Fale Mais Sobre Isso

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edição 08 | 2013


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Editorial

Conhecimentos salvam vidas

Fale Mais Sobre Isso: uma Revista dedicada ao universo da Saúde e da Saúde Mental.

Os grandes pensadores da atualidade são unânimes em relação a uma questão: vivemos a Era do Conhecimento. Nunca, na história da humanidade, tantos conhecimentos foram produzidos. Nesse admirável novíssimo mundo que construímos, o conhecimento é a nova moeda, mais valorizada e cobiçada do que todas as outras – inclusive, porque, cada vez mais, é a força que move e multiplica todas as outras. A Revista Fale Mais Sobre Isso quer contribuir com esse importante movimento levando informações de qualidade à vida das pessoas, em especial, informações sobre o universo da Saúde e da Saúde Mental. Os conhecimentos e serviços a respeito desse valioso universo – o da Saúde - devem ser colocados ao alcance do maior número possível de indivíduos, tanto porque melhoram vidas, quanto porque, em muitos os casos, também as salvam. Como dizemos desde a primeira edição da Fale Mais Sobre Isso, conhecimentos salvam vidas, devemos divulgá-los! Chegamos à 8ª edição desse projeto certos de que Uberlândia é uma cidade privilegiada em termos de produção de conhecimentos e serviços ligados à Saúde. Assim, falemos mais sobre eles, divulgue-mo-los e os compartilhemos cientes de que informação ética e responsável que circula é informação que constrói, fortalece e enriquece. Boa leitura!

Leonardo Abrahão Editor

revistafalemaissobreisso@yahoo.com.br

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Índice Notícias

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Substância auxilia no tratamento de insuficiência cardíaca Portador de esclerose sistêmica precisa de avaliação cardíaca Múltipla medicação causa adversidades em UTI pediátrica Brasil tem mais médicos, mas distribuição é irregular Nova técnica vai beneficiar tratamento de hemofílicos tipo A Conselho de Medicina lança cartilha para atender o torcedor Cooperação científica traz avanços para tratar leucemia

Medicina

Cardiologia

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O que você precisa saber sobre hipertensão

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Manchas na pele

Dermatologia Oftalmologia

12 Conheça os principais problemas que podem afetar os olhos Pediatria e Ortopedia

13 A mochila adequada Gastroenterologia

14 Doenças inflamatórias intestinais História

15

A história do Curso de Medicina da UFU

16

O que querem os futuros médicos?

18

Dra. Marina Mafra responde sobre a saúde pública em Uberlândia

19

Gestão em Saúde por Fabíola Matos

Capa

Fale Mais Pergunta

Mais Saúde

Gestão

Nutrição

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Alimentação Saudável Vida Sem Glúten: Doença ou dieta da moda?

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Fisioterapia para as dores de cabeça e pescoço

24

A inter-relação Odontologia/Psicologia: consideração sob a ótica do exercício profissional

Fisioterapia Odontologia

Mercado de Trabalho

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Orientação Vocacional Profissional

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A responsabilidade do Pediatra: diagnóstico precoce de autismo

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Os 7 inimigos do cérebro Bebês aprendem o idioma da mãe antes de nascer

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Álcool na adolescência é influenciado pela família

35 36

Preocupações: até que ponto elas são saudáveis? Psicofobia é crime

37

Carolina Cherulli responde sobre Psicoterapia Infantil

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Guia de Profissionais | Psicólogos(as)

Saúde Mental

Mais Atenção Saiba Mais Sobre Isso Notícias Notícias

Guia

Fale Mais Pergunta

Dos Leitores

Orientação

Foi lendo a Fale Mais Sobre Isso que ganhei da minha Ginecologista que entendi melhor a orientação que ela sempre me dava sobre consultar um Psicólogo(...). Uma matéria me encheu de coragem e fui. Hoje penso que deveria ter ido antes, muito antes(...). Rafaela, 29 anos, por email

Didatismo

O que mais gosto na Fale Mais Sobre Isso é a facilidade com que essa revista explora os conhecimentos das diversas áreas da Saúde. Acho muito legal e útil esse didatismo (...). Flávio Henrique, 22 anos, por email

Compreensão

A edição número 6 da Fale Mais Sobre Isso me ajudou a entender melhor o que o meu Médico e o meu Psicólogo me falaram durante muitos anos e eu e meu marido relutávamos em aceitar(...). Obrigada!(...). Carla, 37 anos, por email

Ajuda

Os conhecimentos em Saúde evoluiram muito nos últimos anos. Uma revista como a Fale Mais Sobre Isso nos ajuda, e muito, a saber caminhar nessa seara (...). João Neto, 41 anos, por email

Envie comentários e sugestões pelo e-mail revistafalemaissobreisso@yahoo.com.br com nome completo, profissão, cidade e idade.

Expediente

Coordenador: Leonardo Abrahão Revisão Técnica (Medicina): Dra. Carolina N. Cunha Debs (CRM: 58.248) Revisão Técnica (Saúde Mental): Psicólogo Leonardo Abrahão (CRP: 36.232/04) Projeto Gráfico e Diagramação: Miguel Neto 34 9670.9610 Design Capa: Welerson Ferreira Comercial: 34 9966.1835 | 9221.6622 Tiragem: 3.000 unidades Impressão e Pré Impressão: Gráfica 3 Pint Distribuição: Correios (Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos) Entrega gratuita e dirigida | Udia-Ari/MG

A Revista Fale Mais Sobre Isso é distribuída em hospitais, clínicas, consultórios e laboratórios de saúde, edifícios comerciais, escritórios de profissionais liberais, condomínios residenciais, escolas, restaurantes, padarias e outros pontos com grande fluxo de pessoas. Além disso, a Fale Mais Sobre Isso é entregue pelos Correios a Médicos e Dentistas presentes em um mailing com 2.000 nomes. Se você tem interesse em ser nosso parceiro comercial, favor entrar em contato pelos telefones 34 9966.1835 ctbc e 34 9221.6622 tim, ou revistafalemaissobreisso@yahoo.com.br.


Notícias

Medicina

Notícias e descobertas Médicas

Portador de esclerose sistêmica precisa de avaliação cardíaca

dispositivo desenvolvido para a pesquisa. Os resultados apontaram que entre os pacientes que apresentavam a doença cardíaca, o nível de uma substância chamada acetona era muito maior do que entre os saudáveis. E no grupo de pessoas que chegava na emergência com um estágio mais grave de insuficiência cardíaca, o nível da mesma substância era maior em comparação com quem estava no ambulatório, com a doença estabilizada. “Dessa forma conseguimos, por intermédio dessa mesma substância, definir níveis de produção pelo corpo de acordo com o estágio de insuficiência cardíaca. Além do objetivo de identificar qual era a substância, conseguimos verificar que ela era um marcador de gravidade da doença”. O equipamento já é utilizado pela pesquisadora em novos exames com pacientes no Instituto do Coração. “O interessante está no modo como é feita a captação do ar, pois ela não envolve a coleta de sangue e em cerca de cinco minutos o processo de coleta é finalizado”, conta, ressaltando que o método “não é invasivo e o paciente apenas sopra, como em um teste de bafômetro”.

A avaliação da condição cardíaca em portadores de esclerose sistêmica é decisiva na seleção dos pacientes que podem ser beneficiados pelo transplante de células-tronco hematopoiéticas (TCTH), aponta pesquisa do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da USP. No estudo, pacientes transplantados que tinham comprometimento cardíaco grave apresentaram pior quadro pósoperatório, o que afeta os resultados do TCTH. Por meio de análise retrospectiva de 90 pacientes com esclerose sistêmica difusa ou limitada e doença intersticial pulmonar, concluiu-se que pacientes portadores de esclerose sistêmica, mas com comprometimento cardíaco grave, apresentam mau desempenho póstransplante, o que os torna inelegíveis a esta terapêutica. No período observouse que a sobrevida nos transplantados foi de 78% em cinco anos (depois de oito mortes relacionadas a recaídas) e a sobrevida livre de recidiva foi de 70% em cinco anos. A pesquisa sugere que para alcançar os melhores resultados com o TCTH em portadores de esclerose sistêmica é necessário realizar uma série de exames, que devem incorporar ecocardiograma, cateterismo cardíaco e ressonância magnética cardíaca. “Estas avaliações, apesar de serem dispendiosas, demoradas e, no caso do cateterismo, invasivas, evitam a inclusão de pacientes graves demais”, ressalta Maria Carolina Oliveira, médica ligada ao estudo. “É possível ainda que todo este esse conjunto de avaliações seja exagerado, mas só novas pesquisas poderão fornecer esta resposta”.

Fonte: Agência USP de Notícias

Fonte: Agência USP de Notícias

Substância auxilia no tratamento de insuficiência cardíaca Uma importante descoberta pode contribuir para o avanço do tratamento de pacientes com insuficiência cardíaca. Um estudo realizado no Instituto do Coração (Incor), pela Faculdade de Medicina (FM) e pelo Instituto de Química (IQ), ambos da USP, identificou uma substância produzida pelo corpo humano capaz de funcionar como uma espécie de marcador de gravidade da doença. A partir de uma observação clínica, na qual foi constatado um odor exalado pelos pacientes com insuficiência cardíaca, a médica Fabiana Goulart Marcondes Braga, uma das pesquisadoras do projeto, elaborou um estudo para verificar uma possível relação entre o odor exalado pelo hálito dos pacientes e a enfermidade. “Entrávamos no quarto de um paciente com estágio avançado da doença e percebíamos que havia um cheiro diferente. Porém, o paciente que vinha ao consultório, com a mesma doença mas em estágio menos grave, não exalava o mesmo odor. Não se tratava de mau-hálito, mas um cheiro meio adocicado, e a partir disso fomos buscar o que poderia ser”. Foram coletadas amostras de ar exalado de todos os pacientes com o auxílio de um

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Medicina

Notícias

Múltipla medicação causa adversidades em UTI pediátrica Em estudo de doutorado realizado na Faculdade de Medicina (FM) da USP, a médica Dafne Cardoso Bourguignon da Silva buscou descrever as ocorrências médicas associadas ao uso de medicamentos que acontecem em crianças internadas em UTIP e identificou os fatores de risco que podem desencadear tais efeitos. Entre as principais complicações, conta a médica, estão distúrbios bioquímicos, como a hiponatremia (concentração de sódio no plasma sanguíneo menor que a normal), hiperglicemia (excesso de glicose) e hipopotassemia (deficiência de potássio). Eles ainda são seguidos por reações alérgicas, queda de oxigenação e pressão baixa (hipotensão arterial). A pesquisa mostrou que quanto maior o número de remédios recebidos por uma criança, maior a probabilidade de que ela desenvolva algum evento medicamentoso adverso. A pediatra explica: “Crianças recebendo 5 medicações tinham 2,19 vezes mais chance de terem um evento adverso. Crianças recebendo 11 medicações tinham 7,26 vezes mais chance”. De acordo com Dafne, é provável que o fato se dê em função de os órgãos e sistemas desses pacientes ainda estarem em desenvolvimento e não reagirem como adultos às intervenções médicas. Crianças que apresentam problemas decorrentes da utilização de medicamentos ficaram, em média, 11 dias internadas, contra 5,3 dias sem nenhuma complicação. “O estudo sugere que cada evento adverso pode prolongar o tempo de internação em 1,5 dias, mas isto necessita ser comprovado em um estudo maior”, comenta a pediatra. Dafne conta que nem sempre os eventos adversos podem ser evitados, mesmo quando são prescritos apenas os remédios realmente necessários. “Como crianças em UTI necessitam de muitos remédios, os eventos adversos medicamentosos vão ocorrer, principalmente nos menores de 4 anos”, esclarece. “O importante é fazer o diagnóstico precoce do evento adverso para que o tratamento também seja precoce e diminua a repercussão clínica na criança já tão doente”. Fonte: Agência USP de Notícias

Brasil tem mais médicos, mas distribuição é irregular Em 2012, 197 escolas médicas ofertavam aproximadamente 17 mil vagas.

