Revista Espaço Científico Livre v.05 n.01

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BRASIL, V. 05, N. 01, FEV.-MAR., 2015 LEITURA ONLINE GRATUITA EM

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ESPAÇO CIENTÍFICO

ISSN 2236-9538

ESPAÇO CIENTÍFICO LIVRE

projetos editoriais

PUBLICAÇÃO DE ARTIGOS CIENTÍFICOS DE ALUNOS DE NÍVEL TÉCNICO, SUPERIOR E PROFISSIONAIS DAS ÁREAS DAS CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E SAÚDE, CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS, CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA E DIVULGAÇÃO DE EVENTOS ACADÊMICOS,MESTRADOS E DOUTORADOS


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CURSOS ONLINE COM CERTIFICADO Além da atualização e/ou introdução ao tema, esses cursos livres podem ser utilizados como complementação de carga horária para atividades extracurriculares exigidas pelas faculdades. Uma introdução a epidemiologia, com definições e exemplos com artigos atuais. Saiba interpretar as medidas de associação de artigos científicos, como risco relativo, intervalo de confiança e odds ratio. E muito mais. Ideal para estudantes ou profissionais que queiram conhecer e se aprofundar sobre o assunto.

Uma introdução ao tema interações medicamentosas, com definições e exemplos atuais. Ideal para estudantes ou profissionais que queiram conhecer e se aprofundar sobre o assunto.

Uma introdução ao tema interações medicamento-alimento, com definições e exemplos atuais. Ideal para estudantes ou profissionais que queiram conhecer e se aprofundar sobre o assunto. Quanto mais informações buscarmos sobre as interações medicamento-alimento, melhor será nosso trabalho como profissionais de saúde.

Este curso tem como objetivo fornecer conhecimentos técnicos e científicos em relação a possíveis dúvidas sobre medicamentos referência, similar e genérico. Para um atendimento de qualidade na dispensação de medicamentos. Além da teoria, este curso apresenta exemplos práticos. Ideal para estudantes e profissionais.

SOBRE O AUTOR DOS CURSOS: Verano Costa Dutra - Farmacêutico e Mestre em Saúde Coletiva pela Universidade Federal Fluminense, possui também habilitação em homeopatia – Editor da Revista Espaço Científico Livre



EDITORIAL .......................................................................... ................................ 07 ARTIGOS CIENTÍFICOS Digitalização de Arquivos Eclesiásticos: Metodologia e Proposta de Sistema de Gestão Por Francisco Célio da Silva Santiago, Rhyan Ximenes de Brito & Janaide Nogueira de Sousa ............................................................. 27

Algoritmos de criptografia simétrica e os princípios fundamentais da segurança da informação: uma abordagem bibliográfica Por Rhyan Ximenes de Brito, Fábio José Gomes de Sousa & Janaide Nogueira de Sousa ............................................................... 49 O jornalismo como instrumento para educação ambiental Por Ramon Correa Paludo & Indianara Zanatta Borgonovo ........................................................................................................... 67

Avaliação da qualidade de alisantes capilares: análise do teor de ingredientes ativos Por Giorgia Gomes Pereira, Carla Caser Rossi, Katiane Murgia Flegler & Mariana Alves de Souza ........................................................ 83 EVENTOS ACADÊMICOS, MESTRADOS E DOUTORADOS ................................................................................................... 102 NORMAS PARA PUBLICAÇÃO ,........................................................................ 114

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EDITORIAL

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Em relação ao periódico, gostaria de informar também que a partir desta edição reformulamos a forma de numerar a Revista Espaço Científico Livre incluindo o volume, o que facilita a inclusão do periódico no Currículo Lattes. E quero lembrar a todos que a Revista Espaço Científico Livre recebe continuamente artigos científicos, os trabalhos enviados são avaliados pelo Conselho Editorial e que não há custos para a publicação. Saiba mais em espacocientificolivre@yahoo.com.br Boa leitura, Verano Costa Dutra Editor da Revista Espaço Científico Livre

A Revista Espaço Científico Livre é uma publicação independente, a sua participação e apoio são fundamentais para a continuação deste projeto. O download desta edição tem valor simbólico para contribuir com a sustentabilidade da publicação, saiba mais como adquirir em espacocientificolivre@yahoo.com.br. Mas a leitura online continua sendo gratuita e o nosso compromisso de promover o conhecimento científico continua.

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Os membros do Conselho Editorial colaboram voluntariamente, sem vínculo empregatício e sem nenhum ônus para a Espaço Científico Livre Projetos Editoriais. Os textos assinados não apresentam necessariamente, a posição oficial da Revista Espaço Científico Livre, e são de total responsabilidade de seus autores. A Revista Espaço Científico Livre esclarece que os anúncios aqui apresentados são de total responsabilidade de seus anunciantes. Imagem da capa: Yaroslav B. / FreeImages.com : http://www.freeimages.com/photo/966932 As figuras utilizadas nesta edição são provenientes dos sites Free Images (http://www.freeimages.com/), Wikipédia (BEN-YUSUF, [1902]: http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Alberto_Santos-Dumont_portrait.jpg). As figuras utilizadas nos artigos são de inteira responsabilidade dos respectivos autores. BRASIL, V. 05, N. 01, FEV.-MAR., 2015 ISSN 2236-9538/ CNPJ 16.802.945/0001-67


CONSELHO EDITORIAL Claudete de Sousa Nogueira Graduação em História; Especialização em Planejamento, Implementação e Gestão Educação a Distância; Mestrado em História; Doutorado em Educação; Professor Assistente Doutor da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (UNESP). Davidson Araújo de Oliveira Graduação em Administração; Especialização em Gestão Escolar, Especialização em andamento em: Marketing e Gestão Estratégica, em Gerenciamento de Projetos, e em Gestão de Pessoas; Mestrado profissionalizante em andamento em Gestão e Estratégia; Professor Substituto da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ). Ederson do Nascimento Graduação em Geografia Licenciatura e Bacharelado; Mestrado em Geografia; Doutorado em andamento em Geografia; Professor Assistente da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS). Edilma Pinto Coutinho Graduação em Engenharia Química; Especialização em Engenharia de Segurança do Trabalho; Mestrado em Ciência e Tecnologia de Alimentos; Doutorado em Engenharia de Produção; Professor Adjunto da Universidade Federal da Paraíba (UFPB). Francisco Gabriel Santos Silva Graduação em Engenharia Civil; Especialização em Gestão Integrada das Águas e Resíduos na Cidade; Mestrado em Estruturas e Construção Civil; Doutorado em andamento em Energia e Ambiente; Professor Assistente 2 da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB). Ivson Lelis Gama Doutorado em Química Orgânica pela Universidade Federal Fluminense, Pres. do NDE da Faculdade de Farmácia-FACIDER da Faculdade de Colider. Jacy Bandeira Almeida Nunes Graduação em Licenciatura em Geografia; Especialização: em Informática Educativa, em Planejamento e Prática de Ensino; em Planejamento e Gestão de Sistemas de EAD; Mestrado em Educação e Contemporaneidade; Professor titular da Universidade do Estado da Bahia (UNEB). Joseane Almeida Santos Nobre Graduação em Nutrição e Saúde; Mestrado em Ciência da Nutrição (Professor da Faculdade Integrada Metropolitana de Campinas (METROCAMP). Josélia Carvalho de Araújo Graduação em Geografia - Licenciatura; Graduação em Geografia - Bacharelado; Mestrado em Geografia; Doutorado em andamento em Geografia; Professora Assistente II da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN). Juliana Teixeira Fiquer Graduação em Psicologia; Especialização em Formação em Psicanálise; Mestrado em Psicologia (Psicologia Experimental); Doutorado em Psicologia Experimental; Pós-Doutorado; Atua no Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas de São Paulo. Kariane Gomes Cezario Graduação em Enfermagem; Mestrado em Enfermagem; e Doutorado em andamento em Enfermagem.

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CONSELHO EDITORIAL CONSELHO EDITORIAL Livio Cesar Cunha Nunes Graduação em Farmácia; Graduação em Indústria Farmacêutica; Mestrado em Ciências Farmacêuticas; Doutorado em Ciências Farmacêuticas; e Pós-Doutorado. Kariane Gomes Cezario Graduação em Enfermagem; Mestrado em Enfermagem; Doutorado em andamento em Enfermagem; Professora assistente I do Centro Universitário Estácio do Ceará. Livio Cesar Cunha Nunes Graduação em Farmácia; Graduação em Indústria Farmacêutica; Mestrado em Ciências Farmacêuticas; Doutorado em Ciências Farmacêuticas; Pós-Doutorado; Professor Adjunto da Universidade Federal do Piauí. Márcio Antonio Fernandes Duarte Graduação em Licenciatura Em Ciências; Graduação em Comunicação Social Publicidade e Propaganda; Mestre em em design, pela FAAC-Unesp; Professor da Faculdade de Ensino Superior do Interior Paulista (FAIP). Maurício Ferrapontoff Lemos Graduação em Engenharia de Materiais; Mestrado em Engenharia de Minas, Metalúrgica e de Materiais; Doutorado em andamento em Engenharia Metalúrgica e de Materiais; Pesquisador Assistente de Pesquisa III do Instituto de Pesquisas da Marinha. Raquel Tonioli Arantes do Nascimento Graduação em Pedagogia; Especialização em Psicopedagogia; Doutorado em andamento em Neurociência do Comportamento; Professor Titular da Universidade Presbiteriana Mackenzie. Reinaldo Monteiro Marques Graduação em Educação Física; Graduação em Pedagogia; Graduação em Fisioterapia; Especialização: em Técnico Desportivo de Especialização em Voleibol, em Técnico Desportivo de Especialização em Basquetebol, em Fisioterapia Desportiva; Mestrado em Odontologia; Doutorado em Biologia Oral; Coordenador Aperfeiçoamento Fisio Esportiva da Universidade do Sagrado Coração.

Richard José da Silva Flink Graduação em Engenharia Quimica; Especialização em: Engenharia de Açúcar e Álcool, em Administração de Empresas, em em Engenharia de Produção; Mestrado em Engenharia Industrial; Doutorado em Administração de Empresas; Atua no Instituto de Aperfeiçoamento Tecnológico. Verano Costa Dutra Farmacêutico Industrial; Habilitação em Homeopatia; Mestrado em Saúde Coletiva; Editor da Revista Espaço Científico Livre; Coordenador da Espaço Científico Livre Projetos Editoriais; Docente da Faculdade Pitágoras de Guarapari.

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COLABORADORES EDIÇÃO COLABORADORES DESTA EDIÇÃO EQUIPE REVISTA ESPAÇO CIENTÍFICO LIVRE

Verano Costa Dutra Editor e revisor – Farmacêutico, com habilitação em Homeopatia e Mestre em Saúde Coletiva pela UFF – espacocientificolivre@yahoo.com.br Monique D. Rangel Dutra Editora da Espaço Científico Livre Projetos Editoriais - Graduada em Administração na UNIGRANRIO Verônica C.D. Silva Revisão - Pedagoga, Pós-graduada em Gestão do Trabalho Pedagógico: Orientação, Supervisão e Coordenação pela UNIGRANRIO

AUTORES Fábio José Gomes de Sousa Bacharel em Ciências da Computação

Janaide Nogueira de Sousa Bacharel em Sistema de Informação

Francisco Célio da Silva Santiago Pedagogo

Katiane Murgia Flegler Farmacêutica Generalista

Giorgia Gomes Pereira Farmacêutica Bioquímica e professora da Escola Superior São Francisco de Assis. Especialista em Homeopatia e em Supervisão Escolar e Formação de Formadores

Mariana Alves de Souza Farmacêutica Generalista

Ramon Correa Paludo Graduado como Técnico em Meio Ambiente do Centro Estadual de Educação Profissional Newton Freire Maia. Atua com Indianara Zanatta Borgonovo Graduada como Técnica em Meio Ambiente do gestão de meio ambiente e controle de qualidade na empresa RC Paludo Centro Estadual de Educação Profissional Newton Freire Maia e em Comunicação Social Gastronomia com habilitação em Jornalismo pela Rhyan Ximenes de Brito Universidade Tuiuti do Paraná. Analista de Bacharel em Ciências da Computação Comunicação na Organização da Sociedade Civil (OSC) Instituto Tibagi

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LEIA E BAIXE GRATUITAMENTE O LIVRO DIGITAL O ARQUITETO EM FORMAÇÃO NA ERA DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL OS NOVOS PARADIGMAS DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL NO ENSINO DA ARQUITETURA E URBANISMO

de Cátia dos Santos Conserva O desenvolvimento traz ao mundo, além de conforto e comodidade, danos muito sérios ao meio ambiente pela maneira displicente pela qual fazemos usos dos recursos da terra. O Brasil, inserido em um mundo em pleno desenvolvimento, enfrenta o desafio de educar sua população para formar cidadãos comprometidos com a sustentabilidade em seus aspectos social, econômico e ambiental. Com a Revolução Industrial e o crescimento das cidades, os paradigmas mudaram, de uma visão ecocêntrica passamos para a busca de uma visão mais complexa, a visão da sustentabilidade. Nesse cenário, esse livro apresenta e analisa uma proposta de inserção da Educação Ambiental em uma comunidade acadêmica, na Asa Sul, Brasília-DF.

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LEIA E BAIXE GRATUITAMENTE O LIVRO DIGITAL A QUESTÃO RACIAL COMO EXPRESSÃO DA QUESTÃO SOCIAL UM DEBATE NECESSÁRIO PARA O SERVIÇO SOCIAL

de Renata Maria da Conceição Este livro tem como objetivo contribuir com o debate acerca da temática da questão étnicoracial no processo de formação em Serviço Social. Essa temática se apresenta relevante para um exercício profissional comprometido com a questão social e com a garantia dos direitos humanos. A pesquisa buscou analisar se a questão étnico-racial está inserida no processo de formação profissional em Serviço Social, com ênfase para identificar a percepção de estudantes do curso de Serviço Social da Universidade de Brasília – UnB sobre a temática étnico-racial como expressão da questão social. A pesquisa realizada justifica-se pelo fato da questão racial ser uma demanda presente no cotidiano do fazer profissional do assistente social.

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LEIA E BAIXE GRATUITAMENTE O LIVRO DIGITAL ESTUDO DA USINABILIDADE DO POLIETILENO DE ULTRA ALTO PESO MOLECULAR PELA ANÁLISE DA FORÇA DE CORTE de Luiz Otávio Corrêa & Marcos Tadeu Tibúrcio Gonçalves Este livro teve o objetivo realizar um estudo do desempenho do corte do material Polietileno de Ultra Alto Peso Molecular (UHMWPE), em operação de torneamento, através da medição da força principal de corte, analisando-se a influência dos seguintes parâmetros: avanço, velocidade de corte, profundidade de corte e geometria da ferramenta. A medição da força de corte foi feita por um dinamômetro conectado ao sistema de aquisição de dados, durante a usinagem realizada em um torno mecânico horizontal. A partir dos resultados obtidos, foi possível indicar as condições de corte mais adequadas em relação aos valores da força de corte medidas, para as condições de qualidade superficial aceitáveis em operações de desbaste.

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Produção da proteína recombinante Fator IX da coagulação sanguínea humana em células de mamífero de Andrielle Castilho-Fernandes, Lucinei Roberto de Oliveira, Marta Regina Hespanhol, Aparecida Maria Fontes & Dimas Tadeu Covas

Esse livro mostra a potencialidade do sistema retroviral para a expressão do FIX humano em linhagens celulares de mamífero e a existência de peculiaridades em cada linhagem as quais podem proporcionar diferentes níveis de expressão e produção do FIX biologicamente ativo. Além de estabelecer toda a tecnologia para geração de linhagens celulares transgênicas produtoras de rFIX e futuros estudos em modelos animais poderão ser conduzidos para a elucidação minuciosa da molécula recombinante rFIX gerada.

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FLUXO DE CO2 DE VEGETAÇÃO INUNDADA POR REPRESAMENTO – QUANTIFICAÇÃO PRÉ ALAGAMENTO de André Luís Diniz dos Santos, Mauricio Felga Gobbi, Dornelles Vissotto Junior & Nelson Luis da Costa Dias Alguns estudos recentes indicam que lagos de usinas Hidrelétricas podem emitir quantidades significativas de gases de efeito estufa, pela liberação de dióxido de carbono oriundo da decomposição aeróbica de biomassa de floresta morta nos reservatórios que se projeta para fora da água, e pela liberação de metano oriundo da decomposição anaeróbica de matéria não-lignificada. No entanto, para quantificar a quantidade de gases de efeito estufa liberada para a atmosfera devido ao alagamento por barragens, é necessário quantificar também o fluxo de gás carbônico da vegetação que ali estava anteriormente ao represamento. Este trabalho procura descrever um método para calcular o fluxo de gás carbônico da vegetação antes de ser alagada, utilizando o SVAT de interação superfície vegetação-atmosfera conhecido como ISBA baseado em Noilhan e Planton (1989); Noilhan e Mahfouf (1996).

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LEIA E BAIXE GRATUITAMENTE O LIVRO DIGITAL CARACTERÍSTICAS SÓCIODEMOGRÁFICAS DO PROJETO DE ASSENTAMENTO RECANTO DA ESPERANÇA EM MOSSORÓ/RN de Maxione do Nascimento França Segundo & Maria José Costa Fernandes Este livro analisa os aspectos sóciodemográficos do Projeto de Assentamento Recanto da Esperança, situado no município de Mossoró, no Estado do Rio Grande do Norte (RN).

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AGRICULTURA FAMILIAR E AGROECOLOGIA:

UMA ANÁLISE DA ASSOCIAÇÃO DOS PRODUTORES E PRODUTORAS DA FEIRA AGROECOLÓGICA DE MOSSORÓ (APROFAM) - RN de Eriberto Pinto Moraes & Maria José Costa Fernandes Este livro faz uma análise da agricultura familiar e da agroecologia praticada pela Associação dos Produtores e Produtoras da Feira Agroecológica de Mossoró (APROFAM) no Município de Mossoró (RN).

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LEIA E BAIXE GRATUITAMENTE O LIVRO DIGITAL Metodologia do ensino da matemática frente ao paradigma das novas tecnologias de informação e comunicação: A Internet como recurso no ensino da matemática de Paulo Marcelo Silva

Rodrigues Este livro analisa alguns exemplos de recursos encontrados na Internet, ligados a área da Matemática. Especialmente, os aspectos pedagógicos dos mesmos, com o intuito de contribuir para o aperfeiçoamento das relações entre professor e aluno.

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CONSTRUÇÕES GEOGRÁFICAS: teorizações, vivências e práticas

Organizadores: Josélia Carvalho de Araújo Maria José Costa Fernandes Otoniel Fernandes da Silva Júnior

Este livro pretende ser uma fonte na qual os profissionais da geografia podem encontrar diversas possibilidades de não apenas refletirem sobre, mas de serem efetivos sujeitos de novas práticas e novas vivências, frente às novas configurações territoriais que se apresentam no mundo atual, marcada por processos modernos e pós-modernos.

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O RINGUE ESCOLAR:

O AUMENTO DA BRIGA ENTRE MENINAS de Maíra Darido da Cunha

Esta obra contextualiza historicamente as relações de gênero ao longo da história; identificando em qual gênero há a maior ocorrência de brigas; assim como, elencar os motivos identificados pelos alunos para a ocorrência de violência no ambiente escolar.

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LEIA E BAIXE GRATUITAMENTE O LIVRO DIGITAL O HOMEM, A MORADIA E AS ÁGUAS: A CONDIÇÃO DO “MORAR NAS ÁGUAS” de Moacir Vieira da Silva & Josélia Carvalho de Araújo

Este livro é um estudo que objetiva analisar as imposições socioeconômicas inerentes à condição do “morar” numa área susceptível a alagamentos, no bairro Costa e Silva, Mossoró/Rio Grande do Norte.

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Mulheres Negras:

Histórias de Resistência, de Coragem, de Superação e sua Difícil Trajetória de Vida na Sociedade Brasileira de Adeildo Vila Nova & Edjan Alves dos Santos O desafio de estudar a trajetória de mulheres negras e pobres que em sua vida conseguiram romper as mais diversas adversidades e barreiras para garantir sua cidadania, sua vida, foi tratada pelos jovens pesquisadores com esmero, persistência e respeito àquelas mulheres “com quem se encontraram” para estabelecer o diálogo que este livro revela nas próximas páginas, resultado do Trabalho de Conclusão de Curso para graduação em Serviço Social.

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LEIA E BAIXE GRATUITAMENTE O LIVRO DIGITAL AVALIAÇÃO DO POTENCIAL BIOTECNOLÓGICO DE PIGMENTOS PRODUZIDOS POR BACTÉRIAS DO GÊNERO Serratia ISOLADAS DE SUBSTRATOS AMAZÔNICOS de Raimundo Felipe da Cruz Filho & Maria Francisca Simas Teixeira Existem diversos pigmentos naturais, principalmente de origem vegetal, mas poucos estão disponíveis para aproveitamento industrial, pois são de difícil extração, custo elevado no processo de extração ou toxicidade considerável para o homem ou meio ambiente. A atual tendência por produtos naturais promove o interesse em explorar novas fontes para a produção biotecnológica de pigmentos para aplicação na indústria. Este trabalho teve como objetivo a identificação de espécies de Serratia, e entre estas, selecionar uma produtora de maior quantitativo de pigmentos de importância para a indústria alimentícia e farmacêutica.

