Revista educar abril 76 2014

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Informação útil para todos!

Páscoa na escola Uma passagem recheada de significado

Estímulos sonoros Criança e música fazem um duo perfeito

www.revistaeducar.com.br

É meu! Como ensinar seu filho a compartilhar

Edição 76 • Ano 7 • Abril 2014 Distribuição gratuita e direcionada Foto: Vinny Studio • Impressão: Impressul


Editorial E você, gosta de que?

eDIÇÃO 76 • ANO 7 • ABRIL 2014

Escrevo este editorial num domingo de céu azul e temperatura amena. Aproveitei o alto astral do dia pra falar sobre algo que, na minha opinião, precisa estar sempre presente na vida: os encontros. Adoro correr. E venho notando que a corrida não somente traz pra perto pessoas com ideais semelhantes, como também promove a amizade e a possibilidade de estar junto de quem a gente gosta. Participo de provas de rua e percebo que antes e depois de cada evento tudo se repete: me vejo rodeada de amigos e família, todos unidos (e reunidos) por um esporte que conquista mais pessoas a cada dia.

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Falo de corrida hoje, mas a ideia é passar pra você, leitor, que quando gostamos de algo, e isso nos faz felizes, é preciso investir. Porque são momentos que valem cada segundo - e é certo que a gente tem que dar prioridade ao que nos faz bem. E o que faz bem, consequentemente, reflete-se em nós e em toda a nossa família, concorda? to

Bam

Cláudia Prates

educar@revistaeducar.com.br Revista Educar

bi n i & Pi c c ol i n i

E você, gosta de que?

EDITORA Cláudia S. Prates JORNALISTA RESPONSÁVEL Lúcio Flávio Filho (MTB 21.441) ARTE Cláudia S. Prates / Rique Dantas COLABORADORES desta edição Auxiliadora Mesquita / Bárbara Maglia / Fernanda Moura / Diana Demarchi / Marlise Alves Teixeira / Carolina Todeschini REVISÃO Vânia Dantas Pinto CONTATO COMERCIAL: 48 8845.7346 comercial@revistaeducar.com.br IMPRESSÃO 47 9143.4416 (Fábia) ou 47 9181.4223 (Andrei) www.impressul.com.br

•As opiniões veiculadas nos artigos assinados não refletem necessariamente a opinião da revista. Os artigos e os anúncios publicados são de total responsabilidade de seus autores e/ou suas empresas. •Não é permitida a reprodução de qualquer conteúdo desta publicação sem prévia autorização da editora. •A Revista Educar, publicação mensal da Pequeninos Revista Educativa Ltda, tem tiragem de 9.000 exemplares e é distribuída gratuitamente em diversos pontos de Joinville, Florianópolis e São José / SC. •Para assinatura, sugestões, críticas ou elogios, envie e-mail para: educar@revistaeducar.com.br ou entre em contato pelo nosso site www.revistaeducar.com.br

CAPA Os irmãos Patrick Giacomelli Paul (9) e Yohan Giacomelli Paul (3) correm livremente pelo Zoobotânico de Joinville e mostram total cumplicidade diante das lentes do nosso fotógrafoparceiro Vinny. A dupla fofa e dinâmica veste coleção outono inverno da Loja Turma da Cuca.