O relatório do estudo “Demografia Médica no Brasil”, elaborado por pesquisadores da Faculdade de Medicina da USP, mostra que apesar do número de médicos ter crescido 557% nos últimos 40 anos no País, chegando a dois profissionais para cada 1.000 habitantes, sua distribuição pelo território nacional é cada vez mais irregular, concentrandose principalmente nas capitais das regiões sudeste e sul. O Brasil possui atualmente 400 mil médicos. De 1970, quando havia 59 mil médicos, até hoje, houve um salto de 557%. No mesmo período a população brasileira cresceu 101%. A partir do ano 2000 houve um saldo de crescimento 6 a 8 mil médicos por ano, devido a entrada (novos registros) ser maior que a saída (aposentadorias, mortes etc). “A idade média é 46 anos e 41% dos médicos têm menos de 40 anos, com perspectiva de longevidade profissional. É também uma profissão cada vez mais feminina, tendência irreversível desde 2009”, destaca o professor Mário Scheffer, do Departamento de Medicina Preventiva da FMUSP. A região sudeste alcança 2,7 médicos por 1.000 habitantes. Quem mora na região sul e sudeste conta com duas vezes mais médicos que os habitantes do norte, nordeste e centro oeste (excluindo o Distrito Federal). “A diferença entre os extremos, morador do interior de um estado do norte, nordeste, e centro oeste, e o residente de uma capital do

sul ou sudeste, é de quatro vezes, no mínimo”. Quem tem plano de saúde no Brasil conta com pelo menos quatro vezes mais médicos à disposição do que quem depende exclusivamente do Sistema Único de Saúde (SUS). “A persistência e a intensidade das desigualdades de distribuição demonstram que apenas o aumento global do quantitativo de médicos pode não garantir a disponibilidade de médicos nos locais, nas especialidades e nas circunstâncias em que hoje há carência de profissionais”, enfatiza o professor. “Há necessidade de mudanças substantivas nos rumos do sistema de saúde, a começar pela solução do subfinanciamento público, pelo balanço crítico do processo de privatização da gestão do SUS e de seu impacto sobre os recursos humanos, e pela regulação mais eficiente do mercado de planos de saúde”. Em 2012, 197 escolas médicas ofertavam aproximadamente 17 mil vagas. Mais de 180.000 médicos não concluiram programa de Residência Médica ou não têm título de especialista. “É um cenário preocupante de deterioração do ensino de graduação e da falta de vagas na Residência para todos os egressos de cursos de Medicina”, diz Scheffer. Sete especialidades concentram mais da metade dos profissionais titulados, sendo que quatro áreas básicas (Pediatria, Ginecologia e Obstetricia, Cirurgia Geral e Clínica Médica) tem 37% dos médicos. Fonte: Agência USP de Notícias

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Notícias

Medicina

Nova técnica vai beneficiar tratamento de hemofílicos tipo A Pesquisadores do Centro de Terapia Celular do Hemocentro de Ribeirão Preto da USP desenvolveram uma técnica capaz de revolucionar a realidade do tratamento disponível hoje no País dos cerca de nove mil portadores da hemofilia do tipo A. Trata-se do fator VIII recombinante (rhFVIII), produzido por meio de engenharia genética a base de células humanas. A patente já está registrada. A hemofilia A é uma doença genético-hereditária que se caracteriza pela desordem no mecanismo de coagulação do sangue, com uma deficiência do fator VIII. Independente da gravidade da doença, o tratamento para essa população é necessariamente feito pela reposição do fator VIII (concentrados de fatores de coagulação do sangue). O fator VIII de coagulação oferecido à população no tratamento de hemofilia A pode ser obtido por dois métodos: pelo plasma humano ou por engenharia genética. O Brasil importa medicamentos da França.

Jogos, demais eventos esportivos e culturais terão de ser organizados em locais com uma estrutura mínima para atendimento médico de torcedores. Resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM) fixa regras que vão desde a relação entre o número de médicos e enfermeiros por torcedores, uma ambulância com rota de fuga para hospital até uma lista de itens considerados indispensáveis como desfibrilador e ressuscitador manual. "Se as determinações não forem atendidas, Ministério Público poderá ser chamado e o evento, suspenso", afirmou o relator da resolução e 3.º vice-presidente do CFM, Emmanuel Fortes. Ele afirma que, de acordo com o Estatuto do Torcedor, Conselhos Regionais de Medicina podem estabelecer um roteiro de fiscalização.

Demanda

De acordo com o coordenador do estudo, o professor Dimas Tadeu Covas, da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da USP, a produção do rhFVIII será capaz de suprir a demanda necessária para garantir a qualidade de vida dos pacientes e conter os sangramentos, passando o país de importador de concentrados plasmáticos, originados da França e Itália, para exportador do produto. Fonte: Agência USP de Notícias

Cooperação científica traz avanços para tratar leucemia Estudo de consórcio internacional de cientistas mostra que, por meio do networking e da educação médica, é possível obter resultados promissores e, sobretudo, semelhantes, no âmbito do resultado terapêutico e da qualidade dos cuidados empreendidos em casos da onco-hematologia. O Consórcio Internacional da Leucemia Promielocítica Aguda (LPA) conseguiu reduzir em quase 50% a mortalidade precoce em pacientes com a doença em países em desenvolvimento, em comparação com as nações desenvolvidas. O estudo é coordenado no Brasil pelo médico hematologista Eduardo Rego, ligado ao Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da USP. A LPA, doença-alvo da pesquisa, apresenta elevado índice de mortalidade precoce, mas tem bom prognóstico se detectada e tratada em fase inicial. Rego explica que o estudo também obteve uma melhoria operacional nos controles de casos, resultando em sobrevida e sobrevida livre da doença semelhante aos relatados em países desenvolvidos. “Uma das características dessa doença é a elevada mortalidade nos primeiros dias após o diagnóstico. Pesquisa realizada em 10 centros brasileiros, antes da formação do consórcio, observou que tal mortalidade girava acima de 30%. Com a experiência e a estratégia adotada pelo Consórcio essa taxa caiu pela metade. Verificamos ser possível chegar a uma taxa de sobrevida de 80%”, afirma Rego. Fonte: Agência USP de Notícias

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Fonte: estadao.com.br

Conselho de Medicina lança cartilha para atender o torcedor


Medicina

Cardiologia

O que você precisa saber sobre hipertensão A hipertensão arterial é uma doença também conhecida como pressão alta. A pressão alta é um desequilíbrio no sistema circulatório que aumenta a pressão nas artérias. Além de provocar uma série de distúrbios no organismo, é uma das principais causadoras de doenças do coração. A pressão alta não tem cura, mas tem tratamento e, dessa forma, pode ser controlada. O controle da doença evita complicações no cérebro, nos rins e no coração.

QUANDO UMA PESSOA É CONSIDERADA HIPERTENSA? A pessoa é considerada hipertensa quando a sua pressão arterial estiver maior ou igual a 14 por 9. Para essa consideração, os dados devem ser medidos várias vezes, de forma correta, com aparelhos calibrados e por profissional capacitado.

SINTOMAS A maioria das pessoas com pressão alta não apresenta nenhum sintoma no início da doença. Seus sintomas são mais distintos em fases muito avançadas ou quando a pressão arterial aumenta de forma abrupta e exagerada. Por isso, ela é chamada de “inimiga silenciosa”. A única forma de saber, com segurança, se a pressão está alta é medindo a pressão regularmente.

PREVENÇÃO Ande de bicicleta, suba escadas, saia para dar uma volta, desça uma parada de ônibus antes da sua, pratique atividade física. Coma frutas, verduras e legumes, diminua o sal, tenha uma alimentação saudável. Controle o seu peso, procure uma unidade de saúde ou o seu médico e meça sempre a pressão.

TRATAMENTO A primeira medida a se tomar é modificar o estilo de vida, ou seja, levar uma vida saudável. Além disso, o tratamento da hipertensão pode ocorrer por meios farmacológicos e não-farmacológicos. Não deixe de procurar um médico para obter as orientações adequadas. Fonte: Ministério da Saúde | Revista Fale Mais Sobre Isso

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Uberlândia: 34 3291.3900

Av. Marcos de Freitas Costa, 180

Araguari: 34 3246.4445

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Catalão: 64 3443.1247

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Medicina

Dermatologia

Manchas na pele

Manchas na pele podem ser características de algumas doenças. Observe sempre a sua pele para identificar algumas dessas doenças. Lupus O lúpus eritematoso cutâneo é uma doença que afeta principalmente as mulheres, na idade entre 20 e 40 anos. São manchas vermelhas que aparecem nas áreas expostas ao sol, como o rosto, a região do decote, os braços e o couro cabeludo. Essas manchas apresentam descamação e crescem lentamente. No centro das manchas, parece que se forma uma cicatriz. Elas podem mudar de cor, variando para marrom ou branca. E raramente há comprometimento de outros órgãos. O diagnóstico do lúpus eritematoso pode ser feito através de biópsia da pele. É importante que os pacientes evitem a exposição ao sol, pois as lesões podem aumentar e piorar. Além

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disso, devem usar filtro solar diariamente, roupas de mangas longas (sem decotes), chapéus e bonés. O tratamento deve ser prescrito pelo dermatologista.

Nevos Os dermatologistas chamam de nevos o que popularmente conhecemos como “pintas” ou “sinais”. Os nevos podem ter vários aspectos, variando de cor e tamanho em cada pessoa. Geralmente são marrons, e aparecem em qualquer lugar do corpo. Cada nevo tem o seu padrão de desenvolvimento; com o tempo, podem crescer e apresentar pêlos no local. Normalmente os nevos aparecem até os 20 anos de idade. No entanto, a exposição solar está diretamente ligada ao

seu aparecimento no corpo. Quanto mais exposto ao sol, maior o número de sinais. E quanto maior o número de queimaduras na pele decorrentes da exposição solar, maior o risco de se desenvolver um câncer de pele. Por isso, as pessoas de pele clara ou ruivas devem ter cuidado redobrado. Todas as mudanças nos nevos devem ser observadas e mostradas a um dermatologista. As pessoas que têm mais de 100 nevos na pele têm maior risco de desenvolver o melanoma, o tipo mais agressivo de câncer de pele. Os nevos congênitos são aqueles presentes no corpo quando nascemos – 1 em cada 100 pessoas têm nevos congênitos. Essas pessoas também têm maior predisposição de desenvolver o melanoma. Por isso,

Diagnóstico Profissional Oftalmoscópio Otoscópio Estetoscópio Esfigmomanômetro

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as mães devem observar seus bebês e protegerem adequadamente sua pele do sol. Os nevos maiores, com formas irregulares e variações de marrom devem procurar um dermatologista e observar sempre as mudanças nesse nevo. Esses nevos atípicos têm maior risco de se transformar em um câncer de pele. A maioria dos nevos é benigna, mas os que apresentam alterações devem ser retirados para evitar complicações futuras.

Psoríase A psoríase é uma doença de pele muito freqüente, de causa desconhecida e comum em pessoas da mesma família. Não é uma doença contagiosa, e pode ser tão discreta que o paciente não sabe que tem a doença. Em outros casos, pode ser muito severa e atingir grandes partes do corpo – nesses casos, é preciso calma e paciência para que o tratamento tenha sucesso. A doença é caracterizada pelo aparecimento de manchas ou placas vermelhas no corpo com descamação intensa. As principais áreas que manifestam a doença são: joelhos, cotovelos, couro cabeludo e dorso. A psoríase inflama a pele, que fica bem vermelha e com aspecto espesso como escamas. O dermatologista faz o diagnóstico de psoríase examinando a pele,

as unhas e o couro cabeludo do paciente. Se existe dúvida no diagnóstico pode ser feita uma biópsia de pele. O tratamento é baseado na idade, no estilo de vida do paciente e na severidade do quadro de psoríase.

Vitiligo O vitiligo é uma doença que destrói as células que contém o pigmento responsável pela cor da pele; por isso, aparecem manchas brancas no local. A causa da doença ainda é desconhecida, e na grande maioria dos casos não há nenhum prejuízo para a saúde. O vitiligo não é contagioso e nem hereditário, apesar de em alguns casos serem encontrados antecedentes familiares com a doença. Os locais mais afetados são as mãos, pés, punhos, cotovelos, joelhos, rosto e região genital. Certos fatores podem desencadear o vitiligo em algumas pessoas, como ferimentos e inflamações na pele, queimaduras solares e estresse. Dependendo da localização, da extensão e do tempo em que o vitiligo apareceu no corpo, a doença pode ser curada. No entanto, a ciência ainda não descobriu quais os fatores que determinam a possibilidade de cura. Assim, alguns pacientes conseguem resultados positivos, outros não. Ou seja: existe um fator

próprio em cada pessoa que determina a reação do corpo à doença. Os mesmos medicamentos utilizados em alguém que se curou podem não funcionar em outra pessoa. Não se sabe que fator é esse, e não se pode prever quem será curado ou não. Todo tratamento é uma tentativa. O que sabemos é que o estado emocional influencia na manifestação e no tratamento da doença. Pessoas muito tensas, preocupadas, ansiosas e depressivas têm maior probabilidade de serem atingidas por novas manchas de vitiligo. Portanto, é necessário que o paciente tente aliviar as tensões emocionais para melhores resultados. O tratamento do vitiligo pode variar desde o uso de medicamentos locais e por comprimidos, até a indicação de técnicas cirúrgicas, radiação ultravioleta ou laser. O dermatologista deverá indicar o melhor tratamento para o paciente, observando o tipo e o estágio do vitiligo. Geralmente o tratamento tem longa duração e exige disciplina e persistência, pois o resultado depende da capacidade de reação do organismo. No entanto, na ausência de tratamento, o vitiligo tende a aumentar e comprometer outras partes do corpo. Fonte: Sociedade Brasileira de Dermatologia

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Medicina

Oftalmologia

Conheça os principais problemas que podem afetar os olhos Em 2011, número de brasileiros com cegueira chegou a 1.158.000 segundo Conselho Brasileiro de Oftalmologia Vista Cansada

Muitas pessoas só procuram um oftalmologista por volta dos 40 anos, quando surgem os primeiros sinais da vista cansada (dificuldade para o trabalho ou leitura). Essa é uma importante oportunidade para que o paciente seja submetido a um exame oftalmológico completo (por trás da queixa de vista cansada podem existir indícios de outras doenças oculares ou sistêmicas que ameacem a saúde). Esse exame tem, portanto, enorme significado médico e social, pontanto é uma oportunidade de previnir doenças e a cegueira.