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LEIA E BAIXE GRATUITAMENTE O LIVRO DIGITAL Moluscos e Saúde Pública em Santa Catarina:

subsídios para a formulação estadual de políticas preventivas sanitaristas

de Aisur Ignacio Agudo-Padrón, Ricardo Wagner Ad-Víncula Veado & Kay Saalfeld O presente trabalho busca preencher uma lacuna nos estudos específicos e sistemáticos sobre a ocorrência e incidência/ emergência geral de doenças transmissíveis por moluscos continentais hospedeiros vetores no território do Estado de Santa Catarina/SC, relacionadas diretamente ao saneamento ambiental inadequado e outros impactos antrópicos negativos ao meio ambiente.

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Métodos de Dimensionamento de Sistemas Fotovoltaicos: Aplicações em Dessalinização de Sandro Jucá & Paulo Carvalho A presente publicação apresenta uma descrição de dimensionamento de sistemas fotovoltaicos autônomos com três métodos distintos. Tendo como base estes métodos, é disponibilizado um programa de dimensionamento e análise econômica de uma planta de dessalinização de água por eletrodiálise acionada por painéis fotovoltaicos com utilização de baterias. A publicação enfatiza a combinação da capacidade de geração elétrica proveniente da energia solar com o processo de dessalinização por eletrodiálise devido ao menor consumo específico de energia para concentrações de sais de até 5.000 ppm, com o intuito de contribuir para a diminuição da problemática do suprimento de água potável. O programa proposto de dimensionamento foi desenvolvido tendo como base operacional a plataforma Excel® e a interface Visual Basic®.

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Digitalização de Arquivos Eclesiásticos: Metodologia e Proposta de Sistema de Gestão SCAN CHURCH ARCHIVES: METHODOLOGY AND PROPOSALMANAGEMENT SYSTEM

Francisco Célio da Silva Santiago Pedagogo Tianguá, CE E-mail: celio.santiago@ifce.edu.br Rhyan Ximenes de Brito Bacharel em Ciências da Computação Tianguá, CE E-mail: rhyan.brito@ifce.edu.br Janaide Nogueira de Sousa Bacharel em Sistema de Informação Tianguá, CE E-mail: janaide@hotmail.com

SANTIAGO, F. C. da S.; BRITO, R. X. de; SOUSA, J. N. de. Digitalização de Arquivos Eclesiásticos: Metodologia e Proposta de Sistema de Gestão. Revista Espaço Científico Livre, Duque de Caxias, v. 05, n. 01, p. 27-48, fev.-mar., 2015.

RESUMO Este trabalho científico é uma iniciativa para preservar, informatizar e permitir o acesso aos conteúdos dos livros dos arquivos eclesiásticos. O projeto piloto acontece no arquivo diocesano da cidade de Tianguá – Ceará a 320 Km de Fortaleza. O processo de digitalização, através de fotos, foi iniciado em 2007 nos sete livros de registros de óbitos do período de 1875 a 1903. Pretende-se agora dar continuidade com a digitalização de todos

os livros que pertencem ao século XVIII. A intenção principal é facilitar as pesquisas no arquivo diocesano de Tianguá através de um Banco de Dados e do acesso ao conteúdo digitalizado sem a necessidade de manusear os antigos livros de registros. Busca-se desenvolver um sistema de arquivos eclesiásticos para o uso da Igreja, e especialmente como fonte de informações para a pesquisa, consulta e estudos.

Palavras-chave: Digitalização. Arquivo eclesiástico. Banco de dados.

27


ABSTRACT This scientific work is an initiative to preserve, computerize and allow access to the contents of the books of ecclesiastical archives. The pilot project is in the diocesan archive of the city of Tianguá - Ceará to 320 km from Fortaleza. The process of scanning through photos was started in 2007 in the seven books of records of deaths in the period 1875 to 1903. Now intends to continue with scanning of all

books belonging to the eighteenth century. The main intention is to facilitate research in the diocesan archive Tianguá through a database and of scanning without the need to deal with the old books. Search up to develop a system of ecclesiastical archives for the use of the Church, and especially as a source of information for research, consultation and studies.

Keywords: Scanning. Ecclesiastical file. Database.

1. INTRODUÇÃO

s avanços tecnológicos, o incremento das necessidades administrativas,

O

jurídicas, científicas e os complexos sistemas burocráticos são responsáveis pelo grande aumento da produção de documentos significativos para o

presente e o futuro. Seu armazenamento cumulativo integral torna-se impossível. Para a pesquisa, seja histórica, social ou científica, ainda que se servindo de recursos da informática, não daria conta de um número tão grande de dados brutos.

Qualquer que seja o tipo de registro, ele se constitui um documento, ou seja, um conjunto de informações registradas em um suporte. Para que esse cumpra sua função social é necessário que esteja organizado, seja preservado e acessível (SANTIAGO, 2010).

Os arquivos diocesanos ou arquivos eclesiásticos constituem uma valiosa fonte social, histórica e cultural de informação para a a sociedade e, consequentemente, para a pesquisa acadêmica. Com o desenvolvimento da Informática, dos softwares e hardwares, faz-se necessário utilizar os mecanismos atuais para a preservação dessa fonte de informação original.

No estado do Ceará há nove dioceses todas com seus arquivos repletos de livros de registros de batismo, casamento, óbitos, crismas, tombos dentre outros, reunindo informações importantes para o desenvolvimento de pesquisas nos mais diversos campos do conhecimento histórico e social.

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A Diocese de Tianguá, criada em 1971, tem sua sede na cidade de Tianguá a 320 Km de Fortaleza. Eclesiasticamente é formada por 17 paróquias, 4 áreas missionárias e 3 áreas pastorais.

O arquivo diocesano de Tianguá contém 412 livros de registros. O mais antigo é o livro de batismo da paróquia de Viçosa do Ceará que data do ano de 1766 (DIOCESE DE TIANGUÁ, 2006).

Na lei brasileira nº 8.159, de 8 de janeiro de 1991, que trata sobre a política nacional de arquivos públicos e privados, no artigo 16 afirma que os registros civis de arquivos de entidades religiosas produzidos anteriormente à vigência do código civil (1916) ficam identificados como de interesse público e social (BRASIL, 1991).

Os arquivos com registros que tenham suas datas antes da proclamação da República do Brasil, em 1889, têm um valor social e jurídico importantíssimo, pois no período colonial e imperial não havia cartório para registro civil.

O que fundamenta e incentiva a finalidade deste projeto é a preservação digital do arquivo diocesano de Tianguá, cuja semente foi a pesquisa iniciada com a digitalização dos livros de registros dos óbitos do período de 1875 a 1903 e que se faz necessário a abrangência para outros livros.

2. ORIGEM DOS ARQUIVOS

A

origem histórica dos arquivos remonta ao início da escrita, nas civilizações

do Médio Oriente, há cerca de 6 mil anos. O histórico dos arquivos é dividido em quatro períodos: época dos arquivos de palácio, que corresponde em

termos gerais à Antiguidade; a época dos cartórios, nos séculos XII a XVI; a época dos arquivos como arsenal de autoridade, que se estende por todo o século XVI ao XIX; e a época dos arquivos como laboratório da história, desde o início do século XIX até meados do século XX (MUNDET, 1994).

Na Bíblia encontra-se no livro de Esdras, capítulo 6, versículo 1, escrito entre 456 e 444 a.C., que "por ordem do rei Dario, fizeram-se pesquisas nos tesouros onde estavam guardados os arquivos, na Babilônia” (BÍBLIA DE JERUSALÉM, 2002).

29


Conforme Santiago (2010) os Gregos criaram os seus arquivos por volta do ano 400 a.C. No ano 350 a.C. os documentos oficiais passam a concentrar-se no Templo de Cibele.

Em Roma, a administração do Império levou a grandes progressos no domínio dos arquivos. Certos critérios usados na organização de arquivos pelos Romanos continuam ainda hoje válidos. Criaram uma rede de serviços e um corpo profissional especializado. Além dos Arquivos Centrais, instituíram a criação de um arquivo próprio para cada corpo de magistrados.

Os arquivos do início da Idade Moderna trouxeram em si, a influência daqueles que se formaram durante o declínio das civilizações desenvolvidas na Antiguidade e na Idade Média, sendo dotados de uma visão exclusivista de guarda dos documentos, enquanto instrumentos da administração, para uso restrito do governo. Essa concepção dos arquivos prevaleceu até o final do século XVIII (CÔRTES, 1996).

É nesta época que surgem os arquivos eclesiásticos provenientes das classes religiosas, de ordem eclesiástica. Guardavam documentos relacionados com a Igreja e documentos relativos à dinastia.

No final do séc. XII, começa a aparecer arquivos não eclesiásticos, surgindo no inicio do Séc. XIV os primeiros Arquivos Estatais. Com o Iluminismo, os arquivos passam a ser fontes de pesquisas relacionadas com a história e de nível acadêmico.

Na Idade Moderna se intensificou a acumulação de documentos provindos de arquivos distintos para um mesmo depósito, como é exemplo o da Companhia de Jesus. Concentram toda a documentação provinda de diversas cortes, secretarias de Estado, administração regionais e protocolos notariais.

Em 1789, a Revolução Francesa trouxe algumas consequências a nível arquivístico, no que diz respeito à fundação de um arquivo central que pertencia ao Estado. Este arquivo denominava-se Arquivo da Nação, até então eram arquivos do rei e era, somente ele, quem determinava quem é que podia consultar os Arquivos do Estado, conforme os seus interesses.

30


A partir do século XX, os arquivos abriram-se à administração, aos cidadãos e aos pesquisadores de diferentes áreas e, à frente desses, fez-se necessária a presença de profissionais preparados a responder às expectativas e necessidades dos usuários que buscam informações para a elaboração de seus trabalhos. Nos arquivos, o conteúdo informacional dos documentos diz respeito às atividades dos respectivos produtores, mas, como em qualquer outra instituição, a preocupação com a organização e disponibilização das informações é a tônica que prevalece (CALDERON, 2004).

2.1. ARQUIVOS E IGREJA

A atividade de arquivar documentos está presente desde os primórdios da Igreja. Os primeiros concílios provinciais e sínodos diocesanos a prescreverem inventários dos bens eclesiásticos datam do século XIV. Leis gerais sobre arquivos eclesiásticos começaram com o Concílio de Trento (1545-1563). Dele vieram as normas para os registros de batismos e casamentos.

O papa Bento XIII, em 1727, publicou a constituição "Maxima Vigilantia", tratado de arquivística que fundamentou a legislação eclesiástica atual sobre o assunto, contida no Código de Direito Canônico. Este, desde 1917, apresentou normas gerais para a criação, construção, conservação e acesso dos arquivos. Nesta matéria, o novo código, de 1983, pouco alterou os dispositivos do anterior.

A elaboração dos documentos eclesiásticos no Brasil, em algumas dioceses, esteve ligada ao regime do Padroado. Por ele, os monarcas dispunham do direito de administrar assuntos religiosos, subordinando as necessidades da Igreja aos interesses da Coroa de Portugal.

Pelo Decreto 119A, de 7 de janeiro de 1890, o governo republicano brasileiro extinguiu o Padroado e separou a Igreja do Estado.

Os arquivos eclesiásticos no Brasil são os que reúnem a documentação produzida pelas instituições da Igreja Católica no Brasil: dioceses, cabidos, ordens religiosas, irmandades, associações católicas diversas, incluindo mais recentemente, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e a Conferência dos Religiosos do Brasil (CRB), com os seus regionais e organismos.

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Outras igrejas também têm seus arquivos particulares com registros de membros, atividades missionárias e administrativas.

O maior volume de documentos conservados pela Igreja no Brasil é constituído pelos registros paroquiais ou assentamentos de batizados, casamentos, óbitos, crismas e tombos. São os únicos registros de pessoas até a segunda metade do séc. XIX.

Os arquivos eclesiásticos, diferente das bibliotecas, recolhem quase sempre documentos únicos no seu gênero, que constituem as fontes principais da pesquisa histórica através dos registros diretos dos eventos e os atos das pessoas. A sua perda ou a sua destruição, invalidando a investigação objetiva sobre os fatos e impedindo a aquisição das experiências precedentes, compromete a transmissão dos valores culturais e religiosos (BELLOTTO, 2007).

A documentação contida nos arquivos é um patrimônio que deve ser conservado para ser transmitido e utilizado. A sua consulta, com efeito, permite a reconstrução histórica duma determinada diocese e da sociedade a ela contextualizada. Nesse sentido, os escritos da memória são um bem cultural vivo (SANTIAGO, 2010).

Os arquivos são um bem cultural de grande importância, cuja peculiaridade está em registrar o percurso feito ao longo dos séculos pela Igreja em cada uma das realidades que a compõem. Enquanto lugares da memória devem recolher sistematicamente todos os dados com que é escrita a articulada história da comunidade eclesial, para oferecer a possibilidade de uma conveniente avaliação daquilo que se fez, dos resultados obtidos, das omissões e dos erros (BELLOTTO, 2007).

O atual Código de Direito Canônico da Igreja Católica (1983), tal como o seu precedente de 1917, dá orientações para conservação e valorização das fontes arquivísticas.

O bispo diocesano cuide que os atos e documentos dos arquivos, também das igrejas catedrais, colegiadas, paroquiais e outras existentes em seu território, sejam diligentemente conservados e se façam inventários ou catálogos, em duas cópias, uma das quais se conserve no respectivo arquivo e a outra no arquivo diocesano. Cuide também o bispo diocesano que haja na diocese o arquivo histórico, e que os

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documentos que têm valor histórico sejam diligentemente guardados e ordenados sistematicamente (SANTIAGO, 2010).

O próprio bispo diocesano, conforme o cânon. 491 § 3, deve além disso, prover esse arquivo de um regulamento que lhe permita o funcionamento correto em relação à sua finalidade específica.

A inventariação do acervo do arquivo diocesano é fundamental para a consulta do patrimônio arquivístico, como, aliás, dispõem os cânones 486 § 3 e 491 § 1 (SANTIAGO, 2010). Ele tornará possível a produção de outros instrumentos úteis à consulta tais como catálogos, resumos e índices.

Os arquivos, enquanto bens culturais são oferecidos antes de mais ao usufruto da comunidade que os produziu, mas com o passar do tempo assumem uma destinação universal, tornando-se patrimônio da humanidade inteira. Com efeito, o material depositado não pode ser impedido àqueles que podem tirar proveito dele, a fim de conhecer a história do povo cristão, as suas vicissitudes religiosas, civis, culturais e sociais (PONTIFÍCIA..., 1997).

A preocupação da Igreja e os objetivos desta pesquisa têm o mesmo escopo, isto é, conservar este valioso patrimônio, a fim de permitir seu acesso e consulta a essa herança cultural. 3. SISTEMA PARA GESTÃO DE ARQUIVO ECLESIÁSTICO

U

m Sistema para Gestão de Arquivo Eclesiástico (SIGAE) é um conjunto de procedimentos e operações técnicas, característico do sistema de gestão arquivística de documentos, processado por computador. Pode compreender

um software particular, um determinado número de softwares integrados, adquiridos ou desenvolvidos por encomenda, ou uma combinação desses (CÓDIGO DE DIREITO CANÔNICO, 1983).

É um sistema informatizado de gestão arquivística dos livros de batismo, matrimônio, crisma, óbitos, tombo e outros documentos e como tal sua concepção tem que se dar a partir da implementação de uma política arquivística no órgão ou entidade.

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Um SIGAE inclui operações de captura de documentos, classificação, controle de versões, controle sobre os prazos de guarda e destinação, armazenamento seguro e procedimentos que garantam o acesso e a preservação a médio e longo prazo de documentos arquivísticos digitais e não digitais confiáveis e autênticos.

No caso dos documentos digitais, um SIGAE deve abranger todos os tipos de documentos arquivísticos digitais da diocese, paróquia ou entidade eclesiástica, ou seja, textos, imagens fixas e em movimento, gravações sonoras, mensagens de correio eletrônico, páginas Web, bases de dados, dentre outras possibilidades de um vasto repertório de diversidade crescente.

Se for híbrido, o SIGAE deve ser capaz de gerenciar simultaneamente os documentos digitais e os convencionais. No caso dos documentos convencionais o sistema registra apenas as referências sobre os documentos e, no caso dos documentos digitais, a captura, o armazenamento e o acesso que pode ser feito por meio dele. Entretanto, como a quantidade de livros de registros em um arquivo diocesano é volumosa, sugere-se que o SIGAE referencie o local e a mídia onde o registro está digitalizado.

Esse tipo de sistema específico para arquivo eclesiástico deve ter, como características, alguns dos seguintes requisitos arquivísticos, fundamentando-se nas orientações do Conselho Nacional de Arquivos do Brasil (CONARQ) (PONTIFÍCIA..., 1997):

a) captura, armazenamento, indexação e recuperação de todos os tipos de documentos arquivísticos; b) captura, armazenamento, indexação e recuperação de todos os componentes digitais do documento arquivístico como uma unidade complexa; c) gestão dos documentos a partir do plano de classificação para manter a relação orgânica entre os documentos; d) implementação de metadados associados aos documentos para descrever os contextos

desses

mesmos

documentos

(jurídico-administrativo,

de

proveniência, de procedimentos, documental e tecnológico); e) integração entre documentos digitais e convencionais; f) foco na manutenção da autenticidade dos documentos; g) avaliação e seleção dos documentos para recolhimento e preservação daqueles considerados de valor permanente;

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h) aplicação de tabela de temporalidade e destinação de documentos; i)

transferência e o recolhimento dos documentos por meio de uma função de exportação.

j)

gestão de preservação dos livros de registros.

Esses requisitos se dirigem a todos que fazem uso de sistemas informatizados como parte do seu trabalho rotineiro de produzir, receber, armazenar e acessar documentos arquivísticos. Um SIGAE inclui um sistema de protocolo informatizado dentre outras funções da gestão arquivística de documentos.

Todas essas atividades poderão ser desempenhadas pelo SIGAE, o qual, tendo sido desenvolvido em conformidade com os requisitos acima apresentados, conferirá credibilidade à produção e à manutenção de documentos arquivísticos.

O sucesso de um Sistema de Informação para Gestão de Arquivo Eclesiástico dependerá fundamentalmente da implementação prévia de um programa de gestão arquivística de documentos.

A especificação dos requisitos para um Sistema de Informação de Gestão Arquivística é estabelecida pelo CONARQ através da Câmara Técnica de Documentos Eletrônicos. As orientações, chamada de e-ARQ Brasil, estabelecem um conjunto de condições a serem cumpridas pela instituição que produz ou recebe os documentos, pelo sistema de gestão arquivística, a fim de garantir a sua confiabilidade e autenticidade, assim como seu acesso.

O e-ARQ Brasil orienta, ainda, para o estabelecimento de critérios de metadados para ser um suporte auxiliar no processo de preservação da fidedignidade e autenticidade dos documentos eletrônicos tanto no gerenciamento tradicional quanto no digital.

A Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO) e o Conselho Internacional de Arquivos (ICA), assim como o CONARQ, têm documentos que orientam para a preservação do patrimônio arquivístico digital. Nessas orientações, um dos principais requisitos para a utilização de sistemas baseados em padrões e protocolos abertos, está em consonância com os objetivos do software livre e o de código aberto.

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3.1. SOFTWARES LIVRES PARA USO NA ARQUIVÍSTICA

Durante a consulta bibliográfica do projeto, analisou-se cinco softwares livres desenvolvidos para a gestão arquivística. Entretanto nenhum deles eram voltados especificamente para arquivos eclesiásticos.

A investigação foi fundamentada na pesquisa de João Tiago Jesus Santos e Lídia Maria Batista Brandão Toutain que publicaram um artigo, em 2007, com a análise de cinco softwares livres sob a luz da teoria arquivística, considerando as características de tratamento

documental fundamentadas pela Arquivologia. A pesquisa revelou,

principalmente, iniciativas internacionais, pois a oferta de projetos brasileiros nesta área e com uso de software livre é tímida, situação essa que ainda continua 7 anos depois.