Rua Princeza Isabel, 365, Joinville / 47 3433.9508

www.vinnystudio.com.br Joinville / 47 3433.9508


Vários

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A Arca de Noé

Com produção de Adriana Calcanhotto e idealização de Susana Moraes, o álbum A Arca de Noé traz, numa roupagem nova e com brilho extra, as canções que tanto marcaram a nossa infância. As releituras valorizam um dos mais belos álbuns já lançados para a criançada. Músicas com as vozes de Marisa Monte, Maria Bethânia, Seu Jorge, Arnaldo Antunes, Erasmo Carlos, Zeca Pagodinho, Ivete Sangalo e vários outros cantores consagrados estão presentes e prometem encantar até quem não é tão pequeno. Você vai encontrar A Arca de Noé nas melhores livrarias e lojas de CD do país. Está disponível também em lojas da internet, como as Livrarias Saraiva e Curitiba. Tattoo temporária para a COPA DO MUNDO A Names2Glue vive inventando moda - e a gente adora, é claro! Desta vez a novidade é a tattoo pra ser usada durante a Copa do Mundo. Legal e divertida, a tattoo é temporária, de fácil aplicação e remoção (produto verificado pelo INMETRO), que promete fazer com que a imaginação das crianças vá mais longe! Encomende a do seu filho pelo www.names2glue. com.br.

Tattoo!

Net Educação Professores da Rede Pública de Florianópolis participam de programa de formação para incorporar tecnologias digitais nas estratégias de ensino

Cerca de 100 professores da rede pública de Florianópolis participaram do curso Educonex@o, promovido pelo NET Educação (www.neteducacao. com.br), em parceria com o Instituto Crescer e as Secretarias Municipais de Educação envolvidas. Com carga horária de 60 horas, os participantes aprenderam, via on-line, a utilizar tecnologias digitais em práticas pedagógicas, criando oportunidades para os alunos interpretarem e produzirem diferentes tipos de textos, como apresentações de slides e materiais para blogs, vivenciarem processos sistematizados de busca de informação na Internet e promoverem estratégias para a comunicação de suas ideias. Como parte do projeto Educonex@o, a NET realizará a instalação de pontos de Internet banda larga e TV a cabo nas escolas, de acordo com a viabilidade técnica. O serviço será doado pela Empresa a 33 escolas da rede municipal de Florianópolis e ficará à disposição de alunos e professores em áreas como biblioteca, laboratórios de informática e sala de vídeo.

Fotos divulgação

CD

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Carinho

Ninguém conhece pesquisa científica que aponte os males do carinho e do chamego. No entanto, às vezes ouvimos críticas quanto ao excesso de amor de um pai ou de uma mãe. Será que carinho pode ser demais? Será verdade que aconchego e colo deixam a criança mimada e a impedem de se desenvolver? A presença dos pais é fundamental para o crescimento saudável, físico e emocional, da criança. Por um lado, somos filhotes muito frágeis – não sabemos conseguir comida nem nos livrarmos de perigos e predadores. Por outro, só sobrevivemos como espécie na interação e na convivência, aprendendo e apoiando uns aos outros.


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Alguns estudiosos sugerem que esse é o motivo de a nossa necessidade de carinho e aconchego já vir praticamente “de fábrica”. Pense naquele tempo das cavernas e imagine o que seria demorar para atender ao choro do bebê ou mantê-lo longe do alcance dos seus braços: um segundo e... melhor nem pensar. Já temos muitas preocupações hoje em dia!

e compaixão pelos outros. Esse é o resultado da análise feita por uma equipe da Universidade de Notre Dame, nos Estados Unidos. Examinando vários estudos diferentes, eles concluíram que todos demonstravam que crianças que recebiam contato físico positivo e carinho durante a infância eram crianças mais gentis, mais solidárias - e mais inteligentes!

E talvez sejam essas novas preocupações, num mundo individualista e veloz, que nos fazem ver o carinho como sendo prejudicial ao crescimento. Um estudo com ratos mostrou uma coisa curiosa: ratinhos com mães carinhosas e incentivadoras (em linguagem de rato, elas lambiam mais e empurravam gentilmente com o focinho) cresciam mais rápido, com mais saúde, interagindo melhor com os outros ratos. E eram melhores para escapar daqueles labirintos chatos. Mas, ratinhos com mães que não ligavam para eles se davam melhor em situações de estresse extremo. Então, será que a solução é mesmo menos amor e apoio para que nossas crianças saibam enfrentar os desafios do mundo moderno?