Ambliopia (vista preguiçosa)

Ambliopia é um nome genérico para a baixa visual. Sua forma mais importante, uma vez que pode ser evitada, é a ambliopia por falta de uso do olho, presente nas crianças estrábicas ou que apresentem diferenças de grau de um olho para o outro. O diagnóstico precoce da ambliopia permite tratamento e recuperação. O exame com médico oftalmologista é fundamental nas crianças assim que iniciam sua ida à escola.

Automedicação e efeitos oculares adversos de tratamentos sistêmicos

A educação e o exame oftalmológico são as melhores armas para prevenir a prática da automedicação e as suas conseqüências desastrosas para o olho. Por exemplo, a glaucoma e a catarata são freqüentes nos usuários de corticóides tópicos. A úlcera de córnea pode ocorrer no usuário de colírios anestésicos. Muitos medicamentos usados no tratamento de outras doenças sistêmicas podem causar problemas oculares graves e irreversíveis. O oftalmologista pode detectar os sinais incipientes de intoxicação medicamentosa e passar as informações que ajudem a reorientar o tratamento.

Miopia

Existe uma forte relação estatística entre a miopia e o descolamento de retina. A retina do míope é normalmente mais frágil (maior incidência de degenerações). Calcula-se que existam no Brasil 16 milhões de míopes. A identificação dos focos degenerativos, das roturas e buracos retinianos, através de exaustivo exame oftalmoscópico e biomicroscópico, é importante para que se tome medidas preventivas contra o descolamento de retina.

Catarata

A catarata senil tem sua maior incidência em pessoas acima de 65 anos, chegando a alcançar mais 50% da população. A cegueira causada pela catarata é reversível se não houver outras doenças associadas através da sua remoção. A catarata incipiente pode levar a modificações na refração (óculos) do paciente. É o exame oftalmológico que permite a identificação da causa dessa alteração e orienta o paciente quanto à necessidade de realização de cirurgia.

Glaucoma

Sua incidência aumenta nos grupos etários elevados. A elevação da pressão ocular é o principal - mas não o único - fator que leva à lesão do nervo óptico e á perda visual. A doença é insidiosa, em geral assintomática, e apenas o exame oftalmológico periódico e cuidadoso permite o seu diagnóstico. O tratamento precoce e bem orientado pelo oftalmologista é, em geral, altamente eficaz para prevenir a cegueira.

Degeneração Macular relacionada à idade

Ocorre a perda da visão central impedindo a leitura, direção de veículos e a maioria das atividades. Há uma degeneração da mácula (ponto da retina onde tem lugar a visão de forma e de cores)com destruição das células visuais. A prevalência da doença é muito alta e estima-se que haja, no Brasil, mais de um milhão de pessoas portadoras da degeneração macular relacionada à idade. Atualmente vem sendo testados novos recursos (clínicos e cirúrgicos) para tratamento da doença.

Retinopatia Diabética

Em 2011, 33 mil crianças brasileiras deixaram de enxergar por conta de doenças oculares evitáveis.

O diabetes leva a alterações dos vasos retinianos, iniciandose uma cadeia de eventos catastróficos para o olho e a visão: hemorragias, descolamento da retina e cegueira. A gravidade da retinopatia é proporcional ao tempo de duração e à qualidade do controle clínico do diabetes. Estima-se que no Brasil existam 12.480.000 adultos diabéticos, dos quais a metade tem risco potencial de cegueira. O diagnóstico precoce da retinopatia são decisivos na prevenção dos danos à visão. Nesta fase o tratamento é feito com aplicações de raio laser. Fonte: Conselho Brasileiro de Oftalmologia e Ministério da Saúde


Pediatria e Ortopedia

Medicina

A mochila adequada Saiba quais cuidados tomar ao escolher e usar uma mochila escolar. Existe uma preocupação crescente por parte dos pediatras, ortopedistas e pais em relação ao aumento no número de crianças em idade escolar com queixas de dores na coluna vertebral, no pescoço e nos ombros. Estes sintomas têm sido atribuídos ao fato de se carregar peso demais nas mochilas, além do desconhecimento das orientações básicas quanto ao uso correto das mesmas. Mesmo aquelas pessoas que não são especialistas no assunto têm noção de que o excesso de carga nas mochilas pode resultar em dor e desvios posturais, principalmente durante a fase de crescimento. Este é um assunto recorrente na mídia, principalmente no início dos anos letivos. Porém, não é só o excesso de peso que pode trazer problemas posturais. Alguns estudantes ajustam a mochila muito baixo, na altura dos glúteos, outros as carregam apenas de um lado, sobrecarregando uma parte do corpo... Veja, então, algumas questões que devem ser levadas em consideração para uma correta utilização da mochila escolar.

Segundo recomendações da American Academy of Pediatrics, a mochila adequada deve possuir as seguintes características: Tiras largas e acolchoadas: tiras estreitas causam compressão nos ombros, podendo causar dor e restringir a circulação; Possuir duas tiras para os ombros: mochilas com tira única para o ombro não distribuem o peso uniformemente; Acolchoamento posterior: um forro acolchoado e resistente protege as costas contra objetos pontiagudos evitando desconforto; Tira lombar: uma tira na região lombar (da cintura) distribui o peso de uma mochila pesada mais uniformemente; Peso da mochila: a própria mochila deve ser o mais leve possível; Mochilas com rodinhas: esta é uma boa escolha para aqueles que necessitem carregar muito peso. Lembrar que, ao subir escadas, ela deverá ser carregada.

Para evitar lesões ao usar uma mochila, deve-se: Utilizar sempre ambas as tiras nos ombros; Tencionar as tiras para que a mochila fique bem junto ao corpo e aproximadamente 5 cm acima da linha da cintura; Não exceder o peso da mochila em 10 a 20% do peso corporal da criança; Organizar a mochila, utilizando todos os seus compartimentos, de modo que os objetos mais pesados fiquem no centro e mais próximo das costas; Transportar apenas o necessário: não carregue livros ou objetos que não serão utilizados naquele dia; Dobrar os joelhos ao se agachar: não se incline dobrando as costas, principalmente para erguer algo pesado e ao carregar mochilas; Aprender e praticar exercícios de alongamento e fortalecimento dos músculos mais utilizados ao se transportar uma mochila.

Como os pais podem ajudar Os pais devem orientar os filhos se houver dor ou desconforto ao usar a mochila. Não deve ser ignorada qualquer dor nas costas em crianças ou adolescentes. Nesses casos, procure um médico. Os pais também podem conversar com os professores sobre a possibilidade de aliviar o peso da mochila, e até mesmo se associarem a outros pais para obter mudanças.

Mochila ajuda, mas tem que saber usar.

Sugestões do Dr. André Andujar (Médico Ortopedista/SC) Dividir os livros em 2, sendo uma parte para cada semestre. Ter um caderno para cada matéria. Evitar cadernos de "10 matérias", por exemplo. Estimular a prática de esportes. Orientar a manutenção de postura adequada.

Fonte: Sociedade Brasileira de Medicina Pediátrica

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Medicina

Gastroenterologia

Doenças inflamatórias intestinais As doenças inflamatórias intestinais são um grupo heterogêneo de doenças que tem como característica comum a ocorrência de inflamação de diferentes porções do tubo digestivo. Não possuem uma causa específica e bem definida, mas acredita-se que devam-se a uma combinação de características genéticas do paciente e de estímulos ambientais variados. As principais representantes deste grupo de doenças que intriga médicos de todo o mundo são adoença de Crohn e a retocolite ulcerativa. A doença de Crohn pode envolver qualquer porção do tubo digestivo, desde a boca até o ânus, mas comumente agride principalmente o íleo (a última porção do intestino delgado antes do intestino grosso) e o intestino grosso. A inflamação crônica pode provocar úlceras, estreitamentos e, eventualmente, perfurações do intestino. Esta doença pode também apresentar manifestações em outros órgãos e sistemas que não o aparelho digestivo, como febre, dores nas articulações e outros muitos sintomas. A retocolite ulcerativa é uma outra forma de doença inflamatória intestinal, que, diferentemente da doença de Crohn, afeta preferencialmente o intestino grosso, geralmente partindo de sua porção final, o reto, para as porções mais iniciais do mesmo, como o cólon sigmóide e o transverso. A inflamação crônica pela doença geralmente não leva a estreitamentos a perfurações intestinais, mas faz com que seja comum a presença de extensas úlceras. As doenças inflamatórias intestinais podem apresentar sintomas variados e por vezes são muito desafiadoras do ponto de vista de diagnóstico. Os sintomas mais comuns incluem diarréia com a presença de muco, pus ou sangue nas fezes, dor abdominal, perda de peso involuntária, dores nas articulações, febre de causa desconhecida, déficit de crescimento nas crianças e anemia. Infelizmente não há um único sinal ou um único exame que permitam um diagnóstico rápido da doença. Para defini-lo, o médico lança mão de dados da história clínica, do exame físico e de exames complementares, que incluem exames laboratoriais, endoscópicos, de imagem e anátomopatológicos. O mais importante é que a investigação seja conduzida por um médico experimentado no diagnóstico e no manejo destes pacientes. As opções terapêuticas para os pacientes são variadas e incluem um amplo espectro de medicamentos, intervenções endoscópicas e cirúrgicas. A escolha por uma ou outra modalidade de tratamento depende das características de cada indivíduo, sua doença e sua preferência. Devem ser debatidas junto ao médico para a melhor escolha.

Estudos também sugerem forte relação entre as condições emocionais de uma pessoa e a saúde do seu intestino.

Fonte: Sociedade de Gastroentorologia de São Paulo

Angiologia e Cirugia Vascular Duplex Scan/Doppler

Doenças Arteriais e Venosas Ecleroterapia/Aplicação de Varizes Cir. Geral Aparelho Digestivo

34 3221.7777 / 3236.4400 Rua Vieira Gonçalves, 05 B. Martins | Uberlândia/MG

Resp. Clínico e Técnico DR. Leonardo F. Pacheco | CRM/MG 38.779

Fonte: O Globo Entrevista


História

Medicina

A história do Curso de Medicina da Universidade Federal de Uberlândia

Agradeço a confiança em mim depositada para presidir esta Comissão e tenho fé na concretização deste grande empreendimento. Espero contar com todos, pois é uma campanha de toda cidade, de todos os médicos, sem espírito de grupo, sem política, sem intenção de proveitos pessoais; com finalidade única de servir à cidade e ao Brasil. Agradecimento do Dr. José Olympio de Freitas Azevedo após assumir a presidência da Comissão de Estudos de Criação da Faculdade de Medicina, em 9 de junho de 1966.

O Curso de Medicina da Universidade Federal de Uberlândia surgiu como Escola de Medicina em 1968, durante o grande período expansionista do Ensino Médico Brasileiro. Nesse período foram criadas 37 escolas de médicos em apenas 7 anos. A ideia inicial de criar uma faculdade de medicina em Uberlândia surgiu no Hospital Santa Clara, em 1966, em conversas de médicos como o Dr. José Bonifácio Ribeiro, o Dr. José Olímpio de Freitas Azevedo e o Dr. Ismael Ferreira de Rezende. Eles a divulgaram aos vários colegas médicos da cidade e, em 9 de junho de 1966, reuniram-se na Sociedade Médica de Uberlândia, presidida pelo Dr. Simão Carvalho Luz, para dar início aos estudos de implantação da Faculdade de Medicina. Foi eleita uma Comissão Coordenadora dos estudos de criação da Faculdade de Medicina de Uberlândia. A partir daí, ocorreu um grande envolvimento da sociedade local no sentido de ajudar na criação da Faculdade. Inúmeras pessoas passaram a colaborar e também a fazer doações para a construção da escola. O terreno para a construção da Faculdade (onde hoje está situado o Campus Umuarama) foi doado pelo Sr. Rui Santos e a planta, também doada, realizada pelo arquiteto Sr. Ivan Cupertino Rodrigues. O Hospital Infantil foi doado pela Loja Maçônica Luz e Caridade e o Ambulatório pelo Sr. Amélio Marques. O nome escolhido foi Escola de Medicina e Cirurgia de Uberlândia (EMECIU). Sua fundação oficial se deu em 21 de julho de 1966, ficando constituída em Assembléia Geral a “Fundação Escola de Medicina e Cirurgia de Uberlândia" (FEMECIU). O primeiro Diretor da EMECIU foi o Dr.

