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ESPAÇO CIENTÍFICO
ISSN 2236-9538 BRASIL, N.19, ABR.-MAIO, 2014
REVISTA DE PUBLICAÇÃO DE ARTIGOS E RESUMOS DE ALUNOS DE NÍVEL TÉCNICO, SUPERIOR E PROFISSIONAIS DE DIVERSAS ÁREAS DE TODO BRASIL E DIVULGAÇÃO DE DIVERSOS EVENTOS ACADÊMICOS.
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SUMÁRIO EDITORIAL
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ARTIGOS Estimativa inicial do conhecimento da população referente ao caramujo africano Achatina fulica em Matinhos, Paraná Por Thays Teixeira da Paz e Mayra Taiza Sulzbach
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Para além da carteira: uma investigação de metodologias para a linguagem da dança no ensino formal a partir da Escola Nova e Tecnicista Por Jair Mario Gabardo Junior e Scheila Mara Maçaneiro
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Seleção de bactérias do gênero Bacillus produtoras de enzimas de interesse bioindustrial mantidas no laboratório de microbiologia do ICB-UFAM Por Mara Márcia Almeida Reinaldet e Raimundo Felipe Cruz Filho
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Inclusão do gerenciamento de resíduos sólidos no ensinoaprendizagem de uma escola pública: em prol da sustentabilidade ambiental Por José Flávio Rocha Gonçalves e Luciana Mascena Silva
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EVENTOS ACADÊMICOS
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NORMAS PARA PUBLICAÇÃO
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BRASIL, N.19, ABR.-MAIO, 2014 ISSN 2236-9538/ CNPJ 16.802.945/0001-67
EDITORIAL Bem vindo a mais uma edição de Revista Espaço Científico Livre, Neste ano várias indagações a respeito da capacidade do Brasil em hospedar e receber turistas para eventos como a Copa estão sendo levantados, bem como o dinheiro investido nessas ações. Dinheiro que poderia ser investido na educação e saúde, por exemplo. Mas ao mesmo tempo investimentos em outras áreas são importantes para atrair capital e atenção ao nosso país. Enfim, existem argumentos para concorda e criticar. Mas há algo que não pode-se concordar, que se chama corrupção. Pense bem e vote bem nas eleições que estão chegando. Continuem enviando artigos. Boa leitura, Verano Costa Dutra Editor da Revista Espaço Científico Livre A Revista Espaço Científico Livre é uma publicação independente, a sua participação e apoio são fundamentais para a continuação deste projeto. O download desta edição terá um valor simbólico de R$ 12,99, para contribuir com a sustentabilidade da publicação. No entanto, a leitura online continuará sendo gratuita e continuará com o compromisso de promover o conhecimento científico.
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Os membros do Conselho Editorial colaboram voluntariamente, sem vínculo empregatício e sem nenhum ônus para a Espaço Científico Livre Projetos Editoriais. Os textos assinados não apresentam necessariamente, a posição oficial da Revista Espaço Científico Livre, e são de total responsabilidade de seus autores. A Revista Espaço Científico Livre esclarece que os anúncios aqui apresentados são de total responsabilidade de seus anunciantes. Imagem da capa: J.M.Garg / WIKIPÉDIA / http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/e/e5/Giant_African_Land_Snail_%28Achatina_fulica %29_in_Hyderabad%2C_AP_W_IMG_0596.jpg). As figuras utilizadas nesta edição são provenientes dos sites Free Images (http://http://www.freeimages.com) e Wikipédia (http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Walt_disney_portrait.jpg). As figuras utilizadas nos artigos são de inteira responsabilidade dos respectivos autores. BRASIL, N.19, ABR.-MAIO, 2014 ISSN 2236-9538/ CNPJ 16.802.945/0001-67
CONSELHO EDITORIAL Claudete de Sousa Nogueira Graduação em História; Especialização em Planejamento, Implementação e Gestão Educação a Distância; Mestrado em História; Doutorado em Educação; Professor Assistente Doutor da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (UNESP). Davidson Araújo de Oliveira Graduação em Administração; Especialização em Gestão Escolar, Especialização em andamento em: Marketing e Gestão Estratégica, em Gerenciamento de Projetos, e em Gestão de Pessoas; Mestrado profissionalizante em andamento em Gestão e Estratégia; Professor Substituto da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ). Ederson do Nascimento Graduação em Geografia Licenciatura e Bacharelado; Mestrado em Geografia; Doutorado em andamento em Geografia; Professor Assistente da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS). Edilma Pinto Coutinho Graduação em Engenharia Química; Especialização em Engenharia de Segurança do Trabalho; Mestrado em Ciência e Tecnologia de Alimentos; Doutorado em Engenharia de Produção; Professor Adjunto da Universidade Federal da Paraíba (UFPB). Francisco Gabriel Santos Silva Graduação em Engenharia Civil; Especialização em Gestão Integrada das Águas e Resíduos na Cidade; Mestrado em Estruturas e Construção Civil; Doutorado em andamento em Energia e Ambiente; Professor Assistente 2 da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB). Ivson Lelis Gama Doutorado em Química Orgânica pela Universidade Federal Fluminense, Pres. do NDE da Faculdade de Farmácia-FACIDER da Faculdade de Colider. Jacy Bandeira Almeida Nunes Graduação em Licenciatura em Geografia; Especialização: em Informática Educativa, em Planejamento e Prática de Ensino; em Planejamento e Gestão de Sistemas de EAD; Mestrado em Educação e Contemporaneidade; Professor titular da Universidade do Estado da Bahia (UNEB). Joseane Almeida Santos Nobre Graduação em Nutrição e Saúde; Mestrado em Ciência da Nutrição (Professor da Faculdade Integrada Metropolitana de Campinas (METROCAMP). Josélia Carvalho de Araújo Graduação em Geografia - Licenciatura; Graduação em Geografia - Bacharelado; Mestrado em Geografia; Doutorado em andamento em Geografia; Professora Assistente II da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN). Juliana Teixeira Fiquer Graduação em Psicologia; Especialização em Formação em Psicanálise; Mestrado em Psicologia (Psicologia Experimental); Doutorado em Psicologia Experimental; Pós-Doutorado; Atua no Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas de São Paulo. Kariane Gomes Cezario Graduação em Enfermagem; Mestrado em Enfermagem; e Doutorado em andamento em Enfermagem.
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CONSELHO EDITORIAL Livio Cesar Cunha Nunes Graduação em Farmácia; Graduação em Indústria Farmacêutica; Mestrado em Ciências Farmacêuticas; Doutorado em Ciências Farmacêuticas; e Pós-Doutorado. Kariane Gomes Cezario Graduação em Enfermagem; Mestrado em Enfermagem; Doutorado em andamento em Enfermagem; Professora assistente I do Centro Universitário Estácio do Ceará. Livio Cesar Cunha Nunes Graduação em Farmácia; Graduação em Indústria Farmacêutica; Mestrado em Ciências Farmacêuticas; Doutorado em Ciências Farmacêuticas; Pós-Doutorado; Professor Adjunto da Universidade Federal do Piauí. Márcio Antonio Fernandes Duarte Graduação em Licenciatura Em Ciências; Graduação em Comunicação Social Publicidade e Propaganda; Mestre em em design, pela FAAC-Unesp; Professor da Faculdade de Ensino Superior do Interior Paulista (FAIP). Maurício Ferrapontoff Lemos Graduação em Engenharia de Materiais; Mestrado em Engenharia de Minas, Metalúrgica e de Materiais; Doutorado em andamento em Engenharia Metalúrgica e de Materiais; Pesquisador Assistente de Pesquisa III do Instituto de Pesquisas da Marinha. Messias Moreira Basques Junior Graduação em Ciências Sociais; Mestrado em Antropologia Social; Professor substituto da UFSCAR. Osvaldo José da Silveira Neto Graduação em Medicina Veterinária; Especialização em Defesa Sanitária Animal; Mestrado em Ciência Animal; Doutorado em andamento em Ciência Animal; Professor de Ensino Superior, Classe III da Universidade Estadual de Goiás (UEG). Raquel Tonioli Arantes do Nascimento Graduação em Pedagogia; Especialização em Psicopedagogia; Doutorado em andamento em Neurociência do Comportamento; Professor Titular da Universidade Presbiteriana Mackenzie. Reinaldo Monteiro Marques Graduação em Educação Física; Graduação em Pedagogia; Graduação em Fisioterapia; Especialização: em Técnico Desportivo de Especialização em Voleibol, em Técnico Desportivo de Especialização em Basquetebol, em Fisioterapia Desportiva; Mestrado em Odontologia; Doutorado em Biologia Oral; Coordenador Aperfeiçoamento Fisio Esportiva da Universidade do Sagrado Coração. Richard José da Silva Flink Graduação em Engenharia Quimica; Especialização em: Engenharia de Açúcar e Álcool, em Administração de Empresas, em em Engenharia de Produção; Mestrado em Engenharia Industrial; Doutorado em Administração de Empresas; Atua no Instituto de Aperfeiçoamento Tecnológico. Verano Costa Dutra Farmacêutico Industrial; Habilitação em Homeopatia; Mestrado em Saúde Coletiva; Professor do Curso de Enfermagem e Farmácia da FACIDER (Colider – MT).
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COLABORADORES DESTA EDIÇÃO EQUIPE REVISTA ESPAÇO CIENTÍFICO LIVRE
Verano Costa Dutra Editor e revisor – Farmacêutico, com habilitação em Homeopatia e Mestre em Saúde Coletiva pela UFF – espacocientificolivre@yahoo.com.br Monique D. Rangel Dutra Editora da Espaço Científico Livre Projetos Editoriais - Graduada em Administração na UNIGRANRIO Verônica C.D. Silva Revisão - Pedagoga, Pós-graduada em Gestão do Trabalho Pedagógico: Orientação, Supervisão e Coordenação pela UNIGRANRIO
AUTORES
Jair Mario Gabardo Junior Graduando em Dança - Bacharelado e Licenciatura
Mayra Taiza Sulzbach Doutora em Desenvolvimento Econômico - UFPR
José Flávio Rocha Gonçalves Graduando em Engenharia de Informática pela Universidade Federal de Ceará (UFC)
Raimundo Felipe Cruz Filho Doutor em Biotecnologia
Luciana Mascena Silva Licenciada em Biologia Mara Márcia Almeida Reinaldet Bióloga
Scheila Mara Maçaneiro Doutoranda em Educação (grupo Laborarte) na Universidade de Campinas - Unicamp; Mestre em Artes Cênicas pela Universidade Federal da Bahia; Graduação em Dança e em Educação Física pela PUC-PR Thays Teixeira da Paz Graduanda em Gestão Ambiental - UFPR
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LEIA E BAIXE GRATUITAMENTE O LIVRO DIGITAL CARACTERÍSTICAS SÓCIODEMOGRÁFICAS DO PROJETO DE ASSENTAMENTO RECANTO DA ESPERANÇA EM MOSSORÓ/RN de Maxione do Nascimento França Segundo & Maria José Costa Fernandes Este livro analisa os aspectos sóciodemográficos do Projeto de Assentamento Recanto da Esperança, situado no município de Mossoró, no Estado do Rio Grande do Norte (RN).
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AGRICULTURA FAMILIAR E AGROECOLOGIA:
UMA ANÁLISE DA ASSOCIAÇÃO DOS PRODUTORES E PRODUTORAS DA FEIRA AGROECOLÓGICA DE MOSSORÓ (APROFAM) - RN de Eriberto Pinto Moraes & Maria José Costa Fernandes Este livro faz uma análise da agricultura familiar e da agroecologia praticada pela Associação dos Produtores e Produtoras da Feira Agroecológica de Mossoró (APROFAM) no Município de Mossoró (RN).
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LEIA E BAIXE GRATUITAMENTE O LIVRO DIGITAL Metodologia do ensino da matemática frente ao paradigma das novas tecnologias de informação e comunicação: A Internet como recurso no ensino da matemática de Paulo Marcelo Silva
Rodrigues Este livro analisa alguns exemplos de recursos encontrados na Internet, ligados a área da Matemática. Especialmente, os aspectos pedagógicos dos mesmos, com o intuito de contribuir para o aperfeiçoamento das relações entre professor e aluno.
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CONSTRUÇÕES GEOGRÁFICAS: teorizações, vivências e práticas
Organizadores: Josélia Carvalho de Araújo Maria José Costa Fernandes Otoniel Fernandes da Silva Júnior
Este livro pretende ser uma fonte na qual os profissionais da geografia podem encontrar diversas possibilidades de não apenas refletirem sobre, mas de serem efetivos sujeitos de novas práticas e novas vivências, frente às novas configurações territoriais que se apresentam no mundo atual, marcada por processos modernos e pós-modernos.
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O RINGUE ESCOLAR:
O AUMENTO DA BRIGA ENTRE MENINAS de Maíra Darido da Cunha
Esta obra contextualiza historicamente as relações de gênero ao longo da história; identificando em qual gênero há a maior ocorrência de brigas; assim como, elencar os motivos identificados pelos alunos para a ocorrência de violência no ambiente escolar.
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LEIA E BAIXE GRATUITAMENTE O LIVRO DIGITAL O HOMEM, A MORADIA E AS ÁGUAS: A CONDIÇÃO DO “MORAR NAS ÁGUAS” de Moacir Vieira da Silva & Josélia Carvalho de Araújo
Este livro é um estudo que objetiva analisar as imposições socioeconômicas inerentes à condição do “morar” numa área susceptível a alagamentos, no bairro Costa e Silva, Mossoró/Rio Grande do Norte.
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Mulheres Negras:
Histórias de Resistência, de Coragem, de Superação e sua Difícil Trajetória de Vida na Sociedade Brasileira de Adeildo Vila Nova & Edjan Alves dos Santos O desafio de estudar a trajetória de mulheres negras e pobres que em sua vida conseguiram romper as mais diversas adversidades e barreiras para garantir sua cidadania, sua vida, foi tratada pelos jovens pesquisadores com esmero, persistência e respeito àquelas mulheres “com quem se encontraram” para estabelecer o diálogo que este livro revela nas próximas páginas, resultado do Trabalho de Conclusão de Curso para graduação em Serviço Social.
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LEIA E BAIXE GRATUITAMENTE O LIVRO DIGITAL AVALIAÇÃO DO POTENCIAL BIOTECNOLÓGICO DE PIGMENTOS PRODUZIDOS POR BACTÉRIAS DO GÊNERO Serratia ISOLADAS DE SUBSTRATOS AMAZÔNICOS de Raimundo Felipe da Cruz Filho & Maria Francisca Simas Teixeira Existem diversos pigmentos naturais, principalmente de origem vegetal, mas poucos estão disponíveis para aproveitamento industrial, pois são de difícil extração, custo elevado no processo de extração ou toxicidade considerável para o homem ou meio ambiente. A atual tendência por produtos naturais promove o interesse em explorar novas fontes para a produção biotecnológica de pigmentos para aplicação na indústria. Este trabalho teve como objetivo a identificação de espécies de Serratia, e entre estas, selecionar uma produtora de maior quantitativo de pigmentos de importância para a indústria alimentícia e farmacêutica.
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LEIA E BAIXE GRATUITAMENTE O LIVRO DIGITAL Moluscos e Saúde Pública em Santa Catarina:
subsídios para a formulação estadual de políticas preventivas sanitaristas
de Aisur Ignacio Agudo-Padrón, Ricardo Wagner Ad-Víncula Veado & Kay Saalfeld O presente trabalho busca preencher uma lacuna nos estudos específicos e sistemáticos sobre a ocorrência e incidência/ emergência geral de doenças transmissíveis por moluscos continentais hospedeiros vetores no território do Estado de Santa Catarina/SC, relacionadas diretamente ao saneamento ambiental inadequado e outros impactos antrópicos negativos ao meio ambiente.
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Métodos de Dimensionamento de Sistemas Fotovoltaicos: Aplicações em Dessalinização de Sandro Jucá & Paulo Carvalho A presente publicação apresenta uma descrição de dimensionamento de sistemas fotovoltaicos autônomos com três métodos distintos. Tendo como base estes métodos, é disponibilizado um programa de dimensionamento e análise econômica de uma planta de dessalinização de água por eletrodiálise acionada por painéis fotovoltaicos com utilização de baterias. A publicação enfatiza a combinação da capacidade de geração elétrica proveniente da energia solar com o processo de dessalinização por eletrodiálise devido ao menor consumo específico de energia para concentrações de sais de até 5.000 ppm, com o intuito de contribuir para a diminuição da problemática do suprimento de água potável. O programa proposto de dimensionamento foi desenvolvido tendo como base operacional a plataforma Excel® e a interface Visual Basic®.