É claro que todo mundo pode se lembrar de alguém que teve uma infância terrível e se tornou um adulto altruísta e equilibrado. Mas é provável que esses sejam a exceção e não a regra. Uma coisa é certa: prisões, hospitais e estatísticas revelam um retrato mais triste: a criança sem amor, sem colo e sem escuta vai devolver exatamente isso ao mundo. Às vezes de maneira imprevisível.

Bem, para começar não somos ratos. E se é na aprendizagem que vamos moldando nosso modo de relação com o mundo e os outros, é também nessa aprendizagem que vamos criando esse mesmo mundo e seu funcionamento. É fato: são as pessoas que fazem o mundo ser como é, sempre. Educar nossos pequenos para o egoísmo, para a guerra e para o “cada um por si” é aceitar que esse modo de vida é o melhor. É?

O carinho que ilumina a vida é mais simples, mas também mais exigente: é presença, conversa, consolo. Tempo livre e braços abertos. É dizer que ama, só porque... E que aceita, só porque ama. E é sim, colo e chamego, na alegria e na tristeza. Abraços e beijinhos e carinhos sem ter fim. Porque é com carinho que a gente vive sem medo de ser feliz - e ensina a ser feliz também!

Menos hostilidade e ansiedade são características de crianças criadas com muitos beijos e abraços. Também é mais fácil que essas crianças sejam capazes de “passar” esse carinho para frente, demonstrando mais empatia, paciência

Não é carinho deixar uma criança mimada: isso é falta de limites. Ou excesso de “coisas”. Carinho também não é fazer tudo pela criança, do copo d’água ao cadarço do tênis, da tarefa de casa ao pedido de desculpas por ter agido mal com um colega.

Auxiliadora Mesquita Pedagoga

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E agora?

Todo pai já deve ter passado por uma saia justa quando os pequenos se recusam a emprestar seus brinquedos e fazem uma cena na frente dos outros! Não emprestar brinquedos, nem dividir a atenção dos adultos e querer tudo para si são atitudes normais em crianças até os quatro anos.


Educar • Abril/2014

Crianças são naturalmente egocêntricas, acham que tudo e todos giram em torno delas mesmas, porque têm dificuldade em enxergar e se colocar no lugar dos outros. Elas ainda não entendem que outras pessoas também querem, sentem e desejam, assim como elas. Por isso, é importante orientá-las. Ser passivo, nos momentos de conflito, pode fazer com que a criança entenda que tem razão em agir desta forma. Intervir e mostrar aos pequenos que dividir, emprestar e trocar pode ser divertido é a maneira mais fácil de fazê-la entender que no mundo existem milhares de pessoas com necessidades e vontades assim como ela. Na hora da briga, pode-se intervir dando o brinquedo para a criança que o pegou primeiro, ou dando o brinquedo para a criança que tem menos ou nenhum brinquedo na mão, ou então guardando o brinquedo, por não conseguirem brincar juntas. Conversar e explicar o motivo da intervenção e da consequência é muito importante. É preciso que a criança entenda o que está acontecendo, mesmo porque, nas primeiras vezes em que isso acontece, ela acha que tem razão e o direito de ficar com o brinquedo só para ela. Além disso, vai construindo, aos poucos, um senso de justiça e o respeito às regras. Quando a criança demonstra ciúmes da mãe, por exemplo, é importante dizer a ela que entende o que está sentindo, que a mamãe a ama, mas que não pertence a ela. Também não é recomendável deixar de demonstrar afeto por outras pessoas perto da criança para que ela não fique com ciúmes. A criança precisa aprender a lidar com seus sentimentos e a viver num mundo real, não em uma realidade criada especialmente para ela.

Mas, como toda aprendizagem, não acontece de uma hora para outra. Esse processo é longo e pode demorar bastante até que a criança entenda e consiga controlar suas emoções e instintos em respeito ao outro. Mais comum é a criança começar a repetir as frases usadas pelos adultos, mas, mesmo assim, continuar tendo atitudes egocêntricas. Aos poucos, vai inserindo essa fala em suas ações e aí, sim, começa a pensar de forma mais generosa. Toda criança vivencia a fase de tudo “É MEU”. E essa fase demora a passar. Mas, tudo bem, essa relutância demonstra que ela está lutando por o que quer, do jeito dela, o que é muito positivo. Os adultos só precisam intervir e orientá-la sobre o que é esperado dela, e que é necessário enxergar e pensar nas necessidades dos outros também.

