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ISSN 1980-2269

Volume 5 - Número 1 janeiro / fevereiro / março 2011

DENTAL PRESS INTERNATIONAL


Revista Dental Press de

Periodontia e Implantologia

Rev Dental Press Periodontia Implantol. 2011 jan-mar;5(1):1-118

ISSN 1980-2269


Sumário

volume 5, número 1, jan./fev./mar. 2011

Explicações e Aplicações Adaptação óssea na região cervical de implantes osseointegrados: nomenclatura e os fundamentos para sua utilização Alberto Consolaro, Renato Savi de Carvalho, Carlos Eduardo Francischone Jr., Carlos Eduardo Francischone

21

Pergunte a um Expert Qual seria o protocolo medicamentoso

Entrevista

adequado para as cirurgias de implantes

Ann Wennerberg

osseointegrados?

8

Isabel Peixoto Tortamano

27


CASO CLÍNICO

caso SELECIONADO

CASO CLÍNICO

Aumento da faixa de tecido ceratinizado ao

Sugestão de protocolo para tratamento de

Recobrimento radicular com enxerto de

redor de implante

peri-implantite

tecido conjuntivo subepitelial em recessões

André Boscariol Pacheco,

Cristiane Ibanhes Polo, Luciano de Lima,

classe III de Miller

Paulo Sérgio Gomes Henriques

Marcelo Rial Dias, Maria Helena Garcia Gomes,

Paulo Sérgio Gomes Henriques,

29

Ulisses Anderson de Almeida, Wilson Roberto

André Antonio Pelegrine,

Sendyk, Ilan Weinfeld,

Ana Amália N. Fernandes,

61

Mônica Martinez Borghi, Danielle de Genaro Modanese

86

CASO CLÍNICO

REVISÃO DE LITERATURA

REVISÃO DE LITERATURA

Tratamento de retrações gengivais múltiplas

Fator de crescimento derivado de plaquetas

Homoenxertos ósseos: a captação e o

presentes em dentes extruídos com lesões

na regeneração periodontal

processamento geram segurança para a

cervicais não cariosas associadas

Cláudia Toffani, Christianne Amantino de Mello,

utilização?

Danilo Maeda Reino, Luciana Prado Maia,

Vanessa Frazão Cury

Christiano Borges Piacezzi,

Márcio Fernando de Moraes Grisi,

76

Júlio Leonardo Oliveira Lima, Ilan Weinfeld

Sérgio Luís Scombatti de Souza

38

93

INTERVIEW Ann Wennerberg

104

REVISÃO DE LITERATURA Reconstrução de rebordo alveolar com osso homógeno em bloco: uma revisão sistemática Edson Virgilio Zen Filho, Angelo José Pavan, Edevaldo Tadeu Camarini, Liogi Iwaki Filho, Gustavo Jacobucci Farah

47


EDITOR Carlos Eduardo Francischone - FOB-USP/Bauru, USC/Bauru

Diretora Teresa R. D'Aurea Furquim Diretor Editorial Bruno D’Aurea Furquim

EDITOR EMÉRITO Maurício Guimarães Araújo - UEM/PR

Diretor de marketing Fernando Marson

EDITORES ASSISTENTES Carina Gisele Costa Bispo - UEM/PR Flávia Matarazzo - UEM/PR Flávia Sukekava - FO/USP Luis Rogério Duarte - UFBA/BA

ANALISTA DA INFORMAÇÃO Carlos Alexandre Venancio PRODUTOR EDITORIAL Júnior Bianchi Produção Gráfica e Eletrônica Andrés Sebastián Fernando Truculo Evangelista Gildásio Oliveira Reis Júnior Tatiane Comochena

PUBLISHER Laurindo Z. Furquim - UEM/PR CONSULTORES INTERNACIONAIS Jean-Paul Martinet - Universidade de Buenos Aires João Carlos Cerveira Paixão - Itália Jorge Luis Garcia - Argentina José Valdívia - Chile Juan Carlos Abarno - Uruguai Luiz Meirelles - Universidade de GBG (Göteborg) Paulo Maló - Portugal

Internet Edmar Baladeli BANCO DE DADOS Adriana Azevedo Vasconcelos Francielle Nascimento da Silva DEPARTAMENTO DE CURSOS E EVENTOS Ana Claudia da Silva Rachel Furquim Scattolin

CONSULTORES NACIONAIS Angelo Menuci Neto - ABO/RS César Augusto Magalhães Benfatti - UFSC/SC Eduardo Feres - UFRJ/RJ Elaine Cristina Escobar - FMU/SP Francisco A. Mollo Jr. - UNESP - Araraquara/SP Giuseppe Alexandre Romito - FUNDECTO - USP/SP Gustavo Jacobucci Farah - UEM/PR Hugo Nary Filho - USC/SP João Garcez Filho - Clínica particular - Aracaju/SE José Cícero Dinato - UFRGS/RS Luiz Antonio Salata - FORP - USP/SP Luis Lima - USP/SP Marco Antonio Bottino - UNESP - São José dos Campos/SP Mario Groisman - UNIGRANRIO/RJ Marly Kimie Sonohara Gonzales - UEM/PR Paulo Martins Ferreira - USP - Bauru/SP Ricardo de Souza Magini - UFSC/SC Ricardo Fisher - UERJ/RJ Ronaldo de Barcelos Santana - UFF/RJ Sidney Kina - Clínica particular - Maringá/PR

DEPARTAMENTO COMERCIAL Roseneide Martins Submissão de artigos Roberta Baltazar de Oliveira BIBLIOTECA Simone Lima Lopes Rafael Revisão Ronis Furquim Siqueira DEPARTAMENTO FINANCEIRO Roseli Martins Márcia Cristina Plonkóski Maranha SECRETARIA Rosane Aparecida Albino

A Revista Dental Press de Periodontia e Implantologia (ISSN 19802269) é uma publicação trimestral (quatro edições por ano) da Dental Press Ensino e Pesquisa Ltda. - Av. Euclides da Cunha, 1.718 - Zona 5 CEP 87.015-180 - Maringá/PR - Brasil. Todas as matérias publicadas são de exclusiva responsabilidade de seus autores. As opiniões nelas manifestadas não correspondem, necessariamente, às opiniões da Revista. Os serviços de propaganda são de responsabilidade dos anunciantes. Assinaturas: dental@dentalpress.com.br ou pelo fone/fax: (44) 3031-9818.

Dados Internacionais de Catalogação-na-Publicação (CIP) Revista Dental Press de Periodontia e Implantologia / Dental Press International. -v. 1, n. 1 (jan./fev./mar.) (2007) – . -- Maringá : Dental Press International, 2007-

Fotografia página 22 Título: Male Skeleton / Fotógrafo: Anatomical Travelogue / Créditos: Anatomical Travelogue/Photoresearchers/Latinstock

INDEXAÇÃO:

Trimestral.

Revista Dental Press de Periodontia e Implantologia

ISSN 1980-2269. 1. Periodontia. Implantologia (Odontologia) – Periódicos I. Dental Press International. II. Título. CDD. 617.643005

é indexada pela BIREME, na base BBO - 2007.


