistas para ler o artigo na íntegra.

Como citar este artigo: Pithon MM, Santos RL, Martins FO, Romanos MTV. Cytotoxicity of alginate for orthodontic use. Dental Press J Orthod. 2012 Nov-Dec;17(6):21.

Professor de Ortodontia, Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia.

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Enviado em: 05 de janeiro de 2009 - Revisado e aceito: 16 de agosto de 2009 Professor de Ortodontia, Universidade Federal de Campina Grande.

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» Os autores declaram não ter interesses associativos, comerciais, de propriedade ou financeiros, que representem conflito de interesse nos produtos e companhias descritos nesse artigo.

Mestre em Tecnologia de Imunobiológicos, Unidade BioManguinhos, Fundação Oswaldo Cruz – FIOCRUZ.

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Endereço para correspondência: Matheus Melo Pithon Av. Otávio Santos, 395 – Sala 705 – Centro CEP: 45020-750 – Vitória da Conquista/BA E-mail: matheuspithon@gmail.com

Professora de Virologia, Universidade Federal do Rio de Janeiro.

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artigo online*

Perfil do ortodontista que atua no estado de São Paulo – Parte 1 Fabio Brandalise Rampon1, Celestino Nóbrega2, José Luiz Gonçalves Bretos3, Franco Arsati4, Sérgio Jakob5, Maria Cristina Jimenez-Pellegrin6

Resumo do editor

análises estatísticas foi através do software SPSS® versão 13.0. Os resultados demonstraram que de um total de 2414 cartas-resposta enviadas para a população alvo, 593 (24,56%) retornaram ao pesquisador com os questionários devidamente preenchidos; 64 (2,65%) retornaram ao remetente por devolução do correio devido a endereço insuficiente, desconhecido ou mudança de endereço e 1757 (72,78%) não retornaram. O perfil da amostra foi: sexo masculino (54,3%), faixa etária entre 41 e 50 anos (40,5%) e com tempo de inscrição no CRO-SP de 6 a 10 anos (29,3%). As três análises cefalométricas mais citadas foram a do padrão USP (71,5%), McNamara (59,2%) e Ricketts (52,8%). Dentre as técnicas ortodônticas mais utilizadas, pode-se observar que a utilização da técnica Straight-Wire está associada ao tempo de formação de especialista inferior a 10 anos, enquanto que a não utilização está associada à faixa de mais de 15 anos. A técnica Edgewise está associada ao tempo de formação de especialista com mais de 15 anos e a sua não utilização ao intervalo de 6 a 10 anos. A técnica bioprogressiva de Ricketts está associada a mais de 15 anos.

De posse dos resultados obtidos, os autores concluem que a técnica Straight-Wire foi a mais empregada, estando associada a ortodontistas inscritos no CRO-SP há menos de 10 anos. Os recursos ortopédicos funcionais são utilizados rotineiramente pela maioria dos profissionais indagados.

A proposta dos autores com o presente artigo foi conhecer o perfil do profissional de Ortodontia que atua em São Paulo. Segundo os autores, a escolha do estado de São Paulo deu-se por esse estado ser o de maior relevância no país, responsável por 59,4% da produção científica odontológica nacional. Para tal, foi solicitado junto ao Conselho Regional de Odontologia de São Paulo a lista de endereços de todos os especialistas em Ortodontia e Ortopedia Facial registrados até maio de 2007, perfazendo um total de 2414 profissionais. O questionário foi elaborado na forma de carta-resposta, com 20 questões objetivas, sendo oito delas com a possibilidade de se assinalar mais de uma alternativa. Além disso, em 10 questões o profissional teve a possibilidade de acrescentar uma resposta escrita livre e descritiva. O recurso de informática utilizado foi baseado na elaboração de planilhas para a digitação dos dados, com o auxílio do programa Microsoft Excel e seu assistente gráfico presente no sistema Windows XP. As respostas dos questionários foram analisadas através de gráficos e tabelas conforme frequências absolutas (n) e frequências relativas (%). Para avaliar a associação entre as variáveis qualitativas foi utilizado o teste de associação Qui-quadrado. Sempre que o teste Qui-quadrado foi significativo, a análise de resíduos ajustados foi utilizada como complemento. A elaboração das * Acesse www.dentalpress.com.br/revistas para ler o artigo na íntegra.

Mestre em Odontologia, SL Mandic.

Como citar este artigo: Rampon FB, Nóbrega C, Bretos JLG, Arsati F, Jacob S, Jimenez-Pellegrin MC. Profile of the orthodontist practicing in the state of São Paulo - Part 1. Dental Press J Orthod. 2012 Nov-Dec;17(6):22.

Especialista em Ortodontia, ABO. Mestre em Radiologia Oral, UNICASTELO.

Enviado em: 17 de junho de 2009 - Revisado e aceito: 30 de junho de 2010

Mestre em Ortodontia, UNICASTELO. Doutor em Ciências, UNIFESP.

» Os autores declaram não ter interesses associativos, comerciais, de propriedade ou financeiros, que representem conflito de interesse nos produtos e companhias descritos nesse artigo.

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Mestre e Doutor em Odontologia, Unicamp.

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Endereço para correspondência: Cristina Jimenez-Pellegrin Rua José Rocha Junqueira, 13 – Ponte Preta – Campinas/SP CEP: 13045-610 – E-mail: crisjp@globo.com

Mestre em Ortodontia, UNICASTELO. Doutor em Odontologia, SL Mandic.

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Professora do curso de Odontologia, Programa de Pós-Graduação Mestrado em Ortodontia, SL Mandic. Especialista em Ortodontia, UNICASTELO. Doutora em Ciências, USP.

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artigo online*

Avaliação da plasticidade e radiopacidade dos separadores elásticos através de testes físicos de tração e radiográficos Danielle Frota Mendes1, José Euclides Nascimento2, Adriano Francisco de Lucca Facholli2, Maurício de Alencar Casa2, Luciano da Silva Carvalho3, Kikuo Sato3

Resumo do editor Para a obtenção de uma bandagem adequada, uma satisfatória separação interdentária torna-se imprescindível. Para esse fim, os separadores elásticos têm sido rotineiramente empregados. Contudo, tem sido clinicamente observado que, caso subgengivais, esses separadores elásticos podem causar reabsorção óssea e perda das fibras gengivais e do ligamento periodontal. Por esse motivo, é de suma importância que os separadores elásticos sejam radiopacos, para que sejam localizados por meio de uma radiografia periapical. O objetivo do presente estudo consistiu em analisar a plasticidade e radiopacidade de separadores elásticos comumente empregados clinicamente. Foram avaliados separadores elásticos modulares e extrudados de seis marcas comerciais (Abzil, Dentaurum, GAC, American Orthodontics, GH e Morelli – tipos azul e verde). Dez separadores de cada marca comercial foram submetidos ao teste de tração, em que o seu diâmetro interno foi alongado em três vezes, em máquina de ensaios universal.

Antes e após o teste, os separadores foram analisados em um microscópio trinocular e as imagens foram capturadas por uma máquina fotográfica digital, de forma a se mensurar o percentual de deformação dos corpos de prova. Para a análise da radiopacidade, radiografias periapicais dos separadores elásticos foram realizadas de forma convencional. Os resultados demonstraram que os separadores extrudados não sofreram deformação plástica, ao contrário dos modulares, em que os separadores Morelli Azul e Abzil apresentaram maiores índices de deformação (respectivamente, 10,75% e 8,75%). Na análise radiográfica, somente os separadores extrudados da American Orthodontics e GH demonstraram radiopacidade, assim como os separadores modulares da Abzil, Dentaurum e GAC. Associando-se as propriedades da plasticidade e radiopacidade, os separadores mais indicados para o emprego clínico consistiram nos extrudados da American Orthodontics e GH e modulares da GAC e Dentaurum.

* Acesse www.dentalpress.com.br/revistas para ler o artigo na íntegra.

Como citar este artigo: Mendes DF, Nascimento JE, Facholli AFL, Casa MA, Carvalho LS, Sato K. Evaluation of plasticity and radiopacity of elastic separators by means of traction tests and radiography. Dental Press J Orthod. 2012 Nov-Dec;17(6):23.

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Especialista em Ortodontia.

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Professor Assistente do Curso de Especialização em Ortodontia da EAP - APCD Central - São Paulo e Sorocaba.

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Coordenador do Curso de Especialização em Ortodontia da EAP - APCD Central São Paulo.

Enviado em: 29 de outubro de 2008 - Revisado e aceito: 05 de junho de 2012 » Os autores declaram não ter interesses associativos, comerciais, de propriedade ou financeiros, que representem conflito de interesse, nos produtos e companhias descritos nesse artigo.

Endereço para correspondência: Danielle Frota Mendes Rua Melo César, 60 – Cidade dos Funcionários – Fortaleza/CE Cep: 60823-110 – E-mail: dani.frota@terra.com.br

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artigo online*

Corrosão in vitro de braquetes metálicos: influência da saliva artificial com e sem flúor Mônica Pereira Saporeti1, Enio Tonani Mazzieiro2, Wisley Falcco Sales3

Resumo do editor

O processo de corrosão dos braquetes foi avaliado qualitativamente por meio de microscopia eletrônica de varredura, utilizando magnificações de 200 a 500 vezes. Além disso, a composição química dos resíduos superficiais presentes nos braquetes, resultantes do processo corrosivo, foi analisada por meio de microscopia eletrônica de varredura acoplada ao sistema EDS (Philips, XL 30s, EUA). Ainda, a concentração dos metais liberados na saliva artificial foi avaliada pela espectrofotometria de absorção atômica (Varian 220 FS, EUA). Os resultados demonstraram que na presença do flúor, verificou-se maior corrosão em todos os braquetes avaliados. Tanto os braquetes de aço inoxidável com ausência de níquel quanto os de titânio apresentaram boa resistência à corrosão. Nos braquetes com cobertura de nitreto de titânio foram observados óxidos em sua superfície, provavelmente devido a defeitos decorrentes da cobertura de nitreto de titânio. A menor resistência à corrosão foi verificada nos braquetes de cromo-cobalto, provavelmente devido à presença da solda entre a base e o corpo dos braquetes e aos tratamentos térmicos inerentes a essa liga. Também foi observada a formação de óxidos na superfície desses braquetes, associados a cobalto, cromo e prata. Todavia, não houve sinais claros da liberação de íons nas soluções de todos os braquetes. Portanto, a presença do flúor promoveu uma maior corrosão em todos os braquetes analisados. Apesar da baixa resistência à corrosão apresentada pelos braquetes de cromo-cobalto, não se observou a liberação significativa de íons na saliva artificial em nenhum dos braquetes avaliados

Vários braquetes metálicos foram propostos no mercado com ausência ou mesmo com uma mínima quantidade de níquel, devido à hipersensibilidade a esse metal apresentada por alguns pacientes na clínica ortodôntica.

Contudo, há poucos estudos avaliando o comportamento desses braquetes no ambiente bucal, composto por uma diversidade de componentes químicos, proteicos e de microrganismos, de diferentes temperaturas, o que muitas vezes resulta na corrosão de ligas metálicas. Portanto, o objetivo do presente estudo consistiu em avaliar a resistência à corrosão de braquetes metálicos, com ausência ou pequena quantidade de níquel, imersos em saliva artificial com e sem a presença de flúor, por meio de microscopia eletrônica de varredura. Foram analisados 17 braquetes por marca comercial, sendo braquetes de aço inoxidável sem níquel (Morelli Nickel-Free – Morelli, Sorocaba/SP); braquetes de aço inoxidável com baixa concentração de níquel e cobertura superficial de nitreto de titânio (Morelli Golden Line – Morelli, Sorocaba/SP); braquetes de cromo-cobalto (TP Orthodontics, La Porte, EUA); e braquetes de titânio (Dentaurum – Ispringen, Alemanha).

