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ESPAÇO CIENTÍFICO
ISSN 2236-9538 BRASIL, N.23, DEZ.-JAN., 2014-2015
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Este curso tem como objetivo fornecer conhecimentos técnicos e científicos em relação a possíveis dúvidas sobre medicamentos referência, similar e genérico. Para um atendimento de qualidade na dispensação de medicamentos. Além da teoria, este curso apresenta exemplos práticos. Ideal para estudantes e profissionais.
SOBRE O AUTOR DOS CURSOS: Verano Costa Dutra - Farmacêutico e Mestre em Saúde Coletiva pela Universidade Federal Fluminense, possui também habilitação em homeopatia – Editor da Revista Espaço Científico Livre
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SUMÁRIO EDITORIAL
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ARTIGOS Efeito Homeopático e Larvicida do Óleo Essencial de Cymbopogon nardus contra o Aedes aegypti Por Francisco Martinelli Bergamaschi, Giorgia Gomes Pereira e Maurílio Parente Brandão Barbosa
27
A centralidade urbana em Petrópolis Por Aramis Cortes de Araujo Junior
43
Árvore Geradora de Custo Mínimo: estudo e aplicação do algoritmo de Prim Por Carlos Estevão Bastos Sousa
68
Uma Nova Proposta Para o Ensino da Disciplina de Programação Orientada a Objetos nas Escolas Estaduais de Educação Profissional do Ceará Por Rhyan Ximenes de Brito, Francisco Célio da Silva Santiago e Janaide Nogueira de Sousa
76
EVENTOS ACADÊMICOS
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NORMAS PARA PUBLICAÇÃO
108
BRASIL, N.23, DEZ.-JAN., 2014-2015 ISSN 2236-9538/ CNPJ 16.802.945/0001-67
EDITORIAL Saudações leitores... Nesta edição continuamos com a nossa proposta de divulgação científica, o periódico está disponível on line desde abril de 2011, com esta edição já publicamos 143 artigos, as edições estão disponíveis para leitura gratuita no portal de publicações digitais ISSUU <http://issuu.com/rev_espaco_cientifico_livre> ou no Blog Espaço Científico Livre <http://espacocientificolivre.blogspot.com.br>. A Revista Espaço Científico Livre aceita constantemente artigos científicos para submissão, os trabalhos enviados são avaliados pelo Conselho Editorial e não custo para a publicação. Saiba mais em espacocientificolivre@yahoo.com.br Desejo a todos boas festas, Verano Costa Dutra Editor da Revista Espaço Científico Livre A Revista Espaço Científico Livre é uma publicação independente, a sua participação e apoio são fundamentais para a continuação deste projeto. O download desta edição terá um valor simbólico de R$ 12,99*, para contribuir com a sustentabilidade da publicação. No entanto, a leitura online continuará sendo gratuita e continuará com o compromisso de promover o conhecimento científico. *O valor pode ser alterado sem aviso prévio.
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CONSELHO EDITORIAL Claudete de Sousa Nogueira Graduação em História; Especialização em Planejamento, Implementação e Gestão Educação a Distância; Mestrado em História; Doutorado em Educação; Professor Assistente Doutor da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (UNESP). Davidson Araújo de Oliveira Graduação em Administração; Especialização em Gestão Escolar, Especialização em andamento em: Marketing e Gestão Estratégica, em Gerenciamento de Projetos, e em Gestão de Pessoas; Mestrado profissionalizante em andamento em Gestão e Estratégia; Professor Substituto da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ). Ederson do Nascimento Graduação em Geografia Licenciatura e Bacharelado; Mestrado em Geografia; Doutorado em andamento em Geografia; Professor Assistente da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS). Edilma Pinto Coutinho Graduação em Engenharia Química; Especialização em Engenharia de Segurança do Trabalho; Mestrado em Ciência e Tecnologia de Alimentos; Doutorado em Engenharia de Produção; Professor Adjunto da Universidade Federal da Paraíba (UFPB). Francisco Gabriel Santos Silva Graduação em Engenharia Civil; Especialização em Gestão Integrada das Águas e Resíduos na Cidade; Mestrado em Estruturas e Construção Civil; Doutorado em andamento em Energia e Ambiente; Professor Assistente 2 da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB). Ivson Lelis Gama Doutorado em Química Orgânica pela Universidade Federal Fluminense, Pres. do NDE da Faculdade de Farmácia-FACIDER da Faculdade de Colider. Jacy Bandeira Almeida Nunes Graduação em Licenciatura em Geografia; Especialização: em Informática Educativa, em Planejamento e Prática de Ensino; em Planejamento e Gestão de Sistemas de EAD; Mestrado em Educação e Contemporaneidade; Professor titular da Universidade do Estado da Bahia (UNEB). Joseane Almeida Santos Nobre Graduação em Nutrição e Saúde; Mestrado em Ciência da Nutrição (Professor da Faculdade Integrada Metropolitana de Campinas (METROCAMP). Josélia Carvalho de Araújo Graduação em Geografia - Licenciatura; Graduação em Geografia - Bacharelado; Mestrado em Geografia; Doutorado em andamento em Geografia; Professora Assistente II da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN). Juliana Teixeira Fiquer Graduação em Psicologia; Especialização em Formação em Psicanálise; Mestrado em Psicologia (Psicologia Experimental); Doutorado em Psicologia Experimental; Pós-Doutorado; Atua no Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas de São Paulo.
Kariane Gomes Cezario Graduação em Enfermagem; Mestrado em Enfermagem; e Doutorado em andamento em Enfermagem.
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CONSELHO EDITORIAL CONSELHO EDITORIAL Livio Cesar Cunha Nunes Graduação em Farmácia; Graduação em Indústria Farmacêutica; Mestrado em Ciências Farmacêuticas; Doutorado em Ciências Farmacêuticas; e Pós-Doutorado. Kariane Gomes Cezario Graduação em Enfermagem; Mestrado em Enfermagem; Doutorado em andamento em Enfermagem; Professora assistente I do Centro Universitário Estácio do Ceará. Livio Cesar Cunha Nunes Graduação em Farmácia; Graduação em Indústria Farmacêutica; Mestrado em Ciências Farmacêuticas; Doutorado em Ciências Farmacêuticas; Pós-Doutorado; Professor Adjunto da Universidade Federal do Piauí. Márcio Antonio Fernandes Duarte Graduação em Licenciatura Em Ciências; Graduação em Comunicação Social Publicidade e Propaganda; Mestre em em design, pela FAAC-Unesp; Professor da Faculdade de Ensino Superior do Interior Paulista (FAIP). Maurício Ferrapontoff Lemos Graduação em Engenharia de Materiais; Mestrado em Engenharia de Minas, Metalúrgica e de Materiais; Doutorado em andamento em Engenharia Metalúrgica e de Materiais; Pesquisador Assistente de Pesquisa III do Instituto de Pesquisas da Marinha. Messias Moreira Basques Junior Graduação em Ciências Sociais; Mestrado em Antropologia Social; Professor substituto da UFSCAR. Osvaldo José da Silveira Neto Graduação em Medicina Veterinária; Especialização em Defesa Sanitária Animal; Mestrado em Ciência Animal; Doutorado em andamento em Ciência Animal; Professor de Ensino Superior, Classe III da Universidade Estadual de Goiás (UEG). Raquel Tonioli Arantes do Nascimento Graduação em Pedagogia; Especialização em Psicopedagogia; Doutorado em andamento em Neurociência do Comportamento; Professor Titular da Universidade Presbiteriana Mackenzie. Reinaldo Monteiro Marques Graduação em Educação Física; Graduação em Pedagogia; Graduação em Fisioterapia; Especialização: em Técnico Desportivo de Especialização em Voleibol, em Técnico Desportivo de Especialização em Basquetebol, em Fisioterapia Desportiva; Mestrado em Odontologia; Doutorado em Biologia Oral; Coordenador Aperfeiçoamento Fisio Esportiva da Universidade do Sagrado Coração. Richard José da Silva Flink Graduação em Engenharia Quimica; Especialização em: Engenharia de Açúcar e Álcool, em Administração de Empresas, em em Engenharia de Produção; Mestrado em Engenharia Industrial; Doutorado em Administração de Empresas; Atua no Instituto de Aperfeiçoamento Tecnológico. Verano Costa Dutra Farmacêutico Industrial; Habilitação em Homeopatia; Mestrado em Saúde Coletiva.
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COLABORADORES EDIÇÃO COLABORADORES DESTA EDIÇÃO EQUIPE REVISTA ESPAÇO CIENTÍFICO LIVRE
Verano Costa Dutra Editor e revisor – Farmacêutico, com habilitação em Homeopatia e Mestre em Saúde Coletiva pela UFF – espacocientificolivre@yahoo.com.br Monique D. Rangel Dutra Editora da Espaço Científico Livre Projetos Editoriais - Graduada em Administração na UNIGRANRIO Verônica C.D. Silva Revisão - Pedagoga, Pós-graduada em Gestão do Trabalho Pedagógico: Orientação, Supervisão e Coordenação pela UNIGRANRIO
AUTORES Aramis Cortes de Araujo Junior Geógrafo, Doutorando em Geografia na Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), Professor do Instituto Federal do Espírito Santo (IFES)
Giorgia Gomes Pereira Farmacêutica e Profª da Escola Superior São Francisco de Assis. Especialista em Homeopatia e em Supervisão Escolar e Formação de Formadores
Carlos Estevão Bastos Sousa Graduado em Sistemas de Informação pela Faculdade Ieducare (FIED)
Janaide Nogueira de Sousa Bacharel em Sistema de Informação
Francisco Célio da Silva Santiago Pedagogo Francisco Martinelli Bergamaschi Farmacêutico Generalista. Especialista em Análises Clínicas
Maurílio Parente Brandão Barbosa Farmacêutico Generalista. Habilitado em Homeopatia Rhyan Ximenes de Brito Bacharel em Ciências da Computação
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LEIA E BAIXE GRATUITAMENTE O LIVRO DIGITAL O ARQUITETO EM FORMAÇÃO NA ERA DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL OS NOVOS PARADIGMAS DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL NO ENSINO DA ARQUITETURA E URBANISMO
de Cátia dos Santos Conserva O desenvolvimento traz ao mundo, além de conforto e comodidade, danos muito sérios ao meio ambiente pela maneira displicente pela qual fazemos usos dos recursos da terra. O Brasil, inserido em um mundo em pleno desenvolvimento, enfrenta o desafio de educar sua população para formar cidadãos comprometidos com a sustentabilidade em seus aspectos social, econômico e ambiental. Com a Revolução Industrial e o crescimento das cidades, os paradigmas mudaram, de uma visão ecocêntrica passamos para a busca de uma visão mais complexa, a visão da sustentabilidade. Nesse cenário, esse livro apresenta e analisa uma proposta de inserção da Educação Ambiental em uma comunidade acadêmica, na Asa Sul, Brasília-DF.
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LEIA E BAIXE GRATUITAMENTE O LIVRO DIGITAL A QUESTÃO RACIAL COMO EXPRESSÃO DA QUESTÃO SOCIAL UM DEBATE NECESSÁRIO PARA O SERVIÇO SOCIAL
de Renata Maria da Conceição Este livro tem como objetivo contribuir com o debate acerca da temática da questão étnicoracial no processo de formação em Serviço Social. Essa temática se apresenta relevante para um exercício profissional comprometido com a questão social e com a garantia dos direitos humanos. A pesquisa buscou analisar se a questão étnico-racial está inserida no processo de formação profissional em Serviço Social, com ênfase para identificar a percepção de estudantes do curso de Serviço Social da Universidade de Brasília – UnB sobre a temática étnico-racial como expressão da questão social. A pesquisa realizada justifica-se pelo fato da questão racial ser uma demanda presente no cotidiano do fazer profissional do assistente social.
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LEIA E BAIXE GRATUITAMENTE O LIVRO DIGITAL ESTUDO DA USINABILIDADE DO POLIETILENO DE ULTRA ALTO PESO MOLECULAR PELA ANÁLISE DA FORÇA DE CORTE de Luiz Otávio Corrêa & Marcos Tadeu Tibúrcio Gonçalves Este livro teve o objetivo realizar um estudo do desempenho do corte do material Polietileno de Ultra Alto Peso Molecular (UHMWPE), em operação de torneamento, através da medição da força principal de corte, analisando-se a influência dos seguintes parâmetros: avanço, velocidade de corte, profundidade de corte e geometria da ferramenta. A medição da força de corte foi feita por um dinamômetro conectado ao sistema de aquisição de dados, durante a usinagem realizada em um torno mecânico horizontal. A partir dos resultados obtidos, foi possível indicar as condições de corte mais adequadas em relação aos valores da força de corte medidas, para as condições de qualidade superficial aceitáveis em operações de desbaste.
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LEIA E BAIXE GRATUITAMENTE O LIVRO DIGITAL Produção da proteína recombinante Fator IX da coagulação sanguínea humana em células de mamífero de Andrielle Castilho-Fernandes, Lucinei Roberto de Oliveira, Marta Regina Hespanhol, Aparecida Maria Fontes & Dimas Tadeu Covas
Esse livro mostra a potencialidade do sistema retroviral para a expressão do FIX humano em linhagens celulares de mamífero e a existência de peculiaridades em cada linhagem as quais podem proporcionar diferentes níveis de expressão e produção do FIX biologicamente ativo. Além de estabelecer toda a tecnologia para geração de linhagens celulares transgênicas produtoras de rFIX e futuros estudos em modelos animais poderão ser conduzidos para a elucidação minuciosa da molécula recombinante rFIX gerada.
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FLUXO DE CO2 DE VEGETAÇÃO INUNDADA POR REPRESAMENTO – QUANTIFICAÇÃO PRÉ ALAGAMENTO de André Luís Diniz dos Santos, Mauricio Felga Gobbi, Dornelles Vissotto Junior & Nelson Luis da Costa Dias Alguns estudos recentes indicam que lagos de usinas Hidrelétricas podem emitir quantidades significativas de gases de efeito estufa, pela liberação de dióxido de carbono oriundo da decomposição aeróbica de biomassa de floresta morta nos reservatórios que se projeta para fora da água, e pela liberação de metano oriundo da decomposição anaeróbica de matéria não-lignificada. No entanto, para quantificar a quantidade de gases de efeito estufa liberada para a atmosfera devido ao alagamento por barragens, é necessário quantificar também o fluxo de gás carbônico da vegetação que ali estava anteriormente ao represamento. Este trabalho procura descrever um método para calcular o fluxo de gás carbônico da vegetação antes de ser alagada, utilizando o SVAT de interação superfície vegetação-atmosfera conhecido como ISBA baseado em Noilhan e Planton (1989); Noilhan e Mahfouf (1996).
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LEIA E BAIXE GRATUITAMENTE O LIVRO DIGITAL CARACTERÍSTICAS SÓCIODEMOGRÁFICAS DO PROJETO DE ASSENTAMENTO RECANTO DA ESPERANÇA EM MOSSORÓ/RN de Maxione do Nascimento França Segundo & Maria José Costa Fernandes Este livro analisa os aspectos sóciodemográficos do Projeto de Assentamento Recanto da Esperança, situado no município de Mossoró, no Estado do Rio Grande do Norte (RN).
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AGRICULTURA FAMILIAR E AGROECOLOGIA:
UMA ANÁLISE DA ASSOCIAÇÃO DOS PRODUTORES E PRODUTORAS DA FEIRA AGROECOLÓGICA DE MOSSORÓ (APROFAM) - RN de Eriberto Pinto Moraes & Maria José Costa Fernandes Este livro faz uma análise da agricultura familiar e da agroecologia praticada pela Associação dos Produtores e Produtoras da Feira Agroecológica de Mossoró (APROFAM) no Município de Mossoró (RN).
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LEIA E BAIXE GRATUITAMENTE O LIVRO DIGITAL Metodologia do ensino da matemática frente ao paradigma das novas tecnologias de informação e comunicação: A Internet como recurso no ensino da matemática de Paulo Marcelo Silva
Rodrigues Este livro analisa alguns exemplos de recursos encontrados na Internet, ligados a área da Matemática. Especialmente, os aspectos pedagógicos dos mesmos, com o intuito de contribuir para o aperfeiçoamento das relações entre professor e aluno.
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CONSTRUÇÕES GEOGRÁFICAS: teorizações, vivências e práticas
Organizadores: Josélia Carvalho de Araújo Maria José Costa Fernandes Otoniel Fernandes da Silva Júnior
Este livro pretende ser uma fonte na qual os profissionais da geografia podem encontrar diversas possibilidades de não apenas refletirem sobre, mas de serem efetivos sujeitos de novas práticas e novas vivências, frente às novas configurações territoriais que se apresentam no mundo atual, marcada por processos modernos e pós-modernos.
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O RINGUE ESCOLAR:
O AUMENTO DA BRIGA ENTRE MENINAS de Maíra Darido da Cunha
Esta obra contextualiza historicamente as relações de gênero ao longo da história; identificando em qual gênero há a maior ocorrência de brigas; assim como, elencar os motivos identificados pelos alunos para a ocorrência de violência no ambiente escolar.
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LEIA E BAIXE GRATUITAMENTE O LIVRO DIGITAL O HOMEM, A MORADIA E AS ÁGUAS: A CONDIÇÃO DO “MORAR NAS ÁGUAS” de Moacir Vieira da Silva & Josélia Carvalho de Araújo
Este livro é um estudo que objetiva analisar as imposições socioeconômicas inerentes à condição do “morar” numa área susceptível a alagamentos, no bairro Costa e Silva, Mossoró/Rio Grande do Norte.
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Mulheres Negras:
Histórias de Resistência, de Coragem, de Superação e sua Difícil Trajetória de Vida na Sociedade Brasileira de Adeildo Vila Nova & Edjan Alves dos Santos O desafio de estudar a trajetória de mulheres negras e pobres que em sua vida conseguiram romper as mais diversas adversidades e barreiras para garantir sua cidadania, sua vida, foi tratada pelos jovens pesquisadores com esmero, persistência e respeito àquelas mulheres “com quem se encontraram” para estabelecer o diálogo que este livro revela nas próximas páginas, resultado do Trabalho de Conclusão de Curso para graduação em Serviço Social.
