Revista Espaço Cientifico Livre n.21

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ESPAÇO CIENTÍFICO

ISSN 2236-9538 BRASIL, N.21, AGO.-SET., 2014

REVISTA DE PUBLICAÇÃO DE ARTIGOS E RESUMOS DE ALUNOS DE NÍVEL TÉCNICO, SUPERIOR E PROFISSIONAIS DE DIVERSAS ÁREAS DE TODO BRASIL E DIVULGAÇÃO DE DIVERSOS EVENTOS ACADÊMICOS.

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SOBRE O AUTOR DOS CURSOS: Verano Costa Dutra - Farmacêutico e Mestre em Saúde Coletiva pela Universidade Federal Fluminense, possui também habilitação em homeopatia – Editor da Revista Espaço Científico Livre


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SUMÁRIO EDITORIAL

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ARTIGOS A violência no Islã: a luta entre os direitos humanos e o Islã Por André Felipe de Albuquerque Espínola

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Mapa de conhecimento de Phenix e a árvore hiperbólica Por Paulo Marcelo Silva Rodrigues

32

Os caminhos da Fisioterapia no sistema de saúde brasileiro Por Eduardo Santana de Araujo

44

Os benefícios da implantação da virtualização em um servidor do IFCE campus Tianguá com o XenServer Por Antonio Arley Rodrigues da Silva, Willamys Gomes Fonseca Araújo e Ângelo de Medeiros Lima Júnior

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EVENTOS ACADÊMICOS

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NORMAS PARA PUBLICAÇÃO

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BRASIL, N.21, AGO.-SET., 2014 ISSN 2236-9538/ CNPJ 16.802.945/0001-67


EDITORIAL Bem vindo a Revista Espaço Científico Livre, Esta edição como as outras possui artigos científicos de diferentes áreas e continuamos a divulgar eventos acadêmicos e eventualmente até concursos culturais, científicos e de mestrado e doutorado. Fiquem a vontade para continuar enviando artigos e informações sobre eventos acadêmicos. Boa leitura, Verano Costa Dutra Editor da Revista Espaço Científico Livre

A Revista Espaço Científico Livre é uma publicação independente, a sua participação e apoio são fundamentais para a continuação deste projeto. O download desta edição terá um valor simbólico de R$ 12,99, para contribuir com a sustentabilidade da publicação. No entanto, a leitura online continuará sendo gratuita e continuará com o compromisso de promover o conhecimento científico.

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Este conteúdo pode ser publicado livremente, no todo ou em parte, em qualquer mídia, eletrônica ou impressa, desde que a Revista Espaço Científico Livre seja citada como fonte.

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Os membros do Conselho Editorial colaboram voluntariamente, sem vínculo empregatício e sem nenhum ônus para a Espaço Científico Livre Projetos Editoriais. Os textos assinados não apresentam necessariamente, a posição oficial da Revista Espaço Científico Livre, e são de total responsabilidade de seus autores. A Revista Espaço Científico Livre esclarece que os anúncios aqui apresentados são de total responsabilidade de seus anunciantes.

Imagem da capa: Ruth Livingstone / FREEIMAGES.com As figuras utilizadas nesta edição são provenientes dos sites Free Images (http://http://www.freeimages.com) e Wikipédia (http://pt.wikipedia.org/wiki/Stephen_Hawking). As figuras utilizadas nos artigos são de inteira responsabilidade dos respectivos autores. BRASIL, N.21, AGO.-SET., 2014 ISSN 2236-9538/ CNPJ 16.802.945/0001-67


CONSELHO EDITORIAL Claudete de Sousa Nogueira Graduação em História; Especialização em Planejamento, Implementação e Gestão Educação a Distância; Mestrado em História; Doutorado em Educação; Professor Assistente Doutor da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (UNESP). Davidson Araújo de Oliveira Graduação em Administração; Especialização em Gestão Escolar, Especialização em andamento em: Marketing e Gestão Estratégica, em Gerenciamento de Projetos, e em Gestão de Pessoas; Mestrado profissionalizante em andamento em Gestão e Estratégia; Professor Substituto da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ). Ederson do Nascimento Graduação em Geografia Licenciatura e Bacharelado; Mestrado em Geografia; Doutorado em andamento em Geografia; Professor Assistente da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS). Edilma Pinto Coutinho Graduação em Engenharia Química; Especialização em Engenharia de Segurança do Trabalho; Mestrado em Ciência e Tecnologia de Alimentos; Doutorado em Engenharia de Produção; Professor Adjunto da Universidade Federal da Paraíba (UFPB). Francisco Gabriel Santos Silva Graduação em Engenharia Civil; Especialização em Gestão Integrada das Águas e Resíduos na Cidade; Mestrado em Estruturas e Construção Civil; Doutorado em andamento em Energia e Ambiente; Professor Assistente 2 da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB). Ivson Lelis Gama Doutorado em Química Orgânica pela Universidade Federal Fluminense, Pres. do NDE da Faculdade de Farmácia-FACIDER da Faculdade de Colider. Jacy Bandeira Almeida Nunes Graduação em Licenciatura em Geografia; Especialização: em Informática Educativa, em Planejamento e Prática de Ensino; em Planejamento e Gestão de Sistemas de EAD; Mestrado em Educação e Contemporaneidade; Professor titular da Universidade do Estado da Bahia (UNEB). Joseane Almeida Santos Nobre Graduação em Nutrição e Saúde; Mestrado em Ciência da Nutrição (Professor da Faculdade Integrada Metropolitana de Campinas (METROCAMP). Josélia Carvalho de Araújo Graduação em Geografia - Licenciatura; Graduação em Geografia - Bacharelado; Mestrado em Geografia; Doutorado em andamento em Geografia; Professora Assistente II da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN). Juliana Teixeira Fiquer Graduação em Psicologia; Especialização em Formação em Psicanálise; Mestrado em Psicologia (Psicologia Experimental); Doutorado em Psicologia Experimental; Pós-Doutorado; Atua no Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas de São Paulo.

Kariane Gomes Cezario Graduação em Enfermagem; Mestrado em Enfermagem; e Doutorado em andamento em Enfermagem.

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CONSELHO EDITORIAL CONSELHO EDITORIAL Livio Cesar Cunha Nunes Graduação em Farmácia; Graduação em Indústria Farmacêutica; Mestrado em Ciências Farmacêuticas; Doutorado em Ciências Farmacêuticas; e Pós-Doutorado. Kariane Gomes Cezario Graduação em Enfermagem; Mestrado em Enfermagem; Doutorado em andamento em Enfermagem; Professora assistente I do Centro Universitário Estácio do Ceará. Livio Cesar Cunha Nunes Graduação em Farmácia; Graduação em Indústria Farmacêutica; Mestrado em Ciências Farmacêuticas; Doutorado em Ciências Farmacêuticas; Pós-Doutorado; Professor Adjunto da Universidade Federal do Piauí. Márcio Antonio Fernandes Duarte Graduação em Licenciatura Em Ciências; Graduação em Comunicação Social Publicidade e Propaganda; Mestre em em design, pela FAAC-Unesp; Professor da Faculdade de Ensino Superior do Interior Paulista (FAIP). Maurício Ferrapontoff Lemos Graduação em Engenharia de Materiais; Mestrado em Engenharia de Minas, Metalúrgica e de Materiais; Doutorado em andamento em Engenharia Metalúrgica e de Materiais; Pesquisador Assistente de Pesquisa III do Instituto de Pesquisas da Marinha. Messias Moreira Basques Junior Graduação em Ciências Sociais; Mestrado em Antropologia Social; Professor substituto da UFSCAR. Osvaldo José da Silveira Neto Graduação em Medicina Veterinária; Especialização em Defesa Sanitária Animal; Mestrado em Ciência Animal; Doutorado em andamento em Ciência Animal; Professor de Ensino Superior, Classe III da Universidade Estadual de Goiás (UEG). Raquel Tonioli Arantes do Nascimento Graduação em Pedagogia; Especialização em Psicopedagogia; Doutorado em andamento em Neurociência do Comportamento; Professor Titular da Universidade Presbiteriana Mackenzie. Reinaldo Monteiro Marques Graduação em Educação Física; Graduação em Pedagogia; Graduação em Fisioterapia; Especialização: em Técnico Desportivo de Especialização em Voleibol, em Técnico Desportivo de Especialização em Basquetebol, em Fisioterapia Desportiva; Mestrado em Odontologia; Doutorado em Biologia Oral; Coordenador Aperfeiçoamento Fisio Esportiva da Universidade do Sagrado Coração. Richard José da Silva Flink Graduação em Engenharia Quimica; Especialização em: Engenharia de Açúcar e Álcool, em Administração de Empresas, em em Engenharia de Produção; Mestrado em Engenharia Industrial; Doutorado em Administração de Empresas; Atua no Instituto de Aperfeiçoamento Tecnológico. Verano Costa Dutra Farmacêutico Industrial; Habilitação em Homeopatia; Mestrado em Saúde Coletiva.

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COLABORADORES EDIÇÃO COLABORADORES DESTA EDIÇÃO EQUIPE REVISTA ESPAÇO CIENTÍFICO LIVRE

Verano Costa Dutra Editor e revisor – Farmacêutico, com habilitação em Homeopatia e Mestre em Saúde Coletiva pela UFF – espacocientificolivre@yahoo.com.br Monique D. Rangel Dutra Editora da Espaço Científico Livre Projetos Editoriais - Graduada em Administração na UNIGRANRIO Verônica C.D. Silva Revisão - Pedagoga, Pós-graduada em Gestão do Trabalho Pedagógico: Orientação, Supervisão e Coordenação pela UNIGRANRIO

AUTORES André Felipe de Albuquerque Espínola Graduando em História pela Universidade Estadual da Paraíba – UEPB Ângelo de Medeiros Lima Júnior Aluno do Curso Técnico em Informática no Instituto Federal do Ceará (IFCE) – Campus Tianguá, CE Antonio Arley Rodrigues da Silva Professor do Instituto Federal do Ceará (IFCE) – Campus Tianguá

Eduardo Santana de Araujo Fisioterapeuta, Mestre e Doutor em Saúde Pública vinculado à Ordem dos Hospitaleiros Ortodoxos e à Faculdade Mario Schenberg Paulo Marcelo Silva Rodrigues Mestre em Ensino de Ciências e Matemática pela Universidade Federal do Ceará (UFC) Willamys Gomes Fonseca Araújo Técnico em Informática do Instituto Federal do Ceará (IFCE) – Campus Tianguá, CE

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LEIA E BAIXE GRATUITAMENTE O LIVRO DIGITAL Produção da proteína recombinante Fator IX da coagulação sanguínea humana em células de mamífero de Andrielle Castilho-Fernandes, Lucinei Roberto de Oliveira, Marta Regina Hespanhol, Aparecida Maria Fontes & Dimas Tadeu Covas

Esse livro mostra a potencialidade do sistema retroviral para a expressão do FIX humano em linhagens celulares de mamífero e a existência de peculiaridades em cada linhagem as quais podem proporcionar diferentes níveis de expressão e produção do FIX biologicamente ativo. Além de estabelecer toda a tecnologia para geração de linhagens celulares transgênicas produtoras de rFIX e futuros estudos em modelos animais poderão ser conduzidos para a elucidação minuciosa da molécula recombinante rFIX gerada.

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FLUXO DE CO2 DE VEGETAÇÃO INUNDADA POR REPRESAMENTO – QUANTIFICAÇÃO PRÉ ALAGAMENTO de André Luís Diniz dos Santos, Mauricio Felga Gobbi, Dornelles Vissotto Junior & Nelson Luis da Costa Dias Alguns estudos recentes indicam que lagos de usinas Hidrelétricas podem emitir quantidades significativas de gases de efeito estufa, pela liberação de dióxido de carbono oriundo da decomposição aeróbica de biomassa de floresta morta nos reservatórios que se projeta para fora da água, e pela liberação de metano oriundo da decomposição anaeróbica de matéria não-lignificada. No entanto, para quantificar a quantidade de gases de efeito estufa liberada para a atmosfera devido ao alagamento por barragens, é necessário quantificar também o fluxo de gás carbônico da vegetação que ali estava anteriormente ao represamento. Este trabalho procura descrever um método para calcular o fluxo de gás carbônico da vegetação antes de ser alagada, utilizando o SVAT de interação superfície vegetação-atmosfera conhecido como ISBA baseado em Noilhan e Planton (1989); Noilhan e Mahfouf (1996).

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LEIA E BAIXE GRATUITAMENTE O LIVRO DIGITAL CARACTERÍSTICAS SÓCIODEMOGRÁFICAS DO PROJETO DE ASSENTAMENTO RECANTO DA ESPERANÇA EM MOSSORÓ/RN de Maxione do Nascimento França Segundo & Maria José Costa Fernandes Este livro analisa os aspectos sóciodemográficos do Projeto de Assentamento Recanto da Esperança, situado no município de Mossoró, no Estado do Rio Grande do Norte (RN).

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AGRICULTURA FAMILIAR E AGROECOLOGIA:

UMA ANÁLISE DA ASSOCIAÇÃO DOS PRODUTORES E PRODUTORAS DA FEIRA AGROECOLÓGICA DE MOSSORÓ (APROFAM) - RN de Eriberto Pinto Moraes & Maria José Costa Fernandes Este livro faz uma análise da agricultura familiar e da agroecologia praticada pela Associação dos Produtores e Produtoras da Feira Agroecológica de Mossoró (APROFAM) no Município de Mossoró (RN).

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LEIA E BAIXE GRATUITAMENTE O LIVRO DIGITAL Metodologia do ensino da matemática frente ao paradigma das novas tecnologias de informação e comunicação: A Internet como recurso no ensino da matemática de Paulo Marcelo Silva

Rodrigues Este livro analisa alguns exemplos de recursos encontrados na Internet, ligados a área da Matemática. Especialmente, os aspectos pedagógicos dos mesmos, com o intuito de contribuir para o aperfeiçoamento das relações entre professor e aluno.

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CONSTRUÇÕES GEOGRÁFICAS: teorizações, vivências e práticas

Organizadores: Josélia Carvalho de Araújo Maria José Costa Fernandes Otoniel Fernandes da Silva Júnior

Este livro pretende ser uma fonte na qual os profissionais da geografia podem encontrar diversas possibilidades de não apenas refletirem sobre, mas de serem efetivos sujeitos de novas práticas e novas vivências, frente às novas configurações territoriais que se apresentam no mundo atual, marcada por processos modernos e pós-modernos.