Esses braquetes foram imersos em saliva artificial a 37°C, durante 7, 9 e 11 semanas (respectivamente, grupos 1, 2 e 3). O Grupo 4 consistiu de braquetes imersos em saliva artificial e flúor durante 11 semanas. Para cada grupo foram avaliados 4 braquetes. O grupo controle foi composto por somente um braquete, o qual não sofreu imersão.

* Acesse www.dentalpress.com.br/revistas para ler o artigo na íntegra.

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Mestre em Ortodontia, PUC-Minas.

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Mestre e Doutor em Ortodontia, USP-Bauru.

Como citar este artigo: Saporeti MP, Mazzieiro ET, Sales WF. In vitro corrosion of metallic orthodontic brackets: Influence of artificial saliva with and without fluorides. Dental Press J Orthod. 2012 Nov-Dec;17(6):24.

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Mestre e Doutor em Engenharia Mecânica, UFU.

Enviado em: 31 de outubro de 2008 - Revisado e aceito: 16 de agosto de 2012 Endereço para correspondência: Enio Tonani Mazzieiro Av. Contorno, 8000, Sala 1004 – Santo Agostinho – Belo Horizonte/MG CEP 30110-932 – E-mail: mazzieiroetm@gmail.com

» Os autores declaram não ter interesses associativos, comerciais, de propriedade ou financeiros, que representem conflito de interesse nos produtos e companhias descritos nesse artigo.

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Dental Press J Orthod. 2012 Nov-Dec;17(6):24

artigo online*

Avaliação longitudinal do comportamento da mandíbula em indivíduos Classe I com crescimento vertical e horizontal Dirceu Barnabé Raveli1, Savana Maia2, Luana Paz Sampaio3, Denise Rocha Goes Landázuri4, Taísa Boamorte Raveli5

Resumo do editor O padrão de crescimento craniofacial pode determinar rotações mandibulares durante o crescimento e desenvolvimento do complexo craniofacial, o que implica diretamente no planejamento, tratamento e prognóstico ortodôntico. O objetivo do presente estudo compreendeu analisar e comparar as alterações longitudinais no crescimento mandibular em pacientes possuindo má oclusão de Classe I com padrão de crescimento horizontal ou vertical. Foram avaliadas telerradiografias em norma lateral de 20 pacientes, provenientes do Centro de Crescimento Burlington, Universidade de Toronto, Canadá. Esses pacientes foram divididos em dois grupos, sendo 10 pacientes por grupo, dependendo do padrão de crescimento craniofacial inicial. O crescimento craniofacial foi analisado nas idades de 9, 12 e 21 anos. As telerradiografias em

norma lateral foram devidamente traçadas e as mensurações cefalométricas foram realizadas por meio do programa Dentofacial Planner Plus 2.01. Diferenças existentes entre os grupos foram analisadas por meio do teste t independente (p<0,05). Os resultados demonstraram um posicionamento mandibular mais posterior nos pacientes dolicofaciais, contudo com a mesma quantidade de crescimento mandibular no período avaliado (Co-Gn). Com relação às alterações verticais, detectou-se a permanência da tendência de crescimento vertical nos pacientes dolicocefálicos, sem alterações no ângulo SN.GoMe; ao contrário dos pacientes braquicefálicos, que demonstraram uma gradual diminuição desse ângulo, demonstrando uma rotação mandibular anti-horária no decorrer do crescimento craniofacial.

* Acesse www.dentalpress.com.br/revistas para ler o artigo na íntegra.

1

Professor Adjunto da disciplina de Ortodontia, FOAr/UNESP.

Como citar este artigo: Raveli DB, Maia S, Sampaio LP, Landázuri DRG, Raveli TB. Longitudinal study of mandibular behavior in Class I subjects with vertical and horizontal growth. Dental Press J Orthod. 2012 Nov-Dec;17(6):25.

2

Professora, Universidade do Estado do Amazonas.

Enviado em: 15 de outubro de 2008 - Revisado e aceito: 30 de agosto de 2012

3

Professora Doutora do curso de Especialização em Ortodontia, FAMOSP/GESTOSAraraquara.

» Os autores declaram não ter interesses associativos, comerciais, de propriedade ou financeiros, que representem conflito de interesse nos produtos e companhias descritos nesse artigo.

4

Doutoranda em Ortodontia, FOAr/UNESP.

5

Mestre em Ortodontia, UNESP. Professora do Curso de Especialização em Ortodontia, FAMOSP/GESTOS-Araraquara.

© 2012 Dental Press Journal of Orthodontics

Endereço para correspondência: Dirceu Barnabé Raveli Rua Humaitá, 1680 – Centro – CEP: 14801-903 – Araraquara/SP E-mail: draveli@foar.unesp.br

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Dental Press J Orthod. 2012 Nov-Dec;17(6):25

artigo inédito

Liberação de força in vitro de fios de níquel-titânio superelásticos em deslocamento vertical Aisha de Souza Gomes Stumpf1, Karina dos Santos Mundstock2, Daniel Mundstock3, Carlos Alberto Mundstock4

Objetivo: o objetivo deste estudo foi avaliar a força liberada por diferentes fios de níquel-titânio (NiTi) superelástico em deslocamento vertical, a fim de determinar se a liberação de estresse por esses satisfaz o critério de forças suaves e constantes, geralmente atribuído a tais arcos.

Métodos: dez amostras de seis arcos de NiTi superelástico 0,016” de marcas comerciais diferentes (Ormco, GAC, Morelli, TP, American Orthodontics e Rocky Mountain) foram testados em um modelo metálico usando braquetes Dynalock (3M Unitek). Na região do canino, havia um braquete móvel conectado a uma haste, a qual estava relacionada com uma célula de carga de 0,5kg de uma máquina universal de ensaios (Autograph AG-199kNG, Shimadzu). O deslocamento do conjunto na região do canino foi realizado a uma velocidade constante de 0,5mm/min e o deslocamento máximo foi de 1,0mm. O conjunto foi submerso em água com temperatura controlada a 37ºC. Resultados: os resultados obtidos foram avaliados por ANOVA (p <0,05), usando o software SAS System 8.02, Cry, NC, EUA. O arco da TP apresentou a menor força durante todo o teste, embora a força final tenha sido elevada (277,91g). O fio da Rocky Mountain demonstrou a maior liberação de força (455,41g).

Conclusões: conclui-se que todas as diferentes marcas comerciais testadas nesse estudo falharam em liberar forças baixas e constantes, como é esperado nos fios de níquel-titânio superelástico. As forças foram extremamente pesadas para o movimento vertical de dentes.

Palavras-chave: Fios ortodônticos. Ortodontia corretiva. Movimento dentário.

Como citar este artigo: Stumpf ASG, Mundstock KS, Mundstock D, Mundstock CA. In vitro force delivery of nickel-titanium superelastic archwires in vertical displacement. Dental Press J Orthod. 2012 Nov-Dec;17(6):26-30.

Professora Substituta na UFRGS.

1

Professora de Ortodontia da ULBRA. Professora do Curso de Especialização da UFRGS.

2

Enviado em: 8 de agosto de 2008 - Revisado e aceito: 24 de novembro de 2008 Estudante de doutorado na Escola de Engenharia da UFRGS.

3

» Os autores declaram não ter interesses associativos, comerciais, de propriedade ou financeiros, que representem conflito de interesse, nos produtos e companhias descritos nesse artigo.

Professor de Ortodontia na UFRGS. Professor do Curso de Especialização em Ortodontia na UFRGS.

4

Endereço para correspondência: Aisha de Souza Gomes Stumpf Rua Carazinho, 652/302, Petrópolis – Porto Alegre / RS – CEP: 90.460-190 E-mail: aishastumpf@terra.com.br

© 2012 Dental Press Journal of Orthodontics

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Dental Press J Orthod. 2012 Nov-Dec;17(6):26-30

Liberação de força in vitro de fios de níquel-titânio superelásticos em deslocamento vertical

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© 2012 Dental Press Journal of Orthodontics

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Dental Press J Orthod. 2012 Nov-Dec;17(6):26-30

artigo inédito

Efeitos cefalométricos do uso da Teoria de Força das 10 Horas no tratamento da má oclusão de Classe II Marise de Castro Cabrera1, Carlos Alberto Gregório Cabrera2, Karina Maria Salvatore de Freitas3, Marcos Roberto de Freitas4, Guilherme Janson4, Laura de Castro Cabrera5

Objetivo: esse estudo objetivou avaliar os efeitos cefalométricos promovidos pelo tratamento ortodôntico de pacientes com má oclusão de Classe II com o uso da Teoria de Força das 10 Horas, que consiste no uso de aparelho ortodôntico fixo, 8 horas diárias de uso de aparelho extrabucal cervical e 16 horas de uso de elásticos de Classe II, sendo 8 horas com apoio no primeiro molar inferior e 8 horas com apoio no segundo molar inferior.

Métodos: a amostra consistiu de 31 pacientes, com idade média inicial de 14,90 anos, idade média final de 17,25 anos e tempo médio de tratamento de 2,35 anos. Foram avaliadas as telerradiografias em norma lateral nas fases pré e pós-tratamento ortodôntico. Para avaliação das alterações cefalométricas entre as fases inicial e final de tratamento, foi utilizado o teste t dependente.

Resultados: os casos tratados com a Teoria de Força das 10 Horas apresentaram uma suave restrição do deslocamento anterior da maxila, aumento do comprimento efetivo da mandíbula, melhora significativa da relação maxilomandibular, aumento significativa da altura facial anteroinferior, inclinação para distal da coroa dos pré-molares superiores, extrusão e inclinação para distal da raiz dos molares superiores, inclinação para vestibular e protrusão significativa dos incisivos inferiores, extrusão e mesialização significativos dos molares inferiores, além de correção significativa da relação molar e dos trespasses horizontal e vertical.

Conclusão: o uso da Teoria de Força das 10 Horas no tratamento da má oclusão de Classe II proporcionou resultados satisfatórios.

Palavras-chave: Má oclusão de Angle Classe II. Ortodontia corretiva. Aparelhos de tração extrabucal.

1

Coordenadora do curso de Especialização em Ortodontia, Faculdade Herrero.

2

Professor do curso de Especialização em Ortodontia, Faculdade Herrero.

3

Coordenadora do Mestrado em Odontologia, área de concentração Ortodontia, UNINGÁ.

4

Professor Titular do Departamento de Odontopediatria, Ortodontia e Saúde Coletiva, FOB-USP.

5

Estagiária do Curso de Especialização em Ortodontia, Faculdade Herrero.

© 2012 Dental Press Journal of Orthodontics

Como citar este artigo: Cabrera MC, Cabrera CAG, Freitas KMS, Freitas MR, Janson G, Cabrera LC. Cephalometric effects of the use of 10-hour Force Theory for Class II treatment. Dental Press J Orthod. 2012 Nov-Dec;17(6):31-40.

Enviado em: 14 de agosto de 2008 - Revisado e aceito: 08 de setembro de 2008 » Os autores declaram não ter interesses associativos, comerciais, de propriedade ou financeiros, que representem conflito de interesse nos produtos e companhias descritos nesse artigo.

Endereço para correspondência: Karina Maria Salvatore de Freitas Rua Jamil Gebara 1-25, Apto 111 – Bauru/SP CEP: 17017-150 – E-mail: kmsf@uol.com.br

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artigo inédito

Efeitos cefalométricos do uso da Teoria de Força das 10 Horas no tratamento da má oclusão de Classe II

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© 2012 Dental Press Journal of Orthodontics

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artigo inédito

Estabilidade da cirurgia combinada de maxila e mandíbula para tratamento da má oclusão de Classe III Fernando Antonio Gonçalves1, Vânia Célia Vieira de Siqueira2

Objetivo: avaliar a estabilidade da cirurgia combinada de maxila e mandíbula em pacientes com má oclusão esquelética de Classe III com a utilização de fixação interna rígida.