Domingos Pimentel de Ulhôa, um de seus fundadores. No dia 30 de dezembro de 1966 foram iniciadas as obras de construção da Escola, e, no dia 8 de fevereiro de 1968, o Conselho Federal de Educação autorizou o seu funcionamento através do decreto nº 62261. No dia 19 de março de 1968 ela foi inaugurada pelo então Presidente da República, Marechal Arthur da Costa e Silva. O primeiro vestibular ocorreu em abril de 1968 e a primeira turma se formou em 1973, contando 95 alunos. O reconhecimento da Escola se deu pelo decreto nº 74.363 de 6 de agosto de 1974 e, a partir deste, o Governo Federal passou a pagar aos seus professores e aos seus funcionários a exemplo do que fazia na Faculdade de Medicina de Santa Maria (RS). Isto ocorreu em função de uma lei aprovada pelo Presidente Costa e Silva segundo a qual, após o reconhecimento da Escola, seus funcionários seriam pagos pelo MEC. Em 1975 foi firmado um convênio com o INPS (através do MEC-MPAS) e este passou a pagar pelos atendimentos realizados no Hospital de Clínicas. A partir deste momento a Escola de Medicina passou a viver uma grande fase de expansão. Em 1976, a escola de Medicina passou a integrar a Universidade de Uberlândia e, em 1978, também tornou-se Federal com a federalização de toda a Universidade. Neste ano, ela deixou de existir como Escola de Medicina e Cirurgia de Uberlândia, passando a ser "Curso Médico do Centro de Ciências Biomédicas da Universidade Federal de Uberlândia", tendo permanecido assim até dezembro de 1999, quando entrou em vigor o novo Estatuto da Universidade.

Fonte: www.famed.ufu.br 2013

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Medicina

Capa

O que querem os futuros médicos? Pesquisa do CRMMG mostra as expectativas dos novos profissionais que sairão das universidades

As especialidades de radiologia e diagnóstico por imagem, cardiologia e ginecologia e obstetrícia foram apontadas como as menos desejadas pelos formandos, de acordo com pesquisa do Conselho Regional de Medicina de Minas Gerais (CRMMG) sobre o perfil dos médicos recém-formados, que reúne dados de 2010, 2011 e primeiro semestre de 2012. Na avaliação do presidente da Cerem, Sérgio Gonçalves, a baixa procura por essas áreas demonstra um declínio das especialidades clínicas como um todo, já que, em busca de melhor remuneração, os novos médicos estão preferindo as que envolvem procedimentos. Com 2,7% de preferência entre os 1,3 mil alunos consultados, a área de radiologia lidera o

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ranking das especialidades menos procuradas. Nesse caso, para Sérgio Gonçalves, os formandos têm preferido a medicina nuclear, que paga mais porque engloba procedimentos e ainda oferece uma melhor qualidade de vida para os profissionais que querem fugir da rotina extenuante de emissão de laudos de exames da radiologia. O mesmo acontece com a cardiologia, que figurou entre as preferências de apenas 4,3% dos futuros médicos. Nessa área, a maioria dos médicos se divide entre atendimento em consultório e plantões em CTIs ou então encaram a rotina exaustiva dos prontos-socorros. Diante dessa realidade, a área intervencionista da especialidade, a hemodinâmica, tem cada vez menos interessados. A área de

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saúde da mulher também tem sofrido com o baixo interesse dos estudantes. Na pesquisa, a especialidade de ginecologia e obstetrícia figurou entre as preferências de 5,8% dos entrevistados. “O intenso esquema de plantões, sempre em emergências, tem mantido os profissionais apenas na ginecologia”, afirma Sérgio Gonçalves. Na avaliação do presidente do CRMMG, João Batista Gomes Soares, o problema é ainda mais grave. “Tem havido uma debandada nessas especialidades, o que tem feito com que sobrem vagas na residência”. Além disso, chama a atenção para o fato do grande número de processos na justiça na área. “Esses médicos lidam com duas vidas, a da mãe e a do filho, além de toda uma pressão e

expectativas por parte dos familiares”, comenta. Alguns, porém, por vocação pessoal, preferem ingressar em uma dessas áreas menos procuradas, como é o caso de Pedro Xavier, de 26 anos, formado no final do ano passado pela Faculdade de Ciências Médicas. O jovem médico tentará residência para as especialidades de psiquiatria e saúde da família. “Acredito que serei mais útil nessas áreas em que há uma carência maior de profissionais. No modelo mais especializado e hospitalizado da medicina no Brasil, a atenção básica é pouco valorizada, apesar de ser fundamental por enxergar o paciente em um contexto multidisciplinar em que a prevenção ganha mais importância”, comenta.

O paradoxo das mais procuradas A pesquisa do CRMMG também revelou as especialidades mais pretendidas pelos formandos. No topo da lista, ficaram clínica médica (12%), seguida por cirurgia geral (10%) e pediatria (9%). No entanto, a falta de profissionais atendendo nessas áreas, conforme pode ser visto todos os dias na imprensa, é um problema generalizado no Brasil. Para Sérgio Gonçalves, uma série de fatores contribui para esse quadro. “Em primeiro lugar, há que se considerar que a maioria dos formados ingressa nessas áreas apenas para cumprirem os prérequisitos para outras especialidades como cirurgia plástica, oncologia, infectologia, neonatalogia, pediatria dermatológica, entre outras”, explica. Cursando o último período na UFMG, Ricardo Ramos, de 25 anos, é um exemplo dessa tendência. “Minha primeira opção é cirurgia geral, para no futuro ingressar em alguma subespecialidade”, afirma. Ele conta também que durante a residência irá avaliar o tipo de vida como médico que deseja ter. “Vou poder saber quanto quero trabalhar, quanto ganhar e o estilo de vida como um todo. Acredito que essa é sempre uma decisão que envolve muitos fatores”, pondera. Já o presidente da Sociedade de Acadêmicos de Medicina de Minas Gerais (SAMMG), Erickson Gontijo, chama a atenção para o fato de que o estado não tem vagas suficientes para

atender a toda essa demanda. Somado a isso, o estudante do 7º período também acredita que não há no Brasil um estudo sobre as necessidades da população pelas diferentes especialidades. “Os especialistas são formados sem se levar em consideração a sua inserção no mercado de trabalho”, afirma. Quando formados, os médicos dessas áreas precisam lidar com baixas remunerações e condições de trabalho desestimulantes, sobretudo nas unidades básicas de saúde na periferia das grandes cidades. O problema é ainda mais grave, destaca Sérgio Gonçalves, no interior e nas áreas de fronteira do país. “Nesses casos, o problema não é só os baixos ganhos, mas também a falta de segurança e de qualidade de vida. Como todos os profissionais, os médicos precisam de boas escolas para seus filhos, lazer, mobilidade etc.”, defende. Essa preferência por postos de trabalho nos grandes centros também foi retratada no levantamento. Mais de 60% dos entrevistados pretendem atuar em Belo Horizonte ou em outras cidades com mais de 100 mil habitantes. Como resultado, a falta de médicos no interior congestiona o já insuficiente atendimento nas unidades do SUS da capital. “Sem saber como atrair médicos, muitos prefeitos do interior preferem comprar ambulâncias para trazer os pacientes para Belo Horizonte a investir no atendimento local”, conta.

O perfil dos futuros médicos A pesquisa, que ouviu neste ano 1,3 mil pessoas, mostrou também que 62% dos consultados pretendem atuar como profissionais liberais. Dos que afirmaram preferência por postos assalariados de trabalho (39%), a maioria (80%) almeja uma vaga no setor público. Grande parte dos entrevistados (85%) demonstrou interesse pelo atendimento de cooperativas médicas. A expectativa salarial dos futuros médicos também está alta, já que quase 64% acreditam que irão ganhar mensalmente mais de 10 mil reais. A boa notícia é que quase a totalidade dos entrevistados (91%) afirma conhecer o Código de Ética Médica e ter conhecimento do inglês (86%). Os estudantes também se mostraram conscientes quanto à polêmica de abertura indiscriminada de escolas de medicina. Quase 75% se posicionaram de forma contrária ao assunto. Para eles, os dois critérios mais importantes a serem observados para a abertura de novas escolas são a qualificação do corpo docente e a existência de hospitais-escola.

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Fonte: Revista Médico das Gerais (6ª Ed.)

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Medicina

Fale Mais Pergunta

Dra. Marina Mafra

Médica do Hospital Dr. Odelmo Leão Carneiro

Em relação ao universo da saúde, como você vê a estrutura de atendimento público da nossa cidade Uberlândia/MG?

A estrutura ainda é consideravelmente precária, tanto do ponto de vista técnico quanto do ponto de vista organizacional, principalmente quando consideramos que a população não está corretamente instruída para utilizar o sistema público de saúde. Isso, por vezes, acaba sobrecarregando parte do sistema que está absorvendo mais demanda do que a sua concepção permite.

Em linhas gerais, como é organizado esse atendimento? O atendimento é dividido basicamente em 3 níveis de atenção à saúde: o primário, formado pelas UBS's (Unidades Básicas de Saúde), pelos PSF (Programa de Saúde da Família) e pelas UAI's (Unidades de Atendimento Integrado); o secundário formado pelo Hospital e Maternidade Municipal Dr. Odelmo Leão Carneiro e por algumas especialidades atendidas pelas UAI’s; e o terciário que abrange o Hospital de Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia e algumas especialidades atendidas pelo Hospital Municipal. Vale lembrar que cada um desses níveis são regidos, em tese, pelas diretrizes do Sistema Único de Saúde (SUS).

Em sua opinião, o que pode ser feito para melhorar ainda mais esse atendimento?

Qualquer mudança nesse sistema deve começar pela atenção primária: a medicina preventiva bem estruturada sempre será a chave-mestra garantidora do verdadeiro conceito de saúde de uma população, além de diminuir os onerosos custos dos quais os complexos secundário e terciário necessitam.

Seria possível apontarmos as três principais questões que mais levam as pessoas a procurarem atendimento na rede pública de saúde de Uberlândia?

Sem dúvida, a maioria das pessoas procuram atendimento médico, em qualquer nível de complexidade, por motivos crônicos ou sub-agudos. Existem estudos que comprovam que 80% das queixas que levam as pessoas a procurarem um serviço de saúde poderiam ter sido resolvidos no nível primário de atenção, o que reforça mais uma vez a necessidade suprema de se investir nesta área.

Investimentos financeiros sempre ajudam, mas, além deles, para você, o que mais poderia ser importante e estratégico na melhoria da saúde pública em nosso país?

A melhoria da saúde pública brasileira abrange setores amplos e diversos, pois as dificuldades e obstáculos nesta estão interligadas entre si e entre todas as questões sociais do meio na qual está inserida. Pensando assim, pra melhorar a saúde temos que investir em educação, combater a corrupção política, incentivar os planos de carreira dos profissionais da saúde, enfim, não são poucas as mudanças necessárias.

A medicina preventiva bem estruturada sempre será a chave-mestra garantidora do verdadeiro conceito de Saúde de uma população.

Por fim, uma pergunta que não poderia deixar de ser feita por uma revista bastante preocupada com as questões da Saúde Mental em nossa sociedade: na sua opinião e tendo por base as suas experiências profissionais na rede pública de saúde, há algo digno de nota em relação aos aspectos afetivos e emocionais das pessoas que fazem uso dessa rede?

A partir da minha experiência, penso que a saúde mental dos usuários do sistema público de saúde de Uberlândia merece atenção especial, pois ainda carece muito de suporte assistencial digno, não só pela falta de infra-estrutura adequada para o atendimento desses pacientes, mas também pela ausência de capacitação técnica multiprofissional da equipe que atende esse grupo.