Fernanda M. de Moura Pedagoga e responsável pela Escola Infantil Espaço Crescer (Florianópolis). contato@espacocrescerfloripa.com.br

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Dicas e variedades

Por Auxiliadora Mesquita

É brincando que se aprende a brincar Um estudo feito na Holanda aponta que traumas em pulsos e braços estão aumentando entre as crianças holandesas. Ao que tudo indica, as crianças estariam se machucando mais porque estão crescendo desacostumadas a utilizarem o corpo em brincadeiras. E quando o fazem num playground, por exemplo, se machucam porque não desenvolveram a capacidade motora e física necessária. É o que afirma o pesquisador Evert Verhagen, professor da VU University Medical Center in Amsterdam. Ele acredita que, no esforço de levar a criança sedentária a exercitar-se, as lesões podem ser um efeito colateral indesejado. “Na maioria dos casos, o alvo prioritário do incentivo à atividade física na infância é a criança sedentária – exatamente a mais exposta ao risco de lesões”. Ensinar a brincar com cuidado e começar aos poucos (como num programa de exercícios para adultos) pode ser uma boa ideia.

O livro preferido... na parede

Ideia simples e fácil para enfeitar o quarto: usar a capa de um livro querido pela criança para fazer um ou mais quadrinhos e pendurá-los na parede. E nem precisa desmanchar o “original”! Uma boa cópia impressa da capa pode ser utilizada para esse fim. Quem quiser dar um acabamento mais completo pode mandar emoldurar com profissionais. Mas você também pode utilizar porta retratos comuns ou molduras simples de lojas de artesanato ou bricolage. A coleção de quadros ainda pode ser aumentada com desenhos da criança sobre a história. Que tal?

Aos pés dos pequeninos

Mães e pais sabem naturalmente que o toque acalma e conforta. Que tal massagear os pezinhos para ajudar o bebê a dormir ou amenizar cólicas e dores de dente? A reflexologia é uma massagem dos pés especialmente dirigida para pontos que estariam relacionados a órgãos do nosso corpo. E os especialistas afirmam que ela também pode ser feita nos pezinhos dos pequenos. Pontos específicos podem ser massageados para auxiliar na diminuição de cólicas, dores no surgimento dos dentinhos e para acalmar os bebês, ajudando-os a pegar no sono ou relaxando. Mas você pode experimentar massageando delicadamente os pés de sua criança. E o melhor: pode ser feito a qualquer hora ou lugar.

Um ovo de Páscoa diferente

Tradição festeira de origem espanhola que se adaptou muito bem no México, o cascarone é um ovo de galinha comum, esvaziado de seu conteúdo, pintado e recheado de… confete! Os mexicanos costumam encher também de talco perfumado e gostam dessa brincadeira no carnaval. Mas pode ser uma ideia divertida para brincar na Páscoa. Para fazer seu cascarone, retire todo o conteúdo dos ovos fazendo um buraco na ponta menor – não pode ser muito pequeno, pois você vai precisar passar o confete por ele. Lave e seque bem o ovo. Pinte e enfeite a gosto e depois encha com papel laminado ou colorido, bem picado. Para fechar, cole um pedaço de papel crepom colorido. Depois é esconder os ovinhos – quem os achar pode quebrá-los e espalhar risos e alegria!