Editorial

Prof. Dr. Carlos Eduardo Francischone Editor

Duas motivações fundamentam este meu texto para a Revista Dental Press de Periodontia e Implantologia, um periódico que já se tornou referência na literatura odontológica. Inicialmente, a recente publicação do Prof. Dr. Euloir Passanezi, editada pela Artes Médicas, de São Paulo, que contém um verdadeiro tratado sobre “DISTÂNCIAS BIOLÓGICAS PERIODONTAIS”, um tema que merece ser muito estudado. Tem sido um desafio para os cirurgiões-dentistas, em qualquer nível, o domínio da grande maioria dos problemas que afligem as estruturas periodontais, representados pelo comprometimento das distâncias biológicas do periodonto marginal. Essas distâncias também devem ser vistas com máxima atenção ao redor dos implantes, para que se possa diferenciar a remodelação óssea peri-implantar cervical da peri-implantite. Essas distâncias são determinadas geneticamente e estão diretamente associadas com a expressão e preservação da saúde periodontal, de modo que as propostas de tratamento devem estar voltadas para a plenitude da sua reconstituição, respeitando o princípio básico de que qualquer tratamento deve procurar reproduzir o que a Mãe Natureza tipificou como sendo o correto para o ser humano. Dentro dessa concepção, o objetivo específico do tratamento delineado no livro do Prof. Euloir é o de prover sulco gengival raso, manifesto pela reconstituição do epitélio juncional e ligamento de Köllicker (área de inserção conjuntiva) com suas dimensões naturais, também correlacionadas às características estruturais qualitativas e quantitativas determinantes dos padrões das distâncias biológicas voltadas contra o dente. Os fatores de relevância a serem tratados incluíram o comprometimento das distâncias biológicas por envolvimento periodontal e dental, apresentando-se como alternativas o tratamento cirúrgico, puro e simples, ou conjugado ao movimento ortodôntico de tração coronal do(s) dente(s) envolvido(s). As implicações metodológicas desses tipos de abordagens terapêuticas são descritas de maneira geral e específica, com apresentação de casos clínicos esclarecedores dos procedimentos de tratamento desenvolvidos, usando controles de longo prazo para atestar a validade das concepções científicas apresentadas, mediante mais de 40 anos de experiência clínica e de pesquisa do autor que, ao final, apresenta uma proposta para aplicação clínica de um protocolo próprio, envolvendo as áreas de Periodontia, Implantologia, Ortodontia e Prótese. Menção especial também a uma matéria de conteúdo extremamente importante, que integra esse número, representada pela entrevista da Profa. Dra. Ann Wennerberg, da Universidade de Gotemburgo. Esposa, e parceira também na ciência, do Prof. Dr. Thomas Albrektsson, estudiosa e interessada em biomateriais, trouxe uma contribuição inestimável à Implantologia mundial, especialmente pelo desenvolvimento e caracterização das micro e nanoestruturas das superfícies dos implantes. Estudou diferentes topografias de superfície, embora considerando sempre que essas não são o único fator numa instalação de implantes, porque a biologia, a osseointegração e a habilidade do profissional devem ser considerações essenciais. Enfim, segundo a Dra. Ann, a pesquisa e a aplicação clínica representam um binômio e, necessariamente, caminham em paralelo nos trabalhos que envolvem reabilitações com implantes. A par dessas considerações sobre o novo livro do Dr. Euloir e equipe da Periodontia da FOBUSP, e da entrevista concedida pela Dra. Ann, saliento a atualidade dos assuntos tratados neste volume e a qualificação de seus autores, sempre trazendo significativas inovações técnico-científicas.

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5


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Entrevista

Entrevista

Ann Wennerberg A osseointegração completará 46 anos de descoberta este ano. Muitos avanços tecnológicos foram incorporados ao conceito básico por meio de estudos em laboratório e estudos clínicos randomizados. Dentre esses avanços, podemos citar o desenvolvimento da topografia de superfície dos implantes como um dos passos mais importantes para a Implantologia atual. Praticamente todas as companhias seguiram esse conceito. Nesta entrevista, poderemos conhecer um pouco mais sobre um dos pesquisadores que tiveram papel fundamental nesse desenvolvimento. A professora Ann Wennerberg, hoje chefe do departamento de Prótese da Universidade de Malmo, nos recebeu em Gotemburgo, Suécia, numa tarde fria de novembro passado. Mas tornou-a agradabilíssima, com sua simpatia, conhecimento e brilho próprio. Pudemos conhecer um pouco mais sobre esses avanços, como afetam o mercado mundial de implantes e como analisar esse impacto no tratamento dos nossos pacientes.

Agora que está trabalhando na Universidade de Malmo, você está no mesmo Departamento de Biomateriais? Não, estou no Departamento de Próte-

E por que você foi para Malmo? Eu levei em consideração pré-requisitos que favoreciam um maior tempo à pesquisa científica.

se. Eu sou protesista. É outro Departamento. Continuo trabalhando um dia por sema-

Essa Universidade é particular?

na no departamento do Thomas (Albrekts-

Não, é uma Faculdade e, como você

son), mas hoje sou professora com dedi-

sabe, ela pode decidir por si só a maioria

cação exclusiva à Universidade de Malmo.

das questões. Aqui em Gotemburgo, o Departamento de Prótese pertence a uma ins-

E quando você começou a trabalhar lá?

tituição que faz parte da Sahlgrenska Aca-

Em 2008. Estou lá há três anos. An-

demy. Então, nós temos que lidar com mais

tes estava no Departamento de Prótese da

pessoas antes de tomar qualquer decisão.

Universidade de Gotemburgo.

A Faculdade de Malmo é responsável por

8

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Wennerberg A

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Wennerberg A

melhor para os pacientes? Sim, eu acho que vocês precisam de

entendemos 100% da osseointegração. Então, temos ainda muito trabalho a fazer.

pesquisas para ter certeza de que seus produtos são seguros, e ter habilidade de

Professora, muito obrigado pela sua

checar se o que a propaganda promete

entrevista. Para nós é um prazer mui-

é realmente verdade. E tentar entender

to grande estar aqui mais uma vez…

o mecanismo básico, já que ainda não

Eu que agradeço a você.

Ana Francischone, Profa. Dra. Ann Wennerberg, Dr. Luis Rogério Duarte, Prof. Dr. Thomas Albrektsson e Prof. Dr. Carlos Eduardo Francischone.

Entrevistador

Ann Wennerberg

Luis Rogério Duarte » Especialista em Implantodontia pela ABO-BA. » Mestre em Implantologia pela USC (Bauru/SP). » Doutor em Implantodontia pela SLMandic (Campinas/SP). » E-mail: luisrogerioduarte@mac.com

» Graduação: 1979, Universidade de Gotemburgo, Suécia. » Doutorado: 1996, Universidade de Gotemburgo, Suécia. Título da tese: Rugosidade de superfície e incorporação do implante. » Professora e Chefe do Departamento de Prótese da Faculdade de Odontologia da Universidade de Malmo, Suécia. » E-mail: ann.wennerberg@mah.se

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Explicações e Aplicações

Adaptação óssea na região cervical de implantes osseointegrados: nomenclatura e os fundamentos para sua utilização Alberto Consolaro, Renato Savi de Carvalho, Carlos Eduardo Francischone Jr., Carlos Eduardo Francischone

A uniformização de conceitos a partir da

As superfícies ósseas se seguem umas às outras,

nomenclatura e terminologia corretas facili-

assumindo formas arredondadas. Provavelmente

ta a comunicação entre as pessoas, inclusive

os ângulos retos foram evitados para que, na mo-

os especialistas de uma determinada área. Os

vimentação dos músculos e tendões, não houves-

conceitos, nomes, termos e classificações obe-

sem traumatismos dos tecidos vizinhos. Quando,

decem princípios universais, e não podem ser

nos ossos e raízes dentárias, se formam ângulos

reinventados a todo momento, pois isso dificul-

retos devido a fraturas, reabsorções ou outras cau-

tará a compreensão... teremos uma verdadeira

sas, ocorrerá reabsorção dos “cantos”, ou ângulos

Torre de Babel. Em cada especialidade pode-se

retos, por parte das unidades osteorremodelado-

usar mais frequentemente determinados ter-

ras e seus clastos, pois a inflamação induzida nos

mos, mas não com significados ou conceitos

tecidos vizinhos, pela irritação mecânica, propicia-

diferentes do contexto universal. Em outras pa-

rá mediadores para estimular esse fenômeno.

lavras, não se pode dizer que na Implantodontia

No momento em que se coloca um implante

usa-se tal termo com um conceito diferente das

dentário na cavidade preparada para esse fim, na

demais áreas, afinal não existe o “implantodon-

superfície da cortical óssea tem-se a formação

tês” como um idioma específico.

de ângulos retos — formados pela cortical por

A evolução de um determinado assunto,

um lado e pela parede da cavidade óssea que

com o tempo, aumenta o discernimento concei-

receberá o implante. Inevitavelmente, esse ângu-

tual e a precisão terminológica para identificar

lo reto será arredondado com a colocação do

um determinado fenômeno.

implante, especialmente se exposto na boca em infraoclusão ou mesmo em oclusão funcional.

Não temos estruturas mineralizadas com

Caso o implante fique submerso, o reparo ósseo

ângulos retos no corpo

representado pela osseointegração ocorrerá por

Se analisarmos criteriosamente a morfologia

sobre sua cobertura4, provavelmente pela falta de

de nossos ossos, quer seja interna ou externa-

qualquer grau de mobilidade. Quando colocado o

mente, não há superfícies formando ângulos retos.

cicatrizador, esse ângulo reto se arredondará.