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Estimativa inicial do conhecimento da população referente ao caramujo africano Achatina fulica em Matinhos, Paraná Thays Teixeira da Paz Graduanda em Gestão Ambiental - UFPR Matinhos, PR E-mail: thaystx@gmail.com Mayra Taiza Sulzbach Doutora em Desenvolvimento Econômico - UFPR Matinhos, PR PAZ, T.T.; SULZBACH, M.T. Estimativa inicial do conhecimento da população referente ao caramujo africano Achatina fulica em Matinhos, Paraná. Rev. Esp. Cient. Livre (ISSN 2236-9538), n. 19, p. 20-25, abr.-maio, 2014. RESUMO O molusco exótico Achatina fulica (Bowdich, 1822) foi introduzido no Brasil em 1988. No litoral do Paraná, o molusco teve seu primeiro registro em 1994 nos municípios de Morretes e Antonina e a partir de 2002 já era encontrado em toda região. Levando em conta que A. fulica apresenta algumas semelhanças morfológicas com Megalobulimus paranaguensis (Pilsbry & Ihering, 1900), gastrópode nativo da região litorânea do Paraná, e existindo registro de que alguns moradores da região acabam matando tanto o molusco exótico quanto o nativo, por não distinguirem uma espécie da outra, o presente trabalho visa verificar se os moradores do município de Matinhos, litoral do Paraná, possuem as informações
corretas sobre A. fulica. As entrevistas estruturadas foram realizadas no perímetro urbano de Matinhos,z com 30 moradores, e ocorreram em três bairros do município: Tabuleiro, Sertãozinho e Bom Retiro. Constatou-se que entre os entrevistados, 90% já encontraram o molusco no entorno de suas residências, 53% exterminam o animal jogando sal sobre sua massa visceral e 70% sabem que o animal pode causar doenças, mas poucos citaram quais e/ou tem informações incorretas sobre elas. O levantamento de informações referente ao conhecimento dos matinhenses sobre o molusco exótico é importante para a eficácia de um plano de manejo deste, já que os moradores são de fundamental importância para o controle da espécie.
Palavras-chave: Achatina fulica; caramujo africano; conhecimento popular
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1. INTRODUÇÃO
O
caramujo africano Achatina fulica (BOWDICH, 1822) tem como ambiente natural o leste-nordeste do continente africano. Foi introduzido no Brasil em 1988, já no estado do Paraná o caramujo africano teve seu primeiro registro em 1994 nos municípios de Morretes e Antonina e a partir de 2002 já era encontrado amplamente distribuído em todo litoral do estado, onde se adaptou facilmente (KOSLOSKI; FISCHER, 2002). Segundo Zenni e Ziller (2010), essa introdução teve como intuito a utilização da espécie como substituta do escargot Helix aspersa (MÜLLER, 1774). Como a população brasileira, em geral, não possui o hábito de se alimentar de gastrópodes terrestres, os empresários, que apostaram nesse mercado, foram abandonando os criadouros desses gastrópodes, ocasionando a fuga desses animais, ou simplesmente a soltura destes na natureza. Como consequência da soltura desta espécie exótica, foi publicado pelo Instituto Brasileiro de Meio Ambiente - IBAMA e o Ministério da Agricultura o Parecer Técnico 003/2003, tornando ilegal a criação dessa espécie no Brasil (ZENNI; ZILLER, 2010). Em decorrência da reprodução hermafrodita e postara de 13 a 442 ovos (RAUT; BARKER, 2002), que podem acontecer em torno de cinco vezes por ano, o número de indivíduos desta espécie aumentou, ocasionando disputa de nicho ecológico com espécies nativas. Com isso há mais indivíduos de A. fulica comparados a outros moluscos nativos no litoral do Paraná. Esta espécie também tem uma alimentação generalista, podendo consumir cerca de 500 espécies de plantas locais. Outro fator das grandes populações do molusco exótico é a inexistência de predadores naturais (ZENNI; ZILLER, 2010). A. fulica é considerado uma praga na agricultura, pois fazem grandes estragos nas plantações de soja, mandioca, feijão, entre outras culturas. Além de prejuízo econômico, é considerado um problema de saúde pública, pois pode ser um vetor de dois nematódeos, Angiostrongylus costaricensis e Angiostrongylus cantonensis, que causam angiostrongilíase abdominal e a angiostrongilíase meningoencefalite, respectivamente (THIENGO; FERNANDEZ, 2010). Levando em conta que o caramujo gigante africano apresenta algumas semelhanças morfológicas com Megalobulimus paranaguensis (PILSBRY; IHERING, 1900) – caramujo nativo da região litorânea do estado do Paraná – e existindo relatos, obtidos por meio de conversas informais, de que moradores acabam matando tanto o molusco exótico quanto o nativo por não saberem qual deles pode ser vetor de doenças. O presente trabalho tem como objetivo levantar o conhecimento da população do município de Matinhos - PR sobre as instruções corretas, baseadas nas informações oferecidas pelo Instituto Ambiental do Paraná (IAP), sobre as características de A. fulica, quais os cuidados que se deve ter para evitar contaminações e como combatelo. 2. METODOLOGIA
O
estudo ocorreu no município de Matinhos, Estado do Paraná, localizado a 111 km da capital, Curitiba. Ocupa uma área de 117,743 Km2 com população de 29.428 (IBGE, 2010).
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A amostragem foi realizada no perímetro urbano do município (Figura 1) devido aos diagnósticos das invasões em território nacional ocorrerem apenas em áreas antrópicas (SIMIÃO; FISCHER, 2004; FISCHER; COLLEY, 2004, 2005).
Figura 1: Mapa de localização do Município de Matinhos – PR, com os bairros pesquisados, sendo A: Bom Retiro; B: Sertãozinho e C: Tabuleiro A pesquisa para determinar o conhecimento dos moradores de Matinhos sobre os danos ambientais e à saúde que este molusco pode causar ocorreu através de entrevistas estruturadas com 30 moradores, abordados aleatoriamente, de três bairros de Matinhos: Tabuleiro, Sertãozinho e Bom Retiro (10 entrevistados por bairro), por serem os com maior concentração de população de moradores durante o ano todo. Cada entrevistado respondeu um questionário com resposta objetivas e abertas, relacionadas à A. fulica para saber o quanto de informações (corretas ou não) estes possuem a respeito do animal. Além de diferenciar o molusco exótico do nativo por meio de fotos, sendo que cada uma representava a imagem de um desses animais (Figura 2).
Figura 2: Imagens mostradas aos entrevistados para que os mesmos identificassem os animais, sendo A: Achatina fulica e B: Megalobulimus paranaguensis.
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3. RESULTADOS E DISCUSSÃO
C
onstatou-se que 80% dos entrevistados conseguiram identificar corretamente A. fulica com relação à Megalobulimus paranaguensis. Sobre a ocorrência do molusco exótico próximo as suas residências, houve a confirmação de 90% dos entrevistados.
GRÁFICO 1: Constatação dos entrevistados da ocorrência do molusco exótico no entorno de suas residências em porcentagem Quando perguntados sobre a forma de controle mais utilizado, por cada um, sobre a espécie invasora, 53% exterminam o animal jogando sal sobre sua massa visceral, já 23% acreditam que ao quebrar a sua concha o animal morre, afirmando ser a forma mais correta de controle. Outra forma de combate ao molusco invasor citado é a colocação do animal em sacos de lixo para que o departamento de limpeza urbana municipal recolha, mencionado em 10% dos entrevistados. Essa forma de manejo é muito perigosa, pois pode acarretar na dispersão do molusco (SIMIÃO; FISCHER, 2004; FISCHER, 2009). Entre os entrevistados, 14% disse que não se sente seguro em fazer qualquer forma de controle por não saberem qual a melhor ou simplesmente não veem necessidade de fazê-lo (Gráfico 2). Esses dados vão de encontro com os encontrados nos trabalhos de Durço et al. (2012), em Valença - RJ, e Carvalho Júnior e Nunes (2009), em Várzea Grande - MT, e Fischer e Colley (2009) no litoral do Paraná, que também buscavam levantar o conhecimento e as praticas de manejo do A. fulica nos locais de estudo.
GRÁFICO 2: Formas apresentadas pelos entrevistados de manejo de A. fulica em porcentagem Referente as doença que A. fulica pode causar aos seres humanos, 70% dos entrevistados sabem que o animal pode causar, mas poucos citaram quais e/ou tem
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informações incorretas sobre as doenças, acreditando que o molusco pode causar micose (através de contato direto com seu muco) e ser portados do protozoário causador de leishmaniose. Dados parecidos com os constatados por Simião e Fischer (2004) no município de Pontal do Paraná e Colley e Fischer (2009). Constatou-se também que apenas 56% dos entrevistados já tinham visto algum tipo de notícia na TV ou jornal sobre A. fulica (Gráfico 3).
GRÁFICO 3: Porcentagem de entrevistados que já viram notícias em TV ou jornal sobre A. fulica 4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
O
levantamento das informações referentes ao conhecimento dos matinhenses sobre o molusco exótico é importante para a eficácia de um plano de manejo de A. fulica, já que os moradores são de fundamental importância para o controle da espécie (SIMIÃO; FISCHER, 2004), mas para isso é necessário um trabalho de conscientização da comunidade. Sendo primordial que esta tenha as informações corretas sobre os impactos que esse animal pode causar, o histórico da invasão e as formas mais eficientes de controle. O poder público municipal e os órgãos ambientais (IAP e Secretaria Municipal do Meio Ambiente) podem e devem atuar juntos aos moradores de Matinhos por meio de campanhas, cursos, mutirões, etc. Pois só assim há a possibilidade de diminuição e controle dos moluscos invasores no município.
REFERÊNCIAS Biotemas, Florianópolis, v. 26, n. 1, p. 189196, 2013.
CARVALHO JUNIOR, V. C. B.; NUNES, J. R. S. Ocorrência e distribuição do caramujo africano “Achatina fulica” Bowdich, 1822, no município de Várzea Grande-MT. Revista de Engenharia Ambiental, Espírito Santo do Pinhal, v. 6, n. 2, p. 606620, 2009.
FISCHER, M. L.; COLLEY, E. Diagnóstico da ocorrência do caramujo gigante africano Achatina fulica Bowdich, 1822 na APA de Guaraqueçaba, Paraná, Brasil. Estudos de Biologia, Curitiba, v. 26, p. 43-50, 2004.
COLLEY, E.; FISCHER, M. L. Avaliação dos problemas enfrentados no manejo do caramujo gigante africano Achatina fulica (Gastropoda: Pulmonata) no Brasil. Zoologia, Curitiba, v. 26, n. 4, p. 674-683, 2009.
FISCHER, M. L.; COLLEY, E. Espécie invasora em reservas naturais: caracterização da população de Achatina fulica Bowdich, 1822 (Mollusca – Achatinidae) na Ilha Rasa, Guaraqueçaba, Paraná, Brasil. Biota Neotropica, v. 5, n. 1, p. 127-144, 2005.
DURÇO, E. et al. Conhecimento popular: impactos e métodos de controle de Achatina fulica em Valença – RJ, Brasil.
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KOSLOSKI, M. A.; FISCHER, M. L. Primeira ocorrência da Achatina fulica (Bowdich, 1822) no litoral do estado do Paraná (Mollusca; Stylommatophora; Achatinidae). Estudos de Biologia, Curitiba, v. 24, n. 49, p. 65-69, 2002. IBGE. Cidades. 2010. Disponível em <http://www.ibge.gov.br/cidadesat/link.php? codigo=411570&idtema> Acesso em: 15 jun. 2013.
1822 (Stylommatophora; Achatinidae) em Pontal do Paraná, litoral do Estado do Paraná. Cadernos de Biodiversidade, v. 4, p. 74-82, 2004. THIENGO, S. C.; FERNANDEZ, M. A. Achatina fulica: um problema de saúde pública?. In: FISCHER, M. L.; COSTA, L. C. M. (org). O caramujo gigante africano Achatina fulica no Brasil. Curitiba: Champagnat, 2010. p. 189-202.
RAUT, S. K.; BARKER, G. M. Achatina fulica Bowdich and others Achatina fulica pest in tropical agriculture. In: BARKER, G. (org). Mollusks as croup pest. New Zealand: CAB Publishing, 2002. p. 55-114. SIMIÃO, M.S.; FISCHER, M.L. Estimativa e inferências do método de controle do molusco exótico Achatina fulica Bowdich
ZENNI, R.D.; ZILLER, S. R. Invasões biológicas:problemas econômicos e ambientais com ênfase em Achatina fulica. In: FISCHER, M. L; COSTA, L. C. M. (org). O caramujo gigante africano Achatina fulica no Brasil. Curitiba: Champagnat, 2010. p. 175-188.
Estimativa inicial do conhecimento da população referente ao caramujo africano Achatina fulica em Matinhos, Paraná Thays Teixeira da Paz Graduanda em Gestão Ambiental - UFPR Matinhos, PR E-mail: thaystx@gmail.com Mayra Taiza Sulzbach Doutora em Desenvolvimento Econômico - UFPR Matinhos, PR PAZ, T.T.; SULZBACH, M.T. Estimativa inicial do conhecimento da população referente ao caramujo africano Achatina fulica em Matinhos, Paraná. Rev. Esp. Cient. Livre (ISSN 2236-9538), n. 19, p. 20-25, abr.-maio, 2014.
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Para além da carteira: uma investigação de metodologias para a linguagem da dança no ensino formal a partir da Escola Nova e Tecnicista Jair Mario Gabardo Junior Graduando em Dança - Bacharelado e Licenciatura Curitiba, PR E-mail: jr_gabardo2@hotmail.com Scheila Mara Maçaneiro Doutoranda em Educação (grupo Laborarte) na Universidade de Campinas - Unicamp; Mestre em Artes Cênicas pela Universidade Federal da Bahia; Graduação em Dança e em Educação Física pela PUC-PR Curitiba, PR E-mail: smacaneiro@gmail.com GABARDO JUNIOR, J.M.; MAÇANEIRO, S.M. Para além da carteira: uma investigação de metodologias para a linguagem da dança no ensino formal a partir da Escola Nova e Tecnicista. Rev. Esp. Cient. Livre (ISSN 2236-9538), n. 19, p. 26-34, abr.-maio, 2014. RESUMO O objetivo deste artigo é refletir acerca do ensino da linguagem da dança na disciplina do currículo de Arte na escola formal, partindo de indagações e busca por metodologias que contribuam para o seu ensino, a fim de problematizar e contribuir na formação dos alunos no período escolar. Trata-se de entender a Dança como área de conhecimento e suas
relações com o ensino contemporâneo. Para dar suporte a pesquisa, o artigo propõe um olhar histórico da educação sob um recorte entre a Escola Tecnicista e a Escola Nova, suas relações ainda latentes na educação atual e como se pensar dança a partir dessas diferentes tendências pedagógicas.
Palavras-chave: Dança; metodologia; ensino; Escola Tecnicista; Escola Nova ABSTRACT and contribute to student’s education while at school. It is necessary to explain dance as an area of knowledge and its connection with contemporary teaching. To support this research, the article proposes to shed a historical light upon education from a
The article discusses the issues of the teachings of the language of dance in the syllabus of Art classes in school. Starting from the investigation and the search for methodologies that contribute for its teaching, this paper aims to contextualize
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different angle between the New School and the technicist education and its relations still present in the education
nowadays, and how to think about dance from these different pedagogical tendencies.
Keywords: Dance; methodology; Teaching; New School
1. INTRODUÇÃO
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o entrar em contato com o ambiente escolar, uma experiência proporcionada pelo estágio da disciplina de Prática de Ensino I do Curso de Dança da Faculdade de Artes do Paraná e as etapas do processo como a caracterização do local, as observações das aulas de Arte e as regências tornaram-se um caminho para as inquietações e as necessidades de encontrar maneiras de se ensinar Dança na escola. A análise dos corpos dos alunos, suas movimentações, as diversas maneiras como se articulam com o ambiente e uns com os outros leva a inquirir quais seriam as influências sociais e culturais que os alunos recebem durante os anos na escola, questão que levou também a olhar para o meu corpo como acadêmico, professor e artista. Para subsidiar essa necessidade de encontrar maneiras de ensinar Dança na escola, esta pesquisa almeja construir um pensamento de ensino formado a partir de um resgate das características da Escola Nova e a Escola Tecnicista, para, desse modo, projetar um corpo dançante que carrega na sua movimentação o instigar condicionado aos aspectos e particularidades da estrutura de ensino dessas duas vertentes. A articulação dessas ideias transita constantemente entre as referências de diversos autores em diferentes épocas no intuito de comparar, refletir e relacionar antigos conceitos da educação já modificados com alguns dos demais pensamentos que ainda norteiam e se ajustam de forma intrínseca na contemporaneidade. Trata-se de estabelecer uma relação entre o corpo e seus processos de formação educacional, aliar duas áreas distintas, porém, diretamente ligadas: a Dança como área de conhecimento que atenta seus estudos às manifestações corporais e o contexto escolar, aqui analisado a partir de um recorte da sua formação histórica, fatos globais e as suas modificações condicionadas ao pensamento social. Posteriormente, o estudo encontra novas perspectivas, cede espaço a outros questionamentos e busca entender como as diferentes tendências de ensino Nova e Tecnicista ainda se articulam na escola contemporânea. Como o corpo pode ser visto por meio da Dança dentro do ensino, da aprendizagem e dos valores humanos. Essa análise se faz pertinente não somente para o estudo da Arte-Educação, mas também como uma forma de analisar o homem e a sua história. 2. CORPO, SOCIEDADE E EDUCAÇÃO: UM REGISTRO INSEPARÁVEL DO SER
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ara que se possa levantar uma discussão acerca do corpo e relacioná-lo com a formação educacional, é necessário não somente olhar para os modos pedagógicos de seu ensino e aprendizagem, mas, considerar as questões que o envolvem, localizá-lo no tempo-espaço no qual este é visto. Portanto, estudar o corpo é vê-lo por diversos ângulos entre o histórico, cultural, político e social, assim, “a história de como se vê (ou representa) um corpo é inseparável da sua própria história no fluxo da vida” (GREINER, 2006, p.20). O corpo
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fala do que experiência, e, sob essa perspectiva, o aprendizado acontece de modo provisório, uma vez que o corpo continua a se modificar ao atribuir sobre si, novas e constantes trocas com os demais aspectos de sua rotina. O período escolar agrega, modifica e constrói novos códigos no indivíduo que são por ele manifestados corporalmente. Em sua processual construção de vida, cada pessoa desenvolve um padrão de movimento corpóreo para atuar e conviver em sociedade. Esse processo se dá de forma continua e se molda conforme uma necessidade pessoal: o seu modo próprio de existir seria a mudança - e esta essência seria a unidade interna e indissolúvel entre uma matéria e uma forma, unidade que lhe dá um conjunto de propriedades ou atributos que a fazem ser necessariamente aquilo que ela é” (GREINER, 2004, p.55).
