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Edição 80 • Ano 7 • Agosto 2014 Distribuição gratuita e direcionada Foto: Ion Photo Design • Impressão: Impressul
Editorial Todos os dias do ano para o papai Pesquisas mostram que os pais dispostos a colocar seus filhos em primeiro lugar se tornam menos egoístas e mudam valores e comportamentos. E que para todo homem isso é um enorme aprendizado. Um estudo recente de uma universidade de Portugal vai ainda mais longe e revela que a reação de amor imediato com um filho recém-nascido é mais comum no pai – segundo os pesquisadores, as dores do parto podem interferir na ligação da mãe com o bebê.
EDITORA Cláudia S. Prates JORNALISTA RESPONSÁVEL Lúcio Flávio Filho (MTB 21.441) ARTE Cláudia S. Prates / Rique Dantas COLABORADORES desta edição Auxiliadora Mesquita / Bárbara Maglia Fernanda Moura / Diana Demarchi André Rezende REVISÃO Vânia Dantas Pinto CONTATO COMERCIAL: 48 8845.7346 comercial@revistaeducar.com.br IMPRESSÃO 47 9143.4416 (Fábia) ou 47 9181.4223 (Andrei)
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Essas pesquisas, concordemos ou não, nos levam a uma mesma conclusão: a de que a presença do pai é fundamental para o filho e que, quanto mais ele participar de sua educação e seu desenvolvimento, mais realizada a criança será. Claro que muitos dos pequenos que crescem sem pai por uma razão ou outra podem, também, se tornar adultos realizados – mas não cabe falar sobre isso aqui hoje.
eDIÇÃO 80 • ANO 7 AGOSTO 2014
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educar@revistaeducar.com.br Revista Educar
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Enfim, dedico este editorial aos papais participativos e lhes desejo felicidade em todos os dias do ano. Que sejam eternos nas memórias de seus filhos e lembrados sempre da melhor maneira: com amor. Cláudia Prates
•As opiniões veiculadas nos artigos assinados não refletem necessariamente a opinião da revista. Os artigos e os anúncios publicados são de total responsabilidade de seus autores e/ou suas empresas. •Não é permitida a reprodução de qualquer conteúdo desta publicação sem prévia autorização da editora. •A Revista Educar, publicação mensal da Pequeninos Revista Educativa Ltda, tem tiragem de 9.000 exemplares e é distribuída gratuitamente em diversos pontos de Joinville, Florianópolis e São José / SC. •Para assinatura, sugestões, críticas ou elogios, envie e-mail para educar@ revistaeducar.com.br ou entre em contato pelo nosso site www.revistaeducar.com.br.
CAPA
Os lindos irmãos Igor (12) e Lavynia (6) deram as boas-vindas ao inverno posando para a ion photo design (www.ionphotodesign. com) e usando roupas da Loja Turma da Cuca (Rua Princeza Izabel, 365, Centro, Joinville 47 3433.9508), que trabalha com diversas marcas. Os meninos são filhos de Jociane Hochsprung Kreutzfeld e Leandro de Oliveira Renci.
Papo de criança
Para rir... e sorrir
Educar • Agosto/2014
As tiradinhas das crianças são, muitas vezes, hilárias e merecem ser compartilhadas! Confira só...
A mãe da Sofia, na saída do colégio, disse:
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- Hoje vamos fazer a sua carteira Sofia, toda feliz, pergunta: - De motorista? -Não, né Sofia, de identidade! Simone, a mamãe do Rafinha, Sofia Dolwitsch, 5 anos comenta durante o Mundial:
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Arthur vem correndo pela sala Mamãe, já sei espanhol: -Isso aqui tem pouco, é potito; esse tem muito, é montito. Arthur Zimpeck, 5 anos
O Neymar não vai mais jogar na Copa Rafinha: - Mãe, vamos pedir o camisa 10 da Colômbia emprestado! Rafael Almeida, 5 anos Papai Denis falava, ria e tentava fazer com que a esposa e a filha rissem também, dizendo que aquilo tudo era muito engraçado Sofia, com expressão séria, virou pra ele e disse: -Você está vendo nós duas rindo?