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Adaptação óssea na região cervical de implantes osseointegrados: nomenclatura e os fundamentos para sua utilização Adaptação óssea na região cervical de implantes osseointegrados: nomenclatura e os fundamentos para sua utilização

Figura 1 - Visualização tridimensional reconstruída a partir de dados humanos digitalizados do sistema esquelético masculino. O esqueleto vivo suporta a carga do corpo e permite o movimento, além de armazenar minerais, proteger os órgãos internos e, no seu interior esponjoso, abrigar o sistema sanguíneo principal. Essa armadura flexível gira ao longo de um eixo central (coluna vertebral), que dobra e vira, e está ligado aos anéis dos ossos (cintas) que a ligam aos membros. Braços e pernas partilham a mesma estrutura fundamental de um osso longo, dois ossos mais curtos, e um conjunto de garra de ossos ainda menores, todos articulados por juntas livremente móveis.

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Rev Dental Press Periodontia Implantol. 2011 jan-mar;5(1):21-5 jan-mar;5(1):21-6 Rev Dental Press Periodontia Implantol. 2011 jan-mar;5(1):21-6


Adaptação óssea na região cervical de implantes osseointegrados: nomenclatura e os fundamentos para sua utilização

região cervical dos implantes, assim podemos questionar e optar: 1) Deseja-se dar uma conotação de normalidade ou de doença ao processo? Se a opção for de doença, o termo mais apropriado será Perda Óssea Cervical Peri-implantar. Deve-se lembrar, no entanto, que todas as evidências caminham para a confirmação de que esse processo ósseo cervical implantar seja uma evolução natural e autolimitante da osseointegração. Assim sendo, o termo Perda Óssea Peri-implantar

Referências 1. Albrektsson T, Brånemark PI, Hansson HA, Lindström J. Osseointegrated titanium implants: requirements for ensuring a long-lasting, direct bone to implant anchorage in man. Acta Orthop Scand. 1981;52(2):155-70. 2. Albrektsson T, Zarb G, Worthington P, Eriksson AR. The long term efficacy of currently used dental implants: a review and proposed criteria of success. Int J Oral Maxillofac Implants. 1986 Summer;1(1):11-25. 3. Cochran DL, Nummikoski PV, Schoolfield JD, Jones AA, Oates TW. A prospective multicenter 5-year radiographic evaluation of crestal bone levels over time in 596 dental implants placed in 192 patients. J Periodontol. 2009 May;80(5):725-33. 4. Consolaro A, Carvalho RS, Francischone CE Jr, Francischone CE. Mecanismo da saucerização nos implantes

deveria ser reservado para uma das mani-

osseointegrados. Rev Dental Press Periodontia Implantol.

festações da Peri-implantite (Fig. 3).

2010 jan-fev;4(1):37-54.

2) Se a intenção for dar uma conotação de normalidade e dinamismo ao processo de adaptação do osso cervical periimplantar, o termo mais apropriado será Remodelação Óssea Peri-implantar Cervical (Fig. 2). No tempo, com o acúmulo de biofilmes microbianos, pode-se ter a Perda Óssea Peri-implantar, manifestação clínica da Peri-implantite superposta. 3) Se a opção for não considerar a natureza fisiológica ou patológica do processo, e apenas desejar-se referir ao mesmo como algo morfologicamente identificável, o mais apropriado será o termo Saucerização Óssea Peri-implantar.

Alberto Consolaro • Professor Titular em Patologia da FOB-USP e da Pós-graduação da FORP-USP. Renato Savi de Carvalho • Professor Doutor de Implantologia da USC - Bauru. Carlos Eduardo Francischone Jr • Professor Doutor de Implantologia da USC - Bauru. Carlos Eduardo Francischone •Professor Titular da FOB-USP e de Implantologia da USC.

Endereço para correspondência Alberto Consolaro E-mail: consolaro@uol.com.br

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Rev Dental Press Periodontia Implantol. 2011 jan-mar;5(1):21-6


Pergunte a um Expert

Qual seria o protocolo medicamentoso adequado para as cirurgias de implantes osseointegrados? Isabel Peixoto Tortamano

» Analgesia

Introdução A opção por determinados medicamentos quando da realização de implantes osseointegrados constitui uma dúvida cotidiana na prática clínica odontológica, que vai desde os cuidados prévios à realização do procedimento, no momento da antissepsia intra e extrabucal, até as medicações pós-operatórias, incluindo o questionamento sobre realizar ou não a profilaxia antibiótica, assim como

Lisador® (dipirona sódica + cloridrato de prometazina e adifenina) de 4 em 4 horas por 2 dias ou; Dipirona sódica (500mg) – de 4 em 4 horas por 2 dias ou; Paracetamol (750mg) – de 6 em 6 horas por 2 dias. » Profilaxia antibiótica Não é necessária.

as opções para analgesia. A construção do presente protocolo objetivou facili-

2. Cirurgia de grande complexidade para colocação

tar as escolhas clínicas do profissional, com o emprego

de implante (incluindo cirurgias de enxerto ósseo e

judicioso dos medicamentos, diante da ampla gama dis-

levantamento de seio): » Antissepsia intrabucal e extrabucal idêntica à

ponível no mercado atual.

anterior » Analgesia, controle do edema e profilaxia an-

Protocolo clínico Primeiramente, devemos dividir essas cirurgias em

tibiótica: - avaliar a necessidade e possibilidade de se-

dois grupos:

dação intravenosa 1. Cirurgia de pequena complexidade para colocação de implante:

realizada imediatamente antes da cirurgia, utilizando-se

» Antissepsia intrabucal

o sulfato de fentanila (Sentanil®) e o midazolan (Dor-

Bochecho vigoroso com 15ml de digluconato de clorexidina 0,2% por 1 minuto.

monid®). Concomitantemente, poderá ser realizada a adminis-

» Antissepsia extrabucal

tração intravenosa de 1g de cefalosporina de primeira

Esfregaço de gaze embebida com solução de digluconato de clorexidina 2%.

Quando possível, a sedação intravenosa poderá ser

geração - cefolotina (Keflin®), juntamente com 10mg de dexametasona (Decadron®).

Rev Dental Press Periodontia Implantol. 2011 jan-mar;5(1):27-8

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Qual seria o protocolo medicamentoso adequado para as cirurgias de implantes osseointegrados?

Manter uma dose oral pós-operatória de cefalotina (Keflex ) – 500mg, de 6 em 6 horas

Referências

®

por 3 dias.

1. Binahmed A, Stoykewych A, Peterson L. Single preoperatore dose versus long-term prophylactic antibiotic regimens

- profilaxia antibiótica pré-operatória

in dental implant surgery. Int J Oral Maxillofac Implants. 2005;20:115-7.

oral Poderá ser realizada 1 hora antes da cirurgia, utilizando-se 2g de amoxicilina - (Amoxil®).

2. Espósito M, Coulthard P, Oliver R, Thomsen P, Worthington HV. Antibiotics to prevent complications following dental implant treatment. Cochrane Database Syst Rev.

Concomitantemente, poderá ser realizada a administração oral, em dose única, de 8mg de dexametasona (Decadron®).

2003;(3):CD004152. 3. Misch CM. The pharmacologic management of maxillary sinus elevation surgery. J Oral Implantol. 1992;18(1):15-23. 4. Peterson LJ. Antibiotic prophylaxis against wound infections

A dose pós-operatória da amoxicilina (Amoxil®) será de 500mg, com intervalo de 8 horas entre as doses e com duração de 3 dias.

in oral and maxillofacial surgery. J Oral Maxillofac Surg. 1990;48(6):617-20. 5. Resnik RR, Misch C. Prophylactic antibiotic regimens in oral implantology: rationale and protocol. Implant Dent.

Um anti-inflamatório não esteroidal – a nimesulida (100mg) (Scaflan®) ou o ibuprofeno (600mg) (Motrim®) ou o aceclofenaco (100mg) (Proflam ) – poderá ser prescrito ®

no pós-operatório para ambos os protocolos.

2008;17(2):142-50. 6. Sato FRl, Asprimo l, Moraes M. Use of the antibiotic prophylaxis in implantology: are we still far from a consensus? Implant News. 2008;5(4):387-90. 7. Wilson W, Taubert KA, Gewitz M, Lockhart PB, Baddour LM, Levison M, et al. Prevention of infective endocarditis: guidelines from the American Heart Association: a guideline from the

(intravenoso ou oral), com intervalo entre as

American Heart Association Rheumatic Fever, Endocarditis, and

doses de 12 horas e duração de 3 dias.