Os cinco softwares livres analisados foram:

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Características

Software

Iniciativa alemã. Trabalha apenas com formatos de padrões abertos tais como o PDF. Santos e Toutain (2007) observaram que não tem uma estrutura de ArchivistaBox

metadados arquivísticos adequada na versão analisada na época. De uma forma geral, concluíram que o programa é razoável naquilo que se propõe a executar, apesar de não possuir alguns requisitos arquivísticos fundamentais. Atualmente tem uma versão online que pode ser acessado em alemão, inglês, francês e italiano (http://www.freearchives.ch/demo). Este software possui seu banco de dados em ambiente MySQL. Tem versões

KnowledgeTree

para Windows e Linux, freeBSD e Solaris. Na época, o programa foi considerado bem desenvolvido ergonomicamente, aceitável para as rotinas de gestão de documentos. Em 2012, deixou de ser open source. Este software francês faz o gerenciamento de documentos de arquivo através de módulos de classificação, indexação e recuperação de registros. Santos e

Maarch

Toutain (2007) definiram que, do ponto de vista ergonômico, o programa é aceitável, embora a interface necessitasse de melhorias. Na questão arquivística, os pesquisadores o consideraram incipiente. A versão atual é a 1.4 (http://www.maarch.org). É uma iniciativa norte-americana. O software é capaz de suportar planos de classificação mais estruturados, pois possui módulos para o monitoramento de documentos e mecanismos desenvolvidos para a definição de acesso especial

OWL

a seções restritas. As funções de pesquisa, localização e apresentação de registros são bem executadas, apesar dos módulos de pesquisa, na versão 0.91, ainda não aceitar o método booleano. A versão atual é 1.12 (http://www.doxbox.ca/). Outro Software francês que tem como objetivo principal o gerenciamento de documentos eletrônicos. Santos e Toutain (2007) afirmaram que apesar de ser

Openged

muito semelhante com o software Maarch, o Openged leva vantagem na interface e nas funcionalidades de administração dos documentos. A empresa NAOS Technologies está atualmente com o software. Quadro 1 – Softwares Livres arquivísticos Fonte: (SANTOS; TOUTAIN, 2007)

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3.2. DigitArq O software português DigitArq foi desenvolvido pelo Arquivo Distrital do Porto – Portugal sob a administração da Direção-Geral de Arquivos e coordenação técnica da Universidade do Minho. Teve como objetivo a simplificação e otimização do trabalho num arquivo definitivo tanto ao nível operacional como ao nível da gestão, característica que se identifica com a proposta desta pesquisa para os arquivos eclesiásticos.

DigitArq foi uma plataforma livre e gratuita composta por seis aplicações distintas desde a produção de auxiliares de pesquisa, à publicação na Web do catálogo de descrição e objetos digitais, passando pela digitalização e gestão de produtividade. O software baseiava-se em quatro normas internacionais de arquivística:

ISAD(G) - International Standard Archival Description EAD - Encoded Archival Description ISAAR - International Standard Archival Authorities Records (Corporate, Persons, Families) EAC - Encoded Archival Context

O DigitArq foi descontinuado. A empresa Keep Solution desenvolveu um produto derivado designado Archeevo.

Atualmente o Arquivo Nacional Torre do Tombo ainda utiliza uma versão do digitArq disponibilizada na Web (http://digitarq.dgarq.gov.pt/). 4. METODOLOGIA

A

o pretender tornar o arquivo diocesano de Tianguá aberto para pesquisas, este trabalho foi iniciado com a consulta bibliográfica qualitativa referente a arquivos e a utilização da Tecnologia da Informação na gestão desses

arquivos para compor o quadro teórico acerca do assunto. O conteúdo interdisciplinar provocou consultas desde a Arquivística, Patrimônio, Comunicação, Diplomática, Bancos de Dados e Tecnologia da Informação.

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Na fase de análise dos livros de óbitos, pretendeu-se conhecer as condições físicas dos livros, pois muito deles estão parcial ou totalmente deteriorados, impossibilitando o manuseio e a digitalização. Esta fase também será necessária para os livros do século XVIII.

A escolha dos livros de óbitos para iniciar o projeto foi porque nos registros desses livros estão informações interessantes para o desenvolvimento de vários tipos de pesquisas, desde as da área de linguística à sociológica.

A digitalização através de foto digital foi a escolhida pelo fato de ser a mais acessível e menos onerosa para a execução. Em testes realizados, usou-se um tripé e uma câmera digital de 10.2 mega pixels. O livro fica sobre uma mesa e a estrutura tripécâmera fica fixa a uma altura de 50 cm superior à da mesa no plano paralelo.

Figura 1 – Disposição do tripé-câmera e livro Fonte: SANTIAGO (2010)

A máquina digital utilizada foi a ES55, da marca Samsung, com resolução de 10,2 Mega Pixel com um cartão de memória de 4 GB.

Com o emprego da resolução de 10,2 mega pixels nas fotos, ressalta-se que o resultado final e a qualidade ficou superior às orientações do Conselho Nacional de Arquivos (CONARQ). As fotos foram transferidas para um computador da chancelaria diocesana e gravadas em CD.

O flash da máquina digital foi utilizado em todas as fotos. Para que não houvesse a possibilidade da bateria da ES55 descarregar durante a digitalização, a máquina ficava com o recarregador da bateria ligado durante todo o processo.

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Segundo o CONARQ, o uso de câmeras digitais deve garantir o paralelismo necessário à uma boa qualidade da imagem digital gerada, além de sistemas de iluminação artificial compatíveis, necessariamente com baixa intensidade de calor e o mínimo de tempo de exposição necessário para não comprometer o estado de conservação dos documentos arquivísticos originais (CONARQ, 2006).

As dimensões das fotos, utilizando a resolução máxima da máquina ES55, ficaram com 3648 por 2736, muito superior ao recomendado pelo CONARQ. Cada foto, em média, ficou com tamanho de 4,5 MB. O formato de gravação foi o JPEG. Nesse ponto o projeto foi contra a recomendação do Conselho Nacional de Arquivos que orienta utilizar o formato TIFF.

O motivo para o uso do formato JPEG é que este é o padrão nativo da máquina ES55. Para não modificar as propriedades da matriz digital através de software de conversão JPEG para TIFF, resolveu-se manter o formato e utilizar a resolução máxima da máquina, o que não comprometeu a qualidade das fotos digitais.

Recomenda-se a adoção de resolução entre 300 a 600 dpi, sendo a resolução de 300 dpi a menor possível para a obtenção de um representante digital com capacidade de reproduzir o original em escala 1:1. A adoção de resolução acima de 300 dpi implicará, portanto, na criação de matrizes digitais com maior tamanho em bits e maior espaço de armazenamento (CONARQ, 2006).

As fotos iniciavam com a capa e do adesivo de identificação do livro. Em seguida, no plano paralelo, livro e máquina, as fotos eram realizadas. Essa disposição permitiu que a foto capturasse o livro aberto, isto é, cada foto mostra duas folhas, frente e verso de folhas distintas, respectivamente.

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Figura 2 – Digitalização do livro 245 Fonte: (SANTIAGO, 2010)

Terminada a etapa de digitalização do livro, o conteúdo era transferido para o computador da chancelaria diocesana e para um notebook. As fotos eram armazenadas em pastas individuais com identificação L seguido do número do livro e da paróquia. Ex: L245 – São Benedito.

O tempo de digitalização e transferência das fotos foi, em média, 40 minutos. Esse tempo dependia da quantidade de folhas e do estado de conservação do livro. Aqueles que apresentavam problemas nas folhas levavam mais tempo pelo cuidado que se tomava ao manuseá-los.

O total do tempo da digitalização e transferência das 839 fotos tiradas dos sete livros de óbitos do arquivo diocesano de Tianguá foi de 15 horas, distribuídos em três dias. A utilização da máquina digital e a disposição do livro e máquina em tripé foram os fatores que permitiram essa excelente performance.

A etapa seguinte à digitalização foi a conversão das fotos no formato JPEG, em um único arquivo no formato PDF, criando assim, o livro digital.

Concomitante ao processo de digitalização ocorreu a pesquisa e análise de softwares livres específicos para a gestão arquivística. Esta etapa identificou alguns softwares e tinha como objetivo verificar a possibilidade do emprego de um deles na gestão do arquivo diocesano de Tianguá, fato que não foi possível, pois teriam que ser realizadas alterações nos programas, para isso acontecer, seria necessário contratação da empresa que desenvolveu o software, gerando custos para a pesquisa.

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A opção seguida foi a de desenvolver um protótipo de Banco de Dados próprio, seguindo as regras arquivísticas para a catalogação do conteúdo, identificação das mídias digitais e acesso aos livros digitais em formato PDF.

4.1. SOFTWARES LIVRES UTILIZADOS NA CRIAÇÃO DO LIVRO DIGITAL

O software escolhido para a composição dos livros digitais foi o PDFCreator 0.9.9 por ter seu código aberto e a licença ser da Fundação de Software Livre. Os autores são Philip

Chinery

e

Frank

Heindörfer.

http://www.sourceforge.net/projects/pdfcreator

ou

Está em

sites

disponível

em

especializados

em

downloads.

O tamanho do arquivo foi de 16,8 MB. Sua interface é em português, mas a ajuda está em inglês. Permite criptografar os PDFs gerados e concatenar arquivos, isto é, reunir vários PDFs em um único arquivo. Esta função foi muito útil, pois permitiu juntar as fotos digitais em um arquivo individual.

Ao instalar o programa é criada a impressora virtual PDFCreator. Já vem com o Ghostscript, versão 8.70, incluso. Ghostscript é um intérprete para a linguagem PostScript e para o formato PDF.

Para fazer a conversão, inicia-se selecionando as fotos e em seguida clica-se com o botão direito do mouse sobre a seleção. No menu suspenso que se abre, clica-se na opção 'Criar arquivos PDF e Bitmap com o PDFCreator'.

Surge a janela do 'Monitor de Impressão de PDF' do PDFCreator. Quando todas as fotos selecionadas estão na fila de impressão, clica-se no menu 'Documento' e na opção “Unir todos'. O PDFCreator passa a processar todas as fotos e transformá-la num arquivo único. O tempo desse processo depende da quantidade de fotos e da disponibilidade e poder de processamento do computador.

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Figura 3 - Monitor de impressão de PDF do PDFCreator Fonte: PDFCreator 0.9.9

Depois da criação do arquivo único, passa-se para a geração do arquivo PDF. Essa etapa é feita através da janela do PDFCreator que surge com a do monitor de impressão de PDF. Nessa janela, dá-se o nome do arquivo e depois clica-se no botão 'Salvar'. Na próxima janela, decide-se em qual pasta o arquivo deve ser gravado.

Figura 4 – Janela do PDFCreator Fonte: PDFCreator 0.9.9

Um leitor de PDF deve estar instalado para se ter acesso ao arquivo gerado. O leitor PDF Foxit, versão 3.0, foi o utilizado durante a implementação dos livros digitais. Ele é de

licença

livre

e

pode

ser

feito

o

download

a

partir

do

site

http://www.foxitsoftware.com.

Outra maneira de fazer a conversão é, depois de selecionadas as fotos, clicar com o botão direito do mouse sobre elas e escolher a opção 'Imprimir'. Este processo apresentou erro interno no software PDFCreator todas às vezes que o número de fotos selecionadas era superior a 55. Para não ocorrer o erro, selecionou-se blocos de 50 fotos.

O gerenciador de impressão do Windows envia a informação para impressora e logo em seguida a janela do PDFCreator se abre.

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Depois de criados os arquivos cada qual com os blocos de cinquenta ou menos fotos, novamente utiliza-se o PDFCreator para criar o livro digital final. Clica-se no atalho do software PDFCreator para abrir o monitor de impressão de PDF. Para adicionar os arquivos que comporão o livro digital, pode-se pressionar a tecla 'ctrl + ins' ou no botão 'Adicionar' ou ainda, ir no menu 'Documento' e clicar em 'Adicionar'.

Na janela que se abre, vai-se até o local aonde estão os arquivos PDFs das partes do livro que se quer reunir. É importante selecionar nesta janela, a opção 'Todos os arquivos' em 'Arquivo do tipo', pois, por padrão, o PDFCreator procura arquivos PostScript (ps).

Para finalizar o livro digital, clica-se em 'Documento' e na opção 'Unir todos'. O PDFCreator inicia o processamento e depois de algum tempo na fila aparecerá um único arquivo. Clica-se novamente em 'Documento' e em seguida em 'Imprimir'. Na janela que se abre dá-se o nome de identificação do livro digital e pressiona-se o botão 'Salvar'. 4.2. FRAGMENTOS DO CONTEÚDO DOS LIVROS DE ÓBITOS

Os livros do arquivo diocesano de Tianguá contêm registros interessantes para vários tipos de pesquisas, como citado. Quando o módulo de inserção de registro for desenvolvido e incluído no SIGAE, ter-se-á um valioso conjunto de dados e informações que poderão ser consultados e explorados para se chegar a um conhecimento ou comprovação de proposições, hipóteses e teses. Neste momento, o SIGAE estará plenamente completo e contribuindo para o fim a que se propôs: democratização e disseminação do conhecimento.

A seguir, transcrevem-se alguns registros retirados dos livros de óbitos que foram digitalizados.

Figura 5 – Registro de óbito de 1886 Fonte: Livro de óbitos 152 – Viçosa do Ceará - Brasil

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Aos dois de fevereiro de mil oitosentos oitenta e seis nesta fregezi de Nossa Senhora d’Assumpção da Viçoza faliçeo de veruga no rosto encaza de sua rezidencia adulta Raimunda Maria do Espirito Santo com idade (secenta anos) viuva por falicimento de Antonio Thomais de Araujo e no dia seguinte sipultou-se envolta em branco neste simiterio publico de São Miguel desta cidade. ???

Figura 6 – Registro de óbito de 1887 Fonte: Livro de óbitos 152 – Viçosa do Ceará - Brasil

Aos três de maio de mil oito centos e oitenta esete nesta freguezia de Nossa Semjora de Assumpção faliceu de (parto) em sua caza adulta Maria Marcolina cazada que era com José Alves da Silva livre brazileira serviço domestico com idade (trinta e um annos) no dia seguinte sepultou se em habito ??? branco neste simiterio publico de São Miguel desta cidade fiz este lançamento que assigno. ???

Figura 7: Registro de óbito de 1875 Fonte: Livro de óbitos 245 – São Benedito - Brasil

Aos quatorze de junho de mil oitocentos e setenta e cinco faleceu de sarampo o adulto João Ferreira da Silva Índio de idade de vinte e cinco annos cazado que era com Maria Francisca de Lima e no dia seguinte foi sepultado no semiterio publico de São Pedro de habito branco ??? que para constar mandei fazer este assento em que ??? assigno.

Vigário Encommendado João Rodrigues Alves de Mendonça

Percebe-se que as transcrições acima contêm informações linguísticas, históricas, sociológicas, genealógicas, entre outras. Nesses fragmentos, além de citar nomes de

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pessoas, registro importante para comprovação e emissão de documentos, também há citações da causa do óbito, informação relevante para a área de saúde e saneamento, a identificação da idade e raça.

Outra fonte importante de informação é a forma da escrita utilizada pelos padres que fizeram os registros. Essa análise destaca como a linguagem mudou e como ela sofria influência de acordo com a formação do pároco que a redigia (SANTOS; TOUTAIN, 2007). 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

U

m Sistema de Gestão para Arquivos Eclesiásticos – SIGAE é uma ferramenta importante para as paróquias, dioceses e igrejas que queiram preservar seu acervo. Além da preservação, a digitalização do conteúdo

permitirá agilidade na consulta, identificação e emissão de documentos.

Agregado ao SIGAE está a contribuição para a democratização, expansão e acesso a dados que facilitarão as mais variadas pesquisas, sejam históricas, educacionais, pessoais, eclesiásticas, dentre outras.

Quanto aos padrões e formatos abertos, afirma-se que a adoção de softwares livres está condizente com as resoluções e normas brasileiras recomendadas pelo Conselho Nacional de Arquivos - CONARQ e outros órgãos, nacionais e internacionais, competentes em Arquivística.

A utilização da máquina fotográfica digital também tornou o processo ágil e seguro, não havendo necessidade de aquisição de conhecimento profundo em manuseio tanto da própria máquina, do computador e dos softwares.

O desenvolvimento do SIGAE do arquivo diocesano de Tianguá precisa ser continuada com o módulo de inserção dos registros de cada livro. É um processo demorado, mas extremamente necessário. Somente assim se chegará ao propósito final deste trabalho: facilitar a consulta e a pesquisa ao conteúdo dos livros.

Durante o desenvolvimento da pesquisa, o arquivo diocesano de Tianguá foi registrado no CODEARQ - Cadastro de Entidade Custodiadora de Acervos

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Arquivísticos, coordenado pela Casa Civil da Presidência da República, juntamente com o Arquivo Nacional e o Conselho Nacional de Arquivos. No dia 28 de janeiro de 2010, o arquivo diocesano foi cadastrado, tornando-se a terceira entidade custeadora de arquivo do estado do Ceará e a 129ª no Brasil.

A metodologia utilizada na digitalização no arquivo diocesano de Tianguá também foi realizada no arquivo da Paróquia Nossa Senhora da Conceição, na cidade de Corrente – Piauí, a 890 Km de Teresina. Este arquivo contém livros de tombo, batizados, casamentos, crismas e óbitos. A data inicial do arquivo é de 1876.

O procedimento metodológico aqui exposto é uma contribuição para qualquer instituição que tenha interesse em preservar seu acervo e queiram disponibilizar seu conteúdo para os pesquisadores, historiadores e estudantes, disseminar dados para as mais variadas e amplas pesquisas.

Para a Igreja, essa proposta, é uma colaboração para auxiliar na conservação da sua história e na administração dos registros e emissão de documentação que, normalmente, as secretarias paroquiais e diocesanas, assim como, as chancelarias das cúrias, estão frequentemente expedindo.

A pesquisa deve continuar com a digitalização dos livros com data do século XVIII. Necessário se faz desenvolver o SIGAE em um sistema de gerenciamento de banco de dados mais robusto e seguro. Ao ser finalizada toda a inclusão dos registros, o módulo de busca deve ser ágil para retornar a procura do termo em tempo hábil.

Também abre-se a essa proposta a disponibilização do SIGAE em ambiente da Web, permitindo o acesso às informações sobre o acervo que a unidade arquivística contém.Espera-se que sua continuidade possa acontecer e dela, surjam novas linhas de pesquisas nessa área da arquivística eclesiástica.

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REFERÊNCIAS BELLOTTO, Heloísa Liberalli. Arquivos permanentes: Tratamento documental. Rio de janeiro: FGV, 2007. BÍBLIA DE JERUSALÉM. Paulus, 2002.

São

CONARQ. Recomendações para digitalização de documentos arquivísticos. Versão para Consulta Pública. 2009.

Paulo: CÔRTES, Maria Regina Persechini Armond. Arquivo público e informação: acesso à informação nos arquivos públicos estaduais do Brasil. Belo Horizonte: Escola de Biblioteconomia da UFMG, 1996.

BRASIL. Lei nº 8.159 de 08 jan. 1991. Dispõe sobre a política nacional de arquivos públicos e privados e dá outras providências. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília, 09 jan. 1991.

DIOCESE DE TIANGUÁ. diocesano, 2006.

Catálogo

MUNDET, José Ramon Cruz. Manual de Archivística. 3. ed. Fundación Germán Sánchez Ruipérez: Madrid, 1994.

CALDERON, Wilmara R. et al. O processo de gestão documental e da informação arquivística no ambiente universitário. Revista Ciência da Informação, Brasília, v. 33, n. 3, 2004.

PONTIFÍCIA Comissão para os bens culturais da Igreja. A função pastoral dos arquivos eclesiásticos: carta circular. Vaticano: IGER, 1997.

CARVALHO; M. A. S.; SANTIAGO, F. C. S. Análise dos livros de óbito da diocese de Tianguá do século XIX segundo a linguística histórica. In: CONGRESSO INTERNACIONAL DE ESTUDOS LINGUÍSTICOS E LITERÁRIOS DA AMAZÔNIA, 4., 2012, Belém. Anais... Belém: UFPA, 2012.

SANTIAGO, F. C. S. Preservação digital do Arquivo Diocesano de Tianguá – Ceará: protótipo de um sistema de gestão de arquivo eclesiástico. 2010. Dissertação (Mestrado em Computação) - Universidade Estadual do Ceará, Fortaleza, 2010.

CÓDIGO DE DIREITO CANÔNICO. Tradução oficial da CNBB. São Paulo: Edições Loyola, 1983.

SANTOS, João T. J.; TOUTAIN, Lídia M. B. B. Automação de unidades de informação Arquivística: o modelo alternativo do software livre. Inf. Inf., Londrina, v. 12, n. 2, jul./dez. 2007. Disponível em: <http://www.uel.br/revistas/uel/index.php/inf ormacao/article/view/1770/1510>. Acesso 25 ago. 2014.

CONARQ. Modelo de requisitos para sistemas informatizados de gestão arquivística de documentos - e-ARQ Brasil. Versão 1. Câmara Técnica de Documentos Eletrônicos, 2006.

SANTIAGO, F. C. da S.; BRITO, R. X. de; SOUSA, J. N. de. Digitalização de Arquivos Eclesiásticos: Metodologia e Proposta de Sistema de Gestão. Revista Espaço Científico Livre, Duque de Caxias, v. 05, n. 01, p. 27-48, fev.-mar., 2015.

Recebido em: 12 dez. 2014. Aprovado em: 06 jan. 2015.

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Algoritmos de criptografia simétrica e os princípios fundamentais da segurança da informação: uma abordagem bibliográfica SYMMETRIC ENCRYPTION ALGORITHMS AND THE FUNDAMENTAL PRINCIPLES OF INFORMATION SECURITY: A BIBLIOGRAPHICAL APPROACH

Rhyan Ximenes de Brito Bacharel em Ciências da Computação Tianguá, CE E-mail: rhyan.brito@ifce.edu.br Fábio José Gomes de Sousa Bacharel em Ciências da Computação Tianguá, CE E-mail: prof.fabiojose@gmail.com Janaide Nogueira de Sousa Bacharel em Sistema de Informação Tianguá, CE E-mail: janaide@hotmail.com

BRITO, R.X. de; SOUSA, F.J.G. de; SOUSA, J.N. de. Algoritmos de criptografia simétrica e os princípios fundamentais da segurança da informação: uma abordagem bibliográfica. Revista Espaço Científico Livre, Duque de Caxias, n. 24, p. 49-66, fev.mar., 2015.