A educação, por meio da escola, passa a ser uma das formas de induzir o sujeito às maneiras de ser de acordo com os modelos sociais e culturais presentes em cada período histórico. Essa provisoriedade no modo de ser no mundo pode ser fundamentada por meio das reflexões trazidas pelo educador brasileiro Paulo Freire, na obra Pedagogia da Autonomia (2011). Freire nos mostra a teoria do inacabamento, um ser que em sua inconclusão experiência durante toda a sua vida. De acordo com o autor, se perceber no mundo e com os outros, faz do homem um ser relacional com o próprio meio social, “a presença no mundo não é a de quem a ele se adapta, mas a de quem nele se insere. É a posição de quem luta para não ser apenas objeto, mas sujeito também da história” (FREIRE, 2011, p.53). Não se trata de um determinismo gerado pelo sistema social, mas um corpo condicionado a sociedade e que busca no aprendizado suas próprias relações de forma ativa e atuante no mundo. Entre nós, mulheres e homens, a inconclusão se sabe como tal. Mais ainda, a inconclusão que se reconhece a si mesma implica necessariamente a inserção do sujeito inacabado num permanente processo social de busca. Histórico-socioculturais, mulheres e homens nos tornamos seres em quem a curiosidade, ultrapassando os limites que lhe são peculiares no domínio vital, se torna fundante da produção do conhecimento (FREIRE, 2011, p.54).
Corpo, sociedade e educação se revelam um registro inseparável do ser. Analisar o indivíduo e seus processos educacionais é vê-lo além dos muros da escola, ampliar as fronteiras que abraçam outros níveis da realidade de cada aluno, olhar para o educando como um alguém inserido no mundo. Corpo e Educação revelam uma sincronia que podem sugerir novas perspectivas para quem deseja ensinar Dança. 3. CORPO E(M) DANÇA
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o compreender o corpo por meio de um pensamento contemporâneo e às permanentes alterações nos modos de se adequar as demandas atuais, é exigida da Dança uma atualização emergencial na produção de novas pesquisas que rompam com a superficialidade dos estudos nas diversas temáticas da área. Com essa visão, cria-se a necessidade de se problematizar questões e atingir soluções na Dança por meio da teoria e da prática. Esta problemática pode ser vista no ensino da disciplina de Arte em escolas do ensino formal, uma área para a atuação
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de bailarinos e coreógrafos licenciados, interessados em novas possibilidades de se pensar, articular e atualizar a Arte nesse cenário. Portanto, Dança e Educação são aliadas para atender a demanda contemporânea de um corpo-indivíduo atualizado e em constante mudança. É preciso atentar para uma prática de ensino que contribua para a formação do aluno em seus processos de ser e agir no mundo, como atribuído por Paulo Freire, educandos que se tornem ativos e atuantes na história de sua sociedade. A visão por metodologias capazes de instigar o movimento e relacioná-los com as vivências pessoais dos próprios alunos promove a articulação entre Dança e vida, renovam-se as maneiras de se pensar Arte em nossa atualidade, sobretudo nas escolas. Surge desta problemática algumas questões: como atualizar o ensino de Dança nas escolas? Como ensinar essa Dança? Quais caminhos metodológicos a percorrer e/ou adotar? Para promover essa discussão e contribuir com possíveis respostas para as escolhas de metodologias em Dança, serão buscados na história da Educação aspectos sociais e didáticos relevantes nos períodos da Escola Nova e Escola Tecnicista para compreender seus diferentes modos de ensino e posteriormente relacioná-los com o atual quadro que permeia as escolas na contemporaneidade. É um esforço inicial de encontrar exemplos, referências e estímulos para quem deseja aprender e se interrogar ao produzir Dança nas escolas. 4. MUDANÇAS E RUPTURAS NA EDUCAÇÃO: ESCOLA E SOCIEDADE
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escola sempre esteve a serviço da sociedade em seu respectivo tempo. É fato que sua contribuição para a vida social do homem se faz importante para a construção do indivíduo civil pronto a viver em sociedade, portanto, cabe à escola “em saber o que deve e como deve ensinar” (FIGUEIRA, 1995, p. 12). Durante séculos o pensamento social vem sendo alterado, e a Educação, não diferentemente, se modifica de modo processual, sendo que essas mudanças e rupturas são importantes para a produção de novas metodologias. De acordo com Pedro de Alcântara Figueira (1995), “é dever de a escola entender o que é comum a todos e assim desempenhar a sua função de acordo com as determinações e necessidades da sociedade em que ela atua”. Essa ruptura que une o homem e a educação, o corpo e o seu ensino conduz a novas regras impostas para essa sociedade, pensamentos que norteavam uma época deixam de ser importante em outra, o homem irá intervir quantas vezes forem necessárias até que se defina o ideário para a escola de seu tempo. Está posto, portanto, para cada época histórica, aquilo que é mais apropriado para se aprender e para se ensinar. Uma época determinada não ensina uma qualquer coisa, um qualquer corpo de saber. Ensina, sim, aquilo que sabe e que pode e deve ensinar. Aquilo que deve ensinar e, portanto, se sabe ensinar, nasce com as relações reais dos indivíduos. E o que uma nova época tem como tarefa sua é ensinar aos indivíduos que eles não podem existir de uma qualquer maneira - como Dom Quixote -, mas de uma maneira social, isto é, de um modo determinado, e, não, de um modo qualquer, que seria o mesmo que negar a existência (FIGUEIRA, 1995, p.14).
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A partir desse entendimento, a história da educação é resultante de uma transição acompanhada por questões que emergem de uma sociedade em seu respectivo tempo, mudanças que revelam a necessidade da escola em produzir espaços para que novas metodologias de ensino contribuam para a formação dos alunos capacitando-os para a vida e as demandas sociais. Portanto, não é alvo deste artigo apontar as eficiências ou as deficiências dos modos de ensino e aprendizagem da Escola Nova e da Escola Tecnicista, mas, articular as suas diferentes metodologias e problematizá-las com a escola atual, sobretudo, no ensino de Dança na disciplina de Arte. 5. UM RECORTE HISTÓRICO ENTRE A ESCOLA NOVA E ESCOLA TECNICISTA ARTICULAÇÕES ENTRE DERMEVAL SAVIANI E DULCE OSINSKI
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or meio do filósofo e pedagogo Dermeval Saviani, na obra Escola e Democracia, publicada em 1983, é apresentado um breve panorama que descreve alguns aspectos sobre as correntes educacionais conhecidas como Escola Nova e Escola Tecnicista. Porém, como é visado discutir questões no âmbito da Arte, o pensamento de Saviani será compartilhado com a autora Dulce Osinski no livro Arte, História e Ensino - uma trajetória (ANO?), que dará fundamentação para as questões artísticas, o que se torna relevante para as discussões que se pretende levantar sobre o ensino de Dança. 6. ESCOLA NOVA: A IDEIA DE UM CORPO LIVRE
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esenvolvida no século XX, a pedagogia da Escola Nova começa ao questionar a Escola Tradicional, tratando-se de levar em consideração os aspectos autoritários e a educação verticalizada do tradicionalismo. Nesse mesmo período, a ciência desenvolve estudos que promovem novas questões sobre a fisiologia e psicologia infantil, passando a criança a ser entendida como o centro do processo de aprendizagem, não mais vista como um adulto em miniatura dando espaço para as novas demandas na produção de programas, métodos e propostas que a incluíam como sujeito. Também está atrelado ao pensamento escolanovista a máxima “escola para todos” que visa romper com as desigualdades e a função de equalização social (SAVIANI, 2002), a nivelação das classes sociais e uma escola justa para todos, ação questionável diante as demandas da sociedade e o próprio sistema capitalista. A pedagogia da Escola Nova chega ao Brasil na década de 30 e sua metodologia passa por cinco etapas: levantar um questionamento acerca da atividade em questão, suscitar determinado problema para esta atividade, fazer um levantamento de dados, criar as hipóteses para as suas descobertas e confirmar ou rejeitar suas hipóteses. Para Dermeval Saviani pesquisa não é ensino, para o autor, não é concebível pesquisar algo que seja novo sem que se tenha absorvido conhecimentos básicos do acervo cultural da humanidade. Esse método é questionável na medida em que não há lógicas de aprendizado e conteúdos sistematizados de maneira lógica: se a pesquisa é incursão no desconhecido, e por isso ela não pode estar atrelada a esquemas rigidamente lógicos e preconcebidos, também é verdade que: primeiro, o desconhecido só se define por confronto ao conhecido, isto é, se não se domina o já conhecido, não é possível detectar o ainda não conhecido, a fim de incorporá-lo, mediante a pesquisa, ao domínio do já conhecido. (SAVIANI, 2002).
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A Arte na Escola Nova tem sua função como um modo de estimular a criatividade à ação espontânea dos alunos. Não há comprometimento com conteúdos, cabe ao professor o papel de auxiliar, guiar e facilitar o processo orgânico natural da criança (OSINSKI, 2002). Já em relação ao aluno, o papel da Arte é a expressão e cultivo da individualidade por meio a atividade livre. O papel do professor perde-se nesse processo pedagógico, Dulce Osinski expõe essa questão ao descrever o descomprometimento do educador dentro dessa pedagogia, a autora compara a Escola Tecnicista em relação à Escola Nova a partir das ideias de John Dewey: A seu ver, a dificuldade prática não reside em nenhum antagonismo de métodos, regras e resultados que vão da experiência passada para a liberdade proposta e a realização do desejo individual, mas na atitude inadequada dos professores, os quais, no primeiro caso, assumem uma posição autoritária, arbitrando-se poderes de donos de uma verdade única a ser seguida, e no segundo omitem-se de qualquer responsabilidade. Essa atitude omissa, na qual os alunos são simplesmente cercados com materiais e instrumentos, aos quais devem responder segundo seus desejos, sem que lhes sugira um plano ou uma atividade que poderia destruir sua sagrada expressão individual é criticada por Dewey como estúpida (OSINSKI, 2002, p.69).
Os métodos escolanovistas passam a ser questionados e sua reprodução exige uma demanda de materiais e suportes técnicos fora do alcance da realidade das escolas públicas. Ainda assim, tais métodos auxiliaram na produção de ideias que ainda norteiam as instituições privadas. É importante ressaltar que, no Brasil, a tendência Escola Nova antecede o movimento Tecnicista descrito a seguir, a Escola Tecnicista ganha força no período militar brasileiro o que altera o quadro educacional nas escolas do país. 7. ESCOLA TECNICISTA: UM CORPO TÉCNICO FORJADO PARA O TRABALHO
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modelo tecnicista inicia-se no final do século XVIII na Europa, sobretudo na Inglaterra e expandindo o progresso maquinário em outros países como Estados Unidos, França, Alemanha, Itália, Holanda e Japão. A partir do século XIX, nota-se um avanço tecnológico nos meios de produção, alterando drasticamente o quadro social e suas relações. No âmbito da educação, a pedagogia tecnicista aparece nos Estados Unidos na segunda metade do século XX, quando se buscava adequar a educação às exigências da sociedade industrial e tecnológica. A educação é vista como um modo de aperfeiçoar o sistema capitalista que se estabelece como a ordem social vigente, articulado com o sistema produtivo, a escola passa a almejar a formação de indivíduos competentes para as demandas da mão-de-obra que do mercado industrial. A pedagogia é baseada em mecanizar o processo, ou seja, “buscou-se planejar a educação de modo a dotá-la de uma organização racional capaz de minimizar as interferências subjetivas que pudessem pôr em risco a sua eficiência” (SAVIANI, 2002).
Adequada à adaptação do indivíduo para o trabalho, a disciplina de Arte nas escolas, ou até mesmo as manifestações artísticas não deixaram de ser atingidas pelas
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exigências sociais e consequentemente educacionais. Nesse panorama, em 1870 nos Estados Unidos, o fazer artístico de forma criativa foi substituído pelo “crescimento técnico sem a reflexão estética” (OSINSKI, 2002, p.45), trata-se da quantidade produzida pelo aluno e/ou trabalhador e não a qualidade de sua criação. Ao pontuar a criação, a disciplina de Arte foi resumida ao ensino do desenho geométrico industrial que não permitia ao estudante desenvolver qualquer potencial criativo, apontadas estas questões, Osinski descreve: A filosofia geral desse método de ensino não era alimentar o grande artista em potencial, mas, fornecer uma educação para o olho e as mãos tais que possibilitassem o trabalhador comum a dar conta de suas tarefas com maior exatidão e precisão (THISTLEWOOD apud OSINSKI, 1995, p.53).
O período industrial é marcado por um grande romper com as preocupações artísticas na escola, um período no qual crianças eram tratadas como adultos e trabalhavam para obedecer ao seu papel na sociedade produtiva. A escola, como já vista, exerce o seu papel de contribuir na formação do indivíduo para atender às demandas que emergem em seu tempo: o docente nesse período da história da educação exerce o dever como um especialista, cabendo-lhe apenas ligar a verdade científica aos seus alunos. Posteriormente essa perspectiva de ensino se torna questionável, a criança passa a ter atenção especial nas áreas da ciência e da psicologia, como já apontado na descrição da Escola Nova. 8. DANÇA NA ESCOLA: UMA ANÁLISE DE NOSSA CONTEMPORANEIDADE Tratar a Dança na contemporaneidade é entendê-la como parte integrante da vida do aluno. É uma busca nas vivências e habilidades pessoais por uma conexão mais profunda do corpo, visando, assim, um dançar conectado com as questões que o aluno já trás como informação e disso, partir para outros lugares. Essa visão na Dança é fruto de um reposicionamento perante a demanda atual do ensino e as novas urgências que o corpo contemporâneo está envolvido: a mudança para além da execução, trata-se de dar atenção para esse indivíduo que se move e despertar nele suas próprias capacidades de atuar ativamente no coletivo de forma que este propõe, recebe e compartilha de novas ideias. São notórias as relações entre passado-presente. A visão tecnicista está presente nas escolas na organização espacial da sala de aula, o professor e o quadro demarcam uma única frente, os alunos alinhados em filas e as matérias, também chamadas de disciplinas expõem um sistema de organização operacional. As disciplinas estão condicionadas a uma grade horária e toda a rotina da escola caminha sobre esse mesmo processo. Palavras como “frente única”, “filas alinhadas”, “disciplinas” e “grade” horária são exemplos simples da busca pela técnica e a inserção de todos enquadrados em um mesmo esquema educacional, não distinguem as diferenças. Nessa mesma sala de aula em que o professor é a frente de tudo, a drástica mudança da escola novista permite ao aluno expor suas perguntas, bem como escolher a cor que quer pintar suas atividades e o educador, antes à frente absoluto transita na sala para auxiliar. É possível sair da frente absoluta, é válido escolher as cores que se quer pintar. Interessante analisar a história educacional e refletir nas mudanças e as não
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mudanças que a escola tem sofrido. Notar quais influencias estamos expostos na rotina escolar e como transcender nas inquietações que essa mesma rotina promove. A constante investigação para as metodologias que fomentem um dançar cada vez mais pensante e crítico requer de modo inevitável à relação com o contexto em que vivemos. O século XXI exige cada vez mais do indivíduo. Vivemos em um sistema capitalista neoliberalista que forja um corpo que responda com as habilidades e as demandas da contemporaneidade. Busca por um profissional cada vez mais qualificado, entende-se desse modo que a Dança na escola pode contribuir na formação desse sujeito melhor qualificado, esse perfil de profissional pode ser estudado no texto Educação Escola: políticas, estrutura e organização, que expõe: O modelo de exploração anterior, que exigia um trabalhador fragmentado, rotativo - para executar tarefas repetitivas - e treinado rapidamente pela empresa, cede lugar a um modelo de exploração que requer um novo trabalhador, com habilidades de comunicação, de abstração, de visão de conjunto, de integração e flexibilidade (LIBÂNEO & OLIVEIRA & TOSCHI, 2007, p.102).
Cabem às instituições escolares e os seus docentes contribuir para formar um profissional que compreenda minimamente essas novas demandas. O papel do professor de Dança sobre esse novo quadro vem sendo profundamente alterado. Não se trata mais de uma relação verticalizada do ensino, sendo que “isso possibilitou a reabilitação da importância do papel do educador, enquanto viabilizador do acesso ao conhecimento, ao atuar como um “leitor” da necessidade, da falta, do que não se conhece, para que no seu ensinar possa possibilitar a construção desse conhecimento” (FREIRE, 1993, p.163). Nas práticas de Dança, os alunos necessitam se colocar no mundo de forma ativa, pensante e flexível. Por meio das experiências artístico-educacionais o educando dialoga com o seu próprio corpo e com o espaço e a Dança pode transitar entre as tendências estudadas, mas, o artista docente precisar ser sensível às mudanças e buscar novas formas de Dançar com seus alunos. 9. CONSIDERAÇÕES FINAIS
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esta pesquisa, que se caracteriza em permanente processo, utilizamos o termo “processo” por acreditar na continuidade em buscar conhecer Dança. Na incansável necessidade que o artista deve ter em suas práticas pedagógicas ao sair todos os dias de sua zona de conforto e ao abrir mão de práticas desgastadas e comuns em seu ofício. Consideramos, na pesquisa, a sensibilidade de não ignorar o passado, crendo que somente assim poderemos nos situar no presente e estabelecer metas e vivências reais no futuro. Aos novos acadêmicos que irão encarar o desafio da sala de aula, creio que esta pesquisa seja a extensão de nosso apoio a cada um desses artistas na função de professor, pois na objetividade dos estudos existe um compartilhar de ideias e o anseio de resolver tantos “como” ao se deparar com essa etapa do curso de Dança nos estágios obrigatórios. Consideramos, também, que as vertentes das Escolas Tecnicista e Nova estão vivas no atual ensino da Dança, seja em academias voltadas para a prática dançante, nas companhias de dança e no ensino escolar, mesmo que de forma tímida ao se falar de Dança em ambiente escolar. Considerar essa informação, reter e desconsiderar
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diversos aspectos que venham a ser válidos pode somar no momento de criar os seus planos de aulas, nas escolhas de temáticas e nos recursos a serem escolhidos. Concluímos ponderando como professor de Arte, que a Dança pode potencializar a capacidade do aluno em se reconhecer como indivíduo atuante no mundo, capaz de receber e propor mudanças, pois esta mesma capacidade lhe será necessária ao conviver por toda a vida em sociedade e nas demandas do mundo contemporâneo.