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LEIA E BAIXE GRATUITAMENTE O LIVRO DIGITAL AVALIAÇÃO DO POTENCIAL BIOTECNOLÓGICO DE PIGMENTOS PRODUZIDOS POR BACTÉRIAS DO GÊNERO Serratia ISOLADAS DE SUBSTRATOS AMAZÔNICOS de Raimundo Felipe da Cruz Filho & Maria Francisca Simas Teixeira Existem diversos pigmentos naturais, principalmente de origem vegetal, mas poucos estão disponíveis para aproveitamento industrial, pois são de difícil extração, custo elevado no processo de extração ou toxicidade considerável para o homem ou meio ambiente. A atual tendência por produtos naturais promove o interesse em explorar novas fontes para a produção biotecnológica de pigmentos para aplicação na indústria. Este trabalho teve como objetivo a identificação de espécies de Serratia, e entre estas, selecionar uma produtora de maior quantitativo de pigmentos de importância para a indústria alimentícia e farmacêutica.
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LEIA E BAIXE GRATUITAMENTE O LIVRO DIGITAL Moluscos e Saúde Pública em Santa Catarina:
subsídios para a formulação estadual de políticas preventivas sanitaristas
de Aisur Ignacio Agudo-Padrón, Ricardo Wagner Ad-Víncula Veado & Kay Saalfeld O presente trabalho busca preencher uma lacuna nos estudos específicos e sistemáticos sobre a ocorrência e incidência/ emergência geral de doenças transmissíveis por moluscos continentais hospedeiros vetores no território do Estado de Santa Catarina/SC, relacionadas diretamente ao saneamento ambiental inadequado e outros impactos antrópicos negativos ao meio ambiente.
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Métodos de Dimensionamento de Sistemas Fotovoltaicos: Aplicações em Dessalinização de Sandro Jucá & Paulo Carvalho A presente publicação apresenta uma descrição de dimensionamento de sistemas fotovoltaicos autônomos com três métodos distintos. Tendo como base estes métodos, é disponibilizado um programa de dimensionamento e análise econômica de uma planta de dessalinização de água por eletrodiálise acionada por painéis fotovoltaicos com utilização de baterias. A publicação enfatiza a combinação da capacidade de geração elétrica proveniente da energia solar com o processo de dessalinização por eletrodiálise devido ao menor consumo específico de energia para concentrações de sais de até 5.000 ppm, com o intuito de contribuir para a diminuição da problemática do suprimento de água potável. O programa proposto de dimensionamento foi desenvolvido tendo como base operacional a plataforma Excel® e a interface Visual Basic®.
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Efeito homeopático e larvicida do óleo essencial de Cymbopogon nardus contra o Aedes aegypti HOMEOPATHIC AND LARVICIDE EFFECT OF ESSENTIAL OIL FROM Cymbopogon nardus AGAINST THE Aedes aegypti
Giorgia Gomes Pereira Farmacêutica e Profª da Escola Superior São Francisco de Assis. Especialista em Homeopatia e em Supervisão Escolar e Formação de Formadores Santa Teresa, ES E-mail: giorgiagomes@gmail.com Francisco Martinelli Bergamaschi Farmacêutico Generalista. Especialista em Análises Clínicas Itarana, ES E-mail: francisco.martinelli@hotmail.com Maurílio Parente Brandão Barbosa Farmacêutico Generalista. Habilitado em Homeopatia São Mateus, ES E-mail: maurilio.parente@hotmail.com
PEREIRA, G. G.; BERGAMASHI, F. M.; BARBOSA, M. P. B. Efeito homeopático e larvicida do óleo essencial de Cymbopogon nardus contra o Aedes aegypti. Revista Espaço Científico Livre, Duque de Caxias, n. 23, p. 27-42, dez.-jan., 2014-2015.
RESUMO
O objetivo deste trabalho foi o estudo da atividade homeopática e larvicida do óleo essencial de Cymbopogon nardus (citronela) contra o Aedes aegypit. O óleo essencial mostrou um potencial larvicida com CL50 e CL90 com 3,68 e 4,52mg/mL, respectivamente. De uma forma geral, as dinamizações homeopáticas interferiram no ciclo
evolutivo do A. aegypti. Todas as dinamizações, ao final do período de observação, aceleraram a evolução para a fase de mosquito frente ao controle. Os resultados demonstram que as diluições do óleo essencial de C. nardus foram promissoras e que podem ser utilizados como alternativa para o controle do A. aegypti.
Palavras-chave: Aedes aegypti. Efeito larvicida. Medicamentos homeopáticos. Cymbopogon nardus. Óleo essencial.
27
ABSTRACT
The objective of this work was the study of homeopathic and larvicide activity of Cymbopogon nardus (lemongrass) against Aedes aegypti. The essential oil showed a potential larvicidal with LC50 and LC90 of 3.68 and 4.52mg/mL, respectively. In general, the homeopathic dynamizations interfered
in the life cycle of A. aegypti. All dynamizations at the end of observation period, accelerated the evolution for the mosquitoes level against control. The results showed that dilutions of essential oil of C. nardus were promissing and can be used as an alternative for the A. aegypti control.
Keywords: Aedes aegypti. Larvicide activity. Homeopathic drugs. Cymbopogon nardus. Essential oil.
1. INTRODUÇÃO
A
dengue tem constituído um grave problema de saúde pública no mundo e
sua incidência nas Américas, incluindo o Brasil, apresenta tendência ascendente nas duas últimas décadas, a despeito dos numerosos programas
de erradicação ou controle implantados. Desde a década de 1980 o Brasil vem promovendo estratégias diferenciadas de intervenção para redução da ocorrência de epidemias e da morbimortalidade por dengue (FIGUEIRÓ et al., 2010).
Dados estatísticos informam que no mundo são registrados, a cada ano, entre 80 e 100 milhões de casos de dengue. No Brasil, em 2010, cerca de um milhão de pessoas tiveram a doença e no Espírito Santo, em janeiro de 2011, foram registrados 2.205 casos (BRASIL, 2011).
Apesar de existirem medidas preventivas do Ministério da Saúde, como o emprego de carros-fumaça e campanhas de conscientização nas ruas, com agentes de saúde e pelos canais de mídia, o vetor ainda é causa de grandes surtos em muitos locais do país.
Estudos realizados com óleos essenciais de plantas oriundas do nordeste do país foram testados como forma de combate às larvas do A. aegypit, embora com diferentes resultados (CAVALCANTI et al., 2004). Além das pesquisas com dinamizações homeopáticas de extratos vegetais, como: funcho, cravo-da-índia e erva-doce, para controle de pragas (ALMEIDA et al. 2003; LUCCA, 2009; MAPELI et al., 2010; SOUZA; COLLET; BONATO, 2006) há, ainda, um estudo com dinamizações
28
do óleo essencial do Eucalyptus cinerea onde foi observada uma alteração nos estágios de desenvolvimento das larvas do mosquito (CAVALCA et al., 2010).
O presente estudo teve como objetivo geral a verificação do efeito larvicida de diluições do óleo essencial do Cymbopogon nardus, assim como de dinamizações homeopáticas preparadas a partir do mesmo sobre as larvas de Aedes aegypti, e como objetivos específicos: avaliar o efeito, sobre as larvas, das dinamizações homeopáticas centesimais nas escalas de 3, 6, 9, 12 e 30 CH e diluições do óleo essencial em 1,0, 2,0, 3,0, 4,0 e 5,0 mg/ml-1 , e realizar uma comparação dos efeitos obtidos pelo medicamento homeopático e pelas diluições do óleo essencial com o intuito de analisar o potencial larvicida entre as duas preparações.
As metodologias empregadas foram a pesquisa do tipo experimental e a revisão bibliográfica, utilizando bases de dados científicos como: BIREME, PubMed, Scielo, Google Acadêmico, jornais científicos e periódicos CAPES.
Devido às condições favoráveis à procriação do A. aegypti em nosso país, o baixo custo dos tratamentos homeopáticos e, também, por esses serem considerados um novo método de tecnologia limpa este estudo se faz relevante pela possibilidade de utilização desta metodologia como alternativa aos mecanismos já aplicados para controle da dengue.
2. DENGUE
A
dengue é uma doença sazonal que tem como agente causador um arbovírus
(vírus que é essencialmente transmitido por artrópodes) pertencente ao gênero Flavivírus de filamento único e sendo subdividido em quatro sorotipos
classificados como: DEN-1, DEN-2, DEN-3 e DEN-4. A caracterização do paciente infectado se dá pela indisposição que o mesmo apresenta, justificativa para o nome da doença que possui origem espanhola de significado “dengoso”, “manhoso” (BRASIL, [2011]; DIAS et al., 2010).
É uma doença febril transmitida pela picada do mosquito vetor, sendo o principal o Aedes aegypit. A evolução pode ser benigna ou complicar-se por manifestações hemorrágicas e aumento da permeabilidade vascular, resultando em diversas hemorragias
(gastrointestinais,
epistaxe,
29
gengivorragia,
etc.)
e
insuficiência
circulatória. O aumento da incidência dos casos ocorre em períodos quentes e de alta umidade, característica das regiões do sudeste da Ásia, das Ilhas do Pacífico, África e Américas, o que favorece a proliferação do mosquito transmissor (ANTOLINI, 1997; DIAS et al., 2010; GICCIA; COUSSIO; MONGELLI, 2000).
Segundo Neves et al. (2000), Aedes aegypti é a nomenclatura taxonômica para o mosquito, que é popularmente conhecido como mosquito da dengue. O mosquito está bem adaptado a zonas urbanas onde consegue reproduzir-se e pôr os seus ovos em pequenas quantidades de água limpa, porém, de acordo com Beserra et al. (2009), estudos feitos com o vetor em águas consideradas impróprias (esgoto bruto, lagoa de polimento e água de reator anaeróbio de fluxo ascendente com manta de lodo) mostra que há adequação de reprodução.
A proliferação acontece pela postura de ovos da fêmea do mosquito em locais, preferencialmente, com água parada. O tempo de desenvolvimento desde a oclusão do ovo até o mosquito adulto varia entre oito e dez dias, onde fatores externos, como a temperatura, podem influenciar no tempo do ciclo (BRASIL, [2008]).
O ciclo do Aedes aegypti é composto por quatro fases: ovo, larva, pupa e adulto. A fêmea, após copular com o macho, chega a colocar entre 150 e 200 ovos. Uma vez em contato com a água por cerca de 30 minutos, os ovos eclodem liberando as larvas, que se transformam em pupas que originarão os mosquitos adultos (BRASIL, [2008]).
O mosquito adquire o vírus ao se alimentar do sangue de um indivíduo previamente infectado com algum dos quatro sorotipos da doença e se encontra em fase de viremia, que começa um dia antes do surgimento da febre e vai até o sexto dia de doença. O vírus se aloja nas glândulas salivares do mosquito, onde se prolifera e permanece durante toda a sua vida. Uma vez infectada, a fêmea do mosquito inocula o vírus junto com a sua saliva ao picar a pessoa sadia. Existe, ainda, a possibilidade de 30 a 40% de sua prole já nascer infectada pelo vírus através de transmissão transovariana, o que favorece a expansão da doença. Depois de inoculado no hospedeiro humano, vírus entra nas células, se replica, produz progenitores virais e se inicia, então, a fase de viremia, com posterior distribuição do vírus para todo o organismo (BRASIL, [2008]; RIGAU-PERÉZ, 1998).
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3. CYMBOPOGON NARDUS
A
Cymbopogon nardus, popularmente conhecida como citronela ou capim
citronela, é uma planta gramínea da família Poeaceae de origem asiática (Ceião da Índia). Pela sua adaptação em climas tropicais, é cultivada nas
regiões com este aspecto em todo o mundo. A utilização dos extratos de citronela varia desde a fabricação de chá calmante e digestivo - muito utilizado na Indonésia - à indústria cosmética e de perfumes, devido à suavidade de seu aroma (CASTRO et al., 2007).
A extração do óleo essencial desta planta é feito a partir de suas folhas frescas ou parcialmente dessecadas e é rico em substâncias voláteis como citronelal, eugenol, geramiol, entre outras, classificadas em geral como monoterpenos. Estas substâncias conferem a utilização do óleo de citronela como repelente para mosquitos com concentrações que variam entre 0,05% e 15,0% (p/v) utilizados isoladamente ou juntamente a outros produtos naturais ou comerciais (FRADIN; DAY, 2002; SHASANY et al., 2000).
4. UTILIZAÇÃO DE ÓLEOS ESSENCIAIS EM POPULAÇÕES DE LARVAS DE AEDES AEGYPTI E PARASITAS
E
m virtude da busca por tecnologia limpa para erradicar e controlar populações de larvas de Aedes aegypti e parasitas houve um aumento na pesquisa de óleos essenciais que possuam estas características.
Chagas (2001) avaliou a atividade de diluições do óleo essencial de Eucalyptus citriodora e Eucalyptus staigeriana contra carrapatos onde se verificou 100% de parasitas mortos a uma concentração média de 9,9% e 3,9%, respectivamente.
Cavalcanti et al. (2004) em um estudo com óleos essenciais de plantas provenientes da região nordeste do Brasil, observaram que Ocimum americanum e Ocimum gratissimum possuem uma utilização potencial para o controle do Aedes aegypti.
Furtado et al. (2007) analisaram a atividade larvicida dos óleos essenciais de V. arbórea, L. sidoides, C. winterianus, A. conyzoides, C. citratus, O. basilicum purpuracens, O. tenuiflorum, T. minuta, C. limon e O. gratissimum contra o Aedes
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aegypti L. (Diptera: Culicidae), conseguindo resultados que indicam a presença de substâncias com efeito larvicida em todas as amostras.
Cole (2008) evidenciou a atividade larvicida, inseticida e repelente contra o Aedes aegypti utilizando óleo essencial dos frutos da Aroeira (Schinus terebinthifolius RADDI) nas seguintes concentrações: 169,20 µg/mL (larvicida), 50,00 µL (inseticida) e 2,39% (p/p) para efeito repelente.
Ainda em 2008, Dalessandro utilizou o óleo essencial das plantas C. guianensis e P. hispidinervum, obtendo resposta satisfatória 48 horas após exposição frente às larvas de Amblyomma cajennense (carrapato-estrela).
Pereira (2009) estudou o efeito larvicida da mistura de óleos essenciais extraídos das folhas da espécie Pimenta diólica Lindl e dos galhos de Aniba duckei Kostermans diante larvas e mosquitos do Aedes aegypti onde obteve sucesso com CL50 de 113,95 (±2,11) g/ml-1.
Costa (2010) realizou um estudo de controle larvicida do Aedes aegypti utilizando microcápsulas contendo óleo essencial de Citrus sinensis (L.) Osbeck obtendo 100% de larvas mortas a 90 ppm.
5. HOMEOPATIA
D
e acordo com Fontes (2008), a homeopatia é uma especialidade médica e farmacêutica que se baseia no tratamento do doente por administração de doses mínimas do medicamento para estimular a reação orgânica. Como
ciência das altas diluições e aplicável a todos os seres vivos, se constitui por quatro princípios, também chamados de “pilares da homeopatia”: Lei dos Semelhantes substâncias que despertam determinados sinais e sintomas em um homem sadio são capazes de curar estes sintomas, quando administradas isoladamente, em um indivíduo doente de forma diluída e dinamizada; Experimentação no Homem Sadio; Doses Mínimas e Remédio Único (ALMEIDA et al., 2003; ANDRADE et al., 2001).
Na prática homeopática, como em todas as técnicas de terapia, existem variados tipos de conduta que são adotados pelo modo de interpretação de conceitos envolvidos ou enunciados, sendo denominados como: “linhas” ou “escolas”. A homeopatia é
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difundida em duas principais escolas: unicistas e organicistas, onde a diferença está na metodologia de aplicação dos “semelhantes”. Na primeira escola, visa-se o indivíduo como um todo, considerando o conjunto de sinais e sintomas que ele apresenta. Na segunda, é visado um órgão em questão, a exemplo: em uma inflamação das amígdalas serão utilizados medicamentos que possuem eficácia comprovada em atuar sobre as amígdalas (FONTES, 2008; LOBÃO, 2003).
A dinamização é a técnica de adicionar energia cinética às diluições, agitando-as, por meio da sucussão, movimento periódico para cima e para baixo fazendo com que o líquido se movimente em forma de espiral. Mediante estas técnicas, essas substâncias tornam-se potentes e ativas, o que lhes confere o poder da homeostase (VITHOULKAS, 1980). Uma das escalas de diluição utilizada é a Centesimal Hahnemanniana (CH), onde o volume da matéria utilizada corresponderá a 1% do volume total da solução, sendo que para cada gota da tintura-mãe, solução precursora dos preparados homeopáticos, são adicionadas 99 gotas de álcool na concentração previamente estabelecida. Os preparados homeopáticos são feitos a partir de substâncias naturais provenientes dos reinos animal, mineral e vegetal ou de tecidos doentes. A dinamização promove a energização das substâncias, por meio de diluições, seguidas de sucussões (ANDRADE, 2000; FONTES, 2008). 5.1. Utilização de preparados homeopáticos no controle, erradicação e repelência de parasitas
Por ser aplicável a todos os seres vivos e não existir lei federal restringindo ou limitando seu uso, a utilização de preparados homeopáticos é livre (MORENO, 1996). Em 17 de maio de 1999, os preparados homeopáticos foram considerados insumos agrícolas pelo Ministério da Agricultura e do Abastecimento, conforme a instrução Normativa nº 7 (BRASIL,1999).
Arenales, Garcia e Paredes (1994), avaliaram o controle de dois tipos de pulgas (Ctenocephalides felis e C. canis) em cães e gatos com medicamentos homeopáticos que não iriam interferir na saúde dos animais e do homem, onde obtiveram resultados satisfatórios a excelentes.
Almeida et al. (2003), realizaram um estudo de controle da densidade populacional da lagarta-do-cartucho (Spodoptera frugiperda) em plantas de milho no campo a partir de
33
preparações homeopáticas, onde foi observada uma redução da população do parasita com a utilização das dinamizações homeopáticas de Spodoptera 30CH e Euchlaena 6CH.
Souza, Collet e Bonato (2006), estudaram o controle da ferrugem (Phakopsora euvitis Ono) em videira pela aplicação de soluções homeopáticas, possuindo resultados sugestivos para o uso de medicamentos homeopáticos como alternativa, viável e ecológica, para o controle de fatores bióticos que comprometem a produtividade nos parreirais.
Ainda em 2008, Viotto et al., evidenciaram o efeito da aplicação dos medicamentos homeopáticos Lachesis 30CH e isoterápico do vírus do mosaico 30CH da cana-deaçúcar (SCMV), em algumas variáveis do crescimento e infecção viral em sorgo (Sorghum bicolor (L.) Moench), tendo resposta satisfatória fazendo da Lachesis 30CH uma alternativa para utilização agrícola, diminuindo a utilização de insumos químicos e protegendo o meio ambiente.