RESUMO Desde os primórdios sempre houve a necessidade de se guardar informações sigilosas, seja de uma empresa, governo, ou atém mesmo pessoais para um determinado fim. Desde então surgiu à ideia de ocultar informações importantes com o uso de códigos secretos para acesso. Neste contexto o presente artigo tem por objetivo mostrar os princípios fundamentais da segurança da informação que são: Confidencialidade, Autenticação, Integridade, não repúdio e Disponibilidade, assim como a técnica de criptografia

simétrica de dados, na qual se utiliza uma chave secreta para cifrar ou decifrar informações, originando assim a informação inicial, ou seja, todo esse processo tem como finalidade garantir os princípios acima mencionados. Dentro dessa temática o estudo foi desenvolvido com base em dados bibliográficos, de forma explicativa e exploratória, sobre os assuntos explorados dando ênfase principalmente aos algoritmos de criptografia simétricos como: DES, 3DES e AES, mostrando assim as funcionalidades,

49


os pontos positivos e negativos de cada um

deles.

Palavras-chave: Segurança. Criptografia. Simétrica.

ABSTRACT Since the beginning there has always been the need to store sensitive information, be it a company, government, or even personal sticks for a particular purpose. Since then arose the idea of hiding important information with the use of secret codes to access. In this context, this article aims to show the basic principles of information security that are: Confidentiality, Authentication, Integrity, non-repudiation and availability, as well as the symmetric data encryption technique, which uses a

secret key to encrypt or decipher information, thus creating the initial information, ie, the whole process aims to ensure the above principles. Within this theme the study was developed based on bibliographic data, explanatory and exploratory way, on the subjects explored emphasizing mainly to symmetric encryption algorithms such as DES, 3DES and AES, thus showing the features, the positive and negative points of each.

Keywords: Information. Symmetric. Cryptography.

1. INTRODUÇÃO

egundo (GAST, 2002), um grande advento tecnológico de nossos tempos tem

S

sido a mobilidade proporcionada pela Internet e até mesmo pelo sistema de telefonia, ao passo que uma pessoa pode ter acesso a recursos de

comunicação e computação de qualquer local, de onde estiver e a qualquer momento.

Sabe-se que com o crescimento das redes de computadores, bem como as suas interligações

com

a

Internet,

ensejou

à

necessidade

de

processamento,

armazenamento e tráfego de informações secretas entre pessoas, empresas e instituições governamentais. Daí surgindo à demanda de criptografar as informações que precisam ser trabalhadas e logo em seguida enviadas. Vale ressaltar que esse contexto remete ao processo de comunicação entre partes, contudo pode ser observado que as informações podem ser interceptadas e utilizadas possivelmente por pessoas não autorizadas, surgindo então à necessidade de utilização de mecanismos que garantam a segurança.

Nesses termos salienta-se que a criptografia de dados é uma técnica antiga, utilizada desde a época do império romano em que os mensageiros do rei Júlio César levavam informações importantes do império romano para os comandantes militares que estavam em guerra, essas informações eram cifradas para que ninguém, além do emitente e do destinatário, soubesse o seu significado.

50


Sabe-se que a criptografia de dados visa exatamente embaralhar os dados antes que os mesmos sejam enviados a seus destinos finais, para que uma vez interceptados, não venham a ser descobertos. Esse processo é feito mediante uma chave chamada de chave criptográfica, na qual o seu papel é esconder o segredo da criptografia e com isso tornar a informação totalmente ininteligível.

Dentre as técnicas de criptografia de dados utilizadas têm-se a criptografia simétrica que cifra de dados usando uma chave secreta para criptografar e descriptografar os dados. Essa técnica é implementada através de algoritmos que são chamados de algoritmos de criptografia simétricos. Entre eles podem ser citados o DES (Data Encription Standard), desenvolvido pela IBM na década de 70, o AES (Advanced Encripton Standard), que surgiu para resolver problemas de vulnerabilidades apresentadas pelo seu antecessor o DES e o AES que possui três tamanhos de chaves diferentes 128, 196 e 256 bits com blocos de dados de 128 bits, oferecendo assim maior segurança sendo praticamente impossível de ser quebrado com o uso do método da força bruta. 2. SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO egundo (RUFINO, 2005, p.62) “É muito comum fabricantes usarem senhas

S

pequenas (de 8 a 10 posições) imaginando que o administrador irá modificálas quando colocar o equipamento em produção, [...]”.

Quando se fala em segurança da informação refere-se à proteção da informação nas mais variadas circunstâncias que ela pode ser encontrada, nesse contexto sabe-se que um mecanismo de segurança bastante utilizado e a criptografia dos dados transmitidos. A palavra criptografia vem da junção de duas palavras gregas “kryptos” que significa secreto e “gráphen” que quer dizer escrita, ou seja, é a escrita secreta (TANENBAUM, 2003). Pode-se dizer que a criptografia é a transformação da informação na sua forma original em outra ilegível de forma que possa ser conhecida apenas pelas pessoas que tem autorização sobre a mesma.

51


2.1. CONCEITOS FUNDAMENTAIS

Para que se possa utilizar esse mecanismo os princípios fundamentais da segurança da informação devem ser conhecidos e aplicados.

Segundo (KUROSE, 2006), para se garantir a segurança da informação alguns princípios de fundamental importância entre eles podem ser citados, Confidencialidade: Somente o remetente e o destinatário pretendido da mensagem transmitida devem conhecer seu conteúdo de forma legível. Se houver alguma interceptação na transmissão da mensagem, esta deverá se apresentar de forma ilegível, ou seja, ela deve está embaralhada, disfarçada ou ininteligível. Este princípio é um dos mais comumente observados na segurança de dados; Autenticação: Remetente e destinatário precisam saber a identidade verdadeira da outra parte, confirmando, ambas as partes, aquilo que elas alegam ser. Numa comunicação eletrônica de dados é bem mais difícil provar isso, uma vez que não se pode ver a olho nu como numa comunicação visual entre pessoas. Mas esse princípio veio para garantir a identidade real do remetente e do destinatário eletronicamente.

Integridade e não repúdio: Garantir ao remetente e ao destinatário que a informação não foi alterada durante a sua transmissão, por acidente ou má fé. O não repúdio garante que o emissor é o autor da mensagem enviada, impossibilitando assim a sua negação. Disponibilidade e controle de acesso: Tornar a informação sempre disponível para as pessoas devidamente autorizadas. Controle de acesso deve garantir que as pessoas que utilizam os recursos possam fazê-los somente se houver direitos de acessos apropriados e realizarem seus acessos de forma bem definida.

Segundo (MORIMOTO, 2008), Um dos grandes problemas em uma rede wireless é que os sinais são transmitidos pelo ar. Os pontos de acesso e placas utilizam por padrão antenas baratas, que proporcionam um alcance reduzido. Apesar disso, o sinal da sua rede pode ser capturado de muito mais longe por alguém com uma antena de alto ganho. Não existe como impedir que o sinal se propague livremente pelas redondezas a menos que você pretenda ir morar em um bunker, com paredes

52


reforçadas com placas de aço, de forma que a única forma eficaz de proteção é encriptar toda a transmissão, fazendo com que as informações capturadas não tenham serventia.

Nesses Termos Vilela, Ribeiro (apud FILHO, 2004), A segurança da informação se faz cada vez mais necessária, pois esta se tornou o maior patrimônio de uma empresa. A integridade, a autenticidade, a confidencialidade, não repudio e a disponibilidade da informação são fatores primordiais para as empresas. Para se ter segurança de dados, especificamente quando nos referimos às redes sem fio, o uso da criptografia se faz necessário.

3. CRIPTOGRAFIA EM REDES

3.1. PRINCÍPIOS DA CRIPTOGRAFIA

De acordo com (KUROSE, 2006) alguns dos princípios de criptografia bastantes relevantes são: Algoritmo de criptografia: Método utilizado para criptografar ou descriptografar um texto usando alguma chave, ou seja, pega um texto legível (claro ou aberto) e usando uma chave, torna-o ininteligível (encriptação) até o destino e em seguida o destinatário decripta o texto para gerar sua forma original (decriptação) também usando uma chave.

Chave: É uma cadeia de números ou caracteres que é utilizada pelos algoritmos de criptografia de dados. Cifra: É o ato de embaralhar dados. O resultado da encriptação de dados é conhecido como texto cifrado e o resultado da decriptação de dados é chamado de texto decifrado.

Código: Pode ser entendido como sendo o segredo da chave.

Criptoanálise: Arte de solucionar uma mensagem cifrada.

3.1

Sistemas de criptografia simétrica: É o sistema de criptografia que utiliza a

mesma chave para codificação e decodificação de textos (TANENBAUM, 2003). A chave utilizada nesse tipo de sistema é chamada de chave secreta. Os algoritmos

53


criptográficos podem ser implementados em hardwares, para se obter uma maior velocidade, ou podem ser implementados em softwares, para se obter uma maior flexibilidade. Exemplos de algoritmos de criptografia simétrica são DES e AES.

Figura 1 – Exemplo de criptografia simétrica

4. ALGORITMOS DE CHAVE SIMÉTRICA 4.1. DES – DATA ENCRYPTION STANDARD

O DES é o acrônimo de Padrão de Criptografia de Dados em português. Segundo (STALLINGS, 2008), o esquema de criptografia mais usado é baseado no DES, também conhecido como DEA (Data Encryption Algorithm). Adotado em 1977 pelo governo dos Estados Unidos como padrão de criptografia de dados não confidencial.

Ainda segundo (STALLINGS, 2008), O DES foi desenvolvido pela IBM na década de 70 e originalmente veio de um projeto algorítmico batizado de LUCIFER. Esse algoritmo é uma cifra de bloco de Feistel, na qual consiste em diversas rodadas de processamento idênticas. Em cada rodada, uma substituição é realizada em metade dos dados sendo processadas, seguidas por uma permutação que troca as duas metades. A chave original é expandida de modo que uma chave diferente será usada para cada rodada. Opera em blocos de 64 bits, usando um tamanho de chaves de 128 bits. Em razão desse projeto promissor, a IBM iniciou esforços para produzir um produto de criptografia comercializável para poder ser implementado num único chip. Esse esforço não envolvia apenas a IBM, mas também consultores externos e técnicos da NSA1. O resultado desse esforço foi uma versão refinada do LUCIFER, mais resistente a criptoanálise, mas que tinha um tamanho de chave reduzido de 56 bits, para caber em um único chip. 1

NSA – National Security Agency. O orgão do governo Americano altamente secreto, especializada em decifrar códigos.

54


Antes de ser adotado como padrão, o DES sofreu duras criticas, sobretudo sobre dois aspectos: Primeiro, o tamanho da chave do algoritmo LUCIFER original da IBM era de 128 bits e o DES só apresentava 56 bits. Os críticos temiam que esse tamanho de chave fosse muito pequeno e não resistisse a ataques de força bruta. Segundo, os critérios do projeto da estrutura interna do DES, as caixas-S, eram confidenciais, assim os usuários não poderiam estar certos de que a estrutura interna do DES fosse livre de qualquer vulnerabilidade que permitissem à NSA decifrar as mensagens sem o beneficio da chave (STALLINGS, 2008).

Mesmo com as críticas, o DES floresceu porque passou pela criptoanálise e apresentou bons resultados. A IBM fez mudanças nas “caixas-S”, sugeridas pela NSA. Em 1994 o NIST2 reafirmou o uso federal do DES por mais cinco anos e recomendou seu uso em aplicações que não fossem de proteção de informações confidenciais. Em 1999, o NITS emitiu uma nova versão do DES, o 3DES ou Triple DES. (STALLINGS, 2008). 4.1.1. Funcionamento do DES

Figura 2 – Esquema de funcionamento do algoritmo DES

2

NIST – National Instituto of Standards Technology. Uma divisão do departamento do comercio dos USA, conhecida anteriormente como NBS – National Bureau Standard. [RSA FAQ, 2000].

55


Analisando a figura acima, pode-se ver como funciona o DES, existem duas entradas mostradas na figura 2: o texto claro, com 64 bits de extensão, e a chave com 56 bits de extensão, os 8 bits restantes são reservados para bits paridade. Observando o lado esquerdo da figura, observa-se que o processamento do texto claro prossegue em três fases. Segundo (STALLINGS, 2008). 

O texto claro de 64 bits passa por uma permutação inicial, que organiza os bits para produzir uma entrada permutada. Essa fase se repete em dezesseis rodadas, envolvendo funções de permutação e substituição. A saída da décima sexta rodada consiste em 64 bits que são uma função do texto claro de entrada e de chave.

As metades esquerda e direita da saída são trocadas para produzir a présaída.

Depois a pré-saída é passada por uma permutação inversa da função de permutação inicial para gerar o texto cifrado de 64 bits.

A parte direita da figura mostra como a chave de 56 bits é usada. Inicialmente a chave é passada por uma função de permutação. Depois para cada uma das 16 rodadas, uma subchave (ki) é produzida pela combinação de um deslocamento circular à esquerda e uma permutação. A função de permutação é a mesma para cada rodada, mas uma subchave diferente é produzida, devido aos deslocamentos repetidos dos bits da chave (STALLINGS, 2008).

A permutação inicial e sua inversa são demonstradas nas tabelas abaixo, respectivamente. Ainda segundo (STALLINGS, 2008), a entrada de uma tabela consiste em 64 bits numerados de 1 a 64, as 64 entradas na tabela de permutação contêm uma permutação dos números de 1 a 64, cada entrada na tabela de permutação indica a posição de um bit de entrada numerada na saída, que também consiste em 64 bits.

56


Figura 3 – Demonstração do DES

4.1.2. Decriptografia DES

De acordo com (STALLINGS, 2008), assim como qualquer cifra de Feistel, a decriptografia no DES usa o mesmo algoritmo da criptografia, exceto pela inversão da aplicação das sub-chaves.

O DES exibe um forte efeito avalanche, ou seja, uma pequena mudança na chave ou no texto claro produz uma significativa mudança no texto cifrado.

57


4.1.3. Segurança no DES

Desde quando foi adotado pelos Estados Unidos como padrão de criptografia de dados, o DES sempre apresentou um grau de preocupação sobre dois aspectos: o tamanho da chave e o algoritmo (STALLINGS, 2008). O DES possui uma chave de 56 bits, ou seja, existem 256 chaves possíveis ou ainda 7,2 x 1016 chaves. Uma máquina realizando criptografia DES por microssegundo levaria mais de mil anos para quebrar uma cifra.

Porém, Diffie e Hellman em 1977 postularam que existia tecnologia para montar uma máquina paralela de 1 milhão de dispositivo de criptografia, cada um realizando uma criptografia por microssegundo, resultando num tempo médio de 10 horas para busca de toda a chave, tendo como custo 20 milhões de dólares na época.

O DES foi quebrado, finalmente e definitivamente em 1998, provando ser inseguro. O feito foi realizado pela Electronic Frontier Foundation (EFF) usando uma máquina “decifradora de DES”, que custou 250 mil dólares num tempo inferior a três dias. Com o passar do tempo, o preço do hardware caiu, isso tornou o DES praticamente inútil. Mas houve varias alternativa ao DES como DES-Triplo e AES.

4.1.4. DES Triplo

De acordo com (TANENBAUM, 2003), devido ao tamanho pequeno das mensagens usado pelo DES, a IBM resolveu adotar um método de criptografia de três estágios e duas chaves, conforme mostra a figura abaixo. Os três estágios são conhecidos como EDE (Encrypt, Decrypt, Encrypt). No primeiro estágio o texto claro é criptografado com K1 de forma usual do DES. No segundo estágio é usado a chave K2 para o DES ser executado no modo de descriptografia e no terceiro estágio outra criptografia DES é executada usando a chave K1.

58


Ainda segundo (TANENBAUM, 2003), foram levantados alguns pontos sobre esse projeto de algoritmo criptográfico. Dentre estas questões foram discutidas: 

Por que usar apenas duas chaves em vez de usar três chaves?

A resposta foi pelo fato de 112 bits (2 x 56 bits do DES) serem suficientes para criptografia aplicadas de softwares comerciais durante um bom tempo, concordada até mesmo por criptógrafos mais paranoicos, pois o uso de 168 bits geraria um overhead desnecessário.

Por que usar EDE (Encrypt, Decrypt, Encrypt) em vez de usar EEE (Encrypt, Encrypt, Encrypt)?

O motivo foi para manter a compatibilidade com os sistemas DES de chave única existente, pois tanto as funções criptografar, descriptografar e criptografar novamente são operações de mapeamento de conjunto numérico de 64 bits, ou seja, usando EDE em vez de EEE torna os sistemas que usa DES compatível com sistema que usaria DES-Triplo.

4.2. AES - ADVANCED ENCRYTION STANDARD

Conforme nos ensina (STALLINGS 2008), o AES - Padrão de Criptografia Avançado é um algoritmo criptográfico simétrico publicado pela NIST (Nacional Institute of Standards and Tecnology) para substituir o DES no uso de aplicações comerciais como cifra padrão. O AES usa um tamanho de blocos de 128 bits e um tamanho de chave de 128, 192 e 256 bits, segundo. 4.2.1. Origem do AES

Ressalta (STALLINGS, 2008), que devido às grandes vulnerabilidades apresentadas pelo DES principalmente no quesito segurança, este foi aprimorado para o 3DES na qual era resistente a ataques de força bruta3 e ao mesmo tempo compatível com aplicações que usavam DES. Porém o 3DES também possui grandes desvantagens como a grande lentidão em softwares.

3

Força Bruta: tentativa de usar todas as chaves possíveis, uma a uma, até obter uma tradução inteligível do texto cifrado.

59


Sabe-se que o DES original foi rejeitado para implementações em hardware e não produz um código de software eficiente. A mesma coisa acontece com o 3DES, visto que o mesmo possui três vezes mais rodadas que o DES, isso o torna mais lento. Outra grande desvantagem do DES e do 3DES é fato deles utilizarem tamanhos de blocos de 56 bits, por razões de segurança e eficiência um tamanho de bloco maior é recomendável.

Por conta dessas desvantagens o 3DES não é um algoritmo de uso a longo prazo, diante disso tudo a NIST resolveu propor um novo padrão de criptografia de dados, na qual chamou de Advanced Encryption Standard - AES, que deveria possuir um nível de segurança igual ou superior ao 3DES e uma eficiência bastante aperfeiçoada com relação ao padrão anterior. Além desses requisitos a NIST estabeleceu que o novo padrão deveria ter uma cifra de bloco simétrica com um tamanho de bloco de 128 bits e suporte para tamanhos de chaves de 128, 192 e 256 bits.

Depois de algumas rodadas de avaliações a NIST selecionou o novo padrão e a publicou em novembro de 2001. O algoritmo vencedor foi o Rijndael desenvolvido pelos pesquisadores e criptógrafos Dr. Joan Daemen e Dr. Vincent Rijmen.

Mesmo com o advento do AES para substituir o 3DES de forma definitiva, o 3DES ainda permanece em uso pelo governo dos USA por tempo indeterminado, pois todo esse processo ainda levará alguns anos. 4.2.2. Avaliação do AES.

Um conjunto de critérios foi definido pelo NIST para a seleção do algoritmo do novo padrão de criptografia avançado de dados em 1997, baseado nisso o AES está submetido aos seguintes fatores, (STALLINGS, 2008): 

Segurança: Com um tamanho de chave mínimo de 128 bits, fica impraticável o uso de força bruta para quebrar esse algoritmo, isso resulta também numa segurança real em comparação com outros algoritmos. Possui uma base matemática solida e eficaz.

Custo: O NIST pretende disponibilizar o algoritmo definido no AES para o mundo inteiro, sem restrição, sem exclusividade ou qualquer forma de custo

60


para sua obtenção. Será aplicado ainda em dispositivos de hardwares e softwares com uma boa eficiência computacional, levando em consideração requisitos mínimos de memória para um melhor aproveitamento e desempenho em seu uso tanto em aplicações de softwares como nos detalhes físicos dos circuitos de memórias existentes. 

Implementação: Como relação a esse requisito pode-se descrevê-la levando em conta vários fatores como a flexibilidade, fator esse que desrespeita sobre a variação de tamanho de chave e bloco desde que sejam múltiplos de 32 bits, também ter aceitação para vários tipos de processadores mais antigos, como processadores de 8 bits, redes ATM, comunicação de voz e por meio de satélite, HDTV, etc. Outra situação flexível seria a implementação desse algoritmos tanto em software como em hardware, ou seja, implementação eficiente em firmware. Outro fator seria a simplicidade no sentido de o projeto ser entendido de maneira clara.

4.2.3. Funcionamento do AES

De acordo com (ROSS, 2006), o AES é o sistema de criptografia bastante seguro, baseado no uso de chaves com 128 a 256 bits.