Gestão Uma das questões de maior importância - mas que não é percebida por muitos profissionais da saúde do Brasil de forma clara - é o desconhecimento, em maior ou menor grau, em relação a como administrar o seu próprio consultório. Muitos, na maioria das vezes, nem percebem essa necessidade como real. Existem várias razões que explicam essa tendência, como, por exemplo, a falta de tempo dos profissionais, a competição cada vez mais acirrada no mercado da saúde, a necessidade imperiosa de se manterem atualizados. Mas, sem dúvida, a principal delas é: os cursos de graduação focam apenas nas habilidades técnicas e científicas, negligenciando os aspectos administrativos. Cada dia mais, os profissionais investem em treinamentos e técnicas mais apuradas, equipamentos ultramodernos, novidades no mundo da saúde. Como uma forma de se diferenciar no mercado e conquistar uma carreira bem sucedida. Porém, em contrapartida, eles não foram suficientemente orientados em como abrir e gerir o seu próprio negócio. Quando se pensa em abrir um novo negócio (uma loja ou um restaurante), algumas questões precisam ser respondidas antes de se dar o primeiro passo: qual é o mercado que se pretende atingir? A concorrência está estabelecida? O local é adequado? Existe espaço para crescimento? Há consumidores/ clientes suficientes naquela região que justifiquem esse investimento? Resumindo: qual é a probabilidade do negócio prosperar (etc)? Infelizmente, na área da saúde nem sempre se faz essa análise. Grande parte dos profissionais da saúde mantém o foco nas suas competências e habilidade técnicas, e, muitas vezes, relega a segundo plano a análise do cenário externo ao seu próprio consultório. Simplesmente monta e... pronto: fica à espera dos clientes. Uma vez aberto o consultório e vencida a primeira batalha (se estabelecer no mercado), chega a vez de administrar a rotina, organizar a agenda, padronizar o atendimento, maximizar ativos e equipamentos, controlar custos, fidelizar clientes... Para tanto, faz-se necessário registrar e analisar cada detalhe do seu consultório. Fazer pesquisas, verificar quais pontos em que pequenos ajustes podem fazer grandes diferenças na organização e nos resultados do final do mês. Verificar o que é relevante e mensurável. O que pode ser melhorado, o que pode ser mantido, intensificado ou modificado. Muitas empresas tomam decisões erradas mesmo com base em informações e dados coerentes. Agora, imaginem se elas são baseadas em suposições, impressões ou simpatias pessoais - o erro é praticamente inevitável. O profissional da saúde precisa saber administrar, ter noções de planejamento, finanças e marketing. Mas é quase impossível compatibilizar esse aprendizado com a sua rotina no dia-a-dia, como a exigências dos pacientes e a questão da atualização técnica. É aqui, portanto, que entra o papel da consultoria de Gestão em Saúde. Um bom consultor em gestão é capaz de orientar e organizar o seu negócio, e, por conseqüência, maximizar resultados, possibilitando, ao mesmo tempo, que o profissional da saúde continue focado no seu “core business” – ou seja, o seu paciente. Pense nisso. Seja disciplinado e bem organizado!

Medicina

Gestão em Saúde Administração em Consultórios

Fabíola Matos É Consultora de Gestão em Saúde com mais de 10 anos de experiência em administração/atendimento em Saúde | Mestre Educação pela UFU/MG | MBA em Marketing Estratégico pela UFU/MG (Fagen) MBA em Gestão em Saúde pela FGV/SP | MBA in Company em Gestão Empresarial pela FDC/BH. Contato: fabiolacmatos@hotmail.com

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Mais Saúde

Nutrição

Alimentação Saudável

Porque somos o que comemos A adoção de uma alimentação saudável previne o surgimento de doenças crônicas e melhora a qualidade de vida. Frutas, verduras, legumes e cereais integrais contêm vitaminas, fibras e outros compostos, que auxiliam as defesas naturais do corpo e devem ser ingeridos com frequência. As fibras, apesar de não serem digeridas pelo organismo, ajudam a regularizar o funcionamento do intestino, reduzindo o tempo de contato de substâncias nocivas com a parede do intestino grosso. A ingestão de vitaminas em comprimidos não substitui uma boa alimentação. Os nutrientes protetores só funcionam quando consumidos por meio dos alimentos. O uso de vitaminas e outros nutrientes isolados na forma de suplementos não érecomendável para prevenção do câncer. Os bons hábitos alimentares vão funcionar como fator protetor se forem adotados ao longo da vida. Nesse aspecto devem ser valorizados e incentivados antigos hábitos alimentares do brasileiro, como o consumo de arroz com feijão. O Guia de Alimentação Saudável do Ministério da Saúde apresenta 10 passos para uma boa alimentação. São eles: Coma feijão com arroz todos os dias ou, pelo menos, cinco vezes por semana. Esse prato brasileiro é uma combinação completa de proteínas e faz bem à saúde. Consuma diariamente três porções de leite e derivados e uma porção de carnes, aves, peixes ou ovos. Retirar a gordura aparente das carnes e a pele das aves antes da preparação torna esses alimentos mais saudáveis. Consuma, no máximo, uma porção por

Planejamento e disciplina são grandes aliados de uma alimentação saudável e, consequentemente, de uma melhor qualidade de vida.

dia de óleos vegetais, azeite, manteiga ou margarina. Evite refrigerantes e sucos industrializados, bolos, biscoitos doces e recheados, sobremesas e outras guloseimas como regra da alimentação. Diminua a quantidade de sal na comida e retire o saleiro da mesa. Beba pelo menos dois litros (seis a oito copos) de água por dia. Dê preferência ao consumo de água nos intervalos das refeições. Torne sua vida mais saudável. Pratique pelo menos 30 minutos de atividade física todos os dias e evite as bebidas

alcoólicas e o fumo. Faça pelo menos três refeições (caféda-manhã, almoço e jantar) e 2 lanches saudáveis por dia. Não pule as refeições. Inclua diariamente seis porções do grupo dos cereais (arroz, milho, trigo, pães e massas), tubérculos como as batatas e raízes como a mandioca nas refeições. Dê preferência aos grãos integrais e aos alimentos em sua forma mais natural. Coma diariamente pelo menos três porções de legumes e verduras como parte das refeições e três porções ou mais de frutas nas sobremesas e lanches. Fonte: Ministério da Saúde


Vida Sem Glúten:

Dicas

Doença ou dieta da moda?

de

Mãe

Muito procurado por pessoas que apresentam a doença celíaca, os produtos sem glúten também têm sido usados como forma de alimentação saudável, auxiliando na perda de peso. A doença celíaca (pessoas intolerantes ao

glúten) é uma condição crônica que afeta principalmente o intestino delgado. É uma intolerância permanente ao glúten, uma proteína encontrada no trigo, centeio, cevada, aveia e malte etc. Antes praticada só por necessidade, a dieta sem glúten está conquistando novos adeptos: interessados em perder peso ou ganhar saúde. O cardápio, já adotado por celebridades como a atriz Juliana Paes, condena a farinha de trigo e seus derivados, como pão e macarrão, e proíbe qualquer alimento que contenha glúten. A promessa é melhorar a função do intestino e, de quebra, acabar com males como a enxaqueca. A doença celíaca não possui tratamento clínico medicamentoso específico. A única forma de intervenção é o controle rigoroso da ingestão alimentar, com a exclusão do glúten da dieta. A capacidade de seguir a dieta está associada a fatores psicológicos, emocionais e sócioculturais, sendo dificultada em eventos sociais, viagens e no trabalho. Por isso, os pacientes com diagnóstico de doença celíaca geralmente são mais rigorosos , apesar de, às vezes, também sentirem dificuldade de levarem à risca a dieta sem glúten. Segundo a Fenacelbra (Federação Nacional das Associações de Celíacos do Brasil) a doença afeta em torno de dois milhões de pessoas no Brasil, mas a maioria delas encontrase sem diagnóstico. A presidente, Lucélia Costa, diz que o objetivo principal é desmitificar a doença celíaca, enfatizando a importância do diagnóstico precoce, evidenciando que as pessoas celíacas podem viver uma vida normal com uma dieta adequada e segura. A boa notícia é que, hoje, existem alternativas que viabilizam seguir a dieta recomendada pelos nutricionistas, consumindo alimentos apetitosos e sem o inimigo glúten. Não é preciso mais passar vontade, já que existem várias opções como massas, bolos, pães, torradas, quitandas e muito mais, cada vez mais fáceis de serem encontrados em lojas especializadas.


Mais Saúde

Fisioterapia

Fisioterapia para as dores de cabeça e pescoço Flávio Sérgio Marques Alves Fisioterapeuta | Crefito-4/115.336-F

Especialista em Terapia Manual e Postural Curso Internacional em Crânio-Mandibular e Crânio-CervicalMestrando em Ciências da Saúde - UFU fsmalves@yahoo.com.br | (34) 9195.7532

Devemos nos atentar que dores não são normais e que são informações do corpo de que algo de errado está acontecendo. 22 falemaissobreisso.com.br

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Todos nós conhecemos pessoas que sempre reclamam de dor de cabeça. Muitas relatam ter dores de cabeça intermitente ou prolongada, de forma leve, moderada ou grave. Podem ser localizadas em várias partes da cabeça (ou em toda ela), em face e no pescoço. Algumas chegam a apresentar dores em até seis dias por semana e se arrastam por meses ou até anos. Normalmente, estas pessoas sofrem por vários anos até procurarem ajuda. Devemos nos atentar que dores não são normais e que são informações do corpo de que algo de errado está acontecendo. Por isso, chega a hora de procurarmos ajuda especializada. Essas dores podem ser de origem física e/ou psicológica. Psicólogos, dentistas e fisioterapeutas especializados no diagnóstico e tratamento de pessoas com essas dores podem ajudar a diminuir sintomas, e até mesmo eliminar as crises de dor de cabeça, muitas vezes sem o uso de medicamentos analgésicos, os quais podem gerar um alívio rápido, mas temporário. Quase sempre estas dores são precedidas por alterações emocionais provocadas por estresse no trabalho, no trânsito, em casa etc., que geram um aumento nas tensões musculares podendo ser sentidas nas costas, entre as escápulas, nos ombros e no pescoço. Normalmente estas dores são localizadas, mas quando se tornam crônicas, tendem a irradiar para outros pontos do corpo. Muitas vezes irradiam para a cabeça gerando as cefaleias tensionais crônicas, que podem ser confundidas com enxaquecas. Vários são os problemas gerados pelas crises de dor de cabeça, tais como: diminuição do rendimento no trabalho e em casa, mau humor, isolamento social, diminuição na qualidade de vida, de modo geral e/ou em situações específicas e até mesmo, a apresentação de sintomas depressivos. Pessoas que apresentam bruxismo ou briquismo (ato de ranger ou apertar os dentes) contraem muito a musculatura mastigatória durante um período de tempo prolongando e causam aumento da tensão desta musculatura. Essa tensão desencadeia dores na mandíbula, na região temporal (acima das orelhas), dor em dentes e dor de ouvido. Bloqueios articulares das vértebras cervicais também podem originar dores em região occipital e em fundo de olho. Fisioterapeutas que trabalham com terapias manuais e que são especializados no tratamento de dores de cabeça e pescoço têm apresentado índices de sucesso cada vez maiores no tratamento de cefaleias tensionais e dor orofacial. Pacientes relatam que com poucas sessões tiveram 80% de melhora nas dores ou até mesmo a eliminação das dores, e que se livraram do uso de analgésicos. Procure um profissional especializado no tratamento destas dores e faça uma avaliação multiprofissional, garantindo, assim, a sua qualidade de vida em primeiro plano!


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Mais Saúde

Odontologia

A inter-relação Odontologia/Psicologia: consideração sob a ótica do exercício profissional POR

Ana Flávia Guimarães Alvarenga

Muito se tem falado sobre a importância da integração e harmonia das várias áreas de saúde, visando uma melhor qualidade no atendimento ao paciente. Considerando a concepção de que “Saúde é um estado de bemestar físico e mental” (OMS), conclui-se que os aspectos físicos e psicológicos que envolvem um indivíduo convivem em constante inte ração, sendo um erro separar um do outro. Sob este ponto de vista, a inter-relação Odontologia/Psicologia inicia uma nova era no que diz respeito ao tratamento odontológico e sua humanização. O profissional que tem conhecimentos na área de Psicologia tem consciência de que alterações no estado emocional do indivíduo podem trazer conseqüências físicas e, por sua vez, alterações físicas (como a dor) podem acarretar desordens emocionais. Por exemplo, algumas situações em que a Psicologia colabora na abordagem aos pacientes na prática odontológica: os aspectos psicológicos da dor, que alteram a sua percepção, tornando-a subjetiva; as fobias e traumas, que comumente impedem que o indivíduo procure o atendimento odontológico; a íntima relação entre estética bucal e autoestima; as doenças com manifestação oral, mas com fundo emocional (ex.: bruxismo e outras disfunções da articulação têmporo-mandibular). Um outro aspecto - não tão citado na literatura, mas de igual importância -, foca a outra ponta do relacionamento profissional/ paciente: o cirurgião-dentista e as implicações psicológicas do exercício da profissão.