Mapelli et al. (2010), analisaram a repelência do Ascia monuste orseis (Latreille) (Lepdoptera: Pieridae), conhecido como “curuquerê-da-couve”, expostas a soluções homeopáticas em folhas de couve, conseguindo com que as lagartas tivessem comportamento de fuga quando expostas as folhas tratadas com medicamento homeopático. 6. MATERIAIS E MÉTODOS
A
pesquisa foi realizada no município de Santa Teresa, nos laboratórios da
Escola Superior São Francisco de Assis (ESFA), no período de junho de 2011 a março de 2012, sendo o óleo essencial e o DMSO P. A. adquiridos na
Farmácia Essência Manipulação e Homeopatia que, também cedeu o seu laboratório para a preparação das dinamizações homeopáticas e os ovos do A. aegypti foram doados pela Prefeitura Municipal de Vitória.
Para a obtenção das larvas em cativeiro, foram utilizadas placas que continham ovos do mosquito as quais, após alcançarem o segundo e terceiro estágio, foram separadas em grupos de 10 para análise.
34
Na análise com o óleo essencial, os grupos foram colocados em recipientes contendo 30mL das diferentes preparações do mesmo, partindo de 1,0 a 5,0mg/mL, sendo utilizada uma solução de DMSO a 2% como diluente das preparações assim como controle do estudo e mantidos em ambiente privado de luz e com temperatura próxima a 25ºC.
Nos experimentos homeopáticos, as larvas foram colocadas em recipientes com 30mL de água potável somada a 200μL das diferentes dinamizações, feitas a partir do Método Hahnemanniano de Frascos Múltiplos, nas escalas 3CH, 6CH, 9CH, 12CH e 30CH, e ração píscea para nutrição das mesmas. O recipiente foi tapado com gaze para evitar a fuga dos insetos adultos, e mantidos em ambiente privado de luz e com temperatura próxima a 25ºC.
Após colocar as larvas em contato com o óleo essencial e o medicamento homeopático foram feitas observações – após 24 horas, para os experimentos com óleo essencial e, diárias, por 12 dias, para os experimentos com medicamento homeopático – com objetivo de análise dos resultados. Os experimentos foram realizados em triplicata para confiabilidade dos resultados.
6.1. Análises estatísticas
Os dados obtidos foram submetidos aos testes de ANOVA
e regressão linear no
software GraphPad Prism 5®. As análises de regressão estimam CL50 e CL90 (concentração letal que causa a morte de 50% e 90%, respectivamente, das larvas expostas às soluções de óleo essencial). 7. RESULTADOS E DISCUSSÃO
I
nicialmente as concentrações testadas neste estudo foram as de 0,1, 0,5, 1,0, 3,0 e 5,0mg/mL. A mortalidade das larvas de Aedes aegypti foi progressiva à medida que em que foi aumentada a concentração do óleo essencial no meio de
incubação. Na concentração de 1,0 para 5,0mg/mL, a sobrevivência das larvas passou de mais de 90% para aproximadamente 0%, o que demonstra o grande poder larvicida deste óleo essencial (Figura 1). A partir de 5,0mg/mL a mortalidade das larvas foi de 100% (Figura 1).
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A mesma tendência não foi observada quando se utilizou concentrações menores (0,1 a 1,0mg/mL), ou seja, não houve proporcionalidade entre a mortalidade das larvas e o aumento da concentração do óleo essencial. Isso foi verificado pela ausência de movimento das larvas ao serem estimuladas.
Como as concentrações testadas anteriormente (até 1,0mg/mL) não surtiram efeito às larvas, utilizou-se concentrações mais elevadas, variando de 1,0 a 5,0mg/mL. Nestas soluções foi possível identificar a concentração letal de 50% (CL50) e de 90% (CL90) das larvas.
O melhor comportamento de sobrevivência em função da dose do óleo essencial pode ser explicado pela regressão exponencial (Figura 1). Houve declínio progressivo na sobrevivência das larvas à medida que se aumentou a concentração de óleo essencial do meio de incubação. A concentração estimada pelo método de regressão linear, capaz de causar a morte de 50% (CL50) e 90% (CL90) foi de, aproximadamente, 3,60mg/mL-1 e 4,52mg/mL-1, respectivamente (Figura 1).
CL50
CL90
Figura 1: Regressão linear da porcentagem de sobrevivência de larvas de Aedes aegypti em função da concentração de óleo essencial de Cymbopogon nardus
Furtado et al. (2007) verificaram o efeito larvicida em Aedes aegypti de vários óleos essenciais (Ageratum conyzoides L., Cymbopogom citratus Stapf, Lippia sidoides Chamisso, Ocimum gratissimum L., Ocimum basilicum purpurascens Benth, Ocimum
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tenuiflorum L., Cymbopogon winterianus Jowitt, Tagetes minuta L., Vanillosmopsis arborea Baker, Citrus limon L.). O óleo essencial de V. arborea induziu a maior atividade larvicida, com CL50 de 15,9mg/mL e CL90 de 28,5mg/mL, enquanto o O. gratissimum L. apresentou a menor atividade com CL50 de 95,80mg/mL e CL90 de 102,86mg/mL. Observa-se que os resultados do presente experimento, feito com o óleo essencial de C. nardus, foram superiores ao supracitado. Este óleo, apresentou CL50 em concentração, aproximadamente, três vezes menor (15,8 contra 3,68mg/mL), e CL90 em concentração seis vezes menor (4,52 contra 28,5mg/mL).
Em contrapartida, Cavalca et al. (2010) relataram, em seu experimento com óleo essencial de E. cinerae, CL50 e CL90 diferenciados com valores aproximados de 0,27 e 0,38mg/mL respectivamente.
O óleo essencial por ser uma mistura complexa de compostos, não apresenta um mecanismo de ação larvicida exatamente definido. Existem alguns mecanismos propostos como desnaturação proteica, inibição enzimática e desintegração da membrana; podendo ocorrer ainda, uma provável interação entre os componentes do óleo, acarretando em sinergismo e/ou antagonismo (JANSSEN, 1989). Segundo Cowan (1999), os principais compostos presentes na citronela são da classe dos monoterpenos (classe mais simples dos terpenóides), presentes no óleo essencial. Afirma ainda que o mecanismo de ação, pelo menos para os microrganismos, parece ser em decorrência de sua ação sobre a membrana plasmática, provavelmente rompendo-a. Assim, a membrana plasmática perde sua integridade e por consequência a permeabilidade seletiva.
Foi observada interação estatística entre as diluições do óleo essencial e o número de larvas, conforme apresentado na Figura 2:
37
Os resultados apresentados neste experimento sugerem que o óleo essencial de Cymbopogon nardus, possui grande potencialidade para ser utilizado como alternativa no controle do mosquito transmissor do vírus da Dengue, pelos programas oficiais de controle do inseto. Esta possibilidade tem como grande vantagem, o menor impacto ambiental quando comparados aos inseticidas atualmente utilizados.
O número médio de mosquitos foi afetado pelos medicamentos homeopáticos preparados a partir do óleo essencial de Cymbopogon nardus após incubação das larvas por 12 dias. As dinamizações homeopáticas, após análise dos resultados, se diferiram do controle, significando que as mesmas apressaram o estágio de pupa para mosquito adulto, ou seja, as pupas em média permaneceram por menos tempo na fase de larva e evoluíram a adultos mais rapidamente quando comparado ao controle.
Não foi observada significativa influência na evolução de larva para pupa pelo medicamento homeopático, já que ao findar o sexto dia, o ciclo de todos os grupos expostos tinha completado essa fase evolutiva normalmente. Essa estatística não se repete quando analisado o número médio de adultos. A dinamização de 30CH levou a um aumento aproximado de 22,8% – sendo o maior valor – e a 6CH de 5,3% – menor valor expresso. Estes dados sugerem que todas as dinamizações homeopáticas utilizadas, especialmente na dinamização 30CH, de alguma forma aumentaram o metabolismo fisiológico das larvas fazendo com que as mesmas passassem mais rapidamente para a fase de pupa e adulto.
38
Analisando os resultados do óleo essencial e das dinamizações homeopáticas em conjunto, observa-se que o primeiro apresentou grande poder larvicida com CL50 e CL90 de 3,68mg/mL-1 e 4,52mg/mL-1, respectivamente e, as dinamizações homeopáticas do óleo essencial, de modo geral, influenciaram nos estágios de desenvolvimento do Aedes aegypti. As dinamizações reduziram o número médio de pupas em comparação com o controle, consequentemente, elevando o número médio de mosquitos formados.
Os resultados deste experimento sugerem que o óleo essencial de C. nardus tem grande potencial para ser utilizado nos programas de saúde pública para o controle do A. aegypti. E os efeitos das dinamizações homeopáticas sobre a biologia do mosquito devem ser elucidados para identificação de possíveis benefícios na alteração do ciclo evolutivo. 8. CONCLUSÃO
N
as condições de realização deste estudo, pode-se concluir que na exposição das larvas ao óleo essencial C. nardus pelo período de 24 horas, em concentrações de 4mg/mL e 5mg/mL, foram obtidos os resultados mais
satisfatórios, nos quais a primeira concentração apresentou uma média de nove larvas mortas entre as dez expostas enquanto na segunda, houve a eliminação de todas as larvas; o que traz a afirmação de que a menor concentração letal está entre os dois valores citados anteriormente. Porém, no que se refere ao efeito das dinamizações homeopáticas, foi percebida uma diferenciação do ciclo evolutivo normal das larvas, que levou ao menor tempo de desenvolvimento destas em mosquito adulto e, deve ser objeto de estudo em futuros experimentos.
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Efeito homeopático e larvicida do óleo essencial de Cymbopogon nardus contra o Aedes aegypti Giorgia Gomes Pereira Farmacêutica e Profª da Escola Superior São Francisco de Assis. Especialista em Homeopatia e em Supervisão Escolar e Formação de Formadores Santa Teresa, ES E-mail: giorgiagomes@gmail.com Francisco Martinelli Bergamaschi Farmacêutico Generalista. Especialista em Análises Clínicas Itarana, ES E-mail: francisco.martinelli@hotmail.com Maurílio Parente Brandão Barbosa Farmacêutico Generalista. Habilitado em Homeopatia São Mateus, ES E-mail: maurilio.parente@hotmail.com
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A centralidade urbana em Petrópolis THE URBAN CENTRALITY IN PETRÓPOLIS
Aramis Cortes de Araujo Junior Geógrafo, Doutorando em Geografia na Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), Professor do Instituto Federal do Espírito Santo (IFES) Ibatiba, ES E-mail: aramiscortes@yahoo.com.br
ARAUJO JUNIOR, A. C. de. A centralidade urbana em Petrópolis. Revista Espaço Científico Livre, Duque de Caxias, n. 23, p. 43-67, dez.-jan., 2014-2015.
RESUMO Este artigo visa contribuir para entender o processo de formação de novas centralidades no município de Petrópolis (RJ) a partir de um cenário marcado pelo esvaziamento industrial após o processo de perda de centralidade da metrópole carioca, o que ajudou e muito a afetar a
economia petropolitana. Para tal objetivo, buscamos resgatar um pouco da formação histórica, geográfica e industrial do município de Petrópolis e, após, discutir o surgimento de um novo distrito importante – Itaipava – que se dedica aos serviços como principal setor econômico.
Palavras-chave: Centralidade. Indústria. Terciário. ABSTRACT This article aims to contribute to the understanding of the process of formation of new centers in the city of Petrópolis (RJ), based on a scenario marked by industrial hollowing after the process of de-centering of the Rio metropolis, which helped a lot to affect the economy Petropolitan. To this
goal, we seek to rediscover some of the historical, geographical and industrial training of municipality of Petrópolis and then discussing the emergence of an important new district – Itaipava – dedicated to services as the main economic sector.
Keywords: Centralization. Industry. Tertiary.
43
1. INTRODUÇÃO
A
formação de centralidades internas ao município de Petrópolis deve ser
entendida como um processo histórico e espacial que começou a ocorrer a partir do século XIX, quando a família real portuguesa adquiriu lotes de terra e
começou a construção de um palácio de verão. Nesse momento, a demanda por mão de obra para esta empreitada e em paralelo a abertura do caminho para as minas de ouro efetivaram a vinda de imigrantes europeus que se destinaram inicialmente às obras, mas, posteriormente, à agricultura e também às manufaturas. Com estes fatos, entendemos a importância histórica na formação do Centro Histórico no local onde hoje se faz presente.
Evidentemente este centro inicial será o mais importante para Petrópolis e atrairá para si todas as atividades econômicas, políticas, culturais e sociais do município, estabelecendo-se como centro principal. Mas com o passar dos anos e a saturação do centro tradicional, novas áreas dentro dos municípios passam a ser exploradas, criando novas centralidades e, em diversos casos, ameaçando e conquistando o espaço do centro inicial. No entanto, como será debatido a seguir, o caso de Petrópolis foge deste modelo hierárquico e segue para redes de centralidades que se complementam, ao invés de negar o centro.
É importante frisar que a formação de novas centralidades em Petrópolis estará ligada, para este artigo, ao desenvolvimento de uma economia de serviços que ultrapassou o setor mais importante da economia local, deixando para trás a sua base industrial e gerando condições ao município de se desenvolver a partir de uma nova visão paradigmática, ou seja, aquela ligada à nova economia (SCOTT, 2012, p. 14). 2.
ANTECEDENTES
HISTÓRICOS
À
FORMAÇÃO
DO
MUNICÍPIO
DE
PETRÓPOLIS
P
ara Gonçalves e Guerra (2001),
a avaliação do processo de formação, ocupação e parcelamento de uma cidade pode oferecer uma visão bastante dinâmica da realidade
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de uma determinada época. Dessa forma, não basta apenas analisar a cidade em apenas um momento da sua evolução, e sim, entender como esta, através dos anos, atingiu seu estado atual (GONÇALVES; GUERRA, 2001, p. 194).
Desta maneira, a partir do conhecimento da formação e evolução histórica do espaço urbano, seu parcelamento e sua ocupação, além da complexidade do meio físico, seria possível observar a natureza da centralidade expressa pelo Centro Histórico de Petrópolis, entendendo-o aqui como o centro principal e tradicional.
Segundo Oliveira (2004), a principal parte deste centro encontra-se no Quarteirão Vila Imperial e, também, em partes de outros quarteirões, como Quarteirão Vila Teresa (Rua Teresa), Quarteirão Westfália (Av. Barão do Rio Branco), Quarteirão Nassau (Av. Piabanha, Montecaseros e Cemitério Municipal), Quarteirão Francês (Rua Treze de Maio e lado ímpar da Av. Ipiranga), Quarteirão Renânia Inferior (Rua Washington Luiz – Fábrica São Pedro de Alcântara) e Quarteirão Palatinato Inferior (Ruas Souza Franco e Benjamin Constant, atual rodoviária e a Universidade Católica de Petrópolis).
Para melhor compreensão da natureza da centralidade expressa pelo Centro Histórico faz-se necessária uma exposição mais detalhada sobre a formação e ocupação histórico-geográfica do hoje chamado município de Petrópolis. No entanto, os elementos e relações que conferem centralidade ao Centro Principal mudaram ao longo do tempo, e vão ser melhor explicitados ao longo desta consideração sobre a nossa área de estudo.
Como ressaltado por Carvalho (2003), Petrópolis desempenhou diversas funções: foi trecho de um caminho para o interior do país em busca das riquezas minerais; mais tarde, na época do Império, transformou-se em local de veraneio da Família Imperial, Nobreza e Diplomacia; foi também local de concentração de educandários por oferecer clima agradável, distante das doenças que assolavam a cidade do Rio de Janeiro (especialmente durante o verão). Apresentou durante um bom período vocação fabril, tendo grande parte de sua produção exportada, inclusive para a Europa, e atualmente vem revelando sua importância enquanto patrimônio histórico, o que atrai turistas de diversas localidades do país (em especial do Rio de Janeiro e Minas Gerais), além da tecnologia de ponta, especialmente em razão da criação de um tecnopolo (Petrópolis-Tecnópolis).
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Sem dúvida, a formação de Petrópolis esteve atrelada ao surgimento de um novo ciclo econômico brasileiro, conhecido como o ciclo do ouro. Porém, antes disso, ainda no início da ocupação e da chegada dos portugueses ao Rio de Janeiro, constata-se que ao começarem a explorar o recôncavo da baía de Guanabara, em 1531, o chefe daquela missão exploratória, Martim Afonso de Souza, deu ordens para que alguns de seus soldados buscassem maiores informações sobre o entorno daquela localidade. Dias depois, aqueles soldados retornam ao ponto de partida após chegarem ao alto da serra, onde se depararam com os índios Coroados, portando pequenas amostras de um certo tipo de metal – chamado Benito – que não possuía nenhum valor comercial para os portugueses. O mais importante aqui é saber que este metal foi retirado de uma área atualmente conhecida como Pedras Brancas, localizada no atual bairro Mosela. Isto prova que certamente já naquele momento, aproximadamente 1531, os portugueses chegaram e conheceram o que hoje é o atual município de Petrópolis (COSTA, 2005).
Como aquele metal não trouxe interesse aos portugueses, a localidade da atual Petrópolis só foi ser oficialmente resgatada de seu isolamento histórico a partir do novo ciclo econômico iniciado no Brasil com o ouro. Por questões como roubo, contrabando, ocasionando a perda de muito capital por parte da coroa portuguesa, esta elaborou algumas formas de diminuir o escoamento de seus lucros a partir da centralização das operações auríferas em Minas Gerais, e determinou a criação e construção de um caminho por terra firme para o escoamento do ouro que vinha para o Rio de Janeiro com o intuito ser exportado para a Europa (COSTA, 2005).
Este caminho passou, então, pela Serra do Mar, pois encurtou a distância entre o porto e a região mineradora. O chamado caminho novo, que fora aberto por Garcia Rodrigues Pais, passava por Paty do Alferes, atingindo o rio Pilar, no recôncavo da baía de Guanabara. A partir disso, subiu a serra, passou por Xerém (distrito do atual município de Duque de Caxias), na Baixada Fluminense, seguia em direção a atual cidade de Paraíba do Sul e depois Juiz de Fora, e assim chegou à região de Ouro Preto, antiga Vila Rica (COSTA, 2005).