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Sofia Rojas, 4 anos Envie sua história, a foto e o nome da criança para educar@revistaeducar.com.br
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O que fazer?
NAMORICOS INFANTIS:
BRINCADEIRA OU PRECOCIDADE? Nem uma coisa nem outra! Para a criança, não é exatamente uma brincadeira, já que o novo sentimento é real e verdadeiro. Mas isso não significa que vai haver um namoro de verdade – a precocidade aqui não tem nada de bom a oferecer. Então, quando a criança chega em casa com a notícia de que está “namorando”, o que fazer? O melhor é: quase nada! E o motivo é simples: o namoro para a criança não tem a mesma conotação que tem para os adultos ou mesmo para os adolescentes. Quando uma criança pequena diz que está namorando, está comunicando duas coisas: que está brincando de imitar, do mesmo modo que imita outras coisas que os adultos fazem. E que está descobrindo sentimentos que antes nem passavam por sua cabecinha... Entre os 3 e os 6 anos de idade, a criança começa a fazer descobertas importantes em relação ao seu corpo e aos seus sentimentos. Por um lado, começa a entender que existem diferenças físicas, principalmente as sexuais. E por
outro, começa a perceber que existe um mundo de gente para além dela mesma. E nesse mundo existem outras crianças, que despertam suas primeiras afinidades e afetos. É a mágica de crescer, reconhecendo e apreciando a companhia de gente à sua volta.
É namoro ou amizade? É amizade, mesmo que venha com ar de urgência apaixonada. Afinal, namoro é coisa de gente “grande” e é importante que os pais lembrem isso a seus filhos. O
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que a criança chama de namoro é essa afinidade que descobre em relação a algum colega. Que é natural e normal! Brincar com o “namorado” ou a “namorada” vai ser uma alegria. E provavelmente terão assunto para longas e inusitadas conversas. Mas não deve passar disso. Não é um “namoro” de adultos, portanto não precisamos de beijo na boca, encontros especiais, presente de dia dos namorados...
Presente de Dia dos Namorados? Nem pensar! Alguns pais acreditam que é “natural” e que por isso não há nada de errado em estimular a criança. Outros acham engraçadinho e até se sentem orgulhosos. E aí começam a incentivar: chamam o/a namorado/a para brincar e sair com a criança, compram presentes especiais, perguntam para os filhos o que está acontecendo. Esse é um incentivo que a criança não precisa, afinal não é um namoro de verdade. E muitas vezes o estímulo em casa se combina com o que já é encontrado na mídia e acaba por fazer a criança misturar as coisas. Inundada por sentimentos que não está capacitada a manejar, podem até surgir atitudes precoces como crises de ciúme, dramas na sala de aula, perda de apetite... quem precisa disso?
Então, o que fazer? Ignorar? Proibir? Faria pouco sentido, pelo mesmo motivo de que não se trata de um namoro de adulto, mas de uma fantasia de criança. Ignorar o que ela comunica seria desvalorizar o que ela está sentindo - além de magoar, perderíamos a chance de ensiná-la a valorizar e expressar o que sente. E proibir só ajuda a tornar tudo mais interessante, não é mesmo? Então, que tal apenas ouvir? Escutar o que nossos filhos dizem, suas descobertas e emoções, sempre os ajuda a crescer com mais segurança e conhecimento de si mesmos. Ouvir sem desmerecer ou empurrar a criança para esse ou aquele caminho é uma arte. E essa é uma arte que papais e mamães podem começar a treinar nesse namoro “de criança” - eles vão precisar mais tarde...