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| Dentista

Os estereótipos atribuídos ao odontólogo, quase sempre identificado em filmes, livros e em piadas como o “carrasco”, o “sádico”, agridem a autoestima de profissionais que saem dos ambientes acadêmicos com o “orgulho” e a “nobreza” de terem se formado promovedores da saúde e do bem social. Além disso, na prática diária, o profissional convive intimamente com a dor, com o negativismo de quem a está sentindo e com o desconforto demonstrado pelo paciente. Todos estes aspectos chamam atenção para difícil tarefa que este profissional enfrenta no seu dia-a-dia, podendo alterar seu estado emocional, sua personalidade e até seu comportamento frente aos pacientes. Cabe ao cirurgiãodentista reconhecer estes sentimentos hostis e fortalecer-se contra estes aspectos negativos da profissão, impedindo que estes influenciem sua prática diária e sua vida pessoal. O caminho para este “autoconhecimento profissional” passa pela compreensão dos motivos mais profundos da rejeição ao tratamento odontológico. Arminda Aberastury, psicanalista argentina, comenta que “a angústia despertada pelo tratamento odontológico é de tipo irracional, pois nada do que acontece durante um tratamento dessa índole explica a intensidade da angústia que desperta, nem as reações que se observam (...). No consultório odontológico, a boca e os dentes possuem, para o ser humano, um significado inconsciente que vai muito além de sua utilização cotidiana, como dentes para mastigar e boca para alimentar-se, existe também

2013

a repercussão psicológica, quando um dente adoece e precisa ser tratado. (...) A boca possui determinadas características inconscientes, em cada etapa do desenvolvimento, e o mesmo acontece com o dente”. A. Badra escreve: “A boca reflete como um espelho todas as manifestações da mente. Ela representa a comunicação através da fala. A boca articula a palavra (...). Entregar a boca a alguém no caso do dentista, é entregar a via régia de comunicação.” Além disso, o ser humano tem o seu primeiro contato com o mundo através da boca, sendo esta o órgão através do qual a criança obtém prazer, na fase oral do desenvolvimento. A compreensão de que ao realizar um procedimento clínico na cavidade oral está oferecendo não só um tratamento físico, mas agindo em um órgão de grande significado psicológico, pode ajudar o cirurgião-dentista a reconhecer, em uma reação negativa do paciente, o reflexo de um sentimento mais íntimo e inconsciente. E, ao perceber isso, poderá reverter a situação, sentindo-se valorizado pela responsabilidade que tem o seu trabalho e tornando-se consciente de que a melhora no seu estado de saúde bucal de um indivíduo também refletirá em seu estado emocional. Conclui-se então que o intercâmbio psicologia/odontologia poderá trazer benefícios ao cirurgião-dentista por oferecer-lhe recursos para o autoconhecimento e, assim, manter-se emocionalmente saudável em um ambiente de trabalho, por vezes, negativo.



Saúde Mental

Mercado de Trabalho

Orientação Vocacional Profissional A escolha e o desenvolvimento de uma profissão são questões que angustiam - e muito - os jovens da nossa sociedade. Escolher uma profissão e, mais tarde, ingressar no mercado de trabalho, possui relação direta com a Saúde Mental de todo indivíduo. POR

Leonardo Abrahão

POR

Hérika Mota


Do Ensino Médio para o Ensino Superior

Sair do colegial e entrar na faculdade mexe com a cabeça de todo mundo.

“No terceiro colegial ou você amadurece, ou amadurece. Não existe outra opção, você precisa crescer. Acaba sendo uma mistura de sentimentos, você percebe que agora você precisa entrar em uma universidade e construir o seu futuro, (...) e assim só penso que vou falhar”.

Com essas palavras, Aline Araújo, 16 anos, estudante do 3º colegial de uma escola particular de Uberlândia, resume bem o caleidoscópio de sentimentos e angústias que pesam na cabecinha dos jovens que estão a um passo de terminar o Ensino Médio e de ingressar em uma Universidade. Fosse apenas um passinho simples, como, por exemplo, o passar de uma série à outra, o caminhar, provavelmente, não seria tão difícil. O problema é que, em termos psicológicos, o passo que a jovem Aline deseja dar ao final do ano equivale a saltar por um verdadeiro e profundo abismo entre dois universos completamente diferentes: um universo anterior à aprovação no vestibular e outro posterior a essa aprovação. Em linhas gerais, o universo anterior à aprovação no vestibular é o universo que compreende os elementos da infância e do início da adolescência (e de tudo o que permeia, caracteriza e problematiza essas duas primeiras fases do desenvolvimento humano). Por sua vez, o universo “inaugurado” pela aprovação no vestibular é o universo que, em tese, compreenderia os elementos do fim da adolescência e ingresso na vida adulta (e, mais uma vez, todos os elementos que permeiam e problematizam essas outras duas fases do desenvolvimento humano). Tanto o primeiro, quanto o segundo universo são profundamente complexos e repletos de extraordinárias questões relativas à Saúde Mental de todo indivíduo – e é na passagem entre esses dois mundos que está o problema. A maneira como a nossa sociedade organizou a passagem da vida infantil à vida adulta tem, no vestibular (leiase: no momento em que o indivíduo vê-se obrigado a escolher uma profissão), um dos seus mais importantes e decisivos momentos. Porém, normalmente, no ano, semestre, mês, semana e dia do vestibular grande parte dos jovens ainda não está psicologicamente apta a assumir e encaminhar todas as seqüencias e conseqüências da escolha que (por força das convenções sociais?) foi obrigada a fazer. E por que não está apta? Já não deveria estar? Não necessariamente. O fato de a sociedade e suas convenções dizerem que, por meio do vestibular, é chegada a hora de o jovem determinar o seu futuro, não significa, obrigatoriamente, que ele esteja psiquicamente pronto para tal decisão. Além disso, a pós-modernidade trouxe uma série de novíssimas questões que problematizam e angustiam ainda mais esse tenso momento de escolhas: a multiplicação das profissões, o crescimento vertiginoso da concorrência entre profissionais de todo o mundo, a liquidez dos valores morais, a onipresença das tecnologias, da propaganda materialista e do consumismo, e, por fim, a cultura do

imediatismo e a ditadura do prazer. Todas essas questões colocaram mais ingredientes ainda na confusa sopa de elementos que interferem na determinação da escolha por parte do jovem. Não é de se estranhar, portanto, que passar do universo infantil ao universo adulto seja tão angustiante aos nossos estudantes. Não são poucas e banais as questões, as problemáticas, as fantasias, as neuroses, as expectativas, os medos, os traumas e os projetos (seus e dos seus pais) que eles têm que levar em consideração ao escolher um projeto profissional para o seu futuro. Imagina encarar essa responsabilidade em meio ao turbilhão de demandas e processos que a adolescência impõe? Em meio às milhares de possibilidades que o mercado oferece e às milhares de exigências que todos nós nos fazemos e a própria sociedade também nos faz? Não é fácil. Não é mesmo, e o alto índice de desistência nos primeiros períodos das faculdades confirma essa dificuldade. Exatamente por isso, participar de um Programa de Orientação Vocacional-Profissional (POVP) tem sido um acertado investimento que o jovem e sua família fazem no sentido de favorecerem e facilitarem esse árduo processo. Orientação Mas em que a Orientação Vocacional pode ajudar? Como ensina Silvio Profissional Duarte Bock, autor do livro “Orientação Vocacional possibilita Profissional, a abordagem sócioaos jovens maior histórica” (Ed. Cortez) e responsável pelo mais bem sucedido programa de maturação e, por Orientação Profissional desenvolvido conseguinte, maior em São Paulo há décadas (Nace),“ um

controle sobre os Programa de Orientação Vocacional é um processo de intervenções elementos objetivos planejadas que possibilitam ao e subjetivos que jovem apropriar-se, ao máximo, dos determinam as suas determinantes da escolha, (...) sendo escolhas. um momento de parar para pensar, colocar as idéias em ordem, organizar e ampliar as concepções e crenças, visando à opção profissional e a construção de um projeto de vida que também é vista como um ato de coragem". Em outras palavras, o POVP possibilita aos jovens maior maturação e, por conseguinte, maior controle sobre os elementos objetivos e subjetivos que determinam as suas escolhas, tornandoas, portanto, mais lúcidas, coerentes, legítimas e duradouras. Geralmente, um POVP pode ser realizado de forma intensiva ou entre 12 e 15 sessões individuais ou em grupos, buscando, sempre, nortear seus participantes na construção de um projeto de vida a partir das grandes perguntas: “Qual curso fazer? Qual profissão? Qual futuro desejo?”.

A Saúde levada a sério na Revista e na TV.

Programa inédito na TV: segundas-feiras às 22h. Image TV Canal 15 | Canal da Gente


Saúde Mental

Mercado de Trabalho

"O fato é que, infelizmente, ainda não existe, na maioria esmagadora das graduações, a preparação do jovem para o seu ingresso no mercado de trabalho. Muitas universidades ainda estão limitadas a transmitir o conhecimento teórico e, a formação profissional, fica a cargo de cada estudante".

Do Ensino Superior para o Mercado de Trabalho E quando tudo parece ter fim, um novo ciclo se inicia. O diploma não é mais a garantia de estabilidade e crescimento profissional. Ao se pegar o “canudo”, junto com ele o jovem também assume o desafio de ingressar em um mercado de trabalho repleto de exigências. Dessa forma, o jovem recém-formado vive a angústia de ter que dar passos firmes na carreira profissional e se mostrar decidido, seguro, diferenciado e, ainda, capaz de alcançar resultados o mais rapidamente possível. Toda essa pressão, não raras vezes, traz desequilíbrio e sofrimento emocional para muitos (assim como para seus familiares). As exigências do mercado de trabalho são inúmeras. Espera-se um recém-formado pronto, com domínio da função, experiência profissional, facilidade de relacionamento, iniciativa, criatividade e dinamismo. Não é fácil. Frente a essa complexa realidade, fica a dica: #aproveite_a_graduação_para_se_desenvolver_profissionalmente. O ideal é conseguir estágios o quanto antes para não demorar a se envolver com as atividades práticas e, gradativamente, adquirir competências que o tornarão mais seguro e confiante para atuar no mercado. Larissa, recém formada em Administração pela UFU, garante que as experiências profissionais que teve durante a faculdade contribuíram para que hoje a ideia de "enfrentar o mercado" não fosse algo tão aterrorizante. “Imagino que estudantes que não passaram por essa experiência sentem-se mais intimidados e inseguros.” Sair da faculdade com a certeza do que se vai fazer é uma realidade para poucos. Nesse momento, controlar a ansiedade e se permitir “não saber exatamente o que fazer” pode ser essencial para se garantir o maior equilíbrio emocional nesta fase. “Acredito que as possibilidades continuam, tenho que cultivar contatos, fazer cursos de atualização e experimentar novos ares. Não quero ser inconstante, mas não sou do tipo que toma uma decisão profissional para a vida inteira. Aliás, minha

Leonardo Abrahão Psicólogo | Palestrante e Orientador Vocacional

leonardoabrahao99661835@hotmail.com

geração não pensa em exercer uma única atividade durante toda a vida”, diz Larissa. As dúvidas e inseguranças sobre o futuro profissional ainda vão tirar o sono de muitos jovens. É uma fase de muitas possibilidades e inúmeras incertezas. Para lidar melhor com este dilema, Luiz Daniel Loureiro, que acaba de pegar o seu diploma em Engenharia Mecatrônica pela UFU, afirma que fazer Coaching tem sido algo incrível. “Me ajuda a entender que o melhor para o meu futuro profissional não depende só do mercado, das empresas ou das minhas competências, mas sim de um auto-conhecimento capaz de me guiar nesse momento de tomada de decisões constantes.” Com o coaching, Luiz afirma que tem se aberto a novas opções procurando sempre o equilíbrio entre o desejável "crescimento rápido e a qualquer custo", fortemente presente na sua geração, e o que realmente faz parte de si, como valores, crenças e objetivos pessoais. O fato é que infelizmente ainda não existe, na maioria esmagadora das graduações, a preparação do jovem para o seu ingresso no mercado de trabalho. Muitas universidades ainda estão limitadas a transmitir o conhecimento teórico e, a formação profissional, fica a cargo de cada estudante. Torcemos para que esta realidade mude e, em breve, tenhamos universidades que dialoguem mais com o mercado de trabalho, a fim de atuarem mais ativamente na formação de profissionais com domínio técnico, habilidades e competências que farão toda diferença na atuação profissional com qualidade. Mas, enquanto isto não acontece, devemos incentivar os jovens a tomarem a iniciativa de buscarem outras formas de complementação à formação acadêmica o quanto antes, como, por exemplo, por meio de orientações junto a profissionais voltados para o desenvolvimento das potencialidades que possuem e que não são aprimoradas nas academias.