Esta medida real começou a atrair diversos olhares para a região onde hoje se localiza Petrópolis e, com isso, a concessão de Sesmarias passa a aumentar, trazendo junto com elas o aumento populacional. Bernardo Soares de Proença, um dos fazendeiros mais prósperos da região, inicia a construção de uma opção ao caminho do ouro
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criado pela Coroa portuguesa. Este novo caminho passava pelo vale do rio Piabanha – um dos mais importantes do atual município de Petrópolis – e atingiu o porto de Estrela, no rio Inhomirm, ao recôncavo da baía de Guanabara, reduzindo o tempo de viagem das Gerais para o porto do Rio em pelo menos quatro dias (COSTA, 2005). Isto, sem a menor dúvida, aumentou o fluxo de pessoas em direção a Petrópolis e criou as condições necessárias para que, em pouco tempo, esta fosse elevada à categoria de Vila e, posteriormente, a de cidade, como ocorreu e será dito mais a frente. Isso levou a necessidade de criar novas vias de acesso ao interior, que fossem mais rápidas e seguras. O caminho novo ainda era muito acidentado e a travessia de rios era impossível em épocas de chuva. Com isso surgiu o Caminho da Serra da Estrela que, saindo do fundo da baía, segue até o alto da serra, passando por onde está o Centro de Petrópolis, Corrêas e Itaipava, até encontrar novamente o caminho novo em Paraíba do Sul. Da sesmaria do Itamarati e da atração de novos colonos ocorreu o avanço da ocupação e surgiram alguns sítios e três grandes fazendas: Fazenda Itamarati; Fazenda Córrego Seco; Fazenda do Padre Corrêa; (COSTA, 2005, p. 33).
Mas, voltando aos primórdios de sua formação, o município de Petrópolis passou a ser ocupado por volta de 1720, graças à abertura, por Bernardo Soares Proença, do atalho do Caminho Novo, variante do caminho Rio-Minas, ligando o Porto da Estrela ao Sítio de Garcia Rodrigues, atual Paraíba do Sul. Devido a este feito, lhe foi concedida a sesmaria do Itamarati, de onde surgiram várias fazendas, inclusive a do Córrego Seco (atual região da bacia do Rio Palatinado), que seria posteriormente adquirida por D. Pedro I (GONÇALVES; GUERRA, 2001).
Segundo Lacombe (1995), a primeira ideia de construção de um palácio na Serra, por parte de D. Pedro I, surgiu em março de 1822, quando, a caminho de Minas1, conheceu a fazenda do Padre Correia. Encantado com os bons ares, vegetação e o carinho com o qual ele e sua família eram recebidos pelo Padre Correia, além de procurar um lugar distante dos males que atingiam sua filha, princesa D. Paula, D. Pedro I tornou-se frequentador assíduo da região. Em 1830, D. Pedro I compra a fazenda do Córrego Seco, vizinha a do Padre Correia, por 20:000$000 Réis, onde hoje está fixado o centro de Petrópolis e o Museu Imperial (FRIDMAN, 2001, p. 617).
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D. Pedro I viajava a Minas a fim de obter apoio de Vila Rica para o Movimento de Independência.
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Começa, assim, a construção de uma residência – Palácio – de verão para a família Imperial portuguesa. A finalidade era escapar do forte calor que ocorre na cidade do Rio de Janeiro durante esta estação do ano. No entanto, por questões de ordem política – a crise de 1831 com a abdicação de D. Pedro I – a obra teve sua continuidade interrompida até a década seguinte.
No entanto, é somente em 1843 que D. Pedro II iniciou a construção de seu palácio de verão, atualmente Museu Imperial, com menores proporções do que a originalmente pensada, sob a orientação do major e engenheiro Júlio Frederico Koeler. Iniciou-se a colonização de Petrópolis, a partir do Decreto Lei 155, que instituía estudos para viabilizar o povoamento e criou o projeto urbanístico da Vila Imperial, dando origem a efetiva colonização da área (COSTA, 2005).
Major Koeler, profundo conhecedor da região, foi solicitado pelo governo imperial para elaborar este plano urbanístico, que por muito tempo direcionara a ocupação do município de Petrópolis. O planejamento, que seguiu uma forma tentacular, foi feito seguindo o curso dos três principais rios da cidade: Palatinado, Quitandinha e Piabanha. Assim, como o sítio de Petrópolis é rico em cursos d’água, ele traçou as Avenidas da Vila Imperial e as ruas que davam acesso aos demais bairros ao longo de suas margens (RABAÇO, 1985).
O projeto previa que os lotes da Vila Imperial, em torno do Palácio, fossem aforados a homens de negócio e diplomatas que criaram as condições de sobrevivência da população ao engendrarem a vida econômica e política. Enquanto isso, os alemães foram alocados nos quarteirões coloniais, que receberam os nomes das localidades das quais procediam os colonos, como Bingen, Darmstadt, Ingelheim, Mosela, Renânia, Westphalia, Worms, dentre outras. De acordo com o censo de 1845, a população total era de 2.293 habitantes, em sua maioria colonos alemães (GONÇALVES; GUERRA, 2001).
Petrópolis teve, a partir de 1845, um plano para atrair colonos estrangeiros, preferencialmente alemães, devidamente categorizados profissionalmente. Naquele ano, entre junho e novembro, diversas levas de colonos chegaram a cidade. Estes, porém, não foram os primeiros colonos a chegar à região, uma vez que, “em 1837, aportaram no Rio de Janeiro 238 alemães [...] no navio Justine, que se destinava a Austrália”. Após a chegada dos alemães, vários outros grupos de diversas nacionalidades vieram morar em Petrópolis. Destacam-se os Portugueses, Italianos, Franceses, Belgas e Ingleses, muitos deles Protestantes e alguns Judeus e, no século
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vinte, Japoneses formaram os principais grupos de imigrantes que aportaram na região (COSTA, 2005, p. 34-35 apud FRIDMAN, 2001).
Ainda baseando-nos em Costa (2005, p. 34), o aumento da importância de Petrópolis se deu também pela simbólica construção da Paróquia de São Pedro de Alcântara de Petrópolis, em 1846. Para este autor, este fator foi essencial, pois além dos claros motivos religiosos, naquele momento histórico era na igreja que se registravam os principais atos da vida civil (casamentos, óbitos, transferências de propriedades entre outros). Isto mostra que começa a surgir a necessidade de controlar e organizar as ações da administração local. Isto fica claro quando, em 1857, a primeira eleição para a Câmara Municipal tem sua convocatória realizada nas portas da Igreja Matriz.
Além disso, no projeto, segundo Souza (1995), observaram-se indicações claras de zoneamento, hierarquização viária, normas de ocupação e construção, parcelamento diferenciado, abastecimento de água e recolhimento de esgoto, além de proteção ao meio ambiente. Preocupado com o equilíbrio entre o crescimento e a preservação da cidade, Major Koeler, segundo Gonçalves e Guerra (2001, p. 199), “segue um modelo orgânico, culturalista de cidades, onde o espaço é irregular, assimétrico e ligado à natureza (com áreas verdes), dividindo áreas limitadas, de baixa densidade”. Fazia parte do plano, inclusive, a construção de um cinturão verde nos quarteirões em torno da Vila Imperial, alamedas arborizadas ao longo dos rios e banquetas floridas (RABAÇO, 1985). Petrópolis nasce assim, com um traçado que não segue o padrão urbanístico geral (tabuleiro de xadrez), nem o português colonial (irregular, com rios ao fundo dos lotes), adotados à época e não é conseqüência de centralização administrativa, evolução de economia rural ou crescimento de povoado à beira da estrada. Também não utiliza exclusivamente mão-de-obra escrava e sistema construtivo ou tipologia coloniais. É obra de determinação imperial, idealização científica e construção européia (SOUZA, 1995, p. 2).
Sob um poder governamental centralizado, no ano seguinte, foi criado o distrito de Petrópolis, da freguesia de São José do Rio Preto, município de Paraíba do Sul. Impulsionados pelas facilidades concedidas por D. Pedro II, em 1845 chegaram ao Córrego Seco da Serra Acima (denominação original do Alto da Serra) os primeiros grupos de colonos alemães. Nesta época, o governo adquiriu as fazendas do Velasco e do Itamarati, e recebeu em doação a fazenda Quitandinha, com o objetivo de transformar esta última em colônia agrícola. Isso possibilitou, em 1846, a elevação do arraial do Porto da Estrela à categoria de vila e Petrópolis à categoria de Freguesia,
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com o topônimo São Pedro de Alcântara de Petrópolis. Este crescimento também motivou a vinda de novos colonos, atraídos pelas oportunidades de trabalho junto ao comércio e à indústria: alemães, italianos, franceses e açorianos, que exerciam trabalhos braçais junto às obras provinciais, como, por exemplo, a construção do Palácio Imperial, Estrada União Indústria etc.
Assim, como o chefe do Estado começou a passar boa parte do ano em Petrópolis, esta cidade, segundo Carvalho (2002), foi a pioneira em diversos aspectos da vida e inventos úteis, favorecidos também pela grande proximidade com o Rio de Janeiro, então capital do país. Algumas das vocações herdadas desta época permaneceram, outras foram sendo modificadas pelas circunstâncias, como os estabelecimentos de ensino, que, atualmente, se transformaram, na sua maioria, em faculdades.
Somando-se ao Plano Koeler e à ocupação pelos colonos alemães, novas vias de comunicação constituem-se fatores profundamente atrativos para a região. Como exemplo disso, em 1854, por iniciativa de Irineu Evangelista de Souza, o Visconde de Mauá, a cidade recebeu novo impulso com a construção da primeira estrada de ferro brasileira, que ligava o porto de Mauá à Raiz da Serra, ratificando o pioneirismo e o espírito vanguardista da cidade. Neste contexto de grande crescimento econômico e populacional, o movimento de emancipação começou a tomar vulto e, em 1857, foi criado o município de Petrópolis, elevado à categoria de cidade pela Lei Provincial nº 961, de 29 de setembro daquele ano, sendo instalado em 27 de junho de 1859.
Até este momento, a agricultura era a atividade econômica preponderante. No entanto, por volta de 1860, a atividade agrícola entra em crise, sendo os elementos que contribuíram para este declínio controversos para alguns autores. Uns atribuem o declínio ao pequeno tamanho dos lotes (100m x 600m) que prejudicaria a produtividade; outros atribuem ao clima, mais frio do que o necessário para as culturas agrícolas tropicais, ou ainda argumentam que o relevo acidentado e as características do solo – como a acidez – teriam levado a uma maior propensão à erosão. Esta crise no setor agrícola estimulou os colonos alemães a ingressarem no mercado madeireiro do Rio de Janeiro, com o consequente desmatamento das serras de Petrópolis (GONÇALVES; GUERRA, 2001).
Se a agricultura estava em crise, sem dúvida alguma os residentes deste agora município teriam que vislumbrar uma nova potencialidade para o seu desenvolvimento
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econômico. Portanto, iniciou-se um novo período da história econômica de Petrópolis, com a criação das primeiras indústrias e de uma nova forma de trabalho por parte da população local. A seguir, discorreremos sobre o processo de industrialização de Petrópolis e as repercussões espaciais desta atividade econômica no dinamismo do município. 3. O PROCESSO DE INDUSTRIALIZAÇÃO DE PETRÓPOLIS
om a crise da agricultura em Petrópolis, houve a possibilidade para o
C
crescimento da atividade industrial, favorecendo o aumento populacional em função das novas oportunidades e postos de trabalho que se criaram
rapidamente. Em 1870, treze anos após a fundação de Petrópolis, a indústria já superava a agricultura como principal setor econômico. Apoiando-se, inicialmente, nas indústrias têxtil, de vestuário e de papel, a indústria, de uma forma geral, encontrou em Petrópolis condições excepcionais para se expandir com mão de obra estrangeira qualificada,
potencial
hidráulico
(relevo
com
vales
encaixados
e
bacias
independentes), o fato de ser um ponto intermediário entre Rio de Janeiro e Minas Gerais, a construção de rodovias e ferrovias, além do apoio da Coroa Imperial. Segundo Rabaço (1985), em 1852, a colônia possuía 2.936 habitantes; em 1858 chegava a 4.179 habitantes, sendo 2.974 estrangeiros e 1.205 brasileiros.
A nova função industrial transformou Petrópolis aumentando o número de estabelecimentos industriais espalhados pelas estreitas planícies fluviais, atraindo mão-de-obra de vários pontos do país que, ocupando toda a cidade, permitiu o aparecimento de novos bairros que não estavam previstos no projeto urbanístico de Koeler, criados em áreas cujo interesse maior era a preservação (GONÇALVES; GUERRA, 2001, p. 197-198).
A atividade industrial seguida de um rápido crescimento populacional não se deu de forma homogênea no espaço municipal de Petrópolis, concentrando-se no 1º distrito – Sede/Centro Histórico –, onde ficou estabelecido o centro industrial, e com menor intensidade no 2º distrito, Cascatinha, e residualmente nos demais distritos. Nestes últimos, a agricultura e pecuária continuaram a ser atividades predominantes, muito em função do relevo de feições suaves.
As questões ligadas à acessibilidade também favoreceram enormemente o crescimento industrial (facilidade de escoamento da produção), juntamente com a questão populacional explicitada acima. Em 1861, a primeira estrada de rodagem do
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país, a União e Indústria, foi inaugurada ligando Petrópolis a Juiz de Fora. Em 1883, a estrada de ferro Príncipe do Grão-Pará, mais tarde, Leopoldina Railway, fez com que o primeiro trem subisse a serra. A inauguração desta última, que visava atingir o vale do Paraíba do Sul e a Zona da Mata Mineira, para facilitar o acesso do café ao porto exportador do Rio de Janeiro, favoreceu a chegada de novos trabalhadores, atraídos pelo estabelecimento da primeira indústria têxtil no município, em 1873.
Com a Proclamação da República, o surto do progresso petropolitano pareceu diminuir. Porém, a Revolta da Armada, em 1893, impossibilitando as comunicações com a cidade de Niterói, obrigou que o governo estadual mudasse a capital fluminense para Petrópolis, situação que perdurou até 1902. A abertura da estrada Rio-Petrópolis, inaugurada em 1928, a construção de rodovias interestaduais para Bahia e Minas Gerais, fazendo passar a maior parte do tráfego por Petrópolis, mais sua ligação com Teresópolis, evidenciam a posição invejável do município no panorama político e industrial do Estado.
A indústria expande-se no século XX, principalmente na década de 1960, atraindo um contingente populacional cada vez maior proveniente de outras regiões do estado do Rio de Janeiro e do país. Isto levou a um rápido crescimento populacional, e seguindo uma tendência nacional, a população urbana crescia mais do que a rural. Observouse, durante esta época, uma permanência da concentração nos distritos Sede (Centro Histórico) e, em menor grau, em Cascatinha, onde a atividade industrial tradicionalmente se fixou, enquanto os demais distritos continuaram se dedicando, principalmente, à agricultura e à pecuária.
Também é neste contexto que começam a ocorrer os primeiros problemas urbanos decorrentes do crescimento populacional e são realizadas modificações nas leis do município, favorecendo o parcelamento indiscriminado dos lotes no sentido de sua profundidade, com a ocupação de encostas adjacentes às áreas já urbanizadas, além de encostas com menor declividade e sopé de encostas íngremes (GONÇALVES; GUERRA, 2001).
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4. NOVAS CENTRALIDADES NO MUNICÍPIO DE PETRÓPOLIS
D
urante a década de 1970, a indústria do estado do Rio de Janeiro como um todo entra em decadência pela concorrência com as indústrias paulistas e da região sul. A grave crise que ocorreu na cidade do Rio de Janeiro gerou
fortes impactos sobre a economia de Petrópolis.
Esta crise se deu em função da entrada de novos atores na produção têxtil provenientes do sul de Minas Gerais e do interior do estado de São Paulo, e da obsolescência da indústria têxtil juntamente com a falta de investimentos na sua modernização. Para Costa (2005, p. 53), “[...] só a articulação com um centro dinâmico, maior e mais desenvolvido, possibilitaria uma complementação capaz de preencher as lacunas da economia petropolitana e podem garantir o contínuo desenvolvimento econômico, conforme ocorreu desde o século XIX”.
Aumentou, neste contexto, o desemprego e a pauperização da população petropolitana, que passou a ocupar áreas mais desvalorizadas (em função da declividade, difícil acesso ou áreas de preservação), ou seja, ocorreu a abertura de loteamentos para população de baixa renda fora dos padrões urbanísticos préestabelecidos. Tanto que, a partir da década de 1970, com destaque para a segunda metade da década de 1980 até os dias de hoje, além da abertura de loteamentos executados sem quaisquer critérios quanto às limitações dos terrenos, agravada pela falta de uma política habitacional e pela fiscalização do poder público, a expansão urbana passa a se dar também através de invasões em áreas públicas ou em terrenos não ocupados, até por apresentarem maior declividade e/ou se constituírem áreas sob legislação da APA (Área de Proteção Ambiental) de Petrópolis, convertendo-se em áreas de risco, situadas no sítio urbano.
Assim, a partir da década de 1980, ocorreu uma redução sensível do crescimento populacional de Petrópolis. A tendência à concentração em níveis elevados no 1º e 2º distritos permaneceu, de acordo com o Censo 2000 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No entanto, o que chamou a atenção foi o crescimento populacional dos demais distritos.
Além do aspecto populacional, observam-se atividades que antes ocupavam o Centro Histórico e agora passam a se relocalizar. Ou seja, a partir de meados da década de
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1980, assiste-se a uma multiplicação e diversificação de áreas de concentração de atividades comerciais e de serviços, como os bairros de Araras2 e Nogueira, e os distritos de Pedro do Rio e, especialmente, Itaipava. Estas áreas, com destaque para Itaipava, anteriormente consideradas periferias do Centro Histórico/distrito-Sede passam a apresentar atividades e serviços tipicamente centrais, mas de forma especializada. Estas novas áreas oferecem também diversas opções de lazer como hotéis-fazenda, uma gastronomia refinada (especialmente no bairro de Araras e no distrito de Itaipava), a “Feirinha de Itaipava”3, shopping centers e diversos outros serviços, que atendem aos segmentos de maior poder aquisitivo, em grande parte dos casos moradores do município do Rio de Janeiro e que mantém casas de veraneio no município de Petrópolis, abandonando aos poucos o comércio e os serviços do Centro Histórico/distrito-Sede.
Acreditamos em uma mudança na estruturação urbana do município de Petrópolis, pois com a complexificação daquela cidade média, determinados grupos sociais, aqueles mais abastados economicamente, estão aumentando os tempos de deslocamento ao migrarem para as periferias – não necessariamente imediatas e, no geral, as mais afastadas possíveis – e assim obtêm benefícios os mais variados: paisagens naturais pouco modificadas, ar puro, lotes maiores, homogeneidade social.
