Revista Educar Junho

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Informação útil para todos!

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Edição 78 • Ano 7 • Junho 2014 Distribuição gratuita e direcionada Foto: Vinny Studio • Impressão: Impressul


Editorial Futebol sim, com a alegria das crianças A Copa do Mundo sempre trouxe motivos de celebração - quem nunca torceu e gritou junto pelo Brasil? Mas eu, assim como várias outras pessoas, pertenço ao grupo dos que votariam a favor de ver os times jogando em outras terras; não por não gostar do Mundial (pelo contrário, eu gosto e vibro bastante) mas por achar que há grandes e sérias prioridades para o nosso país - e nem vem ao caso comparar isso tudo aos países que também vivem os problemas que vivemos e, mesmo assim, sediaram a Copa. Cada um faz o que acha que tem que fazer, entre erros e acertos, com ou sem protestos.

EDITORA Cláudia S. Prates JORNALISTA RESPONSÁVEL Lúcio Flávio Filho (MTB 21.441) ARTE Cláudia S. Prates / Rique Dantas COLABORADORES desta edição Auxiliadora Mesquita / Bárbara Maglia / Fernanda Moura / Diana Demarchi REVISÃO Vânia Dantas Pinto CONTATO COMERCIAL: 48 8845.7346 comercial@revistaeducar.com.br IMPRESSÃO 47 9143.4416 (Fábia) ou 47 9181.4223 (Andrei) www.impressul.com.br

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Apesar dos contras, vivencio uma certa ansiedade de ver meu filho, de 4 anos, torcendo e vestindo a camisa da seleção. Porque hoje, para mim, a alegria das crianças é a melhor parte da festa. E porque eu acho que essa fantasia, independentemente de qualquer coisa, é o que deve prevalecer neste momento. Então, vou incentiválo a festejar de um jeito leve e feliz, mas sem abrir mão do que mais me pertence: a minha vontade de ver tudo funcionando melhor neste país.

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Revista Educar

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Cláudia Prates

educar@revistaeducar.com.br

•As opiniões veiculadas nos artigos assinados não refletem necessariamente a opinião da revista. Os artigos e os anúncios publicados são de total responsabilidade de seus autores e/ou suas empresas. •Não é permitida a reprodução de qualquer conteúdo desta publicação sem prévia autorização da editora. •A Revista Educar, publicação mensal da Pequeninos Revista Educativa Ltda, tem tiragem de 9.000 exemplares e é distribuída gratuitamente em diversos pontos de Joinville, Florianópolis e São José / SC. •Para assinatura, sugestões, críticas ou elogios, envie e-mail para educar@revistaeducar.com.br ou entre em contato pelo nosso site www.revistaeducar.com.br.

Que delícia ter uma menina tão linda e encantadora participando da nossa capa! Maria Eduarda Pinheiro (4 anos), filha de Karla Venâncio Pinheiro e de José Carlos Pinheiro, foi fotografada pelo Vinny Studio (47 9652.8213) na Floricultura e Flora Bächtold, em Joinville. Ela usa roupas da Loja Pequenos Elegantes (Rua Theodoro Holtrup, 471, Vila Nova, Blumenau / 47 3237.6661).


Cinema e teatro

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Foto Divulgação

Soluço e seu fiel dragão Banguela estão de volta e prometem viver grandes aventuras em Como Treinar o Seu Dragão 2. Nesta continuação, Astrid, Snotface e o resto da turma competem uns com os outros em corridas de dragão (o novo esporte da ilha). Soluço e Banguela descobrem novas terras e exploram novos mundos. Em uma de suas aventuras, eles descobrem uma caverna secreta, onde centenas de dragões selvagens vivem, e acabam no meio de uma batalha. Previsão de estreia nos cinemas: 19 de junho