Auxiliadora Mesquita Pedagoga
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Incentivo
Livro: o caminho t do universo in inito Gostar de ler não costuma ser um hábito que brota naturalmente nas crianças e nos adultos. É algo que precisa ser nutrido e praticado. Oferecer às crianças oportunidade para que desenvolvam o hábito da leitura as ajudará muito, pois, quando se tornarem adultas, já terão desenvolvido amor pelos livros. O acesso aos livros e às histórias não precisa começar perto da idade de alfabetização da criança, pode começar muito antes. Na barriga da mãe, o bebê já distingue sons. É comum colocar músicas para eles ouvirem. Mas por que não contar histórias? É uma forma de carinho e de aproximação do adulto com o bebê. Depois que ele nascer, esse hábito pode continuar. A voz da mãe acalma a criança, por isso contar uma história ou uma poesia pode ajudar o bebê a criar e identificar as rotinas do seu dia. Isso dá segurança aos pequenos. Por exemplo, a hora da história vem sempre antes de dormir. Além do que, o hábito de ouvir histórias em momentos de felicidade e aconchego, junto de sua família, faz com que a criança associe sentimentos positivos e de alegria aos livros. Quando o bebê já conseguir segurar objetos, há livros de plástico ou de pano para ele explorar, que podem ser colocados na boca e higienizados facilmente. O importante é que aprendam a manuseá-los, a virar suas páginas, a “ler” suas imagens e a ouvir suas histórias.
Educar • Agosto/2014
Um mesmo livro pode ser contado de diversas maneiras. O adulto pode simplesmente nomear as imagens, imitar os sons dos animais, dos fenômenos da natureza, pode mudar sua entonação e seu tom de voz. Já as crianças que sabem ou estão aprendendo a ler podem contar a história para sua família e as que ainda não sabem ler podem contar a história apenas observando as imagens. Aproveitar a curiosidade natural deles ajuda bastante nessa construção de identidade e vinculação com os livros. Dar o exemplo também facilita essa interação. Pais que leem com frequência mostram aos filhos os benefícios que trazem os livros e os ensinam a cultivar o hábito de ler por prazer. Mesmo que o entendimento da história pelos pequenos não seja completo, a interação com os livros faz com que eles compreendam para que servem e como os usamos. Além disso, aprendem a identificar a diferença entre o livro e o brinquedo, que são objetos lúdicos, mas que são usados de formas distintas. Interagindo e brincando com os livros, eles aprendem a não rasgá-los, a não colocá-los na boca, a não pisar neles, a guardá-los adequadamente e, principalmente, a cuidar deles. Manuseando, mexendo e explorando os livros, a criança começa a criar um vínculo afetivo com esses objetos e começa a desenvolver o hábito de usá-los em momentos diversos de seu cotidiano. A forma de se usar um livro vai
mudando ao longo da vida - ele pode ser usado para brincar, para estudar e aprender, para distrair -, mas os benefícios que trazem são inúmeros e eternos. Eles ajudam crianças e adultos a desenvolver sua linguagem, seu vocabulário e sua escrita. Além disso, aumentam a criatividade e o imaginário das pessoas. E o melhor de tudo é que é gostoso, e as crianças adoram.
Fernanda M. de Moura Pedagoga e responsável pela Escola Infantil Espaço Crescer (Florianópolis). contato@espacocrescerfloripa.com.br
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Dia dos Pais
Pai de todos os jeitos é pai de todo jeito! Por Auxiliadora Mesquita - Pedagoga
Tem gente que jura que mãe só tem uma, quando na verdade a gente sabe que elas são muitas numa só! E tem gente que acha que pai só tem um também: modelo único, saído igualzinho da fábrica e funcionando do mesmo jeito, 110 ou 220. Pois estão todos enganados: pai tem de muitos jeitos e cada um sabe ser pai à sua maneira. É verdade que o papel do pai e do homem tem mudado demais na nossa sociedade. Desde o século passado, os modelos e o dia a dia das famílias vêm se transformando pelo mundo afora. Com as mulheres no mercado de trabalho,
os métodos contraceptivos e toda uma mentalidade nova sobre as diferenças e a diversidade, hoje existem muitos tipos de famílias e de pais e mães também. Mas mesmo quando tudo era mais “preto no branco”, com papéis mais rígidos para pai, mãe e filhos, ainda assim cada pai era de um jeito diferente. Podia não deixar transparecer a toda hora. Podia até se esforçar para seguir mais de perto o modelo estabelecido. Mas cada pai sempre foi um pai único no seu jeito de ser pai.