Métodos: utilizaram-se telerradiografias obtidas em norma lateral de 20 pacientes, sendo 11 do sexo masculino e 9 do feminino, com média de idade de 26 anos e 1 mês, avaliados antes da cirurgia, no pós-operatório imediato e no mínimo 6 meses após a cirurgia. Avaliaram-se dezenove grandezas cefalométricas e os resultados foram analisados estatisticamente por meio do teste t de Student e da análise de Kruskal-Wallis.

Resultados: a cirurgia de avanço maxilar praticamente não apresentou recidiva. Ocorreu perda de estabilidade do recuo mandibular, com recidiva de 37,33% no ponto B, devido ao giro anti-horário da mandíbula entre os períodos pós-operatórios, ocorrido pela melhor intercuspidação pós-cirúrgica e adaptação muscular. Os resultados apresentaram as mesmas tendências para ambos os sexos.

Conclusão: concluiu-se que no tratamento cirúrgico combinado da má oclusão de Classe III, o procedimento realizado na maxila mostrou-se muito estável, já o recuo mandibular apresentou recidiva. Não evidenciou-se diferenças estatísticas na estabilidade cirúrgica entre os sexos.

Palavras-chave: Má oclusão de Angle Classe III. Osteotomia. Osteotomia de Le Fort.

1

Mestre e Doutor em Ortodontia, FOP-UNICAMP. Professor de Graduação e do curso de Especialização em Ortodontia, FUNEC-Santa Fé do Sul.

2

Doutora em Ortodontia e Odontologia em Saúde Coletiva, USP. Professora de Ortodontia, FOP/UNICAMP.

Como citar este artigo: Gonçalves FA, Siqueira VCV. Stability of bimaxillary surgery on Class III malocclusion treatment. Dental Press J Orthod. 2012 Nov-Dec;17(6):41-51.

Enviado em: 06 de novembro de 2008 - Revisado e aceito: 09 de fevereiro de 2010 » Os pacientes que aparecem no presente artigo autorizaram previamente a publicação de suas fotografias faciais e intrabucais. » Os autores declaram não ter interesses associativos, comerciais, de propriedade ou financeiros, que representem conflito de interesse nos produtos e companhias descritos nesse artigo.

Endereço para correspondência: Fernando Antonio Gonçalves Av. Santo Antonio, 545 - Vila Xavier – Araraquara/SP CEP: 14810-115 – E-mail: dfgodontologia@terra.com.br

© 2012 Dental Press Journal of Orthodontics

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Gonçalves FA, Siqueira VCV

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Dental Press J Orthod. 2012 Nov-Dec;17(6):41-51

artigo inédito

Avaliação da estabilidade do tratamento de mordida aberta anterior utilizando aparelho removível com grade palatina associado a mentoneira Fernando Pedrin Carvalho Ferreira1, Renato Rodrigues de Almeida2, Fernando César Torres3, Renata Rodrigues de Almeida-Pedrin4, Marcio Rodrigues de Almeida5, Roberto Santana Filho6

Objetivo: avaliar cefalometricamente a estabilidade das alterações dentoesqueléticas e tegumentares, no protocolo de tratamento com o aparelho removível com grade palatina associado à mentoneira, em jovens portadores de mordida aberta anterior tratados por 12 meses, comparando-os com um grupo de jovens portadores de má oclusão semelhante que não foram submetidos ao tratamento ortodôntico.

Métodos: avaliou-se um total de 76 telerradiografias em norma lateral de 38 jovens. Dois grupos compuseram a amostra: o Grupo 1 (Controle), composto por 19 jovens (idade média de 9,10 anos) que não receberam qualquer tratamento para a correção de sua má oclusão; e o Grupo 2 (Tratado), composto por 19 jovens (idade média de 9,78 anos) que receberam o protocolo de tratamento durante 12 meses. Verificou-se a estabilidade do tratamento da má oclusão durante aproximadamente 15 meses após a remoção dos aparelhos. Os dados obtidos nas medidas cefalométricas (diferenças das médias das alterações) para os dois grupos foram computados pelo teste t de Student não pareado.

Resultados: os resultados mostraram que os componentes esquelético e tegumentar não apresentaram alterações significativas. O overbite, overjet e o posicionamento dos dentes superiores mantiveram-se estáveis. Os incisivos inferiores vestibularizaram e protruíram no Grupo Tratado, enquanto o Grupo Controle apresentou maior extrusão desses dentes. Os molares inferiores também extruíram mais significativamente no Grupo controle.

Conclusão: pode-se concluir que o protocolo de tratamento da mordida aberta anterior utilizando aparelho removível com grade palatina associado à mentoneira mostrou estabilidade de aproximadamente 95%, ressaltando a grande importância desse tratamento na dentição mista.

Palavras-chave: Mordida aberta. Má oclusão de Angle Classe I. Ortodontia.

1

Mestre e Doutor em Ortodontia, FOB/USP. Professor e Coordenador dos cursos de Especialização, CORA – Vilhena/RO.

2

Doutor em Ortodontia, USP. Professor de Ortodontia, FOB/USP.

3

Mestre e Doutor em Ortodontia, FOB/USP. Professor Associado do departamento de Ortodontia, UNICID.

4

Pós-Doutora em Ortodontia e Especialista em Radiologia, FOB/USP. Professora de Graduação e Pós-Graduação, Universidade Sagrado Coração.

5

Pós-Doutor em Ortodontia, FOB/USP.

6

Especialista em Ortodontia, CORA – Bauru. Professor do curso de Ortodontia, CORA – Vilhena/RO.

© 2012 Dental Press Journal of Orthodontics

Como citar este artigo: Ferreira FPC, Almeida RR, Torres FC, Almeida-Pedrin RR, Almeida MR, Santana Filho R. Evaluation of the stability of open bite treatment using a removable appliance with palatal crib combined with high-pull chincup. Dental Press J Orthod. 2012 Nov-Dec;17(6):52-60.

Enviado em: 24 de novembro de 2008 - Revisado e aceito: 26 de junho de 2009 » Os pacientes que aparecem no presente artigo autorizaram previamente a publicação de suas fotografias faciais e intrabucais. » Os autores declaram não ter interesses associativos, comerciais, de propriedade ou financeiros, que representem conflito de interesse nos produtos e companhias descritos nesse artigo.

Endereço para correspondência: Fernando Pedrin Carvalho Ferreira Rua Vereador Leandro dos Santos Martins, 2-20 – Jardim Estoril – Bauru/SP CEP: 17017-900 – E-mail: drfernandopedrin@bol.com.br

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Dental Press J Orthod. 2012 Nov-Dec;17(6):52-60

artigo inédito

Avaliação da estabilidade do tratamento de mordida aberta anterior utilizando aparelho removível com grade palatina associado a mentoneira

CONCLUSÕES Os resultados desse estudo indicaram que o tratamento da mordida aberta anterior, na dentição mista, utilizando aparelho removível com grade palatina, associado a mentoneira, promoveu 95% de estabilidade dentária e esquelética, já que apenas os incisivos inferiores apresentaram alterações significativas se comparados a um grupo controle.

No dia a dia da clínica particular, com o intento de se tratar as mordidas abertas anteriores, os aparelhos são utilizados até a obtenção de um overbite positivo. É interessante após a correção precoce a utilização de contenções, além da interação com outras especialidades (Otorrinolaringologia e Fonoaudiologia) e o acompanhamento periódico, o que provavelmente proporcionará uma melhor estabilidade.

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Dental Press J Orthod. 2012 Nov-Dec;17(6):52-60

artigo inédito

Avaliação de fatores oclusais em pacientes com disfunção temporomandibular Max Dória Costa1, Gontran da Rocha Torres Froes Junior2, Carlos Neanes Santos3

Objetivo: o presente estudo teve como objetivo verificar a prevalência e relação dos principais fatores oclusais com a disfunção temporomandibular.

Métodos: foram analisados 100 pacientes (50 com diagnóstico de DTM e 50 voluntários assintomáticos, grupo controle) através de um questionário para classificação do grau de DTM, em ausente, leve, moderada e severa.

Em seguida, foi realizada uma avaliação intrabucal dos fatores oclusais ausência de dentes posteriores, facetas de desgaste, overjet, overbite, mordida aberta anterior, mordida cruzada posterior, relação sagital (Classe I, II e III), discrepância da relação cêntrica para máxima intercuspidação habitual, guia anterior e interferência oclusal em balanceio. O teste qui-quadrado analisou a associação entre DTM e as variáveis oclusais consideradas.

Resultados: a prevalência dos fatores oclusais analisados foi maior nos pacientes que apresentaram DTM moderada e severa. Resultados estatisticamente significativos foram encontrados para ausência de cinco ou mais dentes posteriores, overjet e overbite maiores que 5mm, relação dos incisivos topo a topo, mordida cruzada posterior, Classe II e III, ausência de guia anterior efetiva e interferências no lado de balanceio.

Conclusão: conclui-se que realmente existe uma relação entre DTM e os fatores oclusais; entretanto, não se pode afirmar até que ponto esses fatores são predisponentes, desencadeantes ou perpetuantes dessa disfunção. Portanto, apesar de sua etiologia multifatorial, não se pode negligenciar a análise oclusal desses pacientes.

Palavras-chave: Oclusão dentária. Má oclusão. Síndrome da disfunção da articulação temporomandibular.

Como citar este artigo: Costa MD, Froes Junior GRT, Santos CN. Evaluation of occlusal factors in patients with temporomandibular joint disorder. Dental Press J Orthod. 2012 Nov-Dec;17(6):61-8.

Mestre e Doutorando em Reabilitação, FOB-USP.

1

Especialista em Radiologia e Imaginologia, UFBA.

2

3

Enviado em: 12 de janeiro de 2009 - Revisado e aceito: 13 de novembro de 2009

Professor Auxiliar do Departamento de Odontologia, Disciplina de Oclusão e Clínica Integrada, UFS.

» Os autores declaram não ter interesses associativos, comerciais, de propriedade ou financeiros, que representem conflito de interesse nos produtos e companhias descritos nesse artigo.

Endereço para correspondência: Departamento de Odontologia da Universidade Federal de Sergipe – Av. Mal. Rondon, s/n – Cidade universitária – São Cristóvão/SE CEP: 49100-000 – E-mail: maxdoria@usp.br

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61

Dental Press J Orthod. 2012 Nov-Dec;17(6):61-8

Avaliação de fatores oclusais em pacientes com disfunção temporomandibular

artigo inédito

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artigo inédito

Influência do tratamento sem e com extrações no padrão de crescimento facial de indivíduos dolicofaciais Vanessa Scherer Porto1, José Fernando Castanha Henriques2, Guilherme Janson3, Marcos Roberto de Freitas4, Arnaldo Pinzan5

Objetivo: o objetivo desse estudo retrospectivo foi comparar, por meio de telerradiografias, as alterações no padrão de crescimento facial decorrentes do tratamento sem e com extrações dos quatro primeiros pré-molares em indivíduos dolicofaciais.

Métodos: os grupos 1 e 2 foram constituídos, cada um, por 23 pacientes dolicofaciais com má oclusão Classe II, divisão 1 e idade inicial média de 12,36 e 12,29 anos, respectivamente. Os pacientes do grupo 1 foram tratados sem extrações e os do grupo 2 foram tratados com extrações dos quatro primeiros pré-molares, sendo que ambos utilizaram aparelho extrabucal occipital. Os grupos foram compatibilizados de acordo com a idade, tempo de tratamento, sexo e severidade da má oclusão. O teste t foi aplicado para a comparação intergrupos.