Foto Divulgação

Como Treinar o seu Peppa e George Com participação do Doki Dragão 2

Com aproximadamente 60 minutos de duração e diálogos dublados, Peppa e George no teatro é uma adaptação do desenho exibido no canal Discovery Kids. O enredo aborda o cotidiano das personagens, que se assemelha ao universo das crianças, como: ir à escola, brincar, visitar os avós. A porquinha e sua família viraram moda entre as crianças em todo o mundo, e agora está mais próxima das crianças. Dia 8 de junho (domingo), às 16h, e sessão extra às 18h30, no Teatro do CIC (Florianópolis) Ingressos: www.blueticket.com.br Realização: Meneghim Promoções


Exemplo

Um vídeo lançado em 2013 por uma organização australiana causa arrepios em quem assiste. Nele vemos crianças imitando o comportamento de adultos ao seu lado – desde o simples gesto de olhar impaciente o relógio enquanto o trem não chega até a agressão física de uma mulher, numa cena típica de violência doméstica.

É interessante notar que o filme não mostra violência ou impaciência contra as crianças – mostra apenas adultos agindo e reagindo a situações em relação a outros adultos à sua volta. E é esse comportamento que as crianças imitam no vídeo. Então, o que abuso e negligência têm a ver com isso?

As cenas são fortes e causam impacto em quem as assiste. Chamado de Children see, children do (Crianças veem, crianças fazem), faz parte do rol de ações da NAPCAN, a National Association for Prevention of Child Abuse and Neglect, uma associação australiana fundada em 1987 que trabalha para a prevenção do abuso e da negligência contra a criança.

Muitas vezes nos concentramos em abusos físicos e violências verbais, ou no abandono e falta de cuidado que as crianças podem sofrer. Tudo isso é, com certeza, extremamente danoso e perigoso e necessita sempre de ação rápida e precisa! Mas acabamos por nos esquecer dos pequenos gestos diários que fazemos e que nossos pequenos observam e depois imitam, alimentando o mesmo ciclo de violência no convívio e no enfrentamento da vida cotidiana.


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Mas o exemplo dos pais é sempre muito poderoso. Não só pela proximidade e intensidade do contato, mas porque papai e mamãe são a fonte mais importante de tudo – comida, afeto, proteção. Quando nossos pequenos imitam a música de sucesso ou a dança da moda, nossos sorrisos tornam tudo mais divertido. Quando nos imitam em nossa maneira de sentar para ver TV ou de arrumar uma cama, são adoráveis! Mas, e naqueles momentos em que nem nos lembramos de que eles estão nos observando?

A imitação é um processo de aprendizagem e sem ela é provável que não tivéssemos chegado até aqui como espécie. Na nossa evolução, imitar quem colhe o fruto bom e deixa para trás o venenoso é fundamental para sobreviver. Imitar os sons que ouvimos ao nosso redor permite que a criança vá descobrindo a língua falada pelo seu povo e lugar. Abotoar uma blusa, comer com um garfo, bater palmas no aniversário... a lista é muito longa! Os estudiosos do comportamento infantil afirmam que a imitação começa ainda quando somos bebês. Mas a imitação com intenção se dá com a chegada do segundo ano de vida. A partir dessa idade, as crianças observam, processam a informação observada, tentam repetir e depois seguem praticando. É claro que o reforço positivo ou negativo altera o que os pequenos continuam fazendo. E existem muitas variantes, tanto individuais quanto de outras influências no ambiente, para que um comportamento seja reforçado ou alterado.

Não somos perfeitos, somos apenas humanos. Temos dias melhores, outros nem tanto. Dependendo das circunstâncias, reagimos com mais ou menos controle frente aos problemas que nos aparecem. E também trazemos conosco o repertório de comportamentos que aprendemos ao longo da vida. Mas, o que é imitado, é aprendido. Pode não ser repetido sempre, talvez nunca mais. Mas fica lá registrado. Por isso todo pai e toda mãe precisa redobrar a atenção. Não para virarem santos, mas para tentar mudar comportamentos automáticos. Esses gestos, repetidos por nós adultos e tão fielmente copiados por nossas crianças, têm a capacidade de mudar, para melhor ou para pior, a vida de muita gente. Talvez até de um mundo de gente. Começando por nossos filhos.