A acessibilidade também favorece a descentralização em virtude da melhoria das vias de ligação com e no interior do município de Petrópolis. A privatização da BR-040 proporcionou uma melhoria nas condições dos eixos de ligação com Petrópolis, e a proximidade com a capital fluminense ocasionou a atração de uma parcela da população carioca para o município em busca de amenidades naturais e sociais. Além disso, a acessibilidade favoreceu o desenvolvimento do turismo na região e até a transferência da primeira residência para o município de Petrópolis, tendo em vista o grande número de condomínios e loteamentos fechados surgidos nos últimos anos (SOUTERN, 2007).
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De acordo com o Plano Plurianual 2010-2013, como anteriormente citado, este bairro poderá se tornar, no futuro, o que seria o sexto distrito do município de Petrópolis. Isto mostra uma tendência à desconcentração interna de suas atividades, principalmente do setor terciário.
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A “Feirinha de Itaipava” se caracteriza por um conjunto de pequenas lojas (boxes ou stands) em um espaço às margens da BR-040, em Itaipava, que se destina a venda de uma enorme variedade de roupas, calçados etc. Ficou famosa pelo preço acessível que possibilita a existência de revendedores destas mercadorias por conta de seus menores preços.
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As amenidades constituem outro fator que contribuíram para a formação deste tipo de estrutura urbana. Muitos moradores do Rio de Janeiro buscavam alguns elementos naturais que Petrópolis proporcionava (clima ameno, montanhas, queda d’ água, entre outros), sem contar os próprios moradores do Centro Histórico, cansados dos intermináveis congestionamentos. As amenidades sociais estão relacionadas com este processo através da disponibilização de certas atividades terciárias localizadas em áreas não-centrais, como no caso do distrito de Itaipava, onde a presença de um polo gastronômico, de um número expressivo de shopping centers, de boates e de um parque de exposições atraem alguns segmentos da população.
E de que forma o surgimento desta nova centralidade afetaria a centralidade do Centro Histórico e sua capacidade de gestão do território municipal? Os novos espaços que se originam no processo de descentralização serão entendidos como lugares que passarão a mostrar características necessárias para formarem-se e, a partir disso, centralizar. Atraem a partir de suas especificidades e estão diretamente ligados com o consumo coletivo que oferecem. Entretanto, é bom lembrar, no caso brasileiro essa descentralização, esse afastamento dos grandes centros não se deu em grande escala, isto é, para grandes distâncias como no caso norte-americano (JUNQUEIRA, 2006). Em Petrópolis, percebemos o mesmo padrão brasileiro, ou seja, este espraiamento não se dá de forma tão ampla e, particularmente ao município, não há um desligamento e perda de importância do Centro Histórico. Por isso, contestamos a ideia da formação de um subcentro Itaipava. Além disso, as novas centralidades expressam também o intuito de fragmentar a cidade em lugares cada vez mais definidos pelas estratégias dos agentes imobiliários — estratégias estas que se definem pela mediação do mercado capitalista. Assim, são criados e inseridos novos artefatos que favorecem e aperfeiçoam a reprodução capitalista do espaço: o espaço como produto social constrangido pela acumulação do capital como sistema metabólico social (OLIVEIRA JUNIOR, 2008).
Ainda assim, o distrito Sede se destaca pelo grande potencial turístico, não só em função de suas belezas naturais e pelo clima ameno, mas também pela sua história e patrimônio arquitetônico. Petrópolis possui um número infindável de atrações turísticas como o Museu Imperial (antiga casa de veraneio do Imperador D. Pedro II), o “Palácio Amarelo” (construído pelo Barão de Guaraciaba e adquirido mais tarde pela Câmara Municipal de Petrópolis para servir como sua sede), a Casa da Princesa Isabel, a
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Casa de Rui Barbosa, a Casa de Mauá, o Palácio Rio Negro, a Catedral São Pedro de Alcântara etc.
Outro fator importante é a potencialidade de Petrópolis para atividades que exijam alta tecnologia.
De
acordo
com
o
“Estudo
de
Potencialidades
Econômicas
e
Competitividade das regiões do Estado do Rio de Janeiro” realizado pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV), em razão do bom desenvolvimento do ensino e de sua tradição, assim como sua qualidade de vida, o município de Petrópolis apresenta atrativos para a indústria de serviços de alta tecnologia, especialmente nos segmentos de mecânica de precisão, eletrônica e informática, favorecido, ainda, pelo tronco de fibra ótica que serve o município, bem como pela presença da Universidade Católica de Petrópolis (UCP), pela empresa Petropart S.A., além da instalação do Laboratório Nacional de Computação Científica – LNCC –, solidificando a base para a formação de uma tecnópolis. 5. A TRANSFORMAÇÃO DA BASE INDUSTRIAL EM BASE TERCIÁRIA EM PETRÓPOLIS
O
mais importante fator motriz para o desenvolvimento da indústria em
Petrópolis foi a sua localização próxima à cidade do Rio de Janeiro. Como ressaltado por Magalhães (1966) a ocupação da cidade de Petrópolis ligar-
se-á às necessidades das tropas de burros que vinham do interior para o litoral. Esta cidade se tornou parada para o descanso destas tropas, fazendo-a assim florescer. Este caminho por Petrópolis foi preferencial às tropas, pois se destacava como o mais curto entre as regiões auríferas das Gerais e o Rio de Janeiro.
Existia na cidade de Petrópolis, inicialmente, uma incipiente atividade primária. Porém, como explicitado por Magalhães (1966), a experiência não foi bem sucedida. Diversos fatores foram preponderantes para inibir o desenvolvimento agrário municipal. Um deles mostra a incapacidade da coroa, ainda no século XIX, em definir qual efetivo cargo iria ser ocupado pelas levas de imigrantes recém-chegados. Estes, em determinados momentos, eram encaminhados para o trabalho na construção civil, mais precisamente na construção de estradas; ou então eram empregados no trabalho interno ao Palácio Imperial. Estes fatores eram fortes para inibir o trabalho nas lavouras e os atraíam para os trabalhos mais propriamente urbano-industriais. Além disso, frisa Magalhães (1966), estes imigrantes possuíam ofícios em seus países de
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origem – principalmente Alemanha – o que os tornava necessários, e muitas vezes únicos, para as atividades que exigiam qualificação profissional para a indústria.
Magalhães (1966) também destaca que o tamanho dos lotes era outro tormento para o desenvolvimento agrícola. Pelas suas pequenas dimensões – algo entre 100m X 600m – eram considerados um empecilho para os agricultores desenvolverem um setor agrário forte e competitivo para abastecer as demandas inerentes aos cidadãos locais ou, até mesmo, abastecer a cidade do Rio de Janeiro. Da mesma forma, as propriedades constitutivas do solo mostravam-se impróprias para o uso continuado, já que por ser “muito silicoso, não se prestava para as fainas agrícolas, sendo facilmente levado pelas enxurradas” (MAGALHÃES, 1966, p. 26).
Acreditamos que, muito mais que as limitações físicas, concorriam para o desinteresse agrícola a atividade febril da construção da cidade, para onde acorriam todos aqueles que tinham ofício. De forma que no ano de 1858, 13 anos após a fundação de Petrópolis a indústria já superava a agricultura, assinalando AVE L’ALLEMENT que: “aliás pode dizer-se malogrado o seu destino como colônia lucrativa. O solo é estéril, limitado, escarpado. Cuida-se mais da indústria. Desenvolveram-se várias pequenas artes, oficinas e empresas. Por uma razão muito simples, é muito vantajosa a proximidade com a capital do país (MAGALHÃES, 1966, p. 26).
Percebe-se que a agricultura não foi a atividade econômica que predominou desde a origem de Petrópolis. Isto é um dado importante, pois deve-se considerar que o desenvolvimento econômico de Petrópolis “saltou” uma das etapas mais primordiais e o estopim para o desenvolvimento das cidades, como descrito, o setor agrário. Sendo assim, desde os seus primórdios, Petrópolis já se mostrava arrojada para estabelecer novas relações econômicas e buscou substituir determinismos econômicos e surpreender os gestores se desligando dos tradicionais métodos para o crescimento de sua economia.
Sabendo disso, os primeiros diretores da colônia buscam enaltecer as vantagens comparativas de Petrópolis, para tentar principiar o desenvolvimento industrial da cidade e, assim, quebrar a lógica até então existente, de um passo-a-passo, de subir degraus, iniciando o seu percurso pelo setor primário, depois chegando ao secundário e, em um posterior momento, o terciário. Se assim esteve sempre inscrito na história deste município, porque não, nos dias de hoje, o mesmo não poderia se destacar e criar um desenvolvimento baseado em um novo paradigma tecnológico e na economia de serviços?
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Alguns fatores, além da posição, foram fundamentais para a industrialização de Petrópolis. Antes de citá-los, cabe a este trabalho mostrar a impossibilidade de separar o desenvolvimento industrial de Petrópolis de fatores nacionais e internacionais. Entre eles podemos destacar: a existência de mão de obra estrangeira com qualificação industrial; a organização da rede de transportes a partir do momento que se inaugurou, em 1833, a Estrada de Ferro Príncipe Grão-Pará, que seria menos extensa que a Estrada de Ferro Cantagalo (que se direcionava à Friburgo); a sua posição em relação à rodovia União Indústria4; a proximidade com a metrópole Rio de Janeiro que neste momento era a capital do país, tendo grande importância como centro comercial polarizador de seus arredores; a construção do palácio de veraneio do imperador; o menor custo de vida e, consequentemente, o menor valor dos salários pagos.
Magalhães (1966) destaca que a atividade industrial em Petrópolis tem início com atividades caseiras alimentares – a indústria de conservas – criando uma iguaria apreciada pelos alemães: a salsicha de fígado e sangue. Estas atividades se desenvolvem na localidade conhecida como Mosela. Além disso, já se exportava para o Rio de Janeiro manteiga e queijo. Também destacavam-se as serrarias – já que havia na Serra do Mar a matéria prima, além de ser requisitada para a construção do Palácio Imperial.
No contexto internacional, o Brasil se destacava como destino importante para o aporte de capitais internacionais, principalmente europeus, o que vai ocorrer mediante a busca de lucratividade dos abundantes recursos criados com a indústria, estimulando a busca de áreas periféricas do planeta para investimentos. O Rio de Janeiro, por sua posição de “capitalidade” (LESSA, 2000) exercida pela capital aqui instalada, era destino obrigatório destes recursos. Abreu (2006) e Soares (1966), entre outros autores, mostram muito bem este momento quando relatam a formação de novas áreas na cidade a partir dos investimentos em transportes, energia, sistemas de saneamento e obras públicas em geral.
Outros fatores de contexto internacional estão ligados à guerra. De forma indireta, o Brasil foi beneficiado com a guerra civil estadunidense, pois houve danos conjunturais enormes às plantações de algodão daquele país, prejudicando a sua colheita e, com isso, beneficiando a produção nacional, já que houve o barateamento do preço do 4
Primeira estrada de rodagem do Brasil a ser asfaltada.
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produto no mercado interno brasileiro e, ao mesmo tempo, incentivou-se o aumento da produção em solo nacional (COSTA, 2005). Petrópolis, por condições que serão vistas mais a frente, beneficia-se desta conjuntura para seu processo de industrialização, aproveitando a proximidade com o principal mercado consumidor à época.
O Brasil participará da guerra do Paraguai como principal ator e isto também estimulou o desenvolvimento fabril têxtil no país, pois houve a necessidade de esforços para a guerra a fim de produzir materiais necessários para os soldados que participaram da frente de batalha, além da ampliação das tarifas alfandegárias e a adoção de uma política monetária expansionista (COSTA, 2005).
Entretanto, não só fatores internacionais foram importantes ao estímulo ou ao desestímulo da industrialização brasileira. O início da república no Brasil favoreceu de forma grandiosa os interesses do setor agrícola. O favorecimento aos cafeicultores foi um grande estorvo aos ideais industrialistas do país. Além do favorecimento com medidas especiais a este segmento (cafeicultores), como taxas cambiais específicas e vantajosas, houve ainda o comprometimento de grande parte da receita da nação com estímulos à valorização do café, migrando para todos os setores, exceto o industrial ou, se assim fosse feito, em pequenas parcelas insignificantes (PRADO JUNIOR, 1988).
Todavia, o grande sucesso do café no país estabeleceu condições para o desenvolvimento de setores de apoio às atividades agrícolas, como bancos, comércio, serviços, casas de câmbio etc. Ao mesmo tempo, a demanda por serviços e comércio por parte dos cafeicultores funcionara como um incentivo para a formação de um mercado interno no Brasil. Além de São Paulo, estado principal na produção brasileira e mundial, o Rio de Janeiro, por ser capital e apresentar as sedes do poder e a maioria esmagadora do funcionalismo, será privilegiado com este processo. Por isso, Petrópolis obteve privilégios na formação de uma base industrial em seu território, aproveitando a relação próxima com a metrópole carioca.
Em 1853 já se constatava a existência de diversas indústrias em Petrópolis, como a fábrica de tecidos do francês Alfred Gand, três fábricas de cerveja, uma serraria para fabricar tinas, rodas e outros produtos de madeira, além de uma fábrica de calçados (MAGALHÃES, 1966, p. 27). Além disso, outros estabelecimentos se dedicavam às ferragens, relojoarias, ourivesarias, fábrica de móveis e oficinas de marceneiros,
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olarias, vidros, canos, fábrica de sabão, papel entre outras. Cabe ressaltar a fábrica Dona Isabel fundada em 1889, que foi a única montada com capital exclusivamente petropolitano e os sócios eram, até o final da década de 1930, moradores do município (COSTA, 2005, p. 39). Talvez este dado permita especular sobre a tentativa de se tornar independente das amarras do município-Sede por parte das elites de Petrópolis. Esta hipótese pode hoje ser percebida quando este município tenta criar um desenvolvimento econômico a partir do estímulo aos setores que mais têm atraído receitas como o turístico, comércio, confecções, decorações/design, gastronomia e o de alta tecnologia, ou seja, o terciário.
O município de Petrópolis sempre apresentou fatores muito particulares que mostram a probabilidade para o desenvolvimento da atividade manufatureira e o surgimento da indústria. A princípio, relatam-se as diferenças nos custos de produção. O custo de vida em Petrópolis era bem menor em relação ao do Rio de Janeiro e, com isso, os salários eram quase a metade dos adotados na capital. (COSTA, 2005).
As características naturais, sem se constituírem num fator determinante, também corroboraram no desenvolvimento da indústria. Os recursos hídricos são importantes para a produção das indústrias têxteis, uma vez que uma grande quantidade de água é demandada para o setor de alvejamento e tinturaria. Ademais, a “produção de energia também é um fator importante, pois as pequenas quedas d'água localizadas na região de serra podiam ser a força que movia a indústria, sem a necessidade de montar grandes linhas de transmissão de energia, como seria o caso da baixada fluminense” (COSTA, 2005, p. 41). As empresas petropolitanas buscaram se estabelecer às margens dos rios Piabanha e Quitandinha. Isso também ocorre no distrito de Cascatinha e no Bairro do Morin, que contavam com infra-estrutura hídrica capaz de atender os interesses da indústria nascente. Com isso, há em Petrópolis uma dispersão das indústrias pela cidade, e não a concentração em um “pólo” de desenvolvimento. Embora a cidade ganhasse serviços de energia elétrica oferecida pela Cia Brasileira de Eletricidade, as quedas de água eram fontes de energia que garantiam independência do sistema público e ajudavam a formar uma estrutura de custos vantajosa (COSTA, 2005, p. 41).
Condicionantes climáticos também são importantes na adequação da cidade às indústrias, principalmente às têxteis, pois além de atrair mão de obra qualificada, a umidade favorecia a fiação do algodão, já que evitava a ruptura dos fios utilizados nas indústrias de confecção e a formação de nós. Inclusive, a altitude e a distância em
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relação ao mar ajudavam a conservar o maquinário dos efeitos corrosivos da chamada maresia. Com isso, diversas indústrias surgiram. Predominou o setor têxtil, com Empresas como a Cia Petropolitana, a Fábrica D. Isabel, a Cia São Pedro de Alcântara. Com a expansão constante destas empresas o “trabalho feminino e infantil cresceu 58%” (MARTINS, op cit, 50), entre 1890 e 1930. Este setor se desdobra nas décadas seguintes em malharias, roupas em geral e aviamentos. Também se abre a possibilidade da produção de máquinas de costura. No setor de alimentos e bebidas, principalmente após os anos 20 do século XX, cita-se como exemplo a expansão da Cervejaria Bohêmia e a criação da Fábrica de Doces Guerra. Além disso, diversas pequenas empresas vão surgir para atender a demanda por alimentos. Outro setor, às vezes esquecido, é o químico que teve grande crescimento nas primeiras décadas do século XX. Uma gama variada de empresas que envolviam a produção de sabão, sabonete, pílulas, perfumarias e produtos farmacêuticos (COSTA, 2005, p. 41-42).
Apesar de todos estes exemplos de indústrias em Petrópolis, Costa (2005, p. 40-41) afirma que o desenvolvimento industrial de Petrópolis não se deu a partir de uma política planejada de fomento ao setor, mas sim por fatores locais que estavam atrelados diretamente aos interesses econômicos das elites da capital carioca. Apesar de todos os incentivos dados pelo governo central ao setor agrário, o mesmo tornouse decadente e a partir da crise internacional oriunda da quebra da bolsa de valores de Nova Iorque, em 1929, havendo a mudança do direcionamento dos investimentos dentro do Brasil. De fato, a partir de 1930, com a chegada ao poder de Getúlio Vargas, seu governo iniciará o desenvolvimentismo do país a partir de um processo de industrialização e, a reboque, Petrópolis aproveitará os louros deste novo pensamento estratégico brasileiro, prevalecendo-se dos fatores acima citados para criar as condições para um pujante desenvolvimento econômico.
Observa-se um contínuo processo de desenvolvimento econômico com a expansão industrial e dos serviços atrelados a mesma até a década de 1960, respeitando, é claro, momentos e ciclos de maior e menor crescimento, contudo, progredindo e conseguindo um clima de desenvolvimentismo nunca antes observado no município. “Vivia-se em Petrópolis o clima do pleno emprego, devido à demanda por trabalho das inúmeras indústrias. Do setor têxtil e suas ramificações do início do século, surgiu um complexo de empresas que englobam a Dentsply (materiais odontológicos), conjuntamente com o crescimento no setor metal-mecânico e de mecânica de
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precisão como a Werner, a Celma e de materiais óticos como a Sola-Brasil” (COSTA, 2005, p. 42-43). Entretanto, nas décadas seguintes – de 1970 e 1980 –, a economia industrial petropolitana passou por momentos difíceis e assistiu ao declínio de seu desenvolvimentismo, havendo a fuga de empresas do município e retração de sua economia. Iniciou-se, assim, uma grave crise que se instala no município, principalmente, a partir dos anos 70. Com a aproximação dos anos 80, nota-se que houve um processo de desindustrialização: ocorreu na região o fechamento de diversas fábricas e um crescente aumento do desemprego (COSTA, 2005, p. 43).