Educar • Agosto/2014
Hoje em dia, com os papéis cada vez mais flexíveis e uma nova maneira de ver a paternidade, os homens podem ser mais eles mesmos em sua relação com a “cria”. Existem pais que aproveitam os novos tempos para colocar pra fora toda a vontade que sempre tiveram de serem mais carinhosos e amorosos. Outros, por sua própria personalidade, são mais sérios e distantes. Mas nem por isso amam menos os seus filhos. Muitos querem ajudar no dia a dia das crianças. Mais do que a obrigação de dividir tarefas, curtem participar e se dedicar aos pequenos naqueles detalhes do cotidiano – alimentando, cuidando e acompanhando as crianças pra todo lado. Outros não acham graça nessa história de banho e sopinha, mas curtem pra valer quando é hora de brincadeira – se for hora de bagunça, pode chamar esse pai bagunceiro que ele virá pronto para incendiar a garotada (porque nesse caso, mesmo quando o filho ou filha é um(a) só, esse é o tipo de pai que vai adorar chamar a vizinhança toda...) É claro que tem também o pai que “pega no pé”. E apesar de as crianças não acreditarem nisso, ele faz isso por conta do mesmo imenso amor que o pai brincalhão sente também. E se ele está sempre atento a notas, comportamento e obediência, não é porque ele é “das antigas”. É porque ele quer, de verdade, o melhor para seus filhos.
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Tem o caso mais complicado – o pai distraído ou desligado. Quase sempre ele se assusta quando percebe que sabe tão pouco dos seus filhos. Não foi por maldade, desprezo ou falta de amor. Sua dedicação ao trabalho é que costuma fazer com que poucas horas sejam dedicadas àqueles que o veem como modelo. Esse papai talvez deva ficar atento: muitas vezes, o tempo perdido não se recupera mais. E relações que deveriam ter sido construídas, aos bocadinhos, um dia após o outro, podem ficar mais distantes do que esses pais gostariam, no fundo de seus corações. Outras vezes, essa distância é fruto de circunstâncias fora do controle do pai – divórcio, mudanças no trabalho, estudos longe de casa... O mundo de hoje é tão veloz e cheio de exigências! Mesmo o pai mais presente e amoroso pode se ver longe dos filhos. Para esse papai, recomenda-se paciência, perseverança e um pouquinho de organização e tecnologia. No final, onde tem amor tudo se ajeita. Enfim, seja qual for o tipo de pai que você tem por perto – ou que você gostaria de ser – vamos celebrar esses papais maravilhosos que nos cercam. É com seus defeitos e qualidades, modos e manias, valores e ideias que eles se fazem pais a cada dia. É assim que eles completam, cada qual a seu jeito, o delicado equilíbrio da educação de seus filhos.
0 a 14 anos
Catavento Babies Kids
Rua Araranguá, 89, América, Joinville - (47) 3029.3212
Interação entre pais e filhos
Educar • Agosto/2014
A mascotinha da Revista Educar
Tema desta edição: Conteúdo Auxiliadora Mesquita Arte Rique Dantas / Cláudia Prates
Segurança Todo pai e toda mãe faz de tudo para que seus filhos estejam sempre bem, seguros, saudáveis e cheios de felicidade. No entanto, o mundo nem sempre colabora e são demais os perigos dessa vida, como diria o poeta. Para que as crianças não fiquem expostas a riscos desnecessários, cabe ao papai e a mamãe tomarem as famosas providências, além de manterem aquele olho vivo, sempre. Uma examinada atenta na casa ou no modo como as coisas são feitas pela família indica onde é preciso fazer mudanças. Tomadas e fiação elétrica, quinas, janelas e escadas precisam ser protegidos e adequadas para não oferecerem perigo. Criança na cozinha, só com supervisão e planejamento. Facas e vidros devem ficar sempre fora do alcance. E, para garantir, cozinhe sempre com os cabos de panelas para trás. Fora de alcance também devem ficar remédios e material de limpeza, assim como qualquer outro material com potencial tóxico. E todo cuidado com a água: ela faz a delícia das crianças, mas é um risco real se utilizada sem supervisão de um adulto. Por isso esteja sempre de olho em piscinas, no mar, em rios ou lagoas. E dependendo da idade da criança, até baldes, bacias e banheiras podem oferecer riscos. É claro que ninguém precisa deixar de viver porque o mundo é perigoso. Se ficarmos tão ansiosos e cheios de “nãos” nossas crianças vão crescer sem saúde alguma, nem física nem mental. Precisamos ajudá-los a descobrir os perigos e como se virar sozinhos nessa vida. Então, para começar, que tal conversar sobre nossas dicas de segurança com seu pequeno? Assim eles se tornam mais conscientes do ambiente à sua volta e já podem adotar as atitudes certas!