Fotos Google

Do forno




Interação entre pais e filhos

Educar • Abril/2014

A mascotinha da Revista Educar

Tema desta edição: Conteúdo Auxiliadora Mesquita Arte Rique Dantas / Cláudia Prates

Chocolate

Para alguns, só de falar a imaginação já vai longe: chocolate! Delícia cremosa, doce ou amarga conforme o gosto e o trato. Mas sempre derretendo na boca e trazendo felicidade, bocadinho a bocadinho. O chocolate parece ter sido mesmo uma invenção dos deuses – dos deuses das civilizações pré-colombianas da América Central, onde ele era tomado como um caldo grosso e supostamente cheio de poderes. Os conquistadores europeus adoraram. Mas levaram a iguaria de volta para casa e a transformaram num sem número de maravilhas, prontas para nosso consumo. A planta de onde sai tanta coisa boa é o cacaueiro, ou Theobroma cacao. Ele produz um fruto cheio de amêndoas que, depois de fermentadas e torradas, podem ser transformadas no cacau. E é esse cacau que será misturado ao açúcar, ao leite, a especiarias e outros segredos, em receitas e produtos. O chocolate é uma delícia para comer sem culpa, mas com bom senso! Afinal, sendo tão “divino”, nada de exagerar e perder a cabeça. Melhor ensinar às crianças a apreciar o poder do chocolate e a respeitar nossos limites. Um pouquinho já é capaz de espantar a tristeza (estimulando a serotonina), dar ânimo (é energia pura) e até ajudar a retardar nosso envelhecimento (com polifenóis e vitaminas e minerais antioxidantes). Mas cá entre nós, ele nem precisava fazer tudo isso. Bastava aparecer daquele jeito simples e amigo, uma bolinha simpática e sem complicação: nosso rei Brigadeiro. E nós, os convidados da festa, só podemos dar os parabéns: viva o chocolate! Longa vida, para ele e para nós!


História infantil

Pipoca em... “Um brigadeiro diferente”

Educar • Abril/2014


Curiosidades e sugestões

Você sabia? • Os brigadeiros são feitos de chocolate. Com chocolate também podemos fazer bolo, biscoito, milkshake, sorvete e mais um monte de coisa gostosa. O chocolate é feito a partir de uma planta chamada cacaueiro. O cacaueiro dá um fruto chamado cacau, cheio de sementinhas que são usadas para fazer o chocolate. • Há muito tempo, povos que moravam no México e em outros lugares da América Central faziam uma bebida muito especial usando os frutos do cacaueiro. Os europeus que chegaram por lá provaram dessa bebida e resolveram levar o cacau e fazer outras coisas com ele.

Livros

A ILHA de chocolate, de Karen Dolby (Editora Scipione). Nesse livro, indicado para as crianças a partir dos 8/9 anos, um concurso de bolos de chocolate leva dois amigos a uma ilha mágica, onde um poço faz jorrar o melhor chocolate do mundo. Diversão, mistério e aventura quando nossos heróis seguem as pistas para encontrar esse poço tão especial.

• Muita gente trabalha para fazer o cacau virar chocolate. É preciso plantar o cacaueiro, cuidar e depois colher os frutos. Então as sementes são retiradas, separadas e fermentadas. Em seguida, é necessário secar, embalar e enviar para a fábrica. Ufa! • Na fábrica de chocolate vem mais trabalho ainda: é preciso limpar os grãos, torrar, descascar e moer. Só depois de tudo isso é que o chocolate vai ser misturado ao leite, ao açúcar e a outros segredos para ir ficando cada vez mais gostoso. • Depois, tem que por no molde para ficar na forma certa: uma barra pequena ou grande, bolinhas ou até no formato de ... ovo de Páscoa! Por fim, é necessário embalar bem para não estragar. E mandar para as lojas, para que a gente possa comprar e comer! Ôba!

DVD

A Fantástica Fábrica de Chocolate

Você e sua criança têm à escolha duas versões dessa história baseada no livro, igualmente fantástico, do escritor americano Roald Dahl. A história tem tudo para encantar, surpreender e entreter : um sorteio leva algumas crianças para dentro de uma misteriosa fábrica de chocolate, com um dono pra lá de excêntrico e muita aventura, sustos e lições. De quebra, ainda podemos assistir às atuações imperdíveis de Gene Wilder (no filme de 1971) ou Johnny Depp, na versão mais recente.