Isto se deve ao fato de a cidade do Rio de Janeiro passar por uma crise estrutural que teve seu ponto culminante em 1960, com a transferência da capital do país para Brasília, deixando a antiga capital sem saídas imediatas para o problema de fuga de indústrias e demais capitais, que passaram a se direcionar, mais do que nunca, ao estado de São Paulo, ao estado de Minas Gerais e à região Sul do país. As próximas décadas, até 1990, foram de aflição por parte da geração de riqueza e crescimento econômico do município de Petrópolis. Como foi ressaltado, o desenvolvimento industrial e econômico de Petrópolis estava ligado à Região Metropolitana do Estado. Com a grave crise que se abate sobre o Rio de Janeiro, a economia local fica em xeque e passa a ter dificuldades de prosseguir apresentando os mesmos padrões de crescimento. Isso pode ser explicado porque Petrópolis tem dificuldade, ou impossibilidade, de internalizar os setores definidos por (Michal) Kalecki como necessários para efetivar o desenvolvimento industrial endógeno. Só a articulação com um centro dinâmico, maior e mais desenvolvido, possibilitaria uma complementação capaz de preencher as lacunas da economia petropolitana e podem garantir o continuo desenvolvimento econômico, conforme ocorreu desde o século XIX (COSTA, 2005, p. 43).
Consequentemente, a crise da indústria em Petrópolis veio a reboque deste momento ruim da economia do Rio de Janeiro. Podemos constatar este movimento de esvaziamento econômico de Petrópolis a partir dos dados sobre a variação do PIB (Produto Interno Bruto) fluminense, por região, como de empregos da região serrana do Rio de Janeiro, pois vale lembrar a pujante grandeza de Petrópolis no conjunto econômico desta mesma região.
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O período que se estendeu da mudança da capital do Rio de Janeiro para Brasília, entre as décadas de 1960 e 1990, foi extremamente agonizante para a economia do estado, pois houve o deslocamento e uma concentração econômica em São Paulo e na região Sul do país. Além disso, [apesar do aumento do número de indústrias têxteis no cenário fabril brasileiro, de novo vindos de São Paulo, Sul e Minas Gerais], aquelas empresas que estiveram no topo da produção têxtil não investiram em modernização e, com isso, teve início um processo de obsolescência da indústria de confecções de Petrópolis, levando à fuga das mesmas para as já citadas localidades, deixando o município à própria sorte para continuar sua existência. Aliada à incompetência interna por parte do poder público e das elites que por muitos anos tiraram proveito dos louros do desenvolvimentismo pelo qual passou o município de Petrópolis, a perda da “capitalidade” por parte do Rio de Janeiro foi o golpe de misericórdia para a pujante industrialização da cidade, criando, então, uma grande lacuna e a certeza de que dias ainda piores estavam por vir. Não é possível pensar a crise da economia petropolitana sem compreender a crise do Estado do Rio de Janeiro. Não parece fazer sentido apenas acusar empresário de Petrópolis de incompetência crer ou que estes perderam o bonde da história e não modernizaram suas empresas para a competição imposta pelo mercado. Mesmo que individualmente alguns empresários possam ter pecado por falta de capacidade técnica, isso não explica de forma exaustiva o fenômeno de crise aguda que se abate sobre a região. Uma vez que a situação de graves problemas econômicos cobre o Município Sede (M-S) e também está espalhada em todo o Estado, é necessário investigar as causas mais profundas das dificuldades. Esta crise se espalhou pelos mais diversos ramos da vida do cidadão do Estado do Rio de Janeiro. Da economia a questões sociais (como habitação, educação, transportes, violência etc.) a dificuldade abalou a própria auto-estima do Carioca em especial, mas também a dos demais fluminenses. Nota-se que a crise tem um caráter complexo (COSTA, 5 2005, p. 44).
A partir da segunda metade da década de 1990 teremos contato com uma revitalização da economia do estado do Rio de Janeiro e este fenômeno será conhecido na literatura como inflexão positiva. Este termo é emprestado de Natal (2005), o qual realiza, além desta obra, inúmeras outras que abordam a temática e pensam no desenvolvimento econômico percebido através de dados dos principais institutos de pesquisa do estado e do Brasil.
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É essencial ressaltar que parte fundamental desta seção está baseada na obra de Costa (2005).
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Gráfico 1 – Taxa de crescimento anual do Rio de Janeiro em relação ao Brasil e aos demais estados do Sudeste Fonte: (FUNDAÇÃO CIDE)
O gráfico um nos remete à discussão sobre a crise do estado. Se for observado atentamente, percebe-se que o crescimento do Rio de Janeiro até a década de 1960 era maior até mesmo do que o do estado de São Paulo e a média nacional. Porém, a partir da década de 1960, o crescimento fluminense submete-se a uma inflexão negativa na taxa de crescimento até a década de 1990. Pode-se perceber, ainda, que a partir do último decênio o crescimento segue em ascensão, começando a atingir o de Minas Gerais, apesar de ainda estar inferior ao de São Paulo e ao da média nacional.
Por inflexão econômica positiva será entendido o processo que vem ocorrendo no estado do Rio de Janeiro, pós-1995, cujo maior destaque se dá pela retomada do crescimento econômico do estado, isto é, uma tendência à reversão do quadro de crise e não um crescimento enorme e sustentado. Mas, frisando bem, não significa um elevado crescimento de sua economia a ponto de transformar-se em pouco tempo no que foi o seu papel durante um longo período de nossa história como centro principal e motor do desenvolvimento nacional, mas sim cessando um longo período de estagnação e regressão para entrar em ascensão.
Observe que Natal (2005) não menciona um crescimento acelerado, mas sim uma “tendência à reversão” da crise até então enfrentada. Esta forma de agir foi recorrente durante todo o período em que o Rio de Janeiro foi capital da república e, talvez por isso, sentiu-se tanto os efeitos de um desligamento umbilical que existia até a década de 1960 com o governo federal, obrigando o estado a percorrer seu caminho solitariamente, contando com o que ele tem de melhor, e não buscando meras recompensas ou vantagens que são paliativas e que ao longo dos anos só viriam a afundar ainda mais o desenvolvimento estadual.
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Vale lembrar que durante a década de 1990 inicia-se a estabilização da economia com o novo plano econômico Real, o que também pode ser visto como fator importante para a economia fluminense. Esta estagnação ocorre, pois historicamente o Rio de Janeiro teve uma produção econômica muito mais voltada para o abastecimento do mercado interno, tanto em relação à produção industrial propriamente dita, como em relação ao setor terciário, sendo este último, inexoravelmente, o mais importante de sua economia.
Esta estabilização econômica permitiu que a renda do trabalhador fosse aumentada em relação ao seu poder de compra, e a inflação em controle deixou de ser uma grande vilã corrosiva dos salários, além de conquistar uma estabilização nos preços dos produtos e serviços. Tudo isso permitiu que o setor de serviços e o comércio voltassem a obter um bom desempenho, aliando a isso um estímulo ao segmento industrial, voltando a movimentar a roda da economia do Rio de Janeiro. Este rápido retrospecto da crise da cidade do Rio de Janeiro – e do estado a reboque – foi necessário, pois não há possibilidade de entender o momento atual da economia de Petrópolis sem passar por fatores externos a ela, a saber, sua ligação intrínseca com o capital.
Finalmente, as considerações finais deste artigo se enquadram na admissão da existência de um importante momento de transição para a economia de Petrópolis. Isto permite pensar a necessidade existente por parte do poder público municipal em criar estratégias para um desenvolvimento econômico que procure se basear, unicamente, em suas potencialidades, tornando-se menos dependente da metrópole carioca.
Acreditamos que o seu passado industrial foi substituído por um presente terciário, criando a alteração da base econômica deste município. Não queremos com isso afirmar a ausência de indústrias em Petrópolis, muito pelo contrário; entretanto, as atividades ligadas aos serviços e ao comércio serão predominantes a partir do momento em que se estruturar um conjunto de fatores pioneiros que permitiram que o município de Petrópolis possa realizar uma plena transição para uma economia baseada nos serviços e, assim, ratificar sua histórica tradição de estar a frente de seu tempo.
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A centralidade urbana em Petrópolis Aramis Cortes de Araujo Junior Geógrafo, Doutorando em Geografia na Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), Professor do Instituto Federal do Espírito Santo (IFES) Ibatiba, ES E-mail: aramiscortes@yahoo.com.br
ARAUJO JUNIOR, A. C. de. A centralidade urbana em Petrópolis. Revista Espaço Científico Livre, Duque de Caxias, n. 23, p. 43-67, dez.-jan., 2014-2015.
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Árvore Geradora de Custo Mínimo: estudo e aplicação do algoritmo de Prim MINIMUM SPANNING TREE COST: STUDY AND IMPLEMENTATION OF PRIM'S ALGORITHM
Carlos Estevão Bastos Sousa Graduado em Sistemas de Informação pela Faculdade Ieducare (FIED) Ubajara, CE E-mail: carlosestevao1@hotmail.com
SOUSA, C. E. B. Árvore Geradora de Custo Mínimo: estudo e aplicação do algoritmo de Prim. Revista Espaço Científico Livre, Duque de Caxias, n. 23, p. 68-75, dez.jan., 2014-2015.
RESUMO O presente artigo possui o objetivo de estudar e aplicar algoritmo guloso (encontra a melhor solução viável a cada iteração, ou seja, não “pensa” nas consequências) de Prim (1957), um dos principais algoritmos aplicados para solucionar o problema da Árvore Geradora de Custo Mínimo (MST, do inglês Minimum Spanning Tree): um clássico problema de otimização combinatória que como o próprio nome já diz, tem a intensão de,
dado um determinado grafo conexo, encontrar uma árvore (grafo não direcionado, conexo e acíclico) que ligue todos os vértices conectando-os através do menor caminho possível (arestas com menor valor), o MST, apesar de sua proposta simples, possui diversas aplicações, tais como: redes de dados, ferrovias, circuitos elétricos, mapas, entre outras.
Palavras-chave: Custo mínimo. Vertices. Arestas. ABSTRACT The present article has the objective to study and apply greedy algorithm (find the best feasible solution at each iteration, ie not "think" the consequences) of Prim (1957), one of the main algorithms applied to solve the problem of Spanning Tree Least Cost (MST): a classic combinatorial optimization problem which as the name implies, has the intention of, given a certain
connected graph, find a tree (undirected graph, connected and acyclic) that connect all vertices connecting them via the shortest path possible (edges with lower value), the MST, despite its simple proposal has several applications, such as data networks, railways, electrical circuits, maps, among others.
Keywords: Minimum cost. Vertices. Edges.
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1. INTRODUÇÃO
A
tualmente muitas pessoas utilizam GPS, mas, não sabem como ele realmente funciona, podemos afirmar que o aparelho têm como objetivo principal encontrar a melhor rota possível de um ponto a outro, de uma forma bem
simples podemos afirmar que, para que este objetivo seja alcançado o dispositivo necessita de mapas (que podem ser utilizados através de grafos), rota (através de uma árvore/subgrafo) e algoritmos que calculam a melhor rota possível (neste caso iremos utilizar o algoritmo de Prim). Vale lembrar que nem sempre a melhor rota possível é a menor, para isso, basta que imaginemos duas avenidas, uma possui o menor caminho, mas, está totalmente congestionada, já a outra possui um caminho mais longo, porém, totalmente “livre” de veículos, logicamente o segundo caminho poderá ser bem mais rápido do que o primeiro provando a ideia de que nem sempre o menor percurso será o mais rápido/melhor.
O algoritmo de Prim possui o objetivo de encontrar em um grafo conexo a sua árvore geradora mínima, o que parece ser um problema bem simples de resolver, mas, que, com uma quantidade muito grande de locais (vértices) pode se tornar algo bem complicado, a solução para o problema citado possui diversas aplicações, desde a utilização de um GPS (como citado anteriormente) a projetos envolvendo redes de computadores, telefonia, ferrovias, entre outros projetos que necessitam uma árvore geradora mínima/máxima.
2. EMBASAMENTO TEÓRICO
omo vimos anteriormente para solucionar o problema da Árvore Geradora de
C
Custo Minimo (MST, do inglês Minimum Spanning Tree) iremos fazer utiliza um grafo (representação de um mapa), uma árvore (representação do
caminho mínimo) e o algoritmo de Prim (algoritmo guloso que será utilizado para encontrar a melhor solução).
Grafos são estruturas que servem para interligar, através de arestas, objetos (vértices) e assim formar um determinado conjunto. De acordo com VIANA (1998, p. 36) “um grafo, orientado ou não, é dito valorado se tem valores associados aos vértices e/ou às arestas. Estes valores podem corresponder a distância, capacidade, localização ou
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custos de uma maneira geral, em função das características ou propriedades de cada elemento do grafo. Quando o interesse é apenas no inter-relacionamento dos vértices, diz-se que o grafo é não valorado”.
Figura 1: Grafo conectando algumas cidades de São Paulo Fonte: (MIYAZAWA, [20--])
“Uma árvore é um grafo não-direcionado que é conexo e acíclico. Muito do que faz árvores tão úteis é a simplicidade da sua estrutura” (DASGUPTA; PAPADIMITRIOU; VAZIRANI, 2009, p.129).
Algoritmo guloso (Greedy Algorithm) é uma técnica de construção de algoritmos voltada para problemas de otimização, a mesma sempre escolhe a melhor solução no momento, o que a torna meio “cega”, pois, a mesmo não consegue visualizar as consequências de suas escolhas, fazendo assim, com que nem sempre a solução final seja a melhor possível (solução ótima). “Algoritmos gulosos constroem uma solução peça por peça, sempre escolhendo a próxima peça que oferece benefício mais óbvio e imediato. Embora uma abordagem como essa possa ser desastrosa para algumas tarefas computacionais, existem muitas para as quais ela é ótima” (DASGUPTA; PAPADIMITRIOU; VAZIRANI, 2009, p.127). O algoritmo de Prim foi desenvolvido em 1930 pelo matemático Vojtěch Jarník e depois pelo cientista da computação Robert Clay Prim em 1957, como citado anteriormente, o mesmo é um algoritmo guloso e possui o objetivo de encontrar a árvore geradora de custo mínimo/máximo de um grafo conectado, valorado e não
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direcionado, ou seja, o mesmo pretende encontrar um subgrafo no qual, dependendo da necessidade encontrará o caminho mínimo ou máximo de um grafo.
Segundo o professor Humberto Brandão (UNIFAL-MG) "O algoritmo de Prim é guloso porque a árvore é expandida a cada etapa com uma aresta que adiciona o menor peso possível na árvore".
Figura 2: Algoritmo de Prim Fonte: (CARVALHO, 2005, p. 18)
3. METODOLOGIA DO TRABALHO
A
metodologia resume-se na criação do algoritmo de Prim (linguagem de
programação Java) aplicado a diversos grafos, afim de encontrar a Árvore Geradora de Custo Mínimo. O grafo na figura 1 foi um dos diversos testes e
representa as mesorregiões do Estado do Ceará, como podemos ver: um grafo com n nós, possui n2 alocações (ver tabela), o algoritmo proposto deverá encontrar Árvore Geradora de Custo Mínimo da mesma.
Figura 3: Grafo representando as mesorregiões do estado do Ceará Fonte: Adaptado de (BAIXAR MAPAS, [20--])
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REGIÕES
A
B
C
D
E
F
G
A
0
150
∞
315
∞
∞
∞
B
150
0
119
∞
207
∞
∞
C
∞
119
0
∞
90
∞
∞
D
315
∞
∞
0
169
95
153
E
∞
207
90
169
0
135
∞
F
∞
∞
∞
95
135
0
60
G
∞
∞
∞
153
∞
60
0
Tabela 1: Representação da figura 1 Fonte: (ELABORAÇÃO PRÓPRIA, 2014)
O algoritmo proposto seguiu os seguintes passos:
Passo 1: Escolha de um vértice qualquer (neste caso foi escolhido o vértice A), os vértices conectados a ele através de uma única aresta são B e D, analisa o melhor e o escolhe, no caso B, assim, a aresta escolhida será AB(150).
Passo 2: O próximo vértice será o que possui menor peso conectado a A ou B, neste caso, a aresta escolhida foi BC(119).
Passo 3: Neste passo irá escolher o menor peso conectado a A, B ou C, a aresta CE(90) foi a opção escolhida.
Passo 4: Repete o procedimento anterior, acrescentando o vértice E, a aresta EF(135) foi a escolhida.
Passo 5: Repete o procedimento anterior, acrescentando o vértice F, a aresta FG(60) foi a escolhida.
Passo 6: Repete o procedimento anterior, acrescentando o vértice G, a aresta FD(95) foi a escolhida.
Finalmente o algoritmo contém N - 1 passos, assim é encerrado e mostrado o caminho mínimo encontrado(649).
72
Figura 4: Algoritmo proposto Fonte: (ELABORAÇÃO PRÓPRIA, 2014)
4. ANÁLISE DOS DADOS
egue abaixo os dados gerados pelo algoritmo proposto.
S
Obs.: Como entrada foram utilizados os dados da tabela 1 (gerados a partir do grafo figura 3). Saída: A e B = 150 B e C = 119 C e E = 90 E e F = 135 F e G = 60 F e D = 95 Caminho mínimo: 649
73
Figura 5: Grafo representando as mesorregiões do estado do Ceará Fonte: Adaptado de (BAIXAR MAPAS, [20--])
5. DISCCUSSÃO DOS RESULTADOS
C
omo podemos perceber, apesar do algoritmo proposto ser uma aplicação simples, ele obteve sucesso em encontrar a menor rota, o mesmo apresentou um ótimo tempo de execução e não ocorreu looping infinito em nenhum dos
grafos testados, o que é bastante comum quando aplicado algoritmos gulosos a este tipo problema. Vale lembrar, que o algoritmo de Prim só pode ser aplicado a grafos conexos diferentes de outros algoritmos como Kruskal e Boruvka.
6. CONCLUSÃO
A
pesar do algoritmo de Prim funcionar apenas com grafos conexos e que nem sempre a solução encontrada será a solução ótima, é válido lembrar que o mesmo é bem simples, possui fácil implementação e é rápido, ou seja,
mesmo não encontrado a solução ótima, encontrará uma boa solução e em tempo ágil, ou seja, para problemas com pequenos grafos ou problemas mais simples cabe aí a implementação deste algoritmo, para casos mais complexos é interessante utilizar outra técnica de construção de algoritmos o que pode se tornar outro problema devido o fator tempo de execução.