Auxiliadora Mesquita Pedagoga

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Autonomia

Estimule sua criança a ter autonomia e a superar os pequenos desafios de sua vida

Já está mais do que comprovado que a autonomia é importante para o desenvolvimento e a formação da criança. Quando ela tem espaço e tempo para fazer por si, se sente mais confiante e capaz ante os desafios da vida. O desenvolvimento de uma criança pode ser classificado de três maneiras: aquele conhecimento ou habilidade que já domina e consegue fazer sozinha, aquele que ela está construindo e aquele que ainda é muito difícil para ela entender e controlar. Estar atento ao desenvolvimento em construção é muito importante para quem está educando, pois é nesse estágio que a criança se mostra curiosa e pronta para aprender aquilo que ainda não domina.


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É fato que ficamos ansiosos ao vê-las fazer tanto esforço para concluir uma tarefa tão simples para nós, adultos. Mas é importante deixar a tentação de “ajudar” de lado, pois, na verdade, ajudá-las significativamente é deixá-las exercitar o que ainda têm dificuldade de fazer, mesmo que demore muito mais e que o resultado final não seja tão bom assim. Por exemplo, deixá-la se enxugar depois que sai do banho. Se ela não conseguir dar conta do desafio por completo, ajude-a, mas só depois de deixá-la tentar sozinha. Acompanhe, esteja por perto, converse, mas não faça por ela. Inserir a criança em pequenas tarefas da casa também ajuda no desenvolvimento da autonomia. Ela exercita, aprende, fica perto dos adultos e participa dos cuidados da casa e da família. Além disso, mostra à criança como organizar e manter sua casa limpa e dá a ela atividades para que se entretenha e participe da rotina familiar. Pequenas atividades como colocar sua roupa e comer sozinha, manter seu quarto arrumado, ajudar a montar e a limpar a mesa das refeições são tarefas simples que elas conseguem dar conta. Sempre que possível, problematize uma situação na qual a criança esteja inserida e dê tempo para que ela possa pensar em uma solução. Por exemplo, quando um bebê está começando a sentar, até que adquira firmeza, cai muitas vezes para trás. Ao invés de pegá-lo de imediato, todas as vezes que isso acontecer, espere para ver qual será sua reação e como vai tentar sair dessa posição: tentar rolar ou fazer força com as perninhas e barriga para tentar levantar. Depois de um tempo, se ele não conseguir, dê uma ajudinha, mas não faça por ele: ajeite seu bracinho e dê um empurrãozinho

para que role ou ofereça seus dedos para que ele os agarre e faça força para se levantar e sentar novamente. O interessante quando colocamos crianças no comando de situações que podem resolver é que elas nos surpreendem com soluções inusitadas e criativas. Além de educativo, é divertido observar a forma de pensar dos pequenos. Estimular a criança a ir um pouco além do que já tem segurança para fazer é dizer a ela que é capaz e dar condições para que ela acredite em seu potencial. Nem sempre o caminho mais fácil e mais cômodo é o melhor para a criança. É importante que ela tente e tente bastante até conseguir superar pequenos desafios para, depois, partir para outros, maiores.

Fernanda M. de Moura Pedagoga e responsável pela Escola Infantil Espaço Crescer (Florianópolis). contato@espacocrescerfloripa.com.br

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Fotos Diana Demarchi

Inventare

O cadarço divertido do Bernardo Eu sempre preferi escolher tênis para o Bernardo que fosse com Velcro - além de prático, eu considero seguro para uma criança que ainda não sabe fazer laço de cadarço. E dessa forma sempre fomos postergando a hora de ensinar o menino a cuidar dos próprios laços. Mas, no início deste ano, ele resolveu escolher sozinho os tênis para ir à escola e, como um bom menino crescido, sua escolha foi um belo e formoso par de tênis com cadarço. Chegou enfim a hora de aprender essa nova tarefa, mas juntos acabamos encontrando um pouco de dificuldade. Filhos são assim: aprendem muito rápido certas coisas e chegam a nos surpreender. Mas amarrar os tênis sozinho não foi uma dessas surpresas pra gente. E foi a partir daí que papai teve a ideia de preparar um tênis de brinquedo para que a gente pudesse fazer