Inventare

Educar • Abril/2014 15

O passo a passo dessa edição é feito especialmente para alguém que tenha, em casa, um boneco muito corajoso, pois preparamos por aqui o passo a passo de um paraquedas bem radical! Com um pouquinho de criatividade e de trabalho em conjunto, essa brincadeira vai render bons momentos com os filhos, indoor e outdoor! Se você se identificou com a sugestão, separe aí uma tesoura, fita adesiva, um guardanapo de decoupage (aqueles mais resistentes e decorados), um pedaço de lã, um furador, um bonequinho. Para começar, enrole as quatro pontas do guardanapo, uma a uma, e cole fita adesiva na frente e atrás. Por cima da fita adesiva, faça os furos (um em cada ponta). A fita servirá para dar segurança ao fio, e impedir que o guardanapo se rasgue durante a brincadeira. Em seguida, amarre um pedaço de fio de lã em cada furinho, depois una dois a dois, conforme a figura – são eles que vão prender o nosso aventureiro ao paraquedas. Por fim é só prender os braços do boneco nos fios e correr para a diversão. Não dá para brincar dentro de casa, pois precisamos de mais altura para o paraquedas funcionar. Então aproveite um fim de tarde gostoso e se divirta com as crianças fazendo experiências e acrobacias aéreas no parque, no quintal ou na calçada de casa!

Fotos Diana Demarchi

Paraquedas de brinquedo

Diana Demarchi gosta da casa com cheiro de bolo, a mesa cheia de crianças e a vida cheia de risadas. Ela escreve no blog www.inventare.com.br as aventuras, alegrias e perrengues da maternidade.


Educação financeira

Aceita um bolo? Há pessoas que se contentam com uma fatia de bolo. A fatia não é cara, é comprada em qualquer lugar e satisfaz por um instante o desejo incontrolável de comer um doce. Em nossa vida financeira por vezes nos contentamos com “fatias de bolo”. Nosso consumo inconsciente nos traz satisfação com pequenos prazeres. Para as mulheres, podemos comparar uma “fatia de bolo” com um esmalte, um batom, uma roupa, uma bijoux ou um sapato. Os homens também gostam de consumir “fatias de bolo”. Para eles, relógios e celulares são objetos de satisfação, assim como itens para seus automóveis como rodas, volantes esportivos ou faróis especiais. Como pais, muitas vezes oferecemos dessas “fatias” para nossos filhos. Compramos sempre muitos mimos e presentes e nos esquecemos de ensinar noções de prosperidade, reservas ou grandes conquistas. Agora vem a pergunta: por que não nos permitimos comprar um bolo inteiro? Esse é um questionamento para o qual nem sempre encontramos a resposta. Em nossas finanças pessoais por vezes nos contentamos com a “fatia de bolo” e deixamos de lado o bolo inteiro que podemos comprar depois de um tempo. Se continuarmos a consumir

dentro desse esquema, levamos para longe os grandes sonhos de nossas vidas. Seja uma viagem, a mudança de carro, a reforma da casa ou a compra de um apartamento, nós mesmos, de mãos dadas com nosso consumo inconsciente, sabotamos nossos grandes desejos em troca dos pequenos prazeres de nossas vidas.


Educar • Abril/2014 17

É hora de ensinar seu filho a ter grandes sonhos. Qual o sonho de consumo da sua criança? Um computador, um tablet, uma piscina em casa? Se toda a família se unir cortando pequenos gastos é possível que logo vocês consigam chegar ao objetivo traçado pelo pequeno. É trocar aquele brinquedinho por uma reserva que trará um bem maior. Uma experiência é a de um pré-adolescente que aprendeu desde cedo esse princípio. A primeira conquista foi um carrinho de controle remoto. Na época custava R$ 100,00 (cem reais) e ele economizou cada real para a compra. Felicidade indescritível na hora da conquista. Depois comprou um tablet, um XBox e hoje está guardando seu dinheirinho para comprar um novo bolo inteiro: um notebook. Ele trocou pequenas fatias de bolo como as figurinhas do álbum do brasileirão, o lanche comprado na cantina da escola para ter o sabor de uma vitória maior. Claro que contou com ajudas extras dos avós, tios e também dos pais, para incentivá-lo no gesto de poupar.