História infantil
Pipoca em... “Que perigo!”
Educar • Agosto/2014
Para os pequenos REGRA NÚMERO 1:
Precisamos prestar atenção ao que fazemos para não machucar a nós mesmos nem a outras pessoas. Pedro aprendeu como se proteger para andar de bicicleta. Mas devemos ter cuidados com outras coisas também. Quer descobrir como?
A regra mais importante de segurança é sempre prestar atenção ao que a mamãe e o papai dizem. E obedecer, claro. Afinal, o papai e a mamãe estão sempre de olho para que a gente não se machuque!
Na rua: •Se alguém que não é da sua casa pede para você entrar
no carro ou dar uma olhadinha, não vá. Também não vá quando alguém que não é da sua casa chamar você para ver um brinquedo, filhotinho ou para ganhar um presente ou coisas gostosas. •Se quem você não conhece pedir para você ir junto para ajudar, também não vá. Diga que vai chamar alguém da sua casa primeiro. E nunca saia de casa sem avisar o papai ou a mamãe. •Não atravesse a rua correndo e olhe sempre para os dois lados para ver se está vindo algum carro ou bicicleta. E ande sempre na calçada.
Animais: •Não machuque nem aperte um animalzinho. Ele pode
ficar com raiva ou com medo e morder você! Também não jogue coisas nele, nem puxe brinquedos ou comida dele. •Se você não conhece o animal, não vá brincar com ele sem a mamãe ou o papai junto.
Armas: •Se você encontrar um revólver ou outra arma, nunca
pegue para brincar nem dar uma olhadinha. E não aponte a arma para você ou para outra pessoa, nem de brincadeira. Chame rápido o papai ou a mamãe e mostre o que você achou. E saia de perto.
Cozinha: •Só cozinhe se a mamãe ou o papai chamarem você para isso. •Nunca puxe panelas do fogão e não brinque com facas!
Na água: Comida: •Não entre na piscina, no mar, no rio ou na lagoa sem um •Lave sempre as mãos antes de comer e nunca coma o que tiver caído no chão – mesmo que seja muuuito gostoso! •Se o que você for comer estiver com o cheiro esquisito, mostre para a mamãe primeiro.
adulto junto de você. E não brinque em volta da piscina se não tiver alguém grande olhando você. •Nada de brincar de afundar ou empurrar coleguinhas na piscina. E se fizerem isso com você, saia da água e conte para a mamãe e o papai.
Variedades
Fotos Divulgação
Livros
Educar • Agosto/2014 15
Agenda Iguatemi O Shopping Iguatemi está sempre trazendo novidades e eventos para as famílias que moram em Florianópolis ou estão visitando a cidade.
Um amor do tamanho do mundo Editora Ciranda Cultural Faixa etária: 6 a 8 anos O Grande Urso e o Pequeno Urso amam tanto um ao outro que o amor deles se estende até o topo das montanhas, voa longe até as estrelas e desce até o fundo do mar. Ele é grande o suficiente para encher o mundo inteiro!
Todos os domingos, às 11h30, a criançada pode assistir a peças teatrais gratuitas - é só chegar, se acomodar numa das poltronas do Cinesystem e esperar as cortinas se abrirem. Toda primeira terça-feira do mês são realizadas sessões especiais de cinema para as mães e pais com bebês de até 18 meses (evento que acontece em parceria com a Associação CineMaterna). Os ingressos podem ser comprados normalmente na bilheteria do cinema.
o pinguim de geladeira, a preguiça e a energia
Editora Melhoramentos Para todas as idades Este livro é uma fábula sem texto sobre o uso consciente da energia elétrica. A apresentação dos personagens, lado a lado, destaca a diferença de comportamento quanto ao consumo de energia, facilitando o entendimento da história pela criança.
Fotos Divulgação Iguatemi
Nos dias 16 e 17 de agosto acontecerá o Donna Kids Iguatemi e do dia 30 de agosto a 30 de setembro o shopping receberá a Feira do Livro da Ciranda Cultural.