dessa tarefa uma diversão. Com um pedacinho de papel bismark recortado em formato de tênis, umas tintas coloridas e um cadarço usado, tínhamos em mãos um brinquedo educativo feito em casa! Com a peça pronta, o aprendizado fluiu de maneira mais gostosa. E aprender brincando é sem dúvida uma das melhores formas de conduzir uma criança. Um pouco de tinta e criatividade mudaram o jeito de o menino encarar o desafio! E pra gente, valeu muito a pena o esforço. Diana Demarchi gosta da casa com cheiro de bolo, a mesa cheia de crianças e a vida cheia de risadas. Ela escreve no blog www.inventare.com.br as aventuras, alegrias e perrengues da maternidade.




Interação entre pais e filhos

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A mascotinha da Revista Educar

Tema desta edição: Conteúdo Auxiliadora Mesquita Arte Rique Dantas / Cláudia Prates

Festa Junina

Chegou aquela época do ano tão querida por tantos brasileiros. De norte a sul do país, a noite fria convida para o encontro e a fantasia, a brincadeira e a alegria. As primeiras Festas Juninas se perdem no tempo, trazida por nossos ancestrais e colonizadores. Lá, na Europa de onde veio, tinha o gosto da chegada do verão, da renovação da vida e da abundância trazida pelo sol. Aqui, chegou bem na hora que o sol se esconde – em pleno inverno, o mundo natural se recolhe para se desapegar dos excessos e pensar no futuro. Mas podemos pensar dançando, então ‘bora fazer a festa! Santo Antônio, São João e São Pedro aquecem os corações e nos levam de volta à infância, a um mundo de inocência nos encontros, cheiros misteriosos na cozinha e bandeirinhas coloridas por todo lado. Nem é preciso acreditar nos santos – a fé na vida se revela quando você enfeita sua criança para a festa e, segurando aquela mãozinha, a leva de volta para o passado de todos nós. Aquele mesmo passado que se repete e se renova a cada dia. E que, numa noite fria, alimenta a fogueira acesa e abre os braços para mais um que chega. Tá na hora da quadrilha!


História infantil

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Pipoca em... “O CASAMENTO DA PIPOCA”


Você sabia? • As Festas Juninas homenageiam três santos da Igreja Católica: Santo Antônio, São João e São Pedro. Mas todo mundo pode brincar nas festas, pois elas são ótimas para celebrar a alegria de encontrar as pessoas e ser feliz junto delas. • Essas festas surgiram há muito tempo, na Europa. Comemoravam a chegada do verão e do sol, pois no verão os agricultores colhiam muitas frutas, verduras e outros alimentos. As festas juninas celebravam essa época de fartura e de alegria.

Livros

Fogo no céu, de Mary e Eliardo França (Editora Ática) – esse pequeno clássico da Coleção Gato e Rato é bom para ler para os bem pequenos e ainda mais divertido para aqueles que estão aprendendo as primeiras letras. Todo em caixa alta, a história simples e curta mostra um bode curioso e impressionado com aquele fogo no céu. O que será aquilo?

• Na festa junina brasileira, dançamos quadrilha com músicas típicas na sanfona e vestindo roupas coloridas e enfeitadas. Também fazemos comidas especiais com milho, amendoim e outras delícias. Em muitos lugares, as pessoas fazem grandes fogueiras para iluminar a noite e esquentar o frio. Não podem faltar bandeirinhas e flores para deixar tudo mais bonito! E é claro que tem muita brincadeira: pescaria, jogo de argola, pau de sebo. E você, já dançou e brincou nesta junina?