REFERÊNCIAS MARQUES, Isabel A. Linguagem da dança: arte e ensino. São Paulo: Digitexto, 2010.
FIGUEIRA, Pedro de Alcântara. A educação de um ponto de vista histórico. Rev. Intermeio, Campo Grande, 1995, v. 1, n.1, p. 11-15, 1995.
OSINSKI, Dulce. Arte, história e ensino uma trajetória. 2º edição. São Paulo: Cortez, 2002.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 2011.
ROSA, Maria Cristina. A formação de professores de Arte: Diversidade e complexidade pedagógica. Florianópolis: Insular, 2005.
GREINER, Christine. O corpo. 2º edição. São Paulo: Annablume, 2006.
SAVIANI, Dermeval. Escola e democracia. 35º edição. São Paulo: Editora Autores Associados, 2002.
LIBÂNEO, José Carlos; OLIVEIRA, João Ferreira de; TOSCHI, Mirza Seabra. Educação escolar: políticas, estrutura e organização. São Paulo: Cortez, 2007.
Para além da carteira: uma investigação de metodologias para a linguagem da dança no ensino formal a partir da Escola Nova e Tecnicista Jair Mario Gabardo Junior Graduando em Dança - Bacharelado e Licenciatura Curitiba, PR E-mail: jr_gabardo2@hotmail.com Scheila Mara Maçaneiro Doutoranda em Educação (grupo Laborarte) na Universidade de Campinas - Unicamp; Mestre em Artes Cênicas pela Universidade Federal da Bahia; Graduação em Dança e em Educação Física pela PUC-PR Curitiba, PR E-mail: smacaneiro@gmail.com GABARDO JUNIOR, J.M.; MAÇANEIRO, S.M. Para além da carteira: uma investigação de metodologias para a linguagem da dança no ensino formal a partir da Escola Nova e Tecnicista. Rev. Esp. Cient. Livre (ISSN 2236-9538), n. 19, p. 26-34, abr.-maio, 2014.
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Seleção de bactérias do gênero Bacillus produtoras de enzimas de interesse bioindustrial mantidas no laboratório de microbiologia do ICB-UFAM Mara Márcia Almeida Reinaldet Bióloga Manaus, AM E-mail: maraalmeidareinaldet@hotmail.com Raimundo Felipe Cruz Filho Doutor em Biotecnologia Manaus, AM E-mail: rfilho@ufam.edu.br REINALDET, M.M.A.; CRUZ FILHO, R.F. Seleção de bactérias do gênero Bacillus produtoras de enzimas de interesse bioindustrial mantidas no laboratório de microbiologia do ICB-UFAM. Rev. Esp. Cient. Livre (ISSN 2236-9538), n. 19, p. 35-46, abr.-maio, 2014. RESUMO Comercialmente uma das principais fontes produtoras de enzimas são os microorganismos, estes são considerados fontes atrativas e de baixo custo na produção desses catalizadores, assim, os processos biotecnológicos envolvendo produção de enzimas, vem recebendo uma maior atenção por parte do mercado industrial, econômico e tecnológico, devido a ampla utilidade desses biocatalizadores nos diversos ramos da bioindústria. E entre esses catalizadores temos as proteases, amilase e celulases que são utilizadas pelos diferentes ramos da indústria, como de detergentes, do couros, alimentos, que são metabolizadas por bactérias, protozoários, fungos e todos os tipos de organismos vivos. Assim o presente estudo teve como objetivos: verificar o potencial
biotecnológico referente a produção de enzimas de Bacillus isolados de solo Amazônico depositadas na coleção bacteriana do Laboratório de Microbiologia ICB/UFAM; além de identifica-los a nível de espécie; e identificar quais cepas produzem protease, amilase e celulase. Para se verificar a produção de celulase os isolados foram inoculados em meio líquido contendo CMC e incubadas a 37 ºC, 150 rpm durante 24h, o fermentado foi centrifugado a 15000 rpm e filtrado (0,22μm) para obtenção do extrato enzimático bruto, a atividade enzimática foi observada meios com Agar CMC incubada a 37°C por 24h com posterior adição Vermelho do Congo (0,1%) como revelador, seguido de lavagem com solução de NaCl (1 M), para visualização dos halos de degradação do
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substrato. Para verificar a atividade amilolítica os Bacillus foram inoculados em Agar amido, mantidos em estufa a 37º C por 24h e a revelação foi realizada com vapor de iodo, a presença de halo hialino ao redor da colônia foi considerada positiva para atividade amilase. Para se verificar a produção de proteases os Bacillus foram inoculados Agar gelatina/leite, as placas foram incubadas a 37º C por 24 h. A presença de halo hialino ao redor da colônia foi considerada positiva. A atividade de amilase e proteolítica dos isolados será
estimada pelo índice enzimático. Foram identificadas 16 cepas do gênero Bacillus com 100% destes são produtores de protease, 37,5% produzem amilase, 50% celulase e 31,25% destas produziram concomitantemente amilase, protease e celulase. A espécie de maior prevalência foi B. circulans. Os resultados demonstram um potencial biotecnológico dos microorganismos presentes na coleção bacteriana do ICB/UFAM como produtores de enzimas de interesse bioindustrial.
Palavras-chave: Bacillus; enzimas; bioindustrial ABSTRACT Micro-organisms are one of the main commercial enzymes producing sources. they are considered attractive and low-cost sources in the production of these catalysts, so the production of biotechnological processes involving enzymes has been receiving greater attention from the industrial, economic and technological market, because of the wide use of these biocatalysts in various branches of industrial biotechnology. Among these catalysts we have proteases, amylase and cellulase being used by different branches of industry, such as detergent, leather, food, which are metabolized by bacteria, protozoa, fungi, and all types of living organisms. The present work aimed to: investigate the biotechnological potential of production of enzymes by Bacillus isolated from Amazonian soil deposited in the bacterial collection of the Laboratory of Microbiology (ICB / UFAM), besides identifying them to species level, and identify which strains produce protease, amylase and cellulase. To verify the production of cellulase the isolates were inoculated in liquid medium containing CMC and incubated at 37 ° C, 150 rpm for 24 hours. The fermentation product was centrifuged at 15,000 rpm and filtered (0.22 mM) to obtain the crude enzymatic extract.
The enzymatic activity was observed in CMC media with agar incubated at 37 ° C for 24 hours with further addition of Congo Red (0.1%) as a revealing dye, followed by washing with NaCl solution (1 M), for visualizing the degradation halos of the substrate. To check amylase activity the Bacillus were inoculated in Starch agar, kept at 37 º C for 24h and the revelation was performed with iodine vapor. The presence of hyaline halo around the colony was considered positive for amylase activity. To verify the production of proteases the Bacillus were inoculated in gelatin/milk agar and the plates were incubated at 37 ° C for 24 h. The presence of hyaline halo around the colony was considered positive. The isolates amylase and proteolytic activity will be estimated by enzymatic index. 16 strains of the Bacillus genus were identified with 100% of them producing protease, 37.5% producing amylase, 50% producing cellulase and 31.25% of these produced concomitantly amylase, protease and cellulase. The most prevalent species was B. circulans. The results demonstrate the biotechnological potential of micro-organisms present in the bacterial collection of the ICB / UFAM as producers of enzymes of bioindustrial interest.
Keywords: Bacillus; enzymes; bioindustrial
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1. INTRODUÇÃO
C
omercialmente uma das principais fontes produtoras de enzimas são os microrganismos, estes são considerados fontes atrativas e de baixo custo na produção desses catalizadores, podendo ser cultivados em grandes quantidades e em tempo relativamente curto. Acrescenta-se ainda a vantagem da produção não estar condicionada às questões sazonais- (ZIMMER et al., 2009). Uma ampla gama de enzimas, de diferentes fontes e para diversos usos terapêuticos e de diagnóstico pode ser encontrada no mercado. O Brasil apresenta grande potencial para a busca de novos fármacos e biomarcadores enzimáticos uma vez que é inigualável a quantidade e variedade de produtos naturais, incluindo a notável biodiversidade microbiana disponível para transformação em produtos úteis de maior valor agregado (ZIMMER et al., 2009). Esse uso da biodiversidade ocorre em diversas áreas da biotecnologia, como a medicina, agricultura e indústrias de diferentes tecnologias, com inúmeras aplicações benéficas à sociedade, como: o aumento da produtividade agrícola, a redução das perdas pós-colheita e menores custos de produção com menor impacto para o ambiente, melhoramento das qualidades dos alimentos, produção de matérias-primas para a indústria farmacêutica, e novas soluções na medicina (McGLOUGHLIN, 2006). Enzimas estão envolvidas em diversas funções biológicas, participando ativamente nos processos bioquímicos e fisiológicos, a sua utilização comercial tem sido cada vez maior pela bioindústrias, pois são ótimas catalizadoras e de alta especificidade (FIRMINO, 2007). Assim as enzimas são largamente utilizadas nas atividades industriais, como: Celulases: utilizadas na indústria de alimentos para clarificação de sucos e vinhos; Amilases: utilizadas pelas indústrias de panificação para melhorar a cor, volume e maciez dos seus produtos fim, além de dar proteção e melhorar o acabamento final na produção de papel; Lipases: são utilizadas em uma variedade de segmentos biotecnológicos, como em indústrias de alimentos, de detergentes, óleo-químicas e para tratamento de resíduos oleosos provindos da indústria do couro e de papel (MUSSATTO; FERNANDES; MILAGRES, 2007). Proteases são as enzimas que possuem grande utilidade na indústrias de detergentes, alimentos e de couro. Proteases pertencem ao grupo das hidrolases as quais tem em comum o envolvimento da água na formação do produto (SOUZA; OLIVEIRA; ANDRADE, 2008). As proteases têm grande importância no metabolismo e funções regulatórias dos seres vivos, o que torna evidente sua ocorrência em todos os tipos de organismos. Em plantas e micro-organismos, das diversas atividades desempenhadas pelas proteases, podemos destacar a esporulação e liberação conidial, germinação, modificação de proteínas, regulação da expressão gênica, morte celular programada e resistência de plantas (CARVALHO, 2007). O presente trabalho tem como objetivo verificar o potencial biotecnológico de Bacillus isolados de substrato Amazônico, identifica-los em nível de espécie e quais destas são produzidas de amilase, protease e celulase.
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2. MATERIAIS E MÉTODOS Identificação de Bacillus produtores de celulase Meio de cultura para isolamento preliminar Para verificar a atividade enzimática dos micro-organismos, foram preparados 500 ml de ágar indicativo para celulase {[KH2PO4, 2 g.L⁻¹; (NH4)2SO4, 1 g.L⁻¹; MgSO4.7H2O, 0,1 g.L⁻¹; Na2HPO4.2H2O, 0,9 g.L⁻¹; extrato de levedura, 1 g/L]; substrato indutor (carboximetilcelulose, 0,5 %) como única fonte de carbono, 1,5 % de Agar bacteriológico e água destilada 1000 mL, pH ajustado para 7,0) (SOUZA; OLIVEIRA; ANDRADE, 2008). Seleção de bactérias produtoras de celulase As colônias que apresentaram crescimento no ágar indicativo para celulase foram repicadas para placas de Petri com Ágar Nutriente (peptona, 5 g; extrato de carne, 3 g; cloreto de sódio, 1 g; ágar, 15 g; água destilada; 1000 mL) para isolamento e estoque (LIMA et al., 2009). Seleção das bactérias via análise qualitativa da produção de celulase Os isolados foram inoculados em frascos Elenmeyer com volume de 150 mL contendo 50 mL do meio de fermentação [KH2PO4, 2 g.L⁻¹; (NH4)2SO4, 1 g.L⁻¹; MgSO4.7H2O, 0,1 g.L⁻¹; Na2HPO4.2H2O, 0,9 g.L⁻¹; extrato de levedura, 1 g/L; 0,5 % carboximetilcelulose; 1,5 % de Agar bacteriológico e água destilada 1000 mL, pH ajustado para 7,0} e mantidos sob agitação 180 rpm durante 24h. Posteriormente, o fermentado foi centrifugado a 15000 rpm e filtrado em membrana 0,22 μm para obtenção do extrato enzimático bruto (SENA et al., 2006). Para a determinação da atividade enzimática do extrato bruto foi preparados meio de cultura com Agar bacteriológico (1,8 %), carboximetilcelulose (1 %) e água destilada (100 mL), após esterilização, estes foram distribuídos em placas de Petri (120x20 mm) onde foram realizadas perfurações circulares de 5 mm de diâmetro (técnica de “cup plate”) no meio de cultura onde foram adicionados 100 µL do extrato bruto, e incubadas a 37 °C por 24 h. Posteriormente as mesmas foram reveladas com Vermelho Congo (0,1 %), e posteriormente lavadas com solução de NaCl 1 M para visualização e determinação do diâmetro dos halos de degradação do substrato (SENA et al., 2006). Identificação de Bacillus produtores de amilase Produção de amilase em meio sólido Os Bacillus foram inoculados Agar amido (1 %). A presença de halo hialino ao redor da colônia será considerada positiva para atividade amilase. As placas foram incubadas durante 24 horas a 37 ºC e a leitura da atividade enzimática foram realizadas com o auxílio de um paquímetro e a revelação será por vapor de Iodo. Quantificação qualitativa pelo índice enzimático da amilase (IE) A atividade amilase dos isolados será estimada mediante um índice enzimático (IE) que expressa a relação do diâmetro médio do halo de hidrólise e o diâmetro médio da colônia (HANKIN; ANAGNOSTAKIS, 1975; OLIVEIRA et al., 2007).
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Identificação de Bacillus produtores de protease Produção de protease em meio sólido Os Bacillus foram inoculados Agar gelatina/leite (1 %). A presença de halo hialino ao redor da colônia será considerada positiva para atividade proteásica. As placas foram incubadas durante dois dias a 37 ºC e as leituras da atividade enzimática (Pz) foram realizadas (CRUZ FILHO et al., 2007; CRUZ FILHO et al., 2009; SANTOS et al.; 2009). Quantificação qualitativa na atividade proteásica (Pz) Será realizado também o cálculo do PZ para que se determine a atividade enzimática da bactéria. O Pz consiste na razão entre o diâmetro da colônia e o diâmetro do halo. Quanto mais o PZ se aproxima de zero, maior é a sua atividade enzimática [Pz = 1,0 (ausência de atividade enzimática), Pz entre 0,64 e 0,99 (atividade enzimática positiva) e o Pz ≤ 0,63 (atividade enzimática fortemente positiva)] (CRUZ FILHO et al., 2007; CRUZ FILHO et al., 2009; SANTOS et al.; 2009). Identificação dos micro-organismos isolados em nível de espécie A identificação das bactérias foi realizada com base na metodologia de identificação proposta por Silva et al. (2007) e Nascimento (2009); seguindo as provas bioquímicas de Barrow e Feltham (1999), as identificações foram realizadas no Laboratório de Microbiologia Universidade Federal do Amazonas, a partir das cepas de Bacillus spp. existentes na coleção microbiana do referido laboratório. 3. RESULTADOS E DISCUSSÃO Identificação de espécie do gênero Bacillus As bactérias na tabela 01 foram identificadas segundo Barrow e Feltham (1999) totalizando 16 cepas do gênero Bacillus produtoras de enzimas interesse bioindustriais.
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Tabela 01: Relação de Bacillus identificados na coleção bacteriana ICB-UFAM Item Código Especie de Bacillus Nº 01
Micro 01
Bacillus mycoides
Nº 02
Micro 02
B. lentus
Nº 03
Micro 03
B. badius
Nº 04
Micro 06
B. circulans
Nº 05
Micro 07
B. circulans
Nº 06
Micro 10
B. circulans
Nº 07
Micro 11
B. circulans
Nº 08
Micro 16
B. megaterium
Nº 09
Micro 17
B. circulans
Nº 10
Micro 18
B. megaterium
Nº 11
Micro 22
B. pantothenticus
Nº 12
Micro 28
B. anthracis
Nº 13
Micro 29
B. laterosporus
Nº 14
Micro 32
B. thuringiensis
Nº 15
Micro 36
B. pantothenticus
Nº 16
Micro 54
B. licheniformis
Identificação de Bacillus produtores de celulase As bactérias encontradas na tabela 02 foram as que apresentaram halo em revelação vermelho congo (Figura 1). Haja vista, todas as bactérias identificadas apresentaram crescimento em ágar celulose, correspondendo a 50 % (Figura 02) dos Bacillus analisados. Esse valor foi superior ao encontrado por Kawaguti et al. (2012) que obteve 21,2 % num total de 33 Bacillus ssp. utilizando carboximetilcelulose (CMC) como fonte de carbono, Marco (2012) afirma que diversas espécies de Bacillus produzam celulase na presença de, porém ao ser submetido a um outro indutor de celulase a mesma espécie não a expressa a mesma característica.