Educar • Julho/2014 17
Inventare
Fotos Diana Dema rch
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Plástico bolha nos pés e imaginação na cabeça!
A atividade deste mês é daquelas que organizo para as crianças, mas que não resisto e acabo experimentando também. Imagina que delícia ter uma meia de bolhas de ar! Para essa proposta, separe um pedaço de plástico bolha para “encapar” os pés, um pedaço de papel grande para forrar o chão e algumas tintas coloridas para dar cor à brincadeira! Depois, pinte a bota de plástico e libere a criançada para essa pintura diferente. O plástico bolha é sensorial - por meio do tato, a criança vivencia sensações completamente diferentes das comuns! É divertido, pois estoura e ainda desenvolve a criatividade. Usando tintas de diferentes cores e permitindo que a criança se movimente livremente, ganhamos de “brinde” uma exclusiva obra de arte! Atividades como essa exigem dos pais paciência, disposição e bom humor. Mas custa pouco e é uma excelente ferramenta para boas risadas em família, além de ser uma forma gostosa de entreter as crianças em casa. Diana Demarchi gosta da casa com cheiro de bolo, a mesa cheia de crianças e a vida cheia de risadas. Ela escreve no blog www.inventare.com.br as aventuras, alegrias e perrengues da maternidade.
Filho
de peixe...
às vezes
é jacaré!
Muita gente defende que ter filhos é ter um espelho mirado em si 24 horas por dia. Em muitos aspectos, filhos são, sim, um espelho dos pais. Mas, e quando não nos reconhecemos na imagem refletida? Quando o fruto cai longe da árvore? Quando o filho de tigre não sai malhado? E quando o filho de peixe é jacaré?! E aí, você que sonhou a vida inteira em ter uma filhotinha para vestir de princesa e brincar de salão de beleza, ganha de presente da vida uma molequinha corajosa que só quer saber de correr por aí e quer distância de qualquer cor que se aproxime de cor de rosa. Ou você, colega leitor, que a-d-o-r-a esportes e não se imagina sentado por mais de cinco minutos, se depara com um filhote do tipo “comedor de livros”, que troca qualquer atividade que envolva suor, por uma tarde inteira rodeado de almofadas e um bom livro. A tarefa de criar uma criança envolve muita dedicação, entrega e responsabilidade. Por isso, não é raro que os pais acabem nutrindo o sentimento de que os filhos são uma parte sua; quase como um exemplar em miniatura. Na medida em que o fofinho cresce, e vai mostrando a que veio, muitos pais levam um grande susto ao perceber que sua “miniatura” tem traços e
cores bem diferentes do original. Ficar atento aos sentimentos que surgem diante dessas descobertas e procurar uma boa maneira de lidar com eles é, com certeza, o melhor caminho.
favor, não espalhe: já fiz uma tonelada! É assim, o filho cresce e os pais crescem com eles. A gente ensina ao filho e ele nos ensina. Os pais formam os filhos e os filhos formam os pais.
O processo de formação da personalidade começa no momento em que se inicia a vida e só termina quando morremos. Nesse ínterim somos, como diz o poeta, “uma metamorfose ambulante” e andamos por aí, na vida, vivendo e aprendendo. A cada novo aprendizado nos transformamos, mudamos, crescemos. É assim com nossos filhos. Na medida em que vão entrando em contato com outras pessoas e outros ambientes, vão levando um pouquinho de tudo o que viveram com eles. Desejar que um filho cresça à nossa imagem e semelhança é desejar que ele repita a nossa história, tal como foi. E, por mais linda que seja sua história, – e eu tenho certeza de que você viveu lindos parágrafos – tenho certeza de que você não quer fazer do seu filho uma reprise.
Mas não é só isso. Deixe eu te contar, pode ser um choque, mas você aguenta: no livro da vida do seu filho, você não vai estar em todos os capítulos. Alguns ele vai escrever em parceria com outros autores, outros amigos, outros amores. E tudo bem, vai, se você for legal, eu aposto que ele te deixa dar uma lidinha, bem rapidinho... O importante é caprichar no amor e na parceria para saber que você vai estar sempre lá, nas entrelinhas. Seja qual for a história que ele decidir escrever.