Resultados: a maioria das variáveis (SN.PP, SN.Ocl e FMA) não apresentou diferença estatisticamente significativa entre os grupos.

Conclusão: apesar do tratamento com extrações tender a reduzir a inclinação do plano mandibular (SN.GoGn) e o eixo facial (NS.Gn), os protocolos de tratamento analisados não alteraram de forma clinicamente relevante o padrão de crescimento facial.

Palavras-chave: Má oclusão de Angle Classe II. Dimensão vertical. Extração dentária.

1

Mestre em Ortodontia, FOB/USP.

2

Professor Titular do Departamento de Ortodontia e Odontopediatria e Saúde Coletiva, FOB/USP.

3

Professor Titular da disciplina de Ortodontia e Chefe do Departamento de Odontopediatria, Ortodontia e Saúde Coletiva, FOB/USP.

4

Professor Titular da disciplina de Ortodontia e Coordenador do Programa de Ortodontia e Saúde Coletiva, FOB/USP.

5

Como citar este artigo: Porto VS, Henriques JFC, Janson G, de Freitas MR, Pinzan A. Influence of treatment with and without extractions on the growth pattern of dolichofacial patients. Dental Press J Orthod. 2012 Nov-Dec;17(6):69-75.

Enviado em: 21 de janeiro de 2009 - Revisado e aceito: 16 de agosto de 2009 » Os autores declaram não ter interesses associativos, comerciais, de propriedade ou financeiros, que representem conflito de interesse nos produtos e companhias descritos nesse artigo.

Endereço para correspondência: Vanessa Scherer Porto Rua Becker Pinto, 106 – Dores – Santa Maria/RS CEP: 97.050-070 – E-mail: vanessascherer@hotmail.com

Professor Associado da disciplina de Ortodontia, FOB/USP.

© 2012 Dental Press Journal of Orthodontics

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Dental Press J Orthod. 2012 Nov-Dec;17(6):69-75

Porto VS, Henriques JFC, Janson G, de Freitas MR, Pinzan A

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Dental Press J Orthod. 2012 Nov-Dec;17(6):69-75

artigo inédito

Má oclusão Classe II com sobremordida exagerada: uma abordagem sequencial Fernando Lima Martinelli1, Chalana Sangalli Reale2, Ana Maria Bolognese3

Objetivo: o objetivo desse relato de caso clínico foi avaliar os resultados da correção da sobremordida exagerada por meio da técnica do arco segmentado.

Métodos: na primeira etapa do tratamento, utilizou-se essa técnica para intrusão dos incisivos e caninos. Em seguida, foram confeccionados e instalados uma barra transpalatina superior e um arco lingual inferior, ambos com fio de 0,051” de espessura, sendo associados ao arco facial ancorado, primeiramente, em tração occipital e, após a correção da chave de oclusão, foi modificada para tração parietal.

Resultados: os incisivos superiores apresentaram grande quantidade de intrusão com discreta inclinação palatal das raízes, conforme determinado no plano de tratamento. A resposta mandibular foi favorável, possibilitando o alcance de perfil mais harmonioso. Nas radiografias periapicais, observou-se suave arredondamento apical nas raízes dos incisivos, compatível com movimento de intrusão.

Conclusão: os resultados clínicos conferem sucesso na abordagem da correção da sobremordida exagerada.

Palavras-chave: Má oclusão de Angle Classe II. Aparelhos de tração extrabucal. Movimentação dentária.

1

Mestre e Doutor em Ortodontia, UFRJ. Professor convidado do curso de Especialização em Ortodontia, PUC/RS.

2

Especialista em Ortodontia, PUC/RS.

3

Mestre e Doutora em Ortodontia, UFRJ. Professora Titular do curso de Ortodontia, UFRJ.

Como citar este artigo: Martinelli FL, Reale CS, Bolognese AM. Class II malocclusion with deep overbite: A sequential approach. Dental Press J Orthod. 2012 Nov-Dec;17(6):76-82.

Enviado em: 23 de janeiro de 2009 - Revisado e aceito: 31 de outubro de 2009 » Os pacientes que aparecem no presente artigo autorizaram previamente a publicação de suas fotografias faciais e intrabucais. » Os autores declaram não ter interesses associativos, comerciais, de propriedade ou financeiros, que representem conflito de interesse nos produtos e companhias descritos nesse artigo.

Endereço para correspondência: Fernando Lima Martinelli Rua Mariante, 239/306 – Porto Alegre/RS CEP: 90430-181 – E-mail: flima.martinelli@terra.com.br

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Má oclusão Classe II com sobremordida exagerada: uma abordagem sequencial

artigo inédito

aceitáveis de força recomendados na literatura, McFadden12 não encontrou relação entre idade, sexo ou tipo facial com a quantidade de intrusão ou de reabsorção radicular. Entretanto, o autor encontrou alta correlação entre tempo de tratamento e reabsorção radicular12.

O período ideal para o tratamento de más oclusões Classe II permanece controverso e deve ser delineado individualmente para cada caso. Tulloch, Proffit e Philips19 mencionaram que o tratamento precoce não deve ser considerado uma maneira mais eficiente de tratar adolescentes com Classe II. Nesse

relato de caso, o tratamento em uma fase foi aplicado e excelentes resultados foram obtidos.

O presente caso foi tratado durante o período de crescimento puberal e a resposta mandibular foi importante para alcançar perfil facial equilibrado; porém, a quantidade de intrusão não está relacionado a essa faixa etária12,16. Otto et al.16 observaram intrusão similar em adultos e adolescentes, sem encontrar correlação entre intrusão de incisivos e tipo facial.

Portanto, a técnica do arco segmentado está indicada para corrigir sobremordida profunda em adultos e adolescentes de qualquer tipo facial.

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Dental Press J Orthod. 2012 Nov-Dec;17(6):76-82

artigo inédito

Relação entre agenesia e anomalia de forma de incisivos laterais superiores e impacção de caninos Anísio Bueno de Carvalho1, Rogério Heladio Lopes Motta2, Eliane Maria Duarte de Carvalho3

Objetivo: o objetivo foi obter informação sobre a relação existente entre a agenesia e/ou anomalia de forma de incisivos laterais superiores e impacção de caninos.

Métodos: foram avaliados 73 pacientes com impacção de caninos e 73 pacientes controle, sem impacção de caninos. Foram medidas as distâncias mesiodistais dos incisivos laterais superiores adjacentes aos caninos impactados e os incisivos laterais correspondentes inferiores. Os incisivos laterais adjacentes foram classificados em: 1 - ausentes; 2 - pequenos; 3 - conoides; 4 - normais.

Resultados: os resultados mostraram que no grupo de pacientes com caninos impactados foram encontrados 22 dentes anômalos (pequenos e conoides), e no grupo controle apenas três dentes pequenos e conoides, sendo uma diferença estatisticamente significativa (p=0,001). Não foram encontrados pacientes com canino impactado e incisivo lateral ausente.

Conclusão: concluiu-se que nos pacientes com incisivos laterais anômalos (pequenos e conoides), a probabilidade de apresentarem caninos impactados existe e deve ser considerada..

Palavras-chave: Incisivo. Dente canino. Anodontia.

Como citar este artigo: Carvalho AB, Motta RHL, Carvalho EMD. Relation between agenesis and shape anomaly of maxillary lateral incisors and canine impaction. Dental Press J Orthod. 2012 Nov-Dec;17(6):83-8.

Coordenador e Professor do curso de Especialização em Ortodontia, Centro de Pesquisas Odontológicas São Leopoldo Mandic – Unidade Belo Horizonte.

1

Professor do Centro de Pesquisas Odontológicas São Leopoldo Mandic – Unidade Campinas.

Enviado em: 09 de março de 2009 - Revisado e aceito: 20 de outubro de 2010

Coordenadora e Professora do curso de Especialização em Ortodontia, Centro de Pesquisas Odontológicas São Leopoldo Mandic – Unidade Belo Horizonte.

» Os pacientes que aparecem no presente artigo autorizaram previamente a publicação de suas fotografias faciais e intrabucais.

2

3

» Os autores declaram não ter interesses associativos, comerciais, de propriedade ou financeiros, que representem conflito de interesse, nos produtos e companhias descritos nesse artigo.

Endereço para correspondência: Anísio Bueno de Carvalho Rua Claudio Manoel, 197, Apto 1103 – Bairro Funcionários – Belo Horizonte/MG CEP: 30140-100 – E-mail: anisio@uai.com.br / anisiocarvalho@taskmail.com.br

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Dental Press J Orthod. 2012 Nov-Dec;17(6):83-8

Relação entre agenesia e anomalia de forma de incisivos laterais superiores e impacção de caninos

artigo inédito

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artigo inédito

Associação entre mordida aberta anterior e hábito de sucção de chupeta em escolares de um município do sul do Brasil Claudiane Tibolla1, Lilian Rigo2, Lincoln Issamu Nojima3, Anamaria Estacia4, Eduardo Gianoni Frizzo1, Leodinei Lodi5

Objetivo: o objetivo deste estudo foi verificar, a partir de um levantamento epidemiológico de base escolar, a prevalência de mordida aberta anterior, analisando a influência do hábito da chupeta no seu estabelecimento.

Métodos: na primeira etapa, foi aplicado um questionário aos responsáveis e, posteriormente, foram feitos exames clínicos em 237 escolares de 3 a 14 anos do município Santo Expedito do Sul/RS. Resultados: o tamanho da população, segundo o sexo, foi de 50,3% meninos e 49,4% meninas, com média de idade de 8,6 anos, sendo que 16% possuíam dentição decídua; 50,2%, dentição mista; e 33,8%, dentição permanente. Verificou-se uma prevalência de 22,8% de mordida aberta anterior, obtendo-se associação significativa entre a mordida aberta anterior e o hábito de sucção de chupeta, nas três dentições.

Conclusão: a duração e a frequência do hábito estiveram fortemente associadas à má oclusão de mordida aberta anterior nas dentições decídua e mista.

Palavras-chave: Má oclusão. Prevalência. Mordida aberta.

1

Especialista em Ortodontia Uningá/Maringá.

2

Coordenadora da Escola de Odontologia da IMED/Passo Fundo/RS.

3

Professor Adjunto de Ortodontia da UFRJ. Professor Associado Visitante da Case Western Reserve University.

4

Coordenadora do curso de Especialização em Ortodontia IMED/Passo Fundo/RS.

5

Professor do curso de graduação em Odontologia da URI/Erechim.

Como citar este artigo: Tibolla C, Rigo L, Nojima LI, Estacia A, Frizzo EG, Lodi L. Association between anterior open bite and pacifier sucking habit in schoolchildren in a city of southern Brazil. Dental Press J Orthod. 2012 Nov-Dec;17(6):89-96.

Enviado em: 8 de junho de 2009 - Revisado e aceito: 12 de abril de 2010 » Os autores declaram não ter interesses associativos, comerciais, de propriedade ou financeiros, que representem conflito de interesse, nos produtos e companhias descritos nesse artigo.

Endereço para correspondência: Lilian Rigo Av. Major João Schell, 1121 - CEP: 99.020-020 - Passo Fundo/RS E-mail: lilianrigo@via-rs.net

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artigo inédito

Associação entre mordida aberta anterior e hábito de sucção de chupeta em escolares de um município do sul do Brasil

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Dental Press J Orthod. 2012 Nov-Dec;17(6):89-96

artigo inédito

Estudo da prevalência da dilaceração radicular em incisivos permanentes Beatriz Feitosa da Silva1, Luciana Ellen Dantas Costa2, Ricardo Villar Beltrão3, Tânia Lemos Rodrigues4, Ricardo Lombardi de Farias5, Rejane Targino Soares Beltrão6

Introdução: a dilaceração radicular é uma anomalia dentária caracterizada por uma curvatura anormal na raiz do dente que pode causar problemas na erupção e complicações durante movimentação ortodôntica, tratamento endodôntico ou exodontia.