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O RINGUE ESCOLAR:

O AUMENTO DA BRIGA ENTRE MENINAS de Maíra Darido da Cunha

Esta obra contextualiza historicamente as relações de gênero ao longo da história; identificando em qual gênero há a maior ocorrência de brigas; assim como, elencar os motivos identificados pelos alunos para a ocorrência de violência no ambiente escolar.

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LEIA E BAIXE GRATUITAMENTE O LIVRO DIGITAL O HOMEM, A MORADIA E AS ÁGUAS: A CONDIÇÃO DO “MORAR NAS ÁGUAS” de Moacir Vieira da Silva & Josélia Carvalho de Araújo

Este livro é um estudo que objetiva analisar as imposições socioeconômicas inerentes à condição do “morar” numa área susceptível a alagamentos, no bairro Costa e Silva, Mossoró/Rio Grande do Norte.

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Mulheres Negras:

Histórias de Resistência, de Coragem, de Superação e sua Difícil Trajetória de Vida na Sociedade Brasileira de Adeildo Vila Nova & Edjan Alves dos Santos O desafio de estudar a trajetória de mulheres negras e pobres que em sua vida conseguiram romper as mais diversas adversidades e barreiras para garantir sua cidadania, sua vida, foi tratada pelos jovens pesquisadores com esmero, persistência e respeito àquelas mulheres “com quem se encontraram” para estabelecer o diálogo que este livro revela nas próximas páginas, resultado do Trabalho de Conclusão de Curso para graduação em Serviço Social.

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LEIA E BAIXE GRATUITAMENTE O LIVRO DIGITAL AVALIAÇÃO DO POTENCIAL BIOTECNOLÓGICO DE PIGMENTOS PRODUZIDOS POR BACTÉRIAS DO GÊNERO Serratia ISOLADAS DE SUBSTRATOS AMAZÔNICOS de Raimundo Felipe da Cruz Filho & Maria Francisca Simas Teixeira Existem diversos pigmentos naturais, principalmente de origem vegetal, mas poucos estão disponíveis para aproveitamento industrial, pois são de difícil extração, custo elevado no processo de extração ou toxicidade considerável para o homem ou meio ambiente. A atual tendência por produtos naturais promove o interesse em explorar novas fontes para a produção biotecnológica de pigmentos para aplicação na indústria. Este trabalho teve como objetivo a identificação de espécies de Serratia, e entre estas, selecionar uma produtora de maior quantitativo de pigmentos de importância para a indústria alimentícia e farmacêutica.

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LEIA E BAIXE GRATUITAMENTE O LIVRO DIGITAL Moluscos e Saúde Pública em Santa Catarina:

subsídios para a formulação estadual de políticas preventivas sanitaristas

de Aisur Ignacio Agudo-Padrón, Ricardo Wagner Ad-Víncula Veado & Kay Saalfeld O presente trabalho busca preencher uma lacuna nos estudos específicos e sistemáticos sobre a ocorrência e incidência/ emergência geral de doenças transmissíveis por moluscos continentais hospedeiros vetores no território do Estado de Santa Catarina/SC, relacionadas diretamente ao saneamento ambiental inadequado e outros impactos antrópicos negativos ao meio ambiente.

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Métodos de Dimensionamento de Sistemas Fotovoltaicos: Aplicações em Dessalinização de Sandro Jucá & Paulo Carvalho A presente publicação apresenta uma descrição de dimensionamento de sistemas fotovoltaicos autônomos com três métodos distintos. Tendo como base estes métodos, é disponibilizado um programa de dimensionamento e análise econômica de uma planta de dessalinização de água por eletrodiálise acionada por painéis fotovoltaicos com utilização de baterias. A publicação enfatiza a combinação da capacidade de geração elétrica proveniente da energia solar com o processo de dessalinização por eletrodiálise devido ao menor consumo específico de energia para concentrações de sais de até 5.000 ppm, com o intuito de contribuir para a diminuição da problemática do suprimento de água potável. O programa proposto de dimensionamento foi desenvolvido tendo como base operacional a plataforma Excel® e a interface Visual Basic®.

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A violência no Islã: a luta entre os direitos humanos e o Islã VIOLENCE IN ISLAM: THE STRUGGLE BETWEEN HUMAN RIGHTS AND ISLAM

André Felipe de Albuquerque Espínola Graduando em História pela Universidade Estadual da Paraíba – UEPB Bananeiras, PB E-mail: portaupj@gmail.com ESPÍNOLA, A. F. de A. A violência no Islã: a luta entre os direitos humanos e o Islã. Revista Espaço Científico Livre, Duque de Caxias, n. 21, p. 24-31, ago.-set., 2014. RESUMO Historicamente, o mundo ocidental olha com bastante desconfiança para religião islâmica, baseada nas suas diferenças políticas, trajetórias históricas frequentemente conflitantes e religiões que, embora possuam origens em comum, estão separadas por um abismo quase instransponível. Este artigo é um estudo sobre como a violência é tratada na tradição da religião islâmica, como resultado de um processo de unificação tribal, na Península Arábica, a partir do século VII, que deu origem ao conjunto

normas e regras da Charia e do Alcorão, à luz dos valores e princípios ocidentais básicos garantidos pelos Direitos Humanos, em cuja essência está o seu caráter universal. O presente artigo tem por objetivo a visualização e a compreensão, portanto, do constante embate entre essas duas civilizações conflitantes, frutos de processos históricos e antagônicos, no que concerne ao trato com os Direitos Humanos.

Palavras-chave: Oriente. Ocidente. Violência. Direitos Humanos. Religião Islâmica. ABSTRACT Historically, the western world looks quite suspicious to Islamic religion, based on their political differences, often conflicting historical trajectories and religions which, despite having origins in common, are separated by an almost impassable gulf. This article is a study of how violence is treated in the tradition of Islam, as a result of a process of tribal unification, in the seventh century’s Arabian Peninsula, which gave rise to the set standards and rules of

sharia law and the Koran, by the light of the basic values and principles guaranteed by the Western Human rights, whose essence is its universal character. This article has the goal of the visualization and understanding of the constant clash between those two conflicting civilizations, born by antagonistic historical processes, when it comes to dealing with Human Rights .

Keywords: East. West. Violence. Human Rights. Islamic religion.

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1. INTRODUÇÃO

O

s costumes dos povos do Oriente, sobretudo dos povos árabes, são frequentemente vistos com muito receio e, por vezes, com horror pelos olhos ocidentais. Esse fato fica cada vez mais evidente quando vira notícia algum caso em que extremistas islâmicos interpretam as palavras sagradas do Alcorão de forma literal e a aplicam na sua maior rigidez. O último desses casos que tomou proporção mundial foi o de uma mulher do Sudão, que, grávida, foi condenada à morte pela própria justiça sudanesa, por enforcamento, além de sofrer cem chibatadas por ter se casado com um cristão e, por conseguinte, renegado à fé muçulmana. Esse é um caso que comoveu a comunidade internacional, pois fere formalmente os Direitos Humanos da forma que são aceitos, aplicados e fiscalizados, em caráter universal. Este artigo visa, portanto, investigar mais a fundo a religião islâmica e seu trato com os Direitos Humanos, através de práticas de violência e repressão contra valores e costumes específicos que costumam ser combatidos pelos dogmas religiosos do Islã. Será realmente que a religião islâmica é esse invólucro de terrorismo e violência como os meios de comunicação ocidentais costumam representar? Qual seria a origem de certas práticas culturais dos povos árabes? Viriam todas elas da religião islâmica ou seriam práticas e costumes bem anteriores ao surgimento do Islã como religião na Península Arábica a partir do século VII? Para responder a essas perguntas, primeiro devemos brevemente compreender a trajetória histórica da violência e seu uso por alguns povos como uma ferramenta legítima e natural e percebendo também como foi o processo de surgimento do que veio a ser chamado de Direitos Humanos, que foi aceito como os direitos básicos inerentes a todos os seres humanos. A partir daí, entrarmos na religião islâmica e analisarmos como essas relações de violência estão e estiveram presentes na mesma. Para isso, a metodologia utilizada foi uma pesquisa bibliográfica partindo dos Direitos Humanos, sua formação e consolidação no mundo e colocando-os à luz da civilização muçulmana, compreendendo sua formação histórica. 2. DIREITOS HUMANOS

A

trajetória humana até a invenção dos Direitos Humanos foi uma trajetória tortuosa e cheia de dor e sangue. A violência, às vezes em forma de torturas, é algo que, para o bem ou para o mal, está presente na história da humanidade desde seu engatinhar. É uma prática utilizada em geral pelos povos para evitar certos tipos de conduta, seja no âmbito privado ou público, social ou político. Na História da humanidade podemos elencar tempos de extrema violência, quando ela e a tortura eram utilizadas de forma natural. Segundo registros históricos, a primeira civilização que fez da tortura e da violência práticas legítimas e cotidianas, para impor ordem e temor, foi na Mesopotâmia, com os Assírios, que as utilizavam de forma corrente contra os povos conquistados. Outro exemplo clássico institucionalização da violência na História Antiga foi também na Mesopotâmia, dessa vez na Babilônia, através do Código de Hamurabi, baseado em penas severas e degradantes, ou seja, o famoso “olho por olho dente por dente”. Exemplos continuam também através da Idade Média e, curiosamente, foi através de sua ligação com as religiões que a prática da violência atingiu outro patamar. A Igreja Católica e Apostólica Romana foi uma das pioneiras e das grandes especialistas

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nesse assunto, criando maneiras inusitadas, cruéis e apavorantes de tortura, combatendo dessa forma todas as práticas vistas como pecaminosas pela Igreja. Foram criados órgãos oficiais para institucionalizar a prática de tortura, sendo o mais conhecido deles o Santo Ofício, ou a Santa Inquisição, que, através do Tribunal Inquisitório, perseguia, julgava, condenava a suplícios terríveis quaisquer pessoas que fossem de encontro ao seu conjunto de dogmas. Ou seja, uma “metodologia de intimidação e controle de impressionante eficiência” (BAIGENT; LEIGH, 2009, p. 42). A religião, em nome do bem da comunidade, exercia assim um controle completo, para isso utilizando-se de quaisquer meios que lhe coubesse com o objetivo de extirpar dissensões e heresias que ameaçassem quebrar a unidade pretendida da cristandade. O mais extremo desses meios era, sem dúvida, a tortura, utilizada não com a finalidade de matar o acuso, mas sim de obter dele a confissão do pecado pelo qual estava sendo processado pelo Tribunal. Logo, ninguém estava imune e com a vida completamente subjugada à vigilância da própria comunidade: “a Inquisição decidiu democratizar a dor e pô-la facilmente à disposição de todos, independente de idade, sexo e posição social.” (BAIGENT; LEIGH, 2009, 46). Na Idade Moderna, a prática naturalizada da tortura e violência passou do sagrado para o secular, com o surgimento do imperialismo das potências europeias contra os países americanos e africanos, fez recair a tortura e o desmando total pelo ser humano contra povos inteiros, principalmente os africanos, que eram escravizados e mandados para as colônias e os indígenas, que ou encaravam o extermínio ou se subjugavam aos invasores. Além disso, correntes ideológicas que pregavam uma superioridade da civilização europeia e branca contra a bárbara e negra mostrou ser a grande erva daninha da modernidade, sendo diretamente a causadora das grandes calamidades ocorridas no decorrer do século XX, como o eugenismo e o holocausto da Segunda Guerra Mundial. No entanto, a transição da Idade Moderna para a Contemporânea, com o advento das revoluções burguesas e a sobreposição do individual sobre o coletivo, também nos legou algo para segurar a avidez do ser humano por sangue. Esse foi um processo lento, como nos aponta Hunt (2009): “Durante o longo período de vários séculos, os indivíduos tinham começado a se afastar das teias da comunidade, tornando-se agentes cada vez mais independentes tanto legal como psicologicamente” (HUNT, 2009, p. 24). Isso fez com que os homens não mais se submetessem socialmente, psicologicamente, nem fisicamente aos interesses da comunidade, controlada por uma Instituição, seja ela o Estado ou a Igreja. Esse processo começou a tomar formas materiais a partir da Declaração da Independência americana, assinada por Thomas Jefferson em 1776, que, embora de caráter apenas intencional, e não constitucional, consta verdades e direitos inerentes a todo ser humano, como direito à vida, liberdade e felicidade. Somando-se a isso vieram os ideários da Revolução Francesa, que culminaram na criação da Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, votada em 27 de agosto de 1789, sobre a qual Hunt (2009) afirma: O documento tão freneticamente ajambrado era espantoso na sua impetuosidade e simplicidade. Sem mencionar nem uma única vez rei, nobreza ou igreja, declarava que "os direitos naturais, inalienáveis e sagrados do homem" são a fundação de todo e qualquer governo. Atribuía a soberania à nação, e não ao rei, e declarava que todos são iguais perante a lei, abrindo posições para o talento e o mérito e eliminando implicitamente todo o privilégio baseado no nascimento. Mais extraordinária que qualquer garantia particular, entretanto, era a universalidade das afirmações feitas (HUNT, 2009, p. 14).