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Tabela 02: Relação de Bacillus que apresentara crescimento em Agar celulose presentes na coleção bacteriana ICB-UFAM Item Código Espécies de Bacillus Nº 01 Micro 01 Bacillus mycoides Nº 02
Micro 03
B. badius
Nº 03
Micro 06
B. circulans
Nº 04
Micro 07
B. circulans
Nº 05
Micro 10
B. circulans
Nº 06
Micro 29
B. laterosporus
Nº 07
Micro 36
B. pantothenticus
Nº 08
Micro 54
B. licheniformis
Figura 1: Bacillus produtores de celulase em ágar celulose (CMC) revelado com vermelho congo 1% (p/v) presentes na coleção bacteriana ICB-UFAM
Figura 2: Percentual de produção de enzimas referente ao total de Bacillus presentes na coleção bacteriana ICB-UFAM. (A/C/P). Todas as enzimas produzida pelo mesmo Bacillus.
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Identificação de Bacillus produtores de amilase As bactérias exposta na tabela 03 foram identificadas como Bacillus produtores de amilase (Figura 03), correspondendo a 37,5 % dos Bacillus isolados (Figura 02). Segundo Oliveira et al. (2007) e Pandey et al. (2000) o gênero Bacillus é o principal representante bacteriano produtor de amilase. O presente resultado corrobora com a literatura que afirmam que B. circulans (OLIVEIRA et al., 2007; BAL et al., 2009; SERIN; AKCAN; UYAR, 2012), B. lateroporus (KUMAR; KARTHIKEYAN; JAYARAMAN, 2013;) e B. pantothenticus (JAYACHANDRA et al., 2012) são produtores de enzimas amilolíticas. Tabela 03: Relação de Bacillus que apresentara halo em Agar amido em revelação de vapor de Iodo presentes na coleção bacteriana ICB-UFAM Item Código Espécies de Bacillus Índice enzimático (IE) Nº 01
Micro 06
B. circulans
0,750
Nº 02
Micro 07
B. circulans
0,857
Nº 03
Micro 10
B. circulans
0,800
Nº 04
Micro 11
B. circulans
0,667
Nº 05
Micro 29
B. laterosporus
0,750
Nº 06
Micro 36
B. pantothenticus
0,800
Figura 3: Bacillus produtores de amilase em Agar amido revelado com vapor de Iodo presentes na coleção bacteriana ICB-UFAM Identificação de Bacillus produtores de protease As bactérias identificadas na tabela 04 totalizam 100 % dos Bacillus presentes na coleção bacteriológica ICB-UFAM como produtores de protease (Figura 02 e 04), Dentre as cepas identificadas 81,25 % apresentaram segundo recomendação de Cruz Filho et al. (2007) e Santos et al. (2009) um IE fortemente positivo (IE<0,64), 18,75 % apresentaram atividade enzimática positivas, e dentre estes B. mycoides apresentou baixa atividade, ou seja IE próximo a 1.
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Figura 4: Bacillus produtores de proteas em placas de Agar gelatina/leite presentes na coleção bacteriana ICB-UFAM Tabela 04: Relação de Bacillus presentes na coleção bacteriana ICB-UFAM produtores de protease Item Código Especie de Bacillus Índice enzimático (IE) Nº 01
Micro 01
Bacillus mycoides
0,941
Nº 02
Micro 02
B. lentus
0,300
Nº 03
Micro 03
B. badius
0,250
Nº 04
Micro 06
B. circulans
0,214
Nº 05
Micro 07
B. circulans
0,429
Nº 06
Micro 10
B. circulans
0,682
Nº 07
Micro 11
B. circulans
0,500
Nº 08
Micro 16
B. megaterium
0,571
Nº 09
Micro 17
B. circulans
0,308
Nº 10
Micro 18
B. megaterium
0,267
Nº 11
Micro 22
B. pantothenticus
0,556
Nº 12
Micro 28
B. anthracis
0,167
Nº 13
Micro 29
B. laterosporus
0,222
Nº 14
Micro 32
B. thuringiensis
0,125
Nº 15
Micro 36
B. pantothenticus
0,200
Nº 16
Micro 54
B. licheniformis
0,800
Identificação de Bacillus produtores de protease, amilase e celulase O gênero Bacillus é conhecido por produzir uma grande variedade de enzimas extracelulares (HAGIHARA et al., 2001; SETYORINI et al., 2006), na tabela 05 verifica-
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se a presença dessa característica, onde a mesma cepa produz todas as enzimas pesquisadas. Tabela 05: Relação de Bacillus presentes na coleção bacteriana ICB-UFAM produtores de protease, amilase e celulase. Item Código Especie de Bacillus Nº 01
Micro 06
B. circulans
Nº 02
Micro 07
B. circulans
Nº 03
Micro 10
B. circulans
Nº 04
Micro 29
B. laterosporus
Nº 05
Micro 36
B. pantothenticus
4. CONCLUSÃO
O
s resultados demonstram o alto potencial biotecnológico dos micro-organismos presentes na coleção bacteriana do Laboratório de microbiologia ICB/UFAM como produtores de enzimas de interesse bioindustrial.
Tendo em vista o uso sustentável da biodiversidade e dos recursos derivados da mesma, essa pesquisa agrega valor para os diferentes setores produtivos de enzimas. O gênero Bacillus apresenta-se como grande potencial na indústria biotecnológica, pois todas as espécies estudadas expressaram produção de uma ou mais enzimas pesquisadas. A espécie de maior frequência foi o B. circulans.
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Seleção de bactérias do gênero Bacillus produtoras de enzimas de interesse bioindustrial mantidas no laboratório de microbiologia do ICB-UFAM Mara Márcia Almeida Reinaldet Bióloga Manaus, AM E-mail: maraalmeidareinaldet@hotmail.com Raimundo Felipe Cruz Filho Doutor em Biotecnologia Manaus, AM E-mail: rfilho@ufam.edu.br REINALDET, M.M.A.; CRUZ FILHO, R.F. Seleção de bactérias do gênero Bacillus produtoras de enzimas de interesse bioindustrial mantidas no laboratório de microbiologia do ICB-UFAM. Rev. Esp. Cient. Livre (ISSN 2236-9538), n. 19, p. 35-46, abr.-maio, 2014.
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Inclusão do gerenciamento de resíduos sólidos no ensinoaprendizagem de uma escola pública: em prol da sustentabilidade ambiental José Flávio Rocha Gonçalves Graduando em Engenharia de Informática pela Universidade Federal de Ceará (UFC) Pacatuba, CE E-mail: flavio@gtel.ufc.br Luciana Mascena Silva Licenciada em Biologia Pacatuba, CE E-mail: lumascena2@gmail.com GONÇALVES, J.F.R.; SILVA, L.M. Inclusão do gerenciamento de resíduos sólidos no ensino-aprendizagem de uma escola pública: em prol da sustentabilidade ambiental. Rev. Esp. Cient. Livre (ISSN 2236-9538), n. 19, p. 47-67, abr.-maio, 2014. RESUMO A geração de resíduos sólidos é um dos fatores crescentes neste século, que vem provocando agressões à natureza e precisam ser conhecidos para serem gerenciados. Uma realidade que envolve mudança dos padrões de produção e consumo, mas também a separação, coleta, reaproveitamento e reciclagem dos resíduos. De acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais os quais servem como subsídios para a prática pedagógica, a escola tem papel de fundamental importância que é ensinar e conscientizar e um dos objetivos é que o aluno seja capaz de perceber-se integrante, dependente e agente transformador do ambiente, identificando seus elementos e as interações entre eles, contribuindo ativamente para a melhoria do meio ambiente. O presente projeto tem por objetivo incluir no processo de ensino e aprendizagem da escola o gerenciamento de resíduos sólidos, implantando a coleta
seletiva, a qual constitui uma das ações que compõem um sistema de gestão, doando os resíduos aos catadores locais, gerando emprego e renda aos mesmos, maior vida útil aos aterros sanitários e com o reaproveitamento e reciclagem, a redução da extração de recursos naturais. A realização do projeto se dá, da seguinte forma: observação direta da escola, caracterização dos resíduos, aplicação de questionários, realização de palestras educativas e de sensibilização, aprofundamento em sala de aula pelos diversos professores, amostra de vídeos feitos pelos próprios alunos, realização de gincana, separação dos resíduos e doação aos catadores. Estamos tentando com esse trabalho incluir através da interdisciplinaridade a problemática dos resíduos sólidos e nossa participação efetiva na redução do impacto ambiental causados pelos mesmos, também formar cidadãos mais conscientes, preocupados
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com a sustentabilidade do meio ambiente e multiplicadores para que o aprendido
ultrapasse os muros da escola.
Palavras-chave: Resíduos sólidos; ensino e aprendizagem; sustentabilidade
1. INTRODUÇÃO
A
tualmente, as questões ambientais estão sendo bastante discutidas em virtude da grande necessidade de mudanças em relação à degradação ambiental. A situação está a cada dia mais preocupante, o homem tem agido de forma inconsequente e o meio ambiente pede mudanças urgentes de atitudes para reduzir o impacto negativo sobre o planeta. A escola tem o papel de ensinar e conscientizar seus alunos quanto as consequências da interferência humana no meio ambiente. Com isso tentar amenizar impactos, por meio da Educação Ambiental, o que requer um trabalho de forma integrada e contínua em todos os níveis e modalidades de ensino, como previsto nos Parâmetros Curriculares Nacionais os quais servem como subsídios para a prática pedagógica (FELIX, 2007). Abordar questões como resíduos sólidos, que genericamente são conhecidos como lixo é um desafio, cuja solução passa pela compreensão do indivíduo como parte atuante no meio em que vive. O lixo continua existindo depois de jogado na lixeira. Não há como não produzir lixo, mas se pode diminuir essa produção. Em geral, as pessoas consideram lixo tudo aquilo que não querem mais e por isso jogam fora. Mas isso não quer dizer que não tenha mais utilidade. Há vários tipos de resíduos que podem ser reutilizados. Vive-se em uma sociedade de consumo, que usa e descarta sem se preocupar com seu destino final. A introdução de novas embalagens no mercado vem aumentando assustadoramente e como consequência, o volume e a diversidade de resíduos gerados sofreram considerável acréscimo, surgindo assim, a era dos descartáveis. Como consequência, vários problemas relacionados ao lixo podem ser destacados, como contaminação do solo, ar e água, proliferação de vetores transmissores de doenças, entupimento de redes de drenagem urbana, enchentes, desmoronamentos, dentre outros. Uma das maneiras simples é reduzir o desperdício e separar os materiais recicláveis para a coleta seletiva. A proposta da coleta seletiva do lixo escolar é uma ação educativa que visa investir em uma mudança de mentalidade como um elo para trabalhar a transformação da consciência ambiental. A coleta seletiva e a reciclagem de lixo têm um papel muito importante para o meio ambiente. Por meio delas, recuperam-se matérias-primas que de outro modo seriam tiradas da natureza. A ameaça de exaustão dos recursos naturais não-renováveis aumenta a necessidade de reaproveitamento dos materiais recicláveis, que são separados na coleta seletiva de lixo. A complementação dessa ação é a formação dos educadores em relação ao meio ambiente para facilitar o tratamento de conteúdos curriculares sob a abordagem ambiental, pois a educação ambiental é de fundamental importância nas instituições educacionais, uma vez que os alunos podem tirar nota dez nas avaliações, mas, ainda assim jogar lixo na rua, pescar peixes-fêmeas prontas para reproduzir, atear fogo no mato indiscriminadamente, realizar ações danosas sem perceberem a extensão
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dessas ações ou por não se sentirem responsáveis pelo mundo em que vivem (FELIX, 2007). 2. DESENVOLVIMENTO Reciclagem de Resíduos Sólidos A geração de resíduos sólidos é um dos fatores crescentes neste século que vem provocando agressões à natureza e precisam ser conhecidos para serem gerenciados. A relação desarmônica entre o homem e o meio ambiente, tem intensificado os impactos ambientais em nosso planeta, o que pedi uma nova postura socioambiental, afinal o planeta é um só e o desafio é tornar harmoniosa essa relação homem-meio ambiente para assegurar a vida e sustentabilidade das futuras gerações. No Brasil, o termo impacto ambiental, embora exista a 25 anos no vocabulário, por meio do Conama de 23 de janeiro de 1986, é pouco conhecido pela população de modo geral, cuja definição é: Impacto ambiental é qualquer alteração das propriedades físicas, químicas e biológicas do meio, causada por qualquer forma de matéria ou energia resultante das atividades humanas, que afetam a saúde, a segurança, o aspecto social e o econômico, a qualidade dos recursos ambientais e o bem-estar da população (CONAMA, 1986). Temos uma sociedade produzindo cada vez mais, fazendo uso de muitos produtos com embalagens descartáveis, consumindo de maneira inconsequente e com isso aumentando a geração de resíduos sólidos. Poucas pessoas se preocupam para onde vai o lixo e quais suas consequências no meio ambiente e mesmo com tantas mudanças radicais no planeta, as pessoas tem resistência em mudar seus hábitos e dão pouca importância a assuntos ambientais. A racionalidade econômica dominante prioriza a quantidade de bens de consumos que se possa ter, mas esquece toda a lógica para a produção desses bens e o seu descarte, como aborda Leff. Coleta Seletiva O enfrentamento da crescente produção de resíduos sólidos é uma realidade que envolve mudança dos padrões de produção e consumo, mas também a separação, coleta e reaproveitamento diferenciado de todos os tipos de resíduos, transformando em matéria-prima o que antes era considerado lixo e com isso diminuindo a extração de recursos naturais. A coleta seletiva constitui uma das ações que compõe um sistema de gestão de resíduos sólidos domiciliares. Antes de tudo é muito importante entender que os materiais possíveis de reciclagem não podem estar misturados a restos de alimentos, pois assim eles serão considerados lixo, com destinação ao aterro sanitário. A coleta seletiva tem a função de separar previamente esses materiais passiveis de reciclagem e assim dar a destinação de serem reaproveitáveis ou recicláveis. Grimberg (2009) indica que 90% dos resíduos urbanos gerados no Brasil são passíveis de reaproveitamento, enquanto 60% são resíduos orgânicos e 38% são papéis, vidros, metais, plásticos e embalagens, que podem se tornar produtos reciclados. Em relação a dados estatísticos, do total de 5.564 municípios brasileiros, apenas 994 faziam coleta seletiva de seu lixo em 2008, ou apenas 17,86% do total. A informação é da Pesquisa Nacional de Saneamento Básico (PNSB), referente ao ano de 2008, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O gerente da pesquisa, Antônio Tadeu de Oliveira, admitiu que o porcentual é pequeno, se
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comparado com o que é realizado neste sentido em outros países. "Mas podemos notar que, na pesquisa anterior, realizada em 2000, detectamos que apenas 451 municípios realizavam coleta seletiva", disse, acrescentando que, em oito anos, o Brasil apresentou uma melhora expressiva. Programa Coleta Seletiva Solidária Em 2006, o então presidente Luiz Inácio da Silva, baixou o Decreto Presidencial Nº 5.940, de 25 de outubro de 2006, no qual institui a separação dos resíduos recicláveis descartados pelos órgãos e entidades da administração pública federal direta e indireta, na fonte geradora, e sua destinação às associações e cooperativas dos catadores de materiais recicláveis. Segundo o Decreto, a Coleta Seletiva Solidária é “[..] a coleta dos resíduos recicláveis descartados, separados na fonte geradora, para destinação às associações e cooperativas de catadores de materiais recicláveis” e resíduos recicláveis descartados são todos os “materiais passíveis de retorno ao seu ciclo produtivo, rejeitados pelos órgãos e entidades da administração pública federal direta e indireta”. (BRASIL, 2006, p. 01). O decreto afirma a necessidade da participação do governo, pelos seus órgãos, bem como da sociedade e das empresas, mas para incluir-se como participante dessas ações precisa preparar os seus funcionários para uma gestão pública sustentável. As Comissões da Coleta Seletiva Solidária, criadas para conduzir a implementação das medidas estabelecidas pelo Decreto nº 5.940/06, devem apresentar semestralmente ao Comitê Interministerial a avaliação do processo de separação dos resíduos recicláveis descartados em suas unidades e para acompanhar esse processo e apoiar os órgãos públicos federais, o Comitê estruturou uma Secretaria Executiva do Comitê Interministerial de Inclusão Social de catadores de Materiais Recicláveis, composta por servidores do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, do Ministério das Cidades, com o apoio da Caixa Econômica Federal. O objetivo da constituição da Secretaria Executiva é agilizar as ações que efetivarão as determinações do governo federal em relação à inclusão dos catadores de materiais recicláveis, tais como encaminhar as decisões do Comitê, acompanhar a implementação do Decreto nº 5.940/06, apresentando ao comitê relatórios, bem como encaminhar proposições para soluções de problemas; e acompanhar as ações dos programas de governo no âmbito do Comitê Interministerial. A questão social e a gestão dos resíduos sólidos urbanos Por muito tempo, a coleta e destinação dos resíduos sólidos não apresentaram maiores problemas, uma vez que o lixo era depositado em regiões afastadas e distantes. No entanto, com a crescente urbanização ficou cada vez mais difícil encontrar áreas adequadas que absorvessem a demanda em expansão e o problema ganhou visibilidade. Assim, fez-se necessária a busca de alternativas que facilitem a operacionalização do sistema e que, concomitantemente, atendam aos anseios da população em relação à limpeza urbana e à qualidade de vida. Outra questão premente é que, na última década, como consequência dos índices alarmantes de desemprego, muitos excluídos sociais encontraram nos resíduos uma forma de sobrevivência.