Além disso, você parou para avaliar o quanto você mudou depois que o pedacinho de gente foi parar no seu colo? Quanto cresceu? Quanto aprendeu? Me conte, vai, prometo que não conto a ninguém: quantas coisas que disse que jamais faria, você já fez depois de ter um filho? Eu te conto – por
Mas eu suplico: por favor, dedique um tempo a correr com sua princesa moleca ou deixe a corrida para depois da leitura com seu “papa-livros”. Eu garanto que dedicar seu tempo e energia para conhecer seu filho ao invés de tentar mudá-lo vai transformar a sua história – e a dele – em um bestseller. Bárbara Farias Maglia
Psicóloga (CRP 12/06523) Crianças, Adolescentes e Apoio Parental - (48) 9687-1400 psi.barbaramaglia@gmail.com
Coração de pai
Dias de sol
Em dias como aquele, com o sol já se esgueirando por entre as montanhas, brisa leve, céu de um azul absoluto, os sobreviventes do calor que pretendia cozinhar os corpos lentamente pela madrugada, sem comunicação pretérita ou combinação necessária, acordaram predispostos ao sol. Short Quebec, blusa regata, canga, laranja: - todos na Kombi? Para à praia.
Educar • Agosto/2014 21
Coração de pai
Não, não se saberia relatar a sensação de, após atravessar todo oceano Atlântico numa caravela, vislumbrar a terra e desembarcar para as frutas frescas e maduras, mas, o que se pode relatar, por testemunhar as faces rubras, é que a abertura da porta dupla da Kombi, de fronte ao mar azul, após ¾ de hora sob calor escaldante, se assemelhava à abertura do módulo lunar: – Não corram menin... Já era! Todos lá. Atrás, como Eunucos de um reino perdido, Pai, Mãe e Tio carregados com todos os apetrechos quase necessários para um dia como aquele: duas cadeiras, dois guarda-sóis, geladeira de isopor. Lá pelas tantas da tarde, após as refeições de praxe: sanduba de queijo, guaraná, laranja que havia sido previamente descascada, o Pai, já merecidamente regado por algumas cervejas, decide atravessar o canal ao lado da praia, mais ou menos 30 metros, quarado de pedras, com correnteza relevante, a nado ou “no peito”, como diria para se gabar. Ao longe, um dos meninos, única cabeça dourada daquela tribo, observa o pai que mergulha, fura a primeira onda, passa por sobre a segunda, dá algumas braçadas, boia, mais algumas, pernas em movimento, sincronia fina com a água que desliza lateralmente para alcançar, do outro lado, as pedras grandes que apontam para fora do mar. Num misto entre brincadeira e exibição, o Pai soergue-se na pedra e, após colocar as duas mãos na cintura, aponta o queixo para o céu.
- Uau! Aquele menino da cabeça dourada, por instantes viu a figura ordinária de seu pai ser substituída indelevelmente por um super-herói ainda não inventado. O mesmo homem que abastecera e colocara os bancos na Kombi, carregara o isopor e ajudara a fazer os lanches era capaz de um feito extraordinário como aquele. E, por um momento mágico, num fim de semana qualquer, formara-se a figura definitiva daquele pai, na mente criativa daquela criança. Hoje, não chupamos laranjas na praia com nossos filhos, somos 100% hi-tech conectados com todos - com todos? Em outro canto do Brasil, o menino da cabeça dourada, agora um tanto acinzentada pelas luas, joga a chave do carro na estante, pega um copo de água na geladeira e, ao passar pelo corredor, quase acidentalmente, fixa o olhar nos filhos que brincam no chão, na mente surge uma pergunta: lá debaixo, o quê eles enxergam? Um pai, um herói ou, apenas, um homem esforçado tentando sobreviver ao tempo enquanto a vida passa ligeira como a correnteza daquele canal?
André Rezende Administrador de Empresas, Auditor da Secretaria de Estado da Fazenda e pai do Arthur e Lucas
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Gustavo
Álvaro
Beatriz e Isabela
Isabela
Alice
Laura e Luísa
Sophia
Isabelly
Nicolas