Kawasaki Disease Committee, Council on Cardiovascular Disease

Caso a dor relatada seja insuportável, poderá

in the Young, and the Council on Clinical Cardiology, Council on Cardiovascular Surgery and Anesthesia, and the Quality of

ser associado um analgésico de ação central –

Care and Outcomes Research Interdisciplinary Working Group.

como o cloridrato de tramadol (50mg) (Tramal )

Circulation. 2007 Oct 9;116(15):1736-54.

®

– a cada 4 horas, somente enquanto a dor persistir. Considerações Finais O presente protocolo inclui a indicação das

Enviado em: março de 2009 Revisado e aceito: junho de 2010

medicações para cirurgias de pequeno e grande porte na colocação de implantes osseointegrados. Entretanto, seu emprego deverá ser analisado subjetivamente em cada caso, tendo em vista a história de saúde de cada paciente em particu-

Isabel Peixoto Tortamano - Professora associada do Setor de Urgência e da Disciplina de Clínica Integrada do Departamento de Estomatologia da Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo.

lar, a suscetibilidade antibiótica aos microrganis-

Endereço para correspondência

mos envolvidos e a possibilidade de desenvolvi-

Isabel Peixoto Tortamano E-mail: iptortam@usp.br

mento de resistência bacteriana aos antibióticos.

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Rev Dental Press Periodontia Implantol. 2011 jan-mar;5(1):27-8


Caso Clínico

Aumento da faixa de tecido ceratinizado ao redor de implante

André Boscariol Pacheco*, Paulo Sérgio Gomes Henriques**

Palavras-chave

Resumo

Tecido conjuntivo. Implante dentário.

A necessidade de tecido ceratinizado ao redor de dentes foi questionada por muitos anos. Atualmente, há um consenso de que uma quantidade mínima é necessária. Em regiões submetidas a reabilitações implantossuportadas também se busca uma faixa desse tecido para obter melhor manutenção da saúde peri-implantar, conforto durante a higienização e facilitar os procedimentos técnicos de confecção da reabilitação. Constata-se que são escassos os estudos sobre o tema em humanos a longo prazo, e que esse tópico ainda é controverso. Com o caso clínico apresentado, buscou-se mostrar a importância do tecido ceratinizado marginal para manutenção da saúde peri-implantar, realizando um enxerto de tecido conjuntivo subepitelial removido de área doadora palatina para aumento da quantidade dessa gengiva.

Gengiva.

* Especialista em Implantodontia pelo FUNBEO USP/Bauru-SP. Especialista em Periodontia pela São Leopoldo Mandic - Campinas-SP. ** Mestre em Periodontia e Doutor em Ciências pela UNICAMP. Professor Titular disciplina de Periodontia na São Leopoldo Mandic - Campinas-SP.

Rev Dental Press Periodontia Implantol. 2011 jan-mar;5(1):29-37

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Aumento da faixa de tecido ceratinizado ao redor de implante

Keratinized tissue width augmentation around implant ABSTRACT The need for keratinized tissue around teeth for many years has been questioned, there is now a consensus that a minimum amount is required. In regions undergoing implant-supported rehabilitation an adequate width of this tissue is also important for maintenance of peri-implant health, facilitates technical procedures for preparation of rehabilitation and comfort in hygiene. It appears that studies on the subject in humans in the long term are scarce and that this topic is still controversial, and has not been established a minimum consensus. With this clinical case was sought to show the importance of marginal keratinized tissue for peri-implant health maintenance, performing a subepithelial connective tissue graft removed from palatal area to increase the amount of this tissue. KEYWORDS: Dental implants. Connective tissue. Gingiva.

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Enviado em: outubro de 2010 Revisado e aceito: março de 2011

Endereço para correspondência André Boscariol Pacheco Rua Atilio Vianelo, 149 CEP: 13.207-130 – Vianelo – Jundiaí/SP E-mail: andre@odontologiapacheco.com.br

Rev Dental Press Periodontia Implantol. 2011 jan-mar;5(1):29-37

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Caso Clínico

Tratamento de retrações gengivais múltiplas presentes em dentes extruídos com lesões cervicais não cariosas associadas

Danilo Maeda Reino*, Luciana Prado Maia*, Márcio Fernando de Moraes Grisi**, Sérgio Luís Scombatti de Souza**

Palavras-chave

Resumo

Retração gengival. Cirurgia plástica. Es-

Retrações gengivais ainda são um desafio para os periodontistas, principalmente quando determinadas condições clínicas estão presentes, dificultando a previsibilidade do tratamento. Extrusão dentária e a presença de lesões cervicais não-cariosas (LCNCs) podem ser uma combinação bastante grave, sendo grandes comprometedores para tratamentos de recobrimento radicular. Dessa forma, o objetivo deste relato de caso é demonstrar o emprego da técnica de retalho avançado coronalmente com uso de enxerto de tecido conjuntivo subepitelial como uma opção de tratamento para casos onde extrusões e LCNCs estão associadas a retrações gengivais múltiplas.

tética dentária.

* Especialista em Periodontia, Mestre e Doutorando em Periodontia da Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto FORP-USP. ** Doutor - Professor do departamento de CTBMF e Periodontia da Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto FORP-USP.

38

Rev Dental Press Periodontia Implantol. 2011 jan-mar;5(1):38-46


Reino DM, Maia LP, Grisi MFM, Souza SLS

Multiple gingival recessions treatment in extruded teeth with non-carious cervical lesions ABSTRACT Gingival recessions still remain as a challenge to periodontists, especially when certain clinical conditions are present, jeopardizing the treatment predictability. Tooth extrusion and the presence of non-carious cervical lesions (NCCLs) may be a fairly serious combination that can extremely compromise root coverage procedures. Thus, the aim of this report is to demonstrate the use of coronally advanced flap technique associated with subepithelial connective tissue graft as a treatment option for cases where NCCLs and dental extrusions are associated with multiple gingival recessions. KEYWORDS: Gingival recession. Dental esthetics. Plastic surgery.

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Tratamento de retrações gengivais múltiplas presentes em dentes extruídos com lesões cervicais não cariosas associadas

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ionomer restoration for the treatment of gingival recession associated with non-carious cervical lesions: a randomized controlled clinical trial. J Periodontol. 2008;79(4):621-8.

Enviado em: novembro de 2010 Revisado e aceito: fevereiro de 2011

Endereço para correspondência Danilo Maeda Reino Av. do Café, s/n CEP: 14.040-904 – Monte Alegre – Ribeirão Preto/SP E-mail: daniloreino@usp.br

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Revisão de Literatura

Reconstrução de rebordo alveolar com osso homógeno em bloco: uma revisão sistemática Edson Virgilio Zen Filho*, Angelo José Pavan**, Edevaldo Tadeu Camarini**, Liogi Iwaki Filho**, Gustavo Jacobucci Farah**

Palavras-chave

Resumo

Transplante homólogo. Aumento de re-

A utilização de próteses implantossuportadas é, nos dias de hoje, uma alternativa segura e viável para reabilitação de áreas edêntulas. Porém, muitas vezes a instalação de implantes osseointegrados pode ser comprometida ou impossibilitada devido a reabsorções extensas dos rebordos alveolares. O objetivo deste trabalho foi revisar sistematicamente a literatura relacionada à reconstrução de rebordo alveolar com osso homógeno em bloco para subsequente instalação de implantes. O levantamento bibliográfico sistemático foi realizado na base de dados Pubmed e na Bibliografia Brasileira de Odontologia (BBO) entre os anos de 1966 e outubro de 2009. Além disso, foi realizada uma busca manual nas referências dos artigos incluídos na revisão. O resultado dessa revisão de literatura identificou apenas 7 estudos relacionados a essa técnica que preenchiam os critérios de inclusão. A espessura do rebordo aumentou significativamente com uso do enxerto homógeno, apresentando padrões de reabsorção dentro de limites aceitáveis. Os enxertos homógenos e os implantes instalados nas áreas enxertadas apresentaram altos índices de sucesso nos artigos incluídos. Esses demonstraram a previsibilidade da utilização dos enxertos homógenos e posterior instalação de implantes por um período de até 3 anos. No entanto, não há na literatura dados histológicos que confirmem existir uma osseointegração satisfatória com o uso desse material. São, portanto, necessários mais estudos controlados com avaliações histológicas para confirmar a eficiência e a segurança da utilização dos enxertos homógenos.

bordo alveolar. Implante dentário.

* Especialista em Cirurgia Buco-maxilo-facial pela Universidade Estadual de Maringá (UEM). ** Professor Doutor Adjunto da área de Cirurgia do Departamento de Odontologia da Universidade Estadual de Maringá – UEM.