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Por fim, passados quase dois séculos da efervescência da Revolução Francesa, com a luta pela ampliação de direitos políticos a todos os homens e mulheres, dentre outros alcances significativos, como luta pela abolição da escravatura, ou seja, componentes que ainda não faziam parte do “todo” das Declarações anteriores, e logo após o terror da Segunda Guerra Mundial, com o assassinato sistemático e em massa baseados em critérios como religião e raça, a fim de garantir e universalizar as conquistas alcançadas até então, em 1948, a Organização das Nações Unidas (ONU), resumiu todas as promessas na sua Declaração Universal dos Direitos Humanos. Sobre a relação entre esses dois documentos, “embora as modificações na linguagem fossem significativas, o eco entre os dois documentos é inequívoco” (HUNT, 2009, p. 15). Ainda assim, infelizmente é bastante comum vermos atos que atentam contra os Direitos Humanos, principalmente relacionados a formas de torturas, seja de forma escondida, ilegal, de caráter privado e doméstico, como a violência contra a mulher, por exemplo, seja de forma institucionalizada, como no caso da sudanesa condenada à morte ou em outros países nos quais certos costumes são considerados ilegais e com penas de morte. Apesar da tortura religiosa da Igreja Católica tenha diminuído no decorrer dos séculos, o fundamento religioso ainda é o guia para a continuidade de muitas dessas práticas de tortura, como veremos em alguns casos na religião islâmica. Esse fato advém do que Hunt (2009) chamou de “paradoxo da autoevidência” (p. 17), pois se essas verdades defendidas pelos Direitos Humanos fossem tão autoevidentes como Thomas Jefferson defendeu desde o início, não haveria tantas discordâncias nem inobservância nos seus artigos, já que elas seriam reconhecidamente verdadeiras e universais, mas que se tornam muito mais dinâmica e complexa em razão de serem relações do ser humano consigo mesmo, entre ele e o outro, envolvido em um ambiente específico e político que, muitas vezes, é completamente diferente um do outro. 3. A RELIGIÃO ISLÂMICA

O

Islamismo é a religião que foi revelada diretamente por Deus ao Profeta Maomé no século VII, que condensou todas as revelações no livro sagrado do Alcorão, tido como a verdade absoluta pelos muçulmanos. Islã, etimologicamente, significa “submissão”, enquanto que muçulmanos se refere “àquele que se submete”. Ou seja, até mesmo pelas concepções dos termos centrais da religião, pode-se perceber claramente a sujeição completa do fiel às mensagens reveladas no Livro Sagrado. Deus é o ser único, o que há de mais sagrado, a quem todos devem obedecer e seguir restritamente suas orientações. São direitos e responsabilidades que Deus concebeu à humanidade, indissolúveis, e, ao contrário de fronteiras, governos e desejos de homens e mulheres, são também imutáveis no decorrer do tempo. O Islã surgiu como religião apenas no século VII e protagonizou a maior expansão religiosa conhecida até hoje na história da humanidade. Traduzido em forma política, Maomé recebeu as revelações divinas na Península Arábica e, em vida, tratou de juntar as tribos rivais da região numa comunidade religiosa forte e militarmente constituída. Foi o pontapé inicial para que, após a morte do Profeta, em 632, seus seguidores dessem sequência à expansão, a qual em poucas décadas ultrapassou os limites do Oriente Médio, alcançando da Península Ibérica, no ocidente, passando pelo

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Norte da África e chegando, no extremo oriente, até a Indonésia e Indochina, sendo influência determinante na constituição social, cultural e religiosa dessas regiões. Todos os ensinamentos e exemplos normativos do Islã são condensados no Alcorão e também no Hadith, que é o corpo de leis, lendas e histórias sobre a vida de Maomé. Esse conjunto gera, para os muçulmanos, a Charia, ou “conjunto de idéias de que dependiam os cádis nomeados pelo soberano ao fazer julgamentos ou conciliar disputas” (HOURANI, 1991, p. 170), que pode ser vista como uma lei – até mesmo no sentido jurídico da palavra como conhecida no ocidente – na qual o fiel deve seguir e respeitar, pelo bem de Deus, da religião e do seu povo. (...) a charia era geralmente aceita pelos citadinos muçulmanos, e mantida por governantes muçulmanos, como orientação para os modos de os muçulmanos lidarem uns com os outros. Regulamentava as formas de contrato social, os limites em que se podiam obter lucros legítimos, as relações de marido e esposa, e a divisão da propriedade (HOURANI, 1991, p. 128).

No mundo muçulmano, a jurisprudência, ou fiqh, é constituída pelo conjunto de decisões de especialistas, cujas escolas de interpretação legal (as madhhabs) variam entre o entre se o juiz (cádi) deve seguir estritamente a Charia e o Hadith ou se deve, junto a isso, buscar na sociedade, nas interpretações dos Companheiros do Profeta (ijma), ou nos consensos de sábios posteriores (ijtihad) a resposta para os desafios que enfrenta, a fim de tomar uma decisão mais acertada. Nessa variação também é incluído o grau de laicidade de cada Estado, entre o sistema legal secular e o religioso, como o tentado pelo Império Otomano, Esses princípios não foram desenvolvidos e discutidos apenas por si mesmos, mas porque formavam a base do fiqh, a tentativa por esforço humano responsável de prescrever em detalhes o estilo de vida (charia) que os muçulmanos deviam seguir para obedecer à Vontade de Deus. Todas as ações humanas, na relação direta com Deus ou com outros seres humanos, podiam ser examinadas à luz do Corão e dos suna, como interpretadas pelas pessoas qualificadas para exercer ijtihad, e classificadas em termos de cinco normas: podiam ser encaradas como obrigatórias (ou para a comunidade como um todo, ou para cada membro individual dela), recomendadas, moralmente neutras, repreensíveis ou proibidas (HOURANI, 1991, p.169).

Era através da Charia, como todo o seu aparato legal e apelo divino, que o mundo muçulmano foi se distanciando do mundo cristão ocidental, que, embora houvesse também muito forte o papel do sagrado, sobretudo no período medieval, foi enfraquecendo a partir do momento em que a burguesia passou a se tornar uma configuração importante na sociedade, culminando nas revoluções burguesas do século XVIII, que minou o poder religioso, através da valorização da vida privada – e todas suas relações - em detrimento da comunidade. A separação do Estado e da Igreja. Esse talvez seja o grande ponto de ruptura, pois esse processo ainda não foi visto em relação à religião islâmica, muito pelo contrário, com movimentos fundamentalistas reagindo a uma tentativa de dominação político e ideológica vinda do ocidente, o que faz aumentar a violência e o modo como nós, ocidentais, vemos o Islã.

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4. O ISLAMISMO E OS DIREITOS HUMANOS

V

oltando aos Direitos Humanos, apesar serem um conceito universal, ele pode ser interpretado de diversas maneiras, variáveis de acordo com as regiões, culturas e, naturalmente, religiões. Como já nos disse Hunt (2009), a autoevidência deles é relativa, pois o ser humano é demasiado complexo nas suas respectivas construções históricas para que um conceito universal chegue e tome o sentido de verdade absoluta. Segundo os muçulmanos, a revelação de Deus a Maomé foi para iniciar uma nova era na humanidade, uma nova era de tolerância, respeito e justiça. Aos olhos ocidentais, muito dificilmente o Islã estaria relacionada a qualquer uma delas. Mas há algumas considerações que devemos fazer. Muçulmano, cristão ou judeu, trata-se ainda de um ser humano. Portanto, a história mostra que a religião – e o nome de Deus – é normalmente usada como justificativa para a prática de atos pérfidos, totalmente contraditório com as doutrinas religiosas. No Islã o mesmo acontece, sendo frequente muçulmanos que não entendem e não seguem sua religião, porém utilizando-a para manter uma certa ordem na esfera social e política. A outra consideração a se fazer se refere à própria noção de Direitos Humanos, que, para o ocidente, é relacionada aos direitos e liberdades individuais, enquanto que no Islã nunca o âmbito individual irá sobrepor-se à comunidade muçulmana, destinada a viver de acordo com as revelações do Deus supremo. Portanto, o respeito, a tolerância e a igualdade, a paz e a segurança só são alcançadas obedecendo aos mandamentos do Deus Único, revelado para Maomé pelo anjo Gabriel. Essa equação fica clara: se os Direitos Humanos não colocam o indivíduo como o ente a ser protegido e assegurado, mas sim Deus e seus mandamentos, então a execução desses direitos humanos seguirá os interesses religiosos dominantes, já que é ele que diz o que é justo, concedendo direitos, garantias e responsabilidades. Então considerando que Deus é justo e trata os seres humanos em igualdade, essas condições apenas serão alcançadas mediante a obediência irresoluta a Ele. Caso contrário, está se comprometendo a segurança e a paz da comunidade em geral. Dessa forma, um dissidente religioso é um criminoso, que traz o mal não somente para si, mas também para todos que comungam de sua fé. Infelizmente, embora com toda a bela retórica de um discurso religioso, isso abre precedentes para que sejam imputados graves crimes contra a vida humana e, por conseguinte, contra os Direitos Humanos, na forma das mais variadas violências e torturas. Assim, mesmo pregando uma mensagem de paz e justiça, o Islã é interpretado por alguns de uma forma na qual se possa valer de métodos sistemáticos e violentos para prevenir e punir atitudes consideradas ultrajantes para a religião e para a comunidade. No entanto, podemos também pontuar que a Charia foi uma junção de várias práticas e costumes dos povos tribais da Península Arábica, o que fez com que perdurasse nas palavras do Alcorão, sobretudo nas questões de crimes de honra e papel das mulheres. De acordo com Hourani (2009), as sociedades tribais do século VII eram comunidades pastoris nas quais a unidade básica era a família e onde os papéis sociais entre homens e mulheres eram bem separados; os homens eram os protagonistas, já que ficavam com o cuidado da terra e do gado; já as mulheres ficavam responsáveis pela casa, cozinha e criação das crianças, apesar de também ajudar nas tarefas econômicas. Fazia parte da honra do homem defender o que era seu e responder às exigências que lhe faziam os membros da família, ou de uma tribo ou grupo maior do qual fizesse parte; a honra pertencia ao indivíduo por sua participação num todo maior. As mulheres da família — mãe

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e irmãs, esposas e filhas — ficavam sob sua proteção, mas o que elas faziam podia afetar a honra dele: falta de pudor ou conduta provocadora, em homens que não tinham direitos sobre elas, produziam fortes sentimentos que ameaçavam a ordem social (HOURANI, 1991, p. 120-121).

Esses crimes de honra estão espalhados de forma muito intensa – e para ser justo, não apenas no mundo muçulmano, mas sim de forma geral nas sociedades de caráter patriarcal – e muitas vezes difíceis de serem rastreados ou até mesmo identificados, acontecendo normalmente no caráter privado. No que se refere à mulher como propriedade dos homens, além do que apontou Hourani (1991) que as suas condutas influenciam a imagem da família do homem, essa passagem acaba legitimando a violência por crimes de honra nos quais a mulher é a vítima mais comum. Apesar de prática comum em diversas culturas, o Islã dá um caráter perpétuo a esses tipos de violência. Outro crime bastante comum e um dos mais terríveis para o muçulmano, sendo, naturalmente, passível de morte é o que é cometido contra a religião. A apostasia, que é a renúncia, o afastamento da fé muçulmana pode ter a morte como punição. É inconcebível possuir a faculdade ou até mesmo o direito de mudar de religião, ou renunciar a qualquer uma delas, como o ateísmo. É uma das ofensas mais graves, sem dúvida, que comprometeria a unidade e a força do Islã como religião. Foi por esse crime que a sudanesa, Meriam Yehya, foi condenada à morte; as chibatadas foram pelo adultério com o cristão. É um dos cinco alicerces das injunções islâmicas, no que diz a necessidade da preservação da religião, através da punição para a apostasia. 5. CONCLUSÃO

P

odemos perceber que as práticas violentas na religião islâmica tem suas origens em alguns fundamentos bastante enraizados nas suas leis (Charia), bem como alguns costumes pré-islâmicos vindos das sociedades tribais dos beduínos organizadas antes do advento do Islã como religião no século VII. Identificamos que a noção de individualidade do muçulmano é bastante diferente do ocidental, pela qual a noção de Direitos Humanos ficou bastante relacionada aos direitos e liberdades individuais, enquanto que o Islã considera ser uma religião justa e que defende os direitos e liberdades, mas condicionadas à obediência a Deus, para o bem da comunidade muçulmana (Umma), que vai muito além dos territórios de um país, mas sim em relação a uma comunidade congregada na fé única, aquela revelada por Deus ao Profeta Maomé. Dessa forma, eles acreditam que asseguram o bem-estar da humanidade, vivendo em clima de paz, justiça e segurança em harmonia com Deus. Num sistema rígido de normas jurídicas, sempre sujeitas à religião, baseado em punições prescritas, aquelas que são fixas, imutáveis por ter vindo de uma ordem direta de Deus, como o roubo, assalto em estradas, fornicação e adultério, acusação falsa, bebedeira e apostasia, e as punições arbitrárias, um tipo mais flexível e que acompanha o desenvolvimento material, social e histórico da sociedade, aqui está incluída a punição por chibatadas, multas, prisões. Então, o Islã está engessado por dentro em relação às suas práticas de violência contra os direitos humanos individuais em detrimento dos direitos humanos da comunidade de acordo com os preceitos de Deus. Devido ao caráter imutável das palavras divinas, é bastante difícil conjecturar alguma mudança significa no seu interior. E mais complicado ainda: cada vez que aumenta a pressão ocidental contra a violação dos direitos humanos nos países islâmicos aumenta esse abismo gigante entre uma cultura e outra.

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REFERÊNCIAS AL-MUALA, Dr. Abdurrahman. Crime e Punição no Islã. [S.l.], 2011. Disponível em: <http://www.islamreligion.com/pt/articles/25 3/viewall/>. Acesso em: 15 jun. 2014.

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BAIGENT, Michael; LEIGH, Richard. A Inquisição. Rio de Janeiro: Imago, 2001. BBC Brasil. Sudanesa é condenada à morte por abandonar Islã por marido cristão. [S.l.], 2014. Disponível em: <http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/ 2014/05/140515_sudao_ pena_morte_religiao_fn.shtml>. Acesso em: 09 jun. 2014.

PARINGAUX, Roland-Pierre. Em nome da honra... São Paulo, 2011. Disponível em: <http://www.diplomatique.org.br/acervo.php ?id=379>. Acesso em: 10 jun. 2014. STACEY, Aisha. Direitos Humanos no Islã. [S.l.], 2012. Disponível em: <http://www.islamreligion.com/pt/articles/25 75/viewall/>. Acesso em: 09 jun. 2014.

HOURANI, Albert. Uma História dos Povos Árabes. São Paulo: Schwarcz Ltda, 1991.

A violência no Islã: a luta entre os direitos humanos e o Islã André Felipe de Albuquerque Espínola Graduando em História pela Universidade Estadual da Paraíba – UEPB Bananeiras, PB E-mail: portaupj@gmail.com ESPÍNOLA, A. F. de A. A violência no Islã: a luta entre os direitos humanos e o Islã. Revista Espaço Científico Livre, Duque de Caxias, n. 21, p. 24-31, ago.-set., 2014.

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O mapa de conhecimento de Phenix e a árvore hiperbólica THE KNOWLEDGE MAP OF PHOENIX AND HYPERBOLIC TREE Paulo Marcelo Silva Rodrigues Mestre em Ensino de Ciências e Matemática pela Universidade Federal do Ceará (UFC) Fortaleza, CE E-mail: paulomsrodrigues@yahoo.com.br RODRIGUES, P. M. S. O mapa de conhecimento de Phenix e a árvore hiperbólica. Rev. Esp. Cient. Livre, Duque de Caxias, n. 21, p. 32-43, ago.-set., 2014. RESUMO sua teoria, a qual foi denominada “o domínio dos significados” e as suas contribuições para o ensino-aprendizado e como através da aplicação do software livre de construção de árvores hiperbólicas, o Xebece, o professor pode fazer de uma maneira bem simples, a construção da árvore hiperbólica de conhecimento e, assim, perceber que temas podem ser explorados juntamente com outros professores, por meio de projeto interdisciplinar, e alunos de modo a tornar o conhecimento mais significativo a todos.