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Estes milhares de trabalhadores informais geram uma macroeconomia que beneficia a sociedade como um todo. Apesar disto estes trabalhadores continuam marginalizados e sem leis que os beneficiem. Portanto, as questões ambiental e operacional não são únicas na busca de uma solução para o problema que envolve os resíduos sólidos. As ações devem ser escolhidas visando incluir também a população que sobrevive destes resíduos. Agenda Ambiental na Administração Pública (A3P) – Estado do Ceará A Agenda Ambiental na Administração Pública (A3P) é uma resposta a uma das recomendações contidas na Agenda 21 resultado da Eco Rio/92, onde aponta a necessidade de estratégias quanto ao manejo dos resíduos gerados pelos órgãos públicos, o princípio dos 3Rs – Reduzir, Reutilizar e Reciclar. Em 1999, o Ministério do Meio Ambiente criou sua primeira Comissão Permanente e a partir dali o Programa passou a ser incluído nas ações de competência da Secretaria de Políticas para o Desenvolvimento Sustentável, que estabelece a ligação com as ações que buscam a ecoeficiência governamental. De lá até os nossos dias, o Ministério do Meio Ambiente tem sido um forte incentivador de sua implantação em todos os níveis governamentais. A A3P é um programa que visa implementar a gestão socioambiental sustentável dentro das atividades administrativas e operacionais do Governo minimizando os impactos ao meio ambiente, provocados por atividades administrativas ou operacionais. O programa estabelece critérios ambientais nos órgãos governamentais, desde os pequenos cuidados dentro das rotinas de trabalho, como o uso racional dos bens duráveis e do material de consumo, na economia responsável de insumos como água e energia, passando pela gestão adequada dos resíduos gerados e também com relação aos investimentos, custeio e contratação de serviços, ações que visam estabelecer além da diminuição dos referidos impactos ambientais, uma melhoria na qualidade de vida no próprio ambiente de trabalho. No Estado do Ceará, o programa está sob a coordenação do Conselho de Políticas e Gestão do Meio Ambiente (CONPAM), através da Coordenadoria de Educação Ambiental e Articulação Social. A A3P tem como diretriz primordial a sensibilização não só dos gestores, mas de todos os colaboradores do serviço público, em todas as suas esferas, para as questões socioambientais, buscando o equilíbrio responsável entre o homem e o ambiente. É importante ressaltar que o engajamento ao programa é voluntário, resta-nos o desafio individual e coletivo, dentro do conceito deste novo modelo de gestão pública; ambientalmente responsável; repensar a nossa postura pessoal e profissional na construção dessa nova cultura institucional. A A3P tem como objetivos sensibilizar os gestores, servidores e colaboradores do serviço público para as questões socioambientais; estimular a incorporação de critérios para gestão social ambiental responsável nas atividades públicas; promover a economia de recursos naturais e redução de gastos institucionais; além de contribuir para revisão dos padrões de produção e consumo e na adoção de novos referenciais, no âmbito da administração pública (CONPAM, 2011). São cinco as temáticas a serem trabalhadas pela A3P: 1. Uso racional dos recursos naturais e bens públicos 2. Gestão adequada dos resíduos gerados 3. Qualidade de vida no ambiente de trabalho
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4. Sensibilização e capacitação dos servidores 5. Licitações sustentáveis e Inclusão de critérios socioambientais Os trabalhos a serem desenvolvidos pela A3P precisam embasar a política dos 5R´s, na qual aporta que o uso racional dos recursos naturais possibilita a minimização da geração de resíduos. Os 5 R´s é uma forma de gestão visando a gestão adequada dos resíduos nos quais cada “R” possui um significado hierárquico:
Repensar - o primeiro R da política está dentro da sua mente e envolve tudo que já falamos aqui sobre consumo consciente: é usar o seu grande poder de decisão e escolha; Recusar - o segundo R consiste em recusar produtos que não são necessários ou aqueles que por algum motivo não contribuem com a saúde do planeta. Existem produtos, por exemplo, que são comercializados em várias embalagens desnecessárias; Reduzir - o terceiro R está diretamente ligado à tentativa de reduzir o consumo. Repensar a real necessidade e utilidade de tudo que se compra. Faz bem para o planeta e para o seu bolso; Reutilizar - antes de descartar um produto ou uma embalagem, mesmo para a reciclagem, analise se ele pode ser utilizado de alguma outra forma. Em vez de comprar potinhos plásticos para colocar o que sobrou de comida na geladeira, aproveite aqueles de sorvete, maionese ou margarina, que vedam e resistem bem até por muito tempo no freezer; latas de óleo podem servir de vasos para ervas. Use sua criatividade; Reciclar - se nada disso for possível, opta-se então pela reciclagem, lembrando sempre que ela também é uma indústria poluidora e que nem sempre impede a retirada de matéria-prima virgem da natureza. É uma etapa importante, mas não a única em todo esse processo e nem pode ser usada como uma desculpa para se consumir desnecessariamente. (CONPAM, 2011).
Política Nacional de Resíduos Sólidos O impacto negativo causado pelo lixo no meio ambiente é preocupante. Várias legislações, ambientais foram feitas como instrumento para influir no gerenciamento dos resíduos sólidos. Dentre as legislações pode-se destacar a Lei Nº 12.305, de 02 de agosto de 2010, institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos, altera a Lei Nº 9.605, de 12 de fevereiro de 1998 e dá outras providências. Vários conceitos são registrados nessa lei, entre eles a coleta seletiva é definida como a “[...] coleta de resíduos sólidos previamente segregados conforme sua constituição ou composição”, enquanto gestão integrada de resíduos sólidos como um “[...] conjunto de ações voltadas para a busca de soluções para os resíduos sólidos, de forma a considerar as dimensões políticas, econômicas, ambiental, cultural e social, com controle social e sob a premissa do desenvolvimento sustentável”. Ao se haver um consenso sobre a definição de coleta seletiva e da clara necessidade de se ter uma gestão integrada de resíduos sólidos, cada município pode assim visualizar a interdependência entre ações da sociedade, escolas, governos e empresas para a efetividade da coleta seletiva. A lei Nº 12.305 também informa as limitações do Estado e o papel das indústrias quanto a ações de logística reversa em seus processos para tornar uma produção mais sustentável, ou a inserção compartilhada com a sociedade pela vida de ciclo dos produtos.
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Política de Resíduos Sólidos do Estado do Ceará Atendendo a Política Nacional de Resíduos Sólidos, o Estado do Ceará implementou a sua política estadual com o programa de Coleta Seletiva de Papel nos órgãos públicos estaduais. A separação dos papeis descartados, de acordo com o programa, é selecionado na fonte geradora e sua destinação enviada a associações e catadores cadastrados. Uma medida preventiva é o combate ao desperdício por meio de noções do repensar, reduzir, reutilizar e reciclar. São estipulados, nessa lei, os tipos de papéis aptos a reciclagem tais como: a) impressos em geral; b) fotocópias; c) rascunhos; d) escritos; e) formulários contínuos; f) jornais e revistas; g) envelopes; h) papéis timbrados; i) cartões; j) papelão; k) saco de papel; l) papel de impressora; m) papel branco ou misto; n) papel de fax; o) embalagens “longa vida”. a) papéis carbono; b) papéis sanitários; c) papéis engordurados ou sujos; d) papéis metalizados; e) papéis celofone; f) papéis parafinados; g) papéis plastificados; h) papéis laminados; i) papéis siliconizados; j) papéis vegetais; k) etiquetas; l) fotografias; m) fitas adesivas. Esse fato evita que os funcionários tenham dúvidas quanto ao que pode ser um papel apto a ser separado do lixo comum e entrar no programa de reciclagem. A logística para o correto funcionamento do programa também recebe indicações pela lei (Fig. 1), na qual informa a necessidade de haver cursos para agentes multiplicadores em Educação Ambiental, divulgação do programa, por meio de informativos e cartazes, e o monitoramento, por meio de relatórios técnicos mensais, com inspeção semestral, mostrando assim o comprometimento dos órgãos nessas ações. 2.1. PROBLEMA IDENTIFICADO
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geração de resíduos sólidos é um dos fatores crescentes neste século que vem provocando agressões à natureza e precisam ser conhecidos para serem gerenciados. A relação desarmônica entre o homem e o meio ambiente, tem intensificado os impactos ambientais em nosso planeta, o que pedi uma nova postura socioambiental, afinal o planeta é um só, o desafio é tornar harmoniosa essa relação para assegurar a vida e sustentabilidade das futuras gerações. Temos uma sociedade produzindo cada vez mais, fazendo uso de muitos produtos com embalagens descartáveis, consumindo de maneira inconsequente e com isso aumentando a geração de resíduos sólidos. Poucas pessoas se preocupam para onde vai o lixo e quais as consequências do mesmo no meio ambiente e mesmo com tantas mudanças radicais no planeta, as pessoas tem resistência de mudar seus hábitos e dão pouca importância a assuntos ambientais. 2.2. HIPÓTESES
O
enfrentamento da crescente produção de resíduos sólidos é uma realidade que envolve mudança dos padrões de produção e consumo, mas também a separação, coleta e reaproveitamento diferenciado de todos os tipos de resíduos, transformando em matéria-prima o que antes era considerado lixo e com isso diminuindo a extração de recursos naturais.
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A coleta seletiva constitui uma das ações que compõe um sistema de gestão de resíduos sólidos domiciliares. Antes de tudo é muito importante entender que os materiais possíveis de reciclagem não podem estar misturados a restos de alimentos, pois assim eles serão considerados lixo, com destinação ao aterro sanitário. A coleta seletiva tem a função de separar previamente esses materiais passiveis de reciclagem e assim dar a destinação de serem reaproveitáveis ou recicláveis. Os catadores são elementos centrais de um programa de gerenciamento de resíduos sólidos. Desde 1989 os Programas de Coleta Seletiva em parcerias com os catadores vem aumentando, onde nem sempre são ex-catadores de lixão ou autônomos, mas também pessoas desempregadas que buscam uma fonte de renda. Muitos e estratégicos são os benefícios da coleta seletiva, como a redução de lixo na fonte geradora, reciclagem e reaproveitamento dos resíduos sólidos, redução do impacto ambiental causado no solo e água pelo aterramento do lixo nos lixões, maior vida útil aos aterros sanitários, dentre outros. Portanto a implantação de programas de coleta seletiva nos diversos setores e ambiente é de fundamental importância para o meio ambiente e saúde da população. No entanto é um grande desafio, pois envolve mudanças de atitudes, transformar práticas e ações socioambientais em politicas públicas. 3. OBJETIVOS DA PESQUISA GERAIS Incluir no processo de ensino e aprendizagem da escola o gerenciamento de resíduos sólidos. ESPECÍFICOS - Informar e conscientizar através de palestras a importância da necessidade do acondicionamento adequado do lixo, sua coleta, benefícios da reciclagem, remoção e destino final do lixo; - conscientizar o corpo escolar do seu papel de agente consumidor e por consequência gerador de lixo; - Tornar os alunos e funcionários em geral da escola agentes multiplicadores da limpeza junto a população local; - promover a internalização do conceito dos 5Rs (Repensar, Recusar, Reduzir, Reutilizar e Reciclar) - colocar em prática a coleta seletiva, que é correta para o ambiente e para a saúde da população; - Promover a destinação dos resíduos coletados; - Adquirir contêineres para coleta seletiva; - Identificar quais cooperativas ou associações que tenha interesse em coletar os materiais selecionados; - Gera emprego e renda para os catadores de materiais recicláveis locais; - Reduzir os resíduos encaminhados ao lixão da cidade; - Diminui a exploração dos recursos naturais; - Diminui a poluição do solo, da água e do ar; 4. METODOLOGIA
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s contêineres para coleta seletiva virou moda, atualmente nos deparamos com os depósitos coloridos em diversos ambientes, mas será que é feito realmente um gerenciamento desses resíduos, a coleta dos mesmo é feita de forma
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correta e o seu destino deixou de ser o aterro sanitário. Eis a questão. A metodologia do nosso projeto não é simplesmente adquirir e distribuir os contêineres na escola, mas realizar de fato um gerenciamento desses resíduos. Segue nossos métodos utilizados: - Observações diretas da escola, seu entorno e o aterro sanitário da cidade; - Observações diretas das salas antes de começar a aula, mostrando como as salas são entregues aos alunos e depois das aulas, mostrando o estado que foi deixado as mesmas; - Caracterização dos resíduos e como são colhidos e destinados; - Observaremos também o restante da escola, como área de lazer, área verde, laboratórios de informática; – Aplicação de questionários sobre o tema do projeto, a funcionários, alunos, professores e grupo gestor da escola, para saber seus graus de entendimento sobre os assuntos como: lixo, coleta seletiva, reciclagem e meio ambiente; - Realização de palestras educativas e de sensibilização, juntamente com um vídeo feito por nós com fotos tiradas da escola e seu entorno; - Realização de palestras educativas e de sensibilização dadas por catadores da região, colaboradores da secretaria de meio ambiente e semace; - Aprofundamento em sala de aula pelos diversos professores, para a construção de conhecimento no processo ensino-aprendizagem nas várias disciplinas do currículo escolar; - Aquisição dos contêineres para coleta seletiva, através de doações recebidas pelas empresas locais, após contato via telefone e oficio; - Substituição dos cestos pelos apropriados para coleta seletiva; - Realizar contato com os catadores da região para coleta dos resíduos, os quais serão doados aos mesmos, deixando de serem colhidos pelo caminhão da prefeitura, e não, mas levado para o aterro, mas para reciclagem; - Realização de gincanas com o tema do projeto, com provas enfatizando consumo consciente, água, energia, coleta seletiva, lixo e reciclagem. 5. ANALISE DE DADOS
A
relação desarmônica entre o homem e o meio ambiente, tem intensificado os impactos ambientais em nosso planeta, o que pedi uma nova postura socioambiental, afinal o planeta é um só, o desafio é tornar harmoniosa essa relação para assegurar a vida e sustentabilidade das futuras gerações. A coleta seletiva constitui uma das ações que compõe um sistema de gestão de resíduos sólidos domiciliares. Muitos e estratégicos são os benefícios da coleta seletiva, como a redução de lixo na fonte geradora, reciclagem e reaproveitamento dos resíduos sólidos, redução do impacto ambiental causado no solo e água pelo aterramento do lixo nos lixões, maior vida útil aos aterros sanitários, dentre outros. Portanto a implantação de programas de coleta seletiva nos diversos setores e ambiente é de fundamental importância para o meio ambiente e saúde da população. E estamos tentando com esse trabalho incluir através dos professores nas diversas disciplinas a problemática dos resíduos sólidos e nossa participação efetiva da redução do impacto ambiental que o mesmo causa. Também formar cidadãos mais conscientes, preocupados com a sustentabilidade do meio ambiente e multiplicadores para que o aprendido ultrapasse os muros da escola.
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5.1 COLETA E NATUREZA DOS DADOS
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ara o cumprimento da metodologia foi montado e aplicado um questionário semiestrutural, no período de 11 a 15 de abril de 2010, com uma amostra de cinco alunos de cada turma, totalizando 80 alunos e 16 funcionários, dos quais 12 professores, 2 funcionários da limpeza, o Diretor e o Coordenador da escola. O objetivo da aplicação do questionário era conhecer o grau de informação que esses dois públicos – alunos e funcionários – teriam com o tema lixo, possibilitando a partir desses resultados a sugestão de um projeto para a implementação da coleta seletiva. Fotos registraram, do período de 30 de março a 15 de abril, as não conformidades sob critérios técnicos embasados na Agenda Ambiental na Administração Pública, Política Nacional de Resíduos Sólidos, Política Estadual de Resíduos Sólidos do Estado do Ceará e no Programa de Coleta Seletiva Solidária. 6. RESULTADOS 6.1. Escola de Ensino Fundamental e Médio Deputado Fausto Aguiar Arruda Criada pelo Decreto Nº 17.033, de 11 de janeiro de 1985, por meio da publicação no Diário Oficial do Estado do Ceará nº 13.893 de 14 de janeiro de 1985, a escola Deputado Fausto Aguiar Arruda (Fig. 1) está localizada na Avenida XXVI, S/N, setor H, conjunto Jereissate II – Pacatuba, Ceará. Pertencente à rede estadual, a Escola é subordinada a SEDUC, sob a jurisdição da 1ª Crede, com sede em Maracanaú, Ceará. De 1985 a 1992, foram ofertadas turmas para a Educação Infantil a 4ª Série, do Ensino Fundamental. A partir de 1993, foram ofertadas turmas do Ensino Fundamental II (5ª a 7ª Séries), iniciando, em 1996, as turmas de 8ª Série, formando, assim os primeiros concludentes do Ensino Fundamental. Em 1998, a escola, sob a direção da Professora Maria das Graças Silveira de Paula, formou as primeiras cinco turmas de Ensino Médio, totalizando 233 alunos de 1ª Série do Ensino Médio. Pioneira em Pacatuba, a escola foi a primeira a introduzir o Ensino Médio no Jereissati. Desse modo, por meio do Decreto Nº 25.873, de 10 de maio de 2000, a Escola, antes denominada Escola de 1º Grau Deputado Fausto Aguiar Arruda, com a implantação do Ensino Médio, passou doravante a denominar-se: Escola de Ensino Fundamental e Médio Deputado Fausto Aguiar Arruda.