Hérika Motta

Psicóloga | Professional Coach Consultora em Gestão de Pessoas herika_motta@yahoo.com.br

Psicóloga | CRP 04/29205

Personal & Professional Coach Consultoria em Gestão de Pessoas

34 9969.8704 herika_mota@yahoo.com.br



Saúde Mental

Mais Atenção

A responsabilidade do Pediatra: diagnóstico precoce de autismo A identificação precoce do Autismo modifica de forma marcada o prognóstico e a qualidade de vida das crianças e de suas famílias POR

Ricardo Halpern

Desde 2007, o dia 02 de abril foi definido pela ONU como o Dia da Conscientização do Autismo. Essa data, através do seu simbolismo, tem trazido um diálogo maior da sociedade através das famílias e de indivíduos com Autismo e os profissionais que atuam nesta área. Veio como um alerta necessário para que os Transtornos Invasivos do Desenvolvimento (TID), antes considerados raros, fossem vistos com maior responsabilidade. Pesquisas e interesse pelo TID, onde o Autismo aparece como o mais prevalente, têm aumentado ano a ano, produzindo mais conhecimento, desmistificando situações anedóticas e afastando o que não é científico. Com isso, os critérios diagnósticos se ampliaram e o olhar sobre o Autismo fez com que um número maior de casos fosse diagnosticado.

Conheça a Escala M-Chat na página ao lado

A prevalência do autismo é de cinco a vinte casos por 10000 nascidos. Estudo recente realizado por Fombonne, em 2009, refere uma prevalência de até 30 casos por 10000 quando considerado todos os TIDs. Em geral, tem seu início no primeiro ano de vida em 25% dos casos, 50% no segundo ano, e 25% a partir do terceiro ano de vida. É considerado um distúrbio de desenvolvimento complexo, com etiologias múltiplas, e variados graus de comprometimento. Nesse contexto, a responsabilidade do pediatra na identificação precoce do autismo fica muito evidente. O conhecimento de que é possível o diagnóstico antes dos 36 meses, a disponibilidade de instrumentos de triagem, e a certeza dos resultados benéficos dos programas de intervenção precoce fazem do pediatra um participante ativo e potencial

para o reconhecimento do Autismo. A SBP, acompanhando a evolução da pediatria e preocupada com a nova agenda do pediatra para o século XXI, tem preparado e incentivado, através dos diversos eventos científicos, os pediatras brasileiros para o diagnóstico dos TIDs. A identificação precoce dessas condições modifica de forma marcada o prognóstico e a qualidade de vida das crianças e de suas famílias. Fica colocado aqui um desafio que tem sido trazido por várias vozes dentro da pediatria brasileira, o de incorporar definitivamente na nossa prática diária a utilização de instrumento de triagem para autismo! Vamos estender a conscientização para além do dia 02 de abril, para todos os dias da nossa rotina profissional.

Dr. Ricardo Halpern é presidente do Departamento Científico de Pediatria do Comportamento e Desenvolvimento da SBP


M-CHAT O M-CHAT é uma escala de rastreamento que pode ser utilizada em todas as crianças com o objetivo de identificar traços de autismo em crianças de idade precoce. Os instrumentos de rastreio são úteis para avaliar pessoas que estão aparentemente bem, mas que apresentam alguma doença ou fator de risco para doença, diferentemente daquelas que não apresentam sintomas. A M-CHAT é extremamente simples e não precisa ser administrada por médicos. A resposta aos itens da escala leva em conta as observações dos pais com relação ao comportamento da criança, dura apenas alguns minutos para ser preenchida, não depende de agendamento prévio, é de baixo custo e não causa desconforto aos pacientes. Consiste em 23 questões do tipo sim/não, que deve ser autopreenchida por pais de crianças de 18 a 24 meses de idade. As questões foram desenvolvidas com base em lista de sintomas freqüentemente presentes em crianças com autismo. Os autores do M-CHAT realizaram estudo de validação da escala nos EUA, com amostra de 1.122 crianças de 18 meses de idade que faziam consultas pediátricas de rotina e com outra amostra de 171 crianças que participavam de rastreamento precoce em serviços especializados. O quebra-cabeça representa o mistério e a complexidade do Autismo. As diferentes cores e formas representam a diversidade das pessoas e das familias convivendo com ele.

MAIS ATENÇÃO: AUTISMO

Conheça as perguntas da Escala M-Chat:

Para responder à escala e obter uma orientação inicial, acesse autismoerealidade.com.br. 1. Seu filho gosta de se balançar, de pular no seu joelho, etc? 2. Seu filho tem interesse por outras crianças? 3. Seu filho gosta de subir em coisas, como escadas ou móveis?

4. Seu filho gosta de brincar de esconder e mostra o rosto ou de esconde-esconde? 5. Seu filho já brincou de faz-de-conta, como por exemplo, fazer de conta que está falando ao telefone ou que está cuidando da boneca, ou qualquer outra brincadeira de faz-de- conta? 6. Seu filho já usou o dedo indicador dele para apontar, para pedir alguma coisa? 7. Seu filho já usou o dedo indicador dele para apontar, para indicar interesse em algo? 8. Seu filho consegue brincar de forma correta com brinquedos pequenos (Ex.: Carros ou blocos), sem apenas colocar na boca, remexer no brinquedo ou deixar o brinquedo cair? 9. O seu filho alguma vez trouxe objetos para você (pais) para lhe mostrar este objeto? 10. O seu filho olha para você no olho por mais de um segundo ou dois? 11. O seu filho já pareceu muito sensível ao barulho (Ex.: tapando os ouvidos) 12. O seu filho sorri em respostas ao seu rosto ou a o seu sorriso? 13. O seu filho o imita? (Ex.: Você faz expressões ou caretas e seu filho o imita?) 14. O seu filho responde quando você o chama pelo nome? 15. Se você aponta um brinquedo do outro lado do cômodo, o seu filho olha para ele? 16. Seu filho já sabe andar? 17. O seu filho olha para coisas que você está olhando? 18. O seu filho faz movimentos estranhos com os dedos perto do rosto dele? 19. O seu filho tenta atrair a sua atenção para a atividade dele? 20. Você alguma vez já se perguntou se seu filho é surdo? 21. O seu filho entende o que as pessoas dizem? 22. O seu filho às vezes fica “aéreo”, ”olhando para o nada“ ou caminha sem direção definida? 23. O seu filho olha para o seu rosto para conferir a sua reação quando vê algo estranho? Fonte: www.autismoerealidade.com.br


Saúde Mental

Saiba Mais Sobre Isso

Os 7 inimigos do cérebro

O Dr. Leandro Teles, neurologista da Universidade de São Paulo (USP), explica que "o funcionamento cerebral não é linear e, como todo sistema complexo, ele é sujeito a falhas e a imperfeições. Por isso cabe a cada um reconhecer na sua vida os determinantes da baixa eficiência, tornando o sistema mais confiável". Para isso, ele numerou 7 desses hábitos que alteram o funcionamento e justificam lapsos ou redução de produtividade. Confira! 1. Falta de sono: O hábito de dormir

pouco pode atrapalhar o processo cerebral, uma vez que é durante o sono que o cérebro consolida as memórias do dia que passou, organiza o pensamento e exercita a criatividade (sabe os sonhos? Então). Além disso, prepara o cérebro para as atividades do dia seguinte. Por isso, quando dormimos mal o rendimento cai logo no dia seguinte, ocorrendo o declínio franco da concentração, da memória e alterações intensas do humor.

2. Sedentarismo: A atividade física age no sistema nervoso central reduzindo a ansiedade, derrubando os níveis de cortisol e adrenalina, estimulando a formação de redes dentro do hipocampo (região responsável pela memorização) e melhorando o sono. Ou seja, a falta dela remete aos mesmos problemas de falta de sono, que comprometem a atividade cerebral de semelhante maneira. 3. Rotina: Ela automatiza os processos mentais e, dessa maneira, realizamos diversas atividades sem perceber e deixamos de pensar, perdendo uma chance de exercitar os neurônios. Trabalhos repetitivos, relações interpessoais que caíram na mesmice, falta de projetos, planos, metas, tudo isso leva a uma preguiça cognitiva. Por isso sempre somos estimulados a buscar coisas novas, desafios: para alimentar o cérebro de vivencias intelectualmente mais interessantes.

4. Sobrecarga mental: A privação de

estímulos que a rotina provoca é tão prejudicial quanto a sobrecarga de informações. O cérebro tem uma capacidade limitada de lidar com afazeres simultâneos e se ultrapassarmos essa capacidade, teremos consequencias: esquecimentos, desatenção e baixa no rendimento. Portanto, faça cada coisa no seu tempo e se desconecte do mundo ao resolver problemas importantes e específicos.

5. Ansiedade: A ansiedade cria pressão antecipatória para eventos posteriores, um dimensionamento patológico do grau de complicação, etc. Os ansiosos são

freqüentemente desatentos e cometem lapsos pois estão projetando sua mente para o futuro e não estão focados no presente. O ideal é combater a ansiedade com medidas comportamentais.

6. Desorganização: Trabalhar em ambientes apropriados, gerenciar o tempo, estipular prioridade, delegar tarefas com inteligência, manter um certo padrão aonde guarda as coisas, o jeito que destaca o que é mais relevante, manter a fácil aceso aquilo que é usado com maior urgência ou frequência, etc. Tudo isso libera seu cérebro para se engajar no processo cognitivo superior, como a criatividade, raciocínio lógico, previsão de resultados, etc. 7.

Vícios

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Reduza o consumo de álcool e nicotina e tenha cuidado com medicamentos para tontura, náuseas, relaxantes musculares e remédios para dormir sem orientação médica (eles podem atrapalhar todo o processo mental). Evite o excesso de estimulantes como cafeína, pois o exagero pode até deixá-lo ligado, mas, paradoxalmente, mais desfocado e menos produtivo. Evite excessos alimentares, coma várias vezes ao dia e prefira alimentos de fácil digestão. Também evite trabalhar e estudar com fome. Ou seja, evite os excessos, quaisquer que eles sejam.

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Notícias

Saúde Mental

Bebês aprendem o idioma da mãe antes de nascer, diz estudo Um bebê desenvolve a capacidade de ouvir por volta de 30 semanas de gestação, e assim ele passa a distinguir a voz de sua mãe durante os dois últimos meses de gravidez. Os pesquisadores testaram 40 recém-nascidos americanos e 40 suecos para ver se eles podiam distinguir entre os sons das vogais em inglês e em sueco. O estudo está previsto para publicação futura no periódico Acta Paediatrica. Os cientistas deram aos bebês, com idades que variavam entre 7 e 75 horas, chupetas que registraram o número de sucções que eles fizeram. Conforme os bebês sugavam a chupeta, eles ouviam sons de vogais em sueco e em inglês; quanto mais eles sugavam, mais sons eram tocados. Os pesquisadores inferiram o interesse dos bebês pelo som pela quantidade de sucções feitas. Os bebês americanos sugaram consistentemente mais vezes quando ouviram os sons das vogais suecas, sugerindo que as crianças não as tinham ouvido antes, e os bebês suecos sugaram mais ao ouvir as vogais do inglês. Aprender tão rapidamente após o nascimento é improvável, concluíram os pesquisadores, então a compreensão dos bebês quanto à diferença entre os sons nativos e não nativos pode ser atribuída somente à aprendizagem pré-natal. "Mesmo no final da gestação, os bebês já estão fazendo aquilo que farão durante toda a sua infância – aprender sobre a linguagem", disse a principal autora, Christine Moon, da Universidade Luterana do Pacifico em Tacoma, Washington.

Fonte: uol.com.br

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Começamos a aprender sobre a vida muito mais cedo do que imaginamos.

E quando há transtornos no desenvolvimento da criança? Leia mais na página 31.