O pesquisador americano Philip H. Phenix desenvolveu uma teoria, “a teoria dos significados da vida humana”, mostrando como um determinado tema pode ser estruturado de modo a ser apresentado com um grau de significado para o indivíduo. Através da aplicação dos seus “domínios do significado”, Phenix mostrou que um determinado tema central se ramifica atingindo assuntos da própria área de estudo, como também, de outras áreas do conhecimento, provocando assim a interdisciplinaridade. O que iremos apresentar neste artigo é um resumo de

Palavras-chave: Estruturação de conhecimento. Mapa de conhecimento. Árvore hiperbólica. ABSTRACT The American researcher Philip H. Phenix developed a theory, "the theory of the meaning of human life," showing how a particular theme can be structured to be presented with a degree of significance for the individual. Through the application of its "areas of significance", Phenix showed that a central theme of branches reaching issues of their own area of study, but also in other areas of knowledge, thereby interdisciplinarity. What we present in this article is a summary of his theory, which

was called "the realm of meanings" and their contributions to teaching and learning and how through the application of free software construction hyperbolic tree, the Xebece, the teacher can make a very simple way, the construction of hyperbolic tree of knowledge and thus realize that themes can be explored along with other teachers through interdisciplinary project, and students in order to make knowledge more meaningful to everyone.

Keywords: Structuring of knowledge. Map of knowledge. Hyperbolic tree.

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1. INTRODUÇÃO

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tualmente, o currículo de Ciências (Matemática, Física, Química e Biologia) prima pela fragmentação, linearidade e alienação do saber, impossibilitando ao aluno um entendimento global dos conteúdos e provocando uma distorção da disciplina sendo muitas vezes taxada de matéria difícil ou até mesmo questionada ema sua relevância. Nessa perspectiva, aluno copia e memoriza um saber previamente produzido por outras pessoas e o considera como verdade absoluta, sem questionamento ou sem indagação. Como os professores podem contribuir para mudar esse paradigma negativo e tornar a disciplina mais atrativa e prazerosa tanto para o aluno quanto para o professor? Como o conhecimento científico pode ser visto na perspectiva de um processo construtivo levando o aluno à autonomia de pensamento, à construção de uma consciência, de um senso crítico do mundo que o conduza à emancipação? Como a tecnologia pode ajudar ao professor e ao aluno a fazer essa construção de conhecimento? Neste artigo apresentamos dois pontos que podem auxiliar a responder as esses questionamentos: a teoria de Philip H. Phenix, que é extremamente atual para nossos propósitos de transformação do currículo e que expõe a Teoria dos Significados da Vida Humana, conforme Phenix (1964), Stenhouse (1985), Reis (2002) e Moraes (2005) e a árvore hiperbólica, idealizada por LAMPING, RAO E PIROLLI (1995) que faz a estruturação do conhecimento de maneira hierárquica. Para isso, utilizaremos o software livre Xebece (pronuncia Zibece) como instrumento de construção do mapa de conhecimento através do uso de árvores hiperbólicas. 2. A TEORIA DOS SIGNIFICADOS DA VIDA HUMANA DE PHILIP PHENIX COMO MAPEAMENTO DO CONHECIMENTO

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hilip H. Phenix foi professor emérito da faculdade Teachers College, da Universidade de Columbia, durante os anos de 1954 até 1981, e fez estudos nos campos da Matemática, Física, Teologia, Filosofia e Educação. Em 1934, apresentou a sua tese com o título “The Absolute Significance of Rotation”1, na Universidade de Princeton, e chamou a atenção do físico Albert Einstein. Este fato foi reportado pelo New York Times, em 26 de julho do referido ano. Einstein escreveu para o então professor de Matemática de Phenix, expressando o desejo de falar com o jovem, comentando que "The clarity with which this young man has grasped this problem is astonishing, as is his mastery of the formal apparatus.”2 (COLUMBIA, 2002). Logo após, a Universidade de Princeton ofereceu uma posição no Departamento de Física Teórica. Em 1939, Phenix foi eleito o mais jovem membro da American Acturial Society e, anos depois, entrou para Union Theological Seminary em New York, onde recebeu o grau de Mestre em Divindade, em 1942. Participou da Segunda Guerra Mundial como capelão do exército e meteorologista da força aérea. Deixou as forças armadas após cumprir um período de sete anos e foi para a Carleton College, em Minesota, para trabalhar como capelão e professor do Departamento de Filosofia e Religião. Em 1950, recebeu o Ph.D. em Filosofia da Religião pela Universidade de Columbia, passa a lecionar a partir de 1954, na Teachers College, onde ele escreve e discursa 1

“O Significação Absoluto da Rotação” - Tradução do autor. “A clareza com que este jovem rapaz tinha compreendido este problema é espantoso, assim como é o seu domínio do aparato formal” - Tradução do autor. 2

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sobre o papel da religião como suporte das instituições até 1981. Em 1982, Phenix se aposenta da vida acadêmica e em 2002, falece aos 87 anos. Phenix considerava que a educação deve ser derivada de padrões lógicos existentes no entendimento da própria disciplina, denominadas “domínios do significado”, o cerne de sua Teoria dos Significados da Vida Humana. O argumento principal de Phenix (1964) é que a educação deriva de certas considerações fundamentais sobre a natureza humana e o conhecimento. A vida humana é um padrão de significados, e a educação geral é o processo de gerar esses significados. Os seres humanos têm o poder de experimentar estes significados. Este processo de gerar e experimentar significados, entretanto está sempre em constante ameaça, seja pelo espírito crítico e cético oriundo da herança científica, seja pela fragmentação do conhecimento pela especialização de uma sociedade complexa e interdependente, pela massa de produtos culturais, especialmente de conhecimentos, ou pela rapidez com que as condições da vida humana mudam como resultado de uma sociedade em constante evolução, o que traz um sentimento de impermanência e insegurança. Phenix busca na sua teoria do significado uma integração da individualidade e da totalidade do ser humano e do seu conhecimento, em contraponto a fragmentação decorrente do cenário da civilização. O problema do conhecimento, deste ponto de vista, é abordado dentro de um mapa de conhecimento (STENHOUSE, 1985) denominado de “domínios do significado”. Se os seres humanos são criaturas que têm o poder de experimentar significados, a existência humana consiste, então, de uma estrutura de significados. Além disso, a educação geral é o processo de gerar estes significados essenciais. Resumindo, pode-se afirmar que a realização intelectual característica do ser humano de transmitir através da educação é a capacidade por parte do homem de agregar sentido à existência. A tese central dos domínios do significado é que o “conhecimento nas disciplinas tem padrões ou estruturas e que um entendimento dessas formas típicas é essencial para a condução do ensino e aprendizagem”. (REIS, 2002. p.23) A partir da análise dos possíveis modos do entendimento humanos surgem seis padrões fundamentais de significados que são designados por Phenix como simbólico, empírico, estético, ético e sinóptico. Esses domínios são esquematizados da seguinte maneira (PHENIX, 1964): Simbólico - compreende os símbolos criados para promover o pensamento e a comunicação, como a linguagem comum, a matemática e vários tipos de formas simbólicas não discursivas, como gestos rituais, padrões rítmicos, etc. Os sistemas simbólicos constituem o mais fundamental de todos os domínios de significado, estão contidos nas estruturas simbólicas arbitrárias com regras socialmente aceitas e que são empregados para expressar os significados em cada um dos outros domínios. Empírico - trata das ciências naturais, sociais, e do homem. Essas ciências fornecem descrições, generalizações e formulações teóricas e explicações, baseadas em observação e experimentação no mundo material, vida, mente e sociedade. Elas expressam significados como verdades empíricas prováveis concebidas de acordo com certas regras de evidência e verificação e fazem uso de sistemas específicos de abstração analítica.

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Estético - contém as várias artes, tais como música, artes visuais, artes de movimento e a literatura. Os significados nesse domínio dizem respeito à percepção contemplativa de coisas particulares, significantes como objetificações únicas e subjetividades idealizadas. Sinoético - compreende o que se chama “conhecimento pessoal”. O termo deriva do grego “synnoesis” que significa “pensamento meditativo”, “syn” significa “com” ou “junto”, e “noesis” significa “cognição”. Assim, sinoético é a “compreensão direta”. É análogo na esfera do conhecimento à simpatia na esfera do sentimento. Esse conhecimento pessoal é concreto, direto e existencial e pode ser aplicado as outras pessoas, a si mesmo ou a coisas. Ético - inclui significados morais que expressam obrigações mais do que fato, forma perceptual, ou consciência de relação. Em contraste com a ciência, que está preocupada com o entendimento cognitivo abstrato, com as artes, que expressam percepções estéticas idealizadas e com conhecimento pessoal, que reflete entendimento intersubjetivo, moralidade tem a ver com conduta pessoal que é baseada em decisão livre, responsável e deliberada. Sinóptico - refere-se aos significados que são compreensivelmente integrativos. Inclui história, religião e filosofia. Essas disciplinas integram significados sinoéticos, estéticos e empíricos num todo coerente. Sobre esta base, distinguem-se nove classes de conhecimento, denominadas “classes genéricas dos significados”. Segundo Phenix, qualquer que seja o significado epistêmico, ele tem duas dimensões: extensão e intensão, ou então, quantitativo e qualitativo. Isso quer dizer, que o conhecimento consiste numa relação do sujeito que conhece rumo a certa gama de objetos conhecidos, e o sentido da relação é de certa classe. A extensão tem três classes: singular, geral e compreensivo. O conhecimento é de alguém (ou de uma coisa), ou de uma pluralidade selecionada, ou de uma totalidade. A intenção do conhecimento é também em três classes: fato, forma e norma. Em outras palavras, a qualidade do significado é existencial, formal e evolutiva. Outro modo de expressar os tipos intencionais consiste em afirmar que todos os significados epistêmicos se referem à atualidade, a possibilidade ou a obrigação (STENHOUSE, 1985). As classes genéricas dos significados são consequências da combinação das três classes quantitativas com as três classes qualitativas. São elas (PHENIX, 1964; REIS 2002): Forma geral - inclui as disciplinas que se preocupam com a elaboração dos padrões formais para aplicação geral na expressão dos significados, ou seja, o domínio simbólico. Fato geral - o conhecimento da ciência. O domínio empírico. Forma singular - inclui significados percebidos pela imaginação sem nenhuma referência aos sinoético, ou seja, a filosofia, a religião e a psicologia. O domínio estético. Fato singular - originado da existência concreta em encontro com o pessoal. O domínio sinoético, ou seja, a filosofia, a religião e a psicologia. Norma singular - as obrigações morais.

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Norma geral - distingue-se da norma singular pela qualidade da obrigação. Os métodos e categorias da ética social que diferem a ética pessoal. O domínio da ética. Fato compreensivo - o historiador integra o simbólico, o empírico, o estético e o ético em uma perspectiva sinóptica sobre o que aconteceu no passado. Norma compreensiva - é quando todos os tipos de conhecimento são compreendidos dentro de uma perspectiva sinóptica controlada pela qualidade normativa, a disciplina resultante é a religião. Forma compreensiva - é o reino do filosófico. O quadro a seguir (Tabela 1) mostra a organização dos domínios e das classes genérica dos significados: Classificação Lógica dos Significados Classes Genéricas Domínios do Significado

Quantidade

Qualidade

Geral

Forma

Simbólica: linguagem comum, matemática, forma simbólica não discursiva.

Geral

Fato

Empírico: ciências físicas, ciências da vida, psicologia, ciências sociais.

Singular

Forma

Estética: música, artes visuais, artes do movimento, literatura.

Singular

Fato

Sinoético: filosofia, psicologia, literatura, religião nos seus aspectos existenciais.

Singular e Geral

Norma

Ético: as várias áreas especiais do campo da moral e ético.

Compreensivo Fato História Compreensivo Norma Sinóptico Religião Compreensivo Forma Filosofia Tabela 1: Domínios e classes genéricas dos significados Fonte: (PHENIX, 1964, p.28) Com a Teoria dos Significados da Vida Humana a disposição, como o professor pode desenvolver na sua vida prática? Moraes (2005) apresenta a pedagogia de projetos, onde o mapa de conhecimentos vai ser aplicado no seu planejamento. Segundo Moraes: ...o projeto possibilita o desenvolvimento das habilidades individuais e, ao mesmo tempo, articula essa individualidade com o coletivo. Ao realizar um projeto individual dentro de um projeto coletivo, o homem relaciona-se consigo mesmo e com os outros homens (MORAIS, 2005, p.47).

A seguir, apresentamos um exemplo de mapa de conhecimento de um projeto pedagógico na área das Ciências realizado por alunos do Curso de Mestrado Profissional em Ciências e Matemática da Universidade Federal do Ceará (UFC), durante a disciplina de Teorias da Educação, mostrando o quanto este mapa é útil no

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planejamento dos temas científicos propostos (Figura 1). O tema central que aqui aparece foi escolhido pelos próprios alunos da UFC, bem como o desenvolvimento de cada significado envolvido com o tema central.

Figura 1: Projeto “A Evolução” feito pelos alunos do Mestrado Profissional em Ensino de Ciências e Matemática da UFC Observa-se que cada tema central é gerador de vários outros temas (ou subtemas), que foram desenvolvidos por meio de um saber prévio adquiridos individualmente ou, então compartilhados pelos demais colegas. O mapa de conhecimento nos proporciona uma visualização mais organizada de cada subtema com seu respectivo significado. Também é importante registrar que através do mapa de conhecimento podemos entrar em outras áreas dos conhecimentos como a Matemática, Química, Artes, Literatura, Sociologia, entre outros, buscando uma interdisciplinaridade com áreas diversas das Ciências Naturais, Humanas e de Linguagens e Códigos. Vimos aqui que a teoria dos significados da vida humana pode nos conceder uma aprendizagem que vai do individual para o coletivo. O mapeamento idealizado por Phenix nos mostra como organizar estes saberes, a partir de um tema central, que será desenvolvido e compartilhado por todos que participam do projeto pedagógico. Após essa explanação sobre a teoria de Phenix, existe alguma tecnologia que agrega esse recurso do mapa de conhecimento? A resposta é sim, existe um software livre que o professor ou o aluno podem fazer do seu uso e criar o seu próprio mapa de conhecimento. Esse software utiliza uma técnica da geometria hiperbólica para criar as visualizações das informações, essa técnica é a árvore hiperbólica e o software que será apresentado é o Xebece.