O AES foi projetado com um tamanho de chave suportando 128, 192 ou 256 bits, alternativa e independentemente, mas especifica um tamanho de bloco fixo de 128 bits. O tamanho de chave mais implementado é de 128 bits. A tabela abaixo mostra alguns parâmetros do AES conforme o tamanho de chave.

61


Tabela 1 – Parâmetros do AES Words

Bytes

Bits

4

16

128

6

24

192

8

32

256

4

16

128

44

176

52

208

60

240

4

16

Tamanho da chave

Tamanho do Bloco de texto claro

Tamanho da chave expandida Tamanho da chave da rodada

128

10 12

Números de rodadas

14

Analisando a tabela 1 pode-se observar que o algoritmo AES utiliza tamanhos diferentes de chaves4 variando entre 128, 192 e 256 bits, mas o mesmo utiliza apenas um tamanho fixo de bloco de texto claro que é de 128 bits. As chaves expandidas são utilizadas durante a permutação de dados no processo de criptografia e descriptografia do bloco de texto para o controle de fluxo e dependendo do tamanho da chave ela pode variar de tamanho em 44 words ou 176 bytes, por exemplo, quando a chave é de 128 bits e de 52 words ou 208 bytes quando o tamanho da chave é de 192 bits e de 60 words ou 240 bytes quando for um tamanho de chave igual a 256 bits. As chaves expandidas não são representadas em bits por questões de conveniência, apenas são representadas em words e bytes. O tamanho da chave em cada rodada é de 128 bits. O número de rodadas depende do tamanho de chave, ou seja, para um tamanho de chave de 128 bits, por exemplo, o número de rodadas é igual a 10 e se o tamanho da chave for 192 bits o numero de rodadas cresce para 12 e quando o tamanho da chave é de 256 bits, o número de rodadas aumenta para 14.

Ainda segundo (STALLINGS, 2008), o algoritmo Rijndael foi planejado para conter as seguintes características: 

4

Possuir resistência contra todos os ataques até então conhecidos;

Lembrando que 8 bits equivale a um byte e que 4 bytes equivale a uma Word.

62


Bom desempenho e compactação de código numa grande variedade de plataformas;

Clareza e simplicidade no projeto algorítmico;

A figura abaixo mostra a estrutura geral de funcionamento do algoritmo AES.

Figura 4 – Funcionamento do AES

63


Figura 5 – Matrizes no AES

A figura acima apresenta de uma maneira bem geral, como o algoritmo AES criptografa e descriptografa um bloco de texto de 128 bits de tamanho. (STALLINGS, 2008). Esse bloco de texto é representado por uma matriz quadrada de bytes que é copiada para um vetor State5, esse vetor é modificado a cada estágio de criptografia e descriptografia do AES, ao final do último estágio o vetor State é copiada para uma outra matriz de saída (figura 5). A chave de criptografia de 128 bits de tamanho também é representada por uma matriz quadrada de bytes. Essa chave expandida para um vetor de words que tem como finalidade o escalonamento das chaves, ou seja, para seleção e substituição de chaves; cada word possui 4 bytes e o escalonamento total de chaves possui 44 words numa chave de 128 bits (figura 4). A ordenação dos bytes dentro da matriz ocorre por coluna, assim numa criptografia de bloco de texto claro de 128 bits, os quatro primeiros bytes ocupam a primeira coluna, os quatro próximos bytes ocupam a segunda coluna e assim sucessivamente. E de forma semelhante os quatro primeiros bytes da chave expansiva, que forma uma word, ocupam a primeira coluna da matriz w, conforme a figura 4. 5. CONCLUSÃO

A

criptografia simétrica ainda é muito utilizada atualmente, embora existam

outras técnicas mais modernas e eficientes como a criptografia assimétrica.

5

Matriz e vetores são agregados homogêneos de dados. Vetores são estruturas lineares para armazenamento e manipulação de dados, enquanto que matrizes são estruturas de dados que fazem o mesmo papel que os vetores, mas adicionando uma segunda dimensão, assim como uma tabela bidimensional. Tanto as matrizes como os vetores são sempre batizadas por um nome válido.

64


É considerada segura quando se usa o algoritmo AES, pois o algoritmo DES foi quebrado, ou seja, é possível decifrar dados com a técnica de força bruta quando o algoritmo usado é o DES, isso é possível devido ao avanço do poder computacional dos computadores modernos e tendo ainda o tamanho da chave de apenas 56 bits e o tamanho de blocos de dados serem de apenas 64 bits.

O DES veio a ser modificado passando para ser 3DES porque usava duas chaves na criptografia e três processos de criptação de dados, mantendo a compatibilidade com os softwares que usavam o DES.

Mas a grande evolução foi o algoritmo AES que veio justamente para corrigir essas vulnerabilidades sendo computacionalmente impossível de ser quebrado usando a técnica de força bruta, pois sua chave criptográfica é de no mínimo 128 bits, sendo também de tamanhos 192 e 256 bits. O AES está implementado em vários protocolos de comunicação de dados seguro em redes sem fio como os protocolos WPA2 e WPA2-PSK, este último é adotado como padrão pelo governo americano.

A criptografia é usada não apenas no transporte de dados, mas também enquanto esses dados estiverem em processamento, ou seja, em uso pelos usuários de sistemas como, por exemplo, numa transação bancaria e ainda em armazenamento para garantir que a qualquer momento eles estejam protegidos de acessos às pessoas não autorizadas.

Devido a facilidade de acesso a recursos e serviços à Internet é extremamente importante que seja usado métodos de proteção, como a criptografia de dados e outros métodos complementares para garantir o sigilo de qualquer lugar e em toda situação, visto que o algoritmo AES é um padrão de embaralhar dados de forma eficiente e fortemente confiável o mesmo mostra-se como alternativa para uso em termos de segurança.

65


REFERÊNCIAS RSA_FAQ. “Frequently Asked Questions about Today ’s Cryptography”. Maio, 2000. RUFINO, Nelson Murilo de Oliveira. Segurança em Redes sem Fio. 2ª Ed. São Paulo: Novatec, 2005.

GAST, M. 802.11 Wireless Networks: The a Definitive Guide. 1 Ed., O’Reilly, 2002. KUROSE, James F.; ROSS, Keith W. Redes de Computadores e a Internet: Uma abordagem top-down. 3. ed. São Paulo: Pearson Addison Wesley, 2006.

STALLINGS, William. Criptografia e Segurança de Redes. 4ª. Ed. São Paulo: Prentice Hall, 2006.

MORAES, Alexandre F. Segurança em Redes Fundamentos. 1ª Ed. São Paulo: Érica, 2010.

TANENBAUM, Andrew S. Redes de Computadores. 4ª. Ed. São Paulo: Campos, 2003.

MORIMOTO, Carlos Eduardo. Redes– Guia Prático, 1ª Reimpressão. Porto Alegre Sul Editora 2008.

VILELA, Roberto Rivelino da Silva; RIBEIRO, Deimar da Silva. Estudo comparativo entre os protocolos WEP E WPA para implementação de segurança em Empresas e Residências. Disponível em:<http://www.sucesumt.org.br/mtdigital/a nais/files/RedesWirelessWEP.pdf>. Acesso em: 21 dez. 2014.

PEIXOTO, Mário C. P. Engenharia Social e Segurança da Informação na Gestão Corporativa. Rio de Janeiro: Brasport, 2006.

BRITO, R.X. de; SOUSA, F.J.G. de; SOUSA, J.N. de. Algoritmos de criptografia simétrica e os princípios fundamentais da segurança da informação: uma abordagem bibliográfica. Revista Espaço Científico Livre, Duque de Caxias, n. 24, p. 49-66, fev.mar., 2015.

Recebido em: 31 dez. 2014. Aprovado em: 25 jan. 2015.

66


O jornalismo como instrumento para educação ambiental JOURNALISM AS A TOOL FOR ENVIRONMENTAL EDUCATION

Ramon Correa Paludo Graduado como Técnico em Meio Ambiente do Centro Estadual de Educação Profissional Newton Freire Maia. Atua com gestão de meio ambiente e controle de qualidade na empresa RC Paludo Gastronomia Curitiba, PR E-mail: ramoncpaludo@gmail.com Indianara Zanatta Borgonovo Graduada como Técnica em Meio Ambiente do Centro Estadual de Educação Profissional Newton Freire Maia e em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo pela Universidade Tuiuti do Paraná. Analista de Comunicação na Organização da Sociedade Civil (OSC) Instituto Tibagi Curitiba, PR E-mail: indi_zanatta@yahoo.com.br

PALUDO, R.C.; BORGONOVO, I.Z. O jornalismo como instrumento para educação ambiental. Revista Espaço Científico Livre, Duque de Caxias, v. 05, n. 01, p. 67-82, fev.-mar., 2015.

RESUMO O Jornalismo é um instrumento para a educação ambiental na medida em que estuda e divulga informações de qualidade, buscando questionar e aprofundar os assuntos relacionados a questões ambientais. Ao agir dessa forma, os meios de comunicação exercem seu papel social e contribuem para as mudanças no pensamento humano. Para que esse potencial possa ser alcançado, a informação ambiental deve ter uma visão holística e integrada, buscando recursos além dos proporcionados pela grande imprensa. Esse artigo questiona sobre como o assunto é tratado na mídia, sobre mudança de valores e percepções, e propõe formas de expor o assunto nos meios de comunicação, visando aproximar o leitor dos fatos e estimular sua participação atuante diante da problemática

ambiental. Através de uma pesquisa de campo realizada com 177 pessoas, foi constatado que há interesse pelas questões ambientais. Foram realizadas pesquisas bibliográficas que justificam a importância de comunicar-se meio ambiente, ressaltando que as questões ambientais na imprensa devem alcançar um potencial de compreensão e atuação da sociedade, indo além de sua função apenas informativa. Dessa forma, foi destacado que o assunto não pode ter uma cobertura pontual nem superficial nos meios de comunicação, e sim contribuir com seu papel educacional. Por fim, indicase a especialização do jornalista, já que o assunto é complexo e demanda conhecimentos técnicos, para a compreensão clara do que é transmitido pelas fontes e melhor observação das necessidades da informação.

67


Palavras-chave: Jornalismo. Meio ambiente. Educação ambiental.

ABSTRACT Journalism is an instrument for environmental education as it is a mean of study and publishes high-level information, to question and deepen subjects related to environmental questions. In so doing, the means of communication fulfill their social role and contribute to change human thought. For this potential to be achieved, environmental information need a holistic and integrated perception, seeking resources beyond those provided by the mainstream media. In this article, we question how this subject is dealt with throughout the media, and the change in values and per’ception, and propose ways of exposing the subject inside the means of communication in order to bring the readers close to the facts and make them actively participate regarding environmental issues. After a field research carried out amongst

177 people, it has been found out that an interest for environmental questions exists. A bibliographical research has been carried out, justifying the importance of communicating environment, highlighting that environmental questions in the press have to reach the society’s potential of understanding and acting, going beyond its merely informative function. This way, it has been highlighted that the theme cannot have either a punctual or a superficial cover within the means of communication; instead, it has to contribute to its educational role. Finally, the article points out to the specialization of the journalist, since the subject is complex and demands technical knowledge for a clear understanding of what is conveyed by the sources and a better observation of the needs of the information.

Keywords: Journalism. Environment. Environmental education.

1. INTRODUÇÃO

A

prática de um jornalismo voltado para as questões ambientais – que visa,

além de informar, estudar, levantar dados, buscar fontes, questionar e difundir novos conhecimentos e soluções para a qualidade do meio ambiente – é um

trabalho de educação ambiental. Com o apoio da imprensa, a educação ambiental pode alcançar populações de acordo com a mídia disponível a cada uma delas, seja pela televisão, rádio, material impresso ou Internet.

A questão ambiental é ampla e demanda conhecimentos técnicos, além de ter relações diretas e indiretas com outros assuntos que ocupam espaços especiais na imprensa. A informação – quando apresentada de forma crítica buscando a exaustão do assunto, com visões e debates – revela ao receptor a capacidade de opinar e (re)pensar sobre seus próprios valores, fazendo, dessa forma, um uso mais consciente do poder da mídia, em seu papel fundamental na construção da opinião pública.

A Educação Ambiental tem o objetivo de alcançar uma percepção que permita transformar realidades e modificar visões. Segundo Villar (2004, p. 35), “o jornalismo,

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no contexto urbano, é uma ferramenta de educação ambiental, ao demonstrar a atuação do jornalismo ambiental diante dos problemas que vivenciamos nas cidades”. Para o autor, “os veículos de comunicação têm a função social, junto com as escolas, as universidades, as ONGs, as empresas e o governo, de forjar cidadãos capazes de superar a crise ecológica que ameaça o futuro das nossas cidades” (p. 46). No entanto, Villar (2004, p. 18) diz que o que “predomina no noticiário sobre os problemas urbanos é a cobertura pontual, com bastante destaque para momentos de crise (desgraças, de preferência) e pouco espaço para análises, investigações, interpretações e apresentação de novos caminhos”. A palavra “sustentabilidade” é usada pelas grandes empresas, na maioria das vezes, como marketing ecológico, visando o lucro. Mas em alguns lugares do planeta ela é uma realidade que mostra claramente a possibilidade de conciliar desenvolvimento humano e equilíbrio ambiental. O meio ambiente é intrínseco às nossas vidas, à vida da humanidade. Ao falar em bem estar humano e social, a premissa básica é a qualidade do meio ambiente. É a partir dele que o resto se estende.

A partir dessa perspectiva, esse artigo foi elaborado para mostrar como o jornalismo ambiental, através da mídia, é um instrumento que contribui para a educação ambiental como forma de orientação, prevenção e difusão de modos de vida compatíveis com as transformações necessárias inerentes à qualidade de vida humana e não humana, na atualidade e no futuro. 2. CENÁRIO DO JORNALISMO AMBIENTAL

D

urante o V Congresso Brasileiro de Jornalismo Ambiental, realizado em Brasília no mês de outubro de 2013, o jornalista Claudio Angelo reconheceu que a cobertura do setor ambiental diminuiu nos últimos quatro anos

(CRISPIM, 2013). Ainda durante o Congresso, Enrique Leff, professor de Ecologia Política e Políticas Ambientais do México, tratou do tema “Rumo a um futuro sustentável: a economia verde e a reapropriação social da natureza” e destacou que vivemos um momento de queda de interesse pela luta ambiental, de reflexão sobre saídas, de reconstrução, processo gerado por uma dinâmica construída do ideal de crescimento econômico sem limites, que não considera a natureza da vida. Para ele, é preciso reconverter à lógica do crescimento econômico, crescer incorporando a lógica

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ecológica, com desmaterialização da produção, reconhecendo a conexão da Economia com o desenvolvimento do Planeta (CRISPIM, 2013).

Ao falar de meio ambiente, nos deparamos com nosso sistema atual pós-industrial, que cresce economicamente através de todo tipo de exploração, seja ambiental ou humana. No jornalismo ambiental não acontece diferente. Para Abreu (2006, p. 175) “tanto na televisão quanto nos meios impressos, é cada vez mais comum encontrar publicidade – algumas disfarçadas de jornalismo – de corporações que alardeiam ‘responsabilidade social’ com o meio ambiente”.

Levando-se em conta a diversidade do assunto e a prioridade da questão, é imprescindível que os veículos de comunicação se atentem à exploração do assunto de forma aprofundada, “abrindo espaço para aspectos sociais e culturais do cotidiano, e não apenas os aspectos político-econômicos” (GERAQUE, 2004, p. 106). 3. O PAPEL DOS MEIOS DE COMUNICAÇÃO E A EDUCAÇÃO AMBIENTAL

T

odas as mídias e meios de comunicação são ferramentas formadoras de opinião pública, a tal ponto que são usados como meio de manipulação de uma minoria que condiciona a forma de pensar de uma maioria, fazendo com

que o indivíduo se torne incapaz de formular críticas que possam afetar a atual estrutura de domínio existente.

No entanto, o estímulo através da educação ambiental, com auxílio dos meios de comunicação, atua na crise ambiental existente ao contribuir para as mudanças no pensamento e nos valores humanos, o que a curto e longo prazo, acompanhado pela necessidade da mudança, pode formar cidadãos com a consciência ambiental necessária.

A educação ambiental é uma ferramenta capaz de otimizar a cultura pelo respeito e integração com nosso meio, assim como promover a reflexão de nosso comportamento atual e um debate sobre um tema tão emergente.

Urban (2002, p. 42) define educação ambiental como: Conjunto de atividades e ideias que levam o homem a conhecer e utilizar os recursos do ambiente de modo sustentado. A educação

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ambiental deve ser entendida como o processo de formação social orientado para o desenvolvimento de consciência crítica sobre a problemática ambiental, compreendendo-se como crítica a capacidade de captar a gênese e a evolução dos problemas ambientais, tanto em relação a seus aspectos biofísicos quanto sociais, políticos, econômicos e culturais; desenvolvimento de habilidades e instrumentos tecnológicos necessários à solução dos problemas ambientais; desenvolvimento de atitudes que levem à participação das comunidades na busca do equilíbrio ambiental.

De acordo com essa definição, podemos dizer que na educação ambiental estão as mudanças necessárias, onde o jornalismo pode ser um solucionador na medida em que integra a educação ambiental como parte de seus objetivos.

Segundo Bordenave (1989, p. 101): Deseja-se colocar o poder da comunicação a serviço da construção da sociedade onde a participação e o diálogo transformantes sejam possíveis, promovendo o crescimento integral das pessoas de todas as classes sociais e a transformação da sociedade.

Esse é o papel de um meio de comunicação: promover um sentido para a vida que está cada vez mais caótica, mostrar a essência que ainda pode ser encontrada quando nos deparamos com questões relativas a SER e não apenas ao TER, ênfase atual.

Conforme Busatto (2003, p. 50):

Os meios de comunicação nos oferecem uma avalanche de inutilidades que entorpecem os sentidos. O lazer se tornou uma indústria fértil, promissora e deseducadora, que causa mais ansiedade que prazer, e o barulho é a tônica da atualidade. Vivemos num tempo onde ter vem antes do ser, como em outros tempos pensar veio antes do existir.

Em 1972, na Conferência das Organizações da Nações Unidas (ONU) realizada em Estocolmo na qual foram proclamados 26 princípios, já se considerava essencial que os meios de comunicação de massa tivessem caráter educativo ao invés de contribuir para a deterioração do meio ambiente humano.

Na Política Nacional de Educação Ambiental, Lei nº 9.795, de 27 de abril de 1999, consta a “difusão, por intermédio dos meios de comunicação de massa, em espaços nobres, de programas e campanhas educativas, e de informações acerca de temas relacionados ao meio ambiente” (BRASIL, 1999).

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Mas, isso realmente acontece? E se acontece, como é noticiado? Como é desenvolvida a questão ambiental nos meios de comunicação? São contemplados os aspectos intrínsecos ao problema? São questionados sob vários olhares? Ou os fatos são apenas informados sem aprofundamento, sem permitir ao receptor espaço para sua própria opinião? Scharf (2004, p. 51) diz que “boa parte da imprensa trata a questão ambiental como algo superficial, espetacular, que atrai pelo que tem de belo ou destrutivo, e não por seu impacto concreto: político, econômico ou social”. Ao buscar informação sobre o assunto, principalmente nos meios televisivos, podemos ver que o que abrange as questões ambientais não é questionado com aprofundamento. Geralmente, é apenas informado ou noticiado um acontecimento grave que já ocorreu justamente pela falta de educação ambiental, ou são apresentados lugares de natureza espetacular como opção de turismo ecológico. As catástrofes anunciadas podem ser minimizadas ou mesmo evitadas quando há circulação de informações de qualidade (FONSECA, 2004, p. 116).

Scharf (2004) trata da visão míope dos meios de comunicação que não se preocupam em explorar os acontecimentos anteriores à notícia, e tampouco suas possíveis consequências. Para a autora é uma característica da imprensa, em questões relacionadas ao meio ambiente, ter um olhar míope, perder o foco, fazer alardes e ter temáticas vazias, apresentar geralmente apenas duas visões e ter pouco aprofundamento. Exceções podem ser encontradas em mídias comunitárias e alternativas, ou em meios especializados no assunto, comprometidos com esforços múltiplos que auxiliam na preservação ambiental.

Segundo Belmonte (2004, p. 26): A cobertura ambiental qualificada ainda carece de espaço e tempo nos veículos de comunicação das principais cidades do Brasil. Seja para falar dos problemas que diminuem a qualidade de vida nas zonas urbanas, seja para mostrar as alternativas ecológicas que já existem e têm capacidade de mudar o modo como as pessoas compreendem e se relacionam com o ambiente em que vivem.

Para Lima (2014), o que é publicado ou veiculado pela mídia afeta diretamente a vida do cidadão que muitas vezes possui apenas um canal para informar-se, não frequenta ou frequentou a escola, e não tem acesso a livros. Sendo assim, o tema deve estar presente em diversos meios de comunicação, traduzido dentro da linguagem da

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educação ambiental, para que atue com a finalidade de formar uma sociedade preocupada com os problemas ambientais, permitindo o processamento da informação de modo reflexivo, a fim de gerar um conhecimento que altere a atitude humana e atinja a realidade que vivemos. 4. POR UMA VISÃO INTEGRADA

irardi, Massierer e Schwaab (2006) esboça que, para que o jornalismo

G

ambiental possa contribuir para informar sobre um assunto complexo como o meio ambiente, é necessário compreender o todo e não fazer o repasse de

informações de uma realidade fragmentada que contribui para uma representação da realidade social, mas ver as matérias jornalísticas como promotoras do debate social.