Objetivo: o objetivo do presente trabalho foi verificar a prevalência da dilaceração radicular em incisivos permanentes, em uma clínica de radiologia odontológica da cidade de João Pessoa/PB. Método: a amostra foi constituída de 548 pacientes que possibilitaram avaliações em suas radiografias dentárias, totalizando 3948 dentes examinados. Examinou-se cada dente segundo a ocorrência de dilaceração radicular, com relação ao tipo (discreta, moderada ou severa), o terço radicular em que se encontrava e a direção da raiz. A angulação formada pelo desvio da raiz em relação ao longo eixo do dente foi obtida por meio de um diagrama impresso em acetato transparente, colocado sobre a radiografia.

Resultados: os resultados foram analisados no programa SPSS, efetuando-se uma análise exploratória dos dados. A prevalência da dilaceração radicular na amostra estudada foi de 1,03% (41 casos), com maior incidência no sexo masculino (65,8%), sendo os incisivos laterais superiores os dentes mais acometidos (78%). O tipo de dilaceração radicular mais prevalente foi a discreta (73,1%), ocorrendo mais no terço apical (90,2%) e com direção distal da raiz (95,1%).

Conclusão: diante desses resultados, ressaltam-se a importância da realização prévia de um exame radiográfico de diagnóstico ao planejar um tratamento em dentes permanentes anteriores.

Palavras-chave: Incisivo. Raiz dentária. Anormalidades dentárias. Radiografia dentária. Prevalência.

Como citar este artigo: Silva BF, Costa LED, Beltrão RV, Rodrigues TL, Farias RL, Beltrão RTS. Prevalence assessment of root dilaceration in permanent incisors. Dental Press J Orthod. 2012 Nov-Dec;17(6):97-102.

Graduada em Odontologia, UFPB.

1

Mestre em Odontologia Preventiva e Infantil, UFPB. Professora de Saúde Coletiva, UFCG.

2

Enviado em: 18 de março de 2009 - Revisado e aceito: 29 de março de 2010

Doutor em Radiologia, UFBA. Professor de Radiologia, UFPB.

3

» Os autores declaram não ter interesses associativos, comerciais, de propriedade ou financeiros, que representem conflito de interesse nos produtos e companhias descritos nesse artigo.

Doutora em Cirurgia Bucomaxilofacial, UFRJ. Professora de Cirurgia, UFPB.

4

Doutor em Ortodontia, Faculdade de Odontologia de Araraquara. Professor de Ortodontia, UFPB.

5

Endereço para correspondência: Luciana Ellen Dantas Costa Rua Eurico Uchoa, 100 – Bairro dos Estados – João Pessoa/PB CEP: 58031-150 – E-mail: ellendantascosta@yahoo.com.br

Doutora em Ortodontia e Odontologia em Saúde Coletiva, USP. Professora Orientadora de Ortodontia, UFPB.

6

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97

Dental Press J Orthod. 2012 Nov-Dec;17(6):97-102

Estudo da prevalência da dilaceração radicular em incisivos permanentes

artigo inédito

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Dental Press J Orthod. 2012 Nov-Dec;17(6):97-102

artigo inédito

Avaliação da estabilidade das alterações oclusais obtidas pelo Regulador de Função Fränkel-2 Tânia Gnecchi Tanaka1, Fernanda Angelieri2, Lylian Kazumi Kanashiro3, Silvana Bommarito4

Objetivo: analisar a estabilidade das alterações oclusais promovidas pelo aparelho Regulador de Função Fränkel-2 (RF-2), num período médio de 7,16 anos pós-tratamento.

Métodos: foram avaliados 54 pares de modelos, provenientes de 18 pacientes tratados por meio do aparelho RF-2. Todos os pacientes possuíam má oclusão de Classe II, divisão 1, com idade inicial média de 10,77 anos e foram tratados com o RF-2 por 18 meses. Os modelos foram avaliados no início do tratamento (T1), no final do tratamento (T2) e decorridos 7,16 anos pós-tratamento ativo (T3). Para a avaliação oclusal, aplicou-se o Índice de Prioridade de Tratamento (IPT) nas três fases analisadas. As alterações ocorridas entre as fases foram verificadas entre si por meio do teste t de Student pareado, com o valor crítico adotado de 0,05.

Resultados: verificou-se uma diminuição estatisticamente significativa do IPT, da fase inicial à final de tratamento, refletindo a eficácia do tratamento realizado por meio do RF-2, principalmente devido à melhora da relação molar, do trespasse horizontal e vertical. Além disso, a correção da má oclusão de Classe II obtida permaneceu estável no decorrer do tempo.

Conclusão: concluiu-se que o aparelho RF-2 demonstrou ser eficaz na correção dentária da má oclusão de Classe II, com resultados oclusais estáveis decorridos 7,16 anos pós-tratamento.

Palavras-chave: Má oclusão de Angle Classe II. Aparelhos ortopédicos. Modelos dentários.

1

Mestre em Ortodontia, Universidade Metodista de São Paulo. Professora Assistente, Curso de Especialização em Ortodontia, APCD.

2

Doutora em Ortodontia, FOB/USP. Professora do Programa de Pós-graduação em Odontologia, Área de Concentração Ortodontia, Universidade Metodista de São Paulo.

3

Como citar este artigo: Tanaka TG, Angelieri F, Kanashiro LK, Bommarito S. Stability evaluation of occlusal changes obtained with Fränkel’s Function Regulator-2.

Dental Press J Orthod. 2012 Nov-Dec;17(6):103-10.

Enviado em: 24 de março de 2009 - Revisado e aceito: 16 de agosto de 2009 » Os autores declaram não ter interesses associativos, comerciais, de propriedade ou financeiros, que representem conflito de interesse, nos produtos e companhias descritos nesse artigo.

Doutora em Ortodontia, Faculdade de Odontologia, USP. Professora do Programa de Pós-graduação em Odontologia, área de Concentração Ortodontia, Faculdade de Odontologia, USP.

4

Endereço para correspondência: Tânia Gnecchi Tanaka Rua Stella Bruna Cecchi Nardelli, 227, Sala 41 – Centro – Ribeirão Pires/SP CEP: 09400-150 – E-mail: tania.gnecchi@terra.com.br

Doutora em Distúrbios da Comunicação Humana, Unifesp/EPM. Professora Adjunto II, Departamento de Fonoaudiologia, Unifesp/EPM.

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Dental Press J Orthod. 2012 Nov-Dec;17(6):103-10

Avaliação da estabilidade das alterações oclusais obtidas pelo Regulador de Função Fränkel-2

artigo inédito

médias nos escores de somente 0,55. Essa suave recidiva ocorreu, principalmente, na relação molar e no trespasse horizontal, ou seja, nas principais modificações promovidas pelo RF-2 durante o tratamento ortopédico. Isso já era esperado, pois quanto maior é a alteração proporcionada durante o tratamento, maiores as chances de recidiva16. No caso da presente amostra, em que a maioria dos pacientes possuía uma má oclusão de Classe II completa, alguns casos recidivaram, após 7,16 anos, para uma relação molar de ¼ de Classe II. Talvez isso tenha ocorrido devido à ausência do tratamento ortodôntico fixo, o que provavelmente promoveria uma melhor intercuspidação

dentária e, consequentemente, uma maior estabilidade oclusal22,23. Clinicamente, essa suave recidiva sequer apresentou-se perceptível aos pacientes, que em sua maioria negaram-se a realizar o tratamento ortodôntico fixo.

CONCLUSÃO Esse estudo evidenciou que o aparelho RF-2 apresentou-se eficaz na correção oclusal da má oclusão de Classe II, agindo, principalmente, na melhora dos trespasses horizontal e vertical e da relação molar. Esses efeitos oclusais apresentaram-se estáveis no período avaliado de 7,16 anos pós-tratamento ortopédico.

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artigo inédito

Relação da má oclusão de Classe II de Angle com hábitos bucais deletérios José Tarcísio Lima Ferreira1, Maria do Rosário Ferreira Lima2, Luciana Zappeloni Pizzolato3

Introdução: hábitos bucais podem interferir no crescimento e desenvolvimento do sistema estomatognático e nas condições miofuncionais bucofaciais, acarretando alterações no posicionamento dos dentes nas respectivas arcadas dentárias.

Objetivo: o objetivo dessa pesquisa foi verificar a presença de hábitos bucais deletérios em indivíduos portadores de má oclusão e observar se existe predominância de má oclusão Classe II de Angle nesses indivíduos.

Métodos: foram selecionadas, aleatoriamente, e analisadas 140 fichas de pacientes atendidos na Clínica de Ortodontia Preventiva da FORP-USP, que já haviam recebido alta no tratamento. A faixa etária variou dos 6 anos a 10 anos e 11 meses. Foram realizadas associações entre presença ou ausência de hábitos bucais deletérios, tipo e número de hábitos encontrados em cada indivíduo e o tipo de má oclusão, segundo a classificação de Angle. A análise estatística utilizada foi o teste qui-quadrado para independência, com nível de significância a 5%. História de hábitos bucais deletérios foi encontrada em 67,1% dos indivíduos.

Resultados: a má oclusão Classe I foi a mais encontrada (82,9%), seguida das más oclusões de Classe II (12,1%) e Classe III (5%).

Conclusão: houve predomínio de má oclusão Classe II de Angle nos indivíduos com história de hábitos bucais deletérios.

Palavras-chave: Má oclusão de Angle Classe II. Hábitos. Sucção de dedo.

Professora de Fonoaudiologia, Centro de Ensino Superior de Juiz de Fora.

Como citar este artigo: Ferreira JTL, Lima MRF, Pizzolato LZ. Relation between Angle Class II malocclusion and deleterious oral habits. Dental Press J Orthod. 2012 Nov-Dec;17(6):111-7.

Fonoaudióloga Clínica.

Enviado em: 25 de maio de 2009 - Revisado e aceito: 12 de abril de 2010

Doutor em Engenharia Metalúrgica e de Materiais, UFRJ. Professor Livre Docente.

1

2

3

» Os autores declaram não ter interesses associativos, comerciais, de propriedade ou financeiros, que representem conflito de interesse, nos produtos e companhias descritos nesse artigo.

Endereço para correspondência: José Tarcísio Lima Ferreira Av. do Café, S/N – Bairro Monte Alegre – Ribeirão Preto/SP CEP: 14040-904

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Dental Press J Orthod. 2012 Nov-Dec;17(6):111-7

Ferreira JTL, Lima MRF, Pizzolato LZ

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artigo inédito

Análise do padrão cefalométrico de indivíduos acondroplásicos brasileiros adultos Renato Cardoso1, Sergio Ajzen2, Aline Ribeiro Andriolo3, Jefferson Xavier de Oliveira4, Adagmar Andriolo5

Objetivo: avaliar o tamanho e o posicionamento da base do crânio, da maxila e da mandíbula de indivíduos acondroplásicos brasileiros adultos, a partir de medidas cefalométricas do complexo dentoesqueletofacial. Confrontar os dados obtidos aos padrões de normalidade estabelecidos na literatura.

Métodos: foram avaliados 14 indivíduos acondroplásicos adultos, utilizando algumas grandezas cefalométricas radiográficas obtidas a partir dos traçados preconizados por Downs, Steinner, Björk, Ricketts e McNamara. Para análise estatística, foi aplicado o teste t de Student na comparação de médias.