Hoje, em termos de quadro pessoal, a Escola possui 21 professores, 02 (dois) bibliotecários, 03 (duas) professores para sala de informática, 01 (um) Diretor, 01 (um) Coordenador, 01 (uma) secretária, 4 (quatro) serviços gerais e merendeiras, 01 (um) porteiro e 2 (dois) vigias. 6.2. Diagnóstico dos resíduos gerados na escola
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ara se analisar a gestão adequada dos resíduos gerados, por meio da coleta seletiva, inicialmente foi necessário se compreender quais os resíduos gerados na escola e como ocorre essa gestão.
A limpeza da escola é feita três vezes ao dia por meio da varrição e retirada dos resíduos das lixeiras. A primeira varrição é realizada no início da manhã nas salas, antes de começarem as aulas do primeiro turno, a segunda é no término da aula do turno da manhã e a última, no término da aula do turno da tarde. Três funcionários são responsáveis por essa limpeza.
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Dentre os resíduos encontrados na escola são destaques o papel e o plástico, mas também são encontrados um pouco de vidro e lata, materiais trazidos de fora da escola por alunos ou funcionários, já que a escola não possui cantina e a merenda escolar não produz esse tipo de resíduo. Durante a pesquisa realizada na escola, percebeu que pela manhã a varrição das salas de aula produz resíduo que enchem diariamente um saco de plástico de 30 litros cheio, referente ao resíduo gerado no turno da noite, a tarde um saco de plástico 50 litros, referente ao turno da manhã, e a noite um saco de plástico de 30 litros, referente ao turno da tarde. O turno que mais gera resíduo é o turno da manhã, onde tal diferença se dá pela quantidade maior de alunos matriculados e por ter duas turmas de nível fundamental funcionando, algo não pontuado nos demais turno (tabela 1). Tabela 1 – Número de alunos matriculados por turno na escola Número de alunos matriculados Manhã 197 Tarde 116 Noite 193 Total 506 Após a varrição das salas e demais setores da escola e ensacamento, os resíduos da escola são recolhidos pela Prefeitura local duas vezes por semana, onde o mesmo é levado para o lixão da cidade. Assim, o fluxo da gestão do resíduo pode ser visualizado abaixo:
Figura 1: Fluxo do processo de gestão do resíduo gerado na Escola Percebe-se, por meio do fluxo, que não existe a inserção da Educação Ambiental e de uma logística para uma correta destinação dos possíveis materiais considerados recicláveis, não havendo assim uma gestão para a coleta seletiva. 6.2.1. Não conformidades quanto à coleta seletiva
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redução dos resíduos sólidos é uma temática debatida desde a Conferência Rio 92, a constar na Agenda 21 Global em seu capítulo 4, Mudanças dos Padrões de Consumo. Entre as medidas preventivas, a Agenda 21 incentiva a redução ao mínimo da geração de resíduos por meio do princípio dos 3Rs – reduzir, reutilizar e reciclar (BRASIL, 2011d). Segundo a Lei Nº 12.305, de 2 de agosto de 2010, a qual institui a Política Nacional dos Resíduos Sólidos, define coleta seletiva como a “coleta de resíduos sólidos previamente segregados conforme sua constituição ou composição”, isto é, uma préseleção entre os resíduos orgânicos dos plásticos, papéis, vidros e metais (POLIS, 1998). Assim, a coleta seletiva é apenas uma das etapas do processo de reciclagem,
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que precisa ser cumprida, mas necessita de outras como a destinação correta, por exemplo, pois se não forem todas cumpridas de acordo com a finalidade da coleta seletiva, pode inviabilizar todo o processo (POLIS, 1998). A Escola Fundamental e Médio Deputado Fausto Aguiar Arruda não possui nenhum depósito diferenciado para a correta separação dos resíduos pela sua composição – orgânico, plástico, papel, vidro e metal – e sim um único coletor de resíduo por sala e pelos demais locais onde os alunos e funcionários possam circular. Pode-se visualizar na figura 2 e 3 a inconformidade quanto a separação dos resíduos, impossibilitando a sua correta destinação.
Figura 2 – Resíduos da escola sem a devida separação aguardando a coleta da Prefeitura Fonte: (Elaboração Própria, 2011)
Figura 3 – Modelo de coletor de resíduo utilizado nas salas de aula e demais locais da escola Fonte: (Elaboração Própria, 2011) Sem uma correta separação, o processo de coleta seletiva não pode ser iniciado. Contudo, foram encontradas muitas embalagens no chão, próximas de plantas (Fig. 8) ou mesmo próximas dos coletores centrais que estavam praticamente vazios, mas rodeado de resíduos. A área verde da Escola sendo má aproveitada, com uma grande quantidade de mato, propiciando o surgimento de insetos e outros animais, bem como com entulhos que poderiam ser reaproveitados se houvesse um programa de Coleta Seletiva. Não foi detectado a existência de programas de Educação Ambiental, que pudessem contribuir para a diminuição dos resíduos e haver uma conscientização quanto à importância da coleta seletiva, havendo assim a correta logística para a possibilidade de reaproveitamento de materiais. Outros materiais como livros, papéis e cadeiras armazenados em salas poderiam ser encaminhados para reciclagem ou cadeiras.
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6.3. Análise do questionário
A
lguns pontos da pesquisa foram melhor elucidados com a aplicação do questionário (Apêndice A), aplicado com 80 alunos e 16 funcionários, principalmente para se conhecer a percepção deles e melhor trabalhar a Educação Ambiental em projeto piloto. Dentre as 12 perguntas aplicadas, o aprofundamento da temática reciclagem perpassa pelo saber dos entrevistados quanto ao que definem como lixo, implicações quanto ao aumento em volume, o correto descarte, a reciclagem e finalizando com os 5 R’s. Lixo é um termo utilizado como sinônimo de algo que não tem mais utilidade e muitos dos resíduos gerados pela escola são papel e plástico. Dentre esses plásticos encontram-se as diversas embalagens, com as quais quando o seu conteúdo é utilizado, ela também perde a sua utilidade, sendo descartada com lixo. Quando os alunos foram questionados conceitualmente sobre lixo, 3 % informaram que lixo é “algo sem utilidade para o consumo humano, enquanto 92 % que poderia ser algo reaproveitado e 3 % “tudo o que não pode ser reciclado”. O seu descarte, para 55% dos alunos, às vezes era em local adequado; enquanto que para 51% dos funcionários era em local adequado. Interessante perceber que apenas 3% dos alunos compreendem que não jogam lixo no local adequado e que este item não foi contabilizado com os funcionários, fator que não condiz com a realidade da escola, onde foram constatados, inclusive com o registro de fotos, resíduos próximos ou ao lado do cesto de lixo e poucos dentro do cesto de lixo. Ter a noção do que é lixo e como aumenta a sua produção são fatores importantes a serem trabalhados em sua minimização e principalmente para um correto descarte. Alunos (56%) e funcionários (44%) responderam como causa prioritária para o aumento na produção do lixo a falta de informação e de conscientização. Enquanto 18% dos alunos pontuaram a falta de coleta seletiva e com 25%, os funcionários acreditam no aumento do consumo bem como no descarte de embalagens. A certeza de que pessoas conscientes e informadas fazem um descarte correto de seus resíduos traz novamente a Educação Ambiental como fator de transformação necessária a minização dos resíduos na escola. Trabalhar com Educação Ambiental traz também a necessidade de se conhecer os nossos hábitos do dia-a-dia dentro e fora da escola. Conhecer qual é do destino dado ao lixo na casa dos alunos traz a realidade de cada um, inclusive as limitações quanto ao entendimento quanto à reciclagem. 76% dos alunos e 81% dos funcionários dispõem o lixo de sua casa em coletores na rua, aguardando a coleta da prefeitura. 14% dos alunos e 13% dos funcionários incluem o catador neste sistema, embora não tenha sido possível verificar se existe uma separação prévia dos resíduos, ou se é apenas permitido que o catador receba todo saco de lixo, onde possa separar de acordo com a sua necessidade. Contudo, ainda existem realidades nas quais o lixo é queimado ou abandonado em terrenos abandonados. Quanto à possibilidade de reaproveitamento de materiais nas residências, como vidros e garrafas pet, 44% dos funcionários afirmaram ter essa prática com frequência, enquanto 42% às vezes a fazem. A noção de reaproveitar embalagens demonstra a noção de que enquanto existir utilidade, o produto não é considerado lixo, não
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havendo o seu descarte. Nessa mesma lógica, 77% dos alunos entrevistados afirmaram conhecer coleta seletiva, embora não a pratiquem. Quanto a preocupação em diminuir a quantidade de lixo que é gerada em suas residências, 74% dos alunos responderam que sim, enquanto 7% responderam que não e 19% responderam que nunca pensaram nisso. E os funcionários, responderam na mesma proporção essa a essa questão, indo de encontro aos mesmos pensamentos dos alunos, apesar de terem mais formação. Em relação aos problemas causados pelo lixo à saúde humana, 80% dos alunos responderam que conhecem, inclusive listaram doenças como dengue e leptospirose e 20% responderam que desconhecem. Para 94% dos funcionários eles conhecem as consequências do lixo à saúde humana e 6% que responderam que não. Fazer a associação entre lixo e saúde humana é muito importante, pois existem várias doenças relacionadas, inclusive algumas podem ser fatais. E nessa lógica, minimando a quantidade de lixo, minimizam vetores causadores de doença. Com relação a problemas que relacionam lixo e meio ambiente, 100% dos funcionários responderam que conhecem e citaram alguns, como poluição dos rios, aquecimento global e alagamento. E 87% dos alunos responderam somente sim, sem citar as causas e 13% respondeu que não. A relação lixo e meio ambiente precisa ser melhor trabalhada com os alunos em projetos futuros. Quando questionados sobre que tipos de ações podem contribuir para reduzir a produção de resíduos, 40% dos alunos responderam reciclagem, 15% respoderam que não sabem, 9% responderam Educação Ambiental, 10% responderam reutilizar frascos e 26% responderam diminir o consumo de produtos industrializados. Para os funcionários, 20% responderam reciclagem, 7% responderam que não sabem, 45% responderam Educação Ambiental, 8% reutilizar frascos e 20% responderam diminuir o consumo de produtos industrializados. O caminho apontado pela maioria perpassa pela educação, algo complementar a reciclagem que necessita de uma rede formada para que possa funcionar e que não depende exatamente apenas do cidadão comum. Quando perguntados se sabem o que é coleta seletiva, 78% dos alunos respondem que sim, mas não sabem definir e 22% respondem que não, comprovando que faltam informações sobre o assunto. E os funcionários, 100% responderam que sim, mas somente 75% souberam definir, ou seja, mesmo com o assunto na mídia, ter noção é diferente de conhecer o assunto. Apenas 57% dos alunos sabem para onde vai o lixo de sua cidade e 43% desconhecem. Enquanto 90% dos funcionários sabem a destinação, enquanto 10% desconhecem. Devido ao aterro sanitário ser longe das grandes cidades, muitas vezes o problema resíduos também fica distante das pessoas, que acreditam resolvê-lo quando ocorre a coleta de suas portas, impossibilitando de se conhecer a realidade da quantidade gerada, dos catadores e do impacto causado no meio ambiente. Sobre a politica dos 5 R´s (reduzir, reutilizar, recuperar, renovar e reciclar), 51% dos alunos não conhecem e 29% já ouviram falar. Enquanto que 50% dos funcionários afirmaram que conhecem e 31%, não. O questionário comprovou que alunos e funcionários têm noções sobre a necessidade dos resíduos terem uma destinação correta, de que a Educação Ambiental poderia conscientizá-los de suas ações quanto a reciclagem, mas para que um projeto de reciclagem possa funcionar cabe lembrar do papel de cada um dentro e fora da escola.
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6.4. Sugestões para as não conformidades quanto à coleta seletiva
P
or não ter sido identificado um programa de coleta seletiva, algo necessário de acordo com a Lei Nº 13.103, de 24 de janeiro de 2001, que dispõe sobre a Política Estadual de Resíduos Sólidos do Estado do Ceará, institui a coleta seletiva de papel para os órgãos e entidades da administração pública estadual direta e indireta, na fonte geradora, e a sua destinação às associações de recicláveis. Sendo a escola uma entidade da rede estadual se faz necessário se adequar para o cumprimento da Lei. Parágrafo Único: A coleta seletiva de papel tem como premissa diminuir o consumo de papel e combater ao desperdício nos órgãos e entidades da Administração Pública Estadual direta e indireta, aplicando-se as noções de repensar, reduzir, reutilizar e reciclar.
Muitos foram os problemas identificados entre eles se destacam: a) Não existe a coleta dos resíduos em sacos e sim em baldes, no qual são todos misturados, não havendo a devida separação; b) O turno que gera maior quantidade de resíduo é o da manhã, pela maior quantidade de alunos; c) Não existe educação ambiental tanto dos alunos como dos funcionários - lixeiras vazias e resíduos jogados perto das mesmas, ou no chão, ou em meio as plantas; d) Área verde sendo mal aproveitada, grande quantidade de mato, propiciando o surgimento de insetos e outros animais; e) Razoável quantidade de lixo na encosta do portão, aguardando o caminhão que colhe; grande quantidade de livros e papéis em geral armazenados, sem utilidade e sem encaminhamento para reciclagem ou incineração; f) Cadeiras de madeira quebradas entulhadas em um dos espaços verdes da escola, propiciando um criadouro de cobras, aranhas e outros tipos de animais; nos banheiros são encontrados lixeiras improvisadas com baldes; e g) Desmotivação dos funcionários pelo assunto, desconhecimento de sua importância pelos alunos e descomprometimento dos professores em relação a essa questão. Existe a clara necessidade de se implementar um projeto que vise à coleta seletiva, possibilitando o envio de materiais para a reciclagem, onde antes iriam diretamente para aterros ou lixões, aumentando assim de a vida útil dos aterros sanitários, um meio ambiente menos contaminado, bem como uma redução de matéria-prima e energia para a fabricação desses mesmos produtos e principalmente adequação da Escola a Política Estadual de Resíduos Sólidos do Estado do Ceará. Devido à grande parte da coleta dos resíduos ser feita por catadores, de forma isolada ou por associações, qualquer projeto de coleta seletiva precisa incluir os catadores para que possa ter continuidade. Assim, o correto planejamento precisa visualizar a inserção da educação ambiental no ambiente que se processará a coleta seletiva, a logística dessa coleta seletiva e como ocorrerá a destinação destes resíduos. O problema – ausência de coleta seletiva – já foi identificado. A necessidade de cumprimento a legislação se faz como principal motivador, contudo precisa ser formada a equipe que irá gerir o projeto. Sem objetivos claros e principalmente de metas o projeto está fadado a não ser executado em todo o seu planejamento: a) educação ambiental, b) logística da coleta seletiva e c) destinação dos resíduos. Desse modo, o projeto para sanar a coleta seletiva constitui-se de três subprojetos, os quais precisam estar interligados e com prazos claros para todos participantes – alunos, funcionários, comunidade – possam cumpri-los.
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Desmotivação ou falta de informação quanto à possibilidade de coleta seletiva, tanto por parte dos alunos e funcionários requer inicialmente um trabalho de educação ambiental, o qual poderá incluir os 5 R´s – repensar, recusar, reduzir, reutilizar e reciclar. Sendo a educação ambiental um processo de construção e reconstrução do conhecimento (TOZONI-REIS, 2004) possui, então, a capacidade de fazer com que o homem pense, seja, aja e multiplique suas ações, fazendo-o refletir sobre suas interferências na natureza (RABELO, 2008). Enquanto Dias (2004) define que a Educação Ambiental pretende desenvolver conhecimento, compreensão, habilidades e motivação para adquirir valores e atitudes necessários a lidar com os problemas ambientais e encontrar soluções sustentáveis. Por se tratarem de alunos com uma faixa etária que trazia seus próprios vícios enraizados, a metodologia precisa visualizar todo o processo de conscientização ecológica, isto é, metodologicamente as seguintes etapas no projeto de educação ambiental (DIAS, 2004): •Conhecimento da problemática ambiental por meio da informação, que pode ser efetuado nas disciplinas dos estudantes e por palestras aos funcionários; •Sensibilização; Todas essas etapas constituem a fase da reflexão. Uma pessoa •Valorização; sensibilizada valoriza o que está sendo degradado, envolvendo•Envolvimento; se. E somente assim, é capaz de agir, para modificar suas ações •Ação. ou, em passo maior, influenciar atitudes de outras pessoas.