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3. CONHECENDO A ÁRVORE HIPERBÓLICA

A

árvore hiperbólica é uma técnica de visualização baseada no foco e contexto de informações hierarquizadas, elaborada por Lamping, Rao e Pirolli (1995). Ela foi originalmente inspirada pelo holandês M. C. Escher (1878–1972) que elaborava gráficos cujos componentes diminuíam de tamanho à medida que se movia para fora, dando o efeito de uma estrutura uniforme de crescimento exponencial (Figura 2).

Figura 2: Círculo Limite IV - O Céu e o Inferno, 1960. Obra criada do Escher que utiliza a árvore hiperbólica <www.educ.fc.ul.pt/docentes/opombo/seminario/escher/circular4.html>. A ideia central da árvore hiperbólica partiu da necessidade de estruturar e organizar informações para comunicação e transferência. Uma elevada carga de informações que pudesse ser visualizada ao mesmo tempo sem que houvesse perda da compreensão do contexto da informação. Para que essa ideia fosse realizada, utilizouse uma geometria particular na qual a informação é estruturada dentro de um plano hiperbólico e depois mapeada em círculo no plano euclidiano (MÁXIMO; EVANGELISTA, 2009). Nesta geometria, um espaço maior do plano hiperbólico é destinado a um nó central que é o foco da informação e ao redor do nó focado estão os nós periféricos, menores à medida que se distancia do foco central, mas que possui uma hierarquia estabelecida a partir dele. O plano hiperbólico é uma geometria não-euclidiana que em linhas paralelas divergem umas das outras. Isso conduz propriedade de que a circunferência de um círculo no plano hiperbólico cresce exponencialmente mais com o aumento da distância. Assim, hierarquias que tendem a se expandir exponencialmente com a profundidade podem ser definidas, no espaço hiperbólico, de um modo uniforme em que, a distância na geometria hiperbólica entre os focos das informações, é a mesma em todos os lugares na hierarquia (LAMPING; RAO; PIROLLI, 1995). Essa técnica de organização tem a vantagem de fornece uma visão geral das informações e a sua estrutura assemelha-se muito a uma árvore, daí a origem do nome “árvore hiperbólica” (Figura 3).

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Figura 3: Modelo da árvore hiperbólica, segundo Lamping, Rao e Pirolli (1995) <http://www.infovis-wiki.net/index.php?title=Hyperbolic_trees> O plano hiperbólico é um objeto matemático e pode ser mapeado de modo natural. Este mapeamento exibe partes do plano perto da origem, utilizando, para isso, mais espaços do plano. Partes mais distante no plano hiperbólico, utiliza quantidades menores do espaço perto da circunferência do círculo. 4. A ÁRVORE HIPERBÓLICA E O XEBECE

O

Xebece é um software desenvolvido pelo administrador de projetos Roman Kennke e disponibilizado livremente, desde a sua primeira versão postado em 01 de março de 2005, através da webpage <http://sourceforge.net/projects/xebece/>. O Xebece destaca-se pela criação de apresentações que podem ser utilizadas em cursos e treinamentos, gestão de documentos, mapas mentais, brainstorming e na gestão do conhecimento, usando para isso o recurso da árvore hiperbólica. Segundo Kennke, o Xebece não é apenas uma apresentação, mas uma curiosidade excitante, que dá abertura a um novo olhar sobre as estruturas, onde o usuário pode elaborar sua descrição de relações em um menor tempo possível (SOURCEFORGE.NET, 2005). O uso deste software requer que o computador tenha, antecipadamente instalado, o programa Java que pode ser adquirido gratuitamente na webpage da Sun Microsystems <http://www.oracle.com/us/ sun/index.htm> . O Xebece foi criado em uma liguagem de programação Java e por isso a necessidade dele para que o software possa ser executado. As características do software também são muito vantajosos, pois além de ser um programa muito leve, ocupando o mínino de espaço em computador pessoal, ele também pode ser usado nas plataformas Windows, Linux e Machintosh.

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Figura 4: Abertura do programa Xebece Para a construção da árvore hiperbólica, usamos o exemplo mostrado na figura 1, “A Evolução”, que como foi dito anteriormente, foi uma criação dos alunos do Mestrado Profissional no Ensino em Ciências e Matemática da UFC, disciplina Teorias da Educação. Para início do processo de construção usaremos passos bem simples o que mostra a versabilidade de manipulação do Xebece. Logo quando o Xebece é aberto já se pode ver o foco central, “root Node”, na tela principal (espaço hiperbólico). Clicando no foco central, ele ficará centralizado no espaço mostrado e apertando o botão direito do mouse, a partir do foco central, aparecerá uma caixa de mensagem. Nesta caixa, existe o item “New Child Nodes” que cria um nó periférico a partir de um ponto de origem (figura 5). Ao clicar nele, é aberto uma caixa de mensagem solicitando um título para o nó recém-criado.

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Figura 5: Criando um nó periférico a partir do foco central

Para criar novo um nó, é só repetir o último procedimento sempre de um foco (central ou periférico). Realizando todos os nós exigidos no exemplo do mapa de conhecimento “A Evolução”, chegou-se a seguinte árvore hiperbólica mostrado na figura 6.

Figura 6: Árvore hiperbólica com o foco “A Evolução” criada através do software Xebece Como mostra na figura 6 acima, a árvore hiperbólica não tem limites para seu desenvolvimento. Quando mais temas e subtemas podem ser adicionados a sua estrutura, mais podemos explorar um determinado conteúdo, e mais ramificações terá

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a árvore hiperbólica. E assim como foi visto no início desse artigo, áreas diversas das Ciências (Biologia, Literatura, Música, Matemática, Geografia, Sociologia, Filosofia, entre outros) são contempladas em cada ramos que vai surgindo. 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

O

mapa de conhecimento de Phenix é um instrumento de estruturação do conhecimento aprendido. Este mapa permite estruturar o saber de forma hierárquica, a partir de um foco central (tema principal) e, por meio da classificação em classes genéricas e domínios de significados, é possível gerar subtemas, desenvolvendo o tema central, e com possibilidades de realizar conexões com outros temas/subtemas gerados. Phenix com isso apresenta o envolvimento de determinado tema com subtemas de uma mesma área das Ciências ou de outras áreas, causando assim um efeito multidisciplinar e interdisciplinar. Como foi observado, o conhecimento científico não é restrito a uma única disciplina na qual o professor ministra para seus alunos. O conhecimento deve visto como um todo, envolvendo além do conteúdo trabalhado em sala, outros conteúdos de disciplinas distintas a aquela ensinada. Essa visão do todo somente é possível se tivermos pleno conhecimento do conteúdo que o professor está trabalhando. Para isso, é necessário um aprofundamento daquele assunto ministrado para poder, então, explorar todas as possibilidades que ela pode nos oferecer, ou seja, quando mais aprofundamos em um assunto, mais a torna multidisciplinar. A informação, quando bem trabalhada pelo professor e pelo aluno, leva a uma autonomia em relação ao saber, cria uma conscientização sobre o mundo em que vivemos e nos capacita a distinguir o certo e o errado dentro das várias transformações que evidenciamos, sejam elas sociais, políticas, econômicas ou ambientais. O software Xebece pode de uma forma bem simples realizar esta estruturação proposta por Phenix. O modelo de hierarquia, por meio da árvore hiperbólica, resulta a prática do pensamento de Phenix nos domínios dos significados da vida humana, e consequente aquisição e estruturação do conhecimento. O domínio dessa ferramenta digital, além de uso pedagógico, também pode ser utilizado em outras áreas do conhecimento (Administração, Economia, Engenharia, entre outras) o que mostra a sua grande versatilidade.

REFERÊNCIAS COLUMBIA UNIVERSITY. Philip H. Phenix, Proponent of Education for Reverence, Dies at Age 87. [S.l.], 2002. Disponível em: <http://www.tc.columbia.edu/news/article.ht m?id=4094>. Acesso em: 08 nov. 2008.

REIS, Maria Cisneiros da Costa. A identidade acadêmico-científica da educação física. 2002. Tese (Doutorado apresentada ao Programa de PósGraduação em Educação Física) – Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Educação Física, Campinas – SP, 2002.

MORAES, Silvia Elizabeth. Interdisciplinaridade e transversalidade mediante projetos temáticos. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos, Brasília, v. 86, n. 213-214, p. 38-54, maiodez., 2005

STENHOUSE, Lawrence. Investigación y desarrollo del curriculum. Madrid, Espanha: Ediciones Morata, 1985. MÁXIMO, Fernando Atitique; EVANGELISTA, Silvio Roberto Medeiros. Manual da árvore hiperbólica. Campinas: Embrapa Informática Agropecuária, 2009.

PHENIX, Philip H. Realms of Meaning. McGraw-Hill Book: Nova York, USA, 1964.

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for Computing Machinery, 1995. p. 401– 408.

LAMPING, John; RAO, Ramana; PIROLLI, Peter. A Focus+Context Technique Based on Hyperbolic Geometry for Visualizing Large Hierarchies. In: CONFERENCE HUMAN FACTORS IN COMPUTING SYSTEMS. [Anais]. Denver: Association

SOURCEFORGE.NET. Xebece: Visualize and organize information easily.[S.l.], [20?]. Disponível em: <http://xebece.sourceforge.net/>. Acesso em: 20 nov. 2012.

O mapa de conhecimento de Phenix e a árvore hiperbólica Paulo Marcelo Silva Rodrigues Mestre em Ensino de Ciências e Matemática pela Universidade Federal do Ceará (UFC) Fortaleza, CE E-mail: paulomsrodrigues@yahoo.com.br RODRIGUES, P. M. S. O mapa de conhecimento de Phenix e a árvore hiperbólica. Rev. Esp. Cient. Livre, Duque de Caxias, n. 21, p. 32-43, ago.-set., 2014.

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Os caminhos da Fisioterapia no sistema de saúde brasileiro THE ROADS OF PHYSIOTHERAPY IN THE BRAZILIAN HEALTH SYSTEM

Eduardo Santana de Araujo Fisioterapeuta, Mestre e Doutor em Saúde Pública vinculado à Ordem dos Hospitaleiros Ortodoxos e à Faculdade Mario Schenberg Cotia, SP E-mail: edusantana@usp.br ARAUJO, E. S. de. Os caminhos da Fisioterapia no sistema de saúde brasileiro. Revista Espaço Científico Livre, Duque de Caxias, n. 21, p. 44-50, ago.-set., 2014. RESUMO Apesar da Fisioterapia, enquanto profissão, possuir diversas características que direcionam as atividades dos fisioterapeutas para a atenção primária, vemos um cenário diferente na prática. O cadastro nacional de estabelecimentos de saúde mostra a tendência predominante da atuação na atenção especializada. Paralelamente, as instituições de ensino permanecem formando profissionais incapazes de reconhecer e interceder nas manifestações primárias, criando profissionais com perfis limitantes, fazendo

com que a requisição de uma posição na atenção básica seja mero interesse por mercado de trabalho, em detrimento das necessidades da população. Para que o fisioterapeuta seja um profissional importante na atenção primária, é necessário que se estabeleça o conceito de manifestações primárias e se reconheça a relevância de se conhecer o estado de funcionalidade de 100% dos indivíduos das áreas de abrangência das unidades básicas de saúde.

Palavras-chave: Fisioterapia. Atenção primária. Funcionalidade. ABSTRACT The Physiotherapy and the physiotherapist have several characteristics to be on primary care. But, we see a different scenario in practice. The “national register of health service” in Brazil shows the prevailing trend of performance in specialized care. In parallel, the educational institutions have turned the professionals unable to recognize and intervene in primary manifestations. These are creating professionals with limiting profiles. So,

make requisition of a position in primary care is a mere interest in the labor market, to the detriment of the needs of the population. To physiotherapist become an important professional in primary care , it is necessary to establish the concept of primary manifestations and recognize the importance of knowing about functioning in 100% of the individuals in the areas of coverage of basic health units.

Keywords: Physiotherapy. Primary Care. Functioning.

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1. INTRODUÇÃO

A

Fisioterapia é a ciência que estuda o movimento humano em todas as suas dimensões e, por meio de recursos físicos, desenvolve ações de prevenção e tratamento (LUCAS, 2005).

Os serviços de Fisioterapia no Sistema Único de Saúde (SUS) vêm crescendo. Em pesquisa feita em janeiro de 2014 no Sistema de Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (SCNES), verificou-se a existência de 4833 serviços de Fisioterapia cadastrados em todo país. A maior parte está no setor privado, sendo que 87% de todos os cadastros, incluindo os públicos, estão vinculados à atenção especializada (COSTA et al., 2012). Sabe-se que os conceitos contemporâneos de saúde se voltam para ações que priorizam a integralidade e, ao mesmo tempo, que valorizam a prevenção primária. A lei n° 8080/1990, conhecida como “Lei Orgânica da Saúde”, que dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, incluindo a organização e o funcionamento dos serviços, foi complementada pelo Decreto 7508/2011. Esses instrumentos, entre outras providências, indicam as portas de entrada do SUS e as ferramentas para o planejamento regional de saúde. O objetivo é criar caminhos para o fortalecimento da atenção básica e aumentar assim a efetividade da assistência. O fisioterapeuta, apesar de possuir competências específicas voltadas à intervenção nas manifestações primárias, tais como, prevenção de distúrbios cinéticos, resolução de problemas biomecânicos de baixa complexidade, identificação de riscos ambientais à mobilidade e educação em funcionalidade humana, é aproveitado com mais frequência na atenção especializada, o que torna sua contribuição ao sistema de saúde mais limitada. Sendo assim, o objetivo deste trabalho é descrever as possibilidades de atuação do fisioterapeuta na atenção primária em saúde do Brasil e discutir conceitos relacionados às manifestações primárias. 2. MÉTODO

E

sta é uma revisão sistemática de artigos que tratam sobre a atuação do fisioterapeuta na Atenção Primária à Saúde (APS).

Para a presente pesquisa, foram utilizados três descritores: fisioterapeuta, atenção primária à saúde, necessidades e demandas de serviços de saúde. Antes de serem utilizados, os descritores foram adequados segundo a padronização do sistema DeCS (Descritores em Ciências da Saúde). As bases de dados pesquisadas foram: LILACS, MEDLINE, COCHRANE e SciELO. Os resumos dos artigos encontrados foram lidos, analisados e selecionados segundo os critérios abaixo. Critérios de inclusão: artigos em português, que tratem sobre a atuação do fisioterapeuta na APS do Sistema Único de Saúde (SUS), publicados entre os anos de 2003 e 2013, podendo ser revisões sistemáticas, pesquisas qualitativas, estudos transversais, estudos longitudinais, estudos de intervenção ou estudos de caso.