Internet

Que tal se divertir com a Galinha Pintadinha e um trio de forró para animar a festa? Tem zabumba, sanfona e triângulo e a Galinha Pintadinha cantando e dançando. Divertido para os pequeninos, e a festa acontece bem no computador da sua casa: é só acessar no Youtube! https://www.youtube.com/ watch?v=qyjt8MwTog4 ou digite Noite de São João - Festa Junina da Galinha Pintadinha.



Variedades

Do forno Por Auxiliadora Mesquita

www.diaryofapreppymom.com

Super Casa!

Uma invenção divertida e que certamente agradaria a muitos meninos: a versão “super-herói” da famosa casa de bonecas. Uma mãe americana teve a ideia criativa de fazer para seu filho uma “casa de bonecos” com tudo do bom e do melhor para os super-heróis do pequeno. A casa tem cama para relaxar da vida dura de super-forte, um sofazinho com direito a TV e até uma cozinha para fazer sanduíches e receber amigos. Sim, porque nessa casa cabem o Capitão América, o Batman e até um ou outro soldado de Guerra nas Estrelas. Quem não gostaria de descansar – e brincar – em tão boa companhia?

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Que tal uma camiseta à prova de suco?

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Está sendo lançada agora em maio, para vendas na internet, a camiseta Silic. Ela vem com uma proposta diferente: ser uma camiseta “auto-limpante”, confeccionada com nanotecnologia hidrofóbica. Em outras palavras, o tecido repele líquidos à base de água, sem perder a capacidade de ventilação das fibras e mantendo a maciez, segundo os fabricantes. Por enquanto, só estará disponível para adultos, em tamanhos que variam de pequeno ao extra-grande, com o efeito impermeável resistindo a até 80 lavagens. E você, o que acharia de roupinhas auto-limpantes para os pequeninos e seus copinhos de suco?

Pequenos ajudantes, Perigo na web! grandes aprendizados Dar pequenas tarefas domésticas para as crianças ensina responsabilidade e estimula a cooperação. Além disso, as crianças adoram aprender novos movimentos e atividades. Ao executar pequenas tarefas em casa, também incentivamos o desenvolvimento motor e cognitivo. Como se não bastasse, as crianças ficam muito felizes em ajudar! O segredo está na quantidade e na dificuldade da tarefa, que deve sempre ser adequada à idade e à capacidade de cada filho. Sugestões? Cada casa é um caso, mas vale experimentar arrumar a cama, colocar e tirar pratos e talheres das refeições, servir água e comida para o cãozinho, limpar mesas e objetos etc. Sem se esquecer do velho e bom “guardar os brinquedos”!

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Além do perigo conhecido dos pedófilos, a internet também permite o acesso cada vez mais cedo a todo tipo de conteúdo pornográfico. Foi o que descobriu uma pesquisa encomendada para um documentário da rede televisão BBC3, da Inglaterra. A pesquisa mostrou que 1 em cada 4 adolescentes pesquisados havia visto pornografia na rede antes dos 12 anos. Dentre os entrevistados, 37% viram por acaso, 21% admitiram ter buscado os sites para aprender “dicas” e 25% foram apresentados aos sites por outra pessoa. Os especialistas acham que filtros e bloqueios pouco resolvem. A solução seria manter um diálogo franco e orientador com os filhos, desde cedo.


Desafio

Filhos com idades diferentes: desafio multitarefa para as mamães! Por Auxiliadora Mesquita

Minéia, Patrick (9) e

Yohan (3)

cheios de opiniões e sabendo o que querem. Por serem fases diferentes, existem vários conflitos”. Minéia Giacomelli enumera algumas dificuldades a enfrentar. “As brincadeiras não são as mesmas. E dividir a atenção pode ser estressante”. Mas lembra que, por Patrick ser mais velho, já ajuda em muita coisa. Nas viagens, por exemplo, ele logo se oferece para colocar as malas no carro. E foi ele também quem ensinou o mais novo a fazer xixi e a tomar banho. “O pequeno, o Yohan, iniciou bem cedo a colocar sua roupa sozinho, apenas observando Patrick, o mais velho.” Às vezes, esse aprendizado pode ter seu lado negativo. Minéia se recorda de Yohan, o mais novo, aprendendo novas palavras não muito bem-vindas. “O mais velho fala algumas palavras que aprende com os amigos, e o mais novo quer imitá-lo”. Minéia, sempre atenta, logo tratou de corrigir o problema.