Que tal pensar em consumir de modo assertivo a partir de agora? Qual “bolo” você quer consumir? Se você começar agora, pode dizer não para alguns itens que trazem um prazer momentâneo e investir em grandes sonhos ao final do ano. Não estamos falando em longo prazo; estamos sugerindo somente a troca do curtíssimo prazo para o curto prazo. Pense em seu futuro e em seus sonhos. Pense nos ensinamentos financeiros que seus filhos podem ter a partir do seu exemplo. E então, que tal um bolo inteiro? Suce$$o para você!

Marlise Alves Teixeira

Coach em Finanças e Contadora

Carolina Todeschini

Coach em Finanças e Psicóloga


Variedades Aprendizado

S U E M PARA ! S O D I V OU


Inventare

Educar • Abril/2014 19

Criança e música fazem um duo perfeito Por Auxiliadora Mesquita - Pedagoga

É difícil imaginar algum pedaço do mundo onde não haja música. Desde os mais remotos tempos e em qualquer lugar do planeta a música se fez presente. Com função ou jeito diferente, lá estava ela no canto de trabalho, no hino religioso, no ritmo e na melodia de um ritual. Num show de rock com milhares de pessoas ou no trânsito, só você e ela no engarrafamento. No pagode do churrasco ou no iPod pra viagem. Ela é quem nos acompanha, sempre. E essa companhia começa cedo. Existem diferenças culturais, mas a maioria das pessoas já cresce com o carinho da música, ao som de acalantos e cantigas de ninar. Logo os maiores são apresentados ao repertório da família, brincando com músicas que pais, tios e primos vão ensinando. Os coleguinhas também são fonte de inspiração e aprendizado. E hoje ainda temos a música de filmes, tv e paradas musicais, voltados para o público infantil (ou não...).

nas áreas ligadas à audição, à visão e ao controle motor. Isso sem falar no amadurecimento social e afetivo que a música proporciona. Essa visão da importância da música para o desenvolvimento das crianças tem se espalhado cada vez mais pela sociedade e pelo sistema escolar. Ainda bem: incorporada desde cedo na vida dos pequenos, seja em casa ou no currículo escolar, a música só tem a acrescentar. Com tantos motivos, não há porque esperar: crianças e música merecem ficar juntinhas, desde o começo. Ainda no útero, o bebê já pode perceber estímulos sonoros. Que tal cantar para ele? Ninar e brincar com música também proporciona momentos maravilhosos para pais e filhos. E brincar de roda é um momento mágico entre as crianças.

A música está com a gente e segue nossos passos, alegrando, consolando, relaxando. Unindo-nos a amigos e desconhecidos, gente próxima e gente distante. O poder da música é incomparável e hoje já existem inúmeros estudos que demonstram que esse poder é mais profundo do que imaginamos.

Nada impede também que esse estímulo vá mais longe, com aulas de música adequadas para a idade e a vontade da criança. A maioria dos cursos para crianças focam, corretamente, na vivência musical e na alegria de experimentar sons, ritmos e melodias. À medida que a criança cresce, é possível que ela se veja atraída por um instrumento e queira aprender mais a fundo, incluindo leitura de partituras, improvisação etc.

Pesquisas em várias universidades demonstram que a música pode estimular as crianças em múltiplos aspectos cognitivos. Ela melhora o raciocínio espacial e temporal, desenvolve a capacidade lógica e matemática e aumenta o número de palavras aprendidas. O estudo e a prática da música fazem crescer, literalmente, a massa cinzenta, especialmente

É uma porta que se abre e, com ela, muitas outras vão se abrindo, não só do ponto de vista cognitivo, mas também do autoconhecimento, da superação e da disciplina. Música, afinal, é música não só para os ouvidos mas para o ser humano em toda sua plenitude. E, com as crianças, ela faz um duo perfeito!