Essa nova compreensão tem emergido a partir do século XX, através de descobertas que questionam os paradigmas que acompanham o desenvolvimento da sociedade. As raízes que nos norteiam até agora vêm da concepção mecanicista de Descartes (1637), uma visão fragmentada, que embora muito válida para a época, se torna útil na atualidade apenas se consideradas suas limitações (CAPRA, 1982). Alguns filósofos seguiram a linha de pensamento de Descartes, entre eles Isaac Newton (1687) e John Locke (1690). Segundo Pereira (2006, p. 03), “juntamente com essa visão materialista desenvolveu-se a mentalidade capitalista moderna, baseada na propriedade privada e na acumulação de bens, de matéria”. Foi essa forma de pensar que nos levou a ver a natureza como um recurso a ser explorado ou uma mercadoria, ao invés de ser visto como uma fonte de vida (DIAS, 2002).

Essa visão pode ter nos acarretado a atual crise ambiental, e uma concepção sistêmica tende a quebrar essa fragmentação da realidade lançando-se a uma visão mais holística do mundo, integrando o todo e não visualizando apenas partes separadas. Segundo Capra (1982, p. 260), “a concepção sistêmica vê o mundo em termos de relações e de integração”, considera uma visão orgânica da vida e a interrelação e interdependência de todos os fenômenos.

As pesquisas nas áreas da física e da biologia têm trazido grandes revelações que se manifestam numa nova ciência em vigor, através dos estudos da Teoria da Relatividade de Albert Einsten, da Teoria Quântica, Teoria do Caos e da

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Complexidade, Teoria dos Sistemas Vivos, Teoria de Gaia. A teoria da relatividade e a teoria quântica, segundo Pereira (2006, p. 05):

Revogam princípios da visão de mundo da física newtoniana em aspectos tais como: noção de espaço e tempo absolutos, partículas sólidas como elementos mínimos da matéria, matéria como substância fundamental da realidade.

No novo paradigma, a base da manifestação do mundo está nas interações entre os relacionamentos, valorizando a relação entre as partes e não as partes em si. Para Capra (1982, p. 260), “o que se preserva numa região selvagem não são árvores ou organismos individuais, mas a teia complexa de relações entre eles”.

Essa é a linhagem de uma nova consciência integrada à sua prática com uma nova forma de pensar, ver, perceber e interagir com o mundo. Esse pensamento se aplica ao jornalismo ambiental na medida em que essa visão é “fruto da ecologização das sociedades” (GIRARDI; MASSIERER; SCHWAAB, 2006, p. 05), enquanto que a visão cartesiana fundamentou nosso desenvolvimento econômico baseado na destruição da natureza em favor do desenvolvimento.

Segundo Leff (2012, p. 30):

O ambiente não é um simples objeto de conhecimento ou um problema técnico. O ambiente emerge da ordem do não pensado pelas ciências, mas também do efeito do conhecimento que se tem desconhecido e negado à natureza e que hoje se manifesta como uma crise ambiental.

Leff (2012, p. 33) propõe a epistemologia ambiental como um caminho aberto para um novo saber onde as identidades, os saberes, os valores e as diferenças e diversidades culturais são a base para a produção de novos conhecimentos que constroem esse saber, não apenas teorias científicas como forma mais elevada de conhecimento. A epistemologia ambiental abre a verdade do ser em seu por-vir pela ressignificação do mundo, daquilo que está além das verdades legitimadas pela legalidade científica. Essa postura epistemológica impede a conversão da crítica em dogma e permite que se continue a questionar o saber a partir de todas as frentes e projetá-lo para todos os horizontes (LEFF, 2012, p. 19).

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Para Leff (2012), a crise ambiental é uma crise do conhecimento, e o autor coloca que a reorientação das formas de manejo produtivo na natureza, através da racionalidade ambiental:

Fundamenta-se em valores (qualidade de vida, identidades culturais, sentidos das existências) que não aspiram alcançar uma condição de cientificidade. Esse encontro de saberes implica em processos de hibridação cultural onde são revalorizados os conhecimentos indígenas e os saberes populares produzidos por diferentes culturas em sua coevolução com a natureza (LEFF, 2012, p. 50).

Mangabeira (1991) coloca que a crise ambiental é uma crise espiritual e a estuda através de uma perspectiva filosófica na busca uma nova ética ontológica que permita a nossa compreensão do Ser. Segundo a autora, “a crise ambiental é o sintoma, a expressão de uma crise que é cultural, civilizacional e espiritual” (p. 73). Para Capra (1982, p. 293), “podemos deliberadamente alterar nosso comportamento mudando nossas atitudes e nossos valores, a fim de readquirirmos a espiritualidade e a consciência ecológica que perdemos”.

James Lavelock e Lynn Margulis pesquisam e fundamentam a teoria de Gaia, que considera a Terra como um sistema semelhante a um organismo vivo. Lavelock (2006), ao esboçar quatro resultados possíveis para o planeta Terra em condição de doença, comparando-o a um corpo humano, assim como acontece nas doenças humanas, faz uma metáfora ao ver os seres humanos como os organismos patogênicos provocando perturbações em Gaia. Os quatro resultados possíveis das condições atuais de Gaia, segundo Lovelock (2006) seriam: “destruição dos organismos patogênicos invasores; infecção crônica, destruição do hospedeiro; ou simbiose". Segundo o autor, “se os microrganismos fossem sensíveis, eles perceberiam que, em longo prazo, seu futuro estaria em trabalhar para atingir o quarto estado, o da simbiose1” (p. 153).

1

A simbiose pode ser explicada por Capra, resumidamente, como duas ou mais espécies diferentes em íntima associação biológica (CAPRA, 1982, p. 271).

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5. METODOLOGIA

P

ara a realização desse artigo, foi necessário buscar informações sobre a condição social e ambiental na atualidade, sobre jornalismo ambiental, ecologia, sustentabilidade e educação ambiental e para o consumo

consciente, através de uma pesquisa bibliográfica.

Um questionário foi aplicado durante um trabalho de campo realizado em Curitiba e Região Metropolitana, que serviu para medirmos valores quantitativos. Na pesquisa, foram entrevistadas 177 pessoas, com perfil conforme os gráficos a seguir:

Gráfico 1 - Grau de escolaridade Fonte: (Elaboração própria, 2014)

Gráfico 2 – Idade dos entrevistados Fonte: (Elaboração própria, 2014)

Foi observado que a mídia mais acessada pelos entrevistados é a Internet, seguida pela televisão. A Internet, como ferramenta de comunicação, encontra-se mais munida de questões ambientais para os que têm interesse na discussão do assunto. Pode-se

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encontrar a Rede Brasileira de Jornalismo Ambiental (RBJA) e a Rede Brasileira de Informação Ambiental (REBIA) com o portal do meio ambiente, assim como sites de notícias ambientais como a Envolverde e a Ecoagência.

Gráfico 3 – Meio de comunicação utilizado para obter a informação Fonte: (Elaboração própria, 2014)

Essa pesquisa também mostrou como os entrevistados se consideram informados sobre o tema ambiental, sendo que 38% deles buscam informação sobre o tema, o que confirma que há interesse pelo assunto, levando em conta os 16% que simplesmente se contentam em ter poucos conhecimentos sobre a questão ambiental. No entanto, 61% dos entrevistados sabem apenas das notícias mais divulgadas, ou seja, o que está disponível nas mídias tradicionais.

Gráfico 4 – Informações sobre a questão ambiental Fonte: (Elaboração própria, 2014)

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6. DISCUSSÕES

P

odemos encontrar assuntos relacionados ao meio ambiente em diversos meios de comunicação, mas como eles são abordados? Será que eles têm se mostrado eficiente na contribuição para a educação ambiental?

Na década de 70, período em que os questionamentos relacionados ao meio ambiente começaram a ter maior destaque, os problemas ambientais divulgados pela impressa contribuíram, por exemplo, para que o mundo conhecesse o Greenpeace, uma das primeiras ONGs ambientalistas do mundo. O Greenpeace iniciou suas atividades enfrentando grandes empresas vilãs do meio ambiente, e ganhou força ao ter a mídia divulgando suas proezas. Gabeira (1988, p. 32) diz que “o Greenpeace […] sabe que os grandes temas só se transformam em temas políticos quando passam pelo crivo da mídia – televisão, principalmente”. E complementa que: A montagem de um esquema alternativo de comunicação é uma defesa contra a maneira fragmentada com que a imprensa trata não só os problemas ecológicos, mas todos os acontecimentos. […] Dentro ou fora da mídia tradicional, é difícil superar esse limite […] porque a maioria das pessoas é transformada em espectadores e se comporta, às vezes, como se estivesse diante de acontecimentos num outro planeta (GABEIRA, 1988, p. 106).

Dessa forma, é importante que todos se sintam envolvidos com seu meio e responsáveis por ele. É importante que a mensagem seja clara e que promova o debate para promover as transformações sociais.

Antes da década de 70, meio ambiente era um assunto discutido apenas entre pesquisadores e universitários que buscavam compreender o impacto humano sobre a natureza. O acesso à informação e a difusão das questões ambientais trouxeram esses conhecimentos à população. Agora se torna necessário que, além de difundir, os meios de comunicação também exerçam seu papel com a educação ambiental, visando a prevenção de maiores danos e, consequentemente, melhorando a qualidade de vida dos seres humanos.

A mensagem deve incitar a capacidade de discernimento e crítica do receptor, e despertar para as mudanças dos hábitos que não contribuem para a sustentabilidade do planeta, e para que possam também cobrar das empresas e do governo o que lhes

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cabe na preservação da natureza. Mas, como o receptor pode interpretar a crise ambiental se a mensagem lhe chega fragmentada, redundante e esporadicamente?

A informação ambiental precisa de jornalistas que compreendam a importância do assunto tratado, para que se promova a construção de uma sociedade em equilíbrio com seu meio. Scharf (2004, p. 76) diz que “é fundamental que os jornalistas cubram os temas ambientais sistematicamente; que estudem, apurem à exaustão e falem com o maior número possível de pessoas, a fim de avançar ao máximo na discussão”. A mesma autora complementa que meio ambiente tem relação com todas as esferas da sociedade, e sua cobertura deve ser à altura das complexas demandas de nosso tempo. Por isso, o assunto não pode ter uma cobertura pontual nem superficial na chamada grande imprensa, apenas quando um acontecimento desperta para ser noticiado. Sua cobertura deveria estar contribuindo com seu papel social e educacional neste assunto que afeta a vida de todos.

Tratar as questões ambientais na imprensa, buscando alcançar um potencial de compreensão e prática da consciência pela sociedade, é um belo desafio. Uma proposta para esse fim pode provir do chamado Novo Jornalismo, técnica do jornalismo literário em que o autor participa dos fatos e coloca sua posição utilizandose de recursos da literatura. Esse é uma alternativa ao jornalismo objetivo e às técnicas utilizadas no jornalismo diário. Ao potencializar os recursos do jornalismo e proporcionar visões mais amplas da realidade, garantindo perenidade e profundidade aos relatos (PENA, 2011), podemos envolver o leitor, internauta, ouvinte ou telespectador na realidade apresentada, e ele pode vir a sentir-se mais próximo daquilo que lhe está sendo mostrado. 7. CONSIDERAÇÕES FINAIS

E

ste artigo buscou enfatizar que a imprensa, através do jornalismo ambiental, pode ser uma aliada importante na educação ambiental, principalmente se buscar integrar a participação da sociedade, permitindo ao indivíduo sentir-se

integrante e responsável por seu meio. Esse jornalismo especializado é justificado pela importância da compreensão do tema, do conhecimento técnico necessário, já que se compreende que o jornalista é um formador de opinião e tem seu papel social a cumprir.

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Os temas que envolvem as questões ambientais são abrangentes e relacionam-se com o nível cultural da sociedade, o meio econômico do país e as relações sociais da comunidade, sendo mais um motivo para que o tema fique em evidência na impressa, em horário nobre nos espaços da TV, e buscando-se uma visão ampla do assunto tratado.

Esse artigo também buscou mostrar que novas compreensões e descobertas têm emergido no campo das ciências, transformando nossas visões de mundo. As concepções cartesianas e newtonianas que fundamentaram o pensamento ocidental nos distanciaram da natureza, nos trouxeram a um individualismo que acarretou a má distribuição das riquezas do planeta, a acumulação de bens, a propriedade privada, entre outros. Nessa consciência, a mente e a matéria são dois conceitos separados e desconectados.

O trabalho com a educação ambiental nos leva a uma visão mais holística e integrada, onde a mente e matéria são um todo conectado. Quando quebramos essa fragmentação da realidade e compreendemos com maior clareza a interconectividade e inter-relacionamento entre todos os seres vivos, expandimos a uma nova compreensão do mundo em que vivemos e podemos superar a crise que, como foi mostrado, não é apenas ambiental.

Os meios de comunicação podem trazer essas questões à população antes da instalação de uma crise, enfatizando um estímulo de conexão, integração e respeito pela natureza, ou seja, trabalhando a educação ambiental. Precisamos urgentemente alterar nosso sistema de valores e começar a mudança na forma de interagir com o meio em que vivemos. Os jornalistas podem ajudar na formação de cidadãos conscientes ao se tornarem também conscientes.

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Recebido em: 17 nov. 2014. Aprovado em: 06 dez. 2014.

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Avaliação da qualidade de alisantes capilares: análise do teor de ingredientes ativos QUALITY ASSESSMENT OF THE CAPILLARIES STRAIGHTENERS: REVIEW OF THE CONTENT INGREDIENTS ASSETS

Giorgia Gomes Pereira Farmacêutica Bioquímica e professora da Escola Superior São Francisco de Assis. Especialista em Homeopatia e em Supervisão Escolar e Formação de Formadores. Santa Teresa, ES E-mail: giorgiagomes@gmail.com Carla Caser Rossi Farmacêutica Generalista São Roque do Canaã, ES E-mail: carla_rossi1@hotmail.com Katiane Murgia Flegler Farmacêutica Generalista Colatina, ES E-mail: katianeflegler@hotmail.com Mariana Alves de Souza Farmacêutica Generalista Santa Teresa, ES E-mail: mari.possatti@hotmail.com

PEREIRA, G.G. et al. Avaliação da qualidade de alisantes capilares: análise do teor de ingredientes ativos. Revista Espaço Científico Livre, Duque de Caxias, v. 05, n. 01, p. 83-97, fev.-mar., 2015.

RESUMO Os cabelos têm um papel fundamental na aparência exercendo grande influência sobre a autoestima das pessoas, promovendo, com isto, um aumento na procura por tratamentos capilares que visam modificar a estrutura dos fios. O objetivo geral foi analisar produtos alisantes disponíveis no mercado no Município de Colatina e os objetivos específicos foram analisar o teor dos ingredientes ativos, identificá-los nos cremes alisantes e avaliar

se a quantidade encontrada corresponde à permitida pela ANVISA. Após a pesquisa bibliográfica foi realizado um levantamento dos diversos alisantes capilares comercializados no Município de Colatina e, posteriormente, foi realizada uma análise quantitativa para determinação do teor dos ingredientes ativos. Dentre as amostras analisadas, 25% do total foram reprovadas, por apresentarem concentrações elevadas, em torno de duas vezes mais, em relação

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ao hidróxido de cálcio. Os demais ingredientes ativos não apresentaram teores alterados, obedecendo ao que está determinado pela legislação. Os resultados obtidos são um retrato da realidade da produção dos alisantes capilares, pois mostra que há produtos que realmente atendem as recomendações da ANVISA, mas também há aqueles em que o teor de ingredientes ativos ultrapassa o recomendado. Os resultados encontrados

representam um alerta, em relação ao consumo desses produtos. Além disso, deve-se tomar cuidado com a utilização de produtos que possam ter sua formulação alterada pelos próprios profissionais dos salões de beleza. Geralmente esses profissionais não possuem conhecimento dos malefícios que esses ingredientes ativos quando em concentrações elevadas podem causar grandes prejuízos a sua saúde e a dos seus clientes.

Palavras-chave: Cabelos. Alisantes capilares. Teor. Formaldeído. Hidróxidos.

ABSTRACT The hairs have a key role in the appearance exerting great influence on self-esteem promoting, thus, an increase in demand for hair treatments aimed at changing the structure of the threads. The overall objective was to analyze straightening products available in the market in the City of Colatina and the specific objectives were to analyze the content of active ingredients, identify them in straightening creams and assess whether the amount found corresponds to that allowed by ANVISA. After the literature survey the various hair straighteners, both general (or domestic) used as professional use sold in the City of Colatina and then a quantitative analysis was performed to determine the content of the active ingredients was conducted. Among the isolates analyzed, only 25% of the total were deprecated because have high

concentrations, about twice as compared to calcium hydroxide. The other active ingredients showed no alteration in the levels, according to what is specified by the legislation. The results are a snapshot of the reality of the production of hair straighteners, it shows that there are products that actually meet the recommendations of ANVISA, but there are also those in which the concentration of active ingredients exceeds the amount recommended. The results represent an alert regarding the consumption of these products. Furthermore, one should be careful with the use of products which may be amended by the professionals themselves Salons formulation. Often these professionals are not aware of the harm that these active ingredients at high concentrations can cause major damage to your health and that of their clients.

Keywords: Hair. Hair straighteners. Content. Formaldehyde. Hydroxides.

1. INTRODUÇÃO

O

cabelo exerce um papel importante na autoestima dos seres-humanos,

devido a importância que é dada a questão estética. É uma característica física que pode ser facilmente alterada; sua forma, comprimento e cor

podem ser modificados para criar um estilo completamente diferente. O cabelo não exerce nenhuma função vital, porém, sua grande importância pode ser identificada pelo aumento da procura dos mais potentes alisantes capilares para alterar a forma dos fios.

O alisamento capilar consiste em:

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[...] quebra, temporária ou permanente, das ligações químicas que mantêm a estrutura tridimensional da molécula de queratina em sua forma rígida original. Estas são divididas em ligações fortes (pontes dissulfeto) e ligações fracas (pontes de hidrogênio, forças de Van der Waals e ligações iônicas). As forças fracas são quebradas no simples ato de molhar os cabelos. As ligações químicas mais fracas resultam da atração de cargas positivas e negativas. Existem os alisamentos temporários, que utilizam técnicas físico-químicas, como o secador e a piastra (“chapinha”), também a técnica do “hot comb”. Temporários, pois duram até a próxima lavagem. Necessitam que os cabelos sejam previamente molhados, para que ocorra a quebra das pontes de hidrogênio no processo de hidrólise da queratina, permitindo, assim, a abertura temporária de sua estrutura helicoidal. Com isso, o fio fica liso. A desidratação rápida com o secador mantém a forma lisa da haste. A aplicação da prancha quente molda as células da cutícula (escamas), como se as achatasse paralelamente à haste. O fio adquire aspecto liso e brilhante, por refletir mais a luz incidente (ABRAHAM et al., 2009, p.178).

Os alisamentos definitivos rompem as pontes dissulfeto da queratina através de reações químicas de redução. Podem ser realizados com hidróxido de sódio, hidróxido de lítio e hidróxido de guanidina (hidróxido de cálcio mais carbonato de guanidina) e formaldeído (ABRAHAM et al., 2009).

Os alisantes capilares, segundo a legislação vigente, são de registro obrigatório, pois, oferecem grandes riscos à saúde de quem manipula o produto e também a pessoa que recebe a aplicação. São classificados como de uso geral ou profissional, de acordo com a concentração máxima de ativo permitida pela legislação. Possuem em suas formulações ingredientes ativos que são substâncias irritantes para a pele e, se utilizadas inadequadamente, podem causar queimaduras graves na córnea e no couro cabeludo. Destaca-se, entre os ingredientes ativos, o formaldeído, que possui elevada toxicidade (SANTA BÁRBARA; MIYAMARU, 2008).

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA, 2012) em sua Resolução nº 03, de 18 de janeiro de 2012, estabelece as condições e restrições para a utilização dos alisantes da classe dos hidróxidos nos produtos cosméticos. No rótulo destes produtos deve conter as seguintes informações de alerta: “o produto contém álcali”, “evitar o contato com os olhos”, “pode causar cegueira” e “manter fora do alcance das crianças”. As concentrações utilizadas nos produtos destinados para “uso profissional” e de “uso geral” são diferentes em alguns casos. O hidróxido de sódio e o hidróxido de lítio quando destinados para “uso geral” devem ser encontrados com 2% em peso e para “uso profissional” 4,5% em peso. Já o hidróxido de cálcio possui o mesmo teor para as diferentes formas de uso, sendo 7% a concentração determinada.