Para o cumprimento do repasse de informações quanto à problemática vivenciada, sugere-se que a temática coleta seletiva seja trabalhada com todas as partes interessadas para que o projeto funcione: a) Diretoria da escola, b) grupo gestor do projeto, c) professores, d) funcionários, e) alunos, f) comunidade, g) catadores. Com os professores, embora nem todos tenham tido uma formação com relação à educação ambiental, pode ser repassado material educativo, montado a partir do diagnóstico, aos mesmos onde se contextualize a realidade da escola. A partir daí, montar um cronograma para cada professor trazer sugestões de inserir essa problemática em suas disciplinas e tornar esse conteúdo formal. O próximo passo seria com os funcionários, os quais precisariam de uma palestra por parte do grupo gestor do projeto, onde constaria a importância da coleta seletiva, o que de fato a escola tem como prioridade em possibilitar ser reciclado – papel, latas, plástico etc. – e explicitar o funcionamento da logística da coleta seletiva. O aval da Diretoria da Escola em cada etapa do projeto se faz necessário, bem como a sua participação direta, principalmente na avaliação dos resultados do projeto. Todas essas etapas constituem a fase da reflexão. Uma pessoa sensibilizada valoriza o que está sendo degradado, envolvendo-se. E somente assim, é capaz de agir, para modificar suas ações ou, em passo maior, influenciar atitudes de outras pessoas. Palestras com alunos reforçam o repasse do conhecimento, mas a sensibilização dos mesmos somente poderá ser efetivada quando eles incorporarem a responsabilidade que tem diante do meio ambiente no qual construíram – no caso a escola que habitam. A logística da coleta seletiva e a destinação são subprojetos que precisam da inserção da Diretoria da Escola, pois envolvem custos financeiros – compra de coletores
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coloridos - , contatos com associações de catadores e um cronograma com identificação de responsabilidades tanto para a Diretoria, grupo gestor do projeto, funcionários, professores e alunos. Contudo, devem ser observados o tipo, a qualidade e a quantidade de resíduos gerados, bem como a frequência e a forma de pagamento – no caso, segundo a legislação do Estado do Ceará, os resíduos precisam ser doados, não havendo ganhos financeiros com isso. A base deste projeto é a inserção dos 5 R´s – repensar, recusar, reduzir, reutilizar e reciclar. Percebe-se que muitas dessas etapas estão implicitamente ligadas a metodologia escolhida a ser trabalhada. A atitude repensar só acontece quando se tem o conhecimento da problemática ambiental que o sujeito vivencia. Assim, informar é importante, seja por disciplinas ou palestras, ajuda a entender uma visão do que antes não pensava ser um problema, devido a muitas vezes não ser parte do ambiente a ser cuidado pelo sujeito. Ao contextualizar a problemática, poderá haver a recusa e possíveis ações, como a redução dos resíduos gerados. Enquanto que a reutilização pode ser promovida por programas na escola, bem como ao dar uma destinação correta aos resíduos gerados, possibilitar a reciclagem, pelas indústrias. 6.5. Inconformidades que foram sanadas após a implantação do projeto piloto
A
s recomendações citadas anteriormente foram acatadas pela Diretoria do Colégio por meio de um Projeto Piloto intitulado “Inclusão do gerenciamento de resíduos sólidos no ensino-aprendizagem de uma escola pública – em prol da sustentabilidade ambiental” que teve início no dia 01 de Março de 2011 e cujos objetivos foram: 1. Incluir no processo ensino-aprendizagem, através da interdisciplinaridade, o gerenciamento de resíduos sólidos na escola; 2. Realizar gincanas, palestras e atividades, em geral, como mecanismo de conscientização sobre a importância do reaproveitamento do lixo; 3. Fazer a coleta seletiva dos resíduos para que sejam destinados as cooperativas de catadores; 4. Tornar alunos e funcionários agentes multiplicadores da limpeza junto à população local. Dentre o trabalho de Educação Ambiental, incluso na educação formal da escola, houve a troca das lixeiras convencionais pelas de reciclagem (por cores), onde um trabalho de palestras, para funcionários e alunos, bem como de aprofundamento em sala de aula com os alunos pode informá-los sobre a importância da reciclagem e quais os materiais que poderiam ser reciclados. Partindo desse ponto, a rede de reciclagem na escola começou a ser montada, incluindo então não somente o correto descarte de resíduos internamente na escola, mas a destinação final, com a doação de tambores doados por uma empresa e inclusão de associações de catadores a recolherem os resíduos a serem reciclados. Dentre as principais não conformidades anteriormente encontradas na escola foram sanadas por meio da: 1. Inclusão de tambores e coletores nas salas de aula, sala dos professores, pátio e cozinha.
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A figura 04 apresenta o antes e o depois, nas encostas do muro da escola. Percebesse que antes da monografia, eram armazenados resíduos da escola juntamente com sacos e papelões. Com a doação dos tambores, pela empresa Esmaltec, os resíduos passaram a serem dispostos em locais seguro, aguardando a vinda do catador.
Figura 04 – Troca das lixeiras comuns por coletores para plástico e papel e acréscimo dos tambores para retirada dos resíduos deixados no muro da escola Fonte: (Elaboração Própria, 2011) 2. Palestras dadas pelos professores e por colaboradores das associações de catadores e Secretaria de Meio Ambiente da cidade de Pacatuba com abordagem na importância da necessidade de acondicionamento adequado dos resíduos para a coleta e benefícios da reciclagem. A parte logística mais importante para a efetivação da coleta seletiva é a participação coordenada das associações de catadores. Isso possibilita que os tambores suportem a demanda da escola e possam ser coletados a tempo pelos catadores. Antes desse trabalho, todos os resíduos eram entregues ao caminhão da prefeitura de Pacatuba. Foi realizado o Dia da Limpeza na escola, onde livros, papéis e cadeiras quebradas e que não tinham mais utilidade foram doados aos catadores, deixando o espaço livre e limpo. Devido ao projeto piloto ter tido uma boa aceitação não somente da escola, mas também da comunidade de entorno, uma próxima avaliação será realizada quando completar um ano de atividade, na qual existe como meta fazer da escola um ponto de referência no assunto reciclagem no bairro.
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7. CONCLUSÃO de fundamental importância a participação da escola no processo de conscientização ambiental, já que a mesma tem o papel educador, formador de opiniões de seres críticos e autônomos. A educação ambiental não tem como deixar de lado essas questões e apesar de desafiador, se faz necessário conhecer o meio que se vive e a participação de cada cidadão como agente gerador de impactos ambientais. A partir de então se pode alertar para as consequências da exploração desenfreada dos recursos naturais, do resíduo depositado em locais errado e da falta de responsabilidade.
É
A redução de geração de resíduos sólidos e o consumo de forma mais consciente precisa se fazer presente nas residências, mas também nos locais de trabalho, evitando o desperdício e tratando o resíduo de forma correta, pois sua quantidade gerada é preocupante. A coleta seletiva é um caminho viável, porém precisa acontecer em conjunto e de forma continua com a Educação Ambiental, tendo como base a construção de um comportamento ambientalmente responsável, para só assim haver uma coleta seletiva e um melhor gerenciamento correto dos resíduos. A proposição e aplicação um projeto piloto para sanar as não conformidades da escola permitiram entender também as dificuldade, como a resistência por parte dos alunos e também dos funcionários, por falta de conhecimento com relação à coleta seletiva e por envolver principalmente mudanças de hábitos. Ainda é possível encontrar nos coletores para deposição de plástico e papel, dispostos nas salas de aulas e em outros ambientes da escola, inclusive na sala dos professores, resíduos misturados. Os funcionários mais antigos têm mais resistências a em aceitar orientações de alunos do projeto, pois dizem saber, melhor do que eles, como funciona a coleta e como devem fazer; no entanto, algumas vezes os resíduos são encontrados armazenados de forma incorreta, dificultando com isso o repasse aos catadores, pois o ideal é que eles encontrem os resíduos separados. Nem todas as não conformidades encontradas na avaliação foram sanadas neste primeiro momento, contudo o projeto piloto surpreendeu as expectativas, principalmente pela participação da comunidade, algo a ser melhorado progressivamente. A implantação do projeto insere a escola em conformidade com a Lei Nº 14.892, que dispõe sobre a Educação Ambiental, e a Política Estadual de Resíduos Sólidos do Estado do Ceará, possibilitando assim que órgãos da administração pública possam contribuir na amenização dos impactos gerados pelos resíduos sólidos.
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EVENTOS ACADÊMICOS: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E SAÚDE III CONGRESSO INTERNACIONAL DE NUTRIÇÃO ESPECIALIZADA & EXPO SEM GLÚTEN De 25 e 26 de abril de 2014. Local: Rio de Janeiro, RJ. Saiba mais em: http://www.exposemgluten.com.br/coine2014/
7º CONGRESSO BRASILEIRO DE FARMACÊUTICOS EM ONCOLOGIA De 25 a 27 de abril de 2014. Local: Fortaleza, CE. Saiba mais em: http://www.sobrafo.org.br
I SIMPÓSIO UNIG ENFERMAGEM EM ALTO MAR De 14 a 15 de maio de 2014. Local: Itaperuna, RJ. Saiba mais em: http://www.abenof.com.br/materias.asp?idPublish=307&sectionID=34&sectionParentID =6
V JORNADA DE ENFERMAGEM NEONATAL- HSL-PUCRS De 28 a 31 de maio de 2014. Local: Porto Alegre, RS. Saiba mais em: http://www.hospitalsaolucas.pucrs.br/portal/index.php
IV SIMPÓSIO ACADÊMICO DE BIOLOGIA MARINHA De 18 a 23 de agosto de 2014. Local: Tramandaí, RS. Saiba mais em: http://www.sabmar.com.br/
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IV SIMPÓSIO ACADÊMICO DE BIOLOGIA MARINHA De 18 a 23 de agosto de 2014. Local: Tramandaí, RS. Saiba mais em: http://www.sabmar.com.br/
XXI SIMPÓSIO & XII ENCONTRO DE EX-ALUNOS DE FISIOTERAPIA DA UFSCAR De 01 a 03 de setembro de 2014. Local: São Carlos, SP. Saiba mais em: http://www.simposiodefisioterapia.ufscar.br/
XVII SIMPÓSIO INTERNACIONAL DE FISIOTERAPIA RESPIRATÓRIA E FISIOTERAPIA EM TERAPIA INTENSIVA De 03 a 06 de setembro de 2014. Local: Salvador, BA. Saiba mais em: http://www.sifr.com.br/
XXIII CONGRESSO BRASILEIRO DE NUTRIÇÃO / V CONGRESSO IBEROAMERICANO DE NUTRIÇÃO / III SIMPÓSIO IBERO-AMERICANO DE NUTRIÇÃO ESPORTIVA / II SIMPÓSIO IBERO-AMERICANO DE NUTRIÇÃO EM PRODUÇÃO DE REFEIÇÕES / II SIMPÓSIO IBERO-AMERICANO DE NUTRIÇÃO CLÍNICA De 17 a 20 de setembro de 2014. Local: Vitória, ES. Saiba mais em: http://www.conbran.com.br/
9º SIMPÓSIO INTERNACIONAL DE ESTERILIZAÇÃO E CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR De 17 a 20 de setembro de 2014. Local: São Paulo, SP. Saiba mais em: http://www.sobecc.org.br/
SIMPÓSIO INTERNACIONAL DE CIÊNCIAS DO ESPORTE De 02 a 04 de outubro de 2014. Local: São Paulo, SP. Saiba mais em: http://www.simposiocelafiscs.org.br/
III CONGRESSO BRASILEIRO DE NUTRIÇÃO ONCOLÓGICA DO INCA / VI JORNADA INTERNACIONAL DE NUTRIÇÃO ONCOLÓGICA / V JORNADA LUSOBRASILEIRA EM NUTRIÇÃO ONCOLÓGICA De 31 de outubro a 1º de novembro de 2014. Local: Salvador, BA. Saiba mais em: http://www.abmeventos.org.br/evento/iii-congresso-brasileiro-denutricao-oncologica-do-inca/index.cfm
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EVENTOS ACADÊMICOS: CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA
1ª CONFERÊNCIA NACIONAL DE ARQUITETURA E URBANISMO De 22 a 25 de abril de 2014. Local: Fortaleza, CE. Saiba mais em: http://www.caubr.gov.br/conferencianacional/programa%C3%A7%C3%A3o
2º CICLO DE WEB SEMINÁRIOS SOBRE ARQUITETURA E CONSTRUÇÃO SUSTENTÁVEL De 23 a 25 de abril de 2014. Saiba mais em: http://www.aecweb.com.br/2012/webseminarios/arquiteturaconstrucao-sustentavel/2-ciclo/
SEPS - SEMANA DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO DE SOROCABA De 05 a 09 de maio de 2014. Local: Sorocaba, SP. Saiba mais em: http://www.sepsonline.net/
ENCOBEP - ENCONTRO DO CENTRO-OESTE BRASILEIRO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO De 13 a 15 de maio de 2014. Local: Campo Grande, MS. Saiba mais em: https://sites.google.com/site/3encobep/
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XII SIMPÓSIO ÍTALO-BRASILEIRO DE ENGENHARIA SANITÁRIA E AMBIENTAL De 02 a 04 de julho de 2014. Local: Natal, RN. Saiba mais em: http://www.abes.locaweb.com.br/XP/XP-EasyPortal/Site/XPPortalPaginaShow.php?id=743
XLIII CONGRESSO BRASILEIRO DE ENGENHARIA AGRÍCOLA De 27 a 31 de julho de 2014. Local: Campo Grande, MS. Saiba mais em: http://www.sbea.org.br/conbea2013/
XVII SIMPÓSIO DE PESQUISA OPERACIONAL E LOGÍSTICA DA MARINHA De 06 a 07 de agosto de 2014. Local: Rio de Janeiro, RJ. Saiba mais em: https://www.casnav.mar.mil.br/spolm/
CONGRESSO NACIONAL DE ENGENHARIA MECÂNICA De 10 a 15 de agosto de 2014. Local: Uberlândia, MG. Saiba mais em: http://www.conem2014.com.br/
SIMPÓSIO LATINO AMERICANO DE CANOLA - SLAC De 19 a 21 de agosto de 2014. Local: Passo Fundo, RS. Saiba mais em: http://www.cnpt.embrapa.br/eventos/2013/slac/index.html
COBRAMSEG 2014: XVII CONGRESSO BRASILEIRO DE MECÂNICA DOS SOLOS E ENGENHARIA GEOTÉCNICA; VII CONGRESSO LUSO-BRASILEIRO DE GEOTECNIA; VI SIMPÓSIO BRASILEIRO DE MECÂNICA DAS ROCHAS; VI SIMPÓSIO BRASILEIRO DE JOVENS GEOTÉCNICOS De 09 a 13 de setembro de 2014. Local: Goiânia, GO. Saiba mais em: http://www.qeeventos.com.br/qeeventos/site/cobramseg-2014.aspx
X SIMPÓSIO NACIONAL DE GEOMORFOLOGIA De 18 a 23 de outubro de 2014. Local: Manaus, AM. Saiba mais em: http://www.sinageo.org.br/index2.php
XX CONGRESSO BRASILEIRO DE ENGENHARIA QUÍMICA De 19 a 22 de outubro de 2014. Local: Florianópolis, SC. Saiba mais em: http://www.cobeq2014.com.br/
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EVENTOS ACADÊMICOS: CIÊNCIAS SOCIAIS E HUMANAS 18º ENCONTRO REGIONAL DOS ESTUDANTES E PROFISSIONAIS DE ADMINISTRAÇÃO De 25 a 28 de abril de 2014. Local: Maceió, AL. Saiba mais em: http://www.eread.com.br/
II CONGRESSO NACIONAL DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES De 07 a 09 de abril de 2014. Local: Águas de Lindoia, SP. Saiba mais em: http://www.geci.ibilce.unesp.br/logica_de_aplicacao/site/index_1.jsp?id_evento=31
7º SEMINÁRIO NACIONAL O PROFESSOR E LEITURA DO JORNAL De 24 a 25 de abril de 2014. Local: Campinas, SP. Saiba mais em: http://correio.rac.com.br/correio_escola/7seminario/index.php
VIII JORNAP – JORNADA CIENTÍFICA DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA De 13 a 15 de maio de 2014. Local: Araraquara, SP. Saiba mais em: http://jornap.org/
XII SEMINÁRIO DE LINGUÍSTICA APLICADA / VIII SEMINÁRIO DE TRADUÇÃO De 30 de abril a 03 de maio de 2014. Local: Salvador, BA. Saiba mais em: http://www.slastrad2014.ufba.br/
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II WORKSHOP SOBRE GRAMATICALIZAÇÃO De 07 a 08 de maio de 2014. Local: Niterói, RJ. Saiba mais em: http://www.workshopgramaticalizacao.uff.br/
XII CONGRESSO INTERNACIONAL DE DIREITO CONSTITUCIONAL De 15 a 17 de maio de 2014. Local: Natal, RN. Saiba mais em: http://www.congressosebec.com.br/
SITRE – SIMPÓSIO INTERNACIONAL, TRABALHO, RELAÇÕES DE TRABALHO, EDUCAÇÃO E IDENTIDADE De 26 a 28 de maio de 2014. Local: Belo Horizonte, MG. Saiba mais em: http://www.sitre.cefetmg.br/
XVII CONGRESSO INTERNACIONAL DA ALFAL De 14 a 19 de julho de 2014. Local: João Pessoa, AL. Saiba mais em: http://www.alfal2014brasil.com/
19º CONGRESSO INTERNACIONAL DE DIREITO PENAL De 31 de agosto a 06 de setembro de 2014. Local: Rio de Janeiro, RJ. Saiba mais em: http://aidp2014.org/
CONBRAD - CONGRESSO BRASILEIRO DE ADMINISTRAÇÃO De 09 a 12 de setembro de 2014. Local: Maringá, PR. Saiba mais em: http://www.conbrad.com.br/institucional.php
XII CONGRESSO INTERNACIONAL DE TECNOLOGIA NA EDUCAÇÃO De 17 a 19 de setembro de 2014. Local: Recife, PE. Saiba mais em: http://www.pe.senac.br/ascom/congresso/index.asp
XVII ENDIPE – ENCONTRO NACIONAL DE DIDÁTICA E PRÁTICA DE ENSINO De 11 a 14 de novembro de 2014. Local: Fortaleza, CE. Saiba mais em: http://endipe.pro.br/site/xvii-endipe2014/
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“É divertido fazer o impossível”. Walter Elias Disney
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Figura: Walter Disney Fonte: (WIKIPÉDIA, 1954)
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