74
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Árvore Geradora de Custo Mínimo: estudo e aplicação do algoritmo de Prim Carlos Estevão Bastos Sousa Graduado em Sistemas de Informação pela Faculdade Ieducare (FIED) Ubajara, CE E-mail: carlosestevao1@hotmail.com
SOUSA, C. E. B. Árvore Geradora de Custo Mínimo: estudo e aplicação do algoritmo de Prim. Revista Espaço Científico Livre, Duque de Caxias, n. 23, p. 68-75, dez.jan., 2014-2015.
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Uma Nova Proposta Para o Ensino da Disciplina de Programação Orientada a Objetos nas Escolas Estaduais de Educação Profissional do Ceará A NEW PROPOSAL OF THE TEACHING OF THE DISCIPLINE OBJECT ORIENTED PROGRAMMING IN VOCATIONAL EDUCATION STATE SCHOOLS FROM CEARÁ
Rhyan Ximenes de Brito Bacharel em Ciências da Computação Tianguá, CE E-mail: rhyan.brito@ifce.edu.br Francisco Célio da Silva Santiago Pedagogo Tianguá, CE E-mail: celio.santiago@ifce.edu.br Janaide Nogueira de Sousa Bacharel em Sistema de Informação Tianguá, CE E-mail: janaide@hotmail.com
BRITO, R. X. de; SANTIAGO, F. C. da S.; SOUSA, J. N. de. Uma Nova Proposta Para o Ensino da Disciplina de Programação Orientada a Objetos nas Escolas Estaduais de Educação Profissional do Ceará. Revista Espaço Científico Livre, Duque de Caxias, n. 23, p. 76-92, dez.-jan., 2014-2015.
RESUMO O presente artigo visa apresentar a importância dos objetos de aprendizagem como ferramentas de apoio ao ensino da disciplina de programação orientada a objeto, dando ênfase aos softwares Alice e Greenfoot, utilizados como propostas de ensino no que concerne ao entendimento e usabilidade de um dos mais importantes paradigmas computacionais, utilizados para o desenvolvimento de softwares. Nesses termos o estudo sugere uma investigação
sobre a utilização dessas ferramentas de forma a evidenciar seu aspecto funcional e facilitador da aprendizagem dos discentes frente às dificuldades observadas durante o processo de ensino e aprendizado. Devese salientar que a pesquisa foi fundamentada com base na coleta de dados obtidos através de questionários que foram direcionados aos docentes da Rede Estadual de Educação Profissional nos cursos técnicos em Informática e Redes de
76
Computadores, onde pôde ser observada a importância das ferramentas citadas no
trabalho.
Palavras-chave: Objetos de aprendizagem. Alice. Greenfoot. Programação Orientada a Objetos. ABSTRACT This article intends to present the importance of the learning objectives as support tools to the teaching of the discipline programming orientated to the object, with emphasis in Alice and Greenfoot softwares, used as teaching proposes concerning to the understanding and usability of one of the most important computation paradigms utilized to the development of softwares. In these terms, the study suggests an investigation about the utilization of these tools so that gives
evidence in its functional and facilitator aspects of student’s learning facing the difficulties observed during the learning and teaching process. It must be accentuated that the research was substantiated in data collect obtained through of questionnaires that were directed to instructors from the State Professional Education Network in the Informatics and Networks Technical Courses, in which it was possible to observe the importance of the tools mentioned in this research.
Keywords: Learning objects. Alice. Greenfoot. Object oriented programming.
1. INTRODUÇÃO
A
tarefa de educar é algo que inevitavelmente lança o educador rumo a
desafios e diante dos mesmos faz necessária a utilização de recursos tecnológicos de forma incremental nas práticas pedagógicas. Essas novas
práticas metodológicas fazem-se necessárias de forma a provocar a reflexão do quanto é importante a utilização de recursos que facilitem o aprendizado dos discentes. Diante de tal fato sabe-se que a utilização de objetos de aprendizagem ganha espaço e tornam-se importantes aliados no contexto educacional de forma a aprimorar os processos de ensino e aprendizagem estimulando e motivando os discentes para que superem os desafios enfrentados no decorrer da disciplina.
Nesse sentido esse artigo apresenta o resultado de uma pesquisa realizada com professores das Escolas Estaduais de Educação Profissional do Curso Técnico em Informática e Redes de Computadores do estado do Ceará, contemplando metodologias, estratégias, dificuldades e resultados a cerca do ensino da Programação Orientada a Objeto com o uso de objetos de aprendizagem como os softwares Alice e o Greenfoot.
Este estudo surgiu da necessidade de mensurar o quanto objetos de aprendizagem podem ser eficientes no tocante à aprendizagem dessa disciplina que é objeto de
77
pesquisas, por função das dificuldades enfrentadas por docentes e alunos no decorrer do processo de aprendizagem.
Vale ressaltar que neste estudo será tratado especificamente do uso dessas ferramentas no ensino da Programação Orientada a Objeto que é integrante da matriz curricular de cursos dos níveis técnico, tecnológico e superior. Será analisado de forma reflexiva como esses objetos de aprendizagem utilizados pelos docentes, podem proporcionar melhor aproveitamento da aprendizagem por parte dos discentes.
Aprender a programar é um processo complexo e exigente, nesse sentido, para que os educandos tornem-se bons programadores, devem adquirir competências que irão além de conhecer a sintaxe e a semântica de uma linguagem de programação (GOMES; MENDES, 2000).
Para que se possam ter resultados verdadeiramente positivos, torna-se importante que os discentes possuam algum grau de abstração de forma a facilitar a assimilação de conceitos relativos à Programação Orientada a Objeto, porém dificuldades no aprendizado
geram
como
consequência,
reprovações,
baixos
índices
de
aproveitamento, ou mesmo altos índices de evasão. Ficando evidente a necessidade da incorporação de ferramentas que estimulem o desenvolvendo cognitivo da abstração pelos discentes.
É justamente pela abordagem abstrata [...] que se justifica a pesquisa e o desenvolvimento de ferramentas e/ou aplicações tecnológicas para o aprendizado ideal. Os aspectos cognitivos relacionados à captação de conteúdos comprovam a eficácia de processos que relacionam a ferramenta computador em beneficio da produtividade intelectual (MATTOS; FERNANDES; LOPEZ, 1999).
Todo esse processo deve ensejar em um melhor aproveitamento por parte do discente de forma a refletir nos resultados esperados pelo docente.
Muitos dos problemas relativos ao aprendizado de disciplinas de programação são fatores constituidores de desafios para docentes e discentes, podendo ser evidenciados pelos mesmos, quando chegam a outras disciplinas que as exigem como pré-requisitos para o seu aprendizado (ROCHA, 1991).
78
2. OBJETOS DE APRENDIZAGEM
bjetos de Aprendizagem são recursos educacionais, que podem ser
O
aplicados em qualquer área do conhecimento, com o objetivo de facilitar o processo de ensino-aprendizagem, e favorecer a autonomia do discente em
criar situações que visem possibilitar o seu desempenho numa determinada disciplina ou conhecimento específico. Um objeto de aprendizagem pode ser conceituado como sendo todo objeto que é utilizado como meio de ensino/aprendizagem. Um cartaz, uma maquete, uma canção, um ato teatral, uma apostila, um filme, um livro, um jornal, uma página na web, podem ser objetos de aprendizagem. A maioria destes objetos de aprendizagem pode ser reutilizada, modificada ou não e servir para outros objetivos que não os originais. Em muitas escolas existe aquele famoso depósito, nem sempre muito organizado, onde se guardam (às vezes sepultam) objetos que fizeram parte de aulas e projetos. Um depósito de onde se recuperam estes objetos para reutilização, modificação, e até que o desgaste inviabilize novas transformações e utilizações (GUTIERREZ, 2004).
Dentro desses termos, pode-se observar que os objetos de aprendizagem possuem como característica a capacidade de reutilização em diferentes contextos, em qualquer área do conhecimento, de forma a propiciar a autonomia do educando com relação ao seu próprio saber, gerando conhecimento e oportunizando a aprendizagem significativa. Um Objeto de Aprendizagem deverá, quando utilizado no processo de ensino, favorecer ao educando a construção de significados. Isto significa que o conteúdo novo deverá estar ligado a estruturas conceituais já existentes na cadeia cognitiva do estudante. Havendo essa relação, poderemos falar em aprendizagem significativa (SOARES, 2009).
Não se pode esquecer que dessa forma o discente terá uma forte base conceitual, pois estará sendo vivenciado um contexto do qual se evidencia uma perspectiva onde o uso de problemas e situações reais simuladas podem gerar um desafio do qual fortalecerão a aprendizagem significativa, num contexto investigativo, onde será buscado resolver situações problemas. ”O avanço dos recursos tecnológicos, gradativamente, aproxima as modalidades educacionais e cria novas formas de aprendizagem” (SILVA, 2011).
79
Nas práticas diárias, podem-se perceber dificuldades que os discentes enfrentam, pois precisam assimilar conteúdos e criar práticas que venham a favorecer o interesse em buscar estratégias que motivem o desenvolvimento cognitivo e a curiosidade pelo assunto. Os objetos de aprendizagem tem essa função, facilitar a compreensão e motivador a busca pelo conhecimento de forma simples e eficaz.
Diante de tal perspectiva pode-se enfatizar que a educação escolar sempre esteve presa a lugares e tempos determinados, centrados no professor que procura ajudar, de modo que cada um consiga avançar no processo de aprendizagem (MORAN, 2003).
Até então o uso de objetos de aprendizagem não era utilizado de forma a facilitar o aprendizado, contudo observar-se que a sua incorporação dentro do contexto educacional passa a ser algo de extrema importância. 3. PROGRAMAÇÃO ORIENTADA A OBJETO
A
orientação a objeto é um paradigma, ou seja, uma metodologia para
implementação e representação em forma de código das mais diversas situações possíveis do mundo linear para o mundo orientado a objeto
(ARAUJO, 2008).
Para compreender a orientação a objetos deve-se ter ciência que a mesma possui bases conceituais com origem no campo dos estudos da cognição, que de forma evidente influenciou a Inteligência Artificial e até mesmo a Linguística, pois a mesma trata da abstração como elemento básico para a compreensão do mundo linear. O mundo Orientado a Objeto é totalmente semelhante ao mundo a nossa volta, onde tudo é tratado como objeto. Então, não existe mais uma palavra “Programa” para definir um conjunto de instruções que o computador deverá executar, mas sim uma “Classe” (ANSELMO, 2005).
Para que esse paradigma seja compreendido, deve-se ter em mente que tudo a nossa volta são objetos e que esses objetos possuem característica e podem assumir certos comportamentos e que de uma forma ou de outra pertencem a alguma classe que nada mais é do que um modelo ou padrão. Por exemplo, João é um homem alto que todos os dias estuda programação, nessa frase podemos identificar o objeto João com
80
sua característica peculiar que é sua altura e executando uma ação que é o ato de estudar. Nesse exemplo pode-se observar que João faz parte da classe pessoa, essa classe seria uma espécie de fôrma onde todas as pessoas serão criadas com base nela, preenchendo requisitos no tocante a características e assumindo certos comportamentos.
Dentro dessa perspectiva torna-se importante a compreensão do conceito de abstração, que nesse contexto surgi como a “capacidade de isolar os aspectos que sejam importantes a um determinado propósito e suprimir (descartar sem dó nem piedade) que os que não forem” (ANSELMO, 2005). Vale salientar que, ”a teoria da orientação a objetos é extremamente importante para o mercado atual de software, sendo que seus conceitos são essenciais para os padrões atuais de desenvolvimento de software” (FURGERI, 2012). No cotidiano vivemos cercados por objetos de diversos tipos e formas. O contato com esses objetos nos leva a identificar suas características físicas, sua forma etc. Ao visualizar um objeto qualquer, como um veículo, por exemplo, reconhecemos sua forma, seu modelo, sua cor, enfim, suas diversas propriedades [...] Apesar de existirem diferentes tipos de objetos, eles compartilham duas características principais: todos possuem um estado (conjunto de propriedades do objeto) e um comportamento (as ações possíveis sobre o objeto) (FURGERI, 2012).
Por fim observa-se que esse paradigma de programação é algo que aproxima conceitos técnicos da realidade procurando humanizar mais comandos e códigos utilizados para construção de softwares, como ferramentas de resolução ou facilitação de problemas no mundo atual. 4. ALICE
egundo o site (ALICE, [20--]), Alice é um ambiente criado pela Universidade
S
Carnegie Mellon, nos Estados Unidos da América, para apoiar e motivar o ensino e a aprendizagem iniciais em programação em nível médio ou
universitário. O software é totalmente baseado na ideia de mundos virtuais e sua manipulação é feita através da programação, de modo que a mesma espelha muito a linguagem Java, enfocando os conceitos da orientação a objetos, baseado na percepção de mundo. Seu editor foi idealizado com base no padrão de arrastar, soltar e encaixar blocos.
81
O software Alice configurar-se como um importante objeto de aprendizagem, no tocante aos conceitos da orientação a objeto, de forma que a partir de um editor baseado no uso do mouse, pode-se criar programas simplesmente arrastando e soltando seus elementos, até mesmo com estruturas de controle de seleção e de repetição, que muita das vezes tornam-se necessários para o entendimento e utilização desse paradigma na construção de softwares. 5. GREENFOOT
D
e acordo com o site (GREENFOOT, [20--]), Greenfoot é uma ferramenta computacional desenvolvida para permitir que iniciantes tenham experiência com programação orientada a objeto. O Greenfoot suporta desenvolvimento
de aplicações gráficas na linguagem de programação Java, possibilitando o aprendizado através de simulações ou de jogos 2D, desenvolvido e implementada pelas Universidades de Kent e de Deakin.
Dessa forma a ferramenta pode ser utilizada para o ensino da programação orientada a objeto, através da simulação de ambientes ou mesmo a criação de jogos interativos de forma a contribuir para um aperfeiçoamento educacional e profissional garantindo assim uma aprendizagem concisa e eficiente.
O software Greenfoot tem se mostrado uma excelente ferramenta de apoio no ensino e aprendizagem da orientação a objeto simulando os conceitos abstratos que essa área de pesquisa da computação necessita, podendo ser utilizado tanto no ensino técnico, tecnológico ou em cursos de nível superior, de forma lúdica e divertida 6. MATERIAIS E MÉTODOS
O
trabalho desenvolvido foi direcionado através de pesquisas por referências
bibliográficas em forma de livros, materiais digitais, assim como através de uma pesquisa quali-quantitativa por meio de um questionário desenvolvido
pelos próprios autores com questões fechadas e abertas, disponíveis em: <https://docs.google.com/forms/d/1mZojc7Lc7b4pNbDzPyP3tY4RpsztvfQpL42nOR8K O34/viewform>.
82
As questões fechadas eram formadas por afirmativas nas quais os docentes teriam que concordar, respondendo SIM, ou discordar, respondendo NÃO, ou informando através de percentuais situações observadas.
As questões abertas pediam que os docentes informassem o porquê, caso a resposta fosse NÃO. Dessa forma o questionário foi aplicado a um grupo de 35 (trinta e cinco) docentes, todos da Rede Estadual de Ensino Profissionalizante dos Cursos Técnicos em Redes de Computadores e Informática do Estado do Ceará. Todos os entrevistados participaram de uma capacitação que incluía os objetos de aprendizagem, Alice e Greenfoot, oferecida através de uma parceria entre a Secretaria de Educação do Estado do Ceará e uma empresa estrangeira da área de Informática conhecida como Oracle, porém somente 23 responderam o questionário composto por 10 questões online.
A metodologia seguida consistiu-se em realizar o levantamento tanto bibliográfico quanto de dados, dando prosseguimento com a contextualização do assunto, de forma a evidenciar a importância desses objetos de aprendizagem utilizados como ferramentas para o ensino da programação orientada a objeto.
7. RESULTADOS E DISCUSSÃO
A
pesquisa quali-quantitativa aplicada aos docentes, mostrou-se bastante
promissora com relação ao uso dessas ferramentas a serviço da educação.
Salienta-se que o intuito em questão foi verificar a eficiência dos objetos de aprendizagem em particular os softwares de simulação, Alice e Greenfoot, na Programação Orientada a Objeto.
Comprovou-se que as utilizações dos mesmos
trazem consigo resultados positivos com relação ao ensino e aprendizagem, minimizando as dificuldades enfrentadas pelos docentes no seu fazer pedagógico assim como na assimilação dos conteúdos pelos discentes. A escola, ao repensar o ensino e a possibilidade de empregar esta nova tecnologia nas salas de aula ou como sala de aula, de forma cuidadosamente tecida, empresta conceitos da sociedade [...]. Os computadores oferecem diversidade de tratamento da imagem e do texto na forma de programas concebidos para escrever ou diagramar (COSCARELLI; RIBEIRO, 2007).
83
O uso de objetos de aprendizagem como elementos facilitadores do aprendizado, torna-se cada vez mais presente no dia a dia em diversas áreas e setores do conhecimento.
Ante o exposto, a pesquisa revelou que quando questionados sobre a crença de que o uso de softwares de aprendizagem, como o Alice e o Greenfoot, pode atenuar as dificuldades de aprendizagem na disciplina de Programação Orientada a Objeto. 86,95% dos docentes responderam que sim, enquanto que 13,05% responderam não. Figura 1: Crença no uso de ferramentas no ensino
Esses dados mostram que os docentes estão cada vez mais abertos a novas experiências de forma que se percebe a utilização dos objetos de aprendizagem no cotidiano pedagógico através dos recursos da informática na educação (PAIS, 2008).
Em outro questionamento, os docentes foram indagados sobre a utilização de alguns softwares de simulação para auxiliar na compreensão dos conceitos da Programação Orientada a Objeto antes de conhecer o Alice e o Greenfoot. Constatou-se que 82,61% revelaram que não utilizavam nenhuma ferramenta de apoio instrucional enquanto que 17,39% já utilizavam em suas práticas didáticas ferramentas de simulação como o Robocode, BlueJ e até mesmo o Alice e o Greenfoot.
84
igura 2: Utilização de softwares para simulação
Esses dados evidenciam que havia mais a preocupação em ensinar o paradigma de forma tradicional, sem a utilização de algum recurso facilitador do aprendizado. Sem os instrumentos técnicos para ser competente na linha profissionalizante, e frágil demais para ser transformada, a educação realmente existente termina por construir um universo relativamente ilhado dos processos de transformação econômica e social (DOWBOR, 2001).