85


Ainda, conforme estabelecido pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA, 2012) em sua Resolução nº 03, de 18 de janeiro de 2012, é proibida a exposição, a venda e a entrega ao consumo de formol ou de formaldeído (solução a 37%) em drogaria, farmácia, supermercado, armazém e empório, loja de conveniência e drugstore. A finalidade dessa Resolução é restringir o acesso da população ao formol, coibindo o desvio de uso do formol como alisante capilar, protegendo a saúde de profissionais cabeleireiros e consumidores. Dados recebidos pela Anvisa mostram que as notificações de danos 0 causados por produtos para alisamento capilar triplicaram no 1 semestre de 2009 em comparação com todo o ano de 2008, sendo que na maioria dos casos há suspeita do uso indevido de formol (e 1 também de glutaraldeido) como substâncias alisantes .

A utilização indevida de formaldeído é muito perigosa, devido a sua toxicidade. Em altas concentrações pode levar até mesmo a queda dos cabelos. O contato do produto com a pele pode ocasionar irritação, com vermelhidão, dor e queimaduras. Causa irritação nos olhos, com vermelhidão, dor, lacrimejamento e visão embaçada, levando a danos irreversíveis, como debilidade da visão, em altas concentrações. A inalação do produto pode causar dor de garganta, irritação no nariz, tosse, diminuição da frequência respiratória, sensibilização do trato respiratório, além de problemas mais graves como câncer no aparelho respiratório, pneumonia e ferimentos nas vias aéreas, levando ao edema pulmonar. A exposição prolongada pode causar hipersensibilidades, que levam a dermatites e reações alérgicas, além de aumento do fígado (ABRAHAM et al., 2009). Observa-se que os ingredientes ativos contidos nos alisantes capilares causam grandes prejuízos à saúde. O formaldeído vem sendo adicionado a produtos cosméticos destinados a escovas progressivas com a finalidade de alisar os cabelos; no entanto, seu uso é proibido. O formaldeído somente é permitido como conservante (máximo de 0,2% p/p) (SANTA BÁRBARA; MIYAMARU, 2008, p. 10).

Apesar de existirem controvérsias, quando utilizados corretamente e seguindo as orientações do fabricante, os cosméticos são seguros e as reações adversas podem não ocorrer. 1

Formol e Glutaraldeído como alisantes – Diga NÃO ao Uso Indevido. Disponível em: <http://portal.anvisa.gov.br/wps/content/Anvisa+Portal/Anvisa/Inicio/Cosmeticos/Assuntos+de+I nte resse/Orientacoes+ao+Consumidor/edfbeb004fac8bacb390b7c78b70df36>. Acesso em 16 nov. 2014.

86


São observadas, ainda, adulterações nos produtos por parte das empresas fabricantes, conforme Cita Ionta (2012, s.p.):

Ainda existem muitas empresas utilizando o formaldeído em suas escovas progressivas. Esses fabricantes apenas notificam seus produtos junto ao órgão de saúde, como se eles fossem um simples cosmético. Mas qualquer produto que modifique a estrutura do fio precisa obrigatoriamente, de um registro para ser comercializado. E o mais preocupante é que nem sempre o profissional tem a consciência do malefício causado por essa substância. Muitos deles conhecem o produto, o cheiro e a característica, mas mesmo assim utilizam o produto pelos resultados estéticos e lucratividade que podem trazer, colocando a beleza e o benefício financeiro em primeiro lugar.

O objetivo geral deste estudo foi analisar produtos alisantes disponíveis no mercado do Município de Colatina e os objetivos específicos foram: analisar o teor dos ingredientes ativos e identificá-los nos cremes alisantes e avaliar se a quantidade encontrada corresponde à permitida pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). Sobre o tema “alisantes capilares” foi realizada uma pesquisa bibliográfica que, de acordo com Gil (2009, p. 44) “é desenvolvida com base em material já elaborado, constituído principalmente de livros e artigos científicos”. Para tal, foram utilizados artigos dos últimos cinco anos disponíveis em bases de dados científicos como: Google Acadêmico, ANVISA e Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (ABIHPEC). Após a pesquisa foi realizado um levantamento dos diversos alisantes capilares, tanto de uso geral (ou doméstico) como de uso profissional, comercializados no Município de Colatina e posterior análise quantitativa das amostras selecionadas.

A importância deste trabalho se deu por identificar se a concentração dos ingredientes ativos encontrados nos alisantes capilares no mercado de Colatina está em conformidade com a legislação da ANVISA, tendo em vista, que essas substâncias presentes em altas concentrações podem causar danos à saúde do consumidor. 2. REFERENCIAL TEÓRICO

O

Brasil é um dos três países que mais crescem no setor de HPPC (higiene

pessoal, perfumaria e cosmético), ocupando a terceira posição no ranking mundial de crescimento nesse setor, o que já vem se mantendo desde 2011.

87


Essa avaliação ressalta que o país é líder em faturamento com desodorantes e fragrâncias. Apesar de assumir a vice-liderança nos produtos de cabelo em geral, o país é recorde em vendas de produtos alisantes. De acordo com os dados, o país faturou R$ 29,4 bilhões no ano de 2011 em produtos cosméticos (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA

DA

INDÚSTRIA

DE

HIGIENE

PESSOAL,

PERFUMARIA

E

COSMÉTICOS, 2012). 2.1 ESTRUTURA CAPILAR “O crescimento do cabelo ocorre a uma taxa de 0,35 mm/dia, ou seja, está em constante ciclo de renovação e desprendimento” (MELLO, 2010, p. 6). Os fios são renováveis devido a sua unidade funcional, o folículo. Portanto, as alterações sofridas pelos fios de cabelo são temporárias, o que explica a sua capacidade de reverter o processo físico ou químico utilizado no mesmo.

A fibra do cabelo é constituída pela união dos aminoácidos através de ligações peptídicas dando origem a proteínas específicas com alta cristalinidade. Essas proteínas são denominadas de α-queratina (Figura 1), devido a sua estrutura de αhélice (estrutura espiralada), mantida pelas ligações de hidrogênio e oxigênio dos grupamentos N-H, C=O que estão situados a quatro aminoácidos de distância.

O aminoácido cisteína possui o grupamento CH2-SH nas cadeias laterais da α-hélice, uma grande quantidade de enxofre (S) e, quando as estruturas das α-queratinas estão próximas, são formadas ligações covalentes difíceis de serem rompidas, do tipo S-S, denominadas ligações dissulfeto (KÖHLER, 2011, p.31).

Essas ligações covalentes são facilitadas, pois o enxofre está apontado para fora da estrutura da proteína (OLIVEIRA, 2013).

88


Figura 1 – Estrutura de α-queratina assumida pela queratina Fonte: (OLIVEIRA, 2013)

As células da base do folículo piloso dividem-se e se diferenciam, produzindo a haste capilar. A haste capilar é dividida em três camadas: a medula (camada interna), o córtex (camada intermediária) e a cutícula (camada externa), que estão aderidas por um material amorfo, que chamamos de complexo da membrana celular (MELLO, 2010).

2.2. ALISANTES CAPILARES

Os alisantes capilares são produtos cosméticos nacionais ou importados, que têm a finalidade de alisar os cabelos. Em levantamento divulgado pela Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (ABIHPEC) há uma crescente procura por esse tipo de produto cosmético no Brasil e consequentemente um maior volume de comercialização dos mesmos, já que o cabelo representa a personalidade e feminilidade de cada pessoa.

O alisamento do cabelo é uma prática há muito tempo conhecida, C.J. Walker no século XX, utilizou um pente de metal aquecido contendo óleo no cabelo, para que dessa forma modificasse a estrutura do cabelo temporariamente (ZVIAK; SABBAGH, 2005 apud FRANÇA, 2014).

No final dos anos 50 os salões de beleza começaram a utilizar métodos mais complexos para modificar a estrutura do fio de cabelo, tendo como percussor dos alisamentos químicos, o hidróxido de sódio, usado até os dias de hoje. Contudo podemos classificar duas grandes categorias de alisamento capilar: temporários e

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permanentes. O temporário utiliza fonte de calor para conseguir o resultado, como por exemplo, chapinhas e secadores. Enquanto o alisamento permanente é obtido através do emprego de ingredientes ativos (ZVIAK; SABBAGH, 2005, apud FRANÇA, 2014).

Segundo a Resolução nº 04, de 30 janeiro de 2014 (ANVISA, 2014), os produtos cosméticos são classificados como grau de risco 1 e 2 de acordo com as ocorrências indesejadas que eles podem oferecer. Os classificados como grau de risco 1 são aqueles produtos que oferecem menor risco à saúde e que não necessitam de informações detalhadas quanto a sua eficácia e modo de uso. Os produtos de grau de risco 2 apresentam risco em potencial e necessitam de comprovação de eficácia bem como informações de uso e alerta. Portanto, os alisantes capilares são classificados como grau de risco 2. Entretanto, quando usados de forma correta e seguindo as recomendações propostas pelo fabricante, podem ser considerados seguros (MACAGNAN; SARTORI; CASTRO, 2010). Observa-se então que, devido ao fato de os produtos disponíveis no mercado acabarem representando um risco quando são potencialmente lesivos à saúde de quem os utiliza, a sua qualidade e segurança precisam ser atestadas para que sejam considerados adequados ao consumo. O critério básico a ser obrigatoriamente atendido é a observação às normas técnicas estabelecidas pelas entidades acreditadas, a exemplo da Associação Brasileira de Normas Técnicas, e pelos órgãos estatais competentes pela sua fiscalização, como o Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (INMETRO) e do Conselho Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (CONMETRO), para então serem comercializados. Quando algum produto ou serviço em oferta não está em conformidade com as normas técnicas, caberá a esses órgãos públicos a sua regulação (MIRAGEM, 2013, p. 284).

Além do INMETRO, vale ressaltar que no Brasil há a ANVISA, cuja responsabilidade é a de atestar a eficácia, qualidade e segurança dos produtos cosméticos para o consumidor, e declarar os dados que os comprovem, considerando-se que “a avaliação da segurança deve preceder a colocação do cosmético no mercado”. Desta forma, qualquer produto cosmético obrigatoriamente tem que ser compatível com as condições normais e previsíveis de uso para que possa ser disponibilizado ao livre alcance do consumidor no mercado. 2.3. AÇÃO DOS ALISANTES NA ESTRUTURA CAPILAR

Os ingredientes ativos,

90


[...] hidróxido de sódio ou lítio e o hidróxido de guanidina (compõe-se de carbonato de guanidina e hidróxido de cálcio) são os mais potentes e destinam-se, em geral, aos cabelos afro étnicos [...]. Já o hidróxido de guanidina é menos potente que o hidróxido de sódio, mas, mesmo assim, ainda apresenta alto potencial de danos à fibra. Ele age promovendo a quebra das pontes dissulfeto da queratina, em um processo denominado “lantionização”, que é a substituição de um terço dos aminoácidos de cistina por lantionina. O cabelo é composto por aproximadamente 15% de cistina. Utiliza pH alcalino (entre 9 e 14), que causa intumescimento da fibra e permite a abertura da camada exterior, a cutícula, para que o alisante nela penetre e também na camada seguinte, o córtex. Após, aplica-se uma substância que acidifica o pH, interrompendo o processo e voltando a fechar as pontes dissulfeto no novo formato desejado do fio. Em geral, usam-se xampus ácidos com esse fim (pH entre 4,5 e 6,0) (ABRAHAM et al., 2009, p.179).

Existe ainda, a “escova progressiva”, que virou moda no Brasil por deixar o efeito liso nos cabelos. Para obtenção de tal efeito, o produto utilizado para esse procedimento é produzido a partir de elevadas concentrações de formol, uma substância tóxica, cancerígena2 e proibida no país para essa finalidade (desvio do uso), mas que ainda vem sendo utilizada largamente como produto de estética nos salões de beleza, mesmo tendo se demonstrado um dos maiores vilões à saúde do consumidor, provocando desde reações alérgicas e doenças dermatológicas até complicações maiores que podem levar à morte (BRITO, 2014).

O formaldeído, este se liga às proteínas da cutícula e aos aminoácidos hidrolisados da solução

de

queratina,

formando

um

filme

endurecedor

ao

longo

do

fio,

impermeabilizando-o e mantendo-o rígido e liso. Sendo o processo de alisamento com formaldeído o mais rápido e barato que deixa os fios de cabelo com um brilho intenso (MELLO, 2010).

2

De acordo com a dermatologista Maria Natalia D’Fraia, do ambulatório de cabelo da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), o reagente químico altera o DNA. O formol é um produto químico forte o suficiente para alternar o DNA celular e causar câncer. O risco da doença é proporcional a frequência com que a pessoa entra em contato com o produto. Isso significa que quanto mais vezes o formol for utilizado, maiores são as chances do tumor. Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), o formol está relacionado ao aparecimento de tumores na região das vias aéreas, como nariz, boca, faringe, laringe e traqueia. Neste caso, o aparecimento da doença não é imediato, mas pode surgir após anos de uso do produto. Disponível em: <http://www.ijoma.com.br/noticia_view.php?ID=899>. Acesso em 16 nov. 2014.

91


3. MATERIAIS E MÉTODOS

A

pós a pesquisa bibliográfica foi realizado um levantamento dos diversos alisantes capilares, tanto de uso geral (ou doméstico) como de uso profissional, comercializados no Município de Colatina, o que correspondeu a

um total de 8 amostras. A essas amostras foi realizada uma análise quantitativa que de acordo com a definição de Sabino (1996, apud LAKATOS; MARCONI, 2010, p. 283), se efetua “com toda informação numérica resultante da investigação”, que se “apresentará como um conjunto de quadros, tabelas e medidas”. De acordo com Gil (2009, p. 145), “quando o universo de investigação é geograficamente concentrado e pouco numeroso, convém que sejam pesquisados todos os elementos” (procedimento realizado pelas autoras).

Nas 8 amostras selecionadas foi realizada a análise físico-química dos ingredientes ativos com ação alisante: o formaldeído e os hidróxidos de sódio, de lítio e de guanidina. 4 RESULTADOS E DISCUSSÃO

4.1. ANÁLISE DE FORMALDEÍDO

Foram analisadas 3 amostras de formaldeído, pelo método qualitativo, para identificar a presença do mesmo, sendo 2 amostras de “uso geral” e 1 amostra de “uso profissional”. As amostras que apresentarem formaldeído em concentração > 0,01%, foram submetidas a análise quantitativa, com o intuito de investigar se estavam com teor elevado (acima de 0,2%). Após análise do teor de formaldeído nas amostras de produtos alisantes de “uso geral” foram encontrados tanto para a amostra 1 quanto para a amostra 2 um valor estimado inferior a 0,01%, estando de acordo com as concentrações estabelecidas pela Resolução nº 03, de 18 de janeiro de 2012, atestando que o formaldeído, na concentração encontrada, está sendo utilizado como conservante no produto. Na amostra 3, classificada como de “uso profissional”, foi identificada, a presença de formaldeído em concentração > 0,01%, através da análise qualitativa. Foi realizada análise quantitativa para avaliar se o formaldeído encontrava-se em concentração >

92


0,2%. O teor encontrado foi de 0,18%, atestando que a amostra está aprovada. O resultado encontrado comprova que o formaldeído está sendo utilizado com função conservante do produto.

É importante destacar que a amostra 3 foi adquirida através de um representante de distribuidora, ou seja, um produto que é comercializado somente no atacado. Ao escolher aleatoriamente observou-se após a análise, que a amostra destinada para uso em salão de beleza estava de acordo, sendo importante para identificar que os produtos de uso exclusivo em salões de beleza também estão em conformidade com a legislação. Ressaltando que se analisou apenas uma amostra, devido a dificuldade de aquisição dos produtos.

Na tentativa de conseguir um maior número de amostras foi realizada visitas em salões de beleza do município de Colatina para tentar adquirir as mesmas. As amostras seriam para analisar se estas haviam sido acrescidas de formaldeído pelos profissionais, tendo em vista que: [...] a Anvisa recolheu amostras dos produtos que continham formol para realizar uma análise, e verificou que os alisantes não eram fabricados por laboratório algum, mas eram sim de elaboração caseira, em sua maioria. Além disso, os vigilantes sanitários confirmaram através de pesquisa de campo que “nos próprios salões as pessoas estavam misturando formol, queratina e cremes e aplicando nas clientes". Desde então, a Anvisa tem alertado os frequentadores desavisados dos salões para os riscos de alisantes clandestinos e para a necessidade de se adotar cuidados básicos na escolha e uso desses produtos, já que representam uma grande ameaça para a saúde, apesar de sua promessa tentadora àqueles que desejam estar nos padrões de beleza e conseguir a “solução milagrosa” para obter cabelos lisos (BRITO, 2014, p. 13).

É o que se conclui do resultado da pesquisa de Piacesi (2005, apud VARELA, 2007, p.14) cita que: A Vigilância Municipal do Rio de Janeiro (ano 2005) apreendeu fórmulas com a concentração indevida de formol. Telma Piacesi, técnica da vigilância sanitária do Rio de Janeiro, afirma, a partir das amostras analisadas, que os produtos apreendidos eram caseiros e não eram fabricados por nenhum laboratório credenciado. Constatouse também que muitos estabelecimentos de beleza misturavam formol, queratina e condicionadores e aplicavam nas clientes.

Tal fato é confirmado no estudo de Valcinir (2008, apud SOUZA, 2012, p.332), mostrando que:

93


Alguns profissionais ainda adicionam formaldeído em concentrações acima do permitido pela ANVISA, aos cremes alisantes comerciais, provocando, consequentemente, alteração de fábrica, o que resulta em uma infração sanitária de adulteração.

Apesar da tentativa, os salões não forneceram amostras dos alisantes utilizados. 4.2 ANÁLISE DO GRUPO DOS HIDRÓXIDOS As duas amostras de hidróxido de cálcio, classificadas como de “uso profissional” foram reprovadas na análise quantitativa. A amostra 1 apresenta teor de hidróxido de cálcio 97,7% superior ao valor de referência, enquanto a amostra 2 encontra-se com concentração 153% superior.

As amostras foram adquiridas no varejo de produtos cosméticos, mesmo sendo somente de uso profissional. Algo importante a ser mencionado foi a facilidade de acesso que o consumidor possui em relação a estes alisantes. Apesar de vir explícito no rótulo “uso profissional” qualquer pessoa tem acesso ao produto, podendo fazer uso em casa, o que não é recomendado.

Ainda na Tabela 2 pode-se observar que foi identificada uma variação no teor de hidróxido de lítio durante a análise do alisante, sendo encontrados 2,15% (p/p). Porém, conforme o estabelecido pelo Guia de Estabilidade de Produtos Cosméticos (AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA, 2004) é permitida uma variação determinada de ± 10% para os produtos cosméticos encontrados no mercado durante o prazo de validade.

O mercado é carente em produtos à base de hidróxido de lítio, por isso a dificuldade em encontrar maior número de amostras. Também não há estudos relacionados com análise de produtos alisantes com este ingrediente ativo.

Observa-se que do total de amostras analisadas para formaldeído, 3 (100%) encontram-se em conformidade com o que é preconizado pela ANVISA. Quanto ao ingrediente ativo hidróxido de cálcio, as 2 amostras analisadas (100%) encontram-se em desacordo. Quanto as duas amostras de hidróxido de sódio e uma amostra de hidróxido de lítio, ambas (100%) estão aprovadas.

94


Do total das 8 amostras com todos os ingredientes ativos, 2 (25%) encontram-se em desacordo com a Resolução nº 03, de 18 de janeiro de 2012.

Quando comparado como o estudo de Santa Barbara e Miyamaru (2008) observa-se que os resultados apresentam diferenças, [...] das 38 amostras analisadas no período de 2003 a 2007, 20 (52,63%) estavam em desacordo com a legislação vigente em relação ao teor de princípio ativo, sendo que 26,3% eram formulações à base de hidróxido de sódio que estavam acima do limite máximo permitido; [...] 2,63% das formulações à base de hidróxido de cálcio; e 21,0% das amostras continham altos teores de formaldeído (SANTA BÁRBARA; MIYAMARU, 2008, p.11).

Tal fato pode dever-se ao menor número de amostras pesquisadas assim como ao período de tempo, também, menor. 5. CONCLUSÃO

O

estudo realizado indicou que dentre as 8 amostras analisadas, 2 delas

(25%) estavam com teor acima do permitido, destacando que estas amostras eram de “uso profissional” e continham como ingrediente ativo o

hidróxido de cálcio. Vale ressaltar que estas 2 amostras, bem como a maioria estudada, foram adquiridas no mercado, livremente, o que indica que produtos com elevado teor de ingredientes ativos podem ser facilmente encontrados e utilizados por qualquer pessoa, sem as devidas orientações, trazendo como consequência, os efeitos indesejados.

Estes resultados representam um alerta, porque algumas amostras continham uma média duas vezes maior que o permitido o que pode causar vários danos à saúde do consumidor e dos profissionais do ramo estético, justificando a necessidade de um controle de qualidade rigoroso e uma fiscalização eficaz. As 6 amostras restantes (75%) estavam em conformidade com o que é permitido pela legislação. Na investigação acerca da finalidade do formaldeído no produto, observou-se que nas 3 amostras analisadas, estava sendo utilizado com a finalidade de conservante e não com função alisante, o que é proibido pela ANVISA.