Rev Dental Press Periodontia Implantol. 2011 jan-mar;5(1):47-59

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Reconstrução de rebordo alveolar com osso homógeno em bloco: uma revisão sistemática

conseguido em grandes quantidades e, segundo

INTRODUÇÃO

A utilização de próteses implantossuportadas é, nos dias de hoje, uma alternativa viável e segu-

alguns autores, ser o único substituto do osso autógeno com potencial osteoindutor5,7,14,18,19,28.

ra para reabilitação de áreas edêntulas1,2,10. Porém

O termo homógeno quer dizer que o tecido

reabsorções ósseas do rebordo alveolar podem

é proveniente de indivíduos diferentes, porém

dificultar ou impossibilitar a instalação de implan-

da mesma espécie, tendo que passar por pro-

tes em locais adequados

. No intuito de con-

cessos a fim de evitar a transmissão de infec-

tornar essas situações, várias técnicas cirúrgicas

ções e respostas imunogênicas, sendo seu con-

e materiais foram desenvolvidos, visando o reparo

trole e distribuição realizados pelos bancos de

de defeitos ósseos dos maxilares para posterior

tecidos musculoesqueléticos11,28.

2,3,7

instalação de implantes osseointegrados

.

Os transplantes de tecidos ósseos têm sido

2,7,15,16

O osso autógeno ainda é considerado

utilizados há muito tempo pela Ortopedia e Trau-

como o “padrão ouro” para reconstrução de

matologia, porém na área de Cirurgia e Trauma-

. Isso se

tologia Bucomaxilofacial existem informações limi-

deve ao fato de ser proveniente do próprio

tadas sobre sua eficácia nas reconstruções ma-

paciente, não tendo potencial infeccioso ou

xilares. Alguns autores relatam uma incorporação

antigênico, sendo o único a apresentar po-

incompleta ao leito receptor, que pode comprome-

tencial osteogênico, osteoindutor e osteocon-

ter o processo de osseointegração dos implantes

dutor

dentários instalados em áreas enxertadas2,18,29,30.

rebordos alveolares atróficos

1,27,28

1,4,5,8

. No entanto, a necessidade de um

leito cirúrgico doador aumenta a morbidade,

O presente trabalho teve como objetivo ava-

o tempo e o custo do procedimento, além de

liar, através de uma revisão sistemática, a previsi-

as quantidades de tecido ósseo disponíveis

bilidade da reconstrução de rebordo alveolar com

serem limitadas

enxerto ósseo homógeno em bloco, previamente

2,7,8,11,32

.

Devido a essas características, vem se ten-

à instalação de implantes osseointegrados.

tando criar um material para substituir o enxerto autógeno. O cirurgião dispõe de uma variedade de

Material e Métodos

materiais como os enxertos alógenos, xenógenos

O primeiro passo para iniciar a revisão siste-

e aloplásticos, possuindo cada tipo de material

mática foi o desenvolvimento de um protocolo

vantagens e desvantagens de sua utilização

.

detalhado de todos os métodos que antecedem

O enxerto homógeno apresenta-se como uma

uma revisão, como a elaboração de uma per-

alternativa viável ao osso autógeno, tendo como

gunta-chave, os critérios de inclusão, tipos de

vantagem o fato de poder ser preparado de forma

resultados mensurados, estratégias de pesquisa

particulado ou em blocos ósseos para a recons-

e os métodos da revisão propriamente ditos.

23,24,27

trução de rebordos atrésicos. Além de possuir a

A pergunta-chave para a revisão foi: “Qual a

mesma arquitetura do leito receptor, poder ser

previsibilidade da reconstrução do rebordo alveo-

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Zen Filho EV, Pavan AJ, Camarini ET, Iwaki Filho L, Farah GJ

Recomendações para prática clínica

um leito doador. No entanto, o uso desse ma-

Diversas técnicas cirúrgicas podem ser uti-

terial para a reconstrução de rebordo alveolar

lizadas para aumentar o rebordo alveolar atró-

não deve ser sobreindicado, sendo empregado

fico como, por exemplo, a regeneração óssea

quando da impossibilidade do uso dos enxertos

guiada. O uso dos ossos de origem homóge-

autógenos. Deve ser associado a outros ma-

na também pode ser indicado para esse fim,

teriais com intuito de aumentar as chances de

apresentando a vantagem de não necessitar de

sucesso quando de sua utilização.

Alveolar ridge augmentation with homogenous bone block: A systematic review ABSTRACT The use of implant-supported prosthesis is nowadays a safe alternative for rehabilitation of edentulous areas. But most of the time the implant placement can be compromised because of extensive alveolar resorption. The purpose of this study was to systematic review the literature related to the reconstruction of alveolar ridge with homogenous bone block for implant placement. The systematic review was performed on Pubmed and Brazilian Bibliography of Odontology (BBO) from 1966 to October 2009. Therefore, a hand-search in dental journals was done on the references of the selected articles. The results of this literature review identified only 7 studies related to this technique that filled the criteria of inclusion. The alveolar ridge width increased significantly with the use of block allograft, showing acceptable resorption standards. Allografts and implants inserted on grafted areas presented high success rates on the included articles. These ones showed the predictability of using allograft and implants placed after 3 years. However, there is no histological data on the literature that assures a satisfactory osseointegration using this kind of material. Controlled trials with histological evaluation are necessary to confirm the efficacy and security of allografts. KEYWORDS: Homologous transplantation. Alveolar ridge augmentation. Dental implantation.

Rev Dental Press Periodontia Implantol. 2011 jan-mar;5(1):47-59

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Reconstrução de rebordo alveolar com osso homógeno em bloco: uma revisão sistemática

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Enviado em: abril de 2010 Revisado e aceito: fevereiro de 2011

Endereço para correspondência Edson Virgilio Zen Filho Rua Lázaro Moreno, n° 72 CEP: 17.120-000 – Parque Esmeralda – Agudos / SP E-mail: edsonzen@live.com

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Caso Selecionado

Sugestão de protocolo para o tratamento da peri-implantite Cristiane Ibanhes Polo, Luciano de Lima, Marcelo Rial Dias, Maria Helena Garcia Gomes, Ulisses Anderson de Almeida, Wilson Roberto Sendyk, Ilan Weinfeld

INTRODUÇÃO A reabilitação bucal com implantes osseointegrados é considerada um método seguro, confiável e com grande previsibilidade para restituir a estética e função em locais com ausência dentária; tais ausências são geralmente devidas à perda por cárie, trauma, doença periodontal e agenesias. Embora inúmeros estudos longitudinais comprovem o alto índice de sucesso dos implantes, a incidência de doenças peri-implantares vem crescendo proporcionalmente ao número de implantes instalados. As doenças peri-implantares mais comuns são a mucosite e a peri-implantite, ambas de origem bacteriana1. A mucosite peri-implantar é conceituada como uma reação inflamatória reversível dos tecidos moles ao redor dos implantes, enquanto a peri-implantite é descrita como uma reação inflamatória associada com a perda de suporte ósseo ao redor do implante2. Conforme estudo recente, a mucosite peri-implantar ocorre em aproximadamente 80% dos pacientes e 50% dos implantes, e a peri-implantite é encontrada entre 28 e 56% dos pacientes e entre 12 e 43% dos implantes3. A peri-implantite, tal qual a doença periodontal, pode ocorrer em qualquer sítio da arcada dentária,

embora nas duas doenças o risco seja um pouco maior na região anterior da arcada dentária inferior4. Contudo, deve-se destacar que a incidência de peri-implantite está também na dependência do tipo de reabilitação com implantes que foi realizada. Sobredentaduras, próteses fixas totais e próteses unitárias apresentam peri-implantite com uma frequência média de 0,3 a 0,7%, enquanto próteses fixas parciais possuem uma incidência média de 6,5%. Entretanto, a porcentagem de implantes com perda óssea superior ou igual a 2,5mm é maior em sobredentaduras (4,8%) e próteses fixas totais (3,8%), em comparação às próteses fixas parciais (1,0%) e próteses unitárias (1,3%)5. O diagnóstico precoce da doença é fundamental para o sucesso do tratamento, já que ocorre uma evolução natural da mucosite para a peri-implantite. Uma vez iniciada a perda óssea e quanto maior a destruição do tecido, mais difícil e complexo será o tratamento, podendo resultar na irreversibilidade do processo, culminando com a perda da fixação rígida e consequente remoção do implante. Dentre os meios diagnósticos mais eficazes, destaca-se a sondagem, feita de forma leve e delicada (força de até 0,25N), que não causa danos

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61


Sugestão de protocolo para tratamento de peri-implantite

CONCLUSÃO Utilizar o termo reosseointegração implica em comprovação histológica, que não é o caso do presente trabalho. Contudo, as evidências clínicas e radiográficas aqui apresentadas permitem mostrar a eficiência

do protocolo sugerido nesse relato de caso isolado, que, aliado à segurança e facilidade de realização, sugere sua indicação para a elaboração de um estudo longitudinal prospectivo com maior casuística para sua comprovação científica.