Pรกscoa Escola


Inventare

Educar • Abril/2014 21

Não precisa muito para perceber que a Páscoa se aproxima. Coelhos e ovos de chocolate parecem ter tomado a cidade e nos lembram todos os dias da proximidade da comemoração. Comemoração. Comemora-se o quê, mesmo?! Se você, educador - como o comércio e a grande maioria das famílias já reduziu a comemoração a coelhos e chocolates, este texto é para você! E nem venha dizer que sua escola não é religiosa. Seus alunos sairão munidos de cestinhas, com orelhas e bigodinhos de coelho no dia 17? Então, amigo, o texto é seu! Embora a Páscoa seja um feriado religioso, ela acaba figurando no rol das datas comemorativas de quase todas as escolas. O que acontece é que, na maioria delas, a comemoração de Páscoa não passa muito da confecção de orelhinhas de coelho, pintura no rosto e uma cesta cheia de açucarados. Confesso a vocês que fico bastante frustrada com uma celebração tão rasa de um feriado tão bonito. Que tal uma caprichada? O significado da palavra Páscoa é passagem. E mesmo que você não ensine em uma escola religiosa, esse é um tema muito bonito para ser desperdiçado. Vale um projeto supimpa sobre os marcos de passagem da vida dos pequenos, não? Envolva as famílias, pergunte sobre momentos-chave da história das crianças. Gravidez, nascimento, primeiros dentinhos, primeiros passos, entrada na escola, mudança de cidade. Eles são pequenos, mas garanto que já têm muito o que contar. Construa um livro lindão. Taí, presente de Páscoa. Fala sério, bem mais interessante que um par de orelhinhas, não?! Ou quem sabe você prefira utilizar os símbolos da Páscoa: o coelho e o ovo. O primeiro é símbolo de fertilidade, pois, na época da Páscoa (no hemisfério norte) eles apareciam depois do inverno com seus filhotes. O ovo, por sua vez, simboliza o início de uma vida nova. E aí?! Vale um mural fabuloso cheio de fotos das Mamães do grupo bem barrigudas? Ou

quem sabe uma exposição da primeira foto da vida de cada criança. Ou ainda uma foto da “família coelha” de cada um, com direito a tios, tias, primos e avós. E os doces?! Ah, nem é bom se lembrar deles... Me diga se faz sentido trabalhar em sala uma alimentação saudável, incentivar o consumo das frutas na hora do lanche e de repente aparecer com um montão de guloseimas! Contenha-se, querido educador! Uma vivência culinária bem baguncenta - para fazer um bolo ou salada de cenoura (que, aliás, os coelhos adoram) faz o mesmo efeito e não levanta dúvidas sobre sua coerência. Afinal, lembre-se, as crianças só sabem o que é ensinado a elas. O hábito de presentear com doces é nosso. Dos adultos. Agora, o mais importante, independentemente do que decidir fazer, faça-o de coração. Não desrespeite ou menospreze uma data tão bonita. Capriche! A comemoração simbólica, recheada de significado, vale bem mais que um ovo bem grandão tamanho 50. Lambuze-se! Bárbara Farias Maglia

Psicóloga (CRP 12/06523) Crianças, Adolescentes e Apoio Parental - (48) 9687-1400 psi.barbaramaglia@gmail.com



Gabrieli, Danieli e Rafaeli

Enzo Gabriel

Juan Lucas

Antonio Miguel

Mateus, Vitor e Paula

Julia e Arthur

Henrique Luiz

Sophia

Otavio Henrique

Joรฃo Rafael

Gabriela

Henrique, Lucas e Daniel

Pedro Henrique

Julia

Rodrigo

Para participar dessa galeria, envie foto(s) de sua crianรงa para nossacara@ revistaeducar.com.br com nome completo e idade, cidade e nomes dos pais.



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