Para uma melhor abordagem do tema e a obtenção de resultados mais conclusivos, sugere-se a realização de novas análises com um maior número de amostras, pois, às

95


autoras, isto não foi possível, uma vez que o mercado do município de Colatina não ofertava uma ampla variedade de produtos para alisamento capilar, o que dificultou na obtenção de um número maior de amostras.

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VARELA, A. E. M. Um estudo sobre os princípios ativos dos produtos para alisamento e relaxamento de cabelos oferecidos atualmente no mercado brasileiro. Trabalho de Conclusão de Curso (Cosmetologia Estética). Universidade do Vale do Itajaí. Balneário Camboriú, 2008. Disponível em: <http://siaibib01.univali.br/pdf/Antonio%20M artins%20Varela.pdf>. Acesso em: 05 nov. 2014.

SANTA BARBARA, M. C. S.; MIYAMARU, L.L. Resultado das análises de alisantes capilares. Boletim Epidemiológico Paulista, São Paulo, v. 5. n. 54, jun. 2008. Disponível em: <http://periodicos.ses.sp.bvs.br/scielo.php? script=sci_arttext&pid=S1806-

PEREIRA, G.G. et al. Avaliação da qualidade de alisantes capilares: análise do teor de ingredientes ativos. Revista Espaço Científico Livre, Duque de Caxias, v. 05, n. 01, p. 83-97, fev.-mar., 2015.

Recebido em: 18 dez. 2014. Aprovado em: 28 jan. 2015.

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CURSO ONLINE COM CERTIFICADO INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS Além da atualização e/ou introdução ao tema, esse curso livre pode ser utilizado como complementação de carga horária para atividades extracurriculares exigidas pelas faculdades. Conteúdo programático do curso - DEFINIÇÃO - CLASSIFICAÇÃO - INTERAÇÃO FARMACÊUTICA - Exemplos de incompatibilidades - INTERAÇÕES TERAPÊUTICAS - INTERAÇÃO FARMACOCINÉTICA - INTERAÇÕES QUE MODIFICAM A ABSORÇÃO - Exemplos de alterações de absorção - INTERAÇÕES QUE MODIFICAM A DISTRIBUIÇÃO - Exemplo de alterações da distribuição - INTERAÇÕES QUE MODIFICAM A METABOLIZAÇÃO - Exemplos de alterações da metabolização - INTERAÇÃO QUE MODIFICAM A EXCREÇÃO - Exemplos de alterações da excreção - INTERAÇÃO FARMACODINÂMICA - Sinergia - Exemplos de sinergia - Antagonismo - Exemplos de ação antagonista - INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS: ENFERMAGEM - Infusões Parenterais - Via Enteral - EXEMPLOS DE INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS - CASOS ESPECÍFICOS - CASO 1: ANTIMICROBIANOS X CONTRACEPTIVOS ORAIS - CASO 2: PRINCIPAIS INTERAÇÕES COM ANTIBIÓTICOS - CASO 3: SIBUTRAMINA - CASO 4: ANTI-IFLAMATÓRIOS - CASO 5: FITOTERÁPICOS - CASO 6: CITRATO DE SILDENAFILA - INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS NO DIA A DIA - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Uma introdução ao tema interações medicamentosas, com definições e exemplos atuais. Ideal para estudantes ou profissionais que queiram conhecer e se aprofundar sobre o assunto.


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MAIS INFORMAÇÕES EM


EVENTOS ACADÊMICOS: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E SAÚDE

MESTRADO EM CIÊNCIAS FARMACÊUTICAS/UFRN Até 20 de fevereiro de 2015. Local: Natal/RN. Saiba mais em: http://boo-box.link/1TKPJ

SEMINÁRIO DE BIOÉTICA De 20 a 22 de março de 2015. Local: Curitiba, PR. Saiba mais em: http://boo-box.link/1TFTF

XV SEMANA ACADÊMICA DO CURSO DE MEDICINA VETERINÁRIA/PUC-PR De 26 a 28 de março de 2015. Local: Curitiba, PR. Saiba mais em: http://boo-box.link/1TKSI

III CICLO CARLOS CHAGAS DE PALESTRAS De 09 a 10 de abril de 2015. Local: Rio de Janeiro, RJ. Saiba mais em: http://boo-box.link/1TKOK

II ENCONTRO SOBRE NEUROCIÊNCIAS NA EDUCAÇÃO INCLUSIVA 360º De 10 de abril de 2015. Local: Campinas, SP. Saiba mais em: http://boo-box.link/1TKOV

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MESTRADO EM ANÁLISES CLÍNICAS E TOXICOLÓGICAS/UFMG Inscrições até 08 de maio de 2015. Local: Belo Horizonte, MG. Saiba mais em: http://boo-box.link/1T94U

X CONGRESSO DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE DST & VI CONGRESSO BRASILEIRO DE AIDS De 17 a 20 de maio de 2015. Local: São Paulo, SP. Saiba mais em: http://boo-box.link/1TFTD

VI SEMINÁRIO NACIONAL SOCIOLOGIA & POLÍTICA/UFPR De 20 a 22 de maio de 2015. Local: Curitiba, PR. Saiba mais em: http://boo-box.link/1U6QE

EXPOFARMASUL 2015 De 21 a 23 de maio de 2015. Local: Porto Alegre, RS. Saiba mais em: http://boo-box.link/1TFTC

VIII CONGRESSO BRASILEIRO DE CATARATA E CIRURGIA REFRATIVA De 03 a 06 de junho de 2015. Local: Mata de São João, BA. Saiba mais em: http://boo-box.link/1TFTB

MESTRADO E DOUTORADO EM CIÊNCIAS SAÚDE/UFRN Até 09 de junho de 2015. Local: Natal/RN. Saiba mais em: http://boo-box.link/1TKPJ

3º CONGRESSO INTERNACIONAL EM SAÚDE De 16 a 19 de junho de 2015. Local: Ijuí, RS. Saiba mais com: eventos.dcvida@unijui.edu.br

13º CONGRESSO BRASILEIRO DE MEDICINA DE FAMÍLIA E COMUNIDADE De 08 a 12 de julho de 2015. Local: Natal, RN. Saiba mais em: http://boo-box.link/1TFT3

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11º CONGRESSO BRASILEIRO DE SAÚDE COLETIVA De 28 de julho a 01 de agosto de 2015. Local: Goiânia, GO. Saiba mais em: http://boo-box.link/1TFT1

DOUTORADO EM BIOQUÍMICA/UFRN Até 31 de julho de 2015. Local: Natal/RN. Saiba mais em: http://boo-box.link/1TKPJ

XI CONGRESSO INTERNACIONAL DE NUTRIÇÃO FUNCIONAL De 10 a 12 de setembro de 2015. Local: São Paulo, SP. Saiba mais em: http://boo-box.link/1TFT5

IX CONGRESSO BRASILEIRO DE BIOSSEGURANÇA De 29 de setembro a 01 de outubro de 2015. Local: Porto Alegre, RS. Saiba mais em: http://boo-box.link/1TFT6

XVIII CONGRESSO FARMACÊUTICO DE SÃO PAULO De 10 a 13 de outubro de 2015. Local: São Paulo, SP. Saiba mais em: http://boo-box.link/1TFT8

RIOPHARMA De 15 a 17 de outubro de 2015. Local: Rio de Janeiro, RJ. Saiba mais em: http://boo-box.link/1TKS8

7º CONGRESSO BRASILEIRO DE TELEMEDICINA E TELESAÚDE, 20º CONGR. DA SOCIEDADE INTERNACIONAL DE TELEMEDICINA & TELESSAÚDE, 1º CONGRESSO DE TELESSAÚDE RIO DE JANEIRO De 28 a 30 de outubro de 2015. Local: Rio de Janeiro, RJ. Saiba mais em: http://boo-box.link/1TEFI

X CONGRESSO BRASILEIRO DE FARMÁCIA HOSPITALAR De 12 a 14 de novembro de 2015. Local: Curitiba, PR. Saiba mais em: http://boo-box.link/1TFT9

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EVENTOS ACADÊMICOS: CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA

DOUTORADO EM GEOGRAFIA/UFU Inscrições de 02 até 03 de março de 2015. Local: Uberlândia, MG. Saiba mais em: http://boo-box.link/1U92Q

SEMINÁRIO INTERAMERICANO DE CONTABILIDADE De 12 a 13 de março de 2015. Local: Maceió, AL. Saiba mais em: http://boo-box.link/1TFTH

XI REUNIÃO BRASILEIRA DE CLASSIFICAÇÃO E CORRELAÇÃO DE SOLOS De 14 a 21 de março de 2015. Local: RR. Saiba mais em: http://boo-box.link/1TFTK

BOLSAS DE ESTUDOS PARA BACHARELADO, MESTRADO E DOUTORADO NA RÚSSIA Inscrições até 20 de março de 2015. Saiba mais em: http://boo-box.link/1U93L

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CONCURSO PARA MESTRE EM CONTABILIDADE OU ECONOMIA OU FINANÇAS OU DESENVOLVIMENTO OU ADMINISTRAÇÃO OU GESTÃO; COM GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS CONTÁBEIS/UFPA Inscrições até 23 de março de 2015. Local: Belém, PA. Saiba mais em: http://www.ceps.ufpa.br/daves/docentes_ufpa_2011_1/todo/andamento/edital%20052015/Edital/Edital%2005-2015.pdf

CONCURSO PARA DOUTOR EM CONTABILIDADE OU ECONOMIA OU ENGENHARIA DA PRODUÇÃO OU PSICOLOGIA OU MEIO AMBIENTE OU CIÊNCIAS SOCIAIS OU CIÊNCIAS POLÍTICAS; COM GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO/UFPA Inscrições até 23 de março de 2015. Local: Belém, PA. Saiba mais em: http://www.ceps.ufpa.br/daves/docentes_ufpa_2011_1/todo/andamento/edital%20052015/Edital/Edital%2005-2015.pdf

DOUTORADO EM CIÊNCIA DA COMPUTAÇÃO/UFRN Até 14 de maio de 2015. Local: Natal/RN. Saiba mais em: http://boo-box.link/1TKPJ

II SIMPÓSIO BRASILEIRO DE RECURSOS NATURAIS NO SEMIÁRIDO De 27 a 29 de maio de 2015. Local: Quixadá, CE. Saiba mais em: http://boo-box.link/1TKO7

14º SIMPÓSIO BRASILEIRO DE IMPERMEABILIZAÇÃO De 15 a 17 de junho de 2015. Local: São Paulo, SP. Saiba mais em: http://boo-box.link/1TFTL

XVI SIMPÓSIO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA FÍSICA APLICADA De 28 de junho a 04 de julho de 2015. Local: Teresina, PI. Saiba mais em: http://boo-box.link/1TKNQ

DOUTORADO EM CIÊNCIA E ENGENHARIA DE MATERIAIS/UFRN Até 30 de junho de 2015. Local: Natal/RN. Saiba mais em: http://boo-box.link/1TKPJ

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CONGRESSO BRASILEIRO DO AÇO De 12 a 14 de julho de 2015. Local: São Paulo, SP. Saiba mais em: http://boo-box.link/1TFTN

XI CONGRESSO BRASILEIRO DE ENGENHARIA QUÍMICA EM INICIAÇÃO CIENTÍFICA De 19 a 22 de julho de 2015. Local: Campinas, SP. Saiba mais em: http://boo-box.link/1TFTQ

DOUTORADO EM MATEMÁTICA/UFPE Até 31 de julho de 2015. Local: Recife, PE. Saiba mais em: http://boo-box.link/1TKQW

DOUTORADO EM QUÍMICA/UFRN Até 31 de julho de 2015. Local: Natal/RN. Saiba mais em: http://boo-box.link/1TKPJ

XX SIMPÓSIO NACIONAL DE BIOPROCESSOS & XI SIMPÓSIO DE HIDRÓLISE ENZIMÁTICA DE BIOMASSA De 01 a 04 de setembro de 2015. Local: Fortaleza, CE. Saiba mais em: http://boo-box.link/1TFU9

15º CONGRESSO BRASILEIRO DE GEOLOGIA DE ENGENHARIA E AMBIENTAL De 18 a 21 de outubro de 2015. Local: Bento Gonçalves, RS. Saiba mais em: http://boo-box.link/1TFUA

57º CONGRESSO BRASILEIRO DO CONCRETO De 27 a 30 de outubro de 2015. Local: Bonito, MS. Saiba mais em: http://boo-box.link/1TFUD

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EVENTOS ACADÊMICOS: CIÊNCIAS SOCIAIS E HUMANAS

MESTRADO EM COMUNICAÇÃO/UFOP Até 20 de fevereiro de 2015. Local: Mariana, MG. Saiba mais em: http://boo-box.link/1TKP2

FESTIVAL DE CINEMA BAIANO, EM ILHÉUS (BA) Inscrições até 20 de fevereiro de 2015. Saiba mais em: http://boo-box.link/1U93S

MESTRADO EM PATRIMÔNIO GEOPALEONTOLÓGICO/UFRJ Inscrições de 23 a 27 de fevereiro de 2015. Local: Rio de Janeiro, RJ. Saiba mais em: http://boo-box.link/1U6PD

MESTRADO EM EDUCAÇÃO/UFMA Inscrições até 24 de fevereiro de 2015. Local: São Luís, MA. Saiba mais em: http://boo-box.link/1U6PZ

CONCURSO DE EXPERIÊNCIAS INOVADORAS – PRÊMIO PAULO FREIRE Inscrições até 27 de fevereiro de 2015. Saiba mais em: http://boo-box.link/1U92X

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MESTRADO E DOUTORADO EM EDUCAÇÃO/UEPG Inscrições até 09 de março de 2015. Local: Ponta Grossa, PR. Saiba mais em: http://boo-box.link/1U6PO

II SIMPÓSIO DE LITERATURA NEGRA De 16 a 20 de março de 2015. Local: Curitiba, PR. Saiba mais em: http://boo-box.link/1TKOB

CONCURSO PARA DOUTOR EM ADMINISTRAÇÃO; COM GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO/UFPA Inscrições até 23 de março de 2015. Local: Belém, PA. Saiba mais em: http://www.ceps.ufpa.br/daves/docentes_ufpa_2011_1/todo/andamento/edital%20052015/Edital/Edital%2005-2015.pdf

CONCURSO PARA DOUTOR EM EDUCAÇÃO OU ÁREAS AFINS AO TEMA DO CONCURSO/UFPA Inscrições até 23 de março de 2015. Local: Belém, PA. Saiba mais em: http://www.ceps.ufpa.br/daves/docentes_ufpa_2011_1/todo/andamento/edital%20052015/Edital/Edital%2005-2015.pdf

CONCURSO PARA DOUTOR EM LETRAS OU LINGUÍSTICA OU LÍNGUA PORTUGUESA; COM GRADUAÇÃO EM LETRAS - LÍNGUA PORTUGUESA OU LETRAS - LINGUÍSTICA/UFPA Inscrições até 23 de março de 2015. Local: Belém, PA. Saiba mais em: http://www.ceps.ufpa.br/daves/docentes_ufpa_2011_1/todo/andamento/edital%20052015/Edital/Edital%2005-2015.pdf

CONCURSO PARA DOUTOR EM ENSINO-APRENDIZAGEM DE LÍNGUAS OU LINGUÍSTICA APLICADA OU LETRAS OU LINGUÍSTICA OU CIÊNCIAS DA LINGUAGEM OU LÍNGUA FRANCESA OU LITERATURA FRANCESA, COM GRADUAÇÃO EM LICENCIATURA PLENA EM LETRAS – LÍNGUA FRANCESA/UFPA Inscrições até 23 de março de 2015. Local: Belém, PA. Saiba mais em: http://www.ceps.ufpa.br/daves/docentes_ufpa_2011_1/todo/andamento/edital%20052015/Edital/Edital%2005-2015.pdf

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CONCURSO PARA DOUTOR EM LETRAS/LINGUÍSTICA COM GRADUAÇÃO EM LETRAS – LÍNGUA INGLESA/UFPA Inscrições até 23 de março de 2015. Local: Belém, PA. Saiba mais em: http://www.ceps.ufpa.br/daves/docentes_ufpa_2011_1/todo/andamento/edital%20052015/Edital/Edital%2005-2015.pdf

CONCURSO PARA DOUTOR EM CIÊNCIAS AGRÁRIAS OU EM ENGENHARIA CIVIL; COM GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA DE PESCA OU ENGENHARIA DE AQUICULTURA OU ENGENHARIA CIVIL OU ENGENHARIA AGRONÔMICA/UFPA Inscrições até 23 de março de 2015. Local: Bragança, PA. Saiba mais em: http://www.ceps.ufpa.br/daves/docentes_ufpa_2011_1/todo/andamento/edital%20052015/Edital/Edital%2005-2015.pdf

CONCURSO PARA DOUTOR EM LINGUÍSTICA OU ÁREAS AFINS/UFPA Inscrições até 23 de março de 2015. Local: Breves, PA. Saiba mais em: http://www.ceps.ufpa.br/daves/docentes_ufpa_2011_1/todo/andamento/edital%20052015/Edital/Edital%2005-2015.pdf

CONCURSO PARA DOUTOR EM LITERATURA PORTUGUESA OU LITERATURA BRASILEIRA OU LETRAS OU ESTUDOS LITERÁRIOS; COM LICENCIATURA EM LETRAS OU ÁREAS AFINS/UFPA Inscrições até 23 de março de 2015. Local: Breves, PA. Saiba mais em: http://www.ceps.ufpa.br/daves/docentes_ufpa_2011_1/todo/andamento/edital%20052015/Edital/Edital%2005-2015.pdf

V ENCONTRO MINEIRO DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA, ECONOMIA SOLIDÁRIA E GESTÃO SOCIAL De 23 a 24 de abril de 2015. Local: Lavras, MG. Saiba mais em: http://boo-box.link/1TFUF

V ENCONTRO LUDOVICENSE DE FENOMENOLOGIA, PSICOLOGIA FENOMENOLÓGICA E FILOSOFIAS DA EXISTÊNCIA De 27 a 29 de abril de 2015. Local: São Luís, MA Saiba mais em: https://sites.google.com/site/vencdefenpsifenfildaexistencia/

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II ENCONTRO INTERNACIONAL PARTICIPAÇÃO, DEMOCRACIA E POLÍTICAS PÚBLICAS De 27 a 30 de abril de 2015. Local: Campinas, SP. Saiba mais em: http://boo-box.link/1TJ8A

VIII ENCONTRO MARANHENSE DE HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO De 12 a 15 de maio de 2015. Local: São Luís, MA. Saiba mais em: http://boo-box.link/1TFUI

III SIMPÓSIO INTERNACIONAL LAVITS: VIGILÂNCIA, TECNOPOLÍTICAS, TERRITÓRIOS De 13 a 15 de maio de 2015. Local: Rio de Janeiro, RJ. Saiba mais em: http://boo-box.link/1TFUK

8º CONGRESSO DO INSTITUTO FRANCO-BRASILEIRO DE ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS De 18 a 19 de maio de 2015. Local: Gramado, RS. Saiba mais em: http://boo-box.link/1TFUL

VI SEMINÁRIO NACIONAL SOCIOLOGIA & POLÍTICA/UFPR De 20 a 22 de maio de 2015. Local: Curitiba, PR. Saiba mais em: http://boo-box.link/1U6QE

VI SEMINÁRIO NACIONAL SOCIOLOGIA & POLÍTICA: "RELEITURAS CONTEMPORÂNEAS: O BRASIL NA PERSPECTIVA DAS CIÊNCIAS SOCIAIS" De 20 a 22 de maio de 2015. Local: Curitiba, PR. Saiba mais em: http://boo-box.link/1TFUU

I CONGRESSO NACIONAL DE PROGRAMAS EDUCATIVOS PARA JOVENS, ADULTOS E IDOSOS De 20 a 23 de maio de 2015. Local: Campos dos Goytacazes, RJ. Saiba mais em: http://boo-box.link/1TFUS

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VIII CONGRESSO BRASILEIRO DE HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO De 29 de junho a 02 de julho de 2015. Local: Maringá, PR. Saiba mais em: http://boo-box.link/1TFUW

XVII CONGRESSO BRASILEIRO DE SOCIOLOGIA: “SOCIOLOGIA EM DIÁLOGOS TRANSNACIONAIS” De 20 a 23 de julho de 2015. Local: Porto Alegre, RS. Saiba mais em: http://boo-box.link/1TFUX

XXVIII SIMPÓSIO NACIONAL DE HISTÓRIA De 27 a 31 de julho de 2015. Local: Florianópolis, SC. Saiba mais em: http://boo-box.link/1TFUZ

VII JORNADA INTERNACIONAL DE POLÍTICAS PÚBLICAS De 25 a 28 de agosto de 2015. Local: São Luís, MA. Saiba mais em: http://boo-box.link/1TJ7T

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DIVULGUE SEU EVENTO Saiba como divulgar na Revista Espaço Científico Livre eventos acadêmicos como: congressos, semanas acadêmicas, seminários, simpósios entre outros. Para divulgação de eventos acadêmicos envie um e-mail para espacocientificolivre@yahoo.com.br para receber maiores informações.


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“As invenções são, sobretudo, o resultado de um trabalho teimoso.” Alberto Santos Dumont

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