Foto Arthur Andrade

Hoje é bastante comum famílias com apenas um filho ou filha. No entanto, para muitas mães ainda é forte o desejo de aumentar a família. A chegada de mais um filho pode ser inesperada ou planejada, mas cuidar de filhos em idades diferentes sempre vai trazer desafios. Que o digam as leitoras da EDUCAR, Minéia Giacomelli e Dori Paviloche, moradoras de Joinville. Elas conhecem bem esses desafios e sabem como é preciso descobrir novas estratégias. Criar filhos com diferenças de idade traz vantagens e desvantagens. O segredo é enriquecer as relações familiares com os aspectos positivos. E driblar as desvantagens com amor, paciência e organização. Uma das principais vantagens é apontada por Minéia: mãe de Yohan, de 3 anos, e de Patrick, de 9, ela conta que esperou o mais velho se aproximar dos 6 anos para a chegada do irmãozinho. “Foi exatamente como imaginávamos”, contou Minéia. “Seis anos é uma idade na qual a criança já está bem independente. Consegue tomar banho, comer sozinho. Sendo assim, sobraria mais tempo para ficar com o bebê.” Dori concorda e no caso dela a espera foi ainda maior. Com 9 anos de diferença entre elas, a primeira filha, Maria Eduarda, tem agora 14. E a irmãzinha, Camille, fez 5. “Quando Maria Eduarda nasceu me realizei como mulher, pois sempre foi um encanto de criança. Com o passar do tempo, senti a necessidade de arrumar uma irmã ou irmão pra ela. Foi aí que veio a Camille”, revela Dori. Dori lembra que famílias com filhos de idades diferentes sempre foram comuns. Ela mesma cresceu numa família assim, com muitos irmãos. Mas concorda que os desafios agora são outros. “Hoje eles já nascem


Dori, Camille (5

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Foto Arquivo Pe ss

No fundo, irmãos com idades diferentes podem se transformar em grandes amigos e companheiros. E é esse o espírito que tanto Minéia quanto Dori esperam ver crescer entre seus filhos. Com a grande diferença de idade entre as filhas – Maria Eduarda já é uma adolescente, e Camille está na pré-escola - Dori Paviloche insiste na importância do respeito. “Peço sempre que cada uma respeite o espaço da outra. E que a mais velha tenha um tempo, mesmo que seja pequeno, para dar atenção para a menor”, ela explica. Minéia também acha fundamental incentivar esse respeito entre os irmãos, desde pequenos. “Incentivo os dois a brincarem juntos e a respeitarem o espaço um do outro”, ensina ela. Além disso, é possível criar rotinas que diminuam os problemas de cuidar de crianças em idades diferentes. Minéia encontrou a solução estabelecendo horários diferentes para as crianças. “Procuramos colocar o mais velho no período integral na escola e o mais novo somente à tarde. Assim, no período da manhã as atenções são todas do pequeno. E à noite, quem recebe a atenção especial é o mais velho”, garante ela. Mas ela tem certeza de que as diferenças vão diminuir cada vez mais: “Imagino que vão poder brincar juntos das mesmas brincadeiras. E, no futuro, serão amigos e parceiros”, garante ela.

O que vale mesmo é o de que toda criança precisa para crescer feliz: cuidado, proteção e afeto. Dori lembra que essa fase passa rápido e que “com carinho e atenção, os problemas ficam pequenos, e as diferenças deixam de existir”. E carinho e atenção essas mães maravilhosas sabem dar, na dose certa, para cada criança em suas famílias!