Ao ser analisada a eficácia dos softwares Alice e Greenfoot como facilitadores da aprendizagem da disciplina de Programação Orientada a Objeto e ao serem indagados sobre a eficiência deles com relação à associação satisfatória dos conceitos da Orientação a Objeto observou-se que 69,56% consideraram que foi satisfatório e 30,44% não consideraram satisfatório. Comprova-se que os objetos de aprendizagem cumpriram com seu papel na aprendizagem dos discentes, como instrumentos minimizadores das dificuldades por eles enfrentadas. Contudo vale salientar que os entrevistados que responderam negativamente, enfatizaram que não utilizaram nenhum objeto de aprendizagem em seu fazer pedagógico.
85
Figura 3: Resultados no ensino
As transformações que nos interessam mais diretamente se dão sem dúvida na base, na própria escola. Mas é importante termos esta visão de que é o conjunto do edifício educacional que está progressivamente se reformulando. É uma era onde não só somos chamados a nos entrosar melhor na compreensão das novas tecnologias e dos novos desafios, mas também a trazer ideias sobre soluções institucionais que geram melhores condições de sua aplicação (DOWBOR, 2001).
Cabe ao educador buscar recursos que permeiem o ambiente escolar de ferramentas facilitadoras do aprendizado agindo como no caminho da busca pelo saber de forma a facilitar a aprendizagem do discente.
No tocante as dificuldades de aprendizagem os docentes revelaram que o percentual de alunos que tinham dificuldades de aprendizagem antes da utilização dos softwares Alice e o Greenfoot girava em torno de 34,78%. Porém com o uso desses objetos de aprendizagem, observou-se uma melhoria em torno de 30,43%.Isso mostra de forma contundente que esses objetos de aprendizagem possuem um papel bastante significativo no avanço da aprendizagem dos discentes. Entretanto 34,79% dos docentes não tiveram como quantificar esse fato, por não possuírem dados a cerca desse contexto.
O grande desafio da educação é o de mobilizar as suas forças para reconstruir uma convergência entre o potencial tecnológico e os interesses humanos (DOWBOR, 2001).
86
Quanto a aceitação dessas ferramentas pelos discentes, observa-se que os mesmos mostram-se atraídos demonstrando interesse e entusiasmo em aprender com o uso desses softwares. 73,91% dos docentes consideram que com essas ferramentas houve aprendizado e 26,09% que não houve aprendizagem.
Figura 4: Aceitação das ferramentas pelos alunos
Quanto mais se problematizam os educandos, como seres no mundo e com o mundo, tanto mais se sentirão desafiados. Tão mais desafiados, quanto mais obrigados a responder ao desafio. Desafiados, compreendem o desafio na própria ação de captá-lo. Mas, precisamente porque captam o desafio do problema em suas conexões com outros, num plano de totalidade e não como algo petrificado, a compreensão resultante tende a tornar-se crescentemente crítica, por isto, cada vez mais desalienada (FREIRE, 2005).
Em se tratando de rendimento ficou claro que 82,6% dos docentes constataram que os discentes
apresentaram
uma
melhora
bastante
significativa
no
tocante
à
aprendizagem e que 13,5% observaram que não houve com o uso dos objetos de aprendizagem Alice e Greenfoot.
87
Figura 5: Melhoria na aprendizagem
86,95% dos docentes responderam que houve uma considerável minimização das dificuldades encontradas pelos discentes durante o processo de aprendizagem da Programação Orientada a Objeto. 13,05% enfatizaram que não observaram essa minimização.
Figura 6: Minimização das dificuldades de ensino
“A educação, em particular a mediada pelas novas tecnologias, tem como compromisso ético propor a inclusão de todos, em seus domínios e lutar por essa inclusão, buscando superar a alienação” (COSCARELLI; RIBEIRO, 2007).
As novas tecnologias em se tratando dos objetos de aprendizagem são elementos inclusivos no contexto pedagógico por propiciarem um ambiente onde os educandos
88
poderão ser auxiliados na compreensão dos conceitos da Programação Orientada a Objeto.
Ao serem observadas as impressões a cerca da facilidade e dificuldade dos softwares, Alice e Greenfoot, pelos discentes, ficou evidenciado que 43,47% dos docentes mostraram-se satisfeitos. 17,39% consideraram regular e 8,69% consideraram-se não satisfatório. Verifica-se que os objetos de aprendizagem citados mostram-se como importantes instrumentos de apoio midiático frente as barreira a serem transponíveis tanto por docentes como discentes. 30,45% não opinaram sobre o assunto. “A incorporação das novas tecnologias à educação deveria ser considerada como parte de uma estratégia global de política educativa” (FURGERI, 2012).
Este estudo mostra que quando aplicados de forma satisfatória os objetos de aprendizagem funcionam como um importante instrumento de apoio no processo de aprendizagem dos discentes. 82,6% dos docentes consideraram que houve progresso na aprendizagem dos alunos. 13,5% não consideraram satisfatório.
Figura 7: Progresso na aprendizagem
“Avaliar a aprendizagem do aluno é também avaliar a intervenção do professor, já que o ensino deve ser planejado e replanejado em função das aprendizagens conquistadas ou não” (WEISZ; SANCHEZ, 2009).
89
Nessas condições, “não se trata de contrapor um desses modelos em relação ao outro, pois eles se complementam para expressar uma melhor aproximação do fenômeno cognitivo” (PAIS, 2008).
8. CONCLUSÕES
s objetos de aprendizagem são importantes recursos para o ensino dos mais
O
diversos conteúdos. Comprovando-se mediante a aplicação do questionário com os docentes das Escolas Estaduais de Educação Profissional do Ceará
dos cursos Técnicos em Informática e Redes de Computadores na disciplina de Programação Orientada a Objetos. Dessa forma constatou-se um aumento no rendimento dos alunos que tiveram contato com as ferramentas, Alice Greenfoot que contribuíram para o entendimento do paradigma da orientação a objeto, importante padrão de desenvolvimento de softwares.
Dessa forma os softwares Alice e Greenfoot mostraram-se fortes aliados na busca por qualidade no ensino, no contexto educacional. Ficando ao mesmo tempo bastante evidenciado que os educandos estão buscando um aprender mais interativo e dinâmico e que o trivial ou convencional torna-se a cada dia, mais desinteressante. Os educadores devem procurar integrarem-se no contexto midiático, utilizando-se de objetos de aprendizagem, que mostram-se bastante produtivos, fortalecendo o conceito da orientação a objeto que trarão benefícios para a educação, contribuindo de forma qualitativa, gerando excelentes resultados. 9. AGRADECIMENTOS
A
Deus fonte eterna de luz e sabedoria, por guiar-nos pelo caminho do bem e
para o bem.
Ao Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia, a Faculdade Ieducare e aos professores das Escolas Estaduais de Educação Profissional do Ceará que nessa pesquisa colaboraram para que a mesma fosse possível.
90
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BRITO, R. X. de; SANTIAGO, F. C. da S.; SOUSA, J. N. de. Uma Nova Proposta Para o Ensino da Disciplina de Programação Orientada a Objetos nas Escolas Estaduais de Educação Profissional do Ceará. Revista Espaço Científico Livre, Duque de Caxias, n. 23, p. 76-92, dez.-jan., 2014-2015.
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CURSO ONLINE COM CERTIFICADO INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS Além da atualização e/ou introdução ao tema, esse curso livre pode ser utilizado como complementação de carga horária para atividades extracurriculares exigidas pelas faculdades. Conteúdo programático do curso - DEFINIÇÃO - CLASSIFICAÇÃO - INTERAÇÃO FARMACÊUTICA - Exemplos de incompatibilidades - INTERAÇÕES TERAPÊUTICAS - INTERAÇÃO FARMACOCINÉTICA - INTERAÇÕES QUE MODIFICAM A ABSORÇÃO - Exemplos de alterações de absorção - INTERAÇÕES QUE MODIFICAM A DISTRIBUIÇÃO - Exemplo de alterações da distribuição - INTERAÇÕES QUE MODIFICAM A METABOLIZAÇÃO - Exemplos de alterações da metabolização - INTERAÇÃO QUE MODIFICAM A EXCREÇÃO - Exemplos de alterações da excreção - INTERAÇÃO FARMACODINÂMICA - Sinergia - Exemplos de sinergia - Antagonismo - Exemplos de ação antagonista - INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS: ENFERMAGEM - Infusões Parenterais - Via Enteral - EXEMPLOS DE INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS - CASOS ESPECÍFICOS - CASO 1: ANTIMICROBIANOS X CONTRACEPTIVOS ORAIS - CASO 2: PRINCIPAIS INTERAÇÕES COM ANTIBIÓTICOS - CASO 3: SIBUTRAMINA - CASO 4: ANTI-IFLAMATÓRIOS - CASO 5: FITOTERÁPICOS - CASO 6: CITRATO DE SILDENAFILA - INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS NO DIA A DIA - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Uma introdução ao tema interações medicamentosas, com definições e exemplos atuais. Ideal para estudantes ou profissionais que queiram conhecer e se aprofundar sobre o assunto.
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ESTUDO DA USINABILIDADE DO POLIETILENO DE ULTRA ALTO PESO MOLECULAR PELA ANÁLISE DA FORÇA DE CORTE de Luiz Otávio Corrêa & Marcos Tadeu Tibúrcio Gonçalves
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EVENTOS ACADÊMICOS: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E SAÚDE
MESTRADO EM ALIMENTOS E NUTRIÇÃO/UNIRIO Inscrições de 05 a 23 de janeiro de 2015. Saiba mais em: http://www2.unirio.br/unirio/ccbs/ppgan/homologacao-inscricao-edital2o-sem-2013/edital-selecao-2014-1/view
30º CONGRESSO INTERNACIONAL DE EDUCAÇÃO FÍSICA De 10 a 14 de janeiro de 2015. Local: Foz do Iguaçu, PR. Saiba mais em: http://www.congressofiep.com
SEMINÁRIO DE BIOÉTICA De 20 a 22 de março de 2015. Local: Curitiba, PR. Saiba mais em: http://seminariobioetica.cnbb.org.br
X CONGRESSO DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE DST & VI CONGRESSO BRASILEIRO DE AIDS De 17 a 20 de maio de 2015. Local: São Paulo, SP. Saiba mais em: http://rdeventos.com.br/ev2015/dst2015/
EXPOFARMASUL 2015 De 21 a 23 de maio de 2015. Local: Porto Alegre, RS. Saiba mais em: http://www.expofarmasul.com.br/pagina.asp?pg=1
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VIII CONGRESSO BRASILEIRO DE CATARATA E CIRURGIA REFRATIVA De 03 a 06 de junho de 2015. Local: Mata de São João, BA. Saiba mais em: http://cataratarefrativa2015.com.br
3º CONGRESSO INTERNACIONAL EM SAÚDE De 16 a 19 de junho de 2015. Local: Ijuí, RS. Saiba mais com: eventos.dcvida@unijui.edu.br
13º CONGRESSO BRASILEIRO DE MEDICINA DE FAMÍLIA E COMUNIDADE De 08 a 12 de julho de 2015. Local: Natal, RN. Saiba mais em: http://www.cbmfc2015.com.br
11º CONGRESSO SAÚDE COLETIVA De 28 de julho a 01 de agosto de 2015. Local: Goiânia, GO. Saiba mais em: http://www.saudecoletiva.org.br
XI CONGRESSO INTERNACIONAL DE NUTRIÇÃO FUNCIONAL De 10 a 12 de setembro de 2015. Local: São Paulo, SP. Saiba mais em: https://www.vponline.com.br/2014/pt/congresso.php
IX CONGRESSO BRASILEIRO DE BIOSSEGURANÇA De 29 de setembro a 01 de outubro de 2015. Local: Porto Alegre, RS. Saiba mais em: http://www.anbio.org.br/site/
XVIII CONGRESSO FARMACÊUTICO DE SÃO PAULO De 10 a 13 de outubro de 2015. Local: São Paulo, SP. Saiba mais em: http://portal.crfsp.org.br/congresso/
X CONGRESSO BRASILEIRO DE FARMÁCIA HOSPITALAR De 12 a 14 de novembro de 2015. Local: Curitiba, PR. Saiba mais em: http://www.sbrafh.org.br/congresso2015/
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EVENTOS ACADÊMICOS: CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA
MESTRADO E DOUTORADO EM AGRONOMIA/UFRR Inscrições até 09 de janeiro de 2015. Local: Monte Cristo, RR. Saiba mais em: http://www.posagro.ufrr.br
XXIV CONGRESSO NACIONAL DOS ESTUDANTES DE ENGENHARIA QUÍMICA De 10 a 17 de janeiro de 2015. Local: João Pessoa, PB. Saiba mais em: http://www.abeq.org.br/?p=eventos.php&cod=254#
PROJETO DESAFIO SUSTENTABILIDADE Como Reduzir os Gastos com o Consumo de Água nas Instituições Federais de Ensino? Inscrições até 03 de fevereiro de 2015. Como Reduzir os Gastos com o Consumo de Energia Elétrica nas Instituições Federais de Ensino? Inscrições até 05 de fevereiro de 2015. Saiba mais em: http://premioideiaportal.mec.gov.br
SEMINÁRIO INTERAMERICANO DE CONTABILIDADE De 12 a 13 de março de 2015. Local: Maceió, AL. Saiba mais em: http://www.crcal.org.br/v3/
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XI REUNIÃO BRASILEIRA DE CLASSIFICAÇÃO E CORRELAÇÃO DE SOLOS De 14 a 21 de março de 2015. Local: RR. Saiba mais em: https://www.embrapa.br/solos/eventos/rcc/programacao
14º SIMPÓSIO BRASILEIRO DE IMPERMEABILIZAÇÃO De 15 a 17 de junho de 2015. Local: São Paulo, SP. Saiba mais em: http://www.ibibrasil.org.br/simposio2015/index.html
CONGRESSO BRASILEIRO DO AÇO De 12 a 14 de julho de 2015. Local: São Paulo, SP. Saiba mais em: http://www.acobrasil.org.br/congresso2015/
XI CONGRESSO BRASILEIRO DE ENGENHARIA QUÍMICA EM INICIAÇÃO CIENTÍFICA De 19 a 22 de julho de 2015. Local: Campinas, SP. Saiba mais em: http://cobeqic2015.com.br
XX SIMPÓSIO NACIONAL DE BIOPROCESSOS & XI SIMPÓSIO DE HIDRÓLISE ENZIMÁTICA DE BIOMASSA De 01 a 04 de setembro de 2015. Local: Fortaleza, CE. Saiba mais em: http://2015.sinafermsheb.com.br
15º CONGRESSO BRASILEIRO DE GEOLOGIA DE ENGENHARIA E AMBIENTAL De 18 a 21 de outubro de 2015. Local: Bento Gonçalves, RS. Saiba mais em: http://www.abge.org.br/cbge2015/
CONGRESSO BRASILEIRO DE SISTEMAS PARTICULADOS De 18 a 21 de outubro de 2015. Local: São Carlos, SP. Saiba mais em: http://www.enemp2015.ufscar.br/enemp-2015
57º CONGRESSO BRASILEIRO DO CONCRETO De 27 a 30 de outubro de 2015. Local: Bonito, MS. Saiba mais em: http://www.ibracon.org.br/eventos/56cbc/apresentacao.asp
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EVENTOS ACADÊMICOS: CIÊNCIAS SOCIAIS E HUMANAS
EXPOSIÇÃO CIDADE ACESSÍVEL Até 01 fevereiro de 2015. Local: Rio de Janeiro, RJ. Saiba mais em: http://www.casadaciencia.ufrj.br
V SEMINÁRIO DE EDUCAÇÃO BRASILEIRA De 09 a 11 de fevereiro de 2015. Local: Campinas, SP. Saiba mais em: http://cedes.preface.com.br/items/items/view/page/186/seb/Inscricao
V ENCONTRO MINEIRO DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA, ECONOMIA SOLIDÁRIA E GESTÃO SOCIAL De 23 a 24 de abril de 2015. Local: Lavras, MG. Saiba mais em: https://campodepublicas.wordpress.com/2014/08/16/1065/
V ENCONTRO LUDOVICENSE DE FENOMENOLOGIA, PSICOLOGIA FENOMENOLÓGICA E FILOSOFIAS DA EXISTÊNCIA De 27 a 29 de abril de 2015. Local: São Luís, MA Saiba mais em: https://sites.google.com/site/vencdefenpsifenfildaexistencia/
VIII ENCONTRO MARANHENSE DE HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO De 12 a 15 de maio de 2015. Local: São Luís, MA. Saiba mais em: http://www.emhe8.ufma.br
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III SIMPÓSIO INTERNACIONAL LAVITS: VIGILÂNCIA, TECNOPOLÍTICAS, TERRITÓRIOS De 13 a 15 de maio de 2015. Local: Rio de Janeiro, RJ. Saiba mais em: http://lavitsrio2015.medialabufrj.net/sobre-o-simposio/
8º CONGRESSO DO INSTITUTO FRANCO-BRASILEIRO DE ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS De 18 a 19 de maio de 2015. Local: Gramado, RS. Saiba mais em: http://www.ifbae.com.br/congresso2015/index.html
I CONGRESSO NACIONAL DE PROGRAMAS EDUCATIVOS PARA JOVENS, ADULTOS E IDOSOS De 20 a 23 de maio de 2015. Local: Campos dos Goytacazes, RJ. Saiba mais em: http://www.conpeja.com.br
VI SEMINÁRIO NACIONAL SOCIOLOGIA & POLÍTICA: "RELEITURAS CONTEMPORÂNEAS: O BRASIL NA PERSPECTIVA DAS CIÊNCIAS SOCIAIS" De 20 a 22 de maio de 2015. Local: Curitiba, PR. Saiba mais em: http://www.humanas.ufpr.br/portal/seminariosociologiapolitica/oevento/
VIII CONGRESSO BRASILEIRO DE HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO De 29 de junho a 02 de julho de 2015. Local: Maringá, PR. Saiba mais em: http://www.8cbhe.com.br
XVII CONGRESSO BRASILEIRO DE SOCIOLOGIA: “SOCIOLOGIA EM DIÁLOGOS TRANSNACIONAIS” De 20 a 23 de julho de 2015. Local: Porto Alegre, RS. Saiba mais em: http://www.sbs2015.com.br
XXVIII SIMPÓSIO NACIONAL DE HISTÓRIA De 27 a 31 de julho de 2015. Local: Florianópolis, SC. Saiba mais em: http://www.snh2015.anpuh.org/
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“Eu não quero acreditar. Eu quero saber.” Carl Edward Sagan
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Figura: Carl Sagan Fonte: (NASA/JPL, 1980)
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