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Critérios de exclusão: artigos que falem sobre a atuação do fisioterapeuta dentro de equipe multiprofissional, artigos que tratem exclusivamente do fisioterapeuta como educador em saúde. Após seleção, os artigos foram analisados na íntegra na busca por variáveis que pudessem trazer informações, essencialmente, a cerca dos objetivos específicos da presente pesquisa. A coleta de dados foi feita em um manuscrito separado. As anotações relevantes e os comentários foram feitos no verso das impressões dos próprios artigos e analisados um a um, para o desenvolvimento da discussão. Quadro, tabela, gráfico e a forma discursiva foram recursos utilizados para expressar os resultados de maneira organizada. 3. RESULTADOS

U

m total de oito artigos científicos preencheu os critérios de inclusão da presente pesquisa e a distribuição é apresentada nas figuras abaixo.

Quadro 1 – Artigos selecionados Títulos Objetivos Principais conclusões Inserção do fisioterapeuta A formação do na Atenção Básica: uma fisioterapeuta e a proposta analogia entre as Analisar as atribuições do do NASF são insuficientes experiências acadêmicas e fisioterapeuta na atenção diante das necessidades a proposta dos Núcleos de básica. da população para Apoio à Saúde da Família atendimentos (NASF). fisioterapêuticos. Descrever o perfil dos Fisioterapia na Atenção É necessário facilitar o usuários atendidos pela Primária: uma experiência acesso ao fisioterapeuta e Fisioterapia e analisar o de integração entre socializar as atribuições da conhecimento desses ensino, serviço de saúde e profissão com a população pacientes sobre a assistência à comunidade. em geral. profissão. Os profissionais indicam que os fisioterapeutas Conhecer a percepção de Percepções sobre o ajudam na garantia de enfermeiros, médicos e trabalho do fisioterapeuta acesso aos serviços odontólogos sobre o na atenção primária. assistenciais e ajudam a trabalho da Fisioterapia. melhorar a qualidade de vida dos pacientes. A lógica do conceito de Inserção do fisioterapeuta Revisar a literatura sobre a “reabilitador” excluiu da no Programa de Saúde da inserção do fisioterapeuta rede básica, em sua Família: uma proposta na atenção primária. concepção, os serviços de ética e cidadã. fisioterapia. É necessário que as Refletir sobre as instituições de ensino em Teoria, prática e realidade possibilidades de Fisioterapia ofereçam social: uma perspectiva intervenção da Fisioterapia prática clínica integrada para o ensino de na atenção primária à supervisionada em Fisioterapia. saúde. Unidades Básicas de Saúde.

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Inclusão da Fisioterapia na Atenção Primária: experiência na Unidade Básica de Saúde Rio Tavares, Florianópolis.

Caracterizar e classificar os encaminhamentos ao fisioterapeuta.

Fisioterapia no Programa de Saúde da Família: uma revisão e discussões sobre a inclusão.

Estimular a discussão sobre a inclusão do fisioterapeuta no Programa de Saúde da Família.

A interface entre o trabalho do agente comunitário de saúde e do fisioterapeuta na atenção básica à saúde.

Identificar ações do fisioterapeuta e do agente comunitário na perspectiva de integração das atividades.

A atuação do fisioterapeuta dentro da equipe do Programa de Saúde da Família pode facilitar o acesso ao fisioterapeuta. A inclusão poderia contribuir para a concretização da multidisciplinaridade, da resolutividade e da integralidade. Existe completa possibilidade de integração entre as atividades do agente comunitário e fisioterapeuta.

Tabela 1 – Número de artigos selecionados segundo ano Ano de publicação Quantidade 2003 1 2004 0 2005 1 2006 1 2007 0 2008 0 2009 0 2010 2 2011 1 2012 1 2013 1 TOTAL 8 Gráfico 1 – Distribuição dos artigos selecionados, segundo métodos

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Os artigos tratam sobre a necessidade de inclusão de fisioterapeutas na atenção primária, mostrando que se trata de algo incomum no Brasil. 4. DISCUSSÃO

A

contribuição científica sobre a intervenção fisioterapêutica na atenção primária é pequena, o que levou a um baixo número de artigos selecionados para esta revisão. Por outro lado, a profundidade de cada um deles permitiu uma análise abrangente sobre a contribuição assistencial fisioterapêutica nas manifestações primárias. Entende-se por manifestações primárias, as alterações de funcionalidade que não são consequências de doenças, mas afetam funções do corpo, estruturas do corpo, atividades humanas e a participação social (MOREIRA; MOTA, 2009). Historicamente, o fisioterapeuta vem sendo formado para tratar consequências de doenças, a partir de um conceito, intitulado por alguns autores, de “reabilitador” (FORMIGA; RIBEIRO, 2012). Tal denominação vem acompanhada, equivocadamente, de uma relação de dependência da medicina, na qual o médico faz o diagnóstico de uma doença, indica a intervenção do fisioterapeuta que, por sua vez, faz o diagnóstico das consequências da doença no estado de funcionalidade para definir sua intervenção (CARNEIRO; SANSON; SILVA, 2013). O conceito de reabilitador citado nos artigos difere do real significado da palavra a partir do momento em que se sabe que o processo de reabilitação é o caminho para reinserção social ou recuperação da participação social perdida. Mesmo que um paciente esteja em tratamento por uma alteração de funcionalidade causada por determinada doença, ele não estará em processo de reabilitação, a não ser que tenha perdido aspectos da sua participação social, como um afastamento do trabalho ou impedimento do lazer. Em contrapartida, um odontólogo que conduz um tratamento de um paciente que está afastado do trabalho graças à um problema dentário, está participando do processo de reabilitação do paciente, que só terá sua participação social de volta ao se reabilitar. Já, a ideia da dependência da medicina, além de ir contra o que se define por multidisciplinaridade, denuncia a dificuldade que as instituições formadoras ainda têm de aplicar e transferir o conhecimento sobre as ciências da funcionalidade humana. A presença ou ausência de doenças são apenas parte de um contexto que transforma ou contribui para mudanças nas funções do corpo, nas estruturas do corpo, nas atividades humanas e na participação social. Essa contribuição não é maior que a influência de fatores extrínsecos, chamados de “ambientais”, dos quais fazem parte a tecnologia disponível, as mudanças geográficas, o ambiente social e o acesso aos serviços, sistemas e políticas. Os artigos selecionados buscam avaliar a questão central sob diferentes óticas, incluindo a percepção dos fisioterapeutas, dos usuários (VIANA et al., 2003) e de outros profissionais de saúde (NOVAIS; BRITO, 2011). No entanto, não se avalia profundamente a visão dos gestores a cerca da atenção fisioterapêutica básica ou primária. Talvez isso ocorra, porque de fato, nos estabelecimentos públicos e privados do Brasil, perto de 90% dos estabelecimentos de Fisioterapia estão vinculados à atenção especializada, visto que esse é considerado um caminho natural. As conclusões da literatura vão na contramão da realidade (CASTRO; CIPRIANO JUNIOR; MARTIINHO, 2006), já que muitos autores consideram que a atuação do

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fisioterapeuta na atenção primária é perfeitamente possível (MACIEL et al., 2005), necessária e traz benefícios à população. Porém, mesmo os artigos que tentam descrever tal tipo de assistência ainda incorrem no paradigma do encaminhamento médico ao fisioterapeuta, entendendo que esse segundo profissional não é porta de entrada e continua trabalhando como atenção especializada mesmo dentro de um equipamento público da atenção primária. Dessa forma, as atribuições do fisioterapeuta na atenção primária precisam ficar mais claras, especialmente, para os gestores, e não apenas para os fisioterapeutas, para os acadêmicos de Fisioterapia, para outros profissionais da equipe, para os pesquisadores da área ou para os usuários do sistema público. Uma das formas de identificar as manifestações primárias ou o risco que os indivíduos de determinada comunidade têm de desenvolverem um problema de funcionalidade é a partir do uso da Classificação Internacional de Funcionalidade (ARAUJO, 2013), o que é perfeitamente possível num trabalho de interação entre fisioterapeutas e agentes comunitários (LOURES; SILVA, 2010). É possível identificar que a discussão sobre a atuação do fisioterapeuta na atenção primária ganhou força após os anos que sucederam as políticas voltadas à saúde da família (GAMA, 2010). Dessa forma, espera-se que outras formas metodológicas de abordar o tema possam ser desenvolvidas a partir de experiências mais concretas, tais como, estudos de casos, estudos ecológicos e estudos de coorte prospectivos. 5. CONCLUSÃO

P

ara que a população tenha acesso à saúde de forma integral, é necessário que fisioterapeutas e outros profissionais de saúde que trabalham com prevenção da incapacidade humana sejam de livre acesso na atenção primária, podendo fazer o diagnóstico do perfil de funcionalidade da população em geral, atingindo todo território de abrangência de cada unidade básica de saúde e 100% dos indivíduos cadastrados. Paralelamente, é necessário consolidar o conceito de manifestação primária como condições de saúde sem relação com doenças causadas por agentes biológicos. Ou seja, alterações funcionais e estruturais adicionadas ao impacto de todo o contexto na capacidade e no desempenho humano, com baixa complexidade e rápida resolubilidade, justificando a assistência efetiva dentro da rede básica de saúde.

REFERÊNCIAS ARAUJO, E.S. CIF: uma discussão sobre linearidade no modelo biopsicossocial. Revista Fisioterapia & Saúde Funcional, Fortaleza, v. 02, n. 01, p. 6-13, 2013.

CASTRO, S.S.; CIPRIANO JUNIOR, G.; MARTINHO, A. Fisioterapia no Programa de Saúde da Família: uma revisão e discussões sobre a inclusão. Fisioterapia em Movimento, Curitiba, v. 19, n. 04, p. 55-62, 2006.

CARNEIRO, L.C.; SANSON, J.R.; SILVA, M.L.B. Inclusão da Fisioterapia na Atenção Primária: experiência na Unidade Básica Rio Tavares, Florianópolis. Coleção Gestão da Saúde Pública, Florianópolis, n.10, 113-131, 2013.

COSTA, L.R. et al. Distribuição de fisioterapeutas entre estabelecimentos públicos e privados nos diferentes níveis de complexidade de atenção à saúde. Revista Brasileira de Fisioterapia, São Carlos, v. 16, n. 05, p. 422-430, 2012.

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FORMIGA, N.S.B.; RIBEIRO, K.S.Q.S. Inserção do fisioterapeuta na Atenção Básica: uma analogia entre experiências acadêmicas e a proposta dos Núcleos de Apoio à Saúde da Família (NASF). Revista Brasileira de Ciências da Saúde, João Pessoa, v. 16, n. 02, p. 113-122, 2012.

MACIEL, R.V. et al. Teoria, prática e realidade social: uma perspectiva integrada para o ensino de Fisioterapia. Fisioterapia em Movimento, Curitiba, v. 18, n. 01, p. 11-17, 2005. MOREIRA, M.D.; MOTA, H.B. Os caminhos da Fonoaudiologia no Sistema Único de Saúde – SUS. Revista CEFAC, São Paulo, v. 11, n. 03, P. 516-521, jul.-set., 2009.

GAMA, K.C.S.D. Inserção do fisioterapeuta no Programa de Saúde da Família. Revista Eletrônica da Fainor, Vitória da Conquista, v. 03, n. 01, p. 12-29, 2010.

NOVAIS, B.K.L.O.; BRITO, G.E.G. Percepções sobre o trabalho no fisioterapeuta na atenção primária. Revista APS, Juiz de Fora, v. 14, n. 04, p. 424-434, 2011.

LOURES, L.F.; SILVA, M.C.S. A interface entre o trabalho do agente comunitário de saúde e do fisioterapeuta na atenção básica à saúde. Ciência & Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v.15, n. 04, p. 2155-2164, 2010.

VIANA, S.O. et al. Fisioterapia na Atenção Primária: uma experiência de integração entre ensino, serviço de saúde e assistência à comunidade. Revista Brasileira de Fisioterapia, São Carlos, v. 07, n. 02, p. 159-165, 2003.

LUCAS, R.W.C. Fisioterapia: denominação inadequada para uma atuação profissional moderna. Conhecimento Interativo, São José dos Pinhais, v. 1, n. 1, p. 89-97, 2005.

Os caminhos da Fisioterapia no sistema de saúde brasileiro Eduardo Santana de Araujo Fisioterapeuta, Mestre e Doutor em Saúde Pública vinculado à Ordem dos Hospitaleiros Ortodoxos e à Faculdade Mario Schenberg Cotia, SP E-mail: edusantana@usp.br ARAUJO, E. S. de. Os caminhos da Fisioterapia no sistema de saúde brasileiro. Revista Espaço Científico Livre, Duque de Caxias, n. 21, p. 44-50, ago.-set., 2014.

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Os benefícios da implantação da virtualização em um servidor do IFCE campus Tianguá com o XenServer THE BENEFITS OF VIRTUALIZATION DEPLOYMENT ON A SERVER IFCE TIANGUÁ CAMPUS WITH XENSERVER

Antonio Arley Rodrigues da Silva Professor do Instituto Federal do Ceará (IFCE) - Campus Tianguá Tianguá, CE E-mail: arley@ifce.edu.br Willamys Gomes Fonseca Araújo Técnico em Informática do Instituto Federal do Ceará (IFCE) - Campus Tianguá Tianguá, CE E-mail: wilamys.araujo@ifce.edu.br Ângelo de Medeiros Lima Júnior Aluno do Curso Técnico em Informática no Instituto Federal do Ceará (IFCE) - Campus Tianguá Tianguá, CE E-mail: angelodemedeiros@mail.com SILVA, A. A. R. da; ARAÚJO, W. G. F.; LIMA JÚNIOR, A. de M. Os benefícios da implantação da virtualização em um servidor do IFCE campus Tianguá com o XenServer. Revista Espaço Científico Livre, Duque de Caxias, n. 21, p. 51-58, ago.set., 2014. RESUMO Este artigo visa apresentar a utilização da virtualização de servidores, bem como os benefícios da sua implantação. É demonstrado desde a configuração de hardware, software e serviços, utilizados anteriormente, até a nova solução, em que se faz uso do Citrix XenServer e do

Aplicativo Citrix XenCenter para auxiliar na administração e manutenção das máquinas virtuais instaladas. O estudo foi realizado no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará - IFCE, no Campus de Tianguá.