Saúde Mental

Notícias

Bebida é usada como válvula de escape para dificuldades e problemas familiares

Álcool na adolescência é influenciado pela família Seu uso abusivo prejudica a qualidade da interação familiar e possui relação com padrões de consumo dentro da própria família

Positiva ou negativamente, adolescentes são influenciados por seus familiares, dentro de suas próprias casas, em relação ao abuso do álcool. Essa é a conclusão de recente pesquisa desenvolvida pela enfermeira e pesquisadora Betânia da Mata Ribeiro Gomes, da USP. A pesquisadora observou e entrevistou em seus domicílios, 22 membros de dez famílias, entre eles, 11 adolescentes de ambos os sexos, entre 14 e 19 anos, que consumiam álcool. Foram alvo do estudo apenas os familiares que moravam com o adolescente e tinham um laço mais próximo, como, pais, irmãos, tios e, “no decorrer da pesquisa, a interação e os discursos indicaram a necessidade ou não de incluir outros familiares”, comenta Betânia, que se ateve a temas como: estrutura, desenvolvimento e funcionamento das famílias; crenças que podem influenciar o consumo de álcool; as interações familiares que protegem ou que expõem os adolescentes ao consumo ou abuso de álcool; e o sentido da religião. Quanto ao relacionamento em família, Betânia verificou que a maioria sofria com desentendimentos, desafetos, problemas de comunicação, agressão, conflitos, violência e falta de interação.

Prazer e prejuízos Para a pesquisadora, a decisão pelo consumo de bebida alcoólica foi associada ao prazer e diversão, principalmente relacionada às músicas, as quais, segundo ela, estão no contexto de vida desses adolescentes, incentivando o consumo. Betânia percebeu que, mesmo com sentimentos de alívio, relaxamento, distração e dos momentos de lazer, os adolescentes não ignoravam os prejuízos do uso abusivo da bebida alcoólica, principalmente porque presenciaram os problemas que a bebida causou em seus próprios domicílios. Betânia concluiu que os familiares influenciam os adolescentes de forma positiva e negativa quanto ao uso e abuso do álcool. “A estrutura e composição da família, o padrão de interação familiar, a comunicação entre seus membros, a religião e a esperança são componentes que se articulam diretamente com a prática do consumo de álcool pelos adolescentes”. Fonte: Agência USP de Notícias

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Saúde Mental

Preocupações: Até que ponto elas são saudáveis? Quando exageradas, podem causar muitos sofrimentos

A preocupação é um processo normal inerente à condição humana. Todos nós ficamos preocupados diante de eventos importantes que devemos enfrentar ou quando alguma situação ruim e ameaçadora está na iminência de acontecer. Ela tem a função construtiva de nos alertar e nos preparar para a solução de problemas futuros, gerando baixo nível de ansiedade. Porém, em alguns casos a preocupação assume uma característica exagerada, o que resulta em ansiedade intensa e, consequentemente, no sofrimento do indivíduo. A preocupação patológica tem origem na antecipação exagerada de possíveis resultados negativos futuros, o que gera e mantém a ansiedade do indivíduo. Ela funciona como um lembrete persistente de uma ameaça que é repetidamente pensada e ensaiada, sem que de fato se resolva. O indivíduo tem a percepção equivocada de certeza, previsibilidade e controle dessa ameaça. A preocupação e ansiedade excessivas com relação a inúmeras circunstâncias da

vida são as principais características do Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG). Pessoas com TAG se queixam da dificuldade em controlar suas preocupações e de outros sintomas, como: inquietação, irritabilidade, tensão muscular, perturbação do sono e dificuldade de concentração. No Transtorno de Ansiedade Generalizada, as preocupações são reflexos das metas e questões pessoais do indivíduo, além da visão que este possui de si mesmo, dos outros e do seu futuro. Em geral, pessoas com TAG vêemse como fracas e incapazes de controlar e/ou resolver situações difíceis. Assim, uma tarefa desafiadora pode desencadear pensamentos e imagens ameaçadores voltados ao futuro e relacionados com as metas e tarefas daquele momento da vida do indivíduo. O TAG, ao contrário de outros transtornos de ansiedade, como o pânico e fobias, apresenta características difíceis de serem identificadas como sintomáticas, pois seus sintomas acompanham o indivíduo durante muitos anos, fazendo com que pareçam mais um “jeito de ser” do que um transtorno

O Studio Thaiz Miguel Pilates conta com profissionais experientes e em constante aprimoramento através de cursos e congressos. Seus professores são fisioterapeutas com larga experiência profissional e formação internacional através da Polestar Pilates Physiopilates. Dispomos de um espaço aconchegante, com atendimento individualizado ou com no máximo três alunos. O monitoramento constante do aluno é um dos nossos diferenciais. O Pilates visa equilibrar força e flexibilidade e integrar mente-corpo, podendo ser utilizado na prevenção, reabilitação e no condicionamento físico.

POR

Carolina Faria Arantes

psicológico. Na maioria das vezes, a pessoa busca a ajuda do terapeuta devido aos sintomas agudos de depressão ou ansiedade, que podem ser desenvolvidos caso o Transtorno de Ansiedade Generalizada não seja devidamente tratado. Sendo assim, é importante que o indivíduo que apresente preocupações excessivas com eventos futuros e uma visão ameaçadora dos mesmos procure um psicólogo. Através da psicoterapia, o indivíduo aprenderá novas estratégias cognitivas e comportamentais que o ajudarão a lidar com situações desafiadoras de forma mais adequada, resultando na diminuição da ansiedade, aumento da autoconfiança e da capacidade de resolução de problemas, e, conseqüentemente, em uma melhor qualidade de vida. Carolina Faria Arantes Psicóloga CRP 34041/04

Especialista em Terapia Cognitivo Comportamental Mestranda em Psicologia da Saúde - UFU carolinafariaarantes@gmail.com

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Saúde Mental

Artigo

Psicofobia é crime

Há várias formas de preconceito, entre elas a própria negação da doença como algo menor ou passageiro POR

Antônio Geraldo da Silva

Presidente da Associação Brasileira de Psiquiatria

No aeroporto JFK, em Nova York, no começo de 2012, os viajantes encontravam uma enorme propaganda com a mensagem: “Relaxa, vai passar, isso é temporário... Se você não diz isso sobre câncer, também não diga sobre depressão”. A ironia desconcertante da publicidade reflete muito da imagem que alguns transtornos mentais ainda recebem por parte da sociedade: para alguns, um destempero; para outros, uma fraqueza. Mas a depressão é um transtorno mental dos mais graves e incapacitantes. Dentre as dez principais causas de afastamento do trabalho em todo o mundo, cinco são decorrências de transtornos mentais. A depressão aparece em primeiro lugar. Para 46 milhões de brasileiros, segundo

dados do Ministério da Saúde, a depressão é uma realidade: 20% a 25% da população já tiveram ou têm depressão ao longo da vida. A incapacitação profissional, a falta de interesse e de motivação para participar de atividades sociais rotineiras e de ter prazer nas coisas de que gostam e com as pessoas que amam transformam dramaticamente o cotidiano dessas pessoas e trazem consequências devastadoras que dificultam a reinserção social dos que tentam se recuperar de um episódio de depressão. Paradoxalmente, ao mesmo tempo em que a depressão e os demais transtornos mentais atingem a muitos brasileiros, o preconceito em torno deles é crescente na sociedade. Já é hora de combater essa discriminação, como atualmente já se faz com os homossexuais, os negros e as mulheres.

A expressão psicofobia expressa justamente o nefasto preconceito contra os doentes mentais e os portadores de deficiência. Se não se deve debochar ou subestimar de doenças como o câncer, também não há razão para as doenças mentais não serem encaradas com a seriedade que elas pedem e seus portadores exigem. Há várias formas de preconceito, entre elas a própria negação da doença como algo menor ou passageiro. Em pleno 2012, idéias preconceituosas devem ser combatidas com ainda mais veemência. É chegada a hora de a sociedade olhar com maturidade e respeito para os portadores de transtornos mentais. Psicofobia é crime.


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Carolina Cherulli

Saúde Mental

| Psicóloga

Psicoterapia infantil acessa o mundo interno da criança

O processo psicoterapêutico com crianças é igual ao processo psicoterapêutico com adultos? Dizemos que na psicoterapia infantil o método utilizado é o mesmo que o utilizado com o adulto, porém com mudanças na técnica. A psicoterapia com crianças utiliza-se do lúdico, da brincadeira, do faz de conta, para que ela possa falar sobre seu sofrimento e sobre o que vive, diferente do adulto que, por ter recursos distintos, consegue sentar-se em um sofá e falar sobre os seus conteúdos. Porém, apesar desta diferença, o método - que é a interpretação e a investigação dos conteúdos que o paciente traz - estará presente em toda psicoterapia, e é através dele que procuramos entender, junto ao paciente, o que o faz sofrer. Mas as crianças conseguem, de maneira útil ao Psicólogo, elaborar e colocar para fora o que elas estão pensando e sentindo? Sim. Utilizamos recursos diferentes na psicoterapia com crianças, que é o brincar. Consideramos, então, que o brincar da criança não é aleatório, ele é dotado de sentidos que nos falam sobre o seu mundo interno, ou seja, sobre suas fantasias, seus desejos e sobre como ela vive, psiquicamente, o que lhe acontece no dia a dia. E é pela brincadeira, pelo “faz de conta” que o terapeuta fala com a criança sobre os conteúdos dela, e em meio a este processo, a criança pode falar e elaborar tais sentimentos dando um sentido e lugar a eles, e, assim, se engajando no processo de cura. Em quais situações a psicoterapia pode ser útil a uma criança? A psicoterapia com a criança pode ser útil em qualquer momento da infância desde que haja sinais de sofrimento, e questões relacionadas ao desenvolvimento. Geralmente esse sofrimento pode ser resolvido em casa com o carinho e atenção dos pais, porém, pode acontecer desta família precisar da ajuda de um profissional para entender o que passa com seu filho, caso esse sofrimento persista. Há diversas questões e motivos que podem levar a criança ao sofrimento, e o que acontece, muitas vezes, é que a criança não consegue falar a respeito ou lidar com eles. Então, essa dor psíquica pode transfigurarse em diversas formas, tais como a agressividade, a apatia, a ansiedade e o medo. Não raras vezes, o psiquismo em sofrimento pode manifestar-se também pelo corpo, por meio de enfermidades constantes e/ou diarréias e vômitos. É o que chamamos de psicossomatização. Acho válido ressaltar também que um bom rendimento escolar não significa, necessariamente, a ausência de sofrimento. É importante que os pais, cuidadores e educadores estejam atentos aos sinais que as crianças dão no dia a dia nos diversos ambientes em que ela está inserida.

Para você, quando ou de que forma o tipo de sociedade e de sociabilidade nas quais vivemos tem sido legal ou cruel com as crianças de hoje? Fala-se muito que vivemos em uma sociedade do consumo, mas o que isso quer dizer? Significa, além de muitas outras coisas, que vivemos em uma sociedade que o prazer imediato proporcionado pelo consumo é altamente cultuado. Ou seja, trabalhamos muito, para consumir muito e viver esse prazer, mas este prazer passa logo, é efêmero, e caímos novamente em um vazio, que nos leva a trabalhar mais e consumir mais. O prazer a qualquer custo e imediato passa a ser um valor que tem repercussão em todas as esferas da vida. E a experiência do desprazer e da dor é vivido como algo desestruturador. Agora vamos pensar sobre a criança a partir da sua família que está inserida nesta lógica do prazer imediato. Nesta lógica onde sentir desprazer é proibido, é cada vez mais difícil dizer “não” e impor limites à criança, pois, o “não” gera mal estar tanto na criança quanto nos pais. Dessa forma, os limites que são importantes para nortear o desenvolvimento, ficam embaçados. As crianças passam a ganhar coisas ou acessar produtos e serviços simplesmente por existir, sem terem que esperar ou fazer por onde merecer e então, por almejar a perfeição e o imediatismo, ter que lidar com o limite e a imperfeição das outras pessoas também se torna insuportável. As crianças, como os adultos, em meio a esta lógica do prazer, cada vez menos toleram frustrações, cada vez mais não aceitam o mal estar e descartam tudo que pode causá-lo, tornando as relações com seus próprios objetivos e, inclusive, com as outras pessoas, frágeis e vazias, o que na contramão da dessa lógica do prazer, gera grande sofrimento psíquico. Em se tratando de psicoterapia com crianças, quão importante é a relação do psicoterapeuta com os pais e a escola da criança? A relação com os pais e com a escola é muito particular, e depende do que cada relação psicoterápica vai pedir. Tudo isso tem que ser avaliado juntamente com a criança e dependerá, também, do modelo de psicoterapia. O mais importante é entender que a psicoterapia é da criança e o terapeuta também. Portanto, há um contrato (combinação) feito com a criança estabelecendo que o espaço da psicoterapia pertence a ela. O que for dito dentro dele é sigiloso e se houver a necessidade de conversar com os pais ou com a escola, como pode acontecer, essa decisão tem que ser compartilhada com a criança e elaborada junto a ela.

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O mais importante é entender que a psicoterapia é da criança e o terapeuta também.


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