Resultados: em relação aos padrões de normalidade estabelecidos, a base craniana apresentou dimensões diminuídas, tanto na porção anterior quanto na posterior. O ângulo da base craniana apresentou-se agudo e houve projeção anterior do pório. A maxila apresentou dimensões menores no sentido anteroposterior e transversal, anteroinclinada, excesso vertical anterior e retroposicionada em relação à base do crânio e da mandíbula. A mandíbula apresentou ramos com dimensão normal e redução nas dimensões do corpo e transversal, tendência de crescimento vertical e rotação no sentido horário, discretamente protruída em relação à base do crânio e da maxila.

Conclusão: ainda que tenha sido observada ampla variação individual em alguns dos parâmetros, foi possível identificar diferenças significativas responsáveis pela apresentação fenotípica característica dos pacientes acondroplásicos.

Palavras-chave: Acondroplasia. Circunferência craniana. População padrão. Desenvolvimento maxilofacial.

1

Doutor em Radiologia Clínica, Departamento de Diagnóstico por Imagem da EPMUNIFESP.

2

Professor Titular do Departamento de Diagnóstico por Imagem, EPM-UNIFESP.

3

Mestre em Cirurgia Buco-Maxilo-Facial, Departamento de Cirurgia, Prótese e Traumatologia Maxilo Faciais, FOUSP.

4

Professor Adjunto Livre-Docente, Departamento de Estomatologia, FOUSP.

5

Professor Adjunto Livre-Docente, Departamento de Medicina, EPM-UNIFESP.

Como citar este artigo: Cardoso R, Ajzen S, Andriolo AR, Oliveira JX, Andriolo A. Analysis of the cephalometric pattern of Brazilian achondroplastic adult subjects.

Dental Press J Orthod. 2012 Nov-Dec;17(6):118-29.

Enviado em: 04 de maio de 2009 - Revisado e aceito: 12 de abril de 2010 » Os pacientes que aparecem no presente artigo autorizaram previamente a publicação de suas fotografias faciais e intrabucais. » Os autores declaram não ter interesses associativos, comerciais, de propriedade ou financeiros, que representem conflito de interesse, nos produtos e companhias descritos nesse artigo.

Endereço para correspondência: Renato Cardoso Rua Conselheiro Saraiva, 306 – Conj. 156 – São Paulo/SP CEP: 02037-020 – E-mail: implantesdentarios@gmail.com

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artigo inédito

Comparação entre dois métodos de remoção de resina após a descolagem de braquetes Rodrigo De Marchi1, Luciana Manzotti De Marchi2, Raquel Sano Suga Terada3, Hélio Hissashi Terada4

Objetivo: o objetivo deste trabalho foi avaliar, por microscopia eletrônica de varredura, a eficácia de dois discos abrasivos de silicone e óxido de alumínio para a remoção da resina remanescente após a descolagem de braquetes ortodônticos.

Métodos: foram utilizados 10 dentes bovinos selecionados aleatoriamente, sendo 2 para o grupo controle e os demais divididos em dois grupos, os quais receberam colagem de braquetes ortodônticos com resina ortodôntica Concise (3M). Os métodos de remoção da resina após a descolagem dos acessórios ortodônticos em apenas uma etapa foram: Grupo A – disco Optimize (TDV); e Grupo B – disco Onegloss (Shofu), empregados em baixa rotação. Após a remoção da resina remanescente pelos métodos mencionados, os dentes foram preparados para serem submetidos à análise em microscopia eletrônica de varredura, obtendo-se fotografias da superfície do esmalte com aumento de 50X. Seis examinadores avaliaram as fotografias seguindo a escala de avaliação de Zachrisson e Arthun (1979).

Resultados: no Grupo A, observou-se pequenos arranhões na superfície do esmalte, bem como pouco remanescente de resina em algumas das fotografias; enquanto, no Grupo B, observou-se maior lisura, pouco ou nenhum remanescente de resina e alguns riscos nas fotografias. Não houve diferença estatisticamente significativa entre os dois métodos avaliados e o grupo controle.

Conclusão: os dois discos abrasivos mostraram-se eficientes para remoção da resina remanescente após a descolagem de braquete em única etapa.

Palavras-chave: Ortodontia. Microscopia eletrônica de varredura. Descolagem. Braquetes ortodônticos.

Esmalte dentário.

1

Especialista em Ortodontia pela Universidade Estadual de Maringá (UEM).

2

Professora Assistente do Departamento de Odontologia - Cesumar.

Como citar este artigo: De Marchi R, De Marchi LM, Terada RSS, Terada HH. Comparison between two methods for resin removing after bracket debonding. Dental Press J Orthod. 2012 Nov-Dec;17(6):130-6.

3

Professora adjunta do Departamento de Odontologia da UEM.

Enviado em: 30 de agosto de 2009 - Revisado e aceito: 27 de janeiro de 2011

4

Professor de Ortodontia do Departamento de Odontologia da UEM.

» Os autores declaram não ter interesses associativos, comerciais, de propriedade ou financeiros, que representem conflito de interesse, nos produtos e companhias descritos nesse artigo.

Endereço para correspondência: Luciana Manzotti De Marchi Rua: Manoel de Macedo, 226, apto. 101, Zona 7 – CEP: 87.020-240 – Maringá/PR E-mail: lumanzotti@hotmail.com

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Comparação entre dois métodos de remoção de resina após a descolagem de braquetes

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artigo inédito

Tratamento conservador compensatório da má oclusão de Classe III de Angle Marcio Costa Sobral1, Fernando Antônio de Lima Habib2, Liz Matzenbacher3

Introdução: a má oclusão de Classe III se caracteriza por uma desarmonia dentária anteroposterior, podendo estar ou não acompanhada por discrepâncias esqueléticas. A estética facial pode se apresentar comprometida, em maior ou menor grau, a depender da magnitude da discrepância, constituindo um dos principais fatores motivadores da procura por tratamento ortodôntico. O tratamento da Classe III em pacientes adultos pode ser realizado mediante compensação dentária, nos casos mais simples, ou, em situações mais severas, mediante a associação entre Ortodontia e Cirurgia Ortognática.

Objetivo: o presente artigo objetiva relatar um caso clínico caracterizado por uma má oclusão de Classe III de Angle, tratado de forma compensatória, com extração dos terceiros molares inferiores, mediante a utilização de aparelhagem extrabucal na arcada inferior (J-hook), aplicando-se princípios da técnica de Tweed-Merrifield.

Esse caso foi apresentado no 5º Congresso da Associação Brasileira de Ortodontia e Ortopedia Facial (ABOR), na categoria “mesa clínica”, sendo avaliado por membros do Board Brasileiro de Ortodontia e Ortopedia Facial (BBO) e obtendo o terceiro lugar na classificação geral.

Palavras-chave: Má oclusão de Angle Classe III. Ortodontia corretiva. Aparelhos de tração extrabucal.

1

Professor do Curso de Especialização em Ortodontia da Universidade Federal da Bahia (UFBA). Diplomado pelo Board Brasileiro de Ortodontia (BBO).

2

Professor Adjunto de Ortodontia da Universidade Federal da Bahia (UFBA).

3

Especialista em Ortodontia pelo Centro de Ortodontia e Ortopedia Facial da Faculdade de Odontologia da UFBA.

Como citar este artigo: Sobral MC, Habib FAL, Matzenbacher L. Conservative compensatory Angle Class III malocclusion treatment. Dental Press J Orthod. 2012 Nov-Dec;17(6):137-45.

Enviado em: 18 de julho de 2009 - Revisado e aceito: 30 de novembro de 2010 » A paciente que aparece no presente artigo autorizou previamente a publicação de suas fotografias faciais e intrabucais. » Os autores declaram não ter interesses associativos, comerciais, de propriedade ou financeiros, que representem conflito de interesse, nos produtos e companhias descritos nesse artigo.

Endereço para correspondência: Marcio Costa Sobral Av. Anita Garibaldi, 1815 - Sala 315B - Ondina - Salvador/BA E-mail: marciosobral@gmail.com

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Sobral MC, Habib FAL, Matzenbacher L

CONSIDERAÇÕES FINAIS A presença da má oclusão de Classe III de Angle associada à discrepância esquelética maxilomandibular se constitui em um delicado problema no âmbito da Ortodontia. A depender da magnitude dessa discrepância, e do grau de comprometimento da estética facial, tal problema pode ter repercussões psicológicas negativas no convívio social do indivíduo, além das implicações funcionais diretamente relacionadas ao sistema estomatognático.

A Ortodontia dispõe de uma série de recursos no seu arsenal terapêutico para o tratamento da Classe III, que vão desde a interceptação, para indivíduos em tenra idade, até o tratamento ortodôntico-cirúrgico em adultos. Como uma terceira alternativa, em determinados casos, pode-se aplicar o tratamento ortodôntico compensatório, também conhecido como camuflagem ortodôntica, que tem como objetivo principal propiciar, por meio de compensações dentárias, uma oclusão satisfatória, porém com modificações pouco significativas na estética facial.

No caso descrito, a paciente com apenas 13 anos de idade, porém com indícios de maturação esquelética avançada (radiografia de mão e punho, caracteres sexuais secundários), apesar de informada sobre o benefício do tratamento ortodôntico cirúrgico combinado, a ser realizado em uma fase posterior, decidiu,

juntamente com os pais, assumir os riscos de iniciar imediatamente um tratamento de camuflagem ortodôntica. A inexistência de antecedentes familiares portadores de discrepância semelhante foi um fator determinante na tomada da decisão terapêutica.

O tratamento foi conduzido com extração dos terceiros molares inferiores, com expansão da arcada superior e mecânica extrabucal atuando diretamente sobre a arcada mandibular, com o intuito de distalizar os dentes inferiores, corrigindo a má oclusão de Classe III e estabelecendo adequada intercuspidação, sem efeitos colaterais na arcada superior, aplicando, dessa maneira, uma modificação da técnica descrita por Tweed-Merrifield.

Com a expansão da arcada superior e consequente projeção dos incisivos, a mordida cruzada anterior foi corrigida, ao mesmo tempo em que, na arcada inferior, por meio da utilização de aparelho extrabucal do tipo J-hook com tração cervical, foi possível o estabelecimento da relação de chave de oclusão para os primeiros molares e caninos, assim como de adequados níveis de sobremordida e sobressaliência. Com a correção da mordida cruzada anterior, houve melhora significativa na estética dos sorriso.

Durante e após a conclusão do tratamento, não foi constatado crescimento residual mandibular desfavorável, fator de extrema relevância para o sucesso do tratamento de camuflagem ortodôntica no caso relatado no presente artigo.

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artigo inédito

Considerações éticas e legais sobre a responsabilidade profissional do especialista em Ortodontia Luiz Renato Paranhos1, Eduardo De Novaes Benedicto2, Mário Marques Fernandes3, Dagmar De Paula Queluz4, Eduardo Daruge4, Fernando César Torres5

Introdução: após a promulgação da Lei nº. 8.078, de 11 de setembro de 1990, o Código de Defesa do Consumidor provocou importantes alterações no cenário jurídico brasileiro, proporcionando um maior equilíbrio nas relações estabelecidas entre os consumidores e os fornecedores de produtos e serviços. A partir dessa lei, os cirurgiões-dentistas passaram a estabelecer com seus pacientes uma relação de consumo.

Objetivo: tecer considerações sobre a natureza obrigacional do cirurgião-dentista especialista em Ortodontia.

Conclusão: a responsabilidade do contratado será compreendida entre os riscos previsíveis e as obrigações assumidas. Quando o profissional alerta de forma correta, clara e expressa, diminuem-se as chances de serem posteriormente cobrados.

Palavras-chave: Prática profissional. Responsabilidade legal. Sistema de justiça.

1

Professor do Programa de Pós-graduação em Odontologia da USC/Bauru.

2

Mestrando em Odontologia Legal na FOP/UNICAMP/Piracicaba.