Palavras-chave: Virtualização. XenServer. Máquina Virtual. Servidor. Sustentabilidade. ABSTRACT The American researcher Philip H. Phenix developed a theory, "the theory of the meaning of human life," showing how a

particular theme can be structured to be presented with a degree of significance for the individual. Through the application of its

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"areas of significance", Phenix showed that a central theme of branches reaching issues of their own area of study, but also in other areas of knowledge, thereby interdisciplinarity. What we present in this article is a summary of his theory, which was called "the realm of meanings" and their contributions to teaching and learning and how through the application of free

software construction hyperbolic tree, the Xebece, the teacher can make a very simple way, the construction of hyperbolic tree of knowledge and thus realize that themes can be explored along with other teachers through interdisciplinary project, and students in order to make knowledge more meaningful to everyone.

Keywords: Structuring of knowledge. Map of knowledge. Hyperbolic tree.

1. INTRODUÇÃO

A

tualmente as organizações públicas e privadas, precisam alinhar as necessidades corporativas com suas estratégias de tecnologia da informação (TI). A definição de ferramentas ou softwares para o bom desempenho do negócio é crucial, pois as organizações sentem cada vez mais necessidade de alcançar seus objetivos com menos gastos ou esforços. A utilização de recursos computacionais está em crescente ascensão, sendo necessário que aja um planejamento correto para identificar quais tecnologias devem ser aplicadas para a geração de bons resultados (BURGER, 2012; MICROSOFT, 2012). Com o crescimento da utilização dos servidores nas empresas nos últimos anos, tem obrigado os servidores a desempenhar diversas funções diferentes, trazendo consigo mais gastos na aquisição de máquinas, peças, energia e manutenção, além de necessitar de um espaço físico maior. Desta maneira o setor de TI depara-se com um ambiente cada vez mais complexo, dificultando atender as necessidades dos usuários e da organização. Para dirimir este percalço, as empresas estão implantando a virtualização, o qual necessita de investimento em hardware e software, mas em curto prazo, estes investimentos são contornados por conta da diminuição na manutenção dos servidores físicos, melhor aproveitamento dos recursos computacionais e uma série de economias, em especial a energia e espaço. Portanto, a virtualização de servidores faz um melhor uso dos recursos, racionalizando os serviços de manutenção e obtendo uma maior eficiência (MICROSOFT, 2012). Uma pesquisa realizada em 2013, que entrevistou mais de 750 executivos de todo o mundo, revelou que cerca de 40% das empresas devem virtualizar entre 51% e 75% de seus servidores ao longo dos próximos 24 meses. Isso mostra que apesar da empresa ter um custo maior para implantar a técnica de virtualização, ao analisar o custo-benefício dos anos que se seguem, em curto prazo fica claro o retorno economicamente positivo à empresa e o aumento da eficiência (CANALTECH, 2013). Analisando mais a fundo chega-se a definição que, segundo Tanembaum (2010), a virtualização consiste em uma técnica de combinar ou dividir recursos de uma máquina para executar um ou mais sistemas, ocultando as características de hardware e como as aplicações utilizam estes recursos computacionais. Esta ocultação ou abstração é possível através do provimento de um hardware virtual para cada um dos sistemas, que são instalados em máquinas virtuais. Assim uma máquina real pode realizar o trabalho de várias outras, de forma transparente ao usuário, ocupando menos espaço físico, promovendo redução do consumo de energia e de refrigeração.

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Neste trabalho será discutido o processo de implantação da virtualização nos servidores do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE) no Campus de Tianguá e apresentar os benefícios apresentados depois da implantação da técnica de virtualização. 2. REFERENCIAL TEÓRICO

S

egundo Carissimi (2008), a virtualização de servidores nada mais é do que uma tecnologia que auxilia sistemas operacionais (SOs) de plataformas diferentes a beneficiar-se do mesmo hardware e com capacidade de executar vários SOs simultaneamente, de forma independente, ou seja, sem que um SO interfira no funcionamento do outro. Para fazer a virtualização é necessário haver a Virtual Machine Monitor (VMM), mais conhecido como hypervisor, que age como um intermediário entre as máquinas virtuais e o hardware real. A VMM tem o controle dos recursos da máquina real, os quais são compartilhados pelas máquinas virtuais, tais como: processadores, dispositivos de entrada/saída, memória e armazenamento (MATTOS, 2008). A implementação de monitores de máquinas virtuais (Virtual Machine Monitor - VMM) pode ser realizada através de duas formas: virtualização total e paravirtualização. Na virtualização total a VMM cria uma cópia virtual do hardware, fazendo com que os SO's “pensem” que estão sendo executados diretamente no hardware real. Já na paravirtualização, para que o SO possa ser executado, é necessário modificá-lo, obrigando-o a acessar os dispositivos de hardware através de drivers da VMM (CARISSIMI, 2008). A motivação para utilizar VMs, reside na possibilidade delas trabalharem de maneira independente, permitindo a execução de forma simultânea vários SOs diferentes na mesma máquina real, cada um com suas aplicações e serviços particulares (TOSADORE, 2012). Existem vários tipos de VMM no mercado. O XenServer é uma VMM criada em 2003 pela Universidade de Cambridge e adquirida pela empresa Citrix em 2007. O XenServer é uma VMM do tipo híbrida, funcionando como uma fina camada entre o hardware e o SO, com suporte a virtualização total e a paravirtualização. Na virtualização total a máquina real deve possuir processador compatível com a tecnologia de virtualização, já na paravirtualização, é necessário que o SO permita a modificação do seu núcleo (kernel), para que possa usufruir dos serviços fornecidos pelo XenServer (CARDOSO, FERREIRA, SANTOS, 2010; FRANCO, 2010). O XenServer pode ser acessado diretamente do servidor, através da rede interna ou através da internet (se houver IP público). Quando o acesso é realizado pela rede, é utilizado o aplicativo XenCenter, que pode ser instalado em um computador com o SO Windows. O XenCenter solicita o endereço IP, login e senha, para fazer a conexão com o servidor (SILVA, 2014). Todo o procedimento de criação e gerenciamento das VMs é feito por interface gráfica com o XenCenter. Também é possível, com o XenCenter, obter informações das VMs como: processador, memória utilizada, disco rígido, interfaces de rede, tempo de atividade do servidor; além de acessar funções de backup, restauração, ligar, desligar, reiniciar, e acessar a interface da máquina virtual (BRUMATE, 2010; MATHEWS et al, 2008).

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3. AMBIENTE SEM VIRTUALIZAÇÃO

N

o contexto inicial, o IFCE campus de Tianguá possuía uma infraestrutura composta por duas máquinas (PCs) que proviam os serviços de proxy, DHCP, DNS, compartilhamento de arquivos (SAMBA) e Servidor de aplicação (Apache, MySQL, PHP), de acordo com a Tabela 1. Tabela 1 – Configurações de Hardware e Software das máquinas antes da virtualização Sistema Operacional

VCPUs

Memória RAM

Disco Rígido (HD)

Debian 6 – Discentes

2

2048 MB

500 GB

Debian 6 – Docentes

2

2048 MB

500 GB

Serviços Proxy, Samba, cache de pacotes .deb, DNS, DHCP Samba, LAMP (Linux, Apache, MySQL e PHP), cache de pacotes .deb, DNS, DHCP

Fonte: Setor de TI – IFCE-Campus Tianguá Essa disposição de hardware e serviços atendia de certa forma as necessidades da instituição, porém havia alguns pontos falhos. Dos quais podemos ressaltar: ocupação de espaço físico, consumo de energia, manutenção, desempenho de hardware (processamento e armazenamento), tolerância a falhas, backup e recuperação, centralização de servidores. 4. IMPLANTAÇÃO DA VIRTUALIZAÇÃO

P

ara o estudo e implantação de um servidor virtualizado, foi utilizado o servidor do IFCE Campus Tianguá. A máquina cedida para o procedimento tem como função gerenciar toda a rede e aplicativos do Campus, e possui as seguintes configurações:      

Marca: HP Modelo: Proliant ML350p Gen8 Processador: 1 x Intel(R) Xeon(R) CPU ES-2620 2.0GHz Núcleos de Processamento: 12 Memória RAM: 16 GB DDR3 Disco Rígido: 1 x HD de 500 GB

No servidor foi instalado a ferramenta de virtualização XenServer 6.1.0, da Citrix Systems, Inc., e criadas três máquinas virtuais, para prover os mesmos serviços que eram oferecidos antes da virtualização. O XenServer foi implantado através da paravirtualização. A descrição de cada VM é detalhada na Tabela 2.

54


Tabela 2 – Configurações de Hardware e Software das máquinas antes da virtualização Sistema Operacional

VCPUs

Memória RAM

Disco Rígido (HD)

pfSense 4.1

3

3072 MB

25 GB

Debian 7

4

2048 MB

200 GB

Ubuntu 12.04

2

2048 MB

15 GB

Total

9

7168 MB 240 GB Fonte – Setor de TI – IFCE-Campus Tianguá

Serviços Proxy, Firewall, DHCP, DNS, Captive Portal Samba LAMP (Linux, Apache, MySQL e PHP) -

Ainda de acordo com a Tabela 2, as VMs provêm serviços diferentes e foi instalado um SO diferente em cada VM. Na primeira máquina virtual foi instalado o pfSense, baseado no FreeBSD, que tem a função de gerenciar toda a rede do Campus com serviços de Proxy, Firewall, DHCP, DNS, controle de usuários (Captive Portal), etc. A VM com o Debian utiliza o Samba para compartilhamento dos arquivos do setor de TI e dos professores, que ficam disponíveis na rede interna e na internet. Os arquivos da TI são essenciais no suporte e manutenção dos computadores do Campus. Os professores usam o servidor para disponibilizar arquivos para os alunos, referentes às disciplinas lecionadas. A máquina virtual com o Ubuntu instalado, mantém um servidor web (LAMP), com o Apache, MySQL e PHP, que são necessários para rodar dois sistemas web desenvolvidos no próprio Campus na linguagem PHP (Sistema de Almoxarifado e o Sistema de Ordem de Serviço). A Figura 1 apresenta a disposição das máquinas virtuais através do XenCenter que está acessando o servidor em estudo.

Figura 1 – XenServer sendo acessado pelo XenCenter e mostrando as VMs instaladas 5. RESULTADOS E DISCUSSÕES

E

ssa nova disposição da utilização dos recursos de hardware e software do campus, culminou na diminuição significativa no consumo de energia, refrigeração e redução do espaço físico ocupado. Esta economia foi possível

55


porque o servidor adquirido substitui as duas máquinas utilizadas anteriormente, oferecendo os mesmos serviços. Outros benefícios observados envolve a recuperação de desastres e envolve a redução de manutenção, tolerância a falhas, backup e recuperação. As máquinas virtuais gerenciadas pelo XenServer possuem features, que permitem backup e recuperação em minutos. Isso é possível através do uso de snapshots, que são arquivos de estado, dados de disco e configuração de uma máquina virtual em um ponto especifico do tempo. Dessa forma, ao haver uma falha por causa de atualização ou perda de dados, por exemplo, pode ser revertido para uma versão previamente salva, sem afetar as outras máquinas virtuais em funcionamento. A virtualização também proporcionou um melhor uso dos recursos de hardware, pois é possível configurar a quantidade de núcleos de processamento, quantidade de memória RAM e tamanho do disco rígido para cada VM. Estas configurações podem ser facilmente modificadas, de acordo com a necessidade de cada máquina, proporcionando um ambiente computacional adaptável, sem a necessidade de aquisição de novas máquinas. Também possibilita separar serviços em várias máquinas virtuais, como exemplo o Samba, que antes concorria por uso de processamento e memória com outros serviços e agora detém uma máquina própria. A flexibilidade de alocação dos recursos de hardware permite com que a equipe de TI possa defini-los de uma forma mais eficiente. Desta forma serão alocados apenas os recursos que são realmente necessários para cada máquina, permitindo com que sejam deixados recursos de reserva, para serem utilizados quando as máquinas já criadas precisarem ou para implantação de novas máquinas virtuais. A tabela 3 mostra os principais recursos de hardware do servidor, que são as unidades de processamento (VCPUs), memória RAM e HD. Ainda na tabela tem as informações da quantidade de cada recurso foi alocado para as máquinas virtuais e quanto ficou ocioso. É claramente visível que para manter as três máquinas funcionando, é necessário um pouco mais da metade dos recursos disponíveis, possibilitando com que o servidor disponha de recursos para ampliação dos serviços oferecidos e de serviços que possam ser implementados a partir das necessidades da Instituição, sem que aja a necessidade de aquisição de novos equipamentos. A memória RAM foi o hardware menos utilizado, já que as aplicações utilizadas no servidor não demandam grandes quantidades de memória RAM. Tabela 3 – Configurações de Hardware e Software das máquinas antes da virtualização Máquina

VCPUs

Memória RAM

Disco Rígido (HD)

Servidor (Máquina 12 16349 MB 457,7 GB Real) Máquinas Virtuais 7 7168 MB 240,0 GB Não utilizado 5 9181 MB 217,7 GB Fonte – Setor de TI – IFCE-Campus Tianguá A máquina virtual com o pfSense instalado é a mais utilizada, pois fornece a internet para todo o Campus e mantém serviços como o DHCP, DNS, Proxy e relatórios de acessos. Mesmo utilizando um pouco mais da metade dos recursos de hardware, estes ainda não são totalmente utilizados. Conforme a figura 2, apenas 17% da

56


capacidade das CPUs está sendo utilizada. A VM com o pfSense está usando 68% das 3 CPUs alocadas, enquanto que as outras duas VMs tem uma utilização esporádica, ficando na maioria do tempo com 0%.

Figura 2 – Utilização dos recursos de hardware pelas três VMs instaladas no Servidor A centralização das máquinas virtuais também facilita a manutenção do servidor, seja em hardware ou software, e está entre um dos maiores benefícios, de acordo com os profissionais de TI do IFCE Campus Tianguá 6. CONCLUSÃO comum encontrarmos equipamentos subutilizados e ocupando grandes porções da infraestrutura física nas empresas, e a virtualização surgiu como um importante meio para otimizar os recursos disponíveis e reduzir custos. A implantação desta tecnologia em servidores busca intensificar o uso de máquinas potentes, que tem recursos computacionais ociosos, e exigir o máximo de desempenho destas, combinando ou dividindo seus recursos para executar um ou mais sistemas operacionais e seus serviços.