Escola

Você piscou e junho chegou! Tempo de fechar o trimestre, rever registros e começar a organização para as primeiras avaliações do ano. Se você, colega educador, caprichou nos registros de observação e manteve o material do seu grupo ordenado, é possível que não enfrente grandes problemas. No entanto, ainda assim há o risco de que você se encontre em algum momento soterrado por registros - valiosíssimos, por sinal - mas que não respondam necessariamente aos

quesitos de avaliação propostos pela escola. Já conversamos, aqui, que a avaliação é um documento que elaboramos para responder a perguntas sobre o desenvolvimento das crianças em um período específico de tempo. Mas o que fazer se os registros obtidos não respondem a esses questionamentos? A saída, por enquanto, é contar com a memória. Para o próximo trimestre, chega mais, colega, vamos conversar sobre P.O.!


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P.O.s ou “pontos de observação” são uma ferramenta pedagógica essencial para que o educador possa afinar o foco de sua observação dirigida sobre seu grupo e sobre si próprio. Os P.O.s são perguntas elencadas pelo educador - ou pela equipe pedagógica - que orientam a observação por um período combinado. Os P.O.s podem ser diários, semanais ou até mais duradouros. Podem ser utilizados uma vez ou repetidos periodicamente - o que nos dá dados importantíssimos sobre o processo de aprendizagem.

SE NÃO FICOU CLARO PARA VOCÊ O QUE É UM P.O., AÍ VÃO ALGUNS EXEMPLOS:

É claro que a observação livre, sem perguntas e sem “a priori”, é ainda uma ferramenta fundamental e deve ser utilizada na maior parte do tempo, pois permite uma observação mais fluida e espontânea. No entanto, os P.O.s contribuem para clarear questões que poderiam passar despercebidas. Pode ser muito interessante o educador definir uma atividade ou um momento da rotina para registrar sua observação dirigida.

• Como o grupo experimentou a responsabilidade quanto ao cuidado com o material de sala no dia de hoje?

Se a escola oferece quesitos objetivos para a elaboração da avaliação, você tem um bocado de P.O.s prontinhos para serem colocados no papel. Se não, faça você mesmo uma listinha dos pontos que precisam ser avaliados e observados e vá colocando-os em pauta. Outra fonte interessante de P.O.s são seus parceiros de trabalho. O olhar do outro sobre a sua atuação e os desafios de quem o vê em ação podem trazer reflexões muito interessantes. Peça P.O.s à sua coordenação, colegas educadores e - especialmente - a quem compartilha o grupo com você. Se você tem a sorte de trabalhar com mais um educador em sala, aproveite: vocês têm uma fonte inesgotável de P.O.s.

• De que maneiras o grupo vivencia as questões de conflito corporal? • Em que momentos me senti desafiado como educador no dia de hoje? • Como vivenciei a dicotomia autoridade X autoritário nesta semana?

• Em que momentos - e quais crianças - demonstraram reações empáticas hoje? • Como consigo equilibrar - ou não - a divisão de tarefas com meu parceiro de trabalho? • Como cada criança vivenciou o jogo proposto? Enfim, os P.O.s são para o educador o que o foco é para o fotógrafo. Ajusta daqui, ajusta dali e se define o que vai ser a essência de um determinado clic. Sem perder, no entanto, o olhar para a totalidade do quadro. Um olho no foco, o outro no fundo. O P.O. orienta o olhar, mas não limita. Vá lá, busque sua câmera, defina o foco, sorria e diga bem alto “xiiiiiiiissss”! Prometo que no próximo trimestre as avaliações estarão quase pulando sozinhas para o papel...

Bárbara Farias Maglia

Psicóloga (CRP 12/06523) Crianças, Adolescentes e Apoio Parental - (48) 9687-1400 psi.barbaramaglia@gmail.com





Amanda

Caio Felipe

Sophia Caetano

Laura e Helena

Enzo JĂşlia

Envie foto(s) de sua criança para nossacara@ revistaeducar.com.br com nome completo e idade, cidade e nomes dos pais. Guilherme Lucas

Pedro Henrique

Sofia



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