Como citar este artigo: Paranhos LR, Benedicto EN, Fernandes MM, Queluz DP, Daruge E, Torres FC. Ethical and legal considerations on professional liability of the orthodontist. Dental Press J Orthod. 2012 Nov-Dec;17(6):146-53.

3

Odontólogo do Ministério Público/RS.

Enviado em: 1 de fevereiro de 2010 - Revisado e aceito: 20 de junho de 2011

4

Professor da Faculdade de Odontologia de Piracicaba/UNICAMP.

5

Professor do Programa de Pós-graduação em Odontologia da UNICID/São Paulo.

» Os autores declaram não ter interesses associativos, comerciais, de propriedade ou financeiros, que representem conflito de interesse, nos produtos e companhias descritos nesse artigo.

Endereço para correspondência: Luiz Renato Paranhos Rua Padre Roque, 958 / Centro – CEP: 13.800-033 – Mogi Mirim/SP E-mail: paranhos@ortodontista.com.br

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146

Dental Press J Orthod. 2012 Nov-Dec;17(6):146-53

Paranhos LR, Benedicto EN, Fernandes MM, Queluz DP, Daruge E, Torres FC

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Dental Press J Orthod. 2012 Nov-Dec;17(6):146-53

artigo inédito

Análise das propriedades mecânicas de cimentos de ionômero de vidro para cimentação ortodôntica Marcel M. Farret1, Eduardo Martinelli de Lima2, Eduardo Gonçalves Mota3, Hugo Mitsuo S. Oshima4, Gabriela Maguilnik5, Patrícia Alves Scheid6

Objetivo: avaliar as propriedades mecânicas de três cimentos de ionômero de vidro (CIVs) utilizados para cimentação de anéis ortodônticos.

Métodos: foram utilizados dois CIVs convencionais (Ketac Cem Easy mix/3M-ESPE e Meron/Voco) e um CIV modificado por resina (Multi-Cure Glass ionomer/3M-Unitek). Para os testes de resistência à compressão e tração diametral, foram confeccionados 12 corpos de prova de cada material. Para os testes de microdureza, foram confeccionados 15 corpos de prova de cada material; para os testes de resistência de união ao cisalhamento, foram utilizados 45 dentes bovinos incluídos em resina acrílica, sobre os quais foi cimentada uma lâmina de anel ortodôntico com braquete soldado a ela para a realização dos ensaios. Para os testes de compressão, tração diametral e cisalhamento, foi utilizada uma máquina universal de ensaios a uma velocidade de 1mm/min; para os testes de microdureza Vickers, foi utilizado um microdurômetro com 200g de carga durante 15 segundos. Os resultados foram submetidos à análise estatística ANOVA, complementada pelo teste de Tukey ao nível de significância de 5%.

Resultados: os resultados demonstraram que o Multi-Cure Glass Ionomer apresentou resistência à tração diametral significativamente maior (p < 0,01) e maior resistência à compressão (p = 0,08) em relação aos CIVs convencionais.

Além disso, o Ketac Cem apresentou microdureza significativamente maior que os demais materiais (p < 0,01).

Conclusão: o CIV modificado por resina apresentou propriedades mecânicas superiores às dos CIVs convencionais, que, por sua vez, apresentaram poucas diferenças entre si.

Palavras-chave: Cimentos de ionômero de vidro. Materiais dentários. Cimentação. Ortodontia.

Como citar este artigo: Farret MM, Lima EM, Mota EG, Oshima HMS, Maguilnik G, Scheid PA. Assessment of the mechanical properties of glass ionomer cements for orthodontic cementation. Dental Press J Orthod. 2012 Nov-Dec;17(6):154-9.

Especialista, Mestre e Doutor em Ortodontia, PUCRS.

1

Mestre e Doutor em Ortodontia, UFRJ. Professor de graduação e pós-graduação na

2

PUCRS.

Enviado em: 9 de dezembro de 2009 - Revisado e aceito: 29 de dezembro de 2010

Mestre e Doutor em Materiais Dentários, PUCRS. Professor de graduação e pós-

3

» Os autores declaram não ter interesses associativos, comerciais, de propriedade ou financeiros, que representem conflito de interesse, nos produtos e companhias descritos nesse artigo.

graduação na PUCRS. Mestre e Doutor em Materiais Dentários, FOP/Unicamp. Professor de graduação e

4

pós-graduação na PUCRS. Endereço para correspondência: Marcel Marchiori Farret Rua Floriano Peixoto, 1000/113 – CEP: 97.015-370 – Santa Maria/RS E-mail: marcelfarret@yahoo.com.br

Especialista em Ortodontia, PUCRS.

5

Especialista em Dentística, UFRGS. Mestre em Materiais Dentários, PUCRS.

6

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Dental Press J Orthod. 2012 Nov-Dec;17(6):154-9

Farret MM, Lima EM, Mota EG, Oshima HMS, Maguilnik G, Scheid PA

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Dental Press J Orthod. 2012 Nov-Dec;17(6):154-9

Caso Clínico BBO

Má oclusão Classe II, divisão 2 de Angle com sobremordida acentuada Arno Locks1

A má oclusão de Classe II divisão 2 de Angle é caracterizada pela relação molar de Classe II associada a um posicionamento vertical ou retroinclinado dos incisivos superiores e, geralmente, a uma sobremordida exagerada. O presente caso clínico foi apresentado à Diretoria do Board Brasileiro de Ortodontia e Ortopedia Facial (BBO) como parte dos requisitos para a obtenção do título de Diplomado pelo BBO. Palavras-chave: Má oclusão Classe II de Angle. Ortodontia corretiva. Sobremordida exagerada.

HISTÓRIA E ETIOLOGIA Paciente leucoderma, sexo feminino, com 12 anos de idade, compareceu ao consultório relatando que o odontopediatra havia solicitado a exodontia dos quatro primeiros pré-molares como tratamento da má oclusão. A queixa principal, relatada pela mãe e pela paciente, era a busca por uma melhor estética no sorriso, principalmente devido à falta de espaço para todos os dentes, embora não desejassem que fossem feitas extrações dentárias.

A paciente se encontrava em fase final da dentadura mista, com o dente 75 apresentando características clínicas de anquilose (Fig. 1). Na análise de modelos, foi possível observar a relação dentária de Classe II de Angle, divisão 2, ligeiramente assimétrica, com sobremordida e curva de Spee muito acentuadas. Observou-se, ainda, sobressaliência de 0,5mm e linha média inferior deslocada 2mm para a esquerda, além de apinhamento anterior superior e inferior (Fig. 2).

Na análise cefalométrica, observou-se padrão esquelético de Classe II (ANB=5°) com incisivos superiores e inferiores muito verticalizados (1.NA=1º, 1.NB=11º), como pode-se observar na Figura 3 e na Tabela 1.

Na radiografia panorâmica inicial, observou-se a presença de todos os dentes permanentes, incluindo a cripta dos terceiros molares, além dos dentes 75 e 85 em processo final de risólize (Fig. 4).

DIAGNÓSTICO Ao exame clínico extrabucal, observou-se padrão facial simétrico, competência labial, perfil ligeiramente convexo, com pogônio bem desenvolvido e bom ângulo nasolabial (Fig. 1).

1

Mestre em Ortodontia pela UFRJ. Doutor em Ortodontia pela UNESP. PósDoutorado na Universidade de Aarhus, Dinamarca. Professor de Ortodontia na UFSC. Diplomado pelo Board Brasileiro de Ortodontia e Ortopedia Facial (BBO).

» O autor declara não ter interesses associativos, comerciais, de propriedade ou financeiros, que representem conflito de interesse nos produtos e companhias descritos nesse artigo. » A paciente que aparece no presente artigo autorizou previamente a publicação de suas fotografias faciais e intrabucais.

Como citar este artigo: Locks A. Angle Class II, division 2 malocclusion with deep overbite. Dental Press J Orthod. 2012 Nov-Dec;17(6):160-6.

Endereço para correspondência: Arno Locks Rua Presidente Coutinho, 311 – conj. 1101 - Florianópolis/SC – CEP: 88.015-230 Email: ortoarno@gmail.com

Enviado em: 19 de julho de 2012 - Revisado e aceito: 8 de agosto de 2012

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Dental Press J Orthod. 2012 Nov-Dec;17(6):160-6

Má oclusão Classe II, divisão 2 de Angle com sobremordida acentuada

Caso Clínico BBO

tabela 1 - Medidas cefalométricas iniciais (A) e finais (B).

Medidas

Padrão esquelético

Padrão dentário

Perfil

Normal

A

B

Dif. A/B

SNA

(Steiner)

82°

88°

86°

2

SNB

(Steiner)

80°

83°

83°

0

ANB

(Steiner)

2°

5°

3°

2

Ângulo de convexidade

(Downs)

0°

6°

2°

4

Eixo Y

(Downs)

59°

56°

62°

6

Ângulo facial

(Downs)

87°

92°

87°

5

Sn-GoGn

(Steiner)

32°

29°

28°

1

FMA

(Tweed)

25°

22°

27°

5

IMPA

(Tweed)

90°

79°

105°

26

1.NA (graus)

(Steiner)

22°

1°

28°

27

1-NA (mm)

(Steiner)

3mm

1mm

7mm

6

1.NB (graus)

(Steiner)

25°

11°

38°

27

1-NB (mm) 1 – Ângulo interincisal 1

(Steiner)

4mm

2mm

8mm

6

(Downs)

130°

164°

112°

52

1–APo (mm)

(Ricketts)

1mm

-2mm

5mm

7

Lábio superior – Linha S

(Steiner)

0mm

-1,5mm

1,5mm

3

Lábio inferior – Linha S

(Steiner)

0mm

-2mm

0mm

2

CONSIDERAÇÕES FINAIS A má oclusão de Classe II de Angle é muito frequente entre os pacientes que procuram tratamento ortodôntico7. Diferentes autores1,2,3 observaram redução espontânea do ângulo ANB como consequência do crescimento normal do indivíduo, apesar dessa não se apresentar suficiente para a autocorreção da displasia facial sagital.

Portanto, é de grande importância a intervenção do ortodontista ainda na fase de crescimento, favorecendo a obtenção de um perfil harmonioso na idade adulta.

Em casos de protrusão maxilar com ângulo SNA elevado, a utilização do aparelho extrabucal de Kloehn se apresenta como boa alternativa, já que esse exerce forte

influência sobre o padrão de crescimento maxilar4. Os resultados da intervenção ortopédica na maxila são bem conhecidos no meio científico e adequadamente descritos em estudos com utilização de implantes8.

No presente caso clínico, a projeção dos incisivos foi de grande importância para a correção da sobremordida, redução da discrepância de modelos negativa e nivelamento da curva de Spee. Nos casos de Classe II divisão 2, é muito importante aumentar a inclinação dos incisivos, para se obter mais estabilidade na correção da sobremordida. Pode-se afirmar, então, que os objetivos foram totalmente alcançados, pois o caso se apresenta com função, saúde e estética adequadas.

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tópico especial

A toxina botulínica no tratamento das disfunções temporomandibulares musculares: uma revisão sistemática Eduardo Machado1, Lívia Zuchetto dos Santos2, Lilian Gonçalves Custódio3, Paulo Afonso Cunali4

Objetivo: este trabalho, por meio de uma revisão sistemática da literatura, teve como objetivo analisar a efetividade da toxina botulínica como tratamento para dor miofascial mastigatória e disfunções temporomandibulares (DTM) musculares.

Métodos: pesquisa nas bases de dados Medline, Cochrane, Embase, Pubmed, Lilacs e BBO, no período entre 1966 e abril de 2011, com enfoque em estudos clínicos controlados randomizados ou quase-randomizados, cegos ou duplo-cegos.