É

A implantação da virtualização no IFCE Campus Tianguá resultou em vários impactos positivos, principalmente em relação à economia de energia elétrica e aquisição de novas máquinas, melhor utilização dos recursos, centralização dos servidores, tolerância a falhas e melhor manutenção. O XenServer mostrou-se uma ferramenta fundamental para a implantação da virtualização, pois é de fácil instalação e auxilia no gerenciamento do servidor, através do aplicativo XenCenter. A capacidade de executar vários SOs de plataformas diferentes, ao mesmo tempo, consolida a implantação da virtualização em ambientes corporativos, em especial nas Instituições Públicas de Ensino. Este trabalho é de grande valia para Instituições de Ensino que necessitam de diversos serviços, instalados em ambientes diferentes e que desejam mantê-los de forma sustentável.

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TOSADORE, R. A. Virtualização: Alta Disponibilidade. 2012. Monografia. Faculdade POLITEC, Santa Bárbara d’Oeste, SP, 2012, 91p Disponíve em: <http://grsecurity.com.br/apostilas/Virtualiza cao/TCC-Virtualizacao-RafaelTosadore2012.pdf >. Acesso em 01 maio 2014.

MATTOS, Diogo M. F. Virtualização: VMWare e Xen. GTA, POLI, UFRJ, 2008. MATHEWS, Jeanna N. et al. Executando o Xen: Um Guia Prático para a Arte da

Os benefícios da implantação da virtualização em um servidor do IFCE campus Tianguá com o XenServer Antonio Arley Rodrigues da Silva Professor do Instituto Federal do Ceará (IFCE) - Campus Tianguá Tianguá, CE E-mail: arley@ifce.edu.br Willamys Gomes Fonseca Araújo Técnico em Informática do Instituto Federal do Ceará (IFCE) - Campus Tianguá Tianguá, CE E-mail: wilamys.araujo@ifce.edu.br Ângelo de Medeiros Lima Júnior Aluno do Curso Técnico em Informática no Instituto Federal do Ceará (IFCE) - Campus Tianguá Tainguá, CE E-mail: angelodemedeiros@mail.com SILVA, A. A. R. da; ARAÚJO, W. G. F.; LIMA JÚNIOR, A. de M. Os benefícios da implantação da virtualização em um servidor do IFCE campus Tianguá com o XenServer. Revista Espaço Científico Livre, Duque de Caxias, n. 21, p. 51-58, ago.set., 2014.

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EVENTOS ACADÊMICOS: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E SAÚDE IV SIMPÓSIO ACADÊMICO DE BIOLOGIA MARINHA De 18 a 23 de agosto de 2014. Local: Tramandaí, RS. Saiba mais em: http://www.sabmar.com.br/

VII SIMPÓSIO DE PROCESSO DE ENFERMAGEM DE HCPA De 25 a 26 de agosto de 2014. Local: Porto Alegre, RS. Saiba mais em: http://www.hcpa.ufrgs.br/content/view/6930/927/

INTERNATIONAL CONGRESS OF AESTHETIC DERMATOLOGY HEALTHY AGING MEDICINE De 28 a 30 de agosto de 2014. Local: São Paulo, SP. Saiba mais em: http://www.informagroup.com.br/site/hotsite_ibc.asp?IdEvento=470

SIMPÓSIO INTERNACIONAL DE CÂNCER DE PRÓSTATA De 29 a 30 de agosto de 2014. Local: São Paulo, SP. Saiba mais em: iep@hsl.org.br

XXI SIMPÓSIO & XII ENCONTRO DE EX-ALUNOS DE FISIOTERAPIA DA UFSCAR De 01 a 03 de setembro de 2014. Local: São Carlos, SP. Saiba mais em: http://www.simposiodefisioterapia.ufscar.br/

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XVII SIMPÓSIO INTERNACIONAL DE FISIOTERAPIA RESPIRATÓRIA E FISIOTERAPIA EM TERAPIA INTENSIVA De 03 a 06 de setembro de 2014. Local: Salvador, BA. Saiba mais em: http://www.sifr.com.br/

4º CONGRESSO BRASILEIRO DE SAÚDE MENTAL De 04 a 07 de setembro de 2014. Local: Manaus, AM. Saiba mais em: http://www.congresso2014.abrasme.org.br/

14º SENADEn - SEMINÁRIO NACIONAL DE DIRETRIZES PARA EDUCAÇÃO EM ENFERMAGEM De 06 a 08 de setembro de 2014. Local: Maceió, AL. Saiba mais em: http://www.abeneventos.com.br/14senaden/

9º SIMPÓSIO INTERNACIONAL DE ESTERILIZAÇÃO E CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR De 17 a 20 de setembro de 2014. Local: São Paulo, SP. Saiba mais em: http://www.sobecc.org.br/

XXIII CONGRESSO BRASILEIRO DE NUTRIÇÃO / V CONGRESSO IBEROAMERICANO DE NUTRIÇÃO / III SIMPÓSIO IBERO-AMERICANO DE NUTRIÇÃO ESPORTIVA / II SIMPÓSIO IBERO-AMERICANO DE NUTRIÇÃO EM PRODUÇÃO DE REFEIÇÕES / II SIMPÓSIO IBERO-AMERICANO DE NUTRIÇÃO CLÍNICA De 17 a 20 de setembro de 2014. Local: Vitória, ES. Saiba mais em: http://www.conbran.com.br/

9º SIMPÓSIO INTERNACIONAL DE ESTERILIZAÇÃO E CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR De 17 a 20 de setembro de 2014. Local: São Paulo, SP. Saiba mais em: http://www.sobecc.org.br/

II CONGRESS OF THE BRAZILIAN ASSOCIATION OF PHARMACEUTICAL SCIENCES De 24 a 27 de setembro de 2014. Local: Búzios, RJ. Saiba mais em: http://www.abcfarm.org.br/anoticia.php?id=109&n=2

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XVIII CONGRESSO FARMACÊUTICO DE SÃO PAULO – X SEMINÁRIO INTERNACIONAL DE FARMACÊUTICOS & EXPOFAR 2015 De 26 a 29 de setembro de 2014. Local: São Paulo - SP Saiba mais em: http://portal.crfsp.org.br/congresso

SIMPÓSIO INTERNACIONAL DE CIÊNCIAS DO ESPORTE De 02 a 04 de outubro de 2014. Local: São Paulo, SP. Saiba mais em: http://www.simposiocelafiscs.org.br/

II CONGRESSO MULTIDISCIPLINAR DO INSTITUTO DO CÂNCER DO HOSPITAL MÃE DE DEUS Em 10 e 11 de outubro de 2014. Porto Alegre, RS. Saiba mais em: http://www.icmd2014.com.br/php/index.php

XIV CONGRESSO BRASILEIRO DE ENFERMAGEM E IX JORNADA DE ENFERMAGEM ONCOLÓGICA Em 16 e 17 de outubro de 2014. Local: Rio de Janeiro, RJ. Saiba mais em: https://inscricaoonline.inca.gov.br/ie_eventos/eventos_hotsite.asp?id=1944&ID_IDIOM A=1

IV CONGRESSO DE FARMÁCIA HOSPITALAR EM ONCOLOGIA DO INCA De 30 de outubro a 1º de novembro de 2014. Rio de Janeiro, RJ. Saiba mais em: http://www.regencyeventos.com.br/evento/index.php?cod_eventos=49&cod_conteudos =311

III CONGRESSO BRASILEIRO DE NUTRIÇÃO ONCOLÓGICA DO INCA / VI JORNADA INTERNACIONAL DE NUTRIÇÃO ONCOLÓGICA / V JORNADA LUSOBRASILEIRA EM NUTRIÇÃO ONCOLÓGICA De 31 de outubro a 1º de novembro de 2014. Local: Salvador, BA. Saiba mais em: http://www.abmeventos.org.br/evento/iii-congresso-brasileiro-denutricao-oncologica-do-inca/index.cfm

1ª JORNADA DE FÍSICA MÉDICA E DO PROGRAMA DE RESIDÊNCIA EM FÍSICA MÉDICA DO INCA Em 07 e 08 de novembro de 2014. Local: Rio de Janeiro, RJ. Saiba mais em: https://inscricaoonline.inca.gov.br/ie_eventos/eventos_hotsite.asp?id=1843&ID_IDIOM A=1

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EVENTOS ACADÊMICOS: CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA SIMPÓSIO LATINO AMERICANO DE CANOLA - SLAC De 19 a 21 de agosto de 2014. Local: Passo Fundo, RS. Saiba mais em: http://www.cnpt.embrapa.br/eventos/2013/slac/index.html

MESTRADO EM BIOINFORMÁTICA/UFPR Inscrições até 20 de agosto de 2014. Saiba mais em: http://www.bioinfo.ufpr.br/

MESTRADO EM FÍSICA/UFRGS Inscrições no EUF: até 29/08/2014 Inscrições no PPGFís: de 29 outubro a 27 de novembro de 2014. Saiba mais em: http://www.if.ufrgs.br/posfis/index.php/br/

5º ENCONTRO NACIONAL DE APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA De 01 a 05 de setembro de 2014. Local: Belém, PA. Saiba mais em: http://www.ufal.edu.br/ppgecim/eventos-1/5o-encontro-nacional-deaprendizagem-significativa

MESTRADO PROFISSIONAL EM MATEMÁTICA – PROFMAT/UFRR Inscrições até 05 de setembro de 2014. Saiba mais em: https://ena.profmat-sbm.org.br/first.php

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XXXV CONGRESSO NACIONAL DE MATEMÁTICA APLICADA E COMPUTACIONAL De 08 a 12 de setembro de 2014. Local: Natal, RN. Saiba mais em: http://cnmac.com.br/node/15

COBRAMSEG 2014: XVII CONGRESSO BRASILEIRO DE MECÂNICA DOS SOLOS E ENGENHARIA GEOTÉCNICA; VII CONGRESSO LUSO-BRASILEIRO DE GEOTECNIA; VI SIMPÓSIO BRASILEIRO DE MECÂNICA DAS ROCHAS; VI SIMPÓSIO BRASILEIRO DE JOVENS GEOTÉCNICOS De 09 a 13 de setembro de 2014. Local: Goiânia, GO. Saiba mais em: http://www.qeeventos.com.br/qeeventos/site/cobramseg-2014.aspx

XXIX SIMPÓSIO BRASILEIRO DE BANCOS DE DADOS (SBBD 2014) & XI SIMPÓSIO BRASILEIRO DE SISTEMAS COLABORATIVOS De 06 a 09 de outubro de 2014. Local: Curitiba, PR. Saiba mais em: http://www.inf.ufpr.br/sbbd-sbsc2014/sbbd/index.htm

XXIV SEMANA DA COMPUTAÇÃO De 06 a 10 de outubro de 2014. Local: São José do Rio Preto, SP Saiba mais em: http://www.semac.sjrp.unesp.br/index.php?page=principal

X SIMPÓSIO NACIONAL DE GEOMORFOLOGIA De 18 a 23 de outubro de 2014. Local: Manaus, AM. Saiba mais em: http://www.sinageo.org.br/index2.php

XX CONGRESSO BRASILEIRO DE ENGENHARIA QUÍMICA De 19 a 22 de outubro de 2014. Local: Florianópolis, SC. Saiba mais em: http://www.cobeq2014.com.br/

CONGRESSO BRASILEIRO DE ENGENHARIA E CIÊNCIAS DOS MATERIAIS De 09 a 13 de novembro de 2014. Local: Cuiabá, MT. Saiba mais em: http://www.cbecimat.com.br/

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EVENTOS ACADÊMICOS: CIÊNCIAS SOCIAIS E HUMANAS SEMANA DOS POVOS INDÍGENAS De 26 a 28 de agosto de 2014. Local: Boa Vista, RR. Saiba mais em: http://ufrr.br/povosindigenas/

4º PRÊMIO FOTOGRAFIA-CIÊNCIA & ARTE 2014 Até 29 de agosto de 2014. Saiba mais em: http://www.premiofotografia.cnpq.br/

MESTRADO DE PRODUÇÃO DE PRODUÇÃO CINEMATOGRÁFICA NO INSTITUTO MASTERS OF FINE ARTS (MFA) DOS EUA Inscrições até 31 de agosto de 2014. Saiba mais em: http://www.fulbright.org.br/

19º CONGRESSO INTERNACIONAL DE DIREITO PENAL De 31 de agosto a 06 de setembro de 2014. Local: Rio de Janeiro, RJ. Saiba mais em: http://aidp2014.org/

PRÊMIOS BENCHIMOL E BANCO DA AMAZÔNIA Inscrições até 05 de setembro de 2014. Saiba mais em: http://www.amazonia.mdic.gov.br/index

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CINECLUBE DA CASA DA CIÊNCIA/UFRJ: “CABRA MARCADO PARA MORRER”, DE E. COUTINHO Em 06 de setembro de 2014. Saiba mais em: http://cineclubecienciaemfoco.blogspot.com.br

CONBRAD - CONGRESSO BRASILEIRO DE ADMINISTRAÇÃO De 09 a 12 de setembro de 2014. Local: Maringá, PR. Saiba mais em: http://www.conbrad.com.br/institucional.php

2º SIMPÓSIO INTERNACIONAL DE HISTÓRIA PÚBLICA De 10 a 12 de setembro de 2014. Local: Niterói, RJ. http://simposio2014.historiapublica.com.br/

XII CONGRESSO INTERNACIONAL DE TECNOLOGIA NA EDUCAÇÃO De 17 a 19 de setembro de 2014. Local: Recife, PE. Saiba mais em: http://www.pe.senac.br/ascom/congresso/index.asp

1º CONGRESSO NACIONAL DE EDUCAÇÃO De 18 a 20 de setembro de 2014. Local: Campina Grande, PB. Saiba mais em: http://www.conedu.com.br/

7ª SEMANA DE LETRAS De 22 a 26 de setembro de 2014. Local: Maceió, AL. Saiba mais em: http://www.petletrasufal.com/#%21sobre-1/c115b

XVII ENCONTRO NACIONAL DE DIDÁTICA E PRÁTICA DE ENSINO De 10 a 14 de novembro de 2014. Local: Fortaleza, CE. Saiba mais em: http://www.uece.br/eventos/xviiendipe/

XVII ENDIPE – ENCONTRO NACIONAL DE DIDÁTICA E PRÁTICA DE ENSINO De 11 a 14 de novembro de 2014. Local: Fortaleza, CE. Saiba mais em: http://endipe.pro.br/site/xvii-endipe2014/

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