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74

Rev Dental Press Periodontia Implantol. 2011 jan-mar;5(1):61-75


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Luciano de Lima • Mestre em Implantodontia - Unisa. • Professor adjunto da disciplina de Prótese Dentária da Faculdade de Odontologia de Araras - UniAraras. Marcelo Rial Dias • Mestre em Implantodontia - Unisa. • Professor adjunto do curso de Especialização em Implantodontia da ABO de Santos-SP.

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Ilan Weinfeld • Doutor em Diagnóstico Bucal - FOUSP. • Professor titular da disciplina de Patologia da Faculdade de Odontologia da Universidade de Santo Amaro - Unisa. • Professor do Curso de Mestrado em Odontologia - Unisa. Wilson Roberto Sendyk • Livre docente em Odontologia - Unicamp. • Professor titular da disciplina de Implantodontia - Unisa. • Coordenador dos cursos de especialização em Implantodontia e mestrado em Odontologia - Unisa. Ulisses Anderson de Almeida • Mestre em Implantodontia - Unisa.

Enviado em: janeiro de 2011 Revisado e aceito: março de 2011

Endereço para correspondência Cristiane Ibanhes Polo Rua João Cachoeira, 488, conj 405 - Itaim Bibi CEP: 04.535-001 - São Paulo/SP E-mail: cristianepolo@yahoo.com.br

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Revisão de Literatura

Fator de crescimento derivado de plaquetas na regeneração periodontal Cláudia Toffani*, Christianne Amantino de Mello*, Vanessa Frazão Cury**

Palavras-chave

Resumo

Fator de crescimento derivado de pla-

O fator de crescimento derivado de plaquetas (PDGF) é um polipeptídeo que regula importantes eventos no processo de regeneração periodontal, incluindo quimiotaxia, proliferação de células e síntese de matriz extracelular. O objetivo deste trabalho foi demonstrar se a literatura suporta a utilização do PDGF-BB na regeneração periodontal. Através da revisão realizada, vários estudos em cultura de células, estudos em animais e em humanos mostraram resultados muito satisfatórios após a utilização desse fator de crescimento. Os trabalhos também demonstraram que a isoforma PDGF-BB mostrou ser a mais efetiva em todos os parâmetros celulares. Portanto, o rhPDGF-BB (PDGF recombinante humano) parece ser um importante mediador dos eventos celulares no processo da regeneração periodontal.

quetas. Regeneração. Regeneração óssea. Regeneração tecidual guiada periodontal.

* Graduação em Odontologia - Centro Universitário Newton Paiva. ** Doutorado em Farmacologia - Professor Titular Periodontia Centro Universitário Newton Paiva.

76

Rev Dental Press Periodontia Implantol. 2011 jan-mar;5(1):76-85


Toffani C, Mello CA, Cury VF

gurança do material, maior redução de

CONCLUSÕES

Através da presente revisão, pode-se con-

profundidade de sondagem, maior ganho de inserção clínica e maior preen-

cluir que os estudos: » In vitro têm demonstrado que o PDGFBB induz aumento na proliferação e

chimento ósseo, quando comparado às cirurgias sem a aplicação do fator.

quimiotaxia celular, especialmente em

» Histológicos mostraram que a aplica-

células originadas do ligamento perio-

ção do rhPDGF-BB resultou em neo-

dontal. A isoforma PDGF-BB mostrou

formação de cemento, ligamento pe-

ser a mais efetiva em todos os parâme-

riodontal e osso alveolar. Desta forma,

tros de atividade celular.

esse fator representa uma importante

» Pré-clínicos em animais demonstraram

alternativa, associado a outras técni-

resultados positivos na neoformação

cas e recursos de tratamento, quando

de tecidos periodontais.

se deseja reconstrução dos tecidos

» Clínicos em humanos mostraram se-

periodontais.

Platelet-derived growth factor in periodontal regeneration ABSTRACT The platelet-derived growth factor (PDGF) is a polypeptide that regulate events in periodontal regeneration including chemotaxy, cell proliferation and extracellular matrix synthesis. The aim of the present study was to determine whether the current literature supports the use of PDGF-BB on periodontal healing and regeneration. The review of published research shows that there are many studies in vitro and in vivo with satisfactory results after the use of PDGF-BB isoform. Some studies also demonstrated that the PDGF-BB isoform seems to be the most effective for cell parameters. Thus, it seems that rhPDGF-BB (human recombinant PDGF) is a important mediator of cellular events in the periodontal regeneration. KEYWORDS: Platelet-derived growth factor. Regeneration. Guided tissue regeneration. Guided tissue regeneration. Periodontal.

Rev Dental Press Periodontia Implantol. 2011 jan-mar;5(1):76-85

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Fator de crescimento derivado de plaquetas na regeneração periodontal

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Toffani C, Mello CA, Cury VF

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human platelet-derived growth factor-BB in humans:

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Enviado em: novembro de 2010 Revisado e aceito: fevereiro de 2011

Endereço para correspondência Vanessa Frazão Cury Rua Olímpio de Assis, 406 CEP: 30.380-150 – Cidade Jardim – Belo Horizonte / MG E-mail: vanessafcury@yahoo.com.br

Rev Dental Press Periodontia Implantol. 2011 jan-mar;5(1):76-85

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Caso Clínico

Recobrimento radicular com enxerto de tecido conjuntivo subepitelial em recessões classe III de Miller

Paulo Sérgio Gomes HENRIQUES*, André Antonio PELEGRINE**, Ana Amália N. FERNANDES***, Mônica Martinez BORGHI***, Danielle de Genaro Modanese***

Palavras-chave

Resumo

Recessão gengival. Classe III de Miller.

Atualmente, a demanda por cirurgia plástica periodontal para tratamentos de recessões gengivais se tornou rotina, principalmente quando o paciente relata desconfortos como hipersensibilidade ou prejuízo de estética pela exposição radicular. A etiologia é considerada multifatorial, podendo estar presentes fatores predisponentes e/ou desencadeantes. Várias são as técnicas utilizadas para o recobrimento radicular, dentre elas o retalho posicionado coronalmente associado ao enxerto de tecido conjuntivo subepitelial. No caso clínico apresentado, as recessões gengivais foram classificadas como classe III de Miller e o tratamento clínico promoveu ganho de tecido ceratinizado, recobrimento radicular e a redução significativa da hipersensibilidade, que era a queixa principal da paciente, representando assim uma alternativa viável para o tratamento dessas recessões. Considerações sobre fatores biológicos e etiológicos podem influenciar na previsibilidade do recobrimento, sendo fundamental a escolha da melhor alternativa terapêutica, visando minimizar o trauma cirúrgico e favorecer melhores resultados, solucionando problemas estéticos e alterações funcionais.

Enxerto de tecido conjuntivo subepitelial. Recobrimento radicular.

* Doutor em Ciências Biomédicas UNICAMP. Professor Titular de Periodontia da Faculdade de Odontologia São Leopoldo Mandic, Campinas, São Paulo. ** Doutor em Ciências UNICAMP. Professor de Periodontia da Faculdade de Odontologia São Leopoldo Mandic, Campinas, São Paulo. *** Professora de Periodontia do Centro de Pesquisas Odontológicas São Leopoldo Mandic, Campinas, São Paulo.

86

Rev Dental Press Periodontia Implantol. 2011 jan-mar;5(1):86-92


Henriques PSG, Pelegrine AA, Fernandes AAN, Borghi MM, Modanese DG

CONCLUSÃO

uso do enxerto de tecido conjuntivo subepitelial

A técnica utilizada no presente caso clínico

tem se destacado pela sua boa previsibilidade e

mostrou resultado satisfatório de cobertura radicu-

altas taxas de incidência de recobrimento radicular.

lar, quando levado em consideração que se tratava de uma recessão classe III de Miller. A preferência por utilizar a técnica do retalho posicionado coronalmente avançado associado ao

Quando se realiza uma anamnese bem detalhada, um diagnóstico preciso e o emprego da técnica correta, resultados previsíveis e satisfatórios podem ser alcançados.