Resultados: após a aplicação dos critérios de inclusão, chegou-se a 4 artigos, sendo que 3 eram estudos clínicos controlados randomizados duplo-cego e 1 era estudo clínico controlado randomizado simples-cego.

Conclusões: pela análise da literatura, verificou-se um número reduzido de evidências significativas sobre a real efetividade da toxina botulínica no tratamento da dor miofascial e de DTM musculares. Assim, são necessários novos estudos clínicos controlados randomizados, com amostras representativas e tempo de acompanhamento longo, para avaliar a real efetividade da técnica.

Palavras-chave: Toxinas botulínicas tipo A. Toxinas botulínicas. Síndrome da disfunção da articulação temporomandibular. Transtornos da articulação temporomandibular. Síndromes da dor miofascial.

Como citar este artigo: Machado E, Santos LZ, Custódio LG, Cunali PA. Botulinum toxin for treating muscular temporomandibular disorders: A systematic review. Dental Press J Orthod. 2012 Nov-Dec;17(6):167-71.

Especialista em Disfunções Temporomandibulares (DTM) e Dor Orofacial pela UFPR. Graduado em Odontologia pela UFSM.

1

Aluna do Curso de Especialização em Prótese Dental da ABORS. Graduada em Odontologia pela UFSM.

2

3

Enviado em: 20 de junho de 2011 - Revisado e aceito: 5 de fevereiro de 2012 » Os autores declaram não ter interesses associativos, comerciais, de propriedade ou financeiros, que representem conflito de interesse, nos produtos e companhias descritos nesse artigo.

Especialista em DTM e Dor Orofacial pela UFPR. Professora dos Cursos de Graduação e Pós-graduação em Odontologia da UFPR.

4

Doutor em Ciências pela UNIFESP. Professor dos Cursos de Graduação e Pósgraduação em Odontologia da UFPR. Coordenador do Curso de Especialização em DTM e Dor Orofacial da UFPR.

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Endereço para correspondência: Eduardo Machado Rua Francisco Trevisan, 20, Nossa Sra. de Lourdes – Santa Maria/RS CEP: 97050-230 – E-mail: dr.eduardomachado@yahoo.com.br

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Dental Press J Orthod. 2012 Nov-Dec;17(6):167-71

Machado E, Santos LZ, Custódio LG, Cunali PA

as aplicações da toxina botulínica em situações de dor miofascial mastigatória e DTM musculares, torna-se difícil a obtenção de conclusões precisas quanto à real efetividade da TBA. » Em relação ao papel da toxina botulínica no tratamento de pacientes com bruxismo e hiperatividade muscular, as evidências também são reduzidas e os estudos apresentam limitações, diminuindo o nível de evidência gerada. » Torna-se necessária a realização de novos estudos clínicos controlados randomizados e duplo-cegos, com critérios diagnósticos para DTM padronizados, para avaliar a real efetividade da utilização da toxina botulínica como opção de tratamento para dor miofascial mastigatória e disfunções temporomandibulares musculares.

Deve-se ter em mente que, devido à natureza multifatorial e à grande complexidade com que podem apresentar-se as disfunções temporomandibulares, a primeira opção terapêutica sempre deve ser conservadora, reversível e pouco invasiva. A utilização da toxina botulínica no tratamento de DTM, especialmente na dor miofascial, pode ser uma alternativa em pacientes refratários aos tratamentos convencionais. Dessa forma, o conhecimento baseado em evidências científicas, associado ao bom-senso clínico, deve pautar a escolha do melhor protocolo para pacientes com dor miofascial.

CONCLUSÕES » Devido a limitações nos estudos selecionados e ao número reduzido de trabalhos metodologicamente consistentes que se propuseram a avaliar

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— todas as referências devem ser citadas no texto.

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— as referências devem ser identificadas no texto por números arábicos sobrescritos e numeradas na ordem em que são citadas.

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— as referências devem ser apresentadas no final do texto obedecendo às Normas Vancouver (http://www.nlm. nih.gov/bsd/uniform_requirements.html).

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— devem ser numeradas com algarismos arábicos, na ordem em que são mencionadas no texto.

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— se uma tabela tiver sido publicada anteriormente, inclua uma nota de rodapé dando crédito à fonte original.

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9. Declarações exigidas Todos os manuscritos devem ser acompanhados das seguintes declarações, a serem preenchidas no momento da submissão do artigo: — Cessão de Direitos Autorais Transferindo os direitos autorais do manuscrito para a Dental Press, caso o trabalho seja publicado.

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Artigos com até seis autores Sterrett JD, Oliver T, Robinson F, Fortson W, Knaak B, Russell CM. Width/length ratios of normal clinical crowns of the maxillary anterior dentition in man.

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Artigos com mais de seis autores De Munck J, Van Landuyt K, Peumans M, Poitevin A, Lambrechts P, Braem M, et al. A critical review of the durability of adhesion to tooth tissue: methods and results. J Dent Res. 2005 Feb;84(2):118-32.

Capítulo de livro Kina S. Preparos dentários com finalidade protética.

In: Kina S, Brugnera A. Invisível: restaurações estéticas cerâmicas. Maringá: Dental Press; 2007. cap. 6, p. 223-301.

Capítulo de livro com editor Breedlove GK, Schorfheide AM. Adolescent pregnancy.

2nd ed. Wieczorek RR, editor. White Plains (NY): March of Dimes Education Services; 2001.

Dissertação, tese e trabalho de conclusão de curso Beltrami LER. Braquetes com sulcos retentivos na base, colados clinicamente e removidos em laboratórios por testes de tração, cisalhamento e torção [dissertação]. Bauru (SP): Universidade de São Paulo; 1990.

Formato eletrônico Câmara CALP. Estética em Ortodontia: Diagramas de Referências Estéticas Dentárias (DRED) e Faciais (DREF). Rev Dental Press Ortod Ortop Facial. 2006 nov-dez;11(6):130-56. [Acesso 2008 Jun 12]. Disponível em: www.scielo.br/pdf/dpress/v11n6/a15v11n6.pdf.

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Comunicado aos Autores e Consultores - Registro de Ensaios Clínicos 1. O registro de ensaios clínicos Os ensaios clínicos se encontram entre as melhores evidências para tomada de decisões clínicas.

Considera-se ensaio clínico todo projeto de pesquisa com pacientes que seja prospectivo, nos quais exista intervenção clínica ou medicamentosa com objetivo de comparação de causa/efeito entre os grupos estudados e que, potencialmente, possa ter interferência sobre a saúde dos envolvidos.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), os ensaios clínicos controlados aleatórios e os ensaios clínicos devem ser notificados e registrados antes de serem iniciados.

O registro desses ensaios tem sido proposto com o intuito de identificar todos os ensaios clínicos em execução e seus respectivos resultados, uma vez que nem todos são publicados em revistas científicas; preservar a saúde dos indivíduos que aderem ao estudo como pacientes; bem como impulsionar a comunicação e a cooperação de instituições de pesquisa entre si e com as parcelas da sociedade com interesse em um assunto específico. Adicionalmente, o registro permite reconhecer as lacunas no conhecimento existentes em diferentes áreas, observar tendências no campo dos estudos e identificar os especialistas nos assuntos.

Reconhecendo a importância dessas iniciativas e para que as revistas da América Latina e Caribe sigam recomendações e padrões internacionais de qualidade, a BIREME recomendou aos editores de revistas científicas da área da saúde indexadas na Scientific Library Electronic Online (SciELO) e na LILACS (Literatura Latino-americana e do Caribe de Informação em Ciências da Saúde) que tornem públicas estas exigências e seu contexto. Assim como na base MEDLINE, foram incluídos campos específicos na LILACS e SciELO para o número de registro de ensaios clínicos dos artigos publicados nas revistas da área da saúde.

Ao mesmo tempo, o International Committee of Medical Journal Editors (ICMJE) sugeriu aos editores de revistas científicas que exijam dos autores o número de registro no momento da submissão de trabalhos. O registro dos ensaios clínicos pode ser feito em um dos Registros de Ensaios Clínicos validados pela OMS e ICMJE, cujos endereços estão disponíveis no site do ICMJE. Para que sejam validados, os Registros de Ensaios Clínicos devem seguir um conjunto de critérios estabelecidos pela OMS.

de Ensaios Clínicos para a definição de boas práticas e controles de qualidade. Os sites para que possam ser feitos os registros primários de ensaios clínicos são: www.actr.org.au (Australian Clinical Trials Registry), www.clinicaltrials.gov e http://isrctn.org (International Standard Randomised Controlled Trial Number Register (ISRCTN). Os registros nacionais estão sendo criados e, na medida do possível, os ensaios clínicos registrados nos mesmos serão direcionados para os recomendados pela OMS. A OMS propõe um conjunto mínimo de informações que devem ser registradas sobre cada ensaio, como: número único de identificação, data de registro do ensaio, identidades secundárias, fontes de financiamento e suporte material, principal patrocinador, outros patrocinadores, contato para dúvidas do público, contato para dúvidas científicas, título público do estudo, título científico, países de recrutamento, problemas de saúde estudados, intervenções, critérios de inclusão e exclusão, tipo de estudo, data de recrutamento do primeiro voluntário, tamanho pretendido da amostra, status do recrutamento e medidas de resultados primárias e secundárias.

Atualmente, a Rede de Colaboradores está organizada em três categorias: - Registros Primários: cumprem com os requisitos mínimos e contribuem para o Portal; - Registros Parceiros: cumprem com os requisitos mínimos, mas enviam os dados para o Portal somente através de parceria com um dos Registros Primários; - Registros Potenciais: em processo de validação pela Secretaria do Portal, ainda não contribuem para o Portal.

3. Posicionamento do Dental Press Journal of Orthodontics O DENTAL PRESS JOURNAL OF ORTHODONTICS apoia as políticas para registro de ensaios clínicos da Organização Mundial da Saúde - OMS (http://www.who. int/ictrp/en/) e do International Committee of Medical Journal Editors – ICMJE (http://www.wame.org/wamestmt.htm#trialreg e http://www.icmje.org/clin_trialup.htm), reconhecendo a importância dessas iniciativas para o registro e divulgação internacional de informação sobre estudos clínicos, em acesso aberto. Sendo assim, seguindo as orientações da BIREME/OPAS/OMS para a indexação de periódicos na LILACS e SciELO, somente serão aceitos para publicação os artigos de pesquisas clínicas que tenham recebido um número de identificação em um dos Registros de Ensaios Clínicos, validados pelos critérios estabelecidos pela OMS e ICMJE, cujos endereços estão disponíveis no site do ICMJE: http://www. icmje.org/faq.pdf. O número de identificação deverá ser registrado ao final do resumo.

Consequentemente, recomendamos aos autores que procedam o registro dos ensaios clínicos antes do início de sua execução.

2. Portal para divulgação e registro dos ensaios A OMS, com objetivo de fornecer maior visibilidade aos Registros de Ensaios Clínicos validados, lançou o portal WHO Clinical Trial Search Portal (http://www. who.int/ictrp/network/en/index.html), com interface que permite busca simultânea em diversas bases. A pesquisa, nesse portal, pode ser feita por palavras, pelo título dos ensaios clínicos ou pelo número de identificação. O resultado mostra todos os ensaios existentes, em diferentes fases de execução, com enlaces para a descrição completa no Registro Primário de Ensaios Clínicos correspondente.

A qualidade da informação disponível nesse portal é garantida pelos produtores dos Registros de Ensaios Clínicos que integram a rede recém-criada pela OMS: WHO Network of Collaborating Clinical Trial Registers. Essa rede permitirá o intercâmbio entre os produtores dos Registros

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Atenciosamente, David Normando, CD, MS, Dr Editor-chefe do Dental Press Journal of Orthodontics ISSN 2176-9451 E-mail: davidnormando@hotmail.com

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