Root coverage with subepithelial connective tissue graft in Miller class III recessions ABSTRACT Currently, the demand for periodontal plastic surgery for treatment of gingival recessions has become routine, especially when the patient reports discomforts as hypersensitivity or prejudice of aesthetics by root exposure. The etiology is considered multifactorial and may be present predisposing factors and trigger. There are several techniques used for root coverage, and among them, the coronally positioned flap associated with subepithelial connective tissue graft. In the clinical case presented, the gingival recessions were classified as class III of Miller and clinical treatment promoted gain of keratinized tissue, root coverage and the significant reduction of hypersensitivity, which was the main complaint of the patient, thus representing a feasible alternative for the treatment of gingival recessions. Considerations about biological and etiological factors may influence the predictability of the coverage, and is important to choose the best therapeutic option, seeking to minimize the surgical trauma and to promote better results, troubleshooting aesthetic and functional changes. KEYWORDS: Gingival recession. Class III of Miller. Subepithelial connective tissue graft. Root coverage.

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Recobrimento radicular com enxerto de tecido conjuntivo subepitelial em recessões classe III de Miller

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defects treated with coronally advanced flaps and either enamel

harvesting technique for autogenous connective tissue

matrix derivative or connective tissue. Part 2: histological

graft. J Periodontol. 2009;80(10):1680-7. 7. Aroca S, Keglevich T, Nikolidakis D, Gera I, Nagy K, Azzi R, et al. Treatment of class III multiple gingival recessions: a randomizedclinical trial. J Clin Periodontol. 2010;37(1):88-97. 8. Zucchelli T, Testori T, De Sanctis M. Clinical and

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Enviado em: dezembro de 2010 Revisado e aceito: fevereiro de 2011

Endereço para correspondência Paulo Ségio Gomes Henriques Rua Capitão Francisco de Paula, 346 CEP: 13.024-450 – Cambuí – Campinas/SP E-mail: phenriques@mpc.com.br

92

Rev Dental Press Periodontia Implantol. 2011 jan-mar;5(1):86-92


Revisão de Literatura

Homoenxertos ósseos: a captação e o processamento geram segurança para a utilização?

Christiano Borges Piacezzi*, Júlio Leonardo Oliveira Lima*, Ilan Weinfeld**

Palavras-chave

Resumo

Enxerto ósseo. Transplante homólogo.

Frente à popularização das reabilitações bucais com próteses sobre implantes e da ausência, por vezes, de suficiente ou adequado tecido ósseo, a demanda dos enxertos ósseos tem aumentado progressivamente. Nas situações de extenso déficit ósseo ou frente à necessidade de reduzir o tempo e a morbidade cirúrgica, o uso de homoenxertos ósseos deve ser considerado, já que são encontrados em quantidades ilimitadas nos bancos de tecidos. No entanto, a possibilidade da transmissão de doenças infecciosas é uma constante preocupação dos profissionais e dos pacientes envolvidos. O presente trabalho tem como objetivo, por intermédio de uma revisão de literatura — realizada manualmente e através da base de dados Medline, compreendendo o período de 1990 a 2010 —, verificar a segurança oferecida pela captação e pelo processamento dos homoenxertos ósseos. Pode-se concluir que as etapas do processamento como a liofilização, a desmineralização e a irradiação gama geram níveis de segurança confiáveis e que, associados a uma prévia seleção de doadores e captação dos homoenxertos criteriosas, reduzem a possibilidade de infecção, assim gerando segurança.

Bancos de tecidos.

* Mestrandos em Implantodontia da Universidade de Santo Amaro - SP. ** Mestre e Doutor em Odontologia. Professor Titular das Disciplinas de Patologia Geral e Bucal e Propedêutica Clínica da Universidade de Santo Amaro – Graduação e Pós-Graduação.

Rev Dental Press Periodontia Implantol. 2011 jan-mar;5(1):93-102

93


Piacezzi CB, Lima JLO, Weinfeld I

para liberação a partir dos exames re-

CONCLUSÃO

A análise dos estudos apresentados permite

alizados. • A esterilização eficiente ocorre com óxi-

concluir que: • É necessário seguir um rígido protocolo

do de etileno e radiação gama, sendo

e cuidados similares aos da transfusão

que a dose dessa última varia entre 10

sanguínea, no que se refere à seleção

e 35KGy.

de doadores, execução de testes soro-

• Um adequado armazenamento não

lógicos e microbiológicos, estocagem e

deve ultrapassar cinco anos após o pro-

liberação do material.

cessamento.

• A captação deve ser criteriosa e ocor-

• Os homoenxertos mais processados,

rer, sob rígidas condições de assepsia,

associados à liofilização (FDBA), liofili-

em até 12 horas após a morte, caso o

zação com desmineralização (DFDBA)

corpo do doador esteja em temperatu-

e irradiação, são mais seguros que os

ra ambiente, e até 24 horas para corpo

submetidos apenas ao congelamento. • O seguimento dos itens acima relacio-

refrigerado. • Respeitar o período de quarentena, onde os tecidos aguardam confirmação

nados gera segurança na utilização dos homoenxertos ósseos.

Bone allografts: Does the collecting and processing method generate security for its use? ABSTRACT The popularization of oral rehabilitation with prostheses on implants increased the demand of bone grafts. The use of bone allografts should be considered in situations of extensive bone deficit or when facing the reduction of time and surgical morbidity, since they are available in unlimited amounts in tissue banks. However, the possibility of infectious diseases’ transmission is a common concern by the professionals and the involved patients. This paper aims to verify the security of collecting and processing bone allografts through a literature review that was performed manually covering Medline database from 1990 to 2010. It can be concluded that the processing steps such as freeze drying, demineralization and gamma radiation are reliable and in association with a judicious donor selection and collection of bone allograft performed previously, reduce the chance of infection, thereby creating safety. KEYWORDS: Bone graft. Transplantation. Homologous. Tissue banks.

Rev Dental Press Periodontia Implantol. 2011 jan-mar;5(1):93-102

101


Homoenxertos ósseos: a captação e o processamento geram segurança para a utilização?

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Christiano Borges Piacezzi Av. Barreira Grande 677, sala 3 CEP: 03.386-000 – Jardim Colorado – São Paulo / SP E-mail: jleo@infonet.com.br

2008 Sep;139(9):1192-9.

102

Rev Dental Press Periodontia Implantol. 2011 jan-mar;5(1):93-102



Interview

Interview

Ann Wennerberg Osseointegration will be 46 years old this year. Many technological advances have been incorporated into the basic concept through laboratory research and randomized clinic studies. Among these advances we can cite the development of surface topography of the implants as one of the most important steps for current implantology. Almost all manufacturers have adopted this concept. In this interview we get to know a little more about one the researchers who had a fundamental role in this development. Professor Ann Wennerberg, the current head of the Department to Prosthodontics at the University of Malmo received us in Gothemburg, Sweden on a chilly afternoon in November last year which was made all the more agreeable by her amiableness, knowledge and personal brilliance. We learned a little more about these advances, how they affect the world implant market and how to analyze the impact of this on the treatment of our patients.

Now that you are working at Malmo University, are you in the same department of bio-materials?

And, why did you move to Malmo? I got considerably better prerequisites regarding research time.

No, it’s the department of prosthodontics. I’m qualified in prosthodontics. It’s another

Is it private?

department. I’m still working one day a week

No, it’s a faculty, you know, it can de-

in Thomas’ (Albrektsson) department but I’m

cide itself on a lot of questions. Here in

employed full time at Malmo University.

Gothemburg the Department of Prosthodontics belongs to an institution and the

And, when did you start to work

institution is part of the Sahlgrenska Acad-

there?

emy, so you have more people to deal with

2008. I’ve been there for nearly three

before a decision can be made. The faculty

years now and before that I was at the De-

in Malmo is responsible for its decisions, so

partment of Prosthodontics in Gothemburg.

the time between a question and a decision

104

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Wennerberg A

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105


Interview

ceramic bridges... We have one PhD that

My last question is about Brazil. Do

will be defended next year concerning the

you think research is important for

strength of ceramic bridges and so we

the companies there and for the cli-

are trying to broaden it out, but we are in

nicians to believe that what we are

the prosthetic area.

using is the best for the patient? Yes. I think you need research to

When Thomas retires do you think

make sure that you use safe products,

there is a possibility to have a ‘new

to have the ability to check on what the

Thomas’ at Malmo too?

promotion promises you, that it’s re-

Could be. Thomas is probably coming

ally true, and to try to understand the basic mechanism that we still don’t un-

to visit us.

Thomas: I hope to work there 20%.

derstand 100%, so we still have some

Ann: It’s perhaps more than a possibility.

work to do.

I think he will start next year working one day a week. We have a long history now,

Professor, thank you very much for

we have worked together since 1990, so

your interview. It’s a pleasure for us

20 years of hard struggling work...

to be here again and... Thank you very much.

I know that... Now I’d like to make an invitation. We’re going to have the USP program in 2012, Professor Francischone is going to be the president of the event. Do you think that you and Thomas could be speakers again? I’d love to come, if I have the time free in my schedule. That would be nice. If you give me a date, I would definitely like to come.

Prof. Francischone: From the 13th to the 15th of September.

Ann: I hope that works out.

114

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Wennerberg A

Ana Francischone, Prof. Ann Wennerberg, Dr. Luis Rogério Duarte, Prof. Thomas Albrektsson and Prof. Carlos Eduardo Francischone.

Ann Wennerberg

interviewer Luis Rogério Duarte » Specialist in Implantology, ABO-BA.

» Graduation: 1979, University of Gothenburg, Sweden.

» MSc in Implantology, USC (Bauru/SP, Brazil).

» Doctorate: 1996, University of Gothenburg,

» PhD in Implantology, SLMandic (Campinas/SP, Brazil). » E-mail: luisrogerioduarte@mac.com

Sweden. Thesis title: Surface roughness and implant incorporation. » Professor and Head of the Prosthodontics Department, University of Malmo, Faculty of Dentistry, Sweden. » E-mail: ann.wennerberg@mah.se

Rev Dental Press Periodontia Implantol. 2011 jan-mar;5(1):104-15

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Normas de apresentação de originais

— A Revista Dental Press de Periodontia e Implantologia, dirigida à classe odontológica, destina-se à publicação de relatos de casos clínicos e de técnicas, artigos de interesse aos profissionais da área, comunicações breves e atualidades. — A Revista Dental Press de Periodontia e Implantologia utiliza o Sistema de Gestão de Publicação, um sistema on-line de submissão e avaliação de trabalhos. Para submeter novos trabalhos visite o site: www.dentalpressjournals.com

2. Resumo/Abstract — os resumos estruturados, em português e inglês, de 250 palavras ou menos são os preferidos. — os resumos estruturados devem conter as seções: INTRODUÇÃO, com a proposição do estudo; MÉTODOS, descrevendo como o mesmo foi realizado; RESULTADOS, descrevendo os resultados primários; e CONCLUSÕES, relatando o que os autores concluíram dos resultados, além das implicações clínicas. — os resumos devem ser acompanhados de 3 a 5 palavraschave, ou descritores, também em português e em inglês, as quais devem ser adequadas conforme o MeSH/DeCS.

— Outros tipos de correspondência poderão ser enviados para:

Dental Press International Av. Euclides da Cunha 1718, Zona 5 CEP: 87.015-180, Maringá/PR Tel.: (44) 3031-9818 E-mail: artigos@dentalpress.com.br

— As declarações e opiniões expressas pelo(s) autor(es) não necessariamente correspondem às do(s) editor(es) ou publisher, os quais não assumirão qualquer responsabilidade pelas mesmas. Nem o(s) editor(es) nem o publisher garantem ou endossam qualquer produto ou serviço anunciado nesta publicação ou alegação feita por seus respectivos fabricantes. Cada leitor deve determinar se deve agir conforme as informações contidas nesta publicação. A Revista ou as empresas patrocinadoras não serão responsáveis por qualquer dano advindo da publicação de informações errôneas.

3. Texto — o texto deve ser organizado nas seguintes seções: Introdução, Material e Métodos, Resultados, Discussão, Conclusões, Referências, e Legendas das figuras. — os textos devem ter o número máximo de 4.000 palavras, incluindo legendas das figuras, resumo, abstract e referências. — envie as figuras em arquivos separados (ver logo abaixo). — também insira as legendas das figuras no corpo do texto, para orientar a montagem final do artigo. 4. Figuras — as imagens digitais devem ser no formato JPG ou TIF, em CMYK ou tons de cinza, com pelo menos 7 cm de largura e 300 dpis de resolução. — as imagens devem ser enviadas em arquivos independentes. — se uma figura já foi publicada anteriormente, sua legenda deve dar todo o crédito à fonte original. — todas as figuras devem ser citadas no texto.

— Os trabalhos apresentados devem ser inéditos e não publicados ou submetidos para publicação em outra revista. Os manuscritos serão analisados pelo editor e consultores, e estão sujeitos a revisão editorial. Os autores devem seguir as orientações descritas adiante.

5. Gráficos e traçados cefalométricos — devem ser enviados os arquivos contendo as versões originais dos gráficos e traçados, nos programas que foram utilizados para sua confecção. — não é recomendado o envio dos mesmos apenas em formato de imagem bitmap (não editável).

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— os desenhos enviados podem ser melhorados ou redesenhados pela produção da revista, a critério do Corpo Editorial.

1. Página de título — deve conter título em português e inglês, resumo e abstract, palavras-chave e keywords. — não inclua informações relativas aos autores, por exemplo: nomes completos dos autores, títulos acadêmicos, afiliações institucionais e/ou cargos administrativos. Elas deverão ser incluídas apenas nos campos específicos no site de submissão de artigos. Assim, essas informações não estarão disponíveis para os revisores.

6. Tabelas — as tabelas devem ser autoexplicativas e devem complementar, e não duplicar o texto. — devem ser numeradas com algarismos arábicos, na ordem em que são mencionadas no texto. — forneça um breve título para cada uma. — se uma tabela tiver sido publicada anteriormente, inclua uma nota de rodapé dando crédito à fonte original. — apresente as tabelas como arquivo de texto (Word ou Excel, por exemplo), e não como elemento gráfico (imagem não editável).

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Normas de apresentação de originais

7. Comitês de Ética — Os artigos devem, se aplicável, fazer referência a pareceres de Comitês de Ética. 8. Referências — todos os artigos citados no texto devem constar na lista de referências. — todas as referências listadas devem ser citadas no texto. — com o objetivo de facilitar a leitura do texto, as referências serão citadas no texto apenas indicando a sua numeração. — as referências devem ser identificadas no texto por números arábicos sobrescritos e numeradas na ordem em que são citadas no texto. — as abreviações dos títulos dos periódicos devem ser normalizadas de acordo com as publicações “Index Medicus” e “Index to Dental Literature”. — a exatidão das referências é de responsabilidade dos autores; as mesmas devem conter todos os dados necessários à sua identificação. — as referências devem ser apresentadas no final do texto obedecendo às Normas Vancouver (http://www.nlm.nih. gov/bsd/uniform_requirements.html). — utilize os exemplos a seguir:

Dissertação, tese e trabalho de conclusão de curso Beltrami LER. Braquetes com sulcos retentivos na base, colados clinicamente e removidos em laboratórios por testes de tração, cisalhamento e torção. [dissertação]. Bauru (SP): Universidade de São Paulo; 1990. Formato eletrônico Câmara CALP. Estética em Ortodontia: Diagramas de Referências Estéticas Dentárias (DRED) e Faciais (DREF). Rev Dental Press Ortod Ortop Facial. 2006 novdez;11(6):130-56. [Acesso 12 jun 2008]. Disponível em: www.scielo.br/pdf/dpress/v11n6/a15v11n6.pdf.

Artigos com até seis autores Sterrett JD, Oliver T, Robinson F, Fortson W, Knaak B, Russell CM. Width/length ratios of normal clinical crowns of the maxillary anterior dentition in man. J Clin Periodontol. 1999 Mar;26(3):153-7. Artigos com mais de seis autores De Munck J, Van Landuyt K, Peumans M, Poitevin A, Lambrechts P, Braem M, et al. A critical review of the durability of adhesion to tooth tissue: methods and results. J Dent Res. 2005 Feb;84(2):118-32. Capítulo de livro Kina S. Preparos dentários com finalidade protética. In: Kina S, Brugnera A. Invisível: restaurações estéticas cerâmicas. Maringá: Dental Press; 2007. cap. 6, p. 223-301. Capítulo de livro com editor Breedlove GK, Schorfheide AM. Adolescent pregnancy. 2nd ed. Wieczorek RR, editor. White Plains (NY): March of Dimes Education Services; 2001.

118

* Para submeter novos trabalhos acesse o site: www.dentalpressjournals.com

Rev Dental Press Periodontia Implantol. 2011 jan-mar;